GESTÃO DO RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES: UM ESTUDO NA AGÊNCIA BEIRA RIO DO BANCO DO BRASIL MANAGEMENT OF CUSTOMER RELATIONS: A STUDY IN BRAZIL BORDER AGENCY OF THE BANK OF RIVER Robson Antonio Tavares Costa 1 Cássia Plácido Oliveira2 Maria Cristina Saboia Leão3 RESUMO A utilização de estratégias na Gestão do Relacionamento com o Cliente torna-se essencial para as organizações que almejam obter uma vantagem competitiva e permanecer no mercado tão acirrado. Percebe-se que deve haver uma administração efetiva dos relacionamentos, para que a empresa e o cliente possam garantir vantagens mútuas e duradouras. O objetivo do artigo volta-se para o estudo das estratégias/técnicas acerca da Gestão do Relacionamento com o cliente, e os objetivos específicos, identificar os métodos usados; verificar as ações eficientes na abordagem com o cliente e identificar os meios de captação de clientes mais eficazes. A metodologia adotada estruturou-se na pesquisa de campo quanti-qualitativa da temática da Gestão do Relacionamento com o cliente, com o intuito de identificar a opinião dos clientes exclusivos da agência. A fim de obter resultados precisos, houve a aplicação de questionários para os clientes exclusivos e entrevistas para os gerentes da agência. Palavras-chave: Estratégias, Efetividade, Satisfação. ABSTRACT The use of strategies in the Management of Customer Relationship becomes essential for organizations that desire to get a competitive edge and stay in so tight market. One 1 E.Mail: [email protected] – Doutor em Gestão de Empresas – UTAD e Pós-doutorando em Administração – Universidade Estadual do Ceará. 2 E.Mail: [email protected] – Graduada em Administração – FAMAP. 3 E.Mail: [email protected] – Mestre em Desenvolvimento Regional - UNIFAP Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. Artigo recebido em 11/10/2015 Última versão recebida em 25/11/2015. Aprovada em 05/01/2016. 21 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40. 2015. realizes that there must be an effective management of relationships, so that the company and the customer can ensure mutual and sustainable benefits. The aim of the paper turns to the study of strategies / techniques on the Management of Customer Relationships, and specific goals, identify the methods used; verify the effective action in dealing with the client and identify ways of attracting customers more effective. The methodology was structured in field research quantitative and qualitative study of the theme of Relationship Management with the customer, in order to identify the unique view of the agency's clients. In order to obtain accurate results, there was the application of questionnaires to customers and exclusive interviews with the managers of the agency. Keywords: Strategies, Effectiviveness, Satisfaction. 7 INTRODUÇÃO As organizações, durante muito tempo, voltavam-se apenas para a produção e venda de produtos e serviços, não se importando em conquistar e manter seus clientes. Porém, as empresas perceberam que para se diferenciarem de seus concorrentes e permanecerem no mercado, era preciso utilizar-se de estratégias e constituir verdadeiros relacionamentos com seus clientes. Neste contexto, Swift (2001) afirma que se uma empresa puder manter os clientes, de maneira típica, eles serão mais lucrativos a longo prazo. Ou seja, quanto mais antiga for a relação com o cliente, maior será o lucro obtido pela empresa. Diante disso, saber administrar o relacionamento com o cliente permite que a empresa apresente vantagem competitiva e se destaque de seus concorrentes. Assim torna-se mais fácil construir e manter relacionamentos duradouros com os clientes, devido a confiança e segurança transmitida pela organização. O presente trabalho tem como propósito compreender a Gestão do Relacionamento com o cliente na agência Beira Rio do Banco do Brasil, partindo do questionamento quanto a verificar como manter um relacionamento efetivo com os clientes exclusivos da agência em questão. A fim de atender ao questionamento da pesquisa, levantaram-se as seguintes hipóteses: O conhecimento dos clientes leva a empresa a desenvolver mecanismos mais assertivos no relacionamento com os mesmos e os funcionários da agência devem estar preparados para fazer a abordagem adequada a sua base de clientes. RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 22 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. O objetivo da pesquisa volta-se para estudar as estratégias/técnicas utilizadas na Gestão do Relacionamento com os clientes, bem como, identificar os métodos usados, verificar as ações eficientes na abordagem com os clientes e os meios de captação mais eficazes na busca de clientes. O estudo destacou que a utilização de estratégias e técnicas na Gestão do Relacionamento com os