Aula 1 Café - ATUALIZADA

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CULTURA DO CAFÉ
1. ORIGEM E IMPORTÂNCIA
1.1- Origem e distribuição geográfica
• Centro de origem (Coffea arabica) – Arábia ou Etiópia?
Abissínia, hoje norte da ETIÓPIA
Etiópia
África
Mapa da África, mostrando a Etiópia
1.1- Origem e distribuição geográfica
• Centro de origem (Coffea arabica) – Abissínia, hoje norte
da ETIÓPIA
- Região Central da
África.
- 6 a 8º N e 34 a 40 º L.
- Região montanhosa.
- Altitude de 1000 a
2500 m.
- Florestas tropicais.
1.1- Origem e distribuição geográfica
• Lenda sobre a origem do café
Uma lenda muito difundida é, sem dúvida, a lenda cristã
descrita por Faustus Naioni em 1671, que diz nos meados do
Século XIV(1440), um pastor da Etiópia, chamado Kaldi,
notou que suas cabras, após ingerirem as folhas de um certo
arbusto, tornavam-se mais alegres, mais vivas e saltitantes.
Achando aquilo ao mesmo tempo curioso e esquisito, Kaldi
também experimentou daquelas folhas, vindo a se tornar,
com seu uso, o pastor mais vivo, mais inteligente e mais
jovial de toda aquela região. Diziam, então, que cada vez que
cabreiro e cabrada se alimentavam das folhas e frutos
daquele arbusto miraculoso, a satisfação era tanta, que
passavam a saltitar, conjuntamente, numa festa de alegria
contagiante.”
1.1- Origem e distribuição geográfica
• Abissínia – os primeiros a utilizar o café.
• Da Etiópia o café foi levado para a Arábia (século XV).
• No século XVI foi cultivado pela primeira vez no Iêmen.
• Holanda – primeiros europeus que cultivaram na
Indonésia (Java, Bornéu e Sumatra), a partir de 1690.
– 1706 uma muda foi enviada ao Jardim Botânico de
Amsterdã.
– Quando frutificou, uma planta foi enviada como presente
ao rei da França, a qual foi plantada no “Jardim das
Plantas” em Paris (1714).
1.1- Origem e distribuição geográfica
Outra suposta forma de difusão do café pelo mundo:
* Até século XV → Restrito entre os Árabes.
* Cairo (Egito) → Chegada do café no século XVI.
* 1554 → Chegada Constantinopla (Turquia), 1º café
público.
* 1645 → Veneza
* 1651 → Londres
* 1659 → Paris
1.1- Origem e distribuição geográfica
HOLANDA
FRANÇA
Suriname (1718)
Antilhas (1720)
Guiana (1722)
Martinica (1733)
BRASIL (1727)
Belém do Pará
Francisco Melo Palheta
(Missão secreta)
5 mudas e algumas
sementes
México, Colômbia, e
Am. Central
1.1- Origem e distribuição geográfica
PARÁ
Maranhão e estados vizinhos
Bahia (1770)
Rio de Janeiro (1774)
SÃO PAULO (1780-1825)
Vale do Paraíba e Ubatuba
Santos
Campinas
(primeira cidade a cultivar racionalmente)
1.1- Origem e distribuição geográfica
EXPANSÃO INICIAL DA CAFEICULTURA
1727
1760
1770
19701
975
1825
1920
1774
1930
Fonte: Matiello et al. (2005)
1.1- Origem e distribuição geográfica
• CAFÉ (ciclo após o ouro e a cana).
• Abertura de fronteiras, abrindo estradas, fixando
povoações e gerando riquezas, com exploração de
solos virgens, ricos em nutrientes, e da mão-de-obra
escrava de baixo custo.
• São Paulo – condições ecológicas altamente
favoráveis.
• São Paulo – cultura migratória (ferrovias) –
Araraquarense, Sorocabana, Alta Paulista, Mogiana
(Ribeirão Preto).
1.2- Importância sócio-econômica
• Início: Extrativista (SP, Norte PR e RJ)
• Derrubava-se a mata, plantava-se café, retirava-se
(colheita) tudo sem qualquer forma de adubação.
• Abolição: → coincidiu com o desemprego na Europa.
↓
Imigração: surgido de povoados, vilas, cidades →
local de trabalho.
Iniciou-se a construção de ferrovias → escoamento
safras, normalmente financiadas pelos produtores
Principais → Araraquarense, Alta Paulista, Mogiana,
Sorocabana, Noroeste.
1.2- Importância sócio-econômica
- Em 1830 → café supera o algodão e a cana-de-açúcar, passa a ser
o principal produto de exportação.
- Em 1830 → Brasil já considerado maior produtor mundial de café.
- Em 1845 → Brasil colhia 45% da produção mundial.
- Em 1850 → Brasil detinha 50% da produção mundial,
principalmente em função da imigração (italiana).
- 1881/90 → café representava 61,5% das exportações.
- Em 1924 → café era responsável por 75% das divisas do país.
