Entre aqui e leia na íntegra o nosso Trabalho de

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E E MARCELO TULMAN NETO
Leticia do Nascimento N°26
Samuel Dantas N°38
CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO
SÃO PAULO
2016
E E MARCELO TULMAN NETO
Leticia do Nascimento
Samuel Dantas
CRIACIONISMO X EVOLUCIONISMO
Monografia apresentada á E E Marcelo Tulman Neto
para obtenção de nota e para a conclusão do 3° ano
Do ensino médio.
Orientador: Prof° Clayton e Cássio
SÃO PAULO
2016
RESUMO
Criacionismo x evolucionismo. Qual as teorias? Quais as informações? É isso
que vamos abordar nesse tcc, falaremos nessas duas teorias, o que a ciência, a
religião, filósofos e até mesmo a sociedade diz a respeito do assunto, e tentaremos
responder a famosa pergunta, “Qual a origem do homem?” Tudo iremos tratar nesse
trabalho. Tudo sobre o criacionismo, a bíblia, a fé, tudo aquilo que o homem não pode
explicar, e sobre o evolucionismo vamos falar sobre todos os tipos de pesquisas feitas
por cientistas sobre origem da vida. Trataremos também sobre química, citologia, etc.
Queremos passar com esse tcc os dois lados da moeda, não queremos focar em
apenas um lado, e trata-lo como exclusivo, nosso foco são as duas teorias,
apresentaremos todo o tipo de argumento defendendo cada uma para que você possa
tirar suas próprias conclusões e decidir de qual lado você está.
ABSTRAT
Creationism vs. evolutionism. What theories? What information? That is what
we will cover in this tcc, will speak on these two theories, which science, religion,
philosophers and even society says about the subject, and try to answer the famous
question, "What is the origin of man?" All will treat this work. All about creationism,
bible, faith, all that man can not explain, and the evolutionism we talk about all kinds
of research by scientists about the origin of life. We deal also chemistry, cytology, etc.
We want to go with this tcc the two sides of the coin, we do not focus on only one side,
and treat it as unique, our focus is on the two theories, we will present all kinds of
argument made each one so you can draw your own conclusions and decide which
side you are.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 O QUE É CRIACIONISMO? .................................................................................... 6
3 O QUE DIZ A RELIGIÃO? ....................................................................................... 6
3.1 Movimentos criacionistas entre pessoas de diferentes religiões; ........................ 10
4- DE ACORDO COM A TEORIA CRIACIONISTA: .................................................. 12
4.1 Grupos criacionistas ........................................................................................... 13
4.2 Newton, o criacionista ........................................................................................ 15
5 O QUE É EVOLUCIONISMO? ............................................................................. 16
6 O QUE DIZ A CIÊNCIA? ....................................................................................... 16
6.1 Charles Robert Darwin (1809-1882)................................................................... 20
6.2 Idéias de Darwin ................................................................................................. 22
6.3 Jean Baptiste Lamarck (1744-1829) ................................................................... 23
6.4 Idéias de Lamarck .............................................................................................. 26
7 QUESTIONÁRIO ................................................................................................... 27
GRÁFICOS................................................................................................................ 28
9- ARGUMENTOS A FAVOR DO CRIACIONISMO .................................................. 33
9.1 Porque o criacionismo é óbvio ........................................................................... 33
9.2 O cosmos e o universo ....................................................................................... 37
9.3 O desígnio no universo ...................................................................................... 40
9.4 Descartes e a existência de deus ....................................................................... 42
9.5 O argumento da eficácia da razão. .................................................................... 44
10 ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO ............................................ 46
10.1 Dados da citologia ............................................................................................ 48
10.2 Bioquímica........................................................................................................ 49
10.3 Seleção natural ................................................................................................ 50
10.4 Anatomia .......................................................................................................... 52
11 CONCLUSÃO...................................................................................................... 54
ANEXOS ................................................................................................................... 56
12 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO
Assim como o evolucionismo, o criacionismo é uma teoria que tenta explicar a
origem da vida e a evolução do homem. No entanto, é importante ressaltar que a teoria
criacionista segue uma linha de pensamento distinta da teoria evolucionista.
O criacionismo se baseia na fé da criação divina, como narrado na Bíblia
Sagrada, mais especificamente no livro de Gênesis na qual Deus criou todas as
coisas, inclusive o homem. Lembrando que diversas culturas possuem sua versão
própria do criacionismo, como é o caso da mitologia grega, da mitologia chinesa,
cristianismo entre outras.
Esta teoria não e aceita no meio cientifico pois não pode ser confirmada com
bases cientificas. Contudo tem gerado controvérsias, nomeadamente nos EUA, pois
os criacionistas afirmam que está se trata duma proposta científica plausível e que
deveria ser tida em conta, no seio comunidade científica.
Já o evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos
cientistas para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos
ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam. O
principal cientista ligado ao evolucionismo foi o inglês Charles Robert Darwin (18091882), que publicou, em 1859, a obra Sobre a origem das espécies por meio da
seleção natural ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida, ou como é
mais comumente conhecida, A Origem das Espécies.
Assim, a teoria da evolução das espécies baseia-se nestes conceitos: origem
da vida; provas de evolução a partir de campos biológicos diversos (semelhanças
quanto à forma, embriológicas, bioquímicas ou achados paleontológicos); fatores de
evolução:
herança
(que
conserva
os
caracteres),
variabilidade
(mutação,
recombinação de genes), seleção natural (o meio atua sobre as variações, com os
mais fortes a imporem-se aos mais fracos) e isolamento.
2 O QUE É CRIACIONISMO?
Criacionismo é a teoria que explica a origem do Universo, da Terra e de todos
os seres vivos que nela habitam a partir da ação de uma entidade divina. O
criacionismo é considerado o oposto do Evolucionismo.
A teoria do criacionismo é predominantemente aceita por membros de
doutrinas religiosas, principalmente por defenderem a ideia da complexidade e
perfeição dos seres vivos, nomeadamente dos humanos, e do funcionamento geral
da natureza.
3 O QUE DIZ A RELIGIÃO?
O criacionismo está intrinsecamente ligado às religiões, sendo baseado na
existência de um ser antropomórfico dotado de grandes poderes e conhecimentos
divinos.
Esta teoria nos lembra da ancestral polêmica gerada pela discussão entre
Ciência, Filosofia e Religião, sobre as origens do Universo e da própria Humanidade.
Ela procura dar sua versão sobre esta questão, do ponto de vista religioso. Assim, ela
sustenta que todos os seres vivos existentes foram criados por um ou mais entes
inteligentes. Esta é a hipótese de maior recepção em todo o planeta, elaborada em
oposição à teoria evolucionista, fruto de pesquisas científicas.
Não há, porém, uma única teoria criacionista, mas várias, conforme a religião e
o livro sagrado que se adota. Segundo a mitologia grega, o homem seria produto dos
trabalhos de Epimeteu, que teria gerado o Homem repleto de imperfeições, sem
vitalidade, a partir de um modelo de barro. Compassivo, seu irmão Prometeu, com o
sacrifício próprio, roubou o fogo dos deuses para trazer à Humanidade a vida tão
desejada.
O Cristianismo tem sua própria teoria explicativa, narrada na Bíblia, seu livro
sagrado. Segundo esta religião, o homem foi criado por Deus, logo após a gênese dos
céus e da terra. Aqui também a Humanidade foi modelada no barro, mas nesta versão
ela ganha a vida através do sopro divino, exalado em suas narinas. De acordo com
as crenças abordadas, variam as argumentações, mas muitas delas apresentam
várias semelhanças. O Gênesis, primeiro livro do Antigo Testamento, por exemplo,
narra a origem do mundo e do Homem com metáforas e símbolos muito parecidos
com os das narrativas mesopotâmicas.
Apesar do Criacionismo ser uma teoria essencialmente religiosa, recentemente
ela tem adquirido contornos mais filosóficos, com discussões sobre a independência
da matéria imortal, a série de emanações do Ser Divino e a criação.
As explicações sobre a existência humana se iniciam com os mitos, que
procuram justificar, através da imaginação, a vida, a história humana, tudo que ocorre
á nossa volta e não podemos compreender. Pesquisadores do século XIX
acreditavam que a crença em uma entidade divina superior, que criou tudo que existe,
era uma conquista do homem em uma fase cultural mais elevada, mas recentemente
descobriu-se que povos africanos primitivos, bem como das ilhas do norte do Japão,
América, Austrália central e em várias outras partes do mundo, já cultivavam essa
mesma fé.
Desconhece-se a natureza dessa entidade, mas geralmente algumas
religiões adotam uma visão antropomórfica deste ser – imaginam o Criador à imagem
e semelhança do Homem, não só fisicamente, mas também emocionalmente.
Geralmente, porém, esta criação se dá através da voz ou do pensamento deste ente.
As narrativas, embora diferentes de uma cultura para outra, apresentam sempre
traços em comum.
As ideias criacionistas, de modo geral, estendem a interferência divina além
do ato criador. Deus, segundo a filosofia judaico-cristã, intervém diretamente no plano
da matéria, uma vez que provoca, por exemplo, o dilúvio, assim como inspira Noé a
construir sua arca e a conduzir nela diversos pares de animais, que povoarão
posteriormente o mundo novo.
Atualmente
o
Criacionismo
está
mais
conectado
à
crença
do protestantismo norte-americano. Neste país, vários esforços têm sido realizados
para introduzir nas aulas de Ciências a teoria criacionista, embora suas referências
explícitas ainda sejam inconstitucionais. Seus adeptos tentam sutilmente revestir
essas teses sob o título de “análise crítica da evolução”, para burlar a Constituição.
Outras religiões aceitam algumas ideias de cunho mais científico, como os seis dias
relativos à duração do ato criador, interpretados como seis eras geológicas, enquanto
os considerados fundamentalistas abominam essa concepção.
Conceitualmente, o criacionismo é uma forma de explicação sobre a origem do
mundo onde se busca atribuir a constituição das coisas à ação de um sujeito criador.
Sem dúvida, essa teoria ganhou espaço em diferentes culturas espalhadas pelo
mundo e apareceu muito antes que o discurso científico viesse a tratar dessa mesma
questão. Nos mais diferentes contextos culturais, temos a elaboração de um mito
criacionista capaz de nos revelar interessantes concepções sobre a civilização que o
produziu.
