Tobias_ e a Filosofia no Brasil

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Tobias Barreto e a Filosofia no Brasil
A recente publicação das Obras Completas de Tobias Barreto, (INL/Editora Record)
revigora o interesse pela cultural nacional, na medida em que valoriza o conjunto das
reflexões assumidas pelo intelectual sergipano no seu tempo e no ambiente histórico,
econômico e social onde estava situado. É forçoso admitir, de saída, que a existência
de uma preocupação crítica, voltada ao domínio do conhecimento, representava uma
reação diante de uma situação cultural de dependência. O Brasil de Tobias Barreto
tinha a conformação de um satélite, fatalmente atrelado a um centro de exploração e
de dominação. Por margem larga de tempo os habitantes do Brasil emolduraram a
estampa exótica do fazer, extraindo e produzindo riqueza. Não haviam escolas, nem
jornais, nem expressões livres de arte. O quadro era agravado pela multiplicidade e
pela complexidade das relações de trabalho e de trabalhadores, tanto pela origem do
poder senhorial, como pela escravidão dos negros africanos, com toda a sua
patologia. E a tudo a Igreja dava a sua bênção e empreendia, catequeticamente, a
semeadura da conformação. Nem sempre foi fácil separar os interesses do Estado
brasileiro, organizado para proteger e legitimar a propriedade, com os interesses de
um clero que exerceu, no tempo, a função auxiliar da colonização, no cumprimento de
um projeto de cristianização, aplicado com extrema competência nos países
periféricos aos centros católicos de Espanha e Portugal.
O simples saber cultural, desprovido de crítica, foi conquista tardia do Brasil. Um saber
rançoso, repleto de antiguidades dogmáticas, de segunda mão, que alcançou a glória
das cátedras, na reprodução elitizada do modelo de dominação vigente. Pensar,
portanto, era uma atitude de superação pessoal, um exercício mental que retirava da
solidão, para o convívio solidário das idéias e dos autores, o indivíduo preso como
membro compulsório de um corpo social criado à imagem e semelhança dos
interesses dos colonizadores. Pensar era, assim, um exercício de liberdade, como, em
geral, ocorreu nos diversos países da América Latina. Não é sem razão que no Brasil,
como no México, no Uruguai, no Peru, na Argentina, os corpos letrados abraçaram o
Positivismo, pelos seus diversos porta-vozes, ao tempo em que eram esboçadas as
reações populares e militares que tratavam da liberdade política destes países.
Diferenciado em seus ângulos e mentores, como nas épocas em que floresceu, o
Positivismo representou, na história do pensamento latino-americano, um momento
especial de vigência insubmissa, rebelde, questionadora, que tem valor maior do que
mesmo as suas qualidades intrínsecas como sistema filosófico.
O Positivismo foi comum aos latino-americanos, porque também a situação histórica
de dependência e de domínio era comum a toda a América Latina. Uma situação que
se altera, de algum modo tarde, antes no Brasil e depois nos demais países irmanados
pela mesma subalternidade e controle. A filosofia voltava a exercer, nesses países,
papel relevante, na medida em que colocava o conhecimento e a massa crítica que
dele decorria pelo trabalho filosofante dos pensadores ao alcance do corpo social.
Tem-se como verdade a formação de correntes de adoção de pensamento filosófico,
entre estudantes nordestinos no Recife, com maior ardor que o engajamento nas
disputas políticas e eleitorais. No Brasil a filosofia de algum modo precedeu a ciência
política, ainda quando esta foi fartamente divulgada pelos liberais, na segunda metade
do século passado. Há uma razão insuspeita para isso. A política dos partidos reduzia,
aos termos locais, os interesses de uma mesma classe de senhores, enquanto o
pensamento filosófico impunha, necessariamente, uma revisão de conceitos e de
posturas, renovando, em maior ou em menor intensidade, o conhecimento comum ao
corpo social. Essa singularidade explica, por exemplo, a sintonia perfeita entre
abolicionistas e monarquistas, quando a lógica formal sinalizava para a comunhão de
idéias entre aqueles e os republicanos, democratas, socialistas, que se enfileiravam
em grupos novos na vanguarda das novidades.
Foi nesse tempo e no ambiente do Recife, como fórum nordestino, que a filosofia
mereceu uma fixação clara, objetiva, como instrumento crítico do conhecimento, com
seu vetor científico, experimental, que produz uma verdade operacional, mantendo a
especulação inexperimental, diferente da crença que o espiritualismo impingia, e até
da metafísica conciliadora entre a fé e a razão. E no centro da reflexão portava-se,
com invulgar talento, Tobias Barreto de Menezes.
