SERVIÇOS FARMACÊUTICOS PARA O PACIENTE DIABÉTICO

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CONSULTA CLÍNICA NO
DIABETES MELLITUS
II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ATENÇÃO
FARMACÊUTICA
PALESTRANTE: MSc Tania Maria Lemos Mouço
POÇOS DE CALDAS – 26 de maio de 2011
Tania Maria Lemos Mouço
 Farmacêutica, graduada em Farmácia e Bioquímica pela
Universidade Federal Fluminense (UFF).
 Mestre em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biofísica Prof.
Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ)
 Especialista em Atenção Farmacêutica e Farmácia Clínica pelo
Instituto Racine.
Docente das disciplinas de Atenção Farmacêutica e Prática
Médica na Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO - RJ).
 Coordenadora do Projeto Atenção Farmacêutica a pacientes
diabéticos e hipertensos atendidos no Ambulatório Médico
Multidisciplinar - UNIGRANRIO.
 Docente e coordenadora regional (RJ) do Instituto Racine para os
cursos de especialização em Farmácia Hospitalar e Atenção
Farmacêutica.
 Supervisora técnica do Laboratório de Triagem Neonatal do
Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia – IEDE – RJ
Conselheira efetiva do CRF/RJ - mandato 2010-2013
DECLARAÇÃO DE CONFLITO
DE INTERESSES
Declaro não haver nenhum conflito de interesse
nesta apresentação
Tania Maria Lemos Mouço
A CONSULTA
FARMACÊUTICA PARA O
DIABÉTICO DEVE TER:
INFORMAÇÃO
EDUCAÇÃO
APOIO
Iniciando ..
 Sr. J. C. M., 58 anos, procura o farmacêutico para ter
orientações sobre diabete melito tipo 2. Ele relata que foi à
consulta médica de rotina e que, pelos exames
laboratoriais, o médico disse que ele tem sérios riscos de
adquirir diabetes. Ele está apreensivo, pois sua mãe
faleceu recentemente em decorrência de complicações do
diabetes, com muito sofrimento.
– Que orientações o farmacêutico pode dar para o Sr.
J.C.M.?
Diabetes mellitus: Conceito
(CID-10: E10 a E14)
Diabetes mellitus (DM) é um grupo
heterogêneo de distúrbios metabólicos,
decorrente de defeitos na secreção da
insulina, na ação da insulina ou em
ambos, tendo como resultado a
HIPERGLICEMIA.
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2009/SBD 3ª edição – pg. 13
DM: problema de saúde
pública
 Principal causa de amputações de membros inferiores
 Principal causa de cegueira adquirida
 Cerca de 26% dos pacientes em programas de diálise
6ª causa mais frequente de internação
hospitalar
 30% a 50% das causas de cardiopatia isquêmica,
IC, AVE e HA
 30% dos pacientes em unidades coronárias
intensivas com dor precordial
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de
Diabetes 2009/SBD 3ª edição – pg. 9
EPIDEMIOLOGIA DO DM NO
MUNDO
BR
12,1%
DM: Critérios Clínicos para o
Diagnóstico
• Sinais e sintomas CLÁSSICOS
– Poliúria
– Polifagia
– Polidpsia
• OUTROS SINAIS E SINTOMAS
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2009/SBD 3ª edição
Critérios Laboratoriais para
Diagnóstico
Glicemias (mg/dL) §
Categorias
Jejum
(8h)
Glicemia Normal
< 100
Tolerância à glicose
diminuída
> 100 e <126
2h após 75g de
glicose
Casual
<140
-
 140 e < 200
-
GJ ALTERADA (Pré-diabetes): > 100 e <126
 126 *
Diabetes
 200
Mellitus
• § Exceto DMG
• * Valores que devem ser confirmados, OMS1999
 200*
com sintomas
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2009/SBD 3ª edição
Padrões de Secreção da Insulina
Evolução da Resistência à
Insulina
tempo
resistência à insulina
produção de insulina
nível de glicose
sem
diabetes
prédiabetes
com
diabetes
tipo 2
Rickheim et al. Diabetes BASICS, Int. Diabetes Center,
2000
Ações da Insulina
Classificação Etiológica
do DM
TIPO 1
5% -10% dos casos
Destruição das células β
(auto-imune e idiopático)
Aparecimento em crianças
e jovens
(LADA- no adulto)
Tendência a ceto-acidose
(Fonte: OMS, 1999; Diabetes Care,
2009; 32(suppl.1): S62 )
TIPO 2
 90% - 95% dos casos –
qualquer idade
 Resistência do tecido
alvo ou ↓ da secreção
de insulina (80% são
obesos)
 História familiar
frequente
Classificação Etiológica
do DM
Outros Tipos De DM
 MODY (Maturity Onset
Diabetes of the Young),
 Defeitos genéticos na
ação da insulina
 Doenças do pâncreas
 Diabetes induzido
 Infecções causadas por
vírus
 Síndromes genéticas
(Fonte: OMS, 1999; Diabetes Care,
2009; 32(suppl.1): S62 )
DM Gestacional(DMG)
 3 a 14% das gestações
 Intolerância à glicose
com início na gestação.