Entre os egípcios havia a crença de que antes do mundo surgir existiam somente
as trevas e a chamada “água primordial” (o que faz clara referência ao Rio Nilo). A
partir dessa água primordial teria surgido o deus Atum, que deu origem a
descendentes responsáveis pela criação dos ares, das terras e do céu. Na mitologia
grega, o criacionismo seria fruto dos filhos gerados a partir de Caos. Entre todos os
descendentes, foi da união de Urano (céu) e Gaia (terra) que o mundo teria surgido.
Uma das mais conhecidas narrativas criacionistas do mundo Ocidental foi
instituída pelas religiões judaico-cristãs. O chamado criacionismo bíblico relata que
Deus teria feito a terra em sete dias. No primeiro dia teria construído o universo e a
Terra. No segundo e no terceiro, estabeleceu os céus, as terras e mares do mundo.
Nos dois dias seguintes apareceram os primeiros seres vivos e a separação do dia e
da noite. No sexto e último dia, surgiram os demais animais e o homem.
Com
o
surgimento
da
teoria
evolutiva,
muitos
passam
a
criticar
sistematicamente as teorias criacionistas e passaram a considerá-las uma espécie de
pensamento falso. Em contrapartida, muitos criacionistas passaram a advogar em
defesa do Neocriacionismo, teoria onde a vida teria sido atribuída por um ser superior
que abriu portas para que todo o processo evolutivo acontecesse. A partir dessas
disputas, vemos ciência e religião se colocarem em campos de forte oposição.
Entretanto, podemos colocar as duas teorias em grau de importância
equivalente ao admitirmos que ciência e religião possuem grande importância no
interior de muitas culturas. Dessa maneira, antes de detrair alguma destas teorias,
seria interessante encará-las como formas de interpretação distintas do mundo, sem
necessariamente colocar em disputa o alcance de uma verdade absoluta. Pautadas
em princípios distintos, criação e evolução podem coexistir no campo de debates
desse assunto milenar.
3.1 Movimentos criacionistas entre pessoas de diferentes religiões;

Hinduísmo
No hinduísmo, o tempo não é linear como em outras crenças. Aqui, o tempo
tem uma natureza circular, pois a criação e a evolução são repetidas eternamente, em
ciclos de renovação e destruição simbolizados pela dança rítmica do deus Shiva. "Na
noite do Brahma – essência de todas as coisas – a natureza é inerte e não pode se
mover até que Shiva assim o deseje. Shiva desperta de seu sono profundo e através
de sua dança faz aparecer a matéria à sua volta. Dançando, Shiva sustenta seus
infinitos fenômenos e, quando o tempo se esgota, ainda dançando, ele destrói todas
as formas por meio do fogo e se põe de novo a descansar".

Islamismo
O criacionismo islâmico é a crença de que o universo (incluindo a humanidade)
foi criado diretamente por Deus, como é explicado no Alcorão. Ele geralmente vê o
Livro do Gênesis como uma versão corrompida da mensagem de Deus. Os mitos da
criação do Alcorão são vagos e permitem uma ampla gama de interpretações
semelhantes aos de outras religiões abraâmicas. Os muçulmanos em geral aceitam
as posições científicas sobre a idade da Terra e do universo, porém, ao contrário dos
muçulmanos Ahmadi, não aceitam a evolução. Os muçulmanos acreditam que os
humanos foram inseridos na Terra em uma data muito posterior a partir da criação da
terra.[carece de fontes]
O Islã também tem seu próprio evolucionismo teísta, que sustenta que a análise
científica dominante sobre a origem do universo, é apoiada pelo Alcorão. Alguns
muçulmanos acreditam no criacionismo evolucionista, especialmente entre os
movimentos liberais dentro do islamismo.
Khalid Anees, presidente da Sociedade Islâmica da Grã-Bretanha, em uma
conferência chamada "Criacionismo: Ciência e Fé nas Escolas", fez as citações
seguintes:[26] Não há contradição entre o que é revelado no Alcorão e a seleção
natural e sobrevivência do mais apto. No entanto, alguns muçulmanos, como Adnan
Oktar, não concordam que uma espécie possa se desenvolver a partir de outra.[27]
Mas também há um movimento crescente de criacionismo islâmico.
Semelhante ao criacionismo cristão, não há preocupação em relação a conflitos
percebidos entre o Alcorão e os principais pontos da teoria evolucionista. O local
principal desse movimento é a Turquia, onde menos de 25% das pessoas acreditam
na evolução.[28]
Existem vários versículos do Alcorão que alguns escritores modernos têm
interpretado como sendo compatíveis com a expansão do universo, as teorias do Big
Bang e Big Crunch.[29] [30] [31]
Muitos países de maioria islâmica aboliram o uso de livros didáticos que contêm
dados sobre a evolução humana.[32]

Judaísmo e cristianismo
Na tradição judaico-cristã sobre a criação divina do mundo, que é baseado em
Gênesis, um ser único e absoluto, denominado Javé ou Jeová (ou Deus), perfeito,
incriado, que existe por si só e não depende da existência do Universo, é o elemento
central da estrutura criacionista. Exercendo seu infinito poder criativo, ele criou o
Universo em seis dias e no sétimo descansou. Sempre através de palavras, no
primeiro dia, ele fez a luz e separou o dia da noite; no segundo dia, ele criou o céu; no
terceiro dia, a terra e o mar, as árvores e as plantas; no quarto dia, o Sol, a Lua e as
estrelas; no quinto dia, os peixes e as aves; e, no sexto dia, ele criou os animais e,
por fim, ele fez o homem e a mulher (Adão e Eva) à sua imagem e semelhança.
4- DE ACORDO COM A TEORIA CRIACIONISTA:
-Deus criou o homem e os demais seres vivos já na forma atual há menos de 10 mil
anos;
-Os fósseis (inclusive de dinossauros) são animais que não conseguiram embarcar na
Arca de Noé a tempo de salvarem-se do dilúvio;
-Deus teria criado todos os seres vivos seguindo um propósito e uma intenção;
-O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus e, portanto, não descende de
primatas;
-Não há como comprovar a hipótese evolutiva em laboratório e, portanto, ela não é
científica;
-Desde Darwin, vários aspectos de sua teoria já foram revistos, o que prova sua
inconsistência;
-A Segunda Lei da Termodinâmica demonstra que os sistemas tendem naturalmente à
entropia (desorganização);
-A perfeição dos seres vivos comprova a existência de um Criador inteligente;
-Mesmo admitindo a evolução, ela só poderia ser de origem divina por caminhar
sempre no sentido da maior complexidade e do aperfeiçoamento biológico;
-A origem da vida ainda não é explicada de modo satisfatório pelos evolucionistas
4.1 Grupos criacionistas

Neocriacionismo
Também chamado de Design inteligente, corrente surgida por volta de 1920 nos
EUA, defende a idéia de que houve influência de uma entidade inteligente na criação
dos seres vivos. Grupos religiosos desta corrente têm lutado para incluir este ensino
nas escolas em pé de igualdade com o ensino da evolução. Os evolucionistas a
consideram apenas o criacionismo clássico travestido de pseudociência para poder
ser ensinado nas escolas, assim foi considerado em decisão judicial pelo juiz John
Jones, que proibiu seu ensino em escolas públicas.

Criacionismo Clássico
Quanto à difusão do criacionismo clássico, segundo uma pesquisa do Instituto
Gallup veiculada pela Folha SP, 90% dos norte-americanos acreditam em um Deus
criador, sendo que 45% acham que a criação ocorreu exatamente como o livro do
Gênesis descreve. A pesquisa mostra que entre os membros da Academia Nacional
de Ciências americana, 10% expressam crença num deus, o que não significa
necessariamente que sejam criacionistas. A maioria é evolucionistas teístas, como
Francis Collins, que deixa claro seu repúdio tanto ao criacionismo quanto ao design
inteligente em seu livro “The Language of God: A Scientist Presents Evidence for
Belief” (publicado em Julho de 2006).

Criacionismo da lacuna
O Criacionismo da lacuna sustenta que há uma enorme e não mencionada
lacuna entre dois eventos da Bíblia. Há várias hipóteses sobre onde estaria essa
lacuna. Algumas possibilidades são:
entre a primeira e a segunda frase do Gênesis,o que significa que após Gênesis 1:1,
que diz "No princípio, criou Deus os céus e a terra", milhões ou bilhões de anos
passam. Durante esse período, algo catastrófico leva a Terra à decadência, então
acontece Gênesis 1:2: A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre
a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Nesse ponto, os
seis dias da criação (ou, no caso, recriação) começam.
Entre o sétimo dia da criação (o dia do descanso) e quando Adão come a maçã,
causando a Queda do Homem,o que significa que Adão e Eva viveram no Paraíso por
milhões ou bilhões de anos antes da Queda.

Criacionismo da idade diária
Vê o problema do tempo a partir de um ângulo diferente. Essa explicação
afirma que, uma vez que Deus não criou o sol e a lua até o quarto dia da criação, o
conceito de dias de 24 horas não existia quando a criação começou e quando o "dia"
no mundo foi usado pela primeira vez. Então, um "dia da criação" pode ser qualquer
período. Os criacionistas da idade diária vêem cada "dia" da criação como um período
de milhões ou bilhões de anos, considerando a idade cientificamente determinada da
Terra dentro da moldura da Bíblia.

Criacionismo moderno
É a forma mais comum de criacionismo nos Estados Unidos atualmente. Esse
tipo de criacionista aceita alguns aspectos da evolução. Por exemplo: ele acredita que
a microevolução (evolução dentro das espécies) pode ocorrer com a permissão de
Deus; entretanto, rejeita a macro evolução (evolução entre as espécies) e a teoria da
seleção natural. Um criacionista moderno acredita que Deus criou cada tipo de
organismo a partir do nada.
4.2 Newton, o criacionista
Richard Bentley, clérigo e destacado erudito clássico, apresentou a primeira
série de palestras em 1692. Na preparação para suas palestras, Bentley buscou a
ajuda de Newton, que já era famoso por seus Principia (1687). Bentley esperava
demonstrar que, segundo as leis físicas que governam o universo natural, teria sido
impossível os corpos celestes surgirem sem a intervenção de um agente divino.
