3. doenças relacionadas ao trabalho docente

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Especialização em Gestão Pública
Programa Nacional de Formação em Administração Pública
MARIA VIRGINIA DOPP
A Saúde como Elemento para Repensar a Prática do Ensino na Educação básica.
UMUARAMA/PR
2011
Especialização em Gestão Pública
Programa Nacional de Formação em Administração Pública
MARIA VIRGINIA DOPP
A Saúde como Elemento para Repensar a Prática do Ensino na Educação básica.
Trabalho de Conclusão de Curso do Programa Nacional
de Formação em Administração Pública, apresentado
como requisito parcial para obtenção do título de
especialista em Gestão Pública, do Departamento de
Administração da Universidade Estadual de Maringá.
Orientador : Profº Reinaldo Rodrigues Camacho
UMUARAMA/PR
2011
Especialização em Gestão Pública
Programa Nacional de Formação em Administração Pública
MARIA VIRGINIA DOPP
A Saúde como Elemento para Repensar a Prática do Ensino na Educação básica.
Trabalho de Conclusão de Curso do Programa
Nacional de Formação em Administração Pública,
apresentado como requisito parcial para obtenção do
título de especialista em Gestão Pública, do
Departamento de Administração da Universidade
Estadual de Maringá, sob apreciação da seguinte
banca examinadora:
Aprovado em ___/___/2011
Professor (a)......................................................., Dr. (a) / Me. [orientador (a)]
Assinatura
Professor (a)......................................................, Dr. (a) / Me. [convidado (a)]
Assinatura
Professor (a)......................................................, Dr. (a) / Me. [convidado (a)]
Assinatura
RESUMO
4
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 6
2 PROFESSOR: PROFISSÃO EM RISCO ......................................................................................... 7
3. DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO DOCENTE ..................................................... 9
4 DOENÇAS ADQUIRIDAS ............................................................................................................ 10
4.1 LER/DORT .................................................................................................................................. 10
4.2 A VOZ E A SAÚDE DO EDUCADOR .................................................................................... 11
4.3 ESTRESSE OCUPACIONAL ..................................................................................................... 12
4.4 SÍNDROME DA DESISTÊNCIA (BURNOUT) ........................................................................ 14
5. SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA ............................................................................................ 15
6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 17
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 19
5
RESUMO
Este estudo teve como objetivo conhecer e refletir sobre os principais
problemas de saúde que afetam os docentes, identificar as causas que poderão
contribuir para o adoecimento do trabalhador, conscientizar os profissionais da
educação da importância de conciliar trabalho e lazer para ter qualidade de vida
e conhecer os riscos que a profissão “ professor” oferece para os docentes
atualmente no exercício da profissão. O estudo foi desenvolvido por meio de
pesquisa bibliográfica. A partir do referencial teórico buscou-se uma reflexão
sobre a verdadeira face da docência as consequências emocionais sofridas ao
longo da carreira do Magistério e as prováveis soluções, senão para erradicar,
mas amenizar os problemas de saúde que a profissão acarreta para o docente.
Palavras Chave – Saúde; Professor; educação básica.
ABSTRACT:
This work aimed to verify the process of teaching, the actual conditions under
which it develops and the possible physical and mental illness of teachers. The
study was developed through literature. From the theoretical framework aims
to reflect on the true face of teaching, emotional consequences suffered
throughout his career and the Magisterial of the possible solutions, but to
eradicate, but mitigate the health problems that entails for the teaching
profession.
Keywords - Health, Professor, basic education.
6
1. INTRODUÇÃO
Trabalhadores da educação têm passado, em seu cotidiano profissional, por problemas de
saúde decorrentes de seu trabalho. Há grandes
dificuldades de transformar a tendência de
intensificação da precariedade das condições de trabalho e em transformar reivindicações
efetivamente em processos de conscientização da sociedade e dos trabalhadores sobre os riscos e
problemas vividos no contexto da educação. Verifica-se nesse contexto a crescente depreciação da
atividade docente e fragmentação das atividades de suporte e apoio à docência, em razão dos baixos
investimentos nas ações de melhoria da administração da educação, seja do ponto de vista dos
ambientes de trabalho, da remuneração, ou, ainda, do reconhecimento social desse trabalho. Tal
quadro acarreta, invariavelmente, a acentuação do desgaste físico e psicológico e, até mesmo,
abandono da profissão.
