Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página I Orientação para o Professor – Português – 8.º Ano do Ensino Fundamental RECURSOS DA LINGUAGEM classe que evidencie a importância deste tipo de questão como atividade significativa de aprendizagem. É preciso ter em mente que os alunos só creditarão importância às questões deste tipo se o(a) professor(a) tratar a atividade como importante. Para isso, deve orientar os alunos a: a. refletirem antes de responder à questão; b. responderem à questão com o mesmo empenho e cuidado com que respondem a outros itens; c. formularem a resposta de maneira completa, buscando expressar-se com precisão. O objetivo é levar os alunos a analisarem e empregarem diferentes recursos da linguaguem, fornecendo-lhes condições para aprimorar e precisar a comunicação. Assim, os conteúdos gramaticais – orações coordenadas e verbos –, tratados conceitualmente e estudados também na interpretação e na produção de textos, devem ser enfocados para relacionar e expressar ideias, reproduzir realidades, criar efeitos... PERGUNTAS DE RESPOSTA PESSOAL A transmissão dos conhecimentos acumulados e o desenvolvimento de habilidades, reconhecida função da escola, não se esgota em si. Os conhecimentos e as habilidades se revestem de valor se representarem alguma transformação no indivíduo e na sociedade. Afinal, educa-se para quê? De que servem os conhecimentos e as habilidades se não resultarem em refinamento de sensibilidade, em desenvolvimento de raciocínio, em superação de preconceitos, em atuação que considere as leis naturais, a convivência social, as diferenças culturais? Ir além da transmissão de conteúdos e do desenvolvimento de habilidades, ou seja, voltar-se para a finalidade última da educação, requer estratégias cuidadosamente planejadas e atenção permanente às mudanças que se evidenciam no decorrer do processo. Nas sequências de aprendizagem aqui propostas, fazem parte dessas estratégias as perguntas cujas respostas são de cunho pessoal (indicadas no caderno do professor como “resposta pessoal”). As perguntas de resposta pessoal foram formuladas, na maior parte das vezes, com um dos dois propósitos indicados a seguir: • iniciar um assunto partindo do repertório prévio do aluno; • fechar um assunto levando o aluno a refletir sobre sua vivência a partir dos conhecimentos novos desenvolvidos durante o curso. Espera-se que este tipo de perguntas, considerando-se a acuidade possível e o nível de maturidade de cada faixa etária, leve o aluno a: 1) observar-se para identificar suas vivências, sentimentos, sensações, pontos de vista e valores; 2) utilizar recursos expressivos da linguagem verbal e/ou não verbal para transmitir o que foi capaz de identificar como experiência pessoal; 3) desenvolver atitude de interesse e respeito pelas vivências, opiniões e valores dos colegas; 4) estabelecer paralelo entre as próprias experiências e as dos demais; 5) analisar e avaliar suas vivências, sentimentos, sensações, pontos de vista e valores a partir de um referencial ampliado pelo estudo proposto, pelo conhecimento das experiências dos colegas, pelas discussões e reflexões a respeito do assunto. Os objetivos detalhados acima revelam que questões de resposta pessoal, à primeira vista com importância menor do que todas as outras que requerem respostas claramente pontuadas no “conteúdo programático”, têm papel substantivo no processo educativo. Em decorrência, exigem do(a) professor(a) tratamento muito hábil. As recomendações apresentadas a seguir visam à criação de condições favoráveis ao desenvolvimento dos objetivos. 1. 2. Para que se criem condições para o aluno repensar julgamentos, superar preconceitos, enfim, reavaliar-se, é necessário o estabelecimento de um clima destituído de censura, a fim de que as ideias, por medo ou vergonha, não sejam camufladas ou distorcidas para agradar aos demais, sobretudo ao(à) professor(a). A criação dessas condições propícias à livre expressão requer que o(a) professor(a): a. converse com a classe a respeito de manifestações inadequadas do grupo quando alguém emite uma opinião, relata uma experiência, manifesta um sentimento etc.; b. estabeleça um compromisso entre todos que implique atitude de atenção e respeito às vivências alheias; c. evite qualquer comentário, expressão, gesto, que represente desaprovação, quando o aluno faz seu relato pessoal. 3. Para propiciar uma mudança qualitativa, levar o aluno a enriquecer ideias e reformular julgamentos, é necessário que o(a) professor(a) atue como mediador do processo: a. solicite exposição de argumentos para justificar opiniões e julgamentos (Por que você pensa desta maneira? Este fato não poderia ser visto de outra forma, por exemplo....? Você já tentou se colocar no lugar desta pessoa, já se imaginou vivendo esta situação, pode descobrir os motivos que levaram a pessoa a agir desta maneira e não de outra?); b. formule novas perguntas que possibilitem ao aluno refletir sobre a diversidade de opiniões e valores (Por que alguns pensam da maneira x e outros da maneira y? Por que este fato, aspecto, é mais importante para uns e menos para outros? Por que as famílias de alguns de nós valorizam algumas coisas mais e outras menos? As diferenças nos modos de pensar e de sentir têm relação com a origem, nacionalidade, cultura, religião de cada um? Pode-se afirmar, em certos casos, que existe o certo e o errado? etc.) c. forneça evidências que levem o aluno a superar preconceitos e julgamentos apressados, baseados em experiências isoladas (Você acredita que pessoas com esta característica x sempre ajam desta maneira? Segundo o relato de outros colegas, há pessoas com esta característica x que têm um comportamento diferente, você não teria baseado seu julgamento a partir do conhecimento de uma única ou de poucas pessoas? O fato que você relatou pode ocorrer desta forma, mas também pode ocorrer de maneira diferente, por exemplo... etc.). Ainda com relação a valores e julgamentos, é importante considerar, na mediação exercida pelo(a) professor(a), que a escola deve pautar-se: • por valores de consenso social, como a igualdade de direitos, a convivência pacífica, a promoção da cidadania, o desenvolvimento social e cultural; • pelo respeito às diferenças ideológicas, culturais e religiosas. As questões, tal como formuladas e apresentadas em pontos calculados da sequência de conteúdos, trazem indicadores do que o aluno deve observar nas suas experiências para fornecer a resposta. Cabe ao(à) professor(a) adotar uma postura frente à I Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página II Isso significa que valores de consenso social devem ser promovidos e defendidos, e diferenças ideológicas, culturais e religiosas devem ser analisadas, sem julgamento de valor, para que sua compreensão resulte na atitude de aceitação respeitosa. CAPÍTULO 9 MINHAS FÉRIAS Objetivos • identificar características da linguagem infantil; • identificar o uso de orações coordenadas sindéticas aditivas e adversativas. CAPÍTULO 5 A TINTA DE ESCREVER Estratégias • se achar conveniente, organize o trabalho dos alunos em etapas, da seguinte forma: – 1a etapa – resolução e correção das questões 1 a 8; – 2a etapa – resolução e correção das questões 9 a 12; – 3a etapa – resolução e correção das questões 13 a 15. Objetivos • identificar características da linguagem infantil; • identificar o uso de orações coordenadas; • refletir sobre a relação professor-aluno. Estratégias • as usuais. CAPÍTULO 10 CLAMO, E RECLAMO, E FICO CAPÍTULO 6 REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – ORAÇÕES COORDENADAS E ORAÇÕES SUBORDINADAS (I) Objetivo • identificar o uso de polissíndeto como recurso expressivo. Objetivos • distinguir entre orações subordinadas e orações coordenadas; • distinguir entre orações coordenadas assindéticas e orações coordenadas sindéticas; • distinguir entre orações subordinadas e orações independentes (coordenadas); • distinguir entre orações assindéticas e orações coordenadas sindéticas. Estratégias • as usuais. CAPÍTULO 11 – OU ISTO OU AQUILO Objetivo • identificar o uso de orações coordenadas sindéticas alternativas. Estratégias • as usuais. Estratégias • corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o exercício seguinte; • leia o item A junto com a classe; • dê as explicações necessárias; • corrija o primeiro exercício antes de passar para o seguinte. CAPÍTULO 12 REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS E CONCLUSIVAS (I) Objetivos • identificar orações coordenadas sindéticas alternativas e conclusivas; • identificar orações coordenadas alternativas e conclusivas. CAPÍTULO 7 REDAÇÃO Objetivo • reproduzir a linguagem infantil. Estratégias • corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o exercício seguinte. Estratégias • oriente os alunos para elaborarem o texto; • ao avaliar os textos, não leve em consideração erros ortográficos ou gramaticais, uma vez que se trata de reprodução da linguagem infantil. No final da unidade, os alunos terão oportunidade de reescrever o texto em linguagem mais apropriada, ocasião em que os erros serão apontados. CAPÍTULO 13 REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS Objetivo • identificar orações coordenadas sindéticas explicativas. CAPÍTULO 8 REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS E ADVERSATIVAS Estratégias • corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o exercício seguinte. CAPÍTULO 14 MENINO Objetivos • identificar orações independentes, coordenadas sindéticas aditivas e adversativas; • identificar orações coordenadas sindéticas aditivas e adversativas. Objetivo • identificar o emprego de orações explicativas. Estratégias • corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o exercício seguinte; • as usuais. Estratégias • solicite que cada aluno leia trechos do texto, destacando a entonação das frases; • para as questões, aplique as estratégias usuais. II Gab C2_8o_ano_Tony_SOME_2013 02/01/13 09:17 Página III CAPÍTULO 15 REDAÇÃO GABARITO Objetivos • reproduzir frases estereotipadas; • identificar argumentos que justifiquem afirmações; • construir orações coordenadas sindéticas explicativas ou equivalentes. CAPÍTULO 5 – A TINTA DE ESCREVER Estratégias • recolha as redações para correção somente após a atividade da próxima aula; • corrija os textos usando os procedimentos usuais. CAPÍTULO 16 REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – VERBOS: FORMAS PRIMITIVAS E DERIVADAS Objetivos • conjugar os verbos a partir das formas primitivas; • identificar exceções na conjugação de verbos; • perceber o papel do verbo como recurso expressivo. Estratégias • corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o exercício seguinte; • oriente os alunos para responderem às questões 1 a 4; • corrija-as antes de os alunos resolverem as questões 5 a 7; • corrija as questões 5 a 7; • oriente a classe para a atividade proposta no item 8 e comente o trabalho de alguns alunos (se possível, de todos). 1. Caneta com depósito para tinta. Esse depósito pode ser reabastecido com tinta especial para esse fim, que vem acondicionada em pequenos vidros. 2. poderia seria 3. A dificuldade é sugerida pelo título da obra: Compozissões Imfãtis. Aí são colocados em evidência erros típicos cometidos pelos alunos das primeiras séries pela dificuldade em distinguir entre o emprego de n e m, z e s, ss e ç, n e ~, 4. Composições Infantis. 5. “E uma coisa que eu não sei é como um vidrinho de tinta tão pequeno pode ter tanto erro de Português.” 6. “A gente podia fazer a lição com lápis mas com lápis era muito fácil e por isso a professora não deixa.” 7. Resposta pessoal. 8. O texto sugere que os alunos concebem o erro tal como especificado na alternativa a, provavelmente em decorrência de experiências punitivas no próprio ambiente escolar. 9. Resposta pessoal. CAPÍTULO 6 – REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – ORAÇÕES COORDENADAS E ORAÇÕES SUBORDINADAS CAPÍTULO 17 DIMINUTIVOS Objetivo • perceber o papel do diminutivo como recurso expressivo. 1. b, c, d, f, g, j, k, m, n 2. Retirei o dinheiro do banco e paguei minhas dívidas. Quis rir, mas chorei. Leia o livro ou assista ao filme. Eles não completaram dezesseis anos; portanto, não podem votar. g) “Tira, põe, não deixa ficar.” j) Deve ser tarde, pois a rua está deserta. k) Nem eu o cumprimentei nem ele me dirigiu a palavra. m) Ande, corra, voe! n) Não viajei, porém me diverti muito. 3. b) c) d) f) Estratégias • aplique os procedimentos usuais. CAPÍTULO 18 REDAÇÃO Objetivo • utilizar linguagem e apresentar ideias compatíveis com a idade e o amadurecimento. Estratégias • as usuais. CAPÍTULO 19 REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – REVISÃO Objetivo • revisar os principais conteúdos gramaticais vistos. b) c) d) f) Retirei o dinheiro do banco / e paguei minhas dívidas. Quis rir, / mas chorei. Leia o livro / ou assista ao filme. Eles não completaram dezesseis anos; / portanto, não podem votar. g) “Tira, / põe, / não deixa ficar.” j) Deve ser tarde, / pois a rua está deserta. k) Nem eu o cumprimentei / nem ele me dirigiu a palavra. m) Ande, / corra, / voe! n) Não viajei, / porém me diverti muito. NOÇÕES GRAMATICAIS Estratégias • corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o exercício seguinte. 1. III b) Oração coordenada sindética: e paguei minhas dívidas. c) Oração coordenada sindética: mas chorei. Gab C2_8o_ano_Tony_SOME_2013 02/01/13 09:17 Página IV d) Oração coordenada sindética: ou assista ao filme. f) Oração coordenada sindética: portanto, não podem votar. g) Oração coordenada assindética: põe, Oração coordenada assindética: não deixa ficar. j) Oração coordenada sindética: pois a rua está deserta. k) Oração coordenada sindética: Nem eu o cumprimentei Oração coordenada sindética: nem ele me dirigiu a palavra. m) Oração coordenada assindética: corra, Oração coordenada assindética: voe! n) Oração coordenada sindética: porém me diverti muito. Oração coordenada: A gente podia fazer a lição com lápis. Oração coordenada sindética: mas com lápis era muito fácil. Oração coordenada sindética: e por isso a professora não deixa. 2. g) Oração coordenada sindética: todavia não foram elogiados pelos professores. h) Oração coordenada sindética: contudo foram reprovados. i) Oração coordenada sindética: entretanto foram elogiados pelos professores. j) Oração coordenada sindética: no entanto obtiveram bons resultados nos exames. 8. • Relação de oposição: b, e, g, h, i, j CAPÍTULO 7 – REDAÇÃO B. NOÇÕES GRAMATICAIS 1. 1 2 a) Experimentei / e não gostei. 1 2 b) Ele não compareceu / nem telefonou. 1 3 c) Trabalham muito, / contudo ganham pouco. 1 3 d) Ela mora longe, / porém nos visita com frequência. 2 2 e) Ela não só fotografou a paisagem / mas também a pintou. 1 2 3 f) Arrumou-se / e saiu depressa, / no entanto chegou atrasada. 1 2 3 g) Chamou minha atenção / como ainda me ofendeu, / mas não reconheceu seu erro. 1 2 3 h) Fui ao médico / e tomei os remédios, / todavia ainda me sinto fraco. 1 3 2 i) Viajei, / entretanto não me diverti / nem me distraí. 2. a) b) c) d) e) f) g) CAPÍTULO 8 – REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS E ADVERSATIVAS A. EXERCÍCIOS EXPLORATÓRIOS 1. Porque pensa o tempo todo na outra pessoa, fica distraído, bobo, um pouco triste. 2. Porque não perdeu o apetite. 3. “e perde o apetite”. 4. Resposta: A 5. mas 6. a) Eles estudaram e obtiveram bons resultados nos exames. b) Eles estudaram, mas não obtiveram bons resultados nos exames. c) Eles não estudaram nem se divertiram. d) Eles não só estudaram, mas também se divertiram. e) Eles estudaram, porém se divertiram. f) Eles não só obtiveram bons resultados nos exames, como ainda foram elogiados pelos professores. g) Eles obtiveram bons resultados nos exames, todavia não foram elogiados pelos professores. h) Eles estudaram, contudo foram reprovados. i) Eles não obtiveram bons resultados nos exames, entretanto foram elogiados pelos professores. j) Eles não estudaram, no entanto obtiveram bons resultados nos exames. 7. • Relação de soma: a, c, d, f h) i) j) k) Ela apareceu e repentinamente sumiu. Canta, dança, ri. Canta, e dança, e ri. Disse a verdade, no entanto duvidaram de mim. O tempo estava chuvoso, e eu resolvi ficar em casa. Pensei no tempo chuvoso e resolvi ficar em casa. Estava cansado e precisava me retirar, contudo permaneci até o final da festa. Não só admiro este escritor, mas também imito seu estilo. Não estudei nem trabalhei, porém me sinto exausto. (optativo o uso da vírgula antes do nem). Não estudei, todavia trabalhei, e me sinto exausto. Chora, e esperneia, e reclama, mas logo recupera o bom humor. CAPÍTULO 9 – MINHAS FÉRIAS a) Oração coordenada sindética: e obtiveram bons resultados nos exames. b) Oração coordenada sindética: mas não obtiveram bons resultados nos exames. c) Oração coordenada sindética: nem se divertiram. d) Oração coordenada sindética: Eles não só estudaram, Oração coordenada sindética: mas também se divertiram. e) Oração coordenada sindética: porém se divertiram. f) Oração coordenada sindética: Eles não só obtiveram bons resultados nos exames, Oração coordenada sindética: como ainda foram elogiados pelos professores. IV 1. Os assuntos são tratados de maneira menos infantil e a construção das frases é mais elaborada. Resposta: A 2. c, d 3. Resposta pessoal. 4. Coordenadas sindéticas aditivas. 5. Resposta: A Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página V 6. Coordenada sindética aditiva. 6. “Uma feira um tanto organizada demais: sempre os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse.” 7. Sim. No texto predominam as orações coordenadas sindéticas aditivas, que estabelecem as relações mais simples entre orações. 7. Sim, pois sempre achou que deveria haver um canto em que qualquer artista ou qualquer pessoa pudessem vender suas obras, sem alvarás nem licenças. 8. Não. Segundo a descrição de Rubem Braga, a cidade apresentava problemas como a proliferação de camelôs, sujeira e violência. 9. Não. O título do texto demonstra sua intenção de permanecer no Rio de Janeiro: “Clamo, e reclamo, e fico”, 8. 9. a) “... já que eu, a minha irmã (Su)... e, até os 5 anos de idade, sempre que via...” “apesar da minha mãe avisar que..., e a minha irmã (Su) insistir...” “Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu..., e meu pai perdeu a paciência...” “Na estrada tinha tanto buraco que o carro quase quebrou, e nós atrasamos...” “... quando chegamos ao local do camping já era noite, e o meu pai disse..., e decidimos...” “... porque nós tínhamos estacionado o carro no quintal dele, e a água que o meu pai viu...” “O rio tinha um cheiro ruim, e o primeiro peixe que nós pescamos...” “... mas não deu para comer, e o melhor de tudo é que choveu muito, e a água do rio subiu, e nós voltamos para casa flutuando...” b) “Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos...” 10. Piorou. O crescimento demográfico e o agravamento dos problemas sociais – não só no Rio de Janeiro, mas nas grandes metrópoles em geral – são algumas das causas do aumento da miséria, do desemprego e da violência. 11. Resposta pessoal. 12. Resposta pessoal. CAPÍTULO 11 – OU ISTO OU AQUILO 1. Resposta: B Complete o quadro de alternativas apresentadas no poema. 10. Resposta: A 11. Não. É suficiente fornecer essas informações uma única vez, na primeira referência à irmã e ao cachorro. 12. Exemplificar, com certo exagero, repetições comuns e desnecessárias, que demonstram não haver pleno domínio dos recursos da língua escrita por parte das crianças. Sim ter chuva ter sol Não ter sol ter chuva Sim calçar a luva pôr o anel Não pôr o anel calçar a luva Sim subir nos ares ficar no chão Não ficar no chão subir nos ares Sim guardar o dinheiro comprar doce Não comprar doce guardar o dinheiro Sim brincar estudar Não estudar brincar Sim correr ficar tranquilo Não ficar tranquilo correr Sim isto aquilo Não aquilo isto 13. Resposta pessoal. 