PACHECO, Anelise Maidana. Produção de hortaliças com uso

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FARROUPILHA
CAMPUS JÚLIO DE CASTILHOS
CURSO TÉCNICO AGRÍCOLA COM HABILITAÇÃO EM AGRICULTURA
PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS COM O USO RACIONAL DE
INSUMOS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Anelise Maidana Pacheco
Júlio de castilhos,RS,Brasil
2010
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FARROUPILHA
CAMPUS JÚLIO DE CASTILHOS
CURSO: TÉCNICO EM AGRICOLA COM HABILITAÇÃO EM AGRICULTURA
PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS COM USO RACIONAL DE
INSUMOS
Por
Anelise Maidana Pacheco
Relatório de estágio profissional apresentado como, requisito parcial para
obtenção do título de Técnico Agrícola com Habilitação em Agricultura, do Instituto
Federal Farroupilha - Campus Júlio de Castilhos.
ORIENTADOR(a): Professora Carla Medianeira Bertagnolli
Júlio de Castilhos, RS, Brasil
2010
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.0 Estagiário
1.1 Nome: Anelise Maidana Pacheco
1.2 Curso: Técnico Agrícola com Habilitação em Agricultura
1.3 Turma:10
1.4.Endereço: Bairro União, Rua: Américo Reginatto, 58
1.5 Município: Júlio de Castilhos
1.6 Estado: Rio Grande do Sul
1.7 Cep: 98130-000
1.8 Telefone(S): (55) 99070775
(55) 91910958
1.9 E-mail: [email protected]
2.0 Empresa:
2.1 Nome: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha Campus
Júlio de Castilhos
2.2 Endereço: Localidade São João do Barro Preto-Interior
2.3 CEP: 98130-000 Caixa postal: 38
2.4 Caixa Postal:38
2.5 Fone(s): (55) 99797648/99264341
2.6 E-mail: [email protected]
3.0 Estágio:
3.1 Área: Olericultura
3.2Professora orientadora no IFF-Campus Júlio de Castilhos: Professora Carla
Medianeira Bertagnolli
3.3 Supervisor da Instituição: Professor Jovani Luzza
3.4.Carga horária: 420 horas
3.5.Data de início e término: 24/8/2009 a 10/12/2009
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FARROUPILHA
CAMPUS JÚLIO DE CASTILHOS
CURSO TÉCNICO AGRÍCOLA COM HABILITAÇÃO EM AGRICULTURA
O supervisor do estágio Prof0Jovani Luzza, a orientadora do IFF Prof0 Carla
Bertagnolli e a estagiária Anelise Maidana Pacheco, abaixo assinados, cientificam –
se do teor do relatório de estágio curricular supervisionado do curso técnico em
agricultura.
PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS COM USO RACIONAL DE INSUMOS
Elaborada por
Anelise Maidana Pacheco
Como pré-requisito para a obtenção parcial do título Técnico Agrícola com
Habilitação em Agricultura.
(Profº Engº Agrônomo) Jovani Luzza
(Supervisor)
(Prof0 Eng0 .Agrônoma) Carla Bertagnolli
(Orientadora)
Anelise Maidana Pacheco
(Estagiária)
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Sérgio e Rita, pois em toda a minha vida
estiveram ao meu lado apoiando as minhas decisões. Á vocês deixo minha eterna
gratidão. Pois nos momentos de dificuldade me ajudaram a enfrentar com garra e
determinação os obstáculos da vida sem desistir, por mais adversos que fossem.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------8
2 HISTÓRICO--------------------------------------------------------------------------------------------9
3 CULTURA DA ALFACE(Lactuca sativa) ---------------------------------------------------10
3 1 Composição e utilização----------------------------------------------------------------------10
3.2 Cultivares------------------------------------------------------------------------------------------10
3.3 Exigências climáticas e época de plantio-----------------------------------------------11
3.4 Exigências edáfidas----------------------------------------------------------------------------11
3.5 Preparo do solo e adubação----------------------------------------------------------------11
3.6 Produção de mudas e plantio --------------------------------------------------------------12
3.7 Necessidades hídricas e irrigação--------------------------------------------------------12
3.8 Manejo de pragas e doenças----------------------------------------------------------------13
3.8.1Mofo branco (sclerotínea sp)--------------------------------------------------------------13
3.9 Colheita e pós-colheita------------------------------------------------------------------------14
3.10 Atividades desempenhadas durante o estágio--------------------------------------14
3.10.1 Produção de mudas em bandejas--------------------------------------------------------14
3.10.2 Transplante de mudas-----------------------------------------------------------------------15
3.10.3 Tratos culturais--------------------------------------------------------------------------------15
3.10.4 Colheita-----------------------------------------------------------------------------------------16
4. CULTURA DO TOMATE (Lycopersicum sculentum) ---------------------------------17
4.1 Utilização e composição----------------------------------------------------------------------17
4.2 Cultivares------------------------------------------------------------------------------------------17
4.3 Exigências climáticas -------------------------------------------------------------------------18
4.4 Exigências edáfidas----------------------------------------------------------------------------18
4.5 Sistema de cultivo em estufa ---------------------------------------------------------------19
4.5.1 Preparo do solo e adubação----------------------------------------------------------------19
4.5.2 Produção de mudas e transplante---------------------------------------------------------20
4.6 Necessidades hídricas------------------------------------------------------------------------20
4.7 Poda e tutoramento----------------------------------------------------------------------------20
4.8 Colheita---------------------- ----------------------------------------------------------------------20
4.9 Sistema de cultivo com plástico preto(Mulching)------------------------------------21
