Sistemas Cerâmicos Metal Free - IES Pos

Propaganda
SISTEMAS CERÂMICOS METAL FREE
Alexandre Carvalho Pedrosa1
Orientador: Professor Francisco Girundi2
RESUMO
Os sistemas de cerâmicas atuais puras têm tido grande avanço tecnológico, permitindo o seu
uso cada vez maior em coroas unitárias e pontes fixas até 3 elementos. Com relação às
cerâmicas puras, nada se compara à sua excelência estética, por isso é a preferida pelos
pacientes até mesmo pelos profissionais. Este artigo faz uma revisão das cerâmicas
contemporâneas, principalmente das cerâmicas injetadas e das cerâmicas para máquina
(CAD/CAM). O aumento da resistência dessas cerâmicas e a adaptação marginal dentro de
padrões aceitáveis proporcionam segurança ao profissional para indicar a sua utilização.
PALAVRAS CHAVES: Metal Free. Cerâmicas puras. Restaurações estéticas.
ABSTRACT
The current pure ceramic systems have been great technological advances, allowing its
growing use in crowns and fixed bridges to three elements. With respect to pure ceramic,
nothing compares to its aesthetic excellence, so often is preferred by patients even by
professionals, but, considering its limitations in relation to occlusal forces and technical
sensitivities. The lack of correct information and lack of technical rigor in the use of current
ceramic systems are certainly the greatest obstacles to its clinical success.
KEY-WORDS: Metal Free. Pure ceramics. Esthetic Restorations.
1
2
Títulação
Titulação
1 INTRODUÇÃO
As palavras cerâmica e porcelana são usadas indistintamente em odontologia. O termo
cerâmica é originado da palavra grega keramos que significa matéria-prima queimada, (1) já o
termo porcelana designa um tipo de cerâmica branca e translúcida, mais fina, preparada
essencialmente com o caulim, podendo ser ou não vitrificada.
O interesse no uso da cerâmica como material restaurador odontológico tem tido a
atenção de cirurgiões-dentistas por mais de dois séculos. Apesar da dureza e fragilidade
intrínseca deste material, sua insuperável estética e biocompatibilidade têm promovido
estímulos para superar suas limitações. Flutuações na popularidade das restaurações de
cerâmicas tem sido influenciadas através de décadas pelo desenvolvimento em outros
campos. Como exemplo pode-se citar a introdução do cimento de silicato, da resina acrílica,
da técnica do condicionamento ácido, materiais de impressão elastoméricos. Igualmente o
desenvolvimento de fornos de porcelana e da queima a vácuo tem determinado maior
influência sobre produto final. Contudo, os dentistas, ainda, têm permanecido temerosos
quanto à longevidade estrutural das cerâmicas, do potencial abrasivo e da adaptação das
restaurações cerâmicas. Estes conceitos têm influenciado o desenvolvimento e incentivado a
introdução de novos materiais cerâmicos e sistemas de processamento laboratorial como
tentativa para superação destes problemas. (2)
Novos avanços tecnológicos têm sido introduzidos através das décadas. Hoje, temos
meios e sistemas que nos proporcionam um trabalho duradouro e melhor estética, fatores,
dentre outros, que serão discutidos ao longo do trabalho. São novos sistemas como: cerâmicas
convencionais (pó/liquido); cerâmicas fundidas; cerâmicas para máquinas; cerâmicas
prensadas; cerâmicas infiltradas; sistema CAD/CAM. Neste trabalho, objetivou-se revisar
literatura sobre os aspetos que envolvem a ciência e a arte das cerâmicas odontológicas atuais
mais modernas, principalmente as que se mostram mais promissoras como as injetadas e o
sistema CAD/CAM. Estes incluem a evolução histórica, a composição, as propriedades
mecânicas e físicas, como também as novas tecnologias utilizadas para confeccionar os
trabalhos cerâmicos.
2 REVISÃO DE LITERATURA
A primeira referência do uso da porcelana como material odontológico, data de 1774,
quando o farmacêutico e químico francês, Alexis Duchateou, tornou-se infeliz com o odor,
gosto e descoloração dos dentes de sua dentadura (dentes de marfim de hipopótamo). Sendo
assim, ele se dispôs a pesquisar um material que apresentasse características estéticas e ainda
pudesse ser resistente ao manchamento e abrasão. Ao observar os utensílios utilizados
diariamente em seu laboratório, notou que aqueles feitos de porcelana, para manipular
produtos químicos pareciam resistir à descoloração e abrasão. (3)
Em 1839, John Murphy, em Londres, introduziu uma técnica de folheado de platina.
