Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 DISCIPLINA: FÍSICA 02 I CAPÍTULO: ELETROSTÁTICA INTRODUÇÃO. Este estudo é um convite para compreender através da física muitos dos fenômenos da natureza que são observados pelo homem. Será necessário recorrer a biologia, astronomia, química e as mais diversas áreas do conhecimento. Para analisarmos os fenômenos que a natureza realiza, devemos tomar ciência das formas mais elementares que ela apresenta, que são através das interações fundamentais. INTERAÇÕES NATUREZA FUNDAMENTAIS DA I- Interação Gravitacional: Esta interação atua Neste capítulo estudaremos o nascimento e as estruturas bases de um ramo da física capaz de descrever diversos fenômenos que se encontram em crescente presença na vida atual do homem, estamos falando da eletricidade. Com o advento da tecnologia o homem já não mais se vê distante de eletrodomésticos e dispositivos eletrônicos, sendo que estes sempre estão à procura de aprimoramentos, que só são alcançados devido aos avanços científicos deste ramo. No final, deste estudo você estará apto a compreender fenômenos que facilitaram a sua vida, desde um simples acionamento de uma lâmpada ao movimento de cargas elétricas em nível atômico. em todas as partículas que possuem massa, sendo que ela corresponde aos fenômenos de movimento de corpos celeste e qualquer objeto macroscópico. Porém ela apresenta limitações quando aplicada em níveis atômicos. Esta é a interação que possuem a menor intensidade sendo na ordem de 10-38. 1. O QUE É ELETRICIDADE? II- Interação Eletromagnética: Presente na - maioria dos processos químicos e biológicos. Um exemplo é a oxidação de uma esponja de aço por uma solução de sulfato de cobre. Sua intensidade está na ordem 10-2. III- Interação Forte: Mantém os prótons e nêutrons (conhecidos como núcleos) ligados ao núcleo do átomo. Sua intensidade está na ordem de 1. IV- Interação Fraca: Responsável pela radiação beta. Este nome é devido ser de menor intensidade que a forte. Sua intensidade é na ordem de 10-5. O objetivo desta apostila é se concentrar na interação eletromagnética, faremos o percurso feito pelos estudiosos até chegar no eletromagnetismo que conhecemos hoje. O que podemos adiantar é que esta interação era estudada separadamente, portanto a eletricidade e o magnetismo eram vistos como áreas distintas. É o ramo da física que estuda os fenômenos relacionados as cargas elétricas. Podemos dividi-la em duas: - ELETROSTÁTICA: estuda as cargas elétricas em repouso. ELETRODINÂMICA: estuda cargas elétricas em movimento. 1.1 CARGA ELÉTRICA. O primeiro a estudar as cargas elétricas foi o filósofo grego Tales, que viveu na cidade de Mileto, no século VI a. C. Ele observou que um pedaço de âmbar (um tipo de resina) após ser atritado com pele de animal, adquiria a propriedade de atrair corpos leves (como pedaços de palha e sementes de grama). Os termos “elétrico” e “eletricidade” derivam da palavra âmbar que no grego significa élektron. As cargas elétricas estão presentes em nosso corpo, camisas, tapetes, maçanetas e etc. Na verdade todos os corpos possuem cargas elétricas (Halliday e David, 1916). É possível observar o comportamento das cargas ao atritar um pente em seu cabelo seco, fazendo isso, você irá conseguir atrair pequenos pedaços de papel. Isto pode parecer apenas curioso, mas na verdade é essencial entender este fenômeno, pois se você for manipular qualquer microcircuito, ou seja, uma placa eletrônica de 1|P ági na Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 celular, notebook ou qualquer outro aparelho, sem conhecer estes conceitos você pode danifica-la. vidro e um pedaço de lã ambos inicialmente neutros (a), depois de atrita-los um com outro (b) temos que os dois ficam eletrizados (c) Existem dois tipos de cargas: Positiva Negativa Carga Elétrica: A carga elétrica faz parte da matéria, ou seja, toda matéria apresenta carga elétrica. A matéria é constituída por átomos e moléculas que se unem para formar os diferentes tipos de materiais. Princípio de repulsão e atração das cargas elétricas: Cargas elétricas de SINAIS IGUAIS se REPELEM. Positiva com Positiva. Figura 1 Eletrização por atrito Para compreender este processo devemos lembrar que os objetos são constituídos de átomos, que por sua vez possuem: Prótons: Estão localizados no núcleo do Negativa com Negativa átomo e possuem carga elétrica positiva; Elétrons: Se movem em torno do núcleo e Cargas elétricas de SINAIS DIFERENTES se ATRAEM. Positiva com Negativa possuem carga elétrica negativa; Nêutrons: Também estão localizados no núcleo e não possui carga elétrica. Na Figura 2 temos a representação do 1.2 COMO UM CORPO SE ELETRIZA? átomo de carbono que possui 6 elétrons, 6 prótons e 6 neutros. Quando dois corpos são atritados um contra o outro, um adquiri cargas positivas e o outro fica com excesso de cargas negativas. Por exemplo, na Figura 1 temos uma barra de 2|P ági na Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 Um bastão eletricamente carregado atrai uma bolinha condutora A e repele uma bolinha B. Nessa situação: a) a bolinha B está eletricamente neutra. Figura 2. Átomo de carbono. Portanto a eletrização ocorre devido a Transferência de Elétrons. Ao atritarmos dois corpos, há transferência de elétrons de um corpo para o outro. Esclarecimento Os prótons e nêutrons não se deslocam nesse processo, pois estão firmemente presos ao núcleo do átomo); b) Ambas as bolinhas estão carregadas com cargas idênticas. c) ambas as bolinhas podem estar eletricamente neutras. d) a bolinha B está carregada com carga positiva. e) a bolinha A pode estar eletricamente neutra. 1.3 CONSERVAÇÃO DA CARGA ELÉTRICA. Com isto, o um corpo pode estar: I) II) III) Neutro: número de prótons é igual ao número de elétrons, de modo que a carga elétrica (carga líquida) no corpo é nula; Eletrizado positivamente: Excesso de prótons; Eletrizado negativamente: Excesso de elétrons. Conclui-se que ao atritamos uma barra de vidro com lã, há passagem de elétrons da barra para a lã. Assim, o vidro, que era neutro e perdeu elétrons, fica eletrizado positivamente. A lã, que Em todo processo de eletrização, a soma das cargas dos corpos envolvidos se conserva, permanecendo a mesma no final. Portanto, o princípio da conservação das cargas elétricas pode ser enunciado assim: 3 Num sistema eletricamente isolado, a soma das cargas no início do processo é igual à soma no final. também era neutra e ganhou elétrons, fica eletrizada negativamente. Isto sugere que as cargas não podem ser criadas e nem destruídas no processo de eletrização entre um corpo e outro. 3|P ági na Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 1.5 TIPOS DE ELETRIZAÇÃO Aprendemos no item 1.2, que um corpo Sejam dois corpos idênticos A e B. O corpo A tem uma carga elétrica de +4Q e o corpo B uma carga de –2Q. Admitamos que, de um modo conveniente, houve uma troca de cargas entre os corpos. Qual será a carga elétrica total do sistema após esta troca? Solução: De acordo com o princípio da conservação das cargas, a quantidade de carga total no final é igual à quantidade de carga total no início da troca, isto é: pode ser eletrizado quando é atritado com outro corpo. Existem outros dois processos aos quais um corpo pode ser eletrizado, são eles: Eletrização por Contanto: Consiste inicialmente em eletrizar neutro com um corpo outro corpo previamente eletrizado. Na Figura 3, o corpo B está neutro, enquanto que o corpo A está carregado positivamente. Carga total no início do processo: 4Q + (-)2Q = 2Q Logo, a carga total no final do processo é de 2Q. 1.4 CONDUTORES E ISOLANTES Em todos os átomos existe uma força de Figura 2 Eletrização por contato atração entre prótons e elétrons que mantém a Em (a), os corpos A e B estão isolados se órbita dos elétrons em torno do núcleo. Entretanto, afastados. Colocados em contato (b), durante existem átomos cujos elétrons estão firmemente breve intervalo de tempo, elétrons livres irão de ligados às suas órbitas e outros com condições de se deslocarem de uma órbita para outras. Os primeiros elétrons denominamos elétrons presos e B para A. Após o processo (c), A e B apresentam-se eletrizados positivamente, porém A agora apresenta carga menor do que apresentava no início. os outros elétrons livres. Bons condutores: Estes materiais apresentam em seus átomos um grande número de elétrons livres. Como exemplo de materiais bons Caso o corpo A estivesse carregado negativamente e o corpo B neutro, durante o contato (b), elétrons livres iriam de A para B, fazendo com que ambos os corpos apresentassem carga negativa. condutores podemos citar o ouro, a prata, o cobre, o alumínio, o ferro e o mercúrio. Isolante: Não existe ou a presença de elétrons livres nos átomos é desprezível. A madeira, o vidro, a porcelana, o papel e a Eletrização por Indução: Ao Aproximar um bastão eletrizado positivamente Figura 4, de um condutor não borracha classificam-se como isolantes. 4|P ági na Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 eletrizado, apoiado em um suporte isolante, pode-se observar que os elétrons livres, existentes em grande quantidade no condutor são atraídos pela carga positiva do bastão. A aproximação do bastão carregado provoca no condutor, uma separação de cargas, embora, como um todo, ele continue neutro (sua carga total é nula). Esta separação de cargas em um Figura 4 Interação entre cargas elétricas condutor, provocada pela aproximação de um corpo eletrizado, é denominada indução A força eletrostática da interação entre a cargas q1 e q2 é expressa matematicamente: eletrostática. Onde: F: intensidade da força de atração ou repulsão [unidade Newton (N)] 1.6 LEI DE COULOMB A Eletrostática considera a interação entre cargas elétricas em repouso, para um observador em um sistema de referencial inercial ou movendo-se com uma velocidade muito baixa. A lei de Coulomb é responsável por descrever esta interação entre as cargas elétricas. Segundo Coulomb, a intensidade da força de atração ou repulsão entre duas cargas elétricas • É diretamente proporcional à quantidade de carga de cada corpo e, portanto, ao seu produto. • É inversamente proporcional ao quadrado da distância entre as cargas. • Depende do meio onde estão colocadas as cargas. Considere duas cargas q1 e q2 de mesmo sinal, a uma distância d Figura 5. K: constante eletrostática (seu valor depende do meio e do sistema de unidades utilizado) q1 e q2: módulos das cargas puntiformes [unidade Coulomb (C)] d: distância entre as cargas [unidade metro (m)] Praticando De acordo com a Lei de Coulomb, assinale a alternativa correta: a) A força de interação entre duas cargas é proporcional à massa que elas possuem; b) A força elétrica entre duas cargas independe da distância entre elas; c) A força de interação entre duas cargas elétricas é diretamente proporcional ao produto entre as cargas; d) A força eletrostática é diretamente proporcional à distância entre as cargas; e) A constante eletrostática K é a mesma QUESTÕES para qualquer meio material. c) Figura 3 Eletrização por indução QUESTÃO 1 5|P ági na Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 Analise cada uma das seguintes afirmações relacionadas com eletricidade e indique se é verdadeira (V) ou falsa (F). (c) q/2, q/2 e nula ( )Uma esfera metálica eletricamente neutra, ao ser aproximada de um bastão de vidro positivamente carregado, pode sofrer uma força de atração elétrica. (e) q/2, nula e nula ( ) Em uma esfera metálica eletricamente carregada, as cargas distribuem-se uniformemente, ocupando o volume da esfera. (d) q/2, nula e q/2 QUESTÃO 3 Selecione a alternativa que apresenta as palavras que preenchem corretamente as duas lacunas, respectivamente. (a) V, F, F I – A carga elétrica de um corpo que apresenta um número de elétrons ____________ ao número de prótons, é positiva. II – Nos cantos de uma caixa cúbica condutora, eletricamente carregada, a densidade de carga é ___________ que nos centros de suas faces. (b) V, F, V (a) superior – maior que (c) V, V, F (b) superior – a mesma (d) F, V, V (c) inferior – maior que (e) V, V, F (d) inferior – menor que QUESTÃO 2 (e) inferior – a mesma Três esferas metálicas idênticas, X, Y e Z, QUESTÃO 4 estão colocadas sobre suportes feitos de figura. Duas esferas condutoras descarregadas, X e Y, colocadas sobre suportes isolantes, estão em contato. Um bastão carregado positivamente é aproximado da esfera X, como mostra a figura. X e Y estão eletricamente neutras, enquanto Z Em seguida, a esfera Y é afastada da esfera X, está carregada com uma carga elétrica q. Em mantendo-se o bastão em sua posição. Após condições ideais, faz-se a esfera Z tocar esse procedimento, as cargas das esferas X e primeiro a esfera X e em seguida a esfera Y. Y são, respectivamente, ( ) Uma carga elétrica positiva colocada entre duas cargas negativas é repelida por ambas. Quais são, respectivamente, as indicações corretas? isolante elétrico e Y está ligada à terra por um fio condutor, conforme mostra a Logo após este procedimento, qual carga elétrica esferas X, Y e Z, respectivamente? das (a) nula, positiva (b) negativa, positiva (c) nula, nula (a) q/3, q/3 e q/3 (d) negativa, nula (b) q/2, q/4 e q/4 (e) positiva, negativa 6|P ági na Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 QUESTÃO 5 Qual o gráfico que melhor representa a As figuras 1 e 2 representam as esferas W, X, Y e Z, suspensas por barbantes, e um bastão B. As esferas e o bastão encontram- maneira como varia o módulo F da força que uma carga elétrica puntiforme exerce sobre outra quando a distância r entre elas é alterada? se eletricamente carregados. Na figura 1, o bastão B atrai as duas esferas. Na figura 2, esse bastão, com a mesma carga elétrica que possuía na figura 1, atrai a esfera QUESTÃO 8 Y e repele a Z. As cargas elétricas das esferas W, X, Y e Z podem ser respectivamente: (Pucmg 2004) -Assinale CORRETA sobre o a afirmativa conceito de carga elétrica. (a) + - + + (b) - - + - a) É a quantidade de elétrons em um corpo. (c) + + - + b) É uma propriedade da matéria. (d) - + - - c) É o que é transportado pela corrente elétrica. (e) + + + QUESTÃO 6 Duas esferas metálicas pequenas, A e B de massas iguais, suspensas por fios isolantes, conforme representa a figura, são carregadas com cargas elétricas positivas que valem respectivamente q na esfera A e 2q na esfera B. Sendo F1 a força elétrica exercida por A sobre B, e F2 a força elétrica exercida por B sobre A, pode-se afirmar que: d) É o que se converte em energia elétrica em um circuito. QUESTÃO 9 (Puccamp 1998) - Os relâmpagos e os trovões são consequência de descargas (a) F1 = F2 elétricas entre nuvens ou entre nuvens e o (b) F1 = 2F2 solo. (c) F2 = 2F1 considere as afirmações que seguem. (d) F1 = 4F2 (e) F2 = 4F1 QUESTÃO 7 A respeito desses fenômenos, I. Nuvens eletricamente positivas podem induzir cargas elétricas negativas no solo. II. O trovão é uma consequência da expansão do ar aquecido. 