COMUNICADO À POPULAÇÃO Controlo preventivo de pombos nas áreas urbanas A Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos está a desenvolver um programa de controlo preventivo de pombos, e açcões de informação e sensibilização da população. Informa-se também que nos espaços públicos onde alguns munícipes continuam a alimentar pombos, a autarquia é obrigada a adoptar medidas curativas para corrigir a reprodução descontrolada destas aves. A Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos agradece a sua compreensão e colaboração nesta matéria, não alimentando pombos no espaço público. Os pombos são aves que se adaptam bem nas áreas urbanas e com as quais nos habituámos a conviver. Esta convivência pode, no entanto, tornar-se problemática quando a população de pombos se reproduz descontroladamente e se transforma numa praga urbana com consequências para o ambiente e para a saúde pública. Estas situações de desequilíbrio ecológico nas áreas urbanas devem-se, essencialmente, a quatro factores: Alimento em abundância - porque as pessoas lhes dão milho, pão ou outros alimentos, os pombos não têm necessidade de procurar o seu próprio alimento; Abrigo - calhas e algerozes, terraços, varandas, forros de telhado, que não são limpos ou cuidados, permitem aos pombos a construção e manutenção dos seus ninhos; Predadores naturais - inexistência nas áreas urbanas, tais como répteis, aves de rapina e outros; Água - os pombos em meio urbano têm sempre fácil acesso a água. Se no seu habitat natural os pombos têm 2-3 ninhadas por ano, nas áreas urbanas, devido a estes factores, o número de ninhadas pode atingir as 4-6 por ano. CONSEQUÊNCIAS PARA O AMBIENTE, PATRIMÓNIO E SAÚDE PÚBLICA Os aspectos mais visíveis deste aumento exagerado da reprodução e do número de pombos são: a sujidade de espaços públicos e habitações, com fezes de elevado grau de acidez e penas, entupimento de algerozes e degradação de monumentos. Além destes danos, os pombos podem transmitir várias doenças a outros animais e ao Homem, tais como: Tuberculose - através da inalação do agente (bactéria) que poderá estar presente em poeiras provenientes das fezes secas; Criptococose - infecção causada pela inalação de um fungo que poderá estar presente em poeiras de fezes contaminadas e que pode afectar o sistema nervoso central e provocar artrites, pneumonias, abcessos e meningites; Psitacose - infecção transmitida por inalação do agente, causando pneumonia ou, por contacto directo, inflamação nos olhos e cegueira; Salmonelose - é transmitida através da ingestão da bactéria Salmonela typhimurum que poderá estar presente em fezes de pombos e contaminar água ou alimento causados gastroenterites; Parasitas-os pombos podem ser infectados por vários parasitas, como piolhos, que lhes corroem as pernas, e ácaros que poderão estar presentes nas pernas e ninhos. O contacto com estes parasitas pode oiginar bronquites asmáticas e reacções alérgicas em crianças, idosos e outras pessoas sensíveis a alergias, e dermatites. COMO PREVENIR? A convivência entre pombos e humanos nas áreas urbanas pode ser harmoniosa se o equilíbrio ecológico for mantido e a reprodução dos pombos for controlada. Neste domínio, solicita-se a proprietários e condóminos que tomem medidas de prevenção, protegendo simultaneamente as suas habitações: - Não alimentar pombos nem quaisquer outros animais na via pública lembre-se que os pombos têm capacidade para procurar o seu próprio alimento como, por exemplo, sementes ou insectos. - Limpar os algerozes dos seus prédios, nos meses de Março a Julho e em Setembro ao remover fezes, restos de ninhos, penas e ovos, previne entupimentos. Esta limpeza requer algumas precauções como o humedecimento das poeiras antes de as remover e a utilização de luvas e de máscara ou de um pano humedecido a proteger a boca e o nariz; - Pode aplicar pastas ou géis repelentes em parapeitos ou outras superfícies de edifício; estes produtos químicos causam uma ligeira sensação de calor e irritação nas patas das aves e inibem o seu poiso, - Pode colocar espículas ou fios de nylon (ou de pesca) esticados a 10cm da superfície e presos nas pontas, em beirais, terraços e outras superfícies de poiso, afastando, deste modo, os pombos; - Pode utilizar modelos de aves predadores dos pombos, como falcões e outras aves de rapina, que funcionam como espantalhos, ou objectos reflectores da luz solar ou de cor brilhante, que causam incómodo visual; - Vedar o acesso aos forros do telhado e consertar as falhas na estrutura do edifício, impedido a entrada dos pombos e a construção dos ninhos no seu interior; - Informar a sua Junta de Freguesia ou Câmara Municipal se conhecer edifícios abandonados em zonas onde proliferem pombos. Para mais informações contacte: Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos Sector de Ambiente e Qualidade de Vida Tel.: 263 977 004 | Fax: 263 976 586 [email protected] | www.cm-arruda.pt