4.10 Atividades desempenhadas durante o estágio--------------------------------------21
7
4.10 1 Produção de mudas--------------------------------------------------------------------------21
4.10.2 Implantação do mulching-------------------------------------------------------------------22
4.10.3 Transplante de mudas-----------------------------------------------------------------------22
4.10.4 Tratos culturais -------------------------------------------------------------------------------23
5.CULTURA DA CENOURA (Daucus carota)------------------------------------------------24
5.1 Composição e utilização ---------------------------------------------------------------------24
5.2 Cultivares------------------------------------------------------------------------------------------24
5.3 Exigências climáticas -------------------------------------------------------------------------25
5.4 Exigências edáfidas----------------------------------------------------------------------------25
5.5 Preparo do solo e adubação ----------------------------------------------------------------25
5.6 Instalação da cultura---------------------------------------------------------------------------26
5.7 Desbaste-------------------------------------------------------------------------------------------26
5.8 Necessidades hídricas------------------------------------------------------------------------26
5.9 Colheita---------------------------------------------------------------------------------------------27
5.10 Atividades desempenhadas durante o estágio--------------------------------------27
5.10.1 Plantio-------------------------------------------------------------------------------------------27
5.10.2 Tratos culturais--------------------------------------------------------------------------------27
5.10.3 Colheita-----------------------------------------------------------------------------------------27
6 DIA DO CAMPUS-----------------------------------------------------------------------------------28
7 CONCLUSÃO----------------------------------------------------------------------------------------29
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS-----------------------------------------------------------30
8
1 INTRODUÇÃO
A produção de hortaliças é uma prática que deve ser levada em
consideração, pois o processo de produção requer práticas de manejo adequadas e
cuidadosas, por isso a exigência de mão de obra qualificada, para que a produção
final seja satisfatória. Pois as hortaliças são importantes para a alimentação humana
devido aos inúmeros benefícios que o seu consumo traz para a saúde humana
devido á presença de vitaminas, carboidratos entre outros.
A prática do estágio proporciona ao aluno o contato com o mundo do trabalho,
que lhe proporciona a percepção de como ele deve proceder no exercício de sua
profissão, além de por em prática os conhecimentos práticos e científicos adquiridos
em aula e com o acréscimo de outros novos conhecimentos. Com relação ao
convívio no local de estágio ele proporciona ao estagiário aprender a se posicionar
perante as situações problema que aparecem durante o período de estágio, que o
torna um profissional capaz de tomar decisões eficazes para solucionar quaisquer
problemas que aparecerem.
E o principalmente a tomada de decisão na área de atuação ou se realmente
ele tem afinidade com a profissão escolhida.
O estágio foi realizado no Setor de Olericultura do Instituto Federal
Farroupilha na cidade de Júlio de Castilhos. O setor possui uma área de horta 0,5 ha
de e três estufas. O estágio abrangeu diversas culturas olerícolas, as principais
produzidas foram a cultura da alface, tomate e cenoura, além de um dia atípico no
estágio que foi o Dia do Campus.
Este trabalho visa contextualizar as culturas
desde a produção de mudas até a colheita com fundamentação teórica em livros e
após cada cultura o relato das práticas relacionadas á cultura.
O estágio teve início no dia 24 de agosto de 2009 e término no dia 10 de
Dezembro de 2009.
9
2 HISTÓRICO
O local onde hoje está constituído o Instituto Federal Farroupilha Campus
Júlio de Castilhos era em 1922 uma charqueada, denominada, “São João”. Devido
ás variações do mercado internacional, o produto entra em decadência, e a
charqueada fecha suas portas. No ano de 1961, o local dá lugar a um grupo escolar
denominado “Centro Cooperativo de Treinamento Agrícola“, que buscava formar
jovens para trabalhar no meio rural. Em 1988 sob a administração municipal,
começa a Escola Municipal Agropecuária Júlio de Castilhos, atendendo alunos de 5A
a 8A série do ensino fundamental integrado com o ensino técnico agrícola.
Com o fechamento da escola o governo municipal de Júlio de Castilhos, o
governo Federal e o Centro Federal de Educação Tecnológica de São Vicente do
Sul uniram esforços para viabilizar a criação da unidade de Ensino Descentralizada
a UNED, sendo que as atividades educacionais iniciam em 25 de Fevereiro de 2008.
a lei n 11.892, de 29 de Dezembro de 2008, publicada no diário oficial da União de
30 no subseqüente criou os Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia e
a portaria MEC n 4, de 6 de Janeiro de 2009, publicada no Diário oficial de União de
07 subsequente, estabeleceu a relação dos campi componentes do Instituto Federal
Farroupilha, onde foi inserido Campus Júlio de Castilhos.
10
3 CULTURA DA ALFACE (Lactuca sativa)
A alface (Lactuca sativa) pertence à família Asteraceae, originária da Ásia.
Considerada uma cultura antiga, pois no Império Romano e na antiga Grécia as
folhas eram consumidas para a alimentação humana (ALMEIDA, 2006)a.
É muito apreciada em forma de salada devido ao seu sabor adocicado e o
baixo teor de calorias. A sua produção ocorre em zonas temperadas. A alface
encontra-se entre as cinco hortaliças de maior movimento financeiro na CEASA RS.