Os trabalhadores da educação ocupam um lugar especial no processo social e produtivo.
Realizam atividades ligadas à necessidade interpessoal, à dedicação no aprendizado das pessoas e à
administração dos processos sócios-pedagógicos, invariavelmente os colocando numa condição de
maior predisposição aos chamados transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho
que, associados aos agravos na condição física acentuam os desgastes profissionais.
No caso dos professores, verifica-se a acentuação do “mal-estar docente”, ou seja, um
quadro de desconfortos e adoecimentos, de efeitos relativamente permanentes e negativos, que os
afetam como resultado das exigências físicas e psicológicas da atividade de docência. Este “malestar” tem como sintomas mais evidentes: insatisfação profissional, desinvestimento em relação às
tarefas docentes, desejo de abandonar a profissão, esgotamento ansiedade, neurose, depressão e
estresse.
Diante das crises evidentes que o mundo moderno vem demonstrando neste início de
século, em todos os âmbitos do saber e do fazer humanos, notadamente no da Educação atingindo
conceitos de autonomia, emancipação e liberdade, cumpre-nos, mais uma vez, repensarmos e
refletirmos sobre as novas competências para ensinar, novos entendimentos sobre ensinar e
aprender,aprender a aprender e como apreender as novas formas que a prática da profissão docente
exige.
Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo conhecer e refletir sobre os principais
problemas de saúde
que afetam os docentes, identificar as causas que poderão contribuir para o
adoecimento do trabalhador, conscientizar os profissionais da educação da importância de conciliar
7
trabalho e lazer para ter qualidade de vida e conhecer os riscos que a profissão “ professor” oferece
para os docentes atualmente no exercício da profissão. Trata-se de uma pesquisa de cunho
estritamente bibliográfica.
A primeira parte do artigo apresenta a problematização, e o objetivo do estudo. A segunda
parte trata do referencial teórico da pesquisa com destaque nas reflexões sobre a profissão docente,
saúde e potenciais doenças adquiridas ao longo da carreira docente. Na sequencia aborda-se sobre a
saúde e a qualidade de vida no trabalho.
2 PROFESSOR: PROFISSÃO EM RISCO
Nos últimos anos, outras questões se adicionam às da organização do trabalho docente.
Segundo Esteve (1999), tem aumentado as responsabilidades e exigências que se projetam sobre os
educadores, coincidindo com um processo histórico de uma rápida transformação do contexto
social, o qual tem sido traduzido em uma modificação do papel do professor.
Diante dessa situação é possível perceber que um dos fatores que causam o mal estar
docente está relacionado à desvalorização do magistério. Lógico que não podemos nos prender
somente a este fator, pois o mesmo é mais amplo, o que nos remete a ampliar nossa análise sobre a
saúde do professor, buscando entender um dos fatores que influenciam a sobrecarga de trabalho.
Esteve ao estudar as fontes de estresse nos professores, nos informa que alguns elementos aparecem
de forma mais significativa.
“[...] em primeiro lugar os salários; em segundo, a falta de coerência em sua relação com
os alunos; em terceiro lugar a sobrecarga quantitativa de trabalho” (ESTEVE, 1999, p.35).
As transformações apontadas, segundo Esteve (1999, p.31),
[...] supõem um profundo e exigente desafio pessoal para os professores que se propõem a
responder às novas expectativas projetadas sobre eles.
Gomes (2002, p. 28) diz:
A profissão de professor que outrora, fora valorizada e respeitada, hoje atravessa uma crise
que não atrai mais, sobretudo nos países denominados Primeiro Mundo .
8
Segundo Francelino (2003), o professor, atualmente trabalha na contramão da sociedade,
pois essa passa por uma crise de paradigmas, criando novos valores sociais que estão diretamente
em conflito com os valores ainda preservados e difundidos na escola. Assim, a carga de
responsabilidade lançada sobre esse profissional é muito grande, dando origem a uma cobrança
enorme que não vem só do mundo externo, mas de si mesmo, do seu eu.
Há duas formas de agressão: a física e a psicológica. A agressão psicológica é a mais
comum do que a agressão física, pois o professor recebe com mais freqüência ofensas verbais, que
agride sua integridade moral, causando uma sensação de impotência diante da situação. A agressão
física é rara acontecer, mas quando acontece chega aos extremos, pois há casos veiculados na mídia
de professores esfaqueados, baleados que chegam a óbito. A agressão material é a depredação do
bem material do docente, como forma de inibir ou punir o profissional da educação de exercer sua
autonomia profissional.
