prova delíngua portuguesa

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UFPB – PRG – COPERVE
PSTV 2011.2
Duração da Prova: 2 horas
PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Para responder às questões de 1 a 10, leia o texto a seguir.
Energia limpa, segura e... nuclear
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Viver é usar energia. Sem ela, o mundo desliga. As crises mundiais do petróleo, na década de 1970, são
um bom exemplo de como a dependência de uma fonte de energia pode mudar o curso da história. A alta do
preço do barril em 1973 e 1978 por causa dos conflitos no Oriente Médio interrompeu o mais virtuoso ciclo de
crescimento que o Ocidente vivera no século 20. No Brasil, a crise adiou o sonho de nos tornarmos uma
potência: saltamos do milagre econômico, no início da década de 1970, para o endividamento e a estagnação
das duas décadas seguintes. Mais recentemente, a ameaça do apagão elétrico no governo FHC, em 2001, só não
foi uma catástrofe porque o Brasil cresceu a taxas medíocres. Sem energia, os preços ficam mais caros, os
investimentos escasseiam e os pobres continuam pobres.
Para se salvar dessa estagnação, o ser humano criou vários jeitos de captar energia da natureza. De
todos, as usinas nucleares são disparado o mais polêmico. Nenhuma forma de energia tem um passado tão
horrível. A fissão nuclear é a tecnologia que gerou as bombas de Hiroshima e Nagasaki (pelo menos 130000
mortos em poucos segundos de 1945), que deixou o mundo tremendo de medo de uma destruição total
durante a Guerra Fria e que, em 1986, matou 32 operários no acidente da usina de Chernobyl. Na ocasião, a
radioatividade se espalhou com o vento para a Rússia e atingiu até regiões distantes como a França e a Itália.
Estima-se que pelo menos 4 000 pessoas, segundo a ONU, ou 200 000, segundo o Greenpeace, tenham sido
vítimas de doenças provocadas pela contaminação, como câncer de tireóide.
Apesar de hoje se saber que o acidente foi provocado por falhas humanas grosseiras nos
procedimentos básicos de segurança e até mesmo por erros no projeto dos reatores, Chernobyl fez a energia
nuclear virar sinônimo de desastre e destruição. Grupos ambientalistas fizeram dela seu principal inimigo. A
energia nuclear ficou tão associada ao mal que, poucos anos depois de Chernobyl, quando o desenhista Matt
Groening criou o personagem Sr. Burns, o vilão de Os Simpsons, deu a ele o trabalho mais odioso da época:
dono da usina de energia nuclear da cidade de Springfield.
Mas os tempos mudaram. Enquanto as usinas nucleares avançaram em segurança e controle dos
resíduos radioativos, o mundo passou a sofrer com o gás carbônico emitido pelas fontes tradicionais de
energia, como o petróleo e as usinas termoelétricas a carvão. Num mundo em que o aquecimento global é o
grande problema, especialistas em energia estão fazendo perguntas incômodas para muitos ecologistas: será que
a energia nuclear, apesar de todos os riscos e dos resíduos atômicos, não teria sido uma alternativa menos
danosa ao meio ambiente do que as fontes que liberam gases causadores do efeito estufa e que colocam em
risco todo o planeta? E mais: será que a Terra tem tempo para esperar por fontes alternativas como a solar e a
eólica?
Eles mudaram de idéia.
"Não", diz o cientista britânico James Lovelock, professor da Universidade de Oxford, considerado o
pai do movimento ambientalista por ter criado a Hipótese Gaia, teoria que inspirou milhares de ecologistas e
cientistas na década de 1970 com a idéia de que a Terra é um organismo vivo. Em seu último livro, A Vingança
de Gaia, esse senhor de 87 anos defende abertamente a expansão da energia nuclear para evitar que o impacto
do aquecimento global seja ainda mais devastador. Lovelock diz que, enquanto muitas pessoas continuavam
amedrontadas diante das centrais atômicas, o aumento da emissão de dióxido de carbono na atmosfera teve um
efeito muito pior, colocando o planeta agora à beira de uma catástrofe climática.
