30 EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO No 01/2011 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 01 - Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) este caderno, com o tema da REDAÇÃO (com valor de 40,0 pontos) e o enunciado das 60 (sessenta) questões objetivas, sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição: Questões Objetivas No das Questões Valor por questão Total 1,00 ponto 25,00 pontos 26 a 60 2,00 pontos 70,00 pontos - - 40,00 pontos Conhecimentos Básicos Língua Portuguesa 1a8 Conhecimentos de Informática 9 a 12 Legislação SUS 13 a 25 Conhecimentos Específicos Redação b) 1 folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO grampeada ao CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas das questões objetivas formuladas nas provas. 02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no CARTÃO-RESPOSTA. Caso contrário, notifique o fato IMEDIATAMENTE ao fiscal. 03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar, no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, a caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 04 - A REDAÇÃO deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 05 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, a caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. Exemplo: 06 - Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído se, no ato da entrega ao candidato, já estiver danificado em suas margens superior e/ou inferior - BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 07 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 08 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado. 09 - SERÁ ELIMINADO do Concurso Público o candidato que: a) se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO; c) se recusar a entregar o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, quando terminar o tempo estabelecido. d) não assinar a LISTA DE PRESENÇA e/ou o CARTÃO-RESPOSTA. Obs.: O candidato só poderá se ausentar do recinto das provas após 1 (uma) hora contada a partir do efetivo início das mesmas. Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, a qualquer momento. 10 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11 - Quando terminar, entregue ao fiscal o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. 12 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS E DE REDAÇÃO É DE 4 (QUATRO) HORAS E 30 (TRINTA) MINUTOS, incluído o tempo para a marcação do seu CARTÃO-RESPOSTA, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO. 13 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados no primeiro dia útil após a realização das mesmas, no endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br). 1 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ O ________________________________________________________________________________________________ H _________________________________________________________________________________________________ N ________________________________________________________________________________________________ U _________________________________________________________________________________________________ C ________________________________________________________________________________________________ S _________________________________________________________________________________________________ A ________________________________________________________________________________________________ R _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________ PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 2 REDAÇÃO Texto I Estatuto do idoso Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda. Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio do conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento: I – políticas sociais básicas; II – políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que necessitarem; III – serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão; IV – serviço de identificação e localização de parentes ou responsáveis por idosos abandonados em hospitais e instituições de longa permanência; V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos dos idosos; VI – mobilização da opinião pública no sentido da participação dos diversos segmentos da sociedade no atendimento do idoso. BRASIL. Lei no 10.741, de 1 de outubro de 2003. Estatuto do idoso. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 3 out. 2003. Adaptado. Texto II Rumo a um mundo de centenários Quem tem por volta de 40 anos de idade hoje, ou menos, pode ir se preparando: se os especialistas estiverem certos, suas chances de chegar aos cem serão muito maiores, e em condições muito próximas das que vive atualmente. Este acréscimo na expectativa e qualidade de vida virá de diversos avanços esperados para as próximas décadas em áreas como medicina regenerativa, células-tronco e biologia molecular que, segundo alguns, não só vão interromper o processo de envelhecimento como podem até revertê-lo. — Nos últimos 100 anos houve um aumento da expectativa de vida em mais de 30 anos. Agora, os cálculos são que, nos próximos 30 anos, a cada ano que você vive, vai conseguir viver mais um em virtude do que está sendo descoberto e aplicado pela medicina. Há um avanço muito grande que mostra que há formas de subverter ou manipular essa expectativa de vida entendendo melhor como funcionam as células e o organismo, afirma o neurocientista Stevens Rehen. BAIMA, Cesar. Rumo a um mundo de centenários. Ciência/Saúde. O Globo. 3 jul. 2011. p. 46. Adaptado. 3 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA O envelhecimento populacional tem sido considerado uma das principais conquistas científicas e sociais dos séculos XX e XXI, trazendo grandes desafios para as políticas públicas. A legislação brasileira incorporou grande parte das sugestões das assembleias internacionais, mas é preciso garantir que essas leis melhorem, efetivamente, o cotidiano dos idosos em nosso país. As mudanças nos sistemas de seguridade social têm contribuído para o bem-estar dos indivíduos nessa etapa da vida. É importante, agora, garantir acesso universal aos serviços de saúde pública, em todos os aspectos envolvidos. Tomando como ponto de partida essas reflexões, elabore um texto dissertativo-argumentativo, em que você DISCUTA AS POLÍTICAS PÚBLICAS, ENTRE ELAS A DA SAÚDE, NECESSÁRIAS PARA ENFRENTAR O IMPACTO SOCIOECONÔMICO DO ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO EM NOSSO PAÍS. Justifique sua posição com argumentos. Instruções: a) ao desenvolver o tema proposto, selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução do problema discutido em seu texto; b) a produção do texto deverá demonstrar domínio da língua escrita padrão; c) a Redação não deverá fugir ao tema; d) o texto deverá ter, no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30 linhas, mantendo-se no limite de espaço a ele destinado; e) o texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa; f) o texto definitivo deverá ser passado para a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, pois não será considerado o que for escrito na Folha de Rascunho; g) a Redação definitiva deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta; h) a Redação deverá ser feita com letra legível, sem o que se torna impossível a sua correção; i) a Redação não deverá ser identificada por meio de assinatura ou qualquer outra marca ou sinal. PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 4 1 LÍNGUA PORTUGUESA Segundo o neurologista entrevistado, a sociedade do futuro transformará a linguagem em meio secundário de comunicação porque (A) artefatos robóticos serão responsáveis por emitir mensagens automaticamente. (B) equipamentos modernos serão responsáveis pela digitação das mensagens. (C) sistemas virtuais permitirão que o cérebro envie informações por pensamento. (D) máquinas eficientes terão a capacidade de registrar por escrito as mensagens. (E) linguagens de caráter visual serão criadas para substituir a linguagem verbal. Texto I A FORÇA DO PENSAMENTO Leia a seguir a entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis sobre seu novo livro, em que discute como a ligação entre cérebro e máquina revolucionará a medicina e o modo como iremos nos relacionar. 5 10 15 20 25 30 35 40 No futuro, controlaremos máquinas e resolveremos problemas de saúde pelo comando da mente. 2 Revista Galileu: O que é uma interface cérebro-máquina? Miguel Nicolelis: Basicamente, é o envio de informações por pensamento. Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando. Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco. Trabalhamos para fazer quadriplégicos andarem usando uma espécie de esqueleto externo controlado pela mente. A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas. Normalmente, utiliza-se a conjunção “porque” para expressar a relação lógica de causalidade entre duas ideias em um texto. Mas essa relação pode ocorrer, também, entre duas frases que se relacionam sem a presença explícita dessa conjunção, como em (A) “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco.” (. 13-15) (B) “A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas.” (. 18-21) (C) “Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação e, até mesmo, a linguagem são imprecisas.” (. 24-26) (D) “A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos.” (. 33-35) (E) “Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais.” (. 38-41) Revista Galileu: A interação direta com as máquinas mudará o modo como nos comunicamos? Miguel Nicolelis: Por completo. Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação, e até mesmo a linguagem, são imprecisas. Se você pudesse interagir com milhões de pessoas por pensamento ao mesmo tempo, aumentaria a velocidade de comunicação e essas interações seriam muito mais vívidas e reais. Não haveria interface entre você e a máquina, seria uma interação quase que como uma fusão, um inconsciente coletivo, uma rede social feita apenas por pensamentos. A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos. 3 Os critérios que regulam o emprego do sinal indicativo da crase, na língua escrita padrão, determinam os casos em que seu uso é obrigatório, facultativo ou proibido. Na frase “Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando.” (. 10-13) o uso desse sinal é PROIBIDO, porque, nesse caso, se aplica a mesma regra que em (A) “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos.” (. 13-15) (B) “[...] tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais.” (. 18-20) (C) “Não haveria interface entre você e a máquina [...]” (. 30) (D) “A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação.” (. 33-34) (E) “Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites.” (. 38-39) Revista Galileu: Que mudanças ocorreriam em uma sociedade que se comunica assim? Miguel Nicolelis: Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais. Além disso, poderemos também criar novos sentidos. PAVARIN, Guilherme. A força do pensamento: entrevista com Miguel Nicolelis. Revista Galileu, n. 236, São Paulo: Globo. mar. 2011, p. 11-13. Adaptado. 5 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 4 Considere as afirmativas a seguir acerca das palavras em destaque. 20 I – Em “Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos.” (. 13-15), a palavra destacada refere-se a sistemas que existem apenas potencialmente, não como realidade. II – Em “Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas.” (. 24-25), a palavra destacada refere-se aos meios pelos quais o usuário interage com um programa ou sistema operacional. III – Em “[...] essas interações seriam muito mais vívidas e reais. [...]” (. 29), a palavra destacada se refere a interações mais verdadeiras. IV – Em “Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, [...]” (. 39-41), a palavra destacada se refere a aparelhos ou dispositivos. LEAL, Gláucia. Revista Mente e Cérebro, Edição especial n. 27. São Paulo: Ediouro Duetto Editorial Ltda. Adaptado. 5 De acordo com o Texto II, a memória é fundamental para nossa proteção porque (A) assegura a sobrevivência física e também o bem-estar emocional. (B) impede que seres humanos se beneficiem de experiências passadas. (C) oferece informações práticas sobre hábitos saudáveis ao organismo. (D) possibilita a descoberta de como o cérebro produz lembranças. (E) revive as recordações traumáticas que devemos esquecer. São corretas APENAS as afirmativas (A) (B) (C) (D) (E) I e II II e III I, II e III I, II e IV I, III e IV 6 A justificativa do emprego do sinal de pontuação está ERRADA em Texto II (A) “Somos dependentes da memória — e é justificável que sejamos.” (. 1-2) - Emprego do travessão para introduzir um comentário. (B) “É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia — como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa [...]” (. 2-5) - Emprego do travessão para introduzir uma enumeração. (C) “[...] pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional.” (. 7-11) - Emprego dos parênteses para acrescentar uma informação. (D) “É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias — tanto coletivas quanto pessoais.” (. 