3.1 Composição e utilização
A alface possui uma série de efeitos benéficos para a saúde humana. Por
possuir fibras e vitaminas, além de auxiliar em tratamentos fitoterápicos (ALMEIDA,
2006)a
A alface é cultivada pelas folhas, normalmente consumidas cruas em saladas.
As folhas são essencialmente constituídas por água, mas fornecem vitaminas,
minerais e fibra à dieta humana. O valor nutritivo varia em função da cor das folhas:
as folhas esbranquiçadas do interior do repolho são menos nutritivas do que as das
folhas exteriores. As principais vitaminas são A e C, sendo que as alfaces Romanas
tendem a ser mais ricas em fibras, vitaminas e minerais do que as alfaces repolho
(ALMEIDA, 2006)a. Com relação aos efeitos fitoterápicos a alface possui efeito
sedativo e calmante.
Se as técnicas culturais forem inadequadas ou o solo e a água for poluída a
alface pode acumular em sua composição metais pesados e materiais nocivos
(ALMEIDA, 2006)a.
3.2 Cultivares
A) Repolhuda ou manteiga com folhas verdes escuras e tenras, lustrosas e
onduladas, possui o miolo firme e ondulado e cor amarelo creme.
B) Crespas (não forma repolho) As suas folhas são soltas, largas, crespas e com cor
verde amarelada. Variedades; Verônica, Brisa etc.
11
C) Romana: Tem folhas lisas e compridas de cor verde claro e miolo macio
Variedades: Mimosa
D) Crocantes: Possuem folhas grossas e tenras com cor verde escura. Variedades:
Boston.
3.3 Exigências climáticas e época de plantio
A cultura possui plantas que suportam geadas pouco intensas, dependendo
das cultivares. Se as temperaturas são inferiores a 7 ºC o crescimento é reduzido e
temperaturas superiores a 33 ºC favorecem a floração, deixando as folhas amargas.
A formação do repolho da alface é influenciada pela temperatura, luminosidade. O
produtor deve sempre utilizar cultivares compatíveis com a região e estação do ano,
para evitar prejuízos (SOUZA e RESENDE, 2006).
3.4. Exigências edáfidas
A alface pode ser cultivada em vários tipos de solo. Obtendo melhores
resultados em solos argilosos e ricos em matéria orgânica, exigindo solos com ph
próximo a
6,0. Em solos ácidos há a necessidade de aplicação de calcário,
mediante análise de solo, que possibilita aplicar a quantidade necessária do mesmo.
A sensibilidade a salinidade é considerada moderada, embora existam
diferenças entre cultivares. Deve-se lavar o solo se a cultura for efetuada em estufa
após uma cultura abundantemente fertilizada, como por exemplo o tomate que deixa
excesso de sais. (ALMEIDA, 2006)a
3.5 Preparo do solo e adubação
A
cultura
é
pouco
exigente
em
nutrientes,
embora
o
pequeno
desenvolvimento radicular seja de rápido crescimento e necessite de nutrientes
disponíveis com facilidade. Segundo Almeida (2006)a, deve-se preparar o solo com
a gradagem, com enxada rotativa ou somente levantar o canteiro sem revolvimento,
o local destes deve ser ensolarado e ventilado e a largura dos canteiros geralmente
é de um a dois metros.
12
A adubação orgânica pode ser realizada à lanço, antes do preparo dos
canteiros, em solos já enriquecidos. Entretanto, para o primeiro ano de manejo
orgânico, recomenda-se abrir covas e adubar de forma localizada. Após ter sido
preparado o canteiro definitivo aplicar-se 200 gramas de composto úmido ou 100
gramas de esterco curtido por cova (ALMEIDA, 2006)a. Na fertilização com adubo
químico, indica-se a aplicação de 50 a 130 Kg de Nitrogênio e 30 a 50 kg de
Potássio por hectare. O Nitrogênio deve ser fracionado em 3 a 4 aplicações. Outros
nutrientes também podem ser aplicados conforme as deficiências da planta (SOUZA
e RESENDE, 2006).
3.6 Produção de mudas e plantio
O processo da semeadura da alface pode ocorrer diretamente no campo,
principalmente no cultivo em larga escala. Outro processo usado é através do
transplante de mudas, produzidas em bandejas de isopor e colocadas em local
protegido,sendo utilizado em áreas menores
Em ambiente protegido o plantio é sempre realizado via transplante, em solo
preparado antecipadamente. O espaçamento pode ser de 25 cm x 25 cm ou 30 cm x
30 cm dependendo da cultivar escolhida (ALMEIDA, 2006)a
3.7 Necessidades hídricas e irrigação
Sistema de irrigação localizado onde a água é aplicada diretamente no solo
por meio de tubos gotejadores O que deixa a parte superior e a folhagem seca e
menos susceptíveis a fungos (ALMEIDA, 2006)a.
A água é essencial no início do ciclo cultural. Já excesso de hídrico na fase
final do ciclo favorece a incidência de podridões do solo (Sclerotínea sp) (ALMEIDA,
2006)a
Como a alface é uma cultura muito exigente em água, a irrigação é um meio
de assegurar bons índices de produtividade. No Brasil está muito difundido o
sistema de irrigação por gotejamento (figura abaixo).
Este sistema é de suma importância no quesito economia de água e de
energia, além de aumentar a produtividade.
