MAESTRIA EN GEOCIENCIAS Propuesta de Curso Nombre curso: O Ambiente, o Homem e as Zonas costeiras Docente responsable: Leticia Burone Docente invitado: João Alveirinho Dias Lugar: Facultad de Ciencias Cant. Horas teóricas: Fecha inicio: 30 Cant. Horas prácticas: 10 de noviembre 15 Fecha finalización: 14 de noviembre Horario (tentativo) Cant. Horas teóricas: Apoyo financiero: Cant. Horas prácticas: SI Monto: $ I. OBJETIVO DE LA ASIGNATURA Apresentação integrada do funcionamento dos sistemas naturais, ressaltando a importância das interações entre o mundo físico e as espécies biológicas, com especial ênfase na parte climática. Tenta-se traduzir a necessidade imprescindível de conhecer interdisciplinarmente a realidade para interpretar corretamente o funcionamento dos ecossistemas e dos processos naturais em geral. Neste contexto, ressalta-se o Homem que, nos últimos dois séculos, se transformou no principal agente modelador, influênciando o funcionamento de todos os processos naturais. II. METODOLOGIA DE ENSEÑANZA Aulas teóricas e aulas práticas. III. TEMARIO 1. A construção da atmosfera e do Ambiente. O Clima como grande definidor ambiental. Formação e evolução da atmosfera. As estações do ano e a colisão com o planetóide Thea. Os estromatólitos, a fotossíntese e a formação da atmosfera oxigenada. A evolução dos teores deO2 e de CO2. Tectônica de placas, glaciações e composição da atmosfera. O oceano como grande regulador atmosférico. Mecanismos de transporte de calor das baixas para as altas latitudes. A geração da Água Atlântica de Fundo e a regulação climática global. Atividades antrópicas e evolução atmosférica. A industrialização e o efeito de estufa. Complexidade do sistema atmosférico. Projeções do futuro. 2. A construção das zonas costeiras Litoral como interface múltipla, muito dinâmica e complexa, em permanente evolução. Variações do nível do mar esporádicas, periódicas e permanente. Variações do nível do mar de curto, médio e longo prazo. As glaciações e recorrente construção de zonas costeiras. Zonas costeiras e eustasia, isostasia, glacio-isostasia e hidro-isostasia. Reações do litoral às variações do nível médio do mar (NMM). Litorais transgressivos e regressivos. A histerese da sedimentação estuarina. Comportamentos regressivos em períodos de elevação do NMM. Determinação das variações do NMM. Critérios geológicos, maregráficos e satelitários. Variações da deriva litorânea. Balanços sedimentares. Variabilidade das tipologias costeiras. 3. A construção do Homem Episódios catastróficos e janelas de oportunidades para a especiação. A evolução dos mamíferos. A riftogénese este-africana e a especiação dos hominídeos. Bipedismo como resposta a variações ambientais. As expansões para as latitudes médias da Eurásia. O aumento das capacidades cognitivas e a modernidade comportamental. Sedentarização e agricultura. Preferências continentais em detrimento da ocupação das zonas costeiras para a evolução civilizacional. As primeiras civilizações. Civilizações mesopotâmicas e evolução ambiental dos deltas do Eufrates e do Tigre. Civilizações Nilóticas e evolução ambiental do delta do Nilo. Civilizações cretenses, influências da insularidade e talassocracias. Civilizações costeiras. Fenícios e conhecimento do mar e das zonas costeiras. Culturas helénicas présocráticas, expansão jônica e ocupação dos litorais do Mar Negro e do Mediterrâneo. O mare liberum e o mare clausum (nostrum) dos romanos. A continentalização das sociedades medievais. Portos em litorais abrigados como elos de comunicação entre o interior e o exterior. Grandes temprais e corso e pirataria como inibidores da ocupação de litorais expostos. Reformulação efémera do mare liberum e do mare clausum pelas potencias ibéricas. A ocupação de “novos mundos” e os portos em litorais abrigados como vetores de colonização. A industrialização e o crescimento das cidades costeiras. O aparecimento do turismo balnear e a exportação do conceito para todos os litorais mundiais. As grandes modificações das zonas costeiras impostas pelo turismo. 