9º Fund.II História Mauricio Roteiro de estudos A8/I 2o

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Nome
Nº
Ano
Ensino
9º
Disciplina
Professor
História Mauricio
Natureza
Roteiro de estudos
Código / Tipo
Trimestre / Ano
A8/I
Tema
2o/2016
Turma
Fund.II
Data
03/08/2016
valor
Roteiro de estudos
5,0
O objetivo deste roteiro é destacar os conteúdos que serão abordados na Avaliação Trimestral (T1),
agendada para o mês de agosto, além de indicações de leitura e exercícios que deverão ser
realizados pelos alunos.
Os temas são I Guerra Mundial, República Velha, Revolução Russa e estudo de meio. As páginas
do livro são 15 a 31 e 51 a 74.
Instruções:
− Esta atividade será recolhida, corrigida e a ela atribuída uma pontuação como bônus.
− Serão atribuídos até 5,0 (cinco pontos) para quem fizer a atividade. Estes pontos serão creditados como
“bônus” e digitados como nota A8 em seu boletim.
− Data de entrega: na primeira aula de História ,3/08.
Os temas
1.1- I Guerra Mundial: Reconhecer os motivos que levaram ao conflito, destacar os países que
formaram alianças, analisar o decorrer da guerra, contextualizar os tratados de paz após o fim da
guerra.
1.2- República Velha: Distinguir as fases da República da Espada e da República Oligárquica,
caracterizar os aspectos eleitorais e econômicos em cada uma delas, analisar a relação entre o
governo e a sociedade, caracterizar e contextualizar as revoltas urbanas e rurais e o Tenentismo
ocorridos na república Velha e contextualizar o Movimento Modernista de 1922.
1.3- Revolução Russa: Contextualizar a situação social, política e econômica da Rússia no início
do Século XX, relacionar fatos ocasionados pelo czar ao início do movimento, caracterizar as
mudanças e as revoltas ocorridas nos primeiros anos após a revolução.
1.4- Estudo de meio: Reconhecer as diferentes formas de trabalho que existiram na Real fábrica
de Ipanema e contextualizá-los ao período em que a fábrica funcionou, relacionar o modo de
funcionamento e trabalho da fábrica à situação política e econômica do Brasil colonial e às
ideologias do Século XIX.
Textos de apoio e questões:
1. PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Entre os anos de 1914 e 1918, ocorreu o primeiro conflito bélico que assumiu proporções globais.
A Primeira Guerra Mundial foi qualificada por seus contemporâneos como A Grande Guerra, isso
porque nenhuma das guerras europeias que a precederam, como a Guerra Franco-Prussiana,
haviam assumido dimensões tão catastróficas. Para compreender as razões que desencadearam
essa guerra, é necessário conhecer seus antecedentes.
Pode-se afirmar que a Primeira Guerra foi produto das tensões que se formaram na Europa a
partir da segunda metade do século XIX. Nesse período, a propagação do nacionalismo e do
imperialismo (tanto no sentido político quanto no sentido econômico) provocou a formação dos
Estados nacionalistas por meio de processos como a Unificação Alemã e a Unificação Italiana. A
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Alemanha, especificamente, promoveu sua unificação com a Prússia usando como mote principal a
rivalidade com a França. A Guerra Franco-Prussiana, de 1870, ainda preservava características das
guerras com exércitos aristocráticos, cujos soldados pautavam-se de valores, como a honra, e as
batalhas eram travadas em campos específicos. Com a guerra iniciada em 1914, essas
características foram diluídas.
Esses países nacionalistas, na virada do século XIX para o século XX, também se tornaram
potências econômicas e militares e pretendiam expandir seus domínios para outras regiões, como o
continente africano e asiático. Tal fenômeno ficou conhecido como Neocolonialismo. Além disso,
havia projetos de blocos nacionalistas no continente europeu. O Pan-eslavismo (nacionalismo
eslavo, encabeçado pela Rússia czarista) e o Pangermanismo (nacionalismo germânico, comandado
pela Alemanha e pela Áustria) eram as principais expressões desses projetos. A região dos Bálcãs,
local onde se encontravam países como Bósnia e Sérvia, era o centro dos conflitos entre os
interesses germânicos e eslavos. A Rússia apoiava a criação do Estado da “Grande Sérvia”,
enquanto o Império Austro-húngaro repudiava tal ideia, ao tempo em que lançava tentativas de
influência política sobre a mesma região.