 63% das mulheres
podem evoluir para DM
2 (após 5 a 16 anos)
OBESIDADE: fator de risco para
DM 2
(Diabesidade Revista Época 23/01/2010)
Outros Fatores de Risco
para DM 2
 Idade > 40 anos
 História familiar de DM (pais, filhos e irmãos)
 Índice de massa corpórea (IMC) > 25 kg/m²
 Sedentarismo
 HDL-c baixo e triglicerídeos aumentados
 HTA
 Doença coronariana
 DM gestacional prévio
 Macrossomia ou história de abortos de repetição
ou mortalidade peri-natal
 Uso de medicamentos hiperglicemiantes
DMG: diagnóstico
 Grávidas com e sem fatores de risco
 GJ e após TOTG com 75 mg de glicose
(Início da gravidez e entre 24ª - 28ª semana)
Rastreamento Positivo: GJ > 85 mg/dL
 DIAGNÓSTICO DE DMG
 GJ ≥ 110 mg/dL
 GPP ≥ 140 mg/dL
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª
edição
DMG: fatores de risco
• Idade acima de 35 anos
• Sobrepeso ou ganho de peso excessivo na
gravidez atual
• História familiar
• Baixa estatura (< 1,50 m)
• Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio,
HTA ou pré-eclâmpsia
• Malformações congênitas e abortamentos
de repetição, macrossomia
• SOP
Estudo Epidemiológico do
controle do DM - Brasil
Controle ideal (<7)
Controle Inadequado (>7)
26,8%
10,4%
73,2%
89,6%
Tipo 1
(n= 979)
Tipo 2
(n= 5.692)
COMPLICAÇÕES DO
DIABETES MELITUS
MACROVASCULARES
MICROVASCULARES
Fonte: ATP III Final Report. Circulation 106:
3163-3223, 2002
Alterações metabólicas
http://www.emv.fmb.unesp.br/
Retinopatia Diabética (RD)
 Medidas terapêuticas e
preventivas adequadas
previnem mais de 90% da
perda visual resultante da RD
 Acomete 90% DM 1 e 60%
DM 2
Nefropatia Diabética (ND)
 10 % dos diabéticos tipo 2
 Há evidências de IR em 5 a 10 anos
após o diagnóstico de DM.
(microalbuminúria no início)
 Mau controle glicêmico e HTA: ↑ a
probabilidade de desenvolver ND
Neuropatia Diabética (ND)
• Neuropatia sensitiva: responsável pela
perda da sensibilidade protetora.
• Neuropatia motora: responsável por
alterações morfológicas: dedos em garra,
sobrecargas metatársicas, Hallux valgus,
deformidade de Charcot, etc.