clientes permite que o banco efetive seus clientes nas carteiras e sejam tratados de forma exclusiva com respeito e confiança. Para a aplicabilidade da pesquisa, a metodologia utilizada seguiu uma abordagem quanti-qualitativa com ênfase na análise dos dados coletados através das respostas dos sujeitos na qualidade de clientes, na qual somaram um universo de trinta clientes exclusivos e três gerentes da instituição pesquisada. Este caminho investigativo possibilitou identificar a opinião dos clientes exclusivos da agência no que se referiu ao relacionamento destes com a agência. E a posição dos gerentes em relação ao relacionamento do banco com seus clientes. Com isso, foram aplicados questionários contendo sete perguntas aos clientes exclusivos da agência e entrevistas contendo sete perguntas ao gerente geral e dois gerentes de relacionamento, com o intuito de coletar informações pertinentes para a realização do artigo em pauta. O presente artigo estrutura-se em seis partes organizadas da seguinte forma: Introdução, com a apresentação do problema, hipóteses, metodologia e objetivos; O referencial teórico, apresentando os conceitos sobre atendimento nos serviços, com ênfase nas necessidades dos consumidores e satisfação, capacitação do pessoal de atendimento, recrutamento e seleção voltado ao treinamento de funcionários; estratégias de marketing de relacionamento e segmentação do mercado, com desdobramentos ao posicionamento; retenção e captação de clientes à gestão do relacionamento duradouro; A apresentação, discussão e resultados da pesquisa; e por fim, as considerações finais. 1 ATENDIMENTO NOS SERVIÇOS Economicamente o crescimento pelas demandas de serviços no Brasil, é uma realidade. Contudo, Hoffman e Bateson (2003, p. 30) citam que “a maioria das diferenças entre bens e serviços é atribuído principalmente a quatro características únicas dos serviços: intangibilidade, inseparabilidade, perecibilidade e heterogeneidade”. RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 23 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40. 2015. 1.1 ATENDIMENTO COMO UMA DAS PRINCIPAIS MODALIDADES DE SERVIÇOS Referidos direcionamentos, criam expectativas nos demandantes sob toda ordem, principalmente no que diz respeito à qualidade, pois tais condições diferenciam uma empresa da outra. Neste sentido, torna-se como base de análise os direcionamentos de Ângelo (2007), ao afirmar que os serviços de atendimento pessoal vem sendo considerado como uma importante arma para estabelecer reais diferenciais competitivos. Além disso, faz-se necessário ficar atento a alguns atributos que são essenciais para se ter um atendimento diferenciado e eficaz. Conforme Kotler (1999, p.19) “todo atendimento se desdobra em uma lista de atributos: velocidade, cordialidade, conhecimento, solução de problemas e assim por diante”. Esses fatores envolvem percepções diferentes para cada cliente, sob a ótica destes clientes atribuírem pesos e medidas específicas em diferentes momentos e contextos, valorando aquilo que lhes for mais relevante. Com isso, entende-se que é preciso oferecer aos clientes muito mais do que um bom atendimento, satisfazer suas necessidades, torna-se necessário oferecer os produtos e serviços de acordo com o que eles necessitam. Conforme afirma Teboul (2008, p.23) é preciso focar no consumidor e vender uma solução, e não apenas um produto. Isso significa conhecer como o cliente cria valor e proporcionar a ele os produtos e serviços adequados em cada uma das etapas do ciclo de criação de valor do cliente. Portanto é a percepção do cliente, a respeito da qualidade do atendimento, que vai determinar se a empresa será bem-sucedida ou não. A qualidade percebida no atendimento é a diferença entre aquilo que os clientes recebem e aquilo que esperam, sendo que todo cliente tem determinadas expectativas a respeito da qualidade dos produtos, do atendimento e da experiência ao tratar com sua empresa. 1.2 Necessidades de Consumo Geralmente no consumo, as necessidades das pessoas ocorrem num sentido imediato, quem procura algo para aquisição, requer com certa brevidade. O autor Sant’Anna (1995, p. 98) RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 24 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. enfatiza que “o motivo imediato atual da ação humana é o desejo, pois o desejo é a expressão consciente da necessidade”. As necessidades e desejos a serem satisfeitos vão desde a fome e a sede, até amor, status ou, ainda, realização pessoal. Existem casos em que os consumidores se apegam aos produtos como se fosse um caso de amor com a marca. Acontece, também, destes mesmos consumidores modificarem suas decisões de compra dependendo da situação ou do momento em que se encontram. Contudo torna-se necessário que as empresas atendam as exigências dos