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História
metrópole. A Inglaterra continuou sua ascensão econômica
manufatureira, levando-a a aumentar sua supremacia
comercial marítima; a França dos Bourbons não ficou
incólume, apesar do Congresso não querer prejudicá-lo, pois
Luís XVIII pertence à ideologia do Antigo Regime.
Congresso de Viena
1.
2.
3.
C
A propostas liberais da Revolução Francesa, que tanto
prejudicaram o absolutismo e a sociedade estamental do
Antigo Regime, tinham sido expandidas pelas invasões
napoleônicas por praticamente toda a Europa. Como
consequência, os arcaicos monarcas absolutistas estavam
em frangalhos vendo seus antigos impérios em franca
decadência e seus privilégios sendo destruídos devido à
ascensão dos ideais iluministas burgueses. Entretanto, as
tropas napoleônicas foram destruídas, simbolicamente na
Batalha de Waterloo, e as forças reacionárias do Antigo
Regime, realimentadas pelo Congresso de Viena, buscaram
ressuscitar o absolutismo e o parasitismo nobilárquico com
a restauração e a legitimidade. Dentro dessa conjuntura,
países como Áustria, Rússia, França e Prússia, com o apoio
da Inglaterra e da França de Luís XVIII, criaram a Santa
Aliança para, militarmente, aniquilar os focos liberais, exceto
no Reino Unido. Vale salientar que o conservadorismo do
Congresso de Viena em relação a Portugal e Espanha foi a
tentativa, felizmente frustrada para os latinos americanos,
de recolonização.
4.
Independência da América
Espanhola
B
A primeira gravura intitulada La Liberté guidant le peuple foi
criada por Eugène Delacroix no intuito de divulgar os ideais
radicais da Revolução Francesa numa clara ligação com os
anseios populares na busca da destruição do parasitismo e
autoritarismo dos reis absolutistas, destruindo os privilégios
nobiliárquicos como a servidão numa forte ligação com as
propostas revolucionárias do terceiro estado, seja o popular
jacobino ou o burguês girondino. É importante ressaltar
que Eugène Delacroix pintou A liberdade guiando o povo
no século XIX para confirmar os ideais revolucionários
liberais na década de 30, pois, nesse momento, já se sentia
a contrarrevolução do Congresso de Viena sendo tratada
na segunda gravura que foi pintada por Jean-Baptiste
Isabey, nesse quadro se percebe a reunião elitista da antiga
nobreza e suas dinastias absolutistas no intuito de resgatar
o antigo regime por intermédio da legitimidade, restauração
e equilíbrio do poder na Europa conservadora.
E
Com a derrota das forças revolucionárias bonapartinas,
oriundas da liberal Revolução Francesa, as antigas casas
absolutistas da Europa se mobilizaram no Congresso de
Viena para resgatar seus arcaicos privilégios e poderes
estatais. Dentro dessa realidade, os monarcas absolutistas
decidiriam algumas divergências numa espécie de votação,
onde cada voto representaria um reino, por isso, Dom João VI,
orientado pela sua aliada Inglaterra, criou o Reino Unido
Brasil, Portugal e Algarves, tendo então D. João maior poder
de negociação política. Outro aspecto relevante da criação
do Reino Unido é que Portugal estava arruinado, pois tinha
sido invadido por Napoleão no processo inicial que criou
o Bloqueio Continental e D. João não desejava retornar a
Lisboa, sendo assim, poderia continuar no Rio de Janeiro
desde que o Brasil deixasse de ser legalmente colônia para
ser um reino, ou seja, um espaço geográfico que possuísse
um status superior e não uma simples colônia subalterna à
ensino médio
D
O objetivo do Congresso de Viena era destruir os anseios
liberais iluministas do terceiro estado, principalmente da
burguesia e do nascente radicalismo trabalhista do socialismo
utópico no século XIX, dentro dessa realidade, buscou
anular o poder bonapartino e resgatar as antigas coroas
absolutistas por intermédio dos princípios da legitimidade e
da restauração. Outro aspecto interessante é o de que deveria
haver uma busca em igualar os poderes dos principais Estados
europeus como Áustria, Prússia, Rússia, França (bourbons) e
Inglaterra, para não mais haver supremacia de um sobre os
outros, promovendo outra leva de guerras.
