APOSTILA DE PREPARAÇÃO PARA O CONCURSO PÚBLICO MUNICIPAL DISCIPLINA: PORTUGUÊS Professoras: Cláudia Oliveira e Estelina Magalhães Apoio SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS ITAPIPOCA TURURU URUBURETAMA Itapipoca, Setembro de 2015 Prezados candidatos! Gostaríamos de dizer que é um grande prazer poder contribuir com o aprendizado de todos vocês. Esperamos que nossos encontros, ou seja, nossas aulas sejam de grande proveito e que vocês possam atingir o objetivo maior que os trazem aqui, que é passar no concurso que vem aí. O nosso objetivo principal é diminuir as dificuldades do aprendizado da gramática, principalmente no universo dos concursos públicos. Nós sabemos que há uma grande distância entre a linguagem padrão ou seja,a linguagem formal e a linguagem informal, a forma a qual falamos no dia a dia. E aí vem a pergunta:__― É preciso decorar regras?‖ E a resposta é não, pois o mais importante do que decorar, é antes de mais nada, entender o conteúdo proposto, pois quando entendemos o conteúdo, aí sim, a coisa se torna mais fácil. À partir de hoje, nos encontraremos semanalmente, e, vamos trabalhar alguns pontos a seguir: O primeiro é tirar algumas dúvidas das palavras usadas no nosso cotidiano. Serão dicas de Português, dicas sobre provas, comentários de questões dos concursos anteriores. Outro ponto é o estudo da gramática como um todo, regras gramaticais, laboratório de produção textual e gêneros textuais. Trabalharemos esses pontos alternadamente, . Sendo assim, queremos contar com a participação de cada um de vocês nas aulas, para minimizar as dificuldades que vocês têm em Português, podendo então, assim fazer uma boa prova. A nossa língua tem variantes. Variante formal (Norma culta) e variante informal, uma linguagem mais simples. Não podemos esquecer de que gramática nos concursos públicos ainda é um ―bicho de sete cabeças‖. Esperamos que vocês participem das aulas, pois, assim, quanto mais vocês dominarem o conteúdo, mais chances terão de passar. Um forte abraço, Professoras: Cláudia Oliveira e Estelina Magalhães EMENTA. Apresentamos alguns pontos da Língua a seguir: . LINGUAGEM: é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si. INTERLOCUTORES: são as pessoas que participam do processo de interação que se dá por maio da linguagem. LINGUA: é um conjunto de sinais (palavras) e de leis combinatórias por meio do qual as pessoas de uma comunidade se comunicam e interagem. CÓDIGO: é um conjunto de sinais e regras utilizados por uma comunidade. ONOMATOPÉIAS: são palavras ou expressões que imitam sons e ruídos. VARIEDADES LINGUÍSTICAS: são as variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, culturais e regionais nas quais é utilizada. ENUNCIADO: é tudo o que o locutor enuncia, isto é, tudo o que ele diz ao locutário numa determinada situação. TEXTO: é um enunciado ou um conjunto de enunciados, verbais, que apresenta unidade de sentido. DISCURSO: é o processo comunicativo capaz de construir sentido. Além dos enunciados, envolve também os elementos do contexto (quem são os interlocutores, que imagem um tem do outro, em que momento e lugar ocorre a interação, com que finalidade, etc.). INTENCIONALIDADE DISCURSIVA: são as intenções, implícitas, exigentes no discurso. GÊNEROS DO DISCURSO: são textos que circulam em determinadas esferas de atividades humanas e que, com pequenas variações, apresentam tema, estrutura e linguagem semelhantes. VERBOS DE COMANDO Conhecer os verbos de comando é fundamental para que você possa interpretar de maneira adequada às questões propostas a partir dos enunciados. Estes são alguns. Estude-os atentamente e em caso de dúvidas, recorra às professoras durante as aulas. Afirmar: Apresentar, declarar os pontos principais de um assunto. Aplicar: Empregar o conhecimento em situações específicas e concretas Apontar: Indicar, mostrar. Citar: Apontar, mencionar como exemplo. Comentar: Comentário é a descrição dos elementos e dimensões constitutivas de fenômenos, ideias ou textos. Nele, revelam-se aspectos positivos/ negativos, com base em algum juízo de valor. Um comentário ganha consistência quando tenta esclarecer pormenores que muitas vezes passam despercebidos. Para aprimorar os comentários é importante desenvolver o sentido de fidelidade ao observado e à logicidade interna, dimensões que lhe dão consistência. Conceituar: Definir com suas palavras. Confrontar: pôr frente, comparar. Contradizer: Contestar, ir contra, dizer o contrário. Dissertar: Expor determinado assunto com argumentação própria. Deduzir (Inferir): Tirar conclusões, raciocinar a partir da análise de dados fornecidos. Endossar: Argumentar favoravelmente. Expor: Narrar, explicar. Refutar: Argumentar contrariamente. Relatar: Mencionar, descrever. Resolver: Efetuar, dar solução FONOLIOGIA Fonologia é a parte da Gramática que estuda o fonema. Fonemas e Letras Fonema é a unidade mínima sonora que é capaz de estabelecer diferenciação entre um vocábulo e outro. Ex: bola / bota. Como se vê a diferenciação entre as duas palavras acima é marcada pelos fonemas /l/ e /t/. Fonemas e letras apresentam conceitos distintos: Fonema é a representação sonora; Letra é a representação gráfica do fonema, ou seja o sinal gráfico da escrita; Sílaba é um conjunto de fonemas transmitidos num só impulso. Classificação dos fonemas I – Vogal é o fonema produzido pelo ar que passa livremente pela boca, isto é, encontrar