Caderno de Anais IV SEMCISA atual

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SEMCISA 2013
PROGRAMA IV SEMCISA.
22 a 24 de maio de 2013
Universidade do Estado da Bahia
Departamento de Ciências da Vida
Núcleo de Pesquisa e Extensão
Universidade do Estado da Bahia
Prof. Lourisvaldo Valentim da Silva
Reitor da Universidade do Estado da Bahia
Adriana Marmori
Vice-Reitora da Universidade do Estado da Bahia
Adriana Marmori
Pró-Reitora de Extensão
José Bites de Carvalho
Pró-Reitor de Ensino de Graduação
Paulo José Gonçalves
Pró-Reitor de Assistência Estudantil
José Cláudio Rocha
Pró-Reitor de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação
Atson Carlos de Souza Fernandes
Diretor do Departamento de Ciências da Vida
Carla Cardoso
Coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão
COMISSÃO ORGANIZADORA
COMISSÃO LAYOUT
Lucas Gama Passos Silva
Natã Ivison Silva
COMISSÃO PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
Eliane dos Santos da Conceição
Mariana Pereira Santana Real
Eugênia da Silva Dourado Paiva
Sheilla Carvalho Araújo Sousa
Luzany Kelly Soares Roma
Verônica Matos Batista
João Vítor Nunes Sobreira Cruz
Marta Silva de Moura
Alice Araújo Cunha
Samara Mercês dos Reis
COMISSÃO PATROCÍNIO
Sammazyla de Cale França dos Santos
Jéssica Cristina de Jesus Soares
Jaqueline dos Santos Silva
Tainara Santos Ferreira dos Santos
Renan Matheus Barbosa Araújo de Oliveira
APRESENTAÇÃO
Em 2013 o Departamento de Ciências da Vida realiza a sua quarta
Semana Científica em Saúde e Ambiente – SEMCISA.
Fornecer a visão do cotidiano das ações pesquisa, ensino e extensão
realizados por estudantes e professores da área de saúde e de
ciências biológicas no Departamento de Ciências da Vida da
Universidade do Estado da Bahia esse é o desafio da Semana
Científica em Saúde e Ambiente.
Organizado pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão do Departamento de
Ciências da Vida a Semana cientifica aborda questões atuais dentro
da temática saúde e meio ambiente, indissociáveis e fundamentais
para o bem estar da população como um todo.
A visão interdisciplinar dos temas abordados durante este evento, o
qual congrega todos os atores do departamento, professores, alunos e
técnicos administrativos, está amparada na missão do Núcleo de
Pesquisa e Extensão do Departamento de Ciências da Vida a fim de
contribuir na construção de uma universidade socialmente
comprometida, academicamente competente e pedagogicamente
inovadora.
Nessa perspectiva recebemos os participantes da IV SEMCISA.
Sejam todos bem vindos!
PALESTRA DE ABERTURA : FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA EM SAÚDE: HISTÓRIAS E NOVAS PERSPECTIVAS
PALESTRANTES: Prof. Bites Carvalho (Ex-Pró Reitor de Graduação UNEB) e Profª Sandra Soares Paccheco
MESA
REDONDA 01
MESA REDONDA
02
MESA
REDONDA 03
MESA
REDONDA 04
Os cuidados
com os
pacientes
oncológicos
A Clínica da
Dor
Gravidez:
cuidados e
desenvolvimento
Alython
Chung
Marcelo
Peixoto
Sandra Portela
Vitor Guida
PALESTRA 01
Assistência
Multiprofissional
aos pacientes
com doença
neurológica
crônica:
Mucopolissacaridose
Fisioterapeutas:
Juliana Leal e
Rosa Mª Barreto.
Fonoaudióloga:
Joice Santana.
Nutricionista:
Roberta Barone.
Médica: Emília K.
Embiruçu.
PALESTRA 02
Fonoaudiológo
inserção no
mercado de
trabalho
Sueleny Lopes
Aline Argolo
Rosana
Azevedo
Renata Scarpel
PALESTRA 09
Abordagem
Fisiopatológica
e
Farmacoterapia
das doenças
de Alzheimer e
Parkinson
Fernando Luis
Carvalho
MESA
REDONDA
05
Análises
Laboratoriais
MESA
REDONDA 06
MESA
REDON
DA 07
Formaçã
o em
Fonoaudiologia
MESA
REDONDA 08
Ana Paula
Leme
Mary Galvão
Mª
Teresita
Bendicho
Valdirene
Leão
Ivan Alexandre
Raquel
Azevedo
Aline
Alvareng
a
Débora
Moura
Ana Catarina
Torres
Laura Ferraro
PALESTRA
03
PALESTRA
04
PALES-TRA
05
PALESTRA
06
PALEST
RA 07
PALESTRA
08
Fisioterapia
pneumofuncional em pré e póscirúrgicos
Atopia e
esquitossomose
Doenças
Infecciosas e
Parasitárias
Triagem
neonatal
para
doença
falciforme
na Bahia
A importância
da
Residência
de
Enfermagem
em Terapia
Intensiva
Resgate
Veicular
Doação de
sangue e de
medula óssea
(HEMOBA)
Fernanda
Camelier
Joanemile
Pacheco
Artur Dias
Lima
Ney Boa
Sorte
Livia
Magalhães
Alan
Lago
Marinho
Marques Neto
Atuação
Fonoaudiológica na área
de voz
Atuação
Fonoaudiológica em
ambiente
hospitalar
MINI-CURSO
01
Técnicas para
elaboração de
Cardápio
(quinta e sexta)
MINI-CURSO
02
Saúde e
Alimentação
Indígena
(quinta e
sexta)
MINI-CURSO
03
Doença
Céliaca (quinta
e sexta)
*Karla
Figueiredo (qui)
*Joseni Lima
França (sex)
Katie Xavier
Sandra
Simone
Pacheco
MINI-CURSO 09
MINI-CURSO
10
Musicoterapia
*Joselita
Sacramento
*Katia Miranda
*Claubert
Radamés
MINI-CURSO
11
Neuropatia e
vasculopatia
diabética: pé
neuro
isquêmico
Reabilitação da
Motricidade
Orofacial
Cláudia Lopes
Helen
Fonseca
Giovanna
Figueiroa
MINI-CURSO
04
Qualidade e
Segurança em
saúde: como
garantir na
prática?
(quinta e sexta)
*Fernanda
Gama
*Marta Passos
MINICURSO 05
Bandagem
Funcional
MINI-CURSO MINI06
CURSO 07
Osteopatia
Avanços no
tratamento
nutricional da
Hidrolipodistr
ofia (HLDG)
MINI-CURSO
08
Técnicas em
Curativos
Victor
Arnault
Paulo Lessa
Edilene Araújo
Ângela Góes
MINI-CURSO 12
MINICURSO 13
Enogastronomia e
etiqueta à
mesa
MINICURSO 14
Primeiros
Socorros
MINI-CURSO
15
O
Autoconhecimento a
serviço do
sucesso
Mírian
Vásquez
Alex Mine
Feizi Milani
Saúde dos
estudantes e
profissionais
da área da
saúde
Marcia de
Aguiar
Mesa Redonda: "Experiências do PET-Saúde na Bahia: novas formas de ensinar, pesquisar e fazer
extensão"
Profª Helena Fraga e discentes do Pet-Saúde
MINI-CURSO
01
Técnicas para
elaboração
de Cardápio
(quinta e
sexta)
MINI-CURSO
02
Saúde e
Alimentação
Indígena
(quinta e
sexta)
MINI-CURSO
03
Doença
Celíaca
(quinta e
sexta)
MINI-CURSO
04
Qualidade e
Segurança
em saúde:
como garantir
na prática?
(quinta e
sexta)
Fernanda
Gama
Marta Passos
Karla
Figueiredo
(qui)
Joseni Lima
França (sex)
Katie Xavier
Sandra
Simone
Pacheco
Joselita
Sacramento
Katia Miranda
Radamés
MINI-CURSO
09
Noções
básicas de
controle de
infecção
hospitalar e
segurança do
paciente
Eliana
Auxiliadora
Costa
MINI-CURSO
10
BCG
Intradérmica
MINI-CURSO
11
As práticas
de avaliação
na clínica da
linguagem
MINI-CURSO
12
Primeiros
Socorros
Rhanes
Oliveira
Clara Esteves
Alex Mine
MINI-CURSO
05
Informação
em Saúde
MINICURSO 06
Metodologia
MINI-CURSO
07
Nutrição e
Pediatria:
Avaliação
Nutricional
MINI-CURSO
08
O trabalho da
fonoaudiologia hospitalar
Helena Fraga
Rosana
Azevedo
Thaisy
Honorato
Ana Catarina
Torres
Painéis
CARACTERIZAÇÃO DA LINGUAGEM EM PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSE.
Autores: Martins, ATPC; Silva, DS; Santana, JS; Acosta, AX; Embiruçu, EK
As Mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias causadas por
deficiências enzimáticas lisossomais essenciais à quebra dos glicosaminoglicanos (GAG’s),
estes quando não metabolizados se acumulam em diversos tecidos, incluindo os órgãos da
fala, da audição e sistema nervoso, podendo ocasionar alterações na comunicação. A
deterioração neurológica é progressiva e em graus variáveis. Na MPS IV, VI e nas formas
atenuadas das MPS I e II, o envolvimento neurológico é mínimo, porém podem ocasionar
alterações de linguagem. Objetivo: Descrever as características da linguagem dos pacientes
com MPS. Metodologia: Estudo observacional e descritivo de série de casos. Pacientes com
diagnóstico confirmado de MPS, atendidos no Serviço de Genética do Hospital Universitário
Professor Edgard Santos, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,
foram avaliados a partir de uma anamnese estruturada, aplicação da escala de DENVER em
crianças até seis anos de idade e da avaliação fonológica para as demais idades.
Resultados: A avaliação da linguagem foi realizada em 33 pacientes com MPS de tipos I (5),
II (11), III (2), IV (1) e VI (14). Destes pacientes 72,7% (24/33) são do sexo masculino e a
média de idade é de 10,3 anos. Segundo relato dos pais ou responsável, 75,7% (25/33) dos
pacientes tiveram um desenvolvimento motor normal e 84,8% (28/33) tiveram
desenvolvimento adequado da linguagem, porém dentre estes, 14,3% (4/28) apresentaram
regressão das habilidades comunicativas adquiridas. Um dos pacientes (1/4) que apresentou
atraso da linguagem, evoluiu com perda das habilidades comunicativas adquiridas. E 3,0%
(1/33) não desenvolveu a linguagem. Treze pacientes foram avaliados apenas pela anamnese
devido a motivos variados: grave comprometimento cognitivo (8), deficiência auditiva (1) ou
visual (1) importantes, e falta de colaboração do paciente (3). Vinte pacientes foram avaliados
de forma efetiva. Em 2 casos foi aplicada apenas a escala de desenvolvimento de DENVER,
e um deles apresentou atraso nas áreas de linguagem e motor grosseiro. Os outros 18 foram
submetidos a avaliação fonológica. Destes, 33,3% (6/18) apresentou alteração da fala, com
produção de fonemas caracterizada por distorções. Dos pacientes avaliados, até o momento,
apenas sete pacientes foram reavaliados, em diferentes intervalos de tempo. Cinco com o
diagnóstico de MPS VI, um com MPS IV e outro com MPS II. Todos mantiveram os mesmos
resultados da primeira avaliação, sendo que apenas dois apresentam alteração da fala.
Conclusão: Dos pacientes avaliados, 42,4% apresentou alguma alteração na comunicação,
sendo mais frequente a perda das habilidades comunicativas adquiridas devido a progressão
da doença. Os comprometimentos na comunicação apresentados por estes pacientes podem
ser devido ao acúmulo de glicosaminoglicanos não degradados nos órgãos da fala, da
audição e no sistema nervoso, como sugere a literatura. Porém, apesar da doença ser
progressiva e todos os reavaliados estarem em TRE, com exceção da paciente com MPS IV,
nos pacientes que tem a doença de forma mais branda não foi observado modificações na
linguagem nas avaliações sequenciais.
Modalidade de apresentação: Pôster
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA: REALIDADE DE UM GRUPO DE ESTUDANTES DO
CURSO DE FISIOTERAPIA.
Autores: Brenda da Silva Santos, Brenda de Araújo Machado, Diana Bispo dos Santos,
Esdras dos Santos Paris, Jailene Oliveira Pereira Souza, Jaqueline de Oliveira Araújo, Larissa
Santos Tosta, Luciana Limoeiro Ricarte Cavalcanti, Luciene Oliveira Conceição, Maiara
Jerusalem dos Santos Barbosa, Mariane Araújo de Souza, Rafaele serra dos Santos, Raoni
Soares da Silva, Taíla Maiana Santana Cardoso, Tâmara da Silva Santana, Tarsila Viana
Oliveira, Tarsila Viana Oliveira, Tatiane Santos Costa, Vanessa Alves de Oliveria, Wende Elen
Bonifácio Lopes, Fernanda Warken Rosa Camelier.
Introducao: Prioridades de saúde pública tem sido modificadas mundialmente, em detrimento
ao envelhecimento da população, rápida urbanização, industrialização e globalização. Estes
fatores associados tem arretado estilos de vida não saudáveis. A inatividade física está
diretamente relacionada com a morbidade e mortalidade de várias doenças, principalmente
crônicas e sua promoção foi recentemente considerada uma prioridade pela Organização das
Nações Unidas. A atividade física na infância, adolescência e por conseguinte, em adultos
jovens proporciona uma série de benefícios a curto e longo prazo para a saúde e bemestar.Objetivo: Caracterizar o nível de atividade física de estudantes do Curso de Fisioterapia
da UNEB.Métodos: Foi realizado um estudo descritivo, de corte transversal. Participaram do
mesmo alunos regularmente matriculados na disciplina Fisiologia do Exercício no semestre
2013.1. Todos os estudantes concordaram com a participação voluntária no inquérito. A coleta
de dados ocorreu no Auditório do 3º. Sub solo, DCV II, em março/2013. Os participantes
responderam ao Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão curta - OMS,
que classifica o nível de atividade física em sedentário, insuficientemente ativo A e B, ativo e
muito ativo. O instrumento já foi traduzido e validado para língua portuguesa (Brasil). A
planilha de dados e análise dos mesmos foi realizada no programa Excel. Os dados estão
descritos em proporções, medida de tendência central e dispersão.Resultados: Dezenove
alunos participaram da pesquisa; destes 17 (87,5%) são do sexo feminino, com idade
variando de 18 a 29 anos e 63% são eutróficos (63%). Em relação ao nível de atividade física
a maioria (52,6%) foi classificada como insuficientemente ativo.Discussão: A inatividade
física é a quarta principal causa de morte no mundo. Na amostra não representativa avaliada,
a maioria dos voluntários relataram realizar menos de 150 minutos de atividade fisica
moderada e/ou vigorosa por semana. Promover discussoes na Instituição de Ensino bem
como possibilitar a prática de atividades esportivas e orientações quanto ao estilo de vida da
comunidade acadêmica são estratégias a serem consideradas para mudança de
comportamento.Conclusão: No grupo avaliado, a maior parte dos estudantes foi classifiaco
no nivel de atividade física insuficiente. Um número cada vez maior de dias ativos por semana
seria suficiente para que atingirem um nivel de atividade satisfatorio. Estratégicas para isto
devem ser discutidas no ambito acadêmico e como consideradas nas iniciativas de saúde
pública que visam a promoção da saúde.
Modalidade de apresentação: Pôster
XAROPE DE MILHO RICO EM FRUTOSE E POSSÍVEIS RISCOS METABÓLICOS
Autores: Carine de Oliveira Souza1, Míriam Rocha Vazquez1, Luana de Oliveira Leite2,
Rebeca Pfaffenseller3; Edilene Queiroz Araújo4
1
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Departamento de Ciências
Nutrição – Núcleo de Orientação Nutricional do Atleta (NONA).
2
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Departamento de Ciências
3
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Departamento de Ciências
em Nutrição.
4
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Departamento de Ciências
Nutrição.
E-mail: [email protected]
da Vida (DCV) – Docente do Curso Bacharelado em
da Vida (DCV) – Residente em Nutrição Clínica.
da Vida (DCV) – Discente do Curso Bacharelado
da Vida (DCV) – Docente do Curso Bacharelado em
O Xarope de milho (glicose-isomerase) é obtido a partir da hidrólise parcial do amido de milho
resultando em uma composição líquida de glicose, maltose e dextrinas. Recentemente, tem
sido amplamente usado pela indústria alimentícia, o xarope de milho rico em frutose ou HFCS
(do inglês, high-frutose corn syrup) o qual é produzido enzimaticamente a partir do xarope de
milho convertendo a dextrose em levulose, resultando em um composto com teor de frutose
variável conforme o segmento a qual se destina. Assim, têm-se os dois tipos mais
comercializados o HFCS-55 (55% de frutose e 42% de glicose) usado principalmente na
fabricação de bebidas gaseificadas e o HFCS-42 (42% de frutose e 53% de glicose) preferido
para industrialização de outras bebidas açucaradas, cereais matinais, geléias e diversos
produtos de panificação. Há ainda o HFCS-90 (90% de frutose) e frutose cristalina (99,5%),
destinados prioritariamente para misturar com xarope de glicose para obter, em situações
especiais, HFCS-42 e HFCS-55. Comercialmente, o HFCS tem vantagens em relação à
sacarose que o torna mais atraente para os fabricantes de alimentos as quais incluem maior
poder edulcorante, boa solubilidade, melhor controle da acidez e menor custo. Nos últimos
anos, registra-se mundialmente o aumento do consumo de produtos industrializados ricos em
frutose em cerca de 250%. Diversos trabalhos sinalizam que o alto consumo de frutose
contribui para a epidemia de obesidade e diabetes mellitus tipo 2, indicando que a
metabolização endógena desse monossacarídeo pode estar relacionado com a resistência à
insulina, obesidade, hipertensão e dislipidemia doenças essas que, quando estão
coletivamente presentes em um mesmo indivíduo, denomina-se Síndrome Metabólica. Assim,
o objetivo desse trabalho consistiu em revisar os possíveis riscos metabólicos relacionados ao
consumo de xarope de milho rico em frutose presente em diversas bebidas e produtos
industrializados. Para tanto foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases de dados Scielo,
PUBMED e LILACS, utilizando-se em português e inglês as seguintes palavras-chave: xarope
de milho rico em frutose, frutose, obesidade, hipertensão, dislipidemia, diabetes mellitus tipo 2
, resistência à insulina e síndrome metabólica. Conclui-se que o consumo indiscriminado de
alimentos industrializados ricos em frutose pode estar associado com a ocorrência de várias
doenças crônicas com repercussões metabólicas que podem comprometer a qualidade e
expectativa de vida do indivíduo.
Modalidade de apresentação: Pôster
FARMACOTERAPIA E NUTRIÇÃO NO IDOSO VERSUS O (IN) SUCESSO TERAPÊUTICO.
Autores: Catiúsca Cardoso, Nathane Fonseca e Vanessa Fernandes (Estudantes de
Nutrição). Orientador: Tércio Ramos
O alimento é essencial e indispensável à sobrevivência humana, fornecendo ao organismo os
nutrientes necessários a sua integridade estrutural e funcional. Contudo, esta integridade
pode ser perturbada pela administração concomitante de uma terapêutica medicamentosa. Os
alimentos podem modificar os efeitos terapêuticos dos fármacos por interferirem nos
processos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, a este mecanismo dar-se o nome de
interação alimento-fármaco. As interações alimento-fármaco dependem de uma variedade de
fatores intervenientes tais como: característica do fármaco, dose e forma farmacêutica; dieta e
estado nutricional; e estado fisiopatológico do indivíduo. A modificação da velocidade do
esvaziamento gástrico é o principal fator interveniente na absorção do fármaco, uma vez que
o processo absortivo de ambos ocorre por mecanismos semelhantes e competitivos, podendo
provocar o atraso, redução, aumento ou antecipação desta etapa. Com a crescente
expectativa de vida, e consequentemente o aumento no numero de idosos cria-se um desafio
no campo da pesquisa nutricional, pois apesar do envelhecimento ser um processo natural do
organismo as diversas alterações fisiopatológicas tem como consequência um consumo
elevado de medicamentos de uso crônico (polifarmacias). A farmacoterapia, comum em
idosos e o conhecimento do potencial das interações entre drogas e nutrientes podem permitir
intervenções que previnam efeitos colaterais indesejáveis, limitando a terapia medicamentosa
indicada, ou elaborando estratégias para melhoria da escolha dos nutrientes, desse modo
podendo-se evitar os efeitos adversos que contribuem para o insucesso terapêutico.
Tornando-se, portanto, indispensável a atenção de uma equipe de saúde multidisciplinar,
através de avaliações criteriosas nos medicamentos administrados, dietoterápica e a
interação entre os mesmos.
Modalidade de apresentação: Pôster
APENDICITE AGUDA: RELATO DE CASO EM UNIDADE PEDIÁTRICA DE HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO EM SALVADOR-BA
Autores: Lanzac, D. M. S.; Siqueira, T. S.
Orientadora: Profa. Denise Santana Silva dos Santos
Introdução: A apendicite aguda representa uma infecção do apêndice, estrutura tubular
localizada no quadrante inferior direito do abdome, logo no início do intestino grosso,
conectado ao ceco, e que faz parte do sistema digestivo. O apêndice mede cerca de 5 a 10
cm de comprimento e 0,5 a 1 cm de largura, e é fechado na extremidade posterior. Sua
função é promover o crescimento populacional de bactérias benéficas para o nosso
organismo e facilitar o repovoamento dessas bactérias no cólon. Ao inflamar, pode
desencadear a obstrução dos intestinos, causando a apendicite aguda, quadro abdominal
infeccioso mais comum na infância, que pode levar à morte se não diagnosticado
precocemente. Objetivo: Descrever o estudo de caso de uma criança, com quadro de
apendicectomia, internada na Unidade Pediátrica de um Hospital Universitário do Estado da
Bahia. Metodologia: Para coleta de dados foi realizada uma pesquisa no prontuário e dados
coletados durante a internação da paciente na unidade pediátrica no período de prática da
disciplina Enfermagem em Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, em novembro de
2012. As informações sobre histórico e evolução durante o internamento foram obtidas a partir
das avaliações e evoluções médicas e da equipe de enfermagem. Relato de Caso: Paciente
I.C.S. do sexo feminino, 6 anos, procedente de Cruz das Almas, foi admitida na unidade em
09/12/12, com queixa de dor abdominal em fossa ilíaca e em hipogástrico há 8 dias,
associada a dejeções diarreicas sem sangue e sem muco, vômitos e febre 38,5º C.
Apresentou piora dos sintomas chegando a 10 dejeções ao dia, de aspecto esverdeado e
odor fétido sem presença de sangue ou muco. Foi atendida na cidade de procedência, onde
realizou hemograma e foi tratada com analgesia, antibioticoterapia e hidratação oral, e
encaminhada para Hospital em Salvador para melhor investigação da dor abdominal e
diarreia. A informante relatou perda de peso durante os sintomas e a criança ficou afebril por
dois dias, tendo apresentado picos febris constantes maiores que 38º de 4/4h. Durante o
internamento na emergência pediátrica não apresentou febre, vômitos e as dores intestinais
diminuíram. Foi avaliada por médico que recomendou repetir-se o LDH, ácido úrico e
eletrólitos, e realizar USG, que indicou imagem pélvica a esclarecer. Foi realizada cirurgia
laparotomia exploradora (mediana infra umbilical) sob anestesia geral e sondagem, e foi
constatado apendicite em fase 4, realizada apendicectomia. Conclusão: A apendicectomia
em crianças é recorrente, porém o diagnóstico pode ser considerado um desafio clínico.
Deve-se ressaltar que o diagnóstico precoce e o manejo adequado são crucias para o
benefício da paciente, sendo que o exame físico é o de maior valor. Uma vez estabelecido,
impõe-se a instituição imediata da terapêutica médica aliada a uma assistência de
enfermagem eficiente, para otimizar o prognóstico.
Modalidade de apresentação: Pôster.
DIA MUNDIAL DO DIABETES E O PET-SAÚDE: RELATO DE EXPERIENCIA DE
EDUCACAO POPULAR
Autores: Clara Dominguez1, Eric Cerqueira1, Glaucia Dultra2, Isabela Rodrigues1, Jéssica
Kroth1, Karina Kroth1, Luciana Cavalcante1, Rosicleide Freitas2, Sabrina Brito1, Helena FragaMaia3 e Fernanda Camelier4.
1 – Graduando(a) na Universidade do Estado da Bahia, Bolsista/Voluntário PET-Saúde UNEB - Doutores Mirins.
2 – Preceptora PET-Saúde UNEB - Doutores Mirins.
3 - Professora-Orientadora da Universidade do Estado da Bahia, Tutora no PET-Saúde UNEB - Doutores Mirins.
4 - Professora-Orientadora da Universidade do Estado da Bahia, Coordenadora no PET-Saúde UNEB.
Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é um
programa de reorientação da formação do profissional de saúde que visa inserir o estudante
enquanto componente ativo do seu aprendizado, estimulando a interdisciplinaridade e o
multiprofissionalismo. Por meio de parceria estabelecida com a Universidade do Estado da
Bahia (UNEB) e a Secretaria Municipal de Saúde do Município de Salvador (SMS), tem sido
possível realizar ações de planejamento e práticas de ensino-aprendizagem na Atenção
Básica. Assim, em função do Dia Mundial do Diabetes decidiu-se realizar uma programação
ampla que contemplasse dinâmicas sobre o controle dos fatores de riscos mais comuns e
que, portanto gerassem maior impacto no controle e manejo individual da doença. A avaliação
dessas intervenções e a sistematização de suas contribuições para a educação do graduando
e para as dinâmicas do trabalho na unidade podem contribuir para o aperfeiçoamento de
novos projetos na USF. Objetivo: Relatar a experiência de uma intervenção de promoção de
saúde para diabéticos residentes no Distrito Sanitário Cabula-Beiru realizada pelos
integrantes do Pet-Saúde UNEB, funcionários da Unidade de Saúde da Família Prof.
Humberto de Castro Lima. Material E Métodos: Durante algumas semanas os integrantes do
PET-Saúde discutiram e elaboraram a programação final que envolveu palestras sobre
alimentação saudável, saúde bucal, terapia comunitária, exibições de vídeos e outros. A
divulgação foi feita por meio de cartazes e do trabalho diário dos Agentes Comunitários de
Saúde da USF Pernambuezinho diretamente com a população alvo. O relato que segue, faz
referência à realização das oficinas, rodas de conversas, reuniões, atividades coletivas e
conversas informais. Resultados E Discussão: Foram realizadas atividades de Extensão
popular. Entre estas destacaram-se: rodas de conversa, preenchimento de fichas do aferição
da circunferência de cintura, do peso, da altura, da glicemia e da pressão arterial, exposição
de vídeo do tipo animação, atividade física com alongamentos e nesta contou-se com a
presença e colaboração da Fisioterapeuta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF,
palestra sobre saúde bucal e mitos na alimentação do diabético com a participação do
Dentista da USF, terapia comunitária e café da manhã com integração entre os usuários,
funcionários e integrantes do Pet-Saúde. As atividades desenvolvidas na USF
Pernambuezinho na semana do Dia Mundial do Diabetes, ao serem formatadas pela
observação das necessidades locais possibilitatam o entendimento da realidade dos
pacientes e das informações que precisam ao tempo em que viabilizam o aprendizado para
os futuros profissionais de saúde. Conclusões: Concluiu-se que as atividades desenvolvidas
foram exitosas e geraram entusiasmo no grupo. Apesar de contratempos e do fato de ter sido
baixo o número de presentes nos dois primeiros dias da semana, tal dimensão corroborou
para uma melhor distribuição de atenção aos convidados. Pôde-se observar que esse tipo de
ação é bem recebida e a troca de informações é de grande valia. Entende-se que a formação
de alunos dos cursos de saúde por meio da extensão popular promove o desenvolvimento de
habilidades, permite a construção de valores e aquisição de conceitos que os qualificarão na
vida profissional.
Modalidade de apresentação: Pôster.
A OCORRÊNCIA DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR INSUFICIÊNCIA RENAL
Autores: Deir Reis Souza¹; Luzany Kelly Soares Roma¹; Dayse Nascimento de Jesus¹; Sheilla
Carvalho Araujo Sousa¹; Eugênia da Silva Dourado Paiva¹; Lucas Gama Passos Silva¹; Lilian
Fátima Barbosa Marinho2.
¹ Acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus I, SSA- BA.
2
Enfermeira. Doutora em Saúde Pública. Docente do curso de enfermagem da Universidade do Estado da
Bahia. UNEB, Campus I, Salvador- BA.
Introdução: A insuficiência renal é uma doença de grande relevância que acomete grande
parte da população brasileira, tornando-se tema de diversos estudos e pesquisas, sendo
definida como a perda das funções dos rins e classificada em insuficiência renal aguda (IRA)
ou crônica (IRC). A insuficiência sobrevém quando os rins não conseguem remover os
resíduos metabólicos nem realizar as funções reguladoras. Tanto a IRA quanto a IRC
necessitam, na maioria dos casos, da intervenção de um tratamento dialítico ou hemodialítico,
evitando assim o surgimento de complicações que possam progredir para o óbito. As doenças
do rim e trato urinário contribuem com aproximadamente 850 mil mortes a cada ano
constituindo-se na 12ª causa de morte e na 17ª causa de incapacidade em todo o mundo. A
mortalidade em unidades de terapia intensiva (UTI) é alta, especialmente nos casos em que
há necessidade de diálise, com índices que variam de 37% a 88% no Brasil. Objetivo:
Descrever o perfil epidemiológico das internações hospitalares por Insuficiência Renal.
Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo de caráter quantitativo sobre a
doença renal. Para a coleta dos dados utilizou-se o Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde (DATASUS) através do Sistema de Informações Hospitalares (SIH). Foram
feitos cálculos de número de internações/população total do mesmo sexo e período
multiplicado por 1.000.000, número de óbitos/internações no mesmo período e mesma faixa
etária multiplicado por 100, esses dados correspondem ao período de 2007 a 2011 na cidade
de Salvador e na Bahia, que foram dispostos em tabelas. Além disso, foram utilizados artigos
extraídos da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Os critérios de inclusão foram:
artigos obtidos na íntegra, que atendam ao objetivo do estudo. Resultados E Discussão: A
partir dos dados elaborados nas tabelas, ao analisar o gênero, observou-se que houve uma
diminuição na proporção de internações masculinas, porém, em todos os anos a insuficiência
renal atingiu mais frequentemente os homens. Segundo estudos o gênero masculino consiste
em um dos fatores de risco para o desenvolvimento da IRC. Com relação à idade, no ano de
2009 e 2010 evidenciou-se que a faixa etária em que ocorre um maior percentual de óbitos é
a de 80 anos ou mais, neste caso, o envelhecimento predispõe as pessoas aos processos
patológicos levando-as ao risco para complicações, além do consumo de medicamentos
nefrotóxicos. Dentre as regiões, o sul e sudeste do Brasil englobam uma maior proporção de
internações hospitalares, estudos explicam que existe uma maior concentração de pacientes
em Terapia Renal nessas regiões, podendo ser resultante da maior densidade populacional
nas regiões mencionadas e da maior oferta de serviços de saúde de alta complexidade.
Conclusões: O envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida levaram a
mudanças no perfil de morbimortalidade e aumento da prevalência das doenças crônicas,
entre elas a doença renal. Além disso, compreender os mecanismos de nefrotoxicidade da
insuficiência renal, principalmente nessa faixa etária, é relevante na medida em que pode
alterar o índice de morbimortalidade dos pacientes admitidos principalmente nas UTIs.
Modalidade de Apresentação: Pôster
APETITE DE LEÃO OU DE UM PASSARINHO: BREVE ABORDAGEM FARMACOLÓGICA
SOBRE OS OREXÍGENOS E ANOREXÍGENOS.
Autores: Oliveira, E.L.P.; Oliveira, R. A.; Queiroz, N.F.; Rocha, M.C.; Santos, L.A.; Souza,
M.C.C., Orientador: Ramos, T.C.
Introdução: Os medicamentos indicados para auxiliar no tratamento para emagrecimento
(anorexígenos) são, em sua maioria, controlados. No Brasil, são registrados os grupos
anfetaminas e derivados (anfepramona, femproporex e mazindol) e a sibutramina - agente
serotoninérgico. Por sua vez, os medicamentos orexígenos (estimuladores do apetite) em uso
clínico no país são os agentes progestacionais, agentes corticosteróides e derivados. Os
estimulantes de apetite mais estudados atualmente são o Acetato de Megestrol e os
Corticosteróides. Objetivo: Explicar atuação dos medicamentos utilizados na terapêutica do
emagrecimento e os mecanismos dos estimuladores do apetite. Metodologia: Revisão de
literatura, baseada em artigos científicos publicados entre 2004 - 2012 captados no banco de
dados do Pubmed, Lilacs e Scielo. Resultados: O controle do apetite e da saciedade envolve
diversos processos, podendo esses serem ambientais, psicossociais e fisiológicos. Os
orexígenos são fármacos que apresentam função de estimular o apetite, a exemplo do
Acetato de Megestrol que estimula a liberação de NPY no hipotálamo além de inibir citocinas
pró inflamatórias. A Predinisolona possui esta mesma atuação. Os anorexígenos são
estimulantes do sistema nervoso central (SNC), e a perda de peso ocorre por supressão do
apetite. A Anfepramona e o Femproporex têm ação sobre o hipotálamo. Enquanto o primeiro
inibe a recaptação e aumenta a liberação de noradrenalina, o Femproporex tem efeito direto
da droga ou de seus metabólitos; por sua vez, o Mazindol que inibe a recaptação da
noradrenalina e dopamina atua tanto no hipotálamo quanto no sistema límbico; já a
Sibutramina inibe a recaptação de noradrenalina e serotonina (hipotálamo). Conclusão: O
tratamento medicamentoso deve ser criterioso, prudente, avaliando os benefícios e riscos. É
importante também que as medicações prescritas sejam associadas aos programas de dieta
e exercício físico a fim de garantir uma melhor condição de saúde do indivíduo.