1
1.
D
O Paraguai é um país que no Período Colonial ficou isolado
e distante da influência colonial mercantilista de Madri,
tendo, na prática, maior ligação e vassalagem com as missões
jesuíticas. Consequentemente, a Espanha não buscou
interferir, explorar ou controlar o território paraguaio, então
foi, no século XIX, “natural” o processo de emancipação
ocorrer sem conflitos militares, mantendo o isolacionismo
internacional com o governo de Francia que se tornou
um ditador. É importante ressaltar que esse isolacionismo
também, foi um instrumento para evitar ataques argentinos
que queriam incorporar o Paraguai a Buenos Aires.
2.
E
A independência do México foi marcante porque, sob a
orientação do padre Hidalgo e de Morelos, a proposta
revolucionária não defendia os privilégios da aristocracia
“criolla”, por isso as classes mais empobrecidas se
aproximaram dessas lideranças, contudo esse programa
radical foi marginalizado politicamente e o México ficou
sob o domínio da oligarquia “criolla”, que pode ser
simbolizada pelo conservador “rei” Itúrbide. A ideologia
da independência mexicana dirigida pelos “criollos” uniu o
liberalismo iluminista europeu com a defesa da mercantilista
e atrasada plantation, por isso a necessidade da aristocracia
latifundiária em isolar e enfraquecer os ideais de Hidalgo e
Morelos, o que realmente ocorreu com o passar dos anos.
3.
C
O processo de independência do México teve seu início
marcado por forte apelo popular, propondo reforma agrária
e igualdade entre a população mexicana, seja a da elite ou
a dos pobres pueblos, mas a aristocracia latifundiária tomou
para si as rédeas do poder e manteve a perniciosa plantation
que tanto explorava os camponeses e os índios. Contudo,
em 1910, irrompeu uma revolução liderada por Zapata e
Pancho Villa que, com o acordo de Ayalla, voltou a resgatar
os interesses radicais do “pueblo” como a reforma agrária.
O mural mostra os mártires, como Zapata, mortos com o
fim da revolução e a manutenção das oligarquias no poder,
contudo, a própria obra demonstra que os ideais populares
e radicais um dia voltaram ao seio do povo numa nova
revolução como a agricultura que em toda colheita ressurge.
2º ano
4.
4.
C
A independência norte-americana foi a pioneira e se ligou
ao iluminismo liberal implantando uma república liberal,
mas mantendo a escravidão negra para que o sul não se
distanciasse do manufatureiro norte. A independência
haitiana foi a segunda a ocorrer nas américas, sendo radical
ao incentivar a abolição e levando esse país a inúmeros
confrontos com a França napoleônica. Cuba teve a ajuda
militar norte-americana no processo emancipatório contra a
Espanha, contudo, ficou dominada pelos Estados Unidos com
o Big Stick e a emenda Platt. As lideranças da independência
argentina influíram na emancipação do Chile e não
participaram das guerras do norte da América do Sul, nem
tampouco da mexicana. A independência brasileira foi aceita
por Portugal, após inúmeras batalhas, como na Bahia, como
também depois da negociação organizada pela Inglaterra,
onde Portugal reconhecia D. Pedro I como monarca do Brasil,
acabando com o Reino Unido.
O Liberalismo e os Socialismos
Introdução à História Africana
1.
C
O texto mostra que a África negra não aceitou o imperialismo
europeu, nesse caso específico o da Inglaterra vitoriana
neocolonialista, que já tinha dominado o subcontinente
indiano. O imperialismo europeu conseguiu dominar os povos
africanos após inúmeras vitórias em campanhas militares
com armamento moderno devido à tecnologia da Segunda
Revolução Industrial, bem como das divisões tribais existentes
entre as etnias negras.
2.