consumidores oferecendo-lhes o que realmente desejam ou necessitam. É essencial entender essas necessidades. Alguns consumidores têm necessidades que nem mesmo eles estão plenamente conscientes de sua existência ou podem expressá-las. Diante disso Kotler (1998) afirma que uma empresa pode definir seu mercado-alvo, mas falhar em conhecer plenamente as necessidades dos consumidores. Neste contexto, Cobra (1992) afirma que para satisfazer às necessidades dos consumidores, é preciso que os produtos ou serviços ao serem ofertados tenham boa qualidade, que as características atendam aos gostos dos consumidores, com boas opções de modelos e estilos, com nome atraente de marca, acondicionados em embalagens sedutoras, em variados tamanhos de produtos, com serviços e quantias ao usuário que proporcionem adequados retornos financeiros à organização. Ainda sob esta análise, Kotler (1998) afirma que uma empresa que satisfaz a maioria das necessidades de seus consumidores na maior parte do tempo é chamada de empresa de qualidade. Cada empresa precisa da certa importância para a qualidade dos produtos e serviços. E que ao atender com qualidade, acrescentam-se benefícios a esses produtos e serviços, aos quais suprirão as necessidades dos clientes. Portanto, os objetivos mais importantes de um sistema de gestão da qualidade, são a satisfação do cliente e a melhoria contínua desta relação. 1.3 Satisfação Do Cliente Quem procura algo, procura para solucionar suas questões nas relações de consumo. Diante disso, Cobra (1992) afirma que os clientes compram para satisfazer a suas necessidades e RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 25 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40. 2015. essas necessidades serão satisfeitas pelos benefícios do produto e serviço. Portanto, torna-se essencial analisar todos os produtos e serviços antes de serem expostos aos clientes. Contudo, Kotler (1999) analisa que existem muitos bens e serviços comuns que as pessoas aceitam como se apresentam, embora não as satisfaçam completamente. Percebe-se então a necessidade de saber qual a percepção deles em relação aos produtos e serviços ofertados. Se eles têm alguma queixa ou sugestão de melhoria, que cada resposta pode refletir uma oportunidade de mercado. Com isso, Schiffman e Kanuk (2009), enfatiza que a satisfação do cliente é a percepção individual do desempenho do produto ou serviço em relação a suas expectativas. Isso significa que essas expectativas são geradas através de ações de comunicação da empresa, das experiências dos clientes e da atuação da concorrência. O cliente insatisfeito é aquele que percebe um desempenho inferior às expectativas, o satisfeito é aquele em que o desempenho do que foi comprado correspondeu às suas expectativas. No mesmo entendimento, Kotler (1998), destaca que a satisfação é função do desempenho percebido e das expectativas atendidas. Se o desempenho ficar longe das expectativas, o consumidor estará insatisfeito. Se o desempenho atender às expectativas, o consumidor estará satisfeito e se excedê-las estará altamente satisfeito ou encantado. Entendese que a satisfação do consumidor dependerá do desempenho da oferta em relação as suas expectativas, ao adquirir um determinado produto ou serviço. Portanto, se o cliente está satisfeito isso implicará um aumento da probabilidade de recompra dos clientes atuais e de compra de produtos complementares da mesma marca. Com isso, Giangrande (2007) analisa que é a satisfação gerada pelo entendimento da necessidade do cliente e da oferta adequada dos produtos e serviços que estimula este aumento no volume de compras de um mesmo cliente. Logo, percebe-se que estas relações podem sugerir relacionamentos duradouros. 2 PESSOAL DE ATENDIMENTO Para que as empresas sejam assertivas em suas escolhas, faz-se necessário a definição de critérios na hora de contratar colaboradores para fazer parte do seu quadro efetivo. Uma RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 26 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. forma de diferenciar-se de seus concorrentes seria através de pessoas realmente qualificadas. Percebe-se então, sob a análise de Kotler (1998), que uma empresa pode diferenciar sua prestação de serviços contratando funcionários mais hábeis do que os concorrentes para tratar com os consumidores. 