• Neuropatia autônoma (sistema nervoso
vegetativo): alterações CV, TGI, TU
PÉ DIABÉTICO
Verificar a presença de:
fraturas, joanetes, arcos plantares planos
ou altos, sinais de cirurgias anteriores e
dedos em martelo
Impacto do controle da glicemia e
pressão arterial sobre complicações
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2009/SBD 3ª edição
TRATAMENTOS
DISPONÍVEIS
NÃO FARMACOLÓGICOS
FARMACOLÓGICOS
Tratamentos não
Farmacológicos
MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA (MEV)
ALIMENTAÇÃO
EXERCÍCIOS FÍSICOS
Tratamentos Farmacológicos
Orais
5) Estimulam a secreção da Insulina
na presença de alimentos :
Inibidores da DPP - IV
AÇÕES DO
GLP-1
Adaptado de: Baggio & Drucker –
http://www.medscape.com/viewarticle/530215
AÇÕES DOS INIBIDORES
DO GLP-1
Critérios para escolha do
Antidiabético Oral
– Valores de GJ, GPP e A1c
– Idade, peso
– Duração do diabetes
– Complicações, transtornos metabólicos,
doenças associadas
– Interações medicamentosas, reações
adversas e contra-indicações
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª
edição
Secreção Pancreática de Insulina e
Escolha dos Medicamentos
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2009/SBD 3ª edição
INIBIDORES das - Glicosidases
NOMES
GENÉRICOS
NOMES COMERCIAIS
ACARBOSE
Acarbose
Glucobay, Aglucose
NOMES
GENÉRICOS
NOMES COMERCIAIS
SULFONILURÉIAS
Clorpropamida
Diabinese
Glibenclamida
Daonil, Diaben, Gliben, Euglucon,
Lisaglucon
Glipizida
Minidiab
Gliclazida
Diamicron MR, Azukon MR
Glimepirida
Amaryl, Glimepil, Glimesec, Azulix
METGLINIDAS
NOMES
GENÉRICOS
NOMES COMERCIAIS
GLINIDAS
Repaglinida
Novonorm, Prandin, Gluconorm
Nateglinida
Starlix
BIGUANIDAS
NOME GENÉRICO
NOMES COMERCIAIS
METFORMINA
Metformina
Glifage, Glifage XR, Dimefor,
Glucoformin
SUSPENDER METFORMINA antes
dos procedimentos contrastados –
aguardar 48h após
GLITAZONAS
NOMES
NOMES COMERCIAIS
GENÉRICOS
TIAZOLIDINEDIONAS (GLITAZONAS)
Pioglitazona
Actos
INIBIDORES DA DPP-IV
NOMES
NOMES COMERCIAIS
GENÉRICOS
INIBIDORES DA DPP-IV
Sitagliptina
Januvia
Vildagliptina
Galvus
Tratamento Farmacológico
sub-cutâneos:
Análogos do GLP-1
Cartucho de
BYETTA®
Monstro-de-gila
(Heloderma suspectum)
ANÁLOGOS DO GLP-1
NOMES
NOMES COMERCIAIS
GENÉRICOS
ANÁLOGOS DO GLP-1
Exenatida
Byetta
Liraglutida
Victoza
COMBINAÇÕES DE DROGAS
NOMES GENÉRICOS
NOMES COMERCIAIS
COMBINAÇÕES DE DROGAS
Metformina + Glibenclamida
Glucovance
Metformina + Nateglinida
Starform
Metformina + Vildagliptina
Galvus-Met
Classe
terapêutica
Mecanismo Possíveis
Comentários
primário de
eventos
ação
adversos
Sulfoniluréias Secretagogo Hipoglicemia Glimepirida,
de insulina Ganho de
gliclazida e glipizida
peso
são opções
preferenciais
Glinidas
Secretagogo Hipoglicemia Estimula a secreção
de insulina
pancreática de
de curta
insulina
duração
Duração da ação:
após 1-2 horas
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição
Classe
terapêutica
Análogos do
GLP-1
(exenatida)
Inibidores da
DPP-4
(sitagliptina e
vildagliptina)
Mecanismo
primário de
ação
Estímulo à
produção de
insulina,
inibição da
secreção de
glucagon e
aumento da
saciedade
Restauração
dos níveis de
GLP-1 e de
GIP
Possíveis
Comentários
eventos
