As escolas têm à venda mais doces que os permitidos

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As escolas têm à venda mais doces que os permitidos
As escolas têm à venda mais doces que os permitidos
2016-09-06 15:49:43
Decerto que conhecem as populares máquinas de venda de alimentos. Estão presentes em escolas,
hospitais, paragens de autocarro, etc. Mas, quando olhamos para essas máquinas vemos produtos
saudáveis? Infelizmente não, e chega a ser um pouco alarmante quando estes produtos estão acessíveis
às crianças, sobretudo dentro de uma escola.
Existem, contudo, regras para a venda destes produtos, mas algumas escolas parecem ignorar as
mesmas, e vendem mais alimentos açucarados que o permitido.
Numa era em que a obesidade, sobretudo nas crianças, é uma realidade alarmante, uma vez que
praticamente todos os produtos aliciantes, à venda no supermercado, estão compostos por quantidades
extremas de açucar (daí serem aditivos), a exposição e acesso destes produtos aos mais jovens deverá
ser o mais controlado possível.
Mas, na verdade, nem sempre isso acontece.
Segundo explica o Diário de Notícias, em 2012 a Direcção-Geral da Educação (DGE) determinou e
publicou regras concretas destinadas à alimentação nas escolas, onde o objectivo era controlar os
alimentos vendidos, sobretudo os mais açucarados, gordurosos e, consequentemente, prejudiciais à
saúde.
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As escolas têm à venda mais doces que os permitidos
Escolas continuam a vender mais produtos açucarados que o que deviam
Ainda existem muitas escolas que têm ao dispor dos alunos, sobretudo nas máquinas de comida, bebidas
açucaradas como chás gelados, coca-cola, pepsi, fanta, etc, e vários alimentos que nada têm de
saudável e muito têm de açucar.
À DGS chegam muitas queixas mas, alguns directores das escolas, referem que estas máquinas têm sido
uma fonte de rendimento para as escolas. No entanto, afirmam que estão a decorrer negociações com as
empresas responsáveis pelo abastecimento destas máquinas, no sentido de se disponibilizarem mais
produtos saudáveis.
Numa pesquisa feita em 2015 pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do
Porto, verificou-se que, em 20 escolas avaliadas daquele concelho, 80% continuavam a vender mais
produtos não saudáveis que os devidos, e somente 50% tinham fruta disponível.
Segundo Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas
Públicas (ANDAEP) e director do Agrupamento de Escolas Dr. Costa Matos, em Vila Nova de Gaia ,
contou ao Diário de Notícias:
Ainda se vêem alimentos e bebidas que não devem ser comercializados em algumas escolas públicas
portuguesas, mas é cada vez menos usual.
Por sua vez, Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes Escolares, afirma que:
As máquinas estavam preparadas para determinado tipo de produtos. As escolas que as querem manter
têm de falar com as empresas para mudar os produtos que existiam, nomeadamente os refrigerantes.
Manuel Pereira refere ainda que estas máquinas de venda automática são uma fonte de rendimento, uma
vez que as escolas recebem uma percentagem das suas vendas.
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As escolas têm à venda mais doces que os permitidos
Alimentos que as escolas não devem disponibilizar nas escolas. (DGS)
Apesar de tudo, o director do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, Pedro
Graça, afirma que muitos pais queixam-se à DGS de que muitas escolas não cumprem as regras
acertadas em 2012, que impõe a venda de refrigerantes, a venda de embalagens de chocolates
superiores a 50 gramas, pastéis, bolachas e biscoitos com cobertura/recheados, guloseimas, etc.
Segundo Jorge Ascensão, presidente da Confederação Geral das Associações de Pais, este problemas
está mais ou menos controlado e, apesar de existirem situações pontuais, sempre que as associações de
pais de apercebem, a escola é contactada.
Mas, mesmo que a escola elimine por completo esta venda de produtos nada saudáveis, a verdade é
que, as crianças conseguem arranjar formas de os obter facilmente pois, como Filinto Lima alerta:
Do outro lado da rua há cafés a vender esses alimentos, que os alunos levam para a escola. [É papel das
escolas] sensibilizar os alunos e as famílias, que também dão às crianças em casa aquilo que as escolas
estão proibidas de vender.
Sabiam que existem regras para a venda destes alimentos, nas escolas?
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