Desde então, Bentley e Newton trocaram uma correspondência “quase
teológica”. Newton declarou: “Quando escrevi meu tratado sobre nosso sistema, tinha
meus olhos voltados a princípios que podiam funcionar considerando a crença da
humanidade em uma Divindade, e nada me dá maior prazer do que vê-lo sendo útil
para este fim.
Newton escreveu de novo: “Os movimentos que os planetas têm hoje não
podiam ter originado em uma causa natural isolada, mas foram impostos por um
agente inteligente”
Outros escritos confirmam a forte crença de Newton num Criador, a quem ele
se referia freqüentemente como o “Pantokrator”, termo grego, o Todo-Poderoso, “com
autoridade sobre tudo que existe, sobre a forma do mundo natural e sobre o curso da
história humana”.
Newton expressa suas convicções com clareza: “Precisamos crer que há um
só Deus ou monarca supremo a Quem podemos temer e guardar Suas leis e dar-Lhe
honra e glória. Devemos crer que Ele é o Pai de quem vêm todas as coisas, e que
ama Seu povo como seu Pai. Devemos crer que Ele é o ‘Pantokrator’, Senhor de todas
as coisas, com poder irresistível e ilimitado domínio, do qual não podemos esperar
escapar, se nos rebelarmos e seguirmos a outros deuses, ou se transgredirmos as
leis de Sua soberania, e de Quem podemos esperar grandes recompensas se
fizermos Sua vontade. Devemos crer que Ele é o Deus dos judeus, que criou os céus
e a terra e tudo que neles há, como expresso nos Dez Mandamentos, de modo que
podemos agradecer-Lhe pelo nosso ser e por todas as bênçãos desta vida, e guardarnos de usar Seu nome em vão ou adorar imagens de outros deuses. ”
5 O QUE É EVOLUCIONISMO?
Evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos cientistas
para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo
do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam. O principal
cientista ligado ao evolucionismo foi o inglês Charles Robert Darwin (1809-1882),
que publicou, em 1859, a obra Sobre a origem das espécies por meio da seleção
natural ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida, ou como é mais
comumente conhecida, A Origem das Espécies.
6 O QUE DIZ A CIÊNCIA?
A teoria evolucionista é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em
desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert
Darwin.
No final do século XVIII a sociedade ainda não atingia os níveis de
desenvolvimento social que agora conhecemos, a maioria da população destinava a
totalidade de seu tempo a cobrir suas necessidades básicas em um duro ambiente
trabalhista e ficavam fora de seu alcance costure tão habituais hoje em dia como a
previdência e a educação. Isto fazia com que a ciência fosse patrimônio de uma
minoria culta e com certa holgura econômica.
Neste panorama começaram-se a fraguar as primeiras teorias evolutivas. A
população de modo geral seguia as diretrizes religiosas referidas na Gênese sobre a
origem da vida e a criação das espécies, o que atualmente conhecido Criacionismo,
no que todas as espécies, animais e vegetais foram criadas por Deus em um momento
único e tal como hoje as conhecemos. Mas dentro da minoria instruída já existia um
importante grupo de cientistas para os que estava suficientemente claro que isto não
era assim, senão que as espécies estavam sujeitas a variações no tempo que as fazia
aparecer, se desenvolver, e se extinguir, ou se transformar em outras, isto é, evoluir.
O tão conhecido naturalista Charles Darwin nasceu na Inglaterra em 1809 e foi o
responsável, juntamente com Alfred Wallace, pela publicação da Teoria da Evolução.
.Darwin elaborou sua principal obra a partir de uma pesquisa realizada em
várias partes do mundo, após uma viagem de circum-navegação ocorrida entre 1831
e 1836, coordenada pelo Almirantado britânico. Nessa viagem, o cientista inglês
pôde perceber como diversas espécies aparentadas possuíam características
distintas, dependendo do local em que eram encontradas.
Darwin pôde perceber ainda que entre espécies extintas e espécies presentes
no meio ambiente havia características comuns. Isso o levou a afirmar que havia um
caráter mutável entre as espécies, e não uma característica imutável como antes era
comum entender. As espécies não existem da mesma forma ao longo do tempo, elas
evoluem. Durante a evolução, elas transmitem geneticamente essas mudanças às
gerações posteriores.
Entretanto,
para
Darwin,
evoluir
é
mudar
biologicamente
(e
não
necessariamente se tornar melhor), e as mudanças geralmente ocorrem para que
exista uma adaptação das espécies ao meio ambiente em que vivem. A esse
processo de mudança em consonância com o meio ambiente Charles Darwin deu o
nome de seleção natural.
A teoria elaborada por Charles Darwin causou grande polêmica no meio
científico. Isso mesmo tendo existido antes dele cientistas que já afirmavam que toda
a alteração no mundo orgânico, bem como no mundo inorgânico, é o resultado de
uma lei, e não uma intervenção miraculosa, como escreveu o naturalista francês
Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829).
Havia ainda à época uma noção de que as espécies tinham suas
características fixadas desde o início de sua existência, não havendo o caráter de
mudança não divina apontada pelo cientista inglês. Tal concepção era fortemente
influenciada pela filosofia religiosa cristã, da criação por Deus de todos os seres vivos
desde o início do mundo. Até Charles Darwin teve suas convicções religiosas
abaladas com os resultados de suas pesquisas, o que o levou a se recusar a
apresentá-los por cerca de vinte anos.
Uma polêmica constante na teoria evolucionista está relacionada com os
seres humanos. No que se refere à evolução de homens e mulheres, o evolucionismo indica que nós temos um ancestral comum com algumas espécies de
macacos, como o chimpanzé. Pesquisas recentes de decodificação do genoma
indicam uma semelhança de 98% entre os genes de seres humanos e chimpanzés.
Porém, isso não quer dizer que o homem descende do macaco. Indica apenas que
somos parentes.
Antes que a teoria da evolução de Charles Darwin fosse aceita como correta
pelo meio científico (e isso só aconteceu uns cem anos depois de sua morte) vários
outros pesquisadores (alguns nem tanto...) criaram teorias para tentar explicar a
evolução dos seres vivos. Um deles foi Jean – Baptiste Pierre Antoine de
Monet (1744-1829).
Também conhecido como Chevalier de Lamarck, o naturalista francês que
ainda estudou medicina, física e meteorologia, publicou a teoria que hoje chamamos
de “lamarckismo” no seu livro “Philosophie Zoologigue” (1809).
A teoria de Lamarck baseou-se em dois princípios básicos: o conceito de que
é uma característica intrínseca dos seres vivos evoluírem para um nível de
complexidade e perfeição cada vez maiores, motivo pelo qual Lamarck acreditava
que os seres haviam evoluído de micro-organismos simples originados de matéria
não viva (teoria da geração espontânea, bastante popular na época de Lamarck),
para organismos mais complexos; O segundo princípio foi o do “uso e desuso”, que
o foi o ponto crucial da teoria de Lamarck e dizia, basicamente, que o que não é
usado atrofia e o que é usado se desenvolve sendo passado para as gerações
futuras. Ou seja, órgãos, membros e outras características dos seres vivos que
fossem usadas acabariam se desenvolvendo e passando de geração para geração.
Ocorrendo a transmissão hereditária das características adquiridas.
Entretanto a publicação em 1859 de “A origem das espécies” , de Charles
Darwin, abalou o fundamento principal da teoria de Lamarck afirmando que a
evolução das espécies se daria pelo processo de seleção natural e não pelo uso e
desuso. Segundo a teoria de Darwin algumas pequenas variações nos organismos
surgiriam ao acaso e, caso essas variações os tornassem mais aptos que os outros
organismos estes sobreviveriam transmitindo suas características aos seus
descendentes. Ou seja, na teoria de Lamarck o uso acarretaria a evolução, já na
teoria de Darwin a evolução se daria pelo acaso aliado a seleção natural.
Para simplificar, vamos usar um exemplo bastante comum para explicar a
teoria de Lamarck: imagine que as girafas, antigamente, tinham pescoços bem
menores que o das girafas atuais e que, por isso, elas tivessem que esticar seus
pescoços repetidamente para alcançar as copas das árvores e se alimentar. Esse
movimento constante de estiramento do pescoço (uso) teria causado um
alongamento no pescoço das primeiras girafas e, por isso, seus descendentes teriam
nascido com pescoços mais longos que seus pais e assim sucessivamente até
originar as girafas de pescoço longo que vemos atualmente.
Já Darwin explicaria de outra forma: segundo sua teoria entre as girafas de
antigamente com pescoços pequenos teriam nascido, aleatoriamente, alguns
indivíduos com pescoço mais longo o que faria com que conseguissem alcançar a
comida na copa das árvores. Já as girafas que nasceram com pescoço pequeno não
conseguiriam alcançar a comida e morreriam de fome ou simplesmente ficariam em
desvantagem na hora de acasalar. Assim, apenas as girafas de pescoço longo
conseguiriam procriar transmitindo suas características para seus descendentes e
estes para as próximas gerações.
Aqui, ambas as teorias concordam que as características seriam transmitidas
para as gerações posteriores e gradativamente sendo aperfeiçoadas. Ou seja,
Lamarck não estava completamente errado, mas seu erro foi crucial para que sua
teoria caísse por terra.
O fato é que a teoria de Lamarck caiu em descrédito e a teoria da evolução
de Darwin, hoje chamada de “Teoria da Evolução Sintética” é que foi aceita como
verdadeira pelos cientistas.
6.1 Charles Robert Darwin (1809-1882)
Darwin desenvolveu com grande rapidez suas idéias evolucionistas em várias
frentes, seus cadernos de notas não refletem um processo ordenado de agregado e
racionalização. Em julho de 1837 começou a recolher em seu livro de notas feitos
referentes à formação e transformação dos animais domésticos e as plantas. A fim
de resolver o problema do mecanismo da evolução, começou por estudar a formação
de raças em animais domésticos e plantas cultivadas. Já que o homem conseguiu
obter formas muito diferentes na cada uma destas espécies, aparece muito clara a
transformação e diversificação de diferentes linhas de descendência. Selecionando
instâncias adequados guia-se a criação em uma direção determinada. Darwin
pensou, portanto, que a "seleção" devia ser a chave na formação de novas espécies,
mas não encontrava na natureza uma força que atuasse em sentido análogo à
seleção realizada pelo homem.
