Português p/ TJ/PR - Técnico

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Aula 00
Português p/ TJ/PR - Técnico
Professor: Fabiano Sales
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Língua Portuguesa para TJ/PR
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 00
AULA 00
Estrutura e Processos de Formação das Palavras.
Ortografia Oficial. Acentuação Gráfica.
SUMÁRIO
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
Apresentação
Conteúdo, Metodologia e Objetivo do Curso
Cronograma do Curso
Estrutura das Palavras
Processos de Formação das Palavras
Ortografia Oficial
Acentuação Gráfica
Lista das Questões Comentadas na Aula
Gabarito
PÁGINA
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02
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78
Olá, vitoriosos alunos! Sejam bem-vindos!
É com imensa alegria e empolgação que daremos início ao Curso de Português para o
Tribunal de Justiça do Paraná. O edital foi publicado recentemente. Então, é hora de “acelerar”
os estudos e garantir a conquista de sua vaga!
Para quem não me conhece, meu nome é Fabiano Sales. Tenho formação em Letras pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em 2004, iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro, onde leciono aulas de
gramática, de técnicas de redação, de compreensão e interpretação de textos e de redação de
correspondências oficiais.
Atualmente, leciono em cursos preparatórios presenciais e virtuais, além de escrever
artigos e de comentar questões para o parceiro “Eu Vou Passar”. Dessa forma, trabalho visando
a auxiliar candidatos de diversas áreas para os principais concursos públicos do país, com
destaque para a Receita Federal, Tribunal de Contas da União, Banco Central, INSS, Tribunais
Regionais, Fiscos Estaduais e/ou Municipais, Polícias Federal, Civis e Militares, entre outros.
Conheço o perfil das principais bancas examinadoras, dentre as quais se destacam ESAF,
CESPE/UnB, FGV, FCC, CESGRANRIO, FUNRIO, entre outras.
Feita minha apresentação, falemos um pouco acerca do conteúdo e da metodologia do
curso.
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Durante o Curso de Português para o TJ-PR, abordaremos os pontos mais recorrentes
em concursos públicos, apresentando questões comentadas de Língua Portuguesa de
diversas bancas.
A metodologia do Curso de Português para o Tribunal de Justiça do Paraná contempla,
em cada tópico (sempre que possível), a exposição da teoria seguida da resolução e comentário
de questões anteriores sobre o assunto. Nos comentários, poderá haver explicações novas.
Assim, teoria e questões se complementam. Ao final de cada aula, serão elencadas as questões
que foram comentadas, seguidas do gabarito.
Em se tratando do atual concurso para o TJ/PR, a matéria de Língua Portuguesa
contemplará os seguintes tópicos:
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Teoria e questões comentadas
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LÍNGUA PORTUGUESA - Compreensão e interpretação de textos, com razoável grau de
complexidade; Reconhecimento da finalidade de textos de diferentes gêneros; Localização de
informações explícitas no texto; Inferência de sentido de palavras e/ou expressões; Inferência de
informações implícitas no texto e das relações de causa e conseqüência entre as partes de um
texto. Distinção de fato e opinião sobre esse fato. Interpretação de linguagem não verbal (tabelas,
fotos, quadrinhos etc.). Reconhecimento das relações lógico-discursivas presentes no texto,
marcadas por conjunções, advérbios, preposições, locuções etc. Reconhecimento das relações
entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para sua
continuidade. Identificação de efeitos de ironia ou humor em textos variados. Reconhecimento de
efeitos de sentido decorrentes do uso de pontuação, da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos, de campos semânticos, e de outras notações. Identificação de diferentes
estratégias que contribuem para a continuidade do texto (anáforas, pronomes relativos,
demonstrativos etc.). Compreensão de estruturas temática e lexical complexas. Ambiguidade e
paráfrase. Relação de sinonímia entre uma expressão vocabular complexa e uma palavra.
Sendo assim, seguiremos o cronograma de aulas abaixo:
Aula 00 (18/07/2013)
Estrutura e formação de palavras (elementos mórficos, valor dos afixos e dos radicais; processo
de formação). Ortografia oficial. Acentuação gráfica.
Aula 01 (25/07/2013)
Morfologia: Flexão e emprego de classes gramaticais - Parte 1.
Aula 02 (01/08/2013)
Morfologia: Flexão e emprego de classes gramaticais - Parte 2.
Aula 03 (07/08/2013)
A frase e sua constituição. O período e sua construção. Termos essenciais, integrantes e
acessórios. Ordenação dos termos na oração. Coordenação e subordinação.
Aula 04 (14/08/2013)
Concordância nominal e verbal.
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Aula 05 (21/08/2013)
Regência nominal e verbal. Emprego do acento indicativo de crase.
Aula 06 (28/08/2013)
Pontuação. Paralelismo sintático e semântico. Equivalência e transformação de estruturas
(paráfrase).
Aula 07 (04/09/2013)
Tipologia textual. Compreensão e interpretação de textos. Ambiguidade. Semântica: antônimos,
sinônimos, homônimos e parônimos. Significação contextual de palavras e expressões.
Mãos à obra!
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ESTRUTURA DAS PALAVRAS
As palavras são compostas de pequenas partes indivisíveis e significativas, denominadas
morfemas. Estes, por sua vez, são classificados em lexicais ou gramaticais.
Morfema Lexical – é o radical, que apresenta o sentido básico da palavra.
• Radical - é o núcleo de significação da palavra. É, portanto, o único elemento que não
pode faltar na estruturação do vocábulo.
É possível que as palavras se associem de diversas maneiras. Uma dessas associações
ocorre quando os vocábulos apresentam o mesmo radical – palavras pertencentes à mesma
família, chamadas cognatas – , isto é, pertencem ao mesmo campo semântico.
Exemplos:
terra
terrestre
terra
terreiro
terráqueo.
pedra, pedreira, pedreiro, pedregulho, pedraria, pedrada;
nocivo, nocividade, (i)nocente, (i)nocentar; (i)nóquo*.
rico, ricaço, enriquecer, riqueza**.
*”Inóquo” possui o mesmo radical de “nocivo“, pois, foneticamente, as formas “noc-“ e “noqu-“
apresentam o mesmo som.
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** “Enriquecer” e “riqueza” possuem o mesmo radical de “rico”, “ricaço”, pois, foneticamente, as
formas “ric” e “riqu” são equivalentes.
Devido às vias erudita e popular da língua, é possível que haja formas correspondentes,
mas com radicais distintos.
Exemplos: digital / dedal; capilar / cabelo; auricular / orelha; plano / chão.
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Em se tratando de formas verbais, o radical é obtido a partir de sua forma infinitiva (o
“nome” do verbo), suprimindo-se as terminações -AR, -ER ou -IR:
Cantar Cant- (radical)
Vender Vend- (radical)
Partir Part- (radical)
Morfema Gramatical - indica noções puramente gramaticais, como as flexões de gênero e
número, modo e tempo. Dividem-se em:
•
Vogal temática – é o elemento que prepara o radical para o recebimento das desinências.
Pode ser:
a) Nominal - vogais a, e, o átonas que se ligam aos radicais dos nomes sem oposição de
gênero.
Exemplos: escola, ponte, ângulo, mesa.
b) Verbal - é por meio da vogal temática que se identifica a conjugação a que o verbo
pertence.
Cantar -a- (1ª conjugação)
Vender -e- (2ª conjugação)
Partir -i- (3ª conjugação)
E a que conjugação pertence o verbo pôr ? Meus amigos, esse verbo (e os derivados
compor, decompor, supor etc.) pertence à 2ª conjugação, uma vez que apresenta -e- como
vogal temática, devido à sua origem da forma latina ponere. Notem que, em algumas pessoas
verbais, a vogal temática -e- aparece ao longo da conjugação.
Exemplo:
Presente do indicativo
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Eu ponho / Tu pões / Ele põe / Nós pomos / Vós pondes / Eles põem
Considerações importantes
1ª) O tema é obtido por meio da união entre radical e vogal temática.
Exemplos: escolar, pontes, angulosidade, falar, vender, partir.
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2ª) Quando o nome terminar por consoante, vogal tônica ou -i ou -u, só haverá radical, sendo,
por isso, denominado atemático.
Exemplos: raiz, jacaré, táxi, angu, sofá, café, caqui, baú, nível, hífen.
• Afixos - são morfemas que se unem ao radical, modificando o significado básico deste,
formando, assim, novas palavras. Podem ser:
a) Prefixos – elementos antepostos ao radical da palavra.
Exemplos: desleal, ilegal, analfabeto, desconhecer.
Consideração importante
Os prefixos, quando acrescidos ao radical da palavra, não modificam a classe gramatical
do vocábulo. Entretanto, modificam seu sentido.
Exemplos:
Leal (=sincero, fiel); Desleal (=traidor, infiel);
Legal (=conforme a lei); Ilegal (=contrário à lei);
Alfabeto (=letras usadas nas línguas); Analfabeto (=aquele que não sabe ler nem escrever).
Conhecer (=ter a ideia); Desconhecer (=ignorar)
b) sufixos - elementos pospostos ao radical da palavra.
Exemplos: realidade, felizmente, feioso, livrinho.
Consideração Importante
Os sufixos, quando acrescidos ao radical da palavra, podem ou não alterar sua classe
gramatical.
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Exemplos:
Real (adjetivo) ; Realidade (substantivo)
Feliz (adjetivo) ; Felizmente (advérbio)
Feio (adjetivo) ; Feioso (adjetivo)
Livro (substantivo) ; Livrinho (substantivo)
O sufixo pode ser nominal, verbal ou adverbial.
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FORMADORES DE SUBSTANTIVOS
a) Sufixos formadores de nomes de agente, naturalidade, profissão, ofício
-ário(a) - secretário
-eiro(a) - padeiro
-ista - dentista
-dor - narrador
-nte - estudante
-sor - agrimensor
-tor – inspetor
b) Sufixos que formam nomes de lugar, depositório, repartição, coleção
-aria - padaria
-ário - herbanário
-douro - ancoradouro
-eiro - açucareiro
-eria - vozeria
-il - covil
-or - corredor
-tério - cemitério
-tório - dormitório
c) Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção
-aço – chumaço
-ada - papelada
-agem - folhagem
-al - capinzal
-alha - cordoalha
-ama - dinheirama
-ame - gentame, velame
-ario(a) - casario, infantaria
-edo - arvoredo
-eria - correria
-io - mulherio
-ume - negrume
d) Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência
-ite - bronquite, hepatite (inflamação)
-oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores)
-ato, eto, ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais)
-ina - cafeína, codeína (alcalóides, álcalis artificiais)
-ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto)
-ite - amotite (fósseis)
-ito - granito (pedra)
-ema - morfema, fonema, semema, semantema (ciência linguística)
-io - sódio, potássio, selênio (corpos simples)
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e) Sufixos que formam nomes de ação, resultado de ação, estado, qualidade
-ada – braçada
-ança - mudança
-ância - abundância
-ção - perdição
-dão - solidão
-dade - maldade
-ença - crença
-ência - imponência
-ez(a) - sensatez, beleza
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-ice - velhice
-ície - calvície
-ismo - civismo
-mento - casamento
-são - compreensão
-(t)ude - amplitude
-ume – negrume
-ura - formatura
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f) Sufixos que traduzem ciência, doutrinas filosóficas, sistemas religiosos ou políticos,
escola
-ia - astronomia, valentia, melancolia (qualidade); sacristia (lugar); chefia (cargo)
-ismo - budismo, kantismo, comunismo, kardecismo, batismo
g) Sufixos que traduzem título ou dignidade de pessoa do sexo feminino
-esa – baronesa
-essa – condessa
-isa - poetisa
h) Sufixos que denotam estado mórbido, doença
-ose - neurose, esclerose, lordose
i) Sufixos que traduzem ideia de “quem mata” ou “crime de matar”
-cida - homicida, parricida, fratricida
-cídio - suicídio, homicídio, genocídio
FORMADORES DE ADJETIVOS
a) Provenientes de Substantivos
-aco - maníaco
-ado - barbado
-áceo(a) - herbáceo, liláceas
-aico - prosaico
-al - anual (referência, relação)
-ano - curitibano (naturalidade, origem)
-ão - alemão (naturalidade, origem)
-ar - escolar (referência, relação)
-ário - diário, ordinário
-ático - problemático
-az - mordaz
-eiro - brasileiro (naturalidade, origem)
-engo - mulherengo
-enho - ferrenho
-eno - terreno
-ense - paraense, fluminense (naturalidade, origem)
-ento - cruento
-eo - róseo (referência, relação)
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-ês - chinês (naturalidade, origem)
-esa - chinesa (naturalidade, origem)
-esco - pitoresco
-este - agreste
-estre - terrestre
-eu - europeu (naturalidade, origem)
-ício - alimentício
-ico - geométrico (referência, relação)
-il - febril
-ino - cristalino, bovino, florentino (referência, relação)
-ivo - lucrativo
-oide - antropoide (semelhança)
*-oide - politicoide, moloide (depreciativo)
-onho - tristonho
-oso - bondoso, gorduroso (abundância, qualificação acentuada)
-udo - barrigudo (abundância, qualificação acentuada)
b) Provenientes de Verbos
SUFIXO
SENTIDO
EXEMPLOS
-ante
-ente
-inte
ação, qualidade, estado
semelhante, doente, seguinte
-vel
-io,
-(t)ivo
-(d)iço, -(t)ício
-(d)ouro,-(t)ório
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possibilidade de praticar
ou sofrer uma ação
ação, referência, modo de
ser
possibilidade de praticar
ou sofrer uma ação,
referência
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ação, pertinência
louvável, perecível, punível
tardio, afirmativo, pensativo
movediço, quebradiço, factício
casadouro, preparatório
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QUADRO DE CORRESPONDÊNCIA ENTRE PREFIXOS GREGOS E LATINOS
Prefixos gregos
Prefixos latinos
Significado
Exemplos
a-, an-
des-, in-
privação, negação
acéfalo, anônimo, anarquia,
desleal, desigual, incapaz, inativo
anti-
contra-
oposição, ação contrária
antagonista, antibiótico, antítese,
contra-veneno,
contra-dizer
anfi-
ambi-
duplicidade, de um e outro lado, em torno
anfíbio, anfiteatro, ambidestro,
ambivalente, ambíguo
apo-
ab-
afastamento, separação
apóstolo, apogeu, abstrair,
abuso, aberrar
di-
bi(s)-
duplicidade
dígrafo, ditongo, dissílabo,
bicampeão, bípede, bisneto
dia-,meta-
trans-
movimento através
diáfano, diagnóstico, translúcido,
transpassar
en-, em-
in-, im-, ir-
movimento para dentro
encéfalo, energia, ingerir,
incrustar, irradiação
endo-
intra-
movimento para dentro, posição interior
endocárdio, endocarpo,
intravenoso, intramuscular,
intraverbal
ec-, ex-
es-, ex-
movimento para fora, mudança de estado
êxodo, exorcismo, excêntrico,
expatriar, estender
epi-, super-, hiper-
supra-
posição superior, excesso
epiderme, epitáfio, epílogo
supervisão, hipérbole, supradito,
superpor, supercílio
eu-
bene-
excelência, perfeição, bondade
eufonia, eufemismo, evangelho,
benefício, benévolo, benéfico
hemi-
semi-
meio, metade
hemiciclo, hemisfério,
hemistíquio, semicírculo,
semimorto
hipo-
sub-
posição inferior
hipoglosso, hipótese,
hipodérmico, submarino, subsolo,
subterrâneo
para-
ad-
proximidade, adjunção
paradigma, paralelo, advogado,
adjacente
peri-
circum-
em torno de
periferia, perífrase, circumpolar,
circunlóquio
cata-
de-
movimento para baixo
cataclismo, catástrofe, catavento,
derrubar, decapitar, demolir
sin-, sim-
cum-
simultaneidade, companhia
simpatia, sincronia, sinfonia,
cúmplice
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Fonemas Eufônicos – são fonemas (vogais e/ou consoantes) sem valor significativo de
que a língua se serve para melhorar o som das palavras. São interpostos a outros elementos
para facilitar a pronúncia (eufonia), de um modo geral.