13
Figura 1 – Vista superior de um canteiro no interior da estufa após o transplante e a
instalação do sistema de irrigação (Foto da autora).
3.8 Manejo de pragas e doenças
As ervas daninhas prejudicam o desenvolvimento da cultura, para erradicá-las
devem-se arrancar as mesmas com raiz, com a enxada ou as mãos.
Quanto a doenças, devem-se observar os devidos cuidados para diagnosticar
o patógeno em sua fase inicial para uma maior eficácia no método de controle. A
cobertura do solo com polietileno negro ou materiais orgânicos permite combater as
infestantes de solo (ALMEIDA, 2006)a.
3.8.1 Mofo branco ( Sclerotínea sp )
Uma das principais doenças é o Mofo Branco (Sclerotinea sp), que é uma
doença fungica que permanece no solo por muito tempo se a área possui plantio
contínuo da mesma cultura. É uma doença de evolução rápida que, de acordo com
Souza e Resende, (2006), o fungo coloniza toda a região basal e provoca o
apodrecimento generalizado do caule e das folhas basais associado ao tecido
necrosado, verifica-se a presença de uma massa branca.
Esta doença não possui um tratamento específico, somente pode ser
solucionada com a rotação de culturas, Segundo Souza e Resende, (2006) a
rotação de cultura consiste em substituir a cultura atual por outra espécie
14
pertencente a uma família diferente. No caso da cultura da alface indicam-se a
rotação com beterrabas, cenouras ou vagens.
3.9 Colheita e pós colheita
A colheita é realizada manualmente no momento em que a planta atinge o
seu desenvolvimento máximo. Nas culturas de primavera/verão 6 a 8 semanas após
o plantio e nos cultivos de inverno de 10 a 12 semanas após o plantio (Almeida,
2006)a.
A alface é um produto perecível, com taxas de respiração moderada e
sensível ao etileno e a perda de água, por isso, deve-se evitar a exposição ao
etileno durante toda a vida pós colheita. (ALMEIDA, 2006)a. Para a melhor
conservação das alfaces deve-se deixa-las em sacos fechados á vácuo ou em
baixas temperaturas.
3.10 Atividades desempenhadas durante o estágio
3.10.1 Produção de mudas em bandejas
Bandejas para produção de mudas são recipientes fabricados com materiais
sintéticos, normalmente isopor. Seu tamanho varia em número de célula conforme a
cultura que se deseja cultivar.
A produção de mudas iniciou no dia 27 de agosto com o preenchimento das
bandejas de 288 células com substrato. Após todas as células serem preenchidas,
com o dedo fazia-se “covinhas” no interior da célula e inseriam-se sementes nesses
orifícios, sendo imediatamente completadas com substrato. Posteriormente, as
bandejas eram colocadas em uma bancada na estufa das mudas, sendo feita à
irrigação manual com regador de crivo fino para evitar a fuga de substrato das
bandejas.
15
3.10.2 Transplante de mudas
No dia 8 de setembro as mudas já estavam aptas para o transplante. O
transplante foi realizado em dois canteiros da estufa que tinham as dimensões de
1,25 m de largura por 10m de comprimento. O preparo dos canteiros ficou a cargo
de um funcionário e o processo de transplante ficou sob a responsabilidade da
estagiária. O processo iniciava com a marcação do espaçamento nos canteiros, com
o auxilio de um espaçador de madeira distanciado 25 cm entre linhas e 25 cm na
linha.
O transplante foi realizado manualmente e as mudas mais vigorosas eram
selecionadas e retiradas da bandeja com espátula para não danificar as mudas, logo
após, as mudas eram transplantadas no canteiro através das perfurações do
espaçador, sendo fixadas no solo com o auxílio das mãos.
3.10.3 Tratos culturais
Após o transplante, duas vezes ou mais ao dia, realizava-se a irrigação por
gotejamento, principalmente em dias de temperatura elevada. A capina das
entrelinhas era realizada sempre quando as invasoras eram incidentes.
Houve a ocorrência da doença mofo branco, a qual danificou diversas plantas
em um dos canteiros,sua ocorrência se deu devido a alta umidade e a elevada
temperatura e pode ser solucionada com rotação de culturas.
16
3.10.4 Colheita
A cultura estava apta para a colheita,(Figura abaixo) 30 dias após o
transplante. O processo de colheita era realizado de segunda-feira a sexta-feira,
eram colhidos dez a doze unidades, estes destinados ao refeitório da instituição para
o consumo no almoço de servidores e alunos.
Figura 2 – Vista superior de um canteiro no interior da estufa após o transplante e no
ponto de colheita (Foto da autora).
17
4 CULTURA DO TOMATEIRO (Lycopersicum sculentum)
O tomate pertence à família das solanáceas, é originário de uma região
costeira entre o Equador e o Chile, foi domesticada no México pelos Astecas no
século XV e foi introduzida em solo europeu como planta ornamental devido à idéia
que os frutos eram venenosos.
O tomateiro é uma planta de estatura arbustiva, perene, mas cultivada como
anual. (ALMEIDA, 2006)b
As plantas podem apresentar porte variável entre 0,5 a 2 metros de altura.
Possui cultivares de crescimento determinado e indeterminado. Além de frutos dos
mais variados formatos e tamanhos.