A leitura casual o 28 de setembro de 1838 do "Ensaio sobre a população", de
Thomas Robert Malthus, ajudou-lhe a encontrar a explicação, tanto tempo buscada,
sobre a formação das espécies. Malthuspostuló que as populações humanas
tendem a crescer em progressão geométrica, enquanto os meios de subsistência de
que dispõem o fazem só em progressão aritmética. Darwin aplicou o conceito de luta
pela existência ao reino animal e vegetal e deduziu que as variações que se
produzem nos indivíduos de uma espécie tenderão a se conservar em seus
descendentes no caso de ser favoráveis, porque à longa serão eliminados os
indivíduos menos adaptados ao médio. Chamou a atenção que deveram passar 40
anos
para
que
alguém
percebesse
os
envolvimentos
evolutivos
do
princípio malthusiano, que era de domínio público. O princípio de Malthus tinha como
fim argumentar contra a mudança, para rebatir a ilusão dos ilustrados de que por
médio da reforma social pode ser produzido o progresso humano. O raciocínio de
Malthus foi que o progresso é impossível a não ser que exista um abastecimento
ilimitado de recursos. Para Malthus a luta pela existência descartava toda mudança.
Charles Darwin elaborou pela primeira vez a teoria da evolução como um
argumento coerente em um breve bosquejo (conhecido como "o sketch", "esquema"
ou "notas sobre a transmutación das espécies") de 35 páginas escrito em junho de
1842, seguido por um ensaio mais extenso (conhecido como "o Essay", "ensaio" ou
"rascunho sobre as espécies"), de 231 páginas, em 1844, que contém em essência
as principais idéias de sua principal obra, publicada 15 anos mais tarde. O 5 de julho
de 1844 escreve aEmma: "Acabo de finalizar o esquema de minha teoria das
espécies. Se, como acho, minha teoria no futuro fosse lida, embora só fosse por um
crítico competente, suporá um avanço considerável na ciência. Nenhum dos
rascunhos o escreveu para o publicar, mas Darwin lhe encarregou a sua mulher a
publicação do ensaio de 1844 em caso de morte prematura. Sem publicar nada
sobre o tema, continuou trabalhando nele durante muitos anos. No mesmo ano em
que Darwin completou seu "ensaio sobre as espécies", 1844, se publicou na
Inglaterra uma obra de autor anônimo, "Vestiges of the "Natural Historyof Creation"
(Vestígios da História Natural da Criação). Tratava-se de uma extensa obra popular
com especulações evolucionistas, que acrescentou muito pouco à discussão
científica do problema. Este livro teve um grande sucesso entre o público geral, não
científico, mas também se comentou detalhadamente em revistas científicas
importantes, e provocou uma forte reação contrária da comunidade científica.
Produziu-se uma grande curiosidade sobre o autor dos "Vestiges", já que o livro
tinha-se publicado como anônimo, mas anos mais tarde, em 1884, ao se publicar
a duodécima edição, póstuma, se soube que era escrito por Robert Chambers, um
editor escocês. O principal mérito deste livro foi preparar ao público para receber a
obra de Darwin. Suas atividades de escritor e estudioso alternava-as com conversas
e intercâmbio de idéias com cientistas importantes, tais como Robert Brown,
Alexander von Humboldt, o astrônomo e matemático John Herschell, a quem
conhecia durante seu passo por Cidade do Cabo, e por suposto com John
Séc. Henslow e Charles Lyell.
6.2 Idéias de Darwin
- Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os
caracteres, não sendo portanto idênticos entre si.
- Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos
descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade
adulta.
-O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos
constante ao longo das gerações.
Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de
nascerem muitos indivíduos poucos atingem a maturalidade, o que mantém
constante o número de indivíduos na espécie.
Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do
ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos
organismos com variações menos favoráveis.
Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de
deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes
apresentam essas variações vantajosas.
Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os
indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio.
6.3 Jean Baptiste Lamarck (1744-1829).
A teoria da evolução mais estruturada da época elaborou-a este colaborador
de Buffon e também professor do Museu de História Natural. No ano 1800 pronuncia
uma conferência inaugural na que expõe uma teoria coerente sobre a transformação.
Admite a existência de uma evolução das espécies e trata de dar-lhe uma explicação
racional. A idéia central é que dita evolução é obra da natureza, que se vale de
infinitos recursos para produzir espécies; entre eles dois são os mais importantes: o
tempo e as condições favoráveis.
Os efeitos destes fatores determinam a transformação progressiva das
faculdades dos organismos, que se fortalecem pouco a pouco, se diversificam e dão
local a mudanças que se transmitem àdescendencia.
Segundo Lamarck, existe na natureza uma gradación #sutil, que vai dos
animais mais simples aosmamíferos e ao ser humano. No entanto, dentro da cada
grupo, as espécies não seguem esta gradación, senão que se diversificam porque
as influências do médio provocam outras transformações. Assim, agradación fica
alterada pelas atividades dos organismos no momento de sua própria transformação
e pela herança destas transformações.
Deste modo, Lamarck situa a evolução à margem do criacionismo e ao nível
do próprio indivíduo. Deus vai passar a ser, segundo ele, o criador da natureza, a
qual produzirá os seres vivos.
Ao aceitar a noção de Buffon da grande idade do mundo, deduziu que as
condições que a superfície terrestre deviam haver sofridos grandes mudanças, de
modo que os seres vivos tiveram de se adaptar a elas. Em sua opinião, fizeram-no
aprendendo e lutando, tratando sempre de se adaptar, e, enquanto, alterando sua
forma e seu comportamento. O clássico exemplo alegado para ilustrar a idéia
de Lamarck é o do alongamento do pescoço da girafa: por esticar uma e outra vez o
pescoço para chegar melhor ao alimento, consegue ter vértebras mais longas.
Todas as mudanças úteis que a girafa conquistou durante sua vida,
apareceram em sua descendência, voltando a ocorrer com esta o próprio.
Atualmente, isto se conhece com o nome de teoria dos caráteres adquiridos. Do
mesmo modo, o desaparecimento de órgãos justificava-se com o falhanço de usálos, como o peixe cego que habita em cavernas tenebrosas.
A diferença destas ideias com as de Darwin é mais #sutil do que se acha
habitualmente. Darwin também falava da influência do uso e desuso dos órgãos
como base da variação, mas Lamarck cria em uma força interior ao indivíduo que
provocava todas estas mudanças.
Lamarck, ao invés do que se acha, é prudente e trata de evitar todo conflito
frontal com a igreja; mas nessas proposições formuladas de forma hipotética utiliza
para o aparecimento do ser humano os mesmos argumentos que para o
aparecimento das espécies, e define as etapas necessárias para seu aparecimento:
....se uma raça qualquer de cuadrúmanos, designadamente a mais aperfeiçoada
de todas, perdesse pela força das circunstâncias, ou por qualquer outra causa, o
hábito de trepar às árvores e de agarrar os ramos com os pés, como se fossem
mãos, para aferrarse, e se os indivíduos desta raça, durante uma série de gerações,
se vissem obrigados a servir dos pés para caminhar e deixassem de empregar as
mãos ao igual que os pés, não cabe dúvida que (...) esses cuadrúmanos se
transformarão, à sobremesa, em bímanos e que o polegar de seus pés deixará de
estar separado do resto dos dedos, com o que ditos pés só servirão para caminhar.
(Curiosamente, os experimentos para provar a "herança dos caráteres
adquiridos" tiveram um augetardio na década dos 50 do século XX, após
que Lysenko empreendesse
em
1948
uma
extensa
campanha
contra
o
"reaccionario mendelismo-morganismo" dos países capitalistas. Ocorreu-se lhe
plantar grandes extensões de cereais nas gélidas estepas russas e siberianas faria
com que as plantas adquirissem resistência ao frio para, assim, incrementar a
extensão de terras dedicadas ao cultivo de cereais e acabar com o problema da
alimentação. Greve dizer o que ocorreu: a ruína deste projeto, o atraso em ciência
genética da União Soviética em várias décadas com respeito ao resto dos países e,
como não, o esquecimento de Lysenko.)
Continuando com o que nos ocupa, os ataques de Cuvier terminaram por
convencer a seus coetâneos incapacidade de Lamarck como científico: seguia
convencido de que a matéria estava formada pelos quatro elementos aristotélicos(
terra, fogo , ar e água) e se opunha às novas teorias sobre os elementos químicos
de Lavoisier. Cuvier chegou
senhor Lamarck passará
a
à
dizer:
história
"A
teoria
como
da
modelo
evolução
do
de desatino".
No final do século XIX, verdadeiro número de cientistas o redescubrieron e se
valerão dele para contra restar o darwinismo.
Embora a teoria lamarckiana não resistiu o avanço de novos conhecimentos
contribuiu de maneira importante à gradual aceitação da evolução biológica.
. Com tudo, Lamarck nunca expôs com clareza nem razoou de forma coerente
suas opiniões, daí que suas ideias nunca fossem tomadas muito em sério durante sua
vida. Sua teoria da evolução sofreu grandes contratempos a mãos de Cover, que
defendia
suas
próprias
ideias
desde
uma
posição
científica
bem
mais
sólida. Lamarck morreu sem excessivo reconhecimento científico para suas ideias,
que não foram reveladas com rigor até a segunda metade do século XIX em que se
lhe reconheceu compensador profundo e avançado para sua época. Darwin recolheu
muito de seus pensamentos para o desenvolvimento de sua doutrina da evolução das
espécies.
6.4 Idéias de Lamarck
- A vida origina-se por geração espontânea. Era está uma ideia largamente aceitada
na época, e somente foi descartada muito depois graças à os trabalhos de Pasteur.
- A vida tem uma tendência inata à perfeição. Este grande impulso vital (élan vital,
como lhe chamo a literatura vitalista francesa) é o verdadeiro motor da evolução.
- O caminho da evolução é essencialmente linear. As formas de vida, impulsionadas
por sua tendência inata, evoluem para uma crescente perfeição ao longo de uma única
senda essencial. A escala zoológica representa justamente uma série de estádios ao
longo desse caminho.
- A essa grande tendência deve ser agregado a noção de que as diferentes formas de
vida podem ser paradas nos diferentes estádios, ou ainda se desviar para caminhos
laterais. Esta ideia antecipa em verdadeiro sentido a moderna e darwinista ideia da
evolução como série de ramificações sucessivas, embora sem dúvida foi uma noção
secundária para Lamarck.