Exemplos: chaLeira, gasÔmetro, cafeZal, capinZal, neuróTico.
Considerações importantes
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1ª) A palavra arrozal não possui fonema eufônico, já que a letra z faz parte do radical. A este
vocábulo foi acrescido o sufixo –al.
2ª) Em lapisinho / paisinho / onusinho também não existe fonema eufônico, pois ao radical foi
acrescido o sufixo –inho.
3ª) Em grandeza / beleza / pobreza não aparece fonema eufônico, visto que o sufixo –eza
(formador de substantivo abstrato) foi adicionado aos respectivos radicais.
Neste momento, chamo a atenção de vocês para as desinências dos verbos, pois é a
partir delas que perceberemos as flexões verbais. As desinências subdividem-se em:
• modo-temporais – indicam o modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e o tempo
verbal (presente, passado e futuro); e
• número-pessoais – indicam o número (singular e plural) e a pessoa do discurso
(1ª, 2ª e 3ª).
Exemplos:
Cant
radical
a
va
vogal DMT
temática
s
DNP
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CANT- : radical – apresenta o significado da palavra.
-A- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 1ª conjugação.
-VA- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no pretérito imperfeito do
indicativo.
-S : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 2ª pessoa do singular.
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Vend
radical
e
re
vogal DMT
temática
mos
DNP
VEND- : radical – apresenta o significado da palavra.
-E- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 2ª conjugação.
-RE- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no futuro do presente do
indicativo.
-MOS : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 1ª pessoa do plural.
Part
radical
i
ra
vogal DMT
temática
s
DNP
PART- : radical – apresenta o significado da palavra.
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-I- : vogal temática – indica que o verbo pertence à 3ª conjugação.
-RA- : desinência modo-temporal – indica que o verbo está flexionado no pretérito mais-queperfeito do indicativo.
-S : desinência número-pessoal – indica que o verbo está flexionado na 2ª pessoa do singular.
A seguir, apresentarei a vocês o paradigma das desinências modo-temporais e númeropessoais.
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Modo
DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS
1ª
2ª e 3ª
Tempo
Exemplo
Exemplo
Conjugação
Conjugações
vendo, parto
Presente
falo
ø (zero)
ø (zero)
Pretérito
vendi, parti
falei
ø (zero)
ø (zero)
perfeito
Pretérito
imperfeito
Indicativo
Pretérito
mais-que-perfeito
Futuro do
presente
Subjuntivo
falava,
faláveis
-va (-ve)
-ra (-re)
falara,
faláreis
átono
-ra (-re)
falará,
falareis
tônico
Futuro do
pretérito
-ria (-ríe)
Presente
-e
Pretérito
imperfeito
-sse
Futuro
-r
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Afirmativo
-e
Negativo
-e
Pessoal
-r
Imperativo
Infinitivo
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-ia (-íe)
-ra (-re)
átono
-ra (-re)
tônico
falaria,
falaríeis
-ria (-ríe)
fale, faleis
-a
falasse,
falasses
falar,
falares
fale,
falemos
não fale,
não
falemos
falar,
falares
partia,
partíeis
vendera,
vendêreis;
partira,
partíreis
venderá,
vendereis;
partirá,
partireis
venderia,
venderíeis;
partiria,
partiríeis
-sse
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vendia,
vendíeis;
-r
-a
-a
-r
venda,
parta
vendesse,
partisse
vender,
partir
vendam,
partam
não vendam,
não partam
vendermos,
partirmos
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DESINÊNCIAS NÚMERO-PESSOAIS
1ª pessoa do singular
-o (no Presente do indicativo): falo, vendo, parto.
-i (no Pretérito perfeito e no Futuro do presente do indicativo): falei, vendi, parti; falarei.
Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.
2ª pessoa do singular
-s (em todos os tempos, exceto no Imperativo afirmativo): falas, vendes, partes; falarás.
-ste (no Pretérito perfeito do indicativo): falaste, vendeste, partiste.
Ø (no Imperativo afirmativo): fala (tu), vende (tu), parte (tu).
3ª pessoa do singular
-u (Pretérito perfeito do indicativo): falou, vendeu, partiu.
Ø (nos demais tempos e modos): falava, falaria, falara, falasse.
1ª pessoa do plural
-mos: falamos, vendemos, partimos.
2ª pessoa do plural
-stes (no Pretérito perfeito do indicativo): falastes, vendestes, partistes.
-des (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): falardes, venderdes, partirdes.
-i (no Imperativo afirmativo): falai (vós), vendei (vós), parti (vós).
-is (nos demais tempos e modos): falais, vendeis, partis.
-des(no Presente do indicativo dos verbos irregulares ter, vir, pôr, ver, rir, ir): vindes, ides.
3ª pessoa do plural
-ram (Pretérito perfeito do indicativo): cantaram, venderam, partiram.
-o (no Futuro do presente do indicativo): cantarão, venderão, partirão.
-em (no Futuro do subjuntivo e no Infinitivo pessoal): cantarem, venderem, partirem.
-m (nos demais tempos e modos): cantam, vendem, partem; cantavam, vendiam, partiam.
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FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
As novas palavras que surgem na língua são formadas por meio dos seguintes processos
de formação: composição e derivação.
COMPOSIÇÃO – é a união de dois radicais. Com isso, a composição subdivide-se em:
a) Justaposição - os radicais são colocados lado a lado, sem qualquer alteração gráfica e
fonética, ou seja, sem perda de elementos.
Exemplos: guarda-chuva, passatempo, malmequer, girassol.
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b) Aglutinação – dois radicais aglutinam-se, trocando ou perdendo fonemas, originando um só
acento tônico.
Exemplos: planalto (plano + alto), aguardente (água + ardente), embora (em + boa + hora),
vinagre (vinho + acre), pernalta (perna + alta).
DERIVAÇÃO – é o processo em que se acrescentam afixos – prefixo, sufixo ou prefixo e sufixo –
ao radical. A derivação pode ser:
a) prefixal – anteposição de prefixo ao radical. Os prefixos, geralmente, agregam-se a verbos ou
a adjetivos.
Exemplos: fiel - infiel; leal - desleal; existir - coexistir; passar - repassar; aéreo - antiaéreo; dito sobredito; pôr - repor; quieto - inquieto.
b) sufixal – posposição de sufixo ao radical. Os sufixos vêm imediatamente após o núcleo.
Exemplos: simples - simplesmente; natural - naturalidade; dente - dentada; análise - analisável;
feliz - felizmente; leal - lealdade.
c) prefixal e sufixal - a palavra recebe prefixo e sufixo simultaneamente, existindo na língua
apenas com um dos afixos.
Exemplos: infelizmente, deslealdade.
d) parassintética - a palavra recebe prefixo e sufixo simultaneamente, porém não possui
registro no idioma com apenas um dos afixos. Geralmente, é um processo formador de verbos.
As formações parassintéticas mais comuns no português ocor-rem com o concurso dos prefixos
es-, a-, en- e dos sufixos –ear, -ejar, -ecer, -izar.
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Exemplos: enriquecer, espernear, anoitecer, ensurdecer, enlouquecer, aclarar, esclarecer,
apodrecer, enraivecer, aterrorizar, entardecer, esverdear.
e) regressiva ou deverbal – consiste em formar palavras por meio da supressão de elementos
terminais existentes nas palavras derivantes.
Substantivos que indicam ação advêm de verbos: ataque (de atacar), embarque (de
embarcar), resgate (de resgatar), disputa (de disputar). Por isso, são chamados substantivos
deverbais, ou seja, o tema verbal cede lugar a um tema nominal em -a, -e ou -o.
Nomes que não indicam ação dão origem a verbos: plantar (de planta), aferrar (de ferro),
escovar (de escova), pincelar (de pincel).
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Observação: Nomes podem ser derivados de outros nomes.
Exemplos: boteco (de botequim), sarampo (de sarampão), comissa (de comissário), delega (de
delegado), bença (de bênção), asco (de asqueroso) etc.
f) imprópria – consiste na mudança da classe gramatical habitual da palavra, sem alterar-lhe a
forma. O caso mais comum é a substantivação.
Exemplos:
Comício monstro (substantivo passa a adjetivo).
Falavam alto (adjetivo passa a advérbio).
O cantar é preciso (verbo passa a substantivo).
O não é um advérbio (advérbio passa a substantivo).
Maria Pereira (substantivo comum passa a próprio).
O porquê (conjunção passa a substantivo).
Abreviação ou Redução – é obtida por meio da utilização de apenas parte da palavra.
Exemplos: pneu (de pneumático), moto (de motocicleta), foto (de fotografia), quilo (de
quilograma), extra (de extraordinário), metro (de metropolitano), pólio (de poliomielite) etc.
Reduplicação ou Onomatopéia – consiste na repetição de sílaba ou de palavra para formar
uma palavra imitativa.
Exemplos: bem-te-vi, tique-taque, pingue-pongue, zunzum.
Hibridismo - palavras formadas com elementos provenientes de línguas diferentes.
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Exemplos: televisão (grego+latim)
abreugrafia (português+grego)
alcoômetro (árabe+ grego)
burocracia (francês+grego)
zincografia (alemão+grego)
Petrópolis (latim+grego)
Teresópolis (português+grego)
cotonete (inglês+português)
Siglas - palavras formadas por iniciais de títulos.
É importante tecer as seguintes considerações:
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- quando as siglas forem formadas por até três letras, todas estas deverão ser maiúsculas.
Exemplos:
ONU (Organização das Nações Unidas)
MEC (Ministério da Educação)
AGU (Advocacia-Geral da União)
PM (Polícia Militar)
- quando as siglas forem formadas por quatro ou mais letras, deveremos observar o seguinte:
a) se as siglas não forem sílabas, todas as letras deverão ser grafadas com iniciais maiúsculas.
Exemplos:
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
b) se as siglas formarem sílabas, ou seja, se forem semelhantes a vocábulos, somente a letra
inicial deverá ser maiúscula.
Exemplos:
Embratel (Empresa Brasileira de Telecomunicações)
Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
Emerj (Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro)
Vamos fazer algumas questões.
1. (FGV-2008/Senado Federal) Assinale a alternativa em que a palavra indicada não seja
cognata de patrimônio.
(A) patrono
(B) patrulha
(C) patriarca
(D) paternal
(E) pátrio
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Comentário: Palavras cognatas são aquelas que pertencem à mesma família, em virtude de
apresentarem o mesmo radical. O vocábulo “patrimônio”, apresentado no enunciado, é formado
pela radical “patr-“, proveniente da forma latina “pater”, significando “pai, chefe de um povo, país”.
Essa mesma noção é apresentada pelos vocábulos “patrono”, “patriarca”, “paternal” e “pátrio”. Já
o vocábulo “patrulha” é formado pelo radical “patrulh”, seguido da vogal temática nominal “a”,
significando “ação ou efeito de patrulhar, de vigiar”.
Gabarito: B.
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2. (FUNDATEC – 2010 – PREVIRG) Observe os seguintes pares de palavras, retiradas do
texto.
1. crença – creia.
2. ficção – ficcional.
3. anjo – espiritual.
4. terapia – medicina.
Quais dos pares representam famílias de palavras?
A) Apenas 1 e 2.
B) Apenas 2 e 3.
C) Apenas 3 e 4.
D) Apenas 1, 2 e 3.
E) Apenas 2, 3 e 4.
Comentário: Para identificar os vocábulos que pertencem à mesma família de palavras,
precisaremos encontrar aqueles que apresentem o mesmo radical. Observando as assertivas,
percebemos que as palavras cognatas, portanto, encontram-se nas assertivas (1) e (2):
1. Os vocábulos “crença” e “creia” são oriundos do verbo “crer”;
2. As palavras “ficção” e “ficcional” apresentam o mesmo radical.
Já os pares “anjo / espiritual” e “terapia / medicina” não se caracterizam como
vocábulos cognatos.
Logo, a letra (A) é nosso gabarito.
Gabarito: A.
3. (FUNDATEC – 2009 – DETRAN/RS) A respeito da palavra sustentável, afirma-se que:
I – É um adjetivo derivado.
II – O sufixo formador –vel indica ação, modo de ser.
III – A palavra susto pertence à mesma família.
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Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
E) I, II e III.
Comentário: Inicialmente, devemos identificar que o adjetivo “sustentável” deriva do verbo
“sustentar’. É formado por meio do acréscimo do sufixo –vel, indicando “ação ou modo de ser
sustentado”. Sendo assim, já percebemos que as assertivas I e II estão corretas. Com relação à
afirmação III, por sua vez, o vocábulo “susto” não provém de “sustentar”. Por conseguinte, não
pertence à mesma família de “sustentável”.
Gabarito: C.
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4. (CESGRANRIO) Assinale a palavra cujo sufixo NÃO tem o sentido de "ação ou resultado
dela":
a) Surgimento
b) Separação
c) Agressão
d) Concorrência
e) Fardamento
Comentário: Nas assertivas A, B, C e D, todos os sufixos indicam “ação ou resultado desta”.
Entretanto, esse mesmo sentido não é apresentado na opção E. O vocábulo “fardamento”,
proveniente da junção entre o radical “fardar” e o sufixo
“-mento”, indica “conjunto de fardas,
uniforme completo”. O sufixo “-mento”, por sua vez, expressa a noção de “coleção,
agrupamento”.
Gabarito: E.
5. (FGV) Assinale a alternativa que não apresente a classificação correta de um dos
elementos mórficos do vocábulo deixasse.
(A) deix- = radical
(B) -e = desinência número-pessoal
(C) -a = vogal temática verbal
(D) deixa = tema
(E) -sse = desinência modo-temporal
Comentário: A forma verbal “deixasse” é composta pelos seguintes elementos mórficos:
deix- = radical (obtido a partir da extração de “-AR”, da forma infinitiva “deixar”)
-a = vogal temática verbal de 1ª conjugação
-sse = desinência modo-temporal (indica que o verbo está flexionado no pretérito imperfeito do
subjuntivo)
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Notem que a forma “deixasse”, fora de contexto, pode referir-se tanto à primeira (eu)
quanto à terceira (ele) pessoas do singular. Independentemente disso, em ambos os casos, a
desinência número-pessoal é representada pelo morfema ø (zero). Logo, o gabarito da questão é
a opção B.