4.1 Utilização e composição
Segundo Almeida (2006)b, O tomate é um produto que pode ser
comercializado fresco ou processado. O tomate fresco pode ser consumido cru ou
cozido. O tomate apresentado pela indústria apresenta-se na forma de concentrado,
enlatado (cubos ou em pedaços) ou desidratado. O concentrado base é o principal
produto industrial, apartir do qual se fabricam os molhos, ketchup, e sopas. O fruto é
rico pró vitamina A e vitamina C. Além disso, é rico em Licopeno, o Caroteno
responsável pela cor vermelha, que lhe confere uma elevada capacidade
antioxidante. Quanto ao teor calórico 100 gramas de tomate maduro possuem 18
kcal.
4.2 Cultivares
A) Grupo Santa Cruz: A planta é alta de crescimento indeterminado, a haste
principal ultrapassa 2 m de altura em culturas tutoradas e podadas conduzidas á
campo. Não é um tomate que compense o cultivo em casa de vegetação, em razão
da elevada rusticidade. (FILGUEIRA, 2008)
18
B) Grupo Salada: A planta, na maioria das cultivares, apresenta hábito de
crescimento indeterminado, sem do apropriada para a cultura tutorada. Entretanto,
também há algumas cultivares de porte, determinado. Os frutos são de formato
globular. (FILGUEIRA, 2008)
C)Grupo Cereja: As plantas são de crescimento indeterminado, sendo conduzidas
com suporte, em campo ou em casa de vegetação. Os frutos são minúsculos,
biloculares, com atrativa coloração vermelho-brilhante, lembrando uma cereja.
(FILGUEIRA, 2008)
D)Grupo Italiano ou saladete: O Hábito de crescimento é indeterminado, a planta é
menos enfolhada. Os frutos são de porte grande e de formato globulares
(FILGUEIRA, 2008)
E)Grupo agroindustrial: As plantas são de porte determinado, com haste principal,
apresentando inflorescência terminal. Mostram-se mais ramificadas, com porte bem
menor, e mais compactas em relação as outras cultivares. (FILGUEIRA, 2008)
F) Grupo longa vida: A planta é de porte indeterminado, produtiva. Os frutos são
firmes e apresentam boa conservação.
4.3 Exigências climáticas
O tomate é uma cultura de estação quente, exigente em temperatura e
sensível à geada. No entanto existe uma grande quantidade de cultivares,
adaptadas a uma ampla faixa de variação condições climáticas. (ALMEIDA, 2006)b.
Em ambiente protegido estufa é possível proteger a cultura do frio e intempéries, o
que assegura uma maior produtividade.
Para que as sementes germinem a temperatura do solo ou substrato deve ser
de 18 a 300C. (ALMEIDA, 2006)b A fase exclusivamente vegetativa é de curta
duração, uma vez que a diferenciação da primeira inflorescência ocorre quando a
terceira folha verdadeira está em expansão, cerca de 4 semanas após a fase de
sementeira.Nas cultivares de crescimento indeterminado, o desenvolvimento
vegetativo
ocorre
concomitantemente
com
o
desenvolvimento
reprodutivo
19
(ALMEIDA, 2006)b. A entrada na floração ocorre não exige condições ambientais
para seu início, porém temperaturas próximas a 100C , a favorecem.
A formação dos frutos resulta de uma seqüência de processos, que inclui a
polinização, germinação dos grãos de pólen, crescimento do tubo polínico,
fertilização e pegamento dos frutos. (ALMEIDA, 2006)b O amadurecimento do fruto
é regulado pelo etileno.
4.4 Exigências edáfidas
Segundo Almeida (2006)b, A cultura adapta-se bem em diversos tipos de
solo, preferindo, no entanto, solos profundos de textura franca ou areno argilosos e
bem drenados. As plantas não toleram o encharcamento do solo, especialmente nas
fases de emergência e de maturação dos frutos.
A cultura tem sensibilidade à salinidade. De acordo com o descrito por Almeida
(2006)b Níveis de salinidade elevados provocam uma redução da produtividade,
mas favorecem alguns aspectos qualitativos dos frutos, como por exemplo, no teor
de sólidos solúveis. Valores de pH entre 5,5 e 7,0 são adequados para a cultura do
tomate.
4.5 Sistema de cultivo em estufa:
A cultura em estufas, além de proteger a cultura, é a única forma de produzir
tomate de qualidade em regiões com condições climáticas não adequadas ao
cultivo.
Em regiões que apresentam condições climáticas propicias a cultura, a
produção em estufa permite antecipar a colocação de frutos no mercado ao alongar
o ciclo cultura, obtendo produção fora de época (SOUZA e RESENDE, 2006).
4.5.1 Preparo do solo e adubação:
A desinfecção do solo faz parte de um programa de condução de culturas em
estufa e deve ser efetuada periodicamente. Normalmente, a desinfecção do solo
elimina as infestantes. (ALMEIDA, 2006)b
20
Segundo Almeida (2006)b A mobilização do solo deve permitir incorporar a
fertilização de fundo, deixar o terreno nivelado, facilita a infiltração de água e o
arejamento.
Com relação á adubação. De acordo com o descrito por Almeida (2006)b
Para a produção de frutos de qualidade, a cultura necessita de um reforço da
adubação potásica. A razão N: 1:2 ou 1:3. A adubação de fundo deve manter os
níveis de fósforo e de Potássio em valores médios.
4.5.2 Produção de mudas e transplante:
A produção das mudas ocorre em estufas, em tabuleiros alveolados com
substrato a base de turfa e colocadas em local fechado, dias após os tabuleiros são
colocados em local arejado O transplante pode efetuar-se quando as plantas
apresentarem de três a quatro folhas verdadeiras (12 cm de altura) o que ocorre 4 a
6 semanas após a semeadura (ALMEIDA, 2006)b.