- Café → por onde passou deixou uma grandiosa formação étnica,
construções, economias, etc.
1.2- Importância sócio-econômica
• Expansão
1945- 54 (após 2 ª guerra) - aumento dos preços
internacionais e baixa de estoques internacionais.
• 1950 e 1960
4,3 bilhões).
dobrou o número de cafeeiros no Brasil (2,2 para
• Produção aumentou de 9 para 16 milhões de sacos /ano (1955
22 milhões de sacos).
• Retração
– 1955 - 1969
superprodução e geada (1955), oferta
excedente.
– + geadas (1962 e 1963 - Paraná) 1965 produção de 30
milhões de sacos.
• Retração
programa oficial de erradicação do café (Governo
Federal)
área de 4,9 milhões de hectares reduzido para 2,7
milhões de hectares.
1.2- Importância sócio-econômica
-Em 1989 Brasil saiu da OIC (Organização Internacional do Café).
- Em 1992 Brasil diminuiu a exportação de café e o preço retornou
a níveis adequados ao mercado.
- Em 1997-98 – grande elevação dos preços internacionais,
chegando próximo de U$ 220,00.
- De 1999 até 2003 queda acentuada no preço.
- Situação atual:
– Colômbia e América Central estão estabilizados em relação à
área.
– África → Áreas para expansão mas não possui dinheiro
– Brasil → Possui área, dinheiro, pode renovar seus cafezais,
etc.
1.2- Importância Mundial
O que interfere no preço mundial do café?
- O preço do café está correlacionado diretamente com a
produção, consumo e estoque mundial.
- O preço do café em alguns casos pode ser influenciado pelas
condições climáticas adversas ocorridas em um país grande
produtor.
EXEMPLO:
- De 1994 a 1998 o Brasil plantou cerca de 100 mil ha de café o
que refletiu na produção à partir da safra 1998/99, crescendo
nos 3 anos seguintes.
- Já a geada de 2000 em nada interferiu no preço de café em
nível mundial.
Fonte: Agrianual (2006)
Preços baixos
Desequilíbrio com os
custos de produção
Redução do poder de
compra
Redução nos tratos culturais
Redução na produtividade
Menor rentabilidade
Mau trato e Abandono
Redução da produção
R
E
T
R
A
Ç
Ã
O
Redução dos estoques
REDUÇÃO DA OFERTA
Aumento de preços
Novos plantios e
Melhoria dos tratos
Aumento da oferta
Ciclos e fases da cafeicultura
E
X
P
A
N
S
Ã
O
Onde o café é cultivado hoje no mundo.
1.2- Importância Mundial
Principais países produtores e exportadores (mil sacas de 60 kg)
País
Continente
Produção
%1
Exportação
BRASIL
Am. Sul
42.400
35,4
27.280
Vietnã
Ásia
14.167
11,8
13.333
Colômbia
Am. Sul
11.500
9,6
10,420
Indonésia
Oceania
6.600
5,5
4.820
Etiópia
África
5.000
4,2
Índia
Ásia
4.590
3,8
2.833
México
Am. Norte
3.980
3,3
3.177
Guatemala
Am. Central
3.771
3,1
Peru
Am. Sul
2.935
2,4
Uganda
África
2.650
2,2
Honduras
Am. Central
2.453
2,0
TOTAL
-
119.794 84,1
90.759
Consumo per capita de café (kg/hab./ano)
PAÍSES
CONSUMO
Finlândia
11,3
Noruega
9,8
Dinamarca
9,7
Suécia
9,2
Holanda
8,7
Áustria
8,2
Suíça
7,4
Alemanha
7,3
Bélgica
5,9
França
5,5
Itália
5,0
Espanha
4,5
Chipre
4,2
EUA
4,1
Portugal
3,8
Brasil
3,3
Grécia
3,1
1.2- Importância Nacional
- O café destaca-se na balança comercial como sendo um os
principais produtos de exportação. Além de possuir um grande
mercado interno. Destaca-se também na geração de empregos.
- Produtividade no Brasil, dependendo da região produtora, varia
de 9,0 a 24,0 sacas de 60 kg de café beneficiado por hectare.
- No entanto, dependendo das condições climáticas e do manejo
do cafezal pode-se obter até 120 sacas por hectare.
- Considera-se um talhão produtivo, quando a produtividade
média de pelo menos 4 safras consecutivas, fique em torno de
40 sacas por hectare.
1.2- Importância Nacional
CAUSAS DA BAIXA PRODUTIVIDADE DOS CAFEZAIS
- Alta % de cafezais velhos ou decadentes.
- Proliferação de pragas e doenças.
- Alto custo de máquinas, implementos e insumos.
- Remuneração da mão-de-obra.
- Condições climáticas desfavoráveis.
2. CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA
2. Classificação Botânica
Reino
Divisão
Sub-divisão
Classe
Sub-classe
Ordem
Família
Sub-família
Tribu
Sub-tribu
Gênero
-
Plantae
Spermatophyta
Angiospermae
Dicotyledoneae
Chloripetalae
Rubiales
Rubiaceae
Coffeoideae
Coffeaceae
Coffeineae
Coffea
2. Classificação Botânica
Espécies e Variedades
De acordo com a classificação de AUGUSTE
CHEVALIER (1940), existem 66 espécies reunidas
em 4 seções e 5 sub-seções, sendo esta a
classificação mais utilizada.
Fonte: Brasil (1986), Carvalho & Fazuoli (1993)
2. Classificação Botânica
De acordo com CHEVALIER (1940), dentro do
gênero Coffea, as espécies são agrupadas em 4
seções:
(1) EUCOFFEA – 24 espécies (+ cultivado na África)
(2) MASCARACAFFEA – 18 espécies (+ cultivado em Madagascar)
(3) ARGOCOFFEA – 11 espécies (+ cultivado na África Ocidental)
(4) PARACOFFEA – 13 espécies (Índia, Sri Lanka, Java,Tailândia.)
Fonte: Brasil (1986), Carvalho & Fazuoli (1993)
2. Classificação Botânica
(1) EUCOFFEA – é a mais importante pois agrupa as espécies de
maior interesse econômico e mais cultivadas no mundo, num
total de 24 espécies divididas nas sub-seções:
- Erythrocoffea – C. arabica (produtividade, qualidade da bebida).
C. canephora (resistente à condições climáticas
adversas e nematóides).
C. congensis (resistente à nematóides).
- Pachycoffea – C. liberica (resistente a nematóide, bicho-mineiro).
C. dewevrei (resistente a nematóide, bicho-mineiro).
- Mozambicoffea – C. racemosa (resistente à seca).
C. salvatrix (resistente ao bicho-mineiro).
- Melanocoffea – C. stenophylla (resistente ao bicho-mineiro)
- Nanocoffea – C. montana
Fonte: Brasil (1986), Carvalho & Fazuoli (1993)
Características das principais espécies
Nome comum
Coffea arabica
Coffea canephora
Café arábica, nacional,
comum, típica
Café robusta, conillon
Distribuição geográfica Sudoeste da Etiópia,
Sudeste do Sudão, Norte
do Quênia
Região ocidental e central
tropical e subtropical da
África
Condição climática
1000-1200 m de altitude
Temperatura amena
Pequena altitude
Temperatura quente
Adaptação
Baixa
Ampla
Características
Tetraplóide (2n = 44)
Autofecundação e de 7 a
15% de fecundação
cruzada (insetos e vento)
Diplóide (2n = 22)
Fecundação cruzada
Qualidade
Maior
Menor
Produção mundial
75%
25%
Variedades
Mundo Novo, Catuaí,
Icatu, Acaiá, Obatã, Tupi
Robusta, Conillon,
Guarani, Apoatã
3. DESCRIÇÃO DA PLANTA
3. Descrição da planta
- A planta é um arbusto com altura variando de 2 a
4 metros, tronco cilíndrico, raiz pivotante,
profunda e muito ramificada.
- Apresenta ramos laterais primários longos e
flexíveis, contendo também ramificações
secundárias e terciárias.
Fonte: Nutman (1933)
3. Descrição da planta
Fruto
Altura: 2 a 4 m
Ramos
Semente
Planta de café
RAIZ
-Raiz pivotante
Raiz curta e grossa, freqüentemente múltipla, termina
abruptamente, atingindo no máximo 1,5 m de profundidade.
-Raízes axiais
São ramificações originadas da raiz pivotante, em número de 4
a 8, com crescimento vertical, alcançando profundidade de 2,5
a 3,0 m.
-Raízes laterais
- Raízes da placa superficial: crescem + ou – paralelamente a
superfície do solo até distâncias de 1,3 a 2,0 m do tronco,
podendo ramificar para outras direções.
- Raízes fora da placa superficial: originam-se mais
profundamente que as anteriores e posteriormente ramificamFonte: Nutman (1933)
se no solo.
Esquema do sistema radicular do cafeeiro
Esquema do sistema
radicular do cafeeiro
Pivotante
Raízes Permanentes > 3 mm
Raízes suporte das raízes
Absorventes < 3 mm
Raízes absorventes são curtas, delgadas,
esbranquiçadas e túrgidas
Fatores que afetam o desenvolvimento:
- Deficiência hídrica → estimula o crescimento radicular,
diferente do café irrigado.
- Fertilidade e pH
- Irrigação
- Métodos de cultivo
- Textura do solo → solos mais argilosos proporcionam
maior dificuldade de penetração de raízes.
- Pragas e doenças → quanto mais infestado estiver o
cafezal, menor será o crescimento de raízes.
- Camada compactada e/ou adensada.
OBS: Sistema radicular de C. canephora é maior em
volume do que C. arabica, apresentando maior
capacidade de absorção de água e nutrientes, se
tornando um dos fatores da maior resistência a seca
dessa espécie.