Segundo Francelino (2003, p. 136):
A partir a década de 1960, o professor se vê submetido às mesmas condições dos
trabalhadores fabris, pois a escola adquire a nova função de formar trabalhadores. O
aluno passa a ser visto como produto e a escola como uma instituição produtora da força
de trabalho.
Segundo Passoni (2006), entre os profissionais que desempenha tarefas iguais, o docente é
o que mais sofre com uma doença denominada de “bipolar”
Distúrbio bipolar é uma perturbação caracterizada por variações de humor, com crises de
depressão e mania (euforia) e atinge 1,6% da população mundial.
O Transtorno Bipolar é um transtorno de humor (ou afetivo) que consiste em enfermidades
nas quais existem alterações: do humor, da energia (ânimo) e do jeito de sentir, pensar e
comportar-se. Podem acontecer como crises únicas ou cíclicas havendo oscilações no
decorrer da vida. Podem ser episódios de depressão ou mania. Na depressão a pessoa sente
uma tristeza exagerada e desânimo e, na mania, um aumento de energia e euforia anormal.
O termo mania não significa “mania de fazer alguma coisa” ou algum tique, é
simplesmente o nome que a medicina dá para a fase de euforia do Transtorno Bipolar.
Sabe-se que o Transtorno Bipolar é uma doença que põe em risco a vida do paciente, seja
pelo prejuízo da crítica com conseqüente irresponsabilidade e possibilidade de lesão física,
seja pelo significativo aumento dos casos em suicídios em bipolares. O Transtorno Bipolar
é uma doença caracterizada por episódios, fases de mania ou hipomania e de depressão
alternadas com períodos de remissão, que exige tratamento contínuo, mesmo entre as
fases, o que pode dificultar a aderência da medicação. (PASSONI, 2006, p.27)
O distúrbio bipolar é uma gangorra de emoções em que há dias em que a euforia bate no
céu e em outros a depressão leva ao fundo do poço é como levar uma vida dupla. As pessoas que
9
sofrem dessa doença não são previsíveis, flexíveis e nem respondem com proporcionalidade aos
estímulos. É uma doença hereditária. Na infância, aliás, não raro ele é confundido com distúrbio do
déficit de atenção e hiperatividade, e crianças diagnosticadas assim, mas que não responde ao
tratamento, podem ter na realidade, o transtorno bipolar.
A bipolaridade é também determinada pela maneira como quem sofre desse transtorno
lida com as adversidades. Não há cura para o transtorno bipolar, mas como outras doenças crônicas
é um mal controlável. O tratamento para quem sofre de distúrbio bipolar é feito através de
medicamentos: estabilizantes do humor, e a psicoterapia que é a peça fundamental do tratamento
dos bipolares, já que não se trata de uma doença mental apenas, mas um mal sistêmico que afeta o
individuo como um todo. Esse paciente requer uma equipe multidisciplinar.
No que diz Leining (1997) alguns psiquiatras têm recomendado o uso de musica no
Transtorno Bipolar considerando que ela tem prioridades que tornam possível atrair e prolongar a
atenção do individuo, penetrando em seu mundo interno e tirando-o de sua conduta depressiva.
3. DOENÇAS RELACIONADAS AO TRABALHO DOCENTE
Os educadores, no seu cotidiano, têm pouco ou quase nenhum conhecimento de que as
doenças existentes têm relação direta com a função que exercem, por isso são necessárias ações de
orientação e prevenção.
É assustador o número de professores afastados da sala de aula em virtude da exaustão
profissional. As doenças de origem psicológica são as que mais afetam a categoria. O número de
professores com depressão, com síndrome de Burnout e com síndrome de pânico aumenta a cada
dia (ESTEVE, 1999).
ESTEVE (1999) afirma que a saúde do trabalhador docente está cada vez mais debilitada,
podendo tal situação estar relacionada a vários motivos: desde ao cansaço físico de ficar em pé por
várias horas ministrando aula, falando muito, até problemas emocionais devido às insatisfações com
a profissão, desvalorização da categoria, falta de uma boa infra-estrutura no trabalho, baixa
remuneração, problemas familiares e outros. Esse profissional da educação está cada vez mais
necessitando de se empenhar em suas atividades como docente devido à desvalorização do trabalho,
em que a profissão de magistério está deixando de ser opção e passa a ser uma única alternativa de
trabalho.