Entretanto, Dr. Charles H. Land de Detroit foi o pioneiro em seu campo, a prótese fixa, e em
1889 obteve a primeira patente para fabricação de coroas de jaqueta de porcelana com
folheado de platina. Além disso, desenvolveu o forno a gás para a queima da
porcelana. Desde que o Dr. Charles Land, dentista do Michigan, produziu a primeira jaqueta
em 1903, alguns importantes avanços ocorreram na cerâmica dental até 1965 quando McLean
introduziu a coroa de porcelana aluminizada.
(4)
Nesta técnica, um núcleo de porcelana
aluminizada foi aplicada e queimada sobre um substrato, folheado de platina. Camadas de
porcelana tradicionais foram então aplicadas e queimadas até completar a coroa. Após a
complementação do processo, folheado foi removido da coroa. (5)
A existência de defeitos na forma de microtrincas e microporosidades são
responsáveis pela fratura das cerâmicos, mesmo em baixos níveis de tensões.
(6)
Para
aumentar a resistência das cerâmicas era necessária a utilização de uma infra estrutura de
metal, atualmente, os profissionais têm procurado reduzir o emprego das subestruturas
metálicas nas restaurações, inclusive das restaurações sobre implantes, para obter uma estética
melhor. Surgiram, assim, as cerâmicas reforçadas, que se caracterizam basicamente por
acrescentar uma maior quantidade da fase cristalina em relação à cerâmica feldspática
convencional. Diversos cristais têm sido empregados, como a alumina, a leucita, o dissilicato
de lítio e a zircônia os quais atuam como bloqueadores da propagação de fendas quando a
cerâmica é submetida a tensões de tração, aumentando a resistência do material. (7) (8)
Nossa revisão de literatura concentra-se em algumas das cerâmicas injetadas e
cerâmicas para máquinas, mais modernas:
2.1 Cerâmicas injetadas
O IPS Empress é um tipo de porcelana feldspática fornecida em lingotes. Os lingotes
são aquecidos e pressionados sobre o molde para obter a restauração. A técnica consiste no
enceramento de uma coroa que é incluída e colocada em um molde especializado que tem um
injetor de alumina. O lingote de cerâmica é colocado sob o injetor, e então a montagem é
aquecida a 1150ºC e o injetor pressiona a cerâmica fundida para dentro do molde. A
prensagem pelo calor depende da aplicação de pressão externa para sinterizar e conformar a
cerâmica em alta temperatura, o que auxilia na prevenção de poros grandes, promovendo uma
boa dispersão da fase cristalina dentro da matriz vítrea. (7) A cor final da coroa é ajustada pela
pintura ou aplicando-se uma fina camada de cerâmica feldspática convencional. Nesta técnica,
a face vestibular do padrão de cera é reduzida cerca de 0,3 mm em sua superfície externa.
Após a obtenção da coroa, a porcelana feldspática é adicionada à superfície para se obter o
desejado contorno e cor da coroa. (9)
O procedimento de injeção do material dura mais de 45 minutos sob alta temperatura
para produzir a subestrutura cerâmica. Com a injeção da cerâmica líquida sob pressão para
dentro do molde reduz-se o problema de contração de queima da porcelana feldspática
convencional (sistema pó/líquido). Desta forma ocorre apenas uma pequena mudança
dimensional que pode ser controlada pelo revestimento que poderá oferecer uma adequada
expansão do molde. (10)
O sistema IPS Empress (97 a 180MPa) é baseado na tradicional técnica da cera
perdida, sendo sua fase cristalina obtida a partir de um vidro por meio do processo de
cristalização controlada, também conhecido como ceramização. Consiste, basicamente, em
uma cerâmica feldspática reforçada por cristais de leucita, prevenindo a propagação de
microfraturas que poderiam se expandir pela matriz vítrea. O sistema permite a realização de
restaurações através da técnica de pintura, sendo indicada para inlays, onlays, facetas e coroas
unitárias anteriores e posteriores, sendo contra-indicada para confecção de próteses parciais
fixas Os sistemas que contêm o dissilicato de lítio como a fase cristalina, apresentam como
vantagens superiores,
resistências flexural e à fratura, a qual estende o seu leque de
aplicações11. Esse sistema cerâmico apresenta-se nas formas do IPS Empress 2 e do OPC 3G
All Ceramic System. (11)
O IPS Empress 2 (300 a 400MPa) foi desenvolvido objetivando o uso de um sistema
cerâmico aquecido e prensado para confecção de próteses parciais fixas. Além das diferenças
de composição química, existem diferenças consideráveis entre as microestruturas e as
propriedades do IPS Empress. O IPS Empress 2 possui 60% em volume de cristais de
disilicato de lítio, o que proporciona um material com maior resistência flexural após o
procedimento de prensagem e aumenta a tenacidade do material. Está indicado para coroas
em geral As porcelanas feldspáticas reforçadas com leucita, juntamente àquelas a base de
dissilicato de lítio, são igualmente classificadas em vidros ceramizados prensados. (12)
Pesquisa in vitro comparou quatro porcelanas feldspáticas reforçadas por leucita com
uma porcelana feldspática de baixa fusão e uma cerâmica contendo dissilicato de lítio,
avaliando a resistência flexural sobre cargas estática e cíclica; assim como resistência à fratura
sobre carga estática. A cerâmica contendo dissilicato de lítio obteve uma resistência flexural e
à fratura significantemente maior, sendo a primeira de 205Mpa. (13)
O Optec OPC (Optec Pressable Ceramic) é também uma composição de vidro
feldspático com carga de cristais de leucita. Este sistema pode ser usado para contorno
completo de restaurações inlays, facetas e coroas totais. Alternativamente, ela pode ser usada
como material de núcleo. O tamanho de partículas de leucita cristalina tem sido reduzido e o
conteúdo de leucita aumentado, resultando em uma melhor resistência flexural da Optec.