Modalidade de Apresentação: Pôster
PROMOVENDO A SAÚDE DE IDOSOS: PAPEL DA ENFERMAGEM
Autores: Érica Costa Silva1, Joana Angélica Teles Santana.2
1
Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus I, Salvador- BA.
Email: [email protected]
2
Docente adjunta do Departamento de Ciências da Vida, Universidade do Estado da Bahia- UNEB, Campus I,
Salvador- BA. Email: [email protected]
Introdução: A população idosa no Brasil apresenta um crescimento significativo nas últimas
décadas como resultadas dos avanços técnico-científicos e sociais, gerando impactos nos
setores sociais e nas políticas públicas de saúde. Essas mudanças exigem a adoção de
estratégias que promovam uma melhor qualidade de vida para esse grupo populacional,
através da prevenção de doenças e promoção da saúde. O envelhecimento saudável engloba
múltiplos fatores, como os biológicos, os psicológicos, os sociais e os individuais. Para uma
atuação coerente da enfermagem é necessário que haja a construção de um processo
dinâmico de ensino-aprendizagem, com utilização de grupos de convivência que promovam a
educação em saúde e estimulem a autonomia desses indivíduos. Objetivos: Discutir os
principais aspectos referentes ao papel da enfermagem na promoção da saúde do idoso,
contidas na literatura pesquisada. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura, na
modalidade de pesquisa bibliográfica, realizada na base de dados da Biblioteca Virtual em
Saúde, utilizando como descritores: educação em saúde, enfermagem, envelhecimento da
população e promoção da saúde. Foram encontrados 15 artigos e selecionados 09 para o
trabalho. Os critérios de inclusão foram: artigos obtidos na íntegra, que atendam ao objetivo
do estudo, disponibilizados em língua portuguesa e publicados entre 2003 e 2012.
Resultados e discussão: Através de metodologias que assegurem a qualidade das
atividades planejadas e respeitem as características dos idosos, podem ser desenvolvidas
atividades que incorporem os valores, a cognição e as características próprias dessa faixa
etária. A utilização de grupos de convivência possibilita uma forma dinâmica e eficaz de se
trabalhar com atividades de relevância social e individual, proporcionando a participação ativa
do sujeito e facilitando as transformações necessárias de atitudes relativas à sua saúde e
melhoria da qualidade de vida. Para a eficácia das atividades torna-se necessário um
profissional de enfermagem capacitado que estimule o grupo a buscar soluções próprias, bem
como esteja atento a sua atuação como educador, capaz de nortear ações que visem à
melhoria da saúde do indivíduo, da família e da população em geral. Sendo assim, os grupos
de convivência e educação em saúde, voltados para o envelhecimento bem-sucedido,
possibilitam que os idosos desenvolvam uma visão mais ampla, colaborando para a
superação de dificuldades, troca de experiências e o compartilhamento de saberes para um
viver mais saudável. Conclusão: O envelhecimento saudável necessita do atendimento
integral à saúde e de um profissional criativo, aberto a mudanças. A promoção da saúde dos
idosos é mais eficaz em grupo e a enfermagem tem um papel fundamental nesse processo
por facilitar o acolhimento, o levantamento de necessidades, a construção de um ambiente
interativo, a qualidade de vida dos idosos.
Modalidade de apresentação: Pôster
VULNERABILIDADE DE IDOSOS AO HIV/AIDS NA BAHIA
Autores: Eugênia da Silva Dourado Paiva1; Dayse Nascimento de Jesus1; Deir Reis Souza1;
Lucas Gama Passos Silva1; Luzany Kelly Soares Roma1; Sheilla Carvalho Araújo Sousa1;
Ângela Lofiego Sampaio2.
1
2
Acadêmicos de Enfermagem – UNEB.
Docente de Enfermagem - UNEB.
Introdução: A AIDS, desde seu início, esteve associada a homossexuais masculinos,
usuários de drogas injetáveis e profissionais do sexo. Porém, a melhoria da qualidade de vida
aliada aos avanços da ciência permite o prolongamento da vida sexual ativa, o que torna as
pessoas idosas mais vulneráveis às infecções sexualmente transmissíveis, dentre elas, a
infecção pelo HIV/AIDS. Assim, o perfil epidemiológico da doença tem mostrado um aumento
significativo dos casos no grupo de pessoas acima de 60 anos, em ambos os sexos,
especialmente no sexo masculino, o que requer mudanças nas políticas públicas para a
adequação a esta realidade. Objetivo: Identificar o número de casos de AIDS na Bahia, na
população com idade entre 60-69 anos, no período de 2007 a 2011. Metodologia: Trata-se
de um estudo epidemiológico descritivo. Foram coletados, durante o período de 2007 a 2011,
o número de casos de AIDS identificados na Bahia, na população com idade entre 60-69 no
departamento de DST-AIDS/ Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS) / Ministério da Saúde. As variáveis utilizadas foram faixa etária e sexo.
Resultados Discussão: Durante todos os anos analisados o número de casos de AIDS na
Bahia na população masculina, com idade entre 60 e 69 anos, foi maior que na população
feminina de mesma faixa etária e se manteve constante a partir de 2008, com 28 casos,
exceto em 2007, que registrou 27 casos. O número de casos em homens dobrou de 2007
para 2008, passando de 14 para 28. Na população feminina o número de casos registrados
foi variável, com um menor registro em 2007 – 12 casos – e maior em 2008 e 2011 – 19
casos cada ano. A maior diferença proporcional entre os sexos foi registrada em 2010, com
68,3% dos casos no sexo masculino e 31,7% no sexo feminino. No período estudado, foram
totalizados 206 casos, dos quais 125 foram em homens e 81 em mulheres, com proporção de
60,7% e 39%, respectivamente. Conclusão: O aumento do número de casos de idosos
infectados pelo HIV/AIDS, especialmente no sexo masculino, reforça a necessidade de
implantação de ações contínuas e contextualizadas para a promoção, prevenção e atenção à
saúde dos idosos na Bahia.
Modalidade de apresentação: Pôster.
PROMOVENDO SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO BAR: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Autores: Maísa Mônica Flores Martins, Evelyn Alves da Silva, Eugênia da Silva Dourado
Paiva, Márcia Maria de Oliveira Ramos, Rízia Maria dos Santos Eustáquio Leite
Introdução: Historicamente, a procura dos homens aos serviços de atenção básica acontece
raras vezes. Está realidade pode ser justificada pela falta de política pública voltada para esse
público específico. Diante de estudos e pesquisas realizadas sobre a população masculina
percebeu-se a necessidade da elaboração de uma política que atendesse as peculiaridades
dessa parcela de usuários; assim, no dia 27 de agosto de 2009 foi anunciada e pactuada
formalmente a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). A partir
desse contexto percebemos a urgência de formar um vínculo entre o serviço de saúde e o
público masculino. Para tanto, se fez necessário à criação de estratégias que viabilize essa
parceria. Objetivo: Compartilhar saberes que contribuam no processo de educação em saúde
para a promoção da qualidade de vida, na perspectiva da visão integral dos sujeitos
masculinos envolvidos e dos seus familiares. Metodologia: Trata-se de um relato de
experiência vivenciado por discentes da disciplina Estágio Supervisionado I, do Curso de
Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia, Campus I, a partir do
campo de estágio desenvolvido em uma Unidade de Saúde da Família (USF) do município de
Salvador, Bahia. Com a perspectiva de socializar a experiência da oficina “Saúde no Bar”. O
campo de atuação das atividades foi o “Bar de seu Zé” e os temas trabalhados semanalmente
foram selecionados em comum acordo com público. Resultados e discussão: A forma como
foram conduzidas as atividades proporcionou ao usuário autonomia e maior participação no
processo de construção do conhecimento. Pois estes homens estavam tão integrados com a
oficina que quando tinham oportunidade faziam leituras sobre as temáticas e a discussão no
bar tornava-se extremamente rica e prazerosa. Além disso, ficou evidente pelos comentários,
que seus hábitos de vida estão sendo modificados e que o conhecimento construído
influenciou diretamente na vida desses e de seus familiares. Este público-alvo são homens,
na maioria idosos, frequentadores regulares do bar o que tornou possível estabelecer ações
educativas de longo prazo com as quais podem melhorar de forma mais significativa os
hábitos de vida e o vínculo com o serviço de saúde. Bem como, vale destacar, que o processo
do envelhecimento da população brasileira possui sua desigualdade de gênero, no qual há o
predomínio das mulheres em detrimento ao sexo oposto, mostrando ainda mais a importância
dessas atividades. Conclusões: A educação em saúde através da oficina “Saúde no Bar” se
mostrou bastante oportuna e precisa, pois leva a reflexão e o aprofundamento acerca da
saúde do homem, em especial dos frequentadores do ambiente de um Bar; tendo em vista o
contexto em que foi apresentado, com a presença de homens das mais variadas idades,
desde adultos jovens até idosos com mais de 80 anos.
Modalidade de apresentação: Pôster
PREVALÊNCIA DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE EM PACIENTES PORTADORES DA
SÍNDROME METABÓLICA, ATENDIDOS NO CEAD/UNEB.
Autores: Laura Costa Menezes1; Edilene Mª Queiroz Araujo2; Laila Freitas3
1-Laura Menezes: Graduanda de Nutrição, bolsista de Iniciação Científica/DCV/UNEB; [email protected].
2-Edilene Araújo: Doutoranda Biotecnologia/Genética (UEFS/FioCruz), professora da UNEB.
3-Laila Freitas: Nutricionista da pesquisa em Biotecnologia/Genética (UEFS/FioCruz).
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo relacionado à deposição
central de gordura e à resistência à insulina, responsável pelo aumento em 2,5 vezes da
mortalidade cardiovascular. Alguns nutrientes podem ser gatilhos no desenvolvimento da SM,
tal como, a lactose, via inflamação intestinal e/ou estimulação gênica. Objetivo: Avaliar a
prevalência de intolerância à lactose em pacientes portadores da Síndrome Metabólica,
atendidos no Centro de Estudos e Atendimento Dietoterápico (CEAD/UNEB). Metodologia:
Estudo analítico, transversal, realizado na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), no
Centro de Estudos e Atendimento Dietoterápico (CEAD). A amostra foi de 27 pacientes
diagnosticados com Síndrome Metabólica, durante os meses de janeiro à abril de 2013, de
ambos os sexos, com idade ≥ 20 anos. Foi feita a avaliação antropométrica: índice de massa
corporal (IMC), circunferências (cintura=CC, abdominal=CA), dobras (biciptal e triciptal) e
bioimpedância elétrica/BIA para analisar a gordura corporal (GC). Os pacientes foram
submetidos ao teste oral de tolerância à lactose (TTOL), realizado no laboratório da
Associação de Pais e Alunos Excepcionais (APAE)/Salvador. RESULTADOS: Verificou-se
que apenas 18 pacientes apresentaram resultados de TTOL, sendo 72% (13) dos pacientes
intolerantes e apenas 28% (5) tolerantes à lactose. 100% dos pacientes apresentavam CC e
CA elevadas, bem como risco elevado de doenças associadas à obesidade, de acordo com o
∑4 pregas. 25,9% apresentavam sobrepeso e 73,1%, obesidade. De acordo com a BIA, 100%
apresentavam GC acima do recomendado, sexo masculino GC≥25% e GC≥30% para o
feminino. Discussão: Esperavam-se resultados elevados para a análise antropométrica: CC,
CA, ∑4 pregas, GC, pois trata-se de pacientes portadores de SM. No entanto, não se
esperava um quadro tão elevado de intolerantes à lactose. A TTOL positiva pode gerar
inflamações intestinais, via ativação do NFkB e aumento da IL-6 e TNF-α, que desencadeiam
respostas sistêmicas, como a esteatose hepática, aumento da dislipidemia e da GC, este
último visto nos resultados acima. Conclusão: Talvez a exclusão de lactose da dieta seja um
caminho para diminuição do quadro inflamatório tanto local como sistêmico destes pacientes,
retirando-os da SM.
Modalidade de apresentação: Pôster
AÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE ELABORADAS NO ÂMBITO DO PET-SAÚDE
DOUTORES MIRINS E PROMOÇÃO DA SAÚDE
Autores: ORNELLAS, Laiane; SOARES, Neila.
Orientadora: MAIA, Helena e CAMELIER, Fernanda.
Introdução: O PET-Saúde Doutores Mirins, implementado através da parceria da Secretaria
Municipal de Saúde e a Universidade do Estado da Bahia, atua na perspectiva de possibilitar
educação em saúde, promovendo troca de conhecimento, em um processo horizontal com a
comunidade, incentivando a formação de agentes multiplicadores e promotores de saúde.
Esse formato interdisciplinar permite complementaridade de saberes, visualizando o individuo
como um ser biopsicossocial, seguindo os princípios do Sistema Único de Saúde.
Considerando a importância que as ações educativas apresentam na prevenção de agravos e
promoção em saúde, socializar a vivência de alunos e preceptores na realização dessas
atividades, possui acentuada importância na medida em que pode servir de incentivo para a
continuidade de tais ações. Objetivo: Relatar experiências de ações educativas em saúde
que tiveram como foco a promoção da saúde no âmbito deste programa no Distrito Sanitário
Cabula-Beiru (DSCB), atuantes na Unidade de Saúde da Família Humberto de Castro Lima
em Pernambués, Salvador, Bahia. Metodologia: Trata-se de um de relato de experiência das
ações educativas feito pelos participantes do PET-Saúde Doutores Mirins (estudantes e
preceptores) e dos usuários, o público-alvo das intervenções. Considerou-se como atividades
educacionais a realização de eventos que focalizavam a promoção de saúde e a prevenção
de doenças específica para idosos, portadores de Diabetes Mellitus, de AIDS e de
Hanseníase. Para realiza-los, foram concentrados esforços em oficinas, reuniões e atividades
coletivas nos meses de outubro de 2012 a abril de 2013. Resultados e Discussão: Todas
atividades educativas propostas foram realizadas de forma participativa, em um processo
horizontal de aprendizagem, com troca de experiências através da multidisciplinaridade,
integralidade e da humanização. Tais experiências articulam as ações propostas com as
necessidades tanto dos serviços quanto da comunidade. O aprendizado para os novos
profissionais torna-se significativo e a distancia entre o que se ensina e o que é necessário
executar no ambiente de trabalho tende a ser minorada. Conclusão: Concluiu-se que devido
ao acolhimento proporcionado pelos usuários e funcionários da Unidade de Saúde e os
elogios e comentários satisfatórios acerca das intervenções, as atividades desenvolvidas
foram motivacionais e exitosas, além de aprendizagem significativa. Entende-se que a
formação de alunos dos cursos de saúde por meio da extensão popular promove o
desenvolvimento de habilidades, permite a construção de valores e aquisição de conceitos
que os qualificarão na vida profissional e contribui para o empoderamento da comunidade,
através da educação em saúde, permitindo promoção em saúde e qualidade de vida.
Palavras-chaves: PET-Saúde. Educação em Saúde. Ações educativas. Promoção em saúde.
Modelo de apresentação: Pôster
FLORA DA SERRA DA FUMAÇA - COMPLEXO DE SERRAS DA JACOBINA, BAHIA,
BRASIL
Luzicléia Araújo SOUSA
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal
Hortênsia Pousada BAUTISTA
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Ciências da Vida, Programa de Pós-graduação em
Biodiversidade Vegetal
Jomar Gomes JARDIM
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Centro de Biociências
A Serra da Fumaça é uma das Serras da Jacobina e integra a borda oriental da Chapada
Diamantina, dentro do complexo de Serras da Cadeia do Espinhaço. Fica situada no
município de Pindobaçu, na Ecorregião da Depressão Sertaneja Meridional, Semiárido
Nordestino, inserida na vegetação de Caatinga e suas áreas de contato ecológico com outros
ambientes. É uma das áreas identificadas pelo projeto de Conservação e Utilização da
Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO) como de importância biológica extremamente alta.
Possui vegetação de contato cerrado/floresta estacional e cerrado/caatinga. O objetivo foi
identificar as espécies de Angiospermas na Serra da Fumaça. Foram realizadas coletas de
espécimes férteis, durante quatro anos, de maio 2009 a julho de 2012. Os materiais
testemunhos estão sendo inseridos no acervo do Herbário (HUNEB) da Universidade do
Estado da Bahia. Até o momento, foram identificadas 241 espécies em 54 famílias. As famílias
que apresentaram maior riqueza específica foram Rubiaceae (15%), Orchidaceae (14%),
Asteraceae (7%), Leguminosae (6%) e Melastomataceae (5%). A família Myrtaceae destacase entre as de menor representação na área. Evidenciam-se algumas espécies endêmicas da
Bahia, conhecidas apenas para a Chapada Diamantina, como Encyclia alboxanthina Fowlie
(Orchidaceae), Paepalanthus spathulatus Körn. (Eriocaulaceae) Perama harleyi J.H.Kirkbr. &
Steyerm. (Rubiaceae), Spigelia pulchella Mart. (Loganiaceae). Os resultados evidenciam uma
elevada riqueza de angiospermas na área de estudo, sendo algumas espécies de ocorrência
restrita ou até mesmo endêmicas.
Modelo de apresentação: Pôster
RUBIACEAE JUSS. NA SERRA DA FUMAÇA - COMPLEXO DE SERRAS DA JACOBINA,
BAHIA, BRASIL
Luzicléia Araújo SOUSA
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Programa de Pós-graduação em Biodiversidade
Vegetal
Hortensia Pousada BAUTISTA
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Ciências da Vida, Programa de
Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal
Jomar Gomes JARDIM
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Centro de Biociências
Rubiaceae Juss. é a quarta maior família entre as Angiospermas, com 650 gêneros e 13.000
espécies. Apresenta distribuição cosmopolita sendo mais diversa na região tropical. Na flora
brasileira, a família é significativamente diversificada, com 1.377 espécies em 120 gêneros.
Para a Bahia, reconhecem-se 68 gêneros e 312 espécies. O objetivo deste trabalho foi
inventariar as espécies de Rubiaceae presentes na Serra da Fumaça, município de
Pindobaçu, Bahia, situada entre as coordenadas 10°38'54,0'' a 10°40'08'' S e 40°19'42'' a
40°22'46'' W, no complexo de Serras da Jacobina, porção Norte da Chapada Diamantina.
Foram realizadas coletas de material vegetal durante um ano, e os espécimes testemunhos
foram inseridos no Herbário da Universidade do Estado da Bahia (HUNEB). Foram
registradas 35 espécies incluídas em 20 gêneros. Os gêneros mais importantes em número
de espécies foram Borreria G. Mey. (5 spp.), Diodella Small, Mitracarpus Zucc. ex Schult. &
Schult. f. e Psychotria L. (3 spp.) cada, seguidos por Coccocypselum P.Browne, Declieuxia
Kunth, Palicourea Aubl., Perama Aubl. e Staelia Cham. & Schltdl. (2 spp.) cada; os demais
gêneros apresentaram apenas uma espécie cada. A maioria das espécies ocorrentes na área
apresenta distribuição ampla. Entretanto, podem ser encontrados três padrões de distribuição:
espécies endêmicas de apenas um domínio fitogeográfico brasileiro, como Psychotria
jambosioides e Guettarda sericea; espécies endêmicas da Cadeia do Espinhaço, como
Perama harleyi; espécies endêmicas do Brasil, como Cordiera elliptica e Declieuxia
aspalathoides, e, espécies de ampla distribuição, como as espécies do gênero Psychotria. O
estudo demonstra a diversidade e a distribuição geográfica na área. Salienta-se a importância
de incremento nos estudos florísticos que abranjam outras famílias importantes da vegetação
em áreas montanhosas, em especial aquelas na porção norte da Cadeia do Espinhaço, como
as Serras da Jacobina, tendo em vista que tais áreas ainda são pouco conhecidas.
Modelo de apresentação: Pôster
Temas Livres
APRESENTAÇÃO ORAL
A PELEJA DO PET DOUTORES MIRINS PELA SAÚDE NA BAHIA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Autores: Isabela Rodrigues1, Clara Dominguez1, Eric Cerqueira1, Jéssica Kroth1, Karina
Kroth1, Luciana Cavalcante1, Sabrina Brito1, Glaucia Dultra2, Rosicleide Freitas2, Helena
Fraga-Maia3 e Fernanda Camelier4.
1 – Graduando(a) na Universidade do Estado da Bahia, Bolsista/Voluntário PET-Saúde UNEB - Doutores Mirins.
2 – Preceptora PET-Saúde UNEB - Doutores Mirins.
3 - Professora-Orientadora da Universidade do Estado da Bahia, Tutora no PET-Saúde UNEB - Doutores Mirins.
4 - Professora-Orientadora da Universidade do Estado da Bahia, Coordenadora no PET-Saúde UNEB.
O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é um programa de extensão que
tem foco na formação do profissional de saúde inserindo os estudantes nas atividades práticas de
forma interdisciplinar e multiprofissional para que sejam partícipes de sua própria formação. Através da
parceria Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Secretaria Municipal de Saúde do Município de
Salvador (SMS), tem sido possível desenvolver atividades a que se propõe o PET-Saúde Doutores
Mirins no Distrito Sanitário Cabula-Beiru, no bairro de Pernambuezinho. A sistematização desta
atuação no formato popular da Literatura de Cordel, pode servir para divulgação dos resultados já
alcançados, valorizar a cultura nordestina e trazer contribuições importantes na formação profissional
dos estudantes da área da Saúde. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência da ação do PETSaúde Doutores Mirins nos seis primeiros meses de atuação no Distrito Sanitário Cabula-Beiru
realizada pelos integrantes do Pet-Saúde UNEB, funcionários da Unidade de Saúde da Família Prof.
Humberto de Castro Lima. Durante os seis primeiros meses de atuação, o PET-Saúde Doutores Mirins
passou por diversas intervenções, oficinas, rodas de conversa, reuniões e produção de material
científico, de forma que estas experiências serviram de base para a produção de uma Literatura de
Cordel para relatar de forma lúdica e com linguagem acessível, uma coletânea deste período. Foram
realizadas diversas atividades pelos integrantes do PET-Saúde Doutores Mirins. Estas atividades em
muitos momentos tiveram culminâncias como oficinas, intervenções e palestras. Os integrantes
estiveram envolvidos também na participação em eventos e atividades práticas com pacientes
portadores de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial, e também com idosos e crianças. Além disso o
grupo desenvolveu seu estatuto Geral em discussões coletivas e produziu material científico. Assim
sendo foi criado um Cordel que relatasse todo processo, de forma a possibilitar a visualização global
das atividades e do aprendizado que vem sendo forjado no dia-a-dia da construção coletiva deste
projeto. Concluiu-se que ao longo de seis meses, a atuação do PET-Saúde Doutores Mirins foi muito
intensa obtendo sucesso nas suas atividades, criando comprometimento, fluidez e união intensa entre
os participantes do grupo. Assim sendo, pode-se observar crescimento de todo o grupo, aprendizado
a todo o momento e troca de informação. Entende-se que a formação acadêmica deve ser baseada no
tripé Ensino – Pesquisa - Extensão e atuar na extensão popular, para os estudantes dos cursos de
saúde ajuda na sua capacitação, construção de valores e habilidades, permitindo a formação de
futuros profissionais mais comprometidos e qualificados a desenvolver seu trabalho e contribuir com a
formação da sociedade.
Modalidade de Apresentação: Oral
ASPECTOS HISTÓRICOS DA DOENÇA FALCIFORME NO BRASIL
Autores: CUNHA, Alice Araújo¹ (apresentadora do trabalho); RAMOS, Ana Paula de
Alcântara¹; SOUZA, Tiago Pereira de¹; SANTOS, Thadeu Borges Souza²; VIEIRA, Silvana
Lima³
¹Graduando do curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
²Professor orientador do Projeto de extensão de doença falciforme
³ Professora co-orientadora do Projeto de extensão de doença falciforme
Introdução: Dentre as hemoglobinopatias hereditárias, a doença falciforme(DF) é uma das
mais comum no Brasil. Através de uma mutação cromossômica, ela modifica a hemoglobina
(Hb), originando uma hemoglobina anormal (S), a qual tem como principais características
processo de vaso-oclusão e hemólise. A maior prevalência de casos de HbS ocorrem na
África, de onde se originou e por processo de imigração forçada chegou em outros países, a
citar o Brasil. Objetivo: Conhecer os aspectos históricos da doença falciforme no Brasil.
Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa, utilizando o descritor doença falciforme, na
base de dados da Scielo, entre o período de 2005 a 2012. Resultados E Discussão: Estudos
antropológicos da hemoglobina HbS indicam que seu surgimento se deu a partir de uma
seleção natural em proteção a malária em áreas endêmicas do continente africano.
Concentrando-se principalmente em regiões equatoriais,subsaarianas e ocidentais. A
mutação geradora da doença falciforme era inexistente nas Américas (incluindo Brasil) antes
da inserção de afrodescendentes pelos europeus. Percebe-se que há uma heterogeneidade
quanto a distribuição do gene S no Brasil, isso dependendo da distribuição geográfica dos
locais onde os negros foram fixados. Assim, observa-se uma prevalência maior de casos de
heterozigose para a HbS no norte e nordeste (6% e 10%) quando comparadas às regiões Sul
e Sudeste (2% a 3%) . No período colonial, a maior quantidade de negros trazidos pelos
portugueses originou-se da África centro-ocidental, destacando-se os bantus e sudaneses, e
se fixaram principalmente no Nordeste, por servirem de mão de obra nos engenhos de
açúcar. A identificação das pessoas com DF é um passo importante para criação de políticas
que ofereçam mais equidade e destaque, pois por razões históricas, a grande maioria dos
portares da DF se encontram na população menos favorecida.Conclusão: No presente
estudo, pode-se observar que há uma maior incidência de casos no Nordeste, principalmente
na Bahia, resultante do processo histórico brasileiro. Frente à situação, o Ministério da Saúde
tem implementado políticas que visam resolutilidade, como a regulamentação da Portaria de n
822, criada em 2001 que implanta a triagem neonatal com a inclusão do diagnóstico para a
doença falciforme. Mesmo com algumas implementações, percebe-se que ainda há uma
necessidade de implantação de programas de atenção aos portadores da doença falciforme e
seus familiares que leve em consideração a heterogeneidade étnica da população.
Resultando em contribuições para a promoção da equidade na atenção a saúde desses
indivíduos.
Modalidade de apresentação: apresentação oral no formato de Power Point.
PROMOÇÃO DA SAÚDE ATRAVÉS DA VINCULAÇÃO COM COMUNIDADE - RELATO DE
EXPERIÊNCIA: SAÚDE NO BAR.
AUTORES: LANZAC, D. M. S.; SANTOS, F. M. A; SANTOS, I. A. R.; LINO, N. N.; QUEIROZ,
T. S.; SIQUEIRA, T. S.; EUSTÁQUIO, R.M.S.; CARVALHO, M. C. S. J.;SANTOS, I. M. S.;
SILVA, M. L.S; SILVA, S. L.
Orientadora: Rízia Maria Eustáquio da Silva
Introdução: Trabalho elaborado a partir das experiências no estágio curricular do curso de
Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) em uma Unidade
de Saúde da Família (USF) de Salvador. A proposta inicialmente foi idealizada pelos Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) e atualmente conta com a parceria da UNEB. Tem como
intuito promover a participação social através de discussão em saúde de temas sugeridos
pelos frequentadores do estabelecimento. Assim, as atividades educativas são desenvolvidas
para a população, uma vez na semana, em um bar na área adscrita da unidade. Os
participantes aproveitam o espaço para expor suas ideias, compartilhar aprendizados e
discutir saúde. Os profissionais, junto com os ACS e estagiários, visam explorar os espaços
disponíveis na comunidade para realizar educação em saúde e estimular a autonomia dos
sujeitos. Os temas são variados e abordados de forma lúdica, através de bate-papo e
dinâmicas de grupo. Objetivo: Apresentar a educação em saúde desenvolvida em um bar da
área adscrita de uma USF e a sua importância para a promoção da saúde na comunidade.
Metodologia: As atividades são realizadas às quintas-feiras, no turno matutino, em um bar
cedido pelo proprietário, que reside na comunidade. Inicialmente há a apresentação da equipe
de saúde e os presentes se colocam em círculo para proporcionar maior integração. O
assunto é exposto através de atividades lúdicas de forma objetiva, com linguagem simples e
de fácil entendimento, provocando os participantes a relatarem suas histórias, dúvidas e
experiências sobre o tema abordado. Após a discussão, uma nova temática é escolhida pelos
integrantes para ser discutida, na semana seguinte, pela equipe de saúde. Resultados: As
práticas de educação em saúde no bar apresentam resultados positivos. Observa-se a
participação do público masculino, na sua maioria idosos, a troca de experiências entre os
participantes, a ampliação dos conhecimentos em saúde, a adesão às atividades e a
participação dos indivíduos relatando suas histórias, apresentando suas dúvidas e propondo
temas a serem discutidos nos próximos encontros. As reuniões no bar contemplam os
objetivos das atividades educativas propostas pela unidade e os encontros estabelecem
vínculos e confiança entre os profissionais e os participantes na comunidade. Conclusão:
Essa experiência permite uma reflexão sobre a importância das atividades educativas na
promoção de saúde. Principalmente, explorando espaços do território o que proporciona
maior aproximação dos profissionais de saúde com os grupos de maior vulnerabilidade. É
interessante apostar nas atividades lúdicas como instrumento de trabalho, devido o seu baixo
custo, facilidade de compreensão dos temas e alta aceitação pelos participantes.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM SOBRE GRAVIDEZ NA
ADOLESCÊNCIA ENTRE 2008 E 2012.
AUTORES: LANZAC, DAISY M. S.1;
2; 3
; SANTOS, FERNANDA M. A.1;2; SANTOS, TAINÃ
Q.1;2; SIQUEIRA, TAMIRES S.1;4. ORIENTADORA: PROFA. DENISE SANTANA SILVA DOS
SANTOS.
1. Graduanda de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, 8º semestre;
2. Estagiária do 9º PermanecerSUS/2012-2013;
3. Diretora Científica da Liga Acadêmica de Doenças Materno Fetais – LADMF.
4. Estagiária do Hospital Manuel Victorino/SESAB
Introdução: A gravidez na adolescência tem sido considerada um importante assunto de
saúde pública. A literatura evidencia que esse fenômeno está associado a diversas variáveis
como as desigualdades sociais e econômicas, início precoce da vida sexual, história materna
de gravidez na adolescência, pré-natal inadequado e não utilização ou utilização inconsistente
dos métodos contraceptivos. Objetivo: identificar a produção literária em periódicos
brasileiros de enfermagem sobre o tema “gravidez na adolescência” entre os anos de 2008 e
2012. Métodos: trata-se de uma revisão de literatura envolvendo artigos pesquisados na
base de dados do scientific electronic library online (scielo) através da biblioteca virtual em
saúde (bvs), utilizando-se os descritores: gravidez na adolescência, adolescente e saúde do
adolescente. Foram selecionados 26 artigos, posteriormente catalogados em um quadro
composto pelas variáveis: artigo, autores, ano, periódico e abordagem segundo as categorias
encontradas
(aborto;
percepção
e
conflitos
dos
adolescentes;
fatores/
influência
socioeconômica; promoção da saúde e /ou prevenção da gravidez e outros). Resultados e
discussão: observou-se um aumento progressivo do número de publicações referentes à
gravidez na adolescência no período estudado. a maioria dos estudos publicados foi
realizado na região sudeste do país (42,30%). Nos anos de 2008 e 2009 percebeu-se um
maior enfoque na percepção e nos conflitos dos adolescentes nas publicações sobre gravidez
na adolescência (50%). foi identificada a necessidade da assistência integral à saúde do
adolescente, principalmente no que concerne à prevenção. Conclusão: os resultados
encontrados permitem observar que a produção em periódicos de enfermagem para o tema
nos últimos cinco anos foi pequena se comparado com a relevância do tema. Discutir a
gravidez na adolescência ainda é importante para profissionais de enfermagem em todo o
país visto que o tema traz à tona problemáticas como sexualidade, planejamento familiar,
anticoncepção e promoção da saúde.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
APLICAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM A UM NEONATO EXTREMO:
RELATO DE CASO
Autores: Fabíola de Souza1; Neilla Almeida1; Denise Santana2
1- Estudante de enfermagem da Universidade do Estado da Bahia
2- Docente do curso de enfermagem da Universidade do Estado da Bahia.
Introdução: A viabilidade dos recém-nascidos prematuros está diretamente associada ao seu
peso no nascimento, a idade gestacional, patologias e anormalidades existentes. Os bebês
que apresentam peso ao nascer menor que 1000g ou idade gestacional inferior a 30 semanas
são considerados, prematuros extremos, necessitando obrigatoriamente de cuidado em UTI
Neonatal. Nesse contexto, intervenções precoces e uma assistência de enfermagem
sistematizada, são imprescindíveis no cuidado de tais pacientes. Objetivos: Descrever os
principais diagnósticos de enfermagem encontrados durante o cuidado a um neonato
prematuro extremo. Métodos: Estudo de caso, no qual se utilizou do processo de
enfermagem nas fases de histórico e diagnóstico. O estudo aconteceu em um hospital,
referência em neonatologia, na cidade do Salvador-Ba. Para o levantamento de dados
utilizou-se a consulta ao prontuário da paciente, sendo os diagnósticos de enfermagem
elaborados baseados na North American Nursing Diagnosis Association (NANDA). Relato De
Caso: RN prematuro extremo, 27 semanas de idade gestacional (IG), nascido no interior da
Bahia, de parto natural pélvico (PNP), sendo o primeiro gemelar de uma gravidez de gêmeos.
