Clima Para sabermos o que clima deveremos aprender antes o que é “tempo” para podermos compará-los. Tempo são as condições atmosféricas de um determinado lugar em um dado momento. Já o clima é algo duradouro, permanente, que não muda de um momento para outro. Clima é a sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado lugar da superfície terrestre. Apesar de o clima ser duradouro, ele não é imutável. O estudo do clima implica o conhecimento e a análise de inúmeros elementos (temperatura atmosférica, chuvas, umidade, massas de ar, pressão atmosférica, ventos) e fatores (relevo, vegetação, massas líquidas, correntes marítimas, translação da Terra, existência de cidades, entre outros..) além da utilização de diversos instrumentos. Temperatura atmosférica: Corresponde ao estado térmico do ar atmosférico. Essa temperatura varia não apenas de um lugar para outros, mas também em um mesmo lugar no decorrer do tempo. Dentre os fatores responsáveis pela sua variação ou distribuição destacamos: Latitude: Devido á esfericidade do globo terrestre, os raios solares não atingem a superfície com a mesma intensidade e inclinação. Assim, quanto menor a latitude (região equatorial), maior a temperatura; Altitude: Considerando apenas as altitudes, podemos afirmar que nas maiores altitudes encontramos as menores temperaturas, porque nas áreas mais altas o ar é mais rarefeito, portanto retendo maior quantidade de calor; Distribuição dos Continentes e Oceanos: O comportamento térmico das rochas é muito diferente do que das águas. Em primeiro lugar, porque a temperatura específica da rocha é maior que a da água. Em segundo, porque os raios solares penetram bem menos nas rochas do que nas águas. Em vista disso, as rochas aquecem-se intensamente quando expostas aos raios solares, esfriando-se rapidamente na sua ausência. As águas, por seu lado, se aquecem e esfriam lentamente, isto é, apresentam temperaturas mais estáveis. Como no hemisfério sul possui apenas 20% das terras emersas, a sua variação térmica será menor do que a do hemisfério norte. Esse fenômeno ocorre também em áreas situadas próximas ao mar e em áreas no interior dos continentes. Maritimidade: variação térmica menor Continentalidade: variação térmica maior Pressão atmosférica: A atmosfera terrestre é atraída pela força da gravidade da Terra, e por qual exerce um determinado peso sobre sua superfície. Este peso é denominado pressão atmosférica. Ela varia de acordo com: Altitude: Quanto maior a proximidade em relação ao nível do mar, maior será o volume de gases sobre esta superfície e, em conseqüência a pressão atmosférica será maior. Quanto mais elevada, a altitude, menor será a pressão atmosférica. Temperatura: Quando a temperatura se eleva, o ar sofre dilatação e fica mais leve, dando origem a áreas de baixa pressão. Maior temperatura: menor pressão Menor temperatura: maior pressão Umidade atmosférica: É a presença do vapor de água na atmosfera. Este vapor é proveniente da evaporação e da evapotranspiração, cuja intensidade depende principalmente da radiação solar, da extensão da superfície evaporante e da atuação do vento. O vapor de água influencia no clima porque ao absorver as radiações do Sol e da Terra desempenha o papel de regulador térmico. Ele é importante também porque interfere no conforto do homem (ar muito seco, ar muito úmido). A umidade diminui com o aumento da altitude e da latitude. Chuvas: Resulta do contato de uma nuvem saturada de vapor de água com uma camada de ar frio. Existem três tipos: Convectivas: são geralmente intensas, rápidas e acompanhadas de trovões e em alguns casos granizos; Frontais: encontro de uma massa de ar frio com uma de ar quente. Menos intensas e mais duradouras; De relevo: deslocamento horizontal do ar, que, ao entrar em contato com as regiões elevadas (serras e montanhas), sofre condensação e conseqüente precipitação. A distribuição das chuvas é bastante irregular, tanto geograficamente como em relação ás épocas do ano. As causas dessa irregularidade são diferenças de latitudes, temperatura e pressão atmosférica, influencia do relevo, das correntes marítimas, dos oceanos e continentes, e da atuação de massas de ar. As chuvas são mais abundantes nas regiões equatoriais. Moderadas nas regiões temperadas. Fracas nas regiões polares. A pluviosidade é maior nos áreas perto do oceano do que dos continentes. Massas de ar O ar que compõem a atmosfera está em constante movimento em virtude das diferenças de pressão, que se deve a desigualdade da radiacao solar, da umidade e de outros fatores. Apesar de ocorrerem variações dos valores da pressão num mesmo local, principalmente em função das mudanças de estações do ano, alguma áreas tem predominância de alta pressão (ar desce) e outra de baixa pressão (onde o ar é aquecido). É no interior dessa circulação que se estabelece a dinâmica das massas de ar, que são também responsáveis pelos tipos climáticos. A caracterização dos tipos climáticos tem como elemento principal a atuação das massas de ar. A massa de ar é uma grande porção da atmosfera, com milhares de km quadrados de extensão. Ela é formada quando um grande volume de ar permanece em repouso ou se move devagar sobre superfícies oceânicas. Onde se