nenhum obstáculo. As vogais podem ser : a) Orais: Quando a corrente de ar sai apenas pela boca. É o caso de a, e, i, o, u. Exemplos: Mata, teto, medo, mito, sobra, bolo, mudo Exemplo: até, bola Semivogal é o nome que se dá aos fonemas i e u quando, junto de uma vogal, formam com ela uma única sílaba. É importante observar que não se trata das letras i e u , mas sim dos fonemas. Na escrita os fonemas i e u. podem ser representados também pelas letras e e o. Exemplos: Mãe, Paes, irmão, são (pronunciadas geralmente desta forma: mãi, pãis, irmãu , sãu). III – Consoante Consoante é o fonema produzido graças aos obstáculos que impedem a livre passagem do ar. As consoantes em português são pronunciadas pelas seguintes letras: B , C , D, F , G, H , J ,L , M, N , P, Q, R, S , T, V, X , Z. Numa palavra, nem sempre há o mesmo número de letras e fonemas. d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade. A palavra táxi, por exemplo, possui: Exemplo: até, bola - quatro letras (t-á-x-i) - cinco fonemas (t-á-k-s-i) As vogais também se classificam em: A palavra hora possui: b) Nasais: Quando a corrente de ar sai pela boca e também pelas fossas nasais. É o caso de ã, õ, que podem ser representadas na escrita por ,ã , an, am, em, en, in, im, õ, um, um, Exemplos: írmã, manta, samba, tento, lembro, minto, ímpar, põe, conde, sombra, fundo c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade. a) Abertas : quando ocorre uma abertura máxima da boca. É o caso da á, é, ó. Exemplos: Guaraná, café, cipó b) Fechadas: quando ocorre uma abertura mínima da boca. Exemplos: Lama, anda, tevê, menta, fadiga, linda, loba, bonde, furo, vagabundo III – Semivogal - quatro letras (h-o-r-a) - três fonemas (o-r-a) Na palavra canta temos: -cinco letras (c-a-n-t-a) -quatro fonemas (c-ã-t-a) pipoca – tem 6 letras hoje – tem 4 letras Fonema É o som da fala. Exemplos: pipoca – tem 6 fonemas Hoje – tem 3 fonemas *Observe de acordo com os exemplos que o número de letras e fonemas não precisam ter a mesma quantidade. Exemplos Chuva – tem 5 letras e 4 fonemas, já que o ―ch‖ tem um único som. Hipopótamo – tem 10 letras e 9 fonemas, já que o ―h‖ não tem som. Galinha – tem 7 letras e 6 fonemas, já que o ―nh‖ tem um único som. Pássaro – tem 7 letras e 6 fonemas, já que o ―ss‖ só tem um único som. Nascimento – 10 letras e 8 fonemas, já que não se pronuncia o ―s‖ e o ―en‖ tem um único som. Exceção – 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o ―x‖. Táxi – 4 letras e 5 fonemas, já que o ―x‖ tem som de ―ks‖. Guitarra – 8 letras e 6 fonemas, já que o ―gu‖ tem um único som e o ―rr‖ também tem um único som. Queijo – 6 letras e 5 fonemas, já que o ―qu‖ tem um único som. Repare que através do exemplo a mudança de apenas uma letra ou fonema gera novas palavras. CAVALO CAVADO CALADO COLADO SOLADO O fonema não é qualquer som da língua. Ele tem uma finalidade, que é estabelecer diferença de significado entre as palavras. Nos exemplos acima, a diferença de significado é determinada pelos fonemas p, m, c, t. C 4 fonemas H A V E Veja algumas observações importantes: 1 - Um mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra. O fonema z / Zé //, exemplo, por exemplo, pode ser representado pelas letras z, s, x: azedo – mesa - exame 2 – O número de letras de uma palavra nem sempre coincide com número de fonemas: Terra 5 letras : t / e / r / r /a 4 fonemas : t /e / r / r / a Nascer 6 letras: n /a / s / c / e / r 5 fonemas : n /a / s / c / e / r Fixo 4 letras: f / i / x / o 5 fonemas : f / i / c / h / o Ortografia Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada. Ç 01) Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo). Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç. Exemplos: • erudito = erudição • exceto = exceção • setor = seção • intuitivo = intuição • redator = redação • ereto = ereção • educar - r + ção = educação • exportar - r + ção = exportação • repartir - r + ção = repartição 02) Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. Exemplos: • manter = manutenção • reter = retenção 03) Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce. Exemplos: • alcance = alcançar • lance = lançar S 01) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir Exemplos: • pretender = pretensão • defender = defesa, defensivo 02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir. Exemplos: • perverter = perversão • converter = conversão • reverter = reversão 03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr. Exemplos: • expelir = expulsão • compelir = compulsório • concorrer = concurso • discorrer = discurso • percorrer = percurso 04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em oso e -osa, com exceção de gozo. Exemplos: • saboroso • horroroso 05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize. Exemplos: • fase • tese 06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa. Exemplos: • poetisa • Heloísa 07) Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar. Exemplos: • Ele quis • Nós usamos • Eles quiseram • Quando nós quisermos • Se eles usassem Ç ou S? Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z. Exemplos: • eleição • traição • Neusa • coisa S ou Z? 01 a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios. Exemplos: • português • norueguesa • Inês • Teresa b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade. Exemplos: • embriaguez • limpeza • lucidez • nobreza • acidez • pobreza 02 a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-. Exemplos: • pesquisa = pesquisar • paralisia = paralisar b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-. Exemplos: • economia = economizar • terror = aterrorizar Cuidado: • catequese = catequizar • síntese = sintetizar • hipnose = hipnotizar • batismo = batizar a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no final do radical. Exemplos: • casinha • asinha • portuguesinho • camponesinha • Teresinha b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em zinho, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do radical. Exemplos: • mulherzinha • arvorezinha • alemãozinho SS 01) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder. Exemplos: • anteceder = antecessor • exceder = excesso 02) Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir. Exemplos: • imprimir = impressão • deprimir = depressivo 03) Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir. Exemplos: • agredir = agressão • progredir = progresso 04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter. Exemplos: • comprometer = compromisso • prometer = promessa ÇS ou SS Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos: 01) Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir. Exemplo: • curtir - r + ção = curtição 02) Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante. Exemplo: • divertir - tir + são = diversão 03) Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal. Exemplo: • discutir - tir + ssão = discussão J 01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar. Exemplos: • trajar = traje, eu trajei. • encorajar = que eles encorajem • viajar = que eles viajem 02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja. Exemplos: • loja = lojista • gorja = gorjeta 03) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular. Exemplos: • jeca • jiboia • pajé G 01) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. Exemplos: • pedágio • colégio • prestígio • relógio • refúgio 02) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em gem, com exceção de pajem, lambujem e a conjugação dos verbos terminados em -jar. Exemplos: • a viagem • a coragem • a penugem X 01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha. Exemplos: • mexer • mexerica • México 02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Exemplos: • enxada • enxurrada mas: • cheio = encher, enchente • charco = encharcar • chiqueiro = enchiqueirar 03) Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache. Exemplos: • ameixa • deixar • feixe • peixe UIR e OER Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-. Exemplos: • tu possuis • ele possui • tu constróis • ele constrói UAR e OAR Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escrita som -e-. Exemplos: • Que eu efetue • Que tu efetues • Que ele atenue Todas as regras ortográficas da gramática portuguesa. Caso x / ch 1) x / ch nas palavras provenientes do latim: 1.1) Emprego do ch: Ao passar do latim para o português, as sequências "cl", "pl" e "fl", transformaram-se em "ch": flamma caplu clamare claven planus plenus > > > > > > chama cacho chamar chave chão cheio plumbum pluvia > > chumbo chuva 1.2) Emprego do x: a) Proveniente do x latino: exaguare > enxaguar examen > exame laxare > deixar luxu > luxo b) Palatização do S em grupos como ssi ou sce: miscere > mexer passione > paixão pisce > peixe 2) Emprega-se a letra x: 1) Após ditongo: caixa peixe Exceções: guache (do francês gouache) caucho (espécie de árvore. Tem origem na palavra cauchu "lágrimas da árvore", é de um idioma indígena, mas está em nossa ortografia oficial) 3) Em palavras iniciadas por EN: Enxada Enxerto Enxurrada 3) Emprega-se ch: 1) Em palavras com origem francesa. As mais conhecidas são: Avalanche (Avalónch) Cachecol (Cacher) Chalé (Chalet) Chassi (Chânssis) Champanhe (Champagne) Chantilly (Chantilly) Chance (Chance) Chantagem (Chantage) Charme (Charme) Chefe (Chef) Chique (Chic) Creche (Crèche) Crochê (Crochet) Manchete (Manchette) Pochete (Pochette) Revanche (Revanche) Caso g / j 1) Palavras provenientes do latim e do grego: 2) Em palavras iniciadas por ME: Mexerica México Exceção: mecha (de cabelos), que tem sua origem no fracês mèche. Não confundir com a forma verbal "mexa" do verbo mexer, que deve ser grafada com x. 1.1) O g português representa geralmente o g latino ou grego: a) Latim: digit(i) (raiz) > digitar gestu > gesto b) Grego: gymnastics > ginástica 1.2) Não há j no grego e no latim clássico. O j provém: a) Da consonantização do I semiconsoante latino: iactu > jeito b) Da palatalização do S + I, ou do grupo DI + Vogal: basiu > beijo casiu > queijo 2) Emprega-se a letra g: 1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com g: engessar (de gesso) faringite (de faringe) selvageria (de selvagem) 4) Os substantivos terminados em gem: viagem coragem ferrugem Exceção: pajem lambujem g5) Nos verbos terminados em ger e gir: eleger mugir g6) Em geral, após R: aspergir divergir submergir Exceção: coragem (fr. courage) => corajoso, encorajar 2) Nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio: pedágio sacrilégio prestígio relógio refúgio 3) Nas terminações: ege, oge bege foge Exceção: hoje (deriva do latim hodie, de hoc die, ―este dia‖.) caboje (peixe) 3) Emprega-se a letra j: j1) As palavras derivadas de outras grafadas com j: sarjeta (de sarja) lojista (de loja) canjica (de canja) j2) Os verbos terminados em jar: viajar