Segundo dados do prontuário, genitora estava com bolsa rôta a 7 horas do parto. Bebê
chorou ao nascer, evoluindo com taquipnéia, sendo colocado em suporte ventilatório não
invasivo na unidade de origem. Devido à necessidade de UTIN o mesmo foi transferido da
referida cidade para Salvador e diante da falta de estrutura da unidade de origem, além do
transporte ter sido realizado sem a estrutura necessária para este caso, o recém-nascido G1
chegou a Salvador em estado grave e o RN G2 foi a óbito ainda durante o transporte. O bebê
G1 foi admitido na UTIN no 2º dia de vida, com 760g, hiporreativo, gemente, cianótico,
hipotérmico, hipocorado, hipoglicêmico (19mg/dl), taquicárdico, taquipnéico, com fontanelas
anteriores abauladas, presença de bossa sero-sanguinolenta em região occipital, edema e
hematomas bipalpebral, tórax simétrico e expansivo, apresentando gemência e crépitos, com
saturação de O2 de 52%, abdome globoso, genitália feminina íntegra, extremidades mal
perfundidas e hipotérmicas, apresentando ainda escoriações em MSE que por estar flácido e
arreativo suspeitou-se de luxação de ombro. Discussão: Os principais diagnósticos de
enfermagem encontrados foram: a) risco para infecção relacionado com imaturidade
imunológica e com possibilidade de transmissão vertical; b) padrão respiratório ineficaz
relacionado com imaturidade pulmonar e neurológica; c) risco para lesão relacionado com a
falta de amortecimento devido à quantidade insuficiente de gordura subcutânea; d)
termorregulação ineficaz relacionado à prematuridade e) Nutrição alterada, abaixo das
necessidades corporais relacionada com suspensão da administração de alimentos; f) risco
para alteração maternidade/paternidade relacionada com separação do RN associada à longa
permanência na UTIN. Conclusão: A utilização do diagnóstico de enfermagem direciona as
ações do enfermeiro individualizando o cuidado ao paciente, favorecendo a sua recuperação
e melhorando sua qualidade de vida.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE IMERSÃO DE PIASC I EM UMA COMUNIDADE DE
SALVADOR
Autores: Fabrício Falcão, Leila Graziele Dias de Almeida.
Em decorrência das grandes transformações ocorridas no sistema de saúde brasileiro desde
a década de 90, é de grande importância que os profissionais de saúde estejam aptos a atuar
na atenção básica, resguardando os princípios do SUS, visando a melhoria da qualidade de
vida da comunidade. Para tanto, o processo de compreensão sobre a história da comunidade
que se pretende intervir é fundamental. O objetivo deste trabalho foi relatar a experiência de
uma turma da matriz curricular PIASC I, interdisciplinar (Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição,
Medicina, Fonoaudiologia e Farmácia), da UNEB, onde estudantes do primeiro semestre
vivenciaram a imersão na realidade da comunidade. Em um primeiro momento, o grupo
analisou artigo que apresentou a experiência de uma universidade numa comunidade do
Nordeste. Depois, os alunos foram estimulados a pesquisarem sobre a história da
comunidadede de Saramandaia em acervos de bibliotecas e busca em internet. Em seguida,
foram in loco reconhecer o bairro e discutiram com moradores antigos o processo de
constituição da comunidade, refletindo sobre os aspectos geográficos, da ocupação do
terreno, significado do nome do bairro, saneamento básico, organização política dos
moradores, educação, moradia, saúde, lazer, cultura. O grupo de PIASC teve acesso à
documentos antigos da comunidade, como fotografias e recortes de jornais que foram
disponibilizados pelos moradores. Posteriormente, houve a problematização do conhecimento
em sala-de-aula, onde os alunos expuseram as suas impressões acerca do contexto sóciohistórico da comunidade. Discutir a história de uma localidade, na qual se pretende intervir de
maneira positiva é fundamental para que se possam ser planejadas ações em saúde em
conformidade à dignidade humana dos cidadãos que constituem a referida localidade.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ACOLHIMENTO PARA HUMANIZAÇÃO EM MATERNIDADES: RELATO DE
EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES NO PERMANECER SUS
AUTORES: ANDRADE, L.S; SANTOS, F.M.A. SANTOS, T.B.S., VIEIRA, S.L.
Introdução: O programa Permanecer SUS é uma estratégia da Secretaria de Saúde do
Estado da Bahia (SESAB), desenvolvido pela Diretoria de Gestão do Trabalho e Educação na
Saúde (DGETS) que visa implementar a humanização nas unidades de emergência através
do acolhimento e escuta qualificada aos usuários. Para tanto são selecionados bolsistas,
graduandos de cursos da saúde, favorecendo atenção ao usuário através da equipe
multidisciplinar sensibilizada. Este relato provém de experiências vivenciadas numa
maternidade pública da cidade de Salvador em 2012/13, cuja composição foi de 09 bolsistas
dos cursos de Enfermagem, Medicina e serviço Social. Objetivo: Relatar a experiência
vivenciada por estagiárias do Permanecer SUS em uma maternidade pública da cidade de
Salvador em 2012/13. Métodos: Trata-se de um um relato de caso de vivência em campo, de
caráter qualitativo, do tipo relato de experiência. Análises e Resultados: As posições das
mulheres sobre a maternidade se situam entre dois pólos: no qual, a condição materna é vista
como destruidora ou na qual é apresentada como única e insubstituível. Essas relações
dependerão da associação de fatores que envolvem aspectos sociais, políticos, econômicos e
fisiológicos. Durante o período do estágio foi possível perceber a relevância do acolhimento
nas unidades de emergências, local de intensa tensão. As mulheres, gestantes ou não, em
sua maioria, compareciam ao serviço hospitalar com demandas que poderiam ser resolvidas
a nível primário da atenção à saúde, o que demonstra dificuldade de acesso, desvinculação
da unidade básica com a comunidade, serviços de baixa qualidade, além de
desconhecimento pelas próprias usuárias. No caso das gestantes, a dificuldade do acesso e
manutenção e a baixa qualidade do pré-natal foram os principais fatores responsáveis pela
superlotação nas unidades de emergência da maternidade. Assim, como estagiários através
de uma escuta qualificada executávamos educação em saúde, orientávamos quanto aos
locais de referência e contra-referência a fim de proporcionar resolutividade às usuárias do
SUS, além de intermediar as relações com os profissionais da maternidade. Conclusão: A
experiência permitiu perceber o quão relevante é a inclusão do estudante nas políticas do
SUS durante o desenvolvimento das habilidades e competências teórico-científica e prática
para a formação de um profissional com uma percepção fundamentada nos princípios das
políticas nacionais de saúde a fim de prestar uma atenção integral do usuário e do serviço de
saúde. Portanto, considera-se que a prática do acolhimento e da escuta qualificada
promovem modificações tanto dos profissionais dos serviços quanto aos usuários, uma vez
que melhora a eficácia e resolutividade da assistência prestada.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DE IDOSOS RESIDENTES
NUMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA, SALVADOR/BAHIA1
Autores: Brito,Jamille Batista1;Oliveira, Cinara Rejane Viana1; Martins, Marina Borges2;
Pereira, Kedima Bastos3; Araújo, Patrícia Sodré4; Martins, Rosa5
1
Estudante de Farmácia UNEB, bolsista PET-Saúde/UNEB-Farmácia
Estudante de Medicina UNEB, bolsista PET-Saúde/UNEB-Farmácia
3
Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, PreceptoraPET-Saúde/UNEB-Farmácia
4
Professora Curso de Farmácia UNEB, Coordenadora do Projeto PET-Saúde/UNEB-Farmácia
5
Professora Curso de Farmácia UNEB, Tutora PET-Saúde/UNEB-Farmácia
2
Introdução: Os idosos compreendem uma parcela da população brasileira que vem
crescendo, favorecendo o aumento das doenças crônicas, da politerapia e do risco associado
ao uso de medicamentos. As Instituições de Longa Permanência (ILPI) para os Idosos
constituem uma alternativa para acolher os idosos, porém devem estar de acordo com a
RDC/ANVISA 283/2005 que estabelece o padrão mínimo de funcionamento. Objetivo:
Identificar diagnóstico/tratamento dos idosos residentes numa ILPI. Metodologia: Estudo
para avaliação diagnóstica de residentes da ILPI situada no Distrito Sanitário Cabula-Beiru,
Sussuarana/Salvador/Bahia. Foram realizadas visitas ao abrigo para avaliação das condições
sanitárias e assistenciais. As informações foram retiradas dos prontuários dos idosos para
avaliar o processo de cuidado conforme RDC/ANVISA 283/2005, devidamente autorizada
pela Coordenação do Abrigo e registrados numa ficha de avaliação, com perfil
sociodemográfico e dados de saúde (doença e tratamento). Os dados foram compilados em
gráficos e tabelas. Resultados: No abrigo encontram-se 29 internos, com idade variando
entre 32 e 102 anos, sendo 8 com grau de dependência (GD) I, 2 com GD II e 19 com GD III.
Alguns aspectos da RDC/ANVISA 283/2005 não estavam adequadamente atendidos:
medicamentos utilizados por cada idoso, consultas médicas, exames periódicos, dentre
outros. Os diagnósticos mais comuns encontrados nos prontuários foram hipertensão, história
de AVC, deficiência física, diabetes, escabiose e transtornos mentais. Os medicamentos mais
utilizados pelos pacientes do abrigo foram omeprazol, ácido acetil salicílico, enalapril,
clorpromazina e sinvastatina. Os idosos têm cuidadores diários, mas não têm sua condição de
saúde avaliada periodicamente nem monitoramento frequente dos medicamentos em uso.
Discussão: A relação diagnóstico/medicamento comprova o aumento da frequência de
doenças crônicas. Os principais problemas encontrados com a farmacoterapia foram
necessidade de medicamentos, medicamentos desnecessários; segurança e efetividade. Os
medicamentos são vistos como solução de todos os problemas, mas pode ser a causa de
complicações, especialmente nesses pacientes. Os problemas com os medicamentos são
limitantes para o sucesso da farmacoterapia, podendo agravar a situação clinica do paciente.
A ausência de outros profissionais da saúde também foi notada, o que pode comprometer a
saúde física, psicológica, mental e social dos idosos, e aumentar o uso de medicamentos.
Conclusão: O processo de envelhecimento leva ao aumento da incidência principalmente
das doenças crônicas múltiplas. O monitoramento adequado e a avaliação criteriosa
compõem o processo de uso racional dos medicamentos nesta população e pode evitar
complicações. É necessário, enfim, assegurar que estes sejam indicados, efetivos, seguros e
convenientes.
Agradecimentos: Equipe da ILPI e aos idosos assistidos
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
1
Projeto Perfil da utilização de medicamentos dos idosos residentes no abrigo situado no Distrito Sanitário Cabula-Beirú, na
cidade de Salvador/Ba. PET-Saúde/UNEB, Farmácia. Membros do Grupo de Pesquisa Uso Racional de Medicamentos como
Necessidade Social em Saúde.
A ATUAÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS) E A
FONOAUDIOLOGIA: RELATO DE EXPERIENCIA DESTA PARCERIA EM TRES CIDADES
DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR
AUTORES: CARDOSO, C.; ROCHA, Q.A.M.M.S.; ANDRADE; E.S.; ALVES,K.G.
Introdução: O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é considerado elemento fundamental na
organização da assistência a saúde visto que assume uma posição bidirecional por ser
morador da comunidade em que trabalha e participar como membro integrante da equipe de
saúde. O seu trabalho se desenvolve sob a necessidade de atender a duas vertentes, pois
este trabalha diretamente nos domicílios escutando as queixas da comunidade e tendo a
necessidade de responder as questões geradas e os devidos encaminhamentos e ao mesmo
tempo este profissional necessita confrontar-se com a equipe de saúde e agir de acordo com
as limitações desta e do próprio sistema de saúde. Sabendo das demandas enfrentadas pelos
ACS percebe-se a necessidade deste de obter múltiplos conhecimentos e habilidades nos
diversos campos da saúde e isso será possível através de permanentes capacitações. Com
isso a fonoaudiologia se encaixa como parceira deste trabalho contribuindo em agregar
conhecimentos específicos de sua área ao ACS, de maneira a elaborar programas de
prevenção e promoção de saúde que alcancem a população. Objetivo: Relatar a experiência
vivenciada com ACS possibilitada por um projetos de Iniciação Científica da Universidade do
Estado da Bahia desenvolvido em Unidades de Saúde da Família (USF) nos municípios de
Lauro de Freitas e Camaçari, com o fim de promover reflexões acerca da relevância da
atuação integrada entre ACS e Fonoaudiólogos. Metodologia: Este relato de experiência
refere-se a um recorte feito do Projeto de Iniciação Científica intitulado “Agravos
Fonoaudiológicos e Condições de Vida e Saúde nos municípios de Lauro de Freitas e
Camaçari” no qual foram desenvolvidas oficina para capacitação dos ACS pertencentes a seis
USF dos municípios citados anteriormente. As oficinas foram realizadas em seis dias de
outubro de 2012 sendo um dia para cada USF. Nestas oficinas foram abordados temas
referentes às cinco áreas de atuação Fonoaudiológica, a saber: Linguagem, Audição, Voz,
Motricidade Orofacial e Saúde Coletiva. Estas capacitações foram alicerçadas pelo processo
de troca entre ACS e Fonoaudiólogos, valorizando o conhecimento prévio dos ACS sobre a
Fonoaudiologia e posteriormente agregando e correlacionando o que foi dito com novas
informações. Discussão e Resultados: Notou-se a percepção dos ACS sobre alguns
agravos Fonoaudiológicos principalmente no que diz respeito à saúde vocal e estruturas
orofaciais. Eles demonstraram não ter conhecimento sobre temas relacionados à audição,
memória e linguagem. Foi observado que o conhecimento destes sobre a fonoaudiologia é
insuficiente e restrito a reabilitação de patologias, não relacionando o fonoaudiólogo como
profissional capacitado a desenvolver ações de prevenção e promoção de saúde. Conclusão:
Esta experiência proporcionou entender mais sobre o trabalho dos ACS. Possibilitou também
constatar a necessidade de um envolvimento dos profissionais Fonoaudiólogos ao contexto
das USF para compartilhar conhecimentos da área e somar visando um melhor atendimento a
comunidade. Este trabalho permitiu o empoderamento no âmbito individual, tanto dos
participantes da oficina, quanto das pesquisadoras.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AÇÃO EDUCATIVA SOBRE PLANEJAMENTO FAMILIAR COM ALUNOS DO PROJOVEM:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: SILVA, Dallila Carneiro da1, LIMA, Carlos Édder de Mello1, RODRIGUES FILHO,
José Simão2, OLIVEIRA, Zulmerinda Meira3.
1
Discente do 4º ano de Medicina da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
o
Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia –UESB e Discente do 1 ano de
Medicina da Universidade do Estado da Bahia –UNEB
3
Enfermeira pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB e Docente do Curso de Enfermagem da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
2
Introdução: O planejamento familiar é um direito sexual e reprodutivo e assegura a livre
decisão da pessoa ou casal sobre ter ou não ter filhos. Trata-se, então, de um conjunto de
ações educativas e clínicas em que são oferecidos todos os recursos para a concepção,
quanto para prevenir uma gravidez indesejada, ou seja, recursos para a anticoncepção.
Atualmente, a assistência ao planejamento familiar é oferecida, no Brasil, pelas equipes da
Estratégia Saúde da Família (ESF). Objetivo: Discutir e refletir junto aos alunos integrantes
de um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) os direitos sexuais e reprodutivos,
a prática da anticoncepção, a sexualidade e os conhecimentos necessários para a escolha e
a utilização dos métodos contraceptivos e para a prevenção das doenças sexualmente
transmissíveis. Metodologia: Trata-se de uma atividade educativa realizada no CRAS pelos
integrantes do projeto de extensão “Educar para Planejar: uma questão de saúde sexual e
reprodutiva” da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, apresentada a jovens com faixa
etária entre 18 e 29 anos do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (PROJOVEM) durante
o mês de setembro de 2012. Foram utilizados como recursos didáticos: Data Show, álbum
seriado, cartilhas explicativas, métodos contraceptivos e simulações do uso destes por meio
de próteses de silicone do aparelho reprodutor feminino e masculino. Os assuntos abordados
na atividade foram o conceito de planejamento familiar, direitos sexuais e reprodutivos,
diferenças entre o corpo da mulher e do homem, apresentação e explicação dos métodos
comportamentais, de barreira, hormonais e cirúrgicos, além da participação dos ouvintes nas
simulações e exposição de dúvidas e sugestões. Resultados: Os resultados evidenciaram
discussões e dúvidas que surgiram e que foram agrupadas nas seguintes categorias:
desconhecimento sobre o próprio corpo e sobre o ciclo menstrual; necessidade e dificuldade
do jovem utilizar os métodos contraceptivos de barreira; falta de informações sobre os
métodos comportamentais e cirúrgicos; e falta de diálogo com os pais sobre sua sexualidade.
Ainda foi possível perceber que durante a ação educativa houve um aumento no nível de
informações dos participantes, bem como um interesse em conhecer e cuidar do próprio
corpo e em entender os métodos contraceptivos, favorecendo assim, a adoção de práticas de
comportamento preventivo. Além disso, ao final da atividade cada participante escreveu em
um papel uma palavra que foi mencionada e que representasse a ação educativa
desenvolvida, sendo que as palavras mais mencionadas foram “importante”, “prevenção” e
“camisinha”, indicando assim a relevância social da atividade realizada. Conclusão:
Confirma-se desta forma a importância da ação educativa em saúde, a necessidade de
melhorias no acesso aos métodos contraceptivos e de incentivos para a integração do jovem
nas ações de planejamento familiar para que estes estejam informados sobre sexo
seguro/protegido, incentivando-se o uso da camisinha masculina ou feminina em todas as
relações sexuais, auxiliando-os a lidarem com a sua sexualidade de forma positiva e
responsável e motivando-os a comportamentos de prevenção e de autocuidado.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
DIFICULDADES DA COMUNICAÇÃO COMO FATOR DE EXCLUSÃO SOCIAL
Autores: Ana Regina Graner1; Kézia Santos de Oliveira2.
1- Docente do curso de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia.
2 - Estudante de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia
Introdução: Com base em um conceito amplo de saúde, os estudos sobre a comunicação
humana precisam ir além dos limites do âmbito biológico. Os distúrbios da comunicação
também são um fenômeno de exclusão social, de marginalização econômica, de privação dos
direitos e da falta de acesso a oportunidades. Sendo efetivamente necessária uma
intervenção a fim de promover a saúde e o bem-estar desta população. Objetivos: Auxiliar na
capacitação de jovens para a inserção no mercado de trabalho; minimizar os efeitos negativos
que as alterações de fala e linguagem podem exercer sobre a auto-estima; entender e
justificar o papel das variantes lingüísticas no contexto social dessa população e identificar em
que aspectos elas podem interferir negativamente. Método: O trabalho configurou-se como
um projeto de extensão da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Inicialmente foram
chamados para participar desse trabalho, dez pacientes da Clínica-Escola de Fonoaudiologia
Jurandyr Gomes do Aragão da UNEB, na faixa etária de 14-24 anos, com queixas
relacionadas à comunicação e que estavam na lista de espera para atendimento. A proposta
envolveu a realização de oficinas em grupo. Os nomes dos pacientes que aceitassem
participar não seriam retirados dessa lista, para o caso de ainda existir necessidade de
atendimento individualizado. Todos os pacientes receberam orientação acerca dos objetivos e
funcionamento das oficinas. Após o contato inicial, foram realizadas oficinas fonoaudiológicas
semanais, com a supervisão de uma docente, (com mestrado em Fonoaudiologia), um
monitor bolsista e monitores voluntários (todos alunos de Fonoaudiologia). Nessas oficinas,
eram organizadas discussões abertas e dinâmicas, envolvendo os seguintes temas: as
diversas formas de comunicação (a linguagem e seus diferentes contextos); fonoarticulação,
expressividade, linguagem corporal e coordenação respiratória. Todos os temas foram
abordados de forma integrada à sua dimensão social. Também foram trabalhados exercícios
de relaxamento da cintura escapular; exercícios de coordenação pneunofonoarticulatória e
exercícios de expressividade. Além disso, foram adotados como estratégias debates acerca
de temas atuais, dramatizações, declamação de textos, dinâmicas para trabalhar
autoconfiança e desinibição e leitura com gêneros literários distintos. Cada participante
também era livre para sugerir novos temas para as oficinas. Após o término de cada oficina,
havia um momento de discussão apenas entre docente e monitores, que envolvia o
planejamento dos próximos encontros. Os materiais audiovisuais e os textos usados nas
oficinas foram armazenados em um CD, para continuidade e futuras discussões do projeto.
Resultados e Discussão: As oficinas foram realizadas no ano de 2012. Em um primeiro
momento, houve dificuldades para conseguir pacientes devido à disponibilidade de horário.
Após essa dificuldade ter sido superada, as oficinas atenderam aos objetivos propostos,
enfatizando sempre o aspecto social da linguagem. Os participantes mostraram-se motivados
e manifestaram interesse em continuar no projeto. Um dos pacientes foi encaminhado à
terapia de linguagem. Conclusão: Trabalhar os aspectos da comunicação pressupõe adotar
um conceito amplo não só da saúde como também da linguagem. A Fonoaudiologia, dentro
dessa perspectiva, deve usar seus os recursos em prol do empoderamento daqueles que
enfrentam dificuldades na comunicação.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ESCOLHA ALIMENTAR DE ADOLESCENTES OBESOS ACOMPANHADOS POR UM
AMBULATÓRIO EM SALVADOR-BA.
Autores: Silva, KBB da I; Fernandes, GB I I; Boa Sorte, NCIII; Farias, FOIIII
I
Mestranda em Nutrição, Alimentos e Saúde (UFBA) E-mail: [email protected] telefone: 9251-0905/
II
III
IIII
8622-4309 ; Docente da UNEB; Doutor em Saúde Coletiva - ISC/UFBA; Mestre em Nutrição, Alimentos e
Metabolismo pela UFBA.
Devido o crescente aumento da obesidade na adolescência, hoje esta doença já é
consagrada como um problema de Saúde Pública, uma epidemia mundial que se destaca
também com um fator de risco para outras doenças como a hipertensão, o diabetes e a
dislipidemia, as quais eram apenas relacionadas ao público adulto.
Objetivo principal:
Identificar a preferência alimentar dos adolescentes obesos. Objetivos secundários:
Correlaciona-los com o sexo, grupo etário, a renda familiar e escolaridade materna. Métodos:
Estudo transversal, realizado no Ambulatório de obesidade do Centro Pediátrico Professor
Hosannah de Oliveira na cidade de Salvador, Bahia.
A pesquisa foi realizada com 40
adolescentes da idade de 10 a 19 anos. Os adolescentes foram pesados e medidos para
cálculo do IMC e posteriormente foi aplicado um questionário previamente testado, composto
por questões objetivas de caráter socioeconômico, condições gerais de saúde e de
preferência alimentar e um questionário de frequência alimentar contento 25 itens
alimentares. Resultados: Foram predominantes os adolescentes do sexo masculino (55%),
aqueles com IMC > P95, apresentando problemas respiratórios, com mães concluintes do
ensino médio, pertencentes da classe C e que tem como preferência alimentar lanches e
sucos. Não existiram diferenças significativas ao nível de significância de 5% entre as
variáveis. Conclusão: Os resultados encontrados demonstram a necessidade de implementar
estratégias efetivas de educação alimentar e nutricional, bem como o incentivo a práticas
regulares de atividade física, colaborando para uma melhor escolha alimentar dessa
população estudada, visando uma redução significativa nos casos de obesidade em
adolescentes. Portanto, é de grande importância a presença do profissional de nutrição na
alimentação dos adolescentes, promovendo assim o desenvolvimento da educação
nutricional.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
DIFUSÃO DO CONHECIMENTO EM ASMA NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Autores: Ana Carla Carvalho Coelho, Carolina Souza-Machado, Tássia Natalie Nascimento
Santos, Jane da Silva Cabral, Simone Teixeira, Laís Souza Barretto Cardoso, Luciana Aguilar
Santos, Agnes Neves Santos, Thiara da Silva Oliveira, Jamylle Freire Andrade, Adelmir
Souza-Machado.
Introdução: A asma é um grave problema de saúde pública e acomete, especialmente,
crianças e adolescentes em idade escolar. A educação é um dos pilares do tratamento da
asma e, por isso, observa-se o crescimento de programas educacionais em ambulatórios
especializados e ambiente hospitalar. Pouco se tem publicado no Brasil sobre os programas
educacionais desenvolvidos em escolas, apesar de estudos internacionais sugerirem que um
programa bem estruturado e inserido no currículo da educação básica, pode elevar o
conhecimento sobre a enfermidade e modificar indicadores de morbidade. Objetivo: Relatar a
experiência de docentes e discentes do ensino superior e básico na implantação de um
programa educacional com a finalidade de incorporar ao currículo escolar do ensino básico,
conceitos permanentes educacionais para saúde e popularização da ciência. Metodologia: O
programa desenvolveu-se durante o segundo semestre de 2011 com apoio da Fundação de
Amparo a Pesquisa no Estado da Bahia (FAPESB) com a integração da equipe
multiprofissional proponente, docentes e discentes da Universidade Federal da Bahia,
professores e alunos do ensino básico de um Colégio Público Estadual em Salvador-Bahia.
Para execução do programa desenvolveram-se as seguintes etapas: i) capacitação e
treinamento da equipe multiprofissional responsável pela elaboração das atividades a serem
inseridas no projeto político pedagógico escolar ii) sensibilização dos professores do ensino
fundamental para articulação dos conteúdos relativos à saúde nas disciplinas do currículo
vigente; iii) integração e multiplicação do conhecimento para alunos do ensino fundamental.
Resultados: Foram capacitados cerca de 30 acadêmicos dos cursos de medicina e
enfermagem por meio de discussões sobre popularização da ciência, educação popular e
saúde com enfoque nas estruturas do sistema respiratório e asma, apresentando seu
conceito, fatores desencadeadores, tratamento e uso do plano de ação em situações de
exacerbação da asma. Foram elaboradas oficinas sobre o tema com atividades interativas,
jogos de teatro, cartilhas educativas e cadernos de atividades que estimulassem a construção
do conhecimento. Após preparação da equipe responsável pela execução do projeto realizouse uma sensibilização com professores do ensino básico das diversas disciplinas a fim de
discutir o assunto e método a ser utilizado para articulação curricular, vislumbrando a
interdisciplinaridade. Posteriormente, iniciou-se a integração e multiplicação do conhecimento
para os alunos do ensino fundamental, totalizando 244 participantes. Para todas as atividades
estimou-se o nível de conhecimento antes e após ação educativa, por meio dos jogos de
teatro e testes de verificação do conhecimento. Discussão: Programas de educação para
saúde no ambiente escolar podem influenciar diretamente no conhecimento das crianças e
adolescentes, sobre a saúde e seus agravos, além de incentivar a educação científica. Para
tanto é necessário um programa bem estruturado com a presença da equipe multiprofissional
vinculada ao ensino superior, devidamente capacitada e articulada ao ensino básico. As
práticas educativas podem possibilitar a redução de preconceitos acerca dos agravos, como a
asma, além de formar potenciais multiplicadores desse conhecimento. Conclusão: Esse
projeto sugere que a integração do ensino básico e Universidade são cruciais para a
implantação de um programa educacional curricular com a finalidade de popularização da
ciência e educação para saúde.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
PERMANECER SUS: UMA ESTRATÉGIA DA POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO
Autores: SOUZA, Jéssica Santos de1; SILVA, Natã Ivison2; GOMES, Fabiane Soares3.
O relato de experiência decorreu do estágio não obrigatório no Programa Permanecer SUS,
realizado em um hospital da rede pública de Salvador, no período de junho de 2012 a março
de 2013. O Permanecer SUS estabelece uma relação entre educação, serviço e formação,
possibilitando que estudantes de graduação em saúde promovam a humanização da
assistência em unidades de emergência de hospitais públicos da Bahia, a partir da escuta
qualificada e resolutividade do serviço. Os propósitos desse relato se enquadram no sentido
de expor a importância da experiência no programa para a formação de futuros profissionais e
na qualidade que dão ao serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde, no âmbito das
unidades emergenciais. O estagiário realiza o acolhimento de diversas formas e momentos,
dentre elas: Na entrada da emergência, onde é feita a coleta dos dados, através da escuta
qualificada e preenchimento de uma ficha. Nesse momento, os usuários são encaminhados à
sala de acolhimento, onde é realizada a triagem do paciente pela equipe do QualiSUS, sendo
avaliado, através de suas queixas e demanda, e autorizado a realização da ficha para o
atendimento na instituição ou orientado a procurar outra unidade de saúde que possa atender
a sua demanda ; Outro espaço de acolhimento são os corredores, onde os clientes
encontram-se internados, nesses casos o acolhimento é realizado com a participação ativa
dos acompanhantes e pacientes, que ajudam e fornecem toda a história prévia. As
modificações observadas ocorreram tanto em campo, quanto na percepção do serviço e na
qualidade do futuro profissional, como também possibilitou o aprimoramento do
relacionamento interpessoal da equipe, ao longo do estágio. Foi necessário durante esse
período lidar com diversos profissionais, desde aqueles que dedicam-se a melhorar a
qualidade da assistência, garantindo a resolutividade do serviço e atenção humanizada,
quanto aqueles que estão na instituição apenas para cumprir a sua carga horária. É
importante salientar tal observação, pois a partir dela foi possível repensar os processos de
trabalho, evidenciando como o fazer do profissional interfere na qualidade do atendimento e
na satisfação do usuário. A vivência permitiu o desenvolvimento de um olhar crítico sobre a
realidade do serviço. Muitos são os avanços do SUS, mas ainda é necessário por em prática
os princípios e diretrizes de forma mais eficaz e garantir melhores condições estruturais para
a prestação dos serviços. Não é fácil imprimir um novo olhar, novos processos de trabalho à
pessoas que estão adaptadas a desenvolver seu serviço de modo engessado, rotineiro,
principalmente, diante de condições de trabalho adversas, estressantes e insatisfatórias. No
início do estágio foi complicado manter uma relação harmoniosa com alguns profissionais,
visto que estes entendiam que nossa função era fiscalizar e cobrar o trabalho deles, contudo,
ao longo do estágio, a maioria percebeu que os estagiários pretendem ajudar aos usuário e
dissolver algumas demandas do serviço e então as relações passaram a ser mais amigáveis,
o que viabilizou melhorias no atendimento. A paciência, o diálogo, o respeito são algumas
palavras que fizeram diferença para alcançar esse resultado.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
DIETAS HIPERPROTEICAS SÃO SEGURAS?
Autora: NEIVA, N. B. O. Orientador: SILVA, V.S.
As proteínas possuem uma impressionante versatilidade no nosso organismo. Dentre suas
principais ações, destaca-se a função estrutural. Devido à sua contribuição na hipertrofia
muscular e controle do peso, nos últimos anos, as dietas hiperproteicas tem-se tornado
populares e têm sido recomendadas por algumas diretrizes mais recentes. A alta ingestão de
proteínas está relacionada a um maior efeito sacietogênico e consequentemente, diminuição
do consumo de energia e emagrecimento, melhora do perfil lipídico e aumento de massa
magra. Além das fontes alimentares, os adeptos a essa estratégia dietética, em especial
atletas e desportistas, também fazem uso de suplementos alimentares, como whey protein,
albumina e demais suplementos hiperproteicos. A eficácia de tais dietas já tem sido bem
documentada; contudo, um debate gira em torno da insalubridade que o consumo de proteína
acima do recomendado poderia causar. O presente trabalho tem como objetivo estabelecer,
com base nos achados científicos até o presente momento, se tal estratégia dietética é
segura. Foi feito um levantamento bibliográfico nas bases de dados científicas, utilizando-se
como palavras-chave os verbetes proteínas, RDA, efeitos adversos, lesão, rim, segurança.
Foi verificado que a RDA de proteínas é de 0,8 a 1 g/kg/dia. Esse parâmetro refere-se ao
nível de consumo de cada nutriente, suficiente para satisfazer os requerimentos de quase
todo indivíduo saudável (entre 97 e 98%). Essa recomendação, contudo, não contempla
necessidades individuais. Os valores propostos podem ser apropriados para sedentários, mas
provavelmente não é o suficiente para compensar a oxidação de proteínas durante o
exercício, nem fornecer substrato para aumento do tecido magro ou reparação de danos
musculares induzidos pelo exercício. Diversos estudos indicam que praticantes de atividade
física requerem níveis de proteína mais elevados que a RDA. Por outro lado, popularmente é
difundida a ideia de que a alta ingestão proteica pode resultar em fadiga metabólica sobre os
rins, levando à insuficiência renal. Outra preocupação frequente é a de que a maior excreção
de cálcio induzida pelo alto teor proteico pode aumentar o risco de osteoporose, ou ainda
nefrolitíase. Alguns estudos em modelos animais têm observado que a exposição a dietas
hiperproteicas de longa duração resulta em hiperfiltração renal glomerular com ferimentos
morfológicos, tais como hipertrofia glomerular e uma maior prevalência de alterações
patológicas renais, porém não há evidências de que tais resultados podem ser extrapolados
para seres humanos. Já os estudos em humanos avaliaram indivíduos pré-dispostos à
disfunção renal, com uma já instalada lesão renal aguda ou não submetidos ao exercício, não
comprovando portanto efeitos adversos em pessoas saudáveis e fisicamente ativas. No
entanto, é importante ressaltar a limitação quanto à duração dos estudos, uma vez que efeitos
a longo prazo são praticamente inviáveis. A partir dos achados, pode-se concluir que dietas
hiperproteicas são seguras em indivíduos saudáveis. Apesar de não haver comprovação
científica de danos decorrentes de dietas hiperproteicas, é de fundamental importância o
monitoramento da função renal destes indivíduos, uma vez que a ingestão proteica é
reconhecida como um modulador da função renal, e a doença nesses órgãos é, em geral,
silenciosa.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
OSTEOPOROSE, O MAL SILENCIOSO: uma revisão de literatura
Autores: FREITAS, Leidiane Cerqueira1; MADUREIRA, Gabriella de Carvalho1; MOURA,
Isabela dos Santos1; SANTOS, Maiane Ferreira dos1; SILVA, Natã Ivison1; TELES, Luiz Jorge
Silva2.