- A adaptação dos organismos ao médio deve-se, não só a seu impulso vital
que empurra-os para uma crescente perfeição, senão a um mecanismo específico de
ajuste ao médio: a herança dos caráteres adquiridos. Do resumo das ideias
lamarckistas , desprende-se que existem dois grandes mecanismos de evolução. Em
primeiro lugar existe um impulso vital para a perfeição, que é um motor interno da vida
mesma, tem um caráter general e uma grande direção principal. Em segundo local
existe o fenômeno da adaptação ao médio mediante a herança dos caráteres
adquiridos, que é um mecanismo condicionado às circunstâncias particulares, e cujo
sentido e caráter são por tanto específicos para a cada situação. A cada um destes
dois postulados lamarckistas de evolução foi fonte de inspiração para uma escola
particular de pensadores.
7 QUESTIONÁRIO
NOME: _______________________________________________
1 - Qual seu gênero?
( ) Homem ( ) Mulher
2- Qual sua faixa etária?
( ) Menor de 15 anos
( ) De 16 a 18 anos
( ) De 19 a 30 anos
( ) De 31 a 40 anos
( ) Maior de 40 anos
3- Qual sua religião?
( ) Catolicismo
( ) Evangélico ( protestante)
( ) Espiritismo
( ) Outra
4- Em sua opinião qual teoria explica a origem da vida?
( ) Teoria da evolução ( evoluímos das espécies)
( ) Teoria do criacionismo ( fomos criados por Deus )
5- Você crê em alguma das alternativas abaixo?
( ) Céu e inferno
( ) Reencarnação
( ) Vida eterna
( ) Nenhuma das alternativas
6 – Você já ouviu falar em um dos cientistas abaixo?
( ) Oswald Avery
( ) Jean Baptiste
( ) Gregor Mendel
( ) Charles Darwin
7- Em sua opinião quem criou o universo?
( ) Deus ( ser divino)
( ) Big bang ( grande explosão a partir do nada )
8- Como você resumiria a evolução das espécies?
( ) Fato
( ) Absurdo
9- O ser humano necessita de religião? Porque?
________________________________________
10 - È possível harmonizar fé com a Ciência?
( ) Sim
( )Não
GRÁFICOS
QUAL SEU GÊNERO?
35%
Homem
Mulher
65%
OBS: 32% das mulheres tem de 16 a 18 anos e 20% dos
homens tem de 16 a 18 anos
QUAL SUA FAIXA ETÁRIA?
20%
18%
Menor de 15 anos
6%
De 16 a 18 anos
4%
De 19 a 30 anos
De 31 a 40 anos
52%
Maior de 40 anos
OBS: 12% das pessoas maiores de 40 anos são mulheres e 8% são
homens
QUAL SUA RELIGIÃO?
10%
15%
10%
Catolicismo
0%
Evangélico
Budismo
Espiritismo
Outra
65%
OBS: 4% não tinha religião
EM SUA OPNIÃO QUAL TEORIA EXPLICA A ORIGEM DA
VIDA?
30%
70%
Teoria da
evolução(evoluimos
das espécies)
Teoria do
criacionismo(fomos
criados por Deus
OBS: 4% que acredita na teoria da evolução são espiritas, 4%
são evangélicas e 8% são católicas.
VOCÊ CRÊ EM ALGUMAS DAS ALTERNATIVAS ABAIXO?
8%
Céu e inferno
17%
Reecarnação
60%
Vida eterna
15%
Nenhuma das
alternativas
OBS: das pessoas que acreditam em céu e inferno 14% acreditam na
teoria do evolucionismo.
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DE UM DOS
CIENTISTAS ABAIXO?
10%
0%
Oswald Avery
15%
Jean Baptiste
Gregor Mendel
Charles Darwin
75%
OBS: 14% que já ouviu falar em Charles Darwin não tem
religião
EM SUA OPINIÃO QUEM CRIOU O UNIVERSO?
35%
Deus( ser divino)
65%
Big Bang( grande
explosão apartir do
nada)
OBS: 2% das pessoas que acredita no big bang é católica, e 2% que
acredita em Deus acredita na teoria da evolução.
COMO VOCÊ RESUMIRIA A EVOLUÇÃO DAS
ESPÉCIES ?
25%
75%
OBS: 2% que resumiu a evolução como absurdo não conhece nenhum
cientista.
O SER HUMANO NECESSITA DE RELIGIÃO?
30%
Sim
Não
70%
OBS: 4% das pessoas que disseram que sim não tinha
religião
É POSSIVÉL HARMONIZAR A FÉ COM A CIÊNCIA?
25%
Sim
Não
75%
OBS: 50% das pessoas que responderam sim tem alguma religião
9 ARGUMENTOS A FAVOR DO CRIACIONISMO
9.1 Porque o criacionismo é óbvio
Afirmo que o ateísmo é uma forma de fé porque a ciência prova que algo existe
ou não.
A verdade possui sintonia com a moderação e, seguramente, não se consegue
defender uma verdade com ofensa ou sarcasmo. Por esse motivo, decidi escrever
esse artigo para esclarecer alguns pontos importantes sobre as críticas que recebo
em relação à minha fé e sobre os questionamentos feitos por alguns que se dizem
ateus e se propõem a atacar a quem quer que seja que tenha alguma fé diferente da
sua.
Afirmo que ateísmo é uma forma de fé porque a ciência prova que algo existe
ou não. Por isso há o sinal científico de existe e não existe. Basta consultar um livro
de matemática, física e outras ciências que usam a lógica para aprender a respeito.
Assim, se alguém afirmar cientificamente algo, deve provar. Se não submeter ao crivo
da prova científica, é fé. Como ateus não provam que Deus não existe, afirmam por
fé. Do contrário, no máximo poderão afirmar: “não sei se Deus existe”.
Preliminarmente sei que o mundo está em constante evolução. A altura média
do homem hoje é maior do que há 100 anos atrás. Há evoluções geológicas
decorrentes de erosões, movimentos sísmicos, e outras. Há também animais que se
extinguem e várias outras formas de evolução. A linha do evolucionismo que sou
contrário é a que afirma ou induz que o universo surgiu espontaneamente ou que
afirma que o homem originou-se do macaco.
Alguns ateus alegam que não há artigos científicos sobre o criacionismo. Acho
que artigos desta natureza são dispensáveis. Os artigos científicos não costumam
debater coisas óbvias. O que é aceito como pressuposto, premissa ou verdade
universal dificilmente se torna objeto de polêmicas que mereçam grande concentração
de esforço da pesquisa científica.
Achar, por exemplo, que estruturas complexas, funcionais, regidas por leis
científicas modeláveis surgiram espontaneamente parece ser pouco razoável.
Quanto mais complexas, mais difíceis são de serem criadas. Mais difíceis ainda
de terem surgido espontaneamente.
Por exemplo, não vejo artigos científicos que confrontam posições de cientistas
que queiram provar que um mais um não seja dois. Isso é uma premissa aceita e, se
alguém quiser fazer uma demonstração diferente, esta pessoa precisará derrubar esta
premissa.
Se levarmos para o lado prático, esta situação pode ser ilustrada pela seguinte
situação: se astronautas encontrarem na lua uma casa construída de acordo com as
normas de engenharia, um grupo de pessoas poderá pensar que alguém construiu a
casa seguindo as referidas normas. Outras poderão achar que foi um processo
evolutivo que permitiu o surgimento daquela casa, já que a lua não é habitada por
seres humanos.
Quem acha que alguém construiu a casa, parte da premissa que pessoas
estiveram lá. Quem acha que surgiu por processos evolutivos, tentará encontrar
argumentos que justifiquem esta hipótese partindo de algumas premissas.
Ambos entenderão que a casa teve etapas intermediárias de construção e
provarão isso. As evidências mostrarão diversas etapas da “evolução” ou “construção”
daquela casa. Se for um mecanismo mais complexo, será mais difícil ainda acreditar
que teria surgido espontaneamente.
Se ninguém assistiu a construção não haverá testemunhas e o debate se
estabelecerá. Neste caso, eu ficaria com os que acreditam que alguém esteve lá, pois
não é comum casas com instalações elétricas e hidráulicas aparecerem construídas
aqui na terra, muito menos na lua onde os materiais e condições físico-químicas são
diferentes daqui. Se for um equipamento mais complexo, mais certeza ainda eu teria
de que alguém projetou e construiu. Jamais vi algo na engenharia que me fizesse
acreditar diferente.
Se eu fosse pesquisar o tema, investiria na linha de descobrir quem esteve lá,
jamais na outra de achar que a construção surgiu espontaneamente.
Estudando, percebi que tanto na física clássica quanto na física quântica, no
mundo macro e no mundo micro, há leis universais modeláveis. Há efeitos de alta
complexidade que envolvem estruturas macroscópicas e microscópicas.
Estudando química e física nuclear percebi que estruturas cristalinas
microscópicas são complexas e bem construídas, com perfeição extraordinária.
Reações químicas e nucleares possuem perfeição e beleza digna de estudos,
pesquisas e apreciação. Estas coisas todas teriam surgido espontaneamente? As leis
que as regem teriam sido estabelecidas sem nenhuma interferência externa? A
sincronia e perfeição da natureza e do ser humano, tudo se organizou
espontaneamente?
Acreditar no surgimento espontâneo do universo seria o mesmo que acreditar
que ao explodir-se uma montanha, uma cidade poderia ser erguida, ou o mesmo que
a explosão de um ferro velho poderia fazer surgir um carro novo, ou que a explosão
de uma gráfica produziria vários livros impressos, encadernados e prontos para o uso.
A estrutura de uma cidade, de um carro e de um livro é bem mais simples que
toda a estrutura do universo, tanto no aspecto micro, quanto no aspecto macro.
Portanto, prefiro acreditar que há um criador.
Debater o universo afastando-se a hipótese de um criador é uma linha passível
de escolha, mas é contraditória em si mesmo. Enquanto for inconclusiva, está sub
judice, portanto, não merece a mesma credibilidade do que é comprovado
cabalmente. Muito menos afeta argumentos contrários baseados em leis
universalmente aceitas.
