Agnaldo Silva 11 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 1.1 - CONCEITO DE CONTABILIDADE O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na Cidade do Rio de Janeiro, de 17 a 25 de agosto de 1924, formulou um conceito oficial para CONTABILIDADE. “Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à Administração Econômica.” Segundo a CVM - Comissão de Valores Mobiliários, através da deliberação 29/86, Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. Segundo Hilário Franco (1990), "Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial." Pela amplitude do campo de atuação da Contabilidade, os conceitos apresentados podem ser os mais variados possíveis e devem trazer implícitas as preocupações com os campos sociais e ecológicos, além, obviamente, dos aspectos econômico-financeiros que são resultados do movimento da riqueza aziendal. Abaixo, alguns conceitos formulados pelos integrantes do DCC – Departamento de Ciências Contábeis da FACAPE: A Contabilidade -> É a ciência que estuda, controla e interpreta as variações e composições do Patrimônio das entidades, objetivando o controle, o fornecimento de informações gerenciais e o planejamento. Célio Cruz A Contabilidade -> É o instrumento que fornece mediante registros e demonstrações expositivas, esclarecimentos definitivos para seus sócios e a sociedade. Paulo Andrade A Contabilidade -> É a ciência que estuda e acompanha a evolução patrimonial de uma entidade, observando os seus aspectos qualitativos e quantitativos. Rinaldo Remígio A Contabilidade -> É a ciência social que trata da sistematização quantitativa e qualitativa das informações relativas a gestão, evolução e controle da riqueza aziendal. Wilson Rolin A Contabilidade -> É a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro dos fatos contábeis, com objetivos, de demonstrar e interpretar os dados econômicos resultantes de uma capacidade empresarial e também prestar informações suficientes à tomada da melhor decisão que atenda os objetivos da entidade. José Luiz A Contabilidade -> É a ciência que estuda, registra, acompanha e controla os fatos contábeis no mundo dos negócios. José Florêncio A Contabilidade -> É a ciência que objetiva o controle das mutações econômicas e financeiras do patrimônio com vistas à maximização da riqueza aziendal. Agnaldo Batista A Contabilidade -> É a ciência social que estuda a situação e evolução do patrimônio das células sociais com o intuito de gerar informações para o seu crescimento e de toda sociedade. Valdenir Britto 12 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 1 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 1.2 - CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades econômicoadministrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias etc.. O campo de aplicação da contabilidade são as células sociais que dão movimento ao Patrimônio, ou, mais tradicionalmente, aziendas 1. Para o professor Célio Cruz (1995), Aziendas são as entidades econômicoadministrativas, isto é, são todos os entes que, para atingirem seu objetivo, seja ele econômico ou social, possuem um Patrimônio e necessitam de uma gestão sobre o mesmo. AZIENDAS ELEMENTOS ESSENCIAIS PATRIMÔNIO GESTÃO TRABALHO A Contabilidade pode ser aplicada à todas as entidades econômico-administrativas. Aplica-se tanto às sociedades mercantis como às sociedades civis, inclusive as associações civis ou mesmo aquelas sem finalidade lucrativa. Ressalte-se que o campo de atuação da Contabilidade não se restringe aos grandes empreendimentos, aplica-se o conhecimento contábil aos micros e pequeno negócios e também no controle do patrimônio das pessoas físicas (ou pessoa natural). Segundo Ernesto J. da Silva (2002), A Contabilidade pode ser estudada de modo geral (para todas as empresas) ou em particular (aplicada em certo ramo de atividade ou setor da economia). Assim, no estudo da Contabilidade pode-se enfocar, dentre outros, os seguintes ramos: Contabilidade Comercial e de Serviços; Contabilidade Industrial; Contabilidade Bancária; Contabilidade Hospitalar; Contabilidade Pública; Contabilidade de Cooperativas; Contabilidade Securitária; Contabilidade de Transportes (rodoviário, marítimo, aéreo); Contabilidade de Atividade Rural – agropecuária; Contabilidade de Autônomos; Contabilidade das Pessoas Físicas. 1 Palavra de origem italiana que em português é equivalente a FAZENDA ou, em sentido etimológico significa “coisa de fazer”. Agnaldo Silva 13 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 1.3 - FINALIDADE DA CONTABILIDADE A função fundamental da Contabilidade é fornecer informação útil para a tomada de decisões econômicas. Neste aspecto destacam-se duas funções que julgamos imprescindíveis ao lidar com Contabilidade. FUNÇÃO ECONÔMICA: Apurar o resultado do período, o qual pode se apresentar na forma de lucro ou prejuízo. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA: Controlar o patrimônio da entidade, tanto sobre o aspecto estático (posição em dado momento, ex: o balanço patrimonial) como dinâmico (representa o movimento ou as mudanças qualitativas e quantitativas dos elementos). Segundo a doutrina contábil “a finalidade da contabilidade é registrar, controlar e demonstrar os fatos que afetam o patrimônio, objetivando fornecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. A contabilidade desempenha, em qualquer organismo econômico, o mesmo papel que a História na vida da humanidade. Sem ela não seria possível conhecer o passado nem o presente da vida econômica da entidade, não sendo também possível fazer previsões para o futuro nem elaborar planos para a orientação administrativa”. A contabilidade tem por finalidade o registro dos fatos e a produção das informações que possibilitem ao administrador do patrimônio o planejamento e o controle das suas ações. PLANEJAR é decidir, entre as diversas alternativas, pela hipótese que se apresenta como sendo a melhor situação na busca do cumprimento dos objetivos sociais e econômicos da entidade. Também pode ser representada pela melhor hipótese na busca de atingir a maior eficiência e eficácia ao determinar a linha de ação para o futuro. CONTROLAR é verificar se os elementos materiais e humanos na entidade estão de acordo com os planos e políticas traçadas. Através do controle do patrimônio, a contabilidade disponibiliza informações aos agentes interessados em mensurar a situação patrimonial e o desempenho da entidade. A partir do Planejamento e do Controle, pode-se derivar alguns objetivos da Contabilidade: Apresentar o desempenho da empresa em um dado período; Apresentar a posição da empresa em dado momento; Conhecer as fontes de financiamento e as aplicações de recursos existentes; Demonstrar a situação econômica, financeira e patrimonial da entidade; Permitir que os fatos ocorridos sejam corretamente interpretados, tenham eles afetado qualitativa ou quantitativamente o patrimônio; Apresentar as situações de liquidez, rentabilidade e solvência da empresa, permitindo sua comparação com as demais pertencentes ao mesmo grupo; Transformar os dados (os registros efetuados) em informações que se apresentem como poderoso instrumento para a tomada de decisões. 14 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 1 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 1.4 - IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE Segundo Ching, et al. (2003), para poder trabalhar de maneira efetiva, as pessoas em uma organização precisam constantemente de informações a respeito do montante de recursos envolvidos e utilizados, da situação da dívida contraída para financia-los e dos resultados econômicos obtidos com a utilização destes recursos. Os bancos e demais entes que investiram dinheiro nesta organização necessitam de informações sobre seu desempenho para fazer os julgamentos pertinentes. Toda e qualquer organização, independentemente do tamanho, com ou sem fins lucrativos, utiliza recursos diversos como: pessoas, materiais, equipamentos, área física, etc. Estamos vivenciando a Era da Informação, e isto é o principal produto da Contabilidade, portanto, fazer Contabilidade é a única maneira de estar verdadeiramente inserido no mundo dos negócios. A contabilidade organizada é indispensável para que a empresa realize negócios com o Governo (participando de contratos e licitações), com os bancos, com fornecedores, etc.. Além desta necessidade convencional, observa-se a expansão do mercado de ações no Brasil, e neste aspecto a Contabilidade se apresenta como o grande pilar na veracidade da informação e conseqüentemente na credibilidade da companhia perante seus investidores. Nos últimos anos, o SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, vem realizando pesquisas para detectar o índice de mortalidade (fechamento) das empresas no primeiro ano de vida (abertura), na mais recente pesquisa os números apontam que cerca de 48% dos negócios são fechados antes de completar 12 meses de funcionamento. A principal causa desta mortalidade é a falta de planejamento e controle dos negócios: em suma, é a falta de Contabilidade. Para o BNB – Banco do Nordeste do Brasil (2003)2, a Contabilidade apresentada para fins gerenciais é imprescindível nas atividades empresarias, pois, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com menores riscos. Ainda segundo o BNB, a empresa deve, inicialmente, com a assessoria de um escritório de contabilidade, organizar e manter o seu sistema contábil, com o objetivo de controlar e registrar as variações econômicas, financeiras e patrimoniais do empreendimento, obtendo, a partir desses registros, todas as informações gerenciais úteis para a análise e a tomada de decisões. Os profissionais com conhecimentos de contabilidade estão capacitados para exercerem funções de fiscalização, controle e tomada de decisões nas empresas públicas ou privadas. Nas empresas públicas a demanda é bastante considerada nos cargos de Auditor Fiscal e Técnico de Rendas nas diversas esferas dos governos: Federal, Estadual e Municipal. Os Bacharéis em Contabilidade podem exercer suas funções como profissional liberal, auditor, perito, consultor, etc.. sendo esta profissão uma das mais valorizadas nos últimos anos, em função da velocidade com que as empresas necessitam das informações relativas aos controles de custos, orçamentos, política de preços, etc.. 2 Agenda do Empreendedor 2003, pág: 148 Agnaldo Silva 15 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 1.5 - USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL A contabilidade é a linguagem dos negócios, é através do Sistema de Informação Contábil que são processadas as ações da empresa que servirão de base para identificar (diagnosticar) problemas e apresentar a solução (prognosticar) para os mesmos. É neste sentido que a Contabilidade é constantemente chamada de medicina das pessoas jurídicas. Os usuários da Contabilidade são as pessoas físicas ou jurídicas interessadas pelas informações produzidas e disponibilizadas nos relatórios e demonstrativos contábeis, com o propósito de tomar decisão. Portanto, os usuários da Contabilidade são todas as pessoas interessadas nas informações contábeis e que necessitem conhecimento da situação econômica e financeira da entidade. Para Ching, et al. (2003), quanto mais importante a decisão, maior a necessidade de informação. O autor ainda classifica os usuários da informação contábil em: pessoas físicas, administradores, acionistas, instituições financeiras, demais credores, funcionários, concorrentes, autoridades fiscais e agências reguladoras. Pessoas Físicas: (estudantes, professores, profissionais liberais, autônomos, etc.) usam a contabilidade para administrar sua conta bancária, seu orçamento familiar, seus investimentos, para contrair e/ou financiar suas dívidas, etc.. Administradores: para acompanhar o desempenho das empresas e tomar decisões acerca de indagações do tipo, qual produto comercializar?, qual o custo de produção mensal?, qual a lucratividade da atividade?, quanto remunerar os funcionários?, etc.. Acionistas: para decidir em qual negócio investir e qual a rentabilidade desejada. Este grupo de usuários da Contabilidade deverá ter grande conhecimento das informações contábeis para visualizar, inclusive, a ações futuras de modo a lhes assegurar o retorno do capital investido. Instituições Financeiras e Demais Credores: para conhecer a capacidade de pagamento das dívidas contraídas, sejam elas de curto ou longo prazo, e decidir por financiar ou não a atividade, por vender a prazo ou a vista, etc.. Funcionários: para decidir por uma proposta de emprego, para decidir sobre uma remuneração variável em função das vendas, para calcular sua participação em planos de distribuição de lucros a funcionários e também para verificar os investimentos da empresa em aspectos sociais do tipo: creche, transporte, educação, etc.. Concorrentes: para comparar seus resultados e identificar as ações que levaram as empresas do mesmo ramo de atividade a ter sucesso ou insucesso. Autoridades Fiscais: para calcular e verificar o pagamento dos tributos e do cumprimento das obrigações acessórias. Agências Reguladoras: a exemplo de sindicatos, conselhos de classe empresarial, agências governamentais, etc.. que usam a contabilidade para verificar se as exigências para funcionamento estão sendo cumpridas de acordo com as regras estabelecidas, assim como para servir de base para futuras negociações com o setor. 16 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 1 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 1.6 - OBJETO DA CONTABILIDADE Para entender o objeto da Contabilidade, recorre-se inicialmente aos conceitos de objeto apresentados nos dicionários. Houaiss (2000) define objeto como: 1. coisa mental ou física para a qual converge o pensamento, um sentimento ou uma ação; 2. móvel de um ato; agente, motivo, causa; 3. assunto sobre o qual versa uma pesquisa ou ciência. Todos os escritores, escolas do pensamento contábil, correntes e doutrinas definem o PATRIMÔNIO como o OBJETO da CONTABILIDADE. O Patrimônio é definido como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade (ver capítulo 2, desta obra). Para Lopes de Sá (2002), a Contabilidade sofreu diretamente o impacto da evolução e a informação, extremamente facilitada, passou a requerer maior vigor na explicação e interpretação dos fenômenos demonstrados. Destaque principal passou a merecer o exame dos fenômenos ambientais, ou sejam os que envolvem a célula social, na qual está contido o patrimônio. 1.7 - TÉCNICAS CONTÁBEIS Para Célio Cruz (1995), as técnicas contábeis (assim reconhecidas inclusive para concursos públicos) são: ESCRITURAÇÃO É a técnica que oferece os meios e métodos utilizados nos registros dos fatos relacionados com o patrimônio. contábeis A escrituração deve ser mantida em registros permanentes e ainda obedecer aos preceitos da legislação comercial e da lei 6404/76 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Técnica que se encarrega de expor os fatos contábeis, através de relatórios visando facilitar a interpretação da composição dos fatos que afetam o patrimônio. Ex.: Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício, Fluxo de Caixa, etc. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Técnica especializada que oferece métodos de decomposição, comparação e interpretação das Demonstrações Contábeis, visando estudar o Patrimônio. AUDITORIA Consiste no exame de documentos, livros e registros, com a finalidade de verificar se os registros e as demonstrações Contábeis representam a posição real e se estão de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos. É a técnica que confirma a exatidão dos registros e das Demonstrações Contábeis. Agnaldo Silva 17 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 1.8 - RESUMO O conceito de Contabilidade deve explicitar ou deixar entendido as seguintes palavras: Ciência, Patrimônio, Planejamento e Controle. Por ser aplicada ao controle das entidades com patrimônio a ser gerido, a Contabilidade tem seu campo de atuação bastante extenso, tornando-se imprescindível em todos os negócios comerciais ou filantrópicos, públicos ou privados, sejam eles de pequeno porte ou de mega organizações. A Contabilidade tem funções econômicas e administrativas. A função econômica esta relacionada ao fato da apresentação de lucro ou prejuízo pela movimentação dos componentes patrimoniais. A função administrativa é o controle, propriamente dito, das ações executadas pelos gestores da entidade. A Finalidade da Contabilidade é Planejar e Controlar o patrimônio. Para se obter planejamento e controle a empresa deve ter um bom sistema de informação contábil, capaz de registrar os fatos ocorridos e produzir informações úteis aos usuários da Contabilidade que os possibilitem a tomada das decisões pertinentes. Na era da informação, a Contabilidade está para as organizações como o centro de produção da melhor mercadoria de todos os tempos: o conhecimento. Os usuários da informação contábil são todos os agentes interessados no conhecimento para a tomada de decisões. Mesmo parecendo estranho, utilizam-se da Contabilidade os parceiros e concorrentes da entidade, cada um com seus interesses específicos. O Patrimônio é o Objeto da Contabilidade por ser a causa para a qual converge o pensamento e as ações dos administradores da entidade a ser gerida. As técnicas contábeis, assim reconhecidas para concursos, são: Escrituração; Demonstrações Contábeis; Análise de Balanços e Auditoria. 1.9 - QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1. Formule o seu próprio conceito de Contabilidade. 2. Explique o motivo pelo qual o Campo de Atuação da Contabilidade e, conseqüentemente, do Contador são tão abrangentes. 3. Apresente outros objetivos da Contabilidade, além dos explicitados no item 1.3. 4. Explique os motivos pelos quais a Contabilidade é imprescindível nas entidades. 5. Quem são os principais interessados na Contabilidade como instrumento para tomada de decisão? Descreva os motivos. 6. Qual a importância do Patrimônio para a Contabilidade e a importância da Contabilidade para o Patrimônio? 7. Faça considerações acerca das técnicas contábeis. 18 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 1 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 1.10 - QUESTÕES DE CONCURSOS 01 (TTN-SP/92) - O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilistas, realizado na Cidade do Rio de Janeiro, de 17 a 25 de agosto de 1924, formulou um conceito oficial para CONTABILIDADE. Assinale a opção que indica esse conceito oficial. a) Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, observando seus aspectos quantitativo e específico e as variações por ele sofridas. b) Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à Administração Econômica. c) Contabilidade é a metodologia especial concebida para captar, registrar, reunir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente. d) Contabilidade é a arte de registrar todas as transações de uma companhia que possam ser expressas em termos monetários e de informar os reflexos dessas transações na situação econômicofinanceira dessa companhia. e) Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante registro, demonstração expositiva, confirmação, análise e interpretação dos fatos nele ocorridos. 2 - (ESAF) A contabilidade tem por objeto a) a empresa b) a pessoa física e jurídica c) a apuração de resultado de uma entidade d) o patrimônio e) os lançamentos a débito de uma conta e a crédito de outra conta 03 - (ESAF) A finalidade da contabilidade é a) determinar o resultado das entidades b) atender à legislação comercial e fiscal, que exige das empresas a elaboração das chamadas demonstrações financeiras c) controlar o patrimônio das entidades, apurar o resultado e prestar informações sobre a situação patrimonial e o resultado das entidades aos usuários da informação contábil d) registrar os custos, as despesas, as receitas e apurar o resultado das entidades e) estabelecer as relações de débito e de crédito do proprietário com os agentes consignatários e agentes correspondentes 04 - (TFR/ESAF) A palavra azienda é comumente usada em Contabilidade como sinônimo de fazenda, na concepção de: a) conjunto de bens e direitos b) mercadorias c) finanças públicas d) grande propriedade rural e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele poderes de administração e disponibilidade 05 - (ESAF) - O campo de aplicação da contabilidade é a Azienda. A azienda é um ente cuja existência se verifica a partir da reunião dos seguintes elementos essenciais: a) Patrimônio, Trabalho e Organização b) Patrimônio, Trabalho e Administração c) Contabilidade, Patrimônio e Gestão d) Planejamento, Organização e Controle e) Registro, Orientação e Controle Agnaldo Silva 19 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 06 – (CFC) As afirmativas abaixo estão corretas no que dizem respeito à Contabilidade como conhecimento, exceto: a) A contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais. b) Na contabilidade, o objeto é sempre o Patrimônio de uma Entidade, definido como um conjunto de bens, direitos e obrigações. c) A contabilidade produz informações quantitativas aplicadas a uma Entidade, possibilitando ao usuário avaliar a situação e as tendências com o menor grau de dificuldade possível. d) Na contabilidade, o essencial é que o patrimônio não disponha da autonomia em relação aos demais patrimônios existentes, o que significa que a Entidade não pode se dispor dele livremente. 07- (PETROBRÁS/Cesgranrio) As técnicas de que a Contabilidade se utiliza para alcançar seus objetivos são: a) Escrituração, planejamento, coordenação e controle b) Escrituração, balanços, inventário e orçamentos c) Contabilização, auditoria, controle e análise de balanços d) Auditoria, análise de balanços, planejamento e controle e) análise de balanços, demonstrações, auditoria e escrituração. 08 – (PETROBRAS/Cesgranrio) As duas finalidade básicas para o uso das informações contábeis são: a) controle e planejamento b) controle e acompanhamento c) acompanhamento e planejamento d) análise e planejamento e) análise e controle. 09 – (TFC/ESAF) Decomposição, comparação e interpretação dos demonstrativos do estado patrimonial e do resultado econômico de uma entidade é: a) função econômica da contabilidade b) função administrativa da contabilidade. c) objeto da contabilidade d) técnica contábil chamada Análise de Balanços e) finalidade da contabilidade 10 - (FURNAS/Cesgranrio) Relativamente à entidade objeto da contabilização, a Contabilidade é um sistema de informação. a) Destinado a prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza econômica e financeira b) Destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira e física. c) E de avaliação, destinado a prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza econômica e financeira. d) E de avaliação, destinado a prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza econômica, financeira e física. e) E de avaliação, destinado a prover seus usuários de demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade. 11 - (PETROBRAS/Cesgranrio) Para confirmar a exatidão dos registros e demonstrações contábeis de uma empresa, dentro dos princípios da contabilidade, utilizamos a técnica contábil referente a: a) auditoria b) concorrências c) finanças d) análise e) contas 20 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 1 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 12 - (CFC/Exame Suficiência) Considerando: A contabilidade estuda e controla o patrimônio, registrando todas as ocorrências nele verificadas. Estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. As afirmativas correspondem, respectivamente: a) à finalidade e ao conceito da contabilidade; b) ao objeto e à finalidade da contabilidade; c) ao campo de aplicação e ao objeto da contabilidade; d) ao campo de aplicação e ao conceito de contabilidade. 13 - (CFC/Exame Suficiência) Os ramos aplicados à Contabilidade são: a) apenas as entidades econômico-administrativas com fins lucrativos; b) apenas as entidades econômico-administrativas sem fins lucrativos; c) todas as entidades econômico-administrativas, com ou sem fins lucrativos; d) as entidades econômico-administrativas com ou sem fins lucrativos, que exerçam uma atividade econômica visando atingir determinada finalidade. 14 - (CFC/Exame Suficiência) Quanto ao usuário Fornecedores, pode-se afirmar que: a) preocupam-se com a informação contábil do ponto de vista social; b) preocupam-se com a informação contábil no sentido de garantir o recebimento de seus créditos; c) preocupam-se com a informação contábil no sentido de avaliar o risco de seus investimentos; d) preocupam-se com a informação contábil para estabelecer políticas públicas. 15 - (CFC/Exame Suficiência) Quanto às informações contábeis, não é correto afirmar: a) devem ser amplas e fidedignas; b) devem ser suficientes para avaliação da situação patrimonial e das mutações sofridas pelo patrimônio da entidade; c) somente são expressas por meio das demonstrações contábeis; d) devem permitir inferências sobre o futuro da entidade. 16 - (CFC/Exame Suficiência) O objetivo fundamental da Contabilidade é: a) atender apenas os interesses de instituições financeiras e fornecedores; b) atender os interesses das instituições financeiras, fornecedores e fisco; c) respaldar as informações prestadas à Receita Federal; d) prover os usuários das demonstrações contábeis com informações que os ajudem a tomar decisões. 17 - (CFC/Exame Suficiência) Relativamente aos usuários das informações contábeis, pode-se considerar que: a) podem ser tanto internos quanto externos, com interesses diversos; b) podem ser tanto internos quanto externos, sempre com interesses semelhantes; c) somente são internos; d) somente são externos. 18 - (CFC/Exame Suficiência)De acordo com estudos epistemológicos, a Contabilidade é classificada como pertencente ao grupo das ciências: a) sociais; b) exatas; c) naturais; d) patrimoniais. Agnaldo Silva 21 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 1.11 - INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA Nota: as indicações bibliográficas a seguir, funcionam como um guia de obras “fundamentais” para a complementação do aprendizado do assunto contido neste capítulo. É imprescindível a leitura destas ou outras obras para a consolidação do aprendizado. A escolha das obras obedece ao critério de qualidade técnica e didática, além da facilidade de acesso às obras. BARROS, Sidney Ferro, Contabilidade Básica. coleção prática IOB, São Paulo: Thomson – IOB, 2003 _________ Entendendo a Contabilidade, coleção prática IOB. São Paulo: Thomson – IOB, 2003. CHING, Yuh Hong, MARQUES, Fernando e PRADO, Lucilene. Contabilidade e Finanças para Não Especialistas. São Paulo: Prentice Hall, 2003. CRUZ, Célio, Contabilidade Geral: manual de estudos para concursos públicos. Petrolina: Aprovação Concursos, 1995. FERRARI, Ed Luiz, Contabilidade Geral: Teoria e 950 Questões. Série provas e concursos. São Paulo: Impetus, 2001. IUDÍCIBUS, Sérgio de, e Equipe Fea USP. Contabilidade Introdutória, 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. MARION, José Carlos, Contabilidade Básica, exercício, 2 ed. São Paulo: Atlas, 1998. _________ Contabilidade Básica, texto, 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998. NEVES, Silvério, VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade Básica. 11 ed. São Paulo: Frase, 2003. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 B D C E B D E A B 10 E 11 12 13 14 15 16 17 18 A C D B C D A A 22 Livro 1 - Introdução à Contabilidade PATRIMÔNIO Agnaldo Silva 23 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 2.1 - DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO Como visto, em Contabilidade, o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de propriedade de um ente carente de gestão. BENS: São coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Sob o ponto de vista contábil, pode-se definir como Bem tudo aquilo que uma empresa possui, seja para consumo, transformação, numerário, de renda, de venda ou troca e fixos. BENS DE CONSUMO: São bens não duráveis, isto é, bens que são consumidos imediatamente pela sua utilização. Ex.: Material de expediente, Material de Limpeza. Na contabilidade esses bens são registrados em conta denominada de ESTOQUE ALMOXARIFADO. BENS DE TRANSFORMAÇÃO: São bens utilizados na Fabricação de outros produtos. Ex.: A farinha de trigo utilizada pela fábrica de biscoitos. Esses bens são registrados na Contabilidade em conta denominada de ESTOQUE DE MATÉRIAS-PRIMAS. BENS NUMERÁRIOS: São os bens já convertidos em espécie. Ex.: Dinheiro em Caixa ou Banco. BENS DE RENDA: São os investimentos efetuados em ativos que, embora não sejam utilizados pela entidade para realização do seu objeto social, geram rendas secundárias. Ex.: Ações de Coligadas, Imóveis não de uso, etc. Esses bens são registrados na contabilidade, geralmente, em contas do grupo Ativo Permanente INVESTIMENTO. BENS DE VENDA: São bens produzidos para venda ou adquiridos de terceiros para revenda. Ex.: Produtos Acabados, Mercadorias. BENS FIXOS: São bens duráveis que a entidade utiliza na sua estrutura com a finalidade de, através do seu uso, realizar o seu objeto social. Ex.:Veículos, Móveis e Utensílios, Imóveis, Instalações Fabris, etc. Esses bens são contabilizados em contas do grupo Ativo Permanente IMOBILIZADO. Os bens podem ser classificados segundo o modo como são considerados. Neste caso, a classificação os divide em: BENS MATERIAIS; BENS IMATERIAIS. BENS TANGÍVEIS, CORPÓREOS OU MATERIAIS, como o próprio nome diz, são aqueles que possuem corpo, matéria. Por sua vez, dividem-se em: a. Bens móveis: os que podem ser removidos do seu lugar. Exemplos: mesas, veículos, máquinas de escrever, dinheiro, mercadorias etc.; b. Bens imóveis: os que não podem ser deslocados do seu lugar natural. Exemplos: casas, terrenos, edifícios etc. 24 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 2 PATRIMÔNIO BENS INTANGÍVEIS, INCORPÓREOS OU IMATERIAIS: são aqueles Bens que não possuem corpo, não têm matéria. Em sua maioria das vezes se apresentam na forma de gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser considerados parte do seu Patrimônio. Exemplos: Benfeitorias em Imóveis de Terceiros – são os gastos com reformas que o inquilino (tem a posse e não a propriedade) realiza em imóveis de terceiros com o objetivo de otimizar o funcionamento da entidade. Fundo de Comércio – é o ponto comercial, assim entendido como o valor formado pela fama conseguida através da clientela daquele estabelecimento pela sua localização e tempo de funcionamento. Patentes – decorrente de alguma invenção. Tem seu valor definido pelo somatório dos gastos com seu registro e as despesas de pesquisas para a sua obtenção. DIREITOS: são bens pertencentes a um ente e que se encontram em poder de terceiros. São representados na composição Patrimonial como valores a receber e normalmente são apresentados coma identificação do bem seguida da expressão a receber. Ex.: Duplicatas a receber, Alugueis a receber, etc.. Observe que os Direitos são os valores a receber decorrentes da atividade da Empresa e que são necessários à realização do objeto social. Origina-se das operações realizadas cotidianamente, do próprio funcionamento da empresa e por isso são normalmente chamados de créditos de funcionamento. São representados pelas duplicatas a receber decorrentes das vendas a prazo, pelos créditos referentes a devedores que mantêm relações com a Empresa, tais como, diretores, empregados, representantes, etc. OBRIGAÇÕES: São valores a pagar na forma de dívidas ou dividendos resultantes de compromissos assumidos pela empresa. As obrigações podem ser subdividas em: Obrigações exigíveis; aquelas que têm prazo certo para liquidação. Essas Obrigações geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos da expressão a pagar, exemplos: duplicatas a pagar; alugueis a pagar, salários a pagar, impostos a pagar ou impostos a recolher, etc.. Obrigações não exigíveis; aquelas que não possuem prazo determinado para liquidação. Normalmente são as obrigações da empresa para com seus investidores (proprietários) e se apresentam na forma de capital, reservas ou lucros acumulados para futuras distribuições ou aumento do capital. Desta forma, o Patrimônio pode ser representado de forma simples por: PATRIMÔNIO = BENS + DIREITOS + OBRIGAÇÕES Como os Bens e Direitos são a parte positiva, e as obrigações constituem a parte negativa do Patrimônio, esta representação também estará bem apresentada na forma abaixo. PATRIMÔNIO BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES Agnaldo Silva 25 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 2.2 - COMPONENTES PATRIMONIAIS O Patrimônio divide-se em duas partes: A parte positiva, composta pelos bens e direitos à qual denomina-se ATIVO. A parte negativa, composta pelas obrigações com terceiros e com os proprietários, à qual denomina-se PASSIVO. O Patrimônio agora pode ser representado da seguinte forma: PATRIMÔNIO ELEMENTOS POSITIVOS ELEMENTOS NEGATIVOS ATIVO PASSIVO BENS + OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS + DIREITOS OBRIGAÇÕES COM PROPRIETÁRIOS O ATIVO é o conjunto de bens e direitos de uma entidade, é a parte positiva do patrimônio, constituída pelas aplicações de recursos e por isso, de natureza devedora. O PASSIVO é o conjunto de obrigações de uma entidade, é a parte negativa do patrimônio, constituída pelas origens de recursos (fontes) e por isso, de natureza credora. O Passivo se subdivide em dois grandes grupos: Passivo Exigível – são as obrigações com terceiros, aquelas com prazo determinado para pagamento. Ex: Fornecedores por duplicatas a pagar; Salários a pagar; Empréstimos. Patrimônio Liquido - são as obrigações com os proprietários, portanto, não apresentam prazo determinado para pagamento. Este grupo também pode ser denominado de: Passivo Não Exigível; Situação Liquida; Recursos Próprios ou Capital Próprio. O valor do Patrimônio Liquido pode ser obtido pela diferença entre o Ativo e o Passivo Exigível. Agora se pode apresentar uma nova representação gráfica do Patrimônio: PATRIMÔNIO ATIVO PASSIVO BENS + DIREITOS OBRIGAÇÕES EXIGÍVEIS PATRIMÔNIO LIQUIDO 26 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 2 PATRIMÔNIO Os componentes patrimoniais podem ser vistos sobre dois aspectos: ASPECTO QUALITATIVO - Os componentes patrimoniais são divididos de acordo com a sua respectiva natureza e representados através de contas como: Numerários (caixa); Mercadorias, Clientes, etc ASPECTO QUANTITATIVO - O aspecto quantitativo evidencia a quantidade monetária de cada um dos elementos patrimoniais nos seguintes termos: Numerários (caixa) R$ 200,00; Mercadorias R$ 600,00, Clientes R$ 800,00, etc. Veja a representação gráfica do Patrimônio: PATRIMÔNIO ATIVO PASSIVO Bens Exigível Numerários 200,00 Fornecedores Mercadorias 600,00 Salários a pagar 1.300,00 600,00 Veículos 1.800,00 Empréstimos a pagar Imóveis 2.400,00 Tributos a pagar Direitos 2.000,00 100,00 Pat. Liquido Bancos 1.200,00 Clientes 800,00 Total = 7.000,00 Capital 2.600,00 Reservas 400,00 Total = 7.000,00 A escolha do lado esquerdo para representar o Ativo ou aplicações de recursos e do lado direito para representar o Passivo ou origens de recursos, foi feita por convenção. A este modelo de apresentação é denominado de razonete em T pela semelhança com a letra. Em Contabilidade diz-se que não há origem sem aplicação assim como não há aplicação sem origem de mesma proporção. Na prática, isto implica em dizer que se um Veículo tem valor R$ 1.800,00 você necessita de R$ 1.800,00 no Banco ou no Caixa para adquirir este veículo ou assumir uma Obrigação de R$ 1.800,00 com prazo determinado para pagar a dívida. Neste caso, a aplicação do recurso se daria em veículo e a origem seria uma das alternativas entre caixa, banco ou contas a pagar, ou ainda uma combinação de números de modo que uma parte fosse paga a vista e o restante a prazo. Em suma, a Contabilidade tem necessidade de identificar todos os fatos que resultem em origens e aplicações de recursos, a escrituração contábil é feita indicando-se o efeito (onde o recurso foi aplicado) e a causa (onde se originou o recurso). E se todas as origens geram aplicações de igual valor, teremos que: TOTAL DAS ORIGENS = TOTAL DAS APLICAÇÕES Agnaldo Silva 27 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC A igualdade entre as origens de recursos e as aplicações de recursos, complementada pelo fato de que o Ativo é grupo primário das aplicações de recursos, assim como o Passivo é grupo primário de origens de recursos, dá sustentação à equação fundamental do patrimônio, assim expressa: Ativo é igual a Passivo Exigível mais o Patrimônio Liquido. Com o jogo de sinais, esta equação também poderá ser expressa como sendo o Patrimônio Liquido igual ao Ativo menos o Passivo. PASSIVO EXIGÍVEL ATIVO = + PATRIMÔNIO LIQUIDO APLICAÇÕES DE RECURSOS = ORIGENS DE RECURSOS É importante ressaltar que o artigo 178 da Lei 6404/76 considera o Patrimônio Liquido como parte integrante do Passivo. Por isso, é comum encontrar na literatura a equação assim representada: Ativo é igual a Passivo. Passivo aqui entendido como sendo o conjunto de obrigações com terceiros e proprietários. A forma acima representada é baseada na doutrina contábil, a qual reconhece o Passivo como Capital de Terceiros, assim entendido como aquelas obrigações com prazo determinado para pagamento. Os componentes patrimoniais podem ser vistos sobre outros aspectos, a saber: Aspecto Jurídico: nele o patrimônio é definido como o complexo das relações jurídicas de uma pessoa, que tem algum valor econômico, assim, o patrimônio é o conjunto de direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica. Aspecto Financeiro: é o conjunto das disponibilidades que a empresa possui, com ênfase ao fluxo de ingressos de recursos e aplicações em determinado período. Aspecto Administrativo: são os elementos da estática e da dinâmica patrimonial sob a ótica da administração. Aspecto Econômico: o mesmo que aspecto contábil, compreende o conjunto de bens, direitos e obrigações. Aspecto Específico: com ênfase na natureza dos elementos. Ex. imóveis, caixa, etc.. Vale lembrar que em qualquer dos aspectos acima, deve-se considerar suas partes positivas e negativas, ou seja, o Ativo e o Passivo. 