10
ESTEVE (1999), ressalta ainda que o professor hoje está tão atarefado que às vezes não
sobra tempo nem sequer para sair com a família ou este tempo pode ser ocupado com outras
atividades chamadas de “bicos” para ajudar na renda familiar. O excesso de trabalho contribui para
o mal-estar docente desencadeando vários problemas de saúde tais como: dores no corpo, estresse,
depressão, problemas respiratórios, perda de voz, diversos problemas psicossomáticos entre outros.
4 DOENÇAS ADQUIRIDAS
4.1 LER/DORT
Nas últimas duas décadas, as LER/DORT (lesões por esforço repetitivo/doenças
osteomusculares relacionadas ao trabalho) assumiram um papel de destaque no afastando
trabalhadores de suas funções e levando-os a substituição como peças descartáveis (Pires 1998).
Segundo Brasil (2001), os tipos mais comuns de LER/DORT relacionados à atividade
laboral no Brasil são a síndrome do túnel do carpo, a tendinite dos extensores dos dedos, a
tenossinovite dos flexores dos dedos, a tenossinovite estenosante, a epicondilite lateral e a Doença
de DQuervain.
O ato de lecionar exige a repetição de gestos: corrigir centenas de provas, escrever e apagar
o quadro na sala de aula, algo que ao longo dos anos, leva ao surgimento de lesões. Um dos maiores
problemas dos educadores neste aspecto é ocasionado pela postura adotada quando estão em pé. Se
ficarem nesta posição por um tempo prolongado, consequentemente gera-se uma sobrecarga na
coluna e fadiga na musculatura, diminuindo o fluxo sanguíneo. O resultado é que muitos
educadores, principalmente do sexo feminino, adquirem varizes. No caso das mulheres, o problema
é potencializado pelo uso de sapatos com salto, que geram sobrecarga na coluna. Outro problema de
postura diz respeito à elevação do braço acima dos olhos, que podem originar uma série de lesões,
inclusive a escoliose. O impacto dos movimentos repetitivos, devido ao posicionamento
inadequado, provoca inchaços nos ombros e, em consequência, a bursite, podendo gerar problemas
crônicos que só são resolvidos com cirurgias.
BRASIL (2001) diz que boa parte dos trabalhos também é realizado em frente a um
computador, no preparo das aulas. Geralmente o teclado e o mouse deixam o pulso em uma
posição desfavorável. A utilização incorreta deste equipamento pode gerar tensões na região
cervical, resultando nos famosos torcicolos. É importante lembrar que o computador deve estar
sempre na altura correta, ou seja, na altura dos olhos. Decorrente de uma origem ocupacional, as
11
LER/DORT podem ser ocasionadas de forma combinada ou não ao uso repetido e forçado de
grupos musculares e a manutenção de postura inadequada (Codo e Almeida 1998).
Além dos movimentos repetitivos, a sobrecarga estática, o excesso de força para execução
de tarefas, o trabalho sob temperaturas inadequadas e o uso prolongado de instrumentos com
movimentos
excessivos
podem
contribuir
para
o
aparecimento
das
enfermidades
músculoesqueléticas (Vieira 1999).
4.2 A VOZ E A SAÚDE DO EDUCADOR
"A voz é um componente importante na comunicação interpessoal, uma vez que transmite
palavras, mensagens e sentimentos. Devido a isso, torna-se responsável pelo sucesso das interações
humanas, tanto em âmbito privado quanto em âmbito profissional." (Behlau, Dragone, Nagano,
2004).
Segundo Carvalho e Souza (2011), as alterações vocais podem ser causadas pelo uso
inadequado da voz, gerando ou não lesões, ou se desenvolver independentemente desse fator. As
mais comuns entre os professores são: nódulos, pólipos, edemas de Reinke e o câncer de laringe. A
voz é produzida com a participação de uma série de estruturas que compõem o chamado trato
vocal, que começa na laringe e termina na cavidade da boca e/ou na cavidade do nariz. O som de
nossa voz é produzido pela passagem do ar que sai dos pulmões durante a expiração e passa pelas
pregas vocais fazendo com que elas se aproximem e vibrem. Posteriormente, esse som sofrerá
modificações ao passar pelo trato vocal (faringe, cavidade oral e cavidade nasal) projetando-se para
o ambiente.
