Filosofia e Religião. Filosofia e Cristianismo. Santo Agostinho. (354 – 430) É considerado um dos introdutores do pensamento filosófico grego na doutrina cristã. Fortemente influenciado por Platão, concebia Deus como independente do tempo e do espaço. Pelo pecado de Adão somos todos condenados. Em sua obra “ sobre a Trindade”, Agostinho afirmou que para o homem poder salvar sua alma do castigo eterno a vontade da alma, que é a encarnação da vontade de Deus, deve sobrepujar a vontade do corpo. João Escoto. (800-877) Para Escoto, a vontade de Deus é o livre arbítrio da investigação racional humana. A razão ( verdade de Deus) tem mais poder que a religião ( devoção a ele). São Tomaz de Aquino.(1225-1274) Profundamente influenciado pelo pensamento de Aristóteles, Tomaz de Aquino foi o mais importante filósofo da teologia católica. Para ele, o conhecimento de Deus é absoluto, mas isso não significa que a especulação científica seja necessariamente perigosa para a igreja. Santo Agostinho afirmou que com o uso da razão é possível demonstrar a existência de Deus, para isto propõe as 5 vias de demonstração: Primeira via Primeiro Motor Imóvel: Tudo o que se move é movido por alguém, é impossível uma cadeia infinita de motores provocando o movimento dos movidos, pois do contrário nunca se chegaria ao movimento presente, logo há que ter um primeiro motor que deu início ao movimento existente e que por ninguém foi movido. Segunda via Causa Primeira: Decorre da relação "causa-eefeito" que se observa nas coisas criadas. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada, pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário não haveria nenhum efeito pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita. Terceira via Ser Necessário: Existem seres que podem ser ou não ser (contingentes), mas os seres não podem ser desnecessários se não o mundo não existiria, logo é preciso que haja um ser que fundamente a existência dos seres contingentes e que não tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser. Quarta via Ser Perfeito: Verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais perfeitos que outros, qualquer graduação pressupõe uma parâmetro máximo, logo deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é a Causa da Perfeição dos demais seres. Quinta via Inteligência Ordenadora: Existe uma ordem no universo que é facilmente verificada, ora toda ordem é fruto de uma inteligência, não se chega à ordem pelo acaso e nem pelo caos, logo há um ser inteligente que dispôs o universo na forma ordenada. A Filosofia e o Islã. Primeiro um pouco de História. A mais rica cultura da idade média. Abu Ali al-Hussein ibn Abd-Allah ibn Sina Avicena.(980-1037) Ibn Sina Avicena foi o maior filósofo islâmico do período. Elaborou um vasto sistema filosófico e foi influenciado pela tradição aristotélico-platônica Pressupondo a unidade da filosofia, Avicena procurou conciliar as doutrinas de Platão e Aristóteles. Utilizou-se das idéias aristotélicas para provar a existência de Deus, alegando que, Nele, existência e essência são iguais: Deus é igual à sua essência e fonte do ser de outras coisas. Avicena considerava o universo formado por três ordens: o mundo terrestre, o mundo celeste e Deus. Do mundo terrestre, a inteligência, através de uma intuição mística, estabelece contato com o mundo celeste. Deus, além de ser ato puro e o “Primeiro Motor" (como no pensamento de Aristóteles), representa o Ser necessário, cuja essência se equipara à sua própria existência e que constitui a base de todas as possibilidades. Abu al-Walid Muhammad Ibn Ahmad Ibn Munhammad Ibn Ruchd Averróis.(1126-1198) Sua interpretação do corão propõe que há verdades óbvias para o povo, místicas para o teólogo e científicas para o filósofo e estas podem estar em desacordo umas com as outras. Havendo o conflito, os textos devem ser interpretados alegoricamente. É daí que decorre a idéia que lhe é atribuída de que existem duas verdades, onde uma proposição pode ser teologicamente falsa e filosoficamente verdadeira e vice-versa. Filosofia moderna. Francis Bacon. ( 1558 – 1626)