2.1 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO Portanto, com os colaboradores aptos para atender os clientes, certamente estes ficariam mais satisfeitos com a empresa e permaneceriam por mais tempo, mantendo um relacionamento efetivo e contínuo. Sob este cenário, Giangrande (2007) afirma que o bom atendimento começa na contratação dos profissionais que mantêm contato direto e/ou indireto com o cliente. É importante que as pessoas contratadas se identifiquem com os valores da cultura de atendimento da organização. Para analisar este contexto, Teboul (2008), afirma que o recrutamento e a seleção de profissionais talentosos representam o fator mais importante e que afeta o resultado, o trabalho em equipe e a qualidade da relação com o cliente. As empresas para terem um diferencial nos seus serviços, recrutam pessoas que tem uma excelente relação interpessoal, saibam trabalhar em equipe e que estejam voltadas para resultados. Tais condições contribuem para que os funcionários saibam fazer sempre a melhor oferta. 2.2 Capacitação de Funcionários Contudo, torna-se imprescindível a capacitação dos colaboradores. Não adianta ter os melhores produtos e serviços, se os colaboradores não estão preparados para atender os clientes da organização e que muitas das vezes não dispõem de informações necessárias para satisfazer as necessidades dos clientes, nem autonomia na tomada de decisões. Conforme a análise de Kotler (1998), não faz sentido a empresa prometer serviço excelente antes de seus funcionários estarem preparados para tal. Com relação ao treinamento do pessoal, Castro e Neves (2005) afirmam que há uma nova postura desse profissional de vendas, com orientação para o desejo e necessidades do cliente, o trabalho ético, a necessidade de adaptação das abordagens de venda aos diferentes RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 27 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40. 2015. segmentos atendidos e uma boa administração de informações sobre os clientes, produtos e a empresa que representa, além do extremo profissionalismo. Nota-se segundo Fitzsimmons (2010), que os investimentos em desenvolvimento de pessoal e treinamento, que resultam em um aumento da qualidade dos serviços, são uma vantagem competitiva difícil de copiar. Empresas que são líderes em seu ramo de atividade são conhecidas, entre os competidores, pela qualidade de seus programas de treinamento. Com isso, Ângelo (2007), destaca que a rotatividade de pessoal, a necessidade de contínuo treinamento e a possibilidade de ter parte dos colaboradores convidada para trabalhar com concorrentes são obstáculos significativos, mas, talvez por isso mesmo, representem barreiras para novos entrantes, o que garante para quem investir nesse diferencial um bom tempo de vantagem. 3 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Para conquistar a confiança dos clientes, os serviços têm que ser precisos e gerar valor para estes. Tal preocupação deve ser feita no primeiro momento que a empresa realiza uma prestação de serviço, tem que passar credibilidade e segurança. Assim, Gracioso (1997) confirma a conceituação clássica de serviço: “É um valor econômico acrescido de valor pessoal”. O serviço é intransferível, tem o seu valor associado a pessoa ou a empresa à qual se destina. 3.1 O MIX DE SERVIÇOS De fato, Schiffman e Kanuk (2009) destaca que, como os serviços são intangíveis, a imagem se torna um fator essencial na diferenciação de um serviço em relação ao dos concorrentes. Se a empresa achar necessário melhorar sua imagem, é preferível que faça antes que os concorrentes percebam que ela está perdendo sua fatia no mercado. Percebe-se então que os serviços permitem a diferenciação, personalização e customização. Sob uma análise de excelência e competividade, na visão de Albrech (1992 apud Giangrande, 2007, p. 72) o serviço, deve garantir o seu posicionamento como forma de concorrência: RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 28 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. Um nível de qualidade de serviço, comparado aos seus concorrentes, que é suficientemente elevado do ponto de vista de seus clientes, para lhe permitir cobrar um preço mais alto pelo serviço oferecido, conquistar uma participação de mercado acima do que seria considerado natural, e/ou obter uma margem de lucro maior do que a de seus concorrentes. Diante disso, percebe-se que o mix de serviços é classificado em categorias. Sob a análise de Kotler e Keller (2006), elas podem fazer parte principal da oferta do produto, como pode ser uma parte secundária. Segue adiante as categorias: Bens tangíveis associados a serviços: a venda do produto é diretamente ligada a um serviço; Híbrida: a proporcionalidade de bens e serviços se equivale; Serviço principal associado a bens ou serviços secundários; e Serviço puro: consiste em ser essencialmente um serviço. Contudo Mckenna (1997, p. 45) afirma que os consumidores pensam sobre os produtos e empresas e faz a comparação com outros produtos e empresas. De fato o que importa é como os possíveis clientes avaliam uma empresa em relação às concorrentes. Assim sendo, percebe-se que no que se referem aos Bancos, os mesmos devem se preocupar em possibilitar soluções para resolver os problemas dos clientes, oferecendo-lhes serviços que realmente serão úteis para eles e não fazer simplesmente com que comprem seus serviços apenas para cumprir as metas que foram estabelecidas. 