Segundo Carvalho e Souza (2011), a voz é o som básico produzido pela laringe, por meio
da vibração das cordas (tecnicamente chamada de pregas) vocais. A voz expressa as condições
individuais (físicas ou emocionais) e, se o indivíduo não estiver em condições saudáveis, a voz
deixará transparecer algum problema ocasionando qualidade vocal disfônica, que pode vir a
comprometer a fala e a comunicação.
De acordo com Carvalho e Souza (2011), a disfonia é na verdade, apenas um sintoma
presente em vários e diferentes distúrbios, ora se manifestando como sintoma secundário, ora como
principal.
O principal instrumento de trabalho do educador é a voz, e ela está pedindo socorro. Ao
falar durante horas e usar a voz incorretamente, o trabalhador pode provocar nódulos, uma espécie
12
de calosidade na região de maior contato entre um a prega vocal e outra (CARVALHO e SOUZA,
2011).
A desinformação dos educadores quanto a identificação das anormalidades vocais é outro
agravante para os distúrbios. Os profissionais da educação não dão o devido valor à voz e
desconhecem ações preventivas.
Algumas ações podem ser implementadas para evitar problemas com a voz como: evitar o
uso de produtos de limpeza que provoquem irritações nas vias aéreas.
A voz do Professor é vulnerável ao tempo e ao uso inadequado, sem cuidados especiais,
devendo ser tratada como voz profissional. As condições de sua rotina de vida e trabalho
apresentam situações estressantes e fatores de risco para a sua saúde vocal geral (CARVALHO e
SOUZA, 2011).
4.3 ESTRESSE OCUPACIONAL
O estresse ocupacional é definido como um conjunto de reações fisiológicas e psicológicas
utilizadas por trabalhadores ou grupos de trabalhadores, de forma ativa ou defensiva, para responder
ao conjunto de exigências ou pressões do ambiente de trabalho e é reconhecido mundialmente como
um dos principais fatores de redução de qualidade de vida no trabalho a ser enfrentado por
profissionais da educação.
Conforme Alves (1992) o stress sempre esteve com os seres humanos, pois é uma resposta
do organismo às situações do meio. O ser humano tem se tornado cada dia mais estressado,
carregado de sintomas físicos como irritação, nervosismo, cansaço entre outros que podem
dificultar seu desempenho na vida afetiva, social e profissional.
Segundo LIPP (2002) ser professor é uma das profissões mais estressantes na atualidade.
Antigamente ser professor era uma profissão valorizada no mercado de trabalho e, cada vez mais,
tem ocorrido uma deteriorização das condições da formação e desta prática profissional no Brasil. O
ensino possui características particulares geradoras do estresse e de alterações do comportamento
do que neles trabalham.
O estresse ocupacional já é reconhecido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT)
como “enfermidade profissional” cujos efeitos atingem inclusive o ambiente escolar.
Segundo Lipp (1999), por natureza temos o impulso de sempre buscar o equilíbrio.
Quando conseguimos estratégias de enfrentamento para restabelecer este equilíbrio, o stress é
13
eliminado e voltamos ao normal. Se estas estratégias falham, e o stress não é eliminado, essa
energia gerada vai se acumulando e começa então a não haver resposta para a ameaça, o qual
começa a desgastar o organismo. Cada pessoa tem um limite para atingir seu equilíbrio novamente.
Quanto mais resistente for e mais estratégias utilizar, mais tempo ele conseguirá resistir aos fatores
causadores do stress. Quando o organismo não encontra solução para eliminar o stress ele sofre e se
enfraquece, baixando sua imunidade e dando lugar a diversas doenças oportunistas, como a gripe,
gastrite, problemas dermatológicos, etc. bem como reações psicológicas como a ansiedade, cólera,
depressão, apatia, angústia e etc (LIPP, 1999).
De acordo com LIPP (2002), citado em REIS e colaboradores (2006: 231): “Estresse é um
estado geral de tensão fisiológica e mantém relação direta com as demandas do ambiente”
Como diz LIPP:
“stress é definido como uma reação do organismo, com componentes físicos e/ou
psicológicos, causada pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando a pessoa se
confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite ou
confunda, ou mesmo que a faça imensamente feliz (LIPP,1996, p. 20).