28 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 2 PATRIMÔNIO 2.3 - CAPITAL CAPITAL - Na acepção econômica, capital é o conjunto de recursos aplicados numa Empresa visando a produção de outros bens. Os bens e direitos (ATIVO), são os capitais aplicados. As Obrigações e o Patrimônio Líquido (PASSIVO) representam os capitais obtidos. A palavra Capital é utilizada também, na Contabilidade, para representar a importância entregue pelos sócios à sociedade para a aplicação efetiva nas suas atividades. CAPITAL NOMINAL: é o capital inicial até que sejam modificados os atos constitutivos da Empresa. Em outras palavras, é o capital realizado fixado no contrato social ou estatuto. CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA: é o total de recursos a disposição da empresa, ou seja, é o Patrimônio bruto da empresa, representado pela soma do Ativo. Podemos também encontrar o capital total a disposição da empresa através da soma do capital de terceiros mais o capital próprio. CAPITAL PRÓPRIO: São os recursos originados dos sócios na forma de capital social e os recursos originados da própria atividade patrimonial, como lucros e reservas. Na Contabilidade o Capital Próprio é representado pelo grupo de contas denominado Patrimônio Líquido. CAPITAL DE TERCEIROS: São os recursos obtidos de terceiros, representando obrigações. CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO: é o montante de recursos que os sócios se comprometem a entregar para a sociedade na forma de Capital Social, firmado através de um contrato que deverá ser arquivado no órgão peculiar de registro. CAPITAL SOCIAL INTEGRALIZADO OU REALIZADO é o Capital Social que já está materializado, ou seja, é o montante de recursos que os sócios já entregaram efetivamente para a empresa. No Balanço Patrimonial, o capital social realizado é igual a diferença entre o capital social subscrito e o capital social a integralizar. CAPITAL AUTORIZADO: preconizado no artigo 168 da Lei 6404/76, consiste em criar um mecanismo no estatuto que conceda autorização para aumento de capital sem a necessidade de reforma estatutária. Isso ocorre porque qualquer mudança na Constituição do Capital Social só pode ser feita através de uma alteração do Estatuto, Contrato ou Registro da empresa na Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR OU A REALIZAR: é o capital subscrito e não realizado, isto é, é a parte do capital que os sócios se comprometeram a entregar para a empresa, mas ainda não materializaram esse compromisso. Faz-se mister ressaltar que há entre Capital e Patrimônio uma diferença, pois em termos mais amplos as duas terminologias são constantemente tomadas como sinônimas. Em Contabilidade, Capital pode assumir todos os significados acima, enquanto que Patrimônio é sempre o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica. Agnaldo Silva 29 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 2.4 - SITUAÇÃO LIQUIDA PATRIMONIAL Observe a figura abaixo: ATIVO PASSIVO TOTAL BENS + DIREITOS PASSIVO EXIG. + P.LIQ APLICAÇÕES ORIGENS A figura indica que: O Ativo total é igual ao passivo total; O Ativo total é igual ao conjunto de bens e direitos; O Ativo total ou o conjunto de bens e direitos são equivalentes às aplicações primárias; O Passivo total é igual ao Passivo Exigível mais o Patrimônio Liquido; O Passivo total ou o Passivo Exigível mais o Patrimônio Liquido equivalem às origens primárias; O conjunto de bens e direitos é igual ao somatório das obrigações exigíveis e não exigíveis ou do Passivo Exigível mais o Patrimônio Liquido; O total das aplicações de recursos é igual ao total das origens de recursos. Os elementos patrimoniais poderão assumir os seguintes valores: ATIVO > ou = ZERO PASSIVO > ou = ZERO PATRIMÔNIO LIQUIDO > ou = ou < ZERO Veja que o Ativo e o Passivo não assumem valores inferiores a zero, esta seria a situação impossível. No entanto o Patrimônio Liquido pode assumir qualquer valor, ou seja, pode ser maior, igual ou menor que zero. O Patrimônio Liquido é a parte diferencial entre o Ativo e o Passivo Exigível. Ele também representa a obrigação da empresa para com os sócios-proprietários. A posição do Patrimônio Liquido é que determina a Situação Liquida. São sinônimos de PATRIMÔNIO LIQUIDO: 30 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPITAIS PRÓPRIOS RECURSOS PRÓPRIOS SITUAÇÃO LIQUIDA PASSIVO NÃO EXIGÍVEL CAPÍTULO 2 PATRIMÔNIO O Patrimônio Liquido pode apresentar-se do lado esquerdo (positivo ou superavitário), do lado direito (negativo ou deficitário) ou simplesmente não aparecer (nulo ou compensado). 1ª - Situação Liquida SUPERAVITÁRIA ou POSITIVA. Indica a existência de Patrimônio Liquido (positivo) e que o Ativo é maior que as obrigações exigíveis. Esta situação também pode ser chamada de Situação Liquida Ativa ou Favorável. PASSIVO EXIGÍVEL ATIVO SITUAÇÃO LIQUIDA POSITIVA PATRIMÔNIO LIQUIDO 2ª - Situação Liquida DEFICITÁRIA ou NEGATIVA. Indica que o Ativo é menor que o Passivo Exigível e, portanto, o Patrimônio Liquido assume valores negativos. Esta situação também pode ser chamada de Situação Liquida Desfavorável ou simplesmente de PASSIVO A DESCOBERTO. ATIVO PATRIMÔNIO LIQUIDO PASSIVO EXIGÍVEL SITUAÇÃO LIQUIDA NEGATIVA 3ª - Situação Liquida NULA ou COMPENSADA. Indica que o Ativo é igual ao Passivo Exigível e portanto o Patrimônio Liquido é igual a zero. Neste caso inexiste o Capital Próprio. ATIVO PASSIVO EXIGÍVEL SITUAÇÃO LIQUIDA NULA OU COMPENSADA 4ª - Situação Liquida de CONSTITUIÇÃO. Assim denominada pois é uma situação normalmente encontrada no ato da constituição (abertura) da empresas, através da integralização de capital. Indica que a entidade não possui nenhuma dívida com terceiros. Portanto esta é a melhor situação liquida possível. ATIVO PATRIMÔNIO LIQUIDO SITUAÇÃO LIQUIDA NORMAL - DESEJADA 5ª - Situação Liquida de LIQUIDAÇÃO. Assim denominada pois é uma situação somente encontrada quando a entidade está em liquidação e insolvente. Indica a ausência de elementos do Ativo, portanto esta é a pior situação possível. PATRIMÔNIO LIQUIDO PASSIVO EXIGÍVEL SITUAÇÃO LIQUIDA ANORMAL - INDESEJADA Agnaldo Silva 31 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 2.5 - RESUMO Bens são coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Desta forma, o Ar que respiramos ainda não é um bem econômico por não existir um mecanismo de avaliação deste bem. Os bens são classificados quanto à forma em materiais e imateriais. Os primeiros são aqueles com existência física, enquanto os segundos são aqueles de existência apenas jurídica, não possuindo forma ou corpo. Além dos bens, o Patrimônio é composto pelos direitos e obrigações de uma entidade. Os direitos representam os valores a receber provenientes de operações com pessoas relacionadas com o objeto social da entidade. As obrigações são os valores a pagar ou as dívidas contraídas pela entidade. Assim, a equação fundamental do Patrimônio é apresentada da seguinte forma: Patrimônio = Bens + Direitos + Obrigações. Os elementos patrimoniais são divididos em dois grandes grupos: o Ativo recebe os elementos positivos, compreende o conjunto de bens e direitos; o Passivo recebe os elementos negativos, compreende o conjunto de obrigações que por sua vez se subdivide em obrigações exigíveis (passivo exigível) e obrigações não exigíveis (patrimônio liquido). Assim como em Física não há ação sem reação, em Contabilidade não há origem sem aplicação. Todos os fatos contábeis geram uma origem e uma aplicação e ambas devem ser registradas pela Contabilidade da seguinte forma: as origens são registradas através dos créditos e as aplicações são registradas através dos débitos. Nesta lógica diz-se que o Ativo tem natureza devedora, pois recebe as aplicações de recursos; o Passivo tem natureza credora pois a princípio financia as operações da entidade, tornando-se fonte ou origem de recursos, portanto, tornando-se credor da entidade e assim recebendo lançamentos a crédito em primeiro momento. Se não há origens sem aplicações, não haverá débitos sem créditos (e vice-versa), então o tal de débitos será sempre igual ao total de créditos e desta forma o total dos elementos Ativos será sempre igual ao total dos componentes do Passivo. O Ativo também pode ser chamado de Capital Total à disposição da entidade, pois nele são congregados todos os bens, numerários, físicos ou intangíveis que formam em seu conjunto a força de trabalho da entidade. A palavra Capital pode ser empregada de diversas formas para expressar o montante de recursos empregados por um ente para fomentar alguma atividade. Os elementos do Ativo e do Passivo podem assumir valores nulos (zero) ou positivos (a partir da unidade). Os elementos do Patrimônio Liquido assumem qualquer valor, inclusive negativos, situação esta a qual denomina-se: Passivo a Descoberto. As situações liquidas patrimoniais são: superavitária, deficitária e compensada. A melhor situação superavitária é quando o Passivo é igual a zero; Das deficitárias, a pior situação possível é que apresenta Ativo igual a zero. Lembre que Ativo e Passivo não podem ser inferiores a zero e que por conseqüência não haverá em um mesmo Patrimônio o Ativo e o Passivo iguais a zero. 32 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 2 PATRIMÔNIO 2.6 - QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1. Sendo o Patrimônio o conjunto de bens, direitos mais obrigações, justifique o fato de as obrigações se apresentarem positivamente na definição de Patrimônio. Ou seja, porque Patrimônio não é o conjunto de bens mais direitos menos obrigações? 2. Qual a importância dos bens fixos nas empresas? 3. Diferencie os bens materiais dos imateriais, dando exemplos e comentando cada um deles. 4. A respeito dos direitos e obrigações das empresas, dê alguns exemplos e comente cada um deles. 5. Justifique o fato de o Ativo ter natureza devedora e o Passivo ter natureza credora. 6. Apresente um gráfico patrimonial enfocando os aspectos qualitativos e quantitativos dos componentes patrimoniais. 7. Crie exemplos de fatos contábeis e identifique as origens e aplicações dos recursos. 8. Crie um exemplo para ilustrar a ocorrência de um Capital Autorizado. 9. Por que o Ativo e o Passivo não podem assumir valores negativos?. justifique. 10. Apresente os componentes patrimoniais com seus devidos valores, para ilustrar cada uma das situações liquidas apresentada. 2.7 - QUESTÕES DE CONCURSOS 1 – (ESAF/AFOR, 1998) Na representação gráfica do estado patrimonial de uma entidade coloca-se normalmente o ativo do lado esquerdo e o passivo exigível e o patrimônio líquido do lado direito. Às vezes, entretanto, o patrimônio líquido aparece do lado esquerdo. Isso ocorre quando: a) não há passivo exigível b) o passivo exigível é maior do que o patrimônio líquido c) o ativo é maior do que o patrimônio líquido d) o passivo exigível é maior do que o ativo e) o ativo é maior do que o passivo exigível 2 – (ESAF/MARE, 1996) Se a situação líquida de um patrimônio tiver valor negativo, isso significa dizer que, nesse patrimônio, há inexistência de: a) Ativo; b) Passivo exigível; c) Passivo descoberto; d) Riqueza própria; e) Riqueza de terceiros. 3 – (K7 Concursos, 2000:3) Abaixo são dadas diversas situações patrimoniais. Assinale a que indica a pior situação econômica da empresa: a) Situação Líquida igual a zero; b) Situação Líquida igual ao Ativo; c) Situação Líquida igual ao Passivo Exigível; d) Passivo Exigível maior do que o Ativo. e) Situação Líquida Positiva, mas menor que o Passivo Exigível; Agnaldo Silva 33 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 4 – (ESAF/TTN) Se o Passivo Exigível de uma empresa é de R$ 19.650,00 e o Patrimônio Líquido é de R$ 9.850,00, o valor do seu capital próprio será a) R$ 29.500,00 b) zero c) R$ 9.800,00 d) R$ 9.850,00 e) R$ 19.650,00 5 – (TTN/92-SP) Eis os componentes patrimoniais da empresa Semínola Ltda.: (em R$) Dinheiro em caixa 50.000,00 Bens para revender 90.000,00 Impostos a Recolher 15.000,00 Títulos a pagar 55.000,00 Capital Social 95.000,00 Veículos de uso 40.000,00 Dívidas com Fornecedores 35.000,00 Títulos a Receber 60.000,00 Com os dados acima, pode-se afirmar que o Capital Próprio e o Capital alheio neste patrimônio são, respectivamente, R$ R$ a) 95.000,00 e 105.000,00 b) l35.000,00 e 90.000,00 c) l35.000,00 e 105.000,00 d) 240.000,00 e 105.000,00 e) 240.000,00 e 200.000,00 6 – (AFTN/91) Máquina destinada a produção de calçados é, para a industria calçadista, um bem a) de renda, produzindo bens de venda b) fixo, produzindo bens de renda c) fixo, porque é utilizado mais tempo que o bem de renda d) fixo de renda e) fixo produzindo bens de venda 7 – (ESAF-AFOR/98) Em relação ao patrimônio de uma entidade é correto afirmar: a) se houver acréscimo do ativo, o patrimônio líquido também será acrescido b) se houver acréscimo de 20% no ativo e de 20% no passivo exigível, o patrimônio líquido não será alterado c) o patrimônio líquido pode ser aumentado ainda que haja redução do ativo d) se o passivo exigível for maior do que o patrimônio líquido, surge a figura do passivo descoberto e) o ativo e o patrimônio líquido só podem ter valor positivo; o passivo exigível pode ter valor positivo ou negativo 8 – (K7 Concursos, 2000:17) A expressão “Passivo a Descoberto” significa: a) que a empresa apresentou Prejuízo no exercício; b) que a empresa apresentou Lucro inferior ao previsto nos estatutos; c) que a empresa faliu; d) que o Passivo é menor que o Patrimônio Líquido; e) que o Exigível é superior ao Patrimônio Aplicado. 34 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 2 PATRIMÔNIO 9 – (Braga/Soares, 2000:20) O que é Patrimônio? a) é um conjunto de elementos, com conteúdo econômico, avaliáveis em moeda, pertencentes a uma entidade, que explora ou o utiliza com um objetivo determinado b) é todo o material vendável que uma entidade tem em seus estoques c) é o conjunto de bens e direitos de uma determinada pessoa jurídica sem a finalidade de lucros d) é o capital que uma empresa desfruta para efetuar suas compras e vendas 10 – (Olivares, 1999:19) Em relação ao Patrimônio de uma entidade é certo afirmar que: a) nenhum dos seus elementos componentes pode ter valor negativo; b) o Ativo pode ser maior do que o Passivo Exigível e a Situação Líquida juntos; c) a Situação Líquida pode ser maior do que o Ativo; d) o Passivo Exigível pode ser maior do que o somatório de Ativo e a Situação Líquida; e) Ativo, Passivo Exigível e Situação Líquida podem ter valores iguais, mesmo que diferentes de zero. 11 – (K7 Concursos, 2000:6) A situação patrimonial denominada Passivo a Descoberto configura inexistência de: a) bens e direitos; b) obrigações; c) capital próprio; d) capital de terceiros; e) capital à disposição da empresa 12 – (Braga/Soares, 2000:21) Qual a principal característica dos capitais próprios e de terceiros? a) é a obtenção de empréstimos bancários para a empresa b) é a aplicação de juros recebidos por aplicações financeiras c) é a aplicação de receitas operacionais da empresa d) é a aplicação em suas operações principais e acessórias, visando obter o máximo de rendimento. 13 – (CFC/Exame Suficiência) O conjunto de bens, direitos e obrigações, vinculado a uma pessoa física ou jurídica é denominado: a) Situação Líquida; b) Capital Próprio; c) Patrimônio; d) Patrimônio Líquido. 14 – (CFC/Exame Suficiência) Uma empresa possui “Passivo a Descoberto” quando: a) o Ativo Circulante for menor que o Passivo Circulante. b) o seu Ativo for menor que o Passivo. c) apresentar má situação de liquidez financeira. d) o seu Ativo for maior que o Passivo. 15 – (Olivares, 1999:16) Ativo menos Passivo é considerado: a) Passivo real; b) Recursos de terceiros; c) Recursos alheios; d) Recursos próprios; e) n.d.a 16 – (Olivares, 1999:16) Quanto a Patrimônio Líquido nulo podemos afirmar que: a) O Capital Próprio é igual ao de terceiros; b) O Passivo é menor que os Direitos; c) Os Bens e Direitos são maiores que as Obrigações; d) A diferença entre as disponibilidades e os Capitais Próprios é negativa; e) O Ativo é igual ao Capital Alheio. Agnaldo Silva 35 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 17 - (Olivares, 1999:156) As causas principais que fazem variar o Patrimônio Líquido são: a) o investimento inicial de Capital e seus aumentos posteriores ou desinvestimentos feitos na entidade, bem como o resultado obtido do confronto entre as contas de Receitas e Despesas dentro do período contábil b) As incorporações ao Capital das reservas de Capital, das reservas de reavaliação, das reservas de lucros e dos lucros acumulados, registrados no último balanço patrimonial c) A obtenção de financiamentos a curto ou longo prazo com correção monetária pós-fixada ou préfixada ou qualquer outra modalidade de financiamento, inclusive no Exterior d) As alienações à vista ou a curto prazo do ativo de investimentos, imobilizado ou diferido, as quais alteram consequentemente o Capital circulante líquido e) Obtenções de contratos de fornecimentos de mercadorias, produtos ou prestação de serviços seja para o Governo, seja para empresas particulares 18 – (Olivares, 1999:16) A empresa terá Patrimônio Líquido quando: a) O Passivo tiver maior valor do que o Ativo; b) O Ativo tiver valor inferior ao do Passivo; c) O Ativo tiver valor igual ao do Passivo; d) O Ativo tiver valor maior do que o Passivo; e) n.d.a 19 – (TFC/ESAF, 1996) Pedro e Paulo constituíram uma empresa para explorar o comércio de gêneros alimentícios. Subscreveram capital de 100.000,00, integralizado em 20%. Para a integralização, os sócios fizeram empréstimo bancário, individualmente. A empresa adquiriu bens de uso, no valor de 30.000, utilizando para pagamento os recursos oriundos da integralização do capital e títulos de crédito emitidos em favor dos vendedores. Adquiriu, ainda, a prazo, mercadorias para revenda, no valor de 20.000,00. Assim sendo, o Capital Próprio da nova sociedade é de: a) zero. b) 20.000,00 c) 30.000,00. d) 50.000,00. e) 100.000,00. 20 – (CFC/Exame Suficiência) Das alternativas abaixo, assinale aquela que não é sinônimo de Patrimônio Liquido: a) Situação líquida. b) Capital Próprio. c) Patrimônio. d) Obrigações não exigíveis. 21 - (AFTN/91) Um apartamento, adquirido e alugado por empresa industrial, é bem: a) do ativo diferido b) Fixo c) Numerário d) de renda e) de venda 22 - (ESAF) Se a soma do ativo de uma entidade for igual à do passivo exigível, podemos afirmar que seu patrimônio líquido é: a) superavitário b) deficitário c) nulo d) igual à soma do ativo e) igual à soma do passivo 36 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 2 PATRIMÔNIO 23 - (TTN/90) Considerando: CP = Capital próprio; CTe = Capital de Terceiros; CN = Capital Nominal; CTo = Capital Total à disposição da empresa; PL = Patrimônio Líquido e A = Ativo, pode-se afirmar que CTo é igual a a) CP + CTe - Slp b) PL + Cte c) CP + CTe + SLp d) A - SLp e) CP + CTe + CN 24 - (TFC/93) Se Patrimônio Líquido (PL) é a diferença algébrica entre o Ativo (A) e o Passivo (P), os elementos patrimoniais poderão assumir somente os seguintes valores: a) A > = 0; P > = 0; PL > =< 0 b) A > 0; P > 0; PL > 0 c) A > = 0; P > 0; PL > 0 d) A > 0; P > = 0; PL > = < 0 e) A > = 0; P > = 0; PL > = 0 Legenda: > : < : >= : >=< : maior do que menor do que maior do que ou igual a maior ou menor do que ou igual a 25 - (AFTN/85) Assinale a alternativa que indique situação Patrimonial Inconcebível: a) Situação Líquida igual ao Ativo b) Situação Líquida negativa e maior do que o Ativo c) Situação Líquida menor do que o Ativo d) Situação Líquida maior do que o Passivo Exigível. e) Situação Líquida menor do que o Passivo Exigível 26 - Relacione adequadamente: (R) EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS (S) VEÍCULOS (T) CAIXA (U) CAPITAL (1) FONTE DE RECURSOS (2) APLICAÇÃO DE RECURSOS a) b) c) 2R 2S 1T 1U 1R 2S 1T 1U 2R 1S 2T 2U d) e) 1R 2S 2T 1U 1R 1S 1T 2U 27 - (ESAF) A configuração do estado patrimonial representada pelo gráfico onde A representa o Ativo e P o Passivo Exigível, revela: A P a) Inexistência de riqueza própria b) má situação financeira c) situação financeira equilibrada d) propriedade plena do Ativo e) boa situação financeira Agnaldo Silva 37 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 2.8 - INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA A indicação bibliográfica é uma sugestão para que o leitor busque outras fontes para a consolidação do aprendizado. CRUZ, Célio, Contabilidade Geral: manual de estudos para concursos públicos. Petrolina: Aprovação Concursos, 1995. FERRARI, Ed Luiz, Contabilidade Geral: Teoria e 950 Questões. Série provas e concursos. São Paulo: Ímpetus, 2001. GONÇALVES, Eugênio Celso. BAPTISTA, Antonio Eustáquio. Contabilidade Geral. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1998. IUDÍCIBUS, Sérgio de, e Equipe Fea USP. Contabilidade Introdutória, 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. MARION, José Carlos, Contabilidade Básica, exercício, 2 ed. São Paulo: Atlas, 1998. _________ Contabilidade Básica, texto, 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998. NEVES, Silvério, VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade Básica. 11 ed. São Paulo: Frase, 2003. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 D D C D C E C E A 10 11 12 13 14 15 16 17 18 D C D C B D E A D 19 20 21 22 23 24 25 26 27 B C D C B A B D A 38 Livro 1 - Introdução à Contabilidade Agnaldo Silva 39 BALANÇO PATRIMONIAL CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 3.1 – CONCEITO O SEBRAE e o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) no livro Manual de Procedimentos Contábeis para Micro e Pequenas Empresas (2002) definem o Balanço Patrimonial como sendo a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativamente e qualitativamente, em determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade. O Balanço Patrimonial é uma das principais demonstrações contábeis, seu objetivo é demonstrar a posição da entidade em determinado momento. O Balanço é uma espécie de radiografia da empresa em uma data específica, ou seja, é uma posição estática dos componentes patrimoniais. O nome Balanço vem de equilíbrio (balança) e fundamenta-se na equação patrimonial apresentada no capítulo anterior que diz: ATIVO TOTAL é igual a PASSIVO TOTAL. De maneira geral, as empresas elaboram seus Balanços pela necessidade de apresentar graficamente o seu Patrimônio. As principais razões para a elaboração do Balanço são de ordem fiscal, societária, gerencial e para a obtenção de crédito junto a bancos e fornecedores. Sob o ponto de vista profissional, o CFC através da resolução 785 (publicado no DOU – Diário Oficial da União em 1-8-1995) estabelece atributos para o conjunto das informações contábeis, das quais faz parte o Balanço Patrimonial. Ver: www.cfc.org.br 3.2 - OBRIGATORIEDADE O Balanço Patrimonial é parte integrante do conjunto de demonstrações contábeis ou financeiras obrigatórias pela Lei 6404/76, que descreve: Art. 176 Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I balanço patrimonial; II demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III demonstração do resultado do exercício; e IV demonstração das origens e aplicações de recursos. Também o novo código civil introduziu matéria regulamentando a elaboração do Balanço Patrimonial, que deve ser elaborado com base nos registros dos fatos contábeis regularmente escriturados. Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. Mesmo com a clareza da regulamentação legal em exigir a elaboração do Balanço, registre-se que o grande beneficiado pela elaboração das demonstrações contábeis é o próprio empresário que ao interpretar a situação econômico-financeira e patrimonial do seu empreendimento estará visualizando a eficiência e a eficácia das suas ações. 40 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 3 BALANÇO PATRIMONIAL 3.3 - EXERCÍCIO SOCIAL A Lei nº 6.404/76 estabelece: Exercício Social Art. 175. O exercício social terá duração de um ano e a data do término será fixada no estatuto. Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa. Observe que a lei estabelece o período de doze meses para que a diretoria da empresa elabore, com base na contabilidade, as demonstrações financeiras. Este período é denominado exercício financeiro, exercício social ou período contábil. Veja que não há necessidade que o exercício social coincida com o ano civil, porém a prática do empresariado brasileiro é de que o exercício social coincida com o ano calendário. Definida a data de encerramento do exercício social, esta não pode ser alterada, exceto em condições supervenientes e com a respectiva alteração no instrumento original (contrato social ou ata de constituição). As Sociedades Anônimas de Capital Aberto e as Instituições Financeiras, estão vinculadas às deliberações da CVM – Comissão de Valores Mobiliários. A CVM determina que estas instituições devem atualizar suas demonstrações financeiras trimestralmente. Evidentemente que para atender às necessidades gerenciais (usuários internos) e auxiliar a administração da empresa na tomada de decisões, a Contabilidade deverá apresentar relatórios contábeis em períodos mais curtos (bimestral, mensal, quinzenal, semanal), isto é possível pela agilidade de processamento dos dados contábeis, assim atribuídas à tecnologia empregada aos atuais sistemas de processamento das informações contábeis. 3.4 - ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL De forma simplificada, o balanço é o retrato dos elementos Ativos e Passivos. Consiste em apresentar do lado esquerdo o conjunto de bens e direitos a receber (Ativo) e do lado direito as obrigações com terceiros e com os proprietários (Passivo). BALANÇO PATRIMONIAL – EMPRESA MODELO em 31-12-03 ATIVO PASSIVO Bens numerários 2.000 Fornecedores 1.500 Títulos a receber 3.200 Empréstimos 5.600 Mercadorias 1.800 Salários a pagar 900 Veículos 3.000 Tributos a pagar 2.000 Maquinas 5.000 Imóveis 15.000 Capital Social 20.000 Total Ativo 30.000 Total Passivo 30.000 Obviamente que para ser analisado por parte de uma grande diversidade de usuários, o Balanço precisa ser elaborado de acordo com as normas técnicas e padrões estabelecidos por lei. Há no mundo vários órgãos tentando implantar um padrão internacional de contabilidade. Agnaldo Silva 41 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC No Brasil, a Lei 6404/76 estabelece uma seqüência de apresentação do Balanço Patrimonial. Antes do texto legal, conheça alguns termos técnicos. Ordem decrescente do grau de liquidez: quer dizer que os elementos serão agrupados de acordo com sua capacidade de transformar-se em dinheiro (tornar-se liquido). Desta forma o Balanço trará uma seqüência que inicialmente contemplará dos bens numerários e por fim os bens imóveis, teoricamente os mais difíceis de vender e transformar em dinheiro. Liquidez se opõe a exigibilidade, que seria a ordem de liquidação das dívidas. Circulante: é algo que está em giro, circulando. Na empresa, são os elementos que entram e saem com certa rapidez. Realizável a longo prazo: que se realizará, estará à disposição, será recebido em um período distante, chamado de longo prazo. Longo prazo é o período compreendido após o término do exercício social seguinte. Diferido: significa postergado, deixado para depois. Acontece com algumas despesas realizadas no período que antecede o funcionamento (operações) da empresa. Por não ter receitas correspondentes, posterga-se a despesa. Resultados de exercícios futuros: são receitas e custos destas receitas que tenham sido recebidos e pagos, porém a entrega do bem se dará em exercício futuro. Balanço Patrimonial Grupo de Contas Art. 178 No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) ativo circulante; b) ativo realizável a longo prazo; c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido. § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: a) passivo circulante; b) passivo exigível a longo prazo; c) resultados de exercícios futuros; d patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados. BALANÇO PATRIMONIAL – EMPRESA MODELO EM 31-12-2003 ATIVO PASSIVO ATIVO CIRCULANTE Caixa Bancos Clientes Mercadorias ATIVO REALIZ. LGO PZO Créditos longo pzo ATIVO PERMANENTE INVESTIMENTOS Bens de renda IMOBILIZADO Maquinas Imóveis DIFERIDO Gastos diferidos TOTAL ATIVO 1.300 2.200 3.400 1.900 PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores Tributos a pagar Salários a pagar Obrigações trabalhistas Empréstimos bancários 2.800 1.700 1.300 600 5.000 800 2.500 4.100 6.700 100 23.000 42 Livro 1 - Introdução à Contabilidade PASSIVO EXIGÍVEL A LGO PZO Financiamentos lgo pzo RESULTADO EXERC. FUTUROS Receita futura PATRIMÔNIO LIQUIDO Capital Reservas TOTAL PASSIVO 3.300 1.300 6.000 1.000 23.000 CAPÍTULO 3 BALANÇO PATRIMONIAL 3.5 - LANÇAMENTOS POR BALANÇOS SUCESSIVOS Este tópico objetiva a fixação dos conhecimentos adquiridos e a preparação para o estudo da dinâmica patrimonial. Antes, Lembre-se: No Ativo serão lançados apenas os bens e direitos; no Passivo Exigível serão lançadas apenas as obrigações com terceiros e no Patrimônio Liquido serão lançadas todas as contas relacionadas com os proprietários-acionistas, inclusive o saldo dos ganhos e perdas (receitas e despesas) o qual chamamos de resultado. O resultado será lucro quando os ganhos forem maiores que as perdas; será prejuízo quando as perdas ultrapassarem os ganhos. O Ativo é por natureza um grupo de aplicação de recursos, observe que as aplicações sempre aumentam o saldo das contas de bens e direitos. Obviamente que as origens diminuem os saldos das contas do Ativo, O Passivo é o grupo das origens ou fontes de recursos. Desta forma, sempre que a entidade assumir alguma obrigação com terceiros ou com proprietários ela estará aumentado o saldo das contas do grupo Passivo. Quando estas obrigações forem quitadas, os saldos serão baixados pois acontece a situação de aplicação de recursos em conta de Passivo. Natureza das Contas Contas de Ativo Contas de Passivo e Patrimônio Líquido Contas de Resultado DébitoAplicações Aumento Diminuição Despesa CréditoOrigens Diminuição Aumento Receita Caso 1. Um empresário constitui uma empresa com capital de R$ 10.000. Para tanto foi necessária uma transferência da sua conta pessoal para a conta bancária da empresa no valor do capital. Note: é fundamental a separação do que é do proprietário e o que faz parte da empresa. Nesta situação a empresa recebeu o recurso do proprietário (origem) e depositou no banco (aplicação). Então a conta capital social, no Passivo, aumentou pela origem e a conta banco movimento, no ativo, aumentou pela aplicação. Ambas passaram de zero para R$ 10.000, e o retrato da situação patrimonial ficou assim. ATIVO PASSIVO Bens numerários 10.000 Capital Social 10.000 Total Ativo 10.000 Total Passivo 10.000 Caso 2. Os gestores da empresa vão ao banco e contraem um empréstimo de R$ 5.000. o qual foi lançado na conta corrente bancária. Note: a empresa contraiu uma dívida, esta obrigação será lançada no Passivo como origem de recurso e aumentará o saldo do grupo. Veja também que o numerário destinou-se á conta corrente bancária, o que a fez aumentar de saldo por conta da aplicação do recurso. ATIVO Bens numerários 15.000 Total Ativo 15.000 PASSIVO Empréstimo Capital Social Total Passivo 5.000 10.000 15.000 Agnaldo Silva 43 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Caso 3. Com o recurso do banco, a empresa adquire mercadoria no valor de R$ 4.000, para revenda.. Note: Houve movimentação em duas contas de ativo. Banco (direito) e mercadoria (bem). Neste caso a mercadoria foi comprada (aplicação) terá seu saldo aumentado e o banco cedeu o recurso (origem) terá seu saldo diminuído. ATIVO Bens numerários Mercadoria Total Ativo 11.000 4.000 15.000 PASSIVO Empréstimo Capital Social Total Passivo 5.000 10.000 15.000 Caso 4. Pagamento de parte do empréstimo valor de R$ 2.000, conforme cheque. Note: a aplicação é em obrigações e a origem é um direito. Ambas terão saldos diminuídos. ATIVO PASSIVO Bens numerários 9.000 Empréstimo 3.000 Mercadoria 4.000 Capital Social 10.000 Total Ativo 13.000 Total Passivo 13.000 Caso 5. Aquisição de maquinas por R$ 12.000 para pagamento em duplicatas mensais num total de 12 parcelas. Note: A operação envolve uma fonte (fornecedor) e uma aplicação (maquinas), portanto a conta maquina será debitada e a conta fornecedor será creditada. ATIVO Bens numerários Mercadoria Maquinas Total Ativo 9.000 4.000 12.000 25.000 PASSIVO Fornecedor Empréstimo Capital Social Total Passivo 12.000 3.000 10.000 25.000 Caso 6. A empresa vende a prazo o total das mercadorias em estoque (R$ 4.000), por R$ 7.000, registrou R$ 2.000, de tributos a pagar pela operação e, desta forma, obtendo um ganho liquido de R$ 1.000. Note: esta operação envolve várias contas que podem ser resumidas em: no Ativo; aumento de clientes pelas contas a receber R$ 7.000 e baixa de mercadorias R$ 4.000. No Passivo; aumento de tributos a pagar R$ 2.000 e aumento de Patrimônio Liquido pelo lucro na operação de R$ 1.000, resultado do ganho da venda de R$ 3.000 (R$ 7.000 – R$ 4.000) menos a despesa com o tributo nas vendas no valor de R$ 2.000. ATIVO Bens numerários Clientes Mercadoria Maquinas 9.000 7.000 0 12.000 Total Ativo 28.000 44 Livro 1 - Introdução à Contabilidade PASSIVO Fornecedor Tributos a pagar Empréstimo Capital Social Lucro Total Passivo 12.000 2.000 3.000 10.000 1.000 28.000 CAPÍTULO 3 BALANÇO PATRIMONIAL 3.6 - RESUMO O Balanço Patrimonial, assim como as demais informações contábeis, devem propiciar aos usuários uma base segura às suas decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a entidade, seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades que oferece. Segundo o CFC, a informação contábil deve ser, em geral e antes de tudo, veraz e eqüitativa, de forma a satisfazer as necessidades comuns a um grande número de diferentes usuários, não podendo privilegiar deliberadamente a nenhum deles, considerando o fato de que os interesses nem sempre são coincidentes. O Balanço abriga as contas patrimoniais, ou seja, as contas de Ativo e Passivo. No ativo as contas são dispostas em ordem de liquidez, ou ordem de transformação de recursos em bens numerários, por isso todo balanço inicia com a conta caixa (bens numerários) por já ser liquida; No passivo as contas são dispostas em ordem de exigibilidade, que seria a ordem de preferência de pagamento ou liquidação da dívida. A apresentação do Balanço Patrimonial é obrigatória para todas as empresas, salvo aquelas amparadas pelo regime de micro-empreendimentos, e deve ser “levantado” anualmente ou em períodos inferiores como é o caso das empresas ligadas ao sistema financeiro e das sociedades anônimas de capital aberto, estas vinculadas à CVM. O exercício social, por sua vez, terá duração de doze meses e não necessariamente deverá coincidir com o ano civil. Neste ponto é interessante frisar os conceitos de circulante e realizável a longo prazo. Circulantes são os bens e direitos que serão convertidos em dinheiro “bem numerário” até o exercício social seguinte. Os demais direitos a receber após o exercício social seguinte serão considerados como realizáveis a longo prazo. Então, caso o exercício social da empresa coincida com o ano civil, e estivermos em abril do ano 1, as vendas a prazo recebíveis até 31 de dezembro do ano 2 serão consideradas duplicatas a receber circulante. Porém, se esta mesma venda tiver vencimento a partir de 01 de janeiro do ano 3, a duplicata a receber será considerada como realizável a longo prazo. O Ativo é subdividido em três grandes grupos: o Ativo Circulante; o Ativo Realizável a Longo Prazo e o Ativo Permanente. O Ativo Permanente por sua vez, divide-se em três subgrupos a saber: Investimentos, Imobilizado e Diferido. O Passivo, de acordo com a Lei 6404/76, divide-se em quatro grupos: o Passivo Circulante, o Passivo Exigível a Longo Prazo, os Resultados e Exercícios Futuros e o Patrimônio Liquido. O Patrimônio Liquido se sub-divide em: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Reavaliação, Reservas de Lucros e Lucros ou Prejuízos Acumulados. Os elementos do Ativo têm natureza devedora por receberem aplicações de recursos. Aumentam de saldo pelos débitos em conta, os débitos tem o mesmo raciocínio de que a conta deve a alguém que os financiou. Os elementos do Passivo têm natureza credora por serem fonte ou origens de recursos. Aumentam de saldo pelos créditos em suas contas, os créditos significam que a conta emprestou recursos a alguém. Agnaldo Silva 45 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 3.7 - QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1. Formule um conceito para o Balanço Patrimonial. 2. Fundamente a obrigatoriedade das Demonstrações Financeiras e de modo especial o Balanço Patrimonial. 3. Diga da importância para o administrador em levantar balanços para fins gerenciais. 4. Que vantagens têm os empresários que coincidem o exercício social com o ano civil. 5. Transcreva para seu material de estudo um balanço real de uma empresa, que esteja publicado em jornal ou na internet. 6. O que você entende por resultados de exercícios futuros? 7. Apresente os balanços sucessivamente após as seguintes operações (tente fazer o passo a passo e explicitar as origens e aplicações): a. Sócio integraliza Capital Social na ordem de R$ 30.000, aplicados no caixa da empresa. b. Abertura de conta corrente bancária com depósito inicial de R$ 25.000. c. Aquisição de máquinas para uso, no valor de R$ 40.000, sendo que R$ 5.000, serão pagos no ato com cheque e o restante em 10 parcelas iguais. d. Compra de mercadoria para revenda no valor de R$ 20.000, para pagamento em 90 dias conforme duplicata. e. Contratação de financiamento para Imóvel de Uso, no valor de R$ 50.000, a ser liquidado em 25 parcelas, das quais 15 são de curto prazo e 10 são de longo prazo. f. Venda de parte da mercadoria em estoque (50%). valor da mercadoria R$ 10.000 e valor da venda R$ 16.000 para recebimento em duplicata para 30 dias. Na operação desconsidere a incidência de tributos. g. Pagamento de despesas com: salário R$ 1.500; energia R$ 500, e impostos R$ 1.000. conforme cheque. h. Pagamento de duplicata de valor nominal R$ 3.500, conforme cheque. i. Pagamento da 1ª parcela do financiamento, valor de R$ 2.000, conforme numerário em espécie. j. Aplicação de R$ 5.000 em caderneta de poupança, recurso oriundo do banco movimento. 