adversos
Sintomas
Redução de peso
gastrintestinais Indicada para tratamento
combinado com sulfoniluréia,
metformina ou glitazona
Efeitos
adversos não
clinicamente
significantes
Ausência de ganho de peso;
Incidência bastante reduzida
de hipoglicemias
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição
Medicamentos
Redução de
Redução da
glicemia de
Efeito sobre
A1c
jejum
peso corporal
(%)
(mg/dL)
Sulfoniluréias
Glinidas
60-70
1,5-2,0
Aumento
Metformina
60-70
1,5-2,0
Diminuição
Acarbose
20-30
0,7-1,0
Sem efeito
Tiazolidinedionas
35-40
1,0-1,2
Aumento
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009/SBD 3ª edição
HIPOGLICEMIANTES
INTERAÇÃO COM:
EFEITOS
Biguanidas
Fenitoína
Redução do efeito
hipoglicemiante
Hipoglicemiantes orais
Isoniazida
Corticosteróides
Redução do efeito
hipoglicemiante
Insulinas
Anticoncepcionais orais
Risco de hiperglicemia
Sulfoniluréias
Barbitúricos DIPIRONA Enalapril
Furosemida Genfibrozila
Corticoesteróides Hormônios
tireodianos Isoniazida Nifedipina
Rifampicina
Redução do efeito
hipoglicemiante
Sulfoniluréias
Biguanidas
Hipoglicemiantes orais
Risco de hipoglicemia quando
SALICILATOS
utilizadas altas doses de
salicilatos
Hipoglicemia e acidose lática
ETANOL
com risco de anorexia profunda
e morte
Aumento do efeito
Glucometacina Anticoagulantes orais
hipoglicemiante
Insulinas
Andrógenos Anfetaminas
Redução da glicemia
Hipoglicemiantes orais
Orlistat
Redução da glicemia
Insulinas
Leonard Thompson
1º paciente a usar a insulina em 1922
Estrutura tridimensional
da molécula de insulina
http://en.wikipedia.org/wiki/Leonard_Thompson_
(diabetic)
Critérios para o tratamento
com insulina
(sem outro medicamento)
 Emagrecimento rápido e inexplicado
 Hiperglicemia grave (> 270 mg/dL),
cetonúria e cetonemia
 Doença renal
 Infecção
 Cirurgia
 Fase aguda de AVC, IAM, pacientes
criticamente enfermos
Insulinas disponíveis
• Ação Ultra-Rápida: Lispro, Asparte
– evitam a hiperglicemia pós-prandial
Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/2
Insulinas disponíveis
• Rápida: Insulina Regular, aplicada ao
acordar e no final da tarde
• Intermediária: NPH, manutenção dos
níveis de insulina “normais” durante todo o
dia
Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/2
Insulinas disponíveis
• Ação Longa: Glargina/Basal e Insulina
Ultra-lenta: períodos pré-prandiais e de
jejum;
Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/2
AÇÃO DAS INSULINAS
Insulina
Início de ação Pico de ação Ação afetiva Ação máxima
horas
horas
horas
horas
Lispro / Aspart
0,25 - 0,5
0,5 - 1,5
3-4
4-6
Regular
0,5 - 1
2-3
3-6
6-8
Lenta / NPH
3-4
6 - 12
12 - 18
16 - 20
Detemir
6 - 10
10 - 16
18 - 20
20 - 24
Glargina
4
ausente
4 - 24
24
Glulisina
Farmacocinética das Insulinas
Fonte: Arq Bras Endocrinol Metab vol.52 no.2 São Paulo Mar. 2008
Armazenamento e transporte
da Insulina
Não expor a insulina ao Sol e ao calor excessivo
Não armazenar na porta da geladeira e nem
congelar
Não transportar com gelo
Em viagem, não colocar a insulina na bagagem
 Não agitar violentamente o frasco de insulina
Validade: 2 anos, refrigerada a 2°- 8°C, 30 dias na
caneta ou no reservatório de insulina nas bombas.