encorajar enferrujar j3) As palavras terminadas em aje: laje traje ultraje j4) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são: azulejo (azzelij) berinjela (badanjanah) javali (djabali) jaleco (jalikah) jarra (djarrah) laranja (narandja) Exceções: álgebra (al-jabr) algema (al jamad <a pulseira>) giz (jibs) girafa (zarâfa (AR.) ->giraffa (IT.) -> girafa (PT.)) 5) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são: beiju cajá caju canjica carijó guarajuba itajuba itajaí jabaquara (rio do senhor do voo). jabuti (o que come pouco, o cágado). jabuticaba (comida de jabuti). jacaré (o que olha torto, encurvado). jaguar (o que devora). jaguaruna (onça preta). jaguatirica (onça medrosa). jararaca (o que tem bote venenoso). jatobá jerimum maracujá marajó pajé Ubirajara Exceção: Sergipe 6) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são: acarajé Iemanjá jabá jagunço Exceções: bugiganga ginga Caso c ou ç / s ou ss O c tem o valor de /s/ com as vogais E e I. Antes de A, O e U usa-se ç. acetato ácido açafrão Depois de consoante usa-se s. Entre vogais, usa-se ss: manso concurso expulso prosseguir girassol 1) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERGIR, CORRER, PELIR: aspergir = aspersão compelir = compulsório concorrer = concurso discorrer = discurso expelir = expulsão, expulso imergir = imersão impelir = impulsão, impulso 1) Verbos não terminados em DAR - DER - DIR - TER TIR - MIR quando mudam o radical recebem ç: agir = ação excetuar = exceção proteger = proteção promover = promoção 2) Verbos que mantêm o radical recebem ç em derivações: acomodar = acomodação consolidar = consolidação conter = contenção fundar = fundação fundir = fundição remir = remição reter = retenção saudar = saudação torcer = torção distorcer = distorção Observe também a origem latina: manter (manutenere) = manutenção nadar (natare) = natação 3) Usa-se c ou ç após ditongo quando houver som de s: eleição traição foice 4) Nos sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, iço, nça, uça, uço. barca = barcaça rico = ricaço cota = cotação aguço = aguçar merece = merecer carne = carniça canil = caniço esperar = esperança cara = carapuça dente = dentuço 5) Em palavras derivadas de vocábulos terminados em ce, te, to, tivo: alcance = alcançar lance = lançar Marte = Marciano intento = intenção introspectivo = introspecção relativo = relação 6) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são: açoite açougue açude açúcar alface alvoroço Exceção: arsenal safra salada sultão 7) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são: araçá açaí babaçu cacique caiçara camaçari cipó cupuaçu Iguaçu Iracema juçara maçaranduba paçoca piaçava Exceção (todas começam com som de s, menos cipó): sabiá sagui saci samambaia Sergipe siri 8) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são: bagunça caçamba cachaça caçula Exceção (todas começam com som de s): sapeca samba senzala Caso z / s 1) Emprega-se a letra s: 1) Em palavras derivadas de uma primitiva grafada com s: análise = analisar, analisado pesquisa = pesquisar, pesquisado. Exceção: catequese = catequizar. 2) Após ditongo quando houver som de z: Creusa coisa maisena 3) Na conjugação dos verbos PÔR e QUERER: (Ele) pôs (Ele) quis (Nós) pusemos (Nós) quisemos (Se eu) puser (Se eu) quiser 4) Em palavras terminadas em OSO, OSA (que significa ―cheio de‖): horrorosa gostoso Exceção: gozo 5) Nos sufixos gregos ASE, ESE, ISE, OSE: frase crase crise Exceções: deslize e gaze. 6) Nos sufixos ÊS, ESA, ESIA e ISA, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos. chinês chinesa camponês poetisa burguês burguesa freguesia Luísa Heloísa Exceção: Juíza (por derivar do masculino juiz). 1) As terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade: escasso / escassez macio / maciez rígido / rigidez sensato / sensatez surdo / surdez 2) Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos "zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é uma consoante de ligação com o infixo. pazada cafezal homenzarrão açaizeiro cãozito mãezona mãozorra Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"): asa = asinha riso = risinho Teresa = Teresinha 3) Em derivações resultando em verbos terminados com som de IZAR: útil = utilizar terror = aterrorizar economia = economizar Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"): análise = analisar pesquisa = pesquisar improviso = improvisar Exceção da Exceção: catequese = catequizar. Existem variantes aceitas para outras palavras: abdome e abdômen açoitar e açoutar afeminado e efeminado aluguel ou aluguer arrebitar e rebitar arremedar e remedar assoalho e soalho assobiar e assoviar assoprar e soprar azalea e Azaléia bêbado e bêbedo bilhão e bilião bílis e bile bombo e bumbo bravo e brabo caatinga e catinga cãibra e câimbra carroçaria e carroceria catucar e cutucar chipanzé e chimpanzé coisa e cousa degelar e desgelar dependurar e pendurar derrubar e derribar desenxavido e desenxabido diabete e diabetes embaralhar e baralhar enfarte e infarto entretenimento e entretimento entoação e entonação enumerar e numerar espécime e espécimen espuma e escuma estalar e estralar este e leste (pontos cardeais) flauta e frauta flecha e frecha geringonça e gerigonça homogeneizar e homogenizar húmus e humo impingem e impigem imundícia, imundície e imundice intrincado e intricado lide e lida louro e loiro macaxeira e macaxera maltrapilho e