FILOSOFIA

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ENSINO MÉDIO
PIRASSUNUNGA
FILOSOFIA
Prof. Wilson C. Antonio
Por que o planeta é redondo?
Por que o mundo é assim?
Como é que se deu a origem da vida?
O que é verdade?
Quando nos fazemos estas e outras tantas perguntas estamos filosofando, e filosofar é buscar uma
explicação que dê sentido às coisas da vida. É o esforço que fazemos para entender qualquer coisa que
existe ou as ações e reações dos seres e do todo.
Todos podemos ter atitudes de filósofos, para isso basta que se queira ir fundo na busca do
conhecimento, da explicação das coisas.
Essa vontade de buscar o conhecimento surgiu na Grécia a mais de 2.500 anos.
A palavra filosofia é de origem grega. É composta por duas outras: philo e sophia. Philo deriva-se
de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela
advêm a palavra sophos, sábio.
Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.
Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber. Assim a filosofia indica um
estado de espírito da pessoa que ama, isto é, daquela que deseja o conhecimento, o estima, o procura e o
respeita.
Pitágoras de Samos teria afirmado que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas
que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos. “Quem quiser ser filósofo necessitara
infantilizar-se, transformar-se em menino”.
(M. Garcia Morente)
Phi é uma letra do alfabeto grego e é utilizada como logo para representar
a filosofia.
É uma constante matemática representada pelo valor 1,618. Esta é também
considerada como “Proporção Áurea” ou “Sequência de Fibonacci”.
Esta relação foi encontrada em vários elementos da natureza, como por
exemplo nas pétalas das flores ou nas conchas.
Respeitando a diversidade de cada elemento da natureza, encontra também em cada
um deles, uma constante que lhe dá consistência e estrutura.
A imagem escolhida para representar a filosofia é a de uma coruja.
O mais antigo símbolo da filosofia é a chamada ave de Atena. Atena, deusa da sabedoria e da
fecundidade, aparecia associada na mitologia grega, a essa ave noctívaga que é a coruja, cuja nota distintiva
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é a de se levantar ao anoitecer e andar vigilante e ativa pela calada da noite.
Auxiliada apenas pela luz da lua, dotada de uma excepcional acuidade
visual, vê o que o comum dos outros animais só consegue alcançar com a luz
do sol. É essa invulgar capacidade de ver e de orientar no mundo das trevas
que faz dela um símbolo da filosofia e do conhecimento racional: a coruja, tal
como a filosofia, simboliza a reflexão que domina as trevas ou a capacidade de
obter conhecimentos para lá das sombras.
É a Pitágoras de Samos (571 a.C. – 496 a.C.) que se atribui a invenção
da palavra. Este, quando solicitado por um rei a demonstrar seu saber, disselhe que não era sábio, mas Filósofo, ou seja, amigo da sabedoria.
Ainda na Grécia Antiga, e tentando definir melhor o sentido da Filosofia,
Platão (428 a.C. – 347 a.C.) mostra que o amor (Filos) é carência, desejo de
algo que não se tem. Logo, a Filosofia é carência, mas também recursos para buscar o que se precisa, e o
filósofo não é aquele que possui o saber, mas sim quem busca conhecer continuamente.
Já no período Medieval, a Filosofia tornou-se investigação racional posta a serviço da fé. Isso
porque com o advento do cristianismo e sua adoção pelo Império Romano, bem como com o surgimento da
Igreja Católica, desenvolveu-se um modelo de saber em que a razão discursiva justificaria a compreensão
dos textos sagrados.
No período Clássico (Renascença e Modernidade), a Filosofia se confundiu com o estudo da
sabedoria entendida como um perfeito conhecimento de tudo o que o homem pode saber para conduzir sua
vida (moral), para conservar sua saúde (medicina) e criar todas as artes (mecânica). Hoje, no período que
chamamos de contemporâneo ou pós-moderno, a Filosofia recebe várias acepções, dentre as quais estão:
- Uma correspondência do ser na linguagem;
- Análise crítica dos métodos utilizados nas ciências;
- Instrumento de crítica às formas dominantes de poder, bem como da tomada de conscientização
do homem inserido no mundo do trabalho.
Vista dessa maneira, a Filosofia não pode ser confundida nem com o mito, nem com a ciência.
Isso porque ao mesmo tempo em que exige análise, crítica, clareza, rigor, objetividade (como a ciência)
percebe-se que os discursos em busca do conhecimento do todo são construídos na história segundo
modelos de racionalidade que vão sendo revisados e substituídos com o tempo (o que a aproxima do mito).
Ela permanece numa busca constante da sabedoria.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
“Só sei que nada sei por completo
Só sei que nada sei que só eu saiba
Só sei que nada sei que eu não possa vir a saber
Só sei que nada sei que outra pessoa não saiba
Só sei que nada sei que eu e outra pessoa não saibamos juntos”
Mário Sérgio Cortella
Nascido em Londrina, interior do Paraná, na juventude (1973/1974) experimentou a vida monástica em um convento da Ordem Carmelitana Descalça, mas
abandonou a perspectiva de ser monge para seguir a carreira acadêmica.
Graduação em 1975 na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Medianeira.
Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sob a orientação do Prof. Dr. Moacir Gadotti, e em 1997, sob a
orientação do Prof. Dr. Paulo Freire, conclui seu doutorado também em Educação pela PUC-SP.
Professor titular do Departamento de Teologia e Ciências da Religião e de pós-graduação em Educação da PUC-SP, na qual está de 1977 a 2012, além de
professor convidado da Fundação Dom Cabral, desde 1997, e o foi no GVPec da Fundação Getúlio Vargas, entre 1998 e 2010.
Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), durante a administração de Luiza Erundina.
Membro conselheiro do Conselho Técnico Científico da Educação Básica da CAPES/MEC (2008/2010).
Fez o programa “Diálogos Impertinentes” na TV PUC, no Canal Universitário.
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