14. A falta de repertório das pessoas que vivem em cidades grandes, necessário para o contato com a natureza. 15. Resposta pessoal. CAPÍTULO 10 – CALMO, E RECLAMO, E FICO 2. a) “E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos...” “... mas podia haver menos cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes...” b) “Clamo, e reclamo, e fico” “... e assaltantes que trabalham até dentro d’água, com um canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão pede picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma.” 3. Resposta: B 4. Resposta: C 5. Resposta: A V 2. Resposta: B 3. Resposta pessoal. 4. “Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...” “Mas não consegui entender ainda qual é melhor; se é isto ou aquilo.” Gab C2_8o_ano_Tony_SOME_2013 02/01/13 09:17 Página VI 5. a) Não sei se calço a luva, não sei se ponho o anel. b) Ou se brinca e não se estuda, ou se estuda e não se brinca. 6. Resposta pessoal. 7. Resposta pessoal. 8. Resposta pessoal. B. NOÇÕES GRAMATICAIS 1. 1 2 a) Aguarde um pouco / ou volte depois. 2 2 b) Ora aplaudiam, / ora vaiavam. 1 3 c) O produto está deteriorado, / portanto não pode ser consumido. 1 3 d) O dia está nublado, / por conseguinte irá chover. 2 2 e) Ou fazemos valer nossos direitos / ou nos deixamos enganar. 1 3 f) Somos críticos, / logo temos opiniões próprias. 1 3 g) Temos direitos, / então podemos reivindicá-los. 1 h) Ela me ofereceu sua ajuda em um momento 3 difícil; / sou-lhe, pois, muito grato. 2. a) Ou eu nado ou caminho pela praia. b) Venci, portanto a medalha é minha. c) Seu discurso foi claro, emocionante e empolgante; por conseguinte só recebeu elogios. d) Conte-me a verdade ou não me dirija mais a palavra. e) Chovia muito; as ruas estavam, pois, alagadas e intransitáveis. f) Pensei muito, logo consegui chegar a uma conclusão. g) Pensava em nossa amizade, em nossas conversas e em nossa vida em comum; logo, felizmente ou infelizmente, não a esqueci. h) Hoje ele está, mais do que nunca, bastante irritado; portanto devo calar-me. i) Tenho pouco dinheiro, então devo economizá-lo. j) Ora você me agrada ora me rejeita. k) Sou brasileiro, trabalho e pago impostos; logo, como cidadão, posso exigir meus direitos. CAPÍTULO 12 – REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS E CONCLUSIVAS A. EXERCÍCIOS EXPLORATÓRIOS 1. “Minha mãe me mima” e “Amo minha mãe”. 2. Parar de escrever hipocrisias. 3. Resposta: C 4. O fato de ter acordado muito contente. 5. a) b) c) d) e) 6. a) Oração coordenada: Durma Oração coordenada sindética: ou leia um livro. b) Oração coordenada sindética: Ora chora, Oração coordenada sindética: ora ri. c) Oração coordenada: Estamos todos cansados, Oração coordenada sindética: portanto deveremos descansar. d) Oração coordenada: Ouço vozes, Oração coordenada sindética: logo deve haver alguém por perto. e) Oração coordenada: Não cometi nenhum ato reprovável, Oração coordenada sindética: por conseguinte minha consciência está tranquila. f) Oração coordenada: Hoje é feriado, Oração coordenada sindética: então não teremos aula. g) Oração coordenada: Ainda nos restam algumas matas virgens; Oração coordenada sindética: devemos, pois, preserválas. h) Oração coordenada sindética: Ou eu me engano muito, Oração coordenada sindética: ou você se opõe à minha ideia. • Relação de alternância: a, b, h • Relação de conclusão: c, d, e, f, g 7. Durma ou leia um livro. Ora chora, ora ri. Estamos todos cansados, portanto deveremos descansar. Ouço vozes, logo deve haver alguém por perto. Não cometi nenhum ato reprovável, por conseguinte minha consciência está tranquila. f) Hoje é feriado, então não teremos aula. g) Ainda nos restam algumas matas virgens; devemos, pois, preservá-las. h) Ou eu me engano muito, ou você se opõe à minha ideia. CAPÍTULO 13 – REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS VI A. EXERCÍCIOS EXPLORATÓRIOS 1. (A questão tem por finalidade apenas despertar a curiosidade dos alunos. O importante é que eles examinem as duas frases e procurem diferenças entre elas, mesmo que não cheguem à resposta correta. No final da próxima aula, eles devem voltar a examinar as frases para elaborar uma nova resposta.) Para o garoto, o fato de a garota abraçá-lo confirma que ela gosta dele. A frase sugere que ele fez uma descoberta, ou confirmou algo de que desconfiava. (“porque está me abraçando” é uma oração coordenada sindética explicativa.) Para a garota, o fato de o garoto abraçá-la é consequência de seu afeto por ela. A frase sugere que ela já conhecia os sentimentos do garoto. (“porque gosta de mim” é uma oração subordinada adverbial causal.) Gab C2_8o_ano_Tony_SOME_2013 02/01/13 09:17 Página VII 2. 3. 4. a) Deve fazer frio na Irlanda, pois os irlandeses confeccionam muita roupa de lã. b) Não fique preocupado, que já resolvi o problema. c) O filme deve ser comovente, visto que as pessoas saem do cinema com lágrimas nos olhos. d) Você não deve ter sentido a minha falta, porque nunca me procurou. e) Ela arrependeu-se, porquanto nos pediu perdão. 1 6 e) Não gosto de comemorações, / visto que ninguém jamais me encontrou em uma festa. 1 4 f) Leia as instruções / ou peça auxílio a alguém com experiência. 1 2 g) Deu-me todas as explicações / como ainda fez demonstrações do uso do aparelho. a) Oração coordenada: Deve fazer frio na Irlanda, Oração coordenada sindética: pois os irlandeses confeccionam muita roupa de lã. b) Oração coordenada: Não fique preocupado, Oração coordenada sindética: que já resolvi o problema. c) Oração coordenada: O filme deve ser comovente, Oração coordenada sindética: visto que as pessoas saem do cinema com lágrimas nos olhos. d) Oração coordenada: Você não deve ter sentido a minha falta, Oração coordenada sindética: porque nunca me procurou. e) Oração coordenada: Ela arrependeu-se, Oração coordenada sindética: porquanto nos pediu perdão. a) 1º. 2º. b) 1º. 2º. c) 1º. 2º. d) 1º. 2º. e) 1º. 2º. f) 1º. 2º. g) 1º. 2º. h) 1º. 2º. 1 3 h) Pratico esportes, / contudo ainda me sinto sedentário. 1 5 i) São muito crianças; / não avaliam, pois, todos os perigos. 1 6 j) Que se sinta feliz, / pois eu também estou muito bem! 1 6 k) Ele não estava à vontade, / porque gesticulava nervosamente. fato: ela está zangada fato: não me cumprimentou fato: não me cumprimentou fato: achei-a zangada fato: não conseguimos resolver muitas das questões fato: o exame nos pareceu difícil fato: estavam distraídos fato: não notaram a nossa presença fato: não notaram a nossa presença fato: eles nos pareceram distraídos fato: ele me auxiliou inúmeras vezes fato: considero-o generoso fato: ele foi bem na prova fato: está feliz e despreocupado fato: ele estudou fato: ele foi bem na prova 2. a, d, e 3. Resposta pessoal. CAPÍTULO 14 – MENINO 1. As mães costumam repetir essas frases aos filhos. 2. a) b) c) d) e) f) 3. Resposta pessoal. 4. Resposta: A a) Imperativo afirmativo b) Presente do subjuntivo (oração optativa, que exprime desejo) c) Pretérito perfeito do indicativo d) Imperativo afirmativo e) Pretérito perfeito do indicativo f) Presente do subjuntivo (oração optativa, que exprime desejo) 5. Resposta pessoal. 6. b, c, e, g 7. c, d 8. Resposta pessoal. 9. Resposta pessoal. B. NOÇÕES GRAMATICAIS 10. Resposta pessoal. 1. 1 6 a) Telefone, / pois precisamos conversar. 5. 1 2 Mistura de 2.ª pessoa (toma) e 3.ª pessoa (seu). Contração de palavras (“pra” = para a). Emprego do pronome pessoal oblíquo no início da frase. Emprego de expressão situacional (olha aí). Repetição de palavra (você). Repetição da negativa (não). CAPÍTULO 15 – REDAÇÃO b) Não fui à festa / nem me desculpei com o anfitrião... CAPÍTULO 16 – REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – VERBOS: FORMAS PRIMITIVAS E DERIVADAS 1 3 c) Não fui à festa, / todavia me desculpei com o anfitrião. 1 5 d) Não fui à festa, / portanto me desculpei com o anfitrião. A. VII EXERCÍCIOS EXPLORATÓRIOS Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página VIII 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Presente do indicativo Meço Medes Mede Medimos Medis Medem Presente do subjuntivo Meça Meças Meça Meçamos Meçais Meçam Presente do indicativo Digo Dizes Diz Dizemos Dizeis Dizem Presente do subjuntivo Diga Digas Diga Digamos Digais Digam Presente do indicativo Passeio Passeias Passeia Passeamos Passeais Passeiam Presente do subjuntivo Passeie Passeies Passeie Passeemos Passeeis Passeiem B. EXERCÍCIOS EXPLORATÓRIOS 1. a) Resposta: B b) Resposta: A 2. a) Medir Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Medi Medira Mediste Mediras Mediu Medira Medimos Medíramos Medistes Medíreis Mediram Mediram Imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo Medisse Medir Medisses Medires Medisse Medir Imperativo afirmativo Imperativo negativo Medíssemos Medirmos Mede Não meças Medísseis Medirdes Meça Não meça Medissem Medirem Meçamos Não meçamos Medi Não meçais Meçam Não meçam b) Diz Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Imperativo afirmativo Imperativo negativo Disse Dissera Diz Não digas Disseste Disseras Diga Não diga Disse Dissera Digamos Não digamos Não digais Dissemos Dizei Disséramos Digam Não digam Dissestes Disséreis Disseram Disseram Imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo Traze – traz Faze – faz Produze – produz Imperativo afirmativo Imperativo negativo Dissesse Disser Sê Não sejas Dissesses Disseres Seja Não seja Dissesse Disser Sejamos Não sejamos Sede Não sejais Disséssemos Dissermos Sejam Não sejam Dissésseis Disserdes Dissessem Disserem VIII Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página IX c) Passear e) Trazer Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Passeei Passeara Trouxe Trouxera Passeaste Passearas Trouxeste Trouxeras Passeou Passeara Trouxe Trouxera Passeamos Passeáramos Passeastes Trouxemos Passeáreis Trouxéramos Passearam Passearam Trouxestes Trouxéreis Trouxeram Trouxeram Imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo Passeasse Passear Passeasses Passeares Passeasse Passear Passeássemos Imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo Trouxesse Trouxer Passearmos Trouxesses Trouxeres Passeásseis Passeardes Trouxesse Trouxer Passeassem Passearem Trouxéssemos Trouxermos Trouxésseis Trouxerdes Trouxerem Trouxerem d) Ser Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Fui Fora Foste Foras Foi Fora Fomos Fôramos Fostes Fôreis Foram Foram Imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo Fosse For Fosses Fores Fosse For Fôssemos Formos Fôsseis Fordes Fossem Forem IX C. CORRESPONDÊNCIA 1. Resposta: C 2. São palavras que apresentam variações de pessoa, número, modo e tempo. 3. nos divertimos subindo na montanha até que o dia anoiteceu. Então descemos da montanha, sentamos à mesa, tomamos sopa, comemos arroz, bife, ensopado e bebemos café. Em seguida, ficamos na varanda. No dia seguinte, andamos um longo tempo a cavalo. Abraços do irmão, Maninho. 4. Resposta: B 5. a) sopamos = tomamos sopa arrozamos = comemos arroz bifamos = comemos bife ensopamos = comemos ensopado cafezamos = bebemos café b) desmontanhamos = descemos da montanha amesamos = sentamos à mesa varandamos = ficamos na varanda Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página X 6. a) b) c) d) e) f) perguntar enciumar-se tropeçar aconselhar bebericar aniversariar b) Passear 7. Hoje nossa cidade aniversaria. Todos os moradores desejam comemorar: orgulham-se de viver aqui. 8. Pessoal D. EXERCÍCIOS EXPLORATÓRIOS 1. Porque são oxítonas terminadas em a e em a seguido de s. 2. Porque são palavras proparoxítonas. 3. Porque são paroxítonas terminadas em ditongo 4. a) Medir Futuro do presente Futuro do pretérito Medirei Mediria Medirás Medirias Medirá Mediria Mediremos Mediríamos Medireis Mediríeis Medirão Mediriam Imperfeito do indicativo Infinitivo pessoal Media Medir Medias Medires Media Medir Medíamos Medirmos Medíeis Medirdes Mediam Medirem 5. Futuro do presente Futuro do pretérito Passearei Passearia Passearás Passearias Passeará Passearia Passearemos Passearíamos Passeareis Passearíeis Passearão Passeariam Imperfeito do indicativo Infinitivo pessoal Passeava Passear Passeavas Passeares Passeava Passear Passeávamos Passearmos Passeáveis Passeardes Passeavam Passearem Gerúndio Particípio Passeando Passeado a) Trazer Futuro do presente Futuro do pretérito Trarei Traria Trarás Trarias Trará Traria Traremos Traríamos Gerúndio Particípio Trareis Traríeis Medindo Medido Trarão Trariam X Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página XI c) Ter b) Dizer Futuro do presente Futuro do pretérito Direi Diria Dirás Dirias Dirá Diria Diremos Diríamos Direis Diríeis Dirão Diriam d) Vir Imperfeito do indicativo Imperfeito do indicativo Tinha Vinha Tinhas Vinhas Tinha Vinha Tínhamos Vínhamos Tínheis Vínheis Tinham Vinham c) Fazer Futuro do presente Futuro do pretérito Farei Faria Farás Farias Fará Faria Faremos Faríamos Fareis Faríeis Farão Fariam 7. a) b) c) d) e) escrito morto visto vindo posto B. NOÇÕES GRAMATICAIS Ontem, enquanto punha minhas ideias em prática, descobri algo que não sabia. Adivinhe o que me aconteceu! Contarei a você assim que nos encontrarmos. 6. a) Pôr Todos saberão que o que eu havia dito há muito tempo é a mais pura verdade. b) Ser Imperfeito do indicativo mperfeito do indicativo Punha Era Punhas Eras Punha Era Púnhamos Éramos Púnheis Éreis Punham Eram XI Presente do indicativo TEMPO PRIMITIVO imperativo presente do subjuntivo TEMPOS DERIVADOS IRREGULARIDADES imperativo afirmativo: a segunda pessoa do singular e a verbo ser nas segundas pessoas do imperativo segunda do plural são tomadas do presente do indicativo afirmativo: sê tu, sede vós menos o s final; as demais pessoas são as mesmas do presente do subjuntivo; dizer, trazer, fazer e verbos terminados em uzir costumam perder e na segunda pessoa do todas as pessoas são tomadas singular do imperativo afirmativo: imperativo negativo: .............................................................. dize ou diz tu do presente do subjuntivo .................................................................................................. -amos, -ais, -am ................................................................................................... -a, -as, -a, segunda e terceira conjugação: .............................................. -e, -es, -e, -emos, -eis, -em primeira conjugação: ............................................................... presente do subjuntivo do verbo ser: seja, sejas etc. ................................................................................................... DESINÊNCIAS Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página XII XII Pretérito perfeito do indicativo (2ª. pessoas do singular TEMPO PRIMITIVO XIII futuro do subjuntivo imperfeito do subjuntivo mais-que-perfeito do indicativo TEMPOS DERIVADOS ................................................................................... -r, -res, -r, -rmos, rdes, -rem .................................................................................... ................................................................................... -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem ................................................................................... ................................................................................... -ra, -ras, -ra, -ramos, reis, -ram ................................................................................... DESINÊNCIAS IRREGULARIDADES Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página XIII Infinito impessoal TEMPOS PRIMITIVO XIV -ndo ....................................................................... -do ....................................................................... gerúndio particípio ....................................................................... -es, -mos, -des, -em ....................................................................... posto pôr – ...................................................................... visto ver – ....................................................................... morto morrer – ................................................................. escrito escrever – ................................................................ tido ter – .......................................................................... sido ser – ........................................................................ dito dizer – .................................................................... verbos dizer (diria), fazer (faria), trazer (traria) -ria, -rias, -ria, ríamos, -ríeis, -riam ....................................................................... futuro do pretérito do indicativo infinito pessoal verbos dizer (direi), fazer (farei), trazer (trarei) verbos pôr (punha), ser (era), ter (tinha), vir (vinha) etc. IRREGULARIDADES -rei, -rás, -rá, -remos, -reis, -rão .................................................................... -amos, -eis, -am ....................................................................... -a, -as, -a, segunda e terceiraconjugação: .................... -veis, -vam ....................................................................... -va, -vas, -va, -vamos, primeira conjugação: .......................................... DESINÊNCIAS futuro do presente do indicativo imperfeito do indicativo TEMPOS DERIVADOS Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página XIV Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página XV CAPÍTULO 17 – DIMINUTIVOS 1. O italiano. 2. Resposta: A 3. As interjeições que antecedem o substantivo diminutivo expressam emoções diferentes, de agrado (Ó) e desagrado (Ah). 4. Porque os comerciais de cigarro, como as propagandas em geral, sugerem uma vida repleta de prazeres, pois só mostram o lado bom da existência. 5. Uma operaçãozinha. 6. Não necessariamente. 7. Uma conversa. 8. Não, porque uma conversinha geralmente é informal e destituída de maior importância. 9. Frio foi usado em sentido figurado, com o significado de “sem fundos”. CAPÍTULO 19 – REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – REVISÃO 1. 10. Não necessariamente. 11. Em um joguinho. b) Oração coordenada: Marcos e Helena são vizinhos sujeito composto: Marcos e Helena predicado nominal: são vizinhos predicativo do sujeito: vizinhos Oração coordenada sindética alternativa: ou moram na mesma casa predicado verbal: moram na mesma casa adjunto adverbial: na mesma casa adjuntos adnominais: a (na), mesma (de casa) Oração coordenada sindética explicativa: pois sempre os vejo juntos sujeito oculto: eu predicado verbo-nominal: sempre os vejo juntos objeto direto: os predicativo do objeto: juntos adjunto adverbial: sempre 12. Não. 13. Um caso. 14. Trivial. 15. Quantidade. 16. Resposta: B 17. Resposta: D DIMINUTIVOS II 1. Resposta: B 2. Espremidinho, branquinho, encolhidinho, quietinho, rapidinho etc. 3. Resposta: D 4. Resposta pessoal. 5. Resposta: C 6. Resposta pessoal. 7. Resposta: A 8. Resposta pessoal. 