Contabilidade Geral p/ ACE (MDIC) - com videoaulas

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Aula 00
Contabilidade Geral p/ ACE (MDIC) - com videoaulas
Professores: Gabriel Rabelo, Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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CONTABILIDADE GERAL PARA MDIC - 2016/TEORIA E QUESTÕES – AULA 00
GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO
AULA 00: PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
SUMÁRIO
1
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 1
2
O CURSO, EDITAL E PROVA.......................................................................................... 2
3
COMEÇANDO ............................................................................................................. 6
4
OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE ..................................................................... 7
5
BASE LEGAL PARA ESTUDO DA CONTABILIDADE ........................................................... 8
6
O QUE É UMA SOCIEDADE? ......................................................................................... 9
7
COMEÇANDO A ENTENDER A CONTAS – PRIMEIRO CONTATO ........................................ 10
8
RAZONETES ............................................................................................................ 11
9
DESVINCULANDO A CONTABILIDADE DO DIREITO ....................................................... 12
10
CONTINUANDO A CONTABILIZAÇÃO ........................................................................ 14
11
O QUE EU DEVO SABER ATÉ AGORA? ...................................................................... 15
12
MAIS LANÇAMENTOS PARA QUE VOCÊS POSSAM ENTENDER ...................................... 15
13
INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS ........................................................ 17
14
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA) ... 20
14.1 CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA ........................................... 20
14.2 CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO ...................... 21
15
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE..................................................................... 22
16
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ............................................................ 24
17
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE .......................................................... 25
18
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ................................. 25
19
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA, REGIME DE COMPETÊNCIA X REGIME DE
CAIXA 33
20
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ............................................................... 36
21
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC ..................................... 38
22
RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA .................................................... 38
23
MAPA MENTAL DESTA AULA ................................................................................... 43
24
QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................... 44
25
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................... 78
26
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................. 87
1
APRESENTAÇÃO
Olá, meus amigos. Como estão? Sejam bem-vindos
ao Estratégia Concursos, simplesmente o melhor
curso preparatório para concursos deste país!
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É com grande satisfação que estamos aqui para
ministrar para vocês o curso de Contabilidade
Geral para Analista de Comércio Exterior do
Ministério do Desenvolvimento Indústria e
Comércio Exterior/MDIC.
Antes de começarmos nosso curso, permita que nos apresentemos:
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Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda
do Estado do Rio de Janeiro e professor de direito empresarial e
contabilidade no site do Estratégia.
Autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial – FCC
e 1.001 Questões Comentadas de Direito Administrativo – ESAF, este
último em coautoria com a professora Elaine Marsula, ambos publicados pela
Editora Método.
Meu nome é Luciano Rosa, sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da
Fazenda do Estado de São Paulo, e professor de contabilidade para
concursos no site do Estratégia.
Lançamos juntos, pela Editora Método, o livro Contabilidade Avançada
Facilitada para Concursos – Teoria e questões e mais de 200 questões
comentadas. Este livro é baseado nos Pronunciamentos Contábeis emanados do
Comitê de Pronunciamentos Contábeis e está disponível para venda no site da
editora e nas diversas livrarias.
Contaremos também neste curso com o apoio do professor Julio Cardozo,
Auditor Fiscal da Receita Estadual do Estado do Espírito Santo. O fórum
de dúvida deste curso e os mapas mentais estarão, principalmente, a
cargo dele.
Vejam que somos três professores totalmente dedicados à sua aprovação.
2
O CURSO, EDITAL E PROVA
O último edital foi publicado em 2012, com provas realizadas em maio daquele
ano. A banca examinadora foi a Escola de Administração Fazendária –
ESAF.
Ao todo, foram ofertadas 157 vagas. E a boa notícia, para o próximo, é que só
precisamos de uma.
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Cada dia a mais que transcorre é um dia a menos na preparação. Estudar para
este concurso exige foco e determinação. Quem sair à frente certamente terá
uma base mais sólida e forte para concorrer a uma vaga do concurso.
A contabilidade veio prevista, no edital, apenas para os grupos 1 e 4, do
seguinte modo:
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Vejam que são 15 questões na prova de grupo 1 e 20 questões na prova de
grupo 4.
O edital possuía, também, a seguinte ementa:
Contabilidade Geral: 1. Princípios Contábeis Fundamentais (aprovados pelo
Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução CFC nº 750/93, publicada no
DOU de 31/12/93, Seção I, pág. 21582). 2. Patrimônio: Componentes
Patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio Líquido). 3.
Diferenciação entre Capital e Patrimônio. 4. Equação Fundamental do
Patrimônio. 5. Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais. 6. Fatos
Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 7. Conta: Conceito. Débito,
Crédito e Saldo. Teorias, Função e Estrutura das Contas. Contas Patrimoniais e
de Resultado. 8. Apuração de Resultados. Controle de Estoques e do custo das
vendas. 9. Sistema de Contas; Plano de Contas. 10. Provisões em Geral. 11.
Escrituração. Conceito e Métodos. Lançamento Contábil: Rotina e Fórmulas.
Processo de Escrituração. Escrituração de Operações Financeiras. Escrituração
de operações típicas. 12. Livros de Escrituração: Obrigatoriedade, Funções,
Formas de Escrituração. Erros de Escrituração e suas Correções. 13. Sistema de
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Partidas Dobradas. 14. Balancete de Verificação. 15. Balanço Patrimonial:
Obrigatoriedade e Apresentação. Conteúdo dos Grupos e Subgrupos. 16.
Classificação das Contas. Critérios de Avaliação do Ativo e do Passivo. Avaliação
de investimentos. Levantamento do Balanço de acordo com a Lei nº 6.404/76
(Lei das Sociedades por Ações). 17. Demonstração do Resultado do Exercício:
Estrutura, Características e Elaboração de acordo com a Lei nº 6.404/76. 18.
Apuração da Receita Líquida. Apuração do lucro bruto e do lucro líquido.
Destinação do lucro: participações, imposto de renda e absorção de prejuízos.
19. Lucros e Prejuízos Acumulados - apuração e demonstração. Transferência do
Lucro Líquido para Reservas. Dividendo Mínimo Obrigatório. 20. Demonstração
do Fluxo de Caixa e do Valor Adicionado.
As nossas aulas, por seu turno, serão assim divididas:
AULA
Aula 0
Aula 1
Aula 2
CONTEÚDO
1. Princípios Contábeis Fundamentais (aprovados pelo Conselho
Federal de Contabilidade pela Resolução CFC nº 750/93,
publicada no DOU de 31/12/93, Seção I, pág. 21582).
2. Patrimônio: Componentes Patrimoniais: Ativo, Passivo e
Situação Líquida (ou Patrimônio Líquido). 3. Diferenciação entre
Capital e Patrimônio. 4. Equação Fundamental do Patrimônio. 5.
Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais. 6. Fatos
Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 7. Conta:
Conceito. Débito, Crédito e Saldo. Teorias, Função e Estrutura das
Contas. Contas Patrimoniais e de Resultado. 9. Sistema de
Contas; Plano de Contas. 12. Livros de Escrituração:
Obrigatoriedade, Funções, Formas de Escrituração. Erros de
Escrituração e suas Correções. 13. Sistema de Partidas Dobradas.
14. Balancete de Verificação.
Principais lançamentos contábeis
15. Balanço Patrimonial: Obrigatoriedade e Apresentação.
Conteúdo dos Grupos e Subgrupos. 16. Classificação das Contas.
15. Balanço Patrimonial: Obrigatoriedade e Apresentação.
Conteúdo dos Grupos e Subgrupos. 16. Classificação das Contas.
Critérios de Avaliação do Ativo e do Passivo. Avaliação de
investimentos. Levantamento do Balanço de acordo com a Lei nº
6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações).
Ativo imobilizado
8. Apuração de Resultados. Controle de Estoques e do custo das
vendas. 10. Provisões em Geral. 11. Escrituração. Conceito e
Métodos. Lançamento Contábil: Rotina e Fórmulas. Processo de
Escrituração. Escrituração de Operações Financeiras. Escrituração
de operações típicas.
DATA
17.4.16
24.4.16
30.4.16
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Aula 3
Aula 4
Aula 5
Aula 6
Aula 7
Aula 8
17. Demonstração do Resultado do Exercício: Estrutura,
Características e Elaboração de acordo com a Lei nº 6.404/76. 18.
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25.5.16
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AULA
Aula 9
Aula 10
CONTEÚDO
Apuração da Receita Líquida. Apuração do lucro bruto e do lucro
líquido. Destinação do lucro: participações, imposto de renda e
absorção de prejuízos.
. 20. Demonstração do Fluxo de Caixa e do Valor Adicionado.
19. Lucros e Prejuízos Acumulados - apuração e demonstração.
Transferência do Lucro Líquido para Reservas. Dividendo Mínimo
Obrigatório
DATA
18.6.16
28.6.16
E como será o curso?
– Todas as aulas terão PDF + Vídeos
– Serão muitas questões da ESAF comentadas.
- Custo atualizado com a Revisão 08 do CPC.
- Últimas questões da ESAF, incluindo a prova da ANAC/2016.
– As aulas serão esquematizadas, apresentaremos muitas tabelas e recursos
visuais para a melhor compreensão da matéria.
– Ao final de cada aula teremos um resumo e mapas mentais para ajudar a
memorização
– Fórum de dúvidas. Temos um professor exclusivamente para responder as
dúvidas do curso, o nosso amigo Julio Cardozo.
É isso, pessoal! Esperamos encontrar vocês nos próximos encontros.
Sigam as nossas redes sociais
contabilidade para concursos:
para
muitas
e
muitas
dicas
Periscope: @gabrielrabelo87 e @proflucianorosa
Grupo de Estudos no Facebook: Clique aqui!
Quaisquer dúvidas:
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Um abraço!
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.
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Vamos começar com o mínimo que você precisa saber de contabilidade
para iniciar os seus estudos e, depois, estudemos o disposto na
Resolução 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade (Princípios).
3
COMEÇANDO
Pessoal, se você está lendo essa aula, é possível que nunca teve um contato
anterior com a contabilidade. Então, o nosso primeiro encontro cuidará de
apresentar também o bê-á-bá da contabilidade.
A primeira pergunta que deve vir a sua mente é a seguinte: o que é contabilidade?
Eis uma pergunta interessante! Sabemos que existem diversos tipos de entidades
(sociedades limitadas, sociedades anônimas, associações, fundações, órgãos públicos,
etc.), correto? Essas pessoas jurídicas realizam diversos tipos de operações: compram
matéria-prima, vendem mercadorias, pagam a conta de luz, pagam funcionários,
movimentam dinheiro em banco. A contabilidade estuda e cuida do controle, do
registro, de todos esses fatos.
A contabilidade tem uma definição formal, que é a seguinte:
Definição formal de contabilidade: Contabilidade é a ciência que estuda a
pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de
uma administração econômica (1º Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924).
Se você é um grande investidor e quer empregar o seu capital em uma grande rede de
supermercados brasileira, não vai querer esmiuçar contrato a contrato, pegar todas as
notas fiscais de venda, de compra, para saber como anda a saúde financeira daquela
companhia, não é?
Pois então, a contabilidade irá te fornecer todas essas informações, de modo
prático, através das demonstrações financeiras. A principal finalidade da
contabilidade é fornecer informações aos seus usuários.
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Portanto, se você quer investir em uma empresa, não vá até ela procurar suas notas
fiscais, seus contratos e procurar saber o quanto ela tem de lucro! Faça mais simples,
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veja a contabilidade. As grandes empresas, como as que têm ações em bolsa,
publicam no mínimo anualmente as suas demonstrações contábeis. Basta lembrar
que muitas vezes vemos nos noticiários as notícias: Banco X publica as suas
demonstrações contábeis e tem crescimento de Y%. Empresa Petrolífera Z tem prejuízo
de ordem histórica, e assim por diante.
Assim, existe uma técnica contábil que reúne todos os documentos que contenham
fatos contábeis, lançando-os nos livros contábeis respectivos, que darão suporte
para a elaboração e publicação das demonstrações contábeis. Essa técnica contábil é
chamada de escrituração1. É mais ou menos assim:
Exemplo de fatos que são escriturados:
Então, ao nos depararmos com os livros de uma entidade (e entendam por
livros comerciais ou contábeis – tratem como sinônimos – principalmente o livro
diário e razão), encontraremos todos esses fatos.
Tudo bem, até aqui: pergunte-se se você sabe o que é e para que serve a
contabilidade, então podemos seguir!
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4
OBJETO DE ESTUDO DA CONTABILIDADE
O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio. Por patrimônio, entenda o
conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade.
1
*Quatro são as técnicas contábeis existentes (que serão estudadas oportunamente): escrituração, elaboração das
demonstrações contábeis, auditoria e análise de balanços.
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5
BASE LEGAL PARA ESTUDO DA CONTABILIDADE
Pessoal, antes de começar a estudar a contabilidade, você deve saber que ela tem uma
base legal para estudo. Esse alicerce, hoje, se encontra na Lei 6.404/76 (também
chamada de Lei das Sociedades por Ações).
Observação: nós esquematizamos e disponibilizamos gratuitamente essa lei para
vocês. Ela pode ser encontrada clicando aqui!
É extremamente importante, para todos os concursos que exijam contabilidade, que
você saiba basicamente os artigos 175 a 204 desta legislação. Eles quem darão
suporte para todo o estudo da contabilidade, quer seja nas aulas básicas, quer seja nas
avançadas.
Além dessa legislação, temos de saber que, a partir de 2007, nós
tivemos a convergência da contabilidade nacional aos padrões
internacionais. Mas, professores, o que é isso? Bom, para que
pessoas do mundo inteiro possam investir em outros países, era
necessária uma padronização da contabilidade. Afinal, imagine se
uma informação contábil é tratada de modo diferente em cada um
dos 193 países deste mundo. O que seria?
Então, as tão faladas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 trouxeram essas mudanças,
alterando a Lei 6.404/76.
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Com isso, surgiu o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que edita os chamados
Pronunciamentos Contábeis ou CPCs que hoje são tão explorados em concursos.
As normas do CPC não são vinculantes, mas os diversos entes reguladores editam
normas idênticas, que passam a vincular quem esteja submetido à sua circunscrição
(como o CFC, CVM, BACEN, SUSEP, ANEEL, ANS).
Portanto, para concursos, você terá de conhecer as seguintes leis/normas:
Principais normas de contabilidade para concursos:
- Lei 6.404/76  Lei das sociedades por ações. Artigo 175 a 204.
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- Resolução 750/93  Contém os princípios da contabilidade.
- Lei 11.638/07 e 11.941/09  As principais alterações promovidas por essas leis na
Lei 6.404/76.
- Pronunciamentos Contábeis  Depende do concurso que você irá realizar, mas se
está estudando para qualquer dos concursos que citaremos a seguir, então você
precisará conhecer (AFRFB, ATRFB, ICMS SP, ICMS RJ, outros ICMS, ISS diversos,
Agente da Polícia Federal, Auditor Fiscal do Trabalho, Perito da PF, Tribunais de Contas).
6
O QUE É UMA SOCIEDADE?
Pessoal, visto esses conceitos iniciais, vamos começar a falar um pouco da
contabilidade propriamente dita.
Precisaremos entender um pouco de direito empresarial. Mas, para a sorte de vocês, o
Gabriel Rabelo é professor também desta disciplina. Vamos explicar!