11-13) - Emprego do travessão para inserir um detalhamento da informação. (E) “E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro.” (. 13-15) - Emprego da vírgula para indicar a supressão de uma palavra. A história de nós mesmos 5 10 15 Essa constatação vai ao encontro de uma ideia com a qual a psicanálise trabalha há mais de um século: elaborar o que se viveu para escapar da repetição e encontrar possibilidades de futuro. Hoje os cientistas sabem que nossas recordações não são reproduções fiéis do que vivemos. Somos dependentes da memória — e é justificável que sejamos. É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia — como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa — até aprender (e fixar) conceitos, procedimentos ou teorias complexas. E é fundamental para nossa proteção, pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional. É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias — tanto coletivas quanto pessoais. E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro. Recentemente, pesquisadores comprovaram que as áreas cerebrais envolvidas na produção de projeções e planejamentos são as mesmas usadas na manutenção de recordações. PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 6 7 O ofício é a forma de correspondência oficial em que se estabelece a comunicação entre órgãos oficiais, ou de um órgão oficial para uma pessoa. Deve ser redigido no padrão culto da língua, segue um esquema preestabelecido e não deve apresentar rasura. O texto que segue é um exemplo de ofício. SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO X Ofício no 10/2011 Cidade Y, 30 de junho de 2011. Exmo. Senhor J. Cardoso Governador do Estado X Senhor Governador, Será realizada, no próximo dia 15 de julho, às 14 horas, em sessão pública, uma homenagem ao escritor N. Fernandes. Será para nós uma grande honra se V. Exa. puder prestigiar esse evento com sua presença. Atenciosas saudações, A. Miranda Secretário de Cultura do Estado X A respeito desse tipo de correspondência, considere as afirmações abaixo. I II III IV – – – – Um ofício deve conter identificação do destinatário, agradecimento, recibo, mensagem. Um ofício deve conter fundamentação legal, saudação final, experiência profissional. Um ofício deve conter local e data, mensagem, saudação final, assinatura e cargo do remetente. Um ofício deve conter número do documento, saudação final, identificação do destinatário. Estão corretas APENAS as afirmações (A) I e II (B) I e III (C) II e III (D) II e IV (E) III e IV 8 A correspondência oficial é uma espécie formal de comunicação, estabelecida entre os órgãos do poder público para elaborar atos normativos e comunicações. É pautada por uma padronização de linguagem e de estrutura, que se caracteriza por: padrão culto da linguagem, impessoalidade, formalidade, clareza, concisão, uniformidade, uso adequado dos pronomes de tratamento. Para que as comunicações sejam compreendidas por todo e qualquer cidadão, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico. Ofícios, memorandos, atas são exemplos de correspondência oficial. Com relação ao emprego dos pronomes de tratamento, é INCORRETO afirmar que (A) esses pronomes exigem forma verbal conjugada na terceira pessoa gramatical. (B) o pronome Vossa Excelência é utilizado em correspondência dirigida às altas autoridades do governo. (C) o gênero gramatical do adjetivo relacionado a um pronome de tratamento deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere. (D) o pronome Vossa Eminência deve ser empregado em correspondência dirigida a reitores de universidades. (E) os pronomes possessivos referidos aos pronomes de tratamento são flexionados na terceira pessoa. 7 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA LEGISLAÇÃO SUS 13 9 O Sistema Único de Saúde implica ações e serviços públicos de saúde que integram uma rede regionalizada hierarquizada e que, de acordo com a Constituição Federal, organizar-se-á por algumas diretrizes. A esse respeito, considere as afirmativas abaixo. Sobre os sistemas operacionais Microsoft Windows que suportam as tecnologias de 32 bits e de 64 bits, considere as afirmativas a seguir. I - A versão de 64 bits processa grandes quantidades de RAM (memória de acesso aleatório) com eficiência superior à de um sistema de 32 bits. II - Os drivers para versões de 32 bits funcionam corretamente em computadores que executam versões de 64 bits. III - Se um programa for especialmente projetado para a versão de 64 bits, ele funcionará normalmente na versão de 32 bits. I - A descentralização é uma diretriz do SUS, com direção única em cada esfera de governo. II - O SUS busca, como diretriz, um atendimento parcial, com prioridade para as atividades assistencialistas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. III - O SUS tem como uma das diretrizes a participação da comunidade. É correto APENAS o que se afirma em (A) I (B) II (C) III (D) I e III (E) II e III Está correto APENAS o que se afirma em (A) (B) (C) (D) (E) I II III I e II II e III 14 Para os efeitos do Código Municipal de Saúde, art. 37 da Lei municipal no 5.504/1999, (Salvador-BA), considera(m)-se informação(ões) epidemiológica(s) (A) a execução das ações de controle de higiene (B) as notificações facultativas sobre acidentes do trabalho (C) as declarações de nascimento e óbitos (D) o registro das ações de controle do meio ambiente (E) os resultados de investigação de poluição do meio ambiente 10 Qual dispositivo possibilita a comunicação entre redes de arquiteturas distintas? (A) (B) (C) (D) (E) Buster Channel Gateway Firmware Display 15 A Portaria GM/MS no 698, de 30 de março de 2006, define que o custeio das ações de saúde é responsabilidade das três esferas de gestão do SUS, estatuindo cinco blocos de financiamento. NÃO está de acordo com o estabelecido nessa Portaria a afirmação de que (A) os recursos federais para custeio de ações e serviços de saúde serão transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, de forma automática, fundo a fundo, observando os atos normativos específicos referentes a cada bloco. (B) os recursos de cada Bloco de Financiamento devem ser aplicados, exclusivamente, nas ações e serviços de saúde relacionados ao Bloco. (C) no Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica, os recursos devem ser aplicados, exclusivamente, nas ações definidas para cada Componente que compõem o Bloco. (D) o Bloco da Atenção Básica será constituído por dois componentes: Piso de Atenção Básica – PAB Fixo e Piso da Atenção Básica Variável – PAB Variável. (E) o Bloco de Financiamento para a Vigilância em Saúde será constituído por um componente: o da Vigilância em Gestão de Limpeza. 