1
2
Graduandos de Enfermagem pela Universidade do Estado da Bahia
Professor Orientador do Trabalho
A osteoporose é um distúrbio osteometabólico, hereditário caracterizado pela diminuição da
densidade mineral óssea (DMO), com deterioração da microarquitetura óssea, levando a um
aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas. É um desequilíbrio funcional entre
os osteoblastos e osteoclastos, que são células responsáveis pelo acúmulo e degeneração da
massa óssea, determinando sua densidade. O aparecimento da doença não esta
condicionado apenas a esse processo fisiológico, mas também associado aos fatores de
risco, caracterizando-a como uma doença multifatorial. O objetivo desta revisão é realizar uma
reflexão sobre as principais causas da osteoporose no Brasil, devido à escassez de dados
sobre o número de casos tanto no país quanto no mundo, buscando estimular novas
pesquisas e fomentar discussões sobre o tema. Trata-se de um estudo de revisão de
literatura realizado a partir da seleção de artigos científicos em base de dados confiáveis
(LILACS, SciELO), livros e sites oficiais em português. Como resultado observou-se a relação
da Osteoporose com determinados hábitos de vida - tabagismo, alcoolismo, sedentarismo,
excesso de gordura- entre outros - idade, gênero e influência genética. Quanto à escassez de
dados foi concluído que a subnotificação é o fator de maior notoriedade para a diminuta
implementação de programas preventivos. A osteoporose é uma doença silenciosa, cujas
manifestações clinicas só se apresentam no estagio mais avançado, dificultando uma
detecção precoce e consequentemente, um tratamento adequado. Os estudos demonstram
diagnósticos mais eficazes a partir de exames de densitometria óssea, radiografias,
tomografias, que apontam a existência ou não da doença, e a depender do estágio em que se
encontra apresentar alternativas para o tratamento mais adequado a cada caso. Umas das
formas que a Enfermagem pode contribuir são no aspecto de divulgação e orientação sobre a
patologia.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AS DIFICULDADES VIVENCIADAS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA
Autora: Marianna Saba Fernandes.
Orientadora: Sandra Dutra Cabral Portella
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma unidade hospitalar com os cuidados voltados
para pacientes que se encontram em grave estado de saúde, porém recuperável. Nesta
unidade, além da assistência integral de enfermagem e médica, os profissionais também
utilizam diversos aparatos tecnológicos, visando a manutenção da vida e recuperação da
saúde do paciente. No entanto, sabe-se que existem alguns entraves que dificultam o exercer
profissional de forma integral e qualificada da equipe de enfermagem. Este presente trabalho
trata-se de uma revisão de literatura integrativa que tem como objetivo trazer as dificuldades
enfrentadas pela equipe de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva. Como fonte de
dados foram utilizados 23 artigos produzidos entre os anos de2005 e 2011. Os resultados
mostram que ter que improvisar materiais ou transferir pacientes devido a impossibilidade de
exercer o cuidado pela falta de materiais, a sobrecarga de trabalho, a falta de compromisso
de alguns membros da equipe de enfermagem, a dinâmica do trabalho na UTI, o
distanciamento da família, a dificuldade em lidar com a equipe médica da Unidade, o
processo de morte e a obstinação terapêutica são as dificuldades mais enfrentadas pela
equipe de enfermagem nesta Unidade. Conclui-se que estas dificuldades contribuem para um
cuidado diferente do preconizado, uma vez que a equipe de enfermagem se distancia do
paciente e sua família. É sabido que a enfermagem tem como papel principal e característico
de sua profissão o cuidado, devendo este envolver não apenas o indivíduo, como também
sua família, fazendo-se necessário um olhar diferenciado, no qual o indivíduo seja
vislumbrado não apenas como um ser fisiológico, mas também como alguém que necessita
ser assistido em suas demandas sociais, emocionais e espirituais.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
DISCUTINDO O FEOCROMOCITOMA E O CUIDADO DE ENFERMAGEM
Autoras: SANTOS, Tainara; BARROS, Vanessa.
Orientadora: Rosana Azevedo
O Feocromocitoma é um tumor que tem origem nas células cromafins da glândula suprarenal
e causa uma secreção excessiva de catecolaminas, hormonas poderosas que provocam
hipertensão e outras complicaçõs. Em 80 a 90% dos casos, o tumor surge na medula adrenal,
nos casos restantes ele se origina no tecido cromafínico extra-adrenal localizado na aorta,
ovários, baço ou em outros órgãos, e próximo a eles. O feocromocitoma afeta homens e
mulheres igualmente e pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas sua incidência é maior em
indivíduos de 40 e 50 anos de idade. Em decorrência de ser uma patologia, pouco conhecida
pela população, este trabalho tem como objetivo discutir as diversas formas de diagnosticar,
tratar, assim como abordar a atuação correta no cuidado à pessoa acometida pela patologia,
enfatizando a atuação da enfermagem e a aplicação da SAE no controle desta rara doença.
Trata-se de uma revisão de literatura de caráter descritivo e analítico. Utilizou-se como fonte
de pesquisa, artigos, das bases de dados Lilacs, Bireme e livros didáticos. Para a coleta dos
artigos foram utilizados os seguintes descritores constantes no DeCs: feocromocitoma,
células PC12, avaliação em enfermagem.Foram encontrados 77 artigos, dentre estes, 5 foram
selecionados, pois compreendem o período de 2003 a 2010.Os critérios de inclusão foram:
em português, ano de publicação, disponibilidade do texto na íntegra e relação com o caso de
estudo. Os critérios de exclusão foram: publicações antigas, idioma estrangeiro. Na
explanação de conhecimentos foi possível perceber o quanto o diagnóstico da doença ocorre
de maneira tardia, e muitas vezes, o mesmo só é feito em última instância, em decorrência da
sintomatologia da doença coincidir com outras, e a patologia ainda ser desconhecida. Diante
deste fato, tem-se o interesse em abordar a feocromocitoma e seus entraves, em uma
apresentação oral, para que dúvidas sejam partilhadas e esclarecidas.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
EFEITOS DE DIETAS LOW CARB (BAIXO CARBOIDRATO) NA PERDA DE PESO.
Autores: Eric Levi da Paixão Oliveira; Ângela Jarede da Paixão Oliveira.
Orientadora: Mirian Rocha Vasquez
Introdução: O aparente fracasso da dieta tradicional com baixo teor de gordura indica que
abordagens dietéticas alternativas são necessárias. A estratégia mais comumente aceita de
dieta é baseada em níveis relativamente elevados de hidratos de carbono e baixos em
gordura. No entanto, dietas pobres em carboidratos (low carb), em particular, subiram em
popularidade nos últimos anos. É importante compreender que não há nenhuma definição
clara de uma dieta baixa em carboidratos na literatura. Objetivo: Esclarecer a importância de
dietas low carb (LC) na terapêutica da perda de peso. Metodologia: Revisão de literatura,
baseada em artigos científicos publicados entre 2000 - 2013 captados no banco de dados do
Pubmed, Medline e Scielo. Resultados: Estudos randomizados demonstram que indivíduos
severamente obesos e com uma alta prevalência de diabetes e síndrome metabólica (SM);
mulheres obesas saudáveis; adolescentes com sobrepeso e homens com peso normal
perderam mais peso e gordura corporal durante seis meses, em uma dieta com restrição de
carboidratos (LC) de que uma dieta com restrição de gordura e calorias. Pesquisadores
também descobriram que dietas LC promovem a perda de gordura abdominal, o que seria
particularmente vantajoso para os pacientes com SM. Discussões: Numerosos estudos têm
mostrado que, embora a alteração inicial na água corporal com a dieta LC seja possível, o
novo estado de equilíbrio é atingido em 2-3 semanas, seguido pela perda de massa gorda
ativa. Além disso, maior redução da ingestão calórica total devido a cetose, simplicidade no
cumprimento da dieta, maior efeito termogênico, reciclagem de proteínas para a
gliconeogênese, perda de energia na forma de calor e / ou excreção de energia sob a forma
de cetonas através da urina, fezes e / ou suor e a natureza de uma dieta com baixo índice
glicêmico prevenindo quedas transitórias da glicose no sangue, possivelmente, justificam os
resultados. Ademais, o aumento da ingestão de hidratos de carbono, especialmente os
altamente refinados, são um provável culpado na promoção do sobrepeso e obesidade.
Conclusão: Dados científicos mostram que dietas low carb podem ser comparáveis ou
melhor do que as dietas tradicionais ricas em carboidratos para redução ponderal em curto
prazo. Dietas pobres em carboidratos representam uma alternativa para a saúde geral.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
LIGA ACADÊMICA DE DOENÇAS MATERNO FETAIS (LADMF)
EXPERIÊNCIA
- RELATO DE
Autores: SILVEIRA, Brysa M. D; REIS, Camila S. M.; LANZAC, Daisy M. S.; SILVA, Drielly G;
Silva, Evelin A.; PITANGUEIRAS, Felipe B.; SILVA, Ghabriella R.; SILVA, Halana P. G.;
FERREIRA, Jaciara A. S.; SANTOS Jéssica L. A.; CONCEIÇÃO, Leda G. S.; GONDIM,
Taiane M.
ORIENTADOR: PROF. CARLOS AUGUSTO PEREIRA CATÃO DE SOUZA
Introdução: a liga acadêmica constitui um grupo extraclasse criado e organizado por
acadêmicos de vários cursos com o apoio de professores e profissionais com um interesse
em comum. a Liga Acadêmica de Doenças Materno Fetais (LADMF) foi fundada no ano de
2011 através do interesse de acadêmicas do curso de Biomedicina da Escola Bahiana de
medicina e saúde pública (EBMSP) em aprofundar seus conhecimentos acerca da saúde da
mulher, principalmente nas questões que envolvem a gestação. Atualmente, é composta por
acadêmicos de biomedicina da EBMSP e de enfermagem da UNEB. Objetivo: apresentar a
LADMF aos acadêmicos dos cursos de saúde e relatar como funciona o processo de
formação de uma liga acadêmica. Métodos: trata-se de um relato da experiência vivenciada
pelos integrantes da LADMF a respeito da formação da liga acadêmica. Resultados e
discussão: o processo de formação de uma liga acadêmica dentro de uma instituição de
ensino inicia junto a aproximação do grupo, tendo um interesse em comum a respeito do tema
e com a procura de um professor para supervisionar as atividades do grupo e dar suporte
científico para os projetos de pesquisa e extensão que fazem parte do objetivo de uma liga
acadêmica. Para tanto, é necessária a formulação de um estatuto, que regularize as
atividades de cada membro do grupo bem como seus direitos e deveres, a periodicidade das
reuniões, o local das reuniões, os requisitos para a admissão e exclusão de membros, entre
outras questões. o estatuto precisa ser aprovado pela instituição vinculada, e após a
aprovação o grupo está apto a realizar atividades que atendam aos princípios de ensino,
pesquisa e extensão. a liga possui membros da diretoria, que são escolhidos anualmente
após votação, e membros efetivos e aspirantes. Como trata-se de um grupo universitário, são
realizados processos seletivos anualmente de forma a agregar novos integrantes
interessados e ampliar a capacidade de discussão e produção científica do grupo, além de
substituir àqueles que já concluíram a graduação. Conclusão: a obtenção de uma liga
acadêmica como forma de expansão do conhecimento e ferramenta para incentivo ao estudo
e pesquisa, gera conhecimentos específicos muitas vezes distanciados durante os
componentes curriculares do ensino superior. Estes formam a base para nossa atuação
perante a comunidade e propagação do conhecimento a nível acadêmico.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
TEMPO MÉDIO DE REFEIÇÃO EM PRAÇAS DE ALIMENTAÇÃO DE DOIS SHOPPINGS
CENTERS DE SALVADOR-BA
Autores: FRANÇA, S. de C.; SANTOS, L.A.; VARJÃO, E.A.
Orientadora: VÁZQUEZ, M.R.
Introdução: O estilo de vida contemporâneo que se caracteriza pela urbanização das
cidades, aliado à intensificação do trabalho feminino, longa distância de casa ao trabalho,
extensa jornada e ampliação do número e diversificação dos serviços de alimentação
ofertados, resulta em uma busca por praticidade e conveniência modificando desta forma o
comportamento alimentar. Este comportamento modificado caracteriza-se normalmente por
um aumento das refeições fora de casa, em espaços de tempo muito compactos,
prejudicando assim a integridade da mastigação e por fim todo o processo digestório.
Objetivo: Este trabalho visa avaliar o tempo médio de alimentação da população
soteropolitana de alimentação de 39 pessoas em praças de alimentação de dois shoppings
centers da cidade de Salvador – BA no horário do almoço, avaliando o tipo de alimento
consumido, bem como a presença de bebidas acompanhando tal refeição e o tipo de bebida.
A análise foi feita de forma observativa, sem o conhecimento prévio dos participantes para
evitar alteração nos dados. Resultados e Discussão: A partir da análise dos dados,
percebeu-se que cerca de 46 % dos voluntários demoram entre cinco e quatorze minutos para
realizarem a refeição, sendo este um tempo insuficiente para realizar uma refeição completa
com a devida mastigação. Desse grupo com menor tempo de refeição, a maior parte
consumiu fast food para se alimentar e a prevalência de ingestão de líquido neste grupo foi de
100%, o que facilita o “comer rápido”, uma vez que a presença do mesmo auxilia a deglutição
de partículas maiores de alimentos, podendo diminuir a absorção de nutrientes. Conclusão:
A realização de refeições em espaços de tempo reduzidos acarreta diversos prejuízos à
saúde humana, uma vez que o início do processo digestivo – a mastigação – encontra-se
comprometida, prejudicando desta forma toda a seqüência do processo. Além disto, a
ingestão de bebidas – normalmente com quantidades significativas de açúcar - concomitante
à refeição aumenta o volume gástrico e prejudica significativamente a digestão dos alimentos
– especialmente das proteínas por diminuir a secreção de ácido clorídrico no estômago.
Apesar do ritmo de vida conturbado atual, o cuidado com a alimentação fora do lar é
essencial, e este cuidado não deve se restringir exclusivamente ao tipo de alimento, mas ao
processo de alimentação como um todo: tempo de alimentação, escolha dos alimentos e o
ambiente adequado ao processo alimentar, diminuindo desta forma os níveis de obesidade e
outras doenças crônicas não transmissíveis.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
A RELEVÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES EM MULHERES
DIAGNOSTICADAS COM DIABETES GESTACIONAL
Autores: Sheilla Carvalho Araujo Sousa¹; Bárbara Perez²; Dayse Nascimento de Jesus¹; Deir
Reis Souza¹; Eugênia da Silva Dourado Paiva¹; Lucas Gama Passos Silva¹; Luzany Kelly
Soares Roma¹; Neilla Almeida de Souza¹.
¹Acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia.
² Enfermeira Obstetra. Docente do curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia.
Introdução: O diabetes mellitus é uma doença metabólica crônica, que tem a hiperglicemia
como principal característica. É responsável por altos índices de morbimortalidade perinatal,
macrossomia fetal e malformações fetais. Quando associado à gravidez recebe as seguintes
classificações: diabetes gestacional, diagnosticado durante a gestação, e diabetes prégestacional, diabetes prévio à gravidez, podendo ser tipo 1 ou tipo 2. Os estudos apontam
que o diabetes pré-gestacional representa 10% das gestantes com diabetes na gravidez,
necessitando de acompanhamento adequado antes mesmo de a mulher engravidar, visando
alcançar a compensação metabólica na tentativa de prevenir as possíveis complicações,
como por exemplo, malformações fetais. Em relação à diabetes gestacional, os dados no
Brasil indicam que a prevalência em mulheres com idade superior a 20 anos, que são
atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é de 7,6%. De acordo com as recomendações
do Ministério da Saúde (MS), bem como da Organização Mundial de Saúde (OMS), o
rastreamento do diabetes mellitus gestacional deve ser feito de forma universal, ou seja, em
todas as gestantes, independente da presença ou não de fatores de risco. Objetivo:
Identificar os principais cuidados prestados pela equipe de saúde durante o pré-natal para
evitar complicações em mulheres com diabetes gestacional durante a gravidez, no parto e no
pós-parto. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura de caráter exploratória. Para coleta
de dados foram utilizados artigos extraídos da base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS). A seleção dos artigos foi realizada de forma aleatória e não sistemática, utilizando os
seguintes descritores: diabetes gestacional, gravidez de alto risco e mortalidade perinatal. Os
critérios de inclusão foram: artigos obtidos na íntegra, que atendam ao objetivo do estudo.
Resultados e Discussões: Como citado anteriormente, segundo o MS, o rastreamento para
diabetes gestacional deve ser feito no pré-natal de forma universal, sendo iniciado durante a
anamnese através da identificação dos seguintes fatores de risco: idade igual ou superior a 35
anos; sobrepeso e obesidade; antecedente familiar de diabetes mellitus; ganho excessivo de
peso durante a gestação, dentre outros. Após confirmação do diagnóstico, essas mulheres
devem receber monitoramento durante todo o pré-natal com intervalo de tempo menor em
relação às gestantes de baixo risco, podendo ser inicialmente a cada duas semanas a
depender do grau de comprometimento materno e/ou fetal. O tratamento engloba dieta
adequada, indicação de atividade física na ausência de contraindicações, controle glicêmico e
terapia medicamentosa. Observou-se que dentre as principais complicações associadas à
diabetes gestacional, temos: macrossomia fetal; prematuridade; malformação fetal;
hipoglicemia neonatal; dentre outras. Conclusão: Mulheres que apresentam diabetes
gestacional devem receber cuidados específicos durante todo o pré-natal, sendo
encaminhadas para centros de atenção secundária. No caso das gestantes com diabetes prégestacional, o acompanhamento deve ser feito a nível terciário pela equipe multiprofissional,
visando prevenir e evitar as diversas complicações possíveis tanto para a mãe, quanto para o
bebê.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES PORTADORES DE
HIV/AIDS.
Autores: Natanna Magalhães Pereira1, Fernanda Warken Rosa Camelier2
1-Departamento de ciências da vida- DCV/UNEB
2-Professora Doutora/ Orientadora- Departamento de ciências da vida- DCV/UNEB
Introdução: A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é causada pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV). O HIV destrói seletivamente os linfócitos TCD4+, células
imunológicas responsáveis pela orquestração e coordenação da resposta imunológica à
infecção e causam imunossupressão profunda e consequente quadro de infecções
oportunistas e redução da capacidade funcional. Esta pode ser avaliada através do teste de
caminhada de seis minutos (TC6’). Objetivos: Avaliar o desempenho funcional de pacientes
HIV/AIDS atendidos ambulatorialmente e comparar o desempenho no TC6’, pela distância
percorrida, com valores previstos para a normalidade. Métodos: Estudo descritivo de corte
transversal, realizado em um Ambulatório de Infectologia em um hospital de referência da
rede pública estadual, em Salvador, Bahia. A amostra foi consecutiva de conveniência,
composta por pacientes portadores de HIV/ AIDS, adultos, de ambos os sexos e que
concordaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos os
pacientes com neuropatia associada ao HIV/AIDS desde que apresentassem limitação física
que os impedissem de realizar os testes. Foi utilizado um questionário com dados primários e
secundários, a escala de graduação de força do MRC, índice de massa corpórea, exames
hematológicos e o TC6’ segundo recomendações da American Thoracic Society. Resultados
e Discussão: 32 pacientes foram selecionados e incluídos no estudo; 23 (71,8%) eram do
sexo feminino, com média de idade de 40,6 ± 8,7 anos, tempo de doença de 8,4± 4,9 meses,
contagem de CD4+ 449,9± 339,8 cél/ml, contagem de CD8+ 1071,5± 487,9 e carga viral 0,7±
0,7 cópias/mL. Na avaliação da capacidade funcional através do TC6’ a distância média
percorrida foi de 484,4± 112,9 metros equivalentes a uma menor distância quando comparada
a distância de 601,8± 27,6 metros, valor previsto para a normalidade. Foi considerado
estatisticamente significante um p<0,05.
Conclusão: Os pacientes avaliados obtiveram
distância média percorrida no TC6' menor que os valores previstos para a normalidade,
caracterizando impacto na capacidade funcional. O TC6`mostrou-se seguro para avaliação da
funcionalidade dos pacientes aqui avaliados.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
RELATO DE EXPERIÊNCIA:
COMUNIDADE (ACC)
MONITORIA
NA
ATIVIDADE
CURRICULAR
EM
Autores: Natasha Milen Varjão1,Márcia Maria Magalhães Dantas de Faria2
1-Discente da Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia, ex-Monitora da ACC MEV 454 (Anatomia
- Uma visão comparada voltada às escolas de ensino fundamental e médio da cidade de Salvador-BA) e atual
Estagiária da DIVEP/GT-Leishmaniose).
2-Profa Dra da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia, Setor de
Anatomia Veterinária.
Introdução: Atividade Curricular em Comunidade (ACC) é uma proposta educativa, cultural e
científica desenvolvida pelos professores da UFBA, em parceria com grupos comunitários,
visando desenvolver práticas de construção da cidadania do estudante universitário e
promover diálogos com a sociedade, criando assim um elo Universidade/Comunidade. O
grupo é formado pelo docente responsável e discente entre estudantes e monitores. A
participação do monitor para a realização desta atividade é fundamental, pois o mesmo
contribui como uma liderança discente no projeto, envolvendo-se, no processo de trabalho,
com o grupo de estudantes universitários, com o professor orientador, com a comunidade e
com a Pró-Reitoria de Extensão.Objetivos: Relatar as experiências vivenciadas durante a
monitoria na ACC MEV 454 e despertar o interesse em estudantes universitários a
participarem deste tipo de atividade. Métodos: Relato de experiência da participação como
monitora da ACC MEV 454 (Anatomia: Uma visão comparada voltada às escolas de ensino
fundamental e médio da cidade de Salvador-BA), no período de 2010.2 até 2012.2, realizada
no Setor de Anatomia Veterinária da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da
UFBA. Resultados: No semestre de 2010.1 participei como estudante da ACC MEV 454,
contribuindo apresentando os sistemas do organismo humano e animal, com uso de peças
anatômicas, comparando-os de forma didática, interativa, dinâmica e participativa para alunos
de escolas públicas e particulares de Salvador. Identifiquei-me muito com a proposta desta
ACC e participei da seleção para monitoria do semestre seguinte. A monitoria requer extrema
responsabilidade e dedicação. Foi nela que aprendi: A aprimorar metodologias de ensino e
educação, juntamente com o professor orientador, para estudantes de ensino fundamental e
médio; Estabelecer uma completa interação entre a Universidade e a Comunidade; Contribuir
para a formação dos graduandos inseridos nesta atividade; Excitar práticas de ação social e
educacional; Desenvolver técnicas pedagógicas que possam auxiliar os professores de
ensino fundamental e médio, além de contribuir com a qualidade da educação; Permitir um
maior entendimento da anatomia, da fisiologia, bem como de algumas patologias ligadas aos
sistemas orgânicos abordados, utilizando peças anatômicas; Despertar nos estudantes o
raciocínio e o senso de observação, permitindo que formulem suas próprias ideias. Na função
de monitora, além de elaborar e enviar para a Pró-Reitoria de Extensão os formulários e
relatórios solicitados nos prazos exigidos era de: Fazer a divulgação da ACC MEV 454 para
graduandos da UFBA e nas escolas (pessoalmente ou por e-mail), para que estes tenham o
interesse de participar e conhecer esta atividade; Providenciar o material didático utilizado
durante os treinamentos e visitas de escolas; Fazer estudos dirigidos sobre os sistemas das
diferentes espécies de animais domésticos comparando com a anatomia e fisiologia humana;
Preparação e conservação de peças anatômicas; Elaboração de questionários pré e pósvisitas nas escolas; Informar aos estudantes da ACC a programação semestral da
disciplina. Conclusão: Durante toda a monitoria, houve um processo de amadurecimento e
percepção como indivíduo, pessoa e ser social, além da maturidade científica e do senso
crítico.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO LOCAL EM SAÚDE E A ATUAÇÃO DO
ACADÊMICO DE ENFERMAGEM
Autores: Carina Aleixo Dias de Oliveira1; Fabíola de Souza Lima dos Santos1; Mara Juliette
Lima de Oliveira Santos1; Marla Danielle Lima de Oliveira Santos1; Neilla Almeida de Souza ¹
Joana Angélica Teles Santana ²
¹ Acadêmicas de Enfermagem do 8º semestre da Universidade do Estado da Bahia- UNEB/DCV, Campus I,
Salvador – BA.
² Docente Adjunta do Departamento de Saúde da Universidade do Estado da Bahia- UNEB/DCV, Campus I,
Salvador – BA.
Introdução: O Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS) é um método
operacional de planejamento que visa transformar a realidade da unidade de saúde e da
situação de saúde da comunidade focando nos principais problemas encontrados. Utiliza-se
de estratégias de priorização dos problemas a partir da identificação, seleção, explicação,
priorização, estabelecimento de metas e ações. Objetivos: Relatar experiência vivenciada na
construção e desenvolvimento do PPLS pelas acadêmicas de enfermagem em uma unidade
de saúde da família da cidade de Salvador-BA. Métodos: As informações coletadas para
construção do PPLS foram obtidas durante as atividade da disciplina Estágio Curricular
Supervisionado I, no período de março a abril de 2013, em uma Unidade de Saúde da Família
localizada na cidade do Salvador-BA. Os problemas foram levantados tendo como base as
informações obtidas nas visitas à comunidade, conversas com agentes comunitários de
saúde, questionamentos a usuários da unidade, e reuniões com a equipe. Utilizaram-se os
métodos CENDES para os problemas relativos ao estado de saúde da população e RUF para
os problemas do funcionamento do serviço de saúde, a árvore de problemas, elaboração da
análise de viabilidade, programação operativa, sistemática de avaliação. Resultados e
Discussão: Foram identificados 12 problemas, sendo 08 problemas relacionados ao serviço
de saúde e 04 problemas do estado de saúde da população. Os problemas priorizados foram:
conhecimento precário de alguns agentes comunitários de saúde quanto ao papel do
enfermeiro nas consultas de enfermagem; número reduzido de recursos humanos para
atender as necessidades da unidade; déficit de conhecimento da clientela sobre temas
relacionados à saúde da população; condições precárias de higiene nas ruas da comunidade.
As principais ações propostas foram: promover uma roda de conversa com os agentes
comunitários de saúde abordando o papel do enfermeiro na unidade; construir documento
informativo sobre tipo e importância das consultas de enfermagem; realizar atividades
educativas enfocando temas relacionados à saúde, oficinas com os usuários sobre a
importância da educação ambiental e descarte correto do lixo e dejetos, além de sala de
espera. Conclusões: As ações estão sendo desenvolvidas com especial atenção às
atividades educativas. A experiência de elaborar um PPLS permite compreender melhor a
realidade dos sujeitos envolvidos (profissionais e usuários) e desenvolvimento de visão crítica
dos problemas. À medida que as ações são realizadas aumenta-se o envolvimento e
comprometimento com a unidade e com sua população alvo.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
O PERFIL DA MORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO ESTADO DA
BAHIA, DE 2006 A 2010
Autores: Ludmila Anjos de Jesus, Welton Souza Campos de Araújo, Orientadora: Lilian
Fátima Marinho
Introdução: O padrão de morbimortalidade no Brasil vem passando por um período de
transição nas últimas décadas, com o melhor controle das doenças infecciosas e um
predomínio das doenças crônicas não transmissíveis. Entre essas doenças, estão as
cardiovasculares, principal causa de morte no mundo. Sendo que, os estudos revelam
elevadas taxas de mortalidade geral por infarto agudo do miocárdio (IAM), doença
caracterizada por necrose miocárdica causada por isquemia. Objetivo: Descrever o perfil da
mortalidade por infarto agudo do miocárdio, de acordo com o sexo e a faixa etária, no estado
da Bahia, no período de 2006 a 2010. Materiais e métodos: Trata-se se um estudo
epidemiológico descritivo, o qual foi elaborado a partir dos dados de óbitos por infarto agudo
do miocárdio do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, através do
site do DATASUS, e classificados na categoria I21 (CID-10), de acordo com o período de
2006 a 2010. As variáveis estudadas foram sexo (masculino e feminino) e faixa etária (30 a
39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 anos ou mais),
agrupadas em intervalos de 10 anos, para haver compatibilidade com a classificação etária
dos óbitos apresentados no DATASUS. Os dados foram tabulados no TabNet 3.0, e
posteriormente, a partir dos dados obtidos foram calculados a mortalidade proporcional e as
taxas de mortalidade. Resultados: Em todos os anos estudados houve uma maior
porcentagem de óbitos por IAM em homens do que em mulheres. Percebe-se que, para a
população feminina, em 2006 a maior taxa de mortalidade foi na faixa de 80 anos ou mais
com 381,71, em 2007, 2008, 2009 e 2010 manteve-se essa mesma faixa etária com a maior
taxa de mortalidade, sendo de 328,15, 369,50, 401,90 e 398,93, respectivamente. Para a
população masculina, é notório que em todos os anos a maior taxa de mortalidade esteva na
faixa etária de 80 anos ou mais, sendo que em 2006 foi de 471,29, em 2007 de 395,85, em
2008 de 448,71, em 2009 de 404,88 e em 2010 de 486,13. Observou-se que, em ambos os
sexos, a taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio, ao longo do período observado
(2006-2010), dentro da faixa etária de 30 a 39 anos, manteve-se em crescimento, apontando
uma tendência para o aumento do número de casos de óbitos por IAM em pacientes com
menos de 45 anos. Discussões e Conclusões: Estudos sobre a mortalidade são indicadores
dos parâmetros de saúde da população. Face aos resultados expressos, é mister que
medidas preventivas sejam recomendadas e adotadas através dos programas de educação
para saúde nas unidades de atenção básica, para que, associadas a medidas assistenciais
possam reverter essa atual tendência.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
RELATO DE PRÁTICA EDUCATIVA COM ENFOQUE MULTIPROFISSIONAL NO
ALOJAMENTO CONJUNTO
Autores: BANDEIRA, Anny Karoliny das Chagas;BRITO, Letícia do Carmo; PEREIRA, Alana
Amanda Barreto Pereira; SILVA, Leonildo Severino
1-Acadêmica do 8º semestre de enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Monitora de Contexto Hospitalar e
Integrante da Liga acadêmica de Pacientes críticos. Email: [email protected]
2-Acadêmica do 9º semestre de enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
3-Acadêmica do 8º semestre de enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Bolsista do PET da Universidade
Federal da Bahia (UFBA).
4-Enfermeiro. Mestrando e Professor Substituto da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Especialista
em Saúde da Mulher pela Universidade Federal de Pernambuco. Email: [email protected]
Introdução: O alojamento conjunto é um espaço do ambiente hospitalar que propicia as
mulheres trocarem entre si vivências da maternidade. Entre estas, temos o aleitamento
materno, que configura-se, para algumas com grandes dificuldades enfrentadas no pós-parto.
A amamentação é um ato de escolha da mulher que implica em uma atenção da equipe de
saúde sobre os cuidados necessários para que seja vivenciada da melhor forma possível,
levando-se em consideração os valores culturais maternos. Destacamos que o apoio
emocional e o esclarecimento correto das dúvidas colaboram bastante para que estas
mulheres tenham sucesso na amamentação. No entanto, temos que ressaltar as valiosas
contribuições dos diferentes campos profissionais nestas formas de cuidado, que, quando
integradas possibilitam resultados bem mais significativos do que isoladas. Nesse sentido,
buscamos por meio de uma prática educativa multiprofissional integrar o cuidado ofertado.
Objetivo: Analisar prática educativa com enfoque multiprofissional no alojamento conjunto.
Metodologia: Prática educativa realizada no alojamento conjunto de uma maternidade
pública de Salvador-BA por graduandas de enfermagem, psicologia e nutrição da
Universidade Federal da Bahia e a enfermeira coordenadora do banco de leite desta
maternidade. Ocorreu no mês de fevereiro de 2013, com 15 mulheres, dentre estas algumas
gestantes e a maioria no período pós-parto. Resultados e Discussão: A prática educativa foi
realizada em quatro etapas: na primeria realizamos uma dinâmica de apresentação, na
segunda, extraímos as principais dúvidas dessas mulheres sobre a amamentação, para tal
solicitamos que expusessem na fala ou que colocassem em um papel suas dúvidas, receios,
expectativas e o que pensavam sobre o tema. Na terceira, foram respondidas as perguntas
numa abordagem multiprofissional, integrando saberes. E por fim foram compartilhadas entre
participantes e estudantes sentimentos e palavras que estimulassem a reflexão sobre a
amamentação. Essa atividade configurou-se como uma forma de aprendizado mútuo numa
equipe multiprifissional. Resultou em informações significativas para as mulheres, pois foi a
partir delas que se iniciou o processo de aprendizagem. Também por meio dos diferentes
saberes profissionais e das demandas individuais das mulheres, foi-lhes apresentado como
cuidar das mamas, realizar ordenha manual em casos de ingurgitamento mamário, como
melhorar a “pega” do bebe, a importância do leite materno, possíveis beneficios para mãe e
filho, que alimentos a mulher deve consumir nessa fase e a relação psicológica entre a mulher
e o ato de amametar. Conclusão: Práticas educativas construídas por meio da participação
ativa das mulheres, com suas demandas, e realizadas por uma equipe multiprofissional geram
um aprendizado mútuo, pois permitem a equipe de saúde atuar de forma a articular seus
saberes, numa perspectiva interdisciplinar, e as mulheres terem suas necessidades
abordadas de forma integral.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
A RELAÇÃO ENTRE ORALIDADE E ESCRITA EM PACIENTES ATENDIDOS NA CLÍNICA
DE LINGUAGEM
CRISTÓVÃO, Danielle. ¹; ESCALDA, Júlia.²
1. Graduanda do Curso de Bacharelado em Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia – UNEB
2. Professora Assistente da Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Introdução: Existem variadas causas para as dificuldades de leitura e escrita, uma delas
pode estar relacionada às alterações de determinadas habilidades linguísticas, adquiridas
primariamente por meio da linguagem oral. A linguagem oral precede a escrita influenciando-a
diretamente, especialmente no início de sua aquisição. Dificuldades na modalidade oral da
linguagem podem persistir na aquisição da leitura e da escrita, gerando obstáculos para a
continuidade desse processo. Objetivos: Investigar relações entre o desenvolvimento atípico
da linguagem oral e o desempenho em habilidades de linguagem escrita nos pacientes
atendidos na área de linguagem da Clínica Escola de Fonoaudiologia Jurandyr Gomes do
Aragão. Identificar e descrever possíveis queixas relacionadas à aquisição e ao
desenvolvimento de leitura e escrita por meio de análise de prontuários dos pacientes e;
investigar e descrever habilidades de consciência fonológica, leitura e escrita de palavras
isoladas, compreensão textual em pacientes atendidos no ambulatório de linguagem da
clínica-escola. Métodos: Trata-se de estudo de delineamento transversal de caráter misto
com análise qualitativa e quantitativa. Os participantes do estudo são crianças e adolescentes
com idade entre 7 a 15 anos matriculados na escola regular; que apresentam diagnóstico
clínico com manifestações de alteração de linguagem e estavam em atendimento na ClínicaEscola de Fonoaudiologia Jurandyr Gomes do Aragão da UNEB. O estudo será realizado em
duas etapas: na primeira etapa, foi realizada a análise dos prontuários de atendimento
fonoaudiológico dos participantes a fim de caracterizar a população em estudo. Na segunda
etapa os participantes selecionados foram avaliados em tarefas de: a) consciência fonológica;
b) leitura e escrita de palavras reais e pseudo-palavras e c) compreensão de leitura textual.