Segundo Dejours (1994), partindo da análise da psicodinâmica das situações de trabalho,
considera que quando o trabalho torna-se fonte de tensão e de desprazer, gerando um aumento da
carga psíquica sem possibilidade de alívio desta carga por meio das vias psíquicas, ele dá origem ao
sofrimento e à patologia. Sendo assim, a insatisfação no trabalho é uma das formas fundamentais de
sofrimento no trabalho.
De acordo com Nóvoa (1995, 1999) e Esteve (1995, 1999) denominam de "mal-estar
docente" o fenômeno decorrente dessa mudança na política educacional, o qual se relaciona ao
ambiente profissional do professor, estando presentes deficiências nas condições de trabalho, falta
de recursos humanos e materiais, violência nas salas de aulas e esgotamento físico. Esse quadro
favorece significativo desgaste biopsíquico do educador, produzindo, segundo Rocha e Sarrierra
(2006), um deslocamento do perfil das doenças relacionadas ao trabalho, destacando-se na
atualidade, doenças como hipertensão arterial, doenças coronarianas, distúrbios mentais, estresse e
câncer, dentre outras, como diz Tavares al.(2007, p. 19):
Ser professor é uma das profissões mais estressantes na atualidade. Geralmente as jornadas
de trabalho dos professores são longas, com raras pausas de descanso e/ou refeições breves
e em lugares desconfortáveis. O ritmo intenso e variável, com início muito cedo pela
manhã, podendo ser estendido até à noite em função de dupla ou tripla jornada de trabalho.
No corre-corre os horários são desrespeitados, perdem-se horas de sono alimenta-se mal, e
não há tempo para o lazer. São exigidos níveis de atenção e concentração para a realização
das tarefas. Quando o trabalho é desprovido de significação, não é reconhecido ou é uma
fonte de ameaças à integridade física e/ou psíquica acaba por determinar sofrimento ao
professor.
14
4.4 SÍNDROME DA DESISTÊNCIA (BURNOUT)
De acordo com CARLOTTO (2002) a síndrome da desistência é caracterizada como uma
resposta emocional em consequência de relações intensas no ambiente no ambiente de trabalho,
comum entre profissionais da área assistencial e educadores.
Para Carlotto, (2002) a síndrome da desistência:
“afeta o ambiente educacional e interfere na obtenção dos objetivos pedagógicos, levando
estes profissionais a um processo de alienação, desumanização, apatia, ocasionando
problemas de saúde, absenteísmo e intenção de abandonar a profissão." (CARLOTTO,
2002, p.21).
Segundo CODO (1999) essa síndrome é uma reação a tensão emocional crônica que é
gerada a partir do contato direto e excessivo com outras pessoas que estão preocupadas ou com
problemas. A síndrome do burnout é conceituada em várias dimensões sendo elas: exaustão
emocional que ocorre quando os trabalhadores percebem não poderem dar mais de si mesmo em
nível afetivo, percebe-se esgotada a energia e os recursos emocionais próprios que é causado pelo
contato direto com o trabalho; Despersonalização que é o desenvolvimento de um endurecimento
afetivo com as pessoas no qual se relaciona no trabalho; Falta de envolvimento pessoal no trabalho
que é a tendência a construir uma negatividade no trabalho onde afeta a realização do mesmo e o
atendimento as pessoas onde se relaciona.
[...] a vítima de burnout tem o espírito corroído pelo desânimo, a vontade minguando
devagar, atingir os gestos mais banais, até minimizar as vitórias mais acachapantes, a
beleza e a força da missão dando lugar ao mesmo irritante cotidiano, por mais diferentes
que sejam os dias de trabalho (CODO, 1999, p.254).
As pessoas que sofrem da sindrome de burnout sentem-se desanimadas, desmotivadas. O
professor com esta síndrome não tem mais motivação com o trabalho acarretando transtornos
psíquicos, podendo causar depressão devido à insatisfação com o trabalho já que o mesmo não traz
mais satisfação profissional, trabalha porque tem que trabalhar mais não sente prazer no que faz.