11 No modelo TCP/IP, a interface com redes Ethernet e Token Ring, entre outras, é feita na camada (A) (B) (C) (D) (E) de Rede de Aplicação de Transporte Física Síncrona 12 Criar cópias de si mesmo de um computador para outro de forma automática, com capacidade de se replicar em grande volume, é característica de uma praga eletrônica denominada (A) (B) (C) (D) (E) Trojan Horse Opteron Freeware Shareware Worm PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 8 16 19 Os Recursos do Fundo Nacional de Saúde, de acordo com a Lei no 8.142, de 1990, serão alocados como (A) investimentos previstos no Plano Anual do Ministério do Planejamento (B) investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde (C) investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Executivo e aprovados pelo Conselho Nacional (D) cobertura das ações e serviços, em geral, do Ministério da Previdência (E) despesas de custeio e de capital do Ministério do Planejamento A Lei Federal no 8.080/1990 que regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, estabelece, em seu art. 7o, o princípio de “integralidade” dos cuidados de saúde. Esse princípio obriga a que (A) os pacientes portadores de doenças agudas sejam tratados em locais distintos daqueles dos portadores de doenças crônicas. (B) os serviços coletivos sejam prestados pelos municípios, e os curativos, pelas outras esferas de governo, de maneira integrada. (C) o conjunto das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema, deve compor um conjunto articulado e integrado. (D) as equipes de saúde devem ser sempre multiprofissionais, capazes de dar conta da unidade biopsicossocial dos pacientes. (E) serviços de prevenção no âmbito da saúde pública devem ser organizados para tratamento na rede de hospitais e postos de saúde, e os de reabilitação em centros especializados. 17 A Lei Federal no 8.080/1990 prevê que (A) a participação complementar dos serviços privados para garantir a cobertura assistencial do SUS será formalizada mediante concessão, estabelecida por normas predominantemente privadas. (B) a utilização do critério baseado no perfil demográfico é vedada para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios. (C) os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do SUS, só poderão ser exercidos em regime de tempo integral. (D) os Municípios, dentre as atribuições estatuídas nessa lei, ficam vedados de administrar os recursos orçamentários e financeiros destinados à saúde, em cada ano. (E) os serviços de saúde das Forças Armadas, em tempo de guerra, serão integrados ao Sistema Único de Saúde, independente de formalização de convênio. 20 A Política Nacional de Atenção Básica (Portaria GM/MS no 648/2006) estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e para o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Visando à operacionalização da Atenção Básica, definem-se como áreas estratégicas para atuação em todo o território nacional a eliminação da 18 (A) AIDS, o controle de acidentes de trânsito, o controle do diabetes e da hipertensão. (B) hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnutrição infantil, a saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso, a saúde bucal e a promoção da saúde. (C) desnutrição infantil, o controle dos acidentes do trabalho, o controle da tuberculose e a saúde da mulher. (D) hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnutrição infantil, a saúde da criança e da mulher, a eliminação da AIDS. (E) hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, a saúde da mulher, da criança e do idoso, o controle de acidentes de trânsito. O art. 198 da Constituição brasileira estabelece que “as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único”. Rede regionalizada e hierarquizada significa que os (A) serviços de saúde devem estar ancorados em uma rede de atenção básica em cada região de saúde. (B) serviços de saúde devem ser organizados em bases territoriais definidas, de acordo com a distribuição da população e o nível de complexidade dos serviços. (C) serviços hospitalares de nível terciário devem necessariamente estar contidos em cada região de saúde. (D) ambulatórios, postos de saúde e as clínicas de saúde da família devem subordinar-se a hospitais de nível secundário e terciário em cada região. (E) hospitais especializados constituem o ponto de coordenação do sistema de saúde em uma dada região. 9 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 21 24 O chamado “Pacto pela Saúde”, estabelecido pela Resolução MS no 399/2006, determina um conjunto de prioridades para intervenções em saúde no subcapítulo “Pacto pela Vida”, de acordo com o perfil epidemiológico brasileiro. Quantas equipes de saúde da família são necessárias para atender a um município de 40.000 habitantes? (A) (B) (C) (D) (E) As prioridades estabelecidas neste Pacto para as endemias e doenças emergentes são (A) (B) (C) (D) (E) malária, tétano neonatal, tuberculose, hanseníase e AIDS malária, leptospirose visceral, dengue e tuberculose malária, dengue, hepatites e tuberculose dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza dengue, hanseníase, tuberculose e doença de Chagas 25 Um paciente portador de câncer de pâncreas intratável, em fase terminal, apresenta um quadro de pneumonia aguda com insuficiência respiratória aguda, está lúcido e recusa-se a ser internado, preferindo permanecer em seu domicílio. 22 A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde (Portaria GM/MS no 648/2006). De acordo com a Portaria GM/MS no 1.820/2009, o médico deve Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a estratégia Saúde da Família deve (A) sedar o paciente e transportá-lo para um hospital. (B) reunir a família e solicitar autorização para internação compulsória. (C) abandonar o caso, solicitando ao paciente que procure outro profissional. (D) suspender qualquer medida terapêutica para abreviar o sofrimento do paciente. (E) respeitar a vontade do paciente e tratá-lo com os recursos possíveis em seu domicílio. (A) atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, diagnóstico situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo sempre postura proativa frente aos problemas de saúde-doença da população. (B) dirigir-se aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo sempre postura reativa frente aos problemas de saúde-doença da população. (C) dirigir-se exclusivamente aos problemas mais frequentes de saúde do território onde atua. (D) articular-se com as outras formas de atenção básica, sem necessariamente ter caráter substitutivo. (E) rever permanentemente as tecnologias mais adequadas para o enfrentamento das endemias locais. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 26 Paciente do sexo feminino, de 40 anos, apresenta, há dois meses, dificuldade de memória recente, tonturas não vertiginosas, insônia no final do sono, manifestações de choro, cefaleia global frequente, dor e ansiedade precordial. A primeira hipótese diagnóstica é a de (A) (B) (C) (D) (E) 23 Quando da identificação em uma unidade básica de saúde de um caso de tuberculose pulmonar bacilífero, sem complicações clínicas maiores, o médico de família deve (A) transferir o paciente para ser acompanhado pelo enfermeiro da unidade. (B) encaminhar o paciente para um serviço de controle de tuberculose da unidade mais próxima. (C) convocar, por carta ou telefonema à unidade, todos os membros da família para revisão junto à unidade. (D) divulgar, publicamente, o caso para que todos os que tenham mantido contato com o paciente agendem visitas à unidade. (E) solicitar aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que compareçam ao domícilio do paciente, desenvolvam ações educativas e agendem consultas dos expostos à unidade. PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 5 10 15 20 23 epilepsia esquizofrenia tumor cerebral síndrome depressiva insuficiência vascular cerebral 27 Um paciente com quadro de cefaleia há 10 dias apresenta uma análise liquórica com proteínas 50 mg/dL, 10% de células eosinofílicas, glicose normal, pressão aumentada e 60% de células mononucleares. Essa situação deve levantar, inicialmente, a hipótese de (A) (B) (C) (D) (E) 10 meningite meningocócica meningite tuberculosa meningite fúngica meningite parasitária encefalite por herpes-zóster 28 32 Uma mulher de 47 anos apresenta, há quinze anos, diabetes tipo 1 e, há dez, um quadro de hipertensão arterial. Toma insulina, hidroclorotiazida e enalapril. Tem 1,60 m e 63 kg. Tem pressão arterial 130/70 mmHg e HbA1c de 6,3%. A principal medida para reduzir complicações do diabetes dessa paciente é (A) indicar teste de esforço anual. (B) indicar exame oftalmológico anual. (C) trocar enalapril por atenolol. (D) acrescentar glibenclamida ao regime terapêutico. (E) reduzir a pressão arterial sistólica para 120. Um paciente de 31 anos, profissional liberal, morador em um bairro de classe média, há 4 dias, apresenta cefaleia retro-orbital, mialgia, febre e um rash morbiliforme. Há 1 dia, apresentou petéquias e prova do laço positiva. Os exames mostravam uma discreta plaquetopenia e uma leucopenia. 29 33 Um homem de 53 anos, sem qualquer antecedente mórbido de relevância, desperta às 3 horas da madrugada com forte dor epigástrica. A dor é muito intensa e de caráter constritivo. Sua esposa o leva imediatamente para uma unidade de pronto atendimento, onde chega às 4 horas. Apresenta-se pálido e sudorético e ainda com forte dor que se irradia para o ombro esquerdo. Pulso com 92 bpm. Pressão arterial 110/60 mmHg. A primeira avaliação complementar é o(a) (A) teste de esforço (B) eletrocardiograma (C) raio X simples de tórax (D) endoscopia digestiva alta (E) tomografia computadorizada de abdômen Na Classificação Internacional de Doenças pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a avaliação de pacientes com defeitos congênitos procura seguir um padrão de nomenclatura entre causas e efeitos. O diagnóstico mais provável é (A) (B) (C) (D) (E) leptospirose dengue pielonefrite septicemia colecistite Associe as doenças dismorfogenéticas aos agentes etiológicos, apresentados a seguir. I - Neurofibromatose II - Rubéola congênita III - Lábio leporino IV - Torcicolo congênito P - Malformação Q - Deformação R - Anormalidade Gênica S - Etiologia Ambiental T - Herança Multifatorial As associações corretas são: (A) (B) (C) (D) (E) 30 Um paciente tem edema progressivo, chegando à anasarca. Os exames mostram albumina de 1,5 g/dL, creatinina de 1,0 mg/dL e colesterol de 350 mg/dL. O sedimento urinário é normal. O exame considerado importante para o diagnóstico é (A) proteinúria de 24 horas (B) clearence de creatinina (C) ultrassonografia abdominal (D) dosagem quantitativa de gordura fecal (E) coagulograma I - R , II - S , III - P , IV - Q I - T , II - P , III - Q , IV - R I - P , II - Q , III - T , IV - R I - Q , II - P , III - R , IV - S I - Q , II - R , III - S , IV - P 34 O manejo de pacientes com síndromes coronarianas agudas (SCA) requer intervenções oportunas, frequentemente dentro de horas após o início dos sintomas. São caracterizadas por início súbito como resultado de oclusão trombótica de uma ou mais artérias coronarianas. Que medidas de rotina são usadas após a suspeita de um caso de SCA? 31 (A) Analgesia torácica com dipirona, terapia anticoagulante, inibidores da angiotensina e diazepínicos. (B) Uso de morfina direto, terapia anticoagulante, inibidores da bomba de cálcio e bloqueio dos receptores beta dois. (C) Uso de morfina e O2 nasal, terapia anticoagulante e antiagregante plaquetária, inibidores da ECA e bloqueio dos receptores cardíacos. (D) Alívio da dor torácica, terapia antiplaquetária, inibidores da ECA e bloqueio dos receptores beta. (E) Alívio da dor torácica com analgésicos potentes, terapia antiplaquetária, captopril em doses elevadas e bloqueio dos receptores alfa e beta. Um homem de 62 anos é atendido em seu domicílio com dor torácica iniciada cerca de duas horas antes, sugestiva de infarto agudo do miocárdio. PA 120/70 mmHg; pulso em repouso regular com 80 bpm; não há ECG. O paciente está em bom estado geral. Imediatamente antes do transporte para uma unidade de saúde, deve-se administrar (A) nitrato, tecnecteplase e betabloqueador (B) clopidogrel, betabloqueador e nitrato (C) morfina, enoxaparina e nitrato (D) morfina, lidocaína e nitrato (E) morfina, aspirina e nitrato 11 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 35 38 A Síndrome de Crouzon (crânio-sinostose prematura, hipoplasia do maxilar e órbitas rasas) é uma condição genética de origem autossômica dominante. Uma mãe com Síndrome de Crouzon bem documentada teve uma criança normal na primeira gestação. Que condições poderiam desencadear uma crise falcêmica em indivíduo assintomático portador de um traço falciforme? (A) Hiperventilação, vasoplegia, hiperidratação, alcalose ou hipertermia (B) Hipóxia, hiperventilação, vasoplegia, desidratação (C) Hipóxia, hipoperfusão tecidual, desidratação, acidose ou hipotermia (D) Uso abusivo de antibióticos, de anti-inflamatórios e de antitérmicos (E) Uso contínuo de cardiotônicos, de diuréticos, de vasodilatadores e de bloqueadores de cálcio Qual o risco de nascer um feto com Síndrome de Crouzon na próxima gestação? (A) (B) (C) (D) (E) 8% 15% 25% 50% 75% 39 Um paciente no pós-operatório é encaminhado ao CTI por apresentar subitamente dispneia, taquipneia, taquicardia, pleurodinia e hipóxia, com suspeita clínica de tromboembolismo pulmonar (TEP). 