7|P ági na Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 III. Numa descarga elétrica, a corrente elétrica é invisível sendo o relâmpago a consequência da ionização do ar. a) √2𝐹 b) 2𝐹 c) 𝐹/4 d) 𝐹/2 e) 𝐹/8 Dentre as afirmações, QUESTÃO 13 a) somente I é correta. (FEI-SP) Atrita-se um bastão de vidro com um pano de lã, inicialmente nêutrons. Podese afirmar: c) somente III é correta. a) só a lã fica eletrizada d) somente I e II são corretas. b) só o bastão fica eletrizado c) o bastão e a lã se eletrizam com cargas de e) I, II e III são corretas. mesmo sinal d) nenhuma das anteriores QUESTÃO 10 e) o bastão e a lã se eletrizam com cargas de (Vunesp-SP) Assinale a alternativa que mesmo valor absoluto e sinais opostos apresenta o que as forças dadas pela lei da Gravitação Universal de Newton e pela lei de GABARITO Coulomb têm em comum. 1) A 7) A 13) E a) Ambas variam com a massa das partículas 2) E 8) B que interagem. b) Ambas variam com a carga elétrica das 3) C 9) E partículas que interagem. c) Ambas variam com o meio em que as 4) B 10) D partículas interagem. 5) E 11) D d) Ambas variam com o inverso do quadrado da distância entre as partículas que interagem. 6) A 12) C e) Ambas podem ser tanto de atração como de repulsão entre as partículas que interagem. QUESTÃO 11 b) somente II é correta. (UFRR) - A intensidade da força atuando entre duas cargas de mesmo sinal é F, quando as cargas estão separadas por uma distância d. Se a distância entre as cargas é reduzida à metade, então a intensidade da força entre as cargas: a) quadruplica b) se reduz à metade c) se reduz de quatro vezes d) duplica e) se mantem constante QUESTÃO 12 (MACKENZIE) – Duas cargas elétricas puntiformes, quando separadas pela distância D, se repelem com uma forca de intensidade F. Afastando-se essas cargas, de forma a duplicar a distância entre elas, a intensidade da forca de repulsão será igual a: 8|P ági na Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 2.1 LINHAS DE CAMPO ELÉTRICO 2. CAMPO ELÉTRICO Campo elétrico é a região do espaço ao As linhas de campo permitem representar redor de uma carga elétrica, em que esta um campo elétrico, que são traçadas tangente exerce efeitos eletrostáticos. A carga geradora ao vetor campo elétrico em cada ponto do do campo é denominada carga fonte (Q). Uma campo. carga de valor pequeno (que não altere o As linhas de campo obedecem a seguinte campo da carga fonte) usada para detectar o regra: campo gerado é denominada carga de prova I) Em cargas positivas se afastam (Onde (qp). começam). A equação fundamental do campo elétrico expressa a força 𝐹⃗ sofrida pela carga de prova (q) no referido campo elétrico da carga fonte (Q) e é dada por: Figura 5 Carga Pontual Positiva II) Em cargas negativas se aproximam (Onde terminam). O campo elétrico é uma grandeza vetorial, possuindo módulo, direção e sentido, veremos o que significa cada um deles: Figura 6 Carga Pontual Negativa Sua unidade no sistema internacional de medidas é: d2 Newton N E= = Coulomb C -Direção: Reta que une a carga de prova à carga fonte. -Sentido: Depende do sinal da carga fonte. As linhas de campo elétrico podem informar a intensidade desse campo numa dada região. Tomando o exemplo da Figura 8, quando as linhas estão próximas (superfície A) a intensidade é maior, quanto mais afastadas a intensidade do campo elétrico diminui (superfície B). No caso da mecânica temos que a energia potencial gravitacional depende da altura da partícula, da mesma forma a energia potencial elétrica depende da posição da partícula carregada pelo campo elétrico. Figura 9 Intensidade do campo elétrico 2.2 REGRAS PARA DESENHAR LINHAS DE CAMPO. 9|P ági na Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 As linhas para um conjunto de cargas pontuais devem iniciar nas positiva e terminar nas negativas Figura 10. O número de linhas é proporcional a intensidade da carga elétrica. Duas linhas de campo nunca devem se cruzar. 3. 1. POTENCIAL ELÉTRICO A energia potencial elétrica por unidade de carga elétrica é conhecida como potencial elétrico representado pela letra V: Observe que o potencial V é uma grandeza escalar. A diferença de potencial entre dois pontos A e B é: Figura 10 Linhas de campo de cargas Lembrando que a variação da energia potencial elétrica é igual ao trabalho realizado Equação 4, temos que a diferença de potencial na Equação 6 pode ser escrita como: 3. ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA Nesta seção aprenderemos um aspecto importante da eletricidade que é o potencial elétrico, ao qual irá facilitar a compreensão de muitos fenômenos elétricos, que até o momento só tínhamos a força elétrica como ferramenta para obter os resultados físicos. Isto porque deixaremos de trabalhar com uma grandeza vetorial (a força elétrica) para estar trabalhando com uma grandeza escalar (o potencial elétrico). Quando uma força eletrostática age sobre duas ou mais partículas podemos associar uma energia potencial elétrica Ep a este sistema. Na variação da energia potencial a força eletrostática F exerce um trabalho T sobre as partículas, com isto temos que a variação de energia potencial é: Física Atual A diferença de potencial também chamada de voltagem ou tensão entre dois pontos. Portanto, quando se diz que a voltagem entre dois pontos é muito grande (alta voltagem), isto significa que o campo elétrico realiza um grande trabalho sobre uma carga que se desloca entre estes dois pontos. A unidade no S. I. do potencial elétrico é obtida pela Equação 5 que a voltagem 1J/C. Esta unidade é denominada 1 volt= 1V, em homenagem ao físico Alessandro Volta, Analogia 10 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 ⃗⃗ , neste caso a carga q sofre um deslocamento 𝐄 d de um ponto A até um ponto B. O elétron-volt Esta unidade de medida para a energia é conveniente quando estamos tratando de dimensões atômicas ou subatômicas. Um elétron-volt (eV) é a energia igual ao trabalho necessário para deslocar uma carga elementar e de um elétron ou um de próton, através da diferença de potencial de um volt, de acordo com a Equação 7 o valor absoluto deste trabalho é: 1(eV)= e(1V) = (1,60x10-19C)(1J/C)= 1,60x10-19 A organização europeia para pesquisa nuclear, mais conhecida como CERN, possui o maior colisor de partículas do mundo o (LHC), que acelera prótons a 7 TeV. Uma comparação interessante com este valor é o exemplo de um mosquito com massa de 60 mg, voando a 20 cm/s, a energia cinética obtida por ele é aproximadamente 7 TeV. Entretanto, o mosquito possui trilhões de partículas que compõe suas moléculas, enquanto que o LHC concentra a energia esta energia em apenas um próton, que comparado com cada ramo temos o equivalente a energia cinética de uma motocicleta de 150 kg com uma velocidade de 150 km/h. Portanto se uma pessoa fosse atingida por um ramo de prótons seria equivalente ao choque de uma motocicleta a 150 km/h. 3.2. VOLTAGEM EM UM CAMPO UNIFORME. Quando uma partícula se desloca em um campo elétrico, o campo exerce uma força que realiza um trabalho sobre a partícula. Podemos visualizar na Figura 11 o exemplo de uma carga elétrica entre duas placas planas e paralelas que geram um campo de intensidade Figura 11. Deslocamento d de uma carga elétrica q O trabalho realizado no deslocamento da carga elétrica é dado pelo produto entre a força F distância d: Substituído a Equação 2 em Equação 8, temos que: A diferença de potencial pode ser calcular da através do trabalho encontrado na Equação 9, para isto basta substitui-lo na Equação 7: Portanto temos que a diferença de potencial entre dois pontos quaisquer é dada por: O trabalho da força elétrica resultante, que age em q, não depende da forma da trajetória, que liga A em B, depende apenas do ponto de 11 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 partida A e do ponto de chegada B. Esse trabalho é positivo (trabalho motor), pois a força elétrica está a favor do deslocamento. Se q fosse levada de B até A, a força elétrica teria sentido contrário ao deslocamento e o trabalho seria negativo (trabalho resistente). com simetria esférica são uma família de esferas concêntricas Figura 12 para uma carga pontual e Figura 13 para um dipolo elétrico. 3.3. SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS Quando uma superfície cujos pontos possuem o mesmo potencial é denominada superfície equipotencial. Podendo ser uma superfície imaginaria ou real. Na Figura 12 temos seções retas de superfícies equipotencial de um campo uniforme. Figura 12 Linhas de campo e superfícies equipotenciais Nestas superfícies o campo elétrico não realiza nenhum trabalho T sobre uma partícula carregada quando se desloca de um ponto a outro. Este resultado pode ser obtido através da Equação 7: Figura 13 Superfície Equipotencial Figura 14 Superfícies equipotenciais de um dipolo Portanto as superfícies equipotenciais são sempre linhas perpendiculares ao campo elétrico. 3. 4. CAPACITÂNCIA E CAPACITORES O capacitor é dispositivo utilizado para armazenar cargas elétricas, por exemplo, em Como nas superfícies equipotenciais os uma câmera fotográfica um capacitor pontos possuem os mesmos potenciais temos carregado fornece energia com certa rapidez para o acionamento do flash. Um capacitor é que Vi= Vf , logo a equação acima fica: constituído de dois condutores separados por um isolante (ou imersos no vácuo). As superfícies equipotenciais produzidas por uma carga pontual ou qualquer distribuição 12 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 da carga nem diferença de potencial. No sistema de unidades a capacitância é coulomb por volt, que recebe o nome de farad 1 farad= 1F= 1 coulomb por volt= 1C/V Submúltiplos: 1microfarad= 1µF= 10-6F 1nonofarad= 1nF= 10-9F 1picofarad= 1pF= 1012F 3. 5. ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES Figura 15 Capacitores A simbologia utilizada nos diagramas de circuitos para um capacitor é: Onde nesse símbolo as linhas verticais representam os condutores e as linhas horizontais os terminais dos condutores. Um método de carregar um capacitor é conectando os seus dois terminais em dois terminais de uma bateria Figura 16. Os capacitores de um circuito às vezes podem ser substituídos por um capacitor equivalente, ou seja, um conjunto de capacitores pode ser representado por um único capacitor com a mesma capacitância. Isto ocorre através da associação de capacitores que pode ser em paralelo ou em série, veja cada um desses caso: 3.5.1 CAPACITORES EM SÉRIE Na associação em série, a armadura negativa de um capacitor está ligada à armadura positiva do seguinte e assim sucessivamente. Figura 16. Capacitor C conectado a uma bateria B. Figura 17. Associação em série. Em um capacitor a carga q e a diferença de potencial V são proporcionais, ou seja, Na associação em série, todos capacitores apresentam a mesma carga Q, temos para cada capacitor: A constante de proporcionalidade C é chamada de capacitância do capacitor, seu valor é em função da geometria das placas e não depende 13 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 A diferença de potencial produzida pela bateria é dada pela soma desses três diferentes potenciais, assim: Sabendo que Logo o capacitor equivalente será: Temos que a Equação 14 fica: 3.5.2 CAPACITORES EM PARALELO Na associação em paralelo, as armaduras positivas estão ligadas entre si, apresentando o mesmo potencial VA, e as armaduras negativas também estão ligadas entre si, possuindo o potencial comum VB. Note que a energia potencial elétrica de uma associação qualquer de capacitores é a soma das energias potenciais elétricas dos capacitores associado e ainda, igual à energia potencial elétrica do capacitor equivalente. Figura 18. Associação em paralelo. Para obtermos a capacitância equivalente devemos utilizar a equação 13 em cada capacitor, sendo que nesta configuração a diferença de potencial é constante: A carga total dos capacitores da figura 18 é: Por fim a capacitância equivalente é QUESTÕES QUESTÃO 14 (Puccamp 1995) Considere o campo elétrico gerado pelas cargas elétricas Q1 e Q2, positivas e de mesmo módulo, posicionadas como indica o esquema adiante. Nesse campo elétrico, uma partícula P eletrizada positivamente, submetida somente às forças de repulsão de Q1 e Q2, passa, em movimento retilíneo, pelos pontos M, N e R. Nessas condições, o movimento da partícula Pé 3.6. ENERGIA POTENCIAL ELÉTRICA ARMAZENADA POR UM CAPACITOR O gerador, ao carregar o capacitor, fornece-lhe energia potencial elétrica W. Essa energia é proporcional ao produto da carga armazenada no capacitor pela ddp a ele submetida, ou seja: 14 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 A) uniforme no trecho de M a R. B) retardado, no trecho de M a N. C) acelerado, no trecho de M a N. D) retardado no trecho de N a R. E) uniformemente acelerado no trecho de M a R QUESTÃO 15 (Puccamp 1995) Duas cargas elétricas + Q e localizadas, respectivamente, nos pontos M e N indicados no esquema a seguir. Considerando os pontos 1, 2, 3 e 4 marcados no esquema, o campo elétrico resultante da ação dessas cargas elétricas é nulo A) somente no ponto 1 B) somente no ponto 2 C) somente nos pontos 1 e 2 D) somente nos pontos 3 e 4 E) nos pontos 1, 2, 3 e 4 QUESTÃO 17 (Puccamp 2000) Considere o esquema representando uma célula animal, onde (1) é o líquido interno, (2) é a membrana da célula e (3) o meio exterior à célula. Considere, ainda, o eixo X de abcissa x, ao longo do qual pode ser observada a intensidade do potencial elétrico. Um valor admitido para o potencial elétrico V, ao longo do eixo X, está representado no gráfico a seguir, fora de escala, porque a espessura da membrana é muito menor que as demais dimensões. De acordo com as indicações do gráfico e admitindo 1,0.10-8m para a espessura da membrana, o módulo do campo elétrico no interior da membrana, em N/C, é igual a QUESTÃO 16 QUESTÃO 18 (Pucmg 1997) A figura representa duas cargas elétricas fixas, positivas, sendo q1 > q2. Os vetores campo elétrico, devido às duas cargas, no ponto médio M da distância entre elas, estão mais bem representados em: (Pucpr 2001) As linhas de força foram idealizadas pelo físico inglês Michael Faraday com o objetivo de visualizar o campo elétrico numa região do espaço. Em cada ponto de uma linha de força, a direção do campo elétrico é tangente à linha. Qual das afirmações abaixo NÃO corresponde a uma propriedade das linhas de força? A) As linhas de força de um campo elétrico uniforme são paralelas e equidistantes entre si. B) Para uma carga puntiforme positiva, as linhas de força apontam "para fora" da carga. C) As linhas de força "convergem" para cargas puntiformes negativas. D) Nas vizinhanças da superfície de um condutor isolado e carregado, as linhas de força são perpendiculares à superfície. 15 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 E) As linhas de força do campo elétrico são cima. Podemos afirmar que a força elétrica sobre ela é: sempre fechadas. A) para cima. QUESTÃO 19 B) para baixo. (Pucrs 1999) A figura a seguir representa um C) horizontal para a direita. campo elétrico não uniforme, uma carga de D) horizontal para a esquerda. prova q quaisquer no interior do campo. E) nula. QUESTÃO 22 (Pucsp 2006) A mão da garota da figura toca a esfera eletrizada de uma máquina eletrostática conhecida como gerador de Van de Graaf. O campo elétrico é mais intenso no ponto a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 QUESTÃO 20 (Pucmg 2003) As linhas de força de um campo elétrico são um modo conveniente de visualizar o campo elétrico e indicam a direção do campo em qualquer ponto. Leia as opções abaixo e assinale a afirmativa INCORRETA. A respeito do descrito são feitas as seguintes afirmações: I. Os fios de cabelo da garota adquirem cargas elétricas de mesmo sinal e por isso se repelem. II. O clima seco facilita a ocorrência do fenômeno observado no cabelo da garota. III. A garota conseguiria o mesmo efeito em seu cabelo, se na figura sua mão apenas se a) O número de linhas que saem ou que entram aproximasse da esfera de metal sem numa carga puntiforme é proporcional ao valor tocá-la. da carga elétrica. Está correto o que se lê em b) As linhas de força saem da carga negativa e a) I, apenas. c) I e III, apenas entram na carga positiva. b) I e II, apenas. d) II e III, apenas. c) As linhas de força saem da carga positiva e e) I, II e III. entram na carga negativa. d) O número de linhas por unidade de área perpendicular às linhas é proporcional à intensidade do campo. QUESTÃO 21 (Puc-rio 2004) Uma carga positiva encontrase numa região do espaço onde há um campo elétrico dirigido verticalmente para QUESTÃO 23 16 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 (Pucsp 2010) “Acelerador de partículas cria de potencial de ação, em cuja situação há explosão inédita e consegue simular o Big passagem de íons. A espessura média de Bang” uma membrana deste tipo é da ordem de 1,0 × 10-7m. Com essas informações, pode-se estimar que os módulos do campo elétrico através das membranas dos neurônios, quando não estão conduzindo impulsos nervosos e quando a condução é máxima, são, respectivamente, em newton/coulomb GABARITO 14) B 17) D 20) B 23) D 15) A 18) E 21) A 24) A 16) C 19) B 22) B II CAPÍTULO: ELETRODINÂMICA GENEBRA – O Grande Colisor de Hadrons (LHC) bateu um novo recorde nesta terça-feira. O acelerador de partículas conseguiu produzir a colisão de dois feixes de prótons a 7 teraelétronvolts, criando uma explosão que os cientistas estão chamando de um ‘Big Bang em miniatura’”. A unidade elétron-volt, citada na materia de O Globo, refere-se à unidade de medida da grandeza física: Neste capitulo estudaremos os fenômenos elétricos relacionados com cargas em movimento, isto é, a análise de correntes e circuitos elétricos. 1. CORRENTE ELÉTRICA Corrente elétrica em um condutor é o A) corrente movimento B) tensão livres devido à ação de um campo elétrico C) potencia estabelecido no seu interior pela aplicação de D) energia uma diferença de potencial (ddp) entre dois E) carga elétrica QUESTÃO 24 ordenado de suas cargas pontos de seus pontos. A intensidade da corrente é determinada pela quantidade de cargas (Pucrs 2008) A condução de impulsos nervosos através do corpo humano é elétricas que passam em uma secção do baseada na sucessiva polarização e condutor em um intervalo de tempo. Expressa despolarização das membranas das células nervosas. Nesse processo, a tensão elétrica matematicamente por: entre as superfícies interna e externa da membrana de um neurônio pode variar de 70mV - chamado de potencial de repouso, situação na qual não há passagem de íons através da membrana, até +30mV - chamado 17 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 A intensidade da corrente elétrica no sistema internacional de medidas possui a unidade: 1. 3. 1. ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE Quando resistores são conectados de forma que a saída de um se conecte a entrada de outro e assim sucessivamente em uma única linha, diz-se que os mesmo estão formando uma ligação em série. 1.2 RESISTÊNCIA E RESISTIVIDADE O dependo do material temos um comportamento diferente quando se estabelece nas suas extremidades uma diferença de potencial, isto é, tendo dois materiais como exemplo o cobre e o vidro, teremos resultados diferentes para cada um deles. A explicação disto é que cada material apresenta uma oposição em oferece a passagem de corrente através dele (Máximo e Alvarenga, 2000), esta grandeza relaciona a diferença de potencial (ddp) e corrente elétrica estabelecida no condutor através da equação: R= 𝑉𝑎𝑏 𝑖 Onde lê-se que a resistência elétrica R é igual a diferença de potencial Vab sobre a corrente elétrica i. Portanto, quando maior for o valor de R, maior será a oposição que o condutor oferecerá à passagem de corrente. A unidade da resistência elétrica no S.I é dada em: 𝑉 𝑖 Figura 19 Resistores em série A resistência equivalente do circuito vai ser a soma das resistências. A resistência total do circuito é representado pela equação acima. 1. 3. 2. ASSOCIAÇÃO EM PARALELO Quando a ligação entre resistores é feita de modo que início de um resistor é ligado ao início de outro, e o terminal final do primeiro ao terminal final do segundo, caracteriza-se uma ligação paralela. = 1 ohm = 1Ω (USP) As figuras mostram seis circuitos de lâmpadas e pilhas ideais. A figura (1), no quadro, mostra uma lâmpada L de resistência R ligada a uma pilha de resistência interna nula, As lâmpadas cujos brilhos são maiores que o da lâmpada do circuito (I) são: 1. 3. ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES Figura 20 Resistores em paralelo Neste tipo de ligação, a corrente tem mais de um caminho para percorrer o circuito, sendo assim ela se divide inversamente proporcional ao valor do resistor. Já a tensão aplicada é a mesma a todos os resistores envolvidos na ligação paralela. A resistência equivalente do circuito ligado paralelamente é representado matematicamente por. 18 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 1. 3. 3. ASSOCIAÇÃO MISTA É o caso mais encontrado em componentes eletrônicos, neste caso há resistores ligados em séries e interligados a outros paralelos. Figura 22 Gráfico do Potencial versus corrente elétrica Para um material que não obedece a lei de ohm o gráfico não será retilíneo Figura 24. 1. 4. A LEI DE OHM Georg Ohm foi um cientista alemão que realizou várias experiências, medido a relação entre as voltagens e as respectivas correntes para diferentes materiais. Sua conclusão é que para diferentes materiais condutores em especiais os metálicos, sempre apresentam o mesmo valor da resistência, sendo independente da voltagem aplicada, isto é: (𝑉𝑎𝑏)1 𝑖1 = (𝑉𝑎𝑏)2 𝑖2 =... Figura 23 Para um material que não obedece a lei de ohm Ou seja, (𝑉𝑎𝑏)1 = 𝑖1 constante Gráfico de Vab x i Os materiais que obedecem a lei de ohm são chamados condutores ôhmicos, onde R é a constante de proporcionalidade entre Vab α i Portanto se construímos um gráfico de Vab x i, obteremos uma reta Figura 23, cujo o valor da inclinação é a resistência do condutor (Máximo e Alvarenga, 2000). 1.5 COMPONENTES ELÉTRICO. DE UM CIRCUITO O ato de você acionar uma lâmpada, necessita que exista um circuito e vários componentes presentes, veremos qual a função de cada um. a) GERADOR: É um dispositivo elétrico que transforma uma modalidade qualquer de energia em energia elétrica. Nos seus terminais é mantida uma ddp que é derivada dessa transformação. 19 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 b) RECEPTOR: Receptor é um dispositivo elétrico capaz de transformar energia elétrica em outra modalidade qualquer de energia que não seja unicamente calor. Um receptor que transforma energia elétrica unicamente em calor é chamado receptor passivo (resistor). mínimo valor existente de resistência mudará o resultado marcado no amperímetro. O amperímetro deve ser instalado de acordo com a figura abaixo Figura 25. c) DISPOSITIVO DE MANOBRA: São elementos que servem para acionar ou desligar um circuito elétrico como as chaves e os interruptores representados simbolicamente na Figura 11: Figura 25. Amperímetro em série em um circuito. VOLTÍMETRO Figura 24. Simbologia de uma chave de um circuito. d) DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO São dispositivos que, ao serem atravessados por uma corrente de intensidade maior que a prevista, interrompem a passagem da corrente elétrica, preservando os demais elementos do circuito. Os mais comuns são os fusíveis e os disjuntores. e) APARELHOS DE MEDIÇÃOAMPERÍMETRO E VOLTÍMETRO. Na prática são utilizados nos circuitos elétricos aparelhos destinados a medições elétricos, chamados de forma genérica galvanômetros. Quando este aparelho é destinado a medir intensidade de corrente elétrica, ele é chamado de Amperímetro. Será considerado ideal, quando sua resistência interna for nula. Quando o aparelho é destinado a medir a d.d.p. entre dois pontos de um circuito, ele é chamado de Voltímetro. Será considerado ideal, quando possuir resistência interna infinitamente grande. Devemos ligar um voltímetro em paralelo ao resistor que queremos medir sua d.d.p., fazendo com que nenhuma corrente elétrica passe por ele. É exatamente por isso que no caso ideal ele deve possuir resistência elétrica infinita, fazendo com que a corrente elétrica procure o caminho de menor resistência. O voltímetro deve ser instalado de acordo com a figura abaixo Figura 26. AMPERÍMETRO: Devemos ligar um amperímetro em série Figura 26. Voltímetro em paralelo no circuito. no circuito, fazendo com que a corrente elétrica passe por ele e então registre o seu valor. É exatamente por isso que num amperímetro ideal a resistência interna deve ser nula, já que o 20 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 QUESTÕES QUESTÃO 25 (UFAL) Admitindo-se constante e não nula a resistência interna de uma pilha, o gráfico da tensão (U) em função da corrente (i) que atravessa essa pilha é melhor representado pela figura: Considere que a resistência interna da bateria e a do amperímetro são desprezíveis e que os resistores são ôhmicos. Com o interruptor S inicialmente desligado, observa-se que o amperímetro indica uma corrente elétrica I.Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que, quando o interruptor S é ligado, o amperímetro passa a indicar uma corrente elétrica: A) 2I/3 B) I/2 C) 2I D) 3I QUESTÃO 28 QUESTÃO 26 (Enem 2007) – Qual das seguintes fontes de produção de energia é a mais recomendável para a diminuição dos gases causadores do aquecimento global? A) Óleo diesel. (Vunesp-2002) Três resistores idênticos, cada um deles com resistência R, duas pilhas P1 e P2 e uma lâmpada L estão dispostos como mostra a figura. Dependendo de como estão as chaves C1 e C2, a lâmpada L pode brilhar com maior ou menor intensidade ou, mesmo, ficar apagada, como é a situação mostrada na figura. B) Gasolina. C) Carvão mineral. D) Gás natural. E) Vento. QUESTÃO 27 (UFMG 2009) Observe este circuito, constituído de três resistores de mesma resistência R; um amperímetro A; uma bateria ε; e um interruptor S: Sabendo que em nenhum caso a lâmpada se queimará, podemos afirmar que brilhará com maior intensidade quando as chaves estiverem na configuração mostrada na alternativa: 21 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 A) chave 2 B) chave 3 C) chaves 1 e 2 D) chaves 1 e 3 E) chaves 1, 2 e 3 QUESTÃO 31 QUESTÃO 29 (UFB) Para se determinar a resistência R do circuito abaixo, utiliza-se dois aparelhos de medidas A e V. De acordo com a figura acima temos que: A) Q é um voltímetro B) P é um amperímetro C) P é um amperímetro e Q é um voltímetro D) Q é um amperímetro e P é um voltímetro E) Nada se pode afirmar sobre P e Q QUESTÃO 30 (UDESC 2008) Em Santa Catarina, as residências recebem energia elétrica da distribuidora Centrais Elétricas de Santa Catarina S. A. (CELESC), com tensão de 220 V, geralmente por meio de dois fios que vêm da rede externa. Isso significa que as tomadas elétricas, nas residências, têm uma diferença de potencial de 220 V. Considere que as lâmpadas e os eletrodomésticos comportam-se como resistências. Pode-se afirmar que, em uma residência, a associação de resistências e a corrente elétrica são, respectivamente A) em série; igual em todas as resistências. B) em série; dependente do valor de cada resistência. C) mista (em paralelo e em série); dependente do valor de cada resistência. D) em paralelo; independente do valor de cada resistência. E) em paralelo; dependente do valor de cada resistência. (PUC-RIO 2008) No circuito apresentado na figura abaixo, considerando que a potência dissipada não poderá ser nula, qual das chaves deve ser fechada permitindo a passagem de corrente elétrica pelo circuito, tal que a potência dissipada pelas resistências seja a menor possível? 22 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 QUESTÃO 32 III CAPITULO: MAGNETISMO (Enem 2010) Deseja-se instalar uma estação de geração de energia elétrica em um município localizado no interior de um pequeno vale cercado de altas montanhas de difícil acesso. A cidade é cruzada por um rio, que é fonte de água para consumo, irrigação das lavouras de subsistência e pesca. Na região, que possui pequena extensão territorial, a incidência solar é alta o ano todo. A estação em questão irá abastecer apenas o município apresentado. Não se tem registro do início do estudo sobre o magnetismo, nem de sua origem. Os gregos já sabiam desde a antiguidade que certas pedras da região da Magnésia, na Ásia Menor, atraíam pedaços de ferros. Esta rocha era a magnetita (Fe3O4). As rochas que contém o minério que apresenta este poder de atração são chamadas de imãs naturais. Qual forma de obtenção de energia, entre as apresentadas, é a mais indicada para ser implantada nesse município de modo a causar o menor impacto ambiental? A) Termelétrica, pois é possível utilizar a água do rio no sistema de refrigeração. B) Eólica, pois a geografia do local é própria para a captação desse tipo de energia. C) Nuclear, pois o modo de resfriamento de seus sistemas não afetaria a população. D) Fotovoltaica, pois é possível aproveitar a energia solar que chega à superfície do local. E) Hidrelétrica, pois o rio que corta o município é suficiente para abastecer a usina construída. QUESTÃO 33 (U.E. Londrina-PR) Pela secção reta de um condutor de eletricidade passam 12,0 C a cada minuto. Nesse condutor, a intensidade da corrente elétrica, em ampères, é igual a: A) 0,08 B) 0,20 C) 5,00 D) 7,20 E) 120 GABARITO 25) 29) D 26) 30) D 33) B Em 1600, William Gilbert descobriu a razão de a agulha de uma bússola orientar-se em direções definidas: a Terra é um imã permanente. E o fato de polo norte da agulha ser atraído pelo polo norte geográfico da Terra, quer dizer que este polo é, na realidade, polo sul magnético. Isso se verifica ao saber que polos de mesmo nome de dois imãs repelemse e de nomes opostos se atraem. 1. IMÃS Os ímãs têm seus domínios magnéticos orientados em um único sentido e possuem ao seu redor um campo magnético onde exercem ações magnéticas como a magnetita, que é um ímã natural. Todo ímã possui duas regiões denominadas polos, situados nos extremos do ímã, onde este exerce de forma mais intensa suas interações magnéticas. Os polos são denominados Norte e Sul. 1.2 CAMPO MAGNÉTICO DE UM ÍMÃ O campo magnético é a região do espaço em torno de um material magnético onde se observam seus efeitos magnéticos, isto é, sua atração e sua repulsão com outros corpos. Por ser invisível, convencionou-se que o sentido das linhas de indução é tal, que elas saem do polo norte e entram no polo sul fora do ímã, e saem do polo sul e entram no polo norte dentro do ímã, conforme a Figura 27. 27) D 31) E 28) E 32) D 23 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 Os artificiais permanentes têm a característica de conservarem o seu próprio campo magnético, mesmo depois de cessado o campo indutor ou a corrente elétrica, tal como o aço. Os artificiais temporários têm a característica de não conservarem o campo magnético após cessado o campo indutor ou a corrente elétrica, tal como o ferro. Figura 27. magnético. Indicação das linhas de campo 1.3 INTERAÇÃO MAGNÉTICA ENTRE DOIS ÍMÃS. Observe nas Figuras 12 e 13 o comportamento das linhas de campo quando interagimos polos de mesmo nome (repulsão) e polos de nomes contrários (atração). 1.5 MATERIAIS MAGNÉTICOS MAGNÉTICOS E NÃO Materiais magnéticos são aqueles que permitem a orientação de seus ímãs elementares, tais como ferro, aço e níquel. Os materiais não magnéticos são aqueles onde os efeitos magnéticos de seus ímãs elementares anulam-se completamente, não reagindo a um campo magnético externo, tais como plásticos, madeiras e borrachas. 1.6 CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE Campo magnético pode ser definido como a região em volta de um ímã onde ocorrem interações magnéticas. Também é possível definir um vetor que descreva este Figura 28. Repulsão.7 campo, chamado vetor indução magnética (B) e usamos como unidade de campo magnético o símbolo T, denominado tesla. Portanto, no SI a unidade de campo magnético é tesla (T). O primeiro a afirmar que a Terra se Figura 29. Atração. 1.4 TIPOS DE ÍMÃS O único ímã natural é a magnetita. Sua utilidade é, no entanto, apenas histórica, pois é rara, fraca e de difícil industrialização. A magnetita não passa de dióxido de ferro (Fe3O4). Também temos o ímã artificial, que é qualquer objeto que tenha adquirido propriedades magnéticas através de processos de imantação. Porém, interessa-nos, em nosso estudo, os que são imantados pelo uso de corrente elétrica, que podem ser classificados em artificiais permanentes e artificiais temporários. comportava como um ímã gigante foi o cientista Willian Gilbert, com um simples experimento que consistia na colocação de um ímã suspenso livremente pelo seu centro de gravidade na superfície da Terra. Nesta experiência, repetida diversas vezes, verificou que o ímã sempre se orientava na direção norte-sul, com isso concluíram que realmente a Terra se comportava como um ímã. 24 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 Os polos magnéticos estão localizados nos extremos do eixo magnético e próximos aos QUESTÔES QUESTÃO 34 polos geográficos, ou seja, o polo magnético sul está próximo do norte geográfico e o polo magnético norte está próximo do sul geográfico. E o eixo magnético não coincide com o eixo de rotação da Terra, sendo estes separados por aproximadamente 13º. (Ifsp 2013) Um professor de Física mostra aos seus alunos 3 barras de metal AB, CD e EF que podem ou não estar magnetizadas. Com elas faz três experiências que consistem em aproximá-las e observar o efeito de atração e/ou repulsão, registrando-o na tabela a seguir. A bússola apresenta um imã com uma formula de agulha o qual tem a função de encontrar a direção do campo magnético da Terra. Devido esta agulha ser de ferro faz com que quando há um aumento da corrente consequentemente aumenta o campo magnético, pois eles são proporcionais. Após o experimento e admitindo que cada letra pode corresponder a um único polo magnético, seus alunos concluíram que 1.7 ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO James Clerk Maxwell mostrou que um raio luminoso é uma onda progressiva de campos elétricos e magnéticos, ou seja, a luz é A) somente a barra CD é ímã. B) somente as barras CD e EF são ímãs. C) somente as barras AB e EF são ímãs. uma onda eletromagnética. D) somente as barras AB e CD são ímãs. Na época de Maxwell (meados do século XIX) a luz visível e os raios E) AB, CD e EF são ímãs. QUESTÃO 35 infravermelhos ultravioleta eram as únicas ondas eletromagnéticas conhecidas. Nesta época Hertz descobriu o que hoje chamamos de ondas de rádio, e observou que essas ondas se propagam com a mesma velocidade da luz visível. (Unesp 2013) A bússola interior A comunidade científica, hoje, admite que certos animais detectam e respondem a campos magnéticos. No caso das trutas arco-íris, por exemplo, as células sensoriais que cobrem a abertura nasal desses peixes apresentam feixes de magnetita que, por sua vez, respondem a mudanças na direção do campo magnético da Terra em relação à cabeça do peixe, abrindo canais nas membranas celulares e permitindo, assim, a passagem de íons; esses íons, a seu turno, induzem os neurônios a enviarem mensagens ao cérebro para qual lado o peixe deve nadar. As figuras demonstram esse processo nas trutas arco-íris: 25 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 propriedades magnéticas, pois teremos separados os polos norte e sul um do outro. II. A e B podem tanto atrair-se como repelir-se, dependendo da posição em que os colocamos, um em relação ao outro. III. Se aproximarmos de um dos dois ímãs uma pequena esfera de ferro, ela será atraída por um dos polos desse ímã, mas será repelida pelo outro. É correto o que se afirma em Na situação da figura 2, para que os feixes de magnetita voltem a se orientar como representado na figura 1, seria necessário submeter as trutas arco-íris a um outro campo magnético, simultâneo ao da Terra, melhor representado pelo vetor A) I, apenas. B) II, apenas. C) I e II, apenas. D) I e III, apenas. E) II e III, apenas. QUESTÃO 37 Fuvest 2012 Em uma aula de laboratório, os estudantes foram divididos em dois grupos. O grupo A fez experimentos com o objetivo de desenhar linhas de campo elétrico e magnético. Os desenhos feitos estão apresentados nas figuras I, II, III e IV abaixo. QUESTÃO 36 (Ifsp 2012) Os ímãs têm larga aplicação em nosso cotidiano tanto com finalidades práticas, como em alto-falantes e microfones, ou como meramente decorativas. A figura mostra dois ímãs, A e B, em forma de barra, com seus respectivos polos magnéticos. Analise as seguintes afirmações sobre ímãs e suas propriedades magnéticas. I. Se quebrarmos os dois ímãs ao meio, obteremos quatro pedaços de material sem Aos alunos do grupo B, coube analisar os desenhos produzidos pelo grupo A e formular hipóteses. Dentre elas, a única correta é que as figuras I, II, III e IV podem representar, respectivamente, linhas de campo A) eletrostático, eletrostático, magnético e magnético. B) magnético, eletrostático. magnético, eletrostático e 26 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 C) eletrostático, magnético, eletrostático e magnético. notou que a bússola mudou sua orientação D) magnético, eletrostático, eletrostático e magnético. E) eletrostático, magnético, magnético e magnético. de corrente contínua. A orientação inicial da QUESTÃO 38 preenchida indica o sentido do campo no momento em que foi ligado um gerador agulha da bússola é a mostrada na figura a seguir, onde a seta magnético da Terra. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O ano de 2009 foi o Ano Internacional da Astronomia. A 400 anos atrás, Galileu apontou um telescópio para o céu, e mudou a nossa maneira de ver o mundo, de ver o universo e de vermos a nós mesmos. As questões, a seguir, nos colocam diante de constatações e nos lembram que somos, apenas, uma parte de algo muito maior: o cosmo. (Uemg 2010) Um astronauta, ao levar uma bússola para a Lua, verifica que a agulha magnética da bússola não se orienta numa direção preferencial, como ocorre na Terra. Considere as seguintes afirmações, a partir dessa observação: Ao ligar o gerador, a corrente sobe o fio (saindo do plano da ilustração). Assim, a orientação da bússola passará ser a seguinte: 1. A agulha magnética da bússola não cria campo magnético, quando está na Lua. 2. A Lua não apresenta um campo magnético. Sobre tais afirmações, marque a alternativa CORRETA: A) Apenas a afirmação 1 é correta. B) Apenas a afirmação 2 é correta. C) As duas afirmações são corretas. D) As duas afirmações são falsas. QUESTÃO 40 (Ueg 2013) O Sol emite uma grande quantidade de partículas radioativas a todo instante. O nosso planeta é bombardeado QUESTÃO 39 por (Ufg) Em uma excursão acadêmica, um aluno levou uma lanterna com uma bússola acoplada. Em várias posições durante o dia, ele observou que a bússola mantinha sempre uma única orientação, perpendicular à direção seguida pelo Sol. À noite, estando a bússola sobre uma mesa e próxima de um fio perpendicular a ela, elas, porém essas partículas não penetram em nossa atmosfera por causa do campo magnético terrestre que nos protege. Esse fenômeno é visível nos polos e chamase aurora boreal ou austral. Quando se observa um planeta por meio de um telescópio, e o fenômeno da aurora boreal é visível nele, esta observação nos garante que o planeta observado 27 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 A) está fora do Sistema Solar. QUESTÃO 42 B) não possui atmosfera. (Ufpr 2011) Na segunda década do século XIX, Hans Christian Oersted demonstrou C) possui campo magnético. que um D) possui uma extensa camada de ozônio. fio percorrido por uma corrente elétrica era E) possui campo elétrico capaz de causar uma perturbação na agulha de uma bússola. Mais tarde, André Marie QUESTÃO 41 Ampère obteve uma relação matemática para a intensidade do campo magnético produzido por uma corrente elétrica que circula em um fio condutor retilíneo. Ele mostrou que a intensidade do campo magnético intensidade depende da corrente da elétrica e da distância ao fio condutor. Com relação a esse fenômeno, assinale a alternativa correta. A) As linhas do campo magnético estão orientadas paralelamente ao fio condutor. B) O sentido das linhas de campo magnético Para vender a fundições que fabricam aço, as independe do sentido da corrente. grandes indústrias de reciclagem separam o ferro de outros resíduos e, para realizar a separação e o transporte do ferro, elas utilizam grandes guindastes que, em lugar de possuírem ganchos em suas extremidades, possuem A) bobinas C) Se a distância do ponto de observação ao fio condutor for diminuída pela metade, a intensidade do campo magnético será reduzida pela metade. D) Se a intensidade da corrente elétrica for que geram corrente elétrica. B) bobinas que geram resistência elétrica. duplicada, a intensidade do campo magnético também será duplicada. C) dínamos que geram campo magnético. E) No Sistema Internacional de unidades (S.I.), D) eletroímãs que geram corrente elétrica. a intensidade de campo magnético é A/m. E) eletroímãs que geram campo magnético. QUESTÃO 43 28 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 (Enem 2ª aplicação 2010) Há vários tipos de (Ufal 2010) Uma corda metálica de uma tratamentos que guitarra elétrica se comporta como um requerem a estimulação de partes do pequeno ímã, com polaridades magnéticas cérebro Os norte e sul. Quando a corda é tocada, ela se eletrodos são introduzidos no cérebro para aproxima e se afasta periodicamente de um gerar conjunto de espiras metálicas enroladas de por doenças correntes pequenas cerebrais elétricas. correntes em áreas específicas. Para se eliminar a necessidade numa de introduzir eletrodos no cérebro, uma variação do fluxo do campo magnético alternativa é usar bobinas que, colocadas gerado pela corda através da bobina induz fora da cabeça, sejam capazes de induzir um sinal elétrico (d.d.p. ou corrente), que correntes elétricas no tecido cerebral. Para muda de sentido de acordo com a vibração que o tratamento de patologias cerebrais da com amplificador. Qual o cientista cujo nome bobinas seja realizado satisfatoriamente, é necessário que A) haja um grande número de espiras nas bobinas, o que diminui a voltagem induzida. bobina corda e situada que é logo abaixo. enviado para A um está associado à lei física que explica o fenômeno da sinal pela elétrico geração variação do de fluxo magnético através da bobina? B) o campo magnético criado pelas bobinas seja constante, de forma a haver indução A) Charles Augustin de Coulomb eletromagnética. B) André Marie Ampère C) se observe que a intensidade das correntes C) Hans Christian Oersted induzidas depende da intensidade da corrente D) Georg Ohm nas bobinas. E) Michael Faraday D) a corrente nas bobinas seja contínua, para que o campo magnético possa ser de grande QUESTÃO 45 intensidade. (Afa 2011) A figura abaixo mostra um ímã E) o campo magnético dirija a corrente elétrica AB se deslocando, no sentido indicado pela das bobinas para dentro do cérebro do seta, sobre um trilho horizontal envolvido paciente. por uma bobina metálica fixa. QUESTÃO 44 29 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 Nessas condições, é correto afirmar que, durante a aproximação do ímã, a bobina 38) B 43) C IV CAPÍTULO A) sempre o atrairá. 1. MOVIMENTO ONDULATÓRIO B) sempre o repelirá. O movimento ondulatório está presente de forma direta ou indireta em nosso cotidiano como, por exemplo: ondas na superfície da água, ondas sonoras, ondas luminosas, ondas de rádio, ondas eletromagnéticas, etc. C) somente o atrairá se o polo A for o Norte. D) somente o repelirá se o polo A for o Sul. QUESTÃO 46 (Fuvest 2010) Aproxima-se um ímã de um anel metálico fixo em um suporte isolante, CONCEITO 1: qualquer tipo de onda é uma perturbação do meio onde se propaga essa onda. como mostra a figura. O movimento do ímã, em direção ao anel, CONCEITO 2: uma onda apenas transporta energia, podendo transmitir essa energia a distância. 1. 2. MOVIMENTO DE UMA ONDA TRANSVERSAL: quando uma corda horizontal vibra, sua direção de propagação e também horizontal, mas, a propagação da onda é para cima e para baixo em relação a direção de propagação da onda. A) não causa efeitos no anel. B) produz corrente alternada no anel. C) faz com que o polo sul do ímã vire polo norte vice versa. D) produz corrente elétrica no anel, causando uma força de atração entre anel e ímã. E) produz corrente elétrica no anel, causando uma força de repulsão entre anel e ímã. Figura 30. transversal Propagação de uma onda GABARITO 34) B 39) A 44) E 35) B 40) C 45) B 36) B 41) E 46) E 37) A 42) D LONGITUDINAL: se o movimento da onda tiver a mesma direção de propagação da onda, esta se denomina longitudinal como, por exemplo, uma mola que é esticada e posta a oscilar, a direção de propagação da onda é a mesma do movimento da onda. 30 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 Figura 31. longitudinal Propagação de uma onda de onda: 1. 3. TIPOS DE ONDA Vamos estudar dois tipos mecânica e eletromagnética. 1.3.1. CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DAS ONDAS Figura 32. Onda sonora O movimento de uma onda mecânica pode ser transversal ou longitudinal. As ondas mecânicas necessitam de um meio material para poder se propagar. Não se propagam no vácuo. A velocidade de propagação aumenta quanto maior for a densidade do meio onde a onda se propaga. A onda mecânica apenas transporta energia. 1.4. REFLEXÃO DE UMA ONDA A reflexão da onda é uma propriedade da onda que permite a mesma refletir-se quando atinge um obstáculo, exemplo: a reflexão da luz, de uma corda, do som. 1.3.2. ONDAS ELETROMAGNÉTICAS As ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagar, podem se propagar em um meio material ou não. Figura 33. Reflexão de uma onda CARACTERÍSTICAS ELETROMAGNÉTICAS DAS ONDAS Não necessitam de um meio material para se propagar O movimento de uma onda eletromagnética é sempre transversal. Propagam-se no vácuo 1.5. REFRAÇÃO DE UMA ONDA E a propriedade da onda de se transmitir em um determinado meio material como, por exemplo: a refração da luz, do som. A velocidade de propagação diminui quanto maior a densidade do meio onde a onda se propaga. A onda eletromagnética apenas transporta energia. Figura 34. Refração de uma onda 31 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 1.8 efeito doppler Este efeito é percebido claramente no som (que é um tipo de onda mecânica) quando, por exemplo, uma ambulância em alta velocidade se aproxima de nós, percebemos que o som emitido é mais agudo devido a uma maior Figura 35. Sentido de Propagação frequência sonora, ficando mais grave devido a uma menor frequência sonora durante o afastamento da ambulância em relação ao 1.6. DIFRAÇÃO DE UMA ONDA A difração de uma onda é a propriedade que uma onda possui de contornar um obstáculo ao ser parcialmente interrompido por ele. Figura 36. Fenômeno da difração 1.7. INTERFERÊNCIA observador. Graças também ao conhecimento deste efeito podemos determinar a velocidade e a direção do movimento de muitas estrelas, uma vez que a luz também se propaga em ondas. Como se calcula a frequência e velocidade do observador e do móvel? Nós utilizamos a equação: A interferência refere-se ao efeito físico da superposição de dois ou mais ondas de forma construtiva ou destrutiva. Onde: Figura 37. Fenômeno da interferência f’ é a frequência que o observador recebe f é a frequência emitida pela fonte é a velocidade da onda é a velocidade do observador (positiva ao se aproximar da fonte, negativa ao se afastar) é a velocidade da fonte (positiva ao se afastar, negativa ao se aproximar do observador) 32 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 1. (PUCRS - 2012/1) Um sonar fetal, cuja finalidade é escutar os batimentos cardíacos de um bebê em formação, é constituído por duas pastilhas cerâmicas iguais de titanato de bário, uma emissora e outra receptora de ultrassom. A pastilha emissora oscila com uma frequência de 2,2x106Hz quando submetida a uma tensão variável de mesma frequência. As ondas de ultrassom produzidas devem ter um comprimento de onda que possibilite a reflexão das mesmas na superfície pulsante do coração do feto. As ondas ultrassônicas refletidas que retornam à pastilha receptora apresentam frequência ligeiramente alterada, o que gera interferências periódicas de reforço e atenuação no sinal elétrico resultante das pastilhas. As alterações no sinal elétrico, após serem amplificadas e levadas a um alto-falante, permitem que os batimentos cardíacos do feto sejam ouvidos. Considerando que a velocidade média das ondas no corpo humano (tecidos moles e líquido amniótico) seja 1540m/s, o comprimento de onda do ultrassom que incide no coração fetal é _________, e o efeito que descreve as alterações de frequência nas ondas refletidas chama-se _________. A alternativa que completa corretamente as lacunas é: A) 0,70mm Joule B) 7,0mm Joule C) 0,70mm Doppler D) 7,0mm Doppler E) 70mm Pascal A) 123Hz B) 246Hz C) 310Hz D) 369Hz E) 492Hz 3. (PUCRS 2010/2) Responder à questão 3 relacionando o fenômeno ondulatório da coluna A com a situação descrita na coluna B, numerando os parênteses. Coluna A 1 – Reflexão 2 – Refração 3 – Ressonância 4 – Efeito Doppler Coluna B ( ) Um peixe visto da margem de um rio parece estar a uma profundidade menor do que realmente está. ( ) Uma pessoa empurra periodicamente uma criança num balanço de modo que o balanço atinja alturas cada vez maiores. ( ) Os morcegos conseguem localizar obstáculos e suas presas, mesmo no escuro. ( ) O som de uma sirene ligada parece mais agudo quando a sirene está se aproximando do observador. A numeração correta da coluna B, de cima para baixo, é: A) 2 – 4 – 1 – 3 B) 2 – 3 – 1 – 4 C) 2 – 1 – 2 – 3 D) 1 – 3 – 1 – 4 E) 1 – 3 – 2 – 4 2. (PUCRS - 2010/2) O comprimento de uma corda de guitarra é 64,0cm. Esta corda é afinada para produzir uma nota com frequência igual a 246Hz quando estiver vibrando no modo fundamental. Se o comprimento da corda for reduzido à metade, a nova frequência fundamental do som emitido será: 33 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 4. (PUCRS 2010/1) Em relação às ondas sonoras, é correto afirmar: A) O fato de uma pessoa ouvir a conversa de seus vizinhos de apartamento através da parede da sala é um exemplo de reflexão de ondas sonoras. B) A qualidade fisiológica do som que permite distinguir entre um piano e um violino, tocando a mesma nota, é chamada de timbre e está relacionada com a forma da onda. C) Denominam-se infrassom e ultrassom as ondas sonoras cujas frequências estão compreendidas entre a mínima e a máxima percebidas pelo ouvido humano. D) A grandeza física que diferencia o som agudo, emitido por uma flauta, do som grave, emitido por uma tuba, é a amplitude da onda. E) A propriedade das ondas sonoras que permite aos morcegos localizar obstáculos e suas presas é denominada refração. 