maltrapido malvadeza e malvadez maquiagem e maquilagem marimbondo e maribondo matracar e matraquear mobiliar e mobilhar neblina e nebrina nenê e neném parênteses e parêntesis percentagem e porcentagem pitoresco, pinturesco e pintoresco plancha e prancha pólen e polem quadrênio e quatriênio quatrilhão e quatrilião radioatividade e radiatividade rastro e rasto relampear e relampejar remoinho e redemoinho salobra e salobre taberna e taverna tesoura e tesoira toicinho e toucinho transpassar, traspassar e trespassar transvestir e travestir treinar e trenar tríade e triada trilhão e trilião vasculhar e basculhar Xérox e Xerox xeretar e xeretear Caso o / u 1) Usa-se o na grafia dos seguintes vocábulos: boteco botequim cortiço moela mosquito mágoa zoar 2) Usa-se u na grafia dos seguintes vocábulos: amuleto entupir jabuti mandíbula tábua Caso e / i 1) Os verbos terminados em -UIR e em -OER: No Presente do Indicativo, as 2ª e 3ª pessoas do singular são grafadas com I. Exemplo (verbo possuir): tu possuis ele possui tu constróis ele constrói tu móis ele mói tu róis ele rói 2) Os verbos terminados em -UAR e em -OAR: No Presente do Subjuntivo, todas as pessoas da conjugação serão grafadas com e. Exemplo (verbo entoar): Que eu entoe Que tu entoes Que ele entoe Que nós entoemos Que vós entoeis Que eles entoem Emprego dos Porquês POR QUE A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo": Exemplos: Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa. Por que você comprou este casaco? Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais). Exemplos: Estes são os direitos por que estamos lutando. O túnel por que passamos existe há muitos anos. POR QUÊ Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico. Exemplos: Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê? Será deselegante se você perguntar novamente por quê! PORQUE A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa. Exemplos: Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar? PORQUÊ A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). Exemplos: Não consigo entender o porquê de sua ausência. Existem muitos porquês para justificar esta atitude. Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê. Veja abaixo o quadro-resumo: F Emprego Exemplos orma P or que Em frases interrogativas (diretas e indiretas) Em substituição Por que ele chorou? (interrogativa direta) Digam-me por que ele à expressão "pelo qual" (e suas variações) P or quê frases P orque P orquê No final de chorou. (interrogativa indireta) Os bairros por que passamos eram sujos.(por que = pelos quais) Eles estão revoltados por quê? Ele não veio não sei por quê. Em frases afirmativas e em respostas Não fui à festa porque choveu. Como substantivo Todos sabem o porquê de seu medo. LABORATÓRIO DE REDAÇÃO Prezados Candidatos, As técnicas de Redação constituem um dos aspectos mais importantes, principalmente no julgamento de um trabalho escrito. A idéia que geralmente se tem de uma boa redação é aquela em que o escritor consegue deixar o leitor impactado. O Escrever é Praticar é um acompanhamento de produção textual com instruções específicas e pontuais, partindo da experiência de escrita já dominada por você. Ou seja, as orientações não são genéricas, suprirão apenas as suas necessidades sejam elas de construção textual ou de gramática. Como qualquer texto, a redação para concurso exige muito treino, então a melhor forma de garantir que no momento da prova você não terá problemas é ler e escrever diversas vezes, tente trabalhar diversos temas, dos mais sérios aos mais populares isso te dará maior segurança. Saber escrever é algo de grande importância, principalmente para redigir uma boa redação em concurso público. Saber se expressar de forma adequada e precisa, respeitando a ideia solicitada na prova e as normas da Língua Portuguesa, pode ser complexo para algumas pessoas, mas seguindo algumas dicas de redação é possível aprender a redigir bem. Redigir é sinônimo de perceber, compreender, reagir e integrar. Na redação você é levado, através de sua capacidade criativa, a ter idéias. Mas não basta possuir idéias, é preciso saber como ‗‘vesti-las‘‘! Aprenda as principais dicas de redação: » Organize seus argumentos sobre o tema proposto, e os escreva de forma compreensível. Organize os argumentos de forma crescente, ou seja, deixe o argumento mais forte para o final; » Em dissertações que é necessário defender algo, não fique "em cima do muro", coloque claramente sua posição, pois muitas vezes estão interessados em avaliar sua capacidade de opinar, refletir e argumentar; » Escreva com clareza; » Seja objetivo e fiel ao tema; » Escolha sempre a ordem direta das frases; » Evite períodos e parágrafos muito longos; » Elimine expressões difíceis ou desnecessárias do texto; » Não use termos chulos, gírias e regionalismos; » Esteja sempre atualizado em tudo que acontece no mundo; » Além dessas dicas, é preciso saber principalmente as regras de Acentuação Gráfica, pontuação, ortografia e concordância. Clareza e Simplicidade Evite o uso de palavras rebuscadas, longos períodos e prefira argumentar de maneira simples e organizada. A clareza de uma redação se dá no momento em que você apresenta seus argumentos e ideias para que seu leitor compreenda a mensagem do texto de forma clara. Objetividade Não dê voltas no texto e evite repetir as palavras; diga apenas o que é importante para seu tema e sua