Resultados: Até a presente data os resultados desta pesquisa encontram-se em análise.
Foram identificados e analisados os prontuários de 10 pacientes. A análise de prontuários
revelou que: a principal queixa para busca do atendimento fonoaudiológico desses pacientes
foi o distúrbio fonológico (n = 7, 70%) e; 70% (n = 7) dos pacientes apresentaram queixas de
leitura e escrita anteriores a este estudo. Discussão e conclusão: O presente estudo pode
contribuir para a identificação precoce de dificuldades de leitura e escrita dos participantes
assim como pode levantar questionamentos acerca da necessidade de sistematização da
avaliação de leitura e escrita em todos os pacientes ingressantes na clínica-escola que se
encontrem em risco de alterações nesta dimensão da linguagem.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AVEIA: PROPRIEDADES NUTRICIONAIS E FUNCIONAIS
Autores: Telma Maria Sousa Bandeira1; Mayara Cardoso de Lima1; Helen Avila Chalhub1;
Michelle Dos Santos Chaves1; Claubert Radamés Oliveira Coutinho de Lima1; Carine de
Oliveira Souza2 Vera Ferreira Andrade de Almeida2
1
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Departamento de Ciências da Vida (DCV) – Centro de Estudo e Atendimento
Dietoterápico – Discente do componente curricular Dietoterapia Aplicada.
2
Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Departamento de Ciências da Vida (DCV) – Centro de Estudo e Atendimento
Dietoterápico – Docente do componente curricular Dietoterapia Aplicada.
E-mail: [email protected]
A aveia branca ou comum (Avena sativa L.) é um tipo de cereal pertencente à família botânica
Poaceae, proveniente de clima temperado e subtropical, com provável origem na Ásia e no
sudeste europeu. No Brasil, a produção dessa espécie concentra-se na região Sul apesar de
ser cultivada também, em menor escala, na região sudeste do país. A maior parte dessa
produção destina-se a alimentação animal, pela facilidade de cultivo e do perfil nutricional da
planta e dos grãos. A despeito das potencialidades gastronômicas, nutricionais e funcionais
dos subprodutos da aveia como os flocos grandes ou inteiros, comercializados para a
fabricação de pães, cereais em barra e granola; os flocos médios e finos consumidos em
diversas preparações caseiras e, ainda, a farinha e o farelo, apenas 20% da sua produção
mundial destina-se ao consumo humano.
O perfil nutricional da aveia diferencia-se dos
demais cereais pelos elevados teores de proteínas, ácidos graxos insaturados e
principalmente pelas fibras, entre elas a beta-glucanas (fibra solúvel) – principais
responsáveis pelas suas propriedades funcionais como efeito hipoglicemiante, redução do
colesterol sanguíneo, hipotensor, potencial antioxidante e antiinflamatório, aumento do volume
do bolo fecal e da motilidade intestinal, favorecimento do crescimento de bactérias
probióticas, além de promover maior saciedade, contribuindo, desse modo, com o tratamento
nutricional das doenças crônicas não transmissíveis. Assim, o objetivo desse trabalho
consistiu em revisar as propriedades nutricionais e funcionais da aveia.
Para tanto foi
realizada pesquisa bibliográfica nas bases de dados Scielo, PUBMED e LILACS, utilizando-se
em português e inglês as seguintes palavras-chave: aveia, aveia branca, aveia comum, βglucana, beta-glucanas. Deste modo, conclui-se que o uso diário da aveia na alimentação
habitual, pode proporcionar vantagens à saúde, auxiliando na prevenção, controle e
tratamento nutricional das ditas doenças do mundo moderno como diabetes, hipertensão,
dislipidemia, obesidade e síndrome metabólica. Entretanto, independente das evidências
positivas em torno das propriedades nutricionais e funcionais desse cereal, ainda há poucos
trabalhos sobre a recomendação diária para o consumo seguro e adequado que garanta os
benefícios salutares promovidos pelo uso habitual da aveia.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITAS EM COMUNIDADES EXTRATIVISTAS DO
MUNICÍPIO DE CAIRU – BAHIA
Autores: DAMASCENO, A. E. F.; CUNHA, G. M.; DIAS-LIMA, A. G.; MATTOS, P.
As parasitoses intestinais mantêm-se como um dos maiores problemas de saúde pública do
Brasil, tendo relevância devido a sua relação com a desnutrição das populações. Este projeto
de pesquisa objetivou o inquérito da prevalência de enteroparasitas em comunidades
extrativistas do município de Cairu-BA que possuíam diferenças marcantes no acesso aos
serviços de saneamento básico. Por meio de estudo de corte transversal com emprego do
método de sedimentação espontânea foram examinados 311 indivíduos de diferentes faixas
etárias. Na localidade de Garapuá, 74,7% dos indivíduos examinados estavam parasitados e
30,8% estavam poliparasitados. Na localidade de Monte Alegre, 98,2% dos indivíduos
estavam parasitados e 74,8% estavam poliparasitados. Na localidade da Batateira, 96,3% dos
indivíduos examinados estavam parasitados e 79,6% estavam poliparasitados. O elevado
parasitismo geralmente está relacionado com fatores determinantes como a baixa renda
familiar, reduzida higiene do domicílio e pessoal, escasso conhecimento sobre a profilaxia das
parasitoses intestinais, consumo de alimentos e água contaminados com ovos e cistos e
contato direto com o solo contaminado por fezes. De forma geral a resolução da problemática
das parasitoses intestinais no Brasil envolve a melhoria das condições socioeconômicas, no
saneamento básico e na educação sanitária, a conscientização da população quanto à
necessidade da manutenção de hábitos de higiene e também a realização de tratamentos
corretos após um diagnóstico. Estudos desenvolvidos para a realização de inquéritos
parasitológicos devem fazer parte do sistema de saúde dos municípios, contribuindo para o
planejamento e otimização dos recursos. Os dados aqui apresentados mostram a
necessidade de investimentos em políticas públicas que visem à prevenção das parasitoses
intestinais e a promoção da saúde da população nas localidades que possuem fatores
predisponentes à elevada frequência de enteroparasitas.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
BRINCANDO E PROMOVENDO SAÚDE PARA IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Evelyn Alves da Silva1,Larissa dos Santos Ribeiro Pereira1, Joana Angélica Teles
Santana²,Gustavo Almeida¹, Renata Neris dos Santos1,Jana Maria Azevedo Nunes1
1- Acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus I, Departamento de
Ciências da Vida – DCV.
2 - Docente Adjunta do Departamento de Ciências da Vida da Universidade do Estado da Bahia- DCV/UNEB, Campus I
Introdução: No Brasil, a população de idosos cresce de tal modo que estimam em 2025 um
contingente de idosos com aproximadamente, 15 milhões de pessoas com 60 anos, ocupando
6º lugar no mundo. Nestas condições surge à necessidade de programas e estratégias que
promovam a saúde dessa população. Dessa maneira, as brincadeiras constituem-se em
ferramentas que promovem a descontração, aguçam a criatividade, aumentam os estímulos
físicos, sensoriais e cerebrais. Funcionam como um mobilizador de conteúdos internos de
prazer, satisfação e socialização, propiciando a saúde física e mental dos idosos. Objetivo:
Este trabalho trata-se de um relato de experiência que visa descrever o uso de brincadeiras e
dinâmicas lúdicas na perspectiva de promoção da saúde de indivíduos idosos frequentadores
de um Centro Social Urbano, da cidade de Salvador, Bahia. Métodos: A estratégia da
utilização de brincadeiras foi resultado da vivência acadêmica no curso de Enfermagem na
Universidade do Estado da Bahia, durante o Estágio Curricular Supervisionado I, no segundo
semestre letivo de 2012. Os temas trabalhados em dinâmicas foram mesclados com as
brincadeiras que envolviam coreografias de músicas, cantigas de roda, brincadeiras típicas de
criança como: anelzinho, dança das cadeiras, fui à feira, gagueira, bingo, entre outras.
Resultados e discussões: Os resultados evidenciaram que a utilização de brincadeiras foi
positiva, uma vez que a maioria dos idosos caracterizou o seu estado de espírito como “muito
positivo ou positivo”, no final das atividades. As brincadeiras favoreceram o aprendizado,
promoveram bem estar, alegria, estimulou a capacidade de reflexão e compreensão. O
brincar requer do sujeito atividade e alerta mental, fomentando produção de conhecimento de
maneira natural. Conclusões: Dessa forma, as brincadeiras são, para os profissionais de
saúde, ferramentas que proporcionam a inserção de práticas saudáveis no contexto da
terceira idade, de modo acessível. Portanto, avaliar e promover a saúde do idoso significa
considerar variáveis de distintos campos do saber, numa atuação interdisciplinar e
multidimensional.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM POLICIAIS MILITARES EM SALVADOR, BAHIA
Autora: Mayanne Áurea da Cruz Aleluia
Orientadora: Leila Graziele Dias de Almeida
Introdução: Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) começaram a
adquirir expressão e despertar o interesse de pesquisadores em meados dos anos 80,
quando emergiu no Brasil o campo da Saúde do Trabalhador. Desde então, estudos
internacionais e nacionais têm apontado que profissionais de diversas categorias têm sido
atingidos pelos sintomas osteomusculares, de origem multifatorial. Objetivos: Estimar a
prevalência de sintomas osteomusculares em policiais militares pertencentes a Unidades
Operacionais de Salvador, Bahia. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo.
Excluíram-se da pesquisa policiais que ingressaram na carreira já apresentando distúrbios
osteomusculares e os que estavam afastados por licença ou férias no período da realização
do estudo. Os dados foram coletados no período de 21 de agosto a 13 de setembro de 2012,
através de dois questionários, sendo um estruturado que incluía as variáveis sóciodemográficas, ocupacionais e de estilo de vida e outro padronizado, o Questionário Nórdico
de Sintomas Osteomusculares (QNSO). A associação entre as variáveis foi realizada
utilizando o Teste Qui-Quadrado e o Teste exato de Fisher, com valores de confiança de 5%
(p< 0,05). Resultados: Dos 210 participantes da pesquisa 195 (92,9%) policiais militares
relataram algum tipo de sintoma osteomuscular nos últimos doze meses e/ou sete dias. As
áreas mais acometidas por estes sintomas nos últimos doze meses foram: a região lombar
141 (67,1%), seguida pelo pescoço 121 (57,6%) e região dorsal 117 (55,7%). Observou-se
associação estatisticamente significativa entre sintoma osteomuscular e as variáveis postura
de trabalho, emprego atual na Unidade, pausa além do almoço, risco no ambiente de
trabalho, exercício de outra atividade remunerada, prática de atividade física regular, sexo e
idade. Discussão: Corroborando com dados do presente estudo, foi encontrado na literatura
nacional a pesquisa de Costa et al, 2009, com o objetivo de avaliar a postura em
instrumentistas de sopro da Banda da Polícia Militar do Paraná com a participação de 66
policiais militares, subdivididos em dois grupos: Grupo Experimental (GE) com 36 sujeitos,
instrumentistas da banda musical e Grupo Controle (GC) com 30 sujeitos não instrumentistas
da banda, policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar, no qual não houve diferença entre
os grupos estudados quanto à presença de dor musculoesquelética, sendo verificado que
mais de 80% dos policiais do GC relataram dor musculoesquelética frequente. Ao analisar a
atividade do policial militar através de fundamentos ergonômicos, podem ser identificados
possíveis fatores de risco que favoreçam o aparecimento de sintomas osteomusculares,
resultantes de um desequilíbrio entre solicitações biomecânicas do ambiente de trabalho e as
capacidades individuais dos policiais nesta atividade, devido à carga, frequência e duração
dos esforços dinâmicos e estáticos envolvidos na atividade do policial militar. Conclusão: A
prevalência de sintomas osteomusculares em policiais militares é elevada, acometendo
principalmente segmentos da coluna vertebral e membros inferiores, portanto necessitando de
ações de prevenção e promoção à saúde no ambiente de trabalho.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
PARASITOS INTESTINAIS EM AMOSTRA DE FEZES DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA
DE UMA CRECHE DE SALVADOR- BAHIA
Autores: Brazil dos Santos, M.F1.; Reis, T. T. 1; Souza, I. M. S. 1, Fernandes, V. L. 1; Brazil dos
Santos Souto, R. 2
1
2
Universidade do Estado da Bahia, Universidade de Granada
As parasitoses intestinais é ainda um grave problema de saúde publica, especialmente
em
países em desenvolvimento, onde existem zonas de baixas rendas econômica e higiênicas
Objetivo: Determinar a presença de parasitos intestinais em amostras de fezes humanas no
período de outubro 2011 a junho de 2012. Metodologia: Através de uma metodologia
quantitativa, foram examinadas 50 amostra de fezes de crianças com idade entre dois e seis
anos, de forma aleatória, frequentadoras de creches da cidade de Salvador-Ba, com prévia
autorização do Comitê de Ética em Pesquisa. O método de exame parasitológico de fezes
utilizado foi de Hoffman, Pons e Janer executado no laboratório de parasitologia do
Departamento de Ciências da Vida-UNEB. Os dados foram analisados através do software
EpiInfo versão 3.5.2. Resultados: 64% (n=32) das amostras foram de indivíduos do sexo
masculino e 36% das amostras de indivíduos do sexo feminino (n=18). 60% (n=30) das
amostras estavam positivas para parasitos intestinais. A maior frequência foi de protozoários
50% (n=15) a exemplo de Giardia intestinalis, Blastocystis hominis 6,7% (n=2), Endolimax
nana 57% (n=17), Entamoeba coli 20% (n=6) e Entamoeba histolyica. 3,3% (n=1), sendo
amostras de indivíduos do sexo feminino com 50% (n=15). Amostras de indivíduos do sexo
masculino apresentaram monoparasitismo com (40% n=12). Os helmintos mais freqüentes
foram os Ancilostomideos com 6,7% (n=2). A associação entre parasitas foi de 50% (n=15)
para ambos os sexos. A presença de parasitoses intestinais das crianças avaliadas
demonstra a importância em trabalho desta natureza e promoção de ações de prevenção nas
creches através de educação em saúde.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
IDENTIFICAÇÃO
DO
CONHECIMENTO
DAS
GESTANTES
SOBRE
A
ANEMIA
FERROPRIVA
AUTORES: GRAMOSA,M.R.S; SANTOS, N.C.; BARBOSA, C.P.; ALMEIDA, A.P.; ARAÚJO,
P. S.; BENDICHO, M.T.F.
Introdução: A anemia é uma condição recorrente na população mundial, estando a anemia
por deficiência de ferro, como uma das mais prevalentes. Ocorre em maior frequência em
crianças, idosos e em mulheres, principalmente no período gestacional. Alguns sinais e
sintomas das anemias são comuns independendo do tipo ou da causa dela. Devido a isso, a
anemia por deficiência de ferro não é facilmente diferenciada, podendo ser diagnosticada de
maneira inadequada ou confundida com outras patologias. O sangue desempenha um papel
importante no processo gestacional, e quando comprometido levará a ocorrência de prejuízos
ao binômio materno fetal. Dos fatores que colaboram ou determinam o desenvolvimento da
anemia ferropriva na gestante, os principais são: o estado de hemodiluição e o aumento da
demanda para atender as necessidades do feto. No puerpério, o estado anêmico relaciona-se
com as perdas gestacionais consideradas fisiológicas. Entretanto, uma perda aumentada
nesta fase, pode produzir quadro agudo e resultar em anemia. Durante o parto, a perda de
sangue pode resultar em deficiência de ferro. A mulher além de pertencer ao grupo de risco
de desenvolver a anemia, é essencial para o cuidado e prevenção da anemia na família, pois
é a primeira a reconhecer as doenças de seus filhos, e introduzir praticas de prevenção e na
busca de tratamento das mesmas. Objetivo: Verificar o nível de conhecimento da população
de gestantes do Campus I da Uneb sobre o tema Anemia Ferropriva. Justificativa: Estes
resultados servirão para elaborar ações educativas para esse grupo populacional, de maneira
mais adequada. Metodologia: Foram aplicados questionários contendo informações quanto a
idade, grau de escolaridade, condição atual de saúde, e também sobre anemia a fim de
identificar as fragilidades e conhecimentos das pessoas que aceitaram participar, sendo
confirmado pela assinatura do TCLE. Estando o estudo na fase de teste, foram aplicados 10
questionários, para identificar as falhas e ajustar antes da aplicação geral. Resultados:
Observou-se que 80% das gestantes entrevistadas não sabiam o que seria anemia ferropriva,
sendo que 100% do grupo entrevistado possuía acesso a veículos de informação. Gestantes
com escolaridade superior a 10 anos (20%) não souberam informar a relevância de hábitos de
higiene como forma de prevenção de doenças e em especial a influência de parasitoses no
desenvolvimento de anemia. Discussão e conclusão: Esses dados são preliminares, e é
necessário a aplicação de maior número de questionários, a fim de maiores e mais seguras
informações. Apesar disso, podemos pontuar que o conhecimento sobre o que vem a ser as
anemias, e práticas que podem auxiliar na prevenção das mesmas, como hábitos de higiene e
alimentação, são pouco conhecidas, e precisam ser trabalhadas com essa população.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
A INFLUÊNCIA DA UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE NA QUALIDADE DE
VIDA DO IDOSO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Marília Saba Fernandes, Marianna Saba Fernandes
Com os avanços tecnológicos e científicos, no campo da saúde, é possível perceber um
aumento na expectativa de vida dos indivíduos da população brasileira. Com isso, o Brasil
está deixando de ser, gradativamente, um país de jovens, para se tornar um país de idosos.
Devido a esta mudança na estrutura da pirâmide por faixa etária brasileira, ações e
programas que abrangem os idosos estão sendo amplamente criados e implementados com o
intuito de cuidar desse idoso e possibilitar uma maior interação social deste. Este estudo tratase de um relato de experiência sobre um trabalho desenvolvido em forma de monitoria na
oficina “Saúde na 3ª Idade” realizada durante os meses de setembro de 2011 a dezembro de
2012 na Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), localizada no campus I da
Universidade do Estado da Bahia. As oficinas eram realizadas semanalmente com assuntos
escolhidos a partir da demanda dos alunos matriculados na oficina. A discussão dos assuntos
ocorria por meio de textos lidos em sala e filmes que visavam despertar os alunos sobre o
tema a fim de estimular que este compartilhasse experiências vividas. Dos resultados obtidos
percebemos que as oficinas não apenas possibilitaram um maior conhecimento relacionado a
saúde, como também a inclusão social, o aumento na auto-estima e na qualidade de vida
destes idosos, uma vez que este passa a interagir mais com seus pares e trocar vivências.
Constatamos que as oficinas oferecidas pela UATI, além de oferecer conhecimento acerca de
diversos assuntos e práticas, busca a valorização do idoso e o oferecimento de uma vida mais
saudável e ativa.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ANTROPOMETRIA NA IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS CARDIO-VASCULARES: RELATO
DE EXPERIÊNCIA
Autores: ANDRADE, L. S.; JESUS, L. A.; KUBO, T.; VIEIRA, S. L.; SANTOS, T. B. S.
Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno atual resultante do avanço
científico no combate as doenças e das melhorias dos determinantes sócio-ambientais
refletindo na expectativa de vida. Apesar dos avanços na área da saúde, as doenças
cardiovasculares (DCV) representam uma das principais causas de adoecimento e morte,
com significativa morbimortalidade e impacto na qualidade de vida. Diante deste cenário, temse a necessidade do controle dos fatores de risco da hipertensão arterial sistêmica, tais como
fumo, álcool, sedentarismo, dieta inadequada, obesidade e hipercolesterolemia, principais
fatores de risco para uma DCV. A antropometria neste sentido, torna-se uma importante
estratégia para a identificação de fatores de risco, com as vantagens de custo baixo e
praticidade. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, descritivo, quantitativo. Tem
como com a finalidade de sensibilizar os idosos que frequentam a oficina de saúde na
Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Campus I, quanto à prevenção das complicações cardiovasculares. O objetivo do estudo é
descrever a experiência vivenciada de estudantes de graduação em enfermagem nas oficinas
de saúde durante a execução de um projeto de extensão universitária; apresentar dados
antropométricos dos idosos e a relação com os riscos de complicações cárdio-vasculares.
Resultados e Discussões: Foram coletados o peso, a altura, a medida da circunferência
abdominal (CA) e foi calculado o índice de massa corporal (IMC), para avaliar o risco de
complicações dos idosos em estudo. Dos 15 idosos triados 40% deles apresentavam
sobrepeso, 40% o peso verificado era adequado e 20% estavam abaixo do peso ideal, sendo
estes critérios considerados como alguns dos fatores de análises de risco para o
desenvolvimento de DCV. Incluiu-se no estudo também a avaliação da CA, sendo que a
maioria dos idosos (66,7%) apresentaram um risco aumentado para complicações
metabólicas. O IMC, também foi utilizado como parâmetro de análise, sendo que 40% dos 15
idosos estavam com IMC > 27. O IMC, mesmo não sendo um marcador fidedigno, por não
distinguir o tipo de gordura, é ainda utilizado em estudos, pois a associação destes dados
com outros indicadores favoráveis ao desenvolvimento de DCV pode servir como base para
estimular a diminuição de complicações cardiovasculares. Conclusão: A antropometria
mostrou-se como estratégia eficaz na identificação de riscos cardiovasculares, devendo ser
somada à promoção da saúde por meio de atividades educativas que sensibilizem à
mudanças de hábitos de vida.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AS IMPLICAÇÕES DO CUIDADO EM ENFERMAGEM PARA O CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR
Autores: Gabriela Oliveira, Michele Alcântara, Verônica Matos
Orientadora: Sandra Portella
A Infecção Hospitalar (IH) é aquela adquirida após a admissão do usuário em uma unidade, e
que se manifesta durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a
internação ou procedimentos hospitalares. A maioria das Infecções Hospitalares se manifesta
como complicações de pacientes gravemente enfermos, em conseqüência da hospitalização
e da realização de procedimentos invasivos ou imunossupressores a que o doente, correta ou
incorretamente, foi submetido. Esta revisão de literatura foi construída com o objetivo de
realizar uma discussão reflexiva sobre as implicações do cuidado de enfermagem no controle
das infecções hospitalares. Este estudo teve como metodologia uma pesquisa bibliográfica
exploratória, que identifica e analisa as ações do enfermeiro em busca da prevenção e
controle das infecções hospitalares. A pesquisa foi analisada focando ano de maior
publicação, local de publicação, tipo de estudo e análise do objeto de estudo. Para critérios de
inclusão foram utilizados os artigos na íntegra, que tivessem relação com o objetivo de estudo
e na língua portuguesa. Foram avaliados, após a produção do estudo, três núcleos centrais
que influenciam no controle das infecções hospitalares: interdisciplinaridade entre os
profissionais de saúde; controle da infecção hospitalar pelos profissionais; medidas
profiláticas. Diante de tais resultados, conclui-se que o enfermeiro tem um papel fundamental
no controle das infecções hospitalares, pois, é através de seus cuidados, suas práticas de
saúde e prevenção que os índices de infecção estão diminuindo a cada década, resultando
numa saúde de qualidade para todos.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
RODA DE CONVERSAS – RESPEITO AO PARTO É RESPEITO À MULHER: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Autores: Fabíola de Souza Lima Santos¹; Mary Lúcia Galvão²
1- Estudante do curso de enfermagem da Universidade do Estado da Bahia
2- Docente do curso de enfermagem da Universidade do Estado da Bahia; Coordenadora do Serviço Médico
.
Odontológico e Social
Introdução: A experiência do parto pode ser caracterizada como acontecimento mais
relevante na vida da mulher. Atualmente, o Ministério da Saúde tem enfatizado a importância
da humanização da assistência ao parto, através da Rede Cegonha, estratégia lançada em
maio de 2011, para contribuir com a redução da mortalidade materna e neonatal. Esta
iniciativa aponta o momento do parto como uma experiência marcante na vida da mulher e do
recém-nascido. As políticas públicas em defesa da Humanização da Assistência ao parto
defendem o aprimoramento das ações relacionadas ao processo fisiológico do trabalho de
parto, visando valorizar o papel central da mulher neste momento único. A predisposição em
modificar um acontecimento fisiológico normal em um procedimento médico/cirúrgico
compromete significativamente a liberdade das mulheres em vivenciar este episódio de forma
plena e consciente, além do excesso de intervenções desnecessárias que são adotadas no
contexto institucional de forma rotineira aumentando os riscos para mãe e o bebê. Existe
atualmente uma tendência por parte do Ministério da Saúde em valorizar os Centros de Parto
Normal, enquanto alternativa hospitalar para a assistência ao parto normal de baixo risco, pois
estas Instituições oferecem um ambiente favorável, humanizado, com profissionais
qualificados e que prioriza a vontade da mulher durante o trabalho de parto. Nesta
perspectiva, o Colegiado de Enfermagem e o Serviço Médico Odontológico e Social da
Universidade do Estado da Bahia, através do projeto de extensão “Acolhendo a gestação”,
implementou uma Roda de conversas – Respeito ao parto é respeito à mulher, que adotou
como objetivos: Incentivar diálogos sobre o parto e sua concretização em casas de parto
natural; promover um espaço participativo de aprendizado para acadêmicos do 7º semestre
de enfermagem. Metodologia: Utilizou-se a abordagem participativa, com a utilização de
recursos como projeção de filme sobre o tema proposto para provocar o debate inicial e
fomentar a troca de experiências, motivando as participantes do evento que incluiu: gestantes,
mães, acadêmicos de enfermagem, docentes, enfermeiras obstetras e doulas do Centro de
Parto Normal Marieta de Souza Pereira e da Maternidade de Lauro de Freitas-Bahia. A Roda
teve duração de 04 horas e promoveu um debate interativo, uma vez que, as dinâmicas
utilizadas permitiram aos presentes, conhecer e se apropriar do tema e decidir sobre o
modelo e local adequado para a realização de seu parto. Resultados: A motivação dos
acadêmicos de enfermagem, bem como a participação efetiva das gestantes, representou um
dos resultados mais significativos da Roda. Discussão: Os estudos promovidos por
pesquisadores desta área indicam que a informação e apoio constituem elementos
importantes para o período da gestação devendo ser fortalecidos nos programas de pré-natal.
Conclusão: Consideramos importante promover outros eventos de rodas de diálogos com
este tema, com intuito de empoderar as mulheres gestantes de baixo risco, quanto aos seus
direitos no processo do trabalho de parto e o local de sua realização, além de capacitar e
habilitar os acadêmicos dos cursos de saúde para ampliar os cuidados e condutas
direcionados as gestantes, bem como fortalecer as ações extensionistas da UNEB.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ESTUDO DO POLIMORFISMO DOS GENES DAS CITOCINAS TNF, TGF-BETA1 E IL-6 EM
PACIENTES COM TUBERCULOSE ATIVA E LATENTE.
Autores: WAGMA LAUANE LUZ VIANA 1, MATHEUS DA SILVA FERREIRA1, MARIA
TERESITA BENDICHO2; SONGELI MENEZES FREIRE 3, VALDIRENE LEAO CARNEIRO2
1.Estudante de Graduacao em Farmacia/UNEB
2. Professora DCV/UNEB
3. Professora ICS/UFBA
Introdução: A Tuberculose (TB) é causada por um patógeno muito difundido na população
humana, sendo considerado um grave problema de saúde pública mundial, em que a maioria
dos expostos não adquire a doença. Embora os mecanismos de proteção contra
Mycobacterium tuberculosis (Mtb) não sejam plenamente conhecidos, sabe-se que as
citocinas participam do controle inicial da infecção, da indução, manutenção e regulação da
resposta imune adquirida. A meta deste estudo foi associar o polimorfismo de IL-6 (-174
G>C), TNF(-308G>A) e TGF-b1 (códon 10 e códon 25) com a susceptibilidade para
tuberculose pulmonar. Metodologia: Cento e setenta e oito voluntários foram divididos em
três grupos: 51 indivíduos com TB pulmonar, 67 com TST positivo e 60 com TST negativo. O
polimorfismo de TGFb1(codon 10 e 25), IL-6 (-174G/C) e TNF (_308G|A) foram analisados
pelo kit CYTGENTM da One Lambda Inc. Resultados| Discussao: . As frequencias fenotipica
de alto produtor para o gene TNF nos grupos TB, TST positivo e TST negativo foram 20,0%,
23,9% e21,6%, respectivamente. A frequência do alelo G da IL-6 -174 foi menor no grupo de
indivíduos com tuberculose (76,7%) quando comparado aos grupos TST positivo (77,6%) e
TST negativo (80,4%) A distribuição das frequências alélicas, genotípicas e dos fenótipos
previstos para o polimorfismo do gene TGF-B1 foram semelhantes entre os grupos do estudo.
Contudo, para os polimorfismos das citocinas TNF, TGF-B1 e IL-6 as diferenças observadas
nao foram estatisticamente significativas entre os grupos do estudo. Conclusão: Os dados
deste estudo mostram não haver correlação entre os polimorfismos dos genes TNF, IL6 e
TGFb1 e a tuberculose latente e ativa. Mais estudos, incluindo marcadores de ancestralidade
e aumentos do tamanho da amostra estão sendo realizados para melhor definir estes
resultados.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
NÍVEIS DE ATENÇÃO A PESSOA COM DOENÇA FALCIFORME NO BRASIL
Autores: RAMOS, Ana Paula de Alcântara¹; CUNHA, Alice Araújo¹; SOUZA, Tiago Pereira¹;
SANTOS, Thadeu Borges Souza²; LESSA, Andreá, Broch Siqueira Lusquinhos³.
¹Graduandos do curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
²Professor orientador do Projeto de extensão de doença falciforme
³ Professora co-orientadora do Projeto de extensão de doença falciforme.
Introdução: A Doença Falciforme (DF) é a hemoglobinopatia mais predominante no Brasil
apresentando alta taxa de morbimortalidade pela doença tornando-a um problema de saúde
pública. Apesar de ser conhecida há mais de um século as políticas públicas voltadas para a
DF passam a ser formuladas a partir da pressão social dos movimentos negros. Assim, dentre
alguns avanços nas leis, destaca-se a Portaria nº 1.391, de agosto de 2005, que instituiu no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as diretrizes para a Política Nacional de Atenção
Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias assumindo assim, o
compromisso público para a proteção à saúde das pessoas que vivem com esta doença
garantindo - lhes acesso em todos os níveis de assistência à saúde. Objetivo: Conhecer a
estruturação de atendimento a pessoa com Doença Falciforme baseada na Política Nacional
de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme. Métodos: Foi realizada uma
pesquisa de busca em bases científicas, utilizando o Portal da Saúde do Ministério da Saúde,
o Nupad (Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico) – MG, SESAB (Secretaria de
Saúdo do Estado da Bahia)- SUS. Resultados E Discussão: O Ministério da Saúde por meio
da Coordenação da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados vêm trabalhando na
regulamentação e na implantação das medidas estabelecidas pela Portaria no. 1391, bem
como na organização da rede de assistência nos estados. Os municípios de Salvador, Recife,
São Paulo e Uberlândia já possuem programas de atenção integral às pessoas com DF.
Assim, todas as pessoas diagnosticadas com Doença Falciforme precisam ter acesso ao
dignóstico precoce e devem ser matriculadas num programa de atenção integral para
receberem tratamento pois sendo uma doença crônica precisa de cuidados por toda a vida.
Geralmente, os Hemocentros são os Centros de Referência para Assistência às Pessoas com
Doença Falciforme nos estados. Além disso, a Portaria no. 1391 deixa claro que as pessoas
com DF devem ser atendidas pela rede básica de saúde isto inclui o seu acompanhamento
pela Estratégia Saúde da Família. A integralidade neste atendimento caracteriza-se por um
sistema “sem muros” que elimina as barreiras de acesso entre todos níveis de atenção, na
estrutura local e regional em que a pessoa ocupe o centro da estrutura da linha de cuidado.
Assim, a linha do cuidado prevê que se ofereça o diagnóstico precoce, que a pessoa com DF
possa ser acompanhada na atenção básica e nos centros de referência. Mas a
implementação desses protocolos enfrentam dificuldade em todos os níveis de atendimento
principalmente por indefinição de rede de referência; consultas, exames e procedimentos
especializados e capacitação dos profissionais de saúde para orientar os pacientes e seus
familiares. Conclusão: Nesse estudo pode-se observar que após tantos anos de invisibilidade
houve avanços nas políticas voltadas para as pessoas com DF que tentam garantir-lhes os
direitos à saúde em todos os níveis de assistência no SUS, porém a sua efetivação enfrenta
dificuldades que estão relacionadas aos défcits comuns aos serviços públicos de saúde.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM POPULAÇÃO DE IDOSOS RESIDENTES EM
INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
Autores: SASAKI, Adriana Campos; MANGUEIRA, Bárbara Honorato; PIRES, Danila Alvim
Macedo; PINTO, Lara Vasconcelos; RAMOS, Lilian Barbosa; MAKHOUL, Marina Portugal;
CARDOSO, Taíla Maiana Santana; MENDEL, Tassiana; OLIVEIRA, Tamara Regina Araújo
de.