Devido ao seu alto conteúdo de leucita pode ser esperado que esta porcelana seja mais
abrasiva ao esmalte do dente antagonista. Suas vantagens são a ausência de subestrutura
metálica ou opaca, boa translucidez, moderada resistência à flexão. As desvantagens são que
o material exige equipamento especial para o processamento (forno de prensar e de
evaporação), entretanto a cerâmica Optec HSP pode ser processada sem equipamento especial
já que é apresentada também no sistema pó/líquido, mas a adaptação das restaurações é
prejudicada. (14)
O sistema IPS e.Max, tem se apresentado como uma excelente alternativa, devido à
possibilidade de reproduzir a naturalidade da estrutura dentária. Este sistema cerâmico
apresenta quatro materiais altamente estéticos e resistentes para as duas tecnologias
atualmente disponíveis: injeção e CAD/CAM. Constitui-se em um sistema versátil que vai das
cerâmicas de vidro com base de disilicato de lítio injetado ou fresado, respectivamente e.Max
Press e e.Max CAD, até o óxido de zircônia injetado ou fresado, e.Max ZirPress e e.Max
ZirCAD5. Estas possibilidades de uso do IPS e.Max tornam o sistema totalmente flexível para
os protéticos, além de permitirem que os quatro materiais de estruturas diferentes que
constituem o sistema IPS e.Max possam ser estratificados com a mesma cerâmica de
recobrimento. A cerâmica de recobrimento consiste em uma cerâmica de baixa fusão, à base
de apatita e nanopartículas, que garantem o biomimetismo com a estrutura dentária. (15)
O IPS e.max é altamente preciso, pela técnica de prensagem de pastilhas que se
encontram em diferentes níveis de opacidade para mascarar núcleos metálicos e também para
técnicas de confecção de facetas e lentes de contato com pastilhas HT de alta translucidez.
Tem sua indicação em facetas, lentes de contato, coroas de dentes posteriores, pontes fixas
anteriores e posteriores até pré molar, prótese sobre implantes. (16)
2.2 Sistema CAD/CAM
Os lingotes de cerâmicas usados para produzir as restaurações CAD/CAM (desenho
assistido por computador/ fabricação assistida por computador) não requerem processos de
altas temperaturas. Eles são colocados em uma máquina a qual produz o desejado contorno da
restauração, auxiliada que é por um programa de computador. O desgaste do lingote é
realizado por discos diamantados ou outros brocas até as dimensões obtidas da imagem
escaneada do preparo. A superfície externa é desgastada manualmente, embora alguns
sistemas CAD/CAM recentes sejam capazes de produzir a anatomia da superfície externa
também.
No sistema CAD/CAM o computador irá converter as informações digitalizadas
obtidas pelo “scanner” em pontos tridimensionais. Estes pontos reproduzirão com alta
fidelidade os contornos do preparo dentário na tela do computador. Após o processamento
destes dados, é possível, por meio de um programa (software) específico, trabalhar sobre este
preparo definindo suas margens, estabelecendo espessura uniforme da infra estrutura
protética, tipo de colar cervical e espessura do espaço interno para o agente cimentante, e,
outros detalhes. Uma linha de comunicação via modem permite que o scanner possa ficar
separado do local de produção, a qualquer distância.
(17)
Os sistemas CAD/CAM funcionam
basicamente em três passos: digitalização do preparo dentário, desenho da restauração e
produção da restauração. (18)
A Nobel Biocare lançou recentemente no mercado odontológico o sistema
PROCERA®, que adota o conceito de desenho e manufatura auxiliados por computador
(tecnologia CAD/CAM) para fabricar coroas totalmente cerâmicas compostas de uma infraestrutura em óxido de alumínio puro, densamente sinterizado, combinado com uma porcelana
especial para recobrimento. O funcionamento de sistema baseia-se na leitura, via “scanner”,
de um troquel e na transferência dos dados obtidos ao computador que comanda a manufatura
de um núcleo de alumina densamente sinterizada para receber, posteriormente, a aplicação de
porcelana matizada, constituindo assim a coroa protética.