36 Diabetes mellitus é uma doença associada à elevada incidência de doenças aterotrombóticas, especialmente as cardiovasculares. Diversos estudos demonstram que é possível reduzir a carga de doença nessa população por meio de estratégias preventivas. A estratégia baseada em evidências mais adequada à redução de risco cardiovascular preconiza modificações do estilo de vida e O padrão-ouro em exame para detecção de embolia pulmonar é (A) cintilografia pulmonar perfusional (B) angiotomografia helicoidal (C) dosagem de dímeros-D (D) angiografia pulmonar (E) eletrocardiograma (A) dieta pobre em gorduras, manutenção do peso, atividade física, manutenção de glicemia abaixo de 126 mg/dL e A1c abaixo de 8%, uso diário de AAS em dose baixa e fibratos. (B) dieta pobre em gorduras e sal, manutenção de glicemia abaixo de 160 mg/dL e A1c abaixo de 8%, uso diário de clopidogrel e fibratos. (C) dieta pobre em carboidratos, manutenção do peso ideal, prática regular de atividade física, manutenção de glicemia abaixo de 100 mg/dL e A1c abaixo de 6,5%, uso diário de AAS em dose baixa e estatinas. (D) dieta rica em proteínas, pobre em gorduras e sal, manutenção de glicemia abaixo de 160 mg/dL e A1c abaixo de 8%, uso diário de nicotinatos e fibratos. (E) dieta rica em proteínas e carboidratos, manutenção do peso, glicemia abaixo de 160 mg/dL e A1c abaixo de 6,5%, uso diário de clopidogrel. 40 Pacientes que desenvolvem febre em associação com o acidente vascular cerebral agudo (AVC) (A) têm maior deficit neurológico e maior mortalidade. (B) têm menor comprometimento neurológico. (C) devem receber preferencialmente o salicilato, podendo isso ser feito por via oral. (D) devem receber terapia antipirética intravenosa com o ceftriaxona. (E) não devem receber, sob nenhuma hipótese, terapia antipirética, conforme preconizam as diretrizes atuais. 41 O sopro da estenose aórtica apresenta como características: 37 Com relação à febre medicamentosa, sabe-se que (A) começar com a B1; ser mesossistólico; ter intensidade máxima no segundo espaço intercostal esquerdo. (B) ser holossistólico; começar logo após a B1; ser exacerbado, durante o ciclo cardíaco, após uma extrassístole. (C) ser mesossistólico; começar logo após a B1; ser atenuado, durante o ciclo cardíaco, após uma extrassístole. (D) ser pansistólico; começar logo após a B1; ser atenuado, durante o ciclo cardíaco, após uma extrassístole. (E) ser o protótipo do sopro mesossistólico de uma câmara esquerda; começar logo após a B1; ter intensidade máxima no segundo espaço intercostal direito; irradiar-se para o pescoço. (A) a febre por fármacos é suspeitada quando outras causas de febre foram excluídas, devendo desaparecer 2 a 3 dias após a suspensão do fármaco implicado; em certas ocasiões, a febre pode levar até sete dias para desaparecer. (B) a febre induzida por fármacos é uma reação idiossincrásica, não guardando relação com reação de hipersensibilidade e ou flebite relacionada à infusão. (C) a febre farmacológica é patente após 7 dias ininterruptos. (D) cefalosporinas causam rigidez com eosinofilia. (E) penicilinas não causam febre ou leucocitose. PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 12 42 45 Diversos índices podem ser utilizados para determinar se a função cardíaca se encontra prejudicada. A sensibilidade de tais índices permite concluir que (A) uma limitação para as medições do débito cardíaco e dos volumes ventriculares para a avaliação da função cardíaca é o fato de tais variáveis não serem fortemente influenciadas pelas condições de enchimento ventricular. (B) a fração de ejeção raramente está diminuída na insuficiência ventricular sistólica, mesmo quando o volume sistólico está normal. (C) a relação pressão-volume, ao final da sístole ventricular, não é um índice particularmente útil para a avaliação do desempenho ventricular. (D) o volume do ventrículo esquerdo, ao final da sístole, com qualquer nível de elasticidade miocárdica, varia inversamente com a pressão sistólica final. (E) o débito cardíaco e o volume sistólico são índices mais sensíveis do que a fração de ejeção na avaliação da função cardíaca. Na reabilitação cardiovascular, em relação à resposta integrada aos exercícios e às interações entre os fatores determinantes para o volume sistólico, é relevante considerar que a (A) ação de bombeamento dos músculos, a hiperventilação e a venoconstrição, durante o exercício, produzem aumento do retorno venoso e, portanto, elevam o enchimento ventricular e diminuem a pré-carga. (B) ação de bombeamento dos músculos, a hiperventilação e a venoconstrição, durante o exercício, produzem aumento do retorno venoso e, portanto, elevam o enchimento ventricular e a pré-carga. (C) ação de bombeamento dos músculos, durante o exercício, produz aumento do retorno venoso e, portanto, diminui o enchimento ventricular, como também diminui a pré-carga. (D) venoconstrição, durante o exercício, produz aumento do retorno venoso e, portanto, eleva o enchimento ventricular e diminui a pré-carga. (E) hiperventilação, durante o exercício, produz aumento do retorno venoso e, portanto, eleva o enchimento ventricular e diminui a pré-carga. 43 Sopros mesodiastólicos, geralmente, originam-se na valva mitral ou na tricúspide, e, quando ocorrem, são sopros (A) sempre suaves, mesmo nos casos de estenoses valvares leves. (B) suaves, apesar de haver obstrução grave, nos casos em que há redução intensa do débito cardíaco. (C) localizados em uma área relativamente limitada, ao longo da borda esternal direita, podendo ser mais intensos durante a inspiração, nos casos de estenose tricúspide. (D) anteriores, em geral, a uma B3, nos casos de insuficiência tricúspide relacionados com a presença de um fluxo sanguíneo muito rápido através da valva. (E) que se localizam em área ao longo da borda esternal esquerda, não alterando sua intensidade durante a inspiração. 46 Sobre o sopro de Austin-Flint, tem-se que ele ocorre (A) na insuficiência aórtica grave crônica, acompanhado por reforço de B1 e é holossistólico. (B) na insuficiência aórtica aguda grave e se origina no foco mitral anterior. (C) na insuficiência aórtica aguda grave e é normalmente acompanhado por reforço de B1. (D) na insuficiência aórtica aguda grave e é pré-sistólico. (E) na insuficiência aórtica grave crônica e é pré-sistólico. 