Segundo Souza e Resende (2006), o espaçamento entre as linhas pode ser
de variar de 35 a 125 cm e a densidade pode ser de três a três plantas e meia por
metro linear.
4.6 Necessidades hídricas:
Na fase de floração e pegamento dos frutos, o déficit hídrico provoca a
diminuição do número de frutos, enquanto nas fases de crescimento e maturação
provoca uma diminuição do seu peso unitário e aumento do teor de sólidos solúveis.
(ALMEIDA, 2006)b.
4.7 Poda e tutoramento:
O processo de condução do tomateiro pode ser realizado de diversas
maneiras, destaca-se a condução com haste única, que consiste em eliminar todos
os ramos laterais e também quando a planta atinge 2 m de altura faz-se a desponta,
para evitar o crescimento excessivo da planta.
21
O tutoramento torna-se indispensável devido à altura que atingem as plantas,
e normalmente é efetuada utilizando fios de ráfia que se enrolam em torno da planta
(SOUZA e RESENDE, 2006).
4.8 Colheita:
A colheita do tomate em estufa é efetuada manualmente, de forma escalonada. O
tomate para o consumo fresco pode ser colhido em qualquer estado de
amadurecimento desde verde maturo ao maduro. O tomate verde maturo pode ser
tratado com etileno para amadurecer após a colheita. Os frutos podem ser colhidos
com ou sem o cálice. A produtividade do tomate em estufa varia entre 90 a 150 t/há,
(ALMEIDA, 2006)b
4.9 Sistema de cultivo com plástico preto (Mulching):
É a proteção do solo (canteiros ou camalhões) com plástico preto permitindo
reduzir as perdas de nitrogênio por lixiviação e volatilização, tornando o elemento
disponível a cultura.
A cobertura do solo é uma forma de luta cultural contra as doenças do solo,
pois evita que as folhas fiquem em constante contato com o solo. A utilização do
polietileno negro evita o crescimento das infestantes. (ALMEIDA, 2006)b
Além de evitar o aparecimento de plantas invasoras nas linhas, reduz a perda de
água e mantém o canteiro ou camaleão bem estruturado.
De acordo com o descrito por Almeida (2006)b verificou-se um acréscimo de
produtividade significativo na cultura do tomate quando este era cultivado utilizando
o Mulching.
4.10. Atividades desempenhadas durante o estágio
4.10.1 Produção de mudas
A cultura do tomate foi implantada em estufa no dia 7 de Outubro. As
cultivares utilizadas foram a Paulista e Gaúcho escolhidas devido á disponibilidade
de suas sementes no momento. O processo iniciou com a produção das mudas,
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onde duas bandejas de isopor foram preenchidas com substrato misto do tipo turfa e
com objeto pontiagudo, abriu-se pequenas perfurações nas células. Três ou mais
sementes foram inseridas em cada células e com cuidado, o substrato foi espalhado
sobre a bandeja e nivelado com as mãos, logo após, as bandejas foram irrigadas
com regador manual de crivo fino. Então, as bandejas foram cobertas com
polietileno e colocadas abaixo das bancadas da estufa de produção de mudas.
Quando os cotilédones emergiram as bandejas eram descobertas e colocadas em
cima das bancadas para que completassem o seu ciclo
A partir desse momento as plantas eram irrigadas sempre que necessário.
Em algumas células duas ou mais sementes germinaram, então, as plantas mais
vigorosas permaneciam na bandeja e as demais eram retiradas manualmente.
4.10.2 Implantação do mulching:
A montagem do sistema mulching iniciou com a confecção dos camalhões
dentro da estufa esta etapa foi realizada pelos funcionários. O restante sob a
responsabilidade da estagiária: as mangueiras da irrigação foram posicionadas na
parte superior dos camalhões. Com o auxilio de um ancinho canaletas foram
escavadas, logo após o plástico preto foi desenrolado estendido sobre o camalhão,
as suas pontas laterais foram introduzidas no interior das canaletas e cobertas com
solo. Posteriormente o solo nu das entrelinhas foi compactado com a ajuda dos pés
e do ancinho como objetivo de fixar o plástico, de maneira uniforme em toda a
extensão das estufas, por fim com um regador as entrelinhas foram umedecidas
para compactar ainda mais o solo.
4.10.3 Transplante de mudas:
Quando as mudas apresentaram três folhas verdadeiras, (foto abaixo) o
transplante foi realizado da seguinte maneira: as bandejas eram transportadas para
a estufa definitiva, com uma espátula as mudas eram retiradas da bandeja com o
cuidado para não danificar as raízes. Posteriormente, um objeto perfurante com
orifício central perfurou o mulching colocado sobre os camalhões. Após todos os
camalhões perfurados, as mudas eram dispostas nos orifícios e pressionadas para
baixo para fixá-las no solo.
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Figura 3: bandeja com mudas de tomate prontas para o
transplante. (Foto autora)
4.10.4 Tratos culturais:
Após o plantio era necessário ativar a irrigação por gotejamento em média
duas vezes ao dia, durante 20 minutos.
Á medida que as plantas cresciam era necessário realizar o tutoramento, com
fios de ráfia amarrados na base da planta e entrelaçados no seu caule, sempre com
cuidado para evitar o estrangulamento do caule.