 Após início do uso: descartar após 30 dias
Locais e dispositivos
para aplicar Insulinas
BRAÇOS
(parte externa e superior)
COXAS
(parte anterior e lateral)
REGIÂO ABDOMINAL
REGIÃO GLÚTEA
http://www.saude.rio.rj.gov.br/media/locais.pdf
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.w
alterminicucci.com.br
Etapas para aplicação da
insulina
Auto-aplicação com seringa
http://www.youtube.com/
watch?v=YBS_B9I8W54
FAÇA ASSIM
Como monitorar o tratamento
da hiperglicemia?
• Automonitorização da glicemia
• Monitoramento contínuo da glicose
• Dosar Hemoglobina Glicada (A1c)
A1c e Glicemia Média
Estimada
Calculadora automática no link:
http://professional.diabetes.org/gluco
secalculator.aspx
http://www.diabetes.org.br
Alvos do tratamento do DM 1
Horário
Glicemia (mg/dL)
Pré-prandial
70-130
1 hora pós-prandial
100-180
2 horas pós-prandial
80-150
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2009/SBD 3ª edição
Parâmetros ideais para o
controle do DM 2
Glicose
plasmática
(mg/dL)
A1c
%
Jejum 110
2 horas pósprandial 140
<7
Colesterol Triglicérides
(mg/dL)
(mg/dL)
Total <200
HDL-c >45
LDL-c <100
<150
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2009/SBD 3ª edição
PA
IMC
(mmHg)
(kg/m²)
Sistólica <135
Diastólica <80
20-25
O FARMACÊUTICO NO
CUIDADO AO DIABÉTICO
Necessidades dos Cuidados
Farmacêuticos
 Altos custos
controle metabólico
tratamento das complicações
 Incapacitações e encurtamento de vida útil
cegueira, amputações
 Morte prematura (cardiopatias)
Importante!!!
• Ouvir as perguntas com atenção
• Estimular o paciente a encontrar as respostas
• Informar com palavras simples
• Evitar expressões negativas
• Fazer a síntese da conversa e pedir ao
indivíduo para repetir a informação
• Manifestar disponibilidade
Atendimento Farmacêutico
Agendamento
Entrevista
Preenchimento da Ficha
Farmacoterapêutica
Estudo de Caso
Intervenção farmacêutica
Acompanhamento
Termo de Consentimento Livre Esclarecido
AUTORIZAÇÃO PARA
SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
1. Identificação do paciente ou representante legal
Nome:__________________________________________________Idade: _____________
Endereço: ________________________________________________________________
Telefone: ___________________________
Registro: ____________________
CPF: _________________________
Identidade: _________________________
2. Declaro para os devidos fins que eu, __________________________________________,
e/ou pelo menos um de meus familiares abaixo assinado fomos esclarecidos(as), de maneira
clara e compreensível, pelo(a) Dr(a) _______________________________, CRF nº _______
a proposta de seguimento farmacoterapêutico.
Declaro estar ciente, informado(a) e entender que o objetivo desse atendimento é orientar
usuários de medicamentos em relação ao uso correto, cuidados na administração e guarda
domiciliar dos mesmos, bem como para conhecer o significado do uso de medicamentos a
fim de alcançar e obter o melhor resultado no meu tratamento.
Declaro estar ciente que minha participação no atendimento é voluntária, portanto não
obrigado(a) a participar e posso desistir no momento que quiser.
sou
Declaro que autorizo a utilização de material e documentação sem identificações pessoais,
relativos à minha patologia, para integrar artigos científicos publicados, ou apresentações em
congressos, palestras, aulas, reuniões científicas ou outro meio de divulgação técnico
científica que vise aprofundar o conhecimento de minha patologia, pelos demais profissionais
de saúde.
Declaro que tive a oportunidade de fazer perguntas e todas elas foram respondidas inteira e
satisfatoriamente.
Declaro ainda que estou satisfeito(a) com as informações recebidas e que compreendo o
objetivo desse atendimento. Dou o meu consentimento para que o mesmo seja realizado. A
presente declaração foi lida e compreendida em todos os seus termos.