B
Quando o poder imperialista europeu penetrou em solo
africano em busca de mercado consumidor para suas
indústrias, usou vários artifícios para conseguir explorar as
etnias negras e não somente as forças militares. Uma das
ferramentas ideológicas mais utilizadas foi a do darwinismo
social, que divulgava o falso discurso de que a “raça”
superior era a branca europeia, por ter tido a “inteligência”
em criar novas tecnologias industriais, consequentemente,
os outros povos estavam fadados à extinção natural. O
discurso europeu continuava a afirmar que, por questões de
“caridade”, a Europa criaria o “fardo do homem branco”,
onde os europeus se deslocariam para a África para ensiná-la
a ser civilizada e não sucumbir a seu suposto atraso cultural.
Quando os africanos percebiam que esse discurso era nocivo
e não aceitavam o domínio imperialista branco, a Europa
passava a manusear sua formidável máquina de guerra e
invadia os territórios africanos.
3.
E
O continente africano foi palco do processo de exploração
imperialista e a sua delimitação geográfica sofreu a imposição
do domínio dos países europeus, conforme a Conferência de
Berlim, em 1884-5. Tal divisão expressou-se nos mais diversos
níveis, conforme a classificação étnica dos povos de cada
região e também de acordo com os interesses de absorção
da matéria-prima a ser extraída. Nesse sentido, as áreas de
maior concentração de pobreza acham-se circunscritas ao
ambiente do extrativismo vegetal, ou seja, a agricultura
relativa à África Subsaariana.
ensino médio
C
A questão se refere a uma forte característica de vastas
áreas da África que não foi bem estudada e manuseada
pelos africanos e contribuiu para que seus territórios fossem
invadidos e explorados pela Europa imperialista do século
XIX, bem como, atualmente, prejudica o crescimento
econômico e político. A característica tratada é a existência
de inúmeras tribos, essa realidade não é bem tratada pelos
próprios africanos, levando a uma divisão interna nos países,
provocando guerras civis pelo controle do Estado não por
propostas ou programas partidários que poderiam solucionar
os problemas próprios de regiões do terceiro mundo, mas
pela simples posse de líderes tribais patriarcais que colocam
seus valores étnicos acima do bem comum. Esses atritos
enfraquecem as forças africanas favorecendo os grupos de
exploração internos e internacionais, contribuindo, inclusive,
para a propagação do racismo e da segregação da África do
contexto internacional.
2
1.
D
O positivismo foi a filosofia da burguesia que amadureceu
o capitalismo no século XIX, adaptando-o às grandes
instituições monopolistas industriais-financeiras próprias
da Segunda Revolução industrial. A burguesia tinha criado
inúmeros avanços tecnológicos e acredita que o homem
intelectual e elitista possuía a verdade por intermédio de
seus conhecimentos baseados no método científico. Por
isso, os grupos ligados ao misticismo, ao antigo regime e à
esquerda socialista ou anarquista deveriam ser perseguidos
em nome do progresso humano. Essa filosofia deu suporte
à expansão da Europa durante o imperialismo. O liberalismo
seria mais utilizado no século XVIII, onde ainda não existiam
as grandes empresas monopolistas, ou seja, o positivismo é
uma espécie de amadurecimento do liberalismo.
2.
B
A exploração capitalista que penalizava o nascente proletariado
no início do século XIX passou a ser veementemente criticado
pelos próprios operários, contudo, a classe trabalhadora não
tinha meios de conhecer o funcionamento do capitalismo e
iniciou suas revoltas quebrando as máquinas acreditando
que os burgueses voltariam a implantar o trabalho artesão,
gerando novos empregos. O luddismo gerou enorme impacto
na sociedade inglesa, contudo, a industrialização se manteve
inexorável. Já o cartismo foi o movimento operário mais
amadurecido em relação ao luddismo, onde os sindicatos
operários forçariam o parlamento a conceder voto universal,
o objetivo do proletariado britânico foi o de criar o partido
trabalhista, acreditando que a participação operária no
Congresso acabaria com as mazelas do capitalismo.
3.