Há muitos artigos científicos que debatem a parte do evolucionismo que afasta
a hipótese de um criador. Isso é fruto das várias linhas de pesquisas existentes.
Podem ser honestas, mas certamente há equívocos. Se não houvesse, todos falariam
as mesmas coisas e isso não é verdade. Quanto mais impreciso e difícil de provar,
maior a necessidade de buscar mais argumentos para tentar evidenciar algo que
contraria a lógica geral de várias leis e premissas científicas: matéria e energia não
surgem do nada, senão várias leis científicas já teriam sido derrubadas, como a Lei
de Lavoisier e os estudos de Einstein, Plank e outros.
Quanto ao homem ter vindo do macaco, é uma teoria lastreada em evidências
que entendo serem insuficientes. Não há consenso sobre o tema.
Respeito quem pensa diferente, mas não acredito que meus ancestrais tenham
sido macacos, a não ser que me provem cabalmente. Isso não aconteceu e, pelo que
percebo, as divergências neste debate só reforçam o que acredito.
Ademais, creio em Deus. Eu o conheço. Creio mais ainda, que Jesus Cristo,
Seu filho, morreu na cruz e ressuscitou para pagar pelos meus pecados e para me
garantir vida eterna. É a minha fé. Quem zomba de mim por causa disso mostra a sua
índole e insegurança no que acredita. Tudo bem. Tenho muita paz e segurança no
que creio e não preciso de aprovação para que eu continue crendo.
Eu creio tanto na existência de Deus que declaro isso às pessoas como forma
de mostrá-las o caminho que sigo e que sou feliz. Se alguém quiser segui-lo, a própria
pessoa atestará a sua eficácia. Contudo, respeito às opiniões e escolhas de cada um,
sejam religiosos ou ateus. Não tenho desconforto com opiniões divergentes da minha,
mas tenho segurança que Deus não só existe como tem sido fundamental em cada
etapa da minha vida. Minha história mostra isso.
Quem se irrita com opiniões ou convicções diferentes evidencia claramente
insegurança no caminho que segue. O mecanismo consciente ou inconsciente que
provoca o desequilíbrio capaz de fazer alguém xingar ou ofender outro apenas por
crer diferente é fruto, naturalmente, de uma fé fundamentalista e, também, intolerante.
9.2 O COSMOS E O UNIVERSO
As coisas existentes apontam para uma causa. Uma coisa nova deve ter tido
uma causa antecedente e, portanto, adequada, e assim, até chegar-se a uma Causa
Primeira, que não é um efeito, senão, a causa pura, não causada. “Há sinais dum
desígnio inteligente em toda a natureza. [...] não pode haver poesia sem poeta. Não
pode haver cântico sem cantor. Não pode haver leis sem legislador; e se o universo
está sob o governo da lei, está ipso facto debaixo do autor da lei”.1 A criação nos traz
o invisível ao alcance do visível.
Se o universo originou-se do nada; a matéria é eterna; a matéria não é eterna,
logo, o universo não se originou do nada. A natureza por si só, não é capaz de originarse a si mesma, ela não pode reproduzir-se, o que vem a verificarmos que a existência
de um universo demanda a existência de um Criador, como sendo uma causa prévia
e também eficiente. Cada efeito deve-se ter uma causa adequada. Daí é dito que todo
efeito tem uma causa. Portanto, deve haver uma Causa Primeira que criou o universo.
No entanto, existe uma causa que é eterna. A matéria é uma coisa que fora criada,
surgiu do nada pelo poder criador de uma Primeira Causa.
Essa causa necessariamente tem e deve ser real, porque é impossível que o
nada venha a produzir mais que o nada. Ex nihilo, nihil fit – do nada, nada pode
surgir. “Afirmar que algo se fez existir é afirmar que agiu antes de existir, o que seria
um absurdo. A não-existência não pode engendrar a existência”.2 Se não há nada
que possa criar alguma coisa, isso permite, na verdade exige, que uma realidade não
física seja a causa primeira. A probabilidade de alguma coisa física vir a existir do
nada é zero, não se têm conhecimento de um só evento ou estado físico observado
por outro meio que se tenha originado do nada.
A razão humana argumenta que o universo deve ter tido um princípio. É sabido
que todo efeito deve ter uma causa suficiente. Visto que o universo é um efeito, é
indispensável que venha a ter uma causa. Uma pergunta que surge seria: Como é
que o universo veio a existir? ou Qual a sua origem? Se todo efeito tem uma causa; o
universo surgiu através de um efeito; logo, o universo deve ter uma Primeira Causa.
Esta Primeira Causa tem de ser necessariamente um Criador. “Como se originou tudo
isso? A pergunta é natural, pois as nossas mentes são constituídas de tal forma que
esperam que todo efeito tenha uma causa. Logo, concluímos que o universo deve ter
tido uma Primeira Causa, ou um Criador. ‘No princípio – Deus’ (Gênesis 1.1)”.
Relacionado a isso, notificamos que Deus, através de poder infinito, fez com
que a matéria viesse a existência (“No princípio, criou Deus os céus e a terra” Gênesis
1.1; “1 ¶ Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das
coisas que se não vêem. 2 Porque por ela os antigos alcançaram testemunho. 3 Pela
fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que
aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” (Hebreus 11:1-3 ACF)
Nenhum efeito se pode produzir sem uma causa. O homem e o universo são
efeitos, portanto, devem ter tido uma causa, alguma coisa os originou. Baseados
nisso, chegamos então a uma causa não causada, no caso Deus. “Para que alguma
coisa exista, todas as condições necessárias para a sua existência tem de ser
cumpridas. Nessa série de causas tem de haver ao menos um estado de existência
que exista mas que não deriva a sua existência de alguma outra coisa. Ele é auto
existente, isto é, não foi causado”.
Quando uma casa é levantada, sabemos que por detrás dela está a figura de
um construtor, alguém que planejou a execução da mesma, verificou os detalhes, fez
os planos e finalmente a edificou. Uma casa prova necessariamente o fato de um
construtor. Igualmente o universo prova o fato de um Criador. “Porque toda a casa é
edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.” (Hebreus 3:4 ACF)
A germinação de um feijão nos tem muito a ensinar. Verificamos o seu
nascimento, seu crescimento, bem como o seu desenvolvimento. Isto pode ser visto
da mesma forma em qualquer outra semente da mesma espécie. Paralelamente a
isso a ordem na natureza segue um plano lógico. No universo, as coisas não
acontecem como que por mero acaso ou por simples acidente.
Cada fato, cada evento, tem um plano específico, arquitetado por uma Mente
Sábia, previamente planejado e executado por um Construtor. Portanto, o Cosmos e
o universo revelam o poder de Deus. Notavelmente, o universo fora criado e planejado
por Deus para fins dignos.
9.3 O DESÍGNIO NO UNIVERSO
Imaginemos um relógio. Alguém o fez com certeza, não existiria do nada.
Alguém vir a declarar que não existiu um engenheiro que construiu o relógio, e que
este veio a existência de repente, seria o mesmo que ridicularizar a inteligência e a
própria razão humana. É uma grande insensatez presumir que o universo apareceu
ou “aconteceu”.
“O exame dum relógio revela que ele leva os sinais de desígnio porque as
diversas peças são reunidas com um propósito prévio. Elas são colocadas de tal modo
que produzem movimentos e esses movimentos são regulados de tal maneira que
marcam as horas. Disso inferimos duas coisas: primeiramente, que o relógio teve
alguém que o fez, e em segundo lugar, que o seu fabricante compreendeu a sua
construção, e o projetou com o propósito de marcar as horas. Da mesma maneira,
observamos o desígnio e a operação dum plano no mundo e, naturalmente,
concluímos que houve alguém que o fez e que sabiamente o preparou para o
propósito ao qual está servindo”.
Se o desígnio e a formosura evidenciam-se no universo; existe um arquiteto;
logo, o universo deve ser obra dum Arquiteto. Este arquiteto deve ser dotado de
inteligência suficiente para explicar sua obra, da mesma forma que um relojoeiro
explica a construção do seu relógio. A inteligência não se vê no relógio, mas no
relojoeiro que o projetou. “Assim como um relógio indica um relojoeiro, as evidências
do plano e propósito do mundo apontam para um Criador com propósito”. Nós não
vemos o relojoeiro trabalhando, arquitetando o seu relógio, assim, da mesma forma,
nós não vemos o Arquiteto que projetou este universo, mas mesmo assim sabemos
que funciona.
Existem leis no universo que invariavelmente são cumpridas. Como surgiram
essas leis? Quem as estabeleceu? Isso implica necessariamente na presença de um
legislador uma vez que existem leis. Pois sem lei, não há a necessidade de um
legislador.
Se não há “mente no universo”, também não há mente em nós. Isto quer dizer
que se uma mente não originou este mundo, se as leis que o governam hoje não foram
ditadas com inteligência e propósito sábio, como é possível que nossas mentes
tenham a capacidade de esquadrinhar, descobrir e compreender as ditas leis? [...] A
harmonia em nosso modo de pensar e as leis da natureza apontam na direção de uma
causa inteligente e dirigente. [...] A ordem no mundo e a ordem na nossa mente estão
de acordo porque foram criadas, assim, pelo Deus Sábio.
O mundo foi feito por uma causa inteligente. Exemplos: o esterco dos animais
serve para adubar a terra, mostrando assim a inteligência na criação. O corpo
humano, é algo fantástico, condizendo com um Criador Sábio, todas as suas partes
se ajustam perfeitamente umas às outras e todas elas cooperam para o bom
funcionamento do corpo humano. A perfeita assimetria do olho com a luz é uma prova
de que houve um determinado propósito. “Qualquer coisa que mostre vestígios de
desígnios deve ter sido traçada por algum ser inteligente. O universo mostra sinais de
ordem e desígnio; portanto, deve haver um Planejador; e Deus, por definição, é o
Criador e Planejador. Portanto, Deus existe”.
Se existe um plano; existe um planejador; existe um plano, logo, existe um
planejador.
9.4 DESCARTES E A EXISTÊNCIA DE DEUS
Descartes, filósofo francês (1596 – 1650), tinha como principal método de
estudo, o questionamento de toda verdade que lhe era apresentada, passando-a
primeiro , pelo crivo severo da razão, desconsiderando tudo o que a razão não
aceitasse.
