diagnóstico e métodos biomoleculares

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UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS - FACULDADE DE VETERINÁRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: HIGIENE VETERINÁRIA E PROCESSAMENTO
TECNOLÓGICO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL
Disciplina: DIAGNÓSTICOS E MÉTODOS BIOMOLECULARES
Créditos: 04
Carga horária: 90 horas
EMENTA
“Serão ensinados os princípios básicos que envolvem a extração e purificação de proteína, bem como
a análise do perfil protéico em células procariontes (bactérias) e vírus. Também serão ensinados as
técnicas de extração, purificação, clonagem, sequenciamento e síntese de ácidos nucléicos, necessários
à formação de "genoteca", manipulação e transgênese (fragmento de DNA). Para tanto, serão
fornecidos os ensinamentos das técnicas de Hibridação de DNA e RNA envolvendo o uso de "Sondas"
(probe), além da transferência de ácidos nucléicos e proteína para matriz sólida (nitrocelulose ou
membrana de náilon)pelas técnicas de "Southern Blot, Western Blot, Northern Blot, Dot Blot e
Hibridização in situ ; além da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR).”
PROGRAMA
Professores Responsáveis: Elmiro Rosendo do Nascimento, Maria Helena Cosendey de Aquino
JUSTIFICATIVAS
Tradicionalmente, os procedimentos para o diagnóstico de doenças infecciosas tem incluído
testes sorológicos, isolamento e identificação dos agentes causais (protozoários, bactérias ou vírus).
Esses procedimentos, apesar de úteis, não são necessariamente rápidos e nem sempre produzem
resultados satisfatórios. Exemplificando, são necessários vários dias para que um animal desenvolva
anticorpos em resposta a uma infecção e, em alguns casos, tais anticorpos apresentam algum grau de
inespecificidade. Por outro lado, os procedimentos de cultivo envolvendo isolamento e identificação
são dispendiosos e, no caso de certos agentes como as micobactérias, os micoplasmas e vírus, eles são
demorados complicados e de custo elevado. O diagnóstico histopatológico também é demorado e
raramente as lesões encontradas podem ser consideradas como patognomônicas para uma determinada
doença.
Além dos aspectos ligados ao diagnóstico, reconhece-se que os procedimentos tradicionais para o
incremento da produção de antígenos e vacinas já estão se esgotando. Muitas vacinas atenuadas (ex.:
Brucelose, Doença de Marek, Doença de Newcastle, etc.) ou inativadas (ex.: toxóides, Erisipela,
Doença de Newcastle, etc.) e excelentes antígenos (Brucelose, M. gallisepticum, tuberculina, etc.) tem
sido produzidos, contudo, são inúmeras as doenças que não possuem vacinas/antígenos ou os possuem
sob forma precária.
Como alternativas, estão surgindo testes diagnósticos e vacinas consubstanciados em Biologia
Molecular. Diversas substâncias oriundas de um microorganismo ou de uma célula infectada podem
ser empregadas no diagnóstico biomolecular, porém, as proteínas e os ácidos nucléicos são os mais
usados. As vacinas biomoleculares também envolvem a utilização de proteínas e ácidos nucléicos;
esse tipo de vacina pode valer-se da subunidade proteica imunogênica ou do "gene" capaz de expressar
essa proteína imunogênica. A vacina de subunidade proteica pode ser produzida sob forma sintética,
idiotípica ou pela transgênese que normalmente utiliza bactéria (ex. Escherichia coli) ou fungo (ex.:
Saccharomyces cerevisiae). A vacina de expressão genética, mais conhecida como "vacina-DNA
recombinante", utiliza um vetor vacinal apatogênico (ex.: vírus Vaccinia) que recombinado com o
gene, conforme acima, é capaz de conferir imunidade quando inoculado no hospedeiro específico.
Dessa forma, um vetor vacinal pode conter vários genes, oriundos de diversos microorganismos,
possibilitando desse modo o desenvolvimento de vacina polivalente com utilização de um único
agente vacinal.
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