E
Com o aumento da exploração proletária promovida pela
burguesia através de longas jornadas de trabalho, salários
pequenos e aviltantes, inexistência de aposentadoria ou
férias remuneradas, inúmeros intelectuais se agruparam
no espectro da esquerda e passaram a criar teorias que
destruíssem o capitalismo idealizando uma nova sociedade
baseada na igualdade e no respeito humano chamada
de socialismo. Os primeiros grupos foram chamados de
socialistas utópicos, porque defendiam ideias distantes da
realidade humana, ou seja, que eram inviáveis de serem
2º ano
concretizadas e nesse universo temos Owen e Fourier. Já
Proudhon estruturou suas concepções anarquistas num
cuidadoso estudo científico sobre a sociedade, mas não se
tornou socialista por não aceitar a existência de propriedades
e nem de Estado, mesmo sendo proletário como o defendido
por Karl Marx e Engels. Esses dois últimos são os principais
representantes do socialismo ao utilizar o materialismo
histórico e dialético num processo científico estruturado nos
estudos econômico, histórico e sociológico, dentre outros
da sociedade e da ciência humana. Vale salientar que o
socialismo seria um período de transição entre o capitalismo
e o comunismo, segundo a teoria marxista.
4.
3.
E
A questão trata dos avanços de países imperialistas e
de atritos entre eles mesmos pelo domínio de mercados
consumidores e de fontes de matéria-prima. Na guerra
russo-japonesa, o Japão nascido da revolução meiji venceu
as tropas russas penetrando no nordeste do continente
asiático, principalmente na Manchúria, região rica em
minérios, já a derrota russa levou ao enfraquecimento do
czar criando condições para que a população pobre criasse
os soviets, elaborando uma revolução que antecedeu, em
1905, a socialista. Os Estados Unidos se aliaram a grupos
latino-americanos, com a doutrina Monroe, para expulsar o
Pacto Colonial espanhol da América Central e das Antilhas,
no intuito de implantar seu próprio imperialismo, como
pode ser observado por intermédio do big stick e da emenda
Platt, dentro desse processo de expansão após a vitória
sobre a Espanha, os USA navegaram no pacífico e passaram
a interferir nas Filipinas, já que estas também tinham sido
colônia da Espanha. Em relação à crise marroquina, França
e Alemanha se tornaram adversárias pelo controle dessa
parte do norte da África destruindo uma efêmera aliança
anterior, inclusive com a Inglaterra. A revolta dos Boxers
foi uma revolta nacionalista chinesa, logo após a revolta do
ópio, no intuito de expulsar o imperialismo britânico, para
tanto, os chineses buscaram destruir qualquer instrumento
de articulação imperialista inglês.
4.
A
A Revolução Meiji foi essencial para o avanço da
industrialização do Japão ao destruir a base feudal da sua
sociedade com a aniquilação da aristocracia própria do
shogunato e de seus colaboradores, como os samurais.
O shogunato foi um sistema ruralizante onde a economia
baseava-se na agricultura de subsistência, no extremo apego
às tradições numa espécie de xenofobia e com fortalecimento
das oligarquias regionais. Essa estrutura não permitia que
o Japão penetrasse no mundo da industrialização, como
consequência, grupos que buscavam a modernização
ligaram-se ao imperador (meiji) e, através do uso de
armamentos e táticas ocidentais, destruíram os shoguns
e samurais centralizando o poder político e incentivando
a industrialização com o óbvio crescimento educacional
destruindo os resquícios do feudalismo.
C
A Segunda Revolução Industrial iniciou-se na segunda metade
do século XIX e caracterizou-se pelo aumento da exploração
proletária com a introdução do monopólio industrial-financeiro.
A foto mostra uma linha de montagem que se caracteriza pelo
crescimento da produção, já que o trabalhador vai se adequar
a apenar um tipo de trabalho que, somado ao dos outros
operários, compõe todo o processo industrial.
Consequentemente, o proletariado fica alienado do entendimento
do modelo produtivo, favorecendo a ideologia e exploração
capitalista.
A Europa no Século XIX e o
Imperialismo no Século XIX
1.
B
O imperialismo europeu do século XIX penetrou na economia
africana e asiática, se apropriando de suas riquezas, contudo,
a burguesia positivista buscou camuflar essa exploração
por intermédio de ideologias como o darwinismo social e o
fardo do homem branco onde se criam supostas verdades
biológicas, obviamente equivocadas, de que a “raça” branca
europeia era superior à negra e à africana e a “bondade”
do homem branco o levaria a penetrar nesses primitivos
continentes para levá-los ao estágio da civilização. Como
essas ideologias são falácias e deturpações da realidade, o
que se viu foram as invasões neocoloniais que destruíram
inúmeras sociedades, promovendo, inclusive, genocídios.