5. (ENEM 2011) Ao diminuir o tamanho de um orificio atravessado por um feixe de luz, passa menos luz por intervalo de tempo, e proximo da situacao de completo fechamento do orifício, verifica-se que a luz apresenta um comportamento como o ilustrado nas figuras. Sabe-se que o som, dentro de suas particularidades, tambem pode se comportar dessa forma. Em qual das situacoes a seguir esta representado o fenômeno descrito no texto? A) Ao se esconder atras de um muro, um menino ouve a conversa de seus colegas. B) Ao gritar diante de um desfiladeiro, uma pessoa ouve a repetição do seu próprio grito. C) Ao encostar o ouvido no chao, um homem percebe o som de uma locomotiva antes de ouvi-lo pelo ar. D) Ao ouvir uma ambulancia se aproximando, uma pessoa percebe o som mais agudo do que quando aquela se afasta. E) Ao emitir uma nota musical muito aguda, uma cantora de opera faz com que uma taca de cristal se despedace. 6. (ENEM 2010) As ondas eletromagnéticas, como a luz visível e as ondas de rádio, viajam em linha reta em um meio homogêneo. Então, as ondas de rádio emitidas na região litorânea do Brasil não alcançariam a região amazônica do Brasil por causa da curvatura da Terra. Entretanto sabemos que é possível transmitir ondas de rádio entre essas localidades devido à ionosfera. Com a ajuda da ionosfera, a transmissão de ondas planas entre o litoral do Brasil e a região amazônica é possível por meio da A) Reflexão. B) Refração. C) Difração. D) Polarização. E) Interferência. 7. (ENEM 2010) Duas irmãs que dividem o mesmo quarto de estudos combinaram de comprar duas caixas com tampas para guardarem seus pertences dentre suas caixas, evitando, assim, a bagunça sobre a mesa de estudos. Uma delas comprou uma metálica, e a outra, uma caixa de madeira de área e espessura lateral diferentes, para facilitar a identificação. Um dia as meninas foram estudar para a prova de Física e, ao se acomodarem na mesa de estudos, guardaram seus celulares ligados dentro de suas caixas. Ao longo desse dia, uma delas recebeu ligações telefônicas, enquanto os amigos da outra tentavam ligar e recebiam a mensagem de que o celular estava fora da área de cobertura ou desligado 34 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 Para explicar essa situação, um físico deveria afirmar que o material da caixa, cujo telefone celular não recebeu as ligações é de A) madeira, e o telefone não funcionava porque a madeira não é um bom condutor de eletricidade. B) metal, e o telefone não funcionava devido à blindagem eletrostática que o metal proporcionava. C) metal, e o telefone não funcionava porque o metal refletia todo tipo de radiação que nele incidia. D) metal, e o telefone não funcionava porque a área lateral da caixa de metal era maior. E) madeira, e o telefone não funcionava porque a espessura desta caixa era maior que a espessura da caixa de metal. 8. (ENEM 2009) O progresso da tecnologia introduziu diversos artefatos geradores de campos eletromagnéticos. Uma das mais empregadas invenções nessa área são os telefones celulares e smartphones. As tecnologias de transmissão de celular atualmente em uso no Brasil contemplam dois sistemas. O primeiro deles é operado entre as frequências de 800 MHz e 900 MHz e constitui os chamados sistemas TDMA/CDMA. Já a tecnologia GSM, ocupa a frequência de 1.800 MHz. Considerando que a intensidade de transmissão e o nível de recepção ―celular sejam os mesmos para as tecnologias de transmissão TDMA/CDMA ou GSM, se um engenheiro tiver de escolher entre as duas tecnologias para obter a mesma cobertura, levando em consideração apenas o número de antenas em uma região, ele deverá escolher: A) a tecnologia GSM, pois é a que opera com ondas de maior comprimento de onda. B) a tecnologia TDMA/CDMA, pois é a que apresenta Efeito Doppler mais pronunciado. C) a tecnologia GSM, pois é a que utiliza ondas que se propagam com maior velocidade. D) qualquer uma das duas, pois as diferenças nas frequências são compensadas pelas diferenças nos comprimentos de onda. E) qualquer uma das duas, pois nesse caso as intensidades decaem igualmente da mesma forma, independentemente da frequência. 9. (UFRGS 2012) Considere as seguintes afirmações sobre ondas eletromagnéticas. I – frequências de ondas de rádio são menores que frequências da luz visível. II – comprimentos de onda de microondas são maiores que comprimentos de onda da luz visível. III – energias de ondas de rádio são menores que energias de microondas. Quais estão corretas? (A) apenas I. (B) apenas II. (C) apenas III. (D) apenas II e III. (E) I, II e III. 10. (UFRGS 2012) Circuitos elétricos provocam oscilações de elétrons em antenas emissoras de estações de rádio. Esses elétrons acelerados emitem ondas de rádio que, através de modulação controlada da amplitude ou da frequência, transportam informações. Qual é, aproximadamente, o comprimento de onda das ondas emitidas pela estação de rádio da UFRGS, que opera na frequência de 1080 kHz? (Considere a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas na atmosférica igual a 3x108 m/s) (A) 3,6 x 10-6 m. (B) 3,6 x 10-3 m. (C) 2,8 x 102 m. (D) 2,8 x 105 m. (E) 2,8 x 108 m. 11. (UFRGS 2011) Em cada uma das imagens abaixo, um trem de ondas planas move-se a partir da esquerda. 35 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 (E) I, II e III. Os fenômenos ondulatórios apresentados nas figuras 1, 2 e 3 são, respectivamente, (A) refração – interferência – difração. (B) difração – interferência – refração. (C) interferência – difração – refração. (D) difração – refração – interferência. (E) interferência – refração – difração. 15. (UFRGS 2009) Em um experimento de interferência, similar ao experimento de Young, duas fendas idênticas são iluminadas por uma fonte coerente monocromática. O padrão de franjas claras e escuras é projetado em um anteparo distante, conforme mostra a figura abaixo. Sobre este experimento são feitas as seguintes afirmações. I – A separação entre as franjas no anteparo aumenta se a distância entre as fendas aumenta. 12. (UFRGS – 2010) Considere as seguintes II – A separação entre as franjas no anteparo afirmações sobre fenômenos ondulatórios e aumenta se a distância entre o anteparo e as fendas aumenta. suas características. III – A separação entre as franjas no anteparo I - A difração ocorre apenas com ondas sonoras. aumenta se o comprimento de onda da fonte aumenta. II - A interferência ocorre apenas com ondas eletromagnéticas. Quais estão corretas? III - A polarização ocorre apenas com ondas transversais. (A) Apenas I. (B) Apenas II. Quais estão corretas? (C) Apenas III. (A) Apenas I. (D) Apenas II e III. (B) Apenas II. (E) I, II e III. (C) Apenas III. (D) Apenas I e II. (E) I, II e III. 14. (UFRGS 2009) Considere as seguintes afirmações sobre o efeito Doppler. I – ele é observado somente em ondas acústicas. II – ele corresponde a uma alteração da velocidade de propagação da onda em um meio. III – ele pode ser observado tanto em ondas transversais quanto em ondas longitudinais. Quais estão corretas? (A) apenas I. (B) apenas II. (C) apenas III. (D) apenas II e III. 16. (UPF 2011/2) Sobre as ondas mecânicas são feitas as afirmações a seguir: 36 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 I. As ondas mecânicas necessitam de um meio material para a sua propagação; assim sendo, o som não se propaga no vácuo. II. As ondas mecânicas podem ser transversais 19. ou O padrão de forma de onda proveniente de longitudinais. um sinal eletrônico está representado na figura III. Uma onda mecânica é transversal quandoa aseguir. direção da vibração é a mesma na qual se efetua a propagação da onda. IV. A polarização é um fenômeno que pode ocorrer A) Quantos exclusivamente com as ondas transversais. comprimentos de ondas há na figura? Dessas afirmações são corretas: B) Qual a frequência da A) I e II onda? B) I, II e III C) I, II e IV C) Sabendo que essa imagem tem 10 cm, qual D) II, III e IV a velocidade de propagação da onda, em m/s? D) Todas são corretas. 17. (UCS 2012/2) Se você pegar duas pequenas latas vazias, como as de ervilha em conserva, retirar a tampa de um dos lados de cada lata, fizer um pequeno orifício no lado oposto e colocar, nesse orifício, um fio, que pode ser de náilon, linha de costura ou barbante, ligando as duas latas por meio desse fio, é possível simular um telefone. Isso acontece porque o som se propaga pela linha como a) ondas eletromagnéticas transversais. b) ondas mecânicas longitudinais. c) pequenas partículas de matéria. d) corrente elétrica. e) ondas eletromagnéticas longitudinais. 18. (UCS 2011/1) A velocidade de uma onda na água depende da profundidade da água na região em que ela se encontra: quanto maior a profundidade, maior a velocidade da onda. A mudança de velocidade das ondas devido à mudança de características no meio de propagação é conhecida como 20. A faixa de emissão de rádio em frequência modulada, no Brasil, vai de, aproximadamente, 88 MHz a 108 MHz. A razão entre o maior e o menor comprimento de onda desta faixa é: A) 1,2 B) 1,5 C) 0,63 D) 0,81 E) Impossível calcular não sendo dada a velocidade de propagação da onda. 21. (PUCRS) A propagação de ondas em meios não dispersivos envolve necessariamente A) movimento de matéria B) produção de energia C) consumo de energia A) difração. D) transporte de energia B) interferência. E) transporte de energia e matéria. C) refração. D) batimento. E) timbre. 37 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 22. Ondas eletromagnéticas são caracterizadas por suas frequências e seus comprimentos de onda. A alternativa que apresenta as ondas em ordem decrescente de frequência é a) raios gama - luz visível - microondas. b) infravermelho - luz visível - ultravioleta. c) luz visível - infravermelho - ultravioleta. d) ondas de rádio - luz visível - raios X. e) luz visível - ultravioleta - raios gama. 25. Para a percepção inteligível de dois sons consecutivos (eco), o intervalo de tempo entre os mesmos deve ser igual ou maior que 0,100 s. Portanto, num local onde a velocidade de propagação do som no ar é 350 m/s, para que ocorra eco, a distância mínima entre uma pessoa gritando seu nome na direção de uma parede alta e a referida parede deve ser de quanto metros? GABARITO 23. Uma onda se propaga no meio 1, não dispersivo, com velocidade v1, frequência f1, e comprimento de onda 1. Ao penetrar no meio 2, sua velocidade de propagação v2 é três vezes maior que v1, sua frequência é f2 e seu comprimento de onda 2. Logo, conclui-se que: A) λ2 = λ 1/3 e f2 = f1 B) λ 2 = λ 1 e f2 = 3f1 C) λ 2 = λ 1 e f2 = f1 1.C 2. E 3. B 4. B 5. A 6. A 7. B 8. E 9. D 10. C 11. B 12. C 13. B 14. D 15. E 16. C 17. B 18. C 19: a) 2 B) 250 HZ 20. A 21. D C) 12.5 m/S 22. A D) λ 2 = 3. λ 1 e f2 = f1 E) λ 2 = λ 1 e f2 = f1 /3 23. D 24. E 25. S=17,5 m 24. Considere as afirmações a seguir. I. O fenômeno de interferência reforça o caráter ondulatório da luz. II. A reflexão do som tem características semelhantes à reflexão da luz. III. Ondas podem sofrer refração. Pode-se afirmar que A) somente I é correta. B) somente II é correta. C) somente III é correta. D) somente I e II são corretas. e) I, II e III são corretas. 2. ÓPTICA Vamos iniciar o estudo da luz e dos fenômenos luminosos em geral. 38 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 2. 1. PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ Um dos fatos que podemos observar facilmente sobre o comportamento da luz é que, quando ela se propaga em um meio homogêneo, sua propagação é retilínea. Figura 40. Independência de raios luminosos 2. 4. REFLEXÃO DA LUZ Figura 38. Propagação retilínea da luz 2. 2. RAIOS E FEIXES DE LUZ Consideramos como uma fonte que emite luz em todas as direções, essas direções em que a luz se propaga podem ser representadas por linhas denominadas de raios de luz. Quando um feixe de luz incide sobre uma superfície este sofre uma reflexão, uma porção do feixe de luz que volta a se propagar é denominada feixe refletido. O feixe de luz que se dirige para a superfície é denominado feixe incidente e o feixe devolvido pela superfície refletora é o feixe refletido. 2. 