Adaptação do livro “O Segredo do Rio” de Miguel de Sousa Tavares. Era uma vez uma casinha pequenina no campo. Aquela casinha tinha passado de geração em geração naquela família. A casinha tinha uma pequena lareira, onde a mãe dele fazia a comida e também usava para aquecer a casa. Era perto de um rio que passava por ali. A casa tinha duas árvores que pareciam dois guarda costas da casa. No Verão o menino ia todos os dias para lá. Ele tinha aprendido a nadar. Á noite o menino ia para o pequeno lago refrescar-se, antes de dormir. Á volta do ribeiro havia muita areia e pedrinhas. Quase todas as noites o menino ia para lá deitava-se e observava as estrelas. O rapaz não podia estar no rio, porque era um mês de muito frio, mas mesmo assim estava à beira do rio a olhar para a água, quando de repente apareceu um peixe, que era uma carpa. Era muito grande e saltava como uma bailarina. Ela disse-lhe: - Olá amiguinho! Estás bem? O rapaz ficou admirado por ter ouvido um peixe a falar a língua das pessoas. O rapaz perguntou-lhe: - Como é que consegues falar a nossa língua? - É porque eu estava num aquário de um menino e ele falava muito comigo, então eu aprendi a falar a vossa língua. –respondeu o peixe. O rapaz perguntou se ele ainda não tinha casa e ele disse-lhe que não e que estava muito triste por ter abandonado a sua casa. O rapaz ofereceu-lhe o seu lago e o peixe ficou muito contente. A partir desse dia ficaram grandes amigos e todos os dias brincavam. Juntos, mergulhavam dentro de água, o rapaz agarrado à cauda do peixe, que nadava e mergulhava com ele até ao fundo do rio. Passou o Verão, veio o Outono e, em lugar das chuvas o sol e o calor continuaram. O rapaz estava muito feliz, mas o pai estava muito preocupado com a falta de chuva necessária para as colheitas. Houve uma grande seca e as colheitas perderamse. As pessoas não tinham comida e o menino estava muito triste porque os pais queriam pescar a sua amiga carpa para comerem. Depois do jantar, quando o rapaz foi para o quarto ouviu o pai a dizer à mãe, que tinha visto um peixe muito grande no rio. Quando ouviu o que eles disseram, saiu pela janela do quarto e foi logo procurar o seu amigo peixe. Atirou três pedras à água para o peixe acordar. Quando este ouviu as pedras veio logo à superfície da água. -O que queres a esta hora? – Perguntou o peixe meio ensonado. -Tens de sair daqui. Como temos falta de comida o meu pai viu-te e disse que amanhã de manhã ia montar uma rede para te caçar. O peixe muito triste foi-se embora desaparecendo completamente. Uma semana depois o peixe apareceu e trouxelhes comida. O menino perguntou-lhe como é que ele tinha arranjado aquela comida toda. Então o peixe contou-lhe que havia um tesouro no fundo do rio e que esse tesouro era a solução para a falta de comida. As raposas ajudaram o peixe a arrastar para terra, a rede carregada de latas de comida encontradas num barco afundado no rio. Essa comida veio salvar a família do menino que não tinha nada para comer. Assim, a carpa já não corria perigo pois os pais do menino concordaram em deixá-la ficar a viver no rio, porque era amiga deles. O menino ficou feliz por poder continuar com a sua amiga carpa e escreveu uma tabuleta, para colocar no rio, onde dizia: Trabalho elaborado pela turma do 4ºano (Prof. Ana Bela Matos) na âmbito do Plano Nacional de Leitura