Gabarito: B.
6. (FGV) Assinale a alternativa em que todas as palavras têm prefixo indicativo de
negação:
(A) imoral - imprudente.
(B) imoral - deslocar.
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(C) aderente - amoral.
(D) aderente - subterrâneo.
Comentário: O prefixo i-, do vocábulo “imoral”, possui valor negativo, sendo uma característica
daquele que age contrariamente à moral, às regras de conduta vigentes. Em “imprudente”, o
prefixo im- também apresenta valor de negação, significando “aquele que não é prudente; o que
é descuidado”.
Gabarito: A.
7. (FUNDATEC – 2009 – DETRAN/RS-Adaptada) Considere as seguintes afirmações acerca
de palavras do texto.
I – Em veículos, o elemento grifado represente desinência de número.
II – Na palavra conhecida, a letra grifada representa desinência de gênero.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
Comentário: Analisando as assertivas, percebemos que: (i) veículos é marcado pelo morfema de
plural –s, representando uma desinência de número; e (ii) conhecida representa, em oposição a
“conhecido”, o feminino deste vocábulo, tendo como marca a desinência de gênero feminino “-a”.
Logo, a letra (C) é o gabarito da questão.
Gabarito: C.
8. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo
radical:
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a) noite, anoitecer, noitada
b) luz, luzeiro, alumiar
c) incrível, crente, crer
d) festa, festeiro, festejar
e) riqueza, ricaço, enriquecer
Comentário: Todas as palavras são formadas a partir de um mesmo radical, exceto na assertiva
B. As palavras “luz” e “luzeiro” (derivação sufixal) são provenientes do radical “luz”. Entretanto, o
vocábulo “alumiar”, que significa “iluminar, luzir”, formou-se a partir do radical “lumi-“.
Gabarito: B.
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9. (CESGRANRIO) O que indica nos parênteses NÃO está correto na opção:
a) bordado-me (vogal temática).
b) esforço-me (desinência número - pessoal).
c) desenrolando (característica de gerúndio).
d) imperceptível (derivado parassintético).
e) meia-idade (composto por justaposição).
Comentário: A indicação entre parênteses que indica erro encontra-se na assertiva (D). O
vocábulo “imperceptível” é formado por meio do processo de “derivação prefixal e sufixal”: “im-“
(prefixo) + “percepti-“ (radical) + “-vel” (sufixo formador de adjetivos). As demais opções estão
corretas.
Gabarito: D.
10. (CESGRANRIO/IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo
mesmo processo:
a) ajoelhar / antebraço / assinatura
b) atraso / embarque / pesca
c) o jota / o sim / o tropeço
d) entrega / estupidez / sobreviver
e) antepor / exportação / sanguessuga
Comentário: Todas as palavras são formadas pelo mesmo processo na assertiva (B). Os
vocábulos “atraso”, “embarque” e “pesca” provêm, respectivamente, das palavras “atrasar”,
“embarcar” e “pescar”. Portanto, são formadas por meio de derivação regressiva.
Gabarito: B.
11. (CESGRANRIO/Banco do Brasil) A palavra "aguardente" formou-se por:
a) hibridismo
b) aglutinação
c) justaposição
d) parassíntese
e) derivação regressiva
00000000000
Comentário: O vocábulo “aguardente” é formado por meio de composição por aglutinação
(processo em que há perda fonética): “água” + “ardente” = aguardente.
Gabarito: B.
12. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape:
a) zunzum
b) reco-reco
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c) toque-toque
d) tlim-tlim
e) vivido
Comentário: O vocábulo “chape-chape” é formado por meio de reduplicação (redobro para
alguns gramáticos), no qual se unem palavras iguais, obtendo-se um vocábulo para reproduzir
determinado som. Esse mesmo processo é encontrado nas opções (A) a (D). Na assertiva (E),
entretanto, o vocábulo “vivido” é obtido a partir da derivação sufixal: “viv-” (radical) + “-ido”
(sufixo).
Gabarito: E.
13. (CESGRANRIO) Os vocábulos aprimorar e encerrar classificam-se, quanto ao processo
de formação de palavras, respectivamente, em:
a) parassíntese - prefixação
b) parassíntese - parassíntese
c) prefixação - parassíntese
d) sufixação - prefixação e sufixação
e) prefixação e sufixação - prefixação
Comentário: O vocábulo “aprimorar” é formado por meio da derivação parassintética. O radical
“primor” recebe, ao mesmo tempo, o prefixo “a-” e o sufixo “-ar”. Notem que, se retirarmos
qualquer dos afixos, a palavra não apresenta autonomia na língua: “aprimor” ou “primorar”. Isso é
o que diferencia esse processo de formação daquele obtido por meio da derivação prefixal e
sufixal. Por exemplo, em “infelizmente” (palavra formada por prefixação e sufixação), mesmo com
a retirada de qualquer dos afixos (prefixo ou sufixo), a palavra continua a existir no vernáculo:
“infeliz” ou “felizmente”. Por fim, a palavra “encerrar” é obtida com o
processo de derivação prefixal, também conhecido como prefixação: “en-” (prefixo) + “cerrar”.
Gabarito: A.
14. (CESGRANRIO/DECEA) O processo de formação da palavra conviver tem a mesma
classificação em:
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a) neurótica;
b) fugidio;
c) desmatar;
d) troca-troca;
e) amoroso.
Comentário: A palavra “conviver” é formada por meio do processo de derivação prefixal: “com”
(prefixo que sofre alteração) + “viver” (radical) = “conviver”. De posse dessa informação, vamos
analisar as alternativas.
A) Resposta incorreta. Em “neurótica”, houve o processo de derivação sufixal: “neuro-” (radical)
+ “t” (consoante de ligação) + “-ica” (sufixo).
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B) Resposta incorreta. A palavra “fugidio” também foi formada por meio do processo de
derivação sufixal: “fug-“ (radical) + “-idio” (sufixo).
C) Esta é a resposta da questão. O vocábulo “desmatar” foi formado a partir do processo de
derivação prefixal: “des-“ (prefixo) + matar (radical).
D) Resposta incorreta. Em “troca-troca”, há o processo de composição por justaposição, ou
seja, a união de dois vocábulos forma uma unidade semântica. É isso o que diferencia a
justaposição da reduplicação, sendo este um processo para formar um determinado som (tiquetaque, zunzum etc).
E) Resposta incorreta. O vocábulo “amoroso” foi formado por meio do processo de derivação
sufixal: “amor-“ (radical) + “-oso” (sufixo).
Gabarito: C.
15. (FGV-2009/SEFAZ-RJ) Com relação aos processos de formação de palavras, analise as
afirmativas a seguir:
I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por derivação sufixal.
II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por composição
e derivação.
III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos formados por
composição.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentário: Todas as palavras do item I (estruturador, civilizacional e renováveis) apresentam
sufixos (-dor, -al e -vel). Logo, o item está correto. O item II, por sua vez, apresenta vocábulos
formados pelo processo de derivação sufixal, sendo todos eles formados por meio do sufixo -ção.
Portanto, não houve formação por composição, o que torna o item incorreto. Por fim, o item III
também apresenta vocábulos formados pelo processo de derivação: autodestruição (prefixo auto), contrapartida (prefixo contra-) e responsabilidade (sufixo -dade). Sendo assim, o item está
incorreto.
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Gabarito: A.
16. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Assinale a alternativa em que a palavra não tenha sido
formada pelo mesmo processo que infra-estrutura.
(A) ilegítimas
(B) hidrelétrica
(C) desaparecesse
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(D) internacional
(E) reequipar.
Comentário: A palavra “infra-estrutura”¹ é formada pelo processo de derivação prefixal (prefixo
intra-). O mesmo processo ocorre nos vocábulos “ilegítimas” (prefixo i-), “desaparecesse” (prefixo
des-), “internacional” (prefixo inter-) e “reequipar” (prefixo re-). Sendo assim, restou a palavra
“hidrelética”, a qual é formada pelo processo de composição (hidro + elétrica).
¹ Grafia modificada pelo Novo Acordo Ortográfico: infraestrutura.
Gabarito: B.
17. (FGV-2010/CODEBA) Assinale a palavra que apresente, em relação a afixos, a mesma
estrutura que desigualdade.
(A) distribuição
(B) Universidade
(C) Desenvolvimento
(D) principalmente
(E) harmoniosas
Comentário: O vocábulo “desigualdade” é composto pela seguinte estrutura:
des- : prefixo / igual: radical / -dade: sufixo
Sendo assim, a palavra “desigualdade” é formada pelo processo de derivação sufixal e
prefixal.
Entre os vocábulos apresentados nas assertivas, somente “desenvolvimento” é formado
pelo mesmo processo. As demais palavras – “distribuição”, “universidade”, “principalmente” e
“harmoniosas” são formadas apenas por derivação sufixal.
Gabarito: C.
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18. (FGV-2009/MEC) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união
de dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.
(A) autogeridas
(B) descolonização
(C) superendividamento
(D) ecossistema
(E) desigualdades
Comentário: Ao mencionar a “união de dois radicais”, o examinador referiu-se ao processo de
composição. É o que ocorre na palavra “ecossistema”, formada pela junção do radical “eco”
(domicílio, hábitat) com o radical “sistema”.
Vamos analisar os demais vocábulos. Em “autogeridas”, há um processo de derivação
prefixal (prefixo auto-). Por sua vez, “descolonização” é formada pelo processo de derivação
prefixal (prefixo des-) e sufixal (prefixo
-ção). Já a palavra “superendividamento” é formada
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pelo processo de derivação prefixal (prefixo super-) e sufixal (sufixo -mento). Por fim,
“desigualdades” também é formada por derivação prefixal e sufixal (prefixo des- e sufixo -dade).
Gabarito: D.
19. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ-Adaptada) Observando-se as siglas UE, EUA e Mercosul,
corretamente grafadas, é possível afirmar que, dentre as alternativas a seguir, há uma que
não segue a regra moderna de grafia de siglas. Assinale-a.
(A) UFRJ
(B) PM
(C) COFINS
(D) Uerj
(E) PIS
Comentário: Conforme vimos nas lições, em siglas que formam sílabas, somente a letra inicial
deve ser grafada em maiúsculo. Logo, a forma correta é Cofins.
Gabarito: C.
20. (FUNDATEC-2010-Prefeitura de Pinhal da Serra) Analise as seguintes afirmações a
respeito de palavras e expressões do texto.
I. A palavra brasileiros é formada por sufixação, possuindo uma desinência de número.
II. A palavra prazeroso é formada pelo sufixo –oso, que significa “provido ou cheio de”.
III. A palavra impede forma-se a partir da palavra poder, acrescida do prefixo negativo im-.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
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Comentário: Analisando as assertivas, percebemos que: (i) brasileiros é marcado pelo morfema
de plural –s, representando uma desinência de número; (ii) prazeroso representa a junção do
radical “prazer” com o sufixo “-oso”, o qual exprime a noção de “provido ou cheio de”; e (iii) por
fim, o vocábulo impede é proveniente do verbo “impedir”, tendo como radical “imped-”. Logo, a
letra (C) é o gabarito da questão.
Gabarito: C.
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21. (FUNDATEC – 2011 – CREMERS) Considerando o processo de formação de palavras, o
vocábulo formado pelo mesmo processo que originou gorduroso é:
A) entristecer.
B) livraria.
C) sobrenatural.
D) passatempo.
E) planalto.
Comentário: No enunciado, “gorduroso” é proveniente de “gordura”, com o acréscimo do sufixo “oso”. Portanto, temos o processo de derivação sufixal. Esse mesmo processo é encontrado na
assertiva (B), em que “livraria” deriva de “livro”, recebendo o sufixo “-aria”.
Nas demais opções, temos: (A) entristecer – derivação parassintética; (C) sobrenatural
– derivação prefixal; (D) passatempo – justaposição; (E) planalto – aglutinação.
Gabarito: B.
22. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo)
"... gordura visceral ou intra-abdominal".
O sentido do prefixo latino está contido no vocábulo:
a) introvertido.
b) introdução.
c) intraduzível.
d) intragável.
e) intransferível.
Comentário: No enunciado, o prefixo “intra-” exprime o sentido de “movimento para dentro,
posição interior”. Essa mesma acepção é encontrada na assertiva (A), no vocábulo “introvertido”.
Nas demais opções:
b) O vocábulo “introduzir” é formado a partir do prefixo “intro-” com a junção à palavra latina
“ducere” (introducere = introduzir). Nesse vocábulo, transmite-se o sentido de “guiar para
dentro”. A questão deveria ter sido anulada, por apresentar duas respostas corretas;
c) “intraduzível” – o prefixo “in-” exprime ideia de negação;
d) “intragável” – o prefixo “in-” também exprime noção de negação;
e) Em “intransferível”, transmite-se o sentido de negação.
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Gabarito: A.
23. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) No vocábulo adiposo o sufixo oso tem a noção de:
a) nomenclatura científica.
b) ação.
c) profissão.
d) quantidade.
e) procedência.
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Comentário: Em “adiposo”, o sufixo “–oso”, formados de adjetivos, transmite ideia de quantidade.
Portanto, a letra (D) é nossa resposta.
Gabarito: D.
24. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) Em qual das alternativas a seguir o
sufixo exprime idéia de agente:
a) agricultor, verdureiro, agente, modelador.
b) paulista, verdureiro, agente, modelador.
c) algodoal, viveiro, anilina, inglesa.
d) canteiro, acetileno, solidão, resistente.
e) maldade, surdez, brancura, perecível.
Comentário: A ideia de agente é encontrada na assertiva (A). Em “agricultor”, temos o sufixo “-or”;
em “verdureiro”, o sufixo “-eiro” denota a ação de vender verduras; por sua vez, ao vocábulo
“agente” acrescentou-se o sufixo “-nte”, sinônimo de “agente”; e, por fim, novamente temos o
sufixo “-or” em ‘modelador. Logo, a letra (A) é a resposta da questão.
Vejamos algumas acepções nas demais alternativas:
b) Em “paulista”, temos o sufixo “-ista”, indicador de localidade, origem, procedência;
c) Em “algodoal”, o sufixo “-al” indica ideia de quantidade;
d) Em “canteiro”, o sufixo “-eiro”, exprime a noção de lugar.
Gabarito: A.
25. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) O vocábulo formado por sufixação é:
a) sobrevivem
b) vítimas
c) poderia
d) corredor
e) ratificaram
Comentário: O processo de formação de palavras por sufixação é autoexplicativo, ou seja, ao
radical da palavra acrescenta-se um sufixo. Esse processo é encontrado na assertiva (D), em que
“corredor” exprime o sentido de “aquele que corre”, que pratica tal ação. Portanto, essa é a nossa
resposta.
00000000000
Gabarito: D.