4. A construção dos litorais atuais Evolução dos conhecimentos sobre os processos costeiros, ampliados significativamente apenas na 2ª metade do século XX. Turismo e ocupação do litoral. Geração de inversões demográficas na 2ª metade do século XX. Desertificação humana do interior dos continentes e sobre-ocupação das zonas costeiras. Turismo e a nova globalização. Interesses econômicos e ocupação das zonas costeiras. Importância do setor imobiliário. Ocupação (preferencial?) de zonas de risco elevado. Evolução social e atividades antrópicas nas bacias hidrográficas. Necessidades energéticas e a construção de aproveitamentos hidro-elétricos. Expansão do comércio mundial e ampliação das estruturas portuárias. Erosão costeira. Problemas de erosão costeira em costas ocupadas. Construção de estruturas de proteção costeira de diferentes tipos. Impactes a sotamar induzidos pelas estruturas de proteção costeira. A conversão de litorais arenosos em litorais “rochosos”. Modificações ecossistêmicas. Alterações na oceanografia costeira. Resiliência de sistemas costeiros. Consequências de se ultrapassarem os limiares de resiliência ecossistêmica. A construção de um futuro duvidoso? Ocupações costeiras e variações do NMM. Tipos de soluções: abandonar (let it fall); proteção (hold the line) com estruturas rígidas e intervenções suaves; retirada estratégica. Exeqüibilidade de cada tipo de solução perante os condicionamentos econômicos, políticos, sociais e ambientais. As zonas costeiras atuais e o mito de Sísifo. 5. Políticas de base em diferentes países Diversidade de posturas perante problemas comuns. Holanda, o hold the line e o building with Nature. França e o Conservatoire du Littoral. Inglaterra e a red line. Reino Unido e o Coastal Heritage. Espanha e a nova Ley de Costas. Japão, proteção rígida e tsunamis. Maldivas e proteção da capital e preservação da maior parte das ilhas. Singapura e a costa completamente artificial. Portugal e o Domínio Público Marítimo. Brasil e os Terrenos de Marinha. 6. Alguns exemplos de interações Homem – Meio em zonas costeiras O caso de Aveiro (Portugal). O caso de Iguape e do Valo Grande (SP, Brasil). O caso de Manhattan (NY, USA). O caso das três lagoas (Portugal). O caso de Sepetiba (RJ, Brasil). O caso da costa da Holanda. O caso de Singapura. O caso do tômbolo e da ilha de Peniche (Portugal). O caso de Fortaleza (CE, Brasil). IV. BIBLIOGRAFIA Braudel, Fernand (2001) - Memórias do Mediterrâneo: Pré-História e Antiguidade. 396p., Terramar, Lisboa, Portugal. Corbin, Alain (1989) - Territorio do Vazio: a praia e o imaginario ocidental. 416p., Companhia das Letras, São Paulo, Brasil. Dias, J. A. (2004) – A Conquista do Planeta Azul : o início do reconhecimento do oceano e do mundo. 47p., Univ. Algarve, Faro, Portugal. http://w3.ualg.pt/%7Ejdias/JAD/eb_CPAzul.html Dias, J. A. (2005) - Evolução da Zona Costeira Portuguesa: Forçamentos Antrópicos e Naturais. Encontros Científicos - Turismo, Gestão, Fiscalidade, 1:7-27. http://w3.ualg.pt/%7Ejdias/JAD/papers/05_RevTur.pdf Emmanuel Le Roy Ladurie (2004) - Histoire humaine et comparée du climat. 740p., Fayard, Paris, France. Lamb, Hubert H. (1982) - Climate, History and the Modern World. 387p., Methuen, York, U.K. V. PREVIATURAS – REQUISITOS ACADEMICOS VI. PROCEDIMIENTO DE EVALUACION Seminários e relatório.