Mais do que pela mesma ocupação geográfica do espaço e pela comunhão da língua
o corpo social brasileiro teve como vínculo de identidade a história, no cômputo da
subalternidade esmagadora. No Brasil a história situa-se entre a memória codificada
como fonte de tradições de mando, abrandadas pela cumplicidade do compadrio
paternalista, e a filosofia, esta entendida como uma permanente e secreta, porque
íntima, conspiração. O filosofar era mais incômodo do que a declarada guerra contra
autoridades, porque a evolução mental abalava o prestígio dos mestres e dos
ensinamentos oficiais, com os quais e nos quais estava assentado o edifício do poder.
Ao lado do campo absoluto dos dominadores, com seus fossos e armadilhas,
apareceram gerações de insurretos, inadaptados ao convívio omisso. Foi a freqüência
objetiva de insurgências que quebrou com a rotina monótona de um ensino
esclerosado, de nítidas intenções redutoras.
Os sistemas filosóficos eram cometas no céu da curiosidade dos jovens nordestinos
reunidos no Recife. Embriagados de conhecimentos novos, logo estavam ressacados,
buscando outras novidades, com a pressa própria dos que conspiram. Para o combate
ao domínio dos poderosos, os jovens construíam barricadas na imprensa, nas lojas,
maçônicas, nos corredores da Faculdade de Direito, nas ruas e nos teatros,
espalhando teorias, cada um com a sua função amplificada, na dimensão do anseio da
liberdade que unia aqueles sedentos de saber novo. Ao desembarcar no cais do
Recife, com uma carta de professor de latim licenciado em sua Província, Tobias
Barreto parecia auscultar o silêncio dos revoltados, solto no ar que varria as ruas
daquela “cabocla civilizada”. Diante da cidade evocou seus heróis e suas lutas,
pranteando a homenagem de quem se iguala na mesma postura batalhadora.
Aquele tempo Brasil e Paraguai estavam em guerra. O clamor heróico dos que
ficavam distantes do campo de batalha servia de motivação para exaltar qualidades
guerreiras, sufocadas pela força dos vencedores. Com o mote da guerra Tobias
Barreto alvoroçou as massas pernambucanas, fazendo das ruas o palco especial do
contágio para a resistência. O patriotismo genérico, indefinido, mascarava a
organização do povo em torno de questões do dia. Ao fim da guerra o Brasil recifense
era outro. Os temas científicos introduziam suas obras e autores. A poesia sacrificava
o sentimento de intimidade para projetar-se como instrumento de consciência moral,
pelo qual os poetas, como os sábios faziam da ciência, pudessem fazer da arte asa do
espírito humano. A poesia era, naquele momento, afirmação de liberdade. Na esteira
do tempo a religião, o direito, a filosofia, todo o conhecimento fervilhava em confrontos
amiudados pela legião de combatentes intelectuais.
O Positivismo arrastara o Evolucionismo, o Transformismo e batia duro no costado dos
espiritualistas. Cientificismo e Racionalismo pareciam, diante de tomistas e
ultramontanos, heresias do Materialismo e do Protestantismo. Tobias Barreto, na
vanguarda da crítica, opta pelo Monismo, acelerando a rotação do entendimento
filosófico, permitindo que fossem dadas as múltiplas explicações às inquietantes
indagações do tempo. No cotejo das teorias, de Haeckel e Noiré, de Hartmann a Kant,
Tobias afirmava e negava conceitos com a velocidade de quem corria em
revezamento, tendo como parceiros da disputa, com todos os méritos, os autores
alemães que introduziram e discutiram as novidades da ciência, como filosofia, em
confronto com à fé, como dogma indiscutível. O Positivismo parecia produzir uma
reação antipositivista, apontando caminhos diversos para a reafirmação da liberdade,
como condição instrumental de construção da história nacional.
Aquela sociedade, constituída, como denunciara Tobias, por outrem, assistia
anestesiada pela alienação da maior parte dos seus componentes, ao mais ágil e
completo motor de reação: a emancipação intelectual do País. Na sintonia latinoamericana registra-se, mais tarde, no México, a contribuição de José Vasconcelos,
com seu Monismo Estético, no Peru, com Alexandro Deustua que dava a liberdade
como princípio informador de toda a beleza, integrando os conceitos de ordem e de
liberdade em uma síntese superior, ou ainda na Argentina, quando a cátedra de
Alexandro Korn fazia voltar a Kant e os cursos de José Ortega Y Gasset difundiam o
pensamento alemão. Tobias Barreto havia chegado, muito antes, às mesmas
conclusões e posições. Adotou o Monismo e lhe fez reparos, afirmou a liberdade como
fundamento da ordem e abriu portas e janelas do Brasil para a cultura alemã, voltando
a Kant e aplicando o mais indefensável golpe no Positivismo, reabilitando, a princípio,
a velha metafísica que os positivistas tinham como morta. Defendendo a sua
legitimidade e até preconizando a sua necessidade, Tobias Barreto deu à metafísica o
mesmo valor que José Ingenieros, anos mais tarde, na Argentina, proclamou, para
glória do pensamento portenho.