Como foi adotado o sistema de haste única, a desbrota, que é retirada das
brotações entre os galhos do tomateiro.
Não foram detectadas nenhuma doença ou praga nas plantas de tomateiro.
Foi possível acompanhar quase a totalidade do ciclo do tomateiro, apenas não foi
possível acompanhar o amadurecimento dos frutos, devido ao término do estágio.
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5 CULTURA DA CENOURA ( Daucus carota)
A cenoura (Daucus carota) pertence á família das apiáceas. Originária do
Afeganistão e Turquestão, e uma das hortaliças do tipo raiz mais importante do
mundo Almeida (2006)a. Segundo Souza e Resende (2006), a cenoura é uma planta
bienal cultivada como anual. O sistema radicular é desenvolvido por uma raiz
principal que é o produto comercializado.
5.1 Composição e utilização
Segundo Almeida (2006)a A cenoura, possui alto teor nutritivo, sendo uma
das melhores fontes de vitamina A. Contém também carboidratos, cálcio, sódio,
Vitamina B1, B2, C, Potássio e o Betacaroteno, responsável pela cor laranjaavermelhada; este é bom para a pele e mantém a saúde dos olhos, por ser fonte de
vitamina A , a cenoura reduz o risco de câncer e retarda o envelhecimento, por ser
antioxidante. A cenoura pode ser consumida crua ou cozida, em saladas. Também é
utilizada no preparo de bolo, purê, sucos, sopas e refogados. Pode ser conservada
por até 15 dias se mantida em geladeira e dentro de saco plástico. Durante o
preparo, é importante não descasca- la somente lava- la e raspa-la, já que aparte
mais nutritiva encontra-se perto da casca. Cada 100 gramas de cenoura contêm 51
calorias.
5.2 Cutivares
A) grupo Nantes: As cultivares são semeadas no Outono-inverno são de
origem européia geralmente. As cultivares Nantes, francesa, e Forto holandesa,
produzem cenouras perfeitamente cilíndricas, de ótimo aspecto, coloração
alaranjada intensa e sabor adocicado característico. (FILGUEIRA, 2008)
B) Grupo Brasília: Este grupo engloba aquelas cultivares selecionadas
particularmente para o cultivo de verão. As cultivares brasileiras (Brasília, Carandaí,
Alvorada e Esplanada) Apresenta notável adaptação á temperatura e pluviosidade
elevadas, e alta resistência à queima das folhas. (FILGUEIRA, 2008)
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5.3 Exigências climáticas:
Segundo Filgueira (2008) A planta é bienal, embora cultivada como anual. No
caso das cultivares nacionais relevantes para o Centro-Sul, a planta emite um
vistoso pendão floral após um adequado período de frio. Constata-se que períodos
de baixa temperatura, no campo, induzem florescimento prematuro, de cultivares
brasileiras selecionadas para o cultivo na primavera-verão. A espécie é de dia longo
para florescer, fotoperíodo e baixa temperatura interagem na indução do
florescimento.
5.4 Exigências edáfidas
Segundo Filgueira (2008) Por ser uma hortaliça tuberosa, a cenoura é
exigente em solo apresentando ótimas condições físicas (Textura, estrutura e
permeabilidade). São mais favoráveis os solos de textura média, leves, soltos e
arejados, que não apresentam obstáculos ao bom desenvolvimento da raiz. Solos
argilosos, pesados são adequados. As propriedades físicas do solo podem ser
melhoradas pela adubação orgânica. A cultura é pouco tolerante à acidez, sendo a
faixa de pH 5,7 a 6,8 a mais favorável.
5.5 Preparo do solo e adubação
Segundo Almeida (2006) a O solo deve ter uma zona porosa de estrutura
homogênea de cerca de 20 a 30 cm de profundidade para facilitar o crescimento das
raízes.
É uma boa prática evitar a aplicação de corretivos orgânicos imediatamente
antes da cultura. A matéria orgânica, bem compostada, deve ser aplicada pelo
menos 4 meses antes da instalação da cultura.(ALMEIDA, 2006)a
De acordo com o descrito por Filgueira (2008) Podem-se aplicar
adicionalmente, em cobertura, 60-100 kg/ha de N, juntamente com 40-90 Kg/há de
K2O parcelando-se essas doses totais em três aplicações aos 15, 30, e 50 dias,
aproximadamente, após a emergência. A maior parte do N deva ser aplicada em
cobertura, preferencialmente na forma nítrica, prevenindo-se danos à germinação.
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5.6 Instalação da cultura
Efetua-se a semeadura diretamente no canteiro definitivo no diretamente no
canteiro definitivo, A profundidade de semeadura adequada é de 10-15 mm,
devendo ser efetuada. Pequenos olericultores, que praticam a semeadura e tratos
culturais manualmente, preferem semear em linhas transversais espaçadas de 15
cm.(Filgueira, 2008)
5.7 Desbaste:
Segundo Andriolo (2002), O desbaste do excesso de plantas nas linhas deve
ser feito cerca de 30 dias após o plantio. (figura abaixo) Deve-se escolher as plantas
mais vigorosas, eliminando as mais fracas deixando um espaçamento de 7 cm entre
linhas. O desbaste é importante para o aumento das raízes.