forma a massa são chamadas de região de origem, pois ali adquire características de temperatura, pressão e umidade da massa, que será praticamente a mesma em toda sua extensão. Só ocorre modificações em lugares que tenham montanhas, vales ou grandes extensões de água e em zonas onde há duas massas de ar. As massas se deslocam principalmente em função das diferenças de pressão e do movimento de rotação da Terra, quando isso ocorre, verifica-se alterações do estado do tempo nas regiões afetadas por elas. Ao se deslocarem, vão perdendo aos poucos suas caracteristicas de temperatura, pressão e umidade. As massas de ar podem ter origem: Equatorial: são sempre quentes e geralmente úmidas; Tropical: quente, alguns lugares são secos e outro úmidos; Polar: fria, podendo variar de seca para úmida, de instável para estável, dependendo da localidade. Pode variar entre seca e úmida, instável e estável. As massas deslocam-se fundamentalmente, no sentido latitudinal. O equatorial em direção ao pólos, e dos pólos em direção ao Equador . As áreas de contato entre s massas de qualidades diferentes chamam-se frentes ou sistemas frontais. Isso acontece á medida que a massa de ar frio subpolar, mas densa e mais pesada avança para as regiões tropicais e encontram-se com uma massa de ar quente e úmido, forma-se uma frente. O contato que ocorre na frente provoca o deslocamento do ar quente para cima .Ao subir, a umidade na massa quente condensa-se por resfriamento, gerando precipitação , é o caso da faixa litorânea do Brasil. Portanto o principal fenômeno responsável pela variação do tempo , é a massa de ar, com isso pode entender a classificação das massas de ar. Massas de ar no Brasil No Brasil a atuação da massa de ar varia conforme estação do ano .Quando for verão, quatro massas de ar quente vão atuar: Equatorial continental (mEc), Equatorial atlântica (mEa) Tropical atlântica(mTa) e tropical continental (mTc), por isso o verão é o período das chuvas na maior parte do território brasileiro. Além dessas , a polar atlântica atua porém menos que no inverno, provocando então no verão ligeiras quedas de temperaturas e maior pluviosidade. No inverno, a atuação do Equatorial continental (mEc) é a mais restrita na região norte, a tropical atlântica (mTa) continua a atuar no Brasil a polar atlântica (mPa) passa a atingir freqüentemente aqui no Brasil, provocando baixas temperaturas no Sul, no Sudeste e no Centro-oeste chegando á região Norte, provoca o fenômeno da “friagem”(queda súbita da temperatura na região da Amazônia ocidental. Alterações no comportamento no cima. Alterações humanas. O sistema atmosférico possui uma vasta escala. Tem escala planetária. Portanto, as possibilidades que o homem tem de inhterfirir no sistema global são mínimas. Essa influencia só é visível e comprovado em pequena escala ( nos níveis de microclima e mesoclima ) As pecursões que estas alterações em pequenas na escala promovem são difíceis de serem demonstradas . Alterações no microclima; Quando o homem constrói uma habitação. Tipos climáticos brasileiros: Clima equatorial: Encontrado em quase toda a Região Norte e no norte do Mato Grosso. É um clima quente e úmido. Variam entre 24C e 26C. As chuvas ocorrem o ano todo em grandes trechos da Amazônia. Em outras áreas as chuvas ocorrem no verão e no outono, possuindo curto período de seca. O índice pluviométrico anual é superior a 2.000mm. Clima tropical: É encontrado em quase toda a Região Centro-Oeste, no Nordeste, parte do Sudeste, no Estado do Tocantins e na porção leste do Estado de Roraima. As médias de temperaturas variam entre 20C e 26C e o índice pluviométrico é de 2.000mm ao ano. A distribuição das chuvas são muito variáveis: Zona da Mata Nordeste: chuvas no outono e inverno; Litoral Norte (litoral do Pará até o Ceará): chuvas no verão e outono; No restante: chuvas no verão e seca no inverno. Clima semi-árido: Domina o sertão nordestino. É um clima seco e quente. As médias de temperatura são geralmente superiores a 24C e, em alguns pontos, ultrapassam 32C. O índice pluviométrico anual é inferior a 1.000mm. Somente em alguns trechos que recebem os ventos úmidos do Oceano esse índice chega a ser superior a 1.000mm. Entretanto, em vastas extensões a quantidade de chuva não ultrapassa 750mm. Além da pequena quantidade, as chuvas não ocorrem regularmente, provocando longos períodos de seca. Clima tropical de altitude: Abrange as áreas de maior altitude da Região Sudeste e do Mato Grosso do Sul. Deste modo, abrange as áreas das serras do Mar e da Mantiqueira, onde a maior altitude influi na diminuição das médias de temperatura. As média anual varia de 18C a 22C. O índice pluviométrico anula situa-se em tordo de 1.500mm. A distribuição das chuvas é variável: chove no verão e também do outono-inverno. Clima subtropical: Abrange a Região Sul, além do sudeste do Estado de São Paulo. Apresenta temperaturas entre 14C e 20C. Existem áreas de verões brandos, localizados nas regiões serranas, e de verões quentes, no litoral e porção sul do Rio Grande do Sul. Os invernos são frios, chegando a ocorrer quedas de neve em algumas regiões. O índice pluviométrico anual varia entre 1.250mm e 2.000mm. As chuvas são bem distribuídas durante o ano.