redação. Quanto mais conhecimento você tiver, mais termos poderá usar no texto. Coerência Textual A coerência é um item extremamente importante para escrever uma boa redação para concursos ou qualquer processo seletivo. O texto corresponde a uma estrutura, com uma ordem de idéias e o tema deve ser explicado apresentando teses, causas e conseqüências em uma seqüência lógica. Evitando as contradições, você deixará seu texto coerente e com estruturas lógicas e coerentes com o uso de conectivos, preposições, verbos, etc. Um erro que acontece muito nos textos feitos nas redações de concursos públicos é usar comentários aleatórios em determinado parágrafo, sem respeitar a estrutura dos argumentos. Evite comentar vários assuntos ao mesmo tempo e acabar fugindo do tema principal. A melhor maneira de evitar a fuga ao tema e um texto confuso é planejar seus argumentos e escrever um texto que relacione esses assuntos. Não jogue vários temas acreditando que o leitor e examinador irão compreender o que está escrito. Use a coerência a seu favor. 1.1 Narração Relato de acontecimentos reais ou fictícios Narrador Personagens Enredo Tempo Espaço Clímax Desfecho 1.Narração O Q U E É 1.2 Descrição Tipologia de Texto 1.3 Dissertação Retrato por escrito Emprego de adjetivos Emprego de verbos de estado (ser, estar, ficar, parecer. ) Exposição de idéias objetivas e Subjetivas Linguagem exata e precisa argumentos impessoais Coesão e coerência Introdução, desenvolvimento e Conclusão G Ê N E R O T E X T U A L ? 1.4 Injuntivo ou Persuasivo Linguagem persuasiva Verbos do imperativo imposição do interlocutor DEFINIÇÃO T São maneiras de organizar as informações I lingüísticas de acordo com a finalidade do P texto, com o papel dos interlocutores e com O as características da situação. D E CARACTERÍSTICA: Competência lingüística Organização de informações Competência sócio-comunicativo Estilo ( modo próprio de cada escritor ) G Ê N E R O T E X T U A L 2.Descrição 3.Dissertação Injuntivo ou persuasivo fábula conto novela lenda texto publicitário propaganda anúncios (classificados) receita artigo de opinião editorial resenha reportagem Receita Manual de instrução Campanha educativ (trânsito, saúde) Estrutura da Redação Um texto é composto de três partes essenciais: introdução, desenvolvimento e conclusão. O correto é haver um elo entre as partes, como se formassem a costura do texto. Na introdução é onde o tema abordado é apresentado, não deve ser muito extensa, e aconselha-se que tenha apenas um parágrafo de quatro a seis linhas. O desenvolvimento é o ―corpo‖ do texto, a parte mais importante dele. É onde se expõe o ponto de vista, e argumenta de uma forma lógica para que o leitor acompanhe seu raciocínio. Nesta parte do texto faz-se uso de, no mínimo, dois parágrafos. A conclusão é o fechamento. Mas é válido lembrar que a introdução, desenvolvimento e conclusão são ligados e dependentes entre si para que a coesão e coerência textual sejam mantidas e o texto faça sentido. Etapas da Redação Chuva de Ideias Em alguns minutos, respeitando seu tempo e o prazo dado para fazer a prova de concurso público, anote todos os assuntos que surgirem na sua mente e que estão relacionados ao tema. Não tenha receio e escreva tudo. Após esse processo, separe 4 ou cinco que considere mais importante de acordo com o tema em que irá trabalhar. Elaborando o Rascunho Comece a escrever o rascunho da redação, buscando apresentar a opinião do seu texto sobre o tema logo no primeiro parágrafo, ou seja, na introdução. Evite o uso de clichês e jargões utilizados exaustivamente. No desenvolvimento, argumente sua redação com hipóteses, fatos e citações, sempre de forma consistente, organizando os assuntos nos parágrafos de desenvolvimento. Na conclusão do texto, apresente uma solução ou reforce sua tese. Redação Definitiva A legibilidade de sua redação é essencial para que ela seja lida, compreendida e corrigida pelo examinador. Respeite os recuos, margem e alinhamento do seu texto. As palavras erradas devem ser grafadas com apenas um traço simples, sem muitas rasuras Veja mais dicas para redigir um bom texto de redação para concursos: Leia muito, a leitura enriquece o vocabulário, você olha visualmente as palavras e envia para a sua memória a forma correta de escrevê-las; Seja crítico de si mesmo, revise os textos , retire os excessos, deixe seu texto ―enxuto‖; Cronometre o tempo que é gasto nas suas redações e tente sempre diminuir o tempo gasto na próxima; Não ultrapasse as margens, nem o limite de linhas estabelecidas na prova; Mantenha o mesmo padrão de letra do início ao fim do texto. Não inicie com letras legível e arredondada, por exemplo, e termine com ela ilegível e ―apressada‖, isso dará uma péssima impressão para o examinador da banca quando for ler; Não faça marcas, rabiscos, não suje e nem amasse sua redação; Tenha o máximo de asseio possível; Faça as redações de provas anteriores do concurso que você prestará; Fique focado no enunciado que a banca está pedindo, não redija um texto lindo, mas que está totalmente fora do tema. Nunca fuja do tema proposto; Tenha seus argumentos fundamentados. Seja coeso e coerente; Evite o uso de abreviações. Ex.: "Vc" "pq"; Use um estilo de escrita o mais simples possível, evitando assim o uso de palavras demasiadamente rebuscadas; Evite o uso de aliterações. Ex1.: O rato, roeu a roupa do rei de Roma. Ex.2: Anule aliterações