O pensamento filosófico, em toda a América Latina, teve como estuário natural as
cátedras das escolas, por onde desfilaram as idéias, os sistemas, e seus autores e
divulgadores. Tanto o Positivismo, como as reações antipositivistas, o Cientificismo, o
Materialismo, freqüentaram as escolas com desembaraço, indicando um controle
menos rígido da educação e dos meios de ensino. No Brasil, ao tempo de Tobias
Barreto, as escolas eram tuteladas pela Igreja e reproduziam, em todos os seus níveis,
os saberes dominantes, de interesse permanentemente conversor. Do Maranhão a
Sergipe uma única Faculdade, a de Direito do Recife, e dezenas de escolas de grau
intermediário, sob orientação oficial, como as Escolas Normais, os Liceus, os
Ginásios, e outras tantas sob o rigor de uma disciplina aplicada pelos grupos católicos,
inspirados ou diretamente sujeitos a orientação dos jesuítas.
A fronteira intelectual superior do Brasil nordestino era com a Bahia, em cuja
Faculdade de Medicina prosperou, nos anos 70 em diante, uma reação renovadora,
iniciada, provavelmente, pela tese, rejeitada, do doutorando Domingos Guedes Cabral,
sobre As Funções do Cérebro, seqüenciada pela presença de estudantes sergipanos
– Felisbelo Freire, Joviniano Romero, Rodrigues Dória – que refletiam, à distância, a
inquietude intelectual de Tobias Barreto. No Recife, sede nordestina da cultura em
todo o século XIX, a cátedra era a mais eloqüente tribuna de manutenção dos velhos
conhecimentos, intocados pela auréola de divindade que ornava a verdade clerical. O
próprio Tobias experimentou, por três vezes, furar o bloqueio do controle do ensino em
Pernambuco. Candidatou-se duas vezes a uma cadeira de Latim, no Colégio das
Artes, que funcionava em anexo e como preparatório à Faculdade de Direito, e uma
vez à cadeira de Filosofia do Ginásio Pernambucano. Nos dois primeiros concursos
perdeu para o padre sergipano Félix Vasconcelos Barreto e no último foi derrotado,
mesmo tendo maior nota, pelo dr. José Soriano de Souza, divulgador neotomista,
filiado à propaganda da Revista Contemporânea de Paris, que no Recife teve na
Revista Mensal da Instrução Pública de Pernambuco, veículo especial de difusão.
Não houve, de nenhum modo, atividade semelhante àquela da Faculdade de Filosofia
e Letras de Buenos Aires, primeiro com Rodolfo Rivarola e depois com Alexandro
Korn, ou do Colégio Livre de Estudos Superiores de Buenos Aires, ou ainda das
Escolas Normais de Paraná e de Mercedes, da Faculdade de Humanidades de La
Plata, ou do Colégio Novecentista, fundado sob influxo dos cursos ministrados, em
1916, por Ortega Y Gasset, todos na Argentina, onde o Positivismo não tomou a feição
religiosa que adquiriu no Brasil. Vários pensadores e divulgadores da filosofia mais
nova, como Alexandro O. Deustua, no Peru, Antônio Caso, no México, Carlos Vaz
Ferreira, no Uruguai, fizeram da cátedra a mais contundente função crítica, projetando
sobre as gerações latino-americanas a sentença de uma filosofia compromissada com
o fazer histórico da liberdade.
No Brasil Tobias Barreto foi dos raros pensadores a ser aceito no ambiente da
Faculdade de Direito, onde fora aluno e desafeto dos surrados e embolorados
compêndios. Seus companheiros, como Sílvio Romero e Artur Orlando, com quem
manteve total entrosamento e intimidade, foram barrados na entrada da escola,
derrotados nos concursos a que se submeteram. Por isso mesmo a Faculdade de
Direito do Recife, cenário e depois palco das transformações mentais da juventude,
não produziu, depois de Tobias, qualquer vertente inovadora de cultura, ainda que por
ela passassem figuras notáveis que honraram a memória do combate intelectual. A
Escola do Recife não se fez na Faculdade de Direito, mas nos jornais recifenses e
pernambucanos, que representaram o conduto esclarecido das mudanças de atitudes
diante do repertório de conhecimentos.