3.8 - QUESTÕES DE CONCURSOS 1 – (CFC Suficiência) As informações contábeis devem permitir ao usuário, como partícipe do mundo econômico, avaliar a situação e a tendência da Entidade, exceto: a) Observar e avaliar o comportamento. b) Alterar os resultados, quando comparados com os de outros períodos passados. c) Avaliar seus resultados à luz dos objetivos estabelecidos. d) Projetar seu futuro nos marcos políticos, sociais e econômicos em que se insere. 46 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 3 BALANÇO PATRIMONIAL 2 - (CFC Suficiência) O Balanço Patrimonial destina-se a evidenciar: a) A situação exclusivamente qualitativa da empresa ao final de cada exercício social. b) A situação do lucro ou prejuízo da empresa em 31 de dezembro de cada ano. c) O patrimônio e o patrimônio líquido da entidade, quantitativa e qualitativamente, em determinada data. d) A situação financeira líquida da entidade, quantitativa e qualitativamente, em determinada data. 3 - (CFC Suficiência) Durante o mês de setembro, uma empresa foi registrada na Junta Comercial e captou recursos totais de R$64.000,00, sendo R$40.000,00 dos sócios sob a forma de Capital Registrado e R$24.000,00 de terceiros, destes 2/3 a título de financiamentos de longo prazo e 1/3 como receitas. Os referidos recursos foram aplicados no mesmo mês, sendo R$23.800,00 em Mercadorias para Revenda; R$9.590,00 em Aplicações Financeiras de Curto Prazo, R$6.135,00 na compra de Máquinas e Equipamentos, R$18.350,00 na concessão de Empréstimos a Terceiros e o restante em despesas. Assim, o total do Patrimônio Líquido será: a) R$41.875,00 b) R$64.000,00 c) R$57.875,00 d) R$56.000,00 4 - (CFC Suficiência) A Norma Brasileira de Contabilidade reconhece o Balanço Patrimonial com a seguinte estrutura: a) Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. b) Ativo e Passivo. c) Ativo, Passivo e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. d) Ativo, Passivo, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 5 - (CFC Suficiência) Os grupos de contas que compõem o ativo são: a) Realizável a Longo Prazo, Patrimônio Líquido, Permanente. b) Circulante, Exigível a Longo Prazo, Permanente. c) Circulante, Realizável a Longo Prazo, Permanente. d) Circulante, Realizável a Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros. 6 – (CFC Suficiência) O Ativo é composto dos grupos de contas: a) Circulante, Permanente e Resultados de Exercícios Futuros. b) Realizável a Curto Prazo, Permanente e Patrimônio Líquido. c) Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente. d) Circulante, Exigível a Longo Prazo e Permanente. 7 -(CFC Suficiência) O Ativo Permanente é formado pelos subgrupos de contas: a) Investimento, Imobilizado e Diferido. b) Imobilizado, Depreciação Acumulada e Diferido. c) Imobilizado, Realizável a Longo Prazo e Diferido. d) Investimento, Imobilizado e Tangível. 8 - (CFC Suficiência) O Balanço Patrimonial na data de sua elaboração é uma Demonstração Contábil que reflete uma situação: a)estática. b)dinâmica. c)estático-dinâmica. d)transitória. Agnaldo Silva 47 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 9 - (CFC Suficiência) A compra de mercadorias a prazo: a)aumenta o ativo circulante e diminui a dívida da empresa com os fornecedores. b)não aumenta nem diminui o ativo. c)aumenta o ativo e o passivo. d)gera modificações na riqueza da organização. 10 - (CFC Suficiência) Considerando: AC PC PL ELP RLP AP = = = = = = Ativo Circulante Passivo Circulante Patrimônio Líquido Exigível a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente Sendo o Capital Circulante Líquido obtido pela fórmula AC – PC, qual das equações abaixo torna-se equivalente: a) b) c) d) AC + PC PL – AP Ativo – Passivo PL + ELP – AP – RLP 11 - (K7 Concursos, 2000:6) O balanço patrimonial de uma empresa estava assim constituído: Ativo Circulante $ 3.000,00 Realizável a longo prazo $ 1.000,00 Permanente $ 9.000,00 Total do Ativo $ 13.000,00 Passivo Circulante Exigível a longo prazo Patrimônio líquido Total do Passivo $ 2.000,00 $ 1.500,00 $ 9.500,00 $ 13.000,00 Pode-se afirmar que: a) capital próprio é de $ 13.000,00; b) capital de terceiros é de $ 1.500,00 c) bens disponíveis e realizáveis a curto prazo é de $ 3.000,00; d) capital nominal é de $ 9.500,00; e) capital à disposição da empresa é de $ 9.500,00 12 – (K7 Concursos, 2000:28) Indique a alternativa que contém os grupos de contas na cometa disposição em que devem ser apresentados no balanço patrimonial, de acordo com a Lei nº 6.404/76: a) Ativo circulante, Ativo realizável a longo prazo, Ativo permanente e Despesas, no Ativo; Passivo circulante, Passivo exigível a longo prazo, Patrimônio líquido e Receitas, no Passivo; b) Ativo disponível, Ativo realizável a longo prazo e Ativo permanente, no Ativo; Não-Exigível e Exigível, no Passivo; c) Circulante, Realizável a longo prazo, Pendente e Permanente, no Ativo; d) Circulante, Exigível a longo prazo, Resultados de exercícios futuros e Patrimônio líquido, no Passivo; e) Circulante, Exigível a longo prazo e Permanente, no Ativo 48 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 3 BALANÇO PATRIMONIAL 13 - (CFC/UnB, 2000) O Balanço Patrimonial é uma Demonstração Contábil que reflete uma situação: a) de equilíbrio b) de movimento c) financeira d) estática. 14 - (CESPE/UnB, 1997) O patrimônio líquido é a parcela do patrimônio que registra o capital social, as reservas de capital, a reserva de reavaliação, as reservas de lucros e os lucros ou prejuízos acumulados e representa a diferença entre: a) os bens e direitos e as obrigações. b) os ativos monetários e os passivos monetários. c) o ativo circulante e o passivo circulante. d) os ativos e o passivo circulante. e) o passivo circulante e o passivo exigível a longo prazo. 15 - (Braga/Soares, 2000;33) O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que apresenta: a) Ativo, Passivo, receitas e despesas em determinado momento; b) Ativo, Passivo, despesas patrimoniais e receitas operacionais; c) Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido e despesas e receitas; d) Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido da empresa em determinado momento. 16 - (Braga/Soares, 2000:32) Tem por objetivo demonstrar a situação patrimonial da empresa em determinada data, normalmente ao término de cada exercício social. Estamos referindo-nos ao: a) Balancete de Verificação; b) Balanço Patrimonial; c) Balanço Provisório; d) Balancete Provisório. 17 - (Braga/Soares, 2000:34) O Ativo Permanente é um grupo de aplicações de recursos de: a) conversibilidade imediata; b) maior conversibilidade; c) conversibilidade impossível; d) menor conversibilidade. 18 - (K7 Concursos, 2000:5) A equação contábil envolve os conceitos de Ativo, Passivo e Situação Líquida, Receitas e Despesas, expressos de forma matemática, considerando que os elementos devedores são positivos e os elementos credores são negativos. Desse modo, considerando a natureza devedora ou credora dos elementos constantes de um balancete, pode-se dizer que a equação contábil geral é a seguinte: a) bens + direitos – passivo – patrimônio líquido + receitas – despesas = 0 b) bens + direitos – passivo + patrimônio líquido + receitas – despesas = 0 c) bens + direitos – passivo + patrimônio líquido – receitas + despesas = 0 d) bens + direitos – passivo – patrimônio líquido – receitas – despesas = 0 e) bens + direitos – passivo – patrimônio líquido – receitas + despesas = 0 19 - (ESAF) Balanço Patrimonial é a representação: a) Das variações positivas e negativas do patrimônio, evidenciando a variação sofrida por sua situação líquida. b) Da receita e despesa prevista para determinado período. c) Do movimento de numerário em determinado período. d) Sintética dos elementos que formam o patrimônio, evidenciando a equação existente entre os capitais obtidos e os aplicados no complexo patrimonial. e) Das variações positivas e negativas do patrimônio, evidenciando o resultado econômico do exercício. Agnaldo Silva 49 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 20 - (MPU-ESAF-1993) Considere os seguintes dados: Balanço Patrimonial em 31-12-92 Ativo Caixa Bancos Aplicações financeiras de curto prazo Mercadorias Duplicatas a Receber Veículos de Uso Depreciação Acumulada Passivo Exigível Fornecedores Salários a Pagar Impostos a Pagar Patrimônio Líquido Capital Lucros Acumulados 20 30 200 300 50 80 (20) 660 200 60 40 300 60 660 De 1º a 10 de janeiro de 1993, ocorreram os seguintes fatos: 1. Venda do único veículo, a prazo, (60 dias) por 50. 2. Pagamento, em cheque, dos salários a pagar e impostos a pagar. 3. Venda de mercadorias, a vista, por 400, com lucro de 100. 4. Depósito bancário de 400. Os dados acima indicam que, em 10-01-93, após todas as operações descritas, o Ativo Circulante, o Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido eram, respectivamente, de: a) 660; 300 e 360. b) 650; 200 e 450. c) 650; 450 e 200. d) 600; 250 e 450. e) 600; 250 e 360. 21 - (FISCAL INSS/97) No balanço patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos e o resultado de exercícios futuros representa o patrimônio líquido que é o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios. De acordo com a Lei n.º 6.404/76, o patrimônio líquido não pode incluir: a) capital social, que representa valores recebidos pela empresa ou valores por ela gerados que estão formalmente incorporados ao capital social. b) reservas de capital, que representam valores recebidos, inexigíveis e que não transitam por contas de resultado. c) provisões para contingências, representando prováveis compromissos futuros, de fatos contábeis ocorridos. d) reservas de lucros, representando lucros obtidos pela empresa e retidos com finalidades específicas. e)estoques de ouro, representando as reservas reais da empresa para garantir ou lastrear os títulos emitidos e adquiridos no mercado de valores mobiliários. 22 - (CFC/UnB, 2001) A compra de um imóvel para uso da empresa constitui: a) origem de recursos; b) aplicação de recursos; c) aumento do capital circulante líquido; d) redução do capital próprio 50 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 3 BALANÇO PATRIMONIAL 23 - (TTN-ESAF-1992) O Balanço Patrimonial de uma empresa estava assim constituído: Ativo Circulante Ativo Realizável a Lgo Pzo Ativo Permanente Passivo Circulante (Impostos a Recolher) Passivo Exigível a Lgo Pzo (Financiamento) Patrimônio Líquido 3.000 1.000 9.000 2.000 1.500 9.500 Pode-se, assim, afirmar que: a) Seu capital próprio é de 13.000. b) O capital de terceiros é de 1.500. c) O conjunto de bens disponíveis e realizáveis a curto prazo é de 3.000. d) O capital nominal é de 9.500. O capital à disposição da empresa é de 9.500. 24 - (CFC Suficiência) As contribuições de sócios ou acionistas para aumento de capital representam: a) redução do passivo circulante; b) aplicações de recursos; c) origens de recursos; d) redução do capital circulante líquido. 25 (CFC Suficiência) A obtenção de financiamentos a longo prazo para as operações da empresa representa: a) origem de recursos; b) aplicação de recursos; c) redução do capital circulante líquido; d) aumento do passivo circulante. 26 - (Braga/Soares, 2000:45) A compra de um imóvel para uso da empresa constitui em imóveis: a) aplicação de recursos; b) origens de recursos; c) capital circulante líquido; d) reserva de lucros a realizar. 27 - (Braga/Soares, 2000:31) A legislação societária determina que, ao término de cada exercício social, a administração da empresa faça elaborar, com base em sua escrituração contábil, demonstrações contábeis que deverão exprimir com clareza a situação do: a) patrimônio da empresa e seus valores a débitos e créditos; b) os valores lançados a crédito de seu Passivo Circulante; c) Patrimônio Líquido da empresa e as mutações ocorridas no exercício; d) patrimônio da empresa e as mutações ocorridas no exercício. Agnaldo Silva 51 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 3.9 - INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA FAVERO, Hamilton Luiz, Et ali. Contabilidade:Teoria e Prática. Volumes 1 e 2. 2 ed. São Paulo Atlas. 1997. FERRARI, Ed Luiz, Contabilidade Geral: Teoria e 950 Questões. Série provas e concursos. São Paulo: Ímpetus, 2001. GONÇALVES, Eugênio Celso. BAPTISTA, Antonio Eustáquio. Contabilidade Geral. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1998. IUDÍCIBUS, Sérgio de, e Equipe Fea USP. Contabilidade Introdutória, 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. MARION, José Carlos. SOARES, Adenilson Honorio. Contabilidade como Instrumento para Tomada de Decisões. São Paulo: Alínea, 2000 ________________ Contabilidade Básica, exercício, 2 ed. São Paulo: Atlas, 1998. ________________ Contabilidade Básica, texto, 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998. NEVES, Silvério, VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade Básica. 11 ed. São Paulo: Frase, 2003. VILHENA, Leonardo de Almeida. Contabilidade para Concursos Públicos. 2 ed São Paulo. Atlas. 1997. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 B C A A C C A A C 10 11 12 13 14 15 16 17 18 D C B D A D B D A 19 20 21 22 23 24 25 26 27 D B E B C C A A D 52 Livro 1 - Introdução à Contabilidade RESULTADO Agnaldo Silva 53 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 4.1 - CONCEITO Toda empresa ao ser constituída deve declarar um objetivo social. Nas empresas comerciais esse objetivo é comprar e vender mercadorias, nas industrias é produzir algum produto, nas prestadoras de serviços é oferecer mão de obra especializada, etc.. Eis então que ao buscar a realização do objeto social as empresas assumem “risco” de ganhar ou perder recursos. Ao oferecer uma mercadoria ou serviços, o vendedor estipula um preço (de acordo com as condições de oferta e procura do bem) do qual ele espera que seja suficiente para cobrir seus custos e despesas. Quando o valor da venda (receita) for suficiente para cobrir todos os gastos com custos e despesas e ainda sobrar recursos, estaremos falando em ganho ou lucro. Se ao contrário, o valor da venda não for suficiente para pagar todos os custos e despesas, estaremos diante da situação de perda ou prejuízo. A esta relação lucro ou prejuízo, chama-se de Resultado. Resultado é o ganho ou a perda da empresa em determinado período ou exercício. Resultado do exercício é o saldo da diferença entre as Receitas e as Despesas mais Custos. Vimos no capítulo anterior (item balanços sucessivos) que as receitas e despesas afetam diretamente o Patrimônio Liquido. É que quando o empreendedor investe na empresa ele está arriscando um resultado. Nestes termos, entende-se as Receitas como acréscimos aos lucros e as Despesas como fator de diminuição dos lucros. Assim: RECEITAS AUMENTAM DESPESAS DIMINUEM PATRIMÔNIO LIQUIDO E o resultado positivo (lucro) aumenta o Patrimônio Liquido, assim como o resultado negativo diminui o Patrimônio Liquido. As contas de Receitas, Custos e Despesas são „TEMPORÁRIAS‟ pois a cada período ou exercício é apurado o resultado, que via de regra é conseguido “zerando-se” estas contas transitórias e o que sobra denomina-se Resultado, que é transferido para o Patrimônio Liquido conta lucro ou prejuízo, de qualquer forma, aumentando ou diminuindo o Capital do Proprietário. Também denominado de retorno dos acionistas ou compensação por participar do negócio. O lucro, ou parte dele, deve ser distribuído periodicamente aos acionistas. Tudo depende do contrato social ou do estatuto da companhia. Esta relação de Receitas, Custos e Despesas deve ser elucidada através dos relatórios de demonstração do resultado. As companhias abertas e as instituições financeiras são regidas pela Lei 6404/76 e publicam periodicamente a Demonstração do Resultado do Exercício. As sociedades de capital, são regidas pela Lei 10.406/02 (novo código civil) e estão obrigadas a elaborar o Balanço de Resultado Econômico. Como adiante. 54 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 4 RESULTADO 4.2 – DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Também obrigatório, a DRE – Demonstração do Resultado do Exercício apura e apresenta a posição econômico-financeira da empresa em um determinado período. È a dinâmica da empresa que vislumbra os encaixes e desencaixes de recursos na produção/comercialização de um bem ou serviço e elucida o redito, ou simplesmente resultado. A apresentação da DRE é feita de maneira dedutiva ou vertical, sua seqüência obedece aos preceitos legais da Lei 6404/76, como segue: SEÇÃO V Demonstração do Resultado do Exercício Art. 187 A demonstração do resultado do exercício discriminará: I a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; (Redação dada pela Lei n.º 9.249, de 26.12.1995) V o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; VII o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. § 2º O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações, registrados como reserva de reavaliação (artigo 182, § 3º), somente depois de realizado poderá ser computado como lucro para efeito de distribuição de dividendos ou participações. Veja que a Lei está recheada de termos técnicos e faz uma relação de mais ou menos, o que leva o estudante-principiante a achar o assunto de certa forma complicado, porém, com o destrinchar de alguns termos e a visualização do modelo da DRE esta primeira impressão perderá o sentido. Receita Bruta de Vendas e Serviços: compreende o valor total das notas fiscais de vendas e serviços prestados pela pessoa jurídica no período. Dela são diminuídas as vendas canceladas, as devoluções de vendas, os abatimentos concedidos sobre as vendas, os descontos comerciais e os tributos sobre as vendas, a exemplo do ICMS, PIS, COFINS, ISS. A este conjunto de diminuições da Receita Bruta denomina-se de Deduções da Receita Bruta. O IPI poderá fazer parte das deduções, desde que esteja incluído na Receita Bruta e isto é opcional. Agnaldo Silva 55 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Receita Liquida de Vendas e Serviços: é a RBV diminuída das DRB. Da receita liquida de vendas e serviços, diminui-se o Custo das Mercadorias e Serviços, este por sua vez é a soma dos valores pagos para adquirir ou produzir os bens de venda. Lucro Bruto: assim denominado pela Lei, pode aparecer na literatura como: Resultado com Mercadorias, Resultado Operacional Bruto ou Resultado Bruto. Trata-se da diferença entre a Receita Liquida e o Custo das Mercadorias e Serviços. Observe que há a possibilidade de haver prejuízo e por isso a nomenclatura “popular” recomendar o uso de Resultado.. As Despesas Operacionais: segregadas em quatro grupos: as despesas de vendas, o resultado financeiro (despesas deduzidas pelas receitas), as despesas gerais e administrativas e outras despesas operacionais. O Lucro ou Prejuízo Operacional: também pode ser chamado de Resultado Operacional, que equivale ao Resultado Bruto diminuído do total das Despesas Operacionais. As Receitas e Despesas Não Operacionais: são aquelas receitas e despesas que não fazem parte da busca pelo objetivo social da empresa. São aquelas situações anormais, que não acontecem com freqüência, por isso classificadas como não operacionais. O Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda: é o Lucro ou Prejuízo Operacional diminuído das despesas não operacionais e acrescido pelas receitas não operacionais. Do Resultado do Exercício do Imposto de Renda diminui-se os valores das provisões para Contribuição Social do Lucro Liquido e para o Imposto de Renda, quando então se apresenta o Lucro Depois do Imposto de Renda o qual é ponto de partida para o cálculo das participações de terceiros no lucro da empresa. As Participações de Terceiros no Lucro: debêntures; empregados; administradores; partes beneficiárias e fundo de assistência e previdência de empregados. São participações criadas pelo estatuto ou contrato social das empresas e objetivam a distribuição de lucros como se fossem comissões pelo desempenho da empresa. A metodologia de cálculo também é determinada pela Lei das S/As (6404/76) e deve obedecer a seqüência apresentada. Lucro Liquido do Exercício: enfim o Resultado Liquido do exercício, que vai ser transferido para o Patrimônio Liquido. Vale ressaltar que a Lei ainda cita que as receitas e despesas pagas ou incorridas devem ser computadas independentemente da sua realização em moeda. Na verdade a Lei está ratificando o uso e aplicação de um dos principais princípios contábeis; o Princípio da Competência. Abreviações de terminologias da DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. RBV – Receita Bruta de Vendas. DRB – Deduções da Receita Bruta de Vendas. RL – Receita Liquida das Vendas. CMV – Custo das Mercadorias Vendidas e Serviços Prestados. LB ou RCM – Lucro Bruto ou Resultado com Mercadoria. DOP – Despesas Operacionais (diminuídas das receitas operacionais). ROP – Resultado Operacional. 56 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 4 RESULTADO Com as abreviações, veja algumas equações elaboradas a partir da estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício. RL = RBV – DRB RCM ou LB = RL – CMV ou RCM ou LB = RBV – DRB – CMV ROP = RCM – DOP ou ROP = RL – CMV – DOP Agora visualize uma DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 1 RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS Vendas de mercadorias 6.500 Serviços prestados 2.700 2 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Vendas canceladas 300 Devoluções 120 Descontos e abatimentos 230 Tributos sobre vendas 2.200 3 (=1-2) RECEITA LIQUIDA 4 CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA Custo das mercadorias vendidas 1.800 Custo dos serviços prestados 750 5 (=3-4) LUCRO BRUTO OU RESULTADO COM MERCADORIAS 6 DESPESAS OPERACIONAIS Despesas de vendas 550 Resultado financeiro liquido -130* Despesas gerais e administrativas 1.700 Outras rec. e desp. operacionais 80 7 (=5-6) RESULTADO OPERACIONAL 8 RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS Ganhos não operacionais 420 Perdas não operacionais 170 9 (=7+/-8) LUCRO ANTES DA CSLL E DO IR 10 PROVISÕES PARA CSLL E IR Provisão para CSLL 200 Provisão para Irenda 450 11 (=9-10) LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES DE 3ºs 12 PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NO LUCRO Participação de debenturistas 180 Participação de empregados 220 13 (=11-12) LUCRO LIIQUIDO DO EXERCÍCIO Lucro liquido dividido pelo nº de ações = lucro por ação 9.200 2.850 6.350 2.550 3.800 2.200 1.600 250 1.850 650 1.200 400 800 *Indica que as receitas superaram as despesas. Agnaldo Silva 57 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 4.3 – BALANÇO DE RESULTADO ECONÔMICO Na Lei 10.406/02, o novo Código Civil, O Demonstrativo de Resultado Econômico veio preencher uma lacuna em termos de obrigatoriedade de apresentação das peças contábeis por parte das empresas constituídas de forma simples ou de sociedades por quotas de responsabilidade limitada. Estas que representam a grande maioria das empresas constituídas no Brasil. Veja a seqüência de artigos do Código Civil, que trata da obrigatoriedade do BRE Balanço de Resultado Econômico. Art. 1.020. Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas justificadas de sua administração, e apresentar-lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e o de resultado econômico. Art. 1.065. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico. Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que registre: I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de balancetes diários; II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício. Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial. Veja que o próprio Código também usa a nomenclatura Demonstração da Conta de Lucros e Perdas. A Lei insiste no fato de que a apresentação deve ser feita na forma de débitos e créditos. Para o Doutor LOPES DE SÀ (2002) a forma de apresentação em “débitos e créditos” aumenta, em muito, o valor do demonstrado, oferecendo maior clareza e competência. O Balanço de Resultado Econômico registra o resultado de forma contábil. Dele se espera que haja maior facilidade de interpretação em relação à DRE. O que proporciona esta facilidade é o confronto das contas de receitas e despesas sob a forma de balanço o que passa a idéia de equilíbrio e serenidade, requisitos estes indispensáveis na apuração do redito e na proposta de destinação do saldo dos Lucros e Perdas da entidade. O artigo 1.189, remete para uma lei especial a regulamentação da forma de apresentação do BRE. Como ainda não foi regulamentado, apresenta-se uma “especulação” do que seria o BRE. Nesta forma de apresentação procurou-se manter a estrutura até então utilizada pelas empresas, apenas indicando os elementos “Essenciais” que são os débitos e créditos e incluindo elementos “Auxiliares” como saldos e percentuais, no propósito de atender às regras gerais de transparência e maior poder de informação aos usuários das demonstrações contábeis. 58 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 4 RESULTADO BALANÇO DE RESULTADO ECONÔMICO CRÉDITOS DÉBITOS TOTAIS SALDOS DA INTERMEDIAÇÃO COM MERCADORIAS E SERVIÇOS Receita de Mercadorias Receita de Serviços RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS Receitas Canceladas e Devoluções Descontos e Abatimentos Tributos Sobre as Receitas DEDUÇÕES DAS VENDAS E SERVIÇOS RECEITA LIQUIDA DAS VENDAS Custo da Mercadoria Vendida Custo dos Serviços Prestados CUSTO DAS MERCADORIAS E SERVIÇOS RESULTADO OPERACIONAL BRUTO RENDAS E GASTOS OPERACIONAIS Despesas com Vendas Despesas Administrativas Depreciações/Amortizações/Exaustões Alugueis Recebidos Dividendos Recebidos SALDO DE RENDAS E GASTOS OPERACIONAIS Despesas Financeiras Receitas Financeiras SALDO DA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA RESULTADO OPERACIONAL RENDAS E GASTOS NÃO OPERACIONAIS Ganho na Alienação de Ativos Variações Monetárias Positivas Perdas na Alienação de Ativos Variações Monetárias Negativas Outras Rendas e Gastos Não Operacionais SALDO DE RENDAS E GASTOS NÃO OPERACIONAIS RESULTADO DA ADMINISTRAÇÃO ECONÔMICA PROVISÕES DE TRIBUTOS SOBRE O RESULTADO CSLL Provisionada IMPOSTO DE RENDA Provisionado PROVISÕES SOBRE O LUCRO LUCRO LIQUIDO APÓS TRIBUTAÇÃO DO IR 4.000 2.600 6.600 500 200 1.500 -2.200 4.400 100% 2.300 800 -3.100 TOTAIS DE CRÉDITOS E DÉBITOS 1.300 30% 500 11% 450 10% 350 8% 310 7% 600 900 100 500 350 -750 250 200 -50 130 120 70 180 50 -50 30 70 -100 PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS SOBRE O LUCRO Participações de Empregados Participações de Administradores Outras Participações Sobre o Lucro TOTAL DAS PARTICIPAÇÕES DE TERCEIROS LUCRO A SER DISTRIBUÍDO PROPOSTA DE DESTINAÇÃO DO RESULTADO Constituição de Reservas Reversão de Reservas MOVIMENTAÇÃO DAS RESERVAS Rendimentos a Distribuir % 20 15 5 -40 80 20 -60 250 7.920 6% 7.920 Agnaldo Silva 59 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 4.4 - RESUMO Resultado é a diferença entre as Receitas (credoras) e as Despesas (devedoras). O resultado pode ser positivo (credor ou lucro) quando as receitas forem maiores que as despesas, assim como pode ser (devedor ou prejuízo) quando as despesas superarem as receitas. Sendo o Resultado o valor do retorno do capital investido pelos acionistas, pode-se dizer que as receitas aumentam o capital próprio, assim como as despesas diminuem o capital próprio. As Receitas e Despesas são temporárias, permanecem abertas apenas durante o período contábil ou exercício social. Ao final de cada período elas são encerradas e o resultado transferido para o Patrimônio Liquido. O Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE é a forma de demonstrar a composição do resultado preconizada pela Lei 6404/76 na qual estão subordinadas as instituições financeiras e as companhias formadas por ações vinculadas a CVM – Comissão de Valores Mobiliários. O Balanço de Resultado Econômico – BRE é a forma de demonstrar a composição dos ganhos e perdas (receitas e despesas) em linguagem mais “contábil” utilizando-se de colunas de débito e crédito para representar as receitas e despesas do período. O BRE é obrigatório para as empresas constituídas na forma de sociedades limitadas. O Código Civil remeteu para uma lei complementar a regulamentação do modelo de apresentação do BRE, mas deixa claro que a composição deve obedecer a forma de débitos e créditos, assim como os preceitos contábeis mundialmente conhecidos. 4.5 - QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1. Relate o processo de aumentos e diminuições do Patrimônio Liquido em função das receitas e despesas. 2. Quais são os principais usuários da Demonstração de Resultado? 3. Você acha que um pequeno empreendimento teria dificuldades em apresentar ao DRE? Justifique. 4. Quais os pontos positivos e pontos negativos da estrutura da DRE determinada pela Lei das S/As. 5. Apresente uma definição para Balanço de Resultado Econômico. 6. Faça um resumo dos termos nos artigos que regulamentam o Balanço de resultado Econômico. 7. Aponte as vantagens da estrutura do BRE sobre a DRE. 60 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 4 RESULTADO 4.6 - QUESTÕES DE CONCURSOS 1 - (Silva & Silva) As receitas e as despesas têm, respectivamente, a propriedade de: a) diminuir e aumentar o Patrimônio Líquido; b) não alterar o Patrimônio Líquido; c) aumentar e diminuir o Patrimônio Líquido; d) diminuir e diminuir o Patrimônio Líquido; e) Apenas transitar pelo Patrimônio líquido 2 - (Silva & Silva)) Para a apuração do Resultado do Exercício as contas de Resultado são encerradas da seguinte forma: a) as despesas são debitadas e as receitas são creditadas; b) as receitas são debitadas e as despesas são debitadas; c) não há necessidade de lançamentos para isto; d) as despesas são creditadas e as receitas são debitadas; e) as despesas vão para o ativo e as receitas para o passivo 3 - (BACEN, 1997) O objetivo da demonstração do resultado do exercício é fornecer aos usuários das demonstrações financeiras da empresa os dados básicos e essenciais da formação do resultado do exercício. O art. 187 da Lei das Sociedades por Ações disciplina a apresentação dessa demonstração, visando atender a tal objetivo. A esse respeito, julgue os itens a seguir: (1) Na demonstração de resultado, as despesas financeiras devem ser dispostas depois do resultado operacional. (2) A receita líquida de vendas é a obtida a partir da receita bruta de vendas após as deduções das vendas, dos abatimentos e dos impostos. (3) As participações de debêntures, empregados e administradores devem ser reconhecidas após o lucro líquido. (4) A demonstração do resultado discriminará lucro ou prejuízo líquido do exercício por ação do capital social. (5) As despesas com vendas devem ser demonstradas antes do lucro bruto. a) E – C – E – C – E b) E – C – C – E - E c) C – C – E – C – C d) E – E – C – E – C e) C – E – E – C - E 4 - (AFCE/TCU) Na demonstração do resultado, de acordo com a Lei nº 6.404/76, o lucro ou prejuízo líquido do exercício é uma rubrica apresentada após 1) a participação de empregados. 2) os dividendos. 3) a constituição da reserva legal. 4) a participação de debêntures. 5) a participação de administradores. a) E – E – E – C – C b) C – E – E – E – C c) E – C – C – E – E d) C – E – E – C – C e) C – C – E –C - E 5 - (Silva & Silva) A Demonstração contábil que relata o montante de despesas administrativas incorridas durante o ano: a) balanço patrimonial b) demonstração do resultado do exercício c) demonstração das mutações do patrimônio líquido d) notas explicativas e) todas atendem ao enunciado Agnaldo Silva 61 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 6 - (Silva & Silva) A Demonstração contábil que informa a composição do lucro que a entidade apurou durante o exercício social: a) balanço patrimonial b) demonstração do resultado do exercício c) demonstração das origens e aplicações de recursos d) notas explicativas e) todas atendem ao enunciado 7 - (Silva & Silva) Indique qual a opção correta: A demonstração do resultado do exercício discriminará em ordem decrescente e dedutiva: I – o lucro bruto, as receitas e despesas não operacionais e o saldo das contas patrimoniais II – a receita líquida de vendas e serviços, a receita bruta, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III – a receita bruta, as despesas com vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – a receita bruta de vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; a) afirmativa IV está correta; b) afirmativa II está correta; c) afirmativa III está correta; d) afirmativa I está correta e) n.d.a. 8 - (Silva & Silva) Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independente da sua realização em moeda; b) os custos, despesas, encargos e perdas, não pagos ou não incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos; c) somente as receitas; d) somente os encargos e perdas incorridos; e) todas as receitas, despesas e custos pagos naquele período. 9 - (Silva & Silva) As empresas prestadoras de serviços sujeitam-se ao pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS). Na Demonstração do resultado do Exercício dessas empresas o ISS incidente sobre os serviços prestados. a) não figura expressamente, porque é deduzido do valor da receita bruta de serviços b) não figura expressamente, porque o seu valor é repassado aos usuários dos serviços c) figura como parcela redutora da receita bruta de serviços d) é incluído no valor do custo dos serviços vendidos e) figura como despesa operacional da empresa 10 - (CFC/UnB, 2000) A Demonstração do Resultado: a) Destacará o lucro ou prejuízo acumulado devidamente deduzido do imposto de renda. b) Evidenciará, observado o Princípio da Competência, a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas, e os correspondentes custos e despesas. c) Evidenciará, observado o Princípio da Continuidade, a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas, e os correspondentes custos e despesas. d) Destacará as receitas, os custos e despesas, dependendo de seu recebimento e pagamento. 11 - (Silva & Silva) A destinação do lucro é feita de acordo com: a) as despesas e receitas; b) os saldos devedores e credores do resultado; c) os valores que terão suas contas de receitas e despesas; d) CAPÍTULO o lucro líquido do 4 exercício; e) o saldo das reservas de lucros a distribuir 12 - (Silva & Silva) O lucro operacional líquido resulta da: 62 Livro 1 - Introdução à Contabilidade RESULTADO a) diferença entre o lucro bruto e o lucro líquido; b) soma do lucro líquido mais o custo de mercadorias vendidas; c) diferença entre o lucro operacional líquido e as despesas brutas; d) diferença entre o lucro bruto e as despesas operacionais. 13 - (Silva & Silva) A CPMF, na demonstração do resultado do exercício representa: a) despesa financeira b) despesa geral c) despesa tributária d) despesa comercial e) deduções de vendas 14 - (Silva & Silva) Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independente da sua realização em moeda b) as receitas e os rendimentos realizados no período c) as receitas realizadas no período d) os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos; e) as alternativas “a” e “d” cumulativamente são as corretas 15 - (Silva & Silva)Não entram na composição do lucro operacional a) o resultado bruto das vendas e serviços b) a diferença entre as receitas e despesas financeiras c) o resultado que tenha considerado o custo dos produtos vendidos d) todas as anteriores estão corretas e) nenhuma resposta satisfaz 16 - (MPU/ESAF, 1993:86) É considerada Não Operacional a receita decorrente: a) De aplicação financeira. b) De aluguel de imóvel. c) Do recebimento de dividendos. d) Da reversão da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. e) Da venda de bem do Ativo Imobilizado 17 - (MTb-1994:211) A Demonstração de Resultado do Exercício tem a sua apresentação disciplinada pela Lei nº 6.404./76. Assim, após a apresentação do lucro operacional, para se obter o resultado antes do imposto de renda, deve-se: a) Deduzir as despesas não operacionais e somar as receitas não operacionais. b) Considerar as despesas e receitas não operacionais, o saldo da conta de correção monetária, as participações de terceiros e as contribuições sociais. c) Considerar as despesas e receitas não operacionais, o saldo da conta de correção monetária e as participações de terceiros. d) Considerar as despesas e receitas não operacionais, o saldo da conta de correção monetária e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados. e) não há resposta que atenda ao enunciado Agnaldo Silva 63 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 18 - (ESAF:215) Da escrituração comercial e outros papéis da Cia. Nacional foram extraídos, relativamente ao exercício social findo em 31/12/XX, os seguintes dados: CONTAS - Custo das Mercadorias Vendidas - ICMS sobre Vendas - Resultado com Mercadorias (L.B.) - Vendas Canceladas - Outros Impostos s/Venda Valor 14.000 5.000 12.500 1.000 375 A Receita Bruta de Vendas indicada na Demonstração do Resultado do Exercício, daquela data, com base nos elementos fornecidos, foi de: a) 26.500 b) 33.500 c) 32.500 d) 32.875 e) 33.875 19 - (AFC/ESAF, 1992:223) Dados extraídos do balancete final, em 31-12-91, da empresa Cartafat Comércio e Serviços S.A. (antes do encerramento das contas de resultado). Contas Valor - Receita da revenda de Mercadorias 40.000 - Receita da Prestação de Serviços 12.000 - Vendas canceladas 3.000 - ICMS Sobre vendas e Serviços 10.000 - Demais impostos sobre vendas e serviços 2.000 - Receitas financeiras 4.000 - Variações Monetárias Ativas 5.000 - Encargos Financeiros 6.000 - Receita da Venda de Imobilizado 100 A soma algébrica dos valores, entre os acima relacionados, que devem ser considerados na apuração da Receita Líquida é a) 39.000 b) 40.000 c) 40.100 d) 46.100 e) 37.000 20 - (AFCE/TCU, 1996:224) Para cada opção assinale C (certo) ou E (errado). Na demonstração do resultado, de acordo com a Lei nº 6.404/76, o lucro ou prejuízo líquido do exercício é uma rubrica apresentada após: ( ) A participação de empregados ( ) Os dividendos ( ) A constituição da reserva legal ( ) A participação dos debêntures ( ) A participação de administradores a) b) c) d) CEECC CCEEC EECCC ECCEE 64 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 4 RESULTADO Observe a legenda para responder às próximas questões: RBV – Receita Bruta de Vendas. DRB – Deduções da Receita Bruta de Vendas. RL – Receita Liquida das Vendas. CMV – Custo das Mercadorias Vendidas e Serviços Prestados. LB ou RCM – Lucro Bruto ou Resultado com Mercadoria. DOP – Despesas Operacionais (diminuídas das receitas operacionais). ROP – Resultado Operacional. 