47 Na angina variante de Prinzmetal, em relação à terapêutica medicamentosa, devemos estar atentos à seguinte recomendação: 44 (A) Estão contraindicados o uso de nitratos e de bloqueadores dos canais de cálcio na base de tratamento. (B) Os antagonistas do canal do cálcio são eficazes para evitar o espasmo das artérias coronárias desses pacientes, devendo ser prescritos em baixas doses. (C) Todos os pacientes se beneficiam com a terapêutica com ácido acetilsalicílico; nitratos de longa duração não têm indicação na angina de Prinzmetal. (D) Os antagonistas do canal do cálcio devem ser prescritos nas doses máximas toleradas, e o ácido acetilsalicílico pode, em determinados casos, agravar os episódios isquêmicos. (E) Prazosina, bloqueador seletivo dos receptores alfa-adrenérgicos, é contraindicado em todos os casos desses pacientes, enquanto que os nitratos de longa duração são indicados para certos casos. Sobre os sopros cardíacos holossistólicos (pansistólicos), analise as afirmações a seguir. I - Uma das características dos sopros holossistólicos é o começo antes da ejeção aórtica. II - Na área de intensidade máxima, os sopros começam com a B1 e terminam após a B2. III - Todos os pacientes com insuficiências mitral ou tricúspide ou com comunicação interventricular apresentam sopro holossistólico. É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. 13 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 48 51 Além de terem início durante o período de enchimento ventricular, que se seguem à contração atrial, os sopros pré-sistólicos (A) ocorrem no ritmo sinusal e apresentam insuficiência tricúspide. (B) são causados, geralmente, por estenose da valva AV e não ocorrem no ritmo sinusal. (C) exibem o mesmo timbre do ruflar de enchimento mesodiastólico e alcançam intensidade máxima no momento de uma B1 hiperfonética. (D) exibem o mesmo timbre do ruflar de enchimento mesodiastólico e não ocorrem na estenose tricúspide. (E) podem, por vezes, ser gerados por mixoma atrial e não exibem o mesmo timbre do ruflar de enchimento mesodiastólico. São diversas as causas de emergências hipertensivas. Para o eficaz tratamento da crise adrenérgica e pré-eclampsia, os fármacos parenterais preferidos são: (A) esmolol para a crise adrenérgica e fentolamina para a pré-eclampsia (B) fentolamina para a crise adrenérgica e hidralazina para a pré-eclampsia (C) labetalol para a crise adrenérgica e esmolol para a pré-eclampsia (D) hidralazina para a crise adrenérgica e enalapride para a pré-eclampsia (E) hidralazina para a crise adrenérgica e labetalol para a pré-eclampsia 52 49 A febre reumática aguda é doença inflamatória que ocorre como sequela tardia de uma faringoamidalite pelo estreptococo B-hemolítico do grupo A de Lancefield. Na prescrição dos bloqueadores do receptor beta-adrenérgico, para tratamento da hipertensão arterial, é preciso observar que (A) esses agentes exercem também efeitos no sistema nervoso central e não atuam na inibição da liberação da renina, nos mecanismos de ação anti-hipertensiva. (B) esses agentes são particularmente indicados em pacientes hipertensos com taquicardia e não devem ser associados a um diurético. (C) o metoprolol e o atenolol possuem cardioseletividade para os receptores beta 1 e podem ser preferíveis para pacientes com obstrução brônquica e diabetes mellitus dependentes de insulina. (D) o medicamento pode ter suspensão abrupta sem causar qualquer interferência na atenuação ou no agravamento da isquemia. (E) os principais efeitos colaterais do uso desses medicamentos são fadiga, diminuição da tolerância ao exercício, aumento da condução AV, impotência sexual e claudicação intermitente. Sobre essa doença, é relevante considerar que (A) a artrite é a manifestação clínica mais frequente da febre reumática aguda, e o uso de anti-inflamatórios em quadros articulares iniciais prejudica a sua caracterização evolutiva. (B) a cardite é a manifestação mais importante e a única que pode provocar morte na fase aguda e deixar sequelas, expressando uma pancardite, sendo a pericardite a mais comum, seguida pela endocardite (valvulite). (C) a coreia afeta com maior frequência os meninos, e o período de incubação é mais longo que o das demais manifestações da febre reumática. (D) o eritema marginado é mais comum nos estágios iniciais da doença e menos frequente em pacientes com cardite e nódulos subcutâneos. (E) os nódulos subcutâneos, que ocorrem em pacientes com cardite grave, são raros, firmes, dolorosos e costumam durar por vários meses. 50 Entre os fármacos usados no tratamento da hipertensão arterial, encontram-se os diuréticos. A sua prescrição de longa data permite a consideração de que (A) amilorida e triantereno são poupadores de potássio e agem inibindo os canais de sódio epiteliais no néfron distal, sendo agentes anti-hipertensivos fortes. (B) tiazídicos, quando combinados com betabloqueadores e com bloqueadores dos canais de cálcio, promovem efeitos aditivos de redução da pressão arterial. (C) doses mais altas que as usuais de hidroclorotiazídicos devem ser usadas sem qualquer preocupação. (D) diuréticos tiazídicos não agem como vasodilatadores a longo prazo. (E) diuréticos de alça, geralmente, são reservados aos pacientes hipertensos com taxa de filtração glomerular reduzida. PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 53 Auxiliando na distinção entre doenças, são associações de manifestações que ocorrem, respectivamente, no tamponamento cardíaco e na pericardite constritiva, a (A) ausência da terceira bulha no tamponamento cardíaco e a presença na pericardite constritiva (B) presença do sinal de Kussmaul no tamponamento e a presença da terceira bulha na pericardite constritiva (C) presença da terceira bulha no tamponamento e a ausência do sinal de Kussmaul na pericardite constritiva (D) ausência do sinal de Kussmaul no tamponamento cardíaco e a presença de calcificações frequentes na pericardite constritiva (E) ausência comum de pulso paradoxal no tamponamento, cardíaco e a presença comum na pericardite constritiva 14 54 56 O eletrocardiograma não apresenta alterações específicas ou patognomônicas na febre reumática. Na avaliação laboratorial das cardiomiopatias dilatadas, restritiva e hipertrófica, existem várias diferenças. Entre as possíveis alterações eletrocardiográficas, podemos encontrar a presença de Dentre elas, destacam-se as informações contidas na seguinte afirmação: (A) arritmias com grande frequência