26. (FUNRIO-2007/Prefeitura de Maricá) A palavra do texto formada por composição é:
a) protomártir.
b) seringueiro.
c) desconfiar.
d) internacional.
e) comercialização.
Comentário: Para que a palavra seja formada por composição, é necessário que haja a união de
dois radicais. Esse processo de formação de palavras subdivide-se em:
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a) Justaposição - os radicais são colocados lado a lado, sem qualquer alteração gráfica e
fonética, ou seja, sem perda de elementos.
b) Aglutinação – dois radicais aglutinam-se, trocando ou perdendo fonemas, originando um só
acento tônico.
Dessa forma, identificamos que a resposta da questão se encontra na assertiva (A). O
vocábulo “protomártir” é obtido a partir da junção dos radicais “proto” e “mártir”, sem acarretar
alteração fonética. Trata-se do processo de composição por justaposição.
Nas demais opções: (i) há o acréscimo de sufixo em “seringueiro”; (ii) o acréscimo de
prefixo em “desconfiar”; (iii) a junção do prefixo “inter-” ao vocábulo “nacional”; e (iv) houve o
acréscimo do sufixo “-ização” ao adjetivo “comercial”.
Gabarito: A.
27. (FUNRIO-2008/SEJUS-RO) O processo de formação da palavra agronegócio, que
aparece no segundo parágrafo do texto, é semelhante ao das palavras:
a) aeromoça – autopeça – eletrodoméstico – minissaia.
b) aguardente – fidalgo – pernalta – planalto.
c) ambidestro – bisavô – ferrovia - quadrimotor.
d) antiaéreo – hipertensão – antebraço –contradizer.
e) cronômetro – homeopatia – octossílabo – tipografia.
Comentário: No enunciado, o vocábulo “agronegócio” é formado por meio do processo de
derivação prefixal, em que o prefixo “agro-“ foi acrescido ao radical “negócio”. Com isso,
identificamos que a resposta da questão encontra-se na assertiva (A). Em “aeromoça”,
“autopeça”, “eletrodoméstico” e “minissaia”, temos prefixos somados a radicais.
Nas demais opções, temos, por exemplo:
b) Em “aguardente”, temos processo de composição por aglutinação (água + ardente). Esse
mesmo processo ocorre com as demais palavras desta assertiva.
c) Em “ferrovia”, temos processo de derivação sufixal;
d) Em “contradizer”, temos o processo de composição por justaposição.
Gabarito: A.
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28. (FUNRIO-2008/CBMERJ) O termos FILHOTE e CATIVEIRO são igualmente obtidos pelo
processo de derivação:
a) prefixal.
b) sufixal.
c) parassintética.
d) regressiva.
e) imprópria.
Comentário: Em “filhote”, temos processo de derivação sufixal, em que o sufixo
“-ote” foi
acrescido à base “filh-”. Esse mesmo processo ocorre no vocábulo “cativeiro”, por meio do
acréscimo do sufixo “-eiro”. Portanto, a letra (B) é nossa resposta.
Gabarito: B.
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ORTOGRAFIA OFICIAL
No Brasil, as normas ortográficas são regidas pela Academia Brasileira de Letras (ABL),
por meio do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como VOLP.
Em 26 de setembro de 2008, o Decreto nº 6.583 entrou em vigor, promulgando o Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa. Nesse documento, o então Presidente Luís Inácio Lula da
Silva estabeleceu um período de transição, insculpido no artigo 2º, parágrafo único:
o
“A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1 de janeiro de 2009 a 31
de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova
norma estabelecida.”
No decorrer desta aula, veremos que algumas questões foram elaboradas anteriormente
ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Sendo assim, apresentarei as regras antigas e,
quando for necessário, as novas normas ortográficas.
Começaremos nossa aula de regras ortográficas pelo emprego das consoantes e das
vogais.
EMPREGO DAS CONSOANTES
Emprega-se S (em) ...
Exemplos
- vocábulos iniciados por I, O e U.
isento, Isabel, Osório, Oséias, usina, usura.
Exceção: ozônio.
- sufixos -OSO e -OSA.
- sufixos -ÊS (adjetivos
nacionalidade ou procedência).
brilhoso, dengoso, saborosa, jeitosa, formosa.
que
indicam
dinamarquês, japonês, chinês, inglês, português.
- sufixos -ESA e –ISA (formam o feminino de
marquesa, baronesa, duquesa, consulesa, poetisa.
substantivos concretos ou designam títulos).
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- sufixos ASE, ESE, ISE e OSE.
frase, crase, ênfase, tese, síntese, catequese, análise,
catálise, hidrólise, hipnose, sacarose, apoteose.
Exceções: gaze, deslize.
- depois de ditongos.
lousa, aplauso, maisena.
- verbos PÔR e QUERER (e nos respectivos pus, pusera, puseram; quis, quisera, quiseram.
derivados).
- prefixo TRANS-.
transatlântico, transpor.
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Emprega-se S (em) ...
Exemplos
colidir, colisão; aludir, alusão.
pretender, pretensão; suspender, suspensão.
- palavras derivadas de verbos que possuem imergir, imersão; emergir, emersão.
D, ND, RG, RT, PEL, CORR (no radical).
perverter, perversão; converter, conversão.
repelir, repulsa; compelir, compulsão.
recorrer, recurso; incorrer, incursão.
Emprega-se SS (em) ...
Exemplos
ceder, cessão; exceder, excesso.
agredir, agressão; transgredir, transgressão.
- palavras derivadas de verbos que possuem
CED, GRED, PRIM, MET e CUT (no radical).
imprimir, impressão; reprimir, repressão.
prometer, promessa; intrometer, intromissão.
- vogal + sufixo “-TIR”.
admitir, admissão; demitir, demissão.
- prefixo finalizado por vogal + palavra pressentir, pressentimento.
iniciada por S.
Emprega-se (C) Ç (em) ...
Exemplos
- palavras africanas, árabes ou indígenas.
açaí, açoite, araçá, babaçu, caçula, Iguaçu, Itaipuaçu.
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afeição, beiço, correição.
- após ditongos.
Exceções: coice, foice.
- sufixos -AÇA, -AÇO, -IÇA, -UÇO, -ANÇA, barcaça, balaço, carniça, crença, dentuço, esperança,
-ENÇA, -ÇÃO.
petição.
- palavras derivadas do verbo TER.
ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção.
- palavras derivadas do verbo TORCER.
torcer, torção;
distorção.
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contorcer,
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contorção;
distorcer,
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Emprega-se (C) Ç (em) ...
Exemplos
- palavras derivadas de outras que possuem
optar, opção; cantar, canção; exceto, exceção; isento,
“T” no radical.
isenção; correto, correção; setor, seção.
Emprega-se Z (em) ...
Exemplos
azar, azado (oportuno), azia, azedo, azeite, azêmola,
aziago, azul.
- palavras iniciadas pela sílaba A.
Exceções: asa, asado (provido de asas), Ásia,
asilo, asinino.
- palavras derivadas de outras que contenham baliza, abalizado; revezar, revezamento;
Z no radical.
cruzamento; paz, apaziguar; deslizar, deslize.
cruzar,
bambu, bambuzal; botão, botãozinho, botõezinhos;
café, cafezal, cafezinho; pá, pazinha, pazada.
Observação!
- antes dos sufixos - AL, -ADA e -INHO(A).
Em regra, grafam-se com S os derivados de
palavras cuja forma primitiva contenha S.
Exemplos:
lápis - lapisinho, lapiseira
mesa – mesinha, mesada
casa - casinha, casebre
japonês - japonesinho
parafuso – parafusinho
- sufixos -EZ e –EZA (formadores de límpido, limpidez; macio, maciez; tímido, timidez; belo,
substantivos abstratos derivados de adjetivos).
beleza; franco, franqueza; gentil, gentileza.
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utilizar, utilização; dinamizar, dinamização; centralizar,
centralização; legalizar, legalização.
- sufixos -IZAR e -IZAÇÃO.
Observação!
Alguns verbos recebem apenas -AR como
sufixo. Portanto, devem ser grafados com S.
Exemplos:
frisar (de friso), pesquisar (de pesquisa), pisar (de
piso), bisar (de bis), irisar (de íris), analisar (de
análise), improvisar (de improviso), paralisar (de
paralisação).
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Emprega-se Z (em) ...
Exemplos
audaz, sagaz, loquaz, voraz, veloz, algoz, atroz,
albatroz, giz, cicatriz, matriz, chafariz, cuscuz,
- segmento final da palavra, se o fonema /z/ mastruz.
não estiver entre vogais.
Exceções: abatis, ananás, anis, após, atrás,
através, gás, ilhós, invés, lilás, quis, retrós, revés,
viés.
- verbos finalizados em -ER e -IR.
fazer, dizer, trazer, cozer (cozinhar), produzir, abduzir.
Exceções: coser (costurar), transir (arrepiar).
Emprega-se G em...
Exemplos
agente, ágil, agiota, agir, agouro.
Observação!
- após A inicial.
Grafam-se com J os derivados de palavras que
contenham J no radical.
Exemplos: jeito, ajeitar; jesuíta, ajesuitar; juízo,
ajuizar.
aspergir, convergir, divergir, sargento, submergir,
virgem.
- após R, geralmente.
Exceções: gorjeio, gorjeta (de gorja); sarjeta (de
sarja).
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- finais -ÁGIO, -ÉGIO, -ÍGIO, -ÓGIO, -ÚGIO.
sufrágio, colégio, litígio, relógio, refúgio.
- finais dos substantivos -AGEM, -EGE, -IGEM, - garagem, herege, vertigem, paragoge, ferrugem.
OGE, -UGEM.
Exceções: pajem, lajem (ou laje), lambujem.
- formas infinitivas de verbos terminados em constranger, viger, fingir, fugir, infrigir (transgredir),
-ER e -IR.
infligir (aplicar).
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Emprega-se J (em) ...
Exemplos
- vocábulos derivados de jeito, ajeitar; majestade, majestoso; gorja, gorjeta, gorjeio; sarja, sarjeta;
palavras que contenham J laranja, laranjeira; cereja, cerejeira; granja, granjeiro; igreja, igrejeiro;
no radical.
lisonja, lisonjeado, lisonjeiro.
palavras
ameríndias, pajé, jiboia, jirau, jiló, jequitibá, jenipapo, jerimum, canjica, cafajeste,
árabes e latinas.
manjericão, alforje, hoje, objeto.
- terminação -AJE.
laje, traje, ultraje.
arranjar, arranjei, arranjemos, arranjem; bocejar, bocejei, bocejemos,
bocejem; despejar, despejei, despejemos, despejem; viajar, viajei,
viajemos, viajem.
- formas verbais terminadas
em -JAR.
Observação!
Cuidado os parônimos viagem (substantivo) e viajem (verbo viajar).
Exemplos:
Os caminhoneiros fizeram uma viagem cansativa.
(substantivo)
Desejo que eles viajem hoje à noite.
(verbo)
Importante!
Tenham atenção especial à grafia das seguintes palavras: berinjela, enrijecer, injeção,
interjeição, jejuar, jejum, lambujem, ojeriza, projétil, trejeito.
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Emprega-se X (em) ...
- após ditongos.
Exemplos
ameixa, caixa, eixo, encaixe, frouxo, queixo, seixo.
Exceções: recauchutar, recauchutagem (de caucho).
- palavras de origem africana abacaxi, caxumba, capixaba, muxoxo, Xavante, Xingu.
ou indígena.
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Emprega-se X (em) ...
Exemplos
mexerico, mexicano, mexer, mexa (verbo).
- depois das sílabas iniciais:
MeLaLiLuGraBruEn-
Exceção: mecha (substantivo).
laxante.
lixa, lixo.
luxo, luxúria.
graxa.
bruxa, Bruxelas, bruxelês.
enxada, enxuto, enxame, enxaqueca, enxoval, enxurrada, enxaguar,
enxerto, enxergar, enxotar, enxugar.
Exceções: enchova,
vocábulos.
encher,
encharcar
e
derivados
desses
Observação!
Quando en- for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva.
Exemplo: enxadrista (de xadrez), engraxar, engraxate (de graxa).
Importante!
Fiquem atentos à grafia das seguintes palavras: esplêndido, estender, estendido,
estourar, esterno (osso), estranho e estratificar (dispor em camadas ou estratos).
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Emprega-se CH (em) ...
Exemplos
- cognatos das palavras chamariz (de chamar), chinelada (de chinelo), chifrada (de chifre),
com CH- .
chaveiro (de chave), pichação (de piche).
- segmentos iniciais CHAM- chamuscar, champanha, chaminé, chocalho, chocolate, choupana.
e CHO- .
Exceção: xampu.
- sufixos -ACHO, -ICHO e riacho, esguicho, gaúcho, gaúcha.
UCHO(A).
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Dicas estratégicas!
1ª) Quando “en-” for prefixo, prevalecerá a grafia da palavra primitiva: encharcar
(de charco), enchapelar (de chapéu), enchiqueirar (de chiqueiro), enchumbar (de chumbo),
enchouriçar (de chouriço), enchumaçar (de chumaço), enchente (de encher).
2ª) Atenção especial à escrita correta das seguintes palavras: chave, chuchu, chicote,
chifre, chimarrão, chimpanzé, cochilo, chulo, chumaço, chacina, chantagem, chibata, brocha
(prego), bucho (estômago de animais), chá (arbusto), cheque (ordem de pagamento), tacha
(prego ou verbo tachar - apelidar), flecha, cartucho.
Emprega-se H (em)...
Exemplos
anti-higiênico, pré-histórico, pseudo-homérico, super-homem,
infra-hepático, sobre-humano, arqui-herança, proto-história,
- compostos ligados por hífen em mini-hotel, ultra-humano.
que o segundo elemento começa
com H.
Atenção à grafia correta das seguintes palavras: desarmonia,
desumano, lobisomem.
- verbo HAVER (e em suas flexões).
havemos, haveis, haveria, houve, houvesse, houver.
- substantivo próprio BAHIA (Estado Observação!
do Brasil).
Os derivados da palavra Bahia são grafados sem H.
Exemplos: baiano, baianinha, baianada.
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EMPREGO DAS VOGAIS
Emprega-se E (em)...
Exemplos
- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do singular Reunir – tu reúnes, ele reúne, eles reúnem.
(tu e ele) e na 3ª pessoa do plural (eles) dos verbos Partir – tu partes, ele parte, eles partem.
terminados em –IR.
Magoar - (que) eu magoe / tu magoes / ele
magoe / nós magoemos / vós magoeis / eles
- Presente do Subjuntivo: em todas as pessoas dos magoem.
verbos terminados em -OAR e -UAR.
Pontuar - (que) eu pontue / tu pontues / ele
pontue / nós pontuemos / vós pontueis / eles
pontuem.
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos
seguintes verbos terminados em -IAR: mediar, ansiar,
remediar, incendiar e odiar.
Os demais são regulares: “Arriar” (abaixar-se) - arrio,
arrias, arria, arriamos, arriais, arriam.