Introdução: Alterações fisiológicas do envelhecimento e comorbidades podem predispor à
ocorrência de quedas entre os idosos. A institucionalização pode constituir-se um agravante,
considerando a incidência de quedas neste ambiente. Objetivo: Identificar a frequência e
risco de quedas na população de idosos institucionalizados. Metodologia: Estudo de corte
transversal, do qual participaram 101 idosos, residentes em instituições de longa permanência
(ILP’s). Foi utilizado um formulário contendo informações sociodemográficas, clínicas e
relativas à ocorrência de quedas e o teste Timed Up and Go (TUG). Os dados foram
apresentados por meio de médias e frequências, e a análise estatística foi conduzida através
do software SPSS 16.0. Resultados: Participaram deste estudo 93 (92,1%) mulheres e 8
(7,9%) homens com idade média de 82,1 (±7,4) anos. Foi possível aplicação do questionário
em 89 idosos, dos quais 58 (65,2%) relataram não ter sofrido qualquer tipo de queda e/ou
tombo nos últimos 3 meses. Dentre os 21 (23,6%) internos que relataram ter sofrido queda, 5
(23,8%) não realizaram o TUG e entre os 16 (76,2%) que realizaram, 11(68,8%)
apresentaram hipomobilidade/risco para quedas. Discussão: A análise da frequência de
quedas na população estudada demonstrou que a maioria dos idosos não sofreu queda nos
últimos 3 meses. Entre os caidores, foi observado que grande parte apresentava
hipomobilidade/risco de quedas de acordo com o TUG, corroborando com a literatura no que
se refere à relação desse teste com a ocorrência de quedas. Vale ressaltar que os resultados
podem ser influenciados pela memória, uma vez que o instrumento utilizado foi um formulário,
e ainda boa parte das AVD’s e AIVD’s dos residentes são realizadas por terceiros, expondoos minimamente a situações suscetíveis. Conclusão: A maioria dos idosos avaliados relatou
não ter sofrido queda nos últimos 3 meses. Entretanto, esse resultado pode ter sido
influenciado pelo viés de memória. Dentre os caidores que realizaram o TUG, a maior parte
apresentou hipomobilidade/risco para quedas de acordo com o teste.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
SIMULAÇÃO NA PARADA CARDIORESPIRATÓRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Isadora Anjos Zottoli, Ráissa Soraya Souza de Oliveira, Elieusa e Silva Sampaio
Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, BRASIL
Liga Acadêmica de Cuidados Críticos de Enfermagem - EEUFBA, Salvador, BA, BRASIL
Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é um evento grave e de ocorrência súbita
muito frequente nas unidades hospitalares. A intervenção prevê a realização de um conjunto
de manobras emergenciais destinadas a reestabelecer a oxigenação e a circulação tecidual,
ou seja, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Para que estas manobras tenham êxito, elas
devem ser executadas por uma equipe médica e de enfermagem habilitada de acordo com as
diretrizes da American Heart Association. Na graduação em Enfermagem, os espaços que
proporcionam a atuação e o desenvolvimento das habilidades pelos discentes na PCR, ainda
são escassos. Para suprir essa demanda, o Programa de Educação Tutorial de Enfermagem
(PET) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) elaborou uma sessão de simulação intitulada
“Cuidados de Enfermagem na Parada Cardiorrespiratória para os estudantes dos cursos de
enfermagem”. Objetivo: Relatar a experiência obtida durante a realização da Sessão de
Simulação de Cuidados de Enfermagem na Parada Cardiorrespiratória. Metodologia: Tratase de um relato de experiência referente a realização da sessão simulativa que aconteceu no
mês de outubro de 2012, com carga horária de 2 horas, no laboratório de habilidades da
Escola de Enfermagem da UFBA, contando com a participação de uma instrutora (docente) e
20 discentes de enfermagem. A simulação apresentava quatro objetivos: 1) Avaliação e
identificação do quadro de PCR; 2) Realização do suporte básico de vida até a chegada do
médico; 3) Atuação junto com o médico no suporte avançado de vida e 4) Cuidados pósparada. No primeiro momento, foi realizado o briefing, etapa das orientações do cenário da
simulação, posteriormente realizou-se a simulação e ao final foi realizado o debriefing com os
participantes, etapa fundamental para a consolidação das habilidades aprendidas.
Resultados e Discussão: A simulação realística em saúde consiste em um método que
busca desenvolver um cenário o mais próximo possível da realidade existente nos campos de
prática da enfermagem. O uso dessa metodologia permitiu enriquecer o processo de
aprendizagem acerca da atuação do discente de enfermagem na PCR, destacando que a
reflexão crítica e discussão do caso clínico utilizado proporcionou a construção de
conhecimentos individuais e coletivos. Através deste evento evidenciou-se também a
necessidade da elaboração de mais eventos que abordem a temática, já que o mesmo tratase de ocorrência grave e complexa, requerendo atuação de qualidade por parte da
enfermeira. Conclusões: Ao final, evidencia-se a importância da atuação da enfermeira em
saber reconhecer e atuar de forma imediata na PCR, evitando futuras sequelas neurológicas
e diminuindo a mortalidade pelo evento. Sendo assim, torna-se de extrema importância que o
discente de enfermagem adquira as competências necessárias para atuar com segurança nas
situações de PCR já como profissionais formados.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM PACIENTES APÓS TRATAMENTO
DE CÂNCER DE MAMA
Autores: Arlinda Santos Seixas Rosa¹; Vera Ferreira Andrade de Almeida²
1-Bacharel em Nutrição pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Pós-graduanda em Nutrição Clínica
Funcional (UNICSUL/SP).
2- Docente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Departamento de Ciências da Vida – Campus I.
A etiologia do câncer de mama é multifatorial. Para o Brasil, segundo as estimativas 2012
válidas para 2013, esperam-se 52.680 casos novos de câncer de mama, com um risco
avaliado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. A obesidade tem sido associada a um elevado
risco para diferentes tipos de câncer. Em mulheres, o câncer de mama e de endométrio estão
entre as neoplasias malignas mais encontradas associadas ao excesso de gordura corporal.
O objetivo do estudo foi verificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em mulheres após
tratamento de câncer de mama, assim como investigar a presença de outros fatores de riscos,
como o excesso de gordura abdominal, tabagismo, consumo de bebida alcoólica e inatividade
física, capazes de impactar no desenvolvimento de recidiva da doença. Foi desenvolvida uma
pesquisa descritiva, e quanto ao delineamento, trata-se de um estudo transversal, de caráter
quantitativo. A amostra foi composta por 49 mulheres em acompanhamento no Centro
Estadual de Oncologia – CICAN, localizado na cidade de Salvador, Bahia. As mulheres
adultas (≤59 anos) encontraram-se com sobrepeso e obesidade em 62,96% dos casos, e as
idosas (≥60 anos), com sobrepeso em 45,45%. Apresentaram ganho de peso após o
diagnóstico 46,94% das mulheres estudadas, e o ganho de peso médio foi de 8,37 kg (±6,86).
Sendo que, 28,57% da amostra não souberam referir o peso anterior à doença. A
circunferência média da cintura foi de 94,51 cm (±11,44). Estratégias efetivas de orientação e
educação nutricional podem contribuir para uma maior sobrevida, menor incidência e recidiva
do câncer de mama. A prática de exercício físico regular também deve ser estimulada como
fator de proteção.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA DE CRIANÇAS
COM E SEM EXPERIÊNCIA MUSICAL FORMAL
Autores: SILVA, Flávia Leal Ferreira.1; ESCALDA, Júlia2
1.Graduanda do Curso de Bacharelado em Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia – UNEB
2. Professora Assistente da Universidade do Estado da Bahia – UNEB
Introdução: A alfabetização se refere ao processo por meio do qual o sujeito domina o código
escrito e as habilidades de utilizá-lo para a leitura e escrita. Letramento, por sua vez, refere-se
ao conjunto de práticas sociais que têm a escrita como instrumento de mediação simbólica
em diferentes contextos para atingir objetivos diversos. De uma forma geral, é no contexto
escolar que as crianças são alfabetizadas, adquirem e desenvolvem capacidades de leitura e
produção de textos. A participação das crianças em aulas de música pode causar diversos
benefícios para a aquisição da escrita. Os elementos da música atuam nos aspectos
cognitivos e criativos do sujeito e podem estimular o desenvolvimento da comunicação e da
afetividade dos indivíduos. Objetivo: Comparar amostras de escrita e resultados de
processamento auditivo de crianças que participam de aulas de música em escola
especializada e de crianças que não participam de aulas de música. Metodologia: Trata-se
de um estudo transversal descritivo de caráter quantitativo, realizado com as crianças
matriculadas no primeiro ano do Ensino Fundamental e em processo de alfabetização. As
crianças estão sendo distribuídas em dois grupos: Grupo Estudo: 15 crianças que participam
de aulas de música em escola especializada de música; Grupo Controle: 15 crianças que não
participam de aulas de música de qualquer espécie. Estão sendo incluídas crianças com
idade entre seis e sete anos; sem relato histórico de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, de fala e linguagem; que apresentem reflexo cócleo-palpebral (RCP)
presente e que estejam regularmente matriculadas nas escolas participantes do estudo. Estão
sendo incluídas no grupo estudo as crianças que participam de aula de música formal durante
pelo menos 6 meses. Resultados: A pesquisa está em andamento e está sendo realizada em
uma escola particular, situada na cidade de Salvador, Bahia, e no Projeto de Extensão
Universitária Musicalização Infantil desenvolvido na Escola de Música da Universidade
Federal da Bahia. Já foram aplicados no Grupo Estudo 9 questionários de caracterização do
perfil dos participantes da pesquisa, contendo questões acerca da identificação das crianças,
perfil musical, perfil de saúde e perfil escolar, que estão sendo preenchidos com os pais ou
responsáveis das crianças. 9 crianças já foram avaliadas com a ASPA e já realizaram a
avaliação da escrita. No estágio atual da pesquisa, 6 (66,7%) são do gênero masculino e 3
(33,3%) são do gênero feminino. Todas as crianças gostam de ouvir música, estudam música
há mais de 1 ano e costumam ouvir música com mais frequência em casa. As crianças
gostam mais de ouvir música infantil (n=9, 100%), seguida da música clássica (n= 4, 44,4%) e
costumam ouvir principalmente através de CDs (n=7, 77,8%) e rádio (n=6, 66,7%).
Conclusões: O presente estudo pode levantar questionamentos e reflexões acerca de como
a experiência musical formal pode influenciar a apropriação da escrita por crianças em
processo de alfabetização e sobre como esses processos se relacionam. Pode-se também
trazer contribuições e aplicações terapêuticas da música na clínica fonoaudiológica para a
abordagem de dificuldades de alfabetização, leitura e escrita.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
RESULTADOS DO PROGRAMA DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL DA CLÍNICA
ESCOLA DE FONOAUDIOLOGIA DA UNEB-BA
Autores: LAGO-RISSATO, M.R.; SILVA, F.L.F.; ALVES, K.G.
Introdução: A prevalência das perdas auditivas na infância é estimada em 1,5/1000. As
recomendações internacionais e nacionais, atualmente, propõem a identificação de perdas
auditivas até os três meses de idade por meio da Triagem Auditiva Neonatal (TAN). O
programa de identificação precoce da deficiência auditiva deve contemplar a TAN por uma
medida eletrofisiológica - Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA) e Potencial Evocado de
Tronco Encefálico (PEATE), pela pesquisa dos indicadores de risco e o acompanhamento de
todos os lactentes que apresentam tais indicadores, além da investigação da etiologia. Os
recém-nascidos e/ou lactentes que apresentem indicadores de risco auditivo devem, sem
exceção, ter monitoramento audiológico a cada seis meses, até completar três anos de vida.
A Lei Federal 12.303 de 2010 artigo 1º regulamenta a obrigatoriedade da TAN nas
maternidades antes da alta hospitalar e ou em unidade da rede estadual de saúde auditiva.
Objetivo: Apresentar os resultados obtidos na TAN dos bebês atendidos na Clínica Escola de
Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Metodologia: É um estudo
descritivo de caráter quantitativo, observacional e retrospectivo, realizado na Clínica Escola
de Fonoaudiologia da UNEB. Foram analisados todos os prontuários desde a implantação do
serviço (maio de 2012), de bebês que realizaram TAN e com idade de 0 a 24 meses.
Considerou-se o gênero, idade, presença ou ausência de fator de risco, tipo de EOA utilizada
(Transientes e/ou Produto de Distorção) e os resultados da TAN (critério passa/falha).
Resultados: Foram analisados 95 prontuários, 36 (37,9%) foram do gênero masculino e 59
(62,1%) do gênero feminino, na faixa etária entre 6 dias e 21 meses e 6 dias. Observou-se
que 84 (88,42%) passaram e 11 (11,58%) falharam. Das 84 que passaram, 41 (48,8%)
apresentam fator de risco e 43 (51,2%) não apresentam. Das 11 que falharam, 9 (81,82%)
apresentam fator de risco e 2 (18,18%) não apresentam. O fator de risco predominante foi o
uso de medicamentos ototóxicos (16%), seguido pelo uso materno de drogas/álcool durante a
gestação (13%) e fototerapia (12%). Os demais fatores de risco corresponderam a 59%.
Discussão: O número de bebês que falharam na TAN foi 11,58%, valor superior aos
encontrados em estudos nacionais e internacionais, que apontam valores em torno de 7%.
Estes resultados fazem parte da primeira etapa do Programa de Acompanhamento
Audiológico desenvolvido na Clínica e a segunda etapa consiste no acompanhamento
audiológico dos bebês que passaram na TAN e apresentam fator de risco. Os bebês que
falharam foram encaminhados para diagnóstico audiológico no CEPRED, ainda sem notícias
sobre os resultados destes diagnósticos. Os bebês que passaram e tem fator de risco foram
encaminhados para o PEATE e acompanhamento audiológico no CEPRED. Conclusões: É
de extrema importância que todos os bebês sejam avaliados através da TAN, mesmo que não
apresentem fator de risco para perda auditiva. O acompanhamento audiológico dos bebês
que passaram na TAN e que possuem fator de risco faz-se necessário para acompanhar o
seu desenvolvimento auditivo.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO USO DO BALÃO INTRA-AÓRTICO
Autores: Laise de Souza Falheiros Leme, Jaquelline Passos Carvalho, Raísa Correia de
Souza, Quêuam Ferreira Silva de Oliveira, Elieusa e Silva Sampaio
Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, BRASIL
Liga Acadêmica de Cuidados Críticos de Enfermagem - EEUFBA, Salvador, BA, BRASIL
Introdução: O balão intra-aórtico (BIA) é um dispositivo de assistência circulatória utilizado
para aumentar o suprimento de oxigênio para o miocárdio, reduzir o trabalho do ventrículo
esquerdo, melhorar o débito cardíaco, além de aumentar a pressão de perfusão das artérias
coronárias durante a diástole. Embora, a utilização deste dispositivo tenha demonstrado uma
série de benefícios, diversas complicações têm sido relacionadas ao uso do BIA. Objetivo:
Conhecer as principais complicações relacionadas ao uso do BIA. Metodologia: Trata-se de
uma revisão sistemática de literatura, com análise quantitativa. Foram selecionadas
produções publicadas no período de 2006 a 2012, na base de dados SCIELO e LILACS. Para
a trajetória de investigação, utilizaram-se os descritores: cuidados de enfermagem/balão intraaórtico; balão intra-aórtico/revascularização miocárdica; revascularização miocárdica/cuidados
de enfermagem/balão intra-aórtico. Após utilização dos critérios de inclusão foram
selecionados 04 artigos. Resultados: Dos artigos selecionados 25% foram elaborados por
enfermeiras, 50% por médicos e 25% por uma equipe multidisciplinar. Em relação ao local de
realização do estudo, 50% eram da região Sudeste e 50% da região Sul. Quanto ao tipo de
estudo, observou-se uma predominância dos estudos de coorte, correspondendo a 75%. Em
relação às complicações, 75% dos artigos descreveram a isquemia de membro como a mais
comum e 50% a isquemia do miocárdico. Discussão: Associado às complicações, os estudos
demonstram que quanto mais tempo o paciente permanece com o suporte mecânico, mais
favorável ele fica ao surgimento de complicações, dentre as quais se destacam: hemorragia,
lesão vascular, isquemia de membros inferiores, coagulopatia e infecção. A propensão ao
aumento de demais complicações também relacionaram-se as comorbidades adquiridas e
idade avançada. Conclusão: Apesar de anos de utilização do BIA, várias questões permeiam
quanto ao seu uso e sua eficácia. Pacientes que necessitam de sua utilização apresentam
altos índices de morbimortalidade, porém este dispositivo tem permitido recuperação de
muitos pacientes, aumentando a sobrevida em médio prazo após alta hospitalar.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AÇÕES DE PROMOÇÃO A SAÚDE DE IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autora: Joana Angélica Teles Santana¹
1-Universidade do Estado da Bahia - UNEB, docente adjunto do Departamento de Ciências da Vida, Projeto de
Extensão Compartilhando Saberes e Promovendo Saúde.
Introdução: Trata-se de relato de experiência das atividades do projeto de extensão
Compartilhando Saberes e Promovendo Saúde, desenvolvido junto aos participantes idosos
de um Centro Social Urbano, de um bairro populoso da cidade de Salvador - BA. O projeto
desenvolve atividades educativas como forma de discutir a saúde, sua promoção e
prevenção, a fim de esclarecer, orientar, compartilhar saberes e contato com a comunidade,
respeitando-se os valores e saberes dos participantes. Objetivo: Relatar experiência das
ações do projeto de extensão junto aos idosos de um Centro Social Urbano, com a utilização
de metodologias ativas, atividades lúdicas, como foco propulsor das ações. Métodos: As
atividades desenvolvem-se desde o primeiro semestre letivo de 2012 até o atual momento,
com o apoio dos acadêmicos de enfermagem da disciplina Estágio Curricular Supervisionado
I, através de oficinas temáticas sobre cuidados à saúde, com foco na qualidade de vida.
Foram desenvolvidas diversas oficinas com dinâmicas, brincadeiras, jogos, sessões de
exaltação da beleza e qualidade de vida. Resultados e discussão: No primeiro semestre de
2012 foram realizadas diversos contatos, reuniões para planejamento das atividades,
indicação das temáticas de interesse, além das oficinas temáticas. No segundo semestre de
2012 as atividades deram continuidade com introdução de brincadeiras junto às dinâmicas
escolhidas. No primeiro semestre de 2013 as atividades estão sendo desenvolvidas com o
incremento de aluno monitor e monitores voluntários, com perspectiva de realização da
segunda etapa do projeto. Foram realizadas diversas ações de promoção a saúde a exemplo
de: oficinas temáticas, desfiles, dia da beleza, verificação de pressão arterial e consulta de
enfermagem, confecção de materiais de interesse, jogos e dinâmicas. Conclusões:
Considera-se cumprido os objetivos do projeto por articular ensino, pesquisa e extensão, bem
com promover a inserção dos alunos na produção de conhecimentos e ações comunitárias. A
produção de conhecimento é estimulada com elaboração de trabalhos com foco no projeto e
nos idosos. As atividades de promoção à saúde permitem mobilizar a satisfação dos idosos,
estimular a alegria, uma vez que os participantes demonstram satisfação, prazer e bem estar
durante as atividades.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
EFEITO DO PROCESSAMENTO E ARMAZENAMENTO NOS TEORES DE FENÓLICOS
TOTAIS NO BIRIBIRI (A. BILIMBI) E NA CARAMBOLA (A. CARAMBOLA).
Autores: SILVA, L; BENEVIDES, C.; VIEIRA, M.; SILVA, H.; BANDEIRA, T; BISPO, L.
Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Salvador, Bahia, Brasil.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB
As frutas e outros vegetais possuem compostos fenólicos, que são substâncias presentes em
alimentos e estão associados à inibição de doenças como a aterosclerose e o câncer. A
bioatividade dos fenólicos pode ser atribuída à sua habilidade de quelar metais, inibir a
peroxidação lipídica e sequestrar radicais livres. Portanto, os frutos do biribiri (Averrhoa bilimbi
L.) e da carambola (Averrhoa carambola L.) são considerados como fontes de compostos
fenólicos. Sendo assim, este estudo tem como objetivo analisar a variação dos teores de
fenólicos totais presente nesses frutos submetidos à estocagem sob congelamento a -20ºC e
– 40ºC a cada 30 dias no período de 04 meses. A determinação de fenólicos totais foi
realizada seguindo o método espectrofotométrico de Folin-Ciocalteu e os resultados
expressos em mg de ácido gálico equivalente/g de extrato (mg EAG/g). As concentrações de
fenólicos totais (mg/100g) para o Biribiri no tempo To (in natura) e períodos subsequentes,
para as temperaturas de -20oC e -40oC foram de, respectivamente: To (in natura)
102,783±1,61, T1 (85,49±0,0; 121,1±2,41); T2 (170,53±2,42; 106,41±4,19), T3 (15,15±4,67;
16,45±7,73), T4 (14,45±8,91; 15,76±4,91). Para a carambola, as concentrações de fenólicos
totais (mg/100g) no tempo To (in natura) e períodos subsequentes, para as temperaturas de 20ºC e -40ºC foram de, respectivamente: To (in natura) 89,04±1,61, T1 (102,3±4,09;
130,21±9,58); T2 (207,92±6,41; 182,8±0), T3 (92,35±6,63; 118,42±15,78), T4 (76,82±35,16;
131,97±73,54). De uma maneira geral, o armazenamento do biribiri e carambola sob
congelamento resultou na redução dos compostos fenólicos totais com diferença significativas
(p<0,05) entre os valores encontrados em ambas as condições. Conclui-se, portanto, que
apesar da importância do congelamento de alimentos, pode haver perdas de nutrientes como
os compostos fenólicos.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE: UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL EM ASMA
Autores: Laís Cardoso, Ana Carla Carvalho Coelho, Carolina Souza-Machado, Tássia Natalie
Nascimento dos Santos, Tailanne Xavier dos Santos, Agnes Neves Santos, Keise Santos de
Souza, Adelmir Souza-Machado
Introdução: A asma é uma doença inflamatória crônica de elevada prevalência mundial,
reconhecida como um grave problema de saúde pública. Essa enfermidade causa impactos
econômicos e sociais negativos, influenciando diretamente na qualidade de vida de pacientes
e familiares. A educação em saúde é um dos pilares do tratamento da asma, capaz de
influenciar no nível de conhecimento sobre a enfermidade, melhorar o auto-manejo e reduzir
os indicadores de morbidade. Objetivos: Descrever a experiência de discentes e docentes
dos cursos de enfermagem, medicina e fisioterapia no desenvolvimento de um projeto de
extensão voltado para a comunidade, a fim de sensibilizá-la sobre o tema e suas
repercussões sociais e para a saúde. Métodos: Esta atividade está vinculada a Escola de
Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (EEUFBA), por meio do projeto de extensão
Atividade Curricular em Comunidade (ACC). Desenvolveu-se durante o primeiro semestre do
ano de 2013, com a integração da equipe multiprofissional na Paróquia Nossa Senhora da
Esperança para as comunidades da Boca do Rio e Costa Azul. A primeira etapa do projeto
consistiu na capacitação da equipe, por meio de reuniões semanais, sessões científicas
integradas, planejamento e elaboração das atividades educativas embasadas nos preceitos
da inovação e popularização da ciência. A segunda etapa consistiu da atividade em campo
com a comunidade, envolvendo crianças, adolescentes e adultos, a qual foi dividida em prétestes, para verificação do conhecimento prévio, aula expositiva interativa, dinâmica para
revisão e fixação de conteúdo, e pós-teste para verificação de absorção dos conteúdos após
as atividades realizadas. Resultados: Participaram da atividade onze integrantes da equipe
multiprofissional e trinta da comunidade. Na análise de pré e pós-teste observou-se maior
proporção de acertos nos quesitos sobre sistema respiratório, gravidade da asma,
reconhecimento dos sintomas e uso do plano de ação em situações de exacerbação, após
ação educativa, em comparação ao pré-teste (50% VS 95%). Dinâmicas de fixação,
participações e relatos ao longo do projeto, também demonstraram avanços no processo de
aprendizagem na comunidade a cerca do tema trabalhado. Discussão: As atividades
realizadas permitiram que os integrantes desenvolvessem senso crítico, integração ensinopesquisa-extensão e articulação universidade-comunidade. Além disso, foram desenvolvidas
estratégias e habilidades de planejamento, construção e exposição de aulas com estrutura e
linguagem adequadas, visando à socialização do conhecimento científico. Em associação, o
crescimento da comunidade foi demonstrado pelo reconhecimento dos aspectos anatômicos e
fisiológicos do sistema respiratório, pelo aproveitamento positivo dos jogos e dinâmicas em
que houve a oportunidade de revisar assuntos trabalhados, consolidar o que foi aprendido e
esclarecer dúvidas remanescentes. A análise dos resultados acentua a importância de
inserção de práticas educativas em asma e outros agravos à saúde na comunidade,
promovendo assim, a popularização do conhecimento e gerando repercussões positivas para
a saúde e sociedade. Conclusões: O desenvolvimento de atividades de extensão
embasadas na educação popular em saúde aproxima o conhecimento científico da realidade
vivenciada pela comunidade, transformando-os em multiplicadores de conhecimento. Além
disso, garantem a qualidade do processo ensino-aprendizagem e o reconhecimento da
educação popular como parte integrante para a formação dos profissionais de saúde.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS E ANÁLISE DA
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM COUVE-MANTEIGA (Brassica oleracea var. acephala)
PROCESSADA.
Autores: SILVA, H. B. M.; BENEVIDES, C. M. J.; BANDEIRA, T. M. S.; ALMEIDA, L. J.
Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Salvador, Bahia, Brasil.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB
O consumo da couve-manteiga é importante devido ao seu valor nutritivo e a presença de
antioxidantes, os quais estão associados à prevenção de doenças crônicas não
transmissíveis. É uma hortaliça que se destaca pela presença na alimentação de todas as
classes sociais da população brasileira havendo em seu consumo o interesse nos elementos
minerais, vitaminas e fibras para se obter uma alimentação equilibrada. Entretanto o
processamento doméstico pode promover alterações nas características físicas, na
composição química e influenciar a biodisponibilidade de compostos bioativos da hortaliça.
Este trabalho objetivou estudar o efeito do processamento nos teores de compostos fenólicos
totais utilizando-se o método Folin-Ciocalteu em extrato metanólico com curva de ácido gálico,
e atividade antioxidante total na couve-manteiga a partir dos métodos ABTS, DPPH e FRAP
em amostras de couve liofilizada. Avaliou-se a folha, o caule e a couve integral in natura,
branqueada a vapor e por imersão, e refogada. As concentrações de fenólicos totais
(mg/100g)
para
a
hortaliça
in
natura
foram
de:
couve
integral
(74,43±0,80),
caule(77,32±7,57), folha(182,52±4,35), respectivamente. Observou-se que houve diferença
significativa (p<0,05) nos teores de fenólicos totais nas amostras da couve-manteiga após os
tratamentos em relação à amostra in natura, exceto para o caule, para o qual não foi
observada diferença significativa (p>0,05) entre os diferentes tratamentos. Avaliando-se a
capacidade antioxidante da couve integral liofilizada pelos diferentes métodos, foram obtidos
os seguintes resultados: capacidade de sequestro do radical DPPH de 797,60 g amostra/ g
DPPH; FRAP 0,005285 µM sulfato ferroso/g; ABTS 28,98 µMtrolox/g dados estes
semelhantes aos de outras hortaliças de acordo com a literatura consultada. Com base nos
dados obtidos, evidencia-se que o processamento térmico influiu no teor de fenólicos totais da
couve e que o consumo desta hortaliça integral deve ser estimulado, pois o caule também é
fonte de antioxidantes, otimizando a utilização dessas substâncias.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO PROCESSAMENTO NOS COMPOSTOS FENÓLICOS
TOTAIS PRESENTES NA BERINJELA (SOLANUM MELONGENA, L.)
BANDEIRA, T. M. S., BENEVIDES, C.M.J.; SILVA, H.B.; ALMEIDA, L. J., SILVA, M.V.L..
Os antioxidantes são compostos que estão relacionados com o retardo do envelhecimento e
com a prevenção de certas doenças, como o câncer e doenças inflamatórias. Essas
substâncias atuam retardando a velocidade da reação de oxidação que ocorre no organismo
devido a presença de radicais livres os quais causam danos às células. Como mecanismo de
defesa, substâncias como os antioxidantes se ligam a estes radicais para impedir reações
danosas. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi analisar o efeito do processamento no teor de
compostos fenólicos totais na berinjela, utilizando o método espectrofotométrico de FolinCiocalteu e a curva padrão de ácido gálico. Analisou-se os compostos fenólicos da berinjela in
natura, branqueado a vapor e por imersão e refogado em dois tipo de extratos (aquoso e
metanólico). Os valores médios (mg/100g) dos compostos fenólicos totais na berinjela
obtidos no extrato aquoso e metanólico, foram, respectivamente: In natura (29,91 ±0,38 e
21,97 ±0,15), branqueamento a vapor (66,00 ±0,38 e 69,19 ±0,72), branqueamento por
imersão (48,49 ±0,48 e 46,84 ±0,31) e refogado (67,69 ±0,30 e 71,72 ±0,43). De acordo com
os resultados obtidos, verificou-se que após os tratamentos realizados na berinjela as
concentrações dos compostos fenólicos totais aumentaram. Considerando os tratamentos de
extração verificou-se que não houve uma diferença significativa (p<0,05) entre os dois
solventes, visto que a molécula dos fenólicos são anfipáticas e pode ligar-se tanto a
moléculas polares quanto apolares. Conclui-se, portanto, que o processamento influenciou
positivamente no teor de fenólicos encontrados na berinjela, fazendo com que aumentasse a
concentração dos mesmos, sugerindo-se que o consumo da berinjela submetida a algum
processamento térmico seria o recomendado, pois otimiza a extração dessas substâncias
aumentado sua biodisponibilidade.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
DIFICULDADES VIVENCIADAS NO ESTÁGIO DO PROGRAMA PERMANECER SUS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: Carina Aleixo Dias de Oliveira; Luana Da Silva Dantas Ferreira; Nathalie Nascimento
Lino; Tainã Queiroz Santos¹, William Mendes Lobão²
1-Acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia - UNEB/DCV, Campus I, Salvador – BA; Exestagiárias do Programa Permanecer SUS - Salvador - BA.
2- Orientador.
Introdução: O Programa Permanecer SUS foi criado pela Secretaria de Saúde do Estado da
Bahia como uma estratégia da Política de Humanização. Esse programa tem por finalidade a
melhoria do acolhimento aos usuários nas emergências dos hospitais públicos de Salvador BA, a exemplo do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), mediante escuta qualificada e
acionamento da rede interna, garantindo a satisfação do usuário e a resolutividade das ações
da assistência. O Permanecer SUS estabelece uma relação entre a formação, educação e
serviço, proporcionando ao estudante uma experiência significativa no Sistema Único de
Saúde (SUS) através de um estágio não obrigatório. Objetivo: O objetivo deste relato é
socializar as dificuldades vivenciadas pelas estagiárias em praticar o acolhimento aos
usuários em uma emergência de um hospital público de Salvador-BA. Métodos: Esse estudo
consiste em um relato de experiência das acadêmicas do curso de enfermagem da
Universidade do Estado da Bahia, que participaram do Permanecer SUS entre junho de 2012
e março de 2013, atuando na emergência do HGRS. Para a sistematização dos acolhimentos
foram utilizados como instrumentos: ficha de coleta, relatórios mensais, passagem de plantão,
diário de campo, livro de ocorrência e discussão de caso. Resultados E Discussão: A
experiência vivenciada nos permitiu conhecer a real dinâmica e funcionamento da emergência
do hospital em questão. Assim, tivemos a possibilidade de entrar em contato com os reais
aspectos relativos a nossa profissão, bem como uma aproximação mais efetiva do usuário,
buscando o fortalecimento dos valores de autonomia e protagonismo dos sujeitos. Dessa
forma, foi necessário criar algumas estratégias para atingir o objetivo do programa, como a
realização da comunicação, interligação da rede interna da unidade e discussão dos casos
mais complexos entre os estagiários e as preceptoras. Entretanto, algumas dificuldades foram
encontradas durante o estágio, como a resistência dos profissionais da unidade, a falta de
organização do serviço, o desconhecimento do Programa Permanecer SUS pelos
profissionais e usuários e capacitação defasada dos estagiários sobre a politica de
Humanização SUS nas emergências. O que refletem os obstáculos presentes na prática para
o desenvolvimento do programa nas unidades. Diante disso, o objetivo do programa que é de
fortalecimento da Política Nacional de Humanização (PNH), através da implementação do
acolhimento, não era atingido em sua plenitude. Conclusão: A partir dessa experiência foi
observado que embora a política de humanização possa ser incluída como elemento
essencial para a melhoria da qualidade do serviço ainda existem muitos problemas a serem
enfrentados. Afinal as dificuldades vivenciadas são decorrentes de diversas fragilidades
encontradas na prática e que necessitam ser suplantadas para o sucesso do programa nos
serviços de emergência. Dessa forma, se torna imprescindível uma pactuação efetiva entre o
programa e as unidades para que assim ocorra uma estruturação das atividades no serviço a
fim de proporcionar ao usuário um acolhimento positivo e uma escuta qualificada.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
OBESIDADE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA MUNDIAL
Autores: Luana Da Silva Dantas Ferreira; Thabata Alves Moniz de Aragão Oliveira¹, Marcos
da Costa Silva²
1-Acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia - UNEB/DCV, Campus I, Salvador-BA.
2- Orientador.