[...]
Lovelock acha que está na hora de aperfeiçoar a revolução energética ocorrida há cerca de 250 anos
que, mais tarde, seria conhecida pelo nome de Revolução Industrial. Até o final do século 18, a principal fonte
de energia na Terra era a força dos animais, do vento ou dos fluxos de água que impulsionavam os moinhos.
Foi então que um engenheiro escocês chamado James Watt aperfeiçoou a máquina a vapor - e o resto da
história você já sabe: entramos na era industrial.
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A revolucionária máquina de Watt funcionava de uma maneira simples: ao queimar lenha ou carvão em
uma fornalha, o vapor condensado era aproveitado para produzir pressão e movimentar uma engrenagem.
Com essa idéia, passamos os últimos dois séculos queimando combustíveis fósseis (carvão, gás, petróleo e seus
derivados) para gerar energia. E não estamos falando apenas da energia dos motores dos automóveis, jatos e
máquinas industriais. Hoje, nada menos que 66% da energia elétrica de todo o mundo tem origem na queima
desses combustíveis nas usinas termoelétricas.
Acontece que há pelo menos 3 décadas os cientistas sabem que os gases liberados por essa queima,
como o dióxido de carbono, estão mudando o clima do planeta. Para muitos ambientalistas e climatologistas, já
passou da hora de quebrar esse ciclo de queima de combustíveis fósseis. "Quaisquer que sejam as incertezas
sobre o clima futuro, não há dúvida de que tanto os gases de estufa como as temperaturas estão aumentando",
diz Lovelock.
Ele não é o único a virar a casaca e pular para o lado das usinas atômicas. Em 2003, após avaliar e
pesquisar dados sobre o tema, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Cambridge, EUA,
recomendou a expansão da energia nuclear por acreditar "que essa tecnologia, apesar dos desafios que enfrenta,
é uma alternativa importante para os EUA e para o mundo prover suas necessidades energéticas sem emitir
dióxido de carbono e outros poluentes na atmosfera". Até um dos fundadores do Greenpeace, Patrick Moore,
passou a apoiar a energia tirada do núcleo dos átomos. "Trinta anos depois, minha visão mudou. E acho que o
movimento ecológico como um todo também deveria atualizar sua visão sobre o tema", afirmou ele num artigo
no Washington Post no ano passado.
A consagração da energia nuclear como uma boa alternativa veio em maio, com o último relatório do
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU criado para ser a autoridade
mundial em aquecimento global. O IPCC é claro ao afirmar que a energia nuclear é fundamental para o planeta
deixar de aquecer.
[...]
CAVALCANTE, Rodrigo. Energia limpa, segura e... nuclear. Disponível em: <forum.cifraclub. com.br/fórum/11/168751/>.
Acesso em: 18 mar. 2011.
1. O texto apresentado tem como ideia central:
a)
b)
c)
d)
e)
A expansão do uso da energia nuclear nos países desenvolvidos.
A descrição das formas de captação de energia da natureza.
As vantagens do uso da energia nuclear em relação a outras fontes de energia.
As opiniões de cientistas sobre o uso da energia nuclear em países desenvolvidos.
Uma apreciação dos ambientalistas acerca dos efeitos negativos da energia nuclear.
2. De acordo com o cientista britânico James Lovelock, o planeta pode vir a sofrer uma catástrofe climática devido
ao(às)
a)
b)
c)
d)
e)
aumento do dióxido de carbono na atmosfera.
gerenciamento inadequado das centrais atômicas.
uso de fontes de energia alternativa, como a solar e a eólica.
falhas nos procedimentos básicos de segurança das usinas nucleares.
uso indiscriminado da energia nuclear em todo o mundo.
3. Com base na afirmativa de Patrick Moore “Trinta anos depois, minha visão mudou. E acho que o movimento ecológico como
um todo também deveria atualizar sua visão sobre o tema.” (linhas 61 - 62), é correto inferir:
a)
b)
c)
d)
e)
2
O uso da energia nuclear deve ser urgentemente repensado pelos governantes.