“Arrear” (pôr o arreio) termina em –EAR: arreio, arreias,
arreia, arreamos, arreais, arreiam.
M ediar – eu medeio, tu medeias, ele
medeia, eles medeiam.
A nsiar – eu anseio, tu anseias, ele anseia,
eles anseiam.
R emediar – eu remedeio, tu remedeias, ele
remedeia, eles remedeiam.
I ncendiar – eu incendeio, tu incendeias, ele
incendeia, eles incendeiam.
O diar – eu odeio, tu odeias, ele odeia, eles
odeiam.
Observação!
O verbo intermediar
paradigma do verbo mediar.
segue
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o
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Reforçando...
Emprega-se a vogal E nos:
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Atenção!
As seguintes palavras devem ser grafadas com “e”: beneficência, cadeado, candeeiro,
creolina, cumeeira, descortinar, descrição (descrever), descriminar (inocentar), desperdício,
despensa (depósito), empecilho, empório, espontâneo, encarnação, paletó, peão (pessoa),
periquito, prazerosamente, rédea, terebintina. Memorizem isso!
Emprega-se I (em)...
Exemplos
-UIR: tu possuis, ele possui; tu
contribuis, ele contribui; tu constróis,
- Presente do Indicativo: na 2ª e 3ª pessoas do ele constrói.
singular (tu e ele) dos verbos terminados em -UIR, -AIR: tu extrais, ele extrai; tu retrais,
ele retrai; tu distrais, ele distrai.
-AIR e -OER.
-OER: tu róis, ele rói; tu móis, ele mói;
tu remóis, ele remói.
Recear – eu receio, tu receias, ele
- formas rizotônicas (sílaba tônica dentro do radical) dos receia, eles receiam.
verbos terminados em -EAR.
Frear – eu freio, tu freias, ele freia, eles
freiam.
Passear – eu passeio, tu passeias, ele
passeia, eles passeiam.
Arrear – eu arreio, tu arreias, ele
arreia, eles arreiam.
As seguintes palavras devem ser grafadas com “i”: aborígine, açoriano, camoniano,
calcário, casimira, cordial, corrimão, crânio, crioulo, digladiar, discernir, discrepância, discrição
(discreto), discriminar (isolar), disenteria, dispensa (licença), displicência, erisipela, escárnio,
impigem, inclinar, inquirir, invólucro, lampião, manteiga, manteigueira, meritíssimo,
pião (brinquedo), privilégio. Sempre aparece alguma em prova.
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EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES
A partir deste momento, chamo a máxima atenção de vocês para o emprego de algumas
expressões que podem gerar dúvida. Isso é recorrente nas provas de concursos.
Vamos lá!
•
A (preposição/artigo) x HÁ (verbo)
A (preposição) – indica relação de distância ou de tempo futuro.
Exemplos: A espiã trabalha a dois quarteirões dos inimigos. (preposição= relação de distância)
Começarei a trabalhar daqui a uma semana. (preposição= ideia de futuro)
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A (artigo) – determina nomes femininos.
Exemplo: A prova será muito fácil para aqueles que estudam.
HÁ (verbo) – indica “tempo passado” ou a “existência de algo/alguém”. Nestas acepções, deve
permanecer na terceira pessoa do singular, pois é um verbo impessoal.
Exemplos:
Fiz a prova há dois dias. (= Fiz a prova faz dois dias.)
Há dois carros para o leilão. (Existem dois carros para o leilão.)
•
AO ENCONTRO DE X DE ENCONTRO A
AO ENCONTRO DE – em direção a, favoravelmente.
Exemplo: Fui ao encontro de minha namorada. (= Fui em direção à minha namorada.)
DE ENCONTRO A – ir contra; choque.
Exemplo: Fui de encontro à opinião de sua esposa. (= Fui contra a opinião de sua esposa.)
•
AFIM X A FIM
AFIM – indica “semelhança”, “parentesco”.
Exemplo: Nossa meta é afim: sua aprovação. (= Nossa meta é semelhante: sua aprovação.)
A FIM – indica “finalidade”. Equivale à conjunção final “para”.
Exemplos: Estudo a fim de ser aprovado. (= Estudo para ser aprovado.)
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•
ACERCA DE X A CERCA DE X HÁ CERCA DE X CERCA DE
ACERCA DE - significa “a respeito de”, “sobre”.
Exemplo: Conversamos acerca do namoro. (= Conversamos a respeito do namoro.)
A CERCA DE - ideia de “aproximadamente”, “perto de”.
Exemplo: Estive a cerca de 50 metros da linha de chegada. (= Estive à distância de 50 metros
da linha de chegada.)
CERCA DE – transmite ideia “durante”, “aproximadamente”.
Exemplo: Jogamos cerca de três horas. (= Jogamos durante três horas.)
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HÁ CERCA DE - significa “faz aproximadamente”, indicando tempo passado.
Exemplos: Há cerca de cem pessoas na fila. (= Existem aproximadamente cem pessoas na fila.)
Chegou ao Brasil há cerca de 10 anos. (= Chegou ao Brasil faz aproximadamente 10 anos.)
•
EM VEZ DE X AO INVÉS DE
EM VEZ DE – indica “em lugar de”.
Exemplo: Em vez de batata frita, comeu um sanduíche. (= No lugar de batata frita, comeu um
sanduíche.)
AO INVÉS DE – indica “ao contrário de”.
Exemplo: Ao invés de trabalhar, dormiu. / Ao invés de subir, desceu.
Importante!
A expressão “ao invés de” só deve ser empregada quando houver ideias contrárias. No
segundo quadrinho, há ideia de “em lugar de”. Por essa razão, a frase da atendente está errada.
O correto é: “Oi, Ju, bom dia! Em vez de ir com a Lu, vou com você”.
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•
MAL X MAU
MAL (advérbio/substantivo) - oposto de “bem”.
Exemplos: Ele fez o serviço mal. (= Ele fez o serviço bem.)
Ele tem um mal incurável. (= Ele tem um bem incurável.)
MAL - conjunção subordinativa temporal equivalente a “logo que”, “assim que”.
Exemplo: Mal ele chegou, todos saíram. (= Logo que ele chegou, todos saíram.)
MAU (adjetivo) – contrário, antônimo de “bom”.
Exemplo: Ele é um aluno mau. (= Ele é um aluno bom.)
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•
ONDE X AONDE X DE ONDE
ONDE – empregado com verbos que exprimem “ESTADO” ou “PERMANÊNCIA”.
Exemplos: A cidade onde estou é linda.
Onde você deixou os óculos ?
Cuidado!
“Onde” deve ser empregado somente quando houver referência a lugar:
“A cidade onde estou é linda”.
É incorreto o emprego em outros contextos, tais como “A situação onde me encontro é
favorável”. Notem que, no exemplo apresentado, não há referência a lugar, razão por que o
emprego de “onde” está incorreto. Nesse caso, é correto o emprego das expressões “em que” ou
“na qual”:
A situação em que me encontro é favorável. / A situação na qual me encontro é favorável.
AONDE – empregado com verbos que exprimem “MOVIMENTO”.
Exemplo: Aonde você quer chegar ?
No exemplo acima, o verbo “chegar” indica movimento, regendo o emprego da preposição
“a”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a forma “aonde”.
DE ONDE – empregado com verbos que exprimem “ORIGEM”, “PROCEDÊNCIA”.
Exemplo: De onde você veio ?
No exemplo acima, o verbo “vir” indica origem, procedência, regendo o emprego da
preposição “de”. Esta, por sua vez, antecederá o advérbio “onde”, originando a expressão “de
onde” ou a contração “donde” (de + onde).
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•
OS PORQUÊS
POR QUE (separado e sem acento) - é usado em:
a) interrogativa direta.
Exemplo: Por que você faltou à aula ontem?
b) interrogativa indireta.
Exemplo: Gostaria de saber por que você faltou à aula ontem.
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Dica!
A forma “POR QUE” (separada e sem acento) também pode ser empregada nos
seguintes contextos:
•
Preposição + pronome interrogativo, equivalente a “por qual razão”.
Exemplo: Não sei por que insisto; só sei que serei aprovado. (= Não sei por qual razão insisto;
só sei que serei aprovado.)
•
Preposição + pronome relativo, equivalente a “pelo qual” (e flexões).
Exemplo: Passarei no concurso por que tanto luto. (= Passarei no concurso pelo qual tanto luto.)
•
Após as palavras denotativas “EIS” e “DAÍ”.
Exemplos: “Eis por que seremos aprovados.”
“Daí por que dizemos que seremos aprovados.”
Cuidado!
Se a forma “por que” estiver substantivada (antecedida de determinantes), o correto é empregar
“porquê” (junto e com acento). Neste caso, será equivalente a motivo, razão.
Exemplos: Eis o porquê de nossa aprovação.
Daí um porquê de seu sucesso: o estudo.
•
POR QUÊ (separado e com acento) – é usado quando no final da frase.
Exemplo: Não fez a prova? Por quê? (o “quê” é tônico; por isso, é acentuado graficamente)
Pode ser usado no final da oração, antes de pausa (não necessariamente em final do
período), quando for equivalente a motivo, razão pela qual.
00000000000
Exemplo: Não conseguimos saber por quê, mas tentamos. (o “quê” é tônico)
• PORQUE (junto e sem acento) - é usado em respostas. Dependendo do contexto em que
estiver inserido, indicará uma:
a) explicação (= pois)
Exemplo: A moça chorou porque os olhos estão vermelhos. (= A moça chorou pois os olhos
estão vermelhos.)
b) causa (= já que)
Exemplo: A moça chorou porque foi aprovada no concurso. (= A moça chorou, já que foi
aprovada no concurso.)
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c) finalidade ( = para que).
Exemplo: Fiz-lhe sinal porque se calasse. (= Fiz-lhe sinal para que se calasse.)
Observação!
A forma “porque” (junta e sem acento) deve ser usada em frases interrogativas,
quando for uma conjunção causal (relação de causa e efeito).
Exemplo: Não íamos demonstrá-la porque nossa habilidade não era valorizada?
• PORQUÊ (junto e com acento) – é um substantivo usado sempre que vier precedido de
determinante. Significa motivo, razão, causa.
Exemplos: Gostaria de entender o porquê de suas faltas. (= Gostaria de entender o motivo de
suas faltas.)
Desejo saber os porquês de tanto estudo. (= Desejo saber as razões de tanto estudo.)
Curiosidade!
Na primeira estrofe da música “Gostava tanto de você”, cuja autoria pertence a Tim Maia,
houve o emprego da forma “porque”. O emprego foi correto ?
Gostava Tanto de Você
Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
(Tim Maia)
Resposta: Não! A forma correta seria “por que”, pois é uma sequência composta por uma
preposição + pronome interrogativo, equivalente a por qual razão:
00000000000
Gostava Tanto de Você
Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
(Tim Maia)
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•
SE NÃO X SENÃO
Letra:Chico da Silva
SE NÃO - formado por "SE" (conjunção condicional) + "NÃO" (advérbio). Equivale a
"CASO NÃO".
Exemplo: Se não estudarem, não passarão no concurso. (= Caso não estudem, não passarão no
concurso.)
SENÃO - equivalente a "CASO CONTRÁRIO", "EXCETO".
Exemplos: Estude bastante, senão você não terá sucesso. (= Estude bastante, caso contrário
você não terá sucesso.)
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Todos foram convidados para a festa, senão ela. (= Todos foram convidados para a festa,
exceto ela.)
Aluno(a)s, espero que tenham compreendido a explicação, senão (= caso contrário)
explicarei novamente. Se não (= Caso não) conseguirmos isso na próxima explicação,
retomaremos o tema quantas vezes forem necessárias! :-)
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AGENTE X A GENTE
•
AGENTE - é aquele que atua, exerce certo cargo ou determinada função (p. ex. procurador,
delegado, administrador etc.).
Exemplo: O agente chegou cedo à repartição.
A GENTE - é uma expressão que representa a ideia de primeira pessoa do plural (nós), sendo de
uso comum entre os falantes do português brasileiro. Entretanto, a forma verbal associada deve
permanecer na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: A gente vai à praia amanhã.
•
DIA-A-DIA X DIA A DIA (segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa)
Antes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a expressão “dia-a-dia” era grafada
com hífen (ou traço de união).
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Exemplos: Nas escolas públicas, o dia-a-dia (= cotidiano) dos professores brasileiros é árduo.
Com a promulgação do mencionado acordo, o hífen (ou traço de união) foi abolido:
dia a dia.
Exemplos: Nas escolas públicas, o dia a dia dos professores brasileiros é árduo. (equivalendo a
“cotidiano”, a expressão será um substantivo)
Estou melhorando minha performance dia a dia. (equivalendo a diariamente, a expressão será
locução adverbial de tempo)
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TAMPOUCO X TÃO POUCO
•
TAMPOUCO - é uma conjunção coordenativa aditiva. Equivale a "TAMBÉM NÃO", "NEM".
Exemplo: Eles não trabalham tampouco estudam. (= Eles não trabalham nem estudam.)
TÃO POUCO - expressão equivalente a "MUITO POUCO".
Exemplo: Ele dormiu tão pouco, que logo sentirá sono. (= Ele dormiu muito pouco, que logo
sentirá sono.)
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos – são palavras que, embora tenham significados diferentes, têm a mesma
estrutura fonológica. Tripartem-se em:
00000000000
•
Homônimos homóFONOS – mesmo som (pronúncia) e grafias diferentes.
Exemplos:
coser (costurar) / cozer (cozinhar);
expiar (pagar a culpa) / espiar (observar secretamente);
cela (quarto de dormir) / sela (peça de couro posta sobre o lombo da cavalgadura);
•
Homônimos homóGRAFOS – mesma grafia (escrita) e pronúncias diferentes.
Exemplos:
colher (verbo) / colher (substantivo);
sede /é/ (lugar principal) / sede /ê/ (secura, necessidade de ingerir líquido).
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•
Homônimos perfeitos - pronúncia e grafia iguais.
Exemplos: são (verbo “ser”) / são (adjetivo = sadio).
Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”)
Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio)
cedo (advérbio de tempo) / cedo (verbo “ceder”).
Chegarei cedo ao local de prova. (advérbio de tempo)
Neste instante, eu cedo o apartamento para vocês. (verbo “ceder”)
É importante diferenciar os homônimos perfeitos das palavras polissêmicas.
Homônimos perfeitos são nomes que têm mesma grafia e pronúncia, mas que
pertencem a classes gramaticais distintas.
Exemplos:
Os alunos do Estratégia Concursos são demais! (verbo “ser”)
Mente sã no corpo são. (adjetivo = sadio)
Nos exemplos acima, houve alteração da classe gramatical. Logo, temos homônimos
perfeitos.
Por sua vez, termos polissêmicos são vocábulos que apresentam uma só forma com
mais de um significado, pertencendo à mesma classe gramatical.
00000000000
O cabo obedeceu às ordens dos superiores. (cabo = patente militar substantivo)
A cozinheira pegou a faca pelo cabo. (cabo = parte do instrumento substantivo)
Nos exemplos acima, não houve alteração da classe gramatical. Logo, temos vocábulos
polissêmicos.