Quando desejamos iniciar um negócio não podemos simplesmente pegar um bocado de
mercadorias e começar a vender por aí! Existe na legislação vigente uma figura que é
chamada de empresário. O empresário pode ser individual (quando a própria pessoa
natural decide explorar determinado empreendimento) ou sociedade empresária.
Interessa-nos o estudo da sociedade empresária. Imagine que eu e você nos
associamos. Desejamos abrir um grande e belo restaurante, totalmente inovador. Como
eu disse, não podemos simplesmente começar a fazer comida e vender. Existe uma
série de requisitos a serem cumpridos para que possamos ser empresário. Um deles é
que criemos uma sociedade empresária para a exploração do negócio. Quando
criamos uma sociedade, estamos dando origem a uma pessoa jurídica distinta da
pessoa dos sócios. Essa pessoa jurídica é quem será sujeito de bens e direitos
e não os sócios.
Então, a partir do momento que temos o affectio societatis, que é a disposição em
contrair a sociedade, criamos um ente que será o sujeito de direitos e obrigações. Não
seremos nós pessoas físicas que contrataremos, mas sim a sociedade. Esse é o princípio
da autonomia patrimonial, no direito empresarial. Na contabilidade, essa distinção da
pessoa dos sócios para a pessoa jurídica é chamada de princípio da entidade.
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Princípio da entidade
Pois bem, ainda no campo do direito empresarial (aplicado à contabilidade), temos que
um dos requisitos para a constituição de uma sociedade é a existência do capital
social. O que é isso? Bom, em regra, os sócios precisam empregar recursos para que
essa entidade comece a “ter vida própria”. Não há geração espontânea do patrimônio
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na entidade. Para que a entidade possa a começar a ter vida, os sócios precisam
entregar uma quantia inicial. Essa quantia é chamada de capital social.
Capital social: valor que os sócios entregam para a
sociedade, para que a entidade possa ter início ou para
ingressarem posteriormente no quadro societário.
Observação: Aqui, estamos falando das sociedades empresárias, mas não só às
sociedades a contabilidade é restrita. A contabilidade é também utilizada por
sociedades simples, associações, fundações, órgãos governamentais, entre
outros. Por isso, tecnicamente, o mais correto é a utilização da expressão
entidade e não sociedade.
7
COMEÇANDO A ENTENDER A CONTAS – PRIMEIRO CONTATO
Então, vamos supor o seguinte: Nós, Gabriel e Luciano, e você (sócio X) seremos
sócios. Criaremos a sociedade Alfa Ltda, que terá sede física, e cujo objeto será a venda
de mercadorias em um bairro nobre de São Paulo.
O contrato social prevê: os sócios Gabriel e Luciano entregaram R$ 100.000,00 cada e
o sócio X entrega R$ 50.000,00. Todo o valor será entregue em dinheiro.
Então, a sociedade ficará assim:
Capital social
Gabriel
Luciano
Sócio x
Total
100.000,00
100.000,00
50.000,00
250.000,00
Portanto, pergunto: o capital social é um recurso que provém da entidade ou de
terceiro? Da entidade, correto? É um recurso que pertence à própria entidade. A
origem deste valor é o dinheiro que os sócios entregaram. Com efeito, entenda que o
capital social é uma origem de recursos. É uma fonte de recursos própria. Os
sócios estão entregando dinheiro para a sociedade, que vai ser aplicado em bens e
direitos.
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Sócios
Entidade
Origem
Aplicação
Capital social
Bens e direitos
Portanto, os sócios entregaram dinheiro (origem) para a sociedade, que irá
aplicar em um bem, nesse caso chamado caixa (aplicação), já que foi dito, no
contrato social, que seria entregue dinheiro. Aqui, já devemos começar a nos
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utilizar do raciocínio contábil: temos duas contas envolvidas, capital social (origem) e
caixa (aplicação).
Como raciocinar contabilmente? Três sócios entregam R$
250.000,00 para a sociedade. O que está acontecendo?
Resposta: Bem, a sociedade está sendo constituída. O dinheiro que os sócios
entregaram para a sociedade compõe uma conta chamada capital social. Essa
origem terá algum tipo de aplicação, seja em bem, seja em direito. Neste caso,
como o contrato exige a aplicação em dinheiro, irá para a conta caixa. Ficará
no numerário da empresa.
O conjunto de contas de que a entidade se utiliza é chamado de plano de contas.
Agora, acresceremos mais um aspecto à aula.
8
RAZONETES
Na contabilidade, cada um desses componentes patrimoniais (capital social, caixa,
bancos, estoques, investimentos, fornecedores, obrigações a pagar, empréstimos a
pagar, entre outros) recebe o nome de conta.
Portanto, a partir de agora, falaremos conta caixa, conta capital social, conta
bancos e assim por diante.
Então, meus amigos, toda vez que falarmos na movimentação dessas contas,
precisaremos nos utilizar de uma coisa muito famosa na contabilidade. São os
chamados razonetes. Eles têm a seguinte estrutura:
Conta X
Eles têm a forma de um “T” mesmo. Então, as contas são movimentadas através dos
razonetes. Os lançamentos são feitos dos dois lados dos razonetes. É como se
fosse uma equação matemática e, ao final, devemos compensar os saldos.
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Saldo
Conta X
500,00
300,00
1.000,00
1.200,00
Pois bem! Vimos que o razonete tem dois lados. A partir de agora, queremos que vocês
chamem o lado esquerdo do lado dos débitos! Queremos, também, que vocês
chamem o lado direito de lado dos créditos!
Muito importante!
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Conta X
Lado do débito Lado do crédito
Agora, vamos para um outro ponto muito importante da contabilidade. Galera, a
contabilidade é como uma equação matemática. Há que existir igualdade entre os dois
lados. O total dos débitos sempre terá que ser igual ao total dos créditos. Essa
regra, em uma contabilidade regular, não comporta exceções.
Então, no nosso lançamento: entrou dinheiro no capital social e entrou dinheiro no
caixa. Sabemos que esses montantes se equivalem. Nos razonetes, ficará assim:
Origem (capital próprio)
Capital social
250.000,00
Aplicação (bem)
Caixa
250.000,00
*Observação: não se preocupe, por enquanto, em saber quais contas aumentam a débito e crédito.
Vejam que os montantes são equivalentes. Temos R$ 250.000,00 de débito (no caixa) e
R$ 250.000,00 de crédito no capital social.
Mas, professores, nesse exemplo, o caixa aumentou, por que temos um débito? Eis
um outro ponto importantíssimo da disciplina! Vamos lá!
9
DESVINCULANDO A CONTABILIDADE DO DIREITO
Meus amigos, chegamos a um outro ponto crucial para o entendimento da disciplina.
Pedimos aqui encarecidamente o seguinte: desvinculem as noções de débito e
crédito (falaremos lançamento a crédito e lançamento a débito) do sentido
jurídico ou comum em que as palavras são utilizadas.
As palavras débito e crédito no sentido comum ou no
sentido jurídico têm um significado. Na contabilidade,
possuem outro sentido, que pode ser diametralmente
oposto ao que estamos acostumados. Explicamos.
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No exemplo acima, tivemos a constituição de uma sociedade. Os sócios entregaram
dinheiro, que foi para o caixa. O caixa aumentou. Mas ali, naquela ocasião, aumentou a
débito. Ora, sem problema algum. Na contabilidade, os ativos (bens e direitos)
aumentam a débito. E nada tem de errado com isso. É uma convenção!
Ainda não vai ficar nem um pouco claro para vocês, mas tomem as seguintes notas:
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Conta
Ativo
Passivo
Patrimônio Líquido
Receitas
Despesas
O que são
Bens e direitos
Obrigações
Capital próprio
"Ganhos"*
"Perdas"*
Exemplo
Caixa, estoques
Fornecedores
Capital social
Venda de merc.
Desp. de salár.
Aumenta
Débito
Crédito
Crédito
Crédito
Débito
Diminui
Crédito
Débito
Débito
-
*Os itens receitas e despesas estão assim gravados somente para fins didáticos. Mais à frente,
serão conceituados pormenorizadamente.
Voltando aos nossos conceitos. Querem ver um exemplo clássico de por que devemos
parar de misturar as definições contábeis com as jurídicas? Vejamos!
- Você vai ao banco. Infelizmente, é um péssimo mês (sabe como é, ainda não foi
aprovado no concurso) e está no vermelho. Quando você tira o seu extrato, ele estará
mais ou menos da seguinte forma:
No final do seu extrato, negativo, provavelmente aparecerá algo do tipo:
Saldo
XXXX,XX D
No banco, no seu extrato, o valor, por exemplo, 30,00 C representa um depósito feito
em nosso favor. O valor 50,00 D, representa um saque, ou seja, saiu dinheiro do banco.
Mas esqueça essa conotação! Sabe o que isso tem a ver com a contabilidade? Ela
representa a contabilidade do banco e não a nossa (do correntista).
00000000000
Quando você tem dinheiro a receber no banco, ele não tem uma obrigação contigo?
Sim! Então, quanto mais obrigação o banco tem contigo, mais saldo credor ele
terá, pois as obrigações aumentam a saldo credor. Olhe a tabela acima e entenderá.
Parece difícil, não é? Mas logo se tornará lógico!
Esqueçam, pois, os extratos bancários para estudar
contabilidade. Esqueçam o sentido jurídico. Tirem da
cabeça, também, a conotação de que débito é uma coisa
ruim e crédito é uma coisa boa! Na contabilidade não
funciona assim. Tudo o que estudaremos na contabilidade
é uma convenção própria. Pense, a partir de agora, sob o
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ponto de vista da entidade, da empresa. Assimile essas informações e você
aprenderá a disciplina.
10
CONTINUANDO A CONTABILIZAÇÃO
Vamos continuar o nosso exemplo: Depois que nós três (sócios) integralizamos o capital
social, ele foi para o caixa. Mas a empresa houve por bem que seria mais seguro se
depositássemos o dinheiro em um banco. Por isso, decidimos abrir uma conta no Banco
do Brasil S.A, e transferimos todo o dinheiro para aquela instituição. O que vai
acontecer?
Como raciocinar contabilmente? Está saindo o dinheiro do caixa e será
depositado em uma conta no banco. Correto? É um raciocínio simples.
Vejamos:
Então, o que deverá acontecer com o seu caixa, que tinha um valor de R$
250.000,00? Bom, deverá ficar zerado! Se não haverá dinheiro lá, não há que
ficar qualquer valor nesta conta.
Caixa
250.000,00
250.000,00
-
Bancos
250.000,00
00000000000
É tudo o que estamos dizendo: é como uma equação. Se de um lado do razonete há um
lançamento de valor X, do outro haverá um ou mais lançamentos de mesmo montante.
Aqui, o caixa já tinha um saldo inicial de R$ 250.000,00 (em preto) quando iniciamos o
lançamento. Mas quando tiramos todo o dinheiro, essa conta caixa ficou zerada. Bom,
se ela estava lançada a débito com o valor de R$ 250.000,00, para zerar, teremos de
fazer um lançamento a crédito. E isso coincide com o que dissemos naquela tabela:
Conta
Ativo
O que são
Bens e direitos
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Exemplo
Caixa, estoques
Aumenta
Débito
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Diminui
Crédito
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O caixa é um bem, sendo um bem, é o que chamamos de ativo. Sendo um ativo,
aumenta a débito e diminui a crédito. Só isso! Então, no nosso caso, diminuirá a
crédito, pois estamos tirando o numerário desta conta.
Por outro lado, na contrapartida, a conta bancos está aumentando! Afinal, o dinheiro foi
parar lá. Então, a conta bancos é o que? É um direito da minha empresa! Eu tenho a
disposição desse dinheiro no banco, quando eu achar melhor. Então, quando eu
deposito um valor, está surgindo um direito para a entidade. Se é um direito, é um
ativo! Se um ativo está aumentando, então ele aumentará a débito. É bem simples.
Estão vendo? Por isso o lançamento fica dessa maneira:
Caixa
250.000,00
250.000,00
-
Bancos
250.000,00
Esse é o raciocínio contábil! Se você nunca estudou, seja bem-vindo.
11
O QUE EU DEVO SABER ATÉ AGORA?
Pergunte-se se você já consegue, sozinho, responder aos seguintes questionamentos:
1) O que é a contabilidade? Qual a sua finalidade? Qual o seu objeto?
2) Como ela ajuda os seus usuários?
3) Qual a principal lei hoje vigente para o estudo da ciência contábil?
4) O que é uma sociedade? Os “donos” da sociedade e a sociedade empresária são a
mesma coisa?
5) Qual o princípio da contabilidade se refere à separação entre o patrimônio dos sócios
e o da empresa?
6) O que é um razonete? Quais são os dois lados de um razonete?
7) Como fazer o lançamento da constituição de uma sociedade?
8) Como raciocinar contabilmente?
9) As noções de débito e crédito do mundo jurídico, do “mundo comum”, são as
mesmas utilizadas na contabilidade?
Se você souber responder a todas essas assertivas, então sugerimos que siga em
frente. Caso contrário, releia mais uma vez tudo o que foi posto por aqui!
00000000000
12
MAIS LANÇAMENTOS PARA QUE VOCÊS POSSAM ENTENDER
Até agora, a nossa situação está assim:
Lançamento contábil inicial – constituição da sociedade
Capital social
250.000,00
Caixa
250.000,00
Transferência do dinheiro do caixa para o banco:
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Caixa
250.000,00
250.000,00
-
Bancos
250.000,00
Agora, vamos imaginar uma compra de mercadoria a prazo, no valor de R$ 30.000,00.
O pagamento se dará somente em 30 dias.
Como raciocinar contabilmente? Está entrando mercadoria na minha empresa.
Bom, se está entrando mercadoria, abriremos uma conta, chamada conta
estoques ou mercadorias. Por outro lado, está saindo dinheiro do caixa ou do
banco? Não! O pagamento será a prazo. Portanto, não estamos tirando
dinheiro imediatamente, mas sim criando uma obrigação para pagar no prazo
de 30 dias. Essa conta correspondente será chamada de conta fornecedores.
Compra de mercadoria a prazo
Conta estoque (bem)
Conta fornecedores (obrigação)
Aumentou, entrou mercadoria
Aumentou, pois temos que pagar o fornecedor
Agora, é só lembrar da nossa tabelinha:
Conta
Ativo
Passivo
O que são
Bens e direitos
Obrigações
Exemplo
Caixa, estoques
Fornecedores
Aumenta
Débito
Crédito
Diminui
Crédito
Débito
Então, quando tivermos esse raciocínio contábil, é só abrir os razonetes e lançar.
Ficará:
Estoques
30.000,00
Fornecedores
30.000,00
Vejam que o total dos lançamentos a débito e a crédito se equivalem! Na
contabilidade, essa igualdade recebe o nome de método das partidas dobradas.
00000000000
Método das partidas dobradas: o total dos débitos sempre terá de ser igual ao
total dos créditos!
Agora, vamos fazer mais um lançamento: pagamento antecipado de metade do valor
aos fornecedores, no valor de R$ 15.000,00.
Como raciocinar contabilmente? Galera, aqui está havendo o pagamento de
metade das dívidas com fornecedores. A dívida é de R$ 30.000,00 e quitamos
R$ 15.000,00. O que temos de fazer? Ora, saiu dinheiro do banco! Então, já
sabemos inicialmente que vamos diminuir essa conta (que é onde está o nosso
dinheiro). Adicionalmente, metade da dívida com o fornecedor terá de ser
diminuída! Afinal, se um investidor olhar o nosso razonete, ela terá de saber
que a dívida não é mais de R$ 30.000,00, mas sim de R$ 15.000,00.