9. Resposta: C a) Oração coordenada: Espontaneamente não critiquei o erro sujeito oculto: eu predicado verbal: espontaneamente não critiquei o erro objeto direto: o erro adjuntos adverbiais: espontaneamente, não adjunto adnominal: o (de erro) Oração coordenada sindética aditiva: nem elogiei o acerto dos alunos, sujeito oculto: eu predicado verbal: elogiei o acerto dos alunos objeto direto: o acerto dos alunos adjuntos adnominais: o, dos alunos (de acerto) Oração coordenada sindética adversativa: todavia dei sugestões valiosas para a aprendizagem sujeito oculto: eu predicado verbal: dei sugestões valiosas para a aprendizagem objeto direto: sugestões valiosas para a aprendizagem adjuntos adnominais: valiosas (de sugestões), a (de aprendizagem) complemento nominal: para a aprendizagem c) Oração coordenada: Nascemos na mesma cidade; sujeito oculto: nós predicado verbal: nascemos na mesma cidade adjunto adverbial: na mesma cidade adjuntos adnominais: a (na), mesma (de cidade) Oração coordenada sindética conclusiva: somos, pois, conterrâneos sujeito oculto: nós predicado nominal: somos conterrâneos predicativo do sujeito: conterrâneos d) Oração coordenada: respondeu-se a todas as questões, sujeito indeterminado predicado verbal: respondeu-se a todas as questões objeto indireto: a todas as questões adjuntos adnominais: todas, as (de questões) Oração coordenada sindética conclusiva: logo temos as informações necessárias sujeito oculto: nós predicado verbal: temos as informações necessárias objeto direto: as informações necessárias adjuntos adnominais: as, necessárias (de informações) CAPÍTULO 18 – REDAÇÃO XV Gab C2_8o_ano_Tony_SOME_2013 02/01/13 09:17 Página XVI 2 e 3. b) c) d) a) Espere um instante, que eu já volto. 5 Ora me alegro, ora me entristeço. 3 Entrei e fiquei à vontade. 1 Ela falou mansamente, e ele respondeu aos berros. 1 (vírgula opcional) e) Pede, e suplica, e teima, e faz ameaças. 1 f) Não peço favores nem faço favores. 1 g) Fomos injustos, mas nos desculpamos. 2 h) Eles adotam costumes rígidos, no entanto são tolerantes com os outros. 2 i) Ou estuda ou desiste do exame. 3 j) Mudei-me, recentemente, para este bairro; portanto, até o momento, não conheço as redondezas. 4 k) Ele provavelmente teve êxito, pois está satisfeito. 5 l) Ela não conhecia a amizade, visto que nunca teve um amigo. 5 m) Eles não têm consideração com os outros; não conhecem, pois, a compaixão e a solidariedade. 4 n) Elas devem ter saído, porque a luz está apagada. 5 4. a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) l) LINGUAGEM INFANTIL ORAÇÕES COORDENADAS A ÁGUA ORAÇÕES COORDENADAS ORAÇÕES COORDENADAS ADITIVAS E ADVERSATIVAS REDAÇÃO PONTUAÇÃO 1. 2. 3. 4. Ele vai e vem. Ele vai, e vem, e vai, e vem... Irritei-me, mas fingi indiferença. A multidão aplaudia freneticamente, e o cantor agradecia friamente. (Neste caso, o uso da vírgula é facultativo.) 5. Empolgou-se, no entanto conservou o senso crítico. 6. Estamos cansados de promessas, de mentiras, de ilusões; portanto fale-nos somente a verdade. 7. Ele continuará estudando nesta escola, quer seja aprovado, quer seja reprovado. 8. Fale mais alto ou não será ouvido. 9. Gosto de esportes, logo gosto de nadar. 10. Estou nervoso; preciso, pois, me acalmar. ouço Espero, ouças Ouça, arrependerá Pensei, ouviam Seja, soubéssemos, ensinaríamos vinha, viste escrito, posto pondo sentou, jantáramos venhas, admitires, conversaremos for, terá MEU BENZINHO 2. a) b) c) d) e) 3. Resposta pessoal. 4. No texto é usado um único sinal de pontuação: as reticências do final. TAREFAS Pedido Queixa Ameaça Declaração de amor Confissão A ÁGUA 1. Fria, mole, doce e salgada. 2. Líquido. 3. O gelo é água em estado sólido. 5. Não, porque o texto informativo deve ser preciso e lógico. A ausência de sinais de pontuação cria ambiguidades. 4. “A água é fria mas só quando a gente está dentro. Quando a gente está fora nunca se sabe a não ser a da chaleira, que sai fumaça.” 6. Resposta: B 7. Resposta pessoal. 8. Resposta: A 9. Resposta pessoal. 5. Resposta: A 6. Resposta: B 7. Resposta: A 8. Resposta: B 9. Resposta: D 10. Resposta: B 11. Sim, porque é um texto em que predomina a função afetiva da linguagem. 10. Resposta: D 12. Resposta pessoal. 11. Resposta pessoal. 13. Resposta: B 12. “Mais ruim” – pior. 14. Mistura de pronomes: você, te, teu. termos de gíria: zaranza, porre. XVI Gab C2_8º ano_Port_Keli_2011 17/02/11 10:16 Página XVII REDAÇÃO 7. Resposta: C ORAÇÕES COORDENADAS EXPLICATIVAS 8. A ação da personagem revela seus sentimentos, sem que o autor os declare explicitamente. 9. Resposta pessoal. ORAÇÕES COORDENADAS VERBOS 1. corram REDAÇÃO 2. Sê; imploro VERBOS 3. Produz (ou produze); dependas 1. chovesse; emprestaria 4. ceemos 2. éramos; vínhamos 5. Diz (ou dize); estás 3. dormido; conversando 4. vires; cearás 5. trariam; bastava; feito VERBOS 1. cantara; chegaram 2. ouvíssemos 3. exigires 4. proferirdes 5. for; peça VERBOS VERBOS AUTOAVALIAÇÃO VERBOS Presente do indicativo Perfeito do indicativo O LADRÃO Saio Saí 1. Resposta pessoal. Sais Saíste 2. Resposta: B Sai Saiu 3. “Agora os objetos estavam quase visíveis.” Na frase, o verbo estar indica estado. Saímos Saímos Saís Saístes 4. Resposta: C Saem Saíram 5. Resposta: B 6. Da lanterna que o ladrão portava. XVII C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 41 CAPÍTULO 5 Recursos da linguagem A tinta de escrever Informações sobre o autor e sua obra Millôr Fernandes nasceu em 1924, no Rio de Janeiro. Jornalista, desenhista e escritor, o traço mais marcante de sua obra é o humor. Escreveu várias peças teatrais, entre as quais destacam-se Um elefante no caos, Este mundo é meu (escrita em colaboração com o compositor Sérgio Ricardo, proibida na íntegra pela censura do governo militar), Liberdade, liberdade (escrita em parceria com Flávio Rangel), Os órfãos de Jânio, Bons tempos, hein?, Vidigal, O homem do princípio ao fim, A história é uma história e A eterna luta entre o homem e a mulher. Entre os livros de sua autoria, estão Tempo e contratempo, Lições de um ignorante, Fábulas fabulosas e Todo homem é minha caça. A tinta de escrever A tinta de escrever é um líquido com que a gente suja os dedos quando vai fazer a lição. A gente podia fazer a lição com lápis mas com lápis era muito fácil e por isso a professora não deixa. Assim a gente tem que tomar muito cuidado porque com tinta o erro nunca mais sai. E uma coisa que eu não sei é como um vidrinho de tinta tão pequeno pode ter tanto erro de Português. 1. Millôr Fernandes, fazendo-se passar por uma criança que redige composições a pedido da professora de português, fala de um objeto de sua infância – a caneta-tinteiro, anterior à esferográfica e à hidrográfica. Hoje em dia, a caneta-tinteiro é usada, ocasionalmente, por um pequeno número de pessoas. Por isso, talvez você nunca tenha visto uma. Mas, pela informação contida no texto, você pode ter uma ideia de como funciona esse objeto muito usado pelas gerações anteriores. Assim, tente descrever uma canetatinteiro. Fernandes, Millôr. Compozissões Imfãtis. Rio de Janeiro: Nórdica, 1976. 41 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 42 que a caracterização apresentada em textos dessa natureza costuma ser exagerada para produzir um efeito cômico.) 2. Para simular um texto redigido por uma criança, Millôr Fernandes usa uma linguagem tipicamente infantil, muito próxima da comunicação oral. Observe os verbos sublinhados no trecho reproduzido a seguir (pretérito imperfeito do indicativo). Eles estão sendo usados no lugar de outro tempo verbal (futuro do pretérito do indicativo), para ser fiel à maneira como as crianças e até mesmo alguns adultos falam. O primeiro desses verbos já foi substituído pelo futuro do pretérito, mais adequado à linguagem escrita. Substitua o outro verbo sublinhado. “A gente podia fazer a lição com lápis mas com lápis era muito fácil e por isso a professora não deixa.” 6. O texto sugere que, segundo a percepção de uma criança, algumas exigências dos professores têm como finalidade dificultar a vida do aluno. Indique o trecho em que essa crítica é insinuada. 7. Na sua opinião, há professores que fazem exigências sem finalidade educativa, simplesmente para dificultar a vida dos alunos? Em caso afirmativo, cite um exemplo e explique a razão pela qual a exigência do professor não apresenta uma finalidade educativa. 3. Dominar perfeitamente a ortografia demanda um certo tempo de escolarização. No início, os alunos cometem alguns erros muito comuns, por não saberem distinguir entre letras que têm sons muito próximos. O autor aponta essa dificuldade dos alunos das primeiras séries sem, no entanto, cometer erros ortográficos no texto propriamente dito. Millôr Fernandes usou uma maneira mais sutil e criativa de apontar a dificuldade com a ortografia. Observe o conjunto todo do texto e procure descobrir a maneira original adotada pelo autor. Indique os erros de ortografia colocados em evidência. 8. Erros fazem parte de qualquer aprendizagem. E eles podem ser vistos de duas maneiras: a) devem ser escondidos, para não sermos punidos. Se o professor não descobrir nossos erros, estamos a salvo. b) devem ser analisados atentamente e corrigidos. Dessa forma, podemos aprender muito com o erro. O texto sugere que os alunos em geral têm qual das duas ideias sobre o erro? Por que razão eles teriam essa ideia? 9. A obra da qual foi extraída este texto foi publicada pela primeira vez em 1946. Portanto, para escrevê-lo, Millôr Fernandes deve ter-se baseado na realidade escolar da época ou na sua própria vida de estudante. Na sua opinião, hoje o comportamento típico de alunos e professores ainda é o mesmo ou sofreu modificações? Justifique a sua resposta. 4. Agora que você já identificou os erros, escreva corretamente as palavras grafadas incorretamente pelo autor. 5. Crianças pequenas ainda não têm uma ideia clara sobre a causa dos fatos. Costumam atribuir principalmente suas dificuldades e insucessos a outros seres. Dizem, por exemplo, “a mesa bateu na minha cabeça” quando, na verdade, a própria criança é que bateu a cabeça contra a mesa. No texto, o autor exemplifica essa tendência tipicamente infantil de transferir a causa de seus problemas para outro ser – no caso, a tinta de escrever – de maneira bem explícita em um trecho. Indique esse trecho. (Repare CAPÍTULO 6 No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT8F201 Reflexão sobre a língua – Orações coordenadas e orações subordinadas Exercícios exploratórios 2.a oração: que sairia da sala. 1. Num período composto, há orações que funcionam como termos de outra oração. Exemplos: A 2.a oração funciona como objeto direto do verbo da 1.a oração – está relacionada ao verbo falou da 1.a oração (Falou o quê? Que sairia da sala). O aluno falou ao professor que sairia da sala. 1.a oração: O aluno falou ao professor A 2.a oração, sozinha, – que sairia da sala – não tem sentido completo. 42 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 43 Quando bateu o sinal, o aluno falou ao professor. O aluno falou ao professor e saiu da sala. 1.a oração: Quando bateu o sinal, 2.a oração: o aluno falou ao professor. 1.a oração: O aluno falou ao professor 2.a oração: e saiu da sala. A 1.a oração funciona como adjunto adverbial de tempo da 2.a oração – está relacionada ao verbo falou da 2.a oração (Falou quando? Quando bateu o sinal). A 1.a oração, sozinha, – quando bateu o sinal – não tem sentido completo. Uma oração não funciona como termo da outra oração. Se retirarmos a conjunção (e), cada uma das orações, sozinha, tem sentido completo. O aluno falou ao professor. Saiu da sala. Num período também há orações que simplesmente se colocam ao lado de outras, sem funcionar como termos de outras orações. Exemplos: Tudo muda, tudo passa. O aluno fala ao professor ou sai da sala. 1.a oração: O aluno fala ao professor 2.a oração: ou sai da sala. 1.a oração: Tudo muda, 2.a oração: tudo passa. Uma oração não funciona como termo da outra oração. Se retirarmos a conjunção (ou), cada uma das orações, sozinha, tem sentido completo. Uma oração não funciona como termo da outra oração. Cada uma das orações, sozinha, tem sentido completo. Tudo muda. Tudo passa. O aluno fala ao professor. Sai da sala. EXERCÍCIOS Noções gramaticais 1. Assinale os períodos compostos por orações que não funcionam como termos de outras orações. a) Enquanto for noite, estaremos dormindo. b) Retirei o dinheiro do banco e paguei minhas dívidas. c) Quis rir, mas chorei. d) Leia o livro ou assista ao filme. e) Ele disse que iria viajar. f) Eles não completaram dezesseis anos; portanto, não podem votar. g) “Tira, põe, não deixa ficar.” h) Ninguém duvidou de que você fosse capaz. i) Ninguém teve dúvidas de que você fosse capaz. j) Deve ser tarde, pois a rua está deserta. k) Nem eu o cumprimentei nem ele me dirigiu a palavra. l) Ele não me dirigiu a palavra porque eu não o cumprimentei. m) Ande, corra, voe! n) Não viajei, porém me diverti muito. o) Não permitiram que eu viajasse. I. A oração que funciona como termo de outra oração chama-se oração subordinada. Exemplo: Desejamos que você aprenda a lição. 1.a oração: Desejamos 2.a oração: que você aprenda a lição. A 2.a oração funciona como objeto direto do verbo da 1.a oração – está relacionada ao verbo desejamos da 1.a oração (Desejamos o quê? Que você aprenda a lição.) A 2.a oração, sozinha, – que você aprenda a lição – não tem sentido completo. II. A oração que não funciona como um termo de outra oração do mesmo período chama-se oração independente. Exemplos: O jovem quer mudar o mundo, nada o detém. 2. Sublinhe as conjunções dos períodos selecionados no exercício 1. 1.a oração: O jovem quer mudar o mundo, 2.a oração: nada o detém. 3. Separe as orações dos períodos selecionados no exercício 1. 43 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 44 Uma oração não funciona como termo da outra oração. Cada uma das orações, sozinha, tem sentido completo: O jovem quer mudar o mundo. Nada o detém. Ele acordou e soube da notícia. 1.a oração: Ele acordou 2.a oração: e soube da notícia. Uma oração não funciona como termo da outra oração. Se retirarmos a conjunção (e), cada uma das orações, sozinha, tem sentido completo. Ele acordou. Soube da notícia. IV. Como as orações coordenadas assindéticas não vêm introduzidas por conjunção, em seu lugar aparece vírgula, ponto e vírgula ou dois-pontos. Exemplos: Joana chorou, gritou, esperneou. III. Nos períodos compostos por orações independentes, estas vêm coordenadas entre si e chamam-se • coordenadas assindéticas as orações que não vêm introduzidas por conjunções. Exemplo: O jovem quer mudar o mundo, nada o detém. As duas orações do período são coordenadas assindéticas, pois não vêm introduzidas por conjunções. Amanhã é o dia do exame: prepare-se. Os dois-pontos aparecem no lugar da conjunção portanto: Amanhã é o dia do exame; portanto, prepare-se. A vírgula aparece no lugar da conjunção e: Joana chorou e gritou e esperneou. A criança insiste; a mãe está irredutível. O ponto e vírgula aparece no lugar da conjunção mas: A criança insiste, mas a mãe está irredutível. Estude: amanhã será realizado o exame. Os dois-pontos aparecem no lugar da conjunção pois: Estude, pois amanhã será realizado o exame. V. Quadro de resumo • coordenadas sindéticas as orações que vêm introduzidas por conjunções. Exemplos: Ele acordou e soube da notícia. A 2.a oração – e soube da notícia – é coordenada sindética, pois vem introduzida pela conjunção e. ORAÇÕES COORDENADAS não funcionam como termos de outras orações Ou o país acaba com a miséria ou a miséria acaba com o país. As duas orações são coordenadas sindéticas, pois vêm introduzidas pela conjunção ou. ASSINDÉTICAS SINDÉTICAS não vêm introduzidas por conjunção vêm introduzidas por conjunção EXERCÍCIOS 1. Analise os períodos do exercício 1 da aula anterior que são formados por orações coordenadas. Indique quais são as orações coordenadas assindéticas e quais são as orações coordenadas sindéticas. (Observação: Não classifique as orações coordenadas iniciais, a não ser que elas tenham conjunções.) tas construções com orações coordenadas, devido à sua relativa facilidade, se comparadas às orações subordinadas. Isso não significa que os adultos e as pessoas com bom domínio da linguagem não construam períodos com orações coordenadas. Todos usamos orações coordenadas, mas as crianças e as pessoas com pouco domínio da linguagem utilizam-na com maior frequência, muitas vezes por não conseguirem estabelecer relações mais complexas entre afirmações. Observe o trecho seguinte, do texto “A tinta de escrever”, formado apenas por orações coordenadas. Separe-o em orações e classifique-as (coordenada assindética ou sindética). “A gente podia fazer a lição com lápis mas com lápis era muito fácil e por isso a professora não deixa.” 2. Em geral, a construção de períodos com orações coordenadas é mais simples do que a construção de períodos com orações subordinadas. Isso porque a relação que se estabelece entre uma oração coordenada e outra – que são independentes e, portanto, podem ser separadas – é menos complexa que a relação de subordinação – em que uma oração inteira funciona como termo de outra. Assim, se observarmos a linguagem infantil, notamos mui44 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:49 Page 45 CAPÍTULO Redação 7 2. Seu texto deve refletir o modo de pensar de uma criança. Tenha em mente que aquilo que uma criança afirma pode não ter nexo para um adulto, mas tem lógica se considerarmos o que ela observa à sua volta. Assim, ao abordar o tema, você pode apresentar, à maneira das crianças, Hoje você irá elaborar uma composição fazendo-se passar por uma criança. Ao estudar dois textos de Millôr Fernandes, você teve a oportunidade de perceber que, para reproduzir a linguagem infantil, não basta cometer erros de português ou construir as frases como na comunicação oral. Para o texto ser verossímil e ter graça, é preciso que espelhe a maneira de pensar das crianças. Como, no estudo desses textos, você identificou algumas características das crianças, sua forma de pensar, de analisar a realidade à sua volta, irá planejar o seu texto levando em conta essas características. a) comparações b) contradições c) concepções falsas sobre causa e consequência dos fatos d) afirmações e hipóteses falsas da relação entre fatos, produto da observação, que contrariam conhecimentos científicos 1. Escolha um tema para a sua composição: um objeto, uma pessoa, um sentimento, uma situação... Para escolher um tema sobre o qual você tenha facilidade de discorrer como se fosse uma criança, tente lembrar-se de suas experiências infantis, do que você pensava sobre a vida quando pequeno(a). CAPÍTULO 8 3. Lembre-se de reproduzir a linguagem oral e construir períodos abusando das orações coordenadas. Reflexão sobre a língua – Orações coordenadas sindéticas aditivas e adversativas A. Exercícios exploratórios 1. Por que o garoto pensa que está apaixonado? 2. Por que ele conclui que não está apaixonado? 3. No texto há uma oração coordenada sindética. Indique-a. 4. Essa oração estabelece com a anterior relação de a) soma b) oposição 5. Suponha que o garoto concluísse estar apaixonado, apesar de não apresentar todos os sintomas mencionados pelo pai. Complete o texto com a conjunção que ele deveria usar. Penso o tempo todo na outra pessoa, fico distraído, bobo, um pouco triste, ______________ não perco o apetite. 6. Sublinhe as conjunções dos períodos abaixo. a) Eles estudaram e obtiveram bons resultados nos exames. b) Eles estudaram, mas não obtiveram bons resultados nos exames. 45 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 46 B. Noções gramaticais c) Eles não estudaram nem se divertiram. d) Eles não só estudaram, mas também se divertiram. e) Eles estudaram, porém se divertiram. f) Eles não só obtiveram bons resultados nos exames, como ainda foram elogiados pelos professores. g) Eles obtiveram bons resultados nos exames, todavia não foram elogiados pelos professores. h) Eles estudaram, contudo foram reprovados. i) Eles não obtiveram bons resultados nos exames, entretanto foram elogiados pelos professores. j) Eles não estudaram, no entanto obtiveram bons resultados nos exames. I. 7. Divida os períodos do exercício 6 e classifique as orações em coordenadas assindéticas e coordenadas sindéticas. (Observação: Só leve em conta as orações iniciais do período se elas forem sindéticas.) As orações coordenadas que estabelecem uma relação de adição, de soma, são classificadas como coordenadas aditivas. Essas orações geralmente vêm introduzidas pelas conjunções e e nem. As orações aditivas também podem apresentar as locuções conjuntivas não só... mas também e não só... mas ainda. Essas locuções são correlativas, aparecendo nas duas orações que coordenam. Elas indicam adição enfática e, nesses casos, as duas orações são sindéticas. Essas conjunções e locuções conjuntivas introduzem orações coordenadas sindéticas aditivas quando podem ser substituídas por e. Exemplos: Entrou e sentou. Não nos cumprimentou nem nos dirigiu a palavra. 