2.
E
O imperialismo europeu aniquilou a economia africana
ao utilizar esse continente como mercado consumidor de
sua superprodução industrial, que tinha que ser escoada
para gerar lucro ao capitalismo monopolista industrialfinanceiro, próprio da Segunda revolução fabril. A entrada
neocolonialista exploratória dos europeus era, inicialmente,
baseada num discurso de que sua chegada seria positiva para
as comunidades nativas, já que os brancos iriam repassar seus
avanços tecnológicos para aprimorar a população africana
num gesto de bondade. Esses discursos ideológicos que
mascaravam a exploração eram chamados de darwinismo
social e de missão do homem branco, que davam a entender
que os negros eram inferiores aos positivistas europeus. O
cristianismo foi outra ferramenta de exploração, já que os
missionários brancos tentavam, também, aculturar os povos
nativos ligando a imagem de Cristo ao estereótipo branco e
à passividade, levando a África a “aceitar” o imperialismo.
Conforme algumas comunidades não concordassem com
essas ideologias, a Europa implantava invasões militares
massacrantes, que levavam ao extermínio imenso contingente
populacional de negros.
ensino médio
Os Estados Unidos no Século XIX
3
1.
D
A Guerra da Secessão foi um processo militar ímpar para
a história norte-americana porque as forças ianques, que
representavam a efervescente burguesia liberal e industrial do
norte, derrotaram o poder dos confederados, que desejavam
a expansão da mercantilista e obsoleta plantation para os
territórios do oeste. Com a vitória do norte, a escravidão
negra foi extinta e a conquista do oeste foi, posteriormente,
efetivada, massacrando as tribos indígenas em gigantescos
genocídios. O assassinato do presidente Abraham Lincoln
ocorreu após a sua vitória na guerra civil.
2.
C
Na Guerra da Secessão, no século XIX, duas estruturas se
confrontaram no intuito do vitorioso impor seu caráter ao
país, é importante salientar que a independência norteamericana levou o país, no século XVIII, a se separar da
Inglaterra, mas manteve as gritantes diferenças entre o norte
2º ano
pertenciam à Rússia czarista. O império turco, por ter se
aliado à Alemanha, passou a ser sumariamente perseguido
e, paulatinamente, perdeu territórios no Oriente Médio,
fragmentando-se.
e o sul. O norte era capitalista, fabril e liberal, mas incentivador
do protecionismo econômico; Já o sul era mercantilista,
aristocrata e defensor da plantation que dificultava o avanço
social e econômico, mantendo a escravidão negra, além de
propagar o livre cambismo. Enquanto o sul propunha uma
forte descentralização política, por isso eram chamados de
confederados, entre os estados para que pudesse manter sua
arcaica estrutura, o norte defendia uma maior centralização
na busca por maior mercado consumidor.
3.
4.
B
Ainda no século XIX, os Estados Unidos possuíam dois
sistemas de funcionamento, o norte era dinâmico incentivador
do liberalismo burguês e da industrialização fundamentada
no trabalho livre e assalariado, enquanto que o sul tinha
sua estrutura enraizada no plantation com a escravidão
negra. Esse trabalho compulsório prejudicava o avanço do
capitalismo industrial, pois os escravos, por não receberem
salário, não pertenciam ao quadro de mercado consumidor,
limitando o lucro do norte. A Guerra da Secessão acabou com
a escravidão e impulsionou a economia. Contudo, o racismo
se manteve vivo e muitos sulistas criaram a Ku Klux Klã (KKK)
onde as pessoas que não estavam inseridas no considerado
homem ideal deveriam ser perseguidos ou mortos, sendo o
homem ideal o descendente da etnia anglo-saxônica branca
e de fé cristã protestante, por isso muitos fundamentalistas
religiosos defenderam a segregação de negros, judeus e
católicos.