e, geralmente, de caráter maligno. (B) supradesnivelamento do segmento ST de mais de 1,5 mm nas derivações precordiais, sugerindo o diagnóstico de miocardite. (C) alongamento do intervalo PR, como uma das modificações mais importantes, sem ser considerado critério menor para o diagnóstico da cardite. (D) intervalo PR variando normalmente de acordo com a idade do paciente e a frequência cardíaca, sendo considerados como normais os valores até 0,30 segundos em crianças e valores maiores que 0,20 segundos em adultos. (E) aumento do intervalo QT, corrigido pela frequência cardíaca (QTc), apontado como uma das alterações eletrocardiográficas mais comuns na febre reumática aguda, o que identifica doença ativa com presença de cardite. (A) A radiografia de tórax mostra aumento leve da silhueta cardíaca na forma dilatada e aumento acentuado na hipertrófica. (B) O eletrocardiograma evidencia baixa voltagem e distúrbios na condução na forma restritiva, anormalidades no segmento ST e na onda T, e ondas Q normais na forma hipertrófica. (C) No ecocardiograma, observam-se dilatação e disfunção ventriculares esquerdas na forma dilatada, aumento na espessura da parede ventricular esquerda e função sistólica normal ou levemente reduzida na forma restritiva. (D) A cintigrafia miocárdica revela função sistólica aumentada na forma restritiva e função sistólica diminuída na forma hipertrófica. (E) O cateterismo cardíaco evidencia diminuição das pressões de enchimento à esquerda e à direita, na forma restritiva, e elevação, somente à esquerda, na forma hipertrófica. 55 57 O prolapso da válvula mitral possui diversas sinonímias, entre elas a síndrome de Barlow e a da valva flácida. Muitas espécies de bactérias e fungos podem causar episódios esporádicos de endocardite. Umas poucas espécies bacterianas, porém, causam a maioria dos casos. A respeito desse usual acometimento, tem-se que ele apresenta um(a) Quanto à etiologia da endocardite infecciosa, procede a afirmação de que (A) espectro que pode variar de simples clique e sopro sistólico com prolapso leve até insuficiência mitral, mais grave em pacientes jovens e no sexo feminino. (B) ocorrência maior no sexo feminino, na faixa etária de 15 a 30 anos, e o achado mais característico é o clique meso ou telessistólico, que ocorre após a primeira bulha. (C) ocorrência de arritmias extrassístoles ventriculares, taquicardia supraventricular paroxística, taquicardia ventricular e fibrilação atrial e ventricular, sem presença de cliques múltiplos, sendo seguido por um sopro telessistólico agudo em crescendo-decrescendo, antes da primeira bulha. (D) evolução rápida e com gravidade, podendo causar morte súbita com maior frequência nos pacientes com insuficiência mitral grave e aumento da função sistólica do ventrículo esquerdo. (E) possibilidade de endocardite infecciosa em pacientes com insuficiência mitral e/ou espessamento das cúspides, sendo contraindicados exercícios isométricos e posição de cócoras, que aumentam o prolapso e a intensidade do sopro. (A) a endocardite associada a marca-passo transvenoso e/ou a desfibrilador é causada por Corynebacterium e P. aeruginosa. (B) a endocardite, que ocorre em usuários de drogas injetáveis, em especial quando envolve a valva tricúspide, é comumente causada por cepas Coryne-bacterium e de Candida. (C) a endocardite de valva protética, que surge em até dois meses após a cirurgia valvar, tem como principais agentes etiológicos a Pseudomonas aeruginosa e a Candida. (D) as infecções valvares do lado esquerdo em adictos, que possuem etiologia mais variada em relação às que acometem o lado direito, apresentam como principais agentes P. aeruginosa e espécies de Candida. (E) cerca de 85% das cepas de Estafilococos coagulase negativos, que causam endocardite de valva protética em até doze meses após a cirurgia, são sensíveis a meticilina. 15 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 58 Em relação à endocardite de Loffler ou endocardite fibroblástica, tem-se que a(o) (A) imagem cardíaca revela, principalmente, espessamento do ventrículo esquerdo, em especial da parede póstero-basal. (B) ocorrência de hepatoesplenomegalia é comum, e o tratamento com diuréticos, anticoagulantes e glicocorticoides está contraindicado formalmente. (C) tratamento cirúrgico é formalmente contraindicado. (D) dano cardíaco, aparentemente, não é o resultado dos efeitos dos tóxicos das proteínas eosinofílicas. (E) espessamento intenso do endocárdio de um ou de ambos os ventrículos, sem comprometimento do miocárdio subjacente, é característico. 59 R A S C U N H O O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune na qual órgãos e células sofrem algum dano mediado por autoanticorpos e imunocomplexos. A prevalência das manifestações cardíacas é alta. Entre elas, destaca-se a(o) (A) pericardite, a mais comum e a mais grave manifestação cardíaca, que, com frequência, resulta em tamponamento e necessita comumente de terapia glicocorticoide e/ou imunossupressora. (B) miocardite, que é acompanhada por taquicardia desproporcional, febre e anemia, pela presença de arritmias, de galope, de cardiomegalia e de insuficiência cardíaca, provocada pela própria doença. (C) presença de pericardite, que, em mulher jovem, deve levantar a suspeita diagnóstica de lúpus, sobretudo, se acompanhada de derrame, comumente hemorrágico. (D) acometimento endocárdico, que pode resultar em insuficiência das valvas mitral ou aórtica, com presença rara de êmbolos indicadores de superposição de endocardite bacteriana. (E) diagnóstico clínico da endocardite de Libman Sacks, devido à riqueza de manifestações proporcionadas pela lesão. 60 A pericardite aguda possui grande riqueza de alterações no exame físico e nos exames complementares. A partir dessas informações, ocorrem (A) eletrocardiograma com elevações difusas do segmento ST, desvio do segmento PR (mesmo sentido em polaridade ao segmento ST), sinal de Ewart e nível sérico normal da troponina. (B) elevação sérica de cpk e troponina, sinal de Ewart e elevações difusas do segmento ST no eletrocardiograma. (C) derrame pericárdico com tamponamento cardíaco, ausência de pulso paradoxal e diminuição sérica da troponina. (D) alargamento da silhueta cardíaca, desvio do segmento PR no eletrocardiograma (mesmo sentido em polaridade ao segmento ST) e sinal de Ewart. (E) bulhas abafadas, sinal de Ewart e infradesnivelamento do segmento ST no eletrocardiograma. PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA 16 O H N U C S A R 17 PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO INTEGRADO MÉDICO CARDIOLOGISTA