Um de seus estudos foi sobre a existência ou não de Deus. Sem considerarmos
as questões religiosas e de crenças envolvidas em tal assunto, vejamos o que dizia
Descartes.
Para ele a única coisa que realmente pode ser considerada verdadeira é o
pensamento, visto que todo pensamento por si só prova sua existência, ou seja,
mesmo que uma pessoa duvide que o pensamento exista, essa sua dúvida já é um
pensamento. Essa proposição de Descartes fez surgir sua célebre frase: “Penso, logo
existo”, que apesar de pequena guarda grande dimensão filosófica.
Uma vez de posse dessa nova linha de raciocínio, a razão, Descartes passa a
examinar a ideia de perfeição. Quando dizemos que alguma coisa é imperfeita,
estamos usando a ideia de perfeição sob a forma de falta de alguma coisa, ou seja, a
ausência de algo que tornaria perfeita a coisa estudada.
Caso essa coisa estudada estivesse completa, teríamos a noção de um ser
perfeito. Demonstrando que a ideia de perfeição não se origina nos sentidos, mas na
razão, Descartes abre o caminho para a prova racional da existência de Deus. Ao
questionar a origem da ideia de Deus, ele depara com o problema de que essa ideia
não poderia ter surgido do nada, pois o nada, nada cria e nenhum ser, muito menos
um ser perfeito, pode ter surgido do nada.
Seguindo este raciocínio, Descartes afirmou, também, que um ser imperfeito
não pode ser a causa da criação de um ser perfeito, pois o menos não pode ser a
causa do mais. A ideia de perfeição nasce junto com o homem, é uma ideia inata.
Resta a ideia de que a perfeição não tendo sua origem no nada e nem tampouco em
um ser imperfeito por natureza, só pode ter sido posta na razão por um ser perfeito.
Um ser perfeito pode ser a sua própria causa, ao contrário de um ser imperfeito.
A ideia de perfeição posta na razão sugere a existência de um ser perfeito, pois seria
contraditória a existência da perfeição sem um ser perfeito que a tenha criado.
Assim, a existência de uma ideia de perfeição que existe em nossa mente,
comprova a existência de um ser perfeito que a criou e a colocou em nossa razão, ou
seja, um ser que pode ser chamado de Deus.
9.5 O ARGUMENTO DA EFICÁCIA DA RAZÃO.
A razão humana, com sua extraordinária complexidade e com muitíssimas
sutilezas e seus poderes abstratos, comprova a necessidade de admitirmos, em nossa
ontologia, o Criador e Planejador desses poderes, sendo, ele mesmo, o Intelecto
supremo. A razão humana é apenas uma pequena demonstração da razão divina. Até
mesmo as tentativas racionais do homem, par provar que Deus não existe, não
passam de demonstrações que Deus verdadeiramente existe, porquanto essas
tentativas são um uso e uma exibição da razão, o que, quando devidamente
examinado, inevitavelmente nos conduz de volta a Deus. Esse argumento é uma
faceta do argumento teológico, discutido acima, no ponto anterior.
Alguns teólogos dividem esse argumento didaticamente em fases. A primeira
fase deste argumento é de “causa e efeito”. Ao nosso redor existem efeitos tais como
matéria e movimento. Há três alternativas para a sua explicação: (1) eles existem
eternamente; (2) surgiram do nada ou (3) foram causados. Vamos examinar essas
alternativas em ordem. Primeiro, não é provável que o universo tenha existido
eternamente, pois toda evidência indica um universo que está se desgastando. De
acordo com a segunda lei da termodinâmica, o sol e as estrelas estão perdendo
energia em considerável proporção. Se tivessem existido desde a eternidade, já
estariam esgotados. Os materiais radioativos estão perdendo a sua radiação. Os
estudos espectrográficos das estrelas mostram que todos os corpos estão viajando
para fora a partir do centro, indicando um começo. Segundo, dizer que a matéria e o
movimento emergiram do nada é uma contradição: “Do nada, nada surge.”
Terceiro, a explicação mais razoável é que a matéria e o movimento foram criados
num ponto do tempo. Atualmente, a maioria dos cientistas data o universo de maneira
variada, entre cinco e vinte bilhões de anos de antiguidade. Alguns propõem uma série
de emergências ou um criador impessoal, mas, considerando a existência de
inteligências e a grande complexidade da criação, é mais provável que o universo seja
obra de um Criador inteligente, como exposto na Bíblia. Não é provável que uma fonte
suba mais alto que seu manancial, ou que seres racionais surjam de uma fonte
irracional.
Outra fase do argumento a partir da razão é que o homem possui um
conhecimento inato de Deus. Isto se evidencia pela crença universal não ser supremo
de algum tipo. É difícil encontrar uma tribo que não acredite não ser ou força superior.
“O homem é incuravelmente religioso”. Isto não significa que todos os homens tenham
uma crença completamente firmada em Deus, mas parece indicar que a crença
religiosa e a tendência para adorar uma divindade são naturais ao homem. Até mesmo
o ateu, que nega a existência de Deus, demonstra que é confrontado com a ideia de
Deus e deve de algum modo dispor do conceito.
10 ARGUMENTOS A FAVOR DO EVOLUCIONISMO
DADOS DA PALEONTOLOGIA
A paleontologia é uma das ciências que cedo forneceu dados a favor do
evolucionismo
Os dados paleontológicos baseiam-se no estudo dos fósseis, isto é, de partes,
vestígios ou marcas de atividade de seres vivos que viveram em épocas geológicas
anteriores
e
que
ficaram
conservados
em
sedimentos
nos
quais
eram
contemporâneos.
A grande maioria dos seres vivos, quando morre, não sofre fossilização. Este
processo só ocorre em condições excecionais (após a morte, o organismo tem que
ficar em condições que o preservem ou retardem a usa decomposição.
Assim compreende-se que a paleontologia se depare com diversas limitações.
Contudo, nalguns casos, é possível acompanhar a história evolutiva de um
determinado grupo de seres vivos. Essa história pode ser representada por árvores
(ou séries) filogenéticas, que são representações gráficas do percurso evolutivo de
um determinado grupo, partindo dos seus ancestrais, até as formas atuais
Além da reconstituição da filogenia de determinado grupo, a paleontologia
fornece outros argumentos a favor da evolução.
Um conjunto de fósseis especialmente interessante, do ponto de vista
evolucionista, são os fósseis de formas intermédias ou sintéticas. Os fósseis de forma
intermédia apresentam características que existem, na atualidade, em pelo menos
dois grupos de seres vivos.
Um exemplo de uma forma intermédia é o archeopyeryx , que terá surgido no
período jurássico. Este fóssil revela a existência de asas e penas, características as
aves, e, simultaneamente, dentes de uma longa cauda com vertebras, características
dos répteis.
Algumas formas intermédias correspondem a pontos de ramificação, que
conduziram a formação de novos grupos taxonômicos, e permitem construir arvores
filogenéticas parciais. Nesse caso as formas fósseis são designadas formas fósseis
de transição.
10.1 - DADOS DA CITOLOGIA
A teoria celular elaborada por Schleideiden e Schwan, em 1839, constituiu uma
nova citologia a favor da evolução. Ao considerarem que todos os organismos são
constituídos por células, e que a célula é a unidade estrutural e funcional, estes
investigadores contribuíram para ideia de que existe uma base comum para todos os
seres vivos.
Para além disso, os processos e o mecanismo celular são semelhantes,
constituindo um forte argumento a favor de uma origem comum. Ex: a mitose e a
meiose são idênticas nas células animais e vegetais.
Os estudos de bioquímica e fisiologia celular viram a revelar a existência de
vias metabólicas idênticas em organismos muito diferentes como animais e as plantas.
Essa concepção de universalidade estrutural e funcional entre os seres vivos constitui,
assim, uma prova fundamental a favor de uma origem comum e, consequentemente,
da existência de um processo evolutivo.
10.2 BIOQUÍMICA
Nos últimos anos, os estudos de natureza bioquímica vieram dar um impulso
notável argumentação evolucionista, não só quantitativamente mas qualitativamente.
As provas bioquímicas apoiam a evolução na medida em que reforçam a ideia
de origem comum dos diferentes grupos de seres vivos. Estes argumentos baseiamse:
- No facto de todos os organismos serem basicamente constituídos pelo mesmo
tipo de biomoléculas (proteínas, lípidos, glícidos, ácidos nucleicos);
- O facto do DNA e o RNA serem centrais no mecanismo global de produção
de proteínas onde intervém um código genético universal;
- Universalidade do ATP como energia biológica utilizada pelas células;
- Existência de outras vias metabólicas comuns para além da síntese proteica
como os processos respiratórios e modos de actuação das enzimas;
Ao estudarem-se as proteínas percebe-se que, quanto mais próximas
evolutivamente se encontrarem as espécies mais semelhanças apresentam ao nível
das proteínas. Este estudo também permite que se estabeleçam filogenias, onde se
põe a hipótese de que a partir de uma molécula de DNA ancestral comum, por
diferentes mutações, surgiram diferentes genes e, consequentemente, a sequência
dos aminoácidos é diferente, originando diferentes moléculas.
Outra forma de estimar a proximidade entre espécies é analisando o DNA,
através da hibridação do mesmo. Nesta técnica, misturam-se cadeias de DNA
desenroladas de espécies diferentes e espera-se que ocorra o emparelhamento.
É também possível estabelecer um grau de parentesco entre diferentes grupos
de animais são a partir de dados sorológicos que se baseiam-se nas reacções
específicas entre antigenes e anticorpos, através da interpretação dos mecanismos
de aglutinação.
10.3 SELEÇÃO NATURAL
O processo de seleção natural originário das teses evolutivas de Charles
Darwin é adotado pelos cientistas como a teoria mais viável na justificação da
capacidade que determinados seres vivos possuem de sobreviverem ao longo do
tempo, em detrimento de outros, e da sua aptidão para se converterem em múltiplas
variedades de espécies. Todo este mecanismo está comprovado por meio de
evidências fósseis.
Segundo Darwin, a seleção natural ocorre através da conformação de certas
propriedades benéficas ao contexto ambiental, as quais são legadas hereditariamente
para os sucessores dos seres vivos. Desta forma, estas características favoráveis
configuram paradigmas que se fortalecem no seio dos entes vivos. Por sua vez os
traços não propícios vão rareando até desaparecerem, pois não são mais transmitidos
para a posteridade. Este é o procedimento elementar da teoria evolutiva.