Introdução: A obesidade é uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de
gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do
indivíduo. A obesidade apresenta algumas características que são importantes para a
repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual há predominância da
deposição gordurosa, sendo classificada em: Obesidade Difusa ou Generalizada; Obesidade
Andróide ou Troncular (ou Centrípeta); Obesidade Ginecóide. Objetivo : Esse trabalho tem
por objetivo caracterizar a obesidade, levando em consideração o aumento dessa
enfermidade em todo o mundo, investigando a ação inflamatória do organismo perante essa
morbidade. Metodologia : Trata-se de uma revisão de literatura realizada a partir de artigos
científicos do banco de dados da Scielo, livros e periódicos. Discussão: A obesidade está
sendo considerada uma epidemia mundial, presente tanto em países desenvolvidos como em
desenvolvimento. O aumento de sua incidência está distribuído em quase todas as raças e
sexos, e atinge principalmente a população de 25 a 44 anos. É importante determinar a
classificação da obesidade de acordo com suas causas sendo as principais o sedentarismo,
dietas ricas em gorduras, obesidade secundária a alterações endócrinas, hipogonadismo
entre outras. A obesidade, em última análise, representa fator de risco maior, seja risco para
aparecimento de outras doenças, seja risco de morte propriamente dita. Estudos demonstram
que, proporcionalmente ao aumento do peso, também ocorre aumento dos níveis de gordura
no sangue (colesterol e triglicérides), de glicemia (diabete) e elevação da pressão sanguínea.
Existem diversas doenças que têm frequência muito aumentada nos obesos. Estas doenças
(comorbidade) são as principais responsáveis pelo aumento das taxas de mortalidade, da
diminuição da expectativa e da qualidade de vida e são o motivo principal da necessidade do
controle do peso. Doenças como diabetes, hipertensão arterial, hiperlipidemia, coronariopatias
como angina e infarto, doenças articulares, apnéia do sono, insuficiência respiratória e
cardíaca, colelitíase e desajustes psico-sociais além de diversas formas de câncer, têm
elevada prevalência entre os obesos e o controle dessas doenças necessariamente envolve a
perda do excesso de peso. Com relação à mortalidade associada à obesidade, um estudo
com 12 anos de seguimento que envolveu 336.442 homens e 419.060 mulheres, encontrou
taxas de mortalidade aumentada em duas vezes para homens e mulheres que estavam 50%
acima do peso ideal. As taxas de mortalidade por câncer estão aumentadas em mulheres
obesas nos tumores malignos de endométrio, vesícula, colo uterino, ovário e mama. Em
homens obesos estão aumentados os tumores malignos colo-retais e de próstata.
Conclusão: A partir desse estudo foi possível constatar que a obesidade vem aumentando de
forma progressiva em todo o mundo. Por isso é imprescindível alertar a população quanto aos
riscos causados pelo excesso de peso e como é possível previnir a obesidade, já que esta é
causada principalmente pelo estilo de vida inadequado. A intervenção preventiva da
obesidade tende a ser menos onerosa para a saúde pública e mais efetiva do que o
tratamento das comorbidades resultantes desta doença crônica.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS NA MODULAÇÃO DA FADIGA CENTRAL.
Autores: ARAÚJO, Luama; COELHO, Raísa; NIELA, Cássio; VARJÃO, Elisama.
Graduandos em Nutrição – Universidade do Estado da Bahia.
Professora orientadora: Mírian Vázquez.
O termo fadiga designa a redução da capacidade do músculo em produzir força e desenvolver
potência. Intensidade e duração do exercício, ingestão de nutrientes e o nível de treinamento
do indivíduo têm influência nesse resultado. Metabolicamente, um conjunto de fatores
também corrobora para este fim, como a baixa de glicogênio, a redução do pH, a
desidratação, o estresse oxidativo e o excesso de amônia. O planejamento adequado do
exercício, somado ao planejamento dietético, pode retardar/evitar a exaustão muscular.
Alguns nutrientes têm papel direto na modulação dos mecanismos que levam à fadiga, sendo
assim, este trabalho visa relacioná-los e avaliar os seus efeitos. Para tanto, realizou-se
revisão de literatura, com bibliografia extraída da plataforma Scielo Brasil, publicados nos
últimos treze anos, na língua portuguesa, utilizando-se as palavras-chave: aminoácidos
ramificados, serotonina, fadiga central, estratégia nutricional e suplementação. Foram
observadas relações entre aumento da oxidação de aminoácidos de cadeia ramificada,
redução dos estoques de glicogênio e elevação da concentração de ácidos graxos na
regulação da síntese de serotonina (pelo triptofano), sendo o aumento da liberação desta,
corresponsável pela fadiga central. Do ponto de vista dietético, o aumento da ingestão de
aminoácidos de cadeia ramificada, bem como a ingestão adequada de carboidratos e a
reposição hídrica previnem a ocorrência de fadiga. Outros estudos salientam nutrientes que
podem ser suplementados, tais como Beta-alanina, que promove aumento da carnosina,
dipeptideo que atua na manutenção do equilíbrio ácido-base, no músculo, evitando
interrupção do exercício por queda no pH; E a glutamina, pois tem influência na concentração
de amônia no organismo, bem como no pH intracelular. Conclui-se que o planejamento
estratégico da dieta, modulando as respostas metabólicas envolvidas no exercício físico, pode
assegurar o rendimento do indivíduo sem provocar danos musculares.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
EFEITO DA SUPLEMETAÇÃO
DESPORTISTAS
DE
L-ARGININA
PARA
PERDA
DE
PESO
EM
Autores: SANTOS, L. A.; LIMA, I. S.; MELO, J. B.; NEIVA, N. B. O.
Orientador: SANTOS, B. N. G.
Introdução: O papel do L-arginina, precursora do óxido nítrico (NO), como recurso
ergogênico, com a intenção de melhorar capacidade aeróbica, reduzir a fadiga e auxiliar no
processo de hipertrofia muscular já é conhecido há muito tempo no meio científico. No
entanto, estudos científicos têm demonstrado que o aumento de óxido nítrico na corrente
circulatória pode estimular a lipólise, podendo incitar a perda de peso, além de melhorar a
sensibilidade à insulina. O NO é a menor molécula produzida por mamíferos e se encontra na
forma gasosa, desempenhando diversas funções essenciais no sistema cardiovascular. Sua
síntese ocorre pela ativação da enzima óxido nítrico sintase (NOS). Esta ativação pode
ocorrer por estímulos químicos, com formação de inositol trifosfato (IP3), com conseqüente
liberação de cálcio e formando o complexo cálcio – calmodulina, ou físicos, pela força de
cisalhamento. Devido à sua ação como molécula sinalizadora, o NO estimula a captação de
glicose e a oxidação lipídica em diversos tecidos corporais, além de elevar a lipólise nos
adipócitos durante o exercício. Um dos possíveis mecanismos para esta ação emagrecedora
do óxido nítrico se configura pelo aumento da fosforilação da lípase sensível a hormônio,
estimulando a lipólise a qual pode ser estimulada também pela elevação da atividade
mitocondrial, estimulando a fosforilação oxidativa. Outro provável mecanismo para a redução
de tecido adiposo pelo uso da L - arginina com consequente aumento do óxido nítrico
circulante é pela conversão de adipócitos brancos em adipócitos marrons, os quais
expressam elevados níveis de UCP-1, proteína responsável pela geração de calor e
termorregulação. Objetivos: Este trabalho tem o objetivo de esclarecer o mecanismo de ação
da L-arginina na promoção da perda de adiposidade corporal, além de abordar sucintamente
os demais benefícios do uso deste aminoácido em atletas e desportistas. Metodologia: Este
trabalho constitui-se de um levantamento bibliográfico nas bases de dados científicas,
utilizando-se como palavras-chave os verbetes óxido nítrico, L-arginina e perda de peso,
óxido nítrico e perda de peso e L-Arginina e tecido adiposo. Conclusões: Os efeitos da
suplementação de L-arginina como auxiliar na perda de peso, sobretudo pela diminuição da
adiposidade corporal, tem sido estudada nos últimos anos, e esta teoria tem obtido cada vez
mais força no meio científico, tanto pela comprovação de sua atividade na biogênese
mitocondrial, assim como na regulação de outras vias do metabolismo celular. Desta forma, a
utilização de óxido nítrico, através da suplementação de L-arginina parece desempenhar uma
importante ferramenta para atletas e desportistas, especialmente aqueles que desejam a
perda de peso corporal.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
AS CRENÇAS DOS PARTICIPANTES DAS OFICINAS FONOAUDIOLÓGICAS PARA
ADULTOS E IDOSOS – UNEB SOBRE MEMÓRIA.
Autores: Amanda Nery Santos, Ana Carla Matos dos Santos, Cássia Regina Santana de
Souza, Gabriela Brito de Amorim Souza, Jéssica Soares dos Anjos, Laíse Souza da Silva,
Luciana Aguiar Ferrer Santiago, Renata Machado Gomes1 e Rina Tereza D’Angelo Nunes2.
1-Acadêmicas do Departamento de Ciências da Vida Colegiado de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia.
2- Mestre, Bacharel em Fonoaudiologia. Especialista em Fonoaudiologia, área de Linguagem. Docente assistente do curso
de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia. E-mail: [email protected]
Introdução. Na literatura cognitiva o conjunto de idéias e sentimentos a respeito da memória
é chamado de metamemória. Pesquisas sobre o envelhecimento e memória colocam que
alterações particulares na metamemória do idoso, como crenças negativas sobre a memória
(Ex.: achar que o envelhecimento envolve perdas irreversíveis na memória) podem influenciar
o seu desempenho, ou seja, o esforço despendido, a motivação e o uso de estratégias.
(YASSUDA e col., 2005). Objetivo. Apresentar e discutir os discursos prevalentes sobre
memória durante os encontros nas Oficinas Fonoaudiológicas. Metodologia. Foram
levantados nos registros de relato das oficinas do projeto de extensão Oficinas
Fonoaudiológicas para adultos e idosos – UNEB: um enfoque em promoção de saúde,
realizadas nos semestres 2012.1, 2012.2 e 2013.1, referências feitas pelos participantes
sobre o tema memória. Resultados. Obtivemos as seguintes categorias de referências à
memória após a leitura dos registros: Memória e saúde: “De um tempo pra cá eu esqueço
tudo, acho que estou doente”. “Às vezes parece que tô ficando louca, tô mal”. “Melhora com o
uso de remédios naturais e mudança alimentar”, “Deve recorrer à medicina para não evoluir”.
“Tava esquecendo e pensei que era Alzheimer, fiz exames e o médico disse que era
emocional”. Memória e idade: “Nos mais velhos os neurônios estão mais cansados, nos mais
jovens é desatenção”. “O que se guarda não se perde, mas com a idade diminui”. "Esquecer
quando se está jovem é falta de interesse, mas quando envelhece faz parte da idade". “Não é
algo que se possa controlar e minha memória é fraca, super fraca e com o tempo piorou”. “Se
uma pessoa consegue lembrar de algo da infância, se consegue guardar, tem uma ótima
memória”, “sou velho, minha memória é boa e só de vez em quando falha, é uma coisa muito
delicada, tem que ficar atento”. Discussão. Observa-se nas falas apresentadas uma forte
relação entre o lembrar/esquecer e possibilidade de estar doente, a importância do cuidado
com a alimentação e medicação para preservar a memória. O avanço da idade é colocado
como fator importante nas alterações da memória, mas ao mesmo tempo há um aparente
conflito na consideração desta idéia como hegemônica e inquestionável. Conclusão. As
oficinas são espaços por excelência na abertura de debate para tema tão complexo como
envelhecimento e memória. Práticas mediadas pela linguagem e solidariedade possibilitam
uma oportunidade de ampla discussão sobre memória e suas múltiplas faces, desconstruindo
preconceitos e estereótipos sobre prejuízo e formas de recuperação da memória no
envelhecimento, que recolocadas no seu devido lugar, fortalecem a auto-estima e o bem estar
subjetivo. Lembrar e esquecer são interfaces necessárias para a continuidade da vida e é isso
que buscamos resgatar durante as oficinas com os participantes.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ROTULAGEM NUTRICIONAL: IMPORTÂNCIA PARA O CONSUMIDOR
ISABELLA SANT’ANNA LIMA1; JEANE BASTOS MELO1; LUAMA ARAÚJO DOS SANTOS1;
NAIARA BRUNELLE OLIVEIRA NEIVA1; VERA FERREIRA ANDRADE ALMEIDA
(ORIENTADORA)2.
1-Graduandos do Curso de Nutriçao da UNEB
2-Professora da UNEB – Departamento de Ciências da Vida- Campus I
A rotulagem nutricional é definida como toda a descrição destinada a informar o consumidor
sobre as propriedades nutricionais de um alimento, compreendendo a declaração de valor
energético e os principais nutrientes. Os rótulos presentes nas embalagens de alimentos
industrializados são elementos identificadores que, além da função publicitária, devem
fundamentalmente ser um meio de informação que permita ao consumidor uma escolha
adequada do produto sob o ponto de vista nutricional e indique a forma correta de
conservação e preparo deste produto. No entanto, isto não significa que os consumidores o
estejam utilizando como uma ferramenta para a escolha dos alimentos que deverão compor
sua dieta e, assim, reduzir os excessos alimentares e os danos ocasionados à saúde.
Objetivo: Realizar uma sucinta revisão de literatura a cerca dos principais componentes
contidos nos rótulos dos alimentos e difundir essas informações à comunidade acadêmica da
UNEB, em especial aos graduandos do curso de Nutrição. Metodologia: Foi realizada uma
pesquisa no banco de dados do site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a
cerca das normas e regulamentações sobre a rotulagem nutricional obrigatória. Também
foram consultadas algumas monografias e teses que se enquadram nesta revisão. Resultados
e Conclusões: A ANVISA na Resolução - RDC n° 259, de 20 de setembro de 2002,
regulamenta a rotulagem de alimentos embalados no Brasil, tornando obrigatório: a
denominação de venda do alimento, a lista de ingredientes, o conteúdo líquido, a identificação
da origem e do lote, o prazo de validade, a instrução sobre preparo e uso do alimento, quando
necessário, e o nome ou razão social. Já a RDC n° 360, de 23 de dezembro de 2003,
determina que na rotulagem nutricional devam ser declarados os seguintes nutrientes: valor
energético, carboidratos, proteínas, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio. Atualmente,
esta lista se estendeu para fibras, cálcio e ferro. A veracidade das informações apresentadas
pelo rótulo nutricional em alimentos deve ser garantida para que essa ferramenta cumpra o
objetivo de auxiliar ao consumidor em suas escolhas e aos profissionais de saúde, na
orientação para a composição da dieta. Neste âmbito, a educação nutricional é reconhecida
como uma importante estratégia na construção de hábitos alimentares saudáveis pela
população. A ANVISA fiscaliza se aquelas informações contidas nos rótulos estão corretas e
se a variação na quantidade está dentro dos padrões permitidos. Conclusão: A partir dos
resultados obtidos pela pesquisa, percebe-se a importância das informações nutricionais e
obrigatórias que atestam a procedência do produto a ser adquirido. A rotulagem deve ajudar
os consumidores a tomarem a decisão da compra. A ausência de informações ou rótulos
confusos podem prejudicar a saúde do consumidor e desestruturar o comércio de produtos
alimentícios no Brasil. As intervenções educativas podem constituir estratégias eficazes na
melhoria das escolhas alimentares.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM CHOQUE SÉPTICO: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Isadora Anjos Zottoli e Ráissa Soraya de Oliveira.
Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, BRASIL
Liga Acadêmica de Cuidados Críticos de Enfermagem - EEUFBA, Salvador, BA, BRASIL
Introdução: A sepse e o choque séptico são causas importantes de hospitalização e as
principais causas de morte no Brasil e no mundo. Estudos recentes apontam o choque séptico
como o responsável por mais da metade dos casos em hospitais públicos brasileiros.
Infecção, sepse, sepse grave e choque séptico são estágios progressivos da mesma doença
e que requerem vigilância constante e cuidados qualificados e embasados pelas evidências
por parte da enfermeira, cruciais para evitar o agravamento deste já crítico quadro clínico.
Objetivo: Relatar a importância do cuidado do enfermeiro ao paciente com choque séptico
nas unidades de emergência. Metodologia: Consiste em um relato de experiência através de
um caso clínico realizado pelas discentes em fevereiro de 2013 como requisito de avaliação
da disciplina Urgência e Emergência do curso de Enfermagem da Universidade Federal da
Bahia. Resultados: ERO, 46 anos, procedente do 5º Centro de Saúde Professor Clementino
Fraga, com queixa de dor abdominal a +/- 1 mês, apresentando frequência respiratória: 50
incursões/min e frequência cardíaca: 120 bpm. Apresentava-se com desconforto respiratório,
infecção do trato respiratório, derrame pleural a esquerda e sepse grave. Encaminhado com
diagnóstico de sepse, disfunção renal e, ao exame, péssimo estado geral, hemodinâmica
sustentada às custas de droga vasoativa, dispneico, afebril, roncos pulmonares e estertores,
necessitando de internamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em caráter de urgência.
Paciente evoluiu com 3 paradas cardiorrespiratórias (PCR) em fibrilação ventricular, sendo
reanimado com sucesso. O cuff do tubo orotraqueal havia sido danificado (“estourado”)
durante a noite, sendo substituído por outro com sucesso. Segue grave em ventilação
mecânica, PEEP de 10 sendo reforçado pedido de vaga na UTI. Solicitado ultrassonografia de
tórax e avaliação de cirurgia geral por derrame pleural a esquerda. Discussão: Após a
admissão do paciente na emergência a enfermeira deve realizar a passagem de sonda
nasogástrica, deixando sob aspiração afim de identificar se a infecção do trato respiratório e a
parada cardiorrespiratório estão envolvidos com possível broncoaspiração devido ao
rompimento do cuff; instalar monitoração multiparamétrica,
observar alterações nos
parâmetros hemodinâmicos atentando para o ritmo cardíaco (pois o paciente teve PCR),
frequência cardíaca pois sua elevação gera maior gasto de energia e esta deve ser poupada
nesses casos devido às altas exigências metabólicas neste paciente. A enfermeira deve ainda
puncionar acesso venoso para administração de antibióticos, inicialmente de largo espectro
quando não se sabe o organismo etiológico, e também de drogas vasopressoras e inotrópicas
que irão manter o débito cardíaco e perfusão de órgãos, fazer controle da pressão artéria de 5
em 5 minutos para avaliar a perfusão, controle glicêmico devido ao intenso metabolismo e
possíveis alterações na hemogasometria arterial, passar sonda vesical de demora, instalar e
realizar balanço hídrico, avaliando débito urinário. Conclusão: A enfermeira deve promover
seus cuidados em conjunto com a avalição do médico, considerando que a sua principal
conduta deve ser a avaliação clínica constante do paciente, permitindo assim que a
enfermagem seja capaz de estabelecer condutas terapêuticas adequadas e efetivas ao
paciente com choque séptico, identificando os agravos que surgem em decorrência deste
quadro clínico. Para isso, é de extrema importância que ele tenha um amplo conhecimento
teórico científico.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
A VIDA SEM GLÚTEN
SILVA, J.S. ; MOTA L.G. ; SANTOS R.F.C; SACRAMENTO, JM;
ORIENTADORA: LEMAIRE, DC
Introdução: A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune causada pela intolerância
permanente ao glúten. O glúten é uma proteína presente no trigo (gliadina), centeio (secalina),
cevada (hordeína) e aveia (avenina), cereais comumente encontrados em alimentos,
medicamentos e bebidas, dentre outros produtos. Estas moléculas estimulam a resposta
imunpatológica mediada pelos linfócitos T, em indivíduos geneticamente predispostos, com
consequente atrofia das vilosidades da mucosa do intestino delgado e má absorção de
nutrientes. As principais manifestações clínicas são diarreia crônica, fadiga, dor e distensão
abdominal, perda de peso e flatulência. Também podem ser observadas, mais raramente,
outras alterações como osteoporose, disfunção hepática, vômitos, anemia por deficiência de
ferro e disfunção neurológica, dentre outras. A prevalência de DC tem aumentado
significativamente nos últimos anos. Contudo ainda está subestimada devido à falta de
informação, a ocorrência de casos assintomáticos ou oligossintomáticos e à dificuldade de
diagnóstico, pois seus sintomas são semelhantes a outras doenças inflamatórias intestinais.
Objetivos: Realizar uma revisão de literatura, a partir dos pressupostos da revisão
sistemática da literatura sobre DC, buscando mapear recortes teóricos metodológicos e
principais evidências referentes à temática. Métodos: O presente trabalho trata-se de uma
revisão de literatura sistemática, cuja coleta de dados aconteceu em maio de 2012. A busca
pelos trabalhos foi através do site da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed, nos
idiomas inglês, espanhol e português, publicados nos últimos cinco anos. Discussão: A
doença celíaca não tem cura, mas pode ser controlada adequadamente. O diagnóstico
precoce é fundamental, especialmente em crianças. O padrão-ouro para o diagnóstico da DC
é a realização de endoscopia digestiva alta com exame histopatológico de biópsia de intestino
delgado. O tratamento da DC consiste em dieta sem glúten, por toda a vida. A melhora clínica
ocorre, normalmente, alguns dias após a remoção do glúten da dieta, mas a cura completa
pode demorar meses ou até anos para ocorrer. O reconhecimento da ampla variedade de
manifestações clínicas da DC, o desenvolvimento de novos testes diagnósticos e a
identificação de marcadores moleculares de susceptibilidade genética são essenciais para
melhor abordagem de pacientes com esta enteropatia e seus familiares. A prevalência de DC
entre familiares de primeiro grau varia de 8% a 18%, o que ressalta a importância do
rastreamento na família. Conclusão: Estudos encontram associação positiva entre a
influência da alimentação na gênese da DC, com indícios de que a ingestão de alimentos rico
em glúten pode gerar alterações em parâmetros bioquímicos e endócrinos relacionados ao
desenvolvimento desta patologia.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ESTUDO DE PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM
ATENDIDOS NO CEAD/UNEB.
ADULTOS
VERA FERREIRA ANDRADE DE ALMEIDA1; ALINE LUQUINI SANTOS2; EVELINE
CERQUEIRA BISPO2; FELIPE DANTAS DE CASTRO2; ISABELLA SANT’ANNA LIMA2;
MARCELA VIRGÍNIA TEIXEIRA VAZ DE CARVALHO2; REBECA FERREIRA
PFAFFENSELLER2; VIRGÍNIA ALVES RIBEIRO2 .
1-Professora da UNEB – Departamento de Ciências da Vida- Campus I
2-Graduandos do Curso de Nutriçao da UNEB
A obesidade, doença crônica de etiologia multifatorial, é hoje um dos mais graves problemas
de saúde pública, presente tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). Devido à sua elevada prevalência, a Organização
Mundial de Saúde (OMS) considera esta doença uma epidemia global do século XXI.
Objetivos: Verificar e analisar a prevalência de sobrepeso e obesidade em pacientes adultos
atendidos no Centro de Estudos e Atendimento Dietoterápico (CEAD), Salvador, BA.
Metodologia: O estudo foi do tipo quantitativo e descritivo, de corte transversal e de base
secundária. A coleta de dados foi realizada no ano de 2013, incluindo 1422 pacientes adultos
de ambos os sexos, atendidos pela primeira vez de 2010 a 2012. Foram excluídos os idosos e
as crianças visto que o IMC como indicador de risco nesta população parece ser limitado pela
possibilidade de não refletir adequadamente o teor e a distribuição da adiposidade (OMS,
2004). O diagnóstico nutricional da amostra estudada foi realizado segundo índice de massa
corporal (IMC), expresso em kg/m², de acordo com os pontos de coortes recomendados pela
OMS (2004). As variáveis demográficas (idade, sexo e escolaridade) foram obtidas dos
prontuários para descrever a amostra estudada. Para o estudo antropométrico, foram
realizadas medições de peso através de balança digital com carga máxima 500 kg (Toledo) e
altura por meio de haste metálica vertical com graduação 0,5 cm (Welmy). Resultados e
discussão: O levantamento revelou que a maior parte dos indivíduos atendidos no CEAD era
do sexo feminino (82,56%). Em relação ao grau de escolaridade, foi predominante o 2º grau
completo (39,66%). Quanto ao diagnóstico nutricional, a prevalência de sobrepeso foi de
34,81%, enquanto que a de obesidade foi de 39,87%. Realizando-se uma comparação entre
os anos 2010 e 2012 foi observado aumento crescente de sobrepeso 2010(31,53%),
2011(33,82%) e 2012(37,63%), já em relação a obesidade ouve uma diminuição dos
percentuais .Conclusão: De acordo com os dados analisados, é possível observar que os
índices de sobrepeso e obesidade encontrados foram maiores que os encontrados pela
Pesquisa de Orçamento Familiar - POF (2008-2009) para a Região Nordeste. Dado o
aumento crescente da obesidade indicado por recentes estudos realizados no Brasil, acreditase ser importante o mapeamento desta patologia nos Serviços de Atendimento de Saúde e
Nutrição em nosso país, objetivando práticas intervencionistas, além de medidas de
prevenção adequadas. O CEAD vem alcançando os objetivos no que se refere ao
atendimento nutricional e dietoterápico de caráter assistencialista e com integração do
discente na prática profissional através de aulas práticas, estágios e realização de pesquisas,
além da promoção de eventos como a Sessões Científica, constituindo-se como um espaço
de experimentação e aprendizagem.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
___________________________________________________________________________
Email: [email protected]/[email protected] Universidade do Estado da Bahia –
UNEB, Campus I Departamento de Ciências da Vida. Salvador – Bahia.
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO BIRIBIRI (A.bilimbi) E DA CARAMBOLA (A. carambola).
SILVA, L. J; BENEVIDES, C.; LOPES, M.V; SILVA, H.; BANDEIRA, T; BISPO, L.
Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Rua Silveira Martins 2555, Salvador, Bahia, Brasil.
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB
Os radicais livres (espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio) são formados naturalmente
nos processos metabólicos como subprodutos acidentais ou produtos principais de reações
enzimáticas ou não enzimáticas, lesando a integridade celular por meio da oxidação de
biomoléculas, e podem comprometer processos biológicos vitais. Em combate a essas
espécies reativas, os alimentos funcionais, especialmente frutas e hortaliças, podem
proporcionar benefícios nutricionais, dietéticos e metabólicos específicos para o organismo e
contribuir para o controle e redução do risco de diversas doenças que estão relacionadas com
a produção de radicais livres. Esses alimentos contem quantidades significantes de nutrientes
denominados antioxidantes. Sendo assim, é relevante aumentar a ingestão de alimentos
fontes de antioxidantes. Dentre as frutas que possuem compostos antioxidantes, a Averrhoa
bilimbi (biribiri) e Averrhoa carambola (carambola) tem sido estudada nos últimos anos.
Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a atividade antioxidante dessas frutas. Os métodos
empregados foram: pela captura do radical livre DPPH e os resultados expressos em g/
gDPPH; e pelo método de redução do ferro (FRAP). Os resultados encontrados para o biribiri
foram, respectivamente para o método do DPPH e FRAP: (113,52g amostra/ g DPPH;
0,307µM sulfato ferroso/g), e para a carambola: (414,5g amostra/ g DPPH; 0,073µM sulfato
ferroso/g). Conclui-se, portanto, que as frutas possuem atividade antioxidante satisfatória.
Além disso, verificou-se que o biribiri apresentou maior poder antioxidante para ambas as
metodologias, comparado à carambola.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
O USO DE FITOTERÁPICOS COMO COADJUVANTE DO TRATAMENTO NUTRICIONAL
DA OBESIDADE
REBECA FERREIRA PFAFFENSELLER¹; CARINE DE OLIVEIRA SOUZA².
1- Discente do Curso Bacharelado em Nutrição, Departamento de Ciências da Vida, Universidade do Estado da Bahia,
Campus I, Salvador, BA. E-mail: [email protected]
2- Docente do Curso Bacharelado em Nutrição, Departamento de Ciências da Vida, Universidade do Estado da Bahia,
Campus I, Salvador, BA
A obesidade é uma doença crônica, de etiologia multifatorial, caracterizada pelo acúmulo
excessivo de gordura corporal, proveniente de um desequilíbrio entre o aporte energético e o
gasto metabólico, associada a uma série de comorbidades. Atualmente, a busca de
terapêuticas complementares ao tratamento nutricional da obesidade, inclui o uso de plantas
medicinais, amplamente comercializadas em farmácias na forma de fitoterápicos. A despeito
dos produtos disponíveis à prescrição nutricional, evidencia-se que é escassa a literatura
científica sobre os efeitos destas plantas em seres humanos e sua validação como
coadjuvante do tratamento dietoterápico direcionado a perda ponderal. Objetivo: Realizar uma
breve revisão da literatura sobre os fitoterápicos utilizados como tratamento complementar da
obesidade, discutindo as evidências científicas sobre o uso daqueles mais indicados para o
controle de peso quando associado à dieta. Metodologia: Para realização desse trabalho foi
realizada pesquisa bibliográfica nas bases de dados Scielo e LILACS, além de sites do
Ministério da Saúde, ANVISA, Associação Brasileira de Fitoterapia, utilizando-se as palavraschave: Fitoterápicos, Fitoterapia, Plantas medicinais, Obesidade. Também foram consultados
alguns livros de referência que atendessem aos critérios adotados nessa revisão. Resultados
e discussão: Através da coleta de informações obtidas nesta revisão, foi possível identificar
diversas plantas medicinais capazes de auxiliar no tratamento complementar da obesidade,
entre elas: a Cáscara sagrada (Rhamus purshiana), Ginseng (Panax ginseng), Chá verde
(Camellia sinensis); Garcínia (Garcinia cambogia), Laranja amarga (Citrus aurantium),
Caralluma (Caralluma fimbriata) e Gimnema (Gimmnema sylvestre). Entre os mecanismos de
ação desses fitoterápicos estão o estimulo ao gasto energético, aumento da lipólise,
aceleração do esvaziamento intestinal, retardo do esvaziamento gástrico e redução da
compulsão por doces. Conclusão: Diante da epidemia mundial da obesidade, há crescente
interesse pela utilização de terapias alternativas que visam otimizar a perda e retardar o
reganho de peso ao longo do tempo, dentre elas a fitoterapia. Pode-se observar, através dos
achados deste estudo, que existem diversas plantas medicinais que podem ser associadas ao
tratamento complementar da obesidade, sendo que cada uma delas tem um mecanismo de
ação específico no metabolismo humano. Entretanto, para o sucesso do tratamento, é
imprescindível que o uso do fitoterápico esteja associado com a dietoterapia e a prática de
atividade física, devendo ser prescrito de forma criteriosa, por um nutricionista habilitado,
tendo em vista que este não é isento de efeitos colaterais, interações medicamentosas ou
contraindicações.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
MUTAÇÃO NO GENE LMNA - SÍNDROME DE HUTCHINSON-GILFORD – PROGÉRIA.
GOMES, Hemerson Dyego N.*; MARTIS, Marina B.*, LESSA, Krysna P.*; SOUZA, Paulo Roberto
dos S.*, VIERA, Thiago S.*, ARAUJO, Milena M. S. de** e MARTINS, Rosa**.
*Acadêmicos de Medicina da Universidade do Estado da Bahia – UNEB ** Docentes orientadores
Introdução: O núcleo das células eucarióticas é delimitado por uma estrutura bimembranar e
porosa. Subjacente à membrana interna do envelope nuclear as proteínas fibrosas
conhecidas como lâminas, fornecem suporte ao núcleo. Uma mutação que altere a
codificação de uma dessas proteínas pode afetar na estabilidade do núcleo, causando danos
à célula e ao organismo. Como no caso da Síndrome de Hutchinson-Gilford – Progéria
(HGPS), ocasionada por uma mutação no gene para a lâmina A, que promove uma
aceleração no envelhecimento do organismo. Objetivo: Compreender como as mutações no
gene LMNA, que codifica a lâmina A situada internamente ao envoltório nuclear, condiciona a
Síndrome de Hutchinson-Gilford – Progéria. Metodologia: Este estudo foi desenvolvido após
uma revisão narrativa realizada em livros científicos e artigos, publicados em bancos de
dados online como Portal CAPES, SCIELO, Lilacs, Medline e Pubmed. Para isto, foram
utilizadas palavras chaves como: Síndrome de Hutchinson-Gielford, progeria, lâmina nuclear,
núcleo, LMNA. Adotou-se como critério de inclusão publicações a partir de 1970. Resultado
e Discussão: A síndrome de Hutchinson-Gilford – Progéria foi descrita, primeiramente, por
Jonathan Hutchinson, no ano de 1886, e nomeada por Hastings Gilford em 1904. Caracterizase como uma rara doença que possui apenas 150 casos relatados na literatura e acomete
principalmente indivíduos caucasianos do sexo masculino. Vários estudos apontam como
causa da síndrome uma mutação no gene LMNA, responsável por codificar a proteína lâmina
A, constituinte da membrana interna do envoltório nuclear. Essa alteração implica substituição
da serina por treonina. Recentemente foi observada que essa mutação ocorre, sobretudo, no
éxon 11 desse gene, sendo considerada o principal fator responsável pela ocorrência da
síndrome. Não há consenso de que a HGPS seja decorrente de uma mutação autossômica
recessiva ou dominante, embora a maioria dos autores apresente-a como dominante. Uma
das consequências dessa alteração gênica é a síntese de uma proteína aberrante
denominada progerina. Seu acúmulo promove diversos defeitos nucleares, incluindo a
desorganização da lâmina nuclear e a alteração da função da cromatina, caracterizando essa
enfermidade como uma laminopatia. Essa síndrome causa desordens em múltiplos sistemas,
sobretudo aterosclerose prematura e degeneração vascular das células da musculatura lisa,
que podem culminar com a morte precoce do individuo. O diagnóstico é clínico e não possui
cura, embora pesquisas com células-tronco venham apresentando resultados promissores em
estudos “in vitro”. O prognóstico da HGPS é sombrio, com expectativa de vida emtorno dos 14
anos.Conclusão: Pode-se compreender, a partir da discussão, como a mutação do gene
LMNA altera a organização estrutural do envoltório nuclear. Essa alteração acarreta uma série
de consequências à saúde do indivíduo, como é o caso da HGPS. Conclui-se, através deste
estudo, que é necessária a realização de pesquisas mais criteriosas que objetivem desvendar
tratamentos mais eficazes e, até mesmo, uma possível cura para a Síndrome de HutchinsonGilford – Progeria.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
MUTAÇÃO NO CROMOSSOMO “X” E SUA REPERCUSSÃO NOS PEROXISSOMOS
Autor(es): Patrícia Pontes Cruz; William de Oliveira S. Cerqueira; Eduardo Gonçalves Bastos;
Danilo Ricardo Borges; Manuela Lyrio Ximenes; Milena M. S. de Araujo; Rosa Martins
Introdução: Os peroxissomos são organelas citoplasmáticas esféricas, com 0,2 a 1 µm de
diâmetro, envolvidas por uma única membrana, não apresentam DNA apesar de se
autorreplicar e suas proteínas são importadas do citoplasma. Estão presentes em todas as
células eucarióticas, exceto nos eritrócitos, e atuam na oxidação de ácidos graxos,
metabolização de ácido úrico, oxidação de substâncias orgânicas etc. Para realizar essas
funções utilizam enzimas produtoras de peróxido de hidrogênio, como a Urato oxidase, βoxidase dos ácidos graxos e D-aminoácido oxidase e a Catalase, que degrada o peróxido de
hidrogênio. Objetivos: Compreender a mutação do cromossomo X, e sua repercussão
funcional nos peroxissomos, dando ênfase na Adrenoleucodistrofia (ADL). Métodos:
Realizou-se uma revisão narrativa da literatura, por meio de busca de artigos científicos e
livros relacionados à peroxissomos e doenças peroxissomais. Os artigos foram
correlacionados com os descritores Peroxissomos, ADL, X-ADL e Adrenoleucodistrofia, nos
idiomas das línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Foram consultadas as bases de dados
online Lilacs, Medline e o Portal CAPES. Adotou-se como critério de inclusão publicações a
partir de 2006. Resultados e Discussão: Através dos trabalhos analisados evidenciou-se
que os perixossomos são organelas essenciais para a manutenção da homeostase celular e
degradação dos metabólitos produzidos no interior celular, por meio da produção de peróxido
de hidrogênio e posteriormente pela quebra desse composto. Quaisquer alterações nessas
organelas podem promover distúrbios sistêmicos, que repercutem em problemas
neurológicos, hepáticos e renais. Como exemplo, temos a síndrome de Zellweger, a
Adrenoleucodistrofia (ADL), Hiperoxalúria, Acatalassemia, entre outras. Deve-se ter cuidado
com o diagnóstico, já que frequentemente a ADL é confundida com o distúrbio do déficit de
atenção/hiperatividade para os meninos e como esclerose múltipla para os homens e para as
mulheres. A ADL é uma doença genética rara, e recessiva, que afeta o cromossomo X.