O primeiro sistema CAD/CAM usado em odontologia foi o Cerec. Esse requer ao
dentista cobrir o dente preparado com uma fina camada de pó para luz reflectante, o qual
facilita a subseqüentemente captura da imagem do preparo com uma câmera de mão.
Seguindo-se a essa etapa, o dentista deve identificar as margens do preparo e bordas
anatômicas em um monitor de computador que fará a produção da restauração. A restauração
é usinada a partir de blocos de cerâmica, através da usinagem controlada por uma máquina em
poucos minutos, sendo o procedimento de fresagem desse sistema através de uma ponta
diamantada e um disco de desgaste (Cerec 2) ou duas pontas diamantadas em uma unidade
modular (Cerec 3). É indicado para inlays, onlays e facetas. (8) (19)
O sistema Celay (Mikroma Technologies) não é um sistema CAD/CAM, Baseado em
um dispositivo mecânico tendo como cópia para a restauração cerâmica uma réplica da
restauração em resina composta que é confeccionada diretamente na boca do paciente ou no
modelo de gesso.
(20)
A medida que o instrumento de cópia passa sobre o padrão, uma
máquina de torneamento duplica estes movimentos e torneia uma cópia do padrão em um
bloco de material cerâmico. Segundo o fabricante, o material cerâmico utilizado
originalmente pelo sistema é uma porcelana feldspática de granulação fina a qual produz um
reduzido desgaste no esmalte do dente antagonista. (9)
É possível, atualmente, com a utilização desta técnica, tornear casquete de porcelana,
In-Ceram e In-Ceram Spinell bem como subestruturas de In-Ceram para próteses parciais
fixas.
(4)
Posteriormente os padrões obtidos são infiltrados com vidro de sódio-lantânico de
modo similar ao utilizado para as subestruturas convencionais de In-Ceram para coroas ou
pontes. Entretanto, aqui há uma grande vantagem no tempo necessário para a infiltração, já
que apenas alguns minutos são gastos para realizá-la comparada às quatro horas necessárias
para o processo laboratorial In-Ceram convencional. Este tipo de restauração, foi julgado um
sucesso clínico nos quesitos resistência a fratura, desgaste, aparência e integridade
marginal.(21)
Todos estes sistemas parecem ter adequada resistência e estabilidade para unidades
simples, coroa, inlays e facetas, que são unidas a dente. Eles também podem ser
caracterizados com pintura após a escultura e ajuste de face oclusal.
(22)
A precisão da
adaptação de restaurações obtidas pelo sistema CAD/CAM é relativamente pobre com
discrepâncias marginais típicas em média de 110 m ou mais, gaps nas adaptações protéticas
entre 50 e 100 µm têm sido aceitável. (4) Já o sistema Celay apresenta uma adaptação marginal
melhor que o sistema Cerec, sendo considerada clinicamente aceitável. Embora, excluída para
pacientes com um moderado a alto risco de cárie, a maior discrepância não é considerada
como sendo um problema clínico se a técnica de cimentação adesiva é usada. (22)
O sistema Lava 3M ESPE, é o mais novo investimento dos novos laboratórios de
prótese, onde um sistema de scanner e fresa torna possível entregar os trabalhos com mais
rapidez já que todas as etapas são realizadas dentro do próprio laboratório. O sistema Lava,
trabalha em harmonia. Da digitalização do modelo com o Lava scaner, ao desenvolvimento
virtual com o Lava software, e a usinagem com a zircôncia Lava. Neste contexto, a utilização
de componentes protéticos de zircônia na odontologia e em especial na implantodontia tornase um campo de amplo interesse dos profissionais. A zircônia quando submetida ao
carregamento transforma a sua fase estrutural passando de tetragonal para monoclínica. A
transformação de fase é acompanhada por uma expansão volumétrica de 3 a 6%, a qual gera
um campo de tensão compressivo na trinca, dificultando a propagação e crescimento
dessas.(23)
As diferenças na adaptação marginal entre Procera, Lava e In-Ceram YZ foram
analisadas. O sistema cerâmico Lava apresentou discrepâncias na adaptação marginal entre
66-71 mm; desadaptações marginais para o In- Ceram YZ foram 40-48 mm, o procera Bridge
Zirconia apresentou as menores discrepâncias entre 9 - 12 mm. Os três sistemas zircônia
analisados demonstraram diferenças notáveis com relação à adaptação marginal ao grupo de
metal e cerâmica antes e após a cimentação. Confirmando que a técnica CAD / CAM propicia
mais precisão do que a técnica convencional da cerâmica / metal, evitando os erros inerentes
ao processo de fundição. As diferenças na adaptação marginal entre Procera, Lava, e InCeram YZ poderia ser explicada pelos sistemas diferentes de digitalização utilizados: um
scanner laser para Lava e In-Ceram YZ, em contraste com um scanner mecânico Procera. (24)
Resultados revelaram significativas diferenças na adaptação após cimentação das coras
confeccionadas em cerâmica com metal, não havendo alteração após cimentação para
trabalhos em zircônia. Isso poderia ser explicado pela precisão da Tecnologia CAD / CAM.