altamente abusivas; Nunca esqueça as letras maiúsculas; Evite lugares-comuns, ditos populares, jargões e clichês. Ex.: Foge da matemática como o diabo foge da cruz; Evite o uso de parênteses; Estrangeirismos também devem ser evitados. Ex.: Deixei um scrap (recado) na geladeira; Gírias nem pensar, muito menos escrever; Palavras de baixo calão poderão acabar com seu texto; Nunca generalize, você passará a impressão ao leitor que não domina o assunto abordado; Evite repetições, confira sempre o texto e verifique se a mesma palavra aparece muitas vezes e procure cortá-la ou substituíla por sinônimos; Não abuse das citações, procure mostrar ideias próprias, originais. Ex.: Como diria o famoso poeta "....." ; Frases ou raciocínios incompletos causam péssima impressão; Não seja redundante fazendo círculos em torno do mesmo assunto; Procure ser o mais específico possível; Frase com apenas uma palavra não fica bem; Evite o uso de voz passiva. Ex.1: Pedro foi ferido pelo animal. Voz Passiva Ex.2: O animal feriu Pedro. Voz Ativa; Use a pontuação corretamente; Não faça uso de perguntas retóricas, ou seja, não pergunte o óbvio; Se for utilizar siglas, coloque o significado por extenso e a sigla entre parênteses, apenas na primeira vez em que ela for citada, depois utilize somente a sigla. Ex.: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); Evite exageros nas suas palavras; Evite mesóclises. Ex.: Se possível, contar-vos-ia o que se passou; Procure não fazer analogias. Ex.: Todos os seres vivos crescem. (A árvore, por exemplo, é um ser vivo. Tem metabolismo, reproduz-se, e cresce.) O ser humano também é um ser vivo e, por isso, o ser humano também cresce; Não abuse das exclamações; Não escreva frases, nem parágrafos demasiadamente longos, procure ser o mais claro e objetivo possível na exposição de suas ideias; Seja sempre incisivo e coerente; Procure escrever as palavras de maneira correta, seja assertivo na ortografia. Dica: Na dúvida, não escreva a palavra, ou então procure escrever um sinônimo. Algo comum no mundo dos concurseiros é o grande temor pela redação nas provas. Muitas vezes o candidato se prepara para a prova objetiva, e deixa a redação de lado, perdendo grandes chances de passar. A única maneira eficaz de aprender a fazer uma boa redação é treinando. Faça redações sobre diversos temas, leia e releia quantas vezes precisar, e lembre-se: a prática pode levar à perfeição. Critérios de correção: AVALIAÇÃO ABRANGERÁ: DA PROVA DISCURSIVA 1. Quanto à capacidade de desenvolvimento do tema: a compreensão, o conhecimento,o desenvolvimento e a adequação da argumentação , a conexão e a pertinência , a objetividade e a seqüência lógica do pensamento, o alinhamento ao tema e a cobertura dos tópicos apresentados valendo pontos , que serão aferidos pelo examinados com base nos critérios a seguir indicados: Conteúdo da resposta Capacidade de argumentação Sequência lógica do pensamento Alinhamento ao tema Cobertura dos tópicos apresentados 2.Quanto ao uso do idioma: a utilização correta vocabulário e das normas gramaticais valendo pontos , que serão aferidos pelo examinador com base nos critérios a seguir indicados: Anúncios, crônicas, editoriais, instruções de uso, fábulas, cartas, são apenas alguns exemplos de gêneros textuais. GÊNEROS TEXTUAIS TIPOS DE ERRO Aspectos Formais: Erros Ortográficos Aspectos Gramaticais: Morfologia, sintaxe de emprego e colocação, sintaxe de regência e pontuação. Aspectos Textuais: Sintaxe de construção ( Coesão) ,clareza, concisão, unidade temática ( estilo, coerência, propriedade vocabular, paralelismo semântico sintático, paragrafação). Cada linha excedente ao máximo exigido. Cada linha não escrita, considerando o mínimo exigido. ASPECTOS MACROESTRUTURAIS 1.Pertinência de conteúdo e abordagem 2. Apresentação ,legibilidade ,margens e parágrafos. 3. Estrutura textual ( Construção pertinente de introdução, Desenvolvimento e Conclusão). 4. Objetividade, ordenação e clareza das idéias. TIPOLOGIA E GÊNEROS TEXTUAIS A tipologia textual diz respeito à forma como um determinado texto é apresentado. O aspecto tipológico de um texto diz respeito ao propósito com o qual o texto foi escrito. Assim, as diferentes tipologias textuais são: narração, dissertação, descrição, informação e injunção. Muitas vezes a tipologia textual é confundida com gênero textual. Um gênero textual é um exemplo mais específico de uma modalidade discursiva, que tem em si mesmo um aspecto tipológico. Os gêneros textuais são os textos materializados em situações comunicativas recorrentes, encontrados em nossa vida diária e apresentam padrões sócio-históricos característicos, ou seja, são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento histórico. Definidos por composições funcionais, objetivos anunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, instituições e técnicas. TIPOLOGIA NARRATIVA: é o relato de fatos ocorridos, em certo espaço (ou lugar) e o tempo,como determinados personagens, cuja ação é contada por um narrador. PRINCIPAIS ELEMENTOS CONSTITUINTES NARRAÇÃO DA Foco narrativo. Refere-se às diferentes formas de narrar. Resume-se em duas: Narrador empenhado (personagem). Conta a história encarnando-se como personagem principal ou secundário. ( narrador-personagem) narrador em 1ª pessoa. O romance Luciola é narrador em 1ª pessoa Ex: ‗‘Acordei por volta de duas horas‘‘. É o próprio Paulo, narrador-personagem, que