3.2 Segmentação de Mercado No setor bancário, percebe-se que os clientes são segmentados e divididos em carteiras, onde são atribuídas atenções diferenciadas a cada um, valorizando seu potencial e os incentivando a interagir com a empresa. Nota-se que ao conhecer os clientes é possível desenvolver uma relação contínua e duradoura. Contudo Kotler (1998) enfatiza que os bancos encontraram uma nova ferramenta competitiva quando começaram a segmentar seus mercados e criaram novos produtos destinados a cada segmento-alvo. Neste sentido Mowen e Minor (2003) afirma que a segmentação do mercado é definida como a divisão de um mercado em subconjuntos distintos de clientes com necessidades e vontades semelhantes, cada qual podendo ser alcançada com um mix de marketing diferente. A segmentação permite que a organização utilize um mix de marketing que atenda as necessidades e vontades de subconjuntos homogêneos de clientes. RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 29 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40. 2015. Com isso, Schiffman e Kanuk (2009) ressalta que depois de segmentar o mercado em grupos homogêneos, o profissional de marketing deve selecionar um ou mais segmentos como alvo. Para isso, deve decidir quanto a um determinado composto de marketing – isto é, um determinado produto, preço, canal e/ou apelo promocional para cada segmento distinto. Se essa segmentação for feita de forma criativa é possível proporcionar a empresa uma grande vantagem competitiva. Neste sentido, Gracioso (1997) define a segmentação como um trabalho criativo e que exige sensibilidade na percepção de oportunidades que ainda não foram enxergadas pelos seus concorrentes. Contudo, depois de segmentar, faz-se necessário conhecer o público-alvo, estreitando ainda mais o relacionamento com ele, permitindo não só um entendimento de seus anseios e necessidades, mas também melhorando o desempenho da organização. 3.3 Posicionamento Percebe-se que os bancos com o tempo tiveram a necessidade de se posicionar e distinguir-se dos demais em certos segmentos do mercado. Entende-se conforme Kotler e Keller (2006) que um Banco que queira transmitir a ideia de que seu serviço é rápido e eficiente deve tornar seu posicionamento estratégico tangível em todos os aspectos de contato com o consumidor. Faz-se necessário prestar serviço rápido e eficiente, os clientes não devem esperar tanto tempo na fila e os funcionários devem estar aptos para atender os clientes. Segundo Schiffman e Kanuk (2009) e Cobra (1992) o posicionamento refere-se ao desenvolvimento, na mente do consumidor, de uma imagem distinta para o produto ou serviço, imagem essa que fará a diferença em relação à oferta dos concorrentes e comunicará com exatidão ao público-alvo que aquele produto ou serviço em particular atenderá melhor a suas necessidades que as marcas concorrentes. No entanto Kotler (1999) ressalta que a empresa deve então, posicionar os produtos/serviços da empresa de modo que os clientes - alvos fiquem cientes dos benefícios inerentes a eles. Pois posicionamento é o esforço de implantar o(s) benefício(s) - chave e a diferenciação nas mentes dos clientes. Além dos benefícios-chave, faz-se necessário apresentar aos compradores potenciais, razões pelas quais eles deveriam dar preferência à sua marca. O posicionamento total da marca denomina-se proposta de valor. RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 30 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. Neste sentido, McKenna (2000) define que o posicionamento é uma técnica importante para o desenvolvimento do marketing de relacionamento. Visto que o posicionamento tem seu início com o consumidor. Eles que irão analisar e comparar produtos e empresas com relação aos concorrentes e definir cadeias de hierarquia de valores, desejos e necessidades baseadas em dados empíricos, opiniões, referências obtidas através de propaganda de boca e experiências anteriores com produtos e serviços. Muitas empresas adotam essa estratégia para conquistar posições singulares no mercado, bem como para seus produtos e serviços. Percebe-se que a diferenciação não está mais relacionada ao serviço ou ao setor, mas sim na percepção e desejo dos consumidores. Kotler (1998) enfatiza que o posicionamento vai além da criação de imagem. Em relação aos Bancos esta prática busca cultivar a imagem de um banco grande, agradável ou eficiente na mente do cliente. E possibilita distinguir o Banco de seus concorrentes afim de que seja o preferido em certos segmentos de mercados. 