Dentro das limitações deste estudo, concluiu-se que os valores de adaptação marginal
observada estavam todos dentro intervalo clínico aceitável (120 ym), e a discrepância
marginal das restaurações de zircônia foram significativamente menores que os do grupo
metal / cerâmica. A cimentação não aumentou significativamente a discrepância marginal
vertical. O Jornal de prótese dentária
(24)
das bactérias orais, que podem causar cáries
secundárias e / ou traumáticas gengival irritation.
Um estudo avaliou e comparou a adaptação marginal de restaurações, confeccionadas
em dois tipos de sistemas cerâmicos: CEREC inLab (VITA) e IPS Empress 2 (Ivoclar-
Vivadent) , apos a cimentação com cimento resinoso RelyX (3M). Foram preparados 20 prémolares humanos com cavidade MOD inlay, reproduzidos com silicone de adição, e obtidos
modelos em gesso tipo IV, sobre os quais foram confeccionadas as restaurações conforme as
recomendações dos fabricantes. Dez inlays no sistema IPS Empress 2 e dez inlays no sistema
CEREC inLab. As desadaptações marginais foram avaliadas em microscopia. Uma diferença
estatisticamente significante entre as desadaptações marginais no sistema IPS Empress
(93,8±15,5µm) que se mostraram menores que no sistema CEREC inLab (114,4±10,6µm).
Quando se comparou os valores médios entre as faces Proximais (116,51+/-21,85µm) e
Oclusal (112,26±8,49µm) do sistema Cerec InLab, e faces Proximais (87,12±27,98µm) e
Oclusal (100,47±22,23µm) do sistema IPS Empress 2, verifica-se que esses valores não
diferem estatisticamente. Ainda assim, conclui-se que as medias obtidas são aceitáveis
clinicamente. (AU). (25)
Avaliação da desadaptação marginal em 45 restaurados foi realizada em três sistemas
CAD/CAM: 15 restaurados do sistema Everest, 15, do sistema Procera, e 15 do sistema Lava.
As desadaptações foram avaliadas, em diferentes fases de processamento, por meio de
microscópio com uma ampliação de x50. Os valores médios para o sistema Everest foram:
63,37, os valores médios para o sistema de Lava foram: 46,30, os valores médios para o
sistema Procera foram: 61,08. Os três sistemas CAD / CAM a base de óxido de zircônia,
demonstraram um ajuste aceitável, no entanto, o sistema Lava produziu medições
estatisticamente menores que o Everest e do que o sistema Procera. (26)
A adaptação marginal foi analisada também nos dois sistemas CAD/CAM: Procera
Bridge Zirconia (Nobel Biocare) and Lava AllCeramic System (3M ESPE). Próteses fixas de
três elementos foram confeccionadas e a adaptação lingual e vestibular avaliada por meio de
microscopia com magnificação da imagem de 1000x. Nenhuma diferença significativa foi
observada entre os dois sistemas e entre as diferentes superfícies. O sistema procera
apresentou resultados melhores (26+- 19 microns). A precisão de adaptação desses sistemas
de processamento da zircônia ficou dentro de índices clinicamente aceitáveis. (27)
Em outro trabalho, a adaptação marginal e estética de três sistemas de processamento
CAD/CAM foi analisada para próteses parciais fixas de três elementos. Vinte e quatro
restaurados de cerâmica pura foram confeccionados e divididos em três grupos de tamanho
iguais. Oito estruturas foram fabricadas usando CAD/CAM Digident, oito estruturas usando o
sistema Cerec Inlab. Blocos de Zircônia Inceram Vita foram utilizados como manufatura para
esses dois grupos. Para o terceiro grupo os blocos utilizados foram de Zircônia estabilizada
por ítrio usadas no sistema Lava. Sessenta e três próteses parciais de três elementos
metalocerâmicas serviram como grupo controle. As análises foram feitas com microscópio. A
média das desadaptações marginais foi de 75 microns para o digident; 65 microns para o lava
e Cerec inlab e 54 microns para as metalocerâmicas. Diferença significativa somente para o
sistema digident, apesar disso os três sistemas de cerâmica pura analisados apresentaram
resultados clinicamente aceitáveis quanto à adaptação. (28)
Uma análise da desadaptação de vinte e quatro próteses parciais fixas em zircônia
(oito DCS, oito Procera e oito Vita YZ-Cerec) foi realizada. As medidas das desadaptações
foram feitas em três momentos: antes da cimentação, após cimentação com cimento de
ionômero de vidro e após ciclos mastigatórios. O grupo Vita YZ Cerec apresentaram
desadaptações menores que os grupos DCS e Procera, mas as desadaptações em todas as fases
não apresentaram diferença significativa entre todos os sistemas. (29)
Outro estudo comparou a precisão de adaptação de blocos de zircônia semi-sinterizada
fabricadas por dois sistemas CAD/CAM diferentes. Próteses parciais fixas de três elementos
foram confeccionadas com o Lava e o Procera. A análise da adaptação foi realizada por meio
de microscopia óptica. A media das desadaptações foram 15 (+/-7) para o Lava e 9 (+/- 5)
para o procera. A adaptação de ambos sistemas estudados é clinicamente satisfatória. (30)
3 DISCUSSÃO
Como estética consiste na ciência de copiar ou harmonizar o trabalho com a natureza,
um tratamento restaurador não deve ficar restrito apenas à devolução da forma e função dos
elementos dentários, mas também na capacidade de restabelecer um novo sorriso que se
adapte ao estilo de vida do paciente e realce as características estéticas do mesmo. As
cerâmicas puras conseguiam restabelecer a estética, mas não apresentavam resistência
suficiente para serem indicadas com segurança pelos profissionais. Atualmente todos os
sistemas de porcelana pura parecem ter uma adequada resistência para unidades simples.