8. Analise atentamente os períodos do exercício 6 e as conjunções que introduzem as orações coordenadas sindéticas. Indique as conjunções que estabelecem relação Não só já havia assistido ao filme, mas também já havia lido o livro. (No exemplo, as duas orações são sindéticas.) • de soma com a outra oração do período (as duas orações expressam pensamentos similares ou equivalentes que podem ser somados). O anfitrião não só nos mandou entrar, como ainda nos ofereceu refrescos. (No exemplo, as duas orações são sindéticas.) As orações que estabelecem relação de soma são introduzidas por conjunções que podem ser substituídas pela conjunção e. Exemplos: II. As orações que estabelecem uma relação de contradição, de adversidade, de oposição, são classificadas como coordenadas sindéticas adversativas. Estudou e obteve bons resultados nos exames. Essas orações geralmente vêm introduzidas pelas conjunções mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. Não estudou nem obteve bons resultados nos exames. (nem = e não) Essas conjunções introduzem orações coordenadas adversativas quando podem ser substituídas por mas. Exemplos: Não só estudou, mas também obteve bons resultados nos exames. (não só... mas também = e) Entrou, mas não sentou. Não nos cumprimentou, porém nos olhou com simpatia. • de oposição com a outra oração do período (as duas orações expressam pensamentos que se contrastam). Já havia assistido ao filme, todavia não mostrou interesse em ler o livro. O anfitrião nos mandou entrar, contudo não nos convidou a sentar. As orações que estabelecem relação de oposição são introduzidas por conjunções que podem ser substituídas pela conjunção mas. Exemplos: Ela é comedida, entretanto comete um ou outro excesso. Seu discurso foi monótono, no entanto recebeu aplausos calorosos. Estudou, mas não obteve bons resultados nos exames. III. Em princípio, não se usa vírgula antes das orações coordenadas sindéticas aditivas iniciadas por e. Estudou, todavia não obteve bons resultados nos exames. (todavia = mas) • Relação de soma: • Relação de oposição: Exemplo: Aproximei-os e fiz as apresentações. 46 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 47 VII. Separam-se por vírgula as orações coordenadas sindéticas adversativas. Exemplo: Ele me provocou, mas mantive a calma. IV. As orações coordenadas sindéticas aditivas introduzidas pela conjunção e podem vir separadas por vírgula em dois casos: • quando as orações ligadas pelo e tiverem sujeitos diferentes. Exemplo: VIII. Quadro de resumo Ele a desafiou, e ela o enfrentou. (Sujeito da 1.a oração: ele; sujeito da 2.a oração: ela.) Orações coordenadas sindéticas • quando a conjunção e vem várias vezes repetida. Essa repetição do e ou de outra conjunção constitui uma figura de linguagem chamada polissíndeto. “Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!” (Olavo Bilac) V. Pode-se ou não usar vírgula para separar a oração coordenada aditiva iniciada por nem. Exemplo: Não só expressou seu ponto de vista, como também demonstrou seus sentimentos. contradição, adversidade, oposição soma, adição conjunções e, nem, não só... mas também, nem... nem, não só... como ainda pontuação e – geralmente não é separada por vírgula nem – pode ou não ser separada por vírsão separadas por gula não só ... mas vírgul também, não só ... como ainda – são separadas por vírgula Ela não expressou sua opinião, nem nós lhe dirigimos a palavra. Exemplo: ADVERSATIVAS relação Não dançou nem se divertiu. VI. Separam-se por vírgulas as orações coordenadas sindéticas que apresentam as locuções conjuntivas não só... mas também e não só... como ainda. ADITIVAS mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto EXERCÍCIOS c) Trabalham muito, contudo ganham pouco. 1. Use uma barra para separar os períodos em orações. Classifique as orações e indique com d) Ela mora longe, porém nos visita com frequência. 1 a oração coordenada assindética ou inicial; e) Ela não só fotografou a paisagem mas também a pintou. 2 a oração coordenada sindética aditiva; 3 a oração coordenada sindética adversativa. Exemplo: f) Arrumou-se e saiu depressa, no entanto chegou atrasada. 1 2 3 Trabalho/ e estudo, /mas tenho tempo para o lazer. g) Chamou minha atenção como ainda me ofendeu, mas não reconheceu seu erro. a) Experimentei e não gostei. h) Fui ao médico e tomei os remédios, todavia ainda me sinto fraco. b) Ele não compareceu nem telefonou. i) Viajei, entretanto não me diverti nem me distraí. 47 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 48 2. Coloque vírgula quando necessário. g) Estava cansado e precisava me retirar contudo permaneci até o final da festa. a) Ela apareceu e repentinamente sumiu. h) Não só admiro este escritor mas também imito seu estilo. b) Canta dança ri. c) Canta e dança e ri. i) Não estudei nem trabalhei porém me sinto exausto. d) Disse a verdade no entanto duvidaram de mim. j) Não estudei todavia trabalhei e me sinto exausto. e) O tempo estava chuvoso e eu resolvi ficar em casa. k) Chora e esperneia e reclama mas logo recupera o bom humor. f) Pensei no tempo chuvoso e resolvi ficar em casa. CAPÍTULO 9 Minhas férias disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos, e se há uma coisa que eu gosto é confusão. Foi muito engraçado o dia em que minha mãe abriu a porta do carro bem devagar, espiando embaixo do banco com cuidado e perguntando “será que não tem cobra?”, e o meu pai perdeu a paciência e disse “entra no carro e vamos embora”, porque nós ainda nem tínhamos saído da garagem do edifício. Na estrada tinha tanto buraco que o carro quase quebrou, e nós atrasamos, e quando chegamos no local do camping já era noite, e o meu pai disse “este parece ser um bom lugar, com bastante grama e perto da água”, e decidimos deixar para armar a barraca no dia seguinte e dormir dentro do carro mesmo; só que não conseguimos dormir porque o meu cachorro (Dogman) passou a noite inteira querendo sair do carro, mas a minha mãe não deixava abrirem a porta, com medo de cobra; e no dia seguinte tinha a cara feia de um homem nos espiando pela janela, porque nós tínhamos estacionado o carro no quintal da casa dele, e a água que o meu pai viu era a piscina dele e tivemos que sair correndo. No fim conseguimos um bom lugar para armar a barraca, perto de um rio. Levamos dois dias para armar a barraca, porque a minha mãe tinha usado o manual de instruções para limpar umas porcarias que o meu cachorro (Dogman) fez dentro do carro, mas ficou bem legal, mesmo que o zíper da porta não funcionasse e para entrar ou sair da barraca a gente tivesse que desmanchar tudo e depois armar de novo. O rio tinha um cheiro ruim, e o primeiro peixe que nós pescamos já saiu da água cozinhado, mas não deu para comer, e o melhor de tudo é que choveu muito, e a água do rio subiu, e nós voltamos para casa flutuando, o que foi muito melhor que voltar pela estrada esburacada; quer dizer que no fim deu tudo certo. Minhas férias Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos fazer camping. Meu pai decidiu fazer camping este ano porque disse que estava na hora de a gente conhecer a natureza de perto, já que eu, a minha irmã (Su) e o meu cachorro (Dogman) nascemos em apartamento, e, até os cinco anos de idade, sempre que via um passarinho numa árvore, eu gritava “aquele fugiu!” e corria para avisar um guarda; mas eu acho que meu pai decidiu fazer camping depois que viu o preço dos hotéis, apesar da minha mãe avisar que, na primeira vez que aparecesse uma cobra, ela voltaria para casa correndo, e minha irmã (Su) insistir em levar o tocadiscos e toda a coleção de discos dela, mesmo o meu pai dizendo que aonde nós íamos não teria corrente elétrica, o que deixou minha irmã (Su) muito irritada, porque, se não tinha corrente elétrica, como ela ia usar o secador de cabelo? Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos porque o meu pai VERÍSSIMO, Luis Fernando. O Santinho. Porto Alegre: L & PM, 1991. 48 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 49 1. Como Millôr Fernandes, o autor deste texto – Luís Fernando Veríssimo – imita a redação infantil. Analisando o texto com atenção, observando a construção das frases e os assuntos abordados, você diria que, em comparação com os textos “A tinta de escrever” e “A água”, este texto reproduz a linguagem a) de uma criança mais velha. b) de uma criança mais nova. O que lhe permitiu chegar a essa conclusão? Copie do texto um exemplo de cada um dos casos. a) Orações com sujeitos diferentes. b) Repetição do e para ligar mais de duas orações do período (selecione um trecho em que todas as orações ligadas tenham o mesmo sujeito). 9. Sempre que o narrador faz referência à sua irmã e ao seu cachorro, ele coloca seus nomes entre parênteses: “minha irmã (Su)”, “meu cachorro (Dogman)”. Ao escrever estes nomes entre parênteses – como uma explicação –, ele sugere ao leitor que tem a) mais de uma irmã e mais de um cachorro. b) apenas uma irmã e apenas um cachorro. 2. Você já aprendeu que a conjunção e pode ser usada tanto para ligar palavras dentro da oração como para ligar duas orações. Assinale os trechos em que a conjunção e está sendo empregada para ligar orações. a) “Eu, minha mãe, meu pai, minha irmã (Su) e meu cachorro (Dogman) fomos fazer camping.” b) “Mas eu e o meu cachorro (Dogman) gostamos...” c) “... porque o meu pai disse que nós íamos pescar, e cozinhar nós mesmos o peixe pescado no fogo, e comer o peixe com as mãos...” d) “O rio tinha um cheiro ruim, e o primeiro peixe que nós pescamos já saiu da água cozinhado...” 10. Se o narrador, em vez de apresentar os nomes entre parênteses, escrevesse “minha irmã Su” e “meu cachorro Dogman” – usando os substantivos próprios para individualizar os substantivos comuns – ele estaria nos sugerindo que tem a) mais de uma irmã e mais de um cachorro. b) apenas uma irmã e apenas um cachorro. 11. Apenas levando em conta que o texto entre parênteses tem por finalidade fornecer uma informação ao leitor, é necessária a repetição dos nomes próprios sempre que é feita uma referência à irmã e ao cachorro? Por quê? 3. Copie do texto a) duas orações coordenadas sindéticas aditivas. b) duas orações coordenadas sindéticas adversativas. 12. No texto, qual seria a finalidade dessa repetição? 4. No texto, há mais orações coordenadas sindéticas aditivas ou adversativas? 13. Como você já deve ter notado, o humor é um dos traços marcantes da obra de Luis Fernando Veríssimo. Na sua opinião, quais são os aspectos engraçados do texto “Minhas férias”? 5. Qual é a relação mais simples que pode ser estabelecida entre duas orações? a) Soma. b) Oposição. 14. O humor dos textos de Luis Fernando Veríssimo não costuma ser gratuito. Em geral, as situações engraçadas apresentadas em seus textos refletem críticas à realidade. Neste texto, o autor valeu-se do humor para criticar qual aspecto da realidade? 6. Essa relação é estabelecida por qual tipo de oração? 7. Considerando suas respostas às questões 4, 5 e 6, o autor usou um modelo de oração típico da linguagem infantil? Justifique a sua resposta. 15. Você concorda com essa crítica do autor? Justifique a sua resposta. 8. Você aprendeu que a oração coordenada sindética aditiva introduzida pela conjunção e pode ser separada da oração anterior por vírgula em dois casos: No Portal Objetivo • quando as orações têm sujeitos diferentes; Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT8F202 • quando a conjunção e é repetida várias vezes (polissíndeto). 49 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 50 CAPÍTULO Clamo, e reclamo, e fico 10 zzzz Rubem Braga 2. Polissíndeto é a repetição de uma conjunção maior número de vezes do que o exige a ordem gramatical. Sempre que ocorre a repetição da conjunção e – que, como você sabe, é usada tanto para ligar palavras dentro da oração como para ligar orações – dizemos que o recurso do polissíndeto foi empregado. Nesse texto, ocorre a repetição do e para ligar palavras e para ligar orações. Identifique o polissíndeto nesses dois casos. Para isso, analise o texto integralmente, inclusive o título. a) Repetição do e para ligar palavras dentro da oração. b) Repetição do e para ligar orações. Os camelôs são pais de famílias pobres, e, então, merecem nossa simpatia e nosso carinho; logo eles se multiplicam por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General Osório, existe há muito tempo a feira hippie. Artistas e artesãos expõem ali aos domingos, e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organizada demais: sempre os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse. Sempre achei que deveria haver um canto em que qualquer artista pudesse vender um quadro; qualquer artista ou mesmo qualquer pessoa, sem alvarás nem licenças. Enfim, o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas – tudo bem. Pois de repente, de um lado e outro, na Rua Visconde de Pirajá, apareceram barracas atravancando as calçadas, vendendo de tudo – roupas, louças, frutas, miudezas, brinquedos, objetos usados, ampolas de óleo de bronzear, passarinhos, pipocas, aspirinas, sorvetes, canivetes. E as praias foram invadidas por mil vendedores. Na rua e na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos cães no Rio, e presumo que muita gente anda com eles para se defender de assaltantes. O resultado é uma sujeira múltipla, que exige cuidado do pedestre para não pisar naquelas coisas. E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira dos três reinos da natureza e de todas as servidões urbanas. Ah, se venta um pouco o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa poeira, girando no ar, entrar em nosso pulmão numa lufada de ar quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o mar. Agora há gente demais, a praia está excessivamente cheia. Está bem, está bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas podia haver menos cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes que trabalham até dentro d’água, com um canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão pede picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada dia inventam um golpe novo: a juventude é muito criativa, e os assaltantes são quase sempre muito jovens. 3. Aqui, o polissíndeto transmite ao leitor a impressão de a) organização dos elementos. b) excesso e acúmulo de elementos. c) escassez de elementos. d) descontinuidade entre os elementos. 4. Ao usar o polissíndeto, o narrador revela que os elementos enumerados lhe causam a) prazer. b) admiração. c) impaciência. d) tristeza. 5. Compare os dois trechos abaixo quanto ao uso de vírgulas. “E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos...” “... mas podia haver menos cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes...” Observe que, no segundo trecho, os termos da enumeração são separados apenas pela conjunção e, sem o uso de vírgulas. Leia o trecho assim como foi escrito, sem vírgulas, e depois leia-o como se houvesse vírgulas, fazendo uma pequena pausa antes de cada e. A ausência de vírgulas a) reforça a impressão de excesso e acúmulo de elementos. b) abranda a impressão de excesso e acúmulo de elementos. c) reforça a impressão de ordem. d) reforça a impressão de escassez de elementos. e) abranda a impressão de descontinuidade entre os elementos. Veja, 7/2/1983. 1. Procure no dicionário os significados das palavras desconhecidas. 50 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 51 6. Indique o trecho em que o narrador faz uma objeção à feira hippie. você não more nem conheça o Rio de Janeiro, procure lembrar-se das notícias transmitidas pelos meios de comunicação sobre a cidade.) 7. De modo geral, o narrador concorda com a existência de uma feira hippie? Justifique sua resposta. 11. Em sua cidade, ocorre situação semelhante à descrita no texto? Em caso afirmativo, quais são as semelhanças? 8. O texto descreve o Rio de Janeiro, conhecida já há muito tempo como “Cidade Maravilhosa”. Observe, na referência bibliográfica, que esta crônica foi publicada em 1983. Nessa época, segundo a descrição apresentada por Rubem Braga, essa designação ainda era adequada? Por quê? 12. Se você respondeu sim à questão anterior, proponha algumas ações que poderiam modificar essa situação em sua cidade. No Portal Objetivo 9. Rubem Braga demonstra alguma intenção de abandonar a cidade? O que permite chegar a essa conclusão? Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT8F203 10. E hoje, a situação do Rio de Janeiro piorou ou melhorou? Por que você acha que isso ocorreu? (Mesmo que CAPÍTULO 11 Ou isto ou aquilo Ou isto ou aquilo Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva! Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva! Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares! Ou guardo o dinheiro e não compro doce, ou compro doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo... e vivo escolhendo o dia inteiro! Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo. Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo. MEIRELES, Cecília. Ou isto ou aquilo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. 51 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 52 5. Observe que, no texto, foram usadas construções diferentes para expressar alternativas. 1. Complete o quadro de alternativas apresentadas no poema. Sim ter chuva Não ter sol Sim calçar a luva “Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva!” Não sei se brinco, não sei se estudo,” ter sol pôr o anel No primeiro exemplo, a ideia de alternância está implícita, clara: deve-se escolher entre calçar a luva e pôr o anel, pois não se pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo. No segundo exemplo, a ideia de alternância está implícita, subentendida: deduzimos que brincar e estudar são duas atividades que se excluem. Transforme uma construção de frase em outra. a) “Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva!” b) “Não sei se brinco, não sei se estudo,” Não Sim subir nos ares Não Sim Não comprar doce Sim estudar Não Sim Não correr Sim aquilo 6. Preencha um quadro com alternativas que você costuma avaliar antes de fazer suas escolhas. Não Sim 2. O poema fala das escolhas que fazemos durante todo o tempo. Segundo o enfoque apresentado, as escolhas representam a) uma oportunidade de evitar experiências desagradáveis, pois elegemos aquilo que nos parece melhor. b) um dilema, pois, ao eleger uma coisa, abrimos mão de outra. c) uma obrigação, pois devemos nos responsabilizar por aquilo que elegemos. Não 3. No poema são confrontadas ideias opostas entre si. O confronto de ideias opostas consiste em uma figura de linguagem denominada antítese. Exemplos: “Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva!” (Cecília Meireles) Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Sim Não Sim Não “Tristeza não tem fim Felicidade sim” (Vinicius de Morais) 7. Redija períodos para expressar as alternativas listadas no quadro anterior. Em alguns períodos, transmita a ideia de alternância de forma clara, explícita. Em outros, transmita essa ideia de forma implícita. Este mundo não é pátria nossa, é desterro; não é morada, é estalagem; não é porto, é mar por onde navegamos.” (Manuel Bernardes) 8. Para você, fazer escolhas costuma ser simples ou complicado? Por quê? Forme uma frase que contenha antítese. No Portal Objetivo 4. Você já sabe que a conjunção ou, assim como a conjunção e, pode ser usada tanto para ligar palavras no interior da oração como para ligar orações. Copie os trechos do poema em que a conjunção ou foi empregada para ligar palavras dentro da oração. Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT8F204 52 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 53 CAPÍTULO Reflexão sobre a língua – Orações coordena- 12 das sindéticas alternativas e conclusivas A. Exercícios exploratórios 4. O que leva Mafalda a concluir que durante o dia seu estado de espírito seria bom? 1. Segundo Mafalda, quais são as hipocrisias que ela escreve? 5. Sublinhe as conjunções dos períodos abaixo. a) Durma ou leia um livro. b) Ora chora, ora ri. c) Estamos todos cansados, portanto deveremos descansar. d) Ouço vozes, logo deve haver alguém por perto. e) Não cometi nenhum ato reprovável, por conseguinte minha consciência está tranquila. f) Hoje é feriado, então não teremos aula. g) Ainda nos restam algumas matas virgens; devemos, pois, preservá-las. h) Ou eu me engano muito, ou você se opõe à minha ideia. 2. O que ela ameaça fazer no caso de a mãe preparar-lhe sopa? 3. Assinale a alternativa que apresenta os dois eventos que não iriam ocorrer juntos, de acordo com a ameaça de Mafalda. a) A mãe fazer sopa e Mafalda escrever hipocrisias. b) A mãe não fazer sopa e Mafalda não escrever hipocrisias. c) A mãe fazer sopa e Mafalda não escrever hipocrisias. 6. Divida os períodos do exercício 5 e classifique as orações em coordenadas assindéticas iniciais (sobre as quais basta dizer que são coordenadas), em assindéticas e em coordenadas sindéticas. 53 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 54 7. Analise atentamente os períodos do exercício 5 e as conjunções que introduzem as orações coordenadas sindéticas. Indique as conjunções que estabelecem relação • de alternância com a outra oração do período (as duas orações expressam pensamentos que se excluem – ao aceitar um, recusamos o outro). As orações que estabelecem relação de alternância são introduzidas por conjunções que podem ser substituídas pela conjunção ou. Exemplo: Compre o livro ou peça-o emprestado. II. As orações que estabelecem uma relação de conclusão (relação que torna clara uma informação pressuposta na oração anterior) são classificadas como coordenadas sindéticas conclusivas. Essas orações geralmente vêm introduzidas pelas conjunções portanto, logo, por conseguinte, então, pois (depois do verbo). Essas conjunções introduzem orações coordenadas sindéticas conclusivas quando podem ser substituídas por portanto. Exemplos: Obtive boas notas, portanto serei aprovado. (O fato de eu obter boas notas pressupõe que eu seja aprovado.) (Se compra, não pede emprestado; se pede emprestado, não compra.) • de conclusão a respeito do pensamento expresso em outra oração (relação que torna clara uma informação pressuposta na oração anterior). As orações que estabelecem relação de conclusão são introduzidas por conjunções que podem ser substituídas pela conjunção portanto. Exemplo: Eles treinaram muito, portanto estão preparados para a competição. São todos turistas, logo não residem no Brasil. (O fato de serem todos turistas pressupõe que não residam no Brasil.) Dormi até as dez horas da manhã; por conseguinte não assisti ao nascer do sol. (O fato de eu ter dormido até as dez horas da manhã pressupõe que não tenha assistido ao nascer do sol.) Agimos com civilidade, logo não jogamos lixo nas ruas. (O fato de agirmos com civilidade pressupõe que não joguemos lixo nas ruas.) (O fato de eles terem treinado muito pressupõe que estejam preparados para a competição.) • Relação de alternância • Relação de conclusão Ela é comedida; não comete, pois, nenhum excesso. (O fato de ela ser comedida pressupõe que não cometa excessos.) B. Noções gramaticais I. As orações que estabelecem uma relação de alternância (relação em que a opção por um implica a recusa do outro) são classificadas como coordenadas sindéticas alternativas. Essas orações geralmente vêm introduzidas pelas conjunções correlativas (uma em cada oração) ou... ou, ora... ora. Essas conjunções introduzem orações coordenadas sindéticas alternativas quando podem ser substituídas por ou. Exemplos: Fale ou cale-se para sempre. (Se fala, não cala; se cala, não fala.) III. Usa-se vírgula para separar as orações coordenadas sindéticas alternativas, com exceção daquelas introduzidas pela conjunção ou. Exemplos: Ou aceito o conselho de meu pai ou ajo de acordo com minhas convicções. Ora torcemos pelo herói, ora queremos assistir à vitória do vilão. IV. Separam-se por vírgula as orações coordenadas sindéticas conclusivas. Exemplos: Ou estuda ou brinca. (Se estuda, não brinca; se brinca, não estuda.) Eles são paulistas, portanto são brasileiros. Gosto de música clássica, logo gosto de Mozart. Comprei esta bicicleta, por conseguinte ela é minha. Ora concorda, ora discorda. (Se concorda, não discorda; se discorda, não concorda.) 54 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 55 No último exemplo, a conjunção conclusiva pois, que deve vir após o verbo, é separada por vírgulas pois foi intercalada entre o verbo e seu complemento (no caso, o objeto indireto), alterando a ordem direta dos termos da oração. V. Em vários casos, a oração coordenada sindética conclusiva vem separada por ponto e vírgula • quando as orações são muito extensas. Exemplos: Subi e desci essa íngreme ladeira várias vezes; portanto estou exausto e com dor nas pernas. VI. Quadro de resumo O manual ensina todos os procedimentos para operação do aparelho; por conseguinte podemos usá-lo sem medo ou dificuldade. Orações coorde- ALTERNATIVAS CONCLUSIVAS nadas sindéticas relação • quando as orações já vêm marcadas por vírgula em seu interior. Exemplos: alternância conclusão portanto, logo, por conseguinte então, pois conjunções ou... ou, ora... ora pontuação são separadas por vírgula (com exce- são separadas por ção das orações in- vírgula ou ponto troduzidas por ou) e vírgula Venderam a casa, os móveis, as roupas; portanto, hoje, nada lhes resta. O manual ensina todos os procedimentos para operação do aparelho; por conseguinte podemos usá-lo sem medo ou dificuldade. Não desistirei; prosseguirei, pois, na minha busca. EXERCÍCIOS 1. Use uma barra para separar os períodos em orações. Classifique as orações e indique com 2. Coloque vírgula ou ponto e vírgula quando necessário. a) Ou eu nado ou caminho pela praia. b) Venci portanto a medalha é minha. c) Seu discurso foi claro, emocionante e empolgante por conseguinte só recebeu elogios. d) Conte-me a verdade ou não me dirija mais a palavra. e) Chovia muito as ruas estavam pois alagadas e intransitáveis. f) Pensei muito logo consegui chegar a uma conclusão. g) Pensava em nossa amizade, em nossas conversas e em nossa vida em comum logo, felizmente ou infelizmente, não a esqueci. h) Hoje ele está, mais do que nunca, bastante irritado portanto devo calar-me. i) Tenho pouco dinheiro então devo economizá-lo. j) Ora você me agrada ora me rejeita. k) Sou brasileiro, trabalho e pago impostos logo, como cidadão, posso exigir meus direitos. 1 a oração coordenada inicial ou assindética; 2 a oração coordenada sindética alternativa; 3 a oração coordenada sindética conclusiva. a) Aguarde um pouco ou volte depois. b) Ora aplaudiam, ora vaiavam. c) O produto está deteriorado, portanto não pode ser consumido. d) O dia está nublado, por conseguinte irá chover. e) Ou fazemos valer nossos direitos ou nos deixamos enganar. f) Somos críticos, logo temos opiniões próprias. g) Temos direitos, então podemos reivindicá-los. h) Ela me ofereceu sua ajuda em um momento difícil; sou lhe, pois, muito grato. 55 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 56 CAPÍTULO 13 Reflexão sobre a língua – Orações coordenadas sindéticas explicativas A. Exercícios exploratórios Divida os períodos em orações e indique qual fato ocorreu em primeiro lugar e qual ocorreu em segundo lugar. a) Ela está zangada, porque não me cumprimentou. b) Achei-a zangada, porque não me cumprimentou. c) O exame nos pareceu difícil, porque não conseguimos resolver muitas das questões. d) Estavam distraídos, porque não notaram nossa presença. e) Eles nos pareceram distraídos, porque não notaram a nossa presença. f) Considero-o generoso, porque ele me auxiliou inúmeras vezes. g) Ele foi bem na prova, porque está feliz e despreocupado. h) Ele foi bem na prova porque estudou. 5. Indique o modo e tempo do verbo da oração coordenada inicial dos períodos seguintes. a) Cante, porque quero ouvi-lo. b) Que cante, porque quero ouvi-lo. c) Cantou porque queria ouvi-lo. d) Venha cá, porque precisamos conversar. e) Veio cá porque precisávamos conversar. f) Que venha cá, porque precisamos conversar. 1. Na sua opinião, o pensamento da garota é igual ao do garoto? 2. Sublinhe as conjunções dos períodos abaixo. a) Deve fazer frio na Irlanda, pois os irlandeses confeccionam muita roupa de lã. B. Noções gramaticais b) Não fique preocupado, que já resolvi o problema. I. c) O filme deve ser comovente, visto que as pessoas saem do cinema com lágrimas nos olhos. d) Você não deve ter sentido a minha falta, porque nunca me procurou. e) Ela arrependeu-se, porquanto nos pediu perdão. 3. Divida os períodos do exercício 2 e classifique as orações em coordenadas (iniciais), coordenadas assindéticas e coordenadas sindéticas. 4. Analise atentamente as orações que compõem os períodos seguintes. Observe que cada oração do período indica um fato. Sempre um dos fatos é anterior ao outro. Exemplo: Ventou muito, porque várias árvores tombaram. 1.º. fato: ventou muito 2.º. fato: várias árvores tombaram 56 As orações que estabelecem uma relação de explicação (ou seja, de confirmação do que foi dito na oração anterior) são classificadas como coordenadas sindéticas explicativas. Essas orações geralmente vêm introduzidas pelas conjunções pois, que, visto que, porque, porquanto. Essas conjunções introduzem orações coordenadas sindéticas explicativas quando podem ser substituídas por pois. Exemplos: Ele voltará aqui, pois deixou seu material sobre a carteira. Ela deve estar cansada, que sentou imediatamente. Nesta região devem viver muitas aves, visto que há muitas árvores. Sua atuação foi convincente, porque todos acreditaram em você. Querem nos agradar, porquanto nos prepararam uma recepção. C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 57 • quando a oração introduzida pela conjunção porque enunciar um fato que ocorreu antes do fato indicado na oração anterior, ela é subordinada adverbial causal. Exemplos: Não encontro minha carteira porque fui roubada. As plantas estão com as folhas queimadas porque geou. II. É muito frequente haver confusão entre a oração coordenada explicativa introduzida pela conjunção coordenativa porque e a oração subordinada adverbial causal, que você aprenderá futuramente. Veja como você pode distinguir uma da outra: • quando a oração anterior apresentar o verbo no imperativo, a oração introduzida pela conjunção porque é coordenada sindética explicativa. Exemplos: Coma, porque você está fraco! Não comas demais, porque tu podes ter uma indigestão! III. Usa-se vírgula antes das orações coordenadas sindéticas explicativas. Exemplos: Estou com boa resistência, pois nadei mais de dois mil metros. Eles devem ter lido o jornal, visto que já sabem da notícia. • quando a oração anterior apresentar o verbo no presente do subjuntivo, em orações optativas (isto é, que exprimem desejo), a oração introduzida pela conjunção porque é coordenada sindética explicativa. Exemplos: Que chova, porque está muito calor! Que não apareças, porque não quero ver-te! VI. Quadro de resumo ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS • quando a oração introduzida pela conjunção porque enunciar um fato que ocorreu após o fato indicado na oração anterior, ela é coordenada sindética explicativa. Exemplos: Fui roubada, porque não encontro minha carteira. Geou, porque as plantas estão com as folhas queimadas. EXPLICATIVAS relação explicação conjunções pois, que, visto que, porque, porquanto pontuação são separadas por vírgula EXERCÍCIOS 1. Use uma barra para separar os períodos em orações. Classifique as orações e indique com 1 a oração coordenada inicial ou assindética; 2 a oração coordenada sindética aditiva; 3 a oração coordenada sindética adversativa; 4 a oração coordenada sindética alternativa; 5 a oração coordenada sindética conclusiva; 6 a oração coordenada sindética explicativa. h) Pratico esportes, contudo ainda me sinto sedentário. i) São muito crianças; não avaliam, pois, todos os perigos. j) Que se sinta feliz, pois eu também estou muito bem! k) Ele não estava à vontade, porque gesticulava nervosamente. 2. Assinale os períodos que contêm oração coordenada sindética explicativa. a) Ela chorou, porque seus olhos estão vermelhos. b) Seus olhos estão vermelhos porque ela chorou. c) Eles estão felizes porque estão namorando. d) Eles estão namorando, porque estão felizes. e) Houve um acidente, porque há muita gente aglomerada no meio da rua. f) Há muita gente aglomerada no meio da rua porque houve um acidente. a) Telefone, pois precisamos conversar. b) Não fui à festa nem me desculpei com o anfitrião... c) Não fui à festa, todavia me desculpei com o anfitrião. d) Não fui à festa, portanto me desculpei com o anfitrião. e) Não gosto de comemorações, visto que ninguém jamais me encontrou em uma festa. f) Leia as instruções ou peça auxílio a alguém com experiência. g) Deu-me todas as explicações como ainda fez demonstrações do uso do aparelho. 3. Volte à questão 1 da aula anterior e reformule sua resposta, se necessário. 57 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 58 CAPÍTULO Menino 14 ele, meu filho. Ele gosta tanto de você. Tudo que ele faz é para o seu bem. Olha aí, vestiu essa roupa agorinha mesmo, já está toda suja. Fez seus deveres? Você vai chegar atrasado. Chora não, filhinho, mamãe está aqui com você. Nosso Senhor não vai deixar doer mais. Quando você for grande você também vai poder. Já disse que não, e não, e não! Ah, é assim? pois você vai ver só quando seu pai chegar. Não fale de boca cheia. Junta a comida no meio do prato. Por causa disso é preciso gritar? Seja homem. Você ainda é muito pequeno para saber essas coisas. Mamãe tem muito orgulho de você. Cale essa boca! Você precisa cortar esse cabelo. Sorvete não pode, você está resfriado. Não sei como você tem coragem de fazer assim com sua mãe. Se você comer agora, depois não janta. Assim você se machuca. Deixa de fita. Um menino desse tamanho, que é que os outros hão de dizer? Você queria que fizessem o mesmo com você? Continua assim que eu te dou umas palmadas. Pensa que a gente tem dinheiro para jogar fora? Toma juízo, menino. Ganhou agora mesmo e já acabou de quebrar. Que é que você vai querer no dia dos seus anos? Agora não, que eu tenho o que fazer. Não fica triste não, depois mamãe te dá outro. Você teve saudades de mim? Vou contar só mais uma, que está na hora de dormir. Agora dorme, filhinho. Dá um beijo aqui – Papai do Céu te abençoe. Este menino, meu Deus. SABINO, Fernando. A mulher do vizinho. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. Menino, Orlando Teruz. Menino Menino, vem pra dentro, olha o sereno! Vai lavar essa mão. Já escovou os dentes? Toma a bênção a seu pai. Já pra cama! Onde é que aprendeu isso, menino? coisa mais feia. Toma modos. Hoje você fica sem sobremesa. Onde é que você estava? Agora chega, menino, tenha santa paciência. De quem você gosta mais, do papai ou da mamãe? Isso, assim que eu gosto: menino educado, obediente. Está vendo? É só a gente falar. Desce daí, menino! Me prega cada susto... Para com isso! Joga isso fora. Uma boa surra dava jeito nisso. Que é que você andou arranjando? Quem te deu licença? Passe pra dentro. Isso não é gente pra ficar andando com você. Avise seu pai que o jantar está na mesa. Você prometeu, tem de cumprir. Que é que você vai ser quando crescer? Não, chega: você já repetiu duas vezes. Por que você está quieto aí? Alguma você está tramando... Não anda descalço, já disse! vai calçar o sapato. Já tomou o remédio? Tem de comer tudo: você acaba virando um palito. Quantas vezes já te disse para não mexer aqui? Esse barulho, menino! seu pai está dormindo. Para com essa correria dentro de casa, vai brincar lá fora. Você vai acabar caindo daí. Pede licença a seu pai primeiro. Isso é maneira de responder a sua irmã? Se não fizer, fica de castigo. Segura o garfo direito. Põe a camisa pra dentro da calça. Fica perguntando, tudo você quer saber! Isso é conversa de gente grande. Depois eu te dou. Depois eu deixo. Depois eu te levo. Depois eu conto. Depois. Agora deixa seu pai descansar – ele está cansado, trabalhou o dia todo. Você precisa ser muito bonzinho com 1. Este texto apresenta um conjunto de frases “batidas”. Quem costuma repetir essas frases (emissor)? A quem elas são dirigidas (receptor)? 2. O texto reproduz a linguagem falada. Indique, em cada frase abaixo, a característica da linguagem oral. a) “Toma a bênção a seu pai.” b) “Já pra cama!” c) “Me prega cada susto...” d) “Olha aí, vestiu essa roupa agorinha mesmo, já está toda suja.” e) “Quando você for grande você também vai poder.” f) “Não fica triste não, depois mamãe te dá outro.” 58 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 59 3. Essas frases têm por finalidade dar ordens, ameaçar, pedir, elogiar, repreender, advertir, prometer... Dê exemplos de frases do texto que expressam a) ordem b) ameaça c) pedido d) elogio e) repreensão f) advertência g) promessa 7. Você já aprendeu que a palavra que pode ter várias classificações, entre elas: pronome interrogativo, pronome relativo, conjunção coordenativa explicativa. O que é conjunção coordenativa explicativa e, portanto, introduz uma oração coordenada sindética explicativa, Em quais dos períodos abaixo o que em negrito é conjunção coordenativa explicativa? a) “Onde é que aprendeu isso menino? coisa mais feia.” b) “Que é que você andou arranjando?” c) “Agora não, que eu tenho o que fazer.” d) “Vou contar só mais uma, que está na hora de dormir.” 4. Qual o tipo de frase que predomina no texto? a) ordem. b) ameaça. c) pedido. d) elogio. e) repreensão. f) advertência. g) promessa. 8. Se você respondeu corretamente às questões 6 e 7, descobriu todas as orações que estabelecem relação de explicação com outras. Isso significa que você descobriu, nas frases típicas das mães, quando elas costumam fornecer uma explicação para justificar uma ordem. Na sua opinião, as mães costumam justificar suas exigências com a frequência desejável? Justifique. 9. Na sua opinião, qual é a maneira mais eficaz de convencer alguém a fazer alguma coisa? a) Dando uma ordem, sem fornecer nenhuma explicação que a justifique. b) Dando uma ordem e fornecendo uma explicação que a justifique. Por quê? 5. Baseado na sua experiência – vivida ou observada –, você afirmaria que este costuma ser o tipo de frase mais frequente que as mães usam no seu relacionamento com seus filhos? Por que você acha que isso ocorre? 6. Entre duas orações pode haver uma relação de explicação sem que sejam ligadas por qualquer conjunção coordenativa explicativa. Nesses casos, o sinal de pontuação – dois-pontos, travessão, vírgula – substituem a conjunção. Para descobrir se uma oração explica a outra, substitua o sinal de pontuação por pois e verifique se o período conserva o sentido original. 