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Vejam que a contabilidade reflete a “vida real” da empresa. Ela tenta se aproximar ao
máximo daquilo que acontece no cotidiano da entidade, para que os seus usuários
possam ter informações fidedignas. Então, agora é só pensar:
Pagamento do fornecedor
Conta bancos (direito)
Conta fornecedores (obrigação)
Diminuiu, pois saiu dinheiro
Diminuiu, pois pagamos uma parte da dívida
Ficará assim:
Bancos
250.000,00
15.000,00
235.000,00
Fornecedores
15.000,00
30.000,00
15.000,00
13
INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS
Já temos muitas informações relevantes até aqui, mas agora, precisaremos introduzir
mais algumas. Eu sei que são muitas informações, mas vida de concurseiro não tem
jeito! Depois que passar, você pode optar em nunca mais olhar para um razonete
novamente.
Bom, a partir de agora, introduziremos alguns conceitos importantíssimos para o estudo
da contabilidade. Sabemos que a contabilidade funciona basicamente assim:
00000000000
Então, depois da escrituração, nós temos de elaborar as demonstrações contábeis. A
principal demonstração contábil é o balanço patrimonial.
O balanço patrimonial evidencia a situação patrimonial e financeira da entidade. É como
se tirássemos uma foto da companhia em determinado ponto. Então, ao final do que
chamamos de exercício social, pegamos todos os saldos das contas contábeis e
colocamos nas diversas demonstrações contábeis.
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Querem ver como é um balanço patrimonial de fato? Trouxemos a seguir o balanço
patrimonial do terceiro trimestre da 2015, da Petrobras.
Balanço patrimonial – Petrobras – 3º trimestre/2015
00000000000
* Fonte: Para acessar o site, clique aqui!
Portanto, gravem: a principal demonstração contábil é o balanço patrimonial!
O balanço patrimonial é dividido em ativo, passivo e patrimônio líquido!
Grupo
Ativo
Passivo
Patrimônio líquido
Origem ou aplicação?
O que é?
Aplicação de recursos
Representa os bens e direitos da entidade
Origem de recursos
Representa as obrigações da entidade
Origem de recursos
Representa o capital próprio da entidade
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Graficamente, para nós, para estudo da disciplina e resolver questões faremos sempre
algo do tipo:
Ativo
Passivo
Origem
Aplicação
PL
Origem
Assim, o capital aplicado em bens e direitos pode vir de duas fontes básicas: capital
próprio (quando vem do PL) e capital de terceiros (quando vem do passivo, das
obrigações).
Portanto, vamos classificar as contas que vimos até aqui:
-
Capital social: Patrimônio líquido (capital dos sócios).
Caixa: Ativo (bem)
Bancos: Ativo (direito)
Estoques ou Mercadorias: Ativo (bem)
Fornecedores: Passivo (obrigação).
Bom, pessoal. Se você olhar o total de todas as contas que já analisamos até agora,
verá que o balanço patrimonial ficará assim:
Ativo
Caixa
Bancos
Estoques
Passivo
15.000,00
Fornecedores
235.000,00
30.000,00
PL
250.000,00
Capital social
00000000000
Total
265.000,00
Total
265.000,00
O que vocês notam neste balanço? O total do ativo sempre será igual ao total do
passivo + patrimônio líquido!
Na contabilidade, essa equação recebe o nome de equação fundamental da
contabilidade.
Equação fundamental da contabilidade  Ativo = Passivo + PL
Então, se temos um ativo total no valor de R$ 100,00 e um passivo exigível no valor de
R$ 40,00. De quanto será o nosso PL? Isso! R$ 60,00.
Ativo = P + PL
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100 = 40 + PL
PL = 60,00.
Até agora, todos os pontos foram de nivelamento, para aqueles que nunca
tiveram contato com a disciplina! A partir de agora, passaremos a tecer
detalhes mais profundos sobre a disciplina! Portanto:
14
RESOLUÇÃO
(ATUALIZADA)
N.
750/93
DO
CONSELHO
FEDERAL
DE
CONTABILIDADE
14.1 CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA
Art. 1º Constituem Princípios de Contabilidade (PC) os enunciados por esta
Resolução.
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC).
Antes os princípios eram chamados de princípios fundamentais da
contabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados como princípios de
contabilidade.
Com efeito, se sou contabilista legalmente habilitado, deverei observar sempre a
aplicação dos princípios de contabilidade quando do exercício da profissão.
De igual sorte, quando da elaboração de alguma norma de contabilidade, os
órgãos que a emitir deverá sempre o fazer em consonância com os princípios de
contabilidade.
00000000000
§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
A essência deve prevalecer sobre a forma!
Como exemplo deste parágrafo temos a seguinte situação: em regra, os bens
registrados contabilmente na empresa são os de propriedade da empresa.
Contudo, na situação de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, embora o
imobilizado não seja de propriedade formal da empresa, por ser muito provável
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que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato, o registro é feito no
arrendatário, considerando a essência sobre a forma.
Assim, quando ALFA promove o arrendamento de um veículo de BETA e este
arrendamento caracteriza-se, nos termos do CPC 06, como um arrendamento
mercantil financeiro, devemos considera-lo como um ativo (entenda-se ativo por
bens e direitos) de ALFA, mesmo que juridicamente seja uma propriedade de
BETA. Esta é, pois, uma exceção à regra de que na contabilidade devemos
registrar somente os bens, direitos e obrigações da entidade que elabora as
demonstrações contábeis.
14.2 CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem,
pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é
o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)
A importância deste artigo está em enaltecer a importância
dos princípios de contabilidade, sendo a essência das
doutrinas e teorias das ciências contábeis. Reconhece, ainda,
o patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade.
Continuemos...
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10)
1)
2)
3)
4)
5)
6)
7)
da Entidade;
o da Continuidade;
o da Oportunidade
o do Registro Pelo Valor Original;
da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
o da Competência
o da Prudência.
00000000000
Decorem! São princípios da contabilidade:
Antes das alterações possuíamos sete
princípios
de
Contabilidade.
Agora,
restaram-nos somente seis. O princípio da
atualização monetária foi incorporado
ao princípio do registro pelo valor
original.
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15
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4º O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.
Parágrafo único – O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não
resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
Com base no artigo 4º, os principais pontos sobre o princípio da entidade
são:
Princípio da entidade
Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade
Afirma a autonomia patrimonial
Diferencia o patrimônio particular do patrimônio da sociedade
Patrimônio pertence à entidade. Entidade não pertence ao patrimônio
Soma ou agregação de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade,
mas unidade de natureza econômico contábil
Quando A e B celebram contrato para constituir a sociedade
Celta LTDA e entregam para esta entidade cada um o
montante de R$ 100.000,00, não poderão, a seu bel prazer
e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso de necessidade. Uma vez
constituída Celta LTDA, passa a existir distinção entre a sociedade e a figura de
seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é conhecida como princípio da
autonomia patrimonial da pessoa jurídica. Para nós, na contabilidade, será
chamada de princípio da entidade.
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O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do
patrimônio da pessoa jurídica. É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e
não os seus sócios. Assim, é a sociedade que realiza a compra de mercadorias,
pertencendo a ela (e não aos sócios) o produto que fora comprado. As receitas
são reconhecidas pela entidade também e não como patrimônio pessoal dos
sócios e assim por diante. Portanto, peca contabilmente o empresário individual
que utiliza do dinheiro da empresa com a finalidade de efetuar pagamento de
contas pessoais.
Acerca do parágrafo único, façamos as considerações pertinentes. O parágrafo
único do artigo 4º propõe que o ”patrimônio pertence à entidade, mas a
recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza
econômico-contábil”. Imagine-se que uma pessoa jurídica possui um
estabelecimento empresarial. Suponhamos que essa empresa possua um carro.
Ora, este carro pertence à empresa, mas a empresa não pertence a este carro,
de modo que pode o veículo sofrer operações como compra/venda, permuta,
etc, sem que se altere a natureza da empresa. Assim, concluímos que o
patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira.
A segunda parte da norma diz que a soma ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza
econômico-contábil. Por exemplo. Em alguns casos, a legislação manda que
sejam elaboradas demonstrações consolidadas entre determinadas entidades,
como empresas controladas ou coligadas com influência significativa, nos termos
do CPC 36. Grosso modo, a consolidação das demonstrações contábeis é a união
de demonstrações contábeis de entidade distintas numa só demonstração. Nesta
hipótese não teremos uma nova entidade, mas somente uma unidade de
natureza econômico-contábil, que será evidenciada, por exemplo, pelas
demonstrações consolidadas.
00000000000
(FGV/Oficial de Chancelaria/MRE/2016) A Alfa & Beta Ltda. é uma empresa
familiar de médio porte gerida por dois irmãos em sucessão aos seus pais. Após
assumirem a gestão, adotaram algumas medidas com o objetivo de facilitar o
controle das transações que afetavam a situação patrimonial da empresa. Uma
das medidas foi o registro de despesas pessoais dos sócios apenas quando do
seu efetivo pagamento. Essa medida está em desacordo com o princípio do (a):
a) entidade;
b) prudência;
c) oportunidade;
d) valor original;
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e) unidade de caixa.
Comentários:
Uma vez que estavam registrando despesas dos sócios como se da entidade
fossem, há grave ofensa ao princípio da entidade.
Gabarito  A.
16
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada
pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
A empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição
de que a entidade não será extinta, está em
funcionamento contínuo.
Princípio da Continuidade
O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos
ativos e passivos da empresa.
00000000000
Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por
exemplo, se eu comprei mercadorias por R$ 10.000,00, deverei registrá-las
inicialmente no meu balanço patrimonial por este valor (preço de entrada). As
máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a empresa pagou,
menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas. Esse critério de
avaliação é válido em função da continuidade esperada da empresa.
Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas
serão vendidas.
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Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade
basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de
saída.
No caso do passivo (obrigações da entidade), se a empresa tiver dívidas a longo
prazo e houver descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado
(ninguém vai ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os
credores irão se habilitar junto à massa falida, enfim, vão tomar as providências
necessárias para receber a dívida).
17
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância,
por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade
da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
A informação contábil necessita ser tempestiva e
íntegra (essas são as duas palavras chaves). A
tempestividade ajuda de modo consistente na produção
de informação para a tomada de decisões acertadas.
Quanto mais tempestiva (rápida) uma informação,
mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida
produção de uma informação contábil pode estar
desprovida de elementos que provem sua integridade e confiabilidade, e viceversa.
Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à
realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente
na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi
tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em
documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a
fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
00000000000
Anote-se que a relevância está ligada ao princípio da oportunidade, por isso é
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação
18
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
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Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos
valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original. Exemplo: Se
compramos um carro por R$ 30.000,00, esse é o valor que deverá constar no
registro inicial na contabilidade, o chamado custo histórico.
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos
e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados
pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações;
e
Atentem-se! O custo histórico (inicial) pode ser tanto o valor pago ou a
ser pago, como também o valor justo (valor de mercado) dos recursos
que são entregues. Depende de como será registrado o item.
Custo histórico
Ativo
Passivo
Valor
Valor
Valor
Valor
Valor
pago
a ser pago
justo ("valor de mercado")
recebido em troca da obrigação
necessário para liquidar o passivo
Exemplifiquemos. Compramos um veículo por R$ 30.000,00. Este é o custo
histórico, pois é o valor pago (em caixa) para aquisição deste ativo. Se
adquirimos mercadorias, por R$ 50.000,00, este é o nosso custo histórico, pois é
o quanto será necessário para liquidar este passivo no curso normal das
operações (o quanto sairá do caixa). Todavia, estes valores podem sofrer
variações. São as chamadas variações do custo histórico a que o CFC 750 alude
no item II a seguir. São variações do custo histórico: custo corrente, valor
realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária.
00000000000
Atenção! Cada tipo de ativo/passivo estará sujeito a uma ou mais espécies de
variações, mas não necessariamente todas. Isso será estudado com maior
profundidade ao longo do curso. Mas é essencial que fique claro desde já. Por
exemplo, o veículo adquirido acima está sujeito ao teste de recuperabilidade
(previsto no artigo 183, §3º da Lei 6.404/76 e regulamentando no CPC 01). Se,
ao longo da vida útil, percebemos que não recuperaremos com este veículo o
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valor pelo qual ele está registrado (valor recuperável), mas somente R$
25.000,00, faremos um ajuste em seu custo histórico, para adequá-lo ao valor
recuperável. Vocês não precisam, neste momento, se preocupar em entender o
valor recuperável propriamente dito. Apenas entender que pode haver uma ou
mais variações do custo histórico. Não trabalhamos, neste caso, com o conceito
de valor presente, valor justo, atualização monetária e custo corrente. A este
caso aplicou-se tão-somente o ajuste a valor recuperável. É essencial que isso
fique claro.
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações
decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a
obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;
Ativo
Passivo
Custo corrente
Valor a ser pago na data das demonstrações
Valor para liquidar a obrigação na data das demonstrações
O que vem a ser o custo corrente? Vejamos.
Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original). Depois,
devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o menor.
Atualmente, o “valor de mercado” é chamado de “valor justo”. Então agora
temos custo ou valor justo, dos dois o menor.
Pois bem. Imagine-se que uma empresa comprou matéria prima, digamos,
comprou ácido sulfônico para usar em alguns produtos químicos.
00000000000
Chegado a época de fechar o balanço, a empresa ainda tem ácido sulfônico em
estoque.
O que seria o valor justo para o ácido sulfônico?
Se a empresa não costuma vender esse material, não podemos usar o valor que
a empresa conseguiria numa eventual venda de ácido sulfônico. Se ela não tem
tradição, não fabrica ácido sulfônico, não conhece ou não tem relacionamento
comercial com possíveis compradores desse produto, então o preço que ela
poderia estimar numa eventual venda não é o valor justo (provavelmente seria
menor que o valor justo).
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Assim, para as matérias primas, o valor justo é o valor que a empresa iria
gastar para comprar o produto dos fabricantes/vendedores de ácido sulfônico.
Veja o texto da lei 6404/76:
§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela Lei nº
11.941, de 2009)
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos,
mediante compra no mercado;
O que isso tem a ver com o custo corrente?
Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores em
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou
ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações
contábeis.
Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que a
empresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la.
Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podem
gerar dinheiro (futuros benefícios econômicos) para a empresa com a venda.
No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas na
fabricação de produtos acabados.
Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de R$
10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar para
comprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio, deveríamos
reconhecer uma perda (debita “despesa com perda em estoque – resultado” e
credita “ajuste para perdas prováveis em estoque – retificadora do ativo).
00000000000
Mas se os produtos nos quais o ácido sulfônico não tiver queda de preço, então
não há perda.
É semelhante ao teste de recuperabilidade, temos o valor realizável líquido (no
caso é o custo corrente) e o valor em uso (referente ao uso da matéria prima
para fabricar os produtos acabados).
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma
forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e
equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para
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liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da
Entidade;
Valor realizável
Ativo Valor obtido em uma venda de forma ordenada
Passivo Valor pago para liquidar obrigação no curso normal do negócio
Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00. O
CPC 16, que trata sobre estoques, prescreve:
9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável:
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos
estimados necessários para se concretizar a venda.
Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, com
despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, de
R$ 85,00.
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera
seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da
Entidade;
Em lição comezinha, valor presente, como o próprio nome sugere, é quanto vale
hoje um ativo ou passivo pertencente à empresa. O ajuste a valor presente está
previsto na Lei 6.404/76 para ativos e passivos de longo prazo e para os de
curto prazo (estes apenas quando houver efeito relevante) – artigo 183, VIII e
artigo 184, III, do seguinte modo:
00000000000
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
relevante.
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com
os seguintes critérios:
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III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não
circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante.
Se tenho um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo, no
valor de R$ 200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00. Qual o seu
valor presente? É no valor de R$ 150.000,00.
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem
favorecimentos; e
Valor justo
Ativo Ativo pode ser trocado em transação sem favorecimentos
Passivo Passivo pode ser liquidado em transação sem favorecimentos
Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que
caracterizem uma transação compulsória. A norma diz a palavra “trocado”.
Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ativo x
dinheiro, o que configuraria uma venda. Geralmente esse valor justo vai
corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procura
alguém que tenha esse algo e tenha também interesse na venda, fecham um
negócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo.
Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:
00000000000
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em
direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a
longo prazo:
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação
ou disponíveis para venda;
Gravem essa sutil diferença entre custo corrente, valor realizável e valor
justo:
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Observação: nós fizemos um vídeo e disponibilizamos no YouTube que
discrimina bem essa diferença entre os itens. Você pode assistir clicando aqui!
(CESPE/Analista/STJ/2015) Em 15/7/2015, uma empresa adquiriu, à vista,
mercadorias para revenda no valor unitário de R$ 7,00, contemplando todos os
custos de aquisição. Em 31/7/2015, o preço de reposição unitário das referidas
mercadorias havia alcançado o valor de R$ 7,80, ao passo que o preço de venda
unitário estimado da mercadoria era R$ 12,50, e o gasto estimado necessário
para a concretização da venda era R$ 1,50 por unidade. Em uma transação sem
favorecimentos, cada uma dessas mercadorias poderia ser trocada no mercado
pelo valor de R$ 12,50 no último dia do mês de julho de 2015.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue o próximo item,
considerando os princípios de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC).
1) Em 31/7/2015, o valor justo de cada unidade da mercadoria adquirida era R$
11,00.
00000000000
2) Em 31/7/2015, o custo corrente unitário das mercadorias adquiridas era R$
7,80.
3) Em atendimento ao princípio do registro pelo valor original, que indica o custo
histórico como a base de mensuração a ser utilizada para o registro inicial dos
componentes patrimoniais, cada unidade da mercadoria adquirida deve ser
reconhecida ao preço de R$ 7,00.
Comentários:
Custo histórico  7,00.
Custo corrente  Preço de reposição  7,80
Valor realizável  12,50
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Valor realizável líquido de despesa de venda  12,50 – 1,50: 11,00
Valor justo  Trocada no mercado  12,50
Item 1, portanto, incorreto.
Item 2, portanto, correto.
Item 3, portanto, correto.
Por fim, vejamos a atualização monetária:
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da
moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)
O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que
prescrevia a Resolução 750/93 antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a
mudança de posicionamento, tornando-se “espécie” do genérico princípio do
Registro pelo Valor Original.
(CESPE/Analista/MPU/2015) Nos casos em que são aplicados indexadores
em contas de ativo com a intenção de representar a variação do poder aquisitivo
da moeda corrente, em determinado período, há observância do princípio do
registro pelo valor original.
00000000000
Comentários: Segundo a Resolução 750/93:
e) Atualização monetária. § 2º São resultantes da adoção da atualização
monetária:
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão
somente o ajustamento dos valores originais para determinada data,
mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a
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traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado
período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Pessoal, se há um contrato em que existe cláusula de atualização
monetária, não há nada de errado com este instrumento. Todavia, a
atualização monetária tem de ser usada com certa reserva na
contabilidade. Isso ficará mais claro quando estudarmos balanço patrimonial.
Gabarito  Correto.
19
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA, REGIME DE COMPETÊNCIA X
REGIME DE CAIXA
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
Pessoal, uma entidade com fins lucrativos, para sobreviver, basicamente,
precisa gerar receitas. E, para que haja prosperidade, essas receitas precisam
suplantar as despesas. Na contabilidade, as receitas (por exemplo, receita de
vendas, receita de alugueis, receita de juros) e as despesas (por exemplo, custo
da mercadoria vendida, despesas com comissão, ICMS sobre vendas) devem ser
reconhecidas segundo o princípio da competência.
00000000000
O princípio da competência pressupõe a adoção do regime de competência. Em
contraposição ao regime de caixa, que é o regime contábil que apropria as
receitas e despesas no período de seu recebimento ou pagamento,
respectivamente, independentemente do momento em que são realizadas.
Regime de competência é o que apropria receitas e despesas ao período de
sua realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas
ou do pagamento das despesas.
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(CESPE/Contador/DPU/2016) Conforme os princípios da prudência e da
oportunidade, os efeitos das transações e outros eventos devem ser
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do
recebimento ou pagamento.
Comentários: O item está incorreto, haja vista que versa sobre o princípio da
competência.
A Lei 6.404/76 é clara ao exigir que as demonstrações contábeis sejam
elaboradas conforme o regime de competência. Senão vejamos.
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes,
com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios
de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios
contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o
regime de competência.
O regime a ser utilizado na contabilidade é o de competência. Assim, se
temos uma conta de luz que vence em janeiro de 2010, referente a janeiro de
2010, devemos lançar este valor como despesa em janeiro de 2010, mesmo se
o pagamento se der, por exemplo, só em março de 2010.
Se anteciparmos o pagamento de um empregado em junho de 2011, por um
serviço que ele prestará somente em março de 2012, a despesa com salário só
será lançada em março de 2012, pois é nesse período que houve a efetiva
despesa. Funciona, resumidamente, deste modo:
00000000000
Regime de competência (princípio da competência): temos de olhar para o
mês ao qual a conta se refere (o mês da prestação do serviço, o mês em que foi
utilizada a luz, a água, recebida a mercadoria, etc). Não importa a data em que
foi pago/recebido em espécie o valor.
Por exemplo: Recebimento da fatura de luz em dezembro de 2009, referente ao
mês de novembro de 2009, para pagamento em janeiro de 2010. Quando
lançaremos como despesa de acordo com o regime de competência?
Ora, temos de procurar a quando a prestação, fatura, se refere. Utilizamos a luz
em novembro. Então, em novembro devemos lançar como despesa, pelo
lançamento:
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D – Despesa com energia elétrica (Despesa – Resultado)
C – Contas a pagar (Passivo)
Aí, quando do pagamento, vamos fazer o lançamento para dar baixa no passivo,
assim:
D – Contas a pagar
C – Caixa
XXXXX
XXXXX
Não se preocupem com os lançamentos, pois serão estudados a partir
da aula seguinte!
Regime de caixa: é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no
período
de
seu
recebimento
ou
pagamento,
respectivamente,
independentemente do momento em que são realizadas.
Assim, para o regime de caixa, se o salário foi pago em dezembro, é neste mês
que devemos considerar a despesa como incorrida. Se uma venda teve seu
recebimento em janeiro, independentemente se a entrega das mercadorias for a
posteriori, reconheceremos a receita em janeiro! E assim por diante.
Continuemos o estudo da Resolução 750/93:
Art. 9º. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10).
Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega,
devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as despesas que
correspondam a essa venda.
Atenção: O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que
contabiliza receitas e despesas quando incorridas. Todavia, as micro e pequenas
empresas podem se utilizar do regime de caixa.
00000000000
Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que:
Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os
registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei
Complementar n º 123, de 2006, art. 26, §§ 2 º e 4 º )
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação
financeira e bancária;
(...)
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§ 3 º A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do
Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa.
O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou
recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da
competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma
pequena exceção.
Portanto, o correto é usar o regime de competência. Mas imagine uma pequena
papelaria, ou um boteco, ou qualquer pequeno negócio. Geralmente, não dá
para contratar um contador para seguir à risca o regime de competência. Assim,
o fisco aceita que esses pequenos negócios usem o regime de caixa (livro caixa).
O imposto é calculado sobre a receita recebida. O regime de competência
deveria ser a regra. Mas, se não der para usar o método contábil, usa o que é
possível, que é o livro caixa.
20
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para
os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
O entendimento é o seguinte: quando se
apresentem alternativas válidas para quantificação
das mutações patrimoniais que alterem o PL,
escolhe-se o menor valor para o ativo, e maior
valor para o passivo. Assim, se é possível que a
conta clientes fique avaliada pelo total de vendas,
no montante de R$ 100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5%
desses valores não serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em
homenagem ao princípio da prudência.
00000000000
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau
de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas
condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo
maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos
componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Neste parágrafo único o princípio da Prudência adverte sobre o cuidado a ser
tomado quando da utilização de valorações de ativos e passivos que envolvam
condições de incerteza, isto é, de subjetividade. Assim, ao mesmo tempo em
que o contabilista reconhece as variações patrimoniais decorrentes, por
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exemplo, da ação do tempo, intempéries (como a depreciação), em virtude do
princípio do registro pelo valor original deve ter o zelo necessário para retratar
sempre a realidade existente na empresa.
Atenção: O princípio da prudência tem o condão de evitar que:
- Ativos e receitas: sejam superestimados.
- Passivos e despesas: sejam subestimados.
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21
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC
1 – Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominados
princípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios de
contabilidade.
2 – Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade,
continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e
prudência.
3 – O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro pelo valor
original.
22
RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA
22.1 PONTOS INICIAIS:
1) Contabilidade é a ciência que estuda a pratica as funções de orientação, de
controle e de registro dos atos e fatos de uma administração econômica (1º
Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924).
2) Finalidade  Fornecer informações
3) Escrituração  Técnica contábil que lança os fatos contábeis nos livros
contábeis.
4) O objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio. Por patrimônio, entenda
o conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade.
5) Principais normas de contabilidade para concursos:
- Lei 6.404/76  Lei das sociedades por ações. Artigo 175 a 204.
- Resolução 750/93  Contém os princípios da contabilidade.
- Lei 11.638/07 e 11.941/09  As principais alterações promovidas por
essas leis na Lei 6.404/76.
- Pronunciamentos Contábeis  Depende do concurso que você irá realizar,
mas se está estudando para qualquer dos concursos que citaremos a seguir,
então você precisará conhecer (AFRFB, ATRFB, ICMS SP, ICMS RJ, outros ICMS,
ISS diversos, Agente da Polícia Federal, Auditor Fiscal do Trabalho, Perito da PF,
Tribunais de Contas).
00000000000
6) Princípio da entidade  Figura dos sócios é diferente da figura da sociedade.
7) O mais correto é utilizar a expressão entidade, pois é mais abrangente.
8) Conta capital social: valor que os sócios entregam para o início da atividade.
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9) Razonetes: utilizados para fazer os lançamentos contábeis:
Conta X
Lado do débito Lado do crédito
10) O total dos débitos sempre terá que ser igual ao total dos créditos. Essa
regra, em uma contabilidade regular, não comporta exceções.
11) As palavras débito e crédito no sentido comum ou no sentido jurídico têm
um significado. Na contabilidade, possuem outro sentido, que pode ser
diametralmente oposto ao que estamos acostumados.
12) Como as contas aumentam e diminuem:
Conta
Ativo
Passivo
Patrimônio Líquido
Receitas
Despesas
O que são
Bens e direitos
Obrigações
Capital próprio
"Ganhos"
"Perdas"
Exemplo
Caixa, estoques
Fornecedores
Capital social
Venda de merc.
Desp. de salár.
Aumenta Diminui
Débito
Crédito
Crédito
Débito
Crédito
Débito
Crédito
Débito
13) Método das partidas dobradas: o total dos débitos sempre terá de ser igual
ao total dos créditos!
14) A principal demonstração contábil é o balanço patrimonial! O balanço
patrimonial é dividido em ativo, passivo e patrimônio líquido!
Ativo
Passivo
Origem
00000000000
Aplicação
PL
Origem
15) O capital aplicado em bens e direitos pode vir de duas fontes básicas: capital
próprio (quando vem do PL) e capital de terceiros (quando vem do passivo, das
obrigações).
16) O total do ativo sempre será igual ao total do passivo + patrimônio líquido!
17) Equação fundamental da contabilidade  Ativo = Passivo + PL
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22.2 PRINCÍPIOS:
Princípio da entidade.
Quando A e B celebram contrato para constituir uma sociedade LTDA e
entregam para esta entidade cada um o montante de R$ 100.000,00, não
poderão, a seu bel prazer e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso de
necessidade. Uma vez constituída, passa a existir distinção entre a sociedade e a
figura de seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é conhecida como
princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica. Para nós, na
contabilidade, será chamada de princípio da entidade.
O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do
patrimônio da pessoa jurídica.
É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e não os seus sócios. Assim, é a
sociedade que realiza a compra de mercadorias, pertencendo a ela (e não aos
sócios) o produto que fora comprado. As receitas são reconhecidas pela entidade
também e não como patrimônio pessoal dos sócios e assim por diante.
Princípio da continuidade.
A empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que a
entidade não será extinta, está em funcionamento contínuo. O princípio
da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e passivos da
empresa. Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada.
Por exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a
empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas.
Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da
empresa. Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí
não importa mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por
quanto elas serão vendidas.
00000000000
Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade
basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de
saída.
No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver
descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vai
ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão
se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias
para receber a dívida).
Princípio da oportunidade.
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A informação contábil necessita ser tempestiva e íntegra (essas são as duas
palavras chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de
informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva
(rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida
produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que
provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa.
Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à
realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente
na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi
tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em
documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a
fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
Princípio do registro pelo valor original.
Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original! Exemplo: Se
compramos um carro por R$ 30.000, esse é o valor que deverá constar na
contabilidade, o chamado custo histórico.
Custo histórico
Valor
Ativo Valor
Valor
Valor
Passivo
Valor
pago
a ser pago
justo ("valor de mercado")
recebido em troca da obrigação
necessário para liquidar o passivo
Custo corrente
Ativo Valor a ser pago na data das demonstrações
Passivo Valor para liquidar a obrigação na data das demonstrações
00000000000
Valor realizável
Ativo Valor obtido em uma venda de forma ordenada
Passivo Valor pago para liquidar obrigação no curso normal do negócio
Valor justo
Ativo Ativo pode ser trocado em transação sem favorecimentos
Passivo Passivo pode ser liquidado em transação sem favorecimentos
Princípio da competência.
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O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros
eventos
sejam
reconhecidos
nos
períodos
a
que
se
referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
Exemplificando, se a remuneração de pessoal de uma empresa referente ao mês
de dezembro de 2010 atrasar. O pagamento só vai ocorrer em janeiro de 2011.
Quando será feito o registro na Contabilidade? Ora, o pagamento se referirá a
que mês? Em que mês houve o fato gerador dessa despesa? Bem, em
dezembro. Logo, dar-se-á o registro contábil ainda no mês de dezembro,
independentemente do pagamento. O mesmo vale para as receitas.
Princípio da prudência.
O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor
valor para o ativo, e maior valor para o Passivo. Assim, se é possível que a
conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$
100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não
serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao
princípio da prudência.
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24
QUESTÕES COMENTADAS
1.
(ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016) De acordo com o
definido na Resolução CFC n. 750/1993, é correto afirmar que:
a) o Princípio da Oportunidade exige tempestividade e integralidade nos
lançamentos das variações ocorridas no patrimônio de uma entidade, ainda que
pairem dúvidas acerca do valor correto envolvido.
b) o Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade continuará operando
indefinidamente, ainda que a previsão de encerramento de suas atividades
esteja definida em seu estatuto ou contrato social.
c) o Princípio do Registro pelo Valor Original impõe que os componentes do
patrimônio sejam inicialmente registrados nos valores originais, respeitando-se a
manutenção das moedas adotadas.
d) a criação de contas retificadoras do ativo deve respeitar o Princípio do
Conservadorismo.
e) o Princípio da Competência vincula-se somente a contas do ativo.
Comentários:
a) Pessoal, alternativa correta e é o nosso gabarito; conforme a resolução CFC
750/93, o Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações,
determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram. Quanto à segunda parte,
pode causar estranheza, mas está correta; quanto mais tempestiva, ou seja,
mais rápida uma informação, ela tende a ser menos confiável e vice-versa.
b) Item incorreto, visto que se a empresa já prevê o encerramento de suas
atividades em determinado período, o Princípio da Continuidade não está sendo
atendido.
c) A segunda parte da assertiva está incorreta, visto que, conforme art. 7º da
resolução 750/93, os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor
presente NA MOEDA DO PAÍS, QUE SERÃO MANTIDOS NA AVALIAÇÃO DAS
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS POSTERIORES (grifo nosso), inclusive quando
configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
00000000000
d) Item sem fundamento, visto que, o uso de contas retificadoras atende, às
variações do custo histórico e não, necessariamente, à ideia de
conservadorismo.
e) Item incorreto, pois o reconhecimento de receitas, despesas, ativos e
passivos serão vinculados ao Princípio da Competência; não se aplica somente
ao passivo.
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Gabarito  A.
2.
(ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016) Analise a seguinte
situação: "o proprietário de um pequeno negócio, ao verificar que uma conta de
energia elétrica referente à sua residência iria vencer naquele dia, retirou do
caixa da empresa uma determinada quantia para poder quitar sua despesa de
caráter pessoal." Considerando o texto acima e o definido na Resolução CFC n.
750/1993 e alterações posteriores, indique, entre as opções abaixo, o Princípio
Contábil ofendido pela ação do empresário.
a) Conservadorismo.
b) Competência.
c) Prudência.
d) Entidade.
e) Oportunidade
Comentário:
Conforme o Princípio da Entidade:
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do patrimônio
da pessoa jurídica.
Gabarito  D
00000000000
3.
(ESAF/AFRFB/2009/Adaptada) O Conselho Federal de Contabilidade,
considerando que a evolução ocorrida na área da Ciência Contábil reclamava a
atualização substantiva e adjetiva de seus princípios, editou, em 29 de
dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo sobre eles. Sobre o assunto,
abaixo estão escritas cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa
falsa.
a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC)
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b) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias
relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante
nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
patrimônio das entidades.
c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma
ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade,
mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da
oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o da
prudência.
Comentários
QUESTÃO ADAPTADA PARA OS NOVOS DISPOSITIVOS EMANADOS PELO
CFC 1.282/2010.
Vamos lá! Comentando...
a) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é
obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
Ora, pergunto a vocês: Se sou um contabilista legalmente habilitado terei, no
exercício da profissão, de observar as normas que a regem? É claro! Imaginem
se todo contabilista pudesse trabalhar a seu bel-prazer, da forma que lhe
conviesse. Pois bem, com este fito, o §1º, do artigo 1º da Res. CFC 750 trouxe:
Art. 1º, § 1º A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é
obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
00000000000
Vejam que se tratou de literalidade, preto no branco! Item perfeito.
b) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas
e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de nosso País.
Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência
social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.
A letra b também seguiu a literalidade da Resolução que trata sobre os
princípios fundamentais de contabilidade, senão vejamos:
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Contabilidade Geral para Analista Tributário da Receita Federal
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Assim, desta assertiva abstraiam o entendimento de que os princípios
fundamentais são, como era de esperar, a essência da Contabilidade,
concebendo o patrimônio como objeto da contabilidade. Repita-se: o
patrimônio é o objeto da contabilidade. O item está correto.
c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes.
Segundo a resolução 750 atualizada:
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a NECESSIDADE da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade!
Esta parte está escorreita.
Afirma, também, a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de
um Patrimônio
particular
no
universo
dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição. Há, pois, a necessidade (e não desnecessidade) de diferenciação.
00000000000
Portanto, falar em princípio da entidade é distinguir o patrimônio dos sócios do
patrimônio da pessoa jurídica. OK? Item incorreto, portanto, gabarito da
questão.
d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira.
A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta
em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
Esse item está correto e também reproduz a literalidade da norma (art. 4º,
parágrafo único). Exemplifiquemos!
Uma pessoa jurídica possui um estabelecimento empresarial. Suponhamos que
essa empresa possua um carro. Ora, este carro pertence à empresa, mas a
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empresa não pertence a este carro, de modo que pode o veículo sofrer
operações como compra/venda, permuta, etc, sem que se altere a natureza da
entidade. Assim, concluímos que o patrimônio pertence à entidade, mas a
recíproca não é verdadeira.
A segunda parte também está correta. A soma ou agregação contábil de
patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de
natureza econômico-contábil. No caso de consolidação de balanços entre
empresas controladas ou coligadas com influência significativa, não teremos
uma nova entidade, mas somente uma unidade de natureza econômico-contábil,
que será evidenciada, por exemplo, pelas demonstrações consolidadas.
e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o
da oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o
da prudência.
O item também está correto. São estes os princípios que a Resolução do CFC
traz como fundamentais. Com a edição do CFC 1.282/10, o princípio da
atualização monetária foi incorporado ao princípio do registro pelo valor
original.
Gabarito  C.
4.
(ESAF/IRB/2004) O objeto da contabilidade está presente na única
opção correta.
a) Ativo
b) Capital Social
c) Passivo
d) Patrimônio
e) Patrimônio Líquido
Comentários
00000000000
Conforme regramento do artigo 2º do CFC 1.282, o objeto da contabilidade é o
patrimônio das entidades.
Gabarito  D.
5.
(ESAF/APOF/SP/2009) Assinale abaixo a opção que contém uma
afirmativa falsa.
a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas destas
não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.
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b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por
período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em contrário.
c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo
e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base
de valor para a Contabilidade.
d) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de servirem
como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não constituem
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente
válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade escolherá o que
apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações.
Comentários
Item a item, comentemos...
a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas
destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.
O que é a questão quer dizer, em outras palavras é: o patrimônio dos sócios é
distinto do da entidade. Correto ou errado? Correto.
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.
b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar
por período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências
em contrário.
00000000000
Esta alternativa é de 2009 e versa sobre a Deliberação CVM n. 29/1986. Ocorre
que referida norma fora revogada com o surgimento do CPC 00 e edição pela
CVM da Resolução 539/2008 (Estrutura conceitual básica da contabilidade).
Inobstante, mesmo sendo posterior à revogação da CVM n. 29, a banca cobrou o
assunto, tal como estivesse em vigor.
Segundo a revogada deliberação, item 2 – Postulado da continuidade das
entidades: "Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá viver
(operar) por um longo período de tempo (indeterminado) até que surjam fortes
evidências em contrário...".
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Assim, a Contabilidade, entre a vida e a morte, escolhe sempre a primeira. De
fato, esta é uma constatação do histórico dos negócios; não existe, a priori,
nenhum motivo para julgar que um organismo vivo venha a ter morte súbita ou
dentro de curto prazo. Ainda mais, as entidades são organismos que renovam
suas células vitais através do processo de reinvestimento.
O Postulado da Continuidade tem outro sentido mais profundo que é o de
encarar a entidade como algo capaz de produzir riqueza e gerar valor
continuadamente sem interrupções.
Portanto, a ESAF cobrou a questão desta forma, a despeito de estar a norma
inteiramente revogada. Item correto.
c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para
fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade
representa a base de valor para a Contabilidade.
Esta assertiva também versou sobre item revogado da antiga deliberação sobre
Estrutura Conceitual Básica. Trata-se do princípio do registro pelo valor original.
Todavia, mesmo se não conhecêssemos tal enunciado, conseguiríamos acertar.
Senão vejamos:
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os
componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE REGISTRADOS PELOS
VALORES ORIGINAIS DAS TRANSAÇÕES, expressos em moeda nacional.
§ 1º AS SEGUINTES BASES DE MENSURAÇÃO DEVEM SER UTILIZADAS em
graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
I – CUSTO HISTÓRICO. OS ATIVOS SÃO REGISTRADOS PELOS VALORES
PAGOS OU A SEREM PAGOS EM CAIXA OU EQUIVALENTES DE CAIXA OU
PELO VALOR JUSTO DOS RECURSOS QUE SÃO ENTREGUES PARA
ADQUIRI-LOS NA DATA DA AQUISIÇÃO. Os passivos são registrados pelos
valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações;
00000000000
O item, portanto, está correto.
d) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de
servirem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não
constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade.
Este é o nosso GABARITO. O item está incorreto.
Segundo a Resolução atualizada do CFC 750:
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Art. 1º § 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no
exercício da profissão e CONSTITUI CONDIÇÃO DE LEGITIMIDADE DAS
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE (NBC).
e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio,
igualmente
válidos,
segundo
os
princípios
fundamentais,
a
Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o
ativo e o maior para as obrigações.
Trata-se do já falado princípio contábil da prudência, transcrito:
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Gabarito  D.
6.
(ESAF/AFRE/MG/2005) Assinale a opção que contém afirmativa correta
sobre princípios fundamentais de contabilidade.
a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da
competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio
líquido.
b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe a
adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo.
c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do
período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência.
d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é
consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas
não atende ao princípio da continuidade.
e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes.
00000000000
Comentários
a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da
competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor
patrimônio líquido.
Esta alternativa se refere, na verdade, ao princípio da prudência (e não o da
competência, como proposto).
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Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Pelo princípio da competência as receitas e despesas devem ser apropriadas ao
resultado do exercício a que pertencerem.
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA: TEMOS DE OLHAR PARA O MÊS AO QUAL
A CONTA SE REFERE (O MÊS DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO, O MÊS EM
QUE FOI UTILIZADA A LUZ, A ÁGUA, ENTREGUE UMA MERCADORIA
VENDIDA, ETC). NÃO IMPORTA A DATA EM QUE FOI PAGO/RECEBIDO
EM ESPÉCIE O VALOR.
Por exemplo:
Recebimento da fatura de luz em dezembro de 2009, referente ao mês de
novembro de 2009, para pagamento em janeiro de 2010.
Quando lançaremos como despesa de acordo com o regime de competência?
Ora, temos de procurar a quando a prestação, fatura, se refere. Utilizamos a luz
em novembro. Então, em novembro devemos lançar como despesa, pelo
lançamento:
D – Despesa com energia elétrica (Despesa – Resultado)
C – Contas a pagar (Passivo)
Aí, quando do pagamento, vamos fazer o lançamento para dar baixa no passivo,
assim:
D – Contas a pagar XXXXX
C – Caixa XXXXX
Item incorreto.
00000000000
b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência
impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o
passivo.
A alternativa também corresponde ao princípio da prudência.
Item incorreto.
c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da
prudência.
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A questão trouxe à tona o princípio da competência, conforme explanado no
item a.
d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é
consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua
geração, mas não atende ao princípio da continuidade.
A questão se refere ao princípio da competência. Vocês precisam saber,
contudo, que a observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à
correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar
diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do
resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de
geração de resultado. Assim, devemos apropriar receitas e despesas no
resultado no pressuposto de que a entidade continuará funcionando.
e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da
contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o
patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
Este é o nosso gabarito! Quando sócios decidem explorar um negócio mediante
sociedade, entregando a ela bens e direitos, devem ter a plena convicção de que
estes valores não mais pertencerão a eles, mas, sim, à sociedade. Assim, não
podemos confundir os bens dos sócios (pessoais), com os bens da sociedade.
Gabarito  E.
7.
(ESAF/Analista Contábil/SEFAZ/CE/2006) Assinale abaixo a opção
que contém a assertiva verdadeira.
a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício social as
despesas que nele forem pagas, independentemente de seu vencimento,
enquanto que para receitas o que importa é o momento em que forem
efetivamente realizadas.
b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores igualmente
válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o menor dos dois, se for
do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.
c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um bem
adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição, a menos
que o valor tenha sido alterado já na época da compra.
d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito de
patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o conjunto de
bens, direitos e obrigações de uma pessoa.
e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos dois o
menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da Consistência.
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a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício
social as despesas que nele forem pagas, independentemente de seu
vencimento, enquanto que para receitas o que importa é o momento em
que forem efetivamente realizadas.
O item está incorreto. A questão está se referindo ao regime de caixa.
REGIME DE CAIXA;
Consideramos os pagamentos e os recebimentos, independente de quando
ocorreu a receita ou despesa. Por exemplo. Venda de mercadoria em maio, para
entrega em julho, para recebimento em setembro.
A receita será reconhecida em setembro.
Conta de energia recebida em maio, referente à utilização do mês de maio, para
pagamento em julho. A despesa será reconhecida somente em julho.
Isso tudo sob a ótica do regime de caixa.
REGIME DE COMPETÊNCIA
Temos de olhar pra quando a receita ou despesa se refere. No exemplo acima, a
receita seria reconhecida em julho (com a tradição, isto é, entrega da
mercadoria). Já a despesa seria reconhecida em maio (que é quando utilizamos
a luz).
Item incorreto. Na contabilidade devemos utilizar o regime de competência.
b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores
igualmente válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o
menor dos dois, se for do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.
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Pelo princípio da prudência deverá considerar:
MAIOR VALOR PARA O PASSIVO;
MENOR VALOR PARA O ATIVO.
Item incorreto.
c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um
bem adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de
aquisição, a menos que o valor tenha sido alterado já na época da
compra.
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O item está incorreto. O princípio contábil do custo como base de valor ou
registro pelo valor original indica que:
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os
componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE REGISTRADOS PELOS
VALORES ORIGINAIS DAS TRANSAÇÕES, expressos em moeda nacional.
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos
e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
I – Custo histórico. OS ATIVOS SÃO REGISTRADOS PELOS VALORES
PAGOS OU A SEREM PAGOS EM CAIXA OU EQUIVALENTES DE CAIXA OU
PELO VALOR JUSTO DOS RECURSOS QUE SÃO ENTREGUES PARA
ADQUIRI-LOS NA DATA DA AQUISIÇÃO. Os passivos são registrados pelos
valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações;
e
Isto é, os ativos são registrados pelo custo. Se o preço de aquisição ou mercado
houver sido alterado já na data da compra, isto não importará. O que importa é
o quanto se pagou no momento pela aquisição da mercadoria.
Por exemplo. Compramos mercadoria por R$ 100,00. No momento da entrega,
todavia, a mercadoria tinha valor de mercado de R$ 90,00. Vamos registrar a
mercadoria pelo valor de custo. Apenas posteriormente é que faremos uma
provisão para ajuste ao valor de mercado.
Questão mal redigida (como típico em algumas da ESAF). Item incorreto.
d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito
de patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o
conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa.