3.4 Retenção e Captação de Clientes Percebe-se a importância da necessidade das organizações interagir com seus clientes e conhecer suas expectativas. Sendo essencial identificar, segmentar e diferenciar, saber quem são os mais rentáveis e os de maior potencial e personalizar produtos e serviços adequados às suas reais necessidades e preferências. Com isso, há uma retenção de clientes altamente satisfeitos. De acordo com Schiffman e Kanuk (2009), essa estratégia de retenção do cliente procura fazer com que seja do interesse do cliente permanecer com a empresa em vez de passar para outra. Em quase todas as situações comerciais, é mais dispendioso conquistar novos clientes do que conservar os já existentes. Contudo, Kotler (1999), destaca que a tarefa primordial de uma empresa tem deixado de ser a de “captar clientes”. Hoje se aplica a ideia fundamental de “retenção” do cliente. Conseguir um cliente novo é entre cinco e sete vezes mais caro do que reter o “antigo”. Descobrir em que a empresa pode beneficiar o cliente é o segredo que lhe permitirá dar um passo adiante da concorrência. De fato, as empresas podem se diferenciar ampliando ou RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 31 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40. 2015. impulsionando continuamente os seus pacotes de valor agregado, isso possibilita a conservação dos clientes por um longo prazo. Neste sentido Teboul (2008), define claramente que o segredo de uma empresa de serviços depende de sua capacidade de desenvolver um relacionamento satisfatório com cada um de seus clientes, e de flexibilizar o composto de serviços. Assim, ela não apenas reterá seus clientes, como também venderá mais serviços a eles. No entanto, temos autoridades do varejo, que de acordo com Giangrande (2007), estão representados por Christian Gronroos e Gerard Virthe, postulando que atrair um cliente através do marketing tradicional custa cinco vezes mais caro do que conservar um cliente através do marketing de relacionamento, e finalizando: “cliente que gera resultado é aquele que volta, tornando-se cativo”. Para Giangrande (2007), o cliente cativado não apenas volta, como também geralmente traz outros clientes consigo ou por sua influência. Portanto, a carteira de clientes identificada e cultivada, sugere a diminuição de custos. 3.5 Gestão do Relacionamento com o Cliente (CRM) Utiliza-se esta estratégia para coletar, armazenar e facilitar cruzamentos dos dados dos clientes. Os dados analisados tornam-se informações que serão usadas como meio de interação com o cliente. Um sistema CRM eficaz, possibilita o conhecimento do cliente e o desenvolvimento de relações duradouras com aqueles mais valiosos. Além de monitorar os relacionamentos do cliente ao longo do tempo. (HOFFMAN; BATESON, 2009). Segundo Kotler (1998), as empresas inteligentes tentam desenvolver confiança e relacionamento “ganha-ganha” a longo prazo com consumidores, distribuidores, revendedores e fornecedores. Realizam isso prometendo e entregando alta qualidade, bons serviços e preços justos as outras partes no decorrer do tempo. Para isso, conforme afirma Hoffman e Bateson (2009), faz-se necessário administrar o relacionamento com o cliente, sendo este um processo de identificar, atrair, diferenciar e conservar os clientes. O CRM permite que a empresa focalize seus esforços nos seus clientes mais lucrativos. Entende-se que é essencial desenvolver estratégias para entender como o cliente pode ser administrado no encontro de serviço. 4 APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 32 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. Os dados aqui apresentados têm como finalidade analisar como está a relação dos clientes exclusivos com a Agência em questão. 4.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Gráfico 01: Tempo que é cliente do Banco do Brasil 10% 10% 10% 70% 1 a 2 anos 2 a 4 anos 4 a 6 anos mais de 6 anos Constatou-se que do total da amostra entrevistada, um número significativo de 70% de clientes responderam ter mais de seis anos de relacionamento com o banco. O gráfico mostra o quanto seus clientes são leais à organização, isso não significa que permanecerão de forma perene neste estado, basta não estarem satisfeitos, para que isso aconteça, segundo as orientações bibliográficas. Gráfico 02: Serviços utilizados pelos clientes RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 33 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40. 2015. 