CAULE
O café é uma arbusto de crescimento contínuo e que
apresenta dimorfismo dos ramos:
Dois tipos de ramos:
- RAMOS ORTOGEOTRÓPICOS (ORTOTRÓPICOS)
Crescimento vertical.
- RAMOS PLAGIGEOTRÓPICOS (PLAGIOTRÓPICOS)
Crescimento lateral com uma inclinação que varia de 45 a 90º
em relação ao eixo principal.
Fonte: Nutman (1933)
CAULE
Fonte: Toledo Filho et al. (2000)
CAULE
Fonte: Melles & Guimarães, 1985.
CAULE
Indicação do ramo ortotrópico
3. Descrição da planta
CAULE
Indicação do ramo plagiotrópico
OBSERVAÇÕES:
- Ramos verticais adicionais (ladrões) podem aparecer em
cafeeiros velhos ou quando o ramo principal é decapitado.
- O eixo principal possui folhas opostas.
- Na axila da cada folha, no eixo vertical, existem 5 a 6 gemas
agrupadas denominadas de GEMAS SERIADAS e acima, outra
gema denominada de CABEÇA-DE-SÉRIE.
- GEMAS SERIADAS dão origem à RAMOS ORTOTRÓPICOS.
- GEMA CABEÇA-DE-SÉRIE da origem á RAMOS
PLAGIOTRÓPICOS.
- Os ramos PLAGIOTRÓPICOS são responsáveis pela
produção.
Fonte: Rena e Maestri (1986)
- Coffea arabica - Unicaule (apenas um ramo ortotrópico).
- Floresce em ramo produtivo do ano anterior.
- Coffea canepora - multicaule (possui característica genética de
“perfilhar”). Grande número de ramos ortotrópicos que
surgem na base da planta (20 a 30 hastes em plantas adultas)
- aspecto taça. Normalmente o ramo plagiotrópico possui
pouca emissão de ramos plagiotrópicos secundários,
terciários, etc.
- Florece no ramo produtivo do ano.
* Importante - Desenvolvimento de uma boa relação caule / raiz
CAULE
Coffea arabica
Coffea canephora
Unicaule
Multicaule
3. Descrição da planta
FOLHAS
- A produção de folha é um processo contínuo durante todo o
ano.
- Maior produção no verão (quente e úmido).
- Menor produção no inverno (frio e seco).
- Coloração verde-escura, oposta e com lâmina brilhante.
- Ramo principal – folhas opostas e cruzadas e entre os
pecíolos inserem-se estípulas largas.
- Ramos laterais – filotaxia idêntica, mas devido a uma torção do
entrenó e dos pecíolos, as folhas ficam em um aplano
horizontal.
Fonte: Rena e Maestri (1986)
3. Descrição da planta
FOLHAS
3. Descrição da planta
FOLHAS
Folhas no ramo principal
ou ortotrópico
Folhas no ramo lateral ou
plagiotrópico
INFLORESCÊNCIA
- É formada na axila das folhas dos ramos plagiotrópicos que
desenvolveram na estação anterior (C. arabica).
- Cada axila – 3 a 5 glomérulos e cada um possui 4 a 6 botões
florais (coloração branca).
- C. canephora a inflorescência desenvolve no ramo do ano.
- Em condições de estação seca bem definida, têm-se de 2 a 3
floradas decrescentes.
- Em regiões equatoriais (chuvosas) têm-se 12 a 15 floradas o
que dificulta o manejo de pragas, doenças e colheita.
- O florescimento ocorre após as primeiras chuvas (set/out).
- C. arabica - predomina a autofecundação (94%).
- C. canephora – auto-incompatibilidade (fecundação é cruzada).
INFLORESCÊNCIA
3. Descrição da planta
INFLORESCÊNCIA
3. Descrição da planta
FLOR
FLOR
FRUTO
- Fruto - drupa elipsóide com dois lóculos = duas sementes
- Endocarpo (pergaminho) - maduro é coriáceo e envolve
independentemente cada semente.
- Endosperma (3n)
azul esverdeado
amarelo pálido
Coffea arabica
Coffea canephora
- Endosperma - água, aminoácidos, proteínas, cafeína e outros
alacalóides, triglicerídios açúcares, dextrina, pentosanas,
celulose, ácido cafeico, minerais, etc. = qualidade da bebida.
- Cafeína = presente no endosperma
- Tegumento + endosperma = semente
Fonte: Rena e Maestri (1986)
FRUTO
- Embrião - geralmente 3-4 mm (superfície convexa da semente)
- hipocótilo + 2 cotilédones cordiformes
- 150 dias após antese = endosperma já desenvolvido
(início da diferenciação do embrião).
- Embrião = 2% do endosperma
- A formação do fruto vai desde a antese, ou seja, da
abertura dos botões florais até o fruto verde – 4 a 6
meses (depende o clima e da variedade).
- Maturação – 2 meses.
Fonte: Rena e Maestri (1986)
FRUTO
Corte transversal de um fruto seco, mostrando o pericarpo
(Pe) já muito reduzido, exocarpo (Ex), mesocarpo (M),
endocarpo ou pergaminho (E), cotilédone (C), película
prateada (PP) e endosperma (En).