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Este é o nosso gabarito. O conjunto de bens, direitos e obrigações de uma
pessoa é definido como PATRIMÔNIO. É importante haver essa distinção entre
o patrimônio social (da sociedade) e o patrimônio pessoal dos sócios. Existe uma
imputação das relações de direito sobre a pessoa jurídica. Ela é que passa a ser
sujeito de direito, e não os sócios. Os bens, direitos e obrigações ficam a ela
(sociedade) atribuídos e responderão por estes atos.
Portanto, a letra d se refere ao princípio da entidade e é o nosso gabarito.
e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado,
dos dois o menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil
da Consistência.
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A questão trata, em verdade, do princípio da prudência, da adoção para o menor
valor o ativo, sempre que possível fazer uma estimativa.
Gabarito  D.
8.
(ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2006) João Aniceto comprou
um caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as prestações até a quitação
final. Ao adquirir quotas de capital do Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto
aceitou entregar o caminhão para integralizá-las, mas combinou com os outros
sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, já que foi ele,
João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e pagando-o até a quitação.
O desejo de João Aniceto não pode ser atendido, porque o Mercadinho é uma
sociedade empresária e tem que observar os princípios fundamentais de
contabilidade. A regra que determina que o caminhão não é mais do João,
mesmo que ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da:
a) continuidade.
b) competência.
c) oportunidade.
d) prudência.
e) entidade.
Comentários
João, ao tentar misturar os bens da sociedade com os bens próprios, está
desrespeitando o princípio contábil da entidade.
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.
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Gabarito  E.
9.
(ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a única opção que
contém uma afirmativa verdadeira.
a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo
estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo
Histórico.
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b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver duas ou
mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que
representar um maior ativo ou um menor passivo.
c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser
incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem
os recebimentos ou pagamentos respectivos.
d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos
com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com integralidade,
pelo seu valor completo.
e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária” que
reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado e não
o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas de uma
“atualização” dos valores.
Comentários
Como já estamos fazendo, comentaremos um a um...
Item a: Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante
o prazo estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio
contabilizado a Custo Histórico.
O item está incorreto. O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade
continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação
dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
Ademais, não há correlação entre o princípio da continuidade e o contrato social.
As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no pressuposto de
que a entidade continuará em operação no futuro previsível. Dessa forma,
presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em
liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal
intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis terão que ser
preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.
00000000000
Portanto, item incorreto.
b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver
duas ou mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser
utilizada aquela que representar um maior ativo ou um menor passivo.
Segundo a Resolução 750 do CFC atualizada:
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO (o inverso do que
propôs a questão), sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas
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para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio
líquido.
Item também incorreto.
c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem
ser incluídas na apuração do resultado do período em que,
efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.
A alternativa trouxe à tona o regime de caixa, o qual leva em conta o efetivo
pagamento ou recebimento das receitas e despesas.
Item também incorreto.
d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis
sejam feitos com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e
com integralidade, pelo seu valor completo.
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da
informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação.
Item correto.
e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização
Monetária” que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o
valor de mercado e não o valor original; por isso, não se trata de uma
“correção”, mas apenas de uma “atualização” dos valores.
O princípio da atualização monetária foi revogado pela resolução 1.282/2010 do
CFC, sendo incorporado ao princípio do registro pelo valor original.
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Gabarito  D.
10. (ESAF/IRB/2006) A avaliação das mutações patrimoniais, segundo o
princípio contábil da continuidade, deve considerar a hipótese de que, até que
surjam evidências em contrário,
a) a empresa continuará a operar indefinidamente no futuro.
b) a contabilidade deve registrar continuamente todos os atos e fatos
administrativos.
c) a contabilidade deve funcionar ininterruptamente dentro da empresa.
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d) as operações passíveis de registro contábil devem ter seqüência em diversos
períodos.
e) os métodos e critérios utilizados devem ser consistentes em vários períodos.
Comentários
Trata a questão do princípio da continuidade, segundo o qual:
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada
pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
O gabarito da questão, portanto, é a letra a.
Gabarito  A.
11. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) A Padaria Pilão Ltda. - ME utiliza
um sistema de controle de seus negócios bastante simplificado: as receitas
correspondem aos ingressos ocorridos em seu caixa e as despesas
correspondem às saídas de caixa, como salários pagos, pagamento de contas de
água, luz, aluguel, impostos e compras efetuadas, quase sempre, a vista ou a
prazos curtíssimos. A implantação de um sistema tão simples de controle em
uma indústria de médio porte não poderia ser aceita por não atender ao
Princípio Contábil
a) da Competência de Exercícios.
b) do Custo como Base de Valor.
c) da Continuidade.
d) do Conservadorismo.
e) da Prudência.
Comentários
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Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento.
O regime contábil da competência é que deve ser utilizado pelas empresas.
Segundo este regime, a receitas e despesas são consideradas incorridas
independentemente de pagamento ou recebimento.
Por exemplo, devo reconhecer uma receita de venda pela entrega de mercadoria
ao cliente, seja esta venda à vista, seja a prazo.
Gabarito  A.
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12. (ESAF/Analista
correta.
de
Comércio
Exterior/MDIC/2002)
Assinale
a
opção
a) Como resultado da observância do princípio da Oportunidade, o registro das
variações patrimoniais deve ser feito sempre que forem tecnicamente
estimáveis, mesmo não existindo razoável certeza de sua ocorrência.
b) O princípio da Entidade reconhece que o patrimônio pertence à Entidade mas
a recíproca não é verdadeira, embora a agregação de patrimônios autônomos
resultem em nova Entidade.
c) O princípio da Prudência determina a adoção do maior valor para os
componentes do Ativo e do menor valor para os componentes do Passivo
sempre que se tenham duas alternativas válidas de valor.
d) Notas Explicativas são informações adicionais destinadas a esclarecer
aspectos relevantes dos demonstrativos contábeis como, por exemplo, os
principais critérios de avaliação, os investimentos relevantes e não relevantes
em outras sociedades; as taxas de juros e os vencimentos das obrigações de
curto e longo prazo.
e) Depreciação Linear é o método de depreciação que consiste em dividir o valor
do bem depreciável pelo número de anos de sua vida útil, para amortização de
seu valor, mediante paulatina transferência para o resultado.
Comentários
O item a está incorreto. Pelo princípio da oportunidade dissemos que deve existir
uma ponderação entre a tempestividade e a integridade para se fazer um
lançamento contábil.
Esta questão, mesmo versando sobre o princípio em sua anterior versão, pode
ser resolvida pela lógica, afinal, se não houver razoável certeza de que vai
ocorrer não devemos fazer qualquer lançamento.
Deste modo, a entidade ALFA não pode fazer um lançamento contábil se apenas
tem a pretensão de adquirir determinado ativo imobilizado.
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Vejamos como era a redação da Resolução n. 750/93 antes das mudanças:
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações,
determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único
OPORTUNIDADE:
–
Como
resultado
da
observância
do
Princípio
da
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais
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deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de
sua ocorrência;
Item, pois, incorreto.
A letra b também erra. Uma pessoa jurídica possui um estabelecimento
empresarial. Suponhamos que essa empresa possua um carro. Ora, este carro
pertence à empresa, mas a empresa não pertence a este carro, de modo que
pode o veículo sofrer operações como compra/venda, permuta, etc, sem que se
altere a natureza da entidade. Assim, concluímos que o patrimônio pertence à
entidade, mas a recíproca não é verdadeira.
A segunda parte é que peca. A soma ou agregação contábil de patrimônios
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza
econômico-contábil. No caso de consolidação de balanços entre empresas
controladas ou coligadas com influência significativa, não teremos uma nova
entidade, mas somente uma unidade de natureza econômico-contábil, que será
evidenciada, por exemplo, pelas demonstrações consolidadas.
A letra c está incorreta, pois a adoção para o ativo deve ser a menor possível, já
para o passivo deve ser a maior possível.
Deste modo, se se têm estimativas de que, a cada R$ 100.000,00 em vendas,
R$ 5.000,00 sejam de calotes, a empresa tem duas opções: - não reconhecer a
provisão para devedores duvidosos; - reconhecer a provisão para devedores
duvidosos.
Com efeito, em obediência ao princípio da prudência, deverá constituir a PDD.
A letra d versa sobre as notas explicativas.
É bom dar uma lida no artigo 176, parágrafos 4o e 5o, pois foram objeto de
mudança com a edição da MP 449 de 2008 e com a Lei 11.941 de 2009.
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Vejamos:
Art. 176, § 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e
outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
No parágrafo 5o há uma série de itens que devem constar em notas
explicativas.
Talvez haja dificuldade em decorá-los. Uma dica: atentem-se para a palavra
RELEVÂNCIA. Tentem utilizar do bom-senso e ver o que é ou não essencial para
os usuários da contabilidade e não constam nas demonstrações contábeis.
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Por exemplo, são importantes: taxas de juros, critérios de avaliação do ativo,
investimentos RELEVANTES em outras sociedades, ajustes de exercícios
anteriores, etc. Tudo isso será objeto de Nota explicativa.
A questão é, portanto, falsa, pois investimentos não relevantes não serão
objetos de NE´s!
O item e, por fim, é nosso gabarito, e traz o exato conceito de depreciação
linear.
Gabarito  E.
13. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2002.1/Adaptada) Abaixo
estão cinco assertivas relacionadas com os Princípios Fundamentais de
Contabilidade. Assinale a opção que expressa uma afirmação verdadeira.
a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da
profissão, mas não constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade.
b) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de sociedade ou instituição,
cujo patrimônio pode confundir-se com o dos sócios ou proprietários.
c) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o registro deve
ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da
Entidade, em um período de tempo determinado.
d) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes conhecida
como Convenção do Conservadorismo, hoje é determinada pelo Princípio da
Competência.
e) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a aplicação do
Princípio da Competência, pois o valor econômico dos ativos e dos passivos já
contabilizados não se altera em função do tempo.
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Comentários
A letra a é errônea. Segundo o CFC n. 750/93:
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por
esta Resolução.
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras
de Contabilidade (NBC).
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O item b está incorreto. A sociedade empresária enquanto pessoa jurídica não se
confunde com as pessoas físicas de seus sócios, pelo já propalado princípio da
entidade.
A letra c é o gabarito. O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir
informações íntegras e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da
informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da
informação.
Assim, registrar tudo o que acontece em determinado período de tempo na
entidade diz respeito a esses dois quesitos, quais sejam, integridade e
tempestividade.
A letra d está incorreta. Trata ela da convenção do conservadorismo.
Expliquemos melhor.
Conforme o Manual de Contabilidade Societária (FIPECAFI, 2010), em 1986, o
Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Ipecafi)
lançou um documento intitulado “Estrutura Conceitual Básica da
Contabilidade”, elaborado pelo Prof. Sérgio de Iudícibus. Esse documento foi
aprovado e divulgado pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
(IBRACON) como Pronunciamento desse Instituto e referendado pela Comissão
de Valores Mobiliários (CVM). Com isso tornou-se obrigatório para as
companhias abertas brasileiras.
Esse documento discorria sobre os postulados, os princípios e as
convenções contábeis, denominando-os genericamente de Princípios
Fundamentais da Contabilidade.
Em 1993, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu a Resolução nº 750, que
trata dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.
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Os dois documentos descreviam o que à época se denominava Princípios
Fundamentais de Contabilidade, bem como as características básicas que
precisavam estar contidas na informação contábil. Eram muito semelhantes,
com diferenciações em poucos pontos.
Depois do advento da Resolução 750 do CFC, este passou a ser adotado pelas
empresas. E nas questões de concursos.
O que a ESAF abordou neste item está prescrito no documento elaborado pelo
Prof. Sérgio de Iudícibus em 1986, a “Estrutura Conceitual Básica da
Contabilidade”, já revogada.
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Deixando à margem o estudo dos postulados, os princípios propriamente ditos
constituem, de fato, o núcleo central da estrutura contábil. Delimitam como a
profissão irá, em largos traços, posicionar-se diante da realidade social,
econômica e institucional admitida pelos Postulados.
Já as convenções ou restrições, como a própria denominação
representam, dentro do direcionamento geral dos Princípios,
condicionamentos de aplicação, numa ou noutra situação prática.
indica,
certos
Os Princípios representam a larga estrada a seguir rumo a uma cidade. As
convenções (Restrições) seriam como sinais ou placas indicando, com mais
especificidade, o caminho a seguir, os desvios, as entradas, saídas etc.
As convenções contábeis eram
conservadorismo, consistência.
basicamente:
objetividade, materialidade,
A CONVENÇÃO DO CONSERVADORISMO
Enunciado: "Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio,
igualmente válidos, segundo os Princípios Fundamentais, a Contabilidade
escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as
obrigações..."
O conservadorismo, em Contabilidade, pode ser entendido sob dois aspectos
principais: o primeiro, vocacional e histórico da profissão, pelo qual, entre as
várias disciplinas que avaliam, pelo menos em parte, o valor da entidade, a
Contabilidade é a que tenderia, em igualdade de condições, a apresentar o
menor valor para a entidade como um todo.
O segundo, mais operacional, de que, conforme o enunciado, a Contabilidade
tende, dentro dos amplos graus de julgamento que a utilização dos Princípios
nos permite empregar, a escolher a menor das avaliações igualmente relevantes
para o ativo e a maior para as obrigações.
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Esse entendimento não deve ser confundido nem desvirtuado com os efeitos da
manipulação de resultados contábeis, mas encarado à luz da vocação de
resguardo, cuidado e neutralidade que a Contabilidade precisa ter, mormente
perante os excessos de entusiasmo e de valorizações por parte da administração
e dos proprietários da entidade. Não nos esqueçamos de que, principalmente no
caso das companhias abertas, sua principal obrigação é perante o mercado e os
investidores.
Dentre os princípios que já narramos a convenção do conservadorismo tem clara
correlação com o da prudência, e não com o da competência, como asseverou.
Item d, portanto, incorreto.
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A letra e, por fim, está incorreta.
O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e
passivos da empresa e, também, ao regime de competência. Explique-se.
Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por exemplo,
as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a empresa
pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas. Esse
critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da empresa.
Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas
serão vendidas.
Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade basicamente a
preços de entrada para uma contabilidade a preços de saída.
No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver
descontinuidade, as dívidas passar a ter vencimento antecipado (ninguém vai
ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão
se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias
para receber a dívida).
Gabarito  C.
14. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/RN/2004) Os seguintes
fenômenos ocorreram no mesmo período contábil.
Surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo
Surgimento de um passivo, pelo acréscimo de ativo
Redução de um passivo, sem desaparecimento de ativo
Redução do valor econômico de um ativo
Acréscimo de ativo sem a intervenção de terceiros
Recebimento efetivo de subvenções
Pagamento de despesas antecipadas
00000000000
100
200
300
400
500
600
700
Ao contabilizar os fatos citados, de acordo com os princípios fundamentais de
contabilidade, vamos encontrar um lucro de
a) R$ 300,00, de acordo com o princípio da competência.
b) R$ 400,00, de acordo com o princípio do regime de caixa.
c) R$ 900,00, de acordo com o princípio da competência.
d) R$ 200,00, de acordo com o princípio da prudência.
e) R$ 200,00, de acordo com o princípio da competência.
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Indaguemos fato a fato.
Surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo
100
Imagine-se que uma sociedade tem uma dívida no valor de R$ 1.000,00. Essa
dívida tem um valor de juros de 10% ao ano (juros simples).
O lançamento, quando do período de competência, é o seguinte:
D – Despesa de juros
C – Juros a pagar
100
100
Portanto, o surgimento de um passivo sem o correspondente ativo é considerado
uma despesa.
Surgimento de um passivo, pelo acréscimo de ativo
200
Neste caso, imagine-se a realização de um empréstimo à empresa.
D – Bancos
C – Empréstimos a pagar
200
200
Não se trata de receita, nem de despesa.
Redução de um passivo, sem desaparecimento de ativo
300
Imagine-se o mesmo empréstimo acima. De repente, o credor chega e diz para
a entidade: - meu amigo, a dívida está perdoada. Não precisa mais desembolsar
dinheiro para me pagar.
Ora, fazendo isso, a empresa tem claramente uma receita, uma vez que a
obrigação foi extinta sem que tivesse uma redução no ativo.
00000000000
Redução do valor econômico de um ativo
400
Neste caso, basta tomar como exemplo um veículo que está sofrendo
depreciação. Lançamos:
D – Despesa de depreciação
C – Depreciação acumulada
400
400
Portanto, redução no resultado neste valor.
Acréscimo de ativo sem a intervenção de terceiros
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500
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Este exemplo configura uma receita. É o caso clássico de nascimento de filhotes
de um rebanho.
D – Ativo
C – Superveniência ativa (receita)
500
500
Superveniência é qualidade de superveniente, ou seja, que aparece ou vem
depois. Com isto, podemos dizer que superveniências ativas são novos ativos
que surgem e superveniências passivas são novos passivos que surgem.
Nas palavras de Antonio Lopes de Sá, superveniência ativa quer dizer maior
valor dos bens e créditos sobre os débitos e superveniência passiva representa
maior valor das dívidas (débitos) sobre os bens e créditos.
Neste caso, tomemos como exemplo um pomar, que aumenta de valor com o
surgimento de novas árvores frutíferas, e um rebanho leiteiro, com o
nascimento de novos filhotes. Os ativos aumentam de valor mesmo antes da
comercialização das frutas ou do leite. Ou seja, reconhece-se uma receita antes
do ponto de transferência, venda, do bem.
Recebimento efetivo de subvenções
600
Imagine-se, neste exemplo, a doação feita da empresa ALFA para a empresa
BETA, em dinheiro, no valor de R$ 600,00. O lançamento, na BETA é o que se
segue:
D – Bancos
C – Receita de subvenções
600
600
Pagamento de despesas antecipadas
700
Este lançamento não afeta o resultado, pois é fato permutativo entre contas do
ativo. Como, por exemplo, o pagamento antecipado da assinatura de jornal.
D – Despesas antecipadas (ativo)
C – Caixa (ativo)
00000000000
700
700
Portanto, temos:
LUCRO = RECEITAS - DESPESAS
LUCRO = (300 + 500 + 600) – (100 + 400)
LUCRO = 1.400 – 500 = 900,00.
Gabarito  C.
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15. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Municipal/Fortaleza/2003)
Assinale o princípio fundamental da contabilidade que reconhece o Patrimônio
como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a necessidade
de diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes.
a) Entidade
b) Registro pelo Valor Original
c) Prudência
d) Continuidade
e) Atualização Monetária
Comentários
A questão versa sobre o princípio da entidade. Segundo o CFC 750:
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição.
Gabarito  A.
16. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Municipal/Recife/2003) Com
relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção
incorreta.
a) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que a avaliação dos
componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada,
considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos
ou da imposição destes.
b) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que, uma vez
integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não poderão ter
alterados
seus
valores
intrínsecos,
admitindo-se,
tão-somente,
sua
decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros
elementos patrimoniais.
c) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o valor original
será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio,
inclusive quando da saída deste.
d) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o uso da
moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui
imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
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e) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que é inadequada a
utilização de qualquer tipo de CORREÇÃO ou ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
Comentários
O item a está correto. O item versa sobre o princípio do registro pelo valor
original em sua acepção antiga. Contudo, trataremos sob o novo enfoque.
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os
componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE registrados pelos
valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
Esse valor de entrada pode ser aquele valor negociado ou imposto pelos agentes
externos.
O item b também está correto. Se adquirimos matéria-prima para fabricação no
valor de R$ 10.000,00, não podemos alterar posteriormente esse valor para R$
15.000,00. Essa MP adquirida ficará registrada à conta de “Matéria-prima”, no
ativo. Conforme o insumo seja utilizado na produção, haverá a transferência
para a conta “Estoque de produtos em elaboração”. Vejam que não está
havendo modificação do valor da matéria-prima. O que se tem, em verdade, é
sua agregação a outros elementos patrimoniais, formando a mercadoria
acabada.
O item c igualmente acerta. Se um veículo entra na sociedade pelo valor de R$
30.000,00, nela permanecerá com este valor, obviamente, sem prejuízo do valor
da depreciação que venha a existir.
A letra d também está correta. Em suma, diz que, para padronizar a
contabilidade pátria e as demonstrações contábeis, deve-se utilizar a moeda
nacional, o que a interpretação consentânea com a legislação vigente.
Nosso gabarito, por fim, é a letra e. Segundo a Resolução 750/93 do CFC
(atualizada):
00000000000
Art. 7º § 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus
distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
II – VARIAÇÃO DO CUSTO HISTÓRICO. Uma vez integrado ao patrimônio, os
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações
decorrentes dos seguintes fatores:
e) ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da
moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:
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I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes
patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)
Portanto, a atualização monetária, que antes era um princípio isolado, passou a
ser subprincípio do registro pelo valor original, continuando a existir nos casos
legalmente permitidos.
Gabarito  E.
17. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Municipal/Recife/2003) Com
relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção
incorreta.
a) O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
b) O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL preconiza que os
componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das
transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País,
que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores,
inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da
ENTIDADE.
c) O Princípio da CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em
muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a
extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível.
d) O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade
e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente
das causas que as originaram.
e) O Princípio da PRUDÊNCIA indica que as receitas e as despesas devem ser
incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre
simultaneamente
quando
se
correlacionarem,
independentemente
de
recebimento ou pagamento.
00000000000
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O item a está correto. O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como
objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com
ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou
instituição (Res. 750/93, art. 4º).
O item b também está certo. Como explicado à questão anterior, se adquirimos
matéria-prima para fabricação no valor de R$ 10.000,00, não podemos alterar
posteriormente esse valor para R$ 15.000,00. Essa MP adquirida ficará
registrada à conta de “Matéria-prima”, no ativo. Conforme o insumo seja
utilizado na produção, haverá a transferência para a conta “Estoque de produtos
em elaboração”. Vejam que não está havendo modificação do valor da matériaprima. O que se tem, em verdade, é sua agregação a outros elementos
patrimoniais, formando a mercadoria acabada.
O item c igualmente acerta. O princípio da continuidade está diretamente ligado
à avaliação dos ativos e passivos da empresa e, também, ao regime de
competência. Explique-se. Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores
de entrada. Por exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos
valores que a empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual
ajuste para perdas. Esse critério de avaliação é válido em função da
continuidade esperada da empresa. Se não houver continuidade (se a empresa
for fechar as portas), aí não importa mais quanto a empresa pagou pelas
máquinas; interessa saber por quanto elas serão vendidas.
Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade basicamente a
preços de entrada para uma contabilidade a preços de saída.
No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver
descontinuidade, as dívidas passar a ter vencimento antecipado (ninguém vai
ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão
se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias
para receber a dívida).
00000000000
O item d está correto e ressalta o que já falamos, sobre o princípio da
oportunidade, que deve atender aos quesitos integridade e tempestividade.
A letra e, finalmente, é nosso gabarito. Trouxe à baila a assertiva o princípio da
competência, e não o princípio da prudência.
Gabarito  E.
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18. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/CGU/2006) Sobre os
enunciados dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, estabelecidos na
Resolução n. 750/1993, são apresentadas as seguintes assertivas:
I. Desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve
ser feito, de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas
que as originaram, mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de
sua ocorrência.
II. Após sua integração ao patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão
ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua
reavaliação e atualização monetária e a decomposição em elementos e/ou sua
agregação, parcial ou integral, a outros elementos do patrimônio líquido.
III. Consideram-se realizadas as receitas sempre que houver a extinção, parcial
ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo de valor igual ou maior.
IV. Quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas
e qualitativas, devem ser consideradas a continuidade ou não da entidade, bem
como sua vida definida ou provável, pois influencia o valor econômico dos ativos
e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente
quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
V. Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais
Princípios Fundamentais de Contabilidade, deve-se escolher a hipótese de que
resulte menor patrimônio líquido.
Considerando que a sequência das assertivas apresentadas não guarda
necessariamente correlação com a sequência das opções apresentadas, das
assertivas apresentadas, a única incorreta é aquela que se refere ao Princípio da
(do):
a) Continuidade.
b) Prudência.
c) Competência.
d) Registro pelo Valor Original.
e) Oportunidade.
00000000000
Comentários
O item I refere-se ao princípio da oportunidade e está correto, embora com sua
roupagem antiga.
O item II está incorreto. Segundo o princípio do registro pelo valor original:
Art. 7o, parágrafo único, II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito
ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se,
tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou
integral, a outros elementos patrimoniais;
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Este é o nosso gabarito.
O item III está correto e diz respeito ao regime de competência.
O item IV trata do princípio da continuidade, também está escorreito.
O item V, outrossim, está certo, e fala do princípio da prudência.
Gabarito  D.
19. (ESAF/Gestor Fazendário/SEFAZ/MG/2005) Cumprir ou observar o
Princípio Fundamental de Contabilidade da Prudência significa, dentro de
alternativas possíveis e válidas,
a) demonstrar o menor ativo e o maior passivo.
b) demonstrar o maior ativo e o menor passivo.
c) demonstrar sempre o patrimônio líquido real.
d) obter o menor lucro possível.
e) obter o maior lucro possível.
Comentários
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido (Resolução 750/93, art. 10).
Gabarito  A.
20. (ESAF/Analista Contábil Financeiro/SEFAZ/CE/2006) Ao atualizar a
escrituração das contas de resultado, que estavam contabilizadas de acordo com
o regime contábil de caixa, a empresa Horizontal S/A verificou que havia
despesas pagas, mas não vencidas, no valor de R$ 4.000,00; receitas recebidas,
mas não vencidas, no valor de R$ 3.800,00; despesas vencidas, mas não pagas,
no valor de R$ 2.500,00; e receitas vencidas, mas não recebidas, no valor de R$
5.300,00. Ao ajustar o resultado aos ditames do princípio contábil de
competência, o lucro do exercício, certamente, será aumentado em
00000000000
a) R$ 2.600,00.
b) R$ 2.800,00.
c) R$ 3.000,00.
d) R$ 4.700,00.
e) A variação será nula: mais R$ 1.500,00, menos R$ 1.500,00.
Comentários
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Pelo princípio de competência, as receitas e despesas são consideradas no
período em que acontecerem, independentemente do pagamento ou
recebimento.
Com efeito, façamos um pequeno ajuste aos dados fornecidos.
- Despesas pagas, mas não vencidas, no valor de R$ 4.000,00;
As despesas que foram pagas, mas ainda não incorreram devem ser somadas
para o ajuste, já que estão reduzindo o resultado de acordo com o regime de
caixa, mas, não incorreram pelo regime de competência.
- Receitas recebidas, mas não vencidas, no valor de R$ 3.800,00;
O pensamento inverso do supracitado vale para este caso. Aqui, já entrou
dinheiro no caixa, entretanto a empresa ainda não prestou os serviços ou
entregou as mercadorias. Logo, como o valor está aumentando o lucro pelo
regime de caixa, deve ser subtraído no regime de competência.
- Despesas vencidas, mas não pagas, no valor de R$ 2.500,00;
Neste caso, as despesas não estão registradas no regime de caixa. No regime de
competência devem ser subtraídas.
- Receitas vencidas, mas não recebidas, no valor de R$ 5.300,00.
Neste caso, no regime de competência, devemos somar este valor de receita.
Destarte, o resultado pelo regime de competência é: + 4.000 – 3.800 – 2.500 +
5.300 = R$ 3.000,00.
Gabarito  C.
00000000000
21. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/CE/2006) Na
empresa Nutricional S/A, o resultado do exercício havia sido apurado acusando
um lucro de R$ 50.000,00, quando foram realizadas as verificações de saldos
para efeito
de ajustes de encerramento e elaboração do balanço patrimonial. Os resultados,
contabilizados segundo o regime contábil de Caixa ao longo do período,
evidenciaram a existência de:
- salários de dezembro, no valor de R$ 15.000,00, ainda não quitados;
- juros de R$ 4.000,00 já vencidos no exercício, mas ainda não recebidos;
- aluguéis de R$ 6.300,00, referentes a janeiro de 2007, pagos em dezembro de
2006;
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- comissões de R$ 7.200,00, recebidas em dezembro de 2006, mas que se
referem ao exercício seguinte.
Após a contabilização dos ajustes segundo o Princípio da Competência, o lucro
do exercício passou a ser de
a) R$ 38.100,00.
b) R$ 32.700,00.
c) R$ 45.300,00.
d) R$ 39.900,00.
e) R$ 39.000,00.
Comentários
Trata-se de questão no mesmo molde da anterior. Partirmos do regime de caixa,
ajustando para o princípio da competência. Senão vejamos.
- salários de dezembro, no valor de R$ 15.000,00, ainda não quitados;
O salário de dezembro não quitado não está registrado no regime de caixa,
porquanto não houve o efetivo desembolso. Logo, devemos subtraí-lo no regime
de competência.
- juros de R$ 4.000,00 já vencidos no exercício, mas ainda não
recebidos;
Esses juros também não estão computados no regime de caixa, haja vista que
não foram recebidos. Devemos, assim, somá-lo ao resultado pelo regime de
competência.
- aluguéis de R$ 6.300,00, referentes a janeiro de 2007, pagos em
dezembro de 2006;
Esses aluguéis, pelo princípio da competência, são despesas de janeiro de 2007.
Entrementes, pelo regime de caixa, estavam subtraindo como despesas de
2006. Logo, para ajustar, devemos somar.
00000000000
- comissões de R$ 7.200,00, recebidas em dezembro de 2006, mas que
se referem ao exercício seguinte.
Essas comissões foram recebidas e computadas como receitas de 2006 (caixa).
Assim, para ajustar ao regime de competência devemos subtraí-las.
Devemos modo, façamos o ajuste ao resultado.
Lucro pelo regime de competência = Lucro pelo regime de caixa +/- Ajustes.
Lucro pelo regime de competência = 50.000 – 15.000 + 4.000 + 6.300 – 7.200
= R$ 38.100,00
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Gabarito  A.
22. (ESAF/Técnico da Receita Federal/2003) Com relação aos Princípios
Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção incorreta.
a) O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior, para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
b) O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor
Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis
diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
c) O Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores,
constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da
COMPETÊNCIA.
d) A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição
dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que
envolvem incertezas de grau variável.
e) O Princípio da PRUDÊNCIA refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que
este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das
causas que originaram o registro.
Comentários
O gabarito da questão é a letra E, posto que não se refere propriamente ao
princípio da prudência, mas, sim, ao princípio da oportunidade.
Gabarito  E.
23. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013) O Princípio de
Contabilidade, segundo as normas do Conselho Federal de Contabilidade, que
pressupõe a simultaneidade no reconhecimento das despesas e receitas relativas
a uma determinada venda de produto ou serviço, é o Princípio da
00000000000
a) Continuidade.
b) Oportunidade.
c) Atualização monetária.
d) Competência.
e) Prudência.
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A questão versa sobre o princípio da competência, que pressupõe a
simultaneidade no reconhecimento das despesas e receitas relativas a uma
determinada venda de produto ou serviço.
Gabarito  D.
24. (ESAF/Min. Fazenda/Contador/2013) Quando, ao avaliar o estoque
final de mercadorias, procuramos atender à recomendação “custo ou mercado, o
que for menor”, estamos observando um princípio fundamental de contabilidade.
Indique abaixo qual é esse princípio.
a) Consistência.
b) Objetividade.
c) Oportunidade.
d) Materialidade.
e) Prudência.
Comentários
Vamos relembrar o princípio da Prudência:
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Assim, ao avaliar o estoque pela regra “custo ou mercado, dos dois o menor”,
estamos seguindo o princípio da Prudência.
Gabarito  E.
00000000000
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Contabilidade Geral para Analista Tributário da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
1.
(ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016) De acordo com o
definido na Resolução CFC n. 750/1993, é correto afirmar que:
a) o Princípio da Oportunidade exige tempestividade e integralidade nos
lançamentos das variações ocorridas no patrimônio de uma entidade, ainda que
pairem dúvidas acerca do valor correto envolvido.
b) o Princípio da Continuidade pressupõe que a entidade continuará operando
indefinidamente, ainda que a previsão de encerramento de suas atividades
esteja definida em seu estatuto ou contrato social.
c) o Princípio do Registro pelo Valor Original impõe que os componentes do
patrimônio sejam inicialmente registrados nos valores originais, respeitando-se a
manutenção das moedas adotadas.
d) a criação de contas retificadoras do ativo deve respeitar o Princípio do
Conservadorismo.
e) o Princípio da Competência vincula-se somente a contas do ativo.
2.
(ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016) Analise a seguinte
situação: "o proprietário de um pequeno negócio, ao verificar que uma conta de
energia elétrica referente à sua residência iria vencer naquele dia, retirou do
caixa da empresa uma determinada quantia para poder quitar sua despesa de
caráter pessoal." Considerando o texto acima e o definido na Resolução CFC n.
750/1993 e alterações posteriores, indique, entre as opções abaixo, o Princípio
Contábil ofendido pela ação do empresário.
a) Conservadorismo.
b) Competência.
c) Prudência.
d) Entidade.
e) Oportunidade
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3.
(ESAF/AFRFB/2009/Adaptada) O Conselho Federal de Contabilidade,
considerando que a evolução ocorrida na área da Ciência Contábil reclamava a
atualização substantiva e adjetiva de seus princípios, editou, em 29 de
dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo sobre eles. Sobre o assunto,
abaixo estão escritas cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa
falsa.
a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC)
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b) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias
relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante
nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
patrimônio das entidades.
c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma
ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade,
mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da
oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o da
prudência.
4.
(ESAF/IRB/2004) O objeto da contabilidade está presente na única
opção correta.
a) Ativo
b) Capital Social
c) Passivo
d) Patrimônio
e) Patrimônio Líquido
5.
(ESAF/APOF/SP/2009) Assinale abaixo a opção que contém uma
afirmativa falsa.
a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas destas
não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.
b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por
período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em contrário.
c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo
e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base
de valor para a Contabilidade.
d) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de servirem
como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não constituem
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente
válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade escolherá o que
apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações.
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6.
(ESAF/AFRE/MG/2005) Assinale a opção que contém afirmativa correta
sobre princípios fundamentais de contabilidade.
a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da
competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio
líquido.
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b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe a
adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo.
c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do
período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência.
d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é
consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas
não atende ao princípio da continuidade.
e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes.
7.
(ESAF/Analista Contábil/SEFAZ/CE/2006) Assinale abaixo a opção
que contém a assertiva verdadeira.
a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício social as
despesas que nele forem pagas, independentemente de seu vencimento,
enquanto que para receitas o que importa é o momento em que forem
efetivamente realizadas.
b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores igualmente
válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o menor dos dois, se for
do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.
c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um bem
adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição, a menos
que o valor tenha sido alterado já na época da compra.
d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito de
patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o conjunto de
bens, direitos e obrigações de uma pessoa.
e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos dois o
menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da Consistência.
8.
(ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2006) João Aniceto comprou
um caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as prestações até a quitação
final. Ao adquirir quotas de capital do Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto
aceitou entregar o caminhão para integralizá-las, mas combinou com os outros
sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, já que foi ele,
João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e pagando-o até a quitação.
O desejo de João Aniceto não pode ser atendido, porque o Mercadinho é uma
sociedade empresária e tem que observar os princípios fundamentais de
contabilidade. A regra que determina que o caminhão não é mais do João,
mesmo que ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da:
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a) continuidade.
b) competência.
c) oportunidade.
d) prudência.
e) entidade.
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9.
(ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a única opção que
contém uma afirmativa verdadeira.
a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo
estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo
Histórico.
b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver duas ou
mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que
representar um maior ativo ou um menor passivo.
c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser
incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem
os recebimentos ou pagamentos respectivos.
d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos
com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com integralidade,
pelo seu valor completo.
e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária” que
reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado e não
o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas de uma
“atualização” dos valores.
10. (ESAF/IRB/2006) A avaliação das mutações patrimoniais, segundo o
princípio contábil da continuidade, deve considerar a hipótese de que, até que
surjam evidências em contrário,
a) a empresa continuará a operar indefinidamente no futuro.
b) a contabilidade deve registrar continuamente todos os atos e fatos
administrativos.
c) a contabilidade deve funcionar ininterruptamente dentro da empresa.
d) as operações passíveis de registro contábil devem ter seqüência em diversos
períodos.
e) os métodos e critérios utilizados devem ser consistentes em vários períodos.
11. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) A Padaria Pilão Ltda. - ME utiliza
um sistema de controle de seus negócios bastante simplificado: as receitas
correspondem aos ingressos ocorridos em seu caixa e as despesas
correspondem às saídas de caixa, como salários pagos, pagamento de contas de
água, luz, aluguel, impostos e compras efetuadas, quase sempre, a vista ou a
prazos curtíssimos. A implantação de um sistema tão simples de controle em
uma indústria de médio porte não poderia ser aceita por não atender ao
Princípio Contábil
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a) da Competência de Exercícios.
b) do Custo como Base de Valor.
c) da Continuidade.
d) do Conservadorismo.
e) da Prudência.
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12. (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2002) Assinale a opção
correta.
a) Como resultado da observância do princípio da Oportunidade, o registro das
variações patrimoniais deve ser feito sempre que forem tecnicamente
estimáveis, mesmo não existindo razoável certeza de sua ocorrência.
b) O princípio da Entidade reconhece que o patrimônio pertence à Entidade mas
a recíproca não é verdadeira, embora a agregação de patrimônios autônomos
resultem em nova Entidade.
c) O princípio da Prudência determina a adoção do maior valor para os
componentes do Ativo e do menor valor para os componentes do Passivo
sempre que se tenham duas alternativas válidas de valor.
d) Notas Explicativas são informações adicionais destinadas a esclarecer
aspectos relevantes dos demonstrativos contábeis como, por exemplo, os
principais critérios de avaliação, os investimentos relevantes e não relevantes
em outras sociedades; as taxas de juros e os vencimentos das obrigações de
curto e longo prazo.
e) Depreciação Linear é o método de depreciação que consiste em dividir o valor
do bem depreciável pelo número de anos de sua vida útil, para amortização de
seu valor, mediante paulatina transferência para o resultado.
13. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2002.1/Adaptada) Abaixo
estão cinco assertivas relacionadas com os Princípios Fundamentais de
Contabilidade. Assinale a opção que expressa uma afirmação verdadeira.
a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da
profissão, mas não constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de
Contabilidade.
b) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade
e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de sociedade ou instituição,
cujo patrimônio pode confundir-se com o dos sócios ou proprietários.
c) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o registro deve
ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da
Entidade, em um período de tempo determinado.
d) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes conhecida
como Convenção do Conservadorismo, hoje é determinada pelo Princípio da
Competência.
e) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a aplicação do
Princípio da Competência, pois o valor econômico dos ativos e dos passivos já
contabilizados não se altera em função do tempo.
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14. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Estadual/RN/2004) Os seguintes
fenômenos ocorreram no mesmo período contábil.
Surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo
Surgimento de um passivo, pelo acréscimo de ativo
Redução de um passivo, sem desaparecimento de ativo
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Redução do valor econômico de um ativo
Acréscimo de ativo sem a intervenção de terceiros
Recebimento efetivo de subvenções
Pagamento de despesas antecipadas
400
500
600
700
Ao contabilizar os fatos citados, de acordo com os princípios fundamentais de
contabilidade, vamos encontrar um lucro de
a) R$ 300,00, de acordo com o princípio da competência.
b) R$ 400,00, de acordo com o princípio do regime de caixa.
c) R$ 900,00, de acordo com o princípio da competência.
d) R$ 200,00, de acordo com o princípio da prudência.
e) R$ 200,00, de acordo com o princípio da competência.
15. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Municipal/Fortaleza/2003)
Assinale o princípio fundamental da contabilidade que reconhece o Patrimônio
como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a necessidade
de diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes.
a) Entidade
b) Registro pelo Valor Original
c) Prudência
d) Continuidade
e) Atualização Monetária
16. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Municipal/Recife/2003) Com
relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção
incorreta.
a) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que a avaliação dos
componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada,
considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos
ou da imposição destes.
b) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que, uma vez
integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não poderão ter
alterados
seus
valores
intrínsecos,
admitindo-se,
tão-somente,
sua
decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros
elementos patrimoniais.
c) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o valor original
será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio,
inclusive quando da saída deste.
d) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o uso da
moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui
imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
e) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que é inadequada a
utilização de qualquer tipo de CORREÇÃO ou ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
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17. (ESAF/Auditor Fiscal do Tesouro Municipal/Recife/2003) Com
relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção
incorreta.
a) O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação
de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
b) O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL preconiza que os
componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das
transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País,
que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores,
inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da
ENTIDADE.
c) O Princípio da CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em
muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a
extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível.
d) O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade
e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente
das causas que as originaram.
e) O Princípio da PRUDÊNCIA indica que as receitas e as despesas devem ser
incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre
simultaneamente
quando
se
correlacionarem,
independentemente
de
recebimento ou pagamento.
18. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/CGU/2006) Sobre os
enunciados dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, estabelecidos na
Resolução n. 750/1993, são apresentadas as seguintes assertivas:
I. Desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve
ser feito, de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas
que as originaram, mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de
sua ocorrência.
II. Após sua integração ao patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão
ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua
reavaliação e atualização monetária e a decomposição em elementos e/ou sua
agregação, parcial ou integral, a outros elementos do patrimônio líquido.
III. Consideram-se realizadas as receitas sempre que houver a extinção, parcial
ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo de valor igual ou maior.
IV. Quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas
e qualitativas, devem ser consideradas a continuidade ou não da entidade, bem
como sua vida definida ou provável, pois influencia o valor econômico dos ativos
e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente
quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
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V. Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais
Princípios Fundamentais de Contabilidade, deve-se escolher a hipótese de que
resulte menor patrimônio líquido.
Considerando que a sequência das assertivas apresentadas não guarda
necessariamente correlação com a sequência das opções apresentadas, das
assertivas apresentadas, a única incorreta é aquela que se refere ao Princípio da
(do):
a) Continuidade.
b) Prudência.
c) Competência.
d) Registro pelo Valor Original.
e) Oportunidade.
19. (ESAF/Gestor Fazendário/SEFAZ/MG/2005) Cumprir ou observar o
Princípio Fundamental de Contabilidade da Prudência significa, dentro de
alternativas possíveis e válidas,
a) demonstrar o menor ativo e o maior passivo.
b) demonstrar o maior ativo e o menor passivo.
c) demonstrar sempre o patrimônio líquido real.
d) obter o menor lucro possível.
e) obter o maior lucro possível.
20. (ESAF/Analista Contábil Financeiro/SEFAZ/CE/2006) Ao atualizar a
escrituração das contas de resultado, que estavam contabilizadas de acordo com
o regime contábil de caixa, a empresa Horizontal S/A verificou que havia
despesas pagas, mas não vencidas, no valor de R$ 4.000,00; receitas recebidas,
mas não vencidas, no valor de R$ 3.800,00; despesas vencidas, mas não pagas,
no valor de R$ 2.500,00; e receitas vencidas, mas não recebidas, no valor de R$
5.300,00. Ao ajustar o resultado aos ditames do princípio contábil de
competência, o lucro do exercício, certamente, será aumentado em
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a) R$ 2.600,00.
b) R$ 2.800,00.
c) R$ 3.000,00.
d) R$ 4.700,00.
e) A variação será nula: mais R$ 1.500,00, menos R$ 1.500,00.
21. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ/CE/2006) Na
empresa Nutricional S/A, o resultado do exercício havia sido apurado acusando
um lucro de R$ 50.000,00, quando foram realizadas as verificações de saldos
para efeito
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de ajustes de encerramento e elaboração do balanço patrimonial. Os resultados,
contabilizados segundo o regime contábil de Caixa ao longo do período,
evidenciaram a existência de:
- salários de dezembro, no valor de R$ 15.000,00, ainda não quitados;
- juros de R$ 4.000,00 já vencidos no exercício, mas ainda não recebidos;
- aluguéis de R$ 6.300,00, referentes a janeiro de 2007, pagos em dezembro de
2006;
- comissões de R$ 7.200,00, recebidas em dezembro de 2006, mas que se
referem ao exercício seguinte.
Após a contabilização dos ajustes segundo o Princípio da Competência, o lucro
do exercício passou a ser de
a) R$ 38.100,00.
b) R$ 32.700,00.
c) R$ 45.300,00.
d) R$ 39.900,00.
e) R$ 39.000,00.
22. (ESAF/Técnico da Receita Federal/2003) Com relação aos Princípios
Fundamentais de Contabilidade, assinale a opção incorreta.
a) O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior, para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
b) O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor
Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis
diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
c) O Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores,
constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da
COMPETÊNCIA.
d) A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição
dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que
envolvem incertezas de grau variável.
e) O Princípio da PRUDÊNCIA refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que
este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das
causas que originaram o registro.
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23. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013) O Princípio de
Contabilidade, segundo as normas do Conselho Federal de Contabilidade, que
pressupõe a simultaneidade no reconhecimento das despesas e receitas relativas
a uma determinada venda de produto ou serviço, é o Princípio da
a) Continuidade.
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b) Oportunidade.
c) Atualização monetária.
d) Competência.
e) Prudência.
24. (ESAF/Min. Fazenda/Contador/2013) Quando, ao avaliar o estoque
final de mercadorias, procuramos atender à recomendação “custo ou mercado, o
que for menor”, estamos observando um princípio fundamental de contabilidade.
Indique abaixo qual é esse princípio.
a) Consistência.
b) Objetividade.
c) Oportunidade.
d) Materialidade.
e) Prudência.
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA
QUESTÃO
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17
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