Os recursos da energia nuclear devem ser expandidos em todo o mundo.
Os benefícios do uso da energia nuclear não precisam mais ser discutidos.
O uso da energia nuclear pode vir a ser defendida por ambientalistas.
A energia nuclear armazenada em reatores será sempre associada a desastres ambientais.
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4. Leia.
“Enquanto as usinas nucleares avançaram em segurança e controle dos resíduos radioativos, o mundo passou a sofrer com o gás
carbônico emitido pelas fontes tradicionais de energia, como o petróleo e as usinas termoelétricas a carvão.” (linhas 23-25)
De acordo com as informações apresentadas nesse fragmento, pode-se deduzir:
a)
b)
c)
d)
e)
As fontes tradicionais de energia continuam sendo mais usadas que a energia nuclear.
As usinas termoelétricas não são as grandes vilãs dos problemas ecológicos.
O uso de fontes tradicionais de energia deve ser defendido pelos ambientalistas.
Os resíduos radioativos são os causadores de todos os desastres naturais.
A emissão de gás carbônico, no planeta, vem aumentando devido ao uso da energia nuclear.
5. De acordo com o texto, o mundo tornou-se mais moderno em decorrência do seguinte acontecimento:
a)
b)
c)
d)
e)
A descoberta de que o dióxido de carbono está mudando o clima do planeta.
O aperfeiçoamento da máquina a vapor de James Watt, no final do século XVIII.
A publicação do livro “ A vingança de Gaia”, na década de 70.
A publicação do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas.
A criação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) nos EUA.
6. O personagem Sr. Burns do desenho “Os Simpsons”de Matt Groening é referido no texto para
a)
b)
c)
d)
e)
negar os argumentos a favor de um uso racional da energia nuclear.
enfatizar a ideia de que usinas nucleares sempre estão ligadas à modernidade.
ilustrar um argumento contrário ao uso da energia nuclear.
explicar como a energia nuclear é vista de forma positiva por alguns profissionais.
mostrar que, nos desenhos animados, os personagens protagonizam o mal.
7. Verifica-se a ocorrência de discurso indireto no seguinte fragmento:
a) “E mais: será que a Terra tem tempo para esperar por fontes alternativas como a solar e a eólica? ” (linhas 29-30)
b) “"Não", diz o cientista britânico James Lovelock, professor da Universidade de Oxford, [...]” (linha 32)
c) “Lovelock diz que, enquanto muitas pessoas continuavam amedrontadas diante das centrais atômicas, o aumento da emissão de
dióxido de carbono na atmosfera teve um efeito muito pior, [...]” (linhas 36-38)
d) “"Quaisquer que sejam as incertezas sobre o clima futuro, não há dúvida de que tanto os gases de estufa como as temperaturas
estão aumentando", [...]” (linhas 53-54)
e) “"Trinta anos depois, minha visão mudou. E acho que o movimento ecológico como um todo também deveria atualizar sua
visão sobre o tema", [...]” (linhas 61-62)
8. Considere a relação de sentido estabelecida pelo uso do conectivo destacado em “Para muitos ambientalistas e
climatologistas, já passou da hora de quebrar esse ciclo de queima de combustíveis fósseis.[...]” (linhas 52 -53)
A mesma relação de sentido também ocorre no fragmento:
a) “Para se salvar dessa estagnação, o ser humano criou vários jeitos de captar energia da natureza.” (linha 9)
b) “Na ocasião, a radioatividade se espalhou com o vento para a Rússia [...]” (linhas 13-14)
c) “Com essa ideia, passamos os últimos dois séculos queimando combustíveis fósseis (carvão, gás, petróleo e seus derivados) para
gerar energia.” (linhas 47-48 )
d) “Ele não é o único a virar a casaca e pular para o lado das usinas atômicas.” (linha 56)
e) “[...] apesar dos desafios que enfrenta, é uma alternativa importante para os EUA e para o mundo prover suas necessidades
energéticas [...]” (linhas 58-59)
9. Leia o fragmento.
“Lovelock diz que, enquanto muitas pessoas continuavam amedrontadas diante das centrais atômicas, o aumento da emissão de
dióxido de carbono na atmosfera teve um efeito muito pior, colocando o planeta agora à beira de uma catástrofe.”