Rio de Janeiro,______ de __________________ de _________ .
______________________________
Assinatura do Farmacêutico
Hora_____: _____
_______________________________________
Assinatura do Usuário ou Responsável
Modelo de Protocolo
do Atendimento - PROJETO
Data: _____/_____/_______
Anamnese feita por: ___________________________________
NOME: ________________________________________________ Prontuário: _____________
Data Nasc:____/____/____
Gênero: Masc ( )
Fem ( ) Convênio: ___________________
1ª Consulta no ambulatório em: _____________________
Telefone:___________________
Endereço residencial: ______________________________________________________________
Dados no dia da consulta farmacêutica
Peso: _______ Kg
Cintura:______ cm
Altura: _________ m
IMC: ________ Kg/m 2
Quadril:________cm RCQ _______ Circunferência abdominal: ______ cm
PA: _________( )S ( ) D ( ) Em pé
Frequência cardíaca: ________ pulsos/min
2. PROBLEMA(S) DE SAÚDE
Problema de saúde/queixa
Início
Diagnóstico
Situação
Nota:
Início: data aproximada de início do problema ou queixa / Diag - Diagnóstico: M (médico) SDM
(sem diagnóstico médico) Q (queixa) Sit - Situação: C = controlado, NC= não controlado
3. MEDICAMENTOS EM USO (REGULARES OU ESPORÁDICOS)
(prescritos ou não prescritos por médico)
Medicamento:
Nome comercial:
Nome genérico:
1. Quem prescreveu?
2. Para que utiliza?
3. Desde quando usa?
4. Como usa?
5. Até quando vai usar?
6. Apresenta alguma dificuldade para usar?
7. Algum problema com administração do medicamento?
8. Observações relevantes:
9. Fale um pouco sobre como é para você fazer uso de medicamentos?
4. HÁBITOS DE VIDA
Alimentação:
Quantas refeições faz por dia?
Descreva a característica das refeições:
1. Fuma? ( ) Não ( ) Sim
Se não: Já fumou antes? ( ) Não ( ) Sim. Há quanto tempo parou?
____________________________________________________
Se sim. Quantos cigarros fuma por dia?
____________________________________________________
2. Consome bebida alcoólica? ( ) Não ( ) Sim
Se não: Já bebeu com regularidade antes? ? ( ) Não ( ) Sim.
Há quanto tempo parou? __________________________________________________________
3. Tem costume de beber:
Café? Quantas vezes por dia?
_______________________________________________________________________________
Chá? Qual? Quantas vezes por dia?
4. Pratica exercício físico? ( ) Não ( ) Sim
Que exercício? __________________________________________________________________
Com que regularidade? Quantas vezes por semana?
_______________________________________________________________________________
5. ANAMNESE COMPLEMENTAR (Avaliação dos sistemas: crânio-caudal)
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
6. INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA
Quanto aos medicamentos: Por escrito para: ( ) Paciente ( ) Médico ( ) Outros
( ) Oral
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Em relação a hábitos de vida: Por escrito para: ( ) Paciente ( ) Médico ( ) Outros
( ) Oral
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
ADESÃO
1. O Sr(a) às vezes esquece de tomar os remédios?
(
) SIM
(
) NÃO
2. O Sr(a) às vezes se descuida dos horários de tomar os
remédios?
(
) SIM
(
) NÃO
3. Quando o Sr(a) se sente bem às vezes deixa de tomar os
remédios?
(
) SIM (
) NÃO
4. Quando o Sr(a) se sente mal com os remédios às vezes deixa
de tomá-los?