Segundo Carlotto (2002, p. 21):
15
No exercício profissional da atividade docente, diversos estressores psicossociais
encontram-se presentes, quer relacionados à natureza de suas funções, quer vinculados ao
contexto institucional e social onde estas são exercidas. Se os aspectos estressores
persistem pode haver um desencadeamento da síndrome de burnout, que é considerada
como "um tipo de estresse de caráter persistente vinculado a situações de trabalho,
resultante da constante e repetitiva pressão emocional associada com intenso envolvimento
com pessoas por longos períodos de tempo.
5. SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) (1996) define Qualidade de Vida como um
conjunto de percepções individuais de vida no contexto dos sistemas de cultura e de valores em que
vivem, e em relação a suas metas, expectativas, padrões e preocupações.
Segundo Domenico de Masi (2003), vivemos e trabalhamos numa sociedade do futuro,
mas continuamos a usar os instrumentos do passado. A categoria docente é uma das mais expostas à
ambientes conflituosos e de alta exigência de trabalho, tais como tarefas extraclasses, reuniões e
atividades adicionais, problemas com alunos que chegam até ameaças verbais e físicas, pressão do
tempo, etc. Esta situação estressante leva a repercussões na saúde física e mental e no desempenho
profissional dos professores.
Qualidade de Vida é mais do que ter uma boa saúde física ou mental. É estar de bem com
você mesmo, com a vida, com as pessoas queridas, enfim, estar em equilíbrio. Praticar esportes,
reservar tempo para conviver com os amigos e a família e fugir da rotina são estratégias para ter
qualidade de vida e combater doenças.
SILVA (2000) define a qualidade de vida no trabalho (QVT) como “a compreensão
abrangente e comprometida das condições de vida no trabalho, que inclui aspectos de bem-estar,
garantia da saúde e segurança física, mental e social, e capacitação para realizar tarefas com
segurança e bom uso de energia pessoal. Não depende só de uma parte, ou seja, depende
simultaneamente do indivíduo e da organização, sendo este o desafio que abrange o indivíduo e a
organização”.
De acordo com GUISELINI (2006), o estilo de vida que levamos é o principal responsável
(50%) por atingirmos idades mais avançadas, 70 a 80 anos ou mais, do modo mais saudável
16
possível. Já, os outros 50% dos fatores que influenciam no tempo de vida estão divididos entre
meio-ambiente (20%), hereditariedade (20%) e condições de assistência médica (10%). Estes dados
evidenciam a grande importância do estilo de vida adotado pelo indivíduo, sendo a prática regular
de atividades físicas necessária, tanto como medida preventiva de saúde quanto possibilidade real
de manutenção QV. A má qualidade de vida além de provocar transtornos à saúde do professor,
pode afetar, ainda, a qualidade do ensino.
Segundo Dejours (1988), a saúde indica ter meios de traçar um caminho pessoal e original,
em direção ao bem-estar físico, psíquico e social. Para o bem-estar físico a liberdade para regular as
variações que aparecem no estado do organismo, é necessária, ou seja, ter o direito a atender às
necessidades físicas como dormir, repousar, comer ou cuidar da doença quando ela surge. Para o
bem-estar psíquico, destaca que é necessária a liberdade para organizar a própria vida segundo o
desejo de cada pessoa.
O lazer é um dos aspectos estruturantes da saúde mental, interferindo no processo saúdedoença do ser humano (CARVALHO E CUNHA, 2006).
É determinado historicamente e possui uma característica imutável que é a busca do prazer.
Partindo do princípio de que o prazer pode manifestar-se em qualquer relação ou presença humana,
sua possibilidade atravessa tanto o mundo da vida, da sociabilidade espontânea, que é o lazer, como
o mundo guiado pelo poder e moeda, com ênfase para as relações econômicas, que é o trabalho
(GUTIERREZ E ALMEIDA, 2008).
Nessa perspectiva habermasiana, o entendimento de lazer supera a dicotomia lazertrabalho; portanto, o trabalho pode ser considerado lazer, no sentido do prazer. Assim como lazer
pode se tornar um trabalho no sentido do poder e da moeda. Afinal, na sociedade contemporânea, o
lazer pode ser considerado inexistente diante da hipertrofia do aspecto econômico como motor
social que se sobrepõe a qualquer desejo e gratuidade (ÂNGELO, 2007, p.37).