10. Escolha no texto cinco frases que transmitem ordens. Pense em explicações que poderiam justificar essas ordens. Reescreva as frases, acrescentando orações coordenadas sindéticas explicativas que transmitam as justificativas. Exemplo: “Não, chega: você já repetiu duas vezes.” “Não, chega, pois você já repetiu duas vezes.” Indique em quais dos períodos abaixo há uma relação de explicação entre as orações. a) “Agora chega, menino, tenha a santa paciência.” b) “Tem de comer tudo: você acaba virando um palito.” c) “Agora deixa seu pai descansar – ele está cansado, trabalhou o dia todo.” d) “Olha aí, vestiu essa roupa agorinha mesmo, já está toda suja.” e) “Chora não, filhinho, mamãe está aqui com você.” f) “Você ainda é muito pequeno para saber essas coisas.” g) “Sorvete não pode, você está resfriado.” No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT8F206 59 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 60 CAPÍTULO Redação 15 3. Agrupe as frases em parágrafos, obedecendo ao(s) critério(s) escolhido(s). Quando você estudou o texto de Fernando Sabino, acrescentou explicações às frases ditas pelas mães. Hoje você irá modificar o texto que redigiu na aula anterior, acrescentando explicações às frases dos filhos. Ou seja, complete os períodos com orações coordenadas sindéticas explicativas (introduzidas por orações coordenadas explicativas) ou com orações equivalentes (use dois-pontos, travessão ou vírgula para substituir as conjunções). Exemplos: “Só mais uma vez, que ainda é cedo.” “Só mais uma vez: ainda é cedo.” Terminada a atividade, leia e compare algumas frases com e sem explicação, das mães e dos filhos. Reflita sobre o papel das explicações: será que, acrescentando explicações de um e outro lado, a relação mãe e filho poderia tornar-se mais harmoniosa e menos autoritária? Registre abaixo as suas conclusões, justificando-as. Assim como as mães costumam repetir determinadas frases, os filhos também dizem frases típicas, como “Olha eu, mãe!” “Deixa, vá!” “Só mais uma vez!” Tente lembrar-se dessas frases para compor um texto, como o de Fernando Sabino. Para planejar o texto, proceda da seguinte maneira: 1. Anote todas as frases típicas que lhe vierem à cabeça. 2. Escolha um ou mais critérios para agrupar as frases em parágrafos. Você pode adotar como critérios • o tipo de frase (pedido, reclamação etc.); • o assunto a que as frases se referem (alimentação, brincadeira, escola etc.); • a construção da frase (tempo de verbo, uso de uma mesma palavra etc.); • outro critério que julgar interessante. Anote, a seguir, os critérios escolhidos. CAPÍTULO 16 Reflexão sobre a língua – Verbos: formas primitivas e derivadas A. Exercícios exploratórios Você também já deve ter notado que nem todos os verbos são regulares. Há alguns verbos que não seguem o modelo de conjugação dos verbos regulares. Certamente, você conjuga diversos desses verbos irregulares corretamente, mesmo sem ter aprendido na escola. Ao ouvir e ler, vamos aprendendo uma infinidade de aspectos da língua quase sem nos darmos conta. Ainda que os verbos irregulares não sigam, na totalidade, o modelo de conjugação dos verbos regulares, eles não apresentam tantas novidades que exijam que você passe horas decorando listas de verbos. Existe um processo mais simples que permite reconhecer um verbo irregular, perceber em que modos e tempos ele é diferente do verbo regular e conjugá-lo automaticamente. Muito do que decoramos pode ser aprendido de maneira mais fácil, agradável e inteligente, se usarmos o raciocínio. Nos primeiros anos, você aprendeu a conjugar verbos regulares. Provavelmente, você deve ter aprendido a conjugar um verbo regular da primeira conjugação (terminado em -ar, como amar), um verbo da segunda conjugação (terminado em -er, como vender) e outro da terceira conjugação (terminado em -ir, como partir). Aí você deve ter percebido que, conhecendo as desinências (terminações que indicam as pessoas do discurso, o número, o tempo e o modo) na conjugação dos modelos de verbos da primeira, da segunda e da terceira conjugação, poderia conjugar todos os outros verbos regulares. Ou seja, usando o raciocínio, você transferiu a aprendizagem de uma situação a outra, o que lhe poupou muitas horas e desgaste para decorar a conjugação de cada um dos inúmeros verbos regulares. É esse processo que você irá aprender nesta aula e nas seguintes. Ele irá auxiliá-lo(a) a conjugar a grande maioria dos verbos irregulares, livrando-o(a) do desagradável dever de decorar um conteúdo sem entender como tudo aquilo surgiu. 60 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 61 3. Agora conjugue no presente do subjuntivo um verbo da primeira conjugação: passear. (As desinências do presente do subjuntivo da primeira conjugação são -e, -es, -e, -emos, -eis, -em.) Na verdade, para conjugar corretamente a grande maioria dos verbos, regulares ou irregulares, você precisaria conhecer bem apenas o presente do indicativo, o perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal. Essas são as formas primitivas. Todas as outras formas verbais derivam dessas formas primitivas. Preste bem atenção em como se dá esse processo de derivação. Observe o presente do indicativo do verbo irregular ouvir. Ouço Ouves Ouve Ouvimos Ouvis Ouvem Presente do indicativo Passeio Passeias Passeia Passeamos Passeais Passeiam Você já aprendeu a conjugar o imperativo afirmativo e o imperativo negativo; portanto sabe que essas formas derivam do presente do indicativo e do presente do subjuntivo. Lembre-se de que, no imperativo afirmativo, • as segundas pessoas (do singular ou plural) provêm das mesmas pessoas do presente do indicativo, subtraindo-se o s do final; • as demais pessoas provêm do presente do subjuntivo, sem alteração alguma. Já as pessoas do imperativo negativo são iguais às do presente do subjuntivo, apenas precedidas de negação. Todos os tempos verbais derivados do presente do indicativo indicam ações em processo. Um desses tempos é o presente do subjuntivo. O presente do subjuntivo forma-se a partir da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Para isso devemos eliminar a desinência: ouço - desinência -o = ouçacrescentar as desinências do presente do subjuntivo da terceira conjugação: -a, -as, -a, -amos, -ais, -am Assim, chegamos a Ouça Ouças Ouça Ouçamos Ouçais Ouçam 4. Utilize esse processo para conjugar o verbo medir no imperativo afirmativo e no imperativo negativo. Imperativo afirmativo 1. Repita o mesmo processo para conjugar o verbo medir no presente do subjuntivo. Presente do indicativo Presente do subjuntivo Meço Medes Mede Medimos Medis Medem Imperativo negativo 5. Repita o mesmo processo para conjugar o verbo dizer no imperativo afirmativo e no imperativo negativo. Observe que a segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo já veio escrita, pois sua conjugação não obedece ao esquema visto. Pelo processo aprendido, a segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo seria dize. Essa forma não está errada, no entanto usa-se com mais frequência a forma diz. 2. Usando o mesmo processo, conjugue o verbo dizer no presente do subjuntivo. (As desinências do presente do subjuntivo da segunda conjugação são as mesmas da terceira conjugação.) Presente do indicativo Digo Dizes Diz Dizemos Dizeis Dizem Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Diz Presente do subjuntivo 61 Imperativo negativo C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 62 6. Da mesma forma que o verbo dizer, também trazer, fazer e os verbos terminados em uzir (como produzir) podem perder o e na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo. Escreva as duas formas possíveis dos verbos trazer, fazer e produzir na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo. Como já foi dito, alguns poucos verbos não seguem totalmente o esquema de formação visto. Você irá aprendê-los pouco a pouco. Um dos verbos que não segue esse esquema é o verbo ser, que usamos com muita frequência. Sem dúvida, você o conjuga corretamente, de tanto o ouvir e ler. Observe a conjugação do verbo ser. Verifique que o subjuntivo, nesse caso, não provem da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Presente do indicativo Presente do subjuntivo Sou Seja És Sejas É Seja Somos Sejamos Sois Sejais São Sejam Os tempos derivados do perfeito do indicativo são • o mais-que-perfeito do indicativo; • o imperfeito do subjuntivo; • o futuro do subjuntivo. Para conjugar esses tempos, você deve • eliminar a desinência da segunda pessoa do singular do perfeito do indicativo: ouviste – desinência -ste = ouvi• acrescentar as desinências do mais-que-perfeito do indicativo: -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram; ou • acrescentar as desinências do imperfeito do subjuntivo: -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem; ou • acrescentar as desinências do futuro do subjuntivo: -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem. Assim, você obtém Mais-que-perfeito do indicativo Ouvira Ouviras Ouvira Ouvíramos Ouvíreis Ouviram 7. Conjugue o verbo ser no imperativo afirmativo e no imperativo negativo. Observe que as segundas pessoas do imperativo afirmativo não seguem o esquema de formação visto. Por isso, já vêm escritas. As demais pessoas seguem o esquema aprendido. Imperativo afirmativo Imperativo negativo Imperfeito do subjuntivo Ouvisse Ouvisses Ouvisse Ouvíssemos Ouvísseis Ouvissem Futuro do subjuntivo Ouvir Ouvires Ouvir Ouvirmos Ouvirdes Ouvirem 1. Observe que a primeira e a segunda pessoas do plural do mais-que-perfeito do indicativo e do imperfeito do subjuntivo são acentuadas. Isso ocorre na conjugação de todos os verbos. Procure descobrir por que cada uma dessas formas verbais recebem acento e responda aos itens seguintes. a) Ouvíramos e ouvíssemos recebem acento porque são a) oxítonas terminadas em -os. b) proparoxítonas. c) monossílabos tônicos terminados em -os. b) Ouvíreis e ouvísseis recebem acento porque são a) paroxítonas terminadas em ditongo. b) proparoxítonas. c) formadas por hiato. Sê Sede B. Exercícios exploratórios Você estudou na aula anterior os tempos derivados do presente do indicativo. Nesta aula você irá conhecer os tempos derivados do perfeito do indicativo. Os tempos derivados do perfeito do indicativo expressam ações acabadas. Observe a conjugação do verbo ouvir no perfeito do indicativo. Ouvi Ouviste Ouviu Ouvimos Ouvistes Ouviram 2. Conjugue os verbos nos tempos pedidos, usando o processo aprendido. Não se esqueça de acentuar a primeira e a segunda pessoa do plural do mais-que-perfeito do indicativo e do imperfeito do subjuntivo. a) Medir Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Medi Mediste Mediu Medimos Medistes Mediram 62 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 63 Imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo Imperfeito do subjuntivo b) Dizer e) Trazer Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Disse Disseste Disse Dissemos Dissestes Disseram Imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Trouxe Trouxeste Trouxe Trouxemos Trouxestes Trouxeram Futuro do subjuntivo Imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo c) Passear Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Passeei Passeaste Passeou Passeamos Passeastes Passearam Imperfeito do subjuntivo C. Correspondência Aquele rapazinho escreveu esta carta para o irmão: Querido mano, ontem futebolei bastante, com uns amigos. Depois cigarrei um pouco e nos divertimos montanhando até que o dia anoitou. Então desmontanhamos, nos amesamos, sopamos, arrozamos, bifamos, ensopadamos e cafezamos. Em seguida varandamos. No dia seguinte cavalamos muito. Abraços do irmão, Maninho. Futuro do subjuntivo E o irmão respondeu: Maninho, Ontem livrei pela manhã, à tarde cinemei e à noite, com papai e mamãe, teatramos. Hoje colegiei, ao meio-dia me leitei e às três papelei-me e canetei-me para escriturar-te. E paragrafarei finalmente aqui porque é hora de adeusar-te pois ainda tenho que correiar esta carta para ti e os relógios já estão cincando. De teu irmão, Fratelo. d) Ser Perfeito do indicativo Mais-que-perfeito do indicativo Fui Foste Foi Fomos Fostes Foram FERNANDES, Millôr. Trinta anos de mim mesmo. São Paulo: Círculo do Livro, 1975. 63 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 64 Nota: Fratelo, em italiano, significa irmão. 1. Ao ler o texto, você deve ter observado que há diversas palavras novas, não incorporadas ao idioma português, inventadas pelo autor. A que classe essas palavras pertencem? a) Substantivos. b) Adjetivos. c) Verbos. d) Advérbios. e) Pronomes. f) Preposições. g) Conjunções. h) Artigos. i) Interjeições. j) Numerais. mentariam o sentido do verbo comumente usado na língua portuguesa. Exemplos: futebolei = joguei futebol (futebol: objeto direto) montanhamos = subimos na montanha (na montanha: adjunto adverbial de lugar). Copie, da primeira carta, outros verbos formados a partir a) do objeto direto b) do adjunto adverbial 6. Existem vários verbos incorporados à língua portuguesa que também propiciam economia de palavras. Exemplo: ficar vermelho = avermelhar. 2. Qual a característica dessas palavras que lhe permitiram chegar a essa conclusão? Indique os verbos correspondentes. a) fazer pergunta b) encher-se de ciúmes c) dar tropeção d) dar conselhos e) beber aos poucos f) fazer aniversário 3. Reescreva as cartas, substituindo as palavras inventadas pelo autor por outras palavras que transmitam a mesma informação. Se necessário, altere a ordem das palavras ou substitua alguns vocábulos para tornar as frases claras e corretas. Continue do ponto indicado. Querido mano, ontem joguei bastante futebol, com uns amigos. Depois, fumei um pouco de cigarro e 7. Na imprensa escrita, o espaço é limitado. Os jornalistas devem transmitir informações com economia de palavras. Tanto que, antes de escreverem uma matéria, recebem orientação do espaço que podem ocupar. Esse espaço é calculado em laudas. Para calcular a lauda, somam-se as letras, os sinais de pontuação e os espaços em branco. Letras, sinais de pontuação e espaços em branco são chamados toques. Veja um exemplo de como o cálculo é feito. Dois motoristas tiveram um desentendimento. letras + espaços + ponto final = 43 toques 4. Na maior parte das vezes, a substituição das palavras criadas pelo autor por outras palavras resultou em frases a) mais curtas. b) mais longas. c) da mesma dimensão. 5. Como você já sabe, verbos são palavras que se modificam muito: apresentam flexões de pessoa (eu, tu, ele etc.), número (singular e plural), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e tempo (presente, passado e futuro). Por isso, ao empregarmos um verbo, estamos transmitindo várias informações por meio de uma única palavra: • o que ocorre (ação, estado ou fenômeno); • quem (pessoa do discurso); • quantos (singular ou plural); • quando (tempo); • como (modo como a ação, estado ou fenômeno ocorre). Apesar de os verbos já permitirem uma grande economia de palavras, Millôr Fernandes criou novos verbos, que permitiram uma economia ainda maior. Se você comparar o seu texto com o do autor, verá que ele inventou alguns verbos que dispensaram o objeto direto ou o adjunto adverbial de tempo que comple- Observe agora a mesma informação escrita com economia de palavras. Dois motoristas desentenderam-se. letras + espaços + ponto final = 33 toques Neste exemplo, apenas substituindo o verbo e o objeto direto por um verbo, puderam-se economizar dez toques (aproximadamente 23% do espaço). Se o jornalista se mantiver atento à economia de palavras durante todo o texto, certamente conseguirá transmitir um número maior de informações ocupando o mesmo espaço. Não só os verbos podem ser substituídos para tornar a frase menor. Pode-se substituir uma palavra por um sinônimo mais curto ou mudar a construção da frase. 64 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 65 Assim, obtemos Exemplos: Novamente (9 toques) por de novo (7 toques). Ontem foi o dia do casamento de João e Maria. (45 toques) Ontem João e Maria casaram-se. (30 toques) O deputado exaltou-se. Isso aconteceu porque sentiuse agredido. (64 toques) O deputado exaltou-se ao sentir-se agredido. (44 toques) Leia com atenção o trecho abaixo. Reescreva-o, diminuindo o número de toques sem deixar de transmitir nenhuma informação. Hoje é o dia do aniversário da nossa cidade. Todos os moradores têm o desejo de estar comemorando. Isso porque todos sentem orgulho de levar a vida aqui. 8. Agora escreva um pequeno trecho (4 a 6 linhas) que possa ser reescrito com economia de palavras. Dê a um(a) colega para reescrevê-lo. D. Exercícios exploratórios Futuro do presente Ouvirei Ouvirás Ouvirá Ouviremos Ouvireis Ouvirão Futuro do pretérito Ouviria Ouvirias Ouviria Ouviríamos Ouviríeis Ouviriam Imperfeito do Indicativo Ouvia Ouvias Ouvia Ouvíamos Ouvíeis Ouviam Infinitivo pessoal Ouvir Ouvires Ouvir Ouvirmos Ouvirdes Ouvirem Gerúndio Ouvindo Particípio Ouvido 1. Por que ouvirá e ouvirás são palavras acentuadas? Hoje você estudará os tempos derivados do infinitivo impessoal. 2. Por que ouvíamos e ouviríamos são acentuadas? 3. Por que ouviríeis e ouvíeis são acentuadas? Do infinitivo impessoal, sempre marcado pela desinência -r – cantar, vender, partir –, derivam • o futuro do presente, cujas desinências são -rei, -rás, -rá, -remos, -reis, -rão; • o futuro do pretérito, cujas desinências são -ria, -rias, -rias, ríamos, ríeis, -riam; • o imperfeito do indicativo, cujas desinências são -va, -vas, -va, -vamos, -veis, -vam para os verbos da primeira conjugação, e -a, -as, -as, -amos, -eis, -am para os verbos da segunda e da terceira conjugação; • o gerúndio, cuja desinência é -ndo; • o particípio, cuja desinência, na maioria dos verbos, é -do; • o infinitivo pessoal, cujas desinências são -es (para a segunda pessoa do singular), -mos, -des e -em (para as três pessoas do plural). A primeira e a terceira pessoa do singular são iguais ao infinitivo impessoal. 4. Conjugue os verbos nos tempos pedidos, usando o processo aprendido. Não se esqueça de acentuar a segunda e a terceira pessoa do singular do futuro do presente e a primeira e a segunda pessoa do plural do futuro do pretérito e do imperfeito do indicativo. a) Medir Futuro do presente Futuro do pretérito Imperfeito do Indicativo Infinitivo pessoal Gerúndio Particípio Observe a conjugação do verbo ouvir nos tempos derivados do infinitivo impessoal. O infinitivo impessoal do verbo ouvir é ouvir. Para conjugar os tempos derivados, devemos subtrair a desinência -r. Assim, temos ouvir menos -r = ouvi. Em seguida, basta acrescentar a ouvi- as desinências do tempo verbal. 