5. REFLEXÃO ESPECULAR Quando o feixe de luz encontra uma superfície lisa, o feixe de luz é bem-definido, este fenômeno é observado quando a luz é refletida em um espelho. Figura 39. Raios Luminosos 2. 3. INDEPENDÊNCIA ENTRE FEIXES DE LUZ Uma importante propriedade da luz é a independência que se observa na propagação dois raios de luz, quando esses raios de luz se cruzam, eles seguem a mesma trajetória que iriam seguir se os raios não tivessem se cruzado, um feixe não perturba a propagação do outro. Figura 41. Reflexão Especular 2. 6. REFLEXÃO DIFUSA Quando um feixe de luz incide em uma superfície irregular, cada pequena porção da superfície reflete a luz numa determinada direção e, consequentemente, o feixe refletido não é bem-definido, observando-se o espalhamento da luz em todas as direções. Obs.: esta forma de reflexão é a mais comum em nosso cotidiano. 39 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 QUESTÃO 47 Figura 42. Reflexão Difusa (Ufmg) Marília e Dirceu estão em uma praça iluminada por uma única lâmpada. Assinale a alternativa em que estão CORRETAMENTE representados os feixes de luz que permitem a Dirceu ver Marília. 2. 7. AS LEIS DA REFLEXÃO Esta lei vai especular. apenas estudar a reflexão 1º o raio incidente, a normal à superfície refletora no ponto de incidência e o raio refletido estão situados em mesmo plano. 2º o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão. QUESTÃO 48 (Ufrrj) Na figura a seguir, F é uma fonte de luz extensa e A um anteparo opaco. 2. 8. REFRAÇÃO DA LUZ O fenômeno da refração consiste na mudança de direção de propagação de um feixe de luz ao passar de um meio para outro. Isto só pode ocorrer quando a luz se propaga com velocidades diferentes nos dois meios. Pode-se afirmar que I, II e respectivamente, regiões a) sombra, sombra e penumbra. III são, de b) sombra, sombra e sombra. c) penumbra, sombra e penumbra. 40 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 d) sombra, penumbra e sombra. QUESTÃO 51 e) penumbra, penumbra e sombra. (UFAL) A figura representa um feixe de raios QUESTÃO 49 paralelos incidentes numa superfície S e os (FUVEST) – Admita que o Sol subitamente "morresse", ou seja, sua luz deixasse de ser emitida. Vinte e quatro horas após este evento, um eventual sobrevivente, olhando para o céu, sem nuvens, veria: correspondentes raios emergentes A) Lua e estrelas. B) somente a Lua. C) somente estrelas. D) uma completa escuridão. Esta figura ilustra o fenômeno óptico da E) somente os planetas do sistema solar A) dispersão. QUESTÃO 50 B) reflexão difusa. (Unirio) Numa aula prática de Física foi feito C) refração. o experimento esquematizado nas figuras I e II, onde o professor alternou a posição da D) difração. fonte E) reflexão regular e do experimento, observador. o Com professor esse pretendia GABARITO demonstrar uma aplicação da (o): 47) A 48) C 49) C 50) D 51) B A) reflexão difusa. B) fenômeno da difração. C) princípio da reflexão. D) princípio da reversibilidade da luz. E) princípio luminosos. da independência dos raios 41 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 A RADIAÇÃO DO CORPO NEGRO Um corpo em qualquer temperatura emite radiações eletromagnéticas. Por estarem relacionadas com a temperatura em que o corpo se encontra, freqüentemente são chamadas radia- ções térmicas. Por exemplo, “sentimos” a emissão de um ferro elétrico ligado, mas não enxergamos as ondas por ele emitidas. É que em baixas temperaturas a maior taxa de emissão está na faixa do Importante: Nesse modelo, é a abertura que constitui o corpo negro. infravermelho. Aumentando-se gradativamente a temperatura de um corpo, ele começa a O corpo negro absorve toda radiação que nele emitir luz visível, de início a luz vermelha, incide, isto é, sua absorvidade é igual a 1 (a = passando a seguir para a amarela, a verde, a 1) e sua refletividade é nula (r = 0), decorrendo azul e, em altas temperaturas, a luz branca, deste último fato seu nome (negro). O corpo chegando à região do ultravioleta do espectro negro não tem cor à reflexão mas pode ter cor eletromagnético. à emissão. Todo absorvente é bom emissor. Logo, o corpo negro, além de absorvedor ideal, é também um emissor ideal. Sua emissividade é igual a 1 (e = 1). Um corpo negro, independentemente do material com que é confeccionado, emite radiações térmicas com a mesma intensidade, a uma dada temperatura e para cada comprimento de onda. Daí decorre o uso do corpo negro para o estudo das radiações emitidas. Através do orifício tem-se a emissão de radiação por aquecimento. Para o estudo das radiações emitidas foi idealizado um corpo, denominado corpo negro. O modelo prático mais simples de um corpo negro é o de uma pequena abertura num objeto oco (figura 1): qualquer radiação que entra vai Figura 2. Gráfico da intensidade da radiação em função do comprimento de onda sendo refletida e absorvida nas paredes e acaba por ser completamente absorvida. Se o objeto oco for aquecido por uma fonte de calor no seu interior, há emissão de radiação pelo orifício. Observe no gráfico que, para dado comprimento de onda, a intensidade da radiação adquire valor máximo. Repetindo-se a 42 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 mesma experiência para temperaturas diferentes, obtêm-se os resultados mostrados na figura 3. Figura 3. Intensidade da radiação do corpo negro em função do comprimento de onda em três temperaturas. Desses resultados concluímos que: • Aumentando-se a temperatura, para um dado comprimento de onda, a intensidade da radiação aumenta. A lei de Stefan-Boltzmann, aplicada ao corpo negro fornecea intensidade total I da radiação emitida: 4 I = σ ⋅T4 onde σ =5,67 10-8 𝑤 𝑚2 𝑘 4 ⋅ σ é a constante de Stefan-Boltzmann. • Aumentandose a temperatura, o pico da distribuição se desloca para comprimentos de onda menores. Aumentando-se a temperatura, o pico da distribuição se desloca para comprimentos de onda menores. Ao explicar por meio da teoria clássica os resultados experimentais obtidos, observouse que, para grandes comprimentos de onda, havia certa concordância com os resultados experimentais. Entretanto, para comprimentos de onda menores havia grande discordância entre a teoria e a experiência (figura 4). Esta discordância é conhecida como “catástrofe do ultravioleta”. equação que estava plenamente em acordo com os resultados experimentais. Entretanto, “para conseguir uma equação a qualquer custo”, teve que considerar a existência, na superfície do corpo negro, de cargas elé- tricas oscilantes que emitem energia radiante não de modo contínuo, como sugere a teoria clássica, mas sim em porções descontínuas, “partículas” que transportam, cada qual, uma quantidade de energia E bem definida. Essas “partículas” foram denominadas “fótons”. A energia E de cada fóton é denominada quantum (no plural quanta). O quantum E de energia radiante de freqüência f é dado por: 𝐸 = ℎ𝑣 em que h é uma constante de proporcionalidade denominada constante de Planck, cujo valor é dado por: h = 6,63 x10 -34 J.s A solução encontrada por Planck, ao resolver a questão do corpo negro, considerando que a energia é quantizada, permitiu explicar outros conceitos físicos a nível microscópico. Por isso, a data de dezembro de 1900 é considerada o marco divisório entre a Física Clássica e a Física Quântica – a teoria física dos fenômenos microscópicos. EFEITO FOTOELÉTRICO O efeito fotoelétrico consiste na emissão de elé- trons de uma superfície metálica, devido à incidência de radiação eletromagnética sobre esta. Os elétrons arrancados do metal pela radiação incidente são chamados de fotoelétrons. Em dezembro de 1900, o físico alemão Max Planck apresentou à Sociedade Alemã de Física um estudo teórico a respeito da emissão de radiação de um corpo negro, deduzindo a 43 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 Dentre os fenômenos observados experimentalmente durante o efeito fotoelétrico, é possível destacar as seguintes características: • a energia dos elétrons emitidos pela superfície depende da frequência da radiação incidente, e não da sua intensidade; • o aumento da intensidade da radiação incidente provoca apenas um aumento do número de elétrons emitidos; • os elétrons são emitidos instantaneamente pela superfície metálica. Tais características não puderam ser explicadas de forma satisfatória pela Física Clássica, que defende a natureza ondulatória da luz. Em 1905, Einstein propôs uma nova teoria a respeito da natureza da luz. Essa energia mínima é chamada função trabalho e seu valor é característico de cada metal. A tabela a seguir mostra alguns exemplos dos valores da função trabalho para alguns metais HIPOTESE DE EINSTEIN Segundo Einstein, a luz e as demais ondas eletromagnéticas são formadas de pequenos pacotes de energia (quanta) chamados de fótons (teoria corpuscular da luz). Durante o efeito fotoelétrico, cada fóton atinge um único elétron, transferindo-lhe toda a sua energia. A energia de cada fóton é a mesma proposta por Max Karl Ernest Ludwig Planck (1858-1947) para a radiação do corpo negro, em que ele lança a ideia da quantização da energia radiante. A equação que expressa a energia de cada fóton é dada por: 𝑬𝒇𝒐𝒕𝒐𝒏 = 𝒉𝒇 Onde f é a frequência da radiação eletromagnética e h é a chamada constante de Planck e seu valor é igual a: h=6,63x10 -34 j ou 4,14x10-15 ev .s FUNÇÃO TRABALHO Para que o efeito fotoelétrico ocorra, é necessário que a energia dos fótons seja maior que a energia de ligação dos elétrons presos ao metal. A energia cinética máxima de cada fotoelétron emitido no efeito fotoelétrico é dada pela energia do fóton absorvida pelo elétron menos a energia necessária para romper a ligação com o metal. A equação que expressa a energia cinética máxima de cada fotoelétron é dada por: 𝑬𝒎𝒊𝒏𝒊𝒎𝒂 = 𝒉𝒇. 𝒘𝟎 Sendo W0 a função trabalho. FREQUENCIA DE CORTE COMPRIMENTO DE ONDA DE CORTE Para que os fotoelétrons sejam emitidos do metal, é necessário que os fótons da radiação incidente tenham um valor de energia mínima superior à função trabalho do metal. Isso corresponde a um valor de frequência mínima da onda incidente, chamada de frequência de corte. Esse valor também é característico de cada material e pode ser calculado com a seguinte equação: 𝒇𝑶 = 𝑾𝟎 𝒉 Esse valor da frequência de corte corresponde a um comprimento de onda chamado de 44 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 comprimento de onda de corte. A equação que expressa o comprimento de onda de corte para um determinado metal é dada por: 𝝀𝟎 = 𝒉. 𝒄 𝒘𝟎 A frequência de corte e a função trabalho de um determinado metal são mostradas no gráfico a seguir: EFEITO COMPTON: A CONFIRMAÇÃO DA NATUREZA CORPUSCULAR DA RADIAÇÃO. Foram quase duas décadas entre o trabalho de Einstein sobre o Efeito Fotoelétrico em 1905, no qual ele introduziu o termo fóton até a efetiva comprovação de que o fóton – a partícula de luz – carregava o momento linear. Nesse trabalho, Einstein atribuiu à radiação eletromagnética, uma natureza dual – ora onda, ora partícula. Embora a teoria de Einstein explicasse o Efeito Fotoelétrico, foi somente no ano de 1923 que a natureza corpuscular da radiação foi confirmada através dos resultados de um experimento realizado por Arthur Holly Compton. Em seu experimento, Compton fez incidir um feixe de raios X de comprimento de onda 0,7 Å sobre um alvo de grafite. A partir daí, ele mediu os comprimentos de onda dos raios X espalhados pelo alvo em várias direções pré-selecionadas. Os resultados obtidos para os diferentes ângulos de espalhamento não só discordavam das previsões do eletromagnetismo clássico, como também serviram para a confirmação do comportamento corpuscular das radiações. A figura 1 representa esquematicamente o espalhamento após a interação fóton-elétron. Tudo acontece como num jogo de bilhar. As previsões clássicas eram que, após o espalhamento, as ondas deveriam ter o mesmo comprimento de onda incidente, ou pelo menos, bastante próximos. Entretanto, o que se observou foram dois picos, correspondentes a dois comprimentos de onda distintos e a diferença entre estes (deslocamento Compton = ∆λ) era diretamente proporcional ao cosseno do ângulo de observação em relação à direção do feixe incidente. Compton descreveu o resultado de seu experimento tal qual um processo de colisão elástica. A explicação dada por Compton foi que a radiação é composta por um feixe de fótons, de energia 𝐸 = ℎ𝑣 e momento 𝑝 = ℎ 𝜆 . Quando um destes fótons colide com um elétron∗ , parte de sua energia é perdida para o elétron na colisão. O elétron ganha então energia cinética e escapa do grafite e o fóton é desviado de sua trajetória inicial com um déficit de energia – a energia do fóton desviado é agora a energia do fóton incidente menos a energia cinética adquirida pelo elétron. Sendo menor a energia do fóton espalhado, menor é sua freqüência e, portanto, maior é seu comprimento de onda. Matematicamente, é possível mostrar que o deslocamento Compton depende somente do ângulo de espalhamento, sendo independente da energia do fóton incidente. O cálculo não seria demasiado difícil, se não fosse o fato de que precisamos ter alguma noção da Teoria da Relatividade Especial de Einstein, visto que o elétron espalhado é relativístico. O experimento realizado por Compton foi decisivo, pois a partir daí passou-se a abordar a luz em termos de dualidade onda-partícula, visto que alguns experimentos comprovavam seu caráter ondulatório e outros, seu caráter corpuscular. 