Essa tensão local logo se avolumou para proporções maiores. Na década de 1890, a Alemanha,
que apoiava as investidas do Império Austro-húngaro, era uma das nações mais militarizadas da
Europa e representava uma ameaça crescente à França e à Inglaterra, que era um dos maiores
impérios da época. Alemanha, Áustria-Hungria e Itália formaram uma aliança político-militar que
ficou conhecida como Tríplice Aliança. A Rússia, por sua vez, aliou-se à França (rival histórica da
Alemanha) e à Inglaterra, formando assim a Tríplice Entente. Dessas duas alianças nasceu a guerra
em âmbito continental, que logo se estendeu para todo o globo.
A já mencionada tensão na região dos Bálcãs acionou o “gatilho” da guerra. Esse gatilho, ou
estopim, foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da ÁustriaHungria, por um militante da organização terrorista Mão Negra que possuía supostas ligações com o
governo sérvio, no dia 28 de janeiro de 1914, em Sarajevo, capital da Bósnia. A ida do arquiduque a
Sarajevo tinha o objetivo de apresentar uma proposta da criação de uma monarquia tríplice na
região dos Bálcãs que seria governada por austríacos, húngaros e eslavos. Contudo, o atentado
contra sua vida acirrou os ânimos nacionalistas e conduziu as alianças das principais potências
europeias à guerra.
A Áustria-Hungria e a Alemanha estabeleceram um ultimato à Sérvia que exigia uma solução para
o caso do assassinato do arquiduque. A Sérvia não cedeu às pressões dos germânicos e aliou-se à
Rússia com vistas a receber a decisão final da Alemanha: a declaração de guerra, que foi
formalizada em 28 de julho de 1914. Os outros países das respectivas alianças logo se lançaram
também ao conflito.
A Primeira Guerra mundial ficou marcada pela mudança do conceito de guerra. O modelo de
guerra aristocrático, que caracterizou o exército prussiano nas guerras contra Napoleão, não mais
existia. O exército alemão, em 1914, era uma eficiente e terrível máquina mortífera. O uso de novas
armas com alto poder destrutivo, como bombas, aviões, tanques, rifles de precisão, metralhadoras,
inaugurou uma nova forma de combate e novas estratégias de guerra. Isso fez com que a guerra
fosse mais longa do que se esperava. A guerra de posição, marcada pelo uso das trincheiras,
tornou-se um símbolo da Primeira Guerra. Isso porque vários soldados chegavam a morrer sem
mesmo sair de suas trincheiras graças a doenças como o “pé-de-trincheira” ou a bombardeios
incessantes.
Além disso, o uso de armas químicas, com os gases de cloro e iperita, provocaram cenas
horríveis, como mortes por asfixia e feridas na pele dos soldados. Há relatos de milhares de
soldados terem morrido em menos de cinco minutos após lançamento de nuvem de gás. Os milhões
de mortos ao longo dos cinco anos de guerra expuseram o potencial catastrófico que se repetiria na
Segunda Guerra Mundial. O ano de 1917 marcou a entrada dos Estados Unidos na guerra e a saída
da Rússia, bem como a revolução comunista que agitou este país nesse ano.
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Com o fim da guerra e a Alemanha derrotada, foi assinado o Tratado de Versalhes, que inaugurou
um ciclo de tensões na Europa. Ciclo esse que se fecharia com o segundo conflito mundial.”
(Por Me. Cláudio Fernandes, em http://brasilescola.uol.com.br/historiag/primeira-guerra.htm)
a) Retire do texto um motivo ideológico e um motivo econômico que influenciaram para a
eclosão da Primeira Guerra Mundial.
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b) Retire do texto um exemplo prático de como esse motivo ideológico influenciou na formação
dos blocos inimigos na guerra.
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c) A partir do texto, cite exemplos de novas armas utilizadas na Primeira Guerra Mundial.
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d) Apesar da quantidade e variedade de armas novas, a maior responsável pelas mortes na
Primeira Guerra foi uma tática usada em campo de batalhas. A partir do texto, cite qual foi essa
estratégia.