Segundo Limongi França (2007) a qualidade de vida no trabalho não decorre apenas do
salário acima do mercado, e sim resulta em tratamento humano, da gentileza, da leveza nas
relações. Não se pode esperar qualidade no desempenho de pessoas que carecem de qualidade em
seu próprio trabalho. Qualidade de vida no trabalho trata especialmente do bem-estar do que os
trabalhadores entendem que os cargos representam uma fonte de renda e principalmente um meio
de motivação para o bem-estar de cada um deles. Para alcançar níveis elevados de qualidade e
produtividade, as organizações precisam de pessoas motivadas, que participam ativamente nos
trabalhos que executam e que sejam adequadamente recompensadas pelas suas contribuições.
17
LIMONGI (1995), ALBUQUERQUE e FRANÇA (1997), consideram que a sociedade
vive novos paradigmas de
modos de vida. Gerando, assim novos valores e demandas de
qualidade de vida no trabalho.
Conforme França (1997, p. 80):
Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto de ações de uma empresa que envolvem
a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de
trabalho.A construção de qualidade da vida no trabalho ocorre a partir do momento em que
se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que é chamado de enfoque biopsicossocial.
Apesar de novas tecnologias, ferramentas de qualidade, é fato facilmente constatável que
cada vez mais os trabalhadores se queixam de uma rotina de trabalho, de uma subutilização de suas
potencialidades e talentos, e de condições de trabalho inadequadas. Estes problemas ligados a
insatisfação no trabalho têm conseqüências que gera um aumento de absenteísmo, uma diminuição
de rendimento, uma rotatividade de mão-de-obra mais elevada, reclamações e greves mais
numerosas, tendo um efeito marcante sobre a saúde mental e física dos trabalhadores
(FERNANDES, 1996, p.38-39).
6. CONCLUSÃO
Espera-se hoje que um bom profissional seja dinâmico, criativo, conhecedor do processo
global do mercado onde atua, entre outras características. Nesta era de mudanças criam-se muitas
expectativas sobre o professor, e entre elas, contam-se: acolhedor da diversidade, aberto a
inovações, comprometido com a aprendizagem, solicito aos alunos. Com sólida formação cientifica
e cultural, com domínio da língua, com conhecimentos tecnológicos, articulador de conteúdos
educacionais, interdiciplinar, com profundos conhecimentos de sua área de atuação, que estabeleça
relações de integração da sua com outras áreas do conhecimento, implantador de projetos, alguém
que valorize quem apreende, visando à melhoria da aprendizagem, do conhecimento, das
habilidades e competências dos educandos.
O presente estudo teve como enfoque conhecer e refletir sobre os principais problemas de
saúde que afetam os docentes, identificar as causas que poderão contribuir para o adoecimento do
trabalhador, conscientizar os profissionais da educação da importância de conciliar trabalho e lazer
para ter qualidade de vida e conhecer os riscos que a profissão “ professor” oferece para os docentes
atualmente no exercício da profissão. Diante das questões expostas concluiu-se que não é possível
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apontar as causas, mas uma série de fatores que influenciam no surgimento do mal estar docente
destes professores(as) que não é somente a doença mas sim o excesso de trabalho e outros diversos
fatores. Pode se ter um bom salário, uma boa infra-estrutura, ótimos recursos pedagógicos, mas se
exige muito destes profissionais, tanto em sala de aula como fora do espaço de trabalho. O grande
número de atividades sem tempo para descanso com certeza é um fator que contribuirá muito para o
adoecimento do(a) professor(a), não somente as doenças físicas, mas sim as psíquicas.
Pensar na saúde do(a) professor(a), é pensar no amor que ele tem pelo trabalho, que não
limita os momentos de cansaço, dor e sofrimento, noites mal dormidas ou em claro, por ter uma
profissão que não é valorizada, um salário baixíssimo que mal paga suas despesas. O professor
acredita que a educação pode levar as pessoas a buscar o conhecimento e trazê-lo para sua vida. A
educação é um dos caminhos fundamentais de humanização da sociedade, e o(a) professor(a) é o
pivô neste processo, é ele quem irá conduzir os caminhos para o saber.
Ao término deste estudo constata-se que há muito ainda que pesquisar e refletir sobre a
saúde dos(as) trabalhadores(as), principalmente os educadores, que são pessoas merecedoras de
carinho, dedicação e apoio.
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