Apesar da resistência à fratura de muitas coroas de cerâmica pura ser significativamente
menor que a de coroas metalocerâmicas, a habilidade para se unir à estrutura do dente pode
ser considerada um adicional mecanismo de resistência para inabilitar a fratura da
restauração.(31)
IPS Empresas e Optec Pressable Ceramic são cerâmicas reforçadas com leucita prensada a
quente. Elas são reforçadas pela dispersão de cristais de leucita através de sua estrutura
interna. Optec HSP também é reforçada através de dispersão interna de cristais de leucita, ela
é fabricada usando a técnica da porcelana convencional (Pó/liquido).
(32)
Com relação ás
técnicas de fabricação, com a exceção do Optec HPS, Duceram LFC e as restaurações
metalocerâmicas, todos os outros exigem equipamento e técnica especializada. Isto pode ser
considerado uma desvantagem devido ao custo adicional para o técnico. (33)
Para a técnica de injeção, estão disponíveis pastilhas como: IPS e.Max Press, uma
cerâmica de dissilicato de lítio, e IPS e.Max Zir-Press, uma cerâmica estética de vidro para ser
sobreinjetada em estruturas de óxidos de zircônia, de forma eficaz e rápida. A cerâmica de
cobertura IPS e.Max Ceram é uma cerâmica à base de nanofluorapatita, destinada a
estratificar todos os tipos de estruturas do Sistema IPS e.Max, independentemente de ser
dissilicato de lítio ou óxido de zircônio, injetável ou CAD/CAM. Além da versatilidade do
sistema, apresenta-se também com excelente resultado estético, garantindo à restauração de
cerâmica propriedades ópticas, como translucidez e fluorescência, semelhantes às da estrutura
dentária.
A composição da cerâmica (presença de cargas) e a composição de sua microestrutura
podem afetar a capacidade de desgaste aos dentes antagonistas.
(34, 35)
Pode-se esperar que
todos os materiais que contém leucita provoquem desgastes no dente natural antagonista. Os
materiais com grande aumento no conteúdo de leucita (IPS Empress, Optec HSP e Optec
OPC) podem causar um grande desgaste clínico. E.max Press geralmente causam mais
desgate aos dentes antagonistas do que o IPSempress.
(34)
Um restaurado em ouro não
desgastará o esmalte do dente hígido antagonista, quando a opção for por restaurados
cerâmicos o Finesse e o All-Ceram causarão menor desgaste do que o IPS-empress.
(36)
As
cerâmicas de óxido utilizadas nos sistemas CAD/CAM como a alumina e as cerâmicas de
zircônia provocam menor desgaste aos antagonistas apresentando resultados clinicamente
superiores às cerâmicas com carga. (37)
A adaptação marginal é importante para o sucesso a longo prazo das restaurações.
Dados da adaptação marginal fornecida pelo sistema CAD/CAM no processamento de blocos
cerâmicos são necessários. Com relação à adaptação marginal valores menores que 120µm
são clinicamente aceitáveis evitando a infiltração marginal. Foi evidenciado recentemente que
o sistema IPS e.Max Press apresenta valores de adaptação marginal inferiores a 120µm, sendo
considerados totalmente aceitáveis quando associado à cimentação adesiva9. Há trabalhos que
relatam uma média de discrepâncias marginais entre 60,5 µm e 74 µm para uma cerâmica de
óxido de zircônia.