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e) A partir do texto e do que você aprendeu nas aulas, explique o motivo dessa estratégia ter
matado mais que as armas.
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2. “A SOCIEDADE DURANTE A REPÚBLICA VELHA
O período da História brasileira conhecido como República Velha, compreendido entre os anos de
1889 e 1930, representou profundas mudanças na sociedade nacional, principalmente na
composição da população, no cenário urbano, nos conflitos sociais e na produção cultural. Cabe
aqui fazer uma indagação: com mudanças tão profundas, o que permaneceu delas na vida social
atual?
Uma mudança da sociedade da República Velha ocorreu na economia. A produção agrícola ainda
era o carro-chefe econômico da República Velha e o café continuava a ser o principal produto de
exportação brasileiro. Mas o desenvolvimento do capitalismo e a criação de mercadorias que
utilizavam em sua fabricação a borracha (como o automóvel) fizeram com que a exploração do látex
na região amazônica se desenvolvesse rapidamente, chegando a competir com o café como o
principal produto de exportação. Porém, o período de auge da borracha foi curto, pois os ingleses
conseguiram produzir de forma mais eficiente a borracha na Ásia, desbancando a produção
brasileira.
Outro aspecto econômico da República Velha foi o início da industrialização no Brasil,
principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. O capital acumulado com a produção cafeeira
possibilitou aos grandes fazendeiros investir na indústria, dando novo dinamismo à sociedade nestes
locais. São Paulo e Rio de Janeiro passaram por uma profunda urbanização, criando avenidas,
iluminação pública, transporte coletivo (bondes), teatros, cinemas e, principalmente, afastando as
populações pobres dos centros das cidades. Mas não foi apenas nestas duas cidades que houve
mudanças, já que a mesma situação se verificou em Manaus, Belém e cidades do interior paulista,
como Ribeirão Preto e Campinas.
Esse processo contou também com a vinda ao Brasil de milhões de imigrantes europeus e
asiáticos para trabalharem tanto nas indústrias quanto nas grandes fazendas. O fluxo migratório na
República Velha alterou substancialmente a composição da sociedade, intensificando a
miscigenação, fato que, aos olhos das elites do país, poderia levar a um embranquecimento da
população, aprofundando o preconceito contra os negros de origem africana.
Mas a modernização na República Velha apresentou também contradições sociais que resultaram
em conflitos de várias ordens. Nas cidades surgiram os movimentos operários, impulsionados pelos
imigrantes europeus e suas posições políticas ligadas principalmente ao anarquismo. Foi nesta
época que surgiram uma infinidade de movimentos grevistas por melhorias nas condições de salário
e trabalho, sendo o mais conhecido a Greve Geral de 1917, em São Paulo. Em 1922, foi fundado o
Partido Comunista Brasileiro, consequência da Revolução Russa. Além disso, os homens
alfabetizados e maiores de 21 anos passaram a poder votar nas eleições.
Na vastidão do interior rural do Brasil, surgiram movimentos messiânicos, como o Contestado, no
Sul, e Canudos, na Bahia, além do aparecimento do Cangaço, celebrizado pela figura de Lampião.
O controle político do interior do país na República Velha ficava nas mãos dos coronéis, sendo o
voto de cabresto a principal característica do coronelismo. A Coluna Prestes que percorreu milhares
de quilômetros tentando buscar apoio popular a uma revolução social foi também um fenômeno da
República Velha.
No aspecto cultural da sociedade, surgiu o choro e o samba, gêneros musicais que ainda fazem
parte da cultura popular nacional. Na elite, a influência europeia, principalmente francesa, mudou o
comportamento das pessoas ricas, em seu jeito de vestir, falar e se portar em público, o que ficou
conhecido como a Belle Époque (Bela Época) no Brasil. Surgiu também na República Velha a
Semana de Arte Moderna de 1922, animada por vários artistas como Villa-Lobos e Mário de
Andrade, e que pretendia fazer uma antropofagia cultural, misturando elementos das culturas
europeia e brasileira na produção artística.”