21 - (Silva & Silva) Sendo a RL igual a R$ 2.000, as DOP R$ 1.200, as DRB R$ 600. Qual é o Lucro ou Prejuízo Operacional. a) lucro operacional de R$ 200 b) prejuízo operacional de R$ 800 c) lucro operacional de R$ 800 d) os dados são insuficientes para a resposta 22 - (Silva & Silva) Dado: ROP R$ -100; RBV R$ 1.300, CMV R$ 500 e DRB R$ 800, podemos afirmar que as DOP foram na ordem de. a) R$ 200 c) R$ zero b) R$ 100 d) Os dados são insuficientes para a resposta. 23- (Silva & Silva) No período em que a DRB foi R$ 400, a RL foi R$ 600 e o RCM foi R$ 500, podemos afirmar que. a) O ROP foi de R$ 500 e a DOP foi de R$ 200 b) Que RBV foi de R$ 2.600 e o ROP é zero. c) Que a RBV foi de R$ 1.000 e o CMV foi de R$ 500; d) Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira 24- (Silva & Silva) Quando o Lucro Bruto for R$ 600, o Lucro Liquido do Exercício for de R$ 200; as despesas não operacionais superarem as receitas em R$ 50; o IR e a CSLL somarem 150 e não houver participação nos lucros, poderemos afirmar. a) as DOP são de R$ 1.000 b) as DOP são de R$ 200; c) as DOP são de R$ 400 d) NDR anteriores 25 - (Silva & Silva) Sendo a RBV R$ 2.000, o LB R$ 300 e o CMV R$ 1200, pode-se afirmar que: a) a DOP é R$ 500 c) a RL é de R$ 1.500 b) o ROP é de R$ (500) d) NDR anteriores 26- (Silva & Silva) Quando o Prejuízo Bruto for R$ 300, as DOP forem de R$ 700 e o ROP for positivo em R$ 400 poderemos afirmar que: a) as DOP são de R$ 600 b) as DOP são de R$ 800 c) as DOP são de R$ 400 c) NDR anteriores 27- (Silva & Silva) Se a RBV for de R$ 5.000, o RCM for de R$ (2.000) e o CMV for de R$ 3.500, poderemos afirmar que: a) as devoluções de vendas, descontos abatimentos e tributos totalizaram R$ 2.000 b) as devoluções de vendas, vendas canceladas, descontos e tributos totalizaram R$ 2.500 c) o conjunto das deduções da receita bruta totalizou R$ 3.000 d) o conjunto das deduções da receita bruta totalizou R$ 3.500 e) NDR anteriores. 4.7 - INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA Agnaldo Silva 65 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC FAVERO, Hamilton Luiz, et al. Contabilidade:Teoria e Prática. Volumes 1 e 2. 2 ed. São Paulo Atlas. 1997. FORTES, José Carlos, FORTES, Maice Nobre.Legislação da Profissão Contábil. Livro Eletrônico. Fortaleza: Fortes, 2003. FERRARI, Ed Luiz, Contabilidade Geral: Teoria e 950 Questões. Série provas e concursos. São Paulo: Ímpetus, 2001. IUDÍCIBUS, Sérgio de, e Equipe FEA USP. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 7 ed. São Paulo: Atlas 2003. _______________. Contabilidade Introdutória, 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. MARION, José Carlos. SOARES, Adenilson Honorio. Contabilidade como Instrumento para Tomada de Decisões. São Paulo: Alínea, 2000 ________________ Contabilidade Básica, texto, 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998. NEVES, Silvério, VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade Básica. 11 ed. São Paulo: Frase, 2003. PEREZ JR. José Hernandez, BEGALLI, Glaucos Antonio. Elaboração das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 1999. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 C D A D B B A A C 10 11 12 13 14 15 16 17 18 B D D A E E E A D 19 20 21 22 23 24 25 26 27 E A C B C B C A D 66 Livro 1 - Introdução à Contabilidade SISTEMA DE CONTAS E PLANO DE CONTAS 5.1 - CONCEITO E FUNÇÃO DAS CONTAS Agnaldo Silva 67 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC CONCEITOS: a) Contas são as representações dos registros de débitos e créditos da mesma natureza ou espécie, com a finalidade de identificar e qualificar os componentes patrimoniais e de resultados. b) Contas são os agrupamentos dos elementos semelhantes integrantes do patrimônio, onde são registrados os aumentos e reduções de valores. c) Contas são as unidades contábeis onde são registrados os fatos contábeis de acordo com a natureza do acontecimento. d) Conta é a personificação do fato contábil através do registro dos débitos e créditos da mesma natureza, de forma a possibilitar o estudo da dinâmica dos acontecimentos. FUNÇÃO DAS CONTAS: Na contabilidade pode-se encontrar os seguintes agrupamentos: Bens, Direitos, Obrigações com Terceiros, Obrigações com o Proprietário, Receitas e Despesas. Estes agrupamentos são constituídos de elementos aos quais denominam-se contas. São as contas que recebem os lançamentos contábeis e delas derivam-se todas as funções da contabilidade. Pode-se dizer que as contas são para a contabilidade o mesmo que as células são para o corpo humano. A conta é identificada através de um título específico, de forma a identificar com clareza o agrupamento a que pertence e o fato que pretende registrar. É vedado o uso de títulos genéricos para as contas. Assim, expressões como Valores a Receber; Receitas Diversas; Contas Correntes, etc. não podem ser utilizadas. As contas são abertas no momento da necessidade do registro do fato. Por isso, a conta Fornecedores por Duplicatas, por exemplo, somente será aberta quando a entidade contrair uma obrigação a pagar mediante duplicata. Daí por diante esta conta abrigará todas as obrigações a pagar por fornecimentos de bens e serviços mediante duplicatas. A classificação das contas é feita em agrupamentos (graus). Esta subdivisão é feita em obediência aos preceitos legais e de acordo com o porte e a necessidade da empresa. Os elementos são ordenados em níveis e sub-níveis dos grupos patrimoniais e por isso qualquer alteração na conta (débitos e créditos) influenciará os níveis superiores. Exemplo: Conjunto dos Bens e Direitos da Entidade 1. Ativo 1.1. Ativo Circulante 1.1.1. Disponibilidades 1.1.1.1. Caixa CAPÍTULO 1.1.1.2.5 Bancos Sub-grupo que congrega os bens e direitos de maior movimento Divisão do Circulante. Representa os elementos de maior liquidez Conta: elemento representativo da moeda em tesouraria (bem) Conta: elemento bancário SISTEMA DErepresentativo CONTAS do E saldo PLANO DE(direito) CONTAS 5.2 - ESTRUTURA DAS CONTAS 68 Livro 1 - Introdução à Contabilidade Por representarem o registro das origens e aplicações dos recursos da mesma natureza ou espécie, as contas necessitam de requisitos mínimos e são representadas por uma ficha em forma de quadro com colunas, também denominada de razão ou podem ser representadas de maneira simplificada/resumida na forma de T, aí denominada de razonete. ELEMENTOS ESSENCIAIS: 1. TÍTULO Nome da conta representada pela ficha; 2. DATA Citação do dia/mês/ano em que se verificou a operação; 3. HISTÓRICO É o relato do fato acontecido; 4. VALORES A DÉBITO Descrição das aplicações de recursos (lado esquerdo); 5. VALORES A CRÉDITO Descrição das origens de recursos (lado direito); 6. SALDO A diferença entre os débitos e créditos. Os saldos das contas podem ser devedor, credor ou nulo. Devedor quando o total dos débitos for maior que o total de créditos; Credor quando o total de créditos for maior que o total de débitos e Nulo, quando os totais de débito e crédito forem iguais. MODELO DE CONTA EM RAZÃO. Título da Conta Data Histórico Débito EXEMPLO: Título da Conta Banco Movimento Data Histórico Débito 15/02/04 Depósito 10.000,00 17/02/04 Cheque nº 037 Código Contábil Crédito Saldo D/C Código Contábil 1.1.1.2 Crédito 2.500,00 Saldo D/C 10.000,00 D 7.500,00 D RAZONETE é a forma simplificada de representar uma conta. Basicamente necessita do título, das colunas de débito à esquerda e crédito à direita, além do saldo devedor ou credor, conforme o caso. MODELO DE CONTA EM RAZONETE e EXEMPLO DE CONTA EM RAZONETE Título DÉBITOS CRÉDITOS 1 Saldo 5.3 - TEORIA DAS CONTAS Banco Movimento DÉBITOS CRÉDITOS 10.000,00 2.500,00 2 7.500,00 Agnaldo Silva 69 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Na Teoria Contábil existem várias escolas que ao longo da História produziram estudos no sentido de aprimorar a Contabilidade como Ciência. A Teoria das Contas sofreu várias interpretações por estas escolas, das quais não se pode deixar de destacar as teorias formadas pelas escolas: Personalística; Materialistica e a Patrimonialista. TEORIA PERSONALÍSTICA. Nesta teoria as contas assumem a configuração de pessoa, personalidade própria. As contas se subdividem nos seguintes grupos: a) Contas do Proprietário b) Contas dos Agentes Consignatários c) Contas dos Agentes Correspondentes As Contas do Proprietário representam o capital social e suas variações. São as contas da pessoa do proprietário, nelas incluídas as oscilações positivas e negativas geradas pelas receitas e despesas. As Contas dos Agentes Consignatários representam os bens da entidade. As pessoas dos agentes consignatários são os responsáveis pela guarda e conservação dos bens pertencentes ao proprietário. As Contas dos Agentes Correspondentes representam os direitos e obrigações da entidade perante terceiros. Ressalte-se que os direitos e obrigações são registrados na contabilidade em nome de pessoas, as quais mantém relação de débito ou crédito com a entidade. No Ativo são registrados os direitos com natureza devedora, significando que as pessoas (terceiros) devem à entidade. No Passivo as obrigações são registradas com natureza credora, o que significa que as pessoas (terceiros) têm crédito com a entidade. TEORIA MATERIALISTA. Nesta teoria as contas assumem a configuração de materiais (valores materiais), contrastando fortemente com a teoria personalistica. Pela teoria materialista as contas classificam-se em: a) Contas Integrais b) Contas Diferenciais As Contas Integrais representam valores patrimoniais (bens, direitos e obrigações a pagar). São as contas do Ativo e do Passivo Exigível. As Contas Diferenciais representam o patrimônio liquido e suas variações na forma de receitas e despesas. TEORIA PATRIMONIALISTA. Nesta teoria há a distinção entre as contas que representam a estática patrimonial e as contas que representam a dinâmica patrimonial que determina a situação liquida em dado momento. A Teoria Patrimonialista assume o patrimônio como objeto da contabilidade. Dela deriva-se a corrente Neo-Patrimonialista de origem brasileira, que se dedica ao estudo do fenômeno da transformação do patrimônio pelo movimento dos componentes patrimoniais. A Teoria Patrimonialista classifica as contas em: a) Contas Patrimoniais b) Contas de Resultado 70 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 5 SISTEMA DE CONTAS E PLANO DE CONTAS As Contas Patrimoniais representam os elementos do Ativo (bens e direitos), do Passivo (obrigações a pagar) e do Patrimônio Liquido (situação liquida) que formam o complexo patrimonial e refletem a posição estática do patrimônio. As Contas de Resultado representam as variações patrimoniais registradas pelas receitas e despesas contraídas pela entidade e que demonstram o resultado do exercício. As contas de resultado representam a dinâmica (movimento) da entidade, são os aumentos e diminuições sofridas pelo patrimônio e que geram o resultado positivo ou negativo em um determinado período. 5.4 - MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO Para melhor entender o mecanismo de débito e crédito das contas, recorre-se à Teoria Personalista onde cada conta assume a função de pessoa com sua individualidade. Assim, as contas ativas que representam elementos patrimoniais positivos (bens e direitos) são pessoas que devem à entidade. Ex. Clientes por Duplicatas, a conta Clientes deve à entidade e esta por sua vez tem a receber (direito). Então sua natureza é devedora. As contas passivas representam elementos patrimoniais negativos. São creditadas pelas origens de recursos, ou seja, quando o patrimônio assume obrigações; são debitadas quando representar, em um fato contábil, aplicações de recursos; isto é, debita-se por ocasião da liquidação das obrigações. O patrimônio líquido como complemento do Passivo para igualar ao Ativo, obedece ao mesmo mecanismo das demais contas passivas, ou seja, suas contas são creditadas quando há aumento do patrimônio líquido e debitadas quando há redução. Tanto as contas de passivo quanto as contas do patrimônio liquido tem natureza credora. As contas de despesas reduzem o patrimônio líquido. São sempre debitadas; todavia, poderão ser creditadas nas situações de estorno de lançamento e por ocasião de encerramento das contas de resultado para apuração do lucro ou prejuízo do exercício. A natureza do saldo das contas de despesa é sempre devedora. As contas de receitas aumentam o patrimônio líquido. São sempre creditadas; porém, poderão ser debitadas nas situações de estorno de lançamento e por ocasião de encerramento das contas de resultado para apuração do lucro ou prejuízo do exercício. A natureza do saldo das contas de receita é sempre credora. NATUREZA DAS CONTAS NATUREZA DEVEDORA NATUREZA CREDORA CONTAS DO ATIVO CONTAS DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LIQUIDO CONTAS DE DESPESAS CONTAS DE RECEITAS Agnaldo Silva 71 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Esquema básico do mecanismo de débito e crédito, segundo o prof. Célio Cruz (1995). D E B I T A C R E D I T A NA APLICAÇÃO DE RECUROS NA ORIGEM DE RECUROS NO ATIVO AO ENTRAR BENS OU ADQUIRIR DIREITOS NO PASSIVO AO LIQUIDAR UMA OBRIGAÇÃO EM DESPESA AO EFETUAR UMA DESPESA NO ATIVO AO SAIR BENS OU REALIZAR DIREITOS NO PASSIVO AO ASSUMIR UMA OBRIGAÇÃO EM RECEITA AO REALIZAR UMA RECEITA DÉBITO (aplicações) V CONTA DEVEDORA CONTA CREDORA AUMENTA O SALDO DIMINUI O SALDO CRÉDITO (origens) CONTA DEVEDORA CONTA CREDORA DIMINUI O SALDO AUMENTA SALDO O Assim: DÉBITOS em contas do Ativo ou Despesas, que possuem natureza devedora, aumentam os saldos das contas destes grupos. DÉBITOS em contas do Passivo, Patrimônio Liquido ou Receitas, que possuem natureza credora, diminuem os saldos das contas destes grupos. CRÉDITOS em contas do Ativo ou Despesas, que possuem natureza devedora, diminuem os saldos das contas destes grupos. CRÉDITOS em contas do Passivo, Patrimônio Liquido ou Receitas, que possuem natureza credora, aumentam os saldos das contas destes grupos 72 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 5 SISTEMA DE CONTAS E PLANO DE CONTAS 5.5 - CONTAS RETIFICADORAS Viu-se que as contas do ativo possuem saldos devedores, tendo, portanto, natureza devedora. Porém, existem contas credoras que são classificadas no ativo, cuja função é retificar ou reduzir o ativo; essas contas são denominadas de contas redutoras ou retificadoras do ativo. Da mesma forma, o passivo e o patrimônio liquido que possuem saldos credores e natureza credora, também acatam algumas contas com a função retificadora com saldo devedor e com a função de reduzir o saldo do grupo a que pertence. As contas retificadoras são consideradas patrimoniais, porém, seus saldos são negativos em relação ao grupo a que pertencem. Ex. o ativo tem natureza devedora, portanto suas retificadoras têm saldo credor. Como o próprio nome sugere, as contas retificadoras têm a função de retificar algo. Como exemplo: Estoque de Mercadorias, é um bem, portanto do ativo e de natureza devedora, mas o valor registrado pela compra pode estar superior ao valor atual (mercado), assim, criase a conta retificadora chamada Ajuste do Estoque a Valor Presente, com natureza credora cuja função é dar ao grupo de contas de estoques o real valor. Veja abaixo. Estoque de Mercadoria para Revenda Ajuste de Estoque a Valor Presente Saldo de Estoques 10.500,00 (2.500,00) 8.000,00 O exemplo acima significa que as mercadorias foram adquiridas por $ 10.500,00, porém houve uma queda no valor destas mercadorias de forma que elas agora são encontradas no mercado ao custo de $ 8.000,00. Portando há a necessidade de realizar o lançamento de ajuste no saldo de estoques, via conta retificadora, para que o mesmo expresse a realidade do mercado. Isto acontece pela necessidade em atender aos Princípios Contábeis que serão estudados mais adiante. Alguns exemplos de contas retificadoras: No Ativo: Provisão de ajuste do valor de estoques ao valor de mercado; Provisão para devedores duvidosos; Duplicatas descontadas; Provisão para perdas prováveis na realização de investimentos; Deságio a amortizar na realização de investimentos; Depreciação acumulada; Amortização acumulada; Exaustão acumulada. No Passivo: Salário família a compensar; Custos da receita futura. No Patrimônio Liquido: Capital a realizar; Ações em tesouraria Agnaldo Silva 73 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 5.6 - PLANO DE CONTAS Segundo Lopes de Sá (1998), “Plano de Contas é uma peça na técnica contábil que estabelece previamente a conduta a ser adotada na escrituração, através da exposição das contas em seus títulos, funções, funcionamento, grupamentos, análises, derivações, dilatações e reduções. ... as partes essenciais da sua composição são: Princípios Gerais; Elenco de Contas; Função das Contas; Funcionamento das Contas; Normas de Avaliação e apuração; Demonstrativos e Explicações Adicionais.” O Plano de Contas destina-se a orientar os trabalhos da escrituração contábil por estabelecer previamente a utilização das contas. Para tanto, se faz necessário a elaboração de um Elenco de Contas e de um Manual das Contas. Ao elaborar o Plano de Contas, o Contador deve considerar as peculiaridades da empresa/entidade e fazer do Plano de Contas uma ferramenta gerencial. Sem pretensão de apresentar um modelo-padrão, o que seria inviável pela diversidade de seguimentos econômicos e sociais das empresas, apresenta-se, abaixo, um Elenco de Contas elaborado com base nos preceitos da Lei das Sociedades por Ações. LEI 6404/76 Art. 179 As contas serão classificadas do seguinte modo: I no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; II no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; III em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; IV no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial; V no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais. Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. Passivo Exigível Art. 180 As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do artigo 179. Resultados de Exercícios Futuros Art. 181 Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes. Patrimônio Líquido Art. 182 A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada 74 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 5 SISTEMA DE CONTAS E PLANO DE CONTAS ELENCO DE CONTAS 1. ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONIBILIDADES 1.1.1.001 CAIXA 1.1.1.002 BANCOS 1.1.1.003 APLICAÇÕES DE RESGATE IMEDIATO 1.1.2 DIREITOS REALIZÁVEIS A CURTO PRAZO 1.1.2.001 ADMINISTRADORAS DE CARTÃO DE CRÉDITO 1.1.2.002 CLIENTES NACIONAIS 1.1.2.003 DUPLICATAS DESCONTADAS 1.1.2.004 PROVISÃO PARA PERDAS NO RECEBIMENTO DE CREDITOS 1.1.2.005 CLIENTES NO EXTERIOR 1.1.2.006 APLICAÇÕES FINANCEIRAS CIRCULANTES 1.1.2.007 ADIANTAMENTOS A FUNCONÁRIOS 1.1.2.008 TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES A COMPENSAR 1.1.3 ESTOQUES 1.1.3.001 ESTOQUE DE MERCADORIAS PARA REVENDA 1.1.3.002 ESTOQUE EM ALMOXARIFADO 1.1.4 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 1.1.4.001 SEGUROS A APROPRIAR 1.1.4.002 ALUGUEIS ANTECIPADOS A APROPRIAR 1.2 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.1 DIREITOS REALIZÁVEIS A LONGO PRAZO 1.2.1.001 TÍTULOS A RECEBER DE CLIENTES 1.2.1.002 DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE 1.2.2 DIREITOS A RECEBER DE PESSOAS LIGADAS 1.2.2.001 EMPRÉSTIMOS A SÓCIOS 1.2.2.002 EMPRÉSTIMOS A COLIGADAS 1.3 ATIVO PERMANENTE 1.3.1 INVESTIMENTOS 1.3.1.001 PARTICIPAÇÕES EM COLIGADAS 1.3.1.002 IMÓVEL PARA ALUGUEL 1.3.1.003 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE IMOVEL ALUGUEL 1.3.2 IMOBILIZADO 1.3.2.001 MÓVEIS E UTENSÍLIOS 1.3.2.002 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE MOVEIS E UTENS 1.3.2.003 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 1.3.2.004 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE MAQ E EQUIPAM 1.3.2.005 VEÍCULOS 1.3.2.006 DEPRECIAÇÃO ACUM. DE VEÍCULOS 1.3.2.007 RESERVAS MINERAIS 1.3.2.008 EXAUSTÃO ACUMULADA DE RESERVAS MINERAIS 1.3.2.009 IMOVEIS 1.3.2.010 DEPRECIAÇÃO ACUMULADA DE IMÓVEIS DE USO 1.3.3 DIFERIDO 1.3.3.001 GASTOS PRÉ OPERACIONAIS 1.3.3.002 AMORTIZAÇÃO ACUMULADA DE GASTOS PRÉ OPERACIONAIS 1.3.3.003 PESQUISA E ELABORAÇÃO DE PRODUTOS 1.3.3.004 AMORTIZAÇÃO ACUMULADA DE PESQ DE PRODUT 2. PASSIVO 2. 1CIRCULANTE 2.1.1 FORNECEDORES 2.1.1.001 FORNECEDORES DE MERCADORIAS PARA REVENDA Agnaldo Silva 75 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 2.1.1.002 OUTROS FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 2.1.2.001 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS 2.1.2.002 CONTRATOS DE LEASING 2.1.2.003 ADIANTAMENTOS DE CLIENTES 2.1.3 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 2.1.3.001 SALÁRIOS A PAGAR 2.1.3.002 FÉRIAS A PAGAR 2.1.3.003 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO A PAGAR 2.1.3.004 F.G.T.S A PAGAR 2.1.3.005 I.R.R.F A RECOLHER 2.1.3.006 INSS EMPRESA 2.1.3.007 INSS FUNCIONÁRIOS 2.1.3.008 INSS-INCENTIVOS DO GOVERNO 2.1.4 OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 2.1.4.001 ICMS A PAGAR 2.1.4.002 I.S.S A PAGAR 2.1.4.003 IPI A PAGAR 2.1.4.004 PIS A PAGAR 2.1.4.005 COFINS A PAGAR 2.1.4.006 I.R SOBRE LUCRO A PAGAR 2.1.4.007 C.S.L. A PAGAR 2.1.5 DEMAIS CONTAS A PAGAR 2.1.5.008 AGUA E ENERGIA ELÉTRICA A PAGAR 2.1.5.009 TELEFONE A PAGAR 2.1.5.010 ALUGUEIS A PAGAR 2.1.5.011 DIVIDENDOS E PARTICIPAÇOES A DISTRIBUIR 2.2 PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 2.2.1 OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS 2.2.1.001 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS 2.2.2 OBRIGAÇÕES COM PESSOAS LIGADAS 2.2.2.001 EMPRÉSTIMOS DE SÓCIOS 2.2.2.002 EMPRÉSTIMOS DE COLIGADAS 2.3 RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 2.3.1 RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 2.3.2 CUSTO DAS RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 2.4 PATRIMÔNIO LIQUIDO 2.4.1 CAPITAL 2.4.1.001 CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO 2.4.1.002 CAPITAL A INTEGRALIZAR 2.4.2 RESERVAS 2.4.2.001 RESERVAS DE CAPITAL 2.4.2.002 RESERVAS DE LUCROS 2.4.2.003 RESERVAS DE REAVALIAÇÃO 2.4.3 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 2.4.3.001 LUCROS NÃO DISTRIBUÍDOS 3 . RESULTADO DO EXERCÍCIO 3.1 RESULTADO BRUTO COM MERCADORIAS E SERVIÇOS 3.1.1 RECEITAS BRUTAS DE VENDAS E SERVIÇOS 3.1.1.001 RECEITA DE VENDA MERCADORIAS 3.1.1.002 RECEITA DE SERVIÇOS 3.1.2 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 3.1.2.001 DEVOLUÇÕES DE VENDAS 3.1.2.002 DESCONTOS SOBRE VENDAS 2.1.2 76 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 3.1.3 3.2 3.2.1 3.1.2.003 ABATIMENTOS SOBRE VENDAS 3.1.2.004 IPI SOBRE VENDAS 3.1.2.005 ICMS SOBRE VENDAS 3.1.2.006 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS 3.1.2.007 PIS SOBRE FATURAMENTO 3.1.2.008 COFINS SOBRE FATURAMENTO CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA E SERVIÇOS PRESTADOS 3.1.3.001 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 3.1.3.002 CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS DESPESAS OPERACIONAIS DE VENDAS 3.2.1.001 3.2.1.002 3.2.1.003 3.2.1.004 3.2.1.005 3.2.2 3.5 3.5.1 JUROS PASSIVOS TARIFAS BANCÁRIAS DESCONTOS CONCEDIDOS CORREÇÃO MONETÁRIA DE OBRIGAÇÕES VARIAÇÃO CAMBIAL NEGATIVA OUTRAS DESPESAS FINANCEIRAS JUROS ATIVOS DESCONTOS OBTIDOS CORREÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITOS VARIAÇÃO CAMBIAL POSITIVA OUTRAS RECEITAS FINANCEIRAS SALÁRIOS E ENCARGOS COM PESSOAL MATERIAL DE EXPEDIENTE AGUA, ENERGIA E TELEFONE ALUGUEIS PASSIVOS SEGUROS DEPRECIAÇÕES/AMORTIZAÇÕES/EXAUSTÕES INVESTIMENTOS EM MEIO AMBIENTE INVESTIMENTOS SOCIAIS E CULTURAIS OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS RESULTADO NEGATIVO NA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL RESULTADO POSITIVO NA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL DIVIDENDOS RECEBIDOS ALUGUEIS ATIVOS DESPESAS NÃO OPERACIONAIS PERDAS DE CAPITAL NA ALIENAÇÃO DE BENS RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 3.3.2.001 3.4 3.4.1 TAXA DE ADMNISTRADORA DE CARTÃO-CRÉDITO DESPESAS E RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 3.3.1.001 3.3.2 PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS OUTRAS DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS 3.2.4.001 3.2.4.002 3.2.4.003 3.2.4.004 3.3 3.3.1 PROMOÇÃO E PROPAGANDA DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS 3.2.3.001 3.2.3.002 3.2.3.003 3.2.3.004 3.2.3.005 3.2.3.006 3.2.3.007 3.2.3.008 3.2.3.009 3.2.4 FRETES E CARRETO SSOBRE VENDAS RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO 3.2.2.001 3.2.2.002 3.2.2.003 3.2.2.004 3.2.2.005 3.2.2.006 3.2.2.007 3.2.2.008 3.2.2.009 3.2.2.010 3.2.2.011 3.2.3 COMISSÕES DE VENDAS GANHO DE CAPITAL NA ALIENAÇÃO DE BENS ENCARGOS SOBRE O LUCRO PROVISÃO PARA I.R E C.S.L 3.4.1.001 PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA 3.4.1.002 PROVISÃO PARA C.S.L. PARTICIPAÇÕES NO RESULTADO PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NO LUCRO Agnaldo Silva 77 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 3.6 3.6.1 3.5.1.001 PARTICIPAÇÕES DE DEBÊNTURES 3.5.1.002 PARTICIPAÇÕES DE EMPREGADOS 3.5.1.003 PARTICIPAÇÕES DE ADMINISTRADORES 3.5.1.004 PARTICIPAÇÕES DE FUNDO DE ASSISTÊNCIA RESULTADO DO EXERCÍCIO DESTINAÇÃO DO RESULTADO 3.6.1.001 CONTA DE ENCERRAMENTO DO RESULTADO MANUAL DAS CONTAS (apenas para exemplificar algumas contas) CAIXA. Código 1.1.1.001 Ativo; Circulante; Disponibilidades. Função: Abrigar os numerários em tesouraria. (dinheiro no caixa da empresa) Natureza: Devedora. Debitada: Recebimento de duplicatas; Vendas à vista em dinheiro; saques bancários; etc. Creditada: Em todos os desembolsos em dinheiro - pagamentos de: títulos, despesas, etc. BANCOS. Código 1.1.1.002 Ativo; Circulante; Disponibilidades. Função: Abrigar toda a movimentação bancária da empresa. (banco conta movimento) Natureza: Devedora. Debitada: Pelos valores depositados em banco e pela aquisição de empréstimos. Creditada: Pelos pagamentos em cheques ou diminuições na conta corrente. CLIENTES NACIONAIS. Código 1.1.2.002 Ativo; Circulante; Direitos. Função: Abrigar os valores a receber provenientes de vendas a prazo. Natureza: Devedora. Debitada: No ato da venda a prazo para recebimento até exercício social seguinte. Creditada: Pelo recebimento da duplicata; quando o cliente resgata a duplicata. ESTOQUE MERC. REVENDA. Código 1.1.3.001 Ativo; Circulante; Estoques. Função: Abrigar os valores das mercadorias destinadas a venda. Natureza: Devedora. Debitada: Nas compras de mercadorias. Creditada: Nas vendas de mercadorias; nas percas por avarias ou sinistros. SEGUROS A APROPRIAR. Código 1.1.4.001 Ativo; Circulante; Desp. Exerc. Seg. Função: Abrigar os valores relativos a seguros pagos com competência futura. Natureza: Devedora. Debitada: No ato da contratação e pagamento do seguro. Creditada: Mensalmente pela apropriação mensal de parcela proporcional ao n° meses. VEÍCULOS. Código 1.3.2.005 Ativo; Permanente; Imobilizado. Função: Abrigar os valores de aquisição dos veículos de uso na empresa. Natureza: Devedora. Debitada: Na compra do veículo ou em reavaliações do mesmo. Creditada: Na venda de veículos ou baixa por desuso, avaria ou sinistro. DEPRECIAÇÃO ACUM. VEÍCULOS. Código 1.3.2.006 Ativo; Perm.; Imobilizado Função: Retificar o valor dos veículos pelas percas de valor pelo uso ou obsolescência. Natureza: Credora. Debitada: Na baixa do bem pela venda, desuso, avaria, sinistro, etc. 78 Livro 1 - Introdução à Contabilidade Creditada: Mensalmente, na apropriação das parcelas de depreciação do bem. GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS. Código 1.3.3.001 Ativo; Permanente; Diferido Função: Registrar as aplicações de recursos em despesas na fase pré-operacional. Natureza: Devedora. Debitada: No ato do pagamento das despesas de implantação. Creditada: Para extinção do valor aplicado, pela amortização ou desistência do projeto. FORNECEDORES DE MERC. REV. Código 2.1.1.001 Passivo; Circulante; Fornec. Função: Abrigar as obrigações relativas às compras de mercadoria a prazo. Natureza: Credora. Debitada: No pagamento das duplicatas. Creditada: No ato da aquisição da mercadoria com aceite de duplicata circulante. SALÁRIOS A PAGAR. Código 2.1.3.001 Passivo; Circulante; Obrig. trabalhistas Função: Abrigar os valores a pagar a funcionários pelos serviços prestados. Natureza: Credora. Debitada: No pagamento dos salários. Creditada: Nas provisões da folha de pagamento. ICMS A PAGAR. Código 2.1.4.001 Passivo; Circulante; Obrigações Fiscais Função: Abrigar os valores a pagar ao governo pelo ICMS. Natureza: Credora. Debitada: No pagamento do valor do tributo. Creditada: No fato gerador do tributo, vendas de mercadorias e serviços. CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO. Código 2.4.1.001 Passivo; Pat.Liquido; Capital Função: Registrar o valor do capital prometido pelos sócios ou acionistas Natureza: Credora. Debitada: Na diminuição do Capital Social Creditada: No ato da formação do Capital ou nas alterações positivas do mesmo. RECEITA DE VENDAS MERC. Código 3.1.1.001 Resultado; RBVS; Receitas Vendas. Função: Registrar os valores de todas as vendas de mercadorias. Natureza: Credora. Debitada: Apenas no encerramento do exercício. Creditada: Em todas as vendas de mercadorias a prazo ou a vista. PROMOÇÃO E PROPAGANDA. Código 3.2.1.003 Resultado; DO; Vendas Função: Registrar os gastos com promoção e propaganda realizados pelo setor vendas. Natureza: Devedora. Debitada: No reconhecimento da dívida pelas provisões ou pagamentos. Creditada: Nos estornos de lançamentos errados e no encerramento do exercício JUROS ATIVOS. Código 3.2.2.007 Resultado; DO; Resultado Financeiro Função: Registrar os recebimentos de juros de clientes por atraso no pagt° de dupls. Natureza: Credora. Debitada: Nos estornos de lançamentos indevidos e no encerramento do exercício. Creditada: No reconhecimento dos juros pela provisão ou recebimento do mesmo. Agnaldo Silva 79 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 5.7 - RESUMO Conta é, segundo Lopes de Sá (1998), a expressão qualitativa e quantitativa, estática e dinâmica, de fatos patrimoniais da mesma natureza, ocorridos ou por ocorrer, em uma empresa ou em uma entidade. A função de uma conta é sua ação, o papel que desempenha na escrituração dos fatos nela registrados. Os elementos mínimos de uma conta apresentada em forma de razão são: Título da conta; Data dos acontecimentos dos fatos; Histórico da ocorrência dos fatos; Valores a débito, lançados no lado esquerdo; Valores a crédito, lançados no lado direito e o Saldo da conta. As contas também podem ser expressas em razonetes, este por sua vez é o diminutivo do razão expresso na forma de T. As principais Teorias das Contas são: Personalista, Materialista e Patrimonialista. A Teoria Personalista trata as contas como pessoas na sua relação com a empresa, nela as contas são classificadas em: contas do proprietário; contas dos agentes consignatários e contas dos agentes correspondentes. A Teoria Materialista se opõe à Teoria Personalista por não dar aspecto de pessoas às contas e sim de materiais. Na Teoria Materialista as contas são classificadas em contas integrais e contas diferenciais. A Teoria Patrimonialista é a que faz clara distinção entre a estática e a dinâmica da empresa. Nela as contas são classificadas em contas patrimoniais e contas de resultado. As contas patrimoniais são as contas de Ativo, Passivo e Situação Liquida, estas representado a estática da empresa. As contas de resultado são as contas de receitas e despesas, dando idéia de movimento, portanto a dinâmica da entidade. As contas patrimoniais permanecerão “abertas” (em uso) por tempo indeterminado, ao passo que as contas de resultado, receitas e despesas, serão encerradas no final de cada exercício social (capitulo 7). Encerradas para que se apure o resultado daquele período. Para tanto, se faz necessário que os saldos de todas as contas de receitas e despesas sejam transferidos para uma conta denominada conta de encerramento do exercício. Após a apuração, o resultado vai para o patrimônio liquido e assim equilibrar a balança e voltar ao estado estático. O Plano de Contas é o conjunto ordenado das contas utilizadas pela entidade. Sua composição requer no mínimo um Elenco de Contas e um Manual das Contas. O Elenco é a disposição ordenada e codificada das contas, com obediência aos preceitos legais e à necessidade gerencial da entidade e ainda de acordo com o porte e objetivos sociais e econômicos. O Manual das Contas descreve os princípios gerais, as funções de cada uma das contas, o funcionamento, as normas de avaliação e apuração, faz demonstrativos e dá explicações adicionais necessárias para que o usuário do Elenco de Contas possa classificar as contas a serem escrituradas. Cada empresa deverá elaborar seu próprio plano de contas, pois o plano expressará aspectos específicos da entidade e servirá como importante instrumento na tomada das decisões e no controle interno, além de ser o principal instrumento do sistema contábil. 80 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 5.8 - QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1. Crie seu conceito de conta. 2. Quais os elementos essenciais de uma conta? 3. Qual a importância e a função das contas na entidade? 4. Relate com minúcias o mecanismo de débito e crédito. 5. Diferencie as teorias das contas das escolas personalistica e a materialistica. 6. Qual a importância da teoria das contas da escola patrimonialistica na contabilidade contemporânea. 7. Imagine que você vai fazer a contabilidade da sua pessoa ou da sua família. Elabore um elenco de contas e um manual das contas que represente este ente. Agnaldo Silva 81 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 5.9 - QUESTÕES DE CONCURSOS 1 - (MPU/ESAF, 1993) Contas: - Reserva Legal. ( ) - Duplicatas a Receber. ( ) - Veículos. ( ) - Doações e Subversões para investimentos. ( ) - Almoxarifado de Materiais ( ) - ICMS a Recuperar ( ) - Marcas e Patentes ( ) - Aplicações Financeiras ( ) - Provisão para o I.de Renda ( ) - Encargos Sociais a Recolher ( ) - Fornecedores ( ) -Despesas a Apropriar ( ) Classifique as contas patrimoniais acima relacionadas de acordo com a natureza dos elementos que nelas são registrados e, em seguida, sinalize a opção que indica, pela ordem, as quantidades exatas de contas do Ativo (A), do Passivo (P) e do Patrimônio Líquido (PL). a) 8, 3 e 1. b) 7, 3 e 2. c) 6, 4 e 2. d) 5, 5 e 2. e) 7, 4 e 1. 2 - (AFC/ESAF, 1992:) Contas: - Conservação de Imóveis. - Depreciação Acumulada de Veículos. - Receita de Exercícios Futuros. - Encargos de Exaustão. - Duplicatas Descontadas. - Seguros a vencer. Constam da relação acima exatamente: a) 4 (quatro) contas patrimoniais. b) 3 (três) contas diferenciais. c) 3 (três) contas patrimoniais. d) 4 (quatro) contas de resultado. e) 5 (cinco) contas patrimoniais. 3 - (AFCE/TCU, 1996) Para cada opção assinale C (certo) ou E (errado). Pertence ao conjunto de Contas do Passivo a conta denominada: ( ) Fornecedores. ( ) Obrigações Fiscais. ( ) Duplicatas a Receber. ( ) Títulos a Pagar. ( ) Benfeitorias em Propriedades de Terceiros A seqüência correta é: a) CEECC b) CCEEC c) ECEEC d) CCEEC e) NDA 82 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 4 - (TTN/ESAF, 1992) As contas são analíticas ou sintéticas, conforme exijam, ou não, desdobramentos ou subdivisões. São contas analíticas: a) Contas Correntes e Caixa. b) Bancos c/Movimento e Fornecedores. c) Veículos e Duplicatas a Receber. d) Duplicatas a Pagar e Provisão para Imposto de Renda. e) Baixa e Bancos c/Movimento. 5 - (CFC Suficiência, 2001) Empréstimos concedidos pela sociedade controladora às sociedades coligadas e controladas, que não se caracterizem como transações usuais da companhia, devem ser classificadas no Balanço Patrimonial, no seguinte grupo de contas: a) Passivo Exigível a Longo Prazo; b) Ativo Realizável a Longo Prazo; c) Ativo Circulante; d) Passivo circulante. 6 - (AFC/MF, 2000) A consolidação do pensamento contábil pautou-se em diversos estudos e correntes doutrinárias, entre as quais se destaca uma teoria de cunho jurídico chamada de “Teoria Personalista das Contas”, que divide os componentes do sistema contábil em contas de agentes consignatários, contas de agentes correspondentes e contas de proprietário. Assinale entre as opções abaixo aquela que, segundo a Teoria Personalista, contém apenas contas do proprietário. a) Juros ativos, Salários a pagar, Capital social, Lucros acumulados, Ações de coligadas; b) Juros a receber, Salários, Capital social, Móveis e utensílios, Imposto a recolher; c) Juros passivos, Salários, Capital social, Impostos, Reservas de contingências; d) Patentes, Capital social, Juros a pagar, Impostos, Reservas de reavaliação; e) Depreciação acumulada, Impostos a recolher, Juros a receber, Cliente e Duplicatas a pagar 7 - (AFTN/ESAF, 2000) Os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa, segundo o texto da Lei 6.404/76, são classificados como: a) Investimentos; b) Contas a Receber; c) Diferido; d) Imobilizados; 8 - (Silva & Silva) No Ativo Circulante as contas serão classificadas: a) as disponibilidades, as exigibilidades e os estoques; b) as disponibilidades, as realizações até o exercício seguinte e as despesas do exercício seguinte; c) as disponibilidades, os estoques e os investimentos essenciais; d) as exigibilidades, as realizações de curto prazo e as imobilizações; e) as despesas diferidas, os bens para venda e as imobilizações. 