3 % 3 % 3 % 7 % 3% 7% 3% 40 % 27% 4% saques e consulta de saldos e extratos saques, consulta de saldos e extratos, outras operações financeiras saques, consulta de saldos e extratos, pagamentos, tranferências, outras operações financeiras saques, consulta de saldos e extratos, outras operações financeiras saques, consulta de saldos e extratos, pagamentos, transferências consulta de saldos e extratos saques, consulta de saldos e extratos, pagamentos, outras operações pagamentos saques, consulta de saldos e extratos, pagamentos outras operações financeiras . Verificou-se que os clientes preferem ir até a agência para fazer suas operações bancárias, mesmo as que podem ser feitas através dos canais de atendimento. Foi identificado que 40% dos clientes entrevistados realizam todas as operações citadas na pesquisa. Gráfico 03: Satisfação de produtos/serviços do Banco do Brasil sim não 17 % 83 % Percebeu-se que os produtos/serviços do Banco do Brasil satisfaz uma parcela significativa de 83% de clientes. O gráfico mostra com evidência o reconhecimento de valores agregados, incluindo como valor a percepção positiva dos clientes em relação aos produtos e serviços ofertados. RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 34 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. Gráfico 04: Funcionários preparados para o atendimento sim não 7% 93 % . Constatou-se que os funcionários são competentes e qualificados, pois apresentam um nível de preparação satisfatória para atender os clientes, é o que nos mostra o gráfico acima. Apenas uma pequena parcela de 7% de clientes mostrou-se insatisfeitos com o atendimento dos funcionários. Gráfico 05: Classificação do atendimento 0% 17 % 33 % 50 % ruim regular bom ótimo Verificou-se que a agência oferece um atendimento eficiente aos clientes exclusivos, mas precisa detectar onde estão as falhas para que se tenha um atendimento eficaz. Contudo, o resultado foi quase satisfatório, pois a metade, ou seja, 50% disseram que os funcionários da agência oferecem um bom atendimento aos clientes exclusivos. Para mudar essa realidade é preciso que os funcionários contratados se identifiquem com a cultura de atendimento da organização. RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 35 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40. 2015. Gráfico 06: Atendimento Bancário relacionamento agilidade rapidez ambiente agradável outros relacionamento, agilidade, rapidez, ambiente agradável agilidade, rapidez relacionamento, rapidez relacionamento, agilidade rapidez, ambiente agradável agilidade, rapidez, ambiente agradável 3% 3% 10% 3% 3% 40% 17% 7% 14% 0% 0% Identificou-se através da pesquisa que o relacionamento é o mais importante em um atendimento bancário. De acordo com o gráfico, 40% dos entrevistados acreditam que o relacionamento é um fator preponderante na escolha de um banco, pois através deste é possível efetivar os clientes mais potenciais e rentáveis. Gráfico 07: Pretensão de continuar como cliente da Agência Beira Rio do Banco do Brasil sim não 7% 93% RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 36 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. Constatou-se um número significativo de 93% de clientes que pretendem ter um relacionamento duradouro com a agência Beira Rio do Banco do Brasil. Para que se atinja a pequena parcela de 7% de clientes que não pretendem continuar se relacionando com a agência em estudo, tem-se que construir um relacionamento de forma transparente e contínua. 4.2 Entrevista com os Gestores da Agência Beira Rio do Banco do Brasil Na entrevista realizada com os gestores, percebeu-se que a agência Beira Rio do Banco do Brasil busca se relacionar com seus clientes através de vários canais, como por exemplo: internet, telefone e autoatendimento. E que esse relacionamento é comercial e padronizado. Com todas as alternativas que o cliente tem de resolver seus problemas, eles preferem ir até a agência em busca de soluções, o atendimento presencial é o mais procurado. Até mesmo por que a internet é deficiente no estado. Segundo os gestores, a agência em questão procura ter um relacionamento de confiança para atender as expectativas do cliente e assim idealizá-los na carteira. Para isso, utilizam ferramentas estratégicas como: CRM (que possibilita filtrar o perfil dos clientes), Central de Negócios (onde se localizam todas as informações dos clientes necessárias para se fazer negócio) e a Plataforma ( aplicativo de atendimento). Os gestores relataram que há uma grande dificuldade referente a manutenção dos clientes. Uma das principais causas é a falta de funcionários, muitas vezes o cliente não fica tão satisfeito, devido a grande espera na fila para resolver problemas que quase sempre são tão simples, como por exemplo: a entrega de cartões. Isso faz com que a comunicação tenha falha e quase sempre não conseguem atingir esses clientes, nem ter retorno deles em relação a sua satisfação. Outro fator é a concorrência, pois o cliente está mais exigente, não são mais fiéis, buscam alternativas melhores. Através do CRM, os clientes são segmentados e de acordo com seu perfil são divididos em carteiras personalizadas, onde cada carteira tem um gerente de relacionamento específico. E para estimar como está a relação com os clientes, utiliza-se o cliente oculto. Apesar de toda tecnologia que o Banco do Brasil disponibiliza, ainda não conseguiu atingir todas as suas expectativas, devido à complexidade e especificidades do setor, da indústria financeira e a da concorrência. RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 37 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40. 