Os jornais, muitos deles pequenas folhas, como os periódicos escadenses de Tobias
Barreto, as revistas, as publicações avulsas, serviram de suporte para a resistência
filosófica dos brasileiros do Nordeste. Circularam, do Maranhão a Sergipe, entre 1862
e 1889 (datas da chegada de Tobias ao Recife e de sua morte) mais de 1600 jornais e
periódicos, sendo cerca de 700 em Pernambuco, quase 400 no Ceará, mais de 150
em Alagoas, mais de 100 no Piauí, quase 100 em Sergipe e no Maranhão, mais de 60
na Paraíba e no Rio Grande do Norte. Esse acervo, desaparecido ou degradado,
serviu de meio eficaz de luta, fixando posições, divulgando novidades, que
compensava a estrutura monolítica de controle da educação por parte das classes
dominantes. A imprensa, como a filosofia, teve profundos compromissos com as lutas
da liberdade.
A independência mental de Tobias Barreto, diante dos sistemas e das correntes
filosóficas, desnorteou a trajetória das idéias no Brasil. O comportamento normal, nos
países latino-americanos, que também vigorava no Recife ao tempo de Tobias, era o
da união perpétua entre o leitor e o autor, o professor e o filósofo, a cátedra e a
pregação das idéias abraçadas. Com Tobias Barreto as idéias perderam o tônus de
ensinamentos permanentes, para serem ferramentas efêmeras de transformação
cultural. O pensador sergipano percorreu escolas e sistemas, desbravando-os, num
processo contínuo e coerente de reflexão, deixando nos jornais e nos livros a marca
de seu labor crítico. A circunstância que teve poder mais largo e profundo foi a do
vetor germanista da postura tobiática. Um germanismo denso, encorpado nas fontes
mais sedimentadas da evolução intelectual, capaz de banhar com a essência poética
da emoção as cruas revelações da ciência de Darwin, aperfeiçoada por Ernest
Haeckel, ou a penetrante confissão psicológica do inconsciente de Eduardo Von
Hartmann, ou a instigante luta pelo direito, de Rudolf von Jhering, lendo a crítica
kantiana permeando sua conduta.
Mesmo não se engajando na questão religiosa, entre padres chefiados por Dom Vital,
e maçons das diversas lojas recifenses, ou não tomando partido da peleja jornalística
entre Abreu e Lima e Pinto de Campos, sobre bíblias falsas, Tobias viveu, em dois
momentos distintos de sua existência, a mesma situação, de travar embates com
representantes do pensamento católico. Uma vez em 1870, quando pelo seu jornal O
Americano discutiu com o velho professor Autran da Mata Albuquerque, do jornal O
Católico, e segunda vez, em 1883, quando pelo Diário de Pernambuco polemiza com
os padres e seus redatores do jornal maranhense Civilização. Embates virulentos,
cruéis até, desgastantes, que deixaram feridas expostas, que jamais cicatrizaram.
Para a administração da Igreja Tobias Barreto era a encarnação de toda a reação
ideológica ao primado da fé, mesmo quando referendado pela decisão tomada no
Concílio do Vaticano, em 1870.
O germanismo operara em Tobias Barreto uma profunda mudança de atitude, a visão
universal da cultura, esta vivida como lei da história humana perante a natureza,
transformando-a para o bem e para o belo, fez de Tobias Barreto um sistematizador
de conceitos, um exegeta das idéias, um conciliador de sistemas. Seu retorno a Kant,
em 1887, mesclado de estudos anteriores, a partir de 1874, é um sinal de vitória,
sobre os espiritualistas, sobre os positivistas, precedendo a evolução materialista da
história. Quando retorna a Kant, Tobias não extrai, da filosofia alemã, apenas aquilo
que ele havia produzido no passado. Vai mais adiante, numa releitura kantiana que
antecede a outros autores, tanto na América Latina, quanto no resto do mundo. O
pastor Hermamm Dohms, presidente do Sínodo, escreveu no jornal evangélico de São
Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em 1932, que Tobias Barreto, sem conhecer a
teologia de A. Ritschl, conhecia no entanto a situação espiritual em que se
desenvolveu a teologia daquele autor, na base filosófica da conexão com Kant. Para
Dohms, a repetição de uma grande experiência e o desespero diante da própria
experiência eleva e aponta para uma confissão de fé.
O movimento teológico protestante vicejou ao tempo de Tobias. Em Sergipe dois fatos
obtiveram enorme repercussão: a queda da obrigatoriedade do ensino religioso na
Escola Normal, decretado por Inglês de Souza, que passara pela Faculdade de Direito
do Recife e presidia a Província onde Tobias nascera, e a presença, como clínico, em
Laranjeiras, interior sergipano, do médico baiano Guedes Cabral, à mesma época.
Logo depois, em 1883, os pastores Blackford e Finley realizaram pregações
evangélicas e em 1884 fundaram duas igrejas protestantes em Sergipe: uma em
Laranjeiras, e outra no povoado Lavandeiras, entre Laranjeiras e Itabaiana. Por todo o
Nordeste surgiram os templos protestantes, ocupando um espaço na população que
não temia conviver com a fé reformada. O ambiente criado pela posição filosófica de
Tobias Barreto propiciou o debate das idéias religiosas na população, através das
Igrejas protestantes, como na vertente do Materialismo permitiu o surgimento de
agremiações socialistas, formadas por discípulos seus, como foi o caso de Manoel dos
Passos de Oliveira Teles, em Sergipe, associações sindicais, anarquistas e utópicas,
centros operários marxistas, num evoluir perfeito de discussão ideológica.