PARONÍMINA
Parônimos – é a relação entre palavras que são parecidas, mas que possuem
significados diferentes.
Aproveitando o ritmo da aula, apresentarei uma sucinta lista com os homônimos e
parônimos recorrentes nos certames organizados pelas principais bancas.
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Ascender: subir, elevar-se.
Acender: atear fogo, abrasar.
Acento: inflexão de voz, sinal gráfico.
Assento: base, cadeira, apoio; registro, apontamento.
Acerca de: a respeito de, sobre.
A cerca de: a uma distância aproximada de.
Há cerca de: faz aproximadamente, existe(m) perto de.
Acerto: estado de acertar; precisão, segurança; ajuste.
Asserto: afirmação, asserção.
Aferir: medir.
Auferir: obter, ganhar.
Afim: parente por afinidade; semelhante, análogo.
A fim (de): para (locução conjuntiva final).
Amoral: indiferente à moral, que não se preocupa com a moral.
Imoral: contrário à moral, indecente.
Ao encontro de: para junto de, favorável a.
De encontro a: contra, em prejuízo de.
Ao invés de: ao contrário de.
Em vez de: em lugar de.
A par: ciente, ao lado, junto.
Ao par: de acordo com a convenção legal; equivalência.
Apreçar: marcar o preço de, avaliar, ajustar.
Apressar: acelerar, dar pressa a, instigar.
Arrear: pôr arreios a; aparelhar.
Arriar: abaixar, descer, inutilizar, desaminar.
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Arrochar: apertar muito.
Arroxar: tornar roxo.
Ás: pessoa notável em sua especialidade; carta de jogo.
Az: esquadrão, ala do exército, fileira.
Asado: que tem asas, alado.
Azado: oportuno, propício.
Avocar: atrair, atribuir-se, chamar.
Evocar: trazer à lembrança.
Caçar: perseguir, apanhar.
Cassar: anular, suspender.
Cavaleiro: homem a cavalo.
Cavalheiro: homem gentil, de boas maneiras e ações.
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Cela: aposento de religiosos, cubículo.
Sela: arreio de cavalgadura.
Censo: recenseamento, contagem.
Senso: juízo, discernimento.
Cerrar: fechar, apertar, encerrar.
Serrar: cortar, separar.
Cessão: ato de ceder, cedência.
Seção ou secção: setor, corte, subdivisão, parte de um todo.
Sessão: espaço de tempo em que se realiza uma reunião; reunião.
Cheque: ordem de pagamento.
Xeque: chefe árabe; lance de xadrez; perigo.
Comprimento: extensão, tamanho, distância.
Cumprimento: saudação, ato de cumprir.
Concertar: combinar, harmonizar, arranjar.
Consertar: remendar, restaurar.
Conjetura: suposição, hipótese.
Conjuntura: oportunidade, momento, ensejo, situação.
Coser: costurar.
Cozer: cozinhar.
Deferir: atender, conceder, anuir.
Diferir: divergir; adiar, retardar, dilatar.
Delatar: denunciar, acusar.
Dilatar: adiar, prorrogar.
Descrição: ato de descrever; explanação.
Discrição: moderação, reserva, recato, modéstia.
Despensa: depósito de mantimentos.
Dispensa: escusa, licença, demissão.
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Despercebido: não visto, não notado, ignorado.
Desapercebido: desprevenido, desguarnecido, desprovido.
Destratar: ofender, insultar.
Distratar: desfazer um trato ou contrato.
Emergir: vir à tona, aparecer.
Imergir: mergulhar, penetrar, afundar.
Eminente: alto, elevado; sublime, célebre.
Iminente: imediato, próximo, prestes a acontecer.
Emigrar: sair da pátria.
Imigrar: entrar (em país estranho) para viver nele.
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Esbaforido: cansado, ofegante.
Espavorido: apavorado, espantado.
Espectador: testemunha, assistente.
Expectador: aquele que tem expectativa, esperançoso.
Esperto: fino, inteligente, atilado, ativo.
Experto: perito, experiente.
Espiar: espreitar, olhar.
Expiar: pagar, resgatar (crime, falta, pecado).
Estada: permanência, demora de uma pessoa em algum lugar.
Estadia: permanência paga do navio no porto para carga e descarga. Aplica-se a veículos.
Estância: morada, mansão.
Instância: pedido urgente e repetido; jurisdição, foro.
Estrato: nuvem; camada.
Extrato: perfume, loção; resumo.
Flagrante: evidente, manifesto.
Fragrante: aromático, perfumoso.
Incerto: duvidoso, indeciso, não certo.
Inserto: inserido, incluído.
Incipiente: principiante, iniciante.
Insipiente: ignorante.
Indefeso: desarmado, fraco.
Indefesso: incansável, infatigável.
Infligir: aplicar (pena, castigo, multa, etc.).
Infringir: transgredir, desrespeitar, desobedecer.
Intercessão: intervenção, mediação.
Interse(c)ção: ponto em que se cruzam duas linhas ou superfícies.
00000000000
Intimorato: sem temor, destemido.
Intemerato: puro, íntegro, incorrupto.
Laço: laçada; traição, engano.
Lasso: fatigado, cansado, frouxo.
Mandado: ato de mandar.
Mandato: autorização que se confere a outrem, delegação.
Paço: palácio, palácio do governo; a corte.
Passo: ato de andar, caminho, marcha; episódio.
Preceder: anteceder, vir antes.
Proceder: descender, provir, originar-se; comportar-se. realizar; caber, ter fundamento.
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Presar: capturar, apresar, agarrar.
Prezar: estimar muito, amar, respeitar, acatar.
Prescrever: determinar, preceituar, ordenar, receitar.
Proscrever: condenar a degredo, desterrar; proibir, abolir, suprimir.
Ratificar: validar, confirmar autenticamente.
Retificar: corrigir, emendar.
Ruço: pardacento; desbotado; grisalho.
Russo: referente à Rússia; natural ou habitante da Rússia; língua da Rússia.
Sortir: abastecer, prover.
Surtir: ter como resultado, produzir efeito.
Sustar: deter, suspender, interromper.
Suster: sustentar, manter, alimentar.
Tacha: pequeno prego; mancha, nódoa.
Taxa: preço ou quantia que se estipula como compensação de certo serviço; razão do juro.
Tachar: pôr prego em; notar defeito em, censurar, criticar, acusar.
Taxar: regular o preço; lançar imposto sobre; moderar, regular.
Vultoso: grande, volumoso.
Vultuoso: vermelho e inchado (diz-se do rosto).
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EMPREGO DO HÍFEN (OU TRAÇO DE UNIÃO)
A seguir, apresentarei a vocês um ponto importantíssimo: o emprego do hífen (ou traço de
união).
Primeiramente, demonstrarei as regras antigas e, quando necessário, apresentarei as
mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico.
Sempre me dizem: “Professor, são muitas regras. Como decorá-las?”. Fiquem tranquilos,
meus amigos! Para facilitar a vida de vocês (rs...), trouxe algumas técnicas mnemônicas que
facilitarão a memorização.
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-,
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais
diferentes.
Para memorizar:
P
S
I
C
A
N
E
P
I
U
S
SEUDOEMINTRAONTRAUTOEOXTRAROTONFRALTRAUPRA-
que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’, ‘S’ e vogais diferentes.
Exemplos: pseudo-homérico, neo-republicano, proto-revolução, pseudo-sábio, semi-selvagem,
ultra-secreto, intraauricular, autoônibus, contra-indicação, intra-ocular, extra-oficial, supra-excitação.
00000000000
Exceção: extraordinário.
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos PSEUDO-, SEMI-, INTRA-, CONTRA-, AUTO-, NEO-, EXTRA-, PROTO-,
INFRA-, ULTRA- e SUPRA- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogal igual à última
do prefixo.
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Para memorizar:
P
S
I
C
A
N
E
P
I
U
S
SEUDOEMINTRAONTRAUTOEOXTRAROTONFRALTRAUPRA-
antes de ‘H’ e de vogal igual à última do prefixo
Se os prefixos acima antecederem palavras iniciadas por ‘R’ e ‘S’, estas consoantes serão
duplicadas, ou seja, não se emprega o hífen.
Exemplos: pseudo-homérico, neorrepublicano, protorrevolução, pseudossábio, semisselvagem,
ultrassecreto, intra-auricular, auto-ônibus.
Dica!
Os prefixos CO-, RE-, DES- e IN- não se enquadram na regra acima.
Exemplos: coerança (co + herança), coerdeiro (co + herdeiro), coabitar (co + habitar), coordenar
(co + ordenar), cooperar (co + operar), cosseno (co + seno), cossecante (co + secante),
correlação (co + relação), reabilitar (re + habilitar), reeditar (re + editar), reeleição (re + eleição),
desonra (des + honra), desumano (des + humano), inábil (in + hábil), inabitável (in + habitável).
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
00000000000
- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas
por ‘H’, ‘R’ e ‘S’.
Para memorizar:
A NTEA NTIS OBREA RQUI-
que antecedem palavras iniciadas por ‘H’, ‘R’ e ‘S’.
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Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, arqui-rival, ante-sala, anti-semita, sobre-saia.
Exceções: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto.
APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos ANTE-, ANTI-, SOBRE- e ARQUI- que antecedem palavras iniciadas
por ‘H’ e por vogal idêntica à última do prefixo.
A NTEA NTIS OBREA RQUI-
antes de ‘H’ e vogal idêntica à última do prefixo
* Diante de R e S, duplicam-se estas consoantes.
Exemplos: ante-histórico, anti-higiênico, sobre-humano, arqui-herança, anti-inflamatório, arqui-inimigo, anteontem, antiaéreo, arquirrival, antessala, antissemita, sobressaia, sobressalente,
sobressaltar, sobressalto.
Emprega-se hífen:
- nos prefixos SUPER-, INTER- e HIPER- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e
‘R’ (regra mantida pelo novo acordo ortográfico).
S UPERH IPERI NTER-
00000000000
antes de ‘H’ e ‘R’
Exemplos: super-requintado, hiper-humano, inter-resistente.
Emprega-se hífen:
- nos prefixos SOB-, AB-, AD- e OB- que antecedem ‘R’ (regra mantida pelo novo
acordo ortográfico).
Para memorizar: SOBABADOB
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S
O
BA
B-
que antecedem ‘R’
A
DO
B-
Exemplos: sob-roda, ab-rogar, ab-rupto, ad-renal, ob-reptício.
Emprega-se hífen:
- no prefixo SUB- que antecede ‘B’ , ‘R’ e ‘H’. (regra mantida pelo novo acordo
ortográfico)
Exemplos: sub-base, sub-bibliotecário, sub-reino, sub-reptício, sub-humano.
O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) também admite a grafia
subumano.
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos CIRCUM-, PAN- e MAL- que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e
vogais.
00000000000
Para memorizar: Lembrem-se de CPM.
C IRCUMP AN-
que antecedem palavras iniciadas por ‘H’ e vogais
M AL-
Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, mal-humorado, circum-escolar, pan-americano,
mal-educado.
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APÓS O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
Emprega-se hífen:
- nos prefixos CIRCUM- e PAN- ,que antecedem ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais, e no prefixo
MAL-, que antecede palavras iniciadas por ‘H’, ‘L’ e vogais.
C IRCUMP ANM AL-
antes de ‘H’, ‘M’, ‘N’ e vogais
antes de ‘H’, ‘L’ e vogais
Exemplos: circum-hospitalar, pan-hispânico, circum-escolar, pan-americano, circum-murado,
pan-mágico, circum-navegação, pan-negritude, mal-humorado, mal-entendido, mal-limpo,
mal-lavado, malsucedido.
Quando o prefixo MAL- formar um composto que designe doença, deveremos empregar o
hífen: mal-caduco (epilepsia), mal-francês (sífilis).
Emprega-se hífen:
- nos prefixos PÓS-, PRÉ- e PRÓ-, quando estes forem tônicos e conservarem
autonomia vocabular (regra mantida pelo novo acordo ortográfico).
00000000000
P ÓSP RÉP RÓ-
quando tônicos.
Neste caso, os prefixos serão acentuados graficamente.
Exemplos: pré-histórico, pré-eleitoral, pré-escolar, pós-meridiano, pós-moderno, pós-eleitoral,
pós-guerra, pró-europeu, pró-ativa.
Mas (sem hífen): prever, predeterminar, preestabelecer, preencher, preeminente,
preeminência, preexistir, prefácio, posfácio, pospor.
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Emprega-se hífen:
- nos prefixos SEM-, SOTA-, SOTO-, VICE-, VIZO- e EX- , em qualquer caso (regra
mantida pelo novo acordo ortográfico).
S EMS OTAS OTOV ICEV IZOE X-
em qualquer caso
Exemplos: sem-cerimônia, sota-piloto, soto-ministro, vice-diretor, vizo-rei, ex-presidente.
Emprega-se hífen:
- nos prefixos os prefixos BEM-, ALÉM-, RECÉM- e AQUÉM-, em qualquer caso.
(regra mantida pelo novo acordo ortográfico).
Exemplos:
bem-aventurado,
aquém-fronteiras.
bem-vindo,
bem-sucedido,
além-mar,
recém-nascido,
Exceções: benfazejo (benfazer), benfeito, benfeitor, benquerença (benquerer).
Emprega-se hífen:
- nos sufixos -AÇU, -GUAÇU e -MIRIM, quando o primeiro elemento da palavra
terminar em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia). (regra
mantida pelo novo acordo ortográfico).
00000000000
-AÇU
-GUAÇU
-MIRIM
quando o primeiro elemento da palavra terminar em vogal acentuada
graficamente ou quando a pronúncia exigir (eufonia).
Exemplos: araçá-guaçu, araçá-mirim, anajá-mirim, capim-açu.
Emprega-se hífen:
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- nas formas compostas por GRÃ- ou GRÃO-, quando formarem nomes de lugar, ou
nas formas verbais e nos compostos ligados por artigo. (regra mantida pelo novo acordo
ortográfico)
GRÃGRÃO-
quando formarem nomes de lugar, ou nas formas verbais e nos
compostos ligados por artigo.
Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, Baía de Todos-os-Santos.
Importante: O vocábulo Guiné-Bissau deve ser grafado com hífen por se tratar de forma
consagrada pelo uso, mesmo após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Emprega-se hífen:
- nas palavras compostas por justaposição que constituem unidade sintática e
semântica.
Exemplos: arco-íris, amor-perfeito, ano-luz, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-roupa,
manda-tudo, pára-brisa, pára-choque, pára-lama, pára-raios, professor-adjunto, secretário-geral,
tenente-coronel.
O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do hífen em palavras compostas que
perderam a noção de composição.
Exemplos: mandachuva, paramédico, paraquedas, paraquedista, madressilva, girassol, pontapé.
00000000000
Emprega-se hífen:
- nos compostos que designam espécies zoológicas e botânicas.
Exemplos: andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, couve-flor, erva-doce, joão-de-barro,
bico-de-papagaio, não-me-toques.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Agora, estudaremos as regras de acentuação gráfica.