9 - (K7 Concursos, 2000:17) Uma certa empresa possui um terreno utilizado para estacionamento de seus clientes, outro para utilização como depósito e um terceiro que não é utilizado pela empresa e nem ela pretende vende-lo. Assim, temos respectivamente: a) os dois primeiros são classificados no Ativo Permanente e o terceiro no Ativo Realizável a Longo Prazo; b) os dois primeiros são classificados no Ativo Permanente e o terceiro no Ativo Circulante; c) os três são classificados no Ativo Permanente; d) os dois primeiros são classificados no Ativo Permanente, Investimentos e o terceiro no Patrimônio Líquido; e) o primeiro é classificado no Ativo Permanente, o segundo no Ativo Realizável a Longo Prazo e o terceiro no Ativo Circulante. Agnaldo Silva 83 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 10 - (K7 Concursos, 2000:18) De acordo com a questão anterior, pode-se afirmar que os Bens são classificados, respectivamente no: a) Imobilizado – imobilizado e diferido; b) Imobilizado – imobilizado e investimentos; c) Imobilizado – investimentos e investimentos; d) Investimentos – imobilizado – imobilizado; e) Diferido – imobilizado – imobilizado. 11 - (Silva & Silva) Observe as contas abaixo: Receitas financeiras, receitas não-operacionais, receitas recebidas antecipadamente, receitas de exercícios futuros, variações monetárias passivas. No rol das contas listadas pode-se afirmar que existem: a) três contas de resultado indicadoras de receita e duas contas patrimoniais; b) duas contas de resultado indicadoras de receita e três contas patrimoniais; c) duas contas de resultado indicadoras de receita, uma indicadora de despesa e duas contas patrimoniais; d) cinco contas de resultado indicadoras de receita; e) quatro contas de resultado indicadoras de receita e uma indicadora de despesa. 12 - (Silva & Silva) A conta Capital: a) representa as disponibilidades em caixa e bancos; b) representa o Ativo total; c) é assim denominada por ser a principal conta do patrimônio; d) é parte integrante do resultado do exercício; e) é parte integrante da situação líquida. 13 - (Silva & Silva) Assinale a conta que apresenta saldo credor: a) Prejuízos acumulados; b) Empréstimos bancários; c) Estoques em almoxarifado; d) Seguros a apropriar; e) Alugueis a vencer. 14 - (Silva & Silva) Assinale a alternativa que contenha apenas contas do Ativo. a) Empréstimos de diretores, Estoques de mercadorias, Duplicatas a receber, Máquinas; b) Adiantamento a fornecedores, Duplicatas a pagar, Máquinas; c) Empréstimos de diretores, Adiantamentos a fornecedores, Máquinas; d) Empréstimos a diretores, Benfeitorias em imóveis de terceiros, Máquinas, Instalações; e) Adiantamento a empregados, Adiantamento a fornecedores, Adiantamento de diretores. 15 - (Silva & Silva) Em conformidade com a Lei nº 6.404/76, as contas de Despesas do Exercício Seguinte e Provisão para pagamento de férias são classificadas, respectivamente, no: a) Ativo Realizável no Exercício Seguinte e Passivo exigível circulante; b) Resultado do exercício e Ativo circulante; c) Ativo circulante e Resultado de exercício futuro; d) Ativo diferido e Passivo circulante; e) Ativo circulante e Passivo circulante. 16 - (Silva & Silva) O saldo da conta ICMS a Recuperar representa: a) débito ou dívida da empresa com o Governo; b) crédito da empresa com clientes pelas vendas com destaque de ICMS; c) crédito da empresa com fornecedores pelas notas sem destaque de ICMS; d) crédito da empresa com o Governo e) débito da empresa com fornecedores 84 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 17 - (Silva & Silva) Para atender à ordem decrescente de liquidez, preconizada pela Lei nº 6.404/76, as contas Bancos c/Movimento, Duplicatas a receber e Estoque de mercadorias, devem ser dispostas no plano de contas na seguinte ordem: a) Bancos c/movimento, Duplicatas a receber, Estoque de mercadorias; b) Bancos c/movimento, Estoque de mercadorias, Duplicatas a receber; c) Estoque de mercadorias, Bancos c/movimento, Duplicatas a receber; d) Duplicatas a receber, Bancos c/movimento, Estoque de mercadorias; e) Duplicatas a receber, Estoque de mercadorias, Bancos c/movimento 18 - (Silva & Silva) Deduzindo da Receita Bruta das Vendas os impostos incidentes sobre as vendas, os abatimentos concedidos incondicionalmente e as vendas canceladas, obtém-se: a) o resultado líquido em vendas b) o lucro bruto; c) o lucro operacional líquido; d) a receita líquida das vendas; e) o resultado com mercadorias; 19 - (Silva & Silva) Classifica-se como conta de resultado: a) Perdas na equivalência patrimonial; b) Prejuízos Acumulados; c) Dividendos a Distribuir; d) Amortização Acumulada de Bens Intangíveis; e) Despesas Antecipadas 20- (ESAF/TRF, 2000) Os títulos que estão relacionados abaixo em ordem alfabética constam do Plano de Contas da empresa S/A Mera & Simples. Ações de Coligadas, Ações em Tesouraria, Capital a Integralizar, Capital Social, Depósito Bancário, Despesas Antecipadas, Duplicatas Descontadas, Duplicatas a Pagar, Duplicatas a Receber, Empréstimos Bancários, Estoque de Mercadorias, Receitas Antecipadas, Vendas de mercadorias Observando-se a relação acima podemos dizer que ela contém: a) 1 conta de passivo, 5 contas de ativo e 7 contas de patrimônio líquido b) 2 contas integrais credoras, 5 contas integrais devedoras e 6 contas diferenciais c) 3 contas de resultado e 10 contas patrimoniais d) 3 contas de agente consignatário, 4 contas de agente correspondente e 6 contas do proprietário e) 6 contas de saldos credores e 7 contas de saldos devedores 21 - (Silva & Silva) O Ativo circulante é composto: a) pelos bens e direitos em movimento b) pelos bens e direitos exigíveis, até o término do exercício seguinte c) pelos bens e direitos em circulação e os bens numerários d) pelos bens numerários, os bens e direitos realizáveis até o término do exercício seguinte e pelas despesas pagas antecipadamente. 22 - (Silva & Silva) O Passivo Exigível a Longo Prazo é composto: a) pelas obrigações exigíveis, após o término do exercício seguinte b) pelos direitos e obrigações exigíveis após o término do exercício seguinte c) pelas obrigações sem vencimento determinado d) As obrigações exigíveis, até o término do exercício seguinte 23 - (Silva & Silva) Determinação dada aos elementos patrimoniais reunidos em classes, de acordo com um atributo comum, recebendo denominação específica. a) conta patrimonial; b) título de conta; c) título dos valores das despesas e receitas; d) título dos valores dos ativos e passivos. 24 - (Silva & Silva) O agrupamento das contas que serão utilizadas para registrar as operações de uma empresa, é denominado de: Agnaldo Silva 85 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC a) contas patrimoniais; b) planos contábeis; c) elenco de contas; d) títulos de valores patrimoniais; e) manual das contas. 25 - (Silva & Silva) um plano de contas completo e bem elaborado deve conter: a) instruções pormenorizadas sobre as funções e funcionamento das contas que o integram; b) todos os valores lançados no débito e no crédito; c) todas as instruções para lançamento de despesas e receitas; d) todas as instruções que sejam úteis para o lançamento do permanente. e) Apenas um elenco de todas as contas utilizadas na empresa. 26 - (Silva & Silva) as participações societárias em empresas coligadas ou controladas serão classificadas no: a) no passivo exigível – curto prazo b) no ativo permanente – imobilizado c) no ativo permanente – investimentos d) no passivo circulante – investimentos e) no patrimônio liquido 27 - (CFC Suficiência) O Ativo permanente é formado pelos subgrupos de contas: a) Investimento, imobilizado e diferido b) Imobilizado, depreciação acumulada e diferido c) Imobilizado, realizável a longo prazo e diferido d) Investimento, imobilizado e tangível 28 - (CFC Suficiência) São classificadas como Despesas Administrativas os gastos com: a) pessoal de administração, assessoria contábil e honorários do conselho fiscal; b) pessoal da fábrica, encargos sociais, comissão bancária; c) pessoal de vendas, comissões, aluguel. d) pessoal de escritório, aluguel de máquinas industriais, assinaturas de revistas. 29 - (CFC Suficiência) São classificados no Ativo Permanente – subgrupo Diferido: a) Aluguéis pagos antecipadamente. b) Mercadorias para revenda. c) Seguros pagos antecipadamente. d) Gastos de reorganização. 30 – (CFC Suficiência) São contas típicas do Ativo Permanente, exceto: a) Bens em Operação e Pesquisa para Desenvolvimento de Produtos. b) Despesas Antecipadas; Empréstimos Compulsórios sobre Combustíveis. c) Participações Permanentes em Outras Sociedades; Participações em Fundos de Investimentos. d) Terrenos e Imóveis para Futura Utilização; Imóveis não de Uso. 31 - (CFC Suficiência) Das contas abaixo apresentadas, NÃO se classifica no Ativo a Provisão para: a) Imposto de Renda. b) Créditos de Liquidação Duvidosa. c) Ajuste dos Estoques ao Valor de Mercado. d) Ajuste de Investimentos Permanentes. 32 - (CFC Suficiência) Gastos pré-operacionais com instalação de fábrica, são classificados: a) No Resultado de Exercícios Futuros. b) No Circulante. 86 Livro 1 - Introdução à Contabilidade c) No Diferido. d) Nos Investimentos. 33 - (CFC Suficiência) Os Empréstimos a Acionistas, que não decorrem de negócios usuais na exploração do objeto da companhia, são demonstrados no Balanço Patrimonial através do: a) Ativo Circulante. b) Realizável a Longo Prazo. c) Capital a Integralizar. d) Resultado de Exercícios Futuros. 34 - (CFC Suficiência) Indique a seqüência de contas que representa capitais de terceiros: a) Salários a Pagar, INSS a Recolher e FGTS a Recuperar. b) Clientes, Adiantamentos a Fornecedores e Impostos a Recuperar. c) Capital Social, Reserva Legal e Lucros ou Prejuízos Acumulados. d) Fornecedores, Adiantamentos de Clientes e Impostos a Pagar. 35 - (CFC Suficiência) O desconto obtido no pagamento de uma duplicata é considerado: a) Despesa b) Receita c) Despesa ou Receita, dependendo da operação realizada d) Não é considerado na escrituração da empresa, pois deve-se registrar o valor bruto da operação, conforme estipulado nos Princípios Fundamentais de Contabilidade. 36 - (Braga/Soares, 2000:33) Quais os grupos que integram o Passivo? a) Circulante, Resultado do Exercício Futuro e Patrimônio Líquido; b) Patrimônio Líquido, Resultado de Exercício Futuro e Exigível a Curto Prazo; c) Circulante, Exigível a Longo Prazo, Resultado de Exercício Futuro e Patrimônio Líquido; d) Circulante, Realizável a Longo Prazo, Despesas do Exercício Seguinte e Patrimônio Líquido. 37 - (Braga/Soares, 2000:37) Integram o Patrimônio Líquido as contas representativas do: a) Capital de Terceiros; b) Capital Próprio; c) Passivo Circulante; d) Passivo Exigível. 38 - (Braga/Soares, 2000:37) O Patrimônio Líquido compreende os seguintes subgrupos de contas: a) Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros e Lucros Acumulados; b) Capital Realizado, Reservas de Capital, Reservas de Reavaliação, Reservas de Lucros e Lucros ou Prejuízos Acumulados; c) Capital Realizado, Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados; d) Capital Social, Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados. 39- (CESPE/UnB, 1997) Em uma empresa constituída sob a forma de sociedade por ações, os direitos derivados de vendas, adiantamentos e empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia, serão contabilizadas no a) ativo realizável a longo prazo b) ativo circulante c) passivo exigível a longo prazo d) patrimônio líquido e) ativo diferido 40 - (Olivares, 1999:22) Contas de um plano de contas de uma Cia. Comercial: 1) Serviços Prestados por Terceiros 2) Juros Passivos Agnaldo Silva 87 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 3) Prêmios de Seguros a Vencer 4) Adiantamentos de Clientes 5) Empréstimos Compulsórios 6) Honorários da Diretoria 7) Provisão p/ Imposto de Renda a Recolher 8) Fornecedores 9) Créditos de Coligadas/Controladas Se apresentarem saldo, devem constar do Balanço Patrimonial, sem exceção alguma, as contas referentes aos números: a) 1, 3, 4, 5, 8 e 9 b) 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 c) 3, 4, 5, 7, 8 e 9 d) 1, 3, 4, 7 e 8 e) 2, 3, 4, 5 e 8 41 - (Silva & Silva) 1) Adiantamento de clientes 2) Bancos 3) Caixa 4) Duplicatas a pagar 5) Edifício para alugueis 6) Fornecedores 7) Máquinas fabris 8) Mercadorias 9) Nota Promissória a pagar 10) Receitas de vendas 11) Salários a pagar 12) Terrenos Levando-se em conta os dados acima, assinale a opção que indica, pelos números de ordem, exclusivamente contas que se classificam no ativo: a) 1,3, 4, 7, 10 b) 2, 3, 5, 7, 8, 12 c) 3, 6, 7, 9, 12 d) 2, 3, 4, 7, 10, 12 e) 1, 2, 3, 5, 8, 11, 12 42 - (Olivares, 1999:35) Os planos de contas estão representados por 4 grandes grupos: a) contas de Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido e Receitas; b) contas de Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido e Resultado; c) contas de Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido e Despesas; d) contas de Ativo, Passivo, Despesas e Receitas; e) contas de Ativo, Passivo, Resultado e Patrimônio Líquido. 43 - (Olivares, 1999:35) São contas diferenciais: a) Despesas, Mercadorias e Caixa; b) Devedores duvidosos, Salários e Juros; c) Receita de aluguel, Caixa e Juros ativos; d) Juros a pagar, Despesas de aluguel e Receitas de serviços; e) Despesas de financiamentos, Juros a receber e Juros passivos. 44 - (Olivares, 1999:35) Segundo a escola personalística é conta de correspondente: a) Caixa b) Mercadorias 88 Livro 1 - Introdução à Contabilidade c) Capital d) Títulos a pagar e) Reserva legal 45 - (Olivares, 1999:35) Fazer a relação das contas: 1 – Patrimoniais 2 – Diferenciais ( ) Capital ( ) Juros a pagar ( ) Despesas de aluguel ( ) Provisão p/ devedores duvidosos ( ) Títulos a receber a) 1 – 2 – 1 – 3 – 1 b) 1 – 1 – 3 – 1 – 2 c) 1 – 3 – 2 – 1 – 1 d) 2 – 1 – 3 – 1 – 1 e) 1 – 1 – 2 – 3 – 1 3 – Retificadoras 46 - (Olivares, 1999:35) É função das contas de resultado: a) dar apoio as contas integrais; b) apurar e destinar os lucros ou prejuízos; c) apurar o resultado da correção monetária do balanço; d) apurar o rédito originário da transações com mercadorias; e) registrar as variações negativas e positivas do PL. 47 - (Olivares, 1999:35) Qual a origem de saldo das contas retificadoras de ativo? a) credoras e devedoras de acordo com o lançamento b) saldo devedor por serem retificadoras c) saldo nulo quando retornam ao balanço d) saldo devedor por serem também de resultado e) n.d.a 48 - (Olivares, 1999:36) Uma conta é creditada quando: a) aumenta responsabilidade b) diminui direitos c) diminui responsabilidade d) adquire direitos e) as alternativas “a” e “b” estão certas 49 - (Olivares, 1999:36) Apontar a alternativa errada: São contas de proprietário de acordo com a escola personalista. a) Lucros acumulados b) Mercadorias c) Capital d) Reserva legal e) Prejuízo acumulado 50 - (Olivares, 1999:36) O saldo credor da conta Caixa: a) é inadmissível numa escrituração regular e correta; b) pode ocorrer nos casos de fornecimento de vales a empregados; c) pode ocorrer nos casos de omissão de escrituração de compra á vista; d) pode ocorrer nos casos de lançamento em duplicatas de vendas á vista; e) pode ocorrer nos casos de desfalques de dinheiro sofridos pela empresa. 51 - (Olivares, 1999:39) Assinale a opção que identifica pelos números de ordem, exclusivamente, contas que têm saldo de natureza devedora constantes da relação a seguir: 1 – Caixa Agnaldo Silva 89 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 2 – Duplicatas a pagar 3 – Duplicatas a receber 4 – Duplicatas descontadas 5 – Imóveis de uso 6 – Máquinas 7 – Móveis e utensílios 8 – Notas promissórias a pagar 9 – Salários pagos antecipadamente 10 – Veículos de uso a) 1, 3, 5, 7, 9 b) 2, 4, 6, 8, 10 c) 1, 2, 3, 4, 5 d) 6, 7, 8, 9, 10 e) 3, 4, 5, 6, 7 52 - (Olivares, 1999:41) Não se classifica no Ativo: a) Depreciação b) Provisão para Imposto de Renda c) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa d) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado e) Provisão para Perdas em Investimentos 53 - (Olivares, 1999:47) Quanto à classificação da conta “ Impostos a Recolher “, pode-se dizer que ela é uma conta: a) integral de saldo credor b) integral de saldo devedor c) patrimonial de saldo devedor d) diferencial de saldo credor e) diferencial de saldo devedor 54 - (Olivares, 1999:47) Assinale a alternativa que contém a assertiva correta: a) A conta “ Salários a Pagar “ é uma conta de despesa, pois representa a parte dos salários que ainda não foi paga. b) A conta “ Fornecedores ” tem saldo credor, porque representa um débito da empresa. c) A conta “ Fornecedores “ representa uma dívida da empresa, por isso é uma conta de saldo devedor. d) A conta “ Clientes “ tem saldo devedor, porque representa um débito da empresa. e) A conta “ Clientes “ representa um direito da empresa, por isso é uma conta de saldo credor. 55 - (Olivares, 1999:47) Segundo a Teoria Personalista, as contas são classificadas em: a) contas integrais e contas diferenciais b) contas do proprietário e contas de agentes consignatários c) contas do proprietário e contas de agentes d) contas patrimoniais e contas de resultado e) contas patrimoniais, contas de agentes consignatários e contas de agentes correspondentes 56 - (Olivares, 1999:48) Assinale a alternativa que contenha exclusivamente contas de resultado: a) compras de mercadorias, ICMS s/ vendas, vendas b) encargos de depreciação, depreciação acumulada de veículos, receitas de comissões c) despesas gerais, despesas pré-operacionais, despesas bancárias d) juros a vencer, juros obtidos, despesas de juros e) despesas de salários, salários a pagar, encargos sociais 57 - (Olivares, 1999:49) Na relação abaixo: Receitas financeiras, Ordenados a pagar, Despesas pagas antecipadamente, Estoques de mercadorias e Fornecedores temos: 90 Livro 1 - Introdução à Contabilidade a) uma conta patrimonial e quatro integrais. b) duas contas de resultado e três patrimoniais. c) três contas diferenciais e duas de resultado d) uma conta de resultado e quatro patrimoniais. e) três contas de resultado e duas patrimoniais. 58 - (Olivares, 1999:49) Assinale a alternativa que contém contas cujos saldos no Balanço Patrimonial são devedores: a) Fornecedores e Honorários a pagar. b) Duplicatas a receber e Móveis e Utensílios. c) Lucros Acumulados e Contas a Pagar. d) Capital social subscrito e ICMS a recolher. e) Duplicatas a pagar e Aluguéis a pagar. 59 - (Silva & Silva) As contas do Ativo deverão ser dispostas em: a) ordem cronológica de assunto; b) em ordem decrescente de seu grau de liquidez; c) ordem alfabética; d) ordem alfanumérica e) ordem crescente de valor e utilidade na empresa. 60 - (Silva & Silva) as contas do Passivo deverão ser apresentadas: a) em ordem decrescente de exigibilidade; b) em ordem crescente de vencimento; c) de forma a facilitar o trabalho dos auditores; d) com preferência de pagamento para fornecedores e governo; e) da forma que o contador analise as obrigações a vencer. 61 - (Silva & Silva) Das contas que integram a Situação Líquida, qual é a que funciona como retificadora? a) Capital subscrito; b) Reservas de capital; c) Ações em tesouraria; d) Reservas de lucros; e) Ágio na emissão de ações. 62 - (Silva & Silva) Assinale a alternativa que apresenta apenas contas do Ativo Circulante: a) Caixa; Estoques e Aplicações Financeiras a Longo Prazo; b) Banco movimento; Imóveis de venda e Imóveis de Uso; c) Estoque em almoxarifado; Ferramentas e Investimentos em coligadas; d) Estoque de mercadorias; Duplicatas a receber e Alugueis a apropriar; e) Banco movimento; Estoques; Imóveis de uso. 63 - (TCI, 1991) São contas de natureza retificadora do passivo: a) capital a integralizar, provisão para participação de partes beneficiárias, ações em tesouraria b) ações em tesouraria, provisão de 13º salário, provisão para créditos de liquidação duvidosa. c) provisão de férias, ações em tesouraria, capital a integralizar. d) prejuízos acumulados, capital a subscrever, deságio a apropriar na emissão de debêntures e) provisão para participações e gratificações de administradores, capital a integralizar, ações em tesouraria 64 - (Silva & Silva) As contribuições para o INSS, na Demonstração do Resultado do Exercício, são contas classificadas no grupo de: a) Despesas administrativas b) outras Despesas operacionais Agnaldo Silva 91 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC c) Despesas financeiras, excedentes às receitas financeiras d) Despesas não – operacionais e) Despesas a apropriar. 65 - (CESPE/UnB, 1997) Aos componentes patrimoniais e aos elementos de resultado atribui-se o nome técnico de: a) consolidação dos elementos patrimoniais. b) adjudicação contábil. c) elemento. d) componente. e) conta. 66 - (CESPE/UnB, 1997) As contas representativas de bens e direitos a se realizarem no exercício social subseqüente, em relação ao balanço que se elabora, serão classificadas: a) no ativo permanente b) no ativo diferido c) em resultado de exercício futuro d) no ativo circulante e) no passivo circulante 67 - (CESPE/UnB, 1997) As aplicações de recursos em despesas contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais, devem ser classificadas a) em despesas do período seguinte b) no ativo diferido c) em resultado de exercício futuros d) no ativo realizável a longo prazo e) em contas do resultado do período 68 - (CESPE/UnB, 1997) As participações de debenturistas, empregados e administradores nos lucros da empresa devem ser classificadas a) como dedução das reservas de lucros b) evidenciadas na demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados c) como parte dos dividendos distribuídos no mesmo período contábil d) como dedução do lucro operacional e) no resultado do exercício 69 - (CESPE/UnB, 1997) Na elaboração da demonstração do resultado do exercício, o resultado operacional deve aparecer após a) as despesas administrativas b) a provisão para imposto de renda c) as despesas não – operacionais d) os dividendos distribuídos e) as participações de partes beneficiárias no resultado 70 - (MTb, 1994) De acordo com a Lei nº 6.404/76, as contas no ativo circulante serão classificadas do seguinte modo: a) as disponibilidades, os valores a receber e os estoques. b) as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. c) as disponibilidades, os direitos realizáveis durante o exercício e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. d) as disponibilidades, os valores a receber, os estoques e as despesas antecipadas. 71 - (ESAF, 1997) No balanço de encerramento do exercício social, um financiamento bancário de $ 1.200 pagável em três prestações semestrais de igual valor, contratado dois meses antes, deve assim figurar: a) 1.200 no Passivo Exigível a Longo Prazo. 92 Livro 1 - Introdução à Contabilidade b) 800 no Passivo Circulante e 400 no Passivo Exigível a Longo Prazo. c) 800 no Passivo Exigível a Longo Prazo e 400 no Passivo Circulante. d) 1.200 no Passivo Circulante. e) 600 no Passivo Circulante e 600 no Passivo Exigível a Longo Prazo. 72 - (ESAF, 1997) Uma empresa contratou com uma seguradora contra incêndio de suas instalações pelo período de 01/07/95 a 30/06/97. O prêmio (valor pago) foi de 7.200. No balanço patrimonial encerrado em 31/12/95, a empresa, que havia apropriado corretamente a despesa do exercício, fez configurar, também corretamente, no Ativo Circulante, por conta dessa operação, o valor de: a) 300 b) 1.800 c) 3.600 d) 5.400 e) 7.200 73 - (TTN/ESAF, 1992) Um débito efetuado origina aumento de saldo da conta: a ) Duplicatas a Pagar. b) Provisão para o Imposto de Renda. c) Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa. d) Depreciação Acumulada de Veículos. e) Juros passivos 74 - (MTb, 1994) De conformidade com a Lei nº 6.404/76, no passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: a) Passivo circulante, passivo exigível a longo prazo e resultado de exercícios futuros. b) Passivo circulante, passivo exigível e resultado de exercícios futuros. c) Passivo circulante, passivo exigível a longo prazo, resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido. d) Passivo circulante, passivo exigível a longo prazo, resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido, dividido em capital, reservas de lucros, reservas de reavaliação, reservas de capital e lucros ou prejuízos acumulados. e) Passivo circulante, passivo exigível a longo prazo, resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados. 75 - (ESAF) Capital e Capital a realizar são contas do Patrimônio Líquido. Em relação a elas é correto afirmar: a) Ambas possuem saldo devedor. b) Ambas possuem saldo credor. c) A primeira tem saldo credor e a segunda, saldo devedor. d) A primeira tem saldo devedor e a segunda saldo credor. e) A primeira é retificadora da segunda. 76 - (ESAF) São contas patrimoniais as que indicam: a) O custo de produção de uma indústria. b) Os impostos já pagos incidentes sobre vendas. c) As vendas realizadas num período. d) O ICMS a recolher ao Estado. e) O encargo de depreciação de bens do Ativo Permanente. Agnaldo Silva 93 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 77 - (BACEN-1994) Segundo a Lei nº 6.404/76, Despesas Financeiras devem ser classificadas como: a) Custos. b) Despesas operacionais. c) Despesas extraordinárias. d) Receitas Financeiras líquidas. e) Resultados não operacionais. 78 - (ESAF) Não devem ter saldo devedor as seguintes contas: a) Caixas e Veículos. b) Ações para Revenda e Mercadorias. c) Capital e Reserva Legal. d) Valores Mobiliários e Contas a Receber. 79 - (BACEN, 1994) Assinale a opção que apresenta o grupo de contas em que os direitos realizáveis até o encerramento do exercício seguinte são classificados no Balanço Patrimonial, na forma da Lei nº 6.404/76. a) Ativo Permanente – Investimentos. b) Ativo Realizável a Longo Prazo. c) Passivo Realizável a Longo Prazo. d) Ativo Circulante. e) Ativo Diferido. 80 - (ESAF) As contas Caixas e Fornecedores têm seus saldos aumentados quando são: a) Respectivamente, debitadas e creditadas. b) Debitadas. c) Creditadas. d) Respectivamente, creditadas e debitadas 81 - (ESAF) Em relação às contas classificadas no Ativo, num balanço patrimonial, é correto afirmar: a) Todas elas devem ter saldo devedor. b) Representam os bens, direitos e obrigações da empresa. c) Têm normalmente saldo devedor; algumas, porém, podem apresentar-se com saldo credor. d) Registram as fontes de recursos utilizados pela empresa para realização de suas atividades. e) Devem ser dispostas em ordem crescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados. 82 - (MPU/ESAF, 1993) Assinale a opção que não contém Conta Retificadora do Ativo ou do patrimônio Líquido: a) Provisão para créditos de Liquidação Duvidosa. b) Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios. c) Provisão do Imposto de Renda sobre Lucro Inflacionário a realizar. d) Ações em Tesouraria. e) Provisão para Perdas Prováveis na realização de Investimentos em Participações Societárias 83 - (ESAF) Em relação à conta ICMS a Recuperar, é correto afirmar que o seu saldo representa: a) Direito da empresa, devendo ser classificado no Ativo Circulante. b) Obrigação da empresa, devendo ser classificado no Passivo Circulante. c) Obrigação da empresa, devendo ser classificado em Resultados de Exercícios Futuros. d) Passivo não exigível, devendo ser classificado no Patrimônio Líquido. e) Direito da empresa, devendo, por isso, reduzir o valor do ICMS escriturado como despesa no período base. 94 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 84 - (ESAF) Assinale a opção que contenha exclusivamente contas retificadoras: a) Encargos de Depreciação – Depreciação Acumulada de Veículos – Provisão para Férias. b) Depreciação Acumulada de Veículos – Provisão para Perdas Prováveis em Investimentos – Duplicatas Descontadas. c) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – Provisão para Ajustes ao Valor de Mercado – Provisão para 13º Salário. d) Duplicatas Descontadas – Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – Provisão para Férias. e) Ações em Tesouraria – Provisão para Ajustes ao Valor de Mercado – Encargos de Depreciação. 85 - (ESAF) De conformidade com a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), classificam-se no mesmo grupo as contas: a) Encargos de Depreciação de Veículos e Depreciação Acumulada de Veículos. b) Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. c) Juros a Vencer e Juros a Acionistas na Fase de Implantação. d) Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos e Depreciação Acumulada de Veículos. e) Duplicatas Descontas e Duplicatas a saldo credor. 86 - (ESAF) Contas retificadoras são aquelas que, no Balanço Patrimonial, retificam outras de valor igual ou maior. É o caso, por exemplo, de: a) Fornecedores. b) Capital Social. c) Duplicatas Descontadas. d) Contas a pagar. e) ICMS a recolher. 87 - (ESAF) Assinale a alternativa que contenha exclusivamente contas de resultado: a) Compras de Mercadorias – ICMS Incidente s/ Vendas – Vendas. b) Encargos de Depreciação – Depreciação Acumulada de Veículos – receitas de Comissões. c) Despesas Gerais – Despesas Pré-operacionais – Despesas Bancárias. d) Juros a Vencer – Juros Obtidos – Despesas de Juros. e) Despesas de Salários – Salários a Pagar – Encargos Sociais. 88 - (ESAF) Assinale a alternativa correta: a) A conta Salários a Pagar é uma conta de despesa, pois representa a parte dos salários que ainda não foi paga. b) A conta Fornecedores tem saldo credor, porque representa um débito da empresa. c) A conta Clientes tem saldo devedor, porque representa um débito da empresa. d) A conta Fornecedores representa uma dívida da empresa, por isso é uma conta de saldo devedor. e) A conta Clientes representa um direito da empresa, por isso é uma conta de 89 - (TFC/ESAF, 1996) A conta Marcas e Patentes é representativa de: a) Bem do ativo permanente-imobilizado, sujeito a depreciação. b) Bem do ativo permanente-investimentos, sujeito a depreciação. c) Direito do ativo permanente-imobilizado, sujeito a amortização. d) Direito do ativo permanente-investimentos, sujeito a amortização. e) Bem ou direito do ativo diferido, sujeito a exaustão. 90 - (AFTN ESAF, 2000) Aplicações em Investimentos Temporários que apresentam características de liquidez imediata são classificadas no Ativo como: a) Valores Realizáveis b) Não Circulante c) Disponível d) Permanente e) Investimentos Agnaldo Silva 95 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 91 - (ESAF) As provisões podem ser classificadas como obrigações ou como retificadoras do ativo. Como contas retificadoras do Ativo no Balanço Patrimonial, temos: a) Provisão para Perdas prováveis em Investimentos, Provisão para Imposto de Renda e Provisão para Férias. b) Provisão para Perdas Prováveis em Investimentos, Provisão para Ajuste ao Valor do Mercado e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. c) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado, Provisão para Gratificação, de Empregados e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. d) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, Provisão para Pagamento do 13º Salário e Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado. e) Provisão para Imposto de Renda, Provisão para Férias e Provisão para Pagamento do 13º Salário. 92 - (Silva & Silva) Assinale a alternativa em que a conta não deve ser classificada no Ativo Circulante: a) Direitos Realizáveis a Curto Prazo. b) Despesas Apropriáveis no curso do exercício seguinte. c) Estoques. d) Adiantamentos efetuados a empresas coligadas. e) Aplicações em caderneta de poupança. 93 - (ESAF) As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte deverão ser classificadas no: a)Grupo de contas do Resultado de Exercícios Futuros. b) Ativo Realizável a Longo Prazo. c) Ativo Permanente. d) Ativo Diferido. e) Ativo Circulante. 94 - (ESAF) No Balanço Patrimonial, as contas representativas das disponibilidades, dos direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e das aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte são classificadas no: a) Passivo Circulante. b) Ativo Circulante. c) Realizável a Longo Prazo. d) Ativo Permanente. 95 - (ESAF) De acordo com a Lei nº 6.404/76, serão classificadas no Patrimônio Líquido, entre outras, as contas representativas: a) Das reservas oriundas de lucros obtidos pela Companhia. b) Das inversões fixas. c) Dos investimentos temporários. d) Dos depósitos a prazo fixo. e) Das duplicatas a receber. 96 - (ESAF) No Balanço Patrimonial, as contas Depreciações Acumulada de Veículos e Ações em Tesouraria são apresentadas, respectivamente, nos grupos de contas: a) Ativo Circulante e Passivo Circulante. b) Ativo Permanente e Patrimônio Líquido. c) Realizável a Longo Prazo e Exigível a Longo Prazo. d) Patrimônio Líquido e Resultados de Exercícios Futuros. e) Ativo Permanente e Ativo Circulante. 96 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 97 - (AFTN/ESAF, 1996) No grupo Resultado de Exercícios Futuros, devem ser incluídos: a) Os valores não pertencentes ao exercício atual, que afetem apenas os exercícios seguintes e representem obrigações futuras derivadas de antecipação de valores genuínos de despesas ou de receitas. b) Os valores recebidos que afetarão exercícios futuros, sobre os quais não pese nenhuma obrigatoriedade futura de entrega de bens e serviços ou de devolução pela entidade. c) Os valores recebidos que afetarão exercícios futuros, sobre os quais pese a obrigatoriedade de entrega de bens e serviços e que em hipótese nenhuma impliquem devolução de valor financeiro. d) Os valores pertencentes a diversos exercícios, passíveis de devolução e que representem obrigações futuras de entrega de bens e serviços, que serão apropriados para o resultado conforme o fato gerador. e) Valores que devem ser apropriados à competência de cada exercícios, exclusivamente como receitas, e que sejam passíveis de devolução ou, ainda, representem obrigações futuras de entrega de bens e serviços. 98 - (AFTN-ESAF-1996) o Ativo Permanente Imobilizado é formado: a) Apenas por bens intangíveis e diretos da entidade utilizados em suas atividades. b) Por todos os bens tangíveis e intangíveis, além dos direitos de longo prazo da entidade. c) Apenas por bens tangíveis utilizados no desenvolvimento de suas atividades. d) Por bens e direitos e da entidade utilizados no desenvolvimento de suas atividades. e) Somente por bens depreciáveis utilizados no desenvolvimento das atividades da entidade. 99 - (AFTN/ESAF, 1996) Quando adquiridos com caráter de permanente, são classificados com AtivoPermanente-Investimentos: a) Participações societárias e os bens de uso intangíveis. b) Bens de uso intangíveis e os direitos de longo prazo. c) Bens tangíveis não utilizados nas atividades da empresa. d) Bens tangíveis utilizados nas atividades da empresa. e) Bens de uso tangíveis e os direitos de longo prazo. Agnaldo Silva 97 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 5.10 - INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA FERRARI, Ed Luiz, Contabilidade Geral: Teoria e 950 Questões. Série provas e concursos. São Paulo: Ímpetus, 2001. FORTES, José Carlos, FORTES, Maice Nobre.Legislação da Profissão Contábil. Livro Eletrônico. Fortaleza: Fortes, 2003. FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23 ed. São Paulo: Atlas, 1996. IUDÍCIBUS, Sérgio de, e Equipe FEA USP. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 7 ed. São Paulo: Atlas 2003. _______________. Contabilidade Introdutória, 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. MARION, José Carlos. SOARES, Adenilson Honorio. Contabilidade como Instrumento para Tomada de Decisões. São Paulo: Alínea, 2000 ________________ Contabilidade Básica, texto, 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998. NEVES, Silvério, VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade Básica. 11 ed. São Paulo: Frase, 2003. SÁ, Antonio Lopes de. Plano de Contas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1998. SANTOS, José Luiz dos. SCHMIDT, Paulo. Introdução à Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003. STICKNEY, Clyde P. WEIL, Roman L. Contabilidade Financeira. São Paulo: Atlas 2001. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 B A E B B C A B C 10 11 12 13 14 15 16 17 18 B C E B D E D A D 19 20 21 22 23 24 25 26 27 A 28 A 37 B 46 B 55 C 64 A 73 E 82 C 91 B E 29 D 38 D 47 E 56 A 65 E 74 E 83 A 92 D D 30 B 39 A 48 E 57 D 66 D 75 C 84 B 93 E A 31 A 40 C 49 B 58 B 67 B 76 D 85 D 94 B A 32 C 41 B 50 A 59 B 68 E 77 B 86 C 95 A C 33 B 42 D 51 A 60 A 69 A 78 C 87 A 96 B A 34 D 43 B 52 B 61 C 70 B 79 D 88 B 97 B C 35 B 44 D 53 C 62 D 71 B 80 A 89 C 98 D A 36 C 45 E 54 B 63 D 72 C 81 C 90 C 99 C 98 Livro 1 - Introdução à Contabilidade ESCRITURAÇÃO Agnaldo Silva 99 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 6.1 – CONCEITOS Escrituração é a técnica contábil encarregada de registrar as mutações patrimoniais em livros apropriados, com vistas a conservar a história da entidade e possibilitar o controle do patrimônio. A Escrituração é a base para elaboração das demonstrações contábeis. É também a principal fonte de informações fiscais, mas sobretudo, a escrituração é a base de informações para a tomada de decisões. A Escrituração é o registro dos Fatos Contábeis. Fatos Contábeis são os acontecimentos que alteram o patrimônio quantitativamente e/ou qualitativamente. Os Atos Administrativos são os acontecimentos que não afetam o patrimônio. Assim, uma compra de mercadorias altera o patrimônio, mas a requisição de um novo funcionário não afeta o patrimônio, portanto, a compra de mercadoria é um Fato Contábil e a requisição do funcionário é um Ato Administrativo. A Escrituração é a responsável por transformar Dados em Informações. É o principal elo do Sistema de Informações Contábeis - SIC por possibilitar o controle e a análise da gestão patrimonial, atendendo às diversas demandas dos usuários das informações contábeis. FATOS CONTÁBEIS (Acontecimentos) ESCRITURAÇÃO (Processamento) INFORMAÇÕES FISCAIS E GERENCIAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS USUÁRIOS DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS 100 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 6 ESCRITURAÇÃO 6.2 – ASPECTOS LEGAIS Antes de abordar os aspectos legais, é importante ressaltar que sem escrituração não há contabilidade, sem contabilidade não há gestão e sem gestão o empresário fica sujeito a grandes problemas em função da responsabilidade assumida com governo, fornecedores e funcionários. Não fazer escrituração é aventurar-se e são poucas as chances de sucesso. A legislação estabelece tratamentos diferentes para as empresas em função do seu porte e ramos de atividade. As micro e pequenas empresas têm atenção especial no sistema tributário, estando dispensadas de algumas formalidades, no entanto devem escriturar os fatos contábeis, pois a contabilidade não é feita exclusivamente para o fisco. A Contabilidade é o principal instrumento da gestão patrimonial e deve atender aos interesses de todos os usuários da informação contábil. Obviamente que a principal aplicação da contabilidade é o campo gerencial, mas pela grande diversidade de usuários ela deve assumir uma posição de independência. Notadamente, há conflitos entre as necessidades dos empresários e as necessidades do governo na produção das informações contábeis. Por uma parte, a contabilidade é reconhecida pela grande importância em todas as entidades, por outra parte, recebe uma demasiada carga de regulamentações governamentais. As instituições financeiras e as companhias de capital aberto estão sujeitas às regulamentações da Lei 6404/76 e vinculadas às normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. Em princípio essas instituições são mais regulamentadas por exercerem importante papel na economia através da capitação de recursos no mercado financeiro, mediante a venda de ações nas Bolsas de Valores. Daí a necessidade e a importância da auditoria independente para assegurar a veracidade e transparência das peças contábeis. LEI 6404/76 - Escrituração Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. § 1o As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos. § 2o A companhia observará em registros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem a elaboração de outras demonstrações financeiras. § 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, e serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na mesma comissão. § 4o As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados. Estas companhias estão sujeitas à tributação pelo regime de lucro real e por isso recebem maior atenção da Legislação do Imposto de Renda que determina critérios específicos de escrituração. Agnaldo Silva 101 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC As demais empresas estão sujeitas ao Código Civil que, com muita propriedade, destinou um capítulo inteiro para tratar da escrituração. CÓDIGO CIVIL - CAPÍTULO IV - DA ESCRITURAÇÃO (Arts. 1.179 a 1.195) Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. § 1º Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados. § 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970. Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico. Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis. Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios. Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado. Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa. § 1º Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação. § 2º Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária. Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele. Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que registre: I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de balancetes diários; II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício. 102 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 6 ESCRITURAÇÃO 6.3 – MÉTODOS DE ESCRITURAÇÃO Métodos de escrituração é a forma de registrar os fatos contábeis. São 2 os métodos de escrituração utilizados pelas entidades. a) MÉTODO PARTIDA SIMPLES – É o registro de apenas um componente patrimonial, também chamado de Unigrafia por estar preocupado apenas com o controle de uma conta. Poderão realizar lançamentos com partida simples, embora não recomendável, as empresas amparadas pelo artigo 970 do código civil. “ A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.” No Método de Escrituração em Partidas Simples, as entidades normalmente escrituram apenas o Livro Caixa com o objetivo exclusivo de controlar o dinheiro. Acontece que o restante do patrimônio fica desprotegido e a própria conta caixa vulnerável a erros e dolo. b) MÉTODO PARTIDA DOBRADA – É o método universalmente adotado, conhecido por digrafia por identificar registrar em cada fato contábil as origens e aplicações de recursos. Este método foi propagado em 1914, na Itália, pelo frade franciscano Luca Pacioli. As partidas dobradas permitem o controle de todo o patrimônio. O Método de Escrituração por Partidas Dobradas é considerado “perfeito” pelos contabilistas e deve ser utilizado por todas as entidades independentemente do porte ou objetivo social. Nas Partidas Dobradas a escrituração é bilateral, ou seja, para cada operação haverá um ou mais débitos e um ou mais créditos, de forma que a soma dos débitos seja igual à soma dos créditos. Corolários do Método das Partidas Dobradas, segundo o prof. Célio Cruz (1995). a) A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos; b) a soma dos saldos devedores é sempre igual à soma dos saldos credores; c) as aplicações de capital, registradas a débito das contas ativas, são sempre iguais à soma dos capitais fornecidos ao patrimônio, creditados nas contas passivas, donde ser o ATIVO sempre igual ao PASSIVO; d) a diferença entre a soma dos bens e dos direitos (parte positiva do patrimônio) e a soma das obrigações (parte negativa) indica a substância líquida patrimonial, que representa o crédito dos titulares, e se chama patrimônio líquido; e) as despesas, sempre debitadas, contribuem para redução do patrimônio líquido. f) as receitas, sempre creditadas, contribuem para aumento do patrimônio líquido. g) a demonstração contábil da situação patrimonial (ativo e passivo), chamada BALANÇO PATRIMONIAL, apresenta sempre a forma de equação, em virtude da contraposição de débitos e créditos, inerente a todos os registros contábeis; h) a diferença entre as despesas e as receitas (lucro ou prejuízo) completará a equação patrimonial, indicando aumento ou diminuição do patrimônio líquido. Agnaldo Silva 103 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 6.4 - SISTEMAS DE ESCRITURAÇÃO Os sistemas de escrituração contábil podem ser dos tipos: 1. Maquinizado 2. Mecânico 3. Manual 4. Informatizado Os sistemas Maquinizados e Mecânicos utilizam máquinas de escrever tradicionais e foram praticamente dizimados dos escritórios de contabilidade pela complexidade de operação e pela manutenção complicada destas maquinas. O Sistema Mecânico difere do Maquinizado por utilizar maquinas com capacidade de realizar somas e apresentar totais em fichas. O Sistema Manual consiste na escrituração dos livros e peças contábeis com canetas esferográficas comuns. É uma verdadeira Arte que resiste ao longo do tempo, normalmente utilizadas pelas entidades que escrituram apenas o livro caixa. O Sistema Informatizado utiliza computadores e por isso considerado mais prático por racionalizar e agilizar os procedimentos. Este sistema revolucionou o trabalho do Contador, que passou a contar com poderosas ferramentas em programas especialmente desenvolvidos com esta finalidade. O Sistema Informatizado foi o grande responsável pela libertação do Contador das atividades burocráticas, hoje este profissional assume o seu verdadeiro papel de fornecer informações para a tomada de decisões, atuando diretamente no conselho de administração das empresas. 6.5 – LIVROS DE ESCRITURAÇÃO Pela legislação, a escrituração deve seguir ordem uniforme, com a utilização de livros e papeis adequados, com obediência aos princípios de contabilidade. Pelo Código Civil, as empresas estão sujeitas à manutenção dos seguintes livros: Diário - Art. nº 1.180; Balancetes Diários e Balanços - Art. 1.186; Livro de registro de códigos e abreviaturas, Art. nº 1.183 ; Livro de registro de inventário, Art. nsº 1.181 e 1.187; Livro de Atas da Administração - Art. nº 1.062; Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal - Art.nº 1.069; Livro de Atas da Assembléia – Art. nº1.075; O Código Civil não aboliu o Livro de Registro de Duplicatas, exigido pela Lei nº 5.474/69, obrigatório às empresas que vendem a prazo superior a 30 dias. De forma geral, os livros podem ser divididos em quatro categorias: Livros Contábeis; Livros Fiscais; Livros Sociais e Livros Trabalhistas. 104 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 6 ESCRITURAÇÃO Os Livros Contábeis mais utilizados são: 1. LIVRO DIÁRIO – Tem a função de abrigar todos os fatos em ordem cronológica, dia-a-dia. É obrigatório pelo Decreto-Lei 486/69, pela Lei 6404/76 e mais recentemente pela Lei 10.406/02, o novo Código Civil. Conceituado como um dos principais livros da escrituração contábil, o Diário requer formalidades intrínsecas (maneira de escriturar) e extrínsecas (relativas ao seu conteúdo). São formalidades intrínsecas do Livro Diário: Os registros devem ser em ordem cronológica dos fatos; Seguir método uniforme de escrituração de acordo com os princípios contábeis; Escriturar em língua nacional e moeda nacional vigente e de forma mercantil; Não permitir rasuras, emendas e nem borrões; Não permitir espaços em branco, ocupação das margens e entrelinhas. São formalidades extrínsecas do Livro Diário: Ser encadernado e as páginas numeradas; Ser registrado e autenticado na Junta Comercial do Estado (empresas comerciais) ou Cartório de Registro de Títulos e Documentos (sociedades civis); Possuir Termos de Abertura e Encerramento, constando dados da empresa, número de ordem do livro e a quantidade de folhas; Conter o Balanço Patrimonial e o Balanço de Resultado Econômico; Ser assinado por contabilista legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária. O Livro Diário pode ser escriturado de forma manual ou informatizado, e também pode ser substituído por fichas ou balancetes diários, desde que sejam cumpridas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para o Livro. É admitida a escrituração resumida do Livro Diário, por totais que não excedam a um mês. Normalmente se faz escrituração resumida para contas de muita movimentação ou realizada fora do estabelecimento principal, neste caso é obrigatória a manutenção de livro auxiliar para registro individualizado. Exemplo de Livro Diário. Livro Diário n° XX DATA CONTA 28.01.2004 Mercadoria 28.01.2004 Fornecedores 29.01.2004 Bancos Movimento 29.01.2004 Juros Recebidos 29.01.2004 Clientes HISTÓRICO Valor referente à aquisição de 120 unidades de mercadorias para revenda Pelo aceita da duplicata n° 322 do fornecedor X na aquisição de mercadorias para revenda. Pelo depósito efetuado pelo cliente X para quitação da duplicata 075 com juros. Importe referente aos juros recebidos do cliente X na liquidação da duplicata 075 Pela liquidação da duplicata 075 do cliente X, com vencimento em 15 de janeiro/04 Folha n° XX DÉBITO CRÉDITO 12.000,00 12.000,00 7.600,00 100,00 7.500,00 Agnaldo Silva 105 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 2. LIVRO RAZÃO – Tem a função de abrigar todos os fatos de uma mesma conta. Por meio dele, o usuário pode identificar a posição de cada conta. É facultativo segundo a legislação comercial e obrigatório pelo regulamento do imposto de renda para as empresas que declararem pelo sistema de lucro real (Lei 8.218/91, artigo 18). Assim como o Diário, o Razão é um dos principais livros da escrituração contábil, os fatos são registrados por espécie de conta. O razão registra todos os fatos escriturados no Diário, só que de forma individualizada. O Razão pode ser substituído por fichas e não carece de autenticação pela Junta Comercial ou Cartório. Cada registro feito no Razão deve indicar o número do lançamento no Diário. Com o advento da escrituração informatizada, é possível a reprodução de outras informações do Diário, a exemplo do histórico e da conta que fez contrapartida com a ficha Razão. Também são considerados importantes pela contabilidade os livros: CAIXA e CONTAS CORRENTES. Outras espécies de livros: LIVROS FISCAIS Registro de Apuração do ICMS Registro de Inventário Registro de Entrada de Mercadorias Registro de Saída de Mercadorias Registro de Impressão de Documentos Fiscais LIVROS SOCIAIS Livro de Atas da Assembléia Geral 106 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 6 ESCRITURAÇÃO Livro de Presença de Acionistas Livro de Atas da Reunião da Diretoria Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal Livro de Registro de Ações Livro de Registro de Partes Beneficiárias LIVROS TRABALHISTAS Livro de Registro de Empregados Livro de Inspeção do Trabalho Os livros de escrituração servem para dirimir perante juizes e tribunais as questões previstas em lei. Quando necessária, o juiz poderá autorizar a exibição integral ou parcial dos papeis, fichas ou livros de escrituração para resolver questões relacionadas à sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em situação de falência. Nestes casos, o juiz ou tribunal ordenará, por medida cautelar ou de ação, que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária, ou de pessoas por estes nomeados, para deles se extrair o que interessa à questão. Agnaldo Silva 107 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 6.6 – REGIMES DE ESCRITURAÇÃO Nas entidades existem três maneiras de realizar a escrituração. São os Regimes de Escrituração a saber: 1. Regime de Caixa; 2. Regime de Competência e 3. Regime Misto. O que diferencia um regime dos demais é o momento do reconhecimento das receitas e despesas. Para exemplificar, tomemos como exemplo a contratação de um seguro onde a contratante paga uma única parcela na assinatura do contrato e tem seu bem segurado por um ano. Note que a segurada desembolsou um recurso que trará benefícios por um ano, tem-se portanto a aplicação de recursos em despesas, no entanto esta despesa não é exclusivamente daquele mês do desembolso e sim de um período de doze meses. Note, também, que do lado da seguradora houve o ingresso de uma receita de seguros em um único mês, porém esta receita só será efetivamente um ganho após passados doze meses e nenhuma avaria aconteça no objeto segurado ou ainda se a contratante segurada não desistir ou interromper o período de contrato. O REGIME DE CAIXA considera que as receitas e despesas devem ser contabilizadas integralmente no momento do desembolso ou recebimento dos recursos. Assim, no exemplo acima a empresa registraria no ato do pagamento o desembolso do recurso e a aplicação em despesa de seguro, colocando o valor total como despesa daquele mês. Este regime só é aplicado em entidades sem fim lucrativo. O REGIME DE COMPETÊNCIA, preconizado pela Lei 6404/76 (art. 177 “.....registrar as mutações patrimoniais segundo o Regime de Competência.”) e pelas regulamentações do Conselho Federal de Contabilidade, considera que as receitas e despesas devem ser contabilizadas durante o período em que estiverem fazendo efeito. Assim, no exemplo citado é necessário um rateio (divisão) do valor da despesa pelo período de vigência do contrato para que a cada mês seja reconhecida uma parcela desta despesa até que termine o prazo do contrato. Ainda de acordo com o exemplo acima, para realizar o lançamento do pagamento do seguro é necessário que sejam reconhecidos a origem do recurso e que a aplicação seja em despesas antecipadas. Conta esta do ativo circulante por representar um direito da empresa em estar segurada pelo período do contrato. Daí por diante, a cada mês é retirada uma parcela desta despesa antecipada e colocada no resultado como despesa daquele mês. O Regime de Competência justifica a utilização de contas de despesas e receitas antecipadas, assim como as provisões de despesas a serem liquidadas em exercícios posteriores. O REGIME MISTO é utilizado na contabilidade pública e consiste em mesclar a aplicação dos regimes de caixa e competência. Utiliza-se o regime de caixa para as receitas e de competência para as despesas. 108 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 6.7 – RESUMO A escrituração deve ser completa, em idioma e moeda nacionais, em forma mercantil com individualização e clareza, com obediência aos preceitos da legislação comercial, fiscaltributária, ao direito de empresa preconizado pelo código civil ou pela Lei 6404/76 e ainda aos princípios, normas e regulamentações expedidas pelo Conselho Federal de Contabilidade e Pela Comissão de Valores Mobiliários. A Lei 10.406/02 – Novo Código Civil, veio preencher uma grande lacuna no direito brasileiro no tocante à escrituração e regulamentação das práticas contábeis nas empresas de sociedade limitada. Estas representam a grande maioria das empresas nacionais, no entanto estavam sem regulamentação nesta área. Para uma melhor eficácia e eficiência da contabilidade, a escrituração deve ser feita por completo, em partidas dobradas, em sistema informatizado e uso de todos os livros contábeis necessários ao levantamento das demonstrações contábeis, de forma a atender ao diferenciado público usuário das informações contábeis, inclusive os juízes e tribunais nas questões de litígio. 6.8 – QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1. O que é escrituração? 2. Qual o papel da escrituração no Sistema de Informação Contábil – SIC.? 3. Qual a importância da escrituração nas micros e pequenas empresas? 4. Qual a função dos auditores independentes na escrituração das empresas de capital aberto? 5. O que leva o ordenamento jurídico a exigir as assinaturas do empresário e do contabilista na produção das peças contábeis? 6. Comente a afirmativa do artigo 1.179 do CC “o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade....” 7. Faça um comparativo das vantagens e desvantagens entre os métodos de escrituração em partidas simples e partidas dobradas. 8. Em tempos modernos, qual a importância de realizar a escrituração contábil por sistema informatizado? 9. Comente resumidamente as funções e formalidades dos livros Diário e Razão. 10. Casos de falência, problemas de sociedade, de administração, etc. são comuns em pequenos e mega empreendimentos. O Código Civil, faculta aos empresários rurais e ao pequeno empresário, a manutenção completa da escrituração contábil. Como se sairia estes empresários, não mantendo eles a escrituração completa da empresa, perante juízes ou tribunais nas questões inicialmente descritas? Agnaldo Silva 109 CAPÍTULO 6 ESCRITURAÇÃO CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 6.9 – QUESTÕES DE CONCURSOS 1- (CFC – Suficiência) A primeira obra publicada sobre o método das partidas dobradas foi de autoria de: a) Besta b) Cotruglio c) Lopes de Sá d) Pacioli 2 - (CFC – Suficiência) Quanto à escrituração contábil, é CORRETO afirmar que: a) A Entidade está dispensada de manter em boa ordem a documentação contábil, se dispuser de um eficiente sistema de microfilmagem de documentos. b) A documentação contábil é considerada hábil quando revestida das características endógenas e exógenas essenciais, aceitas pelos “usos e costumes”. c) As contas de compensação constituem sistema próprio, podendo, nos casos em que o registro exigir, terem como contrapartida contas que modificam a situação patrimonial. d) Os lançamentos no “Diário” obedecerão à ordem cronológica, com individuação, clareza e referência ao documento probante, incluídas as operações de natureza aleatória. 3 - (CFC – Suficiência) O Método das Partidas Dobradas significa: a) Há dois débitos e dois créditos em cada lançamento. b) Para todo débito há o dobro de créditos. c) Há sempre um débito e um crédito dobrados. d) Para todo débito corresponde crédito de igual valor. 4 - (CFC – Suficiência) O Diário e o Razão constituem: a) Os registros auxiliares das variações patrimoniais. b) Os registros permanentes da Entidade. c) Os fundamentos para apuração de impostos. d) Os dados básicos para abertura de concordata. 5 – Marque a alternativa falsa. Escrituração é... a) Técnica contábil que registra as mutações patrimoniais; b) É o registro dos fatos contábeis em livros apropriados; c) O registro de todos os atos da empresa; d) Técnica de registrar os fatos com vistas a preservar a história da empresa; e) É o registro dos fatos em ordem cronológica com vistas ao conjunto das peças contábeis. 6 – Assinale a alternativa em que ambas as entidades estão sujeitas à Lei 6404/76. a) Cooperativas e Bancos; b) Sociedades Limitadas e Sociedades de Capital Aberto; c) Cooperativas e Sociedades de Capital Aberto; d) Bancos e Sociedades de Capital Aberto; e) Sociedades Limitadas e Cooperativas. 7- Assinale a alternativa falsa. Segundo o Art. 177 da Lei 6404/76: a) a escrituração das companhias obedecerá aos preceitos da legislação comercial; b) as disposições da lei tributária serão observados em registros auxiliares sem modificação na escrituração preconizada pela legislação comercial e pela Lei 6404/76 c) A escrituração obedecerá aos princípios de contabilidade geralmente aceitos; d) As demonstrações financeiras serão assinados apenas por contabilista legalmente habilitado. e) As demonstrações financeiras das companhias abertas obedecem às normas da CVM. 110 Livro 1 - Introdução à Contabilidade Para as questões de 8 a 14 (todas desta página), assinale a alternativa falsa: 8 – De acordo com o código civil, os empresários são obrigados a seguir um sistema de contabilidade: a) Informatizado; b) Uniforme de seus livros; c) Com base na escrituração; d) Correspondente com a documentação respectiva; e) Mecanizado ou não. 9 – De acordo com o código civil, é admitida a escrituração resumida do Diário, desde que entre outras: a) Com totais que não excedam a trinta dias; b) Para contas com grande movimentação; c) Sejam realizadas em fichas especialmente desenvolvidas para este fim; d) Sejam utilizados livros auxiliares devidamente autenticados; e) Para contas cuja movimentação seja feita fora do estabelecimento principal. 10 – Os sistemas de escrituração contábil podem ser do tipo: a) Informatizado; b) Mecânico; c) Maquinizado; d) Manual; e) Elétricos. 11 – São espécies de livros contábeis: a) Diário; b) Razão; c) Livro Caixa; d) Livro de Atas; e) Livro Contas Correntes. 12 - Pelo código civil, as empresas estão sujeitas à manutenção dos seguintes livros, entre outros. a) Livro de Atas da Administração; b) Livro Razão; c) Livro Diário; d) Livro de Registro de Inventário; e) Livro de Atas da Assembléia. 13 - São formalidades intrínsecas do Livro Diário, entre outras: a) Não permitir espaços em brancos e entrelinhas; b) seguir método uniforme de escrituração, de acordo com os princípios contábeis; c) Escriturar em língua e moeda nacional vigente; d) Registrar os fatos em ordem cronológica; e) Registro na Junta Comercial ou Cartório. 14 – São formalidades extrínsecas do Livro Diário: a) Ser assinado pelo chefe da Junta Comercial ou pelo 1° tabelião do Cartório, conforme o caso; b) Ser encadernado e as páginas numeradas; c) Possuir termos de abertura e encerramento, constando os dados da empresa, o número de ordem do Livro e a quantidade de folhas; d) Conter o Balanço Patrimonial e o Balanço de Resultado Econômico; e) Ser assinado por contabilista legalmente habilitado. Agnaldo Silva 111 CAPÍTULO 6 ESCRITURAÇÃO CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 15- (Olivares, 1999:102) Uma despesa não paga no exercício de sua competência: a) não gera nada porque uma despesa tem que ser paga no ato b) gera um direito de pagar c) gera uma obrigação de receber d) é transformada em receita do exercício seguinte e) todas as respostas estão erradas 16- (Olivares, 1999:102) No exercício financeiro de 1998 a Cia Comercial Cantarely, cujo períodobase estendeu-se de 01/07/96 a 30/06/97, contratou um seguro de suas instalações, nas seguintes condições: Risco coberto: $ 100.000,00 Valor do prêmio: $ 1.200,00 Data do pagamento: 02/01/97 Período de cobertura: 01/03/97 a 31/12/97 Conta debitada pelo pagamento: “Seguros a Vencer” No Balanço Patrimonial daquele exercício, a conta retrocitada, tendo em vista que as apropriações das parcelas incorridas foram feitas de forma correta, apresentou um saldo de: a) $ 720.000,00 d) $ 400.000,00 b) $ 480.000,00 e) zero c) $ 600.000,00 17- (Olivares , 1999:103) A firma Comercial Irmãos & Irmãos teve o seguinte fluxo de liquidação de Receitas e Despesas ( em $ ): Despesas Relativas: Dez 98 Pagas em: Dez 98 45.000,00 Despesas Relativas: Jan 99 Pagas em: Dez 98 54.000,00 Despesas Relativas: Dez 98 Pagas em: Jan 99 36.000,00 Receitas Relativas: Dez 98 Recebidas em: Jan 99 27.000,00 Receitas Relativas: Jan 99 Recebidas em: Dez 98 63.000,00 Receitas Relativas: Dez 98 Recebidas em: Dez 98 51.000,00 Com base apenas nestas informações pode-se dizer que a firma obteve, respectivamente, pelo Regime de Caixa e pelo Regime de Competência, os seguintes resultados em 1988: a) prejuízo de $ 3.000,00 e lucro de $ 6.000,00; b) lucro de $ 15.000,00 e prejuízo de $ 3.000,00; c) lucro de $ 6.000,00 e prejuízo de $ 3.000,00; d) lucro de $ 15.000,00 e lucro de $ 15.000,00; e) prejuízo de $ 3.000,00 e lucro $ 15.000,00. 18- Determinada empresa, pouco antes do término do exercício, emitiu uma nota fiscal de vendas de valor expressivo, cujos produtos foram efetivamente entregues ao cliente no exercício atual, no entant o a duplicata só foi entregue no exercício seguinte, assim como seu vencimento. O reconhecimento da receita de vendas correspondente ocorrerá no exercício em que se efetivou: a) o pagamento pelo cliente; b) a emissão do pedido; c) a entrega dos produtos ao cliente; d) a entrega da duplicata ao cliente; e) ao vencimento da duplicata. 112 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 6.10 – INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA FAVERO, Hamilton Luiz, Et ali. Contabilidade:Teoria e Prática. Volumes 1 e 2. 2 ed. São Paulo Atlas. 1997. FERRARI, Ed Luiz, Contabilidade Geral: Teoria e 950 Questões. Série provas e concursos. São Paulo: Ímpetus, 2001. FORTES, José Carlos, FORTES, Maice Nobre.Legislação da Profissão Contábil. Livro Eletrônico. Fortaleza: Fortes, 2003. GONÇALVES, Eugênio Celso. BAPTISTA, Antonio Eustáquio. Contabilidade Geral. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1998. IUDÍCIBUS, Sérgio de, e Equipe Fea USP. Contabilidade Introdutória, 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. MARION, José Carlos. SOARES, Adenilson Honorio. Contabilidade como Instrumento para Tomada de Decisões. São Paulo: Alínea, 2000 MENDES, Guilherme Adolfo dos Santos. Contabilidade Geral. 2 ed. Araçatuba. Novas Conquistas, 2003. NEVES, Silvério, VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade Básica. 11 ed. São Paulo: Frase, 2003. SÁ, Antonio Lopes de. Plano de Contas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1998. SANTOS, José Luiz dos. SCHMIDT, Paulo. Introdução à Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003. STICKNEY, Clyde P. WEIL, Roman L. Contabilidade Financeira. São Paulo: Atlas 2001. VILHENA, Leonardo de Almeida. Contabilidade para Concursos Públicos. 2 ed. São Paulo.Atlas. 1997. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 D D D B C D D A C 10 11 12 13 14 15 16 17 18 E D B E A E A B C Agnaldo Silva 113 BALANCETE E ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 114 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 7.1 – OBJETIVO DO BALANCETE Segundo o Conselho Federal de Contabilidade – CFC, “o Balancete de Verificação do razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraídos dos registros contábeis em determinada data.” De forma geral, o Balancete objetiva verificar se o total de saldos devedores é igual ao total de saldos credores. O balancete apresenta o saldo de todas as fichas razão das contas em determinado momento. É o estágio intermediário entre a escrituração e a preparação das demonstrações contábeis. LIVRO RAZÃO BALANCETE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A norma relativa ao Balancete, NBC T 2.7, determina os elementos mínimos que devem constar do Balancete, sendo eles: a) Identificação da Entidade; b) Data a que se refere; c) Abrangência; d) Identificação das contas e seus respectivos grupos; e) Saldos das contas, identificando se devedores ou credores; f) Soma dos saldos devedores e credores. A norma também determina que o balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente e que os balancetes que se destinarem a fins externos (bancos, fornecedores, governo, etc.) deverão conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e o número do registro no CRC. O Balancete de verificação pode ser levantado a qualquer momento. Comumente, costuma-se levantar o Balancete em dois momentos. a) Balancete de Verificação Inicial – é o Balancete levantado antes da apuração e encerramento do resultado do exercício. Sua abrangência inclui as contas de despesas e receitas. È chamado de inicial por estar sujeito a ajustes como depreciações, rateios, provisões, etc. b) Balancete de Verificação Final – é o Balancete levantado após a apuração, distribuição e encerramento do resultado do exercício. Sua abrangência não inclui as contas de despesas e receitas, visto que seus saldos estarão zerados pelo encerramento e transferência para o Patrimônio Liquido. O novo Código Civil também inovou ao estabelecer que as empresas que adotarem os lançamentos em fichas poderão substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços. Obviamente que as formalidades do Diário são mantidas para o Balancete Diário. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo a registrar a posição dia-a-dia de cada uma das contas pelos respectivos saldos. Agnaldo Silva 115 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO COLEÇÃO DCC CAPÍTULO 7 BALANCETE E ENCERRAMENTO DAS–CONTAS DE FACAPE RESULTADO 7.2 – ESTRUTURA DO BALANCETE Há diversas formas de apresentação do Balancete de Verificação. A norma diz que o grau de detalhamento do Balancete deverá ser consentâneo com sua finalidade. Obedecidos os requisitos mínimos para um balancete, o mesmo poderá ser apresentado em colunas e por elas diferenciado. Não há critérios para ordenar as contas por grupos ou natureza, embora os programas de informática o façam automaticamente. Balancete de duas colunas: Onde além da coluna de contas, apresenta-se apenas a coluna de saldos final das contas subdividida em devedoras e credoras. Ex. CONTAS Bancos conta movimento Caixa – fundo fixo Capital Custo da mercadoria Vendida Fornecedores ICMS sobre vendas Imóveis Mercadorias de revenda - estoque Receita de Vendas TOTAIS DÉBITO CRÉDITO 8.000 2.000 15.000 3.500 4.000 1.000 13.000 2.500 30.000 11.000 30.000 Balancete de quatro colunas; Onde além da coluna de contas, apresenta-se as colunas de saldos iniciais, total dos débitos no período, totais dos créditos no período e saldo final da conta. CONTAS INICIAL DÉBITO CRÉDITO FINAL Bancos conta movimento 1.000 -D 9.000 2.000 8.000 - D Caixa – fundo fixo 500 - D 1.500 0 2.000- D Capital 15.000 - C 0 0 15.000- C CMV 0 3.500 0 3.500- D Fornecedores 6.000 - C 4.000 2.000 4.000- C ICMS sobre vendas 0 1.000 0 1.000- D Imóveis 10.000 - D 3.000 0 13.000- D Merc. de revenda - estoque 9.500 - D 1.500 8.500 2.500- D Receita de Vendas 0 0 11.000 11.000- C TOTAIS 0 23.500 23.500 0 Balancete de seis colunas: em relação ao balancete de quatro colunas, subdivide cada uma das colunas de saldo inicial e final em duas, para melhor detalhar a natureza do saldo das contas. Relação das Contas Caixa –fundo fixo Fornecedores Merc rev. estoques Saldo inicial Total do Total do Saldo final devedor credor débito crédito devedor credor 500 1.500 2.000 6.000 4.000 2.000 4.000 6.500 1.500 8.500 2.500 116 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 7 BALANCETE E ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO 7.3 – ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO Como abordado no capítulo 4, as contas de Receitas e Despesas formam o conjunto das contas de resultado e possuem uma característica fundamental: São confrontadas e delas se apura o resultado do exercício, que poderá ser lucro-ganho quando as Receitas superarem as Despesas ou poderá ser perda-prejuízo quando o somatório das Despesas superar o total das Receitas. Também foi dito que as contas de Receitas e Despesas são TRANSITÓRIAS ou seja, são ENCERRADAS ao final de cada exercício social ou período contábil. Para encerrar as contas de Resultado é bastante realizar um lançamento no valor do saldo da conta da seguinte forma: a) as contas de Despesas apresentam saldo devedor – realizar-se um crédito no valor do saldo apurado no período. b) As contas de Receitas apresentam saldo credor – realiza-se um débito no valor do saldo apurado no período. De forma bastante simplificada, tomemos por exemplo uma conta de Receita e outra de Despesa, com seus respectivos saldos. RECEITA DE VENDAS DESPESA SALÁRIOS 11.000 1.500 1.200 2.700 11.000 Para que o saldo final seja zero, é necessário um lançamento chamado lançamento de encerramento, o que torna os totais de débitos e créditos iguais, portanto saldo zero. RECEITA DE VENDAS DESPESA SALÁRIOS 11.000 E 1.500 1.200 2.700 E 2.700 2.700 11.000 11.000 11.000 A contrapartida destes lançamentos é feita na conta de Encerramento do Resultado. ENCERRAMENTO DO RESULTADO Pelas despesas 2.700 11.000 Pelas receitas 8.300 Se por acaso este período apresentasse apenas esta Receita e esta Despesa, o Encerramento do Resultado teria saldo credor e conseqüentemente um lucro de $ 8.300. 7.4 – TRANSFERÊNCIA DO RESULTADO PARA O PATRIMÔNIO LIQUIDO Assim como as demais contas de resultado, a conta Encerramento do Resultado é transitória e sua finalidade é apenas apurar o resultado do exercício. Da mesma forma que as Despesas e Receitas, o saldo da conta Encerramento do Resultado será transferido para a conta Resultado do Exercício no grupo Patrimônio Liquido e poderá ter ainda outras destinações a critério dos proprietários do empreendimento, assim determinado em assembléia. Agnaldo Silva 117 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 7.5 – RESUMO A Contabilidade registra os fatos no livro Diário, do Diário se extrai as fichas Razão, do Razão se elabora o Balancete de Verificação e este serve de base para a elaboração das demonstrações contábeis. O Balancete de verificação tem grande aceitação pelos usuários da Contabilidade por ser um instrumento e fácil entendimento. Para o contabilista é a forma de verificar se todas as contas estão relacionadas, pois do contrário o somatório da coluna de débitos não estará de acordo com a coluna de créditos. A grosso modo, podemos dizer que o Balancete de Verificação é o Elenco de Contas com os seus saldos. Pela norma expedida pelo CFC – Conselho Federal de Contabilidade, o Balancete deve ser levantado pelo menos mensalmente. O Código Civil introduziu matéria criando a possibilidade de substituição do livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços. Na prática, seria registrar os fatos, atualizar o livro Razão e fechar Balancete e Balanço diariamente. Isto já pareceu impossível, mas com a contabilidade informatizada passou a ser uma tarefa comum, com a vantagem de o tomador das decisões poder visualizar em tempo real os efeitos das suas deliberações. O Balancete é apresentado de diversas formas, as mais comuns são os de duas, quatro e seis colunas. O que diferencia um dos outros é o grau de detalhamento dos saldos das contas. O grupo das contas de resultado é composto pelas Receitas e Despesas. É característica destas contas ser transitória, ou seja, são encerradas ao final de cada período contábil (dia, mês, trimestre, semestre, ano, etc..). Quem determina o período contábil é a administração da empresa, que pondera as necessidades da informação contábil com o custo para obtê-las. Vale lembrar que a legislação determina a apresentação das demonstrações contábeis a cada 12 meses e que as empresas vinculadas à CVM – Comissão de Valores Mobiliários têm que apresentar o conjunto das demonstrações contábeis a cada trimestre. Apurado o resultado do exercício, seu saldo será transferido para o Patrimônio Liquido na forma de lucro ou prejuízo do exercício, aumentando ou diminuindo a situação liquida. 118 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 7 BALANCETE E ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO 7.6 – QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1. Formule seu conceito de Balancete de Verificação. 2. Disserte sobre o objetivo e a importância do Balancete. 3. Sobre a possibilidades de substituição do Diário pelo Balancete Diário e Balanços, faça considerações apontando vantagens e desvantagens. 4. Dentre as formas de Balancetes (duas, quatro e seis colunas) escolha a que você achar mais interessante e justifique a sua decisão. 5. Explique o processo de encerramento das contas de resultado. 6. Explique o processo de transferência do resultado do exercício para o Patrimônio Liquido. 7.7 – QUESTÕES DE CONCURSOS 1- (ESAF) Num balancete de verificação, devem igualar-se os saldos: a) Devedores das contas patrimoniais somados às contas de despesa com os saldos credores das contas patrimoniais somados às contas de receita. b) Devedores e credores das contas patrimoniais. c) Devedores das contas patrimoniais somados às contas de despesa com os saldos credores das contas patrimoniais. d) Devedores de contas patrimoniais somados às contas de receita com os saldos credores das contas patrimoniais somados às contas de despesa. e) Das contas de despesa e receita 2- (ESAF) O balancete de verificação da empresa Alfa apresenta as seguintes contas e respectivos saldos em 31/12/88: Mercadorias (estoques) 4.500 Móveis e Utensílios 2.750 Material de Consumo (estoques) 800 Contas a Pagar 4.250 Receita de Aluguel 1.700 Contas a Receber 1.250 Despesas de Juros 1.150 Imposto a Recolher 1.350 Capital Social 3.400 Prejuízos Acumulados 250 Com base nas informações acima, pode-se afirmar com segurança que, em 31/12/88, a empresa Alfa tinha um Capital Próprio no valor de: a) 3.150 b) 3.700 c) 3.950 d) 2.350 e) 2.900. 