(38)
Investigações in vivo da discrepância marginal de vidros cerâmicos de
dissilicato de lítio apresentaram média de desadaptação antes da cimentação de 96 microns
para coroas, mas após a cimentação adesiva a desadaptação aumentou para 130 microns. Os
autores concluíram que os cimentos adesivos causam diferença significativa na adaptação
marginal.
(39).
O Grupo VITA YZ-Cerec apresenta significativamente menor desadaptações
marginais que o grupo Procera após a cimentação (P<0,05). A adaptação marginal de próteses
dentárias fixas de zircônia é influenciada pela técnica de fabricação. (40)
Todos os estudos atuais com as cerâmicas puras comteporâneas relatam uma
adaptação aceitável. Essa revisão de literatura mostra variações maiores dos valores
encontrados nos estudos antes de 2003 em relação à adaptação marginal. Trabalhos mais
recentes, após 2003, apresentam resultados mais satisfatórios, provavelmente devido à
melhora na produção dessas cerâmicas. Não há relato na literatura atual de discrepâncias
maiores que os valores clinicamente aceitáveis. (24) (25) (34) (36) (37) (38) (39)
Uma adequada cimentação adesiva torna-se fundamental. O desenvolvimento dos
sistemas adesivos e dos cimentos resinosos, aliado ao desenvolvimento dos sistemas
cerâmicos, permitiu uma adequada união da cerâmica à estrutura dentária e, desta maneira,
aumentou a longevidade e a performance clínica para este tipo de restauração. A
compensação para discrepâncias ou “gap” podem ser feitas usando cimento resinoso, no caso
de restaurações de cerâmica pura O sucesso de um trabalho cerâmico, deve-se ao fato de uma
perfeita união, adesão, da cerâmica ao seu substrato, independente das suas variações de
tensões.
(41) (42)
cimentação.
Trabalhos recentes não confirmam relatos de aumento da desadaptação após a
(39) (29)
As cerâmicas de máquina já fornecem um espaçamento ideal ao cimento
evitando essas alterações. A cimentação não aumenta significativamente a discrepância
marginal vertical. O Jornal de prótese dentária (24) das bactérias orais, que podem causar cáries
secundárias e / ou traumáticas gengival irritation.
Diante da grande tendência de utilização das restaurações indiretas metal free, tornase de fundamental importância ter o conhecimento que o sucesso do tratamento restaurador
indireto, com estes novos sistemas cerâmicos, deve ser avaliado do ponto de vista do
restabelecimento estético e funcional, do conforto e da fonética. Dessa forma, apresentando à
Estética em Odontologia um eterno compromisso entre biologia e função.
4 CONCLUSÃO
Os sistemas atuais das cerâmicas puras melhoraram a resistência, pela incorporação de
outros matérias em sua fase cristalina como os vidros ou pela composição do óxido como os
de alumina Al2O3 e principalmente os de zircônia ZrO. A tecnologia de fabricação dessas
cerâmicas atuais também evoluiu promovendo uma adaptação marginal aceitável. A utilização
das cerâmicas atuais é segura e deve ser utilizada, quando bem indicada, pelo profissional.
REFERÊNCIAS
(1) Rosenblum, 1997
(2) Hart DA, Powers WH. Flexural strength and modulus of opalescent porcelain. J Dent Res,
1994; 73:235.
(3) Kiyan,2002
(4) Anusavice KJ. Materiais dentários. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
311p.
(5) Schenkel LB. Metalocerâmica aos sistemas totalmente cerâmicos: razões da evolução e
indicações. In: Congresso Paulista de Técnicos em Prótese Dentária, 6. Atualização em
prótese dentária: procedimento clínico e laboratorial. São Paulo: Santos, 1999. p. 99-114.
(6) Callister WD. Ciência e engenharia dos materiais. Porto Alegre: LTC, 2005.
(7) Conceição EM, Sphor A. M. Fundamentos dos sistemas cerâmicos. Porto Alegre: Artmed,
2005.
(8) Veloso GE. Título. 2008. Tese (Doutorado) - Universidade Fernando Pessoa, Faculdade
de Ciências da Saúde, Porto.
(9) Nishioka RS et al. Prótese adesiva sem metal com sistema IPS Empress 2. Rev Assoc Paul
Cir Dent, 2002; 56(4):277-279.
(10) Bona AD. Cerâmicas : desenvolvimento e tecnologia. Rev Fac Odontol Univ Passo
Fundo, 1996; 1(1):13-23.
(11) Bottino MA, Quintas AF, Miyashita E, Giannini V. Estética em reabilitação oral: metal
free. São Paulo: Artes Médicas, 2002.
(12) Denry IL. Cerâmicas. In: Craig RG, Powers JM. Materiais dentários restauradores. São
Paulo: Santos, 2004. p. 551-574.
(13) Drummond JL, King TJ, Bapna MS, Koperski RD. Mechanical property evaluation of
pressable restorative ceramics. Dent Materials, 2000; 16: 226-233.