45 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 PARTÍCULAS ELEMENTARES Para termos uma idéia de como este ramo da Física se desenvolveu, devemos começar dizendo que, no início da década de 1930, sabia-se que o núcleo atômico, descoberto 20 anos antes por Rutherford, era composto por duas partículas diferentes: o próton, cuja carga era a mesma do elétron porém com sinal positivo e com uma massa cerca de 2000 vezes maior, e o nêutron, cuja massa é muito próxima à do próton e com carga elétrica nula. De acordo com o modelo de Bohr, os elétrons orbitam em torno do núcleo graças à ação da força eletromagnética. Tudo se encaixaria perfeitamente não fosse uma questão simples, mas fundamental: as mesmas forças eletromagnéticas que mantêm os elétrons em volta do núcleo devem causar uma violenta repulsão entre os prótons dentro do núcleo, já que estes ocupam um volume muito menor que o átomo como um todo. A resposta óbvia é que prótons e nêutrons devem sentir dentro do núcleo uma força suficientemente forte para evitar a repulsão entre os prótons e ao mesmo tempo esta força deve ser de curto alcance, ou seja, deve agir apenas para distâncias da ordem do tamanho do núcleo, já que elas são imperceptíveis no nosso dia-a-dia do mundo macroscópico, ao contrário do que ocorre com as forças eletromagnéticas, de longo alcance e responsáveis por toda a estrutura molecular que constitui a matéria tangível. Nesta altura, já se conhecia o papel que o fóton ou quantum de energia eletromagnética, possuía dentro de nossa compreensão das forças eletromagnéticas. De fato, de acordo com a concepção moderna do conceito de força, cada uma das interações básicas da natureza se manifesta através da troca entre partículas (ou campos) conhecidas como “bósons de gauge”. No caso da força eletromagnética, o fóton é o “bóson de gauge” correspondente e pode ser visto como uma espécie de mediador da força eletromagnética (ou partícula transportadora de força) sentida por duas partículas eletricamente carregadas. Assim, dois elétrons a uma dada distância um do outro, interagem por que estão constantemente trocando fótons entre si. Em 1934, baseado nesta mesma idéia, Yukawa propôs a existência de uma nova partícula capaz de fazer esta mesma mediação para o caso da força nuclear ou força forte. Yukawa previu inclusive a massa que tal partícula deveria ter e a chamou de méson. Aproximadamente 10 anos mais tarde, mais precisamente em 1946, o méson de Yukawa foi detectado experimentalmente e verificou-se que sua massa era de fato muito próxima ao valor estimado por ele. Surgia assim a primeira teoria para a força forte. Atualmente, o méson de Yukawa é conhecido como méson ou simplesmente pion, e de lá para cá mais de algumas dezenas de tipos diferentes de mésons foram observados experimentalmente. No caso do pion, sua determinação experimental foi feita usando-se uma técnica de observação dos chamados raios cósmicos, que chegam constantemente ao nosso planeta provenientes do espaço. EXERCICIO 46 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 1. (MEC) Em 1900, Max Planck apresenta à Sociedade Alemã de Física um estudo, onde, entre outras coisas, surge a idéia de quantização. Em 1920, ao receber o prêmio Nobel, no final do seu discurso, referindo-se às idéias contidas naquele estudo, comentou: "O fracasso de todas as tentativas de lançar uma ponte sobre o abismo logo me colocou frente a um dilema: ou o quantum de ação era uma grandeza meramente fictícia e, portanto, seria falsa toda a dedução da lei da radiação, puro jogo de fórmulas, ou na base dessa dedução havia um conceito físico verdadeiro. A admitir-se este último, o quantum tenderia a desempenhar, na física, um papel fundamental... destinado a transformar por completo nossos conceitos físicos que, desde que Leibnitz e Newton estabeleceram o cálculo infinitesimal, permaneceram baseados no pressuposto da continuidade das cadeias causais dos eventos. A experiência se mostrou a favor da segunda alternativa." (Adaptado de Moulton, F.R. e Schiffers, J.J. Autobiografia de la ciencia. Trad. Francisco A. Delfiane. 2 ed. México: Fondo de Cultura Económica, 1986. p. 510) O referido estudo foi realizado para explicar: em função do comprimento de onda, pode-se afirmar que a energia total é: (A) a confirmação da distribuição de MaxwellBoltzmann, de velocidades e de trajetórias das moléculas de um gás. (D) inversamente proporcional à temperatura e quanto maior a temperatura, maior o comprimento de onda para o qual o máximo de energia ocorre. (E) inversamente proporcional ao quadrado da temperatura e quanto maior a temperatura, maior o comprimento de onda para o qual o máximo de energia ocorre. (B) a experiência de Rutherford de espalhamento de partículas alfa, que levou à formulação de um novo modelo atômico. (C) o calor irradiante dos corpos celestes, cuja teoria havia sido proposta por Lord Kelvin e já havia dados experimentais. (D) as emissões radioativas do isótopo Rádio-226, descoberto por Pierre e Marie Curie, a partir do minério chamado "pechblenda". (E) o espectro de emissão do corpo negro, cujos dados experimentais não estavam de acordo com leis empíricas até então formuladas. (A) proporcional à quarta potência da temperatura e quanto maior a temperatura, menor o comprimento de onda para o qual o máximo de energia ocorre. (B) proporcional ao quadrado da temperatura e quanto maior a temperatura, maior o comprimento de onda para o qual o máximo de energia ocorre. (C) proporcional à temperatura e quanto maior a temperatura, menor o comprimento de onda para o qual o máximo de energia ocorre. 3. (UFRN) As lâmpadas incandescentes são pouco eficientes no que diz respeito ao processo de iluminação. Com intuito de analisar o espectro de emissão de um filamento de uma lâmpada incandescente, vamos considerá-lo como sendo semelhante ao de um corpo negro (emissor ideal) que esteja à mesma temperatura do filamento (cerca de 3000 K). Na figura abaixo, temos o espectro de emissão de um corpo negro para diversas temperaturas. (MEC) No gráfico ao lado estão representadas três curvas que mostram como varia a energia emitida por um corpo negro para cada comprimento de onda, E(λ), em função do comprimento de onda λ, para três temperaturas absolutas diferentes: 1000 K, 1200 K e 1 600 K. Com relação à energia total emitida pelo corpo negro e ao máximo de energia 47 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 5. (Univale-MG) O efeito fotoelétrico pode ser explicado a partir das suposições de Einstein de que: A) a energia da luz cresce com a velocidade. B) átomos irradiam energia. C) a massa do elétron cresce com a velocidade. D) a carga do elétron cresce com a velocidade. E) a energia da luz é quantizada. 6. (PUC-MG) O efeito fotoelétrico é um fenômeno pelo qual: Intensidade da radiação emitida por um corpo negro em função da freqüência para diferentes valores de temperatura. Diante das informações e do gráfico, podemos afirmar que, tal como um corpo negro: A) os fótons mais energéticos emitidos por uma lâmpada incandescente ocorrem onde a intensidade é máxima. B) a freqüência em que ocorre a emissão máxima independe da temperatura da lâmpada. C) a energia total emitida pela lâmpada diminui com o aumento da temperatura. D) a lâmpada incandescente emite grande parte de sua radiação fora da faixa do visível. 4. (Uneb-BA) De acordo com o físico Max Planck, que introduziu o conceito de energia quantizada, a luz, elemento imprescindível para manutenção da vida na Terra, como toda radiação eletromagnética, é constituída por pacotes de energia denominados: A) bárions. B) dipolos. C) íons. D) pulsos. E) fótons. A) elétrons são arrancados de certas superfícies quando há incidência de luz sobre elas. B) as lâmpadas incandescentes comuns emitem um brilho forte. C) as correntes elétricas podem emitir luz. D) as correntes elétricas podem ser fotografadas. E) a fissão nuclear pode ser explicada. 7. (UFRGS-RS) Considere as seguintes afirmações sobre o efeito fotoelétrico. I. O efeito fotoelétrico consiste na emissão de elétrons por uma superfície metálica atingida por radiação eletromagnética. II. O efeito fotoelétrico pode ser explicado satisfatoriamente com a adoção de um modelo corpuscular para a luz. III. Uma superfície metálica fotossensível somente emite fotoelétrons quando a freqüência da luz incidente nessa superfície excede um certo valor mínimo, que depende do metal. Quais estão corretas? A) apenas I. B) apenas II. C) apenas I e II. D) apenas I e III. E) I, II e III. 8. (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões) correta(s): 01) a luz, em certas interações com a matéria, comporta-se como uma onda eletromagnética; em outras interações ela se comporta como partícula, como os fótons no efeito fotoelétrico. 02) a difração e a interferência são fenômenos 48 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 que somente podem ser explicados satisfatoriamente por meio do comportamento ondulatório da luz. 04) o efeito fotoelétrico somente pode ser explicado satisfatoriamente quando consideramos a luz formada por partículas, os fótons. 08) o efeito fotoelétrico é conseqüência do comportamento ondulatório da luz. 16) devido à alta freqüência da luz violeta, o "fóton violeta" é mais energético do que o "fóton vermelho". d) E 0. e) E0 11. (ITA-SP) A tabela a seguir mostra os níveis de energia de um átomo do elemento X que se encontra no estado gasoso: Dê como resposta a soma das alternativas corretas. 9. (MEC) O efeito fotoelétrico contrariou as previsões teóricas da física clássica porque mostrou que a energia cinética máxima dos elétrons, emitidos por uma placa metálica iluminada, depende: A) exclusivamente da amplitude da radiação incidente. B) da freqüência e não do comprimento de onda da radiação incidente. C) da amplitude e não do comprimento de onda da radiação incidente. D) do comprimento de onda e não da freqüência da radiação incidente. E) da freqüência e não da amplitude da radiação incidente. 10. (UFRGS-RS) Um átomo de hidrogênio tem sua energia quantizada em níveis de energia (En), cujo valor genérico é dado pela expressão , sendo n igual a 1, 2, 3… e E0 igual à energia do estado fundamental (que corresponde a n = 1). Supondo-se que o átomo passe do estado fundamental para o terceiro nível excitado (n = 4), a energia do fóton necessário para provocar essa transição é: a) E0. b) E0. c) E0. E0 0 E0 7,0 eV E2 13,0 eV E3 17,4 eV Ionização 21,4 eV Dentro das possibilidades abaixo, a energia que poderia restar a um elétron com energia de 15 eV, após colidir com um átomo de X, seria de: A) 0 eV. B) 4,4 eV. C) 16,0 eV. D) 2,0 eV. E) 14,0 eV. 12. (PUC-RS) A energia de um fóton é diretamente proporcional a sua freqüência, com a constante de Plank, h, sendo o fator de proporcionalidade. Por outro lado, pode-se associar massa a um fóton, uma vez que ele apresenta energia (E = mc2 ) e quantidade de movimento. Assim, a quantidade de movimento de um fóton de freqüência f propagando-se com velocidade c se expressa como: A) c2/hf. B) hf/c2. C) hf/c. D) c/hf. E) cf/h. 49 | P á g i n a Física 02 – UniENEM/PIAP - 2017 13. (UFRN) Bárbara ficou encantada com a maneira de Natasha explicar a dualidade ondapartícula, apresentada nos textos de Física Moderna. Natasha fez uma analogia com o processo de percepção de imagens, apresentando uma explicação baseada numa figura muito utilizada pelos psicólogos da Gestalt. Seus esclarecimentos e a figura ilustrativa são reproduzidos a seguir: Figura citada por Natasha, na qual dois perfis formam um cálice e vice-versa. RESPOSTAS 1. E 2. A 3. D 4. E 5. e 6. a 7. e 8. 23 (01 + 02 + 04 + 16) 9. e 10. D 11. D 12. C 13. b (as naturezas corpuscular e ondulatória não são antagônicas mas, sim, complementares). A minha imagem preferida sobre o comportamento dual da luz é o desenho de um cálice feito por dois perfis. Qual a realidade que percebemos na figura? Podemos ver um cálice ou dois perfis, dependendo de quem consideramos como figura e qual consideraremos como fundo, mas não podemos ver ambos simultaneamente. É um exemplo perfeito de realidade criada pelo observador, em que nós decidimos o que vamos observar. A luz se comporta de forma análoga, pois, dependendo do tipo de experiência ("fundo"), revela sua natureza de onda ou sua natureza de partícula, sempre escondendo uma quando a outra é mostrada. Diante das explicações acima, é correto afirmar que Natasha estava ilustrando, com o comportamento da luz, o que os físicos chamam de princípio da: A) incerteza de Heisenberg. B) complementaridade de Bohr. C) superposição. D) relatividade. 50 | P á g i n a