2015. Com isso, estão sempre utilizando ações para satisfazer seus clientes, como os programas de retenção, prospecção, análises de crédito, criação de agências (Estilo, Private, Banco Postal) e visitas na residência, se eles preferirem. Cada agência possibilita um atendimento especializado para determinado tipo de cliente. Os serviços mais procurados são: Empréstimos, pagamentos, abertura de conta, cartão de crédito, limite de crédito e financiamento de veículos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa possibilitou um entendimento mais amplo sobre o relacionamento dos clientes com a agência Beira Rio do Banco do Brasil, e para que a agência obtenha um excelente relacionamento com seus clientes, faz-se necessário conhecê-los, e entender quais as suas necessidades e anseios. Com isso, a utilização de estratégias e técnicas torna-se essencial para atingir esses clientes e consequentemente, obter um relacionamento efetivo por um longo prazo. Baseando-se nos dados alcançados nesta pesquisa, o atendimento ainda é um fator importante na prestação de serviços bancários. E para que a satisfação seja completa, seria interessante a contratação de funcionários para suprir as necessidades tanto da agência em questão quanto dos clientes e que estes devem estar aptos e muito bem preparados para o atendimento. Percebeu-se que o poder de persuasão pode ser um fator decisivo para manter os clientes potenciais para sempre. Essa técnica de comunicação seria um diferencial, já que os outros bancos oferecem os mesmos produtos e serviços. Isso não quer dizer que os funcionários deverão empurrar aos clientes aqueles produtos padrões ofertados por um banco, mas oferecer o que realmente satisfará o cliente, em razão daquilo que ele necessita. Além também de recrutar pessoas certas, para evitar falhas durante o processo, é preciso muito treinamento e capacitação para que elas tenham subsídios necessários para atender as necessidades dos clientes e solucionar seus problemas. Já que existe uma preocupação constante em relação à satisfação do cliente, por ser condição necessária para sobrevivência da organização no mercado. Considerando-se também que cada cliente têm necessidades diferentes, e que é possível identificá-los de acordo com seu perfil. Faz-se necessário a segmentação dos clientes, RAG, Macapá-AP, v.1, n.2, p. 21-40, Ago. /Dez. 2015. http://periodicos.unifap.br/index.php/administracao 38 Robson Tavares, A.C.; Oliveira, C.P.; Leão, M.C.S.; Gestão do Relacionamento com os Clientes: Um Estudo na Agência Beira Rio do Banco do Brasil. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.21-40., 2015. no caso da agência em questão, são divididos em carteiras, onde é dada uma atenção diferenciada a cada segmento-alvo, assim como os produtos são diferenciados. Contudo, o posicionamento é essencial, pois permite a agência em questão a criar na mente do consumidor uma imagem de um banco que valoriza seus clientes e busca mostrar os benefícios inerentes a cada um. A retenção e captação de clientes também é uma estratégia importante, contudo é mais fácil conservar os que já existem, do que captar mais clientes. E a Gestão do Relacionamento com o cliente, que possibilita o desenvolvimento de relações mais duradouras, saber administrar essa relação é primordial para a manutenção de clientes e para ter um diferencial no mercado. Por fim, vislumbro a confirmação das hipóteses referendadas em fatores como: a identificação do perfil dos clientes através de ferramentas estratégicas permite o conhecimento dos mesmos; a percepção dos clientes em relação aos produtos e serviços ofertados e a sua satisfação; os funcionários tem que ser hábeis e preparados para atender os clientes, e se identificar com a cultura de atendimento. REFERÊNCIAS ÂNGELO, C. F. de.; GIANGRANDE, V. Marketing de Relacionamento no Varejo. São Paulo: Saint Paul Editora, 2007. CASTRO, L. T.; NEVES, M. F. Administração de vendas. São Paulo: Atlas, 2005. COBRA, M. Administração de Marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992. FITZSIMMONS, J. A. Administração de serviços: operações, estratégias e tecnologia da informação. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. GRACIOSO, F. Marketing: o sucesso em 5 movimentos. São Paulo: Atlas, 1997. HOFFMAN, K. D.; BATESON, J. E. G. Princípios de marketing de serviços: conceitos, estratégias e casos. – trad. 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