Neste, há um gene responsável pela codificação da enzima ligase-acetil-CoA gordurosa, que
é encontrada na membrana dos peroxissomos e está relacionada ao transporte de ácidos
graxos de cadeia muito longa (AGCML) para o interior dessa organela. O gene defeituoso,
localizado no lócus Xq-28 do cromossomo X, ocasiona uma mutação e inatividade dessa
enzima. Os AGCML, que são quebrados no interior dos peroxissomos, pela β-oxidase, enzima
responsável pela β-oxidação de lipídios, ficam impedidos de entrar nestes. O acúmulo de
AGCML no interior celular promove interações das caudas hidrofóbicas dos AGCML com os
componentes da bainha de mielina, que repercutem na solubilização da mesma. Assim,
gradativamente, a condução do impulso nervoso é dificultada fazendo com que o sistema
nervoso se torne ineficiente. Conclusões: Esse trabalho foi essencial para reconhecer a
importância dos peroxissomos nas células eucarióticas, assim como entender a influência
destes na ADL. Também servirá de base para a realização de futuros estudos que tenham
como objetivo compreender o mecanismo de desmielinização por acúmulo dos AGCML no
interior da célula, por ser ainda desconhecido, assim como difundir informações para se obter
um diagnóstico mais preciso da ADL.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
O IMPACTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NA DIMINUIÇÃO DA DESNUTRIÇÃO INFANTIL
NA CIDADE DE SALVADOR-BA
Claudineia Almeida de Souza1; Neilla Almeida de Souza²; Denise Santana Silva dos Santos³
1- Estudante de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA)
2- Estudante de Enfermagem da Universidade Estadual da Bahia (UNEB)
3- Docente do curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia
Introdução: A desnutrição infantil faz parte da realidade de países em desenvolvimento e
subdesenvolvidos, tendo como causa principal uma dieta inadequada, com déficit de
nutrientes essenciais para a manutenção do organismo. Na tentativa de minimizar/erradicar
tal problema, os governantes brasileiros vêm investindo em políticas públicas e programas de
saúde, tendo como exemplo o Programa Bolsa Família, o qual entrou em vigor no país em
2003. Objetivo: Analisar a relação da inserção dos programas do governo de incentivo à
Atenção Básica e redução da pobreza, com a diminuição da desnutrição infantil na cidade de
Salvador – Ba, entre os anos de 2003 a 2007. Metodologia: Foi realizado um estudo
ecológico de base populacional com uma amostra de 20.798 crianças com idade entre 2 e 5
anos da cidade de Salvador-Bahia, no período de 2003 a 2007. Os dados foram obtidos
através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), fonte de dados
secundários. Neste estudo foram utilizadas as variáveis, peso (variável dependente) e idade
(variável independente). Resultados: Dos anos estudados o que apresentou uma maior
prevalência de crianças desnutridas foi o de 2003 (31,44%). A análise dos dados obtidos no
intervalo de 5 anos mostrou um declínio relevante da prevalência de desnutrição entre as
crianças soteropolitanas, com uma taxa de 31,44% em 2003 e atingindo 19,56% em 2007.
Conclusão: Os dados de redução da desnutrição infantil coincidem com o período de
implementações de programas do governo de incentivo à redução da pobreza, a exemplo do
Bolsa Família. É importante ressaltar que outros fatores também foram fundamentais para a
redução da desnutrição infantil, tais como, o aumento da escolaridade materna, o aumento do
poder aquisitivo das famílias, expansão da assistência à saúde e melhoria das condições de
saneamento.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
OS SUBSTRATOS ENERGÉTICOS NOS DIFERENTES EXERCÍCIOS FÍSICOS
Autores: LIMA, I. S.; MELO, J. B.; NEIVA, N. B. O.; SANTOS, L. A.
Orientador: MENDES, J. P. C.
Introdução: Por que um maratonista recordista mundial não necessariamente se sobressai
numa corrida de curta distância? A resposta é simples: exercícios distintos recrutam
substratos energéticos específicos. A contribuição relativa dos diferentes sistemas de
transferência de energia difere acentuadamente de acordo com a modalidade, intensidade e
duração do exercício, bem como com o estado de aptidão do atleta. Objetivo: Caracterizar e
descrever o processo de transferência energética em diferentes exercícios físicos, a fim de
esclarecer a importância dessa compreensão no planejamento nutricional de um atleta.
Metodologia: Este trabalho constitui-se de um levantamento bibliográfico nas bases de dados
científicas, utilizando-se como palavras-chave os verbetes substratos energéticos, exercício,
transferência de energia, ATP. Discussão: Os substratos utilizados na obtenção de energia
são carboidratos, ácidos graxos e proteínas, os quais são metabolizados pelas vias aeróbia e
anaeróbia, que envolvem a geração de ATP. Nos exercícios de alta intensidade e curta
duração, o principal substrato utilizado é proveniente do sistema ATP-CP; já em exercícios
intensos com duração superior a 10 segundos, a produção de ATP passa a depender também
do sistema glicolítico. A energia para fosforilar o ADP durante o exercício intenso provém
principalmente do glicogênio muscular, por meio da glicólise anaeróbica, com conseqüente
formação de lactato. Em exercícios mais prolongados, a energia predominante provém do
metabolismo aeróbio. A alocação de energia para o exercício, proveniente de cada forma de
transferência energética, progride ao longo de um continum. O controle da disponibilidade dos
substratos energéticos no exercício é determinado em grande parte por ajustes hormonais,
favorecendo a mobilização dos triglicerídeos do tecido adiposo e muscular e do glicogênio
muscular. Desse modo, se sobressai o atleta que possui uma capacidade bem desenvolvida
tanto para o metabolismo anaeróbio quanto aeróbio. Conclusão: A energia no exercício não
é produto de sistemas energéticos independentes, mas sim de uma combinação harmoniosa
destes, havendo superposição de uma modalidade de energia para a outra a depender da
demanda. Compreender os mecanismos que regulam o metabolismo energético nas diversas
modalidades esportivas é fundamental para a elaboração de estratégias nutricionais
individualizadas que garantam melhores adaptações do atleta ao exercício.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
MÉTODOS PARTICIPATIVOS NO PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE OFICINA SOBRE
ARMAZENAMENTO E DESCARTE DE MEDICAMENTOS
Autores: Borges, Danilo Ricardo Carneiro1,9; Oliveira, Thais Fonseca de2,9; Medeiros, Juliana Costa3,9;
Rocha, Lucas Silveira3,9; Rosario, Gleice de Oliveira4,9; Silva, Luciane Chaves da5,9; Santos, Marta
Cerqueira dos5,9; Meirelles, Cinara Cícera Salgado Nunes6,9; Pacheco, Mila Palma7,9; Martins, Rosa8,9
1
Estudante de Medicina UNEB, bolsista PET-Farmácia
Estudante de Enfermagem UNEB, bolsista PET-Farmácia
3
Estudante de Farmácia UNEB, bolsista PET-Farmácia
4
Estudante de Medicina UNEB, voluntária PET-Farmácia
5
Enfermeira da Unidade da Saúde da Família do Arenoso, Preceptora PET-Farmácia
6
Odontóloga da Unidade da Saúde da Família do Arenoso, Preceptora PET-Farmácia
7
Professora Curso de Farmácia UNEB, Coordenadora do Projeto PET-Farmácia
8
Professora Curso de Farmácia UNEB, Tutora PET-Farmácia
9
Grupo de Pesquisa Uso Racional de Medicamentos como Necessidade Social em Saúde
2
Introdução: O armazenamento correto dos medicamentos garante a manutenção do efeito e afasta a
possibilidade de perda por má conservação, enquanto que o descarte inadequado de medicamentos
incorre em riscos ambientais e sanitários. Vários estudos apontam que o envolvimento do sujeito na
construção do conhecimento torna-o mais significativo, potencializando as ações de educação em saúde.
O presente trabalho é fruto das atividades realizadas por bolsistas, de diversos cursos da área de saúde,
supervisionados por docentes do curso de Farmácia da Universidade do Estado da Bahia e preceptores
vinculados ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde. Objetivo: Descrever a aplicação de
métodos participativos nas etapas de planejamento e execução de oficina sobre armazenamento e
descarte de medicamentos. Método: Na etapa de planejamento (dezembro/2012) a equipe realizou
leituras sobre métodos participativos e descarte de medicamentos, onde em encontros periódicos os
conteúdos foram discutidos para definição da técnica a ser aplicada na oficina. O grupo elegeu como
público-alvo os agentes comunitários de saúde (ACS) da Unidade de Saúde da Família de Arenoso, do
distrito sanitário Cabula-Beiru/Salvador/Ba pela interface estratégica com a comunidade. Na etapa de
execução (janeiro/2013) a oficina foi conduzida de acordo com um plano de atividade, incorporando a
demanda dos ACS. Resultados: Um “Jogo de Erros e Acertos” foi construído pela equipe, contendo
cartas com afirmações assertivas e negativas sobre armazenamento e descarte de medicamentos, além de
um plano de atividade contendo as responsabilidades de tutoria, relatoria e apoio. Participaram da
oficina 13 ACS, 2 preceptores, 6 estudantes e 1 professor. A oficina foi conduzida pelo tutor a partir da
retirada de cartas do jogo pelos participantes, sendo estes solicitados a indicar se a afirmativa estava
correta ou incorreta, seguida por debate. Os ACS trouxeram bastante informação acerca das
necessidades da população, fornecendo elementos para a inserção de conceitos sobre o tema na sua
prática diária. Observou-se que havia maior carência de informação técnica sobre descarte do que sobre
armazenamento, e os ACS apontaram a necessidade deste conhecimento específico para melhor
orientação da população assistida. A partir desta demanda, foi construído coletivamente um instrumento
para avaliar as condições de armazenamento e descarte dos medicamentos na comunidade. Discussão:
O envolvimento de uma equipe multiprofissional do projeto possibilitou a socialização de
conhecimentos de áreas especificas além de permitir perceber a aplicação dos métodos participativos e
possibilidades de construção coletiva através das experiências individuais. A técnica escolhida
demonstrou ser efetiva, pois possibilitou o amplo debate sobre o tema apresentado. Os ACS serão
multiplicadores dos conceitos discutidos, visto que mostraram-se interessados em levar a informação
sobre armazenamento e descarte de medicamentos para a população assistida. Conclusão: Os métodos
participativos podem ser utilizados para a construção coletiva do conhecimento permitindo a introdução
de conceitos em saúde junto aos ACS. A escolha dos ACS é chave para ampliar a discussão sobre
descarte e armazenamento de medicamentos na comunidade, uma vez que eles conhecem a realidade da
população. No entanto, nota-se que são necessárias ações mais efetivas para capacitar os ACS sobre uso
racional de medicamentos.
Agradecimentos: Mônica Francisca de Assis Silva, aluna do Curso de Farmácia; Agentes Comunitários
de Saúde do Distrito Sanitário Cabula-Beirú.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ENFERMEIRO NA HEMODIÁLISE: ATUANDO NAS COMPLICAÇÕES
Autores: Luiz Richarllei de Oliveira Souza, Elieusa e Silva Sampaio
Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, BRASIL -Liga Acadêmica de Cuidados Críticos de
Enfermagem - EEUFBA, Salvador, BA, BRASIL.
Introdução: A população mundial está sendo cada vez mais acometida por doenças crônicas,
o que vem gerando um grande impacto na morbimortalidade. Dentre essas doenças, inclui-se
a doença renal crônica (DRC) que é uma deterioração progressiva e irreversível da função
renal, resultando na incapacidade dos rins em exercer suas funções normais e geralmente a
hemodiálise (HD) é o tratamento indicado para estes pacientes. A HD permite a depuração de
água e do excesso de produtos residuais, como a uréia e a creatinina, através de um
processo de filtragem via acesso venoso ou arterial e, muitas vezes, durante este
procedimento podem ocorrer complicações que podem levar ao agravamento do quadro,
sendo necessário a rápida identificação e a realização de intervenções imediatas. Objetivo:
Identificar as intervenções do enfermeiro nas complicações que ocorrem durante as sessões
de HD. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura onde foram
selecionados 10 artigos nas bases de dados LILACS e MEDLINE. Foram utilizados os
seguintes descritores: “diálise renal” “insuficiência renal crônica” e “cuidados de enfermagem”.
Os descritores foram utilizados isoladamente e depois em cruzamentos, utilizando o operador
booleano “and”. Foram utilizados como critérios de inclusão: artigos que abordassem a
temática e que estivessem na íntegra. Resultados: Os estudos encontrados evidenciaram
que a maioria dos pacientes submetidos à HD apresentam algum tipo de complicação durante
o procedimento, sendo evidenciado principalmente: hipotensão arterial ou hipertensão arterial,
náuseas e vômitos, hematoma ou extravasamento pela fistula arteriovenosa (FAV), cefaleia,
febre, reação pirogênica e bacteremia, arritmia cardíaca, precordialgia, hemorragias, prurido,
hipoxemia, reações alérgicas, convulsões, lombalgia, câimbras musculares. Discussão: Em
relação a hipotensão arterial, que ocorre mais frequentemente na HD, o enfermeiro deve
administrar solução salina 0,9 %, plasma e outros agentes para aumentar a volemia, deve
também realizar a diminuição da velocidade da ultrafiltração, colocando o paciente na posição
de trendelemburg e deve avaliar constantemente a pressão arterial em intervalos frequentes.
Em caso de hipertensão arterial, administrar anti-hipertensivos de acordo com prescrição
médica. Para as câimbras, administrar glicose hipertônica, nos casos de bacteremia ou
reação pirogênica, o enfermeiro deve colher amostras para cultura, administrar antitérmicos e
antibióticos. Em pacientes que apresentem náuseas e vômitos, administrar antieméticos. Na
suspeita de hipoxemia, instalar cateter de oxigênio, providenciar oximetria de pulso, coletar
hemogasometria arterial e juntamente com o médico, avaliar possibilidade de entubação
orotraqueal e transferência para unidade de cuidados intensivos. Em casos de sangramentos
via cateter ou FAV, realizar curativo compressivo e aplicar compressa de gelo no local.
Conclusão: Evidencia-se que o enfermeiro é o principal responsável em monitorar
continuamente todos os pacientes na HD, identificando precocemente as alterações e
intervindo de forma imediata, possibilitando assim uma melhor sobrevida a estes pacientes.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
A RELAÇÃO ENTRE A DIVERSIDADE BIOLÓGICA DOS MANGUEZAIS COM A
DIVERSIDADE CULTURAL DA POPULAÇÃO TRADICIONAL QUE HABITA A ILHA DE
BOIPEBA
Autor:Paulo Eduardo de Oliveira*
*Professor Titular da UNEB. Mestre em Desenvolvimento Sustentável pela UnB. Doutorando
em Desenvolvimento Regional Urbano pela UNIFACS.
Esta pesquisa tem como tema sociobiodiversidade
e, como problema de pesquisa,
a
questão: “Como ocorre a relação entre a diversidade biológica dos manguezais da Ilha de
Boipeba e a diversidade cultural da população tradicional que habita essa localidade”? O
quadro referencial teórico que aborda a relação entre as diversidades biológica e a cultural,
enquanto produção do conhecimento científico, ainda não está suficientemente acabado para
explicar, de forma imediata, todas as relações envolvidas com o tema em questão. Os
objetivos específicos desta pesquisa são: identificar as relações existentes entre a diversidade
cultural da população da Ilha de Boipeba e a diversidade biológica dos manguezais;
compreender como são mantidas as relações existentes entre a diversidade cultural da
população de Boipeba e a diversidade biológica dos manguezais; identificar os elementos que
contribuíram para a fragmentação territorial, que vem desestruturando a relação entre essas
diversidades. Para isso, adotou-se a pesquisa qualitativa e, como método de abordagem,
elegeu-se o estudo de caso. A análise dos dados da pesquisa demonstrou a relação existente
entre a diversidade biológica dos manguezais e a diversidade cultural. Tal relação se
expressa na linguagem, na gastronomia, na religiosidade, nos festejos tradicionais e nas artes
de pesca artesanal. A análise dos dados demonstrou também que a fragmentação territorial
que vem ocorrendo na Ilha de Boipeba, decorrente da introdução da atividade turística nessa
localidade, causou ruptura entre as diversidades biológica e cultural, a exemplo da exaustão
de alguns dos recursos dos manguezais, como a mortandade dos caranguejos e o
desaparecimento dos gaiamuns. Com a perda desses recursos, verificou-se que a população
da
ilha
de
Boipeba
deixou
de
praticar
técnicas
artesanais
simples
de
pesca,
descaracterizando, dessa forma, as práticas culturais construídas ao longo dos anos. Concluise que, apesar da fragmentação territorial, a população estudada ainda mantém traços
culturais tradicionais.Os autores Schaeffer-Noveli (1989), Maneschy (1993), Leff (2000),
Vannuci (2002), Diegues (2004) e Oliveira (2005) deram suporte teórico a este estudo.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO LACTENTE COM INFECÇÃO DO TRATO
URINÁRIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores: COSTA, Juliana Bispo1; ARAÚJO, Iana Verônica Andrade1; BRITO, Letícia do
Carmo1; ROGRIGUES, Sara Alencar2
1-Acadêmicas do 9º semestre de enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA) ;[email protected];
[email protected]; [email protected]
2- Professora Substituta da Disciplina Enfermagem na Atenção à Criança e ao Adolescente da Universidade Federal da
Bahia (UFBA); [email protected]
Introdução: Este trabalho trata-se de um relato de experiência na forma de estudo de caso
clínico que apresenta a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a
um lactente (criança com idade entre 29 dias a 02 anos) com Infecção do Trato Urinário (ITU)
e Fimose grau III. A ITU caracteriza–se pela invasão e multiplicação bacteriana em qualquer
segmento do aparelho urinário, ocasionando bacteriúria. O que motivou a escolha do caso foi
a hipótese de que a ITU esteja relacionada à ocorrência de Fimose, aderência prepucial à
glande do pênis, considerada usualmente fisiológica do nascimento até os cinco anos de
idade. Objetivos: Com este estudo pretendeu-se desenvolver uma assistência de
enfermagem individualizada, integral e direcionada ao cliente, visando satisfazer
necessidades biológicas e psicológicas do mesmo e de seu acompanhante. Objetivou-se
ainda, tornar o aluno capaz de elaborar e aplicar ações de enfermagem que contribuam para
a reabilitação e manutenção do estado de saúde do cliente. Metodologia: O estudo foi
desenvolvido durante aulas praticas da disciplina Enfermagem na Atenção à Saúde da
Criança e do Adolescente, que ocorreram na Unidade de Pequenos Lactentes de um hospital
público em Salvador – BA. A partir da coleta e análise de dados do prontuário do lactente e
das informações fornecidas por sua genitora, foram construídos diagnósticos de enfermagem
(de acordo com a taxionomia II da NANDA) e formuladas intervenções. Resultados e
Discussão: O estudo promoveu o contato direto com o paciente, possibilitando o
desenvolvimento de uma assistência sistematizada, individualizada e integral que satisfez as
necessidades biológicas e psicológicas do cliente, contribuindo para a melhora de seu quadro
clínico. Durante a realização da assistência, a hipótese levantada foi ratificada, visto que a
própria mãe da criança expressou situações em que expôs o lactente a um risco aumentado
de ITU secundária à fimose. Nesse sentido, foi feita uma discussão com a equipe
multidisciplinar no intuito de elaborar uma estratégia de promoção e educação em saúde para
a referida genitora e demais familiares do lactente. No decorrer do tratamento, foi perceptível
a retroalimentação positiva da genitora e dos familiares do lactente. O trabalho também
promoveu uma visão ampliada sobre como observar e abordar o paciente e sua família
durante o atendimento, para sugerir medidas e/ou alternativas de melhora da
situação/problema. Daí entendeu-se a importância multidimensional da realização de aulas
práticas e discussão de casos clínicos durante a graduação. Conclusões: A realização desse
estudo possibilitou ao aluno pôr em pratica conteúdos teóricos aprendidos em sala de aula,
aprimorando e consolidando conhecimentos adquiridos, capacitando-os para atuar na
assistência. Assim, conclui-se que o principal objetivo desse estudo foi alcançado. Durante a
construção deste trabalho não houve dificuldades de obter informações, pois tivemos livre
acesso ao prontuário e contato com o lactente e sua genitora. Porém, houve dificuldade em
obter materiais didáticos que abordassem a ITU em lactentes secundária à Fimose, e que
estivessem voltados para os cuidados de enfermagem, revelando a importância de realizar
mais estudos e pesquisas sobre o tema.
Modalidade de apresentação: Pôster
BENEFÍCIOS E RISCOS DA REPOSIÇÃO HORMONAL NO DISTÚRBIO ANDROGÊNICO
DO ENVELHECIMENTO MASCULINO: REVISÃO DA LITERATURA
Autores: José Simão Rodrigues Filho1, Dallila Carneiro da Silva2
o
1- Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB e Discente do 1 ano de Medicina da
Universidade do Estado da Bahia-UNEB
2- Discente do 4º ano de Medicina da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB
Introdução: O envelhecimento do homem é acompanhado por um progressivo declínio da
produção de testosterona. Essa lenta diminuição provoca uma série de sinais e sintomas que
podem, muitas vezes, interferir na qualidade de vida do homem. A esse conjunto de
alterações que afetam desde o sistema musculoesquelético até prejuízos no âmbito
psicocomportamental denomina-se Disfunção Androgênica do Envelhecimento Masculino, a
qual afeta mais de 20% dos homens com mais de 60 anos em todo o mundo. Objetivo:
Revisar os aspectos atuais sobre os possíveis riscos e benefícios da terapia de reposição
com androgênios por meio da análise dos estudos clínicos publicados sobre o assunto.
Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura realizada na base de dados PUBMED no
período de Agosto à Outubro de 2012, com a utilização da estratégia de busca: (“Andropause”
OR “androgen deficiency” OR “Aging male”) AND (“Hormone Replacement Therapy”). A
seleção dos artigos baseou-se na conformidade dos limites dos assuntos aos objetivos deste
trabalho, tendo sido desconsiderados aqueles que, apesar de aparecerem no resultado da
busca, não abordavam o assunto sob o ponto de vista desejado. Foram considerados critérios
de inclusão, como apenas artigos disponíveis e aqueles que se enquadraram na nossa
perspectiva. Resultados e discussão: A reposição em homens idosos com baixos níveis de
testosterona livre ou total exerce efeitos benéficos sobre o aumento da massa muscular;
melhora da força e função física; aumento da densidade mineral óssea; melhora do humor, da
libido e da função sexual refletindo em melhora da qualidade de vida. Já os potenciais riscos
da reposição hormonal se referem aos efeitos provocados no metabolismo cardiovascular,
colaborando para aumento da chance de desenvolvimento de doença cardíaca e eventos
aterogênicos; ocorrência de policitemia; exacerbação da apnéia do sono e agravamento do
câncer de próstata, sendo esta a condição mais reconhecida pelos estudos pesquisados.
Conclusão: Muito embora o conhecimento a respeito dos potenciais riscos e benefícios da
reposição hormonal nos homens tenha aumentado consideravelmente, ainda há muito que
precisa ser determinado, bem como o desenvolvimento de estudos prospectivos duplo-cego a
fim de confirmar os efeitos benéficos e os potenciais riscos da terapia de reposição com
andrógenos.
Modalidade de apresentação: Pôster
WHEY PROTEIN E INSULINA – CORRELAÇÃO ANABÓLICA EM DESPORTISTAS
Autores: MELO, J. B.¹; ASSIS, V. C. D.²; NEIVA, N. B. O.1; LIMA, I. S.1; SANTOS, L. A1.
1- Graduandas de Nutrição, DCV/UNEB;
2- Viviane Assis: Pós graduada em Nutrição Clínica Obesidade e Estética (UNEB/ BA)/ Nutricionista do Centro de
Estudos e Atendimento Dietoterápico - CEAD (UNEB);
A insulina é um potente hormônio anabólico, essencial para a manutenção da homeostase da
glicose, crescimento e diferenciação celular. Ela atua no metabolismo glicídico ao promover
diminuição da gliconeogênese e glicogenólise. Como consequência, há aumento da captação
periférica da glicose, principalmente nos tecidos muscular e adiposo. Ainda estimula a
lipogênese tanto no fígado quanto nos adipócitos, inibe a lipólise e a degradação proteica. A
Whey Protein, por sua vez, composta por proteínas do soro do leite, tem sido um dos
suplementos alimentares mais utilizados no pós-treino com o objetivo de hipertrofia muscular.
Isto se deve a sua rápida absorção e a presença da quantidade elevada de aminoácidos
essenciais, especialmente a leucina. A Whey Protein correlaciona-se positivamente com a
insulina, por aumentar a captação de nutrientes, como a glicose e aminoácidos no tecido
muscular. Objetivo: Promover entendimento a respeito dos efeitos do uso correlato Whey
Protein - Insulina na hipertrofia muscular em desportistas. Metodologia: Revisão de artigos
encontrados no Pubmed, Scielo e Lilacs. Conclusão: Tem sido bem documentado o efeito
anabólico do Whey Protein em relação à hipertrofia muscular devido ao seu potente efeito
insulinotrópico que favorece a captação de glicose e aminoácidos para os tecidos, em
especial o muscular. Adicionalmente, interfere diretamente na síntese protéica e na reposição
de glicogênio. Como a liberação hormonal de insulina pode ser considerada uma ação
estimuladora para o anabolismo, o uso do Whey Protein pode ser uma estratégia eficiente em
desportistas, o que justifica sua frequente citação na literatura como o suplemento alimentar
com propósito de hipertrofia.
Modalidade de apresentação: Pôster
EXPERIÊNCIA DE UMA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NO CUIDADO A MULHER EM
MATERNIDADE
BRITO, Letícia do Carmo1; BANDEIRA, Anny Karoliny das Chagas2; PEREIRA, Alana Amanda
Barreto3; SILVA, Leonildo Severino4.
1 Acadêmica do 9º semestre de enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA); [email protected].
2 Acadêmica do 8º semestre de enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Monitora de Contexto Hospitalar e Integrante da
Liga acadêmica de Pacientes críticos.
3 Acadêmica do 8º semestre de enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Bolsista do PET da Universidade Federal da
Bahia (UFBA).
4 Enfermeiro. Mestrando e Professor Substituto da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Especialista em Saúde da
Mulher pela Universidade Federal de Pernambuco. Email: [email protected].
Introdução: A vivência da maternidade constitue uma das experiências mais significativas
para as mulheres, com forte potencial positivo e enriquecedor para as/os que dela participam:
gestantes, companheiros/as e familiares. Profissionais de saúde são parceiros/as desta
experiência e tem o papel de prestar todo o auxílio e cuidado demandados por estas pessoas.
Portanto é imprescindível que tenhamos durante toda formação acadêmica a clareza das
competências que devemos adquirir neste processo, que não se encerra jamais,
especialmente para ter uma visão tão menos hospitalocêntrica quanto possível, ressaltando
que são eventos fisiológicos na vida reprodutiva feminina. Neste sentido, a atividade de
extensão desenvolvida em uma Maternidade pública de Salvador-BA constituiu-se num
conjunto de atividades de prestação de cuidados de enfermagem e de educação em saúde
com uma abordagem problematizadora e o objetivo de capacitar as/os alunas/os do curso de
enfermagem no cuidado à mulher no ciclo gravídico puerperal. Metodologia: O projeto de
extensão é promovido pelo Programa de Educação Tutorial (PET) e o Grupo de Estudos
sobre a Saúde da Mulher (GEM), ambos da Escola de Enfermagem da Universidade Federal
da Bahia (EEUFBA), seguindo em seu quarto ano de execução. As atividades são divididas
em teóricas e práticas, realizadas pelas docentes da EEUFBA e convidadas. Na maternidade
as/os estudantes são supervisionadas/os e acompanhadas/os pelas enfermeiras das
unidades e escaladas para desenvolverem atividades educativas e assistenciais em
diferentes setores da maternidade. Resultados: As atividades educativas e a prestação de
cuidados a mulher no ciclo gravídico puerperal pelas/os graduandas/os de enfermagem foram
avaliadas pelas gestantes e parturientes como positivas. De acordo com relatos de algumas
mulheres as práticas não farmacológicas no período do parto ajudaram no alívio da dor além
de se sentirem mais acolhidas e cuidadas pelas/os estudantes participantes do projeto de
extensão. Discussão: Essa atividade configura-se como uma complementação da formação
acadêmica, contemplando práticas do cuidado, e contribuindo para a qualificação profissional
e desenvolvimento da capacidade crítica em relação aos cuidados prestados durante o ciclo
gravídico puerperal. Além disso, é uma prática que possibilita um espaço de reflexão e
proposição de ações que ajudam a mulher na promoção do autocuidado, cuidado com o
recém-nascido, adaptação à nova rotina e apoio familiar na alta domiciliar. Conclusão: O
projeto de extensão possibilitou aos/as estudantes uma aproximação com a prática do
cuidado em enfermagem na saúde da mulher em maternidade, além de estimular a integração
entre estudantes e profissionais do serviço.
Modalidade de apresentação: Pôster
ESTUDO DESCRITIVO DA COLELITÍASE E COLECISTITE NO BRASIL: 2008 A 2012.
Lucas Gama Passos Silva, Maiane Ferreira Santos , Michele Alcântara
Orientadora: Lilian Marinho
Introdução: A colelitíase reflete a incapacidade para manter o colesterol solubilizado na bílis
caracterizando-se pela presença de cálculos na árvore biliar. A Colecistite é a inflamação da
vesícula biliar que, em cerca de 90% dos casos é causada pela litíase biliar. Objetivo:
Descrever a morbidade e mortalidade dos pacientes acometidos por colelitíase e colecistite no
Brasil. Métodos: Estudo descritivo sobre morbidade e mortalidade na rede hospitalar do SUS
registrado no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) referentes aos anos de 2008 a
2012 devido à colilítiase e colecistite por local de residência no Brasil. Os dados encontram-se
disponíveis no sítio do DATASUS e foram tabulados pelo TABNET. A morbidade estudada faz
parte do grupo K80 e K81 do capítulo XI da 10ª Classificação Internacional de Doenças – CID
10. As variáveis utilizadas foram às cinco regiões brasileiras, sexo e faixa etária. Quanto aos
indicadores de saúde, foram utilizados o número de Autorização de Internamento Hospitalar
por Valores Pagos de Procedimentos – AIH pagas e a Taxa de Mortalidade hospitalar por 100
mil habitantes. Resultados: Observou-se um aumento progressivo na percentagem de
internações hospitalares decorrente da colelitíase e colecistite entre 2008 a 2012 no Brasil. A
região sudeste obteve a maior percentagem dentre as internações, dado este que deve ser
considerado, pois segundo o IBGE, a mesma possui a maior densidade demográfica do país,
correspondendo a 42,1% da população brasileira. Em todas as regiões brasileiras o sexo
feminino apresenta a maior percentagem dos internamentos, entretanto, na taxa de
mortalidade hospitalar por sexo no total de casos os homens representam, mais que o dobro
da percentagem de óbitos com relação às mulheres. A região sudeste obteve a maior
percentagem de óbitos femininos de 2008 a 2012, comparada às outras regiões no mesmo
período. Já na percentagem de óbitos masculinos do período correspondente, nota-se que há
um predomino também na região sudeste, embora exista a exceção do ano de 2010, onde se
verificou uma percentagem maior de óbitos na região do Centro Oeste. Discussão: Embora
as mulheres estejam mais suscetíveis a terem cálculos biliares do que os homens. São estes
que possuem o maior risco de óbito por colelitiase e colecistite após diagnóstico da doença.
Conclusão: O presente estudo possibilitou a percepção de risco epidemiológico a partir de
dados de mortalidade dos pacientes acometidos por estas patologias no Brasil no período
estudado.
Modalidade de apresentação: apresentação oral.
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