(linha 36-38)
Desenvolvendo a oração destacada, mantém-se o mesmo sentido e a correção gramatical em:
a)
b)
c)
d)
e)
[...] por colocar o planeta agora à beira de uma catástrofe.
[...] desde que coloca o planeta agora à beira de uma catástrofe.
[...] à medida que colocaria o planeta agora à beira de uma catástrofe.
[...] dado que coloca o planeta agora à beira de uma catástrofe.
[...] por ter colocado o planeta agora à beira de uma catástrofe.
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10. Leia o fragmento.
“A energia nuclear ficou tão associada ao mal que, poucos anos depois de Chernobyl, quando o desenhista Matt Groening criou
o personagem Sr. Burns, o vilão de Os Simpsons, deu a ele o trabalho mais odioso da época: dono da usina de energia nuclear da
cidade de Springfield.” (linha 19- 22)
Em relação à organização sintática desse fragmento, pode-se afirmar:
I.
II.
III.
IV.
O conectivo que introduz uma oração de valor consecutivo.
Os dois pontos iniciam uma estrutura explicativa.
A forma pronominal ele retoma o termo Matt Groening
As formas verbais criou e deu apresentam o mesmo comportamento sintático.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas II
b) Apenas I e II
c) Apenas III e IV
d) Apenas I, III e IV
e) I, II, III e IV
Para responder às questões de 11 a 20, leia o texto a seguir.
Desastre nuclear no Japão
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20
25
Nos últimos dias, o Japão vem sofrendo a maior catástrofe desde as bombas nucleares que caíram em
seu território. Apesar de toda a devastação causada por uma série de terremotos e um tsunami, o maior de
todos os temores, que atrai a atenção e as preces de todo mundo, ironicamente, é causado pela mesma
tecnologia que devastou o Japão em 1945 – agora usada para geração de energia elétrica.
Não é a primeira vez que o Japão tem um acidente desse tipo, porém. Em 2007, após um terremoto,
houve um acidente nas usinas de Kashiwazaki-Kariwa, com vazamento de material radioativo. Desde então, os
japoneses já sabiam que esta tecnologia não seria capaz de aguentar um terremoto, muito menos uma série
deles. Aliás, os projetistas de reatores nucleares bem sabem que estes não são capazes de resistir a choques de
aviões, grandes abalos sísmicos e situações adversas combinadas – que não são consideradas em seus relatórios
de análise de segurança, documento elaborado antes da construção e licenciamento dos reatores - as condições
consideradas para lidar com acidentes, incidentes ou falhas são sempre condições normais, como se nada
tivesse acontecido ou pudesse acontecer ao mesmo tempo que um grande acidente.
Mas na vida real é diferente. Catástrofes simultâneas podem acontecer. Na verdade há uma grande
probabilidade que aconteçam. Falhas e prejuízos em sistemas de suprimentos também acontecem. No ano
retrasado, o apagão causado no Brasil por um problema nas linhas de transmissão que distribuem a energia de
Itaipu, fez com que as usinas nucleares tivessem que ser desligadas. O motivo: não tinham o suprimento de
eletricidade externo necessário para o caso de um acidente. O mesmo ocorre no Japão agora. A dificuldade em
se obter água, dentre vários outros problemas combinados, é um grande agravante da crise de Fukushima, que
piora a cada momento, com novos incêndios e explosões.