A
No século XIX, os Estados Unidos já estavam amadurecidos
economicamente e militarmente para buscar mercado
consumidor para suas indústrias, consequentemente
passaram a apoiar a independência das colônias espanholas
na América Central e Antilhas com a doutrina Monroe
(“A América para os americanos”), para que com o vácuo do
poder espanhol com a independência, os Estados penetrariam
em suas terras utilizando a força militar com o big stick e
a jurídica com a emenda Platt, no caso específico de Cuba.
Em relação ao Iraque, a invasão norte-americana no governo
de George W. Bush foi uma afronta militar à soberania de
Bagdá, por isso não pode ser ligada à doutrina Monroe, mas
sim ao big stick.
As Crises Imperialistas e a Primeira
Guerra Mundial
1.
A
Com o término da Primeira Guerra Mundial, constatouse que a Alemanha (II Reich) e o império Àustro-Húngaro
tinham sido derrotados e a Rússia bolchevique tinha
deixado de ser capitalista para, pioneiramente, se tornar
socialista. Diante dessa constatação, as nações poderosas
como França e Inglaterra, sob certa discordância norteamericana do presidente Wilson defensor de uma “paz sem
vencido e nem vencedores”, criaram o Tratado de Versalhes
desestruturando a Alemanha que ficou desarmada, cedeu o
território de Alsácia-Lorena, pagou gigantescas indenizações,
desmembrou seu território através do corredor polonês
etc. Em relação à Rússia leninista, os países capitalistas se
uniram em busca de isolar e aniquilar o socialismo soviético,
para tanto, incentivaram independências de regiões como
os países bálticos, Lituânia, Estônia e Letônia, que outrora
ensino médio
4
2.
E
O Tratado de Versalhes foi uma obra das forças vencedoras
(Entente) da Primeira Guerra Mundial, notadamente Paris,
devido ao revanchismo francês. Esse tratado tinha o objetivo
de destruir o império alemão do II Reich, que foi extinto,
por isso se caracterizou em anular propostas de se conciliar
com Berlim, que deixou de ser capital ao perder esse posto,
por exigência da França para a incipiente e republicana
Weimar, dentro desse contexto, as altas indenizações paga
pelos alemães arruinaram sua economia, disseminando a
hiperinflação e a recessão, já o desarmamento quebrou
qualquer política de reerguimento de resgate moral dos
junkers e a Alemanha além de devolver o território de
Alsácia-Lorena para a França, viu o seu próprio dividido
pelo corredor polonês simbolizado pela cidade de Dantzig.
A divisão que cedia a administração para ingleses, franceses,
americanos e soviéticos ocorreu na Segunda Guerra Mundial
e não na primeira. Já a Liga das Nações foi criada após
a I grande guerra, com o objetivo de evitar a segunda,
mostrando fracasso no seu intento.
3.
D
O mapa e o enunciado deixam claro que o momento
estudado é o posterior à Primeira Guerra Mundial, onde
inúmeras etnias se tornaram soberanas, porque os países da
entente, vencedores do conflito, buscaram enfraquecer os
perdedores como a Alemanha e o império Áustro-Húngaro
diminuindo seus territórios, por isso os povos húngaro,
tcheco unido ao eslovaco e o polonês, tiveram apoio na sua
luta pela independência. Em relação à Rússia, conforme o
grupo marxista-leninista implantou o socialismo na revolução
bolchevique em 1917, os países capitalistas para isolarem o
governo marxista financiaram a guerra civil entre brancos e
vermelhos e, também, apoiaram a independência dos países
bálticos como a Estônia, Letônia e Lituânia.
4.
D
A causa econômica principal da Primeira Guerra Mundial foi a
concorrência imperialistas entre os grandes países capitalistas por
mercado consumidor e de fontes de matéria-prima na África e
na Ásia. Dois grupos militares imperialistas nasceram: A Entente
formada pela Inglaterra, França e sua aliada Rússia czarista e a
Tríplice Aliança, formada pela Alemanha, Itália e Império ÁustroHúngaro, é importante ressaltar que a Itália, durante a guerra,
abandonou a Alemanha e se aproximou da Inglaterra. Com
a derrota da Tríplice Aliança, os países vencedores passaram
a perseguir a Alemanha e o Império Áustro-Húngaro com o
Tratado de Versalhes, como consequência, a Alemanha perdeu
o status de “II Reich”, tornando-se uma República com a capital
sendo a pequena Weimar. Os Estados Unidos entraram no
conflito em 1917, quando a Rússia criou a revolução marxistaleninista e se tornou socialista, saindo dessa guerra capitalista
imperialista com o tratado de brest-litovsky, enfraquecendo a
Entente. Para fortalecer sua aliada econômica Inglaterra, os
Estados Unidos entraram na guerra tendo papel destacado
na derrota alemã no final da guerra de trincheiras. A Liga
das Nações foi criada para evitar a Segunda Guerra Mundial
buscando resolver as pendengas internacionais por intermédio
de ações diplomáticas, o que se mostrou infrutífero.