(Por Tales Pinto, em http://brasilescola.uol.com.br/historiab/sociedade.htm)
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a) Retire do texto uma ideologia que influenciou os operários (imigrantes ou brasileiros) a se
mobilizarem por melhores condições de trabalho.
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b) Explique, de maneira sucinta, o que defendia a ideologia citada na resposta acima.
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c) ...“surgiram movimentos messiânicos, como o Contestado, no Sul, e Canudos, na Bahia”. A
partir do texto e dos que você aprendeu nas aulas, explique o conceito de messiânico.
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d) Explique o que era o “voto do cabresto” e dê três exemplos práticos de como ele funcionava.
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3. “REVOLUÇÃO RUSSA (1917)
A Revolução Russa de 1917 foi um dos principais acontecimentos do século XX. Acontecimento
esse que irrompeu durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), apesar de seus antecedentes
remeterem ao ano de 1905, em que o correu a primeira tentativa revolucionária, que teve como
estopim o episódio marcante conhecido como Domingo Sangrento.
O principal aspecto da Revolução Russa é ela ter sido orientada pela doutrina comunista,
desenvolvida pelo filósofo alemão Karl Marx no século XIX – com a ressalva de que tal doutrina foi
complementada e acrescida de um plano estratégico por aquele que se tornou o mais importante
líder da revolução: Lenin.
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Na virada do século XIX para o século XX, a Rússia, então um império czarista que vinha sendo
governado por mais de trezentos anos pela mesma dinastia (Romanov), começava a sofrer pressões
de ordem econômica e de ordem política. Um dos grandes problemas que a Rússia enfrentava era o
atraso tecnológico. O Império Romanov não havia conseguido ainda promover transformações
profundas na área da indústria e permanecia sendo uma sociedade profundamente agrária e com
uma população insatisfeita, tanto camponeses e operários quanto a classe burguesa que se
formava.
Além disso, o Império czarista gastava boa parte de seu orçamento com guerras, como a Guerra
Russo-Japonesa, desencadeada entre 1904 e 1905. Nesse contexto, ganharam força os partidos
políticos que buscavam dar representação aos setores da sociedade russa mais insatisfeitos com o
regime do czar. Além de partidos de matriz liberal, o Partido Operário Social-Democrata Russo
(POSDR) destacou-se como um partido de inspiração marxista, porém com grande divergência de
pensamento entre seus membros. As tendências divergentes do POSDR polarizaram-se entre os
mencheviques, a minoria, e os bolcheviques, a maioria.
Os mencheviques eram liderados por Yuly Martov e Georgy Plekanov e tinham uma postura mais
ajustada com o pensamento do marxismo ortodoxo, isto é, defendiam que a revolução comunista na
Rússia deveria seguir as etapas definidas por Marx. Sendo assim, a burguesia deveria desenvolver
o país por intermédio de uma reforma industrial capitalista profunda, enterrar o regime czarista e só
depois a classe operária protagonizaria uma revolução na esteira do comunismo.
Os bolcheviques, que tinham como líder Vladimir Ilitch Ulianov, conhecido como Lenin,
propunham uma alternativa diferente daquela sustentada pelo marxismo ortodoxo. Para Lenin, a
revolução poderia ser acelerada em um país sem quadros econômicos com alto desenvolvimento
capitalista (como era o caso da Rússia). Essa “aceleração” poderia ser operada e protagonizada
pela aliança entre a classe operária e o campesinato – sendo que ambos receberiam a orientação
de um comitê revolucionário formado por intelectuais e por dirigentes partidários.
Após as rebeliões e greves iniciadas em 1905, o Império Russo procurou articular-se com os
liberais para tentar promover reformas que beneficiassem camponeses, operários e burgueses. A
saída para isso foi a criação da Duma, isto é, Assembleia de representação popular. Enquanto isso,
havia também o processo de organização política dos trabalhadores em torno dos sovietes, isto é,
conselhos deliberativos que foram extintos após a retomada da ordem pelo czar e que só voltariam a
ter destaque em 1917.