Assim como pensar e escrever em alemão era a transgressão maior de um dominado
em luta, a divulgação das idéias alemãs de Lutero a Kant, de Hartmann a Jhering, de
Hegel a Marx, era o produto social e histórico da liberdade intelectual brasileira.
Parafraseando o pensador sergipano, quando a propósito de Kant citou Herman
Hettner, voltar a Tobias Barreto é progredir. As suas Obras Completas são
documentos da vida brasileira, que afirmam a condição pensante do homem em seu
processo histórico de evolução cultural, num País ainda hoje preso ao atraso e à
dependência nas suas relações com o mundo.
Bibliografia Recomendada
– O Brasil Mental, por Bruno (José Pereira de Sampaio), Porto, 1898.
– Sobre Ia Filosofia en América, por Francisco Romero, Buenos Aires, 1952.
– La Filosofia Classica Alemana em Cuba; por Antonio Sánchez de Bustamante y
Montoro, Havana, 1984.
– Horizontes do Direito e da História, por Miguel Reale, São Paulo, 2ª edição, 1977.
– História da Faculdade de Direito do Recife, por Clóvis Bevilácqua, Rio de Janeiro, 2ª
edição, 1977.
– A Filosofia no Brasil, por João Cruz Costa, Porto Alegre, 1945.
– A Filosofia da Escola do Recife, por Antônio Paim, Rio de Janeiro, 1966.
– Tobias Barreto na Cultura Brasileira, por Paulo Mercadante e Antônio Paim, São
Paulo, 1972.
– Da Escola do Recife ao Código Civil, por Vamireh Chacon, Rio de Janeiro, 1969.
– Ensino, Jornalismo e Missões Jesuíticas em Pernambuco por padre Ferdinand
Azevedo, Recife, 1983.
– Tradicionalismo Católico em Pernambuco, por Tiago Adão Lara, Recife, 1980.
– Aspectos do Pensamento Alemão na Obra de Tobias Barreto, por Lílian de Abreu
Pessoa, São Paulo, 1984.
– A Escola do Recife, por Nelson Saldanha, São Paulo, 2ª edição, 1985.
– Tobias Barreto e a Teologia Protestante Alemã do Século XIX, por Hermamm
Dohms, in Deutsche Evangeliche Bläter, 7 e 8, 9 e 10, São Leopoldo, 1932.
– Tobias Barreto, A Abolição da Escravatura e a Organizado da Sociedade, por Luiz
Antonio Barreto, Recife, 1988.
– Obras Completas de Tobias Barreto, Edição Comemorativa, organização de Antônio
Paim e Paulo Mercadante, Direção Geral de Luiz Antonio Barreto, com a colaboração
de Jackson da Silva Lima, INL/Editora Record, Rio de Janeiro, 1989/1990, 10 volumes,
conforme sumários a seguir:
Estudos de Filosofia
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia; por Luiz Antonio Barreto. Introdução, por Antônio
Paim e Paulo Mercadante.
Parte I – Período de Formação em Escada
Guizot e a Escola Espiritualista do Século XIX
A Propósito de uma Teoria de São Tomás de Aquino
Teologia e Teodicéia não são ciências
Fatos do Espírito Humano
Sobre a Motricidade
Sobre a Religião Natural de Jules Sianon
A Religião Perante a Psicologia
A Ciência da Alma Ainda e Sempre Contestada
O Atraso da Filosofia entre Nós
Sobre a Filosofia do Inconsciente
Parte II – Período Final em Escada
Deve a Metafísica Ser Considerada Morta?
O Partido da Reação em Nossa Literatura
O Haeckelismo na Zoologia
Algumas Idéias sobre o Chamado Fundamento do Direito de Punir
Sobre uma Nova Intuição do Direito
Uns Ligeiros Traços sobre a Vida Religiosa no Brasil
Parte III – Última fase (Período do Recife)
Dissertação de Concurso
Notas a Lápis sobre a Evolução Emocional e Mental do Homem
Relatividade de Todo Conhecimento
Glosas Heterodoxas a um dos Motes do Dia, ou Variações Anti-sociológicas
Recordação de Kant
A Irreligião do Futuro
Introdução ao Estudo do Direito
Fortuna Crítica
A Trajetória Filosófica de Tobias Barreto, por Antônio Paim
Nota sobre a Noção de “Monismo” em Tobias Barreto e na Escola do Recife, por
Nelson Saldanha.