2º ano
República Velha I (1889-1930) –
A Crise da República (1889-1894);
República Velha (1889-1930) – O Sistema Econômico
1.
2.
empréstimo, seguido de uma moratória negociada. Para
cumprir os termos do acordo, o governo teve de tomar
medidas como a retirada de moeda de circulação e aumento
dos impostos (selos), que provocou um quadro de recessão
e desemprego.
República Velha II: Estrutura Social
e Política; Análise Geral dos
Governos
B
Para sanar a questão do reduzido meio circulante, o governo
de Deodoro da Fonseca desenvolveu uma política emissionista
que autorizava a produção de papel moeda por parte de
alguns bancos. Esse fato nos remete a tentativa do ministro
Rui Barbosa de estimular a atividade industrial a partir da
facilitação do crédito, mas que acabou resultando em uma
grave crise, na qual, a especulação no mercado de ações
gerou um grande número de falências e um quadro agudo
de desemprego. Historicamente esse momento é conhecido
como a crise do “Encilhamento”.
C
Uma das grandes frustrações referentes ao novo regime
republicano iniciado em 1889 e institucionalizado em 1891
com a Nova Constituição, se refere ao voto. Embora as
eleições ocorressem de forma direta, a expressão universal
presente no texto da Constituição é incoerente, podendo
causar até dúvida aos candidatos, já que a grande maioria
da população estava excluída, como era o caso das mulheres,
padres, soldados e mendigos, além dos analfabetos. Na
prática, apenas os homens maiores de 21 anos e alfabetizados
podiam votar. Outro detalhe é o voto aberto ou descoberto,
que facilitava sobremaneira a manipulação dos grupos
oligárquicos mediante a concessão de favores ou pela coação
física e moral.
3.
A
Logo no início da República, por iniciativa do ministro Rui
Barbosa, foi autorizado uma emissão monetária a fim de se
estimular a atividade industrial no Brasil. Porém, tal iniciativa
foi seguida de uma forte onda especulativa que provocou
falências e desemprego. Esse processo é historicamente
conhecido como a crise do Encilhamento. Mais adiante, na
gestão Campos Sales, foi feita uma reforma financeira a
partir da renegociação da dívida externa (Funding Loan),
através de medidas de controle e redução da oferta de
crédito, que embora tenha gerado deflação, foi responsável
também pela recessão econômica. Nesse contexto, também
ocorreu uma elevação dos impostos (selos) para financiar
a realidade econômica do país. Outro fato que merece
destaque nas questões econômicas da República Velha foi
a constante política de defesa do café, que, pelo aumento
da produção sem correspondência de mercado consumidor,
provocou acentuada queda nos preços do produto. Os
estados de SP, RJ e MG então firmaram um pacto conhecido
como Convênio de Taubaté, que tinha por finalidade valorizar
artificialmente o preço do produto mediante intervenção
do Estado na economia. Para tanto, realizou-se um novo
empréstimo destinado, em grande parte, a compra e
estocagem do excedente cafeeiro.
4.
A
No governo de Campo Sales foi realizado um acordo
conhecido como Funding Loan. Na prática era um conjunto
de medidas que envolviam a renegociação da dívida externa
brasileira junto aos banqueiros ingleses. Foi feito um novo
ensino médio
5
1.