Figura 4: Desbaste da cenoura (foto Autora)
5.8 Necessidades hídricas
Salienta Almeida (2006)a, que o estresse hídrico é muito prejudicial tanto á
produtividade como a qualidade da cenoura, provocando o desenvolvimento de
aromas desagradáveis aumento da fibrosidade e deformação do aspecto cilíndrico
das raízes. As necessidades de água estimam-se em 30 a 50 mm por semana ou
600 a 900 mm durante o ciclo cultural.
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5.9 Colheita:
De acordo com Souza e Resende (2006) O ciclo cultural das cenouras é
variável, normalmente entre 90 e 130 dias, mas pode variar numa gama mais ampla,
entre 75 a 220 dias.
Os sinais de amadurecimento são o amarelecimento e o secamento das folhas
inferiores. As cenouras são arrancadas manualmente, (FILGUEIRA, 2008)
5.10 Atividades desempenhadas durante o estágio
5.10.1 Plantio
No dia 24 de agosto foi realizado o plantio de cenouras na horta. Um Canteiro
de 1,25m x 23 m fora preparado por funcionários, em seguida, com o auxílio de um
espaçador, foram marcadas as linhas da semeadura. Então, as sementes foram
levemente jogadas no solo, pequenas quantidades de solo foram colocadas
manualmente sobre as linhas, incorporando as sementes.
5.10.2 Tratos culturais
Alguns dias após a semeadura as plantas já estavam bem desenvolvidas,
porém, a população era elevada, devido a isto, foi realizado o raleio das plantas, de
maneira que as plantas menores fossem eliminadas. Assim ficou maior o espaço
para que o crescimento das raízes das plantas desenvolvidas. Como o canteiro
encontrava-se infestado por ervas daninhas realizou-se o controle mecânico de
plantas invasoras através do arranquio manual e também com o auxílio da enxada.
Quando surgiam novas plantas invasoras repetia-se a capina, até a cultura
completar o ciclo.
5.10.3 Colheita
Após 90 a 100 dias do plantio as cenouras eram colhidas e eram utilizadas
nas aulas práticas do curso de alimentos 1 ou para o refeitório da instituição para o
consumo dos alunos e servidores.
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6. DIA DO CAMPUS:
No dia 22 de Outubro de 2009, no Instituto Federal Farroupilha Campus Júlio
de Castilhos, realizou-se o evento Dia do Campus, um dia especial para o campus
que se encontra em fase de expansão. O evento tinha por objetivo expor ao público
presente,(alunos e professores de escolas locais e da região), a infra-estrutura da
instituição e o modo de funcionamento dos setores, com o intuito de divulgar os
cursos e o processo seletivo, além de despertar o interesse dos alunos visitantes em
ingressar futuramente na instituição. Os apresentadores foram professores e alunos
de diversos cursos: Técnico em agropecuária, Técnico agrícola com habilitação em
agricultura, dentre outros.
A demonstração das três estufas do setor de olericultura ficou a cargo da
estagiária, (Figura abaixo) a qual ministrou uma fala cada grupo formado que se
deslocava ao referido local. Os assuntos abordados foram: a produção de mudas, o
manejo das culturas da alface e do tomate e as principais vantagens do sistema
protegido de produção de olerícolas.
Figura 5: Apresentação e demonstração da estufa das alfaces.(Foto autora)
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7 CONCLUSÃO
A realização do estágio possibilitou por em prática o conteúdo teórico das
aulas e também adquirir conhecimentos científicos e práticos além do agregamento
de valores e princípios éticos que se conquistam somente no ambiente de
trabalho.Com o convívio com outros profissionais da área foi possível aprender o
que eles tinham a ensinar, não só as maneiras de realização das tarefas, mas como
respeita-los e desempenhar as tarefas propostas de maneira conjunta cada um
expondo as suas idéias e as unificando. Com as situações problema que apareciam
foi possível, aprender a tomar decisões concisas, para que esses problemas fossem
solucionados com sucesso, sem prejudicar o andamento das atividades.
Enquanto á realização do estágio na área da olericultura foi possível perceber
o quanto a área é desvalorizada, pois, as pessoas tem certo preconceito, porque a
maioria das pessoas prefere trabalhar na sombra ou em cima de uma máquina, pois
quem realmente traballha na área da olericultura tem de arregaçar as mangas e
trabalhar de sol a sol. Pondo a mão na massa sem medo de se sujar.
A área da olericultura me despertou interesse e futuramente eu possa voltar a
trabalhar na área.
Foi possível perceber o quanto a olericultura é importante para a alimentação
humana, pois as hortaliças são consideradas alimentos saudáveis, que trazem
inúmeros benefícios para a saúde humana pois a composição delas possui inúmeras
vitaminas, fibras, proteínas entre outras propriedades. Que podem até previnir
doenças graves, como o câncer.
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Domingos. Manual de culturas hortícolas.1 ed. Lisboa: Presença, 2006,
343 p.vol 1
ALMEIDA, Domingos. Manual de culturas hortícolas.1 ed Lisboa: Presença, 2006,
323 p .vol 2
ANDRIOLO, Antônio Luiz. Manual de olericultura 2.ed.Santa Maria:Ufsm, 2002,
158 p.
FILGUEIRA, Fernando Antônio Reis. Novo Manual de Olericultura, agrotecnologia
moderna na produção e comercialização de hortaliças. 3 ed .Viçosa:UPV, 2008,421p
SOUZA, J L; RESENDE P. Manual de horticultura, 2 ed , Viçosa:Aprenda fácil,
2006, 235 p.
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