3- (ESAF) No balancete levantado em 31/03/87, apresentavam-se os seguintes saldos de contas: Caixa Bancos c/Movimento Duplicatas a receber (60 dias) Capital Social Móveis e Utensílios Fornecedores 70 230 1.000 1.150 200 400 Agnaldo Silva 119 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Lucros ou Prejuízos Acumulados 350 Ordenados a Pagar 50 Veículos 450 Em abril de 1987 foram feitas as seguintes operações: - Compra, a vista, de materiais de escritório, no valor de 10, lançados em almoxarifado.. - Depósito bancário no valor de 50. - Recebimento de duplicatas no valor de 100. Considerando-se os dados iniciais, após as operações descritas, o valor do Ativo Circulante era de: a) 1.950. b) 2.110. c) 1.790. d) 1.300. e) 1.140. 4- (ESAF/AFTN, 1998) No dia primeiro do mês quatro a firma Violetas S/A demonstrou a seguinte situação patrimonial: Ativo circulante $ 2.300,00 Ativo permanente $ 2.300,00 Passivo circulante $ 2.300,00 Patrimônio líquido $ 2.300,00 Durante o referido mês a empresa executou e contabilizou diversas partidas contábeis, chegando ao último dia com a seguinte situação patrimonial: Ativo circulante $ 1.100,00 Ativo permanente $ 4.800,00 Passivo circulante $ 3.400,00 Patrimônio líquido $ 2.500,00 No período não houve aumento de capital por subscrição e integralização de ações novas. Diante destas informações, podemos dizer que a Violetas S/A, no mês de abril acima referido, apurou: a) perdas de $ 1.200,00, como mostra a redução do Ativo Circulante; b) perdas de $ 1.100,00, como mostra o aumento do Passivo Circulante; c) ganhos de $ 200,00, como mostra o aumento do Patrimônio Líquido; d) ganhos de $ 1.300,00, como mostra o aumento do Ativo Total; e) nem ganhos nem perdas já que o patrimônio permanece balanceado. 5- (ESAF AFOR/98) Observe a relação de contas abaixo com os respectivos saldos, para responder às duas questões seguintes: - Caixa - Fornecedores - Mercadorias - Duplicatas a Receber - Capital Realizado - Veículos de Uso - Máquinas e Equipamentos de Uso - Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa - Lucros Acumulados - Ações em Tesouraria - Impostos a Recolher - Duplicatas Descontadas - Imóveis de Uso 120 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 1.000 3.000 5.000 10.000 20.000 4.000 3.000 1.000 2.000 1.000 2.000 3.000 10.000 CAPÍTULO 7 BALANCETE E ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO 6- O balancete não fecha porque houve a omissão de uma conta. Sabendo-se que o valor do Patrimônio Líquido é de 21.000 e que 2/3 dele estão empregados em bens de uso permanente, pode-se dizer com segurança que a conta omitida pertence ao grupo do: a) Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo b) Passivo Circulante c) Passivo Exigível a Longo Prazo d) Patrimônio Líquido e) Ativo Permanente 7- A conta omitida na relação que precede a questão anterior tem saldo de a) b) c) d) e) 1.000 2.000 3.000 6.000 7.000 8- (ESAF/AFTN, 1998) O Balancete levantado em 31/12 apresenta a seguinte posição: Contas Caixa Fornecedores Contas a Pagar Duplicatas a Receber Móveis e Utensílios Estoques Bancos conta Movimento Vendas Despesas Antecipadas Salários Custo das Mercadorias Vendidas Capital Social Lucros Acumulados Impostos Impressos e materiais para escritório Energia Despesas Diversas Receitas de Juros Descontos Concedidos Instalações Saldos Devedores 50,00 Credores 150,00 100,00 100,00 250,00 50,00 25,00 1.200,00 25,00 100,00 500,00 200,00 50,00 100,00 100,00 50,00 150,00 50,00 50,00 200,00 TOTAL 1.750,00 1.750,00 O encerramento das contas de resultado relacionadas acima demonstra que houve um lucro líquido de: a) $ 50,00; b) $ 250,00; c) $ 200,00; d) $ 150,00; e) $ 450,00 9- (TFC/2000) A empresa Júpiter S/A promoveu a contabilização completa de seus atos e fatos administrativos quando mandou levantar o balancete de verificação, nele não incluiu as seguintes contas e respectivos saldos: Ações em Tesouraria $ 600,00 Amortização Acumulada $ 160,00 Capital a Realizar $ 800,00 Depreciação Acumulada $ 450,00 Duplicatas Descontadas $ 400,00 Prejuízos Acumulados $ 110,00 Agnaldo Silva 121 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Provisão para FGTS $ 222,00 Provisão para Férias $ 111,00 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa $ 200,00 Provisão para Imposto de Renda $ 500,00 Provisão para Perdas em Investimento $ 300,00 Provisão para Ajuste ao Preço de Mercado $ 100,00 A inclusão das contas acima e respectivos saldos, já contabilizados, na montagem estrutural das demonstrações contábeis provocará todas as alterações abaixo, exceto: a) os saldos devedores aumentarão em $ 1.510,00; b) os saldos credores aumentarão em $ 2.443,00; c) o Ativo permanente ficará reduzido em $ 910,00; d) o Passivo circulante ficará aumentado em $ 443,00; e) o Ativo circulante ficará reduzido em $ 700,00 10- (CFC – Suficiência) As contas de resultado ( despesas, perdas, receitas e ganhos ) aumentam por débitos e créditos respectivamente. A Demonstração de Resultado do Exercício – DRE constitui um relatório contábil que incorpora essas contas, refletindo: a) as despesas, as perdas , as receitas e ganhos incorridos entre dois momentos diferentes e consecutivos. b) o patrimônio líquido em determinado momento e a sua distribuição. c) as despesas pagas , as receitas recebidas e o ativo disponível entre dois momentos diferentes e consecutivos, e a sua distribuição. d) a variação da situação financeira entre dois momentos diferentes e consecutivos, e a sua distribuição. 11- (CFC/Suficiência) Com base no balancete abaixo, após a apuração do resultado do exercício, responda as quatro próximas questões: Empresa S/A Balancete de Verificação em 30.06.2001 (R$) SALDOS FINAIS CONTAS Devedores Credores Bancos conta Movimento 50,00 Caixa 100,00 Capital Social 250,00 Clientes 90,00 Custo com Mercadorias Vendidas 325,00 Depreciações Acumuladas 15,00 Despesas com Aluguéis 60,00 Despesas com Energia Elétrica 35,00 Despesas com Vendas 75,00 Despesas com Comunicações 35,00 Devolução de Vendas 15,00 Estoque de Mercadorias 85,00 Fornecedores 65,00 Impostos sobre Vendas 90,00 Móveis e Utensílios 25,00 Salários a Pagar 10,00 Veículos 70,00 Vendas de Mercadorias 715,00 TOTAL 1.055,00 1.055,00 12 - O valor do Capital Próprio e de Terceiros, respectivamente: a) $ 250,00 e $ 65,00 b) $ 250,00 e $ 75,00 c) $ 330,00 e $ 65,00 d) $ 330,00 e $ 75,00 122 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 7 BALANCETE E ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO 13 - O valor das Deduções de Vendas e do Resultado Bruto, respectivamente: a) $ 105,00 e $ 285,00 b) $ 105,00 e $ 610,00 c) $ 180,00 e $ 210,00 d) $ 180,00 e $ 360,00 14 - O valor das Despesas e do Resultado Operacional, respectivamente: a) $ 120,00 e $ 90,00 b) $ 130,00 e $ 80,00 c) $ 195,00 e $ 90,00 d) $ 205,00 e $ 80,00 15 - O valor do Imobilizado e do Patrimônio Líquido, respectivamente: a) $ 80,00 e $ 250,00 b) $ 80,00 e $ 330,00 c) $ 95,00 e $ 250,00 d) $ 95,00 e $ 330,00 16 - (TCI, 1991) Balancete de Verificação elaborado em 31/12/X3 em $: CONTAS Caixa Bancos Duplicatas a Receber Duplicatas Descontadas Provisão para Devedores Duvidosos Mercadorias Seguro a Apropriar Duplicata a Receber LP Promissória a Receber LP Part. Soc. Controladas Máquinas Dep. Acum. Máquinas Empréstimos a Pagar Salários a Pagar Financiamento a Pagar LP Capital Reservas Ações em Tesouraria Lucro ou Prejuízo Acumulado Custo da Mercadoria Vendida ICMS s/ vendas Salários Aluguel Juros Ativos Descontos Concedidos Serviços de Terceiros Vendas TOTAL Saldo devedor Saldo credor 10.000,00 7.000,00 86.000,00 22.000,00 500,00 84.300,00 4.800,00 30.000,00 25.000,00 48.000,00 25.000,00 5.000,00 12.000,00 3.000,00 10.000,00 205.000,00 12.000,00 2.000,00 17.400,00 106.700,00 38.700,00 16.000,00 13.000,00 3.600,00 1.400,00 7.600,00 215.000,00 505.500,00 505.500,00 Com base no balancete acima o total dos Ativos Realizáveis e o Resultado Bruto são, respectivamente: a) 55.000,00 e 69.600,00 b) 55.000,00 e 108.300,00 c) 169.000,00 e 108.300,00 d) 224.600,00 e 69.600,00 e) 224.600,00 e 108.300,00 17- (TFC/2000) O balancete levantado no final do período apresenta a seguinte posição: Caixa Duplicatas a Receber Bancos 100 200 50 Fornecedores Móveis e Utensílios Receitas de Serviços 300 700 1.400 Agnaldo Silva 123 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Despesas Antecipadas Salários e Ordenados Capital Despesa de Energia Despesas Diversas Receitas Financeiras Descontos Concedidos 50 200 500 100 300 100 100 Lucros Acumulados Impostos Municipais Materiais Consumidos Juros Passivos Juros Ativos Instalações SOMA 100 200 200 120 80 400 5.800 O encerramento das contas de receitas e despesas, informará que houve um lucro líquido de: a) 320; b) 360; c) 420; d) 440; e) 460 18 - (K7 Concursos, 2000:49) O aprendiz de contador da empresa Gama, para fazer o balancete, elaborou em rascunho a seguinte relação de contas e saldos: Contas Despesa de juros Aluguéis passivos Receita de comissões Caixa Mercadorias Clientes Depreciação acumulada Depreciação Adiantamento a fornecedores Fornecedores Salários Lucros acumulados Juros ativos Capital social Veículos Saldo Devedor 1.000,00 1.000,00 Credor 2.000,00 3.000,00 4.000,00 5.000,00 6.000,00 7.000,00 8.000,00 9.000,00 10.000,00 11.000,00 12.000,00 13.000,00 14.000,00 Considerando que o valor de cada saldo está certo, se as contas acima forem classificadas corretamente, pode-se afirmar que: a) o balancete não fecha, pois há uma diferença de $ 4.000,00 entre os saldos devedores e credores, com o crédito a maior; b) o balancete fecha com a soma de $ 53.000,00, tanto nos saldos devedores como nos credores; c) o balancete não pode fechar, pois os saldos das contas Depreciação, Depreciação Acumulada e Aluguéis Passivos estão classificados com inversão de posição; d) o balancete fecha com a soma de $ 47.000,00 tanto nos saldos devedores como nos credores; e) o balancete não pode fechar, pois os saldos das contas Adiantamentos a Fornecedores, Salários e Aluguéis Passivos estão classificados com inversão de posição 19 – (Olivares, 1999:158) A empresa Beta S/A, apresenta, em 31/12 a seguinte posição de saldos: Caixa $ 1.000,00 Duplicatas a Receber $ 20.000,00 Ações de Coligadas $ 5.000,00 Capital a Realizar $ 4.000,00 Salários $ 1.300,00 Provisão para Imposto de Renda $ 400,00 Duplicatas a Pagar $ 14.800,00 Salários a Pagar $ 600,00 Reserva Legal $ 1.100,00 Lucros Acumulados $ 800,00 124 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 7 BALANCETE E ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO Mercadorias $ 6.700,00 Despesas Antecipadas $ 300,00 Móveis e Utensílios $ 10.000,00 Aluguéis Passivos $ 200,00 Duplicatas Descontadas $ 1.500,00 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa $ 500,00 Depreciação Acumulada $ 2.000,00 Capital Social $ 24.000,00 Juros Ativos $ 1.600,00 Impostos a Recolher $ 1.200,00 Com base nas contas e saldos acima, pode-se afirmar que o total dos saldos credores do balancete e o valor do Ativo Circulante no Balanço Patrimonial da empresa Beta S/A, são respectivamente: a) $ 46.500,00 e $ 26.000,00 b) $ 48.500,00 e $ 28.000,00 c) $ 48.500,00 e $ 26.000,00 d) $ 46.500,00 e $ 27.500,00 e) $ 44.500,00 e $ 27.500,00 20 - (K7 Concursos, 2000:50) A partir do balancete elaborado pela Cia. Comercial, foi montado o seguinte Balanço Patrimonial: ATIVO Circulante Caixa Mercadorias Duplicatas a receber Capital a realizar Permanente Veículos Móveis e utensílios Depreciação Acumulada 15.000 10.000 (7.000) TOTAL DO ATIVO 33.500 TOTAL DO PASSIVO 1.000 6.000 7.000 1.500 PASSIVO Circulante Duplicatas a pagar Duplicatas descontadas Impostos a recolher Patrimônio Líquido Capital social Lucros Acumulados 5.000 3.000 2.500 21.000 2.000 33.500 Analisando a natureza das contas que integram o balanço acima e considerando que o saldo de cada conta está correto, podemos afirmar que: a) o Balanço Patrimonial está corretamente apresentado, pois está fechado com o somatório de 33.500. AC (15.500) + AP (18.000) = 33.500 PC (10.500) + PL (23.000) = 33.500 b) o Balanço Patrimonial está errado, pois a conta Capital a Realizar deve reduzir o Capital Social. O correto seria: AC (14.000) + AP (18.000) = 32.000 PC (10.500) + PL (21.500) = 32.000 c) o Balanço Patrimonial está errado, pois a conta Duplicatas Descontadas deve reduzir Duplicatas a Receber. O correto seria: AC (12.500) + AP (18.000) = 30.500 PC ( 7.500) + PL (23.000) = 30.500 Agnaldo Silva 125 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC d) o Balanço Patrimonial está errado, pois a conta Duplicatas Descontadas deve reduzir Duplicatas a pagar e a conta Capital a Realizar deve reduzir Capital Social. O correto seria: AC (14.000) + AP (18.000) = 32.000 PC ( 4.500) + PL (21.500) = 26.000 e) o Balanço Patrimonial está errado, pois a conta Duplicatas Descontadas deve reduzir Duplicatas a Receber e a conta Capital a Realizar deve reduzir Capital Social. O correto seria: AC (11.000) + AP (18.000) = 29.000 PC ( 7.500) + PL (21.500) = 29.000 21- (K7 Concursos, 2000:52) Para levantar um Balanço Patrimonial Segundo a Lei 6.404/76 foram fornecidos a um candidato a contador de uma sociedade mercantil os seguintes dados: Contas Valores mobiliários Caixa Bancos c/Movimento Contas a receber Clientes (Duplicatas a receber) Estoques de mercadoria para revenda Duplicatas descontadas Edifícios Participação (Permanente em sociedade de controlada) Móveis, utensílios e instalações Prêmio de seguros a vencer Depreciação acumulada de edifícios Depreciação acumulada de móveis, utensílios e instalações Provisão para devedores duvidosos Contas a pagar Empréstimo a sociedade controlada Fornecedores (Duplicatas a pagar) Capital social realizado Reserva da C. Monetária do Capital social realizado Lucros acumulados Ações em tesouraria Impostos, taxas e contribuições a recolher Provisão para a contribuição social sobre o lucro Provisão para Imposto de renda Reserva legal Dividendos a pagar Saldos ($) 510,00 20,00 90,00 10,00 400,00 200,00 120,00 700,00 200,00 300,00 12,00 400,00 60,00 6,00 70,00 100,00 150,00 800,00 55,00 468,00 22,00 45,00 63,00 170,00 27,00 130,00 Observações: Todos os direitos e obrigações são, pela ordem, realizáveis e vencíveis a curto prazo. Prêmios de seguro a vencer representam aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. O empréstimo à controlada não constitui negócio usual. Com base no Balanço Patrimonial levantado responda às quatro questões abaixo: 22 - O Ativo Circulante importou em: a) $ 1.242,00; b) $ 1.216,00; c) $ 1.138,00; d) $ 1.236,00; e) $ 1.116,00. 23 - O Passivo Circulante importou em: a) $ 498,00; b) $ 628,00; c) $ 634,00; d) $ 748,00; e) $ 754,00. 126 Livro 1 - Introdução à Contabilidade CAPÍTULO 7 BALANCETE E ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO 24 - O Patrimônio Líquido importou em: a) $ 1.350,00; b) $ 1.328,00; c) $ 1.956,00; d) $ 1.458,00; e) $ 1.498,00. 25 - O Ativo permanente importou em: a) $ 940,00; b) $ 1.200,00; c) $ 540,00; d) $ 1.000,00; e) $ 740,00. 26 - (Olivares, 1999:157) Do Balanço Patrimonial da Cia. Comercial de Móveis de Aço, levantado em 31/12/98 é publicado no Jornal dos Balanços de 28/04/99, foram extraídos, de forma desordenada e sem preocupação com a natureza dos saldos, os seguintes itens: Títulos Valores em ($) Empréstimos a Sociedade Controlada 12.000,00 Aplicações Financeiras - curto prazo 70.000,00 Estoques 90.000,00 Terrenos 20.000,00 Despesa do Exercício Seguinte 5.000,00 Edifícios 30.000,00 Imóveis destinados a venda 10.000,00 Veículos 8.000,00 Caixa 2.000,00 Bancos c/ Movimento 4.000,00 Móveis e Utensílios 16.000,00 Instalações 26.000,00 Clientes – curto prazo 100.000,00 Provisão para Créd. de Liquidação Duvidosa 3.000,00 Participações Permanentes em Controlada 40.000,00 Depreciação Acumulada 52.000,00 Duplicatas Descontadas 25.000,00 Empréstimos a Acionistas 1.000,00 Com base nesses itens, assinale a alternativa que contém, pela ordem, os valores correspondentes ao Ativo Circulante e ao Ativo Permanente. a) $ 278.000,00 e $ 98.000,00 b) $ 265.000,00 e $ 140.000,00 c) $ 253.000,00 e $ 88.000,00 d) $ 256.000,00 e $ 93.000,00 e) $ 266.000,00 e $ 150.000,00 27 - (CONTADOR-MARE/ESAF, 1996) CONTAS Número 1 Débito Crédito Caixa 5.000 Bancos 5.000 Clientes 110.000 Duplicatas Descontadas 2.000 Mercadorias 20.000 Instalações 15.000 Capital Subscrito 200.000 Capital a Realizar 60.000 Lucros Acumulados 10.000 Receita de Serviços 10.000 Despesas Diversas 7.000 Número 2 Débito Crédito 2.000 6.000 112.000 3.000 25.000 15.000 200.000 60.000 12.000 15.000 10.000 Agnaldo Silva 127 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC A situação líquida do Patrimônio, comparando-se o balancete número 1 com o número 2, passou de: a) 222.000 para 230.000 b) 153.000 para 157.000 c) 150.000 para 152.000 d) 210.000 para 212.000 e) 220.000 para 227.000 28- (TTN/ESAF, 1992) Observe os balancetes de verificação abaixo reproduzidos, para responder às seis questões a seguir: CONTAS JAN/92 FEV/92 Caixa 100 150 Bancos c/movimento 200 400 Receitas de serviços 3.000 7.500 Duplicatas a receber (90 dias) 1.000 1.500 Capital social 10.000 10.000 Despesas com pessoal 1.500 3.500 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 250 200 Despesas financeiras 100 250 Salários a pagar 2.000 450 Imóveis 10.000 10.000 Veículos 2.350 2.350 29 - A Situação Líquida, no mês de fevereiro: a) Não sofreu alteração. b) Foi aumentada em 4.500 d) Foi aumentada em 2.350 e) Foi reduzida em 2.150 c) Foi aumentada em 4.450 30 - A variação de Situação Líquida no mês de fevereiro fez com que ela se tornasse, em relação ao Ativo Permanente, de: a) igual para maior b) menor para maior c) igual para menor d) maior para menor e) menor para igual 31 - Pelas contas relacionadas, pode-se chegar à conclusão de que foram elas extraídas da escrituração de uma empresa: a) Prestadora de serviços e aplicadora no mercado de capitais. b) Comercial, dedicada preponderantemente à revenda de produtos manufaturados. c) Prestadora de serviços, que trabalha exclusivamente mediante pagamento à vista. d) Prestadora de serviços, que trabalha mediante pagamento a prazo. e) Que se dedica à revenda de mercadorias e à prestação de serviços. 32 - Da relação de contas discriminadas não apareceriam num balanço patrimonial: a) receitas de serviços, despesas com pessoal e salários a pagar. b) provisão para créditos de liquidação duvidosa, despesas com pessoal e despesas financeiras. c) despesas financeiras, duplicatas a receber e receitas de serviços. d) receitas de serviços, despesas com pessoal e despesas financeiras. e) provisão para créditos de liquidação duvidosa, despesas com pessoal e salários a pagar. 33 - Num balanço patrimonial elaborado de acordo com a Lei 6.404/76 e com utilização exclusiva das contas relacionadas nos balancetes de jan e fev de 1992, serão elas dispostas na seguinte ordem: a) Caixa, Banco c/movimento, Duplicatas a receber e Provisão para créditos de liquidação duvidosa. b) Caixa, Banco c/movimento, Duplicatas a receber e Imóveis. c) Caixa, Banco c/movimento, Imóveis e Veículos. d) Caixa, Duplicatas a receber, Provisão para créditos de liquidação duvidosa e Banco c/movimento. e) Banco c/movimento, Caixa, Duplicatas a receber, Veículos e Imóveis. 128 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 34 - A redução do saldo da conta Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ocorrida no mês de fevereiro é indício de que houve: a) Reversão parcial da provisão existente. b) Constituição de nova provisão. c) Lançamento a débito da conta de valor não recebido de clientes d) Estorno de lançamento anterior e) Retificação do balancete do mês de janeiro 7.8 – INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA FAVERO, Hamilton Luiz, Et ali. Contabilidade:Teoria e Prática. Volumes 1 e 2. 2 ed. São Paulo Atlas. 1997. FERRARI, Ed Luiz, Contabilidade Geral: Teoria e 950 Questões. Série provas e concursos. São Paulo: Ímpetus, 2001. IUDÍCIBUS, Sérgio de, e Equipe Fea USP. Contabilidade Introdutória, 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. MARION, José Carlos. SOARES, Adenilson Honorio. Contabilidade como Instrumento para Tomada de Decisões. São Paulo: Alínea, 2000 ________________ Contabilidade Básica, exercício, 2 ed. São Paulo: Atlas, 1998. ________________ Contabilidade Básica, texto, 2. ed. São Paulo: Atlas, 1998. NETO, Pedro Coelho – organizador. Manual de Procediementos Contábeis para Micro e Pequenas Empresas. Brasília, SEBRAE-CFC. 2002. NEVES, Silvério, VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade Básica. 11 ed. São Paulo: Frase, 2003. VILHENA, Leonardo de Almeida. Contabilidade para Concursos Públicos. 2 ed São Paulo. Atlas. 1997. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A B D C E C D D A D 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 A D B D B B C E E B 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 B D C B D B D D A C Agnaldo Silva 129 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 130 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 8.1 – FORMAS E FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS Lançamento é o registro em ordem cronológica dos fatos contábeis em livros apropriados e com obediência ao método das partidas dobradas. Ao conjunto dos lançamentos denominamos Escrituração. Os elementos essenciais de um lançamento contábil são: Local e data; Contas e valores a débito; Contas e valores a crédito; Histórico Para desempenhar a função histórica, a contabilidade utiliza-se da ordem cronológica, do local da data e do próprio histórico registrado no lançamento. Para desempenhar a função monetária, a contabilidade utiliza-se das contas e valores grafados em moeda pelo lançamento contábil. Os lançamentos podem ser expressos de duas formas: a) De forma contemporânea: Petrolina, 28 de janeiro de 2004 D- ESTOQUE DE MERCADORIA PARA REVENDA 4.000 C- BANCOS CONTA MOVIMENTO 1.000 C- FORNECEDOR 3.000 Pela compra ao fornecedor “fulano” de 250 unidades de mercadorias para revenda. No ato, foram pagos 25% em cheque e o restante em duplicatas para 30 e 60 dias. b) De forma tradicional: Petrolina, 28 de janeiro de 2004 ESTOQUE DE MERCADORIA PARA REVENDA 4.000 a BANCOS CONTA MOVIMENTO 1.000 FORNECEDOR 3.000 Pela compra ao fornecedor “fulano” de 250 unidades de mercadorias para revenda. No ato, foram pagos 25% em cheque e o restante em duplicatas para 30 e 60 dias. Na forma tradicional a preposição “a” indica que todas as contas a partir dela são contas que receberão lançamentos a crédito enquanto que as contas anteriores são debitadas. A forma contemporânea é utilizada nas entidades que possuem sistema de contabilidade informatizado. É mais prática para realizar as digitações e fazer conferências dos dados. A forma tradicional é utilizada pelas entidades que realizam escrituração manual dos livros contábeis. Esta forma é muito utilizada em questões de concursos públicos. Agnaldo Silva 131 CAPÍTULO 8 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Em obediência ao método das partidas dobradas, cada lançamento deve ter contas debitadas e contas creditadas, o total de débitos será sempre igual ao total de créditos. Porém, o número de contas debitadas ou creditadas é indiferente para o lançamento. Assim teremos quatro fórmulas de lançamentos, a saber: Lançamentos de Primeira Fórmula (fórmula simples): Há apenas uma conta debitada e uma conta creditada. Juazeiro, 01/fev/2004 D- Veículos 8.000 C- Bancos 8.000 Referente a aquisição de veículo para uso, conforme nota fiscal XX. ou Juazeiro, 01/fev/2004 Veículos a Bancos Referente a aquisição de veículo para uso, conforme nota fiscal XX. Valor....................R$ 8.000 Lançamentos de Segunda Fórmula (fórmula composta): Há apenas uma conta debitada e duas ou mais contas creditadas. Casa Nova, 02/fev/2004 D- Imóveis de uso 20.000 C- Bancos 6.000 C- Dupl a Pagar 14.000 Ref. a compra de imóveis para uso conforme contrato XX. Na operação foram aceitas duplicatas com vencimento para 30 e 60 dias. ou Casa Nova, 02/fev/2004 Imóveis de uso a Diversos Bancos 6.000 Dupl a Pagar 14.000 Ref. a compra de imóveis para uso conforme contrato XX. Na operação foram aceitas duplicatas com vencimento para 30 e 60 dias. Valor total.............R$ 20.000 Lançamentos de Terceira Fórmula (fórmula composta): Há duas ou mais contas debitadas e apenas uma conta creditada. Sobradinho, 04/fev/2004 D- INSS a pagar 2.000 D- FGTS a pagar 1.000 D- ICMS a pagar 4.000 C- Bancos 7.000 Importe referente liquidação das obrigações com INSS, FGTS e ICMS conforme cheque n° XZY. ou 132 Livro 1 - Introdução à Contabilidade Sobradinho, 04/fev/2004 Diversos INSS a pagar 2.000 FGTS a pagar 1.000 ICMS a pagar 4.000 a Bancos Importe referente liquidação das obrigações com INSS, FGTS e ICMS conforme cheque n° XZY. Valor.................R$ 7.000 Lançamentos de Quarta Fórmula (fórmula complexa): Há duas ou mais contas debitadas e duas ou mais contas creditadas. Sr. Bonfim, 06/fev/2004 D- Mercadoria 8.000 D- ICMS a recuperar 2.000 C – Fornecedor 5.000 C- Bancos 5.000 Valores referentes a aquisição de mercadoria para revenda conforme NF WNA com ICMS recuperável. Pagt° 50% a prazo e restante em cheque. ou Sr. Bonfim, 06/fev/2004 Diversos Mercadoria 8.000 ICMS a recuperar 2.000 a Diversos Fornecedor 5.000 Bancos 5.000 Valores referentes a aquisição de mercadoria para revenda conforme NF WNA com ICMS recuperável. Pagt° 50% a prazo e restante em cheque. 8.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS CONTÁBEIS Fatos contábeis são as decisões administrativas que alteram qualitativamente ou quantitativamente o patrimônio. Os fatos contábeis que não alteram a situação liquida (patrimônio liquido) são os chamados de qualitativos, permutativos ou de compensativos. Aqueles fatos que alteram a situação liquida (aumentando ou diminuindo) são os chamados fatos modificativos. Desta forma, os Fatos Contábeis podem ser assim classificados: Permutativos Modificativos Mistos aumentativos diminutivos aumentativos diminutivos Os Fatos Permutativos são aqueles que não alteram a situação liquida, configura apenas uma troca de elementos patrimoniais. Ex. pagamento de duplicata; recebimento de duplicata; aquisição de veículos. Note que estas operações apenas compensam os elementos Ativos e Passivos sem mexer em receitas e despesas do período. Os Fatos Modificativos são aqueles que alteram positivamente ou negativamente a situação liquida. Exemplos de Fatos Modificativos Aumentativos: recebimento de juros; recebimento de alugueis (receitas do período). Exemplos de Fatos Modificativos Diminutivos: pagamento de telefone; salários, etc. (qualquer despesa do período). Os Fatos Mistos ou Compostos são aqueles que reúnem as características dos outros dois tipos. Além de permutar elementos do ativo, os fatos mistos provocam alteração na situação liquida. Ex. venda de mercadoria com lucro; pagamento de duplicata com juros; etc.. Note que além da troca de elementos patrimoniais Ativos e Passivos, as operações são compostas de receitas ou despesas. Agnaldo Silva 133 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CAPÍTULO 8 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 8.3 – LANÇAMENTOS SUCESSIVOS Passaremos a realizar alguns lançamentos de fatos contábeis para que o leitor identifique o funcionamento das contas e tenha uma visão sistêmica da escrituração. Os fatos selecionados são continuativos para que se observem os efeitos na estrutura patrimonial e de resultados. a) INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL Fato 01: Reuniram-se em sociedade dois amigos para constituir empresa para comercializar alimentos. O sócio A integralizou R$ 10.000 em dinheiro e o sócio B integralizou R$ 20.000 prontamente depositados na conta corrente bancária da empresa. O fato será assim registrado no livro Diário. D- Caixa 10.000 D- Banco movimento 20.000 C- Capital social 30.000 Os livro Razão das Contas será assim composto. Caixa Bancos Movimento 1 1 10.000 20.000 Capital Social 30.000 1 O Balancete estará neste instante da seguinte forma: CONTA DEVEDOR CREDOR Caixa 10.000 Banco movimento 20.000 Capital social 30.000 Totais 30.000 30.000 b) AQUISIÇÃO DE BENS DE USO Fato 02: Aquisição de Imóvel para abrigar a sede da empresa. O Valor de negociação do Imóvel foi de R$ 50.000, dos quais 10% serão pagos de imediato em dinheiro e o restante em 10 Notas Promissórias mensais e sucessivas. O registro no Diário. D- Imóveis de uso 50.000 C- Caixa 5.000 C- Notas promissórias a pagar 45.000 A composição do livro Razão: Caixa Banco Movimento 1 1 10.000 5.000 2 20.000 NP a Pagar 45.000 2 Capital Social 30.000 134 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 2 1 Imóveis de Uso 50.000 c) AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS PARA REVENDA Fato 03: Compra de mercadoria para revenda valor da fatura R$ 4.000. No valor da fatura estão incluídos R$ 600 de ICMS recuperável. O Pagamento se dará em 30 dias conforme aceite de duplicata. O registro no Diário: D- Estoque de Mercadoria para Revenda D- ICMS a recuperar C- Fornecedores por Duplicatas 3.400 600 4.000 A composição do livro Razão Caixa Banco Movimento 1 2 1 10.000 5.000 20.000 ICMS a Recuperar 3 600 Fornecedores 4.000 3 Est. Mercadorias Rev. 3 3.400 Imóveis de Uso 50.000 NP a Pagar 45.000 2 2 Capital Social 30.000 1 d) PAGAMENTO DE DESPESAS. Fato 04: Emissão de cheque para pagamento de faturas de Energia R$ 300 e Telefone R$ 700 referentes ao consumo do mês. O registro no Diário: D- Energia (despesa) 300 D- Telefone (despesa) 700 C- Bancos Movimento 1.000 A composição do livro Razão Caixa Banco Movimento 1 1 10.000 5.000 2 20.000 1.000 4 ICMS a Recuperar 3 600 Fornecedores 4.000 4 Energia 300 3 Est. Mercadorias Rev. 3 3.400 Imóveis de Uso 50.000 NP a Pagar 45.000 2 2 Capital Social 30.000 1 Telefone 700 4 Agnaldo Silva 135 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CAPÍTULO 8 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC e) VENDA DE MERCADORIAS Fato 05: Venda de 50% da mercadoria em estoque (valor 3.400, 50% =1.700), conforme nota fiscal de venda a consumidor valor R$ 5.000. na fatura há destaque de ICMS sobre a venda no valor de R$ 1.100. O recebimento do total da NF se dará da seguinte forma: R$ 2.000 a vista em dinheiro e R$ 3.000 em duplicata para 30 dias. De forma segregada, o registro no Diário se fará em três etapas: O lançamento da venda; D- Caixa 2.000 D- Clientes por duplicatas 3.000 C- Vendas 5.000 O lançamento da baixa no estoque; D- Custo da mercadoria vendida 1.700 C- Estoque de Merc. Para revenda 1.700 O lançamento do tributo. D- ICMS sobre vendas (DRB) 1.100 C- ICMS a pagar 1.100 A composição do livro Razão Caixa Banco Movimento 1 2 1 10.000 5.000 20.000 1.000 4 5 2.000 ICMS a Recuperar Clientes p/ Dupls 3 5 600 3.000 NP a Pagar 45.000 2 Capital Social 30.000 5 CMV 1.700 ICMS a pagar 1.100 5 Vendas 5.000 1 Telefone 700 4 Est. Mercadorias Rev. 3 3.400 1.700 5 2 Fornecedores 4.000 3 ICMS s/ Vendas 5 1.100 5 Energia 4 300 O Balancete neste momento pode ser assim expresso: CONTAS DEVEDORAS CONTAS Caixa 7.000 NP a pagar Banco Movimento 19.000 ICMS a pagar Est. Mercadorias 1.700 Fornecedores ICMS a recuperar 600 Capital Social Clientes por dupls 3.000 Vendas Imóveis de uso 50.000 ICMS sobre vendas 1.100 CMV 1.700 Telefone 700 Energia 300 TOTAL 85.100 TOTAL 136 Livro 1 - Introdução à Contabilidade Imóveis de Uso 50.000 CREDORAS 45.000 1.100 4.000 30.000 5.000 85.100 f) PROVISÕES As Provisões são realizadas para atender ao princípio contábil da competência. Implica em reconhecer receitas e despesas já incorridas (acontecidas) porém ainda não recebidas ou pagas. De forma geral, as provisões envolvem uma conta de resultado e outra de Ativo ou Passivo. No Ativo, as provisões mais comuns são as que dão origens às contas retificadoras do Ativo. Ex. provisão para devedores duvidosos; provisão para ajuste de estoques a valor de mercado; provisão para perdas prováveis na realização de investimentos, etc.. Fato 06: Provisionar: Salários R$ 500; Férias R$ 200; FGTS R$ 50 e INSS R$ 150, incorridos no mês atual e pagamento previsto para o mês seguinte. O registro no livro Diário: D- Salários (despesa) 500 D- Férias (despesa) 200 D- FGTS (despesa) 50 D- INSS (despesa) 150 C- Salários a pagar 500 C- Férias a pagar 200 C- FGTS a recolher 50 C- INSS a recolher 150 A composição do livro Razão Caixa Banco Movimento 1 2 1 10.000 5.000 20.000 1.000 4 5 2.000 ICMS a Recuperar Clientes p/ Dupls 3 5 600 3.000 NP a Pagar 45.000 2 Salários a pagar 500 Vendas 5.000 6 Salários 500 Férias 200 6 Férias a pagar 200 6 6 INSS a recolher 150 ICMS a pagar 1.100 5 Est. Mercadorias Rev. 3 3.400 1.700 5 2 Imóveis de Uso 50.000 Fornecedores 4.000 FGTS a recolher 50 6 Capital Social 30.000 6 5 ICMS s/ Vendas 5 1.100 Telefone 700 4 FGTS 6 50 3 5 1 CMV 1.700 4 Energia 300 INSS 150 6 Agnaldo Silva 137 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CAPÍTULO 8 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC g) PAGAMENTOS E RECEBIMENTOS DE DUPLICATAS E NOTAS Fato 07: Pagamento parcial da dupl de Fornecedores, valor pago R$ 2.000 em cheque. O registro no Diário: D- Fornecedores C- Banco Movimento 2.000 2.000 Fato 08: Recebimento de duplicata valor nominal de R$ 3.000 acrescida de juros R$ 200 conforme recebimento de numerário em espécie. O registro no Diário: D- Caixa C- Clientes por dupls C- Juros recebidos 3.200 3.000 200 Fato 09: pagamento em cheque de Nota Promissória valor R$ 4.500 O registro no Diário: D- Notas Promissórias a Pagar 4.500 C- Banco Movimento 4.500 A composição do livro Razão agora é a seguinte: Caixa Banco Movimento 1 2 1 10.000 5.000 20.000 1.000 4 5 2.000 2.000 7 8 3.200 4.500 9 ICMS a Recuperar Clientes p/ Dupls 3 5 600 3.000 3.000 8 9 NP a Pagar 4.500 45.000 2 Salários a pagar 500 Vendas 5.000 6 Salários 500 Férias 200 6 Capital Social 30.000 6 5 ICMS s/ Vendas 5 1.100 Telefone 700 4 FGTS 6 50 138 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 2 Imóveis de Uso 50.000 Fornecedores 7 2.000 4.000 Férias a pagar 200 6 6 INSS a recolher 150 ICMS a pagar 1.100 5 Est. Mercadorias Rev. 3 3.400 1.700 5 3 FGTS a recolher 50 6 1 Juros Recebidos 200 5 CMV 1.700 4 Energia 300 INSS 150 6 8 O Balancete neste momento estaria da seguinte forma: CONTAS DEVEDORAS CONTAS Caixa 10.200 NP a pagar Banco Movimento 12.500 ICMS a pagar Est. Mercadorias 1.700 Fornecedores ICMS a recuperar 600 Salários a pagar Clientes por dupls 0 Férias a pagar Imóveis de uso 50.000 FGTS a recolher ICMS sobre vendas 1.100 INSS a recolher CMV 1.700 Capital Social Salários 500 Vendas Telefone 700 Juros recebidos Energia 300 Férias 200 FGTS 50 INSS 150 TOTAL 79.700 TOTAL CREDORAS 40.500 1.100 2.000 500 200 50 150 30.000 5.000 200 79.700 h) ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO Fato 10: encerrar as contas de receitas e despesas para apurar o resultado. O lançamento no Diário pode ser realizado em duas etapas: Encerramento das receitas. D- Vendas 5.000 D- Juros recebidos 200 C- Conta encerramento 5.200 Encerramento das despesas D- Conta encerramento 4.700 C- ICMS sobre vendas 1.100 C- CMV 1.700 C- Salários 500 C- Telefone 700 C- Energia 300 C- Férias 200 C- FGTS 50 C- INSS 150 Neste instante a conta Encerramento do Resultado estará assim: 10 Encerramento do Resultado 10 4.700 5.200 500 Saldo Credor Seu saldo também será encerrado em favor da conta Resultado do Exercício no Patrimônio Liquido, mediante o seguinte lançamento: Agnaldo Silva 139 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CAPÍTULO 8 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Fato 11: Transferência do Resultado para o Patrimônio Liquido. O Registro no Diário é: D- Encerramento do Resultado C- Resultado do Exercício 500 500 A composição do livro Razão agora é a seguinte: Caixa Banco Movimento 1 2 1 10.000 5.000 20.000 1.000 4 5 2.000 2.000 7 8 3.200 4.500 9 ICMS a Recuperar Clientes p/ Dupls 3 5 600 3.000 3.000 8 NP a Pagar 4.500 45.000 2 9 Salários a pagar 500 Vendas 5000 5.000 10 6 5 Salários 500 500 10 Imóveis de Uso 50.000 1 ICMS s/ Vendas 5 1.100 1.100 10 Resultado Exercicio 500 11 CMV 1.700 1.700 10 5 Telefone 700 700 10 Férias 200 200 10 4 FGTS 6 50 50 10 8 Encer. Resultado 10 4.700 5.200 11 500 75.000 140 Livro 1 - Introdução à Contabilidade Energia 300 300 10 INSS 150 150 10 6 10 O Balancete neste momento é apresentado da seguinte forma: CONTAS DEVEDORAS CONTAS Caixa 10.200 NP a pagar Banco Movimento 12.500 ICMS a pagar Est. Mercadorias 1.700 Fornecedores ICMS a recuperar 600 Salários a pagar Imóveis de uso 50.000 Férias a pagar FGTS a recolher INSS a recolher Capital Social Resultado Exercício TOTAL 3 FGTS a recolher 50 6 4 6 Juros Recebidos 10 200 200 Capital Social 30.000 6 2 Fornecedores 7 2.000 4.000 Férias a pagar 200 6 6 INSS a recolher 150 ICMS a pagar 1.100 5 Est. Mercadorias Rev. 3 3.400 1.700 5 TOTAL CREDORAS 40.500 1.100 2.000 500 200 50 150 30.000 500 75.000 Não havendo mais nenhuma operação a realizar-se neste exercício social (período contábil) a diretoria de finanças e controle providenciará as demonstrações contábeis com base na escrituração realizada. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO Ativo Circulante Caixa Banco Movimento Est. Mercadorias 10.200 12.500 1.700 Ativo Permanente Imóveis 50.000 TOTAL 75.000 PASSIVO Passivo Circulante NP a pagar ICMS a pagar Fornecedores Salários a pagar Férias a pagar FGTS a recolher INSS a recolher Patrimônio Liquido Capital Social Lucro TOTAL 40.500 1.100 2.000 500 200 50 150 30.500 500 75.000 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ou com adaptações para BALANÇO DE RESULTADO ECONÔMICO Receita Bruta de Vendas e Serviços Vendas de mercadorias Deduções da Vendas ICMS sobre vendas Receita Liquida de Vendas Custo das Mercadorias Vendidas Resultado Operacional Bruto Despesas Operacionais Salários 500 Telefone 700 Energia 300 Férias 200 FGTS 50 INSS 150 Receitas Operacionais Juros Recebidos 200 Resultado Operacional Resultado do Exercício 5.000 1.100 3.900 1.700 2.200 1.900 200 500 500 Agnaldo Silva 141 CAPÍTULO 8 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 8.4 – ERROS DE ESCRITURAÇÃO - CORREÇÕES O artigo 1.183 do Código Civil estabelece algumas das formalidades intrínsecas da escrituração contábil, entre as quais estão: não permitir rasuras, emendas, borrões, espaços em branco, ocupação das margens e entrelinhas. São exemplos de erros comumente cometidos na escrituração das peças contábeis: Erro de classificação das contas debitadas ou creditadas; Inversão de contas ou de valores; Duplicidade de lançamentos; Valores maiores ou menores que os corretos; Omissão de lançamentos; Históricos incorretos. Quando ocorrem erros na escrituração os mesmos devem ser corrigidos obviamente, e para não ocorrerem rasuras, borrões, etc. o responsável pela escrituração usará de uma das seguintes situações: ESTORNO: é a anulação do lançamento através do registro de outro lançamento invertido em relação ao que se deseja estornar, ou seja, as contas debitadas serão creditadas e vice-versa. Feito o estorno, o contabilista deve efetuar o lançamento correto. RESSALVA: é a forma de correção da redação feita no histórico do lançamento antes do seu encerramento, usando-se uma das expressões: “isto é”, “digo”, “aliás”, “em tempo”, etc. e repetindo-se a expressão correta. COMPLEMENTO: é realizado para complementar valores lançados a menor ou lançados a menor. Para complementar valores lançados a menor é bastante repetir todas as contas e preencher os valores relativos à diferença. Para complementar valores lançados a maior é necessário um “estorno parcial” invertendo-se as contas debitadas e creditadas e lançando-se o valor complementar. TRANSFERÊNCIA: é utilizada para corrigir os erros de classificação das contas. Para exemplificar, suponha que determinado lançamento tenha feito um débito da conta caixa quando deveria utilizar a conta bancos. O lançamento de transferência consiste em retirar da conta caixa o valor debitado, fazendo-se nela um crédito e a contrapartida é um crédito de igual valor na conta bancos. Quando há salto de linhas, estas devem ser preenchidas com traços horizontais. Se acontecer salto de páginas, estas devem ser preenchidas com traços diagonais. Os lançamentos omitidos, assim que detectados, devem ser registrados com observações no histórico da data de ocorrência do fato e a sua condição de regularizador da situação. Nos casos de duplicidade de lançamentos a correção é feita com estorno de um dos lançamentos efetuados. Assim como os lançamentos, as correções de erros devem ser feitas por contabilista legalmente habilitado. 142 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 8.5 – RESUMO Para desempenhar as funções histórica e monetária a contabilidade utiliza-se dos lançamentos. Este por sua vez, é o registro dos acontecimentos de modificam o patrimônio em seus aspectos qualitativos ou quantitativos. São elementos essenciais do lançamento: local e data; contas utilizadas; valores a débito; valores a crédito e histórico. A legislação da profissão contábil estabelece que os lançamentos devem ser elaborados com obediência aos preceitos do método das partidas dobradas onde o valor total debitado corresponde ao valor total creditado independentemente da quantidade de contas utilizadas. Desta forma, os lançamentos podem ser classificados em quatro fórmulas: Os lançamentos de primeira fórmula são aqueles que recebem apenas uma conta debitada e uma conta creditada. Os lançamentos de segunda fórmula são aqueles que recebem apenas uma conta debitada e duas ou mais contas creditadas. Os lançamentos de terceira fórmula são aqueles que recebem duas ou mais contas debitadas e apenas uma conta credtada. Os lançamentos de quarta fórmula, também chamados de complexos, são aqueles que recebem duas ou mais contas debitadas e também duas ou mais contas creditadas. Um “macete” para fixar as fórmulas de lançamentos: 1ª fórmula é 11 (1D e 1C); 2ª fórmula é 12 (1D e 2C); 3ª fórmula é 21 (2D e 1C) e a 4ª fórmula é 22 (2D e 2C). Os fatos contábeis são classificados em: Permutativos – quando a alteração patrimonial é apenas qualitativa ou uma troca de elementos patrimoniais. Modificativos – quando a situação liquida é alterada. Há ganho ou perda que provocam a alteração do patrimônio liquido. Sendo positiva esta alteração, diz-se que o fato é modificativo aumentativo. Sendo negativa a mudança na situação liquida, diz-se que o fato é modificativo diminutivo. Mistos – quando as duas situações anteriores acontecem no mesmo lançamento. 8.6 – QUESTÕES PARA REFLEXÃO 1. Trace comentários sobre as funções histórica e econômica dos lançamentos contábeis. 2. Aponte aspectos positivos e negativos da escrituração tradicional aplicada aos dias atuas. 3. Exemplifique cada uma das fórmulas de lançamentos. 4. Exemplifique cada uma das cinco possibilidades de acontecimento de fatos contábeis. 5. Quais são os erros comumente cometidos ao escriturar os fatos contábeis. 6. Das formas de correção de lançamentos, faça um comparativo entre estorno e ressalva. 7. Das formas de correção de lançamentos, faça um comparativo entre complemento e transferência Agnaldo Silva 143 CAPÍTULO 8 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 8.7 – EXERCÍCIOS PRÁTICOS EXERCÍCIO 01 SALDOS INICIAIS BANCO MOVIMENTO CAIXA CAPITAL SÓCIO A CAPITAL SÓCIO C EMPRÉSTIMO A SÓCIO EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS EQUIPAMENTOS FÉRIAS A PAGAR FORNECEDORES POR DUPLICATA ICMS A PAGAR IMOVEIS DE USO MAQUINAS MERCADORIA PARA REVENDA SALÁRIOS A PAGAR CLIENTES POR DUPLICATA 9.000 1.000 7.000 5.000 500 12.000 2.000 3.000 10.000 2.000 15.000 6.000 2.000 1.000 4.500 PEDE-SE: 1. ARRUMAR AS CONTAS ACIMA, SUBDIVIDINDO-AS EM BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES. LEMBRE-SE AS CONTAS DE ATIVO TEM SALDO DEVEDOR E AS PASSIVO E PATRIMÔNIO LIQUIDO, SALDO CREDOR. 2. ABRIR OS RAZONETES DAS CONTAS APRESENTADAS 3. LANÇAR NOS DIÁRIOS OS SEGUINTES FATOS A) Compra de mercadoria para revenda R$ 5.000 para pagamento em 40 dias, conforme aceite de Nota Promissória. B) Pagamento de duplicata valor nominal R$ 2.000 conforme cheque C) Recebimento de duplicata valor nominal R$ 3.500, sendo R$ 1.500 no caixa e restante no banco movimento. D) Aquisição de terrenos de uso por R$ 12.000, para pagamento da seguinte forma: 10% em dinheiro; 20% em cheque e restante aceite de nota promissória para 90 dias. E) Aquisição de veículo de uso R$ 8.000, para pagamento em 30 dias conforme duplicata. F) Emissão de cheque para pagamento de: R$ 1.000 de ICMS a Pagar; R$ 1.000 de Salários a Pagar e por fim, R$ 2.000 de Empréstimos Bancários. G) Integralização de R$ 20.000 do sócio C, sendo: R$ 5.000 no Caixa; R$ 7.000 no Banco e R$ 8.000 em Imóveis de Renda. H) Recebimento do empréstimo feito ao sócio no valor de R$ 500, conforme depósito no Banco. 4. ATUALIZAR OS RAZONETES; 5. CLASSIFICAR OS LANÇAMENTOS QUANTO A FÓRMULA E FATOS; 6. APRESENTAR O BALANÇO FINAL DA EMPRESA. 144 Livro 1 - Introdução à Contabilidade EXERCÍCIO 02. Sejam os seguintes fatos acontecidos no primeiro trimestre de 2005. 02/01/05- Três pessoas constituíram uma sociedade mercantil, subscrevendo um capital total de R$ 300.000,. da seguinte forma. O sócio A integralizou no ato R$ 100.000, em dinheiro. O sócio B integralizou R$ 150.000, da seguinte forma: R$ 50.000, em imóvel para uso, R$ 50.000, em imóvel para aluguel e R$ 50.000, em mercadoria para revenda(1.000 caixas de sabão, por R$ 50 cada). O sócio C fará integralização futura. 04/01/05- Abertura de conta corrente junto ao Banco do Brasil R$ 40.000, 05/01/05- Obtenção de empréstimo bancário R$ 100.000 (venctº 4 parcelas anuais) 08/01/05- Compra de 300 cx de sabão para revenda, a R$ 50 cada, a prazo com duplicata. 15/01/05- Venda de mercadorias (200 caixas) a prazo, com obtenção de R$15.000 de receita. 02/02/05- Pagamento com cheque de: energia elétrica R$ 200, telefone R$ 300, água R$ 100 e salários R$ 3.000 (incluídos todos os encargos). 10/02/05- Pagamento em cheque de duplicata valor nominal R$ 5.000, com juros de 2% pelo atraso. 10/02/05- integralização de capital por parte do sócio C, R$ 50.000, numerário depositado no banco. 02/03/05- Venda de mercadorias (500 caixas) por R$ 37.500, sendo R$ 20.000 recebidos em cheque e o restante com duplicatas. 03/03/05- Aquisição de 2800 cx de sabão para revenda, a R$ 50 cada, com pagamento da seguinte forma: R$ 10.000, pagos no ato em dinheiro. R$ 50.000, pagos com cheque. R$ 80.000, duplicata com vencimento para dezembro ano 2005. 04/03/05- Pagamento com cheque de: energia elétrica R$ 300, telefone R$ 500, água R$ 200 e salários R$ 5.000 (incluídos todos os encargos). 15/03/05- Recebimento de duplicata valor nominal R$ 5.000. 29/03/05- Adiantamentos em dinheiro: R$ 10.000 aos funcionários e R$ 5.000 para os sócios (este último lançar no realizável longo prazo). PEDE-SE: 1- Elaborar os lançamentos contábeis em diário, classificando o tipo de fato contábil e a fórmula de lançamento. 2- Apresentar os razonetes das contas envolvidas e apurar o resultado. 3- Elaborar o Balancete de verificação, DRE e Balanço Patrimonial 4- Responder: a- Qual o valor do capital próprio? b- Qual o valor do capital de terceiros? c- Qual o Lucro Bruto e qual o Lucro Líquido? d- Qual o valor do Patrimônio Bruto? Agnaldo Silva 145 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC CAPÍTULO 8 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS EXERCÍCIO 03 A partir dos saldos iniciais, lançar as operações abaixo em diário e razonetes, classificar os lançamentos quanto aos fatos e quanto à fórmula. Ao final, apurar o resultado, transferir para o PL e apresentar o balanço de resultado econômico e o balanço patrimonial da companhia Saldos iniciais no mês de novembro no ano 2004 Fatos do mês de novembro de 2004. a) Aquisição de um veículo por $ 600 para pagamento em 10 prestações fixas a partir do mês seguinte, conforme aceite de duplicatas. b) Compra de mercadoria $ 500 para pagamento em 30 dias, conforme cheque. c) Venda de mercadoria $ 1.000 para recebimento 50% a vista no banco e restante a prazo com duplicata. Pela operação incidiu ICMS $ 150, e CMV 250. d) Pagamento de duplicata valor nominal $ 60, com juros de $ 3, conforme emissão de cheque. e) Recebimento de dupl valor nominal $ 500, com juros de $ 10, conforme depósito no banco movimento. f) Pagamento de parcela do empréstimo bancário $ 100, mais juros do período $ 20, conforme emissão de cheque. g) Provisionar para pagamento no mês seguinte: salários $ 300; água $ 17; energia $ 40; INSS $ 60; COFINS $ 45; telefone$ 105; Imposto de Renda $ 20. Neste ponto, apresente o balancete das contas. Fatos do mês de dezembro de 2004. h) Compra de mercadoria para revenda no valor de $ 2.000, dos quais $ 400 referem-se a CMS recuperável, conforme destacado na NF. O pagamento se fará em duas duplicatas de igual valor e vencimento para 30 e 60 dias. i) Venda de mercadoria por $ 3.000, com recebimento à vista no banco. Pela operação incidiram $ 600 de ICMS a pagar e o CMV foi de $ 1.400. j) Emissão de cheque para pagamento de obrigações provisionadas no mês anterior: salários $ 300; água $ 17; energia $ 40; INSS $ 60; COFINS $ 45; telefone$ 105; Imposto de Renda $ 20. k) Aquisição de: Móveis e Utensílios $ 2.500 e Máquinas $ 3.500. Esta aquisição se tornou possível pela aquisição de financiamento bancário para pagamento em 60 parcelas mensais e sucessivas a partir do mês seguinte. 146 Livro 1 - Introdução à Contabilidade l) Provisionar: salários $ 330; água $ 20; energia $ 30; INSS $ 65; COFINS $ 60; telefone$ 35; Imposto de Renda $ 80. EXERCÍCIO 04 Escriturar somente os fatos contábeis acontecidos em janeiro de 200X: a) Os primos, Letícia e Bruno, reuniram-se em sociedade para montar um pequeno ponto de venda de cervejas na praia do Rodeadouro. Para tanto, Letícia e Bruno integralizaram em dinheiro $ 600 e $ 400 respectivamente. b) Alugaram o ponto comercial e contrataram um garçom. c) Os sócios adquiriram um freezer por $ 1.200, dando $ 200 de entrada e assumindo cinco parcelas iguais e mensais do restante. d) No distribuidor da cerveja A, os sócios compraram 50 caixas ao preço de $ 19, cada caixa, para pagamento em 15 dias conforme duplicata. e) No distribuidor da cerveja B, os sócios compraram 30 caixas ao preço de $ 20, cada caixa, pagando a vista. f) Para funcionamento do comércio, pagaram uma taxa de $ 20, para inspeção do corpo de bombeiros. g) Durante o mês foram vendidas: 40 caixas da cerveja A ao preço de $ 55, cada caixa e 25 caixas da cerveja B ao preço de $ 50, cada caixa. Das vendas, verificou-se que $ 300 estavam em cheques pré-datados e que $ 200 eram de notas promissórias. O restante foi vendido à vista. h) Pelo levantamento feito, Letícia e Bruno verificaram que faltara 2 caixas da cerveja A e 3 caixa da cerveja B. A constatação foi de que esta mercadoria foi extraviada. i) Foram ao distribuidor da cerveja A e pagaram a duplicata que deviam, acrescida de juros de $ 72, pelo atraso no pagamento. j) Pagamento do aluguel $ 200. k) Pagamento do garçom $ 400. l) Pagamento da fatura de energia $ 120. m) Pagamento da conta de água $ 80 n) Provisão para pagamento do Simples $ 200. Ao final do mês, os sócios queriam saber qual era o patrimônio da empresa naquele momento, qual era o capital de cada um deles agora e qual das duas marcas de cervejas lhes deu maior lucro. Por isso, solicitaram de um especialista a escrituração completa dos fatos e a demonstração das peças contábeis que esclarecessem suas dúvidas. Pede-se: Elaborar um plano de contas; Lançar manualmente o livro diário; Classificar cada lançamento quanto ao fato e fórmulas; Apresentar o livro Razão e o Balancete de verificação; Agnaldo Silva 147 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS Apresentar o Balanço de Resultado Econômico e Apresentar o Balanço Patrimonial. 8.8 - ESTUDO DE CASO CAPÍTULO 8 Escriturar os fatos na ordem apresentada utilizando-se do plano de contas proposto no capítulo 5, devendo apresentar os Balanços de Resultados e Patrimonial a cada mês. EMPRESA COMERCIAL SÃO FRANCISCO LTDA. *para facilitar as operações não serão consideradas as incidências de Pis e Cofins. PARTE 1 Fatos contábeis do mês de julho de 2005. 1. Subscrição de capital social no valor de $ 200.000 2. Integralização de capital social da seguinte forma: a. Dinheiro no caixa $ 10.000 b. Depósito no banco $ 100.000 c. Imóveis de Uso $ 50.000 d. Veículo de Uso $ 20.000 e. Móveis e utensílios $ 12.000 f. Reservas minerais $ 8.000 3. Compra de mercadoria para revenda: valor total das mercadorias $ 10.000 incluídos o ICMS recuperável no valor de $ 1.700. O pagamento se fará em 30 dias conforme aceite de duplicata. 4. Contratação de empréstimo bancário no valor de $ 30.000 para pagamento em trinta parcelas iguais a partir do mês seguinte. Conforme deposito bancário. 5. Desconto na conta bancária de taxa de IOF pela liberação do empréstimo. Valor do IOF $ 600. 6. Venda de mercadoria por $ 2.000 com destaque de ICMS $ 200 e custo apurado em $ 700. O recebimento da venda se fará em 10 dias. 7. Aplicação de recursos na conta poupança na ordem de $ 50.000 oriundos da conta movimento bancário. 8. Compra de mercadoria para revenda: valor total da NF $ 2.800, com ICMS recuperável de $ 400. o pagamento se deu à vista em cheque. 9. Venda de mercadoria por $ 15.000 com ICMS de $ 1.900 e custo calculado em $ 5.000. O recebimento da venda se fará em três duplicatas mensais. 10. Aquisição de Imóveis a ser destinado para aluguel. Valor do Imóvel $ 40.000 para pagamento em uma única parcela após 20 meses. 11. Apropriação dos juros mensais creditados na conta poupança. Novo saldo é de $ 50.500, portanto um ganho de $ 500 de juros creditados. 12. Pagamento em cheque de seguro: valor do prêmio $ 2.400 prazo de vigência 24 meses a partir do dia primeiro do mês seguinte. 13. Depreciar: Imóveis de uso $ 67; Veículos de uso $ 334; Móveis e utensílios $ 100; Imóveis de renda $ 134. 14. Pagamento de despesas do mês: água $ 120; energia $ 145 e telefone $ 100. conforme dinheiro do caixa. 148 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 15. Provisionar: salários a pagar $ 1.000; férias a pagar $ 110 ; décimo terceiro a pagar $ 84, FGTS a recolher $ 80, e INSS a recolher $ 126. PARTE 2 Fatos contábeis do mês de agosto de 2005 16. Venda de mercadoria por $ 12.000 com ICMS destacado de $ 1.400 e CMV apurado de $ 4.000. recebimento da seguinte forma: $ 3.000 no banco movimento e restante e três duplicatas mensais iguais. 17. Pagamento em dinheiro de frete valor $ 400, para entrega da mercadoria acima. 18. Pagamento da duplicata da operação 3. valor $ 10.000 conforme cheque. 19. Pagamento de parcela do empréstimo bancário da operação 4. valor $ 1.000 mais juros do mês de $ 600. conforme cheque. 20. Pagamento de provisões: salários a pagar $ 1.000; FGTS a recolher $ 80, e INSS a recolher $ 126. conforme cheque. 21. Recebimento de duplicata da operação 16. valor nominal $ 3.000. Pela quitação antecipada, concedeu-se um desconto de $ 120. sendo que o valor de $ 2.880 foi aplicado no caixa. 22. Compra de mercadoria para revenda: valor da NF $ 20.000 com ICMS a recuperar no valor de $ 3.000 conforme aceite de duplicata vencimento em 90 dias. 23. Recebimento de duplicata da operação 6. valor nominal $ 2.000 acrescida de $ 200 de juros pelo atraso. Recurso aplicado no caixa. 24. Resgate de $ 10.000 da conta poupança para a conta corrente bancária. 25. Recebimento de duplicata da operação 9. valor nominal $ 5.000 conforme depósito bancário. 26. Compra de mercadoria para revenda: valor da NF $ 14.000 com ICMS recuperável de $ 2.000, conforme cheque. 27. Recebimento de $ 500 relativos ao aluguel mensal do Imóvel de renda. Aplicados no caixa. 28. Apropriação dos juros mensais da poupança $ 400. crediconta poupança. 29. Apropriação de despesas com seguros pagos antecipandamente. Parcela do mês $ 100. 30. Depreciar: Imóveis de uso $ 67; Veículos de uso $ 334; Móveis e utensílios $ 100; Imóveis de renda $ 134. 31. Pagamento de despesas do mês conforme dinheiro do caixa. a. água $ 180; b. energia $ 170, c. comissões de vendas $ 500 e d. telefone $ 300. 32. Provisionar: a. salários a pagar $ 1.200; b. férias a pagar $ 130 ; c. décimo terceiro a pagar $ 100; d. FGTS a recolher $ 150, e e. INSS a recolher $ 170. Agnaldo Silva 149 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO –– COLEÇÃO FACAPE DCC CAPÍTULO 8 LANÇAMENTOS OPERAÇÕES TÍPICAS PARTE 3 Fatos contábeis do mês de setembro de 2005 33. Pagamento de parcela do empréstimo bancário da operação 4. valor $ 1.000 mais juros do mês de $ 580. conforme cheque. 34. Venda de mercadoria por $ 4.000 com ICMS a pagar $ 600 e CMV de $ 2.000, recebimento à vista no caixa. 35. Recebimento de $ 500 relativos ao aluguel mensal do Imóvel de renda. Aplicados no caixa. 36. Recebimento de $ 5.000, referente a adiantamento de cliente para pagamento em mercadorias. Conforme depósito bancário. 37. Apropriação dos juros mensais da poupança $ 350. crediconta poupança. 38. Pagamento de provisões: salários a pagar $ 1.200; FGTS a recolher $ 150, e INSS a recolher $ 170. conforme cheque. 39. Apropriação de despesas com seguros pagos antecipandamente. Parcela do mês $ 100. 40. Depreciar: Imóveis de uso $ 67; Veículos de uso $ 334; Móveis e utensílios $ 100; Imóveis de renda $ 134. 41. Pagamento de despesas do mês conforme cheque. a. água $ 120; b. energia $ 185 e c. telefone $ 300. 42. Provisionar: a. salários a pagar $ 1.500; b. férias a pagar $ 220 ; c. décimo terceiro a pagar $ 200, d. FGTS a recolher $ 180, e e. INSS a recolher $ 300. PARTE 4 Fatos contábeis do mês de outubro de 2005 43. Pagamento de parcela do empréstimo bancário da operação 4. valor $ 1.000 mais juros do mês na ordem de $ 590. conforme cheque. 44. Venda de mercadoria valor da NF $ 18.000 com ICMS de $ 2.000 e CMV de $ 8.000 para recebimento à vista no banco movimento. 45. Recebimento de duplicata da operação 9. valor nominal $ 5.000, acrescida de juros no valor de $ 150. conforme depósito bancário. 46. Recebimento de $ 500 relativos ao aluguel mensal do Imóvel de renda. Aplicados no caixa. 47. Recebimento de duplicata da operação 16. valor nominal $ 3.000 aplicados no caixa. 48. Pagamento de provisões: salários a pagar $ 1.500; FGTS a recolher $ 180, e INSS a recolher $ 300. em dinheiro. 49. Apropriação dos juros mensais da poupança $ 200. crediconta poupança. 50. Apropriação de despesas com seguros pagos antecipandamente. Parcela do mês $ 100. 150 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 51. Depreciar: Imóveis de uso $ 67; Veículos de uso $ 334; Móveis e utensílios $ 100; Imóveis de renda $ 134. 52. Pagamento de despesas do mês, mediante dinheiro do caixa. a. água $ 200; b. energia $ 330 e c. telefone $ 300.. 53. Provisionar: salários a pagar $ 1.500; férias a pagar $ 220 ; décimo terceiro a pagar $ 200, FGTS a recolher $ 180, e INSS a recolher $ 300. PARTE 5 Fatos contábeis do mês de novembro de 2005 54. Pagamento de parcela do empréstimo bancário da operação 4. valor $ 1.000 mais juros do mês de $ 610. conforme cheque. 55. Pagamento de provisões: salários a pagar $ 1.500; FGTS a recolher $ 180, e INSS a recolher $ 300. em dinheiro 56. Apropriação dos juros mensais da poupança $ 450. crediconta poupança. 57. Apropriação de despesas com seguros pagos antecipandamente. Parcela do mês $ 100. 58. Depreciar: Imóveis de uso $ 67; Veículos de uso $ 334; Móveis e utensílios $ 100; Imóveis de renda $ 134. 59. Venda de mercadoria valor NF $ 12.000 com ICMS $ 1.000 e CMV $ 5.000. recebimento em 30 dias conforme duplicata. 60. pagamento de IPTU, valor $ 600, em cheque. 61. Ajuda comunitária, remessa de cestas básicas à comunidade carente-creche. Valor total $ 1.500. conforme recursos do caixa. 62. Investimento de $ 20.000 na empresa Comercial Juazeiro que passa a ser sua coligada. Conforme cheque. 63. Gasto pré-operacional de $ 4.000 em projeto de implantação de novo empreendimento. Conforme cheque. 64. Recebimento de $ 500 relativos ao aluguel mensal do Imóvel de renda. Aplicados no caixa. 65. Empréstimo de $ 2.000 à empresa Comercial Juazeiro, conforme cheque. 66. Pagamento de despesas do mês conforme cheque a. água $ 160; b. energia $ 140 e c. telefone $ 500.. 67. pagamento de CPMF, valor $ 300 sacados da conta corrente bancária. 68. Provisionar: a. salários a pagar $ 2.000; b. férias a pagar $ 220 ; c. décimo terceiro a pagar $ 170, d. FGTS a recolher $ 160, e e. INSS a recolher $ 260. Agnaldo Silva 151 CAPÍTULO 8 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC PARTE 6 Fatos contábeis do mês de dezembro de 2005 69. Pagamento de parcela do empréstimo bancário da operação 4. valor $ 1.000 mais juros do mês de $ 550. conforme cheque. 70. Venda de mercadoria valor da NF $ 30.000 com ICMS a pagar $ 5.000 e CMV calculado em $ 15.000 recebimento 50% à vista no banco e restante em duplicata para 30 dias. 71. Pagamento em cheque de frete valor $ 2.000 para transporte da mercadoria acima. 72. Pagamento de cestas natalinas para funcionários. Valor total $ 3.000. conf. Cheque. 73. Pagamento de provisões: salários a pagar $ 2.000; FGTS a recolher $ 160, e INSS a recolher $ 260, em cheque. 74. Recebimento de duplicata da operação 9. valor nominal $ 5.000, acrescida de juros no valor de $ 170. conforme depósito bancário. 75. Recebimento de duplicata de valor nominal $ 12.000, conforme deposito bancário. 76. Pagamento em dinheiro de décimo terceiro: valor total $ 1.000 dos quais $ 754 já estão provisionados e os demais $ 246 referem-se ao mês atual. 77. Pagamento de duplicata de valor nominal $ 20.000 conforme cheque. 78. Apropriação dos juros mensais da poupança $ 300. crediconta poupança. 79. Recebimento de duplicata da operação 16. valor nominal $ 3.000 com juros de $ 200 pelo atraso no pagamento. O valor de $ 3.200 foi aplicado no caixa. 80. Apropriação de despesas com seguros pagos antecipadamente. Parcela do mês $ 100. 81. Aquisição de veículo para uso. Valor $ 25.000, conforme cheque. 82. Depreciar: Imóveis de uso $ 67; Veículos de uso $ 750; Móveis e utensílios $ 100; Imóveis de renda $ 134. 83. Recebimento de $ 500 relativos ao aluguel mensal do Imóvel de renda. Aplicados no caixa. 84. Recebimento de dividendos distribuídos pela empresa Comercial Juazeiro, valor $ 1.300 conforme depósito bancário. 85. Pagamento de despesas do mês conforme dinheiro do caixa. a. água $ 220; b. material de expediente $ 200; c. energia $ 190 e d. telefone $ 200. 86. Provisionar: a. salários a pagar $ 2.000; b. férias a pagar $ 220 ; c. FGTS a recolher $ 160, e d. INSS a recolher $ 260. 87. Provisionar Imposto de Renda $ 1.500. e Contribuição Social Sobre o Lucro $ 1.200 88. Provisionar Participação de empregados no lucro $ 600 89. Provisionar Participação de administradores no lucro $ 800. 90. Transferir o saldo de tributos a compensar (ICMS) para a conta ICMS a pagar. 152 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 8.9 – QUESTÕES DE CONCURSOS 1 - (TTN, 1990) A emissão de um cheque no valor de 500 para pagamento de uma duplicata, com juros de 25%, deve receber o lançamento: a) Diversos a Banco c/Movimento Duplicatas a pagar 400 Juros passivos 100 500 b) Duplicatas a pagar a Diversos a Banco c/Movimento 500 a Despesas de juros 100 600 c) Diversos a Banco c/Movimento Duplicatas a pagar 500 Despesas de juros 125 625 d) Banco c/Movimento a Diversos a Duplicatas a pagar 400 a Juros passivos 100 500 e) Diversos a Duplicatas a pagar Banco c/Movimento 500 Despesas de juros 100 600 2 - (TTN, 1990) Uma empresa que adquiriu um carro para seu próprio uso, pagando uma entrada de 20% e o restante em duplicatas de 20.000, deverá fazer o lançamento: a) Diversos a Dupls. a pagar Caixa 5.000 Veículos 20.000 25.000 b) Veículos a Diversos Caixa 5.000 a Dupls. a pagar 20.000 25.000 c) Diversos a Dupls. a pagar Caixa 4.000 Veículos 16.000 20.000 d) Veículos a Diversos a Caixa 4.000 a Dupls. a pagar 20.000 24.000 e) Veículos a Diversos a Caixa 4.000 a Dupls. a pagar 16.000 20.000 Agnaldo Silva 153 CAPÍTULO 8 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 3 - (ESAF/TFC, 2000) Aponte o lançamento correto, considerando que o histórico estão certos e adequados: a) Diversos a Caixa pelo recebimento de duplicatas, como segue: Duplicatas a Receber valor principal do título 300,00 Juros Ativos valor dos juros incorridos 30,00 330,00 b) Duplicatas a Pagar a Diversos pelo pagamento de duplicatas, como segue: a Caixa valor líquido do título 270,00 a Descontos Passivos valor dos descontos obtidos no pagamento 30,00 300,00 c) Diversos a Diversos valor das vendas de mercadorias isentas de tributação realizadas nesta data, como segue: Caixa valor recebido como entrada e sinal de pagamento 100,00 Clientes valor financeiro na operação, para 30 e 60 dias 400,00 500,00 a Mercadorias valor de custo que ora se baixa do estoque 350,00 a Resultado com Mercadorias valor do lucro alcançado nesta venda 150,00 500,00 d) Caixa a Bancos c/Movimento valor do nosso depósito bancário nesta data 250,00 e) Comissões Ativas a Caixa valor das despesas de comissão, pago nesta data 60,00 4 - (AFP/ESAF, 2001) Caracteriza fato contábil misto diminutivo a operação representada pelo lançamento a) D = Fornecedores C = Banco c/Movimento C = Abatimentos s/ Compras b) D = Caixa C = Duplicatas a Receber C = Receitas Financeiras c) D = Veículos C = Caixa C = Títulos a Pagar C = Veículos – antigos d) D = Empréstimos de Sócios C = Capital a Integralizar e) D = Empréstimos Bancários D = Encargos financeiros sobre dívidas repactuadas C = Títulos a pagar 154 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 5 - (Olivares, 1999:42) O recebimento de um cheque de cliente, um pagamento de uma duplicata no valor de $ 20.000,00, com juros de 20%, deve ser escriturado na empresa recebedora como segue: a) Diversos a Bancos c/ Movimento Duplicatas a receber 20.000,00 Juros Passivos 4.000,00 24.000,00 b) Bancos c/ Movimento a Diversos a Duplicatas a receber 20.000,00 a Juros ativos 4.000,00 24.000,00 c) Diversos a Duplicatas a receber Caixa 20.000,00 Juros Passivos 4.000,00 24.000,00 d) Caixa a Diversos a Duplicatas a receber 20.000,00 a Juros ativos 4.000,00 24.000,00 e) Duplicatas a receber a Diversos a Bancos c/ movimento 20.000,00 a Juros passivos 4.000,00 24.000,00 6 – (Olivares, 1999:45) 1 – Caixa a Despesas Gerais 2 – Salários a Caixa 3 – Caixa a Bancos 4 – Mercadorias a Caixa 5 – Bancos a Caixa 6 – Salários a Salários a Pagar Os lançamentos acima servem para registrar os seguintes eventos: a) o de nº 3 se refere a depósito em conta corrente bancária e o de nº 5 a saque em conta bancária b) o de nº 1 se refere a pagamento de despesas gerais e o de nº 2 a pagamentos de salários c) o de nº 4 se refere a aquisição de mercadorias e o nº 5 a saque em conta corrente bancária d) o de nº 6 se refere a pagamentos de salários e o de nº 3 a saques em conta corrente bancária e) o de nº 5 se refere a depósito em conta corrente bancária e o de nº 4 a aquisição de mercadorias para revenda Agnaldo Silva 155 CAPÍTULO 8 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 7 - (Olivares, 1999:45) Em 01/10/2000 foram descontadas duplicatas em Banco. Uma duplicata no valor de $ 10.000,00, com vencimento para 10/11/2000, não foi liquidada e o Banco transferiu para cobrança simples, no dia do vencimento. Em 01/12/2000, após conseguir um abatimento de 30% no valor da duplicata, o cliente liquidou a dívida junto ao Banco, pagando ainda juros de $ 70,00. O registro contábil da operação realizada no dia 01/12/2000 foi assim feito pelo emitente da duplicata: a) Diversos a Diversos Abatimentos Concedidos 3.000,00 Bancos 7.070,00 a Duplicatas a Receber 10.000,00 a Juros Ativos 70,00 b) Diversos a Diversos Duplicatas Descontadas 10.000,00 Juros Ativos 70,00 a Bancos 7.070,00 a Abat. Concedidos 3.000,00 c) Diversos a Diversos Bancos 7.070,00 Abatimentos Auferidos 3.000,00 a Dupls Descontadas 10.000,00 a Juros Ativos 70,00 d) Duplicatas Descontadas 10.000,00 a Diversos a Bancos 7.000,00 a Abatimentos Auferidos 3.000,00 e) Diversos a Diversos Duplicatas a Receber 10.000,00 Juros Ativos 70,00 a Abatimentos Obtidos 3.000,00 a Bancos 7.070,00 8 - (Olivares, 1999:103) Considerando todos os históricos corretos, observe os lançamentos e assinale aquele que está errado: a) Mercadorias a Duplicatas a Receber Valor referente a compra de 100 unidades do bem X ao custo unitário de $ 100,00 com aceite de Duplicatas $ 10.000,00 b) Duplicatas a Pagar a Caixa para pagamento de duplicata 1345, valor $ 10.000,00 c) Bancos c/ Movimento a Caixa Valor depositado na conta, no valor de $ 10.000,00 d) Impostos e Taxas a Bancos c/ Movimento Valor referente ao Imposto Predial pago na data $ 10.000,00 e) Caixa a Clientes Valor recebido de José Bento conforme s/ cheque 137.945 para quitação s/ débito $ 10.000,00 156 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 9 - (CFC/Suficiência, 2000) Quando do pagamento de uma duplicata, verificou-se que o valor lançado na escrituração contábil estava a menor. Para acerto deverá ser providenciado um lançamento de: a) Complementação; b) Suplementação; c) Transferência; d) Exclusão. 10 - (Olivares, 1999:44) Lançamentos (só contas e valores) 1) Comissões s/ vendas a Bancos c/ Movimento 500,00 2) Bancos c/ Movimento a Duplicatas a receber 800,00 3) Bancos c/ Movimento a Receitas Aluguéis Equip. 60,00 4) Obrigações Fiscais a Bancos c/ Movimento 200,00 5) Bancos c/ Movimento a Fundo de Com. Adquirido 5.000,00 Os lançamentos acima, apresentados de forma simplificada, não se referem a estornos, retificações, transferências, complementasses ou venda de direitos. Assim sendo, está errado em função da natureza e finalidade das contas envolvidas, o registro contábil de número: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 11 - (Olivares, 1999:46) O lançamento: Diversos a Bancos c/ Movimento a) é de 2º fórmula e pode corresponder a aviso de débito do banco e a cheque emitido pela empresa; b) é de 2º fórmula e pode corresponder a depósito bancário realizados e a cheques emitidos pela empresa; c) é de 3º fórmula e pode corresponder a juros debitados pelo banco e a cheques emitidos pela empresa; d) é de 3º fórmula e pode corresponder a aviso de crédito do banco e a depósitos efetuados pela empresa; e) é de 3º fórmula e pode corresponder à emissão de cheques da empresa sacados contra mais de um estabelecimento bancário. 12 - (ESAF, 1997) A compra de equipamento para uso da própria empresa, pagando-se uma entrada em dinheiro e aceitando-se duplicatas pelo valor restante, será contabilizada através de um único lançamento de: a) segunda fórmula b) primeira fórmula c) fórmula simples d) terceira fórmula e) quarta fórmula 13- (ESAF, 1997) Um lançamento que contém uma só conta devedora e duas contas credoras é denominado de: a) segunda fórmula b) primeira fórmula c) terceira fórmula d) quarta fórmula e) quinta fórmula Agnaldo Silva 157 CAPÍTULO 8 LANÇAMENTOS – OPERAÇÕES TÍPICAS CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC 14 - (TTN/ESAF, 1994) Recife, 13 de julho de 1994. D – Duplicatas a Pagar Valor da duplicata nº 73/94 da Setex S/A, substituída por uma nota promissória vencível em 13/09/94. D – Juros Passivos 4% sobre o valor da duplicata 73/94 da Setex S/A, substituída por uma nota promissória vencível em 13/09/94. C – Notas Promissórias a Pagar Nosso aceite de nota promissória em favor da Setex S/A, vencível em 13/09/94, emitida em substituição à duplicata nº 73, vencida hoje, mais juros de 2% ao mês 700 28 728 Obs: a situação líquida da empresa que efetuou o lançamento continuou, após o mesmo, positiva. O lançamento contábil transcrito (feito no livro Diário): a) É de segunda fórmula e aumentou a situação líquida. b) Observou o método das partidas dobradas e aumentou a situação líquida. c) Observou o método das partidas simples, a função histórica e a função monetária. d) É de segunda fórmula e reduziu a situação líquida. e) É de terceira fórmula e reduziu a situação líquida. 15 - (ESAF, 1997) Para registrar contabilmente o recebimento de uma duplicata com juros de mora, numa única partida de Diário, usa-se lançamento: a) misto b) primeira fórmula c) segunda fórmula d) terceira fórmula e) quarta fórmula 16 - (AFTN ESAF/2000) A transferência de recursos de caixa feita pela matriz para suas filiais gera o seguinte lançamento contábil, em cada uma das filiais. a) Conta Corrente Matriz a Caixa b) Caixa a Conta Corrente Matriz c) Caixa a Conta Corrente Filial d) Conta Corrente Matriz a Capital e) Capital a Caixa 17 - (Olivares, 1999:101) Quando houver erro de inversão de contas, a correção será feita através de: a) estorno parcial b) baixa na conta indevida c) lançamento complementar d) estorno total com valor em dobro e) estorno múltiplo 18 - (TTN, 1997) Na conferência física do dinheiro depositado em cofre verificou-se que havia ali $ 300,00, enquanto que o saldo contábil da conta Caixa era de $ 400,00. Justificou-se a divergência com a seguinte constatação: a) houve emissão de escrituração de vendas no valor de $ 100,00 b) uma nota de compra de $ 50,00 foi escriturada como sendo de venda c) um adiantamento salarial de $ 100,00 foi escriturado duas vezes d) um cheque emitido para suprimento de caixa, do valor de $ 100,00, não foi escriturado e) houve omissão de escrituração de compras no valor de $ 50,00 158 Livro 1 - Introdução à Contabilidade 8.10 – INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA CRUZ, Célio, Contabilidade Geral: manual de estudos para concursos públicos. Petrolina: Aprovação Concursos, 1995. FERRARI, Ed Luiz, Contabilidade Geral: Teoria e 950 Questões. Série provas e concursos. São Paulo: Ímpetus, 2001. FORTES, José Carlos, FORTES, Maice Nobre.Legislação da Profissão Contábil. Livro Eletrônico. Fortaleza: Fortes, 2003. FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23 ed. São Paulo: Atlas, 1996. GONÇALVES, Eugênio Celso. BAPTISTA, Antonio Eustáquio. Contabilidade Geral. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1998. IUDÍCIBUS, Sérgio de, e Equipe Fea USP. Contabilidade Introdutória, 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998. __________, Sérgio de, e Equipe FEA USP. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, 7 ed. São Paulo: Atlas 2003. MARION, José Carlos, Contabilidade Básica, exercício, 2 ed. São Paulo: Atlas, 1998. ________, José Carlos. SOARES, Adenilson Honorio. Contabilidade como Instrumento para Tomada de Decisões. São Paulo: Alínea, 2000 NEVES, Silvério, VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade Básica. 11 ed. São Paulo: Frase, 2003. SÁ, Antonio Lopes de. Plano de Contas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1998. SANTOS, José Luiz dos. SCHMIDT, Paulo. Introdução à Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003. STICKNEY, Clyde P. WEIL, Roman L. Contabilidade Financeira. São Paulo: Atlas 2001. GABARITO DAS QUESTÕES DE CONCURSOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C E D E A A A 10 E 11 12 13 14 15 16 17 18 C A A E A B D B Agnaldo Silva 159 CONTABILIDADE PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO – COLEÇÃO FACAPE DCC Bibliografia Consultada __________________________ BANCO DO NORDESTE DO BRASIL – BNB. Agenda do Empreendedor. Fortaleza: BNB, 2003. BARROS, Sidney Ferro, Contabilidade Básica. coleção prática IOB, São Paulo: Thomson – IOB, 2003 _________ Entendendo a Contabilidade, coleção prática IOB. São Paulo: Thomson – IOB, 2003. BARROW, Colin. Como Gerenciar as Finanças no Seu Próprio Negócio. Tradução de Eliana Rocha. São Paulo: Publifolha, 2001. BRAGA, Hugo Rocha, SOARES, José Ribamar Cardoso. Demonstrações Financeiras estrutura análise e interpretação (livro de exercícios). 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000. BRASIL. Código Civil. Organizado por Lázaro Rosa da Silva e Valmir Bezerra de Brito. São Paulo: IOB, 2003. BRASIL. Lei 6404/76. Organizado por J. Wilson Granjeiro. 5 ed. Brasília: Vest-Com, 1997. 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