Assim, os seres com fenótipos bons – elementos orgânicos que podem ser
examinados, como as formas da matéria, seu crescimento, características
bioquímicas, fisiológicas e comportamentais – apresentam maior dom para resistir às
intempéries e se multiplicar do que os que portam fenótipos desfavoráveis. No
desfecho deste enredo este mecanismo pode revelar a aptidão de certas entidades
ao meio ambiente, as quais serão localizadas em recantos ecológicos específicos.
As modificações realizadas com sucesso revigoram a perpetuação vital dos
seres nos quais elas são implementadas, capacitando-os a reproduzir-se e, assim, a
transmitir estas mutações aos entes vindouros, os quais, evolutivamente, podem vir a
constituir novos espécimes.
Sempre focando na configuração de novos elementos e no seu legado
hereditário, a seleção natural não faz diferença entre seleção ecológica, realizada pelo
meio, e seleção sexual, empreendida pela reprodução das espécies, pois cada
atributo do ser pode estar presente ao mesmo tempo nestas duas categorias. Uma
variedade determinada, por exemplo, além de tornar o ser mais capaz de resistir aos
desafios naturais, é herdada pelos sucessores, que terão mais condições de se
perpetuar do que os que apresentam mutações não condizentes com o mecanismo
de adaptação ao ambiente.
Um caso tradicional de seleção natural é o que ocorreu com as mariposas
portadoras de pigmentos enegrecidos depois de meados do século XIX. Com a
intensificação do crescimento das indústrias, houve uma ampliação do envio de
substâncias poluentes para a atmosfera, e o consequente depósito de fuligem nas
plantas.
Assim, os insetos desta espécie, que antes predominavam na cor branca
acinzentada, foram, aos poucos, substituídos pelos de coloração mais escura, pois
estes eram confundidos com o caule dos arbustos, da mesma cor. Resultado: estas
mariposas eram vistas mais raramente pelas aves, naturais adversárias destes
espécimes, portanto passaram a transcender as mais claras, sobrevivendo e
transmitindo este atributo aos seus herdeiros.
10.4 ANATOMIA
A anatomia comparada baseia-se no estudo comparado das formas e
estruturas dos organismos com o fim de estabelecer possíveis relações de parentesco
entre elas. Essas relações de parentesco ou filogenéticas são evidenciadas pela
presença de órgãos homólogos, análogos e vestigiais.
Órgãos ou estruturas homólogas: são órgãos com a mesma origem
embriológica, estrutura básica e posição idêntica no organismo, mas que podem
apresentar funções e aspectos diferentes. A sua existência explica-se por fenómenos
dedivergência, que significa que, à medida que os diferentes grupos se iam adaptando
a diversos ambientes e nichos ecológicos, sofrendo pressões selectivas diferentes
(como a selecção natural, mutação, deriva genética, etc), estes órgãos evoluíram de
forma diferente a partir de uma estrutura ancestral comum, que depois passou a
desempenhar funções diferentes. Isto reflecte uma evolução divergente. Exemplos
disso são os membros anteriores dos Vertebrados.
Órgãos ou estruturas análogas: são órgãos que têm origem embriológica,
estrutura e posição relativa diferentes, desempenhando a mesma função e forma.
Estes órgãos surgem quando espécies ancestrais diferentes colonizam habitats
semelhantes, sofrendo pressões selectivas semelhantes, adquirindo adaptações
semelhantes. Isto reflecte uma evolução convergente e um efeito adaptativo da
selecção natural. Exemplos de órgãos análogos são os espinhos dos cactos e os das
eufórbias.
Órgãos ou estruturas vestigiais: são órgãos que resultam da atrofia de um
órgão primitivamente desenvolvido. Nestes órgãos a selecção actua em sentido
regressivo, privilegiando os indivíduos que possuem estes órgãos na sua formamenos
desenvolvida. Exemplos destes órgãos no ser humano são: o apêndice intestinal,
vértebras caudais, músculos auriculares e o dente do siso.
As existências de estruturas vestigiais evidenciam que, ao contrário do que
defendem os fixistas, os indivíduos de uma dada espécie não se mantiveram
imutáveis, alterando-se ao longo do tempo, sendo seleccionados de acordo com as
condições ambientais.
Reflexão:
São várias as áreas do conhecimento a partir das quais se podem retirar dados
que apoiam o evolucionismo, uma delas é a anatomia comparada. Constitui um dos
exemplos mais clássicos, pois surgiu aquando da organização dos primeiros sistemas
de classificação, que se basearam no grau de semelhança de caracteres
morfológicos.
11 CONCLUSÃO
Entendemos que tanto o criacionismo quanto o evolucionismo são duas teorias
totalmente diferentes, a base maior do criacionismo é a fé , e a do evolucionismo a
ciência, a frase mais dita atualmente é “a fé e a ciência não se misturam” talvez pelo
fato da ciência contradizer a fé, de estudar o mundo natural, não ficar no senso comum
e etc, mas apesar da base dessas teorias serem totalmente diferentes, existe uma
coisa semelhante entre elas, essas duas teorias tentam explicar a mesma coisa ,
tentam de todas as formas explicar qual a origem da vida, e para defender a teoria
muitos usam diversos argumentos para tentar nos convencer que é a verdadeira, mas
mesmo com muitos argumentos nada pode ser realmente comprovado, afinal é
apenas uma teoria.
As duas teorias são um quanto polêmicas e alvo de debate ,não só nos dias
de hoje mas de antigamente também porque sempre tentaram descobrir a nossa
verdadeira origem , praticamente a sociedade inteira tomada como verdade o que está
escrito na bíblia em gênesis 1:1 que fomos criados por Deus mas depois isso mudou
e ai passou a existir diversas opiniões sobre a criação , começaram questionar que
fomos realmente criados por Deus como muitos até hoje questionam por causa da
teoria da evolução que diz totalmente o contrário, a teoria evolucionista veio à tona,
com isso vamos dizer que o mundo acabou se
dividindo, entre os a favor do
evolucionismo, e os que eram a favor do criacionismo mas apesar de não existir a que
seja realmente verdadeira e a que seja falsa acreditamos em uma delas , sabemos
que não existe provas concretas mas é ai que colocamos nossa fé em pratica, para
nós nem sempre a ciência está certa, acreditamos em Deus como diz o criacionismo,
na bíblia, não podemos afirmar que Deus existe porque nunca vimos ele, mas assim
como o vento existe e não vemos ele, porque não acreditar em Deus? dez de
pequenos fomos doutrinados pelos nossos pais a crer que existe um ser divino, que
é Deus, mas não acreditamos somente pelo fato da gente ter sido ensinados pelos
nossos pais, pois poderíamos crescer e se distanciar do ensinamento que tivemos ou
questionar, porque os jovens hoje em dia questionam sobre tudo, poderíamos mudar
nosso pensamento e passar a acreditar no evolucionismo , no que a ciência diz, algo
que é ensinado nas apostilas de biologia nas escolas, mas não mudamos nosso
pensamento até hoje, acreditamos no criacionismo porque para nós é a teoria mais
convincente, os filósofos tem ótimos argumentos a favor do criacionismo o que nos
faz acreditar mais ainda nesta teoria , apesar de teoria do evolucionismo de Charles
Darwin
não ser tão ilógica assim, é algo que descartamos quando lemos os
argumentos a favor do criacionismo.
Deixamos todas nossas crenças de lado para estudar sobre o evolucionismo
que é um tema que a gente nunca teve curiosidade de se aprofundar, nós abrimos a
nossa mente pra conhecer mais sobre a famosa evolução, pesquisamos tudo sobre o
assunto , e lemos os diversos tipos de argumentos que foram colocados no trabalho,
mas não encontramos argumentos que fosse bom o suficiente para nós convencer,
para fazer a gente acreditar que não fomos criados do jeito que somos, mas que
evoluímos, para nós o ser humano é muito perfeito, vamos concordar que é
impressionante a forma que o corpo humano funciona , o abrir e fechar de olhos, o
andar, o acordar, o enxergar, o ouvir, o sentir, só alguém muito sábio , seria capaz de
nos criar, e é difícil argumentarem contra isso.
.
ANEXOS
12 - BIBLIOGRAFIA
http://solascriptura-tt.org/TeologiaPropriaTrindade/CrencaExistenciaDeusCleversonFaria.htm
20/08/2016 ás 16:23
http://www.infoescola.com/filosofia/descartes-e-a-existencia-de-deus/
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https://docs.google.com/document/d/1AQfI2aQSU2lu5D4F0_nUAvtnVgSynd1K1CAy
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25/08/2016 ás 13:59
http://ricardomontes.weebly.com/uploads/3/0/9/4/3094204/argumentosafavordoevolu
cionismo.pdf
28/08/2016 ás 14:310
http://bioterra-catarina.blogspot.com.br/2010/01/argumentos-favor-doevolucionismo.html
01/09/2016 ás 19:45
http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-vida/criacionismo.html
05/03/2016 ás 13:33
https://pt.wikipedia.org/wiki/Criacionismo
05/03/2016 ás 13:50
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia
05/03/2016 ás 14:10
http://www.infoescola.com/filosofia/criacionismo/
05/03/2016 ás 14:30
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/criacionismo.htm
07/03/2016 ás 15:41
http://pessoas.hsw.uol.com.br/criacionismo4.htm
07/03/2016 ás 16:00
http://www.criacionismo.com.br/2008/06/isaac-newton-cientista-e-telogo.html
16/03/2016 ás 13:10
http://www.significados.com.br/evolucionismo/
16/03/2016 ás 13:46
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/evolucionismo.htm
16/03/2016 ás 14:01
http://www.infoescola.com/biologia/teoria-de-lamarck/
20/03/2016 ás 12:50
http://www.resumosetrabalhos.com.br/teorias-evolucionistas.html
20/03/2016 ás 14:58
http://www.resumosetrabalhos.com.br/teorias-evolucionistas.html
20/03/2016 ás 15:20
http://www.ib.usp.br/evolucao/inic/cienc.htm
27/03/2016 ás 16:32
http://historiageralcomgd.blogspot.com.br/2009/07/teorias-evolucionistas-ecriacionistas.html
27/03/2016 ás 17:10
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