Mesmo que revistos os designs e componentes de segurança em todos os reatores no mundo, um
plano de emergência de uma usina nunca conseguiria ser executado sem meios de transporte, acesso à água e
energia elétrica. E como contar com isso em uma crise? Esse é o momento para expormos os pontos fracos
dessa tecnologia, como esse, que põem em risco milhões de vidas ao redor do mundo. Não são só os Japoneses
que estão em risco, mas várias nações que optaram erroneamente por essa tecnologia.
Nunca é tarde para reconhecer o erro, porém. Ainda há tempo para repensarmos a questão energética.
É hora de o mundo inteiro parar seus planos de expansão de geração de energia nuclear e rapidamente
substituir essa fonte por outras limpas, renováveis e o mais importante, seguras.
AMARAL, André. Desastre nuclear no Japão. Disponível em: <carosamigos.terra.com.br/.../1525-desastre-nuclear-no-japao>.
Acesso em: 18 mar. 2011.
11. Com relação às usinas nucleares, o texto focaliza
a)
b)
c)
d)
e)
4
o uso indiscriminado da tecnologia da energia nuclear.
os prejuízos causados por terremotos e tsunamis.
a fragilidade da tecnologia de construção e de manutenção dessas usinas.
as catástrofes simultâneas que acontecem em todo o mundo.
a criação de planos de emergência para diminuir os efeitos dos acidentes nucleares.
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12. De acordo com o texto, o uso da energia nuclear pode
a) gerar, em caso de acidente, consequências catastróficas, porque há risco de os planos de segurança não
funcionarem eficientemente.
b) trazer alguns resultados positivos para o mundo, porque esse tipo de energia é renovável e limpa.
c) colocar o mundo em estado de alerta, porque só os japoneses detêm essa tecnologia.
d) desencadear um diálogo importante, porque as autoridades mundiais precisam repensar os efeitos positivos
da energia atômica.
e) garantir segurança e eficiência, uma vez que as usinas nucleares possuem autonomia de energia elétrica.
13. O principal argumento utilizado pelo autor para enfatizar as consequências negativas do uso da energia nuclear
está expresso no fragmento:
a) “Não é a primeira vez que o Japão tem um acidente desse tipo, porém.”(linha 5)
b) “[...] as condições consideradas para lidar com acidentes, incidentes ou falhas, são sempre condições normais, [...]” (linhas 1011)
c) “Catástrofes simultâneas podem acontecer. Na verdade, há uma grande probabilidade que aconteçam.” (linhas 13 -14)
d) “Nunca é tarde para reconhecer o erro, porém.” (linha 25)
e) “Ainda há tempo para repensarmos a questão energética.” (linha 25)
14. Leia.
“É hora de o mundo inteiro parar seus planos de expansão de geração de energia nuclear e rapidamente substituir essa fonte por
outras limpas, renováveis e o mais importante, seguras.” (linhas 26-27)
Considerando a ideia apresentada nesse fragmento, é correto deduzir que o uso da energia nuclear
a)
b)
c)
d)
e)
deve ser expandido apenas para países em desenvolvimento.
pode ser gradativamente substituído pelo uso de outra fonte de energia.
traz, atualmente, mais soluções do que grandes problemas.
precisa ser urgentemente repensado apenas pelos países desenvolvidos.
coloca em situação de risco iminente as nações que optaram por essa fonte de energia.
15. Leia o fragmento.
“Apesar de toda a devastação causada por uma série de terremotos e um tsunami, o maior de todos os temores, que atrai a
atenção e as preces de todo mundo, ironicamente, é causado pela mesma tecnologia que devastou o Japão em 1945 [...] (linhas 2-4)
Quanto ao sentido da locução destacada, pode-se afirmar:
I. Introduz um argumento em favor da tese de que a devastação causada por terremotos e tsunami não
representa a maior ameaça ao Japão.
II. Conecta duas orações, estabelecendo entre elas uma relação de condição.
III. Pode ser substituída pela locução “não obstante” sem alterar o sentido do fragmento.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e III
d) Apenas II e III
e) I, II, III
16. Leia os fragmentos.
“Não é a primeira vez que o Japão tem um acidente desse tipo, porém.” (linha 5)
“Nunca é tarde para reconhecer o erro, porém.” (linha 25)
Em relação ao uso do operador argumentativo “porém”, é correto afirmar:
a)
b)
c)
d)
e)
Constitui um desvio gramatical, ferindo as regras de colocação dos termos na frase.