(14) Borges GA, Spohr AM, Correr SL, Consani S, Sinhoreti MA. História e atualidade das
cerâmicas odontológicas. Rev ABO Nac, 2001; 9(2):112-117.
(15) Referência 1
(16) Referência 2
(17) Francischone CE, Vasconcelos LW. Sistema Procera: nova tecnologia em estética. São
Paulo: Quintessence, 2000. 54p.
(18) Conceição EM et al. Restaurações estéticas: compósitos,cerâmicas e implantes. São
Paulo: Artmed, 2007.
(19) Krejci I, Luts F, Reimer M. Wear of CAD/CAM ceramic inlays: restorations, opposing
cusps and luting cementes. Quint. Int, 1994; 25:199-207.
(20) Touati et al. 2000
(21) Chain MC et al. Restaurações cerâmicas estéticas e próteses livres de metal: as novas
alternativas possibilitadas pelas novas porcelanas. Rev Gaúcha Odontol, 2000; 48(2):6770.
(22) Castro JCM et al. Facetas laminadas em porcelana: uma opção estética para o clínico
geral. Rev. Fac. Odontol. Lins, 2000; 12(1/2):24-28.
(23) Referência 3
(24) Gonzalo E, Suárez MJ, Serrano B, Lozano JF. A comparison of the narginal vertical
discrepancies of zirconium and metal ceramic posterior fixed dental prostheses before
and after cementation. J Prosthet Dent, 2009; 102(6):378-84.
(25) Carvalho CF. Avaliação da adaptação marginal de restaurações cerâmicas inlay após
cimentação. s.l: s.n, s.d. 102 p.
(26) Vigolo P, Fonzi F. An in vitro evaluation of fit of zirconium-oxide-based ceramic fourunit fixed partial dentures, generated with three different CAD/CAM systems, before and
after porcelain firing cycles and after glaze cycles. J Prosthodont, 2008; 17(8):621-6.
(27) Gonzalo E, Suárez MJ, Serrano B, Lozano JF. Marginal fit of Zirconia posterior fixed
partial dentures.Int J Prosthodont, 2008; 21(5):398-9.
(28) Reich S, Wichmann M, Nkenke E, Proeschel P. Clinical fit of all-ceramic three-unit
fixed partial dentures, generated with three different CAD/CAM systems. Eur J Oral Sci,
2005; 113(2):174-9.
(29) Att W, Komine F, Gerds T, Strub JR. Marginal adaptation of three different zirconium
dioxide three-unit fixed dental prostheses. J Prosthet Dent, 2009; 101(4):239-47.
(30) Beuer F, Naumann M, Gernet W, Sorensen JA. Precision of fit: zirconia three-unit fixed
dental prostheses. Clin Oral Investig, 2009; 13(3):343-9.
(31) Denry IL, Rosenstiel SF. Flexural strength and fracture toughness of Dicor glass-ceramic
after embedment modification. J. Dent Res, 1993; 72:572-576.
(32) Gunn S, Powers JM. Strength of ceramic brackets in shear and torsion (abstract), J. Dent
Res, 1990; 69:313.
(33) O’Brien WJ, Kay KS, Boenke KM. Sources of color variantion on firing porcelain, Dent
Mater, 1991; 7:170-173.
(34) Heintze SD, Cavalleri A, Forjanic M, Zellweger G, Rousson V. Wear of ceramic and
antagonist--a systematic evaluation of influencing factors in vitro. Dent Mater, 2008;
24(4):433-49.
(36) Elmaria A, Goldstein G, Vijayaraghavan T, Legeros RZ, Hittelman EL. An evaluation of
wear when enamel is opposed by various ceramic materials and gold. J Prosthet Dent,
2006; 96(5):345-53.
(37) Ghazal M, Albashaireh ZS, Kern M. Wear resistance of nanofilled composite resin and
feldspathic ceramic artificial teeth. J Prosthet Dent, 2008; 100(6):441-8.
(38) Tinschert J, Natt G, Mautsch W, Spiekermann H, Anusavice KJ. Marginal fit of aluminaand zirconia-based fixed partial dentures produced by a CAD/CAM system. Oper Dent,
2001; 26(4):367-74.
(39) Wolfart S, Wegner SM, Al-Halabi A, Kern M. Clinical evaluation of marginal fit of a
new experimental all-ceramic system before and after cementation. Int J Prosthodont,
2003; 16(6):587-92.
(40) Autor. Título. J Odontol Dent, 2009; 101:239-247
(41) Holmes JR et al. Marginal fit of castable ceramic crowns. J Prosthet Dent, 1992;
67(5):594-599.
(42) Ricci WA, Jorge JH, Fonseca RG. Adaptação marginal em coroas metalocerâmicas. Rev
Gaucha Odontol, 2003; 51(1):7-10.
Download