Com a entrada da Rússia em mais uma guerra, a Primeira Guerra Mundial, o poder do czar
Nicolau II começou a ficar ainda mais debilitado. Em fevereiro de 1917, uma junção de
manifestações, greves e vários atos de insubordinação por parte de camponeses, operários e
militares por toda a Rússia provocou a queda do czar e o fim do Império. Esses acontecimentos
ficaram conhecidos como Revolução de Fevereiro. Seguiu-se, a partir desses acontecimentos, o que
alguns historiadores denominaram de “etapa democrático-burguesa”, constituída de um Governo
Provisório, resultante de uma aliança entre o soviete de Petrogrado, que era controlado por
trabalhadores e militares, e um poder central controlado pela burguesia liberal.
Essa aliança, entretanto, logo se mostrou frágil. A dualidade dos interesses burgueses e
proletários acirrou-se nos meses seguintes. Um dos principais pontos de divergência entre os dois
comandos era a continuação da presença na guerra, defendida pelo Governo Provisório e repudiada
pelo soviete de Petrogrado. Em abril de 1917, Lenin encaminhou aos bolcheviques as teses, ou
propostas, que retirariam a Rússia da guerra e dissolveria o Governo Provisório.
A proposta de Lenin apregoava sobretudo o lema: “Todo poder aos sovietes”. Lenin e Leon
Trotsky foram os principais responsáveis pelo encaminhamento da revolução a um caráter
bolchevique. O cenário provocado pela Primeira Guerra Mundial deu as condições favoráveis para
tanto, como acentuou o pesquisador Silvio Pons: “A visão revolucionária de Lenin nasceu em
estreita interação com a experiência e a psicologia da guerra. Ela se robustecia mais com o próprio
esquematismo do que com sua retaguarda intelectual, empregando a legitimidade marxista com
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vistas a uma ruptura política. Lenin compreendeu que a guerra mundial, iniciada como guerra entre
Estados, trazia o risco de profundo dilaceramento na ordem civil europeia. E, ao mesmo tempo, via
as potencialidades que a mobilização bélica e seu impacto social apresentavam para a explicitação
de uma nova política de massas”. (PONS, Silvio. A revolução global: história do comunismo internacional,
1917-1991. Rio de Janeiro: Contraponto Editora; Brasília: Fundação Astrojildo Pereira, 2014. p.50)
Em outubro de 1917, Lenin e Trotsky comandaram a Revolução Bolchevique, que depois passou
a ser denominada de Revolução de Outubro. A primeira tática da revolução bolchevique foi o
chamado comunismo de guerra, usado sobretudo na luta do Exército Vermelho, liderado por Trotsky,
contra o Exército Branco, de matriz conservadora e contrarrevolucionária.
De 1919 em diante, a ofensiva bolchevique passou ao plano político e, sobretudo, políticoeconômico, com a criação da NEP (Nova Política Econômica), desenvolvida por Lenin em 1921. O
governo de Lenin assentou as bases do que seriam as “repúblicas soviéticas”.”
(Por Me. Cláudio Fernandes, em http://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-russa.htm)
a) “O principal aspecto da Revolução Russa é ela ter sido orientada pela doutrina comunista,
desenvolvida pelo filósofo alemão Karl Marx”. No início do ano você aprendeu que o comunismo foi
uma das ideologias do Século XIX. A partir do que você estudou, explique, sucintamente, no que
consistia a doutrina comunista.
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b) Mencheviques e bolcheviques faziam parte do Partido Operário Social- Democrata Russo, por
isso tinham o mesmo objetivo. Apesar disso, apresentavam propostas diferentes para se atingir esse
objetivo. Mas, embora pertencessem ao mesmo partido, defendiam propostas diferentes. A partir do
texto e das aulas, diferencie a proposta dos mencheviques da proposta dos bolcheviques.
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c) Defina a tática “comunismo de guerra” adotada por Lenin e Trotsky na guerra entre o Exército
Vermelho e o Exército Branco.
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4. “ESTUDO DE MEIO”
Neste trimestre você aprendeu sobre a Real Fábrica de Ferro de Ipanema, construída no final do
período colonial e que existiu ao longo do Século XIX. Este século foi repleto de mudanças, incluindo
a vinda de imigrantes para substituir a mão de obra escrava, que acabava aos poucos no Brasil.
Na apostila do estudo de meio, leia novamente os textos “Brasil – Economia I” e “Mundo” e
compare os modos de produção e de trabalho do Brasil com a Europa no século XIX.
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