Dá mais ênfase à ideia contida nesse fragmento, exprimindo uma ideia de conclusão.
É um recurso estilístico utilizado pelo autor, que atenua o sentido expresso por esse conectivo.
Tem o mesmo valor argumentativo, se colocado no início do período.
Pode ser retirado, sem alterar o sentido do fragmento.
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17. O registro da vírgula, assinalando uma estrutura de valor explicativo, ocorre no seguinte fragmento:
a) “Nos últimos anos, o Japão vem sofrendo a maior catástrofe desde as bombas nucleares que caíram em seu teritório.”
(linhas 1-2)
b) “[...] o maior de todos os temores, que atrai a atenção e as preces de todo mundo, ironicamente, é causado pela mesma tecnologia
[...].”
(linhas 2-4)
c) “Em 2007, após um terremoto, houve um acidente nas usinas de Kashiwazaki-kariva, com vazamento de material
radioativo.” (linhas 5-6)
d) “Desde então, os japoneses já sabiam que essa tecnologia não seria capaz de agüentar um terremoto, [...]”(linhas 6-7)
e) “A dificuldade em se obter água, dentre vários outros problemas combinados, é um grande agravante da crise de Fukushima,
[...]” (linhas 17-19)
18. Leia.
“Mesmo que revistos os designs e componentes de segurança em todos os reatores no mundo, um plano de emergência de uma usina
nunca conseguiria ser executado sem meios de transporte, acesso à água e energia elétrica.” (linhas 20-22)
O fragmento está reescrito com o mesmo sentido em:
a) Um plano de emergência de uma usina nunca conseguiria ser executado sem meios de transporte, acesso à
água e energia elétrica, pois não foram revistos os designs e componentes de segurança em todos os reatores
no mundo.
b) Desde que fossem revistos os designs e componentes de segurança em todos os reatores no mundo, um
plano de emergência de uma usina nunca conseguiria ser executado sem meios de transporte, acesso à água e
energia elétrica.
c) Sem os meios de transporte, acesso à água e energia elétrica, um plano de emergência de uma usina nunca
conseguiria ser executado, enquanto não fossem revistos os designs e componente de segurança em todos os
reatores do mundo.
d) Por mais que, em todos os reatores do mundo, fossem revistos os designs e componentes de segurança, um
plano de emergência de uma usina nunca conseguiria ser executado sem meios de transporte, acesso à água e
energia elétrica.
e) Sem que fossem revistos os designs e componentes de segurança em todos os reatores no mundo, um plano
de emergência de uma usina, sem meios de transporte, acesso à água e energia elétrica, nunca conseguiria ser
executado.
19. Leia.
“Desde então, os japoneses já sabiam que esta tecnologia não seria capaz de aguentar um terremoto, muito menos uma série deles.
Aliás, os projetistas de reatores nucleares bem sabem que estes não são capazes de resistir a choques de aviões, grandes abalos
sísmicos e situações adversas combinadas [...]” (linhas 6-9)
Quanto ao uso do termo destacado nesse fragmento, pode-se afirmar:
I. Introduz um argumento em favor da tese de que os japoneses tinham ciência dos riscos que corriam.
II. Reforça o ponto de vista anteriormente expresso pelo autor.
III. Possibilita a progressão temática, introduzindo um novo argumento.
Está(ão) correta(s):
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e II
e) I, II e III
20. A expressão “Não só ... mas”, destacada no fragmento “Não são só os japoneses que estão em risco, mas várias
nações que optaram erroneamente por essa tecnologia.” (linhas 23-24), estabelece relação sintático-semântica de:
a) oposição.
b) conclusão.
c) explicação.
6
d) adição.
e) restrição.
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