FRUTO
PERICARPO
- Exocarpo
- Mesocarpo
- Endocarpo
(Pergaminho)
película prateada
Endosperma
FRUTO
Corte transversal da semente, mostrando a cavidade
embrionário (CE), o endosperma duro (EnD), para o
exterior, e o endosperma mole (EnM), para o interior.
FRUTO
Fases:
- Chumbinho – período sem crescimento visível (6 semanas).
- Expansão rápida – endocarpo (pergaminho) endurece.
- Formação do endosperma – grão está leitoso.
- Endurecimento do endosperma – grão duro.
- Maturação – fruto cereja (muda de verde para vermelho ou
amarelo)
Fonte: Rena e Maestri (1986)
“Chumbinho”
Granação
Expansão
Grão verde
(leitoso)
Maturação
Fonte: Pezzopane et al (2003)
FRUTO
Frutos Vermelhos
Frutos Amarelos
4. FISIOLOGIA
4.1- Germinação
• Escolha da semente
– grandes e produzidas sem estresse.
– despolpamento e degomagem (50% de umidade).
• Preparo e conservação da semente
– Secagem ao sol e teor de umidade entre 10 e 20 %.
– Secagem artificialmente a 45ºC e teor de umidade de 12-13%.
– Armazenamento a 10ºC e umidade relativa do ar de 50% (4
anos = 95% de germinação)
• Velocidade do processo germinativo
– Estação quente (50 a 60 dias após a semeadura).
– Estação fria (90 dias após a semeadura).
– Coffea arabica e C. canephora a 30ºC (3 a 4 semanas).
– Catuaí sem pergaminho 32ºC (15 dias).
– Sementes obtidas de fruto maduro (cereja).
4.1- Germinação
• Seqüência:
– 10 a 12 dias - emergência da radícula
– 45 a 50 dias - completo desenvolvimento do “palito de fósforo”
exaure o endosperma
– 65 a 70 dias - folhas cotiledonares alcançam o tamanho
máximo (“orelha de onça”)
•
Seqüência do poder germinativo:
– cereja > cana verde > chumbinho
• Pergaminho - inibe a germinação (inibidor presente?)
• Pergaminho interfere - água + temperatura + gases (difusão)
Semente não germinada, emissão da radícula (esporinha), elevação
da alça hipocotiledonaria (joelho), elevação dos cotilédones (palito de
fósforo) e liberação das folhas cotiledonares dos restos de
endosperma (orelha de onça).
Fonte: Mendes & Guimarães (1998)
PRIMMING – pré-embebição em água por 6 dias.
Fonte: Rosa et al. (2007)
4.2- Plântula
• Idade da planta, tamanho de recipientes de cultivo, fertilidade do
solo, espaçamento, variedade, interferem na taxa assimilatória
líquida (TAL).
• REDUTASE DO NITRATO - > [ ] à sombra
enzima chave no
crescimento vegetal (plantas jovens - 6 meses).
FOLHAS
• Mudas de café têm maior número de folhas e área foliar quando
crescem sob 50% de sombra.
– Sob sombra
TºC 1 a 2º C menor que a do ar.
– Sob sol
10 a 40º C acima da temperatura do ar.
• Explicação para menor crescimento das folhas nos meses mais
quentes do ano
• Aplicação de N + umidade no solo
aumento AF total da muda
Fonte: Rena e Maestri (1986)
4.2- Plântula
CAULE e RAÍZES
• Temperaturas diurna/noturna de 25-26ºC/20ºC promovem maior
acúmulo de matéria seca.
• Temperaturas diurna/noturna de 38ºC/13ºC o crescimento para.
• Em mudas, o aumento da TºC diminui a translocação de P das
raízes para a parte aérea.
• Temperaturas diurna/noturna de 30ºC/30ºC ou 30ºC/33ºC ocorre
pequenos tumores na base do caule.
• Temperaturas 0ºC a 4ºC ocorre estrangulamento do caule e morte
das mudas.
• Brasil
TºC superfície do solo
verão (45 - 50º);
inverno (- 10º).
Fonte: Rena e Maestri (1986)
Efeito da temperatura sobre o crescimento de mudas. Da
esquerda para a direita, a 24°C, 27°C , 30 °C ... e 33 °C.
Fonte: IBC/GECA (1981)
4.3- Crescimento e Função das Raízes
•
Sistema radicular - lenhosos perenes, pouco se sabe sobre a
morfologia, distribuição e fisiologia.
•
Tipo variável
– Carga genética da planta e condições do ambiente.
– Ambiente - textura, estrutura, arejamento, fertilidade e reação
do solo, TºC, umidade, idade da planta, produção de frutos,
sistemas de cultivo, pragas e doenças.
•
•
•
Média de 23 km de raízes.
Área de 400 a 500 m2.
Raízes absorventes (30 a 60 cm de profundidade e 50 a 80 cm do
tronco).