65 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 66 b) Passear Futuro do presente Imperfeito do Indicativo Fazer Futuro do pretérito Futuro do presente Futuro do pretérito Farei Faria Infinitivo pessoal 6. Esse processo também não se aplica para a formação do imperfeito do indicativo de alguns verbos como pôr, ser, ter e vir. A partir da primeira pessoa do singular, conjugue esses verbos. a) Pôr b) Ser Imperfeito do Indicativo Punha Gerúndio Imperfeito do indicativo Era Particípio 5. Esse esquema não se aplica a alguns verbos. c) Ter Por exemplo, ele não se aplica aos verbos dizer, fazer e trazer no futuro do presente e no futuro do pretérito. Como esses verbos são muito usados, você provavelmente será capaz de conjugá-los sabendo apenas a primeira pessoa do singular. Assim, complete os quadros seguintes baseando-se na primeira pessoa do singular. d) Vir Imperfeito do Indicativo Imperfeito do indicativo Tinha Vinha a) Trazer Futuro do presente Futuro do pretérito Trarei Traria 7. Por fim, observe que há alguns particípios que não seguem esse esquema: são os particípios irregulares. Exemplos: dizer – dito ser – sido b) Dizer Futuro do presente Direi ter – tido Futuro do pretérito Diria Escreva os particípios irregulares indicados. Você já deve conhecê-los por ter ouvido ou lido. a) escrever – ______________________________ b) morrer – _______________________________ c) ver – __________________________________ d) vir – __________________________________ e) pôr – __________________________________ 66 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 67 E. Noções gramaticais contar – primeira pessoa do singular do futuro do indicativo Complete os quadros de resumo das próximas páginas. Use-os para consultas sempre que tiver dúvidas sobre a conjugação de verbos. descobrir – primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo ser – terceira pessoa do singular do presente do indicativo Complete as lacunas do bilhete que Márcia escreveu para Paulo com os verbos indicados em seguida. Observe que os verbos não estão listados na ordem em que aparecem no bilhete. Tente descobrir qual verbo corresponde a cada lacuna lendo as frases com atenção. acontecer – primeira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo saber – terceira pessoa do plural do futuro do presente e primeira pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo Paulo, encontrar – primeira pessoa do plural do futuro do subjuntivo dizer – particípio Ontem, enquanto ___________________________ adivinhar – terceira pessoa do imperativo afirmativo minhas ideias em prática, _____________________ haver – terceira pessoa do singular do presente do indicativo algo que não _____________________________ pôr – primeira pessoa do singular do imperfeito do indicativo _______________ o que me __________________ ___________________ a você assim que nos ______________________________________ Todos _______________ que o que havia ________ ________ muito tempo ________________ a mais pura verdade. Um abraço, Márcia 67 68 Pretérito perfeito do indicativo (2ª. pessoas do singular TEMPO PRIMITIVO Presente do indicativo TEMPO PRIMITIVO futuro do subjuntivo imperfeito do subjuntivo mais-que-perfeito do indicativo TEMPOS DERIVADOS imperativo presente do subjuntivo TEMPOS DERIVADOS presente do subjuntivo do verbo ser: seja, sejas etc. IRREGULARIDADES ................................................................................... .................................................................................... ................................................................................... ................................................................................... ................................................................................... ................................................................................... DESINÊNCIAS IRREGULARIDADES imperativo afirmativo: a segunda pessoa do singular verbo ser nas segundas pessoas do e a segunda do plural são tomadas do presente do imperativo afirmativo: sê tu, sede vós indicativo menos o s final; as demais pessoas são as mesmas do presente do subjuntivo; dizer, trazer, fazer e verbos terminados em uzir costumam perder e na segunda pessoa imperativo negativo: ............................................... do singular do imperativo afirmativo: dize ou diz tu ................................................................................. .............................................................................. segunda e terceira conjugação: ............................. ............................................................................... primeira conjugação: ............................................ DESINÊNCIAS C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 68 Infinito impessoal TEMPOS PRIMITIVO 69 ....................................................................... ....................................................................... gerúndio particípio ....................................................................... ....................................................................... infinito pessoal pôr – ...................................................................... ver – ....................................................................... morrer – ................................................................. escrever – ................................................................ ter – .......................................................................... ser – ........................................................................ dizer – .................................................................... ....................................................................... verbos dizer (diria), fazer (faria), trazer (traria) futuro do pretérito do indicativo verbos pôr (punha), ser (era), ter (tinha), vir (vinha) etc. IRREGULARIDADES .................................................................... verbos dizer (direi), fazer (farei), trazer (trarei) ....................................................................... segunda e terceiraconjugação: .................... ....................................................................... primeira conjugação: ................................. DESINÊNCIAS futuro do presente do indicativo imperfeito do indicativo TEMPOS DERIVADOS C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 69 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 70 CAPÍTULO 17 Diminutivos Diminutivos (I) — o Asdrúbal? — Meu assistente direto aqui na firma. Homem de confiança. — Mas ele vai fazer a operaçãozinha por você? — Ele é o meu braço direito, doutor. Se alguém disser que precisa ter uma conversa com você, cuidado. É coisa da maior importância. Os próprios destinos do Pacto do Atlântico podem estar em jogo. Uma conversa é sempre com hora marcada. Já uma conversinha raramente passa do nível da mais cândida inconsequência. E geralmente é fofoca. A hora para uma conversinha é sempre qualquer hora dessas. Num jogo você arrisca tudo, até a hora. Num joguinho aceita-se até o cheque frio. Entre ter um caso e ter um casinho a diferença, às vezes, é a tragédia passional. No Brasil, usa-se o diminutivo principalmente com relação à comida. Nada nos desperta sentimentos tão carinhosos como uma boa comidinha. — Mais um feijãozinho? O feijãozinho passou dois dias borbulhando num daqueles caldeirões de antropófagos com capacidade para três missionários. Leva porcos inteiros, todos os miúdos e temperos conhecidos e, parece, um missionário. Mas a dona da casa o trata como um mingau de todos os dias. — Mais um feijãozinho? — Um pouquinho. — E uma farofinha? — Ao lado do arrozinho? — Isso. — E quem sabe mais uma cervejinha? — Obrigadinho. O diminutivo é também uma forma de disfarçar o nosso entusiasmo pelas grandes porções. E tem um efeito psicológico inegável. Você pode passar horas tomando cervejinha em cima de cervejinha sem nenhum dos efeitos que sofreria depois de apenas duas cervejas. — E agora, um docinho. E surge um tacho de ambrosia que é um porta-aviões. Luis Fernando Veríssimo Sempre pensei que ninguém batia o brasileiro no uso do diminutivo, essa nossa mania de reduzir tudo à mesma dimensão, seja um cafezinho, um cineminha ou uma vidinha. Só o que varia é a inflexão da voz. Se alguém diz, por exemplo, “Ó vidinha!” você sabe que ele está se referindo a uma vida com todas as mordomias. Nem é uma vida, é um comercial de cigarro com longa metragem. Um vidão. Mas se disser “Ah vidinha...” o coitado está se queixando dela e com toda a razão. Há anos que o seu único divertimento é tirar sapatos e fazer xixi. Mas nos dois casos o diminutivo é usado com o mesmo carinho. O francês tem o seu tout petit peu, que não é um diminutivo, é um exagero. Um “pouco todo pequeno” é muita explicação para tão pouco. Os mexicanos usam o poco, o poquito e – menos ainda do que o poquito – o poquetim! Mas ninguém bate o brasileiro. Era o que eu pensava até o dia, na Itália, em que ouvi alguém dizer que alguma coisa duraria um mezzoretto. Não sei se a grafia é essa mesma, mas um povo que consegue, numa palavra, reduzir uma meia hora de tamanho – e você não tem nenhuma dúvida de que um mezzoretto dura os mesmos 30 minutos de uma meia hora convencional, mas passa muito mais depressa – é invencível em matéria de diminutivo. O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a linguagem. Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, aquelas coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida porque também o usamos para desarmar certas palavras que, na sua forma original, são ameaçadoras demais. Operação, por exemplo. É uma palavra assustadora. Pior do que intervenção cirúrgica, porque promete uma intromissão muito mais radical nos intestinos. Uma operação certamente durará horas e os resultados são incertos. Suas chances de sobreviver a uma operação... sei não. Melhor se preparar para o pior. Já uma operaçãozinha é uma mera formalidade. Anestesia local e duas aspirinas depois. Uma coisa tão banal que quase dispensa a presença do paciente. — Alô, doutor? Olha, aquele meu quisto no braço direito que nós íamos tirar hoje? A operaçãozinha? — Sim. — Não vou poder ir, mas o Asdrúbal vai no meu lugar. Revista Domingo, outubro de 1977. Nota: Pacto do Atlântico (o mesmo que Otan) – Aliança militar formada por Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos), Noruega, Portugal, Espanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, em 1949. Foi criada com o objetivo de prover uma segurança comum aos países membros, através da 70 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 71 13. O que é mais sério, envolve mais compromisso: um caso ou um casinho? cooperação nos campos político, militar e econômico, no confronto com as nações do bloco socialista. Atualmente, com as mudanças ocorridas nos regimes socialistas do Leste Europeu a partir da queda do Muro de Berlim (1989), a organização redefine o seu papel no cenário mundial. 14. Ao usarmos diminutivos com relação à comida, estamos sugerindo que o prato é sofisticado ou trivial? 15. Ao dizermos “cervejinha”, “docinho”, o que procuramos disfarçar? 1. De acordo com as informações do texto, qual é o povo que supera o brasileiro no uso de diminutivos? 16. A ideia central do texto é mostrar que os diminutivos podem ser usados como a) indicadores de pequenez. b) recurso expressivo de linguagem, indicadores de outros aspectos além de pequenez. 2. Segundo o texto, em qual das duas formas os diminutivos têm o mesmo valor de um aumentativo (isto é, têm o significado de vidão, vida muito boa)? a) Ó vidinha! b) Ah vidinha... 17. Você já aprendeu que a linguagem pode ser usada com diversas finalidades. Neste texto, a linguagem foi usada com a finalidade principal de a) expressar os sentimentos do autor (função emotiva). b) discorrer sobre uma realidade (função referencial). c) persuadir o leitor (função conativa). d) falar sobre a própria linguagem (função metalinguística). e) verificar se a comunicação entre emissor e receptor foi estabelecida (função fática). 3. Além da pontuação (ponto de exclamação e reticências), que determina diferenças na inflexão de voz, que outra diferença há entre as duas formas? 4. Por que o autor compara uma vida boa com um comercial de cigarro? O que essa imagem sugere? 5. O que é menos grave e preocupante: uma operação ou uma operaçãozinha? Diminutivos (II) 6. Uma conversa é sempre mais longa do que uma conversinha? 1. Como você já sabe, nem sempre o diminutivo é usado para indicar pequenez. Em qual dos exemplos abaixo o diminutivo foi usado com o mesmo valor de um aumentativo? a) Ela é uma gracinha. b) Eles estão sempre agarradinhos. c) Faça uma forcinha. d) Espere um pouquinho. 7. O que é mais formal: uma conversa ou uma conversinha? 8. Os destinos do Pacto do Atlântico poderiam ser decididos em uma conversinha? Por quê? 2. Dê outros dois exemplos de diminutivo usado com valor de aumentativo, para indicar intensidade. Forme frases com esses diminutivos. 9. “Num joguinho aceita-se até o cheque frio.” Nessa frase, o adjetivo frio foi usado em sentido próprio ou figurado? Qual é o seu significado na frase? 11. Quando as regras podem não ser levadas tão a sério: em um jogo ou em um joguinho? 3. Diminutivos podem ser usados para disfarçar tamanho, duração e quantidade. Assinale a alternativa em que o diminutivo foi usado como um disfarce. a) Ela anda rapidinho. b) Dê um jeitinho nesta bagunça. c) Completei meu álbum de figurinhas. d) Espere mais cinco minutinhos. 12. Um caso costuma necessariamente durar mais tempo do que um casinho? 4. Forme duas frases com outros diminutivos usados como disfarce. 10. Um jogo é sempre mais longo ou complicado do que um joguinho? 71 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 72 5. Diminutivos podem ser usados para expressar ironia, isto é, para dizer o contrário daquilo que pensamos. Em qual alternativa o diminutivo foi usado como ironia? a) Só doeu um pouquinho. b) Escreva sempre, meu benzinho! c) Aquele engraçadinho está passando dos limites! d) Esta criança é muito engraçadinha. c) Elas deram gritinhos de alegria. d) A casinha foi destruída. 8. Forme duas frases com outros diminutivos usados com sentido pejorativo. 9. Diminutivos podem ser usados para indicar afetividade. Assinale a alternativa em que o diminutivo indica afetividade. a) Seu pestinha, espere até eu te alcançar! b) Ele saiu depressinha, sem dizer adeus. c) Queridinha, não deixe de telefonar! d) Falta um pouquinho para concluirmos o trabalho. 6. Forme duas frases com outros diminutivos usados como ironia. 7. Diminutivos também podem ser usados com sentido pejorativo, desagradável. Assinale a alternativa em que o diminutivo apresenta sentido pejorativo. a) Ela é apenas uma empregadinha da loja. b) Seus olhinhos lacrimejam. CAPÍTULO 10. Forme duas frases com outros diminutivos usados para indicar afetividade. Redação 18 No início da unidade, você escreveu um texto reproduzindo o modo de pensar e a linguagem infantil. Agora você irá reescrevê-lo apresentando ideias e linguagem mais adulta, mais compatível com a sua idade e amadurecimento. Planeje o novo texto da seguinte forma: CAPÍTULO 19 1. Substitua as ideias infantis do primeiro texto por ideias mais adultas. 2. Selecione frases que devem ser reescritas por apresentarem erros ou construções infantis. Reflexão sobre a língua – revisão 1. Classifique as orações e faça a análise sintática dos termos. a) Espontaneamente não critiquei o erro nem elogiei o acerto dos alunos, todavia dei sugestões valiosas para a aprendizagem. c) d) e) f) g) h) b) Marcos e Helena são vizinhos ou moram na mesma casa, pois sempre os vejo juntos. c) Nascemos na mesma cidade; somos, pois, conterrâneos. i) j) d) Respondeu-se a todas as questões, logo temos as informações necessárias. k) l) 2. Pontue corretamente. m) a) Espere um instante que eu já volto. b) Ora me alegro ora me entristeço. n) 72 Entrei e fiquei à vontade. Ela falou mansamente e ele respondeu aos berros. Pede e suplica e teima e faz ameaças. Não peço favores nem faço favores. Fomos injustos mas nos desculpamos. Eles adotam costumes rígidos no entanto são tolerantes com os outros. Ou estuda ou desiste do exame. Mudei-me, recentemente, para este bairro portanto, até o momento, não conheço as redondezas. Ele provavelmente teve êxito pois está satisfeito. Ela não conhecia a amizade visto que nunca teve um amigo. Eles não têm consideração com os outros não conhecem pois a compaixão e a solidariedade. Elas devem ter saído porque a luz está apagada. C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2013_Tony 02/01/13 09:22 Página 73 e) ____________ cauteloso! Se nós ____________, ____________ a você um caminho seguro. (ser, imperativo afirmativo; saber, imperfeito do subjuntivo; ensinar, futuro do pretérito) f) Eu _________ de casa quando tu me __________. (vir, imperfeito do indicativo; ver, perfeito do indicativo) g) Aqui está _____________ que eles haviam _____ __________ os imóveis em nome dos filhos. (escrever, particípio; pôr, particípio) h) Estamos _____________ a casa em ordem. (pôr, gerúndio) i) Quando ele ___________-se à mesa, nós já _____ __________. (sentar, perfeito do indicativo; jantar, mais-queperfeito do indicativo) j) Não me _____________ com mentiras! Quando tu _____________ a verdade, nós ___________ . (vir, imperativo negativo; admitir, futuro do subjuntivo; conversar, futuro do presente) k) Quando ele _____________ adulto, ___________ maior liberdade. (ser, futuro do subjuntivo; ter, futuro do presente) 3. Sublinhe as orações coordenadas sindéticas do exercício 2 e classifique-as adotando o seguinte código: 1 – oração coordenada sindética aditiva 2 – oração coordenada sindética adversativa 3 – oração coordenada sindética alternativa 4 – oração coordenada sindética conclusiva 5 – oração coordenada sindética explicativa 4. Preencha as lacunas com os verbos indicados. a) Eu _____________ uma canção. (ouvir, presente do indicativo) b) _____________ que tu _____________ meus conselhos. (esperar, presente do indicativo; ouvir, presente do subjuntivo) c) _____________ meu conselho. Você não se _____ _______________ ! (ouvir, imperativo afirmativo; arrepender, futuro do presente) d) ____________ que vocês ____________ música. (pensar, perfeito do indicativo; ouvir, imperfeito do indicativo) EXERCÍCIOS-TAREFA A água A água é uma substância fria e mole. Não tão fria quanto o gelo nem tão mole quanto a gema de ovo porque a gema de ovo arrebenta quando a gente molha o pão e a água não. A água é fria mas só quando a gente está dentro. Quando a gente está fora nunca se sabe a não ser a da chaleira, que sai fumaça. A água do mar mexe muito mas se a gente põe numa bacia ela para logo. Água serve pra beber mas eu prefiro leite e papai gosta de cerveja. Serve também pra tomar banho e esse é o lado mais ruim da água. Água é doce e é salgada quando está no rio ou no mar. A água doce se chama assim mas não é doce, agora a água salgada é bastante. A água de beber sai da bica mas nunca vi como ela entra lá. Também no chuveiro a água sai fininha mas não entendo como ela cai fininha quando chove pois o céu não tem furo. A água ainda serve também pra gente pegar resfriado que é quando ela escorre do nariz. Fora isso não sei mais nada da água. FERNANDES, Millôr. Compozissões Imfãtis. Rio de Janeiro: Nórdica, 1976. 1. Copie os adjetivos empregados no texto para caracterizar a água. 73 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 74 2. Crianças não têm um vocabulário extenso. Essa limitação faz com que, não raro, empreguem termos imprecisos. O autor ilustra essa limitação usando um adjetivo – mole – que não é o mais adequado para definir a água. Substitua-o por outro, mais adequado. c) “Água serve para beber mas eu prefiro leite e papai gosta de cerveja.” d) “Também no chuveiro a água sai fininha mas não entendo como ela cai fininha quando chove pois o céu não tem furo.” 3. A água é comparada ao gelo. Qual é o equívoco cometido pela criança ao fazer esta comparação? 10. Também é comum as crianças confundirem o efeito de um fato com a sua causa e vice-versa. Por exemplo, uma criança pode concluir que um sangramento seja a causa de um ferimento quando, na realidade, o sangramento é consequência do ferimento. Aponte o trecho do texto que mostra que a criança tomou o efeito do fato como sendo a sua causa. a) “... porque a gema de ovo arrebenta quando a gente molha o pão e a água não.” b) “A água é fria mas só quando a gente está dentro.” c) “Serve também para tomar banho e esse é o lado mais ruim da água.” d) “A água ainda serve também pra gente pegar resfriado que é quando ela escorre pelo nariz.” 4. Embora a criança afirme, no início do texto, que a água é fria, mais adiante ela se contradiz. Aponte o trecho que revela essa contradição. 5. Quem tem conhecimentos científicos sabe que a água a) pode apresentar-se em estado líquido, gasoso (fumaça) e sólido (gelo). b) só se apresenta em estado líquido. 6. De acordo com a criança, água é a) tanto o líquido, como o gelo e a fumaça. b) só o líquido. 11. Como é típico da linguagem infantil, neste texto predominam as orações coordenadas. Copie do texto a) uma oração coordenada assindética. b) uma oração coordenada sindética iniciada pela conjunção e. c) uma oração coordenada sindética iniciada pela conjunção mas. d) uma oração coordenada sindética iniciada pela conjunção porque. 7. Podemos concluir que a criança descreve a realidade levando em conta a) apenas o que ela percebe imediatamente, pelos sentidos (visão, audição etc.). b) explicações científicas, fruto da observação e reflexão. 