relata fatos de sua vida,. Narrador onisciente: Conta a história como observador que sabe tudo (conta a história do outro). Narração em 3ª pessoa, o narrador não participa dos acontecimentos, ele observa tudo de fora da trama, como narrador onisciente, ou seja, que conhece todos os fatos. Narrador. É aquele que conta a história. Personagem. São as ―pessoas‖ que atuam na narrativa (são os objetos do ato de contar, são os ―indivíduos‖que têm sua história narrada).Pode ser protagonista( principal) ou antagonista (que são os adversários) e secundários . Ambiente. É o espaço físico e social onde é desenvolvida a ação dos personagens. Trata-se do plano de fundo, o cenário da história. Tempo. É a noção de presente, passado e futuro. Pode ser cronológico, quando avança no tempo do relógio, assim como psicológico, quando medido pela repercussão emocional, estética e psicológica dos personagens. Enredo: é o conjunto de fatos ligados entre si que fundamentam a ação de um texto narrativo. ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrência QUANDO? - o momento ou momentos em que se passam os fatos; POR QUÊ? - a causa do acontecimento. Observe como se aplicam no texto de Manuel Bandeira esses elementos: Tragédia brasileira A estrutura de uma redação narrativa é a seguinte: Apresentação / Introdução Conflitos / Desenvolvimento Clímax / Ápice da história Conclusão / Desfecho A narrativa deve tentar elucidar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas essenciais: Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade. Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria. Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa. Viveram três anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontra-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul. Manuel Bandeira O QUÊ? - o(s) fato(s) que determina(n) a história; QUEM? - a personagem ou personagens; COMO? - o enredo, o modo como se tecem os fatos; O quê? Romance conturbado, que resulta em crime passional. Quem? Misael e Maria Elvira. ENREDO Situação Inicial: personagens,tempo e espaço são apresentados. Estabelecimento de um conflito: um acontecimento modifica a situação inicial, fazendo surgir um conflito. Desenvolvimento: os personagens buscam a solução do conflito. Clímax: a narrativa chega a seu ponto de maior tensão. Desfecho: o conflito é solucionado. Como? O envolvimento inconsequente de um homem de 63 anos com uma prostituta. Onde? Lapa, Estácio, Rocha, Catete e vários outros lugares. Quando? Duração do relacionamento: três anos. Por quê? Promiscuidade de Maria Elvira. Fato – corresponde à ação que vai ser narrada (o que) Tempo – em que linha temporal aconteceu o fato (quando) Lugar – descrição de onde aconteceu o fato (onde) Personagens – participantes ou observadores da ação (com quem) Causa – razão pela qual aconteceu o fato (por que) Modo – de que forma aconteceu o fato (como) Consequência – resultado do desenrolar da ação A narrativa se desenvolve em torno de um enredo, nome que Quanto à estruturação narrativa convencional, acompanhe a sequência de ações que compõem o enredo: Exposição: a união de Misael, 63 anos, funcionário público, a Maria Elvira, prostituta; Complicação: a infidelidade de Maria Elvira obriga Misael a buscar nova moradia para o casal; Clímax: as sucessivas mudanças de residência, provocadas pelo comportamento desregrado de Maria Elvira, acarretam o descontrole emocional de Misael; Desfecho: a polícia encontra Maria Elvira assassinada com seis tiros. Elementos da Narrativa. A narrativa é uma sequência de fatos interligados que ocorrem ao longo de certo tempo e possui elementos básicos na sua composição: se dá a sequência dos fatos. A partir do enredo chega-se ao tema, que é o motivo central do texto. O enredo apresenta situações de conflitos ou ações, que são divididos em quatro partes: Apresentação – vários elementos como as personagens, cenário, e tempo, são apresentados pelo narrador, para enquadrar o leitor relativamente aos fatos. Desenvolvimento - aqui o conflito tem origem, havendo o confronto entre os personagens. Clímax - é o expoente máximo do conflito, existindo uma enorme carga dramática e onde alguns fatos importantes atingem sua maior dramaticidade. Desfecho – é a parte final da narrativa que revela o resultado do clímax, sendo que o conflito pode ou não ter sido resolvido. Os personagens de uma narrativa podem ser descritos do ponto de vista físico e psicológico, exercendo diversos papéis: Protagonista – é o personagem principal de uma narrativa, tem o papel mais importante no desenrolar da ação. Antagonista - aquele que se opõe ao protagonista, sendo o seu inimigo. Muitas vezes só é revelado como antagonista durante o clímax. Personagem secundária - apesar de ter um papel menos importante que o protagonista, é também importante para o desenvolvimento da ação. Figurante - tem como função ajudar a descrever um ambiente ou espaço do qual faz parte. O seu papel não tem influência na ação. Desenvolvimento – Como o nome diz você deverá desenvolver sua narração, ou seja, falar sobre o enredo e preparar o leitor para o ápice, ou conclusão. Conclusão – Aqui é onde você deverá esclarecer todos os acontecidos e dar um desfecho a sua trama. Sabendo disso é hora de prepararmos o ambiente de nossa redação narrativa, lembrando que ela pode ser romântica, dramática ou até mesmo humorística, a questão é fornecer os