0 - 20 cm
1 ano (80%)
3 anos (65%)
•
Fonte: Nutman (1933 e 1934), Inforzato & Reis (1973)
Distribuição lateral e em profundidade do sistema radicular do cafeeiro,
Varginha-MG
Fonte: Matiello et al., (2005)
Distribuição do sistema radicular presente em profundidade em
cafeeiros Coffea arábica em 2 regiões em Minas Gerais, Varginha
e Martins Soares, 2003.
VARGINHA – Plantas de 4 anos
MARTINS SOARES – Plantas com 9
anos
Profundidade
(cm)
% de raízes finas
presentes
Profundidade
(cm)
% de raízes finas
+ médias
0-15
18
0-20
31
15-30
21
20-40
19
30-45
17
40-70
20
45-60
10
70-100
10
60-75
9
100-130
10
75-90
9
130-160
7
90-105
8
160-200
3
105-120
4
120-150
4
Fonte: Matiello, et al., (2005).
4.3- Crescimento e Função das Raízes
FUNÇÕES DAS RAÍZES:
– Suporte.
– Absorção de água e nutriente.
– Condução das substâncias retiradas do solo.
– Armazenamento de amido.
– São drenos, mais fracos que as folhas jovens e os frutos em
crescimento.
– Durante a fase de intenso crescimento vegetativo, a maior
parte dos compostos orgânicos produzidos pela planta é
translocada para os ápices vegetativos da parte aéreas, que
constitui então os sítios dominantes de demanda de
assimilados em relação ao sistema tronco e raiz.
– As raízes constituem os drenos preferenciais de assimilados
durante o período seco e no período chuvoso logo a seguir.
Fonte: Nutman (1933 e 1934), Inforzato & Reis (1973)
4.3- Crescimento e Função das Raízes
FATORES QUE AFETAM A DISTRIBUIÇÃO E DESENVOVIMENTO
– Deficiência hídrica – prejudica a absorção de água e
nutrientes, o crescimento da parte aérea e a produção da
planta.
– Fertilidade e reação do solo – pH entre 5,8 e 6,0 favorece o
crescimento, acidez no subsolo concentra raízes na
superfície.
– Cobertura morta – aumenta o tamanho do sistema radicular e
a profundidade da raiz pivotante.
– Irrigação – reduz a profundidade de penetração da raiz
pivotante e o desenvolvimento das raízes em profundidade.
– Métodos de cultivo – em regiões de subsolos ácidos o
sistema radicular tende a ser superficial e quando associado a
cultivo profundo, prejudica toda a vida produtiva do cafeeiro.
Fonte: Rena & Maestri (1986)
Solo normal: sistema radicular bem
desenvolvido.
Solo com pouco adensamento: as poucas
raízes que ultrapassam se desenvolvem
abaixo da camada endurecida.
Solo com forte camada adensada:
as raízes não ultrapassam.
Sistema radicular do cafeeiro desenvolvido em diferentes condições de
adensamento.
Fonte: Matiello et al. (2005).
4.4- Crescimento Vegetativo
•
CAFÉ
arbusto de crescimento contínuo.
dimorfismo dos ramos.
•
Dominância apical
é estrito sobre as GEMAS SERIADAS e
apenas indireto sobre as CABEÇAS-DE-SÉRIE.
•
Aumento da temperatura
entouceirado.
gemas seriadas brotam - aspecto
Fonte: Rena & Maestri (1986)
GEMAS SERIADAS
GEMAS CABEÇA-DE-SÉRIE
Altas Temperaturas
Ramos plagiotrópicos
Ramos ortotrópicos
Origina outros ramos
plagiotrópicos de >
ordem
4.4- Crescimento Vegetativo
CAULE:
• Flutuação sazonal - condições climáticas
- Costa Rica
diminui o crescimento (ago/jan) - diminuição de
TºC e DC.
> crescimento em plantas sem frutos e que não
tenham florescido.
- El Salvador
menor crescimento (junho)
menos chuvas.
- Quênia e Tanzânia
2 estações chuvosas e 2 seca
menor crescimento (seca e frio)
- Brasil
crescim. rápido - estação quente e chuvosa (set/mar)
menor crescimento - estação fria e seca (mar/set)
DC, seca não afeta (irrigação)
queda na taxa de crescimento
jan/fev
aumento
da TºC.
- Colômbia
variação do comprimento do dia são pequenas
(chuva e TºC).
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Crescimento Vegetativo
FOLHAS:
• Produção:
– Contínua durante o ano, com taxa variando com condições
climáticas.
– Intimamente associado com o crescimento do caule,
especialmente nos ramos laterais (plagiotrópicos)
crescimento em nº de nós e não em extensão de entrenós.
– Brasil
nº de pares de folhas formados nos ramos primários
não varia na estação quente chuvosa (out/mar).
cai acentuadamente na estação fria.
mesmo com irrigação, o comportamento não muda.
DL
aceleram a formação de nós.
– Quênia
crescimento compensatório (seca
chuvas).