Inicialmente, pergunto: vocês sabem a diferença entre acento tônico e acento gráfico ?
Vejam:
Acento tônico
Acento gráfico
Determina a sílaba tônica de um Sinal empregado sobre a sílaba tônica da
vocábulo.
palavra (de acordo com as regras de
acentuação). Pode ser agudo ou circunflexo.
Exemplos: ruim, gratuito, amigo.
Exemplos: saúde, ínterim, história, lâmpada.
REGRAS GERAIS
PROPAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na antepenúltima
sílaba. Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente.
Exemplos: lâmpada, pêssego, autógrafo, hábitat, déficit.
PAROXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na penúltima sílaba.
Acentuam-se graficamente as paroxítonas terminadas em:
L, N, R, X (Para memorizar: LoNaRoXa).
Exemplos: útil, hífen, éter, ônix.
UM(NS).
Exemplos: médium, álbuns.
U e I(S).
Exemplos: vírus, júri, álibis.
00000000000
Ã(S), ÃO(S).
Exemplos: órfã(s), bênção(s).
ON(S)
Exemplos: elétron(s), próton(s).
PS
Exemplos: fórceps, Quéops.
Ditongo.
Exemplos: história, série, imóveis.
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Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha, consideram proparoxítonos eventuais os vocábulos
terminados em ditongos crescentes (glória, série, sábio, mágoa, história etc.). Porém, para efeito de prova,
tais vocábulos são PAROXÍTONOS terminados em ditongo crescente oral.
Não se acentuam os prefixos paroxítonos terminados em -r e -i: super-homem, hiper-requintado,
semi-intensivo.
Não se acentuam os vocábulos paroxítonos finalizados em -ens: polens, hifens, abdomens. Estas
palavras também admitem os respectivos plurais sob a forma proparoxítona: pólenes, hífenes, abdômenes.
Também não se acentua o vocábulo item, tampouco sua forma pluralizada (itens).
OXÍTONAS – são palavras em que o acento tônico recai na última sílaba. Acentuam-se
graficamente as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens).
Exemplos: maracujá, ananás, picolé(s), você, português, paletó(s), armazém, parabéns.
Dica!
Também se acentuam as formas verbais terminadas em a, e, o tônicos, seguidas de -lo(s)
e -la(s): jogá-las (jogar + as), fazê-la (fazer + a), compô-lo (compor + o).
MONOSSÍLABAS TÔNICAS – são palavras que apresentam acento tônico e que
constituem uma única sílaba. São acentuadas graficamente as monossílabas tônicas terminadas
em a(s), e(s), o(s).
Exemplos: já, pás, pé(s), só(s).
Dicas!
Também se acentuam as formas verbais tônicas terminadas em a, e, o tônicos, seguidas
de -lo(s) e -la(s): dá-lo (dar + o), fê-lo (fez + o), pô-los (pôr + os).
Não se acentuam as formas verbais terminadas em i seguidas de -lo(s) ou -la(s):
fi-lo (fiz + o), qui-lo (quis + o).
00000000000
Conhecidas as regras gerais, podemos sintetizá-las da seguinte forma:
TERMINADAS EM...
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TONICIDADE
A(S)
E(S)
Proparoxítonas
Sim
Sim
O(S) EM(ENS)
Acentuada?
Sim
Sim
Paroxítonas
Não
Não
Não
Não
Sim
Oxítonas
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Monossílabas
Tônicas
Sim
Sim
Sim
Não
Não
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OUTRAS
Sim
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É preciso ter atenção à pronúncia correta de algumas palavras. O equívoco ao pronunciá-las caracteriza a chamada silabada. Portanto, apresentarei uma lista dos vocábulos mais
recorrentes em concursos:
PROPAROXÍTONAS
aeródromo
aerólito
ágape
álcool
alcoólatra
âmago
aríete
arquétipo
bávaro
bígamo
bímano
crisântemo
édito (ordem judicial)
égide
elétrodo
hieróglifo
ímprobo
ínterim
munícipe
périplo
protótipo
revérbero
zênite
PAROXÍTONAS
alanos
austero
avaro
aziago
batavo
caracteres
ciclope
decano
edito (lei)
exegese
fortuito
gratuito
ibero
látex
libido
maquinaria
meteorito
necromancia
pudico
recorde
rubrica
tulipa
OXÍTONAS
cateter
cister
condor
fidel
gibraltar
hangar
mister
nobel
novel
obus
recém
ruim
ureter
sutil
REGRAS ESPECÍFICAS
•
DITONGOS ABERTOS (ÉI, ÓI E ÉU)
Segundo as regras de acentuação gráfica, devemos empregar o acento agudo nos
ditongos abertos das:
00000000000
a) monossílabas tônicas: réis, céu, rói.
b) oxítonas: heróis, chapéu(s), papéis.
c) paroxítonas: geléia, epopéia, mocréia, jibóia, clarabóia.
Dica!
O novo acordo ortográfico aboliu o emprego do acento agudo nos ditongos abertos EI e
OI das palavras PAROXÍTONAS (geleia, epopeia, mocreia, jiboia, claraboia).
Entretanto, segundo o VOLP, elaborado pela Academia Brasileira de Letras, o ditongo
aberto ÓI, da palavra destróier, continua a ser acentuado, em virtude de o vocábulo ser
paroxítono terminado em -R.
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•
HIATOS
“I” e “U” tônicos – deveremos empregar o acento agudo nas vogais “I” e “U” tônicas, desde
que:
a) estejam sozinhas (ou seguidas de -s) na sílaba; e
b) não estejam antecedidas de vogal idêntica.
Exemplos: heroína (he-ro-í-na), saúde (sa-ú-de), balaústre (ba-la-ús-tre), feiúra (fei-ú-ra).
Ambas as condições acima são essenciais para que possamos acentuar a segunda vogal.
00000000000
Observação: O “I” tônico, que antecede o grupo “NH” ou que forma sílaba com as consoantes
L, M, N, R, Z, não recebe acento: bainha, moinho, Raul, Coimbra, caindo, cair, juiz.
Apresento, aqui, duas dicas de ouro para vocês:
Não empreguem o acento agudo nas palavras PAROXÍTONAS, quando as vogais
“I” e “U” estiverem repetidas.
Exemplos: vadiice, sucuuba.
Cuidado com o seguinte: se a repetição da vogal “I” ocorrer em palavra
PROPAROXÍTONA, empreguem o acento agudo!
Exemplos: iídiche, seriíssimo, friíssimo.
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Segundo o novo acordo ortográfico, foi abolido o emprego do acento agudo nas vogais
“I” e “U” tônicas, antecedidas de ditongo, das palavras PAROXÍTONAS.
Exemplos: baiuca, bocaiuva, boiuna, feiura, Sauipe.
Porém, se essas vogais forem antecedidas de ditongo nas palavras OXÍTONAS, devemos
empregar o acento agudo.
Exemplos: teiú, Piauí.
•
“-ÔO” E “-ÊEM”
Segundo o sistema ortográfico antigo, grafa-se com acento circunflexo a primeira vogal
dos hiatos “-ôo” e “-êem”: vôo, enjôo, abençôo, crêem, dêem, lêem, vêem.
Para memorizar os verbos “crer”, “dar”, “ler” e “ver”, gravem a frase:
LEDA VÊ PARA CRER.
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O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o emprego do acento circunflexo na
primeira vogal dos hiatos “-oo” e “-eem”.
Exemplos: voo, enjoo, abençoo, creem, deem, leem, veem.
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Reforçando...
O acento circunflexo foi abolido nas formas verbais finalizadas por “-eem” (verbos ler, dar,
ver e crer e respectivos derivados). Para memorizar esses verbos, gravem a frase:
LEDA VÊ PARA CRER.
Entretanto, no singular dessas formas verbais (e nos derivados), emprega-se o acento
circunflexo.
Exemplos: ele crê / lê / vê / provê (pres. do indicativo); (que) ele dê (pres. do subjuntivo)
ACENTOS DIFERENCIAIS – São sinais gráficos que diferenciam:
• a terceira pessoa do singular e a terceira pessoa do plural dos verbos TER e VIR – e
respectivos derivados. (regra mantida pelo novo acordo ortográfico)
Exemplos:
TER - Ele tem / Eles têm
VIR - Ele vem / Eles vêm
MANTER - Ele mantém / Eles mantêm
DETER - Ele detém / Eles detêm
CONVIR - Ele convém / Eles convêm
INTERVIR - Ele intervém / Eles intervêm
•
os homônimos: (regra anterior ao novo acordo ortográfico)
PÁRA (verbo) ≠ PARA (preposição)
00000000000
Exemplos: O jogador corre e pára rapidamente. (verbo)
Deram um prêmio para mim. (preposição)
PÊLO (substantivo) ≠ PÉLO (verbo) ≠ PELO (preposição)
Exemplos: Esse cachorro tem pêlo marrom. (substantivo)
A moça disse: “ – Pélo a perna diariamente”. (verbo)
O ladrão saiu pelo basculante. (preposição)
PÉLA (substantivo) ≠ PÉLA (verbo) ≠ PELA (preposição)
Exemplos: Fulano é um péla. (substantivo = chato)
Aquela senhora péla o buço. (verbo “pelar”)
O ladrão fugiu pela janela. (preposição)
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O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aboliu o acento diferencial dos
homônimos acima apresentados. Sendo assim, para que identifiquemos a classe
gramatical do vocábulo, deveremos analisar o contexto em que se insere.
os homônimos: (regra segundo o novo acordo ortográfico)
PARA (verbo) ≠ PARA (preposição)
Exemplos: O jogador corre e para rapidamente. (verbo)
Deram um prêmio para mim. (preposição)
PELO (substantivo) ≠ PELO (verbo) ≠ PELO (preposição)
Esse cachorro tem pelo marrom. (substantivo)
A moça disse: “ – Pelo a perna”. (verbo “pelar”)
O ladrão saiu pelo basculante. (preposição)
PELA (substantivo) ≠ PELA (verbo) ≠ PELA (preposição)
Exemplos: Fulano é um pela. (substantivo = chato)
Aquela senhora pela o buço. (verbo “pelar”)
O ladrão fugiu pela janela. (preposição)
•
as formas verbais a seguir: (regra mantida pelo novo acordo ortográfico)
PODE (presente) ≠ PÔDE (pretérito perfeito)
Exemplos:
Ele pode assumir o cargo. (presente do indicativo)
Ele pôde assumir cargo. (pretérito perfeito do indicativo)
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PÔR (verbo) ≠ POR (preposição)
Exemplos:
Era para eu pôr o livro sobre a estante.
O ladrão fugiu por ali.
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TREMA
Segundo o sistema ortográfico anterior ao novo acordo ortográfico, empregase o trema no “Ü” átono e pronunciado (semivogal) dos grupos GUE, GUI, QUE,
QUI.
Exemplos: lingüiça, freqüente, cinqüenta.
A partir do novo acordo ortográfico, não se emprega o trema no “Ü” átono e
pronunciado (semivogal) dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI.
Exemplos: linguiça, frequente, cinquenta.
Também foi eliminado o acento agudo no “U” tônico dos grupos GUE, GUI,
QUE, QUI.
Exemplos: argui, averigue, oblique.
00000000000
É importante chamar a atenção de vocês para dois detalhes:
a) a retirada do trema não altera a pronúncia das palavras; e
b) o trema permanece em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros.
Exemplos: mülleriano (de Müller), hübneriano (de Hübner).
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29. (FUNRIO – 2010 – SEBRAE-PA – Analista Técnico – Contabilidade) As
alternativas abaixo transcrevem notícias publicadas na coluna de Ancelmo
Gois, do jornal O Globo, em 21/04/2010. Assinale a única que contém um
engano ortográfico decorrente de confusão entre letra e fonema.
a) A PM do Rio vai iniciar um programa de prevenção de desvio de conduta da
tropa.
b) Mestre Marçal, o saudoso percussionista, entrou num avião e pôs a cuíca no
colo.
c) Em Londres, muito brazuca ficou retido nos aeroportos sem um tostão no bolso.
d) Um grupo de brasileiros que mora em Milão tem cobrado 300 euros por noite
para abrigar compatriotas.
e) Os EUA, sede da Copa de 1994, já cabalam votos para voltar a abrigar a
competição.
00000000000
Comentário: Há erro ortográfico na assertiva (C). Em “brazuca”, o fonema /s/
apresenta-se sonorizado pelo fato de estar entre vogais. Entretanto, a grafia
adequada do vocábulo é “brasuca”. Sendo assim, esta é a resposta da questão.
Gabarito: C.
30. (FUNRIO-2008/Fiscal de Tributos Municipais) Qual palavra está mal
grafada?
a) obceno.
b) rescisão.
c) ressuscitar.
d) assessório.
e) dissensão.
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Comentário: Há desvio ortográfico na assertiva (A). A palavra “obsceno” deve ser
grafada com “SC”, e não da forma apresentada na alternativa. Logo, esta é a
resposta da questão.
As demais grafias estão em conformidade com o padrão culto escrito do
idioma.
Gabarito: A.
31. (FUNRIO-2009/PRF) Reescrevendo-se trechos do texto I, indicados entre
parênteses, há correção ortográfica no item:
a) "Uma colisão,..., há 530km do Recife."
b) "O motorista do caminhão também falesceu no local do acidente"
c) "...um caminhão foi de encontro a um veículo..."
d) "Entre eles estavam proficionais responsáveis"
e) "Segundo relatorios da Polícia Rodoviária Federal"
Comentário: O trecho grafado em conformidade com a norma culta encontra-se na
assertiva (C). A expressão “de encontro a” traz a acepção de “ir contra”,
“contrariamente”, sendo corretamente grafada no contexto.
Nas demais opções, temos o seguinte:
a) Deve ser empregada apenas a preposição “a” no trecho “Uma colisão a 530km
de Recife.
b) A forma verbal “faleceu” deriva do verbo “falecer”. Portanto, a grafia correta
ocorre apenas com “c”.
d) O vocábulo “profissionais” é corretamente grafado com “SS”.
e) O vocábulo “relatórios” é paroxítono terminado em ditongo. Por essa razão, deve
ser acentuado graficamente.
Gabarito: C.
32. (FUNRIO-2007/Prefeitura de Maricá-RJ) O vocábulo do texto cuja
acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra
"dionisíacos" é:
00000000000
a) país.
b) Pelé.
c) hábil.
d) trópicos.
e) contribuído.
Comentário: Em “dionisíacos”, vocábulo derivado de “Dionísio”, a palavra foi
acentuada por ser uma proparoxítona. Conforme prescrevem as lições gramaticais,
todos os proparoxítonos são acentuados graficamente. A mesma regra de
acentuação é encontrada na assertiva (D): “trópicos” também é proparoxítona.
Gabarito: D.
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33. (FUNRIO-2008/SUFRAMA) O vocábulo do texto cuja acentuação gráfica se
justifica segundo a mesma regra observada na palavra "públicos" é:
a) vítima.
b) açúcar.
c) jatobá.
d) atrás.
e) transformá-lo.