Estudos de Direito 1
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia, por Luiz Antonio Barreto
Tobias Barreto na Cultura Brasileira, por Miguel Reale
I – Filosofia do Direito
Idéia do Direito
Apêndice: Teses do Concurso de 1882,
Programas da Faculdade de Direito,
Jurisprudência da Vida Diária.
II – Direito Público Constitucional
Comentário à Dissertação de Luiz de Souza da Silveira, sobre o art. 5º da Constituição
do Império.
A Questão do Poder Moderador
O Artigo 32 do Ato Adicional
O Direito Público Brasileiro
A Província e o Provincialismo
Responsabilidades dos Ministros no Governo Parlamentar
Reforma da Constituição
Selfgovernment
III – Direito Privado
Novo Direito que é Preciso Reconhecer
O que se Deve Entender por Direito Autoral
Algumas Palavras sobre a Teoria da Mora
Direito Romano
Estudos de Ciência Financeira
Coisas
Lições de Abertura do Curso de Economia Política
IV – Direito Processual
História do Processo Civil
Fortuna Crítica
Um Triunfo Esplêndido, por Gumercindo Bessa
A Caricatura do Direito Natural, por Djacir Menezes
Estudos de Direito II
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia, por Luiz Antonio Barreto
Tobias Barreto e o Direito Penal, por Everardo Luna
Menores e Loucos
Prolegômenos do Estudo do Direito Criminal
Comentário Teórico e Crítico ao Código Criminal Brasileiro
Delitos por Omissão
Ensaio sobre a Tentativa em Matéria Criminal
Mandato Criminal
A Co-deliqüência e Seus Efeitos na Praxe Processual
Fortuna Crítica
Tobias Barreto, Criminalista, por Aníbal Bruno
Tobias Barreto, Pensador do Direito Criminal, por Virgílio Campos
Estudos de Direito III
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia, por Luiz Antonio Barreto
Parte I – Escritos Forenses
Tobias Barreto e sua Atuação no Foro, por Jackson da Silva Lima
1.
Curador Geral de Órfãos
2.
Advogado
3.
Juiz Municipal Suplente
4.
Processo-crime contra Tobias Barreto
Tobias Barreto e a Luta pelo Direito, por Luiz Antonio Barreto
Apelo para o Público
Leia quem Tiver Interesse
Um Processo de Injúrias Verbais
Amostra do Pano
Escada I
Escada II
Negócios da Escada I
Negócios da Escada II
Ainda a Questão do Arbitramento
Um Processo Singular
Mais uma Pitada nas Ventas da Parelha Judiciária
A Justiça da Escada
Escada: um Outro Escândalo do sr. dr. Materno
O Cerco da Casa:
Cidade da Escada
Escada
O Cerco da Minha Casa I
O Cerco da Minha Casa II
Fortuna Crítica:
A Filosofia Jurídica de Tobias Barreto, por Manoel Cabral Machado
Crítica de Religião
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia, por Luiz Antonio Barreto
A Fé e a Razão, por Luiz Antonio Barreto
O Acadêmico
Uma Luta de Gigantes
Theologia Rationalis
Teologia Racional (refutação)
Notas de Críticas Religiosas
Moisés e Laplace
Os Livros Mosaicos ou assim Considerados
Polêmica com O Católico
Uma Excursão de Diletante pelo Domínio da Ciência Bíblica
Sobre um Escrito de Alexandre Herculano
Sobre David Strauss
Encore un Pelerin
Mais um Peregrino
Polêmica com A Civilização
Os Pontos de Filosofia do Padre dr. Jerônimo Thomé
O Último Livro de E. Renan e o sr. Oliveira Martins
Fortuna Crítica:
Tobias Barreto, o seu Ponto de Vista Religioso, por Artur Orlando
Crítica Política e Social
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia, por Luiz Antonio Barreto
Tobias Barreto, por Evaristo de Morais Filho
O Patriotismo
Ao Sete de Setembro
Os Homens e os Princípios
Política Brasileira
Política da Escada
Ainda Política da Escada
Fidalguias Pernambucanas
Os Bispos Anistiados
Apelo
Ajuste de Contas
Um Discurso em Mangas de Camisa
Verificação de Poderes
Manifestação ao dr. José Mariano
Oposição ao sr. Adolfo de Barros
Oposição ao sr. Adolfo de Barros II
Educação da Mulher
Educação da Mulher II
Ainda a Educação da Mulher
Projeto de um Partenogógio
Projeto n° 129
O Grande Dia
Reforma Eleitoral
A Próxima Eleição
Ao Corpo Eleitoral
Um Ligeiro Boato
Morte de Osório
Revolução do Vinténs
Henrique von Treitschke e o Movimento Antijudaico na Alemanha
O Martelo dos Tratantes
A Política Brasileira
A Carlos Gomes
Redenção do Município do Recife – Manifesto
Palavras ao Clube Carlos Gomes
A Academia
Apêndice – artigos e notas de jornais
Fortuna Crítica:
Tobias Barreto, por Brasil Brandechi
Tobias Barreto e a Teoria Política no Brasil, por Gláucio Veiga
Monografias em Alemão
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia, por Luiz Antonio Barreto
Tobias Barreto e Dom Pedro II: Duas Faces do Germanismo Brasileiro, por Vamireh
Chacon
O Lutador Alemão
O Brasil como Ele é Considerado do Ponto de Vista Literário
Uma Carta Aberta à Imprensa Alemã
Fortuna Crítica:
Tobias Barreto de Menezes, o Mais Significativo Germanista do Brasil, por Carlos H.