(
) SIM
(
) NÃO
TABELA DE ORIENTAÇÃO
FARMACÊUTICA
Plano de Cuidados
 CUIDADOS/ METAS/ PERIODICIDADE
 Auto-monitoramento da glicemia
 Alimentação
 Exercícios Físicos
 Exames de Rotina
PARÂMETRO
META
Plano alimentar
Alimentação saudável
Verificar e orientar a cada consulta
IMC > 18,5 e < <25kg/m2
ou perda de peso
Atividade física
Verificar e orientar a cada consulta
Fumo
> 30 min/d ou
> 1h/dia
(perda/manutenção de
peso)
Não fumar
Hemoglobina glicada (A1C)
<7%
A cada 3 meses até alcançar
controle; depois, a cada 6 meses
Glicemia de jejum
Colesterol LDL
Colesterol HDL
Triglicerídeos
Pressão arterial
90-110 mg/dL
<100 mg/dL
>50 mg/dL
<150 mg/dL
<130/80 mmHg
< 120/75 mmHg (c/ ptn)
Influenza
Mensal
Anual
Anual
Anual
A cada consulta
Vacinação*
* Vacina pneumocócica:
PERIODICIDADE
Verificar e orientar a cada consulta
Vacinação anual (Uma vez, depois
reforço após 65 anos).
CONDIÇÃO A SER
CONTROLADA
DM 1
DM2
Nefropatia
ALBUMINA - teste
Teste anual desde o
anual em pacientes
diagnóstico
com duração > 5 anos.
Retinopatia
Até 5 anos após o
Avaliar após o
diagnóstico em adultos diagnóstico.
e crianças
Acompanhar anual
Cuidados com os pés Exame anual para identificar fatores
preditivos de risco de úlceras e amputações.
Doença arterial
coronariana
Dislipidemia
avaliar os fatores de risco para estratificar de
acordo com o risco de ocorrência em 10
anos.
A terapia com estatinas deve ser indicada
para DM, independentemente dos níveis
lipídicos basais
PADRÕES DE CUIDADOS
PARA O PACIENTE COM
DM
CRITÉRIOS DA ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE
DIABETES
2010
American Diabetes Association. Standards of
Medical Care in Diabetes 2010
Sobre a A1c
• O teste de hemoglobina glicada (A1C)
está agora indicado como um dos
parâmetros para o diagnóstico do
diabetes e de pré-diabetes.
• Metas glicêmicas para adultos
(Diabetes Care 33(Suppl 1):S11-S61, 2010)
Rastreio para DM 2
 Adultos assintomáticos em qualquer idade
se houver:sobrepeso, obesidade, um ou
mais fatores adicionais de risco.
 Indivíduos sem fatores de risco: após os 45
anos de idade.
Mulheres que tiveram DMG: rastrear entre 6
a 12 semanas após o parto.
Prevenção do DM 2
 Pacientes com pré-diabetes - A1C entre
5,7% e 6,4%:
perda de 5% a 10% do peso corpóreo,
atividade física de pelo menos 150
minutos/semana de atividade moderada como,
caminhada
 Considerar o uso da metformina
Indicações para a
cirurgia bariátrica
 Para pacientes adultos com DM 2 e
IMC>35 kg/m2
principalmente se não houve controle
adequado com modificação de estilo de vida e
terapia farmacológica.
Conduta na hipoglicemia
 Administrar 15 g a 20 g de glicose em
indivíduos conscientes
 Persistindo a hipoglicemia após 15 minutos
administrar novamente a glicose
 Prescrever Glucagon para todos os indivíduos
com risco significante de hipoglicemia severa.
AAS como agente
antiplaquetário
 Usar ácido acetilsalicílico (75- 162 mg/dia)
como prevenção primária em pacientes com
DM-1 ou DM-2 com risco cardiovascular
aumentado.
a maioria dos homens com mais de 50 anos e
a maioria das mulheres com mais de 60 anos
que apresentam pelo menos mais um fator
adicional de risco.
Diabético hospitalizado
 Todos os pacientes hospitalizados com
diagnóstico de diabetes devem ser
submetidos a um teste de A1C.
 Iniciar terapia insulínica para tratar a
hiperglicemia persistente a partir da
glicemia de 180 mg/dL.
 Após o início da terapia insulínica manter
a glicemia entre 140-180 mg/dL
REFLEXÃO
EDUCAR NÃO É DIZER O QUE FAZER!
EDUCAR É ENSINAR COMO FAZER!
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