Comentário: O vocábulo “públicos” é acentuado graficamente por ser um
proparoxítono. A mesma regra de acentuação é encontrada na assertiva (A), pois a
palavra “vítimas” também pertence ao rol dos vocábulos proparoxítonos.
Nas demais opções, temos:
b) açúcar – paroxítona finalizada em R;
c) jatobá – oxítona terminada em A;
d) atrás – oxítona terminada em A, seguida de S;
e) transformá-lo – oxítona finalizada em A.
Gabarito: A.
34. (FUNRIO-2010/Prefeitura do Rio de Janeiro) O vocábulo cuja acentuação
gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra “Piauí” é:
a) café
b) física
c) Petrópolis
d) angústia
e) País
Comentário: Em “Piauí”, temos um hiato: Pi-au-í . Como a vogal “i” não está
antecedida de “nh” e está sozinha, formando uma sílaba, recebeu acento agudo.
Observa-se a mesma regra na letra (E): a palavra “país” também recebeu acento
agudo em virtude de ocorre hiato: pa-ís.
Gabarito: E.
00000000000
35. (Tribunal de Justiça do Paraná – 2009/Assistente Social) As palavras a
seguir foram propositadamente escritas sem o acento gráfico. Assinale aquela
em que a presença do acento gráfico não altera o significado.
a) Praticas – vem
b) E – conferencia
c) Esta – secretario
d) Publico – ai
e) Ingenua – proximo
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Comentário: O emprego do acento gráfico não altera o significado das palavras
constantes da assertiva (E). Os vocábulos “ingênua” e “próximo” devem ser,
obrigatoriamente, acentuados graficamente.
Nas demais opções, entretanto, a utilização do acento tônico alteraria o
sentido das palavras. Vejamos:
a) Inicialmente, “praticas” é forma relativa ao verbo “praticar”, estando conjugada na
segunda pessoa do singular do Presente do Indicativo. Ao acrescentar o acento
gráfico, a palavra muda não apenas o sentido, mas também a classe gramatical,
passando à categoria dos substantivos: práticas. Por sua vez, a forma verbal “vem”
(sem o acento gráfico) é relativa à terceira pessoa do singular do Presente do
Indicativo. Com o acréscimo do acento gráfico, a estrutura resultante seria “vêm”,
relativa à terceira pessoa do plural do Presente do Indicativo.
b) Na assertiva, temos a conjunção “e”. Ao acrescentar o acento gráfico, haveria,
inclusive, a mudança de classe gramatical, passando a designar o verbo “ser”,
representado pela forma “é”. Por seu turno, “conferencia” se refere àquele que
confere algo, isto é, o conferente. Já com o acento gráfico, teríamos a forma
“conferência”, substantivo que significa “ato ou efeito de conferir”.
c) Sem o acento gráfico, temos as estruturas “esta” (pronome demonstrativo) e
“secretario” (do verbo “secretariar”). Já com o acento, teremos as estruturas “está”,
flexão do verbo “estar”, e “secretário”, aquele que anota as deliberações de uma
assembleia, segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.
d) Por fim, temos as formas “publico” (primeira pessoa do singular do Presente do
Indicativo: verbo “publicar”) e “ai”, pertencente à classe das interjeições. Com os
respectivos acento gráficos, teríamos as estruturas “público” (substantivo) e “aí”
(advérbio).
Logo, a assertiva (E) atende ao comando da banca.
Gabarito: E.
36. (UFPR-2003-Tribunal de Justiça do Paraná - Técnico Administrativo)
A palavra ingênuo é acentuada com base na mesma regra que justifica,
também, o acento da palavra:
a) crônica
b) número
c) contém
d) consciência
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Comentário: A palavra “ingênuo” é uma paroxítona finalizada em ditongo crescente
(semivogal “u” + vogal “o”): in-gê-nuo. A mesma regra de acentuação é encontrada
na opção (D), pois “consciência” também é um vocábulo paroxítono finalizado em
ditongo: cons-ci-ên-cia (semivogal “i” + vogal “a”).
Nas demais opções, temos que:
a) “crônica” é proparoxítona (o acento tônico recai na antepenúltima sílaba);
b) ‘número” é um vocábulo proparoxítono;
c) “contém” é uma palavra oxítona (o acento tônico recai na última sílaba).
Gabarito: D.
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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NA AULA
1. (FGV-2008/Senado Federal) Assinale a alternativa em que a palavra indicada
não seja cognata de patrimônio.
(A) patrono
(B) patrulha
(C) patriarca
(D) paternal
(E) pátrio
2. (FUNDATEC – 2010 – PREVIRG) Observe os seguintes pares de palavras,
retiradas do texto.
1. crença – creia.
2. ficção – ficcional.
3. anjo – espiritual.
4. terapia – medicina.
Quais dos pares representam famílias de palavras?
A) Apenas 1 e 2.
B) Apenas 2 e 3.
C) Apenas 3 e 4.
D) Apenas 1, 2 e 3.
E) Apenas 2, 3 e 4.
3. (FUNDATEC – 2009 – DETRAN/RS) A respeito da palavra sustentável,
afirma-se que:
I – É um adjetivo derivado.
II – O sufixo formador –vel indica ação, modo de ser.
III – A palavra susto pertence à mesma família.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
E) I, II e III.
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4. (CESGRANRIO) Assinale a palavra cujo sufixo NÃO tem o sentido de "ação
ou resultado dela":
a) Surgimento
b) Separação
c) Agressão
d) Concorrência
e) Fardamento
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5. (FGV) Assinale a alternativa que não apresente a classificação correta de
um dos elementos mórficos do vocábulo deixasse.
(A) deix- = radical
(B) -e = desinência número-pessoal
(C) -a = vogal temática verbal
(D) deixa = tema
(E) -sse = desinência modo-temporal
6. (FGV) Assinale a alternativa em que todas as palavras têm prefixo indicativo
de negação:
(A) imoral - imprudente.
(B) imoral - deslocar.
(C) aderente - amoral.
(D) aderente - subterrâneo.
7. (FUNDATEC – 2009 – DETRAN/RS-Adaptada) Considere as seguintes
afirmações acerca de palavras do texto.
I – Em veículos, o elemento grifado represente desinência de número.
II – Na palavra conhecida, a letra grifada representa desinência de gênero.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
8. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um
mesmo radical:
a) noite, anoitecer, noitada
b) luz, luzeiro, alumiar
c) incrível, crente, crer
d) festa, festeiro, festejar
e) riqueza, ricaço, enriquecer
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9. (CESGRANRIO) O que indica nos parênteses NÃO está correto na opção:
a) bordado-me (vogal temática).
b) esforço-me (desinência número - pessoal).
c) desenrolando (característica de gerúndio).
d) imperceptível (derivado parassintético).
e) meia-idade (composto por justaposição).
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10. (CESGRANRIO/IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se
formam pelo mesmo processo:
a) ajoelhar / antebraço / assinatura
b) atraso / embarque / pesca
c) o jota / o sim / o tropeço
d) entrega / estupidez / sobreviver
e) antepor / exportação / sanguessuga
11. (CESGRANRIO/Banco do Brasil) A palavra "aguardente" formou-se por:
a) hibridismo
b) aglutinação
c) justaposição
d) parassíntese
e) derivação regressiva
12. (CESGRANRIO) Indique a palavra que foge ao processo de formação de
chape-chape:
a) zunzum
b) reco-reco
c) toque-toque
d) tlim-tlim
e) vivido
13. (CESGRANRIO) Os vocábulos aprimorar e encerrar classificam-se, quanto
ao processo de formação de palavras, respectivamente, em:
a) parassíntese - prefixação
b) parassíntese - parassíntese
c) prefixação - parassíntese
d) sufixação - prefixação e sufixação
e) prefixação e sufixação - prefixação
14. (CESGRANRIO/DECEA) O processo de formação da palavra conviver tem a
mesma classificação em:
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a) neurótica;
b) fugidio;
c) desmatar;
d) troca-troca;
e) amoroso.
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15. (FGV-2009/SEFAZ-RJ) Com relação aos processos de formação de
palavras, analise as afirmativas a seguir:
I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por
derivação sufixal.
II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por
composição e derivação.
III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos
formados por composição.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
16. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ) Assinale a alternativa em que a palavra não
tenha sido formada pelo mesmo processo que infra-estrutura.
(A) ilegítimas
(B) hidrelétrica
(C) desaparecesse
(D) internacional
(E) reequipar.
17. (FGV-2010/CODEBA) Assinale a palavra que apresente, em relação a
afixos, a mesma estrutura que desigualdade.
(A) distribuição
(B) Universidade
(C) Desenvolvimento
(D) principalmente
(E) harmoniosas
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18. (FGV-2009/MEC) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido
formada pela união de dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.
(A) autogeridas
(B) descolonização
(C) superendividamento
(D) ecossistema
(E) desigualdades
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19. (FGV-2008/Polícia Civil-RJ-Adaptada) Observando-se as siglas UE, EUA e
Mercosul, corretamente grafadas, é possível afirmar que, dentre as
alternativas a seguir, há uma que não segue a regra moderna de grafia de
siglas. Assinale-a.
(A) UFRJ
(B) PM
(C) COFINS
(D) Uerj
(E) PIS
20. (FUNDATEC-2010-Prefeitura de Pinhal da Serra) Analise as seguintes
afirmações a respeito de palavras e expressões do texto.
I. A palavra brasileiros é formada por sufixação, possuindo uma desinência de
número.
II. A palavra prazeroso é formada pelo sufixo –oso, que significa “provido ou
cheio de”.
III. A palavra impede forma-se a partir da palavra poder, acrescida do prefixo
negativo im-.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas II e III.
E) I, II e III.
21. (FUNDATEC – 2011 – CREMERS) Considerando o processo de formação de
palavras, o vocábulo formado pelo mesmo processo que originou gorduroso
é:
A) entristecer.
B) livraria.
C) sobrenatural.
D) passatempo.
E) planalto.
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22. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo)
"... gordura visceral ou intra-abdominal".
O sentido do prefixo latino está contido no vocábulo:
a) introvertido.
b) introdução.
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c) intraduzível.
d) intragável.
e) intransferível.
23. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) No vocábulo adiposo o
sufixo -oso tem a noção de:
a) nomenclatura científica.
b) ação.
c) profissão.
d) quantidade.
e) procedência.
24. (FUNRIO-2006/DOCAS-Assistente Administrativo) Em qual das alternativas
a seguir o sufixo exprime idéia de agente:
a) agricultor, verdureiro, agente, modelador.
b) paulista, verdureiro, agente, modelador.
c) algodoal, viveiro, anilina, inglesa.
d) canteiro, acetileno, solidão, resistente.
e) maldade, surdez, brancura, perecível.
25. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) O vocábulo formado por
sufixação é:
a) sobrevivem
b) vítimas
c) poderia
d) corredor
e) ratificaram
26. (FUNRIO-2007/Prefeitura de Maricá) A palavra do texto formada por
composição é:
a) protomártir.
b) seringueiro.
c) desconfiar.
d) internacional.
e) comercialização.
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27. (FUNRIO-2008/SEJUS-RO) O processo de formação da palavra
agronegócio, que aparece no segundo parágrafo do texto, é semelhante ao
das palavras:
a) aeromoça – autopeça – eletrodoméstico – minissaia.
b) aguardente – fidalgo – pernalta – planalto.
c) ambidestro – bisavô – ferrovia - quadrimotor.
d) antiaéreo – hipertensão – antebraço –contradizer.
e) cronômetro – homeopatia – octossílabo – tipografia.
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28. (FUNRIO-2008/CBMERJ) O termos FILHOTE e CATIVEIRO são igualmente
obtidos pelo processo de derivação:
a) prefixal.
b) sufixal.
c) parassintética.
d) regressiva.
e) imprópria.
29. (FUNRIO – 2010 – SEBRAE-PA – Analista Técnico – Contabilidade) As
alternativas abaixo transcrevem notícias publicadas na coluna de Ancelmo
Gois, do jornal O Globo, em 21/04/2010. Assinale a única que contém um
engano ortográfico decorrente de confusão entre letra e fonema.
a) A PM do Rio vai iniciar um programa de prevenção de desvio de conduta da
tropa.
b) Mestre Marçal, o saudoso percussionista, entrou num avião e pôs a cuíca no
colo.
c) Em Londres, muito brazuca ficou retido nos aeroportos sem um tostão no bolso.
d) Um grupo de brasileiros que mora em Milão tem cobrado 300 euros por noite
para abrigar compatriotas.
e) Os EUA, sede da Copa de 1994, já cabalam votos para voltar a abrigar a
competição.
30. (FUNRIO-2008/Fiscal de Tributos Municipais) Qual palavra está mal
grafada?
a) obceno.
b) rescisão.
c) ressuscitar.
d) assessório.
e) dissensão.
31. (FUNRIO-2009/PRF) Reescrevendo-se trechos do texto I, indicados entre
parênteses, há correção ortográfica no item:
a) "Uma colisão,..., há 530km do Recife."
b) "O motorista do caminhão também falesceu no local do acidente"
c) "...um caminhão foi de encontro a um veículo..."
d) "Entre eles estavam proficionais responsáveis"
e) "Segundo relatorios da Polícia Rodoviária Federal"
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32. (FUNRIO-2007/Prefeitura de Maricá-RJ) O vocábulo do texto cuja
acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra
"dionisíacos" é:
a) país.
b) Pelé.
c) hábil.
d) trópicos.
e) contribuído.
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33. (FUNRIO-2008/SUFRAMA) O vocábulo do texto cuja acentuação gráfica se
justifica segundo a mesma regra observada na palavra "públicos" é:
a) vítima.
b) açúcar.
c) jatobá.
d) atrás.
e) transformá-lo.
34. (FUNRIO-2010/Prefeitura do Rio de Janeiro) O vocábulo cuja acentuação
gráfica se justifica segundo a mesma regra observada na palavra “Piauí” é:
a) café
b) física
c) Petrópolis
d) angústia
e) País
35. (Tribunal de Justiça do Paraná – 2009/Assistente Social) As palavras a
seguir foram propositadamente escritas sem o acento gráfico. Assinale aquela
em que a presença do acento gráfico não altera o significado.
a) Praticas – vem
b) E – conferencia
c) Esta – secretario
d) Publico – ai
e) Ingenua – proximo
36. (UFPR-2003-Tribunal de Justiça do Paraná - Técnico Administrativo)
A palavra ingênuo é acentuada com base na mesma regra que justifica,
também, o acento da palavra:
a) crônica
b) número
c) contém
d) consciência
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GABARITO
01. B
02. A
03. C
04. E
05. B
06. A
07. C
08. B
09. D
10. B
11. B
12. E
13. A
14. C
15. A
16. B
17. C
18. D
19. C
20. C
21. B
22. A
23. D
24. A
25. D
26. A
27. A
28. B
29. C
30. A
31. C
32. D
33. A
34. E
35. E
36. D
Por hoje é só, alunos!
Até a próxima aula!
Grande abraço!
Fabiano Sales ([email protected])
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