Oberacker Jr.
Dias e Noites
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia, por Luiz Antonio Barreto
A Obra Poética de Tobias Barreto, por Jackson da Silva,Lima
Parte I – Gerais e Naturalistas
Elegíacas:
Dia de Finados no Cemitério
Pela Morte de um Amigo
Viúva e Filhos do Capitão Pedro Afonso
Pressentimento
Morte de um Pai
D. Hermínia de Araújo
Filosóficas:
Juízo Final
Anelos
Aspiração
Vôos e Quedas
A Caridade
O Gênio da Humanidade
Epicurismo
Ignorabimus
A Glória
O Coração
Últimos Versos
A Morte
Campestres:
Cena Sergipana
O Beija-flor
Os Trovadores das Selvas
Lenda Rústica
Os Tabaréus
Ano Bom
Mágoas
Diversas:
Maria
Victor Hugo
Mãe e Filho
No Álbum de um Poeta
Inspiração
Lenda Civil
Oito Anos
A Luva
A Escravidão
Hino ao Trabalho
Je Sais
Discípulo e Discípula
Improviso
No Álbum de uma Discípula
Porque Volto?
Filia Pulchra et Mater Pulchrior
Charadas
Parte II – Patrióticas:
Guerra Holandesa
À Vista do Recife
A Polônia
Os Voluntários Pernambucanos
Os Leões do Norte
Aos Oficiais da Guarnição da Paraíba
SS. AA. Imperiais
Sete de Setembro
Em Nome duma Pernambucana
Partida de Voluntários
Num Dia Nacional
Capitulação de Montevidéu
Caxias e Herval
Queda da Assunção
Fim da Guerra
Volta dos Voluntários
Diante de um Batalhão que Voltava da Campanha
Minha Pátria
O General Deodoro da Fonseca
Guerra do Paraguai
Parte III – Estéticas:
A uma Mulher de Talento
Depois de Ouvir a Ária Final da Traviata
Artur Napoleão
O Pianista Hermenegildo
O Rabequista Moniz Barreto
Ainda Moniz Barreto
Uma Cantora
Adelaide do Amaral
De Novo Adelaide do Amaral
Joaquim Augusto
Mr. Reichert
Ainda à Mr. Reichert
Ainda à Adelaide do Amaral
À Bottini
Polca Imperial
À Júlia Tamborini
Ainda à Tamborini
Líbia Drog
Giuseppina de Senespleda
Ida Giovanni
Ainda Líbia Drog
Desânimo
À Augusta Cortesi
A uma Cantora
Parte IV – Amorosas
Criança
Eu Amo o Gênio
Deusa Ignota
Glosa
Amália
Teus Olhos
Uma Poetisa
Um Pouco de Música
Penso em Ti
Idéia
Haec Olim Meminisse Juvabit
Pelo Dia em que Nasceste
Leocárdia
Suprema Visio
Amar
É Cedo
Carmem
Consente
A Mulher
Como?
Nós as Estrelas
Sobre as Asas Querúbicas
O Beijo
Súplica
Contemplação
Tão Longe Assim
Dize-me Sempre
Oh! Isto Mata
Não Falei em Mim
Sê Meiga e Terna
Porque me Feriste?
Como é Bom! Cantai
Malévola
Lutas D’Alma
Fatalidade
Jerônima
Por Brincadeira
Que Mimo!
Ainda e Sempre
Incrédula
Nada
Impossível
Sempre Bela
Variação à Heine
Paráfrase
Uma Sergipana
À
Pilhéria
Improviso
Improviso
Um Sonho em Vigília
Parte V – Satíricas:
Decadência!
O Rei Reina e não Governa
Conselheiro Pedro Autran de Alburquerque
Papel Queimado
Namoro não é Crime
O Mal da Humanidade
Homo Homini Lupus
Sê Leão!