8. Crianças não têm ainda uma noção bem definida de causa e efeito. Muitas vezes, elas apenas descrevem o que veem, sem qualquer preocupação em explicar o fato. Aponte a passagem que demonstra essa característica das crianças. a) “A água é uma substância fria e mole.” b) “A água do mar mexe muito mas se a gente põe numa bacia ela para logo.” c) “Água serve para beber mas eu prefiro leite e papai gosta de cerveja.” 12. No texto, Millôr Fernandes reproduz um erro típico das crianças. Tente descobri-lo e escreva a forma correta. Linguagem infantil Para realizar a tarefa de hoje, você pode • tentar lembrar-se de coisas engraçadas e/ou curiosas que dizia quando era menor, e relatá-las; • tentar lembrar-se de coisas engraçadas e/ou curiosas que ouviu alguma criança dizer, e relatá-las; • conversar com uma criança de três a cinco anos de idade e relatar o que ela diz. Após fazer o relato, tente identificar o elemento que distingue aquilo que você ou outra criança disse do que um adulto diria, ou seja, • as palavras empregadas; • a construção de frases; • os erros; • as ideias expressas. 9. Quando procuram explicar a causa dos fatos, as crianças costumam basear-se naquilo que observam. Assim, muitas vezes elas levantam hipóteses que parecem engraçadas e absurdas aos mais velhos. No entanto, se analisarmos bem, essas explicações são inteligentemente formuladas a partir dos poucos conhecimentos que a criança tem. Por isso, do ponto de vista infantil, elas são lógicas e revelam uma boa capacidade de raciocínio. Qual trecho (engraçado do nosso ponto de vista) mostra que a criança refletiu e buscou formular uma explicação para o fato a partir de suas observações? a) “A água é fria mas só quando a gente está dentro.” b) “A água do mar mexe muito mas se a gente põe numa bacia ela para logo.” Orações coordenadas 1. Consulte livros e/ou cadernos de português e selecione dois períodos formados por orações coordenadas. 74 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 75 3. Planeje o seu texto: a) escolha o tema; b) identifique os principais elementos e ações que serão descritos; c) identifique as impressões que você quer transmitir ao leitor. 2. Copie os períodos escrevendo-os entre aspas. Ao lado de cada período coloque, entre parênteses, o nome do autor. 3. Separe os períodos em orações e analise-as, indicando qual(is) é(são) coordenada(s) assindética(s) e coordenada(s) sindética(s). Pontuação A água Coloque vírgula ou ponto e vírgula quando necessário. 1. Ele vai e vem. Escreva um texto sobre a água, com ideias e linguagem mais adulta do que a usada por Millôr Fernandes. 2. Ele vai e vem e vai e vem... Orações coordenadas 3. Irritei-me mas fingi indiferença. 1. Construa períodos compostos por a) duas orações coordenadas, sendo a segunda sindética com relação de soma com a oração anterior. b) duas orações coordenadas, sendo a segunda sindética com relação de oposição com a oração anterior. 4. A multidão aplaudia freneticamente e o cantor agradecia friamente. 5. Empolgou-se no entanto conservou o senso crítico. Orações coordenadas aditivas e adversativas 6. Estamos cansados de promessas, de mentiras, de ilusões portanto fale-nos somente a verdade. 7. Ele continuará estudando nesta escola quer seja aprovado quer seja reprovado. 1. Consulte livros e/ou cadernos de português e selecione a) um período formado por duas orações coordenadas, sendo a segunda uma sindética aditiva. 8. Fale mais alto ou não será ouvido. b) um período formado por duas orações coordenadas, sendo a segunda uma sindética adversativa. 9. Gosto de esportes logo gosto de nadar. 10. Estou nervoso preciso pois me acalmar. 2. Copie os períodos, escrevendo-os entre aspas. Ao lado de cada período coloque, entre parênteses, o nome do autor. Orações coordenadas 3. Separe os períodos em orações e analise-as. 1. Construa períodos compostos por a) duas orações coordenadas, sendo a segunda uma oração sindética que estabeleça relação de alternância com a anterior. b) duas orações coordenadas sindéticas que estabeleçam relação de alternância entre si. c) duas orações coordenadas, sendo a segunda uma oração sindética que estabeleça uma relação de conclusão com a oração anterior. Redação 1. Você irá redigir um texto descrevendo uma situação ou um ambiente repleto de elementos. Por exemplo, você pode descrever • um armário totalmente desarrumado; • uma casa sendo desarrumada para mudança; • a saída de torcedores de um estádio de futebol; • o comportamento de uma criança pequena, levada, em um ambiente repleto de objetos; • os rápidos estragos que vão sendo provocados por um vento muito forte etc. Meu benzinho Meu benzinho adorado minha triste irmãzinha eu te peço por tudo o que há de mais sagrado que você me escreva uma cartinha sim dizendo como é que você vai que eu não sei eu ando tão zaranza por causa do teu abandono eu choro e um dia pego tomo um porre danado que 2. Use o polissíndeto para transmitir a ideia de acúmulo de elementos. 75 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 76 Jobim, Garota de Ipanema, música símbolo de uma época. Entre seus livros, destacam-se O caminho para a distância, Novos poemas, Livro de sonetos, Procura-se uma rosa e Para viver um grande amor. você vai ver e aí nunca mais mesmo que você me quer e sabe o que eu faço eu vou me embora para sempre e nunca mais vejo esse rosto lindo que eu adoro porque você é toda a minha vida e eu só escrevo por tua causa ingrata e só trabalho para casar com você quando a gente puder porque agora tudo está tão difícil mas melhora não se afobe e tenha confiança em mim que te quero acima do próprio Deus que me perdoe eu dizer isso mas é sincero porque ele sabe que ontem pensei todo o dia em você e acabei chorando no rádio por causa daquele estudo de Chopin que você tocou antes de eu ir-me embora e imagina só que estou fazendo uma história para você muito bonita e quando chega de noite eu fico tão triste que até dá pena e tenho vontade de ir correndo te ver e beijo o ar feito bobo com uma coisa no coração que já fui até no médico mas ele disse que é nervoso e me falou que eu sou emotivo e eu peguei ri na cara dele e ele ficou uma fera que a medicina dele não sabe que o meu bem está longe melhor para ele eu só queria te ver uma meia hora eu pedia tanto que você acabava ficando enfim adeus que já estou até cansado de tanta saudade e tem gente aqui perto e fica feio eu chorar na frente deles eu não posso adeus meu rouxinol me diz boa-noite e dorme pensando neste que te adora e se puder pensa o menos possível no teu amigo para você não se entristecer muito que só mereces felicidade do teu definitivo e sempre amigo... 1. Procure no dicionário os significados das palavras desconhecidas. 2. Na carta estão misturados vários elementos: declarações de amor, queixas, ameaças, confissões, pedidos... Indique qual desses elementos predomina em cada um dos trechos seguintes. a) “... eu te peço por tudo o que há de mais sagrado que você me escreva uma cartinha...” b) “... eu ando tão zaranza por causa do teu abandono...” c) “... e um dia pego tomo um porre danado que você vai ver...” d) “... você é toda a minha vida...” e) “... e quando chega de noite eu fico tão triste que até dá pena...” 3. Extraia do texto outros exemplos desses elementos: declarações de amor, queixas etc. que lhe chamaram a atenção. 4. Qual(is) o(s) sinal(is) de pontuação usados no texto? MORAES, Vinicius de. Antologia poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1981. 5. Se este fosse um texto informativo, a maneira de usar a pontuação poderia ser a mesma? Por quê? Informações sobre o autor e sua obra 6. Essa maneira de usar a pontuação confere à carta um teor a) desprovido de emoção. b) altamente emotivo. 7. Observe, no texto, o grande número de orações coordenadas, principalmente sindéticas aditivas iniciadas por e. Sublinhe, no texto, pelo menos dez orações iniciadas por e. 8. Você sabe que a conjunção e, ao ligar palavras ou orações, estabelece entre elas uma relação muito simples, de mera adição. Ou seja, ao empregar a conjunção e, o autor apenas adiciona uma informação a outra: não contrapõe fatos, não tira conclusões de um fato com base em outro, não explica um fato tendo outro como referência. Neste texto, o uso abundante da conjunção e sugere que o autor da carta, tomado pela emoção, a) limitou-se principalmente a narrar fatos, sem se preocupar em analisá-los. Vinicius de Moraes (1913–1980) foi poeta, compositor, intérprete e diplomata brasileiro. Figura importante do movimento da bossa nova, compôs, junto com Tom b) preocupou-se especialmente em analisar os fatos. 76 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 77 9. Sublinhe, no texto, os diminutivos. Utilize um lápis de cor diferente daquele usado para sublinhar as orações introduzidas pela conjunção e ou altere o tipo de traço (use, por exemplo, dois traços). Você deve redigir a resposta comentando os principais pontos contidos na carta que recebeu e as conclusões a que chegou após analisá-los fria e racionalmente. Isso significa que você deve escrever uma carta bem organizada, lógica, racional. Para tanto 10. Esses diminutivos sugerem • organize os parágrafos por assunto; a) ideia de pequenez. • comente, em cada parágrafo, as afirmações contidas na carta e suas conclusões a respeito. Sempre que necessário, construa orações coordenadas conclusivas para expor suas conclusões; b) afetividade. 11. Neste tipo de texto, é adequado o uso de diminutivos? Por quê? • use adequadamente os sinais de pontuação; • evite empregar termos com forte carga emotiva, como diminutivos e certos adjetivos qualificativos. A sua resposta deve ser lógica, racional e desapaixonada; 12. Sublinhe (alterando novamente a cor do lápis ou o tipo de traço) os adjetivos empregados no texto. 13. Você deve ter observado que no texto há vários adjetivos. Justifica-se o emprego desses adjetivos para • não empregue gírias nem faça construções próprias da linguagem oral: escreva sua resposta num tom mais formal do que o da carta recebida. a) descrever os fatos objetivamente. b) transmitir as emoções do emissor. 14. Esse texto apresenta duas características da linguagem oral: a mistura de pronomes e o uso de termos de gíria. Extraia um exemplo de cada uma dessas características. Veja um pequeno trecho que ilustra como seria uma resposta com as características mencionadas. Meu caro, Você pede que eu lhe escreva, portanto concluo que sente minha falta e atendo a seu pedido. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT8F205 Suas ameaças (você fala em embriagar-se, em ir embora para sempre...) me preocuparam, então resolvi dizer tudo o que penso a respeito das suas reações. Planeje o texto. Redação 1. Escolha os pontos da carta que serão comentados na resposta. Na atividade anterior, você leu uma carta de amor, supostamente escrita por alguém tomado por forte emoção. 2. Indique suas conclusões a respeito desses pontos. Você observou que, naquela carta, os assuntos se misturam, se atropelam, se somam, sem que a relação entre fatos seja claramente estabelecida. Para criar esse efeito, o autor abusou das orações coordenadas sindéticas aditivas e eliminou a pontuação. Orações coordenadas explicativas Nesta aula, você irá escrever uma resposta àquela carta, colocando-se no lugar da mulher que a recebeu. Para redigir a resposta, você deve Construa períodos contendo orações coordenadas sindéticas explicativas introduzidas pelas conjunções indicadas abaixo. Esteja atento para o uso correto da vírgula. • analisar, friamente, cada uma das afirmações contidas na carta, ou seja, as declarações de amor, as ameaças, os pedidos etc.; • tirar conclusões a respeito das afirmações contidas na carta. 77 • pois • que • visto que • porquanto C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 78 Orações coordenadas 3. Quando tu ___________ a verdade, ela será contada. (exigir, futuro do subjuntivo) 4. Ao _____________ o discurso, vós, certamente, engrandecerás nosso país. (proferir, futuro do subjuntivo) 5. Se __________ necessário, __________ ajuda. (ser, futuro do subjuntivo; pedir, imperativo afirmativo, terceira pessoa do singular) Construa períodos contendo orações indicadas. Esteja atento ao uso correto dos sinais de pontuação, como vírgula, ponto e vírgula etc. • • • • • oração coordenada sindética aditiva oração coordenada sindética adversativa oração coordenada sindética alternativa oração coordenada sindética conclusiva oração coordenada sindética explicativa Verbos Complete as lacunas com os verbos indicados entre parênteses. 1. Aqui é permitido que as crianças ______________ . (correr, presente do subjuntivo) 2. ____________ paciente! Eu te _______________ ! (ser, imperativo afirmativo; implorar, presente do indicativo) 3. ______________ tuas riquezas. Não ____________ dos outros! (produzir, imperativo afirmativo; depender, imperativo negativo) 4. Que todos nós _________________ juntos! O ladrão (cear, presente do subjuntivo) (...) Entreabriu a porta, mergulhou na faixa de luz que passou pela fresta, correu o trinco devagarinho. Avançou, temendo esbarrar nos móveis. Acostumando a vista, começou a distinguir manchas: cadeiras baixas e enormes que atravancavam a saleta. Escorregou para uma delas, o coração aos baques, o fôlego curto. Afundou no assento gasto. As rótulas estalaram, as molas do traste rangeram levemente. Ergueu-se precipitado, encostou-se à parede, com receio de vergar os joelhos. Se as juntas continuassem a fazer barulho, os moradores iriam acordar, prendê-lo. Achou-se fraco, sem coragem para fugir ou defender-se. Acendeu a lâmpada e logo se arrependeu. O círculo de luz passeou no assoalho, subiu numa cadeira e sumiu-se. A escuridão voltou. Temeridade acender a lâmpada. Penetrou na sala de jantar, escancarando muito os olhos. Agora os objetos estavam quase visíveis. Uma sombra alvacenta descia pela escada, havia luz no andar de cima. Atenção: o verbo cear conjuga-se como passear e outros verbos terminados em ear. 5. _____________ tu o que _____________ pensando. (dizer, imperativo afirmativo; estar, presente do indicativo) Verbos Complete as lacunas com os verbos indicados entre parênteses. 1. Eu já ______________ quando eles ____________ . (cantar, mais-que-perfeito do indicativo; chegar, perfeito do indicativo) 2. Se nós _______________ sua voz, teríamos aberto a porta. (ouvir, imperfeito do subjuntivo) RAMOS, Graciliano. “O ladrão”, in Insônia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1953. 78 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 79 Redação 1. Sublinhe todos os verbos do texto. 2. Com exceção de um verbo, todos os outros indicam a) estado. b) ação. c) fenômeno da natureza. Ao estudar o texto “O ladrão”, você constatou que é possível sugerir os sentimentos de uma personagem apenas narrando as suas ações. 3. Qual é esta exceção? O que este verbo indica? Hoje você irá escrever um texto narrando as ações de uma personagem de maneira a transmitir seus sentimentos. 4. Quais dos trechos indicam pensamentos do ladrão? a) “Entreabriu a porta, mergulhou na faixa de luz que passou pela fresta, correu o trinco devagarinho.” b) “Se as juntas continuassem a fazer barulho, os moradores iriam acordar, prendê-lo.” c) “Temeridade acender a lâmpada.” d) “Penetrou na sala de jantar, escancarando muito os olhos.” Você pode contar um episódio envolvendo uma pessoa que está muito alegre, ou muito triste, ou muito preocupada, ou muito indecisa, ou muito furiosa etc. Como você irá narrar essas ações, atente para o emprego dos verbos. Antes, planeje o texto. 5. O trecho “Acendeu a lâmpada e logo se arrependeu.” nos informa que o ladrão a) apesar de ter-se arrependido, deixou a lâmpada acesa. b) apagou a lâmpada. 1. Determine o sentimento da personagem. 2. Escolha a situação que você irá descrever. 3. Indique os comportamentos da pessoa que possam sugerir ao leitor os sentimentos da personagem. 6. No primeiro parágrafo, o autor descreve os movimentos da luz que permitem ao ladrão observar os objetos da casa, referindo-se a ela como “faixa de luz” e “círculo de luz”. “Entreabriu a porta, mergulhou na faixa de luz que passou pela fresta, correu o trinco devagarinho.” “O círculo de luz passeou no assoalho, subiu numa cadeira e sumiu-se.” De onde viria essa luz que assume ora a forma de faixa, ora de círculo, e depois some? Verbos Complete as lacunas com os verbos indicados entre parênteses. 1. Se ____________, eu te _________ o guarda-chuva. (chover, imperfeito do subjuntivo; emprestar, futuro do pretérito) 7. Ao ler o texto, ficamos com a impressão de que o ladrão estava a) confiante e cauteloso b) confiante e sem cautela. c) amedrontado e cauteloso. d) amedrontado e sem cautela. 2. Nós __________ crianças quando __________ aqui. (ser, imperfeito do indicativo; vir, imperfeito do indicativo) 8. Como você chegou a essa conclusão? O autor chegou a afirmar algo sobre esses sentimentos da personagem? 3. Você já havia ___________ e elas ainda estavam _____________ . (dormir, particípio; conversar, gerúndio) 9. Escolha três trechos do texto que demonstrem esses sentimentos da personagem. Modifique-os a fim de que sugiram sentimentos opostos. 4. Ao _____________ nos visitar, tu ______________ conosco. (vir, infinitivo pessoal; cear, futuro do presente) No Portal Objetivo 5. Todos _____________ uma prenda, ____________ ter ____________ o pedido. (trazer, futuro do pretérito; bastar, imperfeito do indicativo; fazer, particípio) Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite PORT8F207 79 C2_8o_ANO_Portugues_SOME_2012_Tony 16/03/12 14:44 Page 80 Verbos Autoavaliação Observe a conjugação do verbo cair nos tempos primitivos. Presente do indicativo: caio, cais, cai, caímos, caís, caem Perfeito do indicativo: caí, caíste, caiu, caímos, caístes, caíram A partir dos tempos primitivos você é capaz de conjugar os tempos derivados. Assim, construa frases usando o verbo cair no 1. presente do subjuntivo 2. imperativo afirmativo 3. mais-que-perfeito do indicativo 4. imperfeito do subjuntivo 5. futuro do subjuntivo 6. futuro do presente 7. futuro do pretérito 8. gerúndio 9. particípio 10. infinitivo pessoal Como no bimestre passado, faça uma revisão da matéria e formule perguntas sobre suas dificuldades. • Diferenças entre orações coordenadas e orações subordinadas • Orações coordenadas sindéticas e orações coordenadas assindéticas • Orações coordenadas sindéticas aditivas • Orações coordenadas sindéticas adversativas • Orações coordenadas sindéticas alternativas • Orações coordenadas sindéticas conclusivas • Orações coordenadas sindéticas explicativas • Tempos derivados do presente do indicativo • Tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo • Tempos derivados do infinitivo impessoal Verbos O verbo sair conjuga-se como o verbo cair. Tomando como modelo o verbo cair, conjugue o verbo sair nas formas primitivas e, depois, forme frases com os tempos derivados. Verbos Observe a conjugação do verbo poder nos tempos primitivos. Presente do indicativo: posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Perfeito do indicativo: pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam Presente do indicativo Perfeito do indicativo Observe o acento diferencial para diferenciar a terceira pessoa do singular do perfeito do indicativo da mesma pessoa do presente do indicativo. A partir dos tempos primitivos você é capaz de conjugar os tempos derivados. Assim, construa frases usando o verbo poder no 1. presente do subjuntivo 2. imperativo afirmativo 3. mais-que-perfeito do indicativo 4. imperfeito do subjuntivo 5. futuro do subjuntivo 6. futuro do presente 7. futuro do pretérito 8. gerúndio 9. particípio 10. infinitivo pessoal Construa frases usando o verbo sair no 1. presente do subjuntivo 2. imperativo afirmativo 3. mais-que-perfeito do indicativo 4. imperfeito do subjuntivo 5. futuro do subjuntivo 6. futuro do presente 7. futuro do pretérito 8. gerúndio 9. particípio 10. infinitivo pessoal 80