A
Entre os movimentos sociais da Primeira República, sobressaiu-se no
espaço urbano a Revolta da Vacina em 1904, contextualizada
a partir do projeto urbanístico conduzido pelo prefeito do
Rio de Janeiro, Pereira Passos e que seguia a prioridade
estabelecida pelo presidente Rodrigues Alves que instituía
como meta prioritária sanear e urbanizar o Rio de Janeiro.
A decisão de retirar a população do centro para a periferia,
somado à obrigatoriedade da vacinação contra a varíola,
pelos pelotões sanitários, gerou forte reação popular em
que logo o governo procurou indicar tais reações como um
empecilho ao desenvolvimento do país, classificando seus
integrantes de ignorantes. Vale lembrar que a reação popular
não se tratava da “ignorância” do povo, mas principalmente
pelo uso de métodos violentos e arbitrários, que discriminava
especialmente a população mais pobre do Rio de Janeiro.
2.
A
A questão aborda alguns dos principais conflitos ocorridos
na República Velha. Ainda que se manifestem de formas
diferentes, em maior ou menor escala, são resultados do
quadro de concentração fundiária, exclusão social e opressão
política. No campo, podemos destacar a ação de movimentos
conhecidos historicamente como messiânicos, que buscavam
na religiosidade e na formação de comunidades autogestoras
a solução para a situação de miséria a que eram submetidos.
Neste movimento destacamos a atuação de lideranças
carismáticas, como é o caso de Antônio Conselheiro em
Canudos. Essas comunidades representavam uma ameaça
constante ao poder do Estado pelas críticas que faziam ao
modelo republicano e a questão dos impostos, aos coronéis
que perdiam mão de obra barata e temiam pela perda de
suas terras ante ao crescimento dessas comunidades e até
da Igreja, que via nessas lideranças uma espécie de poder
paralelo ao seu. A repressão sobre esses movimentos, a
despeito do equívoco inicial de as terem subestimado,
foi violenta e, para tanto, as autoridades procuravam
classificá-los como sendo um antro de fanáticos e
monarquistas, a fim de legitimar a repressão. Vale lembrar
que a população pobre não foi beneficiada no contexto do
saneamento e urbanização do Rio de Janeiro, nem tampouco
houve clamor popular pela vacinação obrigatória contra a
varíola, sendo justamente o contrário.
Nisso, não podemos atribuir culpa ao povo alegando
ignorância, já que, não houve campanha de esclarecimento
sobre a importância do projeto de vacinação, além da mesma
ter sido realizado de forma violenta. Por fim, embora tenham
obtido o fim dos castigos corporais na Revolta da Chibata,
a anistia prometida pelo presidente aos revoltosos não foi
concedida. Os cangaceiros, pela sua ação, despertavam tanto
o temor quanto admiração por, de alguma forma, representar
uma reação ao modelo oligárquico e poder dos coronéis.
2º ano
3.
C
A vitória de Hermes da Fonseca na eleição em 1910, ao
derrotar seu oponente Rui Barbosa, representou a primeira
eleição verdadeiramente competitiva da República Velha.
De fato, a política dos governadores não produziu naquele
momento para o vitorioso o mesmo resultado que beneficiou
seus antecessores. Na prática, Hermes percebeu que não
podia contar com o apoio deliberado e inquestionável
dos estados e, por essa razão, ao assumir, promoveu uma
política de intervenção nas regiões que lhe negaram apoio,
ou que seus interesses foram contrariados. Essa política ficou
conhecida como a Política das Salvações.
4.
C
Os textos se referem à Política do Café com Leite, expressão
comumente utilizada para designar o domínio político
nacional das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais
durante a Primeira República (1889-1930). Este domínio era
favorecido pela riqueza gerada nos dois estados em virtude
da exportação de café – que dominava a pauta brasileira.
Vale salientar que São Paulo e Minas Gerais eram também os
maiores produtores de leite, possuindo ainda o maior número
de eleitores do Brasil. A leitura atenta dos textos nos permite
concluir que houve momentos de crise nesta aliança, que
não esteve marcada somente por harmonia e estabilidade.
Um exemplo de dissidência ocorreu no processo eleitoral de
1930, quando o presidente paulista Washington Luís indicou
outro político do PRP – Júlio Prestes – à sua sucessão, ao invés
de um filiado ao PRM.
ensino médio
6
2º ano
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