Diante do Retrato de D. Josefa A. F. de Oliveira
Cena Cômica
Chapa
Dr. José Brandão da Rocha
O Coronel João Félix
Ainda o Coronel João Félix
Uma Rima p’ra Camelo
Padre Fonseca
Ainda Padre Fonseca
Dr. Joaquim Nabuco
José Higino
Ainda José Higino
Dr. Carneiro da Cunha
Dr. Fagundes Coelho
Lá Vai Verso, Rapaziada!
Academia
Apêndice
Tentação
Quando à Mesa dos Prazeres
Elegus
Elegia
Nênia
Ao Promotor Leandro Borges
Dois de Julho
Veni de Libano, Sponsa Meã
Camões
Ao Padre Benvindo
A um Velho Latinista
Padre J. A. de Faro Leitão
Hino à Virgem
Soneto
Soneto
Ode Sáfica (em Latim)
Ode Sáfica (tradução)
Elogio (em latim)
Elogio (tradução)
A Imagem da Minha Amada
Minhas Lágrimas
Fortuna Crítica:
Tobias Barreto, o Poeta, por Mário Cabral.
Crítica de Literatura e Arte
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia, por Luiz Antonio Barreto
Tobias Barreto e a Crítica, por Luiz Antonio Barreto
A Paes de Andrade
Flores da Noite
Literatura Bíblica: Naum
O Romance no Brasil
A Influência do Salão na Literatura
Auerbach e Victor Hugo
Idéias Sobre os Princípios da Estilística Moderna
A Musa da Felicidade
Carolina Michaellis e a Nova Geração Literária em Portugal
Socialismo em Literatura
A Última Carta de Victor Hugo ao Congresso de Genebra
O Dia de Camões
Um Romance e um Romancista
Sobre Lingüística
Nota sobre o Romantismo Alemão
Ligeira Conjectura sobre o Nome de Camões
Lendas e Surperstições do Norte do Brasil
O que Nós Queremos
Nota sobre a Literatura da América do Norte
Traços da Literatura Comparada do Século XIX
Prólogo (Gramática Latina)
O Benefício da sra. Cortesi
O Último Espetáculo da Companhia Lírica
Alguma Coisa Também sobre Meyerbeer
Ainda Alguma Coisa Também Sobre Meyerbeer
Minha Contribuição
Um Pedaço de Autopsicologia
Algumas Palavras Sobre o Lírico
A Traviata e a sra. Lucia Avalli
Companhia Lírica
As Últimas Representações do Fausto
Belini e a Norma
Carlos Gomes e sua ópera Salvator Rosa
A Senhora Drog como Elvira
Não Há mais Gosto Pelo Drama
Sobre Lucinda
Fortuna Crítica:
Três Mestres do Direito no Batente do Jornal, por Luiz do Nascimento
Estudos Alemães (e Vários Escritos)
Sumário
Tobias Barreto, uma Biobibliografia, por Luiz Antonio Barreto
O Germanismo de Tobias Barreto, por Paulo Mercadante
Prólogo
Como Introdução
Carta ao Redator do Deutsche Zeitung
The Position of Women in Germany
A Alma da Mulher
A Organização Comunal da Rússia
Apresentação do Der Deutsche Kaempfer (alemão)
Apresentação do Der Deutsche Kaempfer (tradução)
Pedido
Is Die Metaphysik AIs Tolt Zu Betrachten
De quem é o Erro. Da Autora ou da Tradução?
As Faculdades Jurísticas como Fatores do Direito Nacional
Carta a Karl von Koseritz
J. C. Frederico Zollner
Política Prussiana
Notas a Lápis
Tobias ao dito Lessing do Diário do dia 19 do Corrente
A Mulher e o Amor
Miséria do Império e sua Corte
O Príncipe de Bismarck e o Visconde do Rio Branco
Uma Anticrítica, ou Melhor, uma Antidescompostura
Nem Filósofo nem Crítico
Reforma do Regimento
Privilégio dos Carros Fúnebres
Há entre Nós uma Verdadeira Eloqüência Parlamentar?
Avis au Lector
Aviso ao Leitor
Um Lente de São Paulo Julgando um Colega do Recife
1879
Fundação Bluntchli
O Monismo
O Monismo
O Industrial
As Artes e a Indústria Artística
As Flores Perante a Indústria
Memória Acadêmica do Ano de 1883
A Fotografia como Ramo de Indústria Próprio das Mulheres
Himmel-und Escadafahrt
Avulsos
Idéias Introdutórias ao Estudo da História
Correspondências:
A Carvalho Lima júnior
Aos Estudantes Sergipanos da Faculdade de Medicina da Bahia
A Sílvio Romero
A Artur Orlando
De Autores Alemães para Tobias
De Silvio Romero a Artur Orlando, sobre Tobias
Fortuna Critica:
O Germanismo de Tobias Barreto, por Mário G. Losano
O Radicalismo Crítico de Tobias Barreto (seu pensamento filosófico e político), por
Vamireh Chacon.
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