Fonte: Rena & Maestri (1986)
Enfolhamento e Crescimento vegetativo, Varginha-MG.
Fonte: Garcia et al., (2001).
4.4- Crescimento Vegetativo
FOLHAS:
• Expansão:
– Estação chuvosa – ocorre maior expansão das folhas (área
foliar).
– Estação seca – ocorre menor expansão das folhas.
– DC – menor expansão.
– Normalmente o crescimento total ocorre em 6 semanas,
porém, quando a emissão é em junho leva 10 semanas.
– A expansão está relacionada com a radiação solar e a
temperatura.
– Sombreamento aumenta a área foliar (reduz radiação, mas
altera a temperatura do ar, umidade do ar e do solo.
– Temperaturas diurna/noturna de 24ºC/20ºC favorece o
crescimento.
– O crescimento é diminuído sobre altas temperaturas (40ºC).
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Crescimento Vegetativo
FOLHAS:
• Queda:
– Maior nas épocas de secas e altas TºC.
– Campinas
AF caiu de 32 m2 para 12 m2.
– Dreno fruto fica prejudicado.
– Frutificação, seca e alta temperatura favorecem a queda de
folhas.
– Queda de folhas afeta os níveis de carboidratos.
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Crescimento Vegetativo
AMARAL (1991)
Obteve fortes evidências
crescimento do cafeeiro
seja fortemente modulado por
temperaturas e
estabeleceram a temperatura mínima de 12,5°C.
DAMATTA et al. (2002).
Verificaram
períodos diários com temperaturas
16ºC
crescimento do cafeeiro.
Temperaturas
23ºC seriam
crescimento do café arábica.
inadequadas
ao
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
Entende-se por floração e frutificação.
• Floração compreende 3 fases:
– Iniciação floral
– Desenvolvimento do botão floral
– Antese (florada)
•
Frutificação compreende 3 fases:
– Vingamento da flor
– Desenvolvimento do fruto
– Maturação
Fonte: Rena & Maestri (1986)
Iniciação floral
Desen. do
botão floral
Antese
Vingam. Desen. do
da flor
fruto
Maturação
Esquematização das seis fases fenológicas do cafeeiro arábica,
durante 24 meses, nas condições climáticas tropicais do Brasil
Fonte: Camargo & Camargo (2001)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FLORAÇÃO
Café
espécie tropical de floração gregária (florescimento
simultâneo numa certa extensão geográfica).
* Coffea arabica
*Coffea canephora
inflorescências formadas nas axilas das
folhas dos ramos plagiotrópicos crescidos na
estação anterior.
nós produzem flores apenas uma vez.
inflorescências são produzidas apenas no
crescimento do corrente ano (ramos laterais
– plagiotrópicos, especialmente os
primários)
- Gema superior da série axilar (GEMAS SERIADAS) - maior
inflorescência
decresce nas gemas consecutivas.
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FLORAÇÃO
Iniciação floral
- Evocação - passagem da gema vegetativa em florífera
depende do estímulo indutivo (mudanças morfológicas,
fisiológicas e bioquímicas).
- ESTÍMULO INDUTIVO:
- Fotoperíodo:
Plantas jovens
DC (fotoperíodo crítico de 13 - 14 hs)
- Regiões cafeeiras sempre estão sob
estas condições.
- Temperatura:
Baixas TºC
17ºC/12ºC e 20ºC/17ºC
inibem a inici. floral
Ótima
26ºC/23ºC e 23ºC/17ºC (plantas de 2 anos)
TºC
amenas estimulam iniciação floral sob condições de DC
(período fotoindutivo)
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FLORAÇÃO
Iniciação floral
- Água:
Associação de seca X TºC baixas X DC
- Condições internas:
Relação C/N
- Coffea canephora
alta relação C/N
maior índice
de gemas florais
- Café ao sol produz mais gemas florais que
sombreado (relação C/N mais alta ao sol)
- Presença de frutos inibe a floração (dreno)
- Retirada de frutos
antecipa em 2 meses a
iniciação floral
- Ácido Giberélico
retarda a iniciação floral
- KUMAR (1976)
aplicando CCC (inibidor da síntese
de GA), aumento de 30% da produção
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FLORAÇÃO
Desenvolvimento do botão floral
- Primórdios florais diferenciados crescem de modo contínuo por
um período de 2 meses, atingindo de 4 a 8 mm.
- Posteriormente entram em uma dormência (semanas ou meses)
que depende principalmente de chuvas.
- Dormência por causas externas desfavoráveis
- Dormência por causas intrínsecas
quiescência
repouso
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FLORAÇÃO
Desenvolvimento do botão floral
- Externamente
gemas florais são determinadas quando os
botões ainda verdes se tornam individualmente visíveis e
prontas para abrirem sob ação de estímulo.
- Campo
a pausa do crescimento dos botões coincide com a
estação seca e com redução no crescimento vegetativo.
- Durante a seca os botões florais acumulam grande quantidade
de inibidores do tipo ácido abscísico (responsável por 75% da
dormência).
- Cafezais irrigados constantemente
botões florais ficam em
dormência
acúmulo de grande quantidade de ácido abscísico.
- NA PRÁTICA, o período de dormência serve para que os botões
atinjam o mesmo grau de desenvolvimento e proporcione uma
florada uniforme.
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FLORAÇÃO
Antese (florada)
- Os botões florais que estavam em dormência durante um
período de seca, logo após uma chuva reiniciam o crescimento,
levando a abertura das flores.
- Café robusta – 1 dia
- Café arábica – mais tempo
- ANTESE – ocorre 7 A 15 dias depois das primeiras chuvas após
um período de seca e conseqüentemente queda de temperatura.
- Coincidem
florada e rápido crescimento vegetativo - abertura
de botões varia de 7 a 15 dias (TºC)
- Botões dormentes são verdes
aumentam de tamanho
(coloração verde clara)
branca (5º dia em diante até a antese)
- BARROS et. al. (1982)
4,70 cm2 de AF para a abertura de uma
flor
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FLORAÇÃO
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
Gema entumecida
(botões)
Gema dormente
Pré-florada
Florada
Pós-florada
FLORAÇÃO
Fonte: Pezzopane et al. (2003)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FRUTIFICAÇÃO
Vingamento da flor
- C. arabica – a polinização é feita antes da flor abrir-se
completamente, assegurando um elevado grau de autofecundação (94%).
- C. canephora – a polinização ocorre após a abertura completa
das flores, sendo os grãos de polén transportados pelo vento ou
insetos (fecundação cruzada). Existe auto-incompatibilidade.
- Fatores que interferem no vingamento da flor:
- Temperatura alta – atrofia
- Deficiência da água - atrofia das flores do cafeeiro
- Falta de polinização e fecundação - queda inicial de frutos
(ovários).
*Flor atrofiada é denominada ESTRELINHA.
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FRUTIFICAÇÃO
Desenvolvimento do fruto
- Da antese ao fruto verde (½ do maduro) - 4 a 6 meses.
- Fases:
- Chumbinho – período sem crescimento visível (6 semanas).
- Expansão rápida – endocarpo (pergaminho) endurece.
- Formação do endosperma – grão está leitoso.
- Endurecimento do endosperma – tamanho dos lóculos
determina o tamanho do grão.
- Folhas - definem o pegamento (nº de frutos)
- 8 - 12 semanas depois do florescimento - “caimento de frutos”
(déficit hídrico), porém, + N (diminui queda).
- O vingamento (pegamento) é de cerca de 50% sendo maior na
parte superior da planta.
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FRUTIFICAÇÃO
Maturação
- O fruto de cor verde passa a cor vermelha ou amarela (cultivar).
- Duração – 2 meses.
- Pericarpo aumenta de volume e o endosperma torna-se mais
denso (matéria seca acumulada).
- Aumento do peso e tamanho do fruto.
- Aumento da respiração
fruto climatérico (inicia na 26ª e
termina na 32ª semana após a antese)
caindo a seguir.
- Floradas sucessivas ocasionam desuniformidade da maturação
prejudicando a qualidade do produto na colheita.
- Os frutos completam 75% de sua maturidade, 2 a 3 semanas
antes da colheita principal.
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FRUTIFICAÇÃO
Fonte: Rena & Maestri (1986)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
“Chumbinho”
Expansão
Granação
Maturação
FRUTIFICAÇÃO
Granação
Passa
Fonte: Pezzopane et al (2003)
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
FENOLOGICAMENTE:
- Florescimento – PRIMAVERA
- Frutificação – VERÃO
- Maturação – OUTONO
- Colheita – INVERNO
4.4- Desenvolvimento Reprodutivo
Colheita
Fonte: Camargo & Camargo (2001)
ÉPOCA DE COLHEITA
Brasil: Maio-Setembro
Am.Central: Outubro-Março
África: Outubro-Abril
Ásia: Novembro-Abril
Ciclo bienal de produção
- Definição e importância:
- Safra alta em um ano e baixa no outro.
- Normalmente no ano de baixa a produção é cerca de
20% do ano de alta.
- Isso acontece porque no ano de alta produção as
reservas da plantas são carreadas para os frutos e o
crescimento dos ramos fica prejudicado, assim, ano
seguinte a safra é menor.
Fonte: Matiello et al. (2005)
Seca de ramos e morte de raízes
- Ocorre devido ao desbalanço entre a disponibilidade e o
consumo de assimilados.
- Decorre da maior necessidade de assimilados pelos frutos,
do que a planta pode fornecer.
- A seca de ramos é precedida pela morte de raízes, que leva
à redução da absorção de água e nutrientes.
- Se a morte de raízes e seca de ramos ocorre de forma
intensa, pode levar a trianualidade de produção, pois a
recuperação é lenta.
- Ocorre mais em regiões de clima quente e em cafeeiros
mal nutridos.
Fonte: Matiello et al. (2005)
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