Biofísica da Visão O globo ocular trata a luz como dois aspectos fundamentais: a) Luz como Onda: há um meio refrator que forma imagem de objetos luminosos. b) Luz como Fóton: a retina transforma a energia eletromagnética do pulso luminoso em pulso elétrico (que são levados até o cérebro pelo n. óptico). A luz se propaga em linha reta e no vácuo é a velocidade mais rápida que a matéria pode atingir: 3x108m/s. No ar, água e em outros meios, a velocidade da luz diminui, ficando menor quanto maior for o índice de refração do meio. A refração é a mudança de direção do raio luminoso ao penetrar obliquamente em um meio de índice de refração diferente do anterior. Se o raio entra perpendicularmente não há refração. Ao sair de um meio menos refrator para um mais refrator, o raio luminoso se aproxima da normal. Ao sair de um meio mais refrator para um menos refrator, o raio luminoso se afasta da normal. Lei de Snell (lei do índice de refração) Índice de refração = sen i/sen r, onde sen i é o seno do ângulo de incidência e sen r é o seno do ângulo de refração. Dependendo da estrutura refratora os raios podem convergir para um ponto “F” (distância focal) que reproduz em tamanho menor o objeto que lhes deu origem. Isto é uma imagem do objeto formado por lente convergente ou positiva. Se a relação topo/base da estrutura for invertida, a luz é divergida (separação dos raios) por uma lente divergente ou negativa. O poder refrativo de uma lente é medido em “Dioptria”, que é o inverso da distância focal (em metros): D= 1/f Se a lente é convergente, f é positivo e a Dioptria é positiva. Se a lente é divergente, f é negativo e a Dioptria é negativa. Anatomia do Olho A íris (diafragma do olho) serve para controlar em até 30 vezes a quantidade de luz que entra pela pupila. Fechamento da pupila: miose Abertura da pupila: midríase A retina é um película fotossensível que atua transformando os fótons em pulso elétrico. Para isso possui: Cones: células especializadas em cores Bastonetes: células especializadas em claro-escuro. O local desprovido de cones e bastonetes que é na entrada do nervo óptico e vasos sangüíneos no pólo posterior do olho é chamado de “ponto cego” (cerca de 0,3 mm). Anomalias da refração Emetropia: é o estado refrativo normal do olho. Sem acomodação do cristalino, o ponto distante de visão está no infinito e o ponto próximo de visão nítida está a 25cm para os raios terem o ponto focal exatamente na retina. Ametropia Miopia: a imagem é focalizada antes da retina. É corrigido por uma lente divergente. Hipermetropia: a imagem é focada depois da retina. É corrigida por uma lente convergente. Biofísica da Audição Transforma as ondas de pressão do som (energia mecânica) em pulso elétrico (energia elétrica) que são conduzidos até o cérebro. O número de ondas por segundo é abreviado como Hertz. Anatomia do Ouvido Ouvido Externo: condução e captação do som Ouvido Médio: transformação da energia sonora em deslocamento mecânico. Os ossículos formam um sistema de alavancas de modo que o estribo exerce uma pressão na janela oval Obs.: Mecanismos de proteção contra intenidade sonora alta. Músculo tensor do tímpano: afasta o martelo da bigorna. Músculo estapédio: afasta o estribo da bigorna. Ouvido interno: trasnforma o movimento mecânico em hidráulico e de hidráulico em pulso elétrico. O ouvido interno contém estruturas para identificar tanto a audição quanto o movimento: canais semicirculares detectam a rotação e possuem receptores para a força da gravidade; Cóclea: estrutura espiralada, como um tubo preenchido por líquido enroscado em uma parte central óssea (modíolo). Este tubo possui três compartimentos: escala vestibular, escala média e rampa timpânica. As escalas vestibular e timpânica possuem a perilinfa (similar ao líquor) e a escala média possui a endolinfa. A composição diferente da peri e endolinfa faz que haja uma diferença de potencial de 80 mV entre a escala média e timpânica. Que permite a despolarização após um estímulo apropriado. A despolarização desencadeia a liberação de um neurotransmissor pelas células ciliadas do órgão de Corti, que estimula o nervo coclear. Os movimentos da base do estribo causam ondas na perilinfa do labirinto, fazendo a membrana basilar vibrar para cima e para baixo e deslocando as células ciliares. A serem deslocadas, a permeabilidade de suas membranas é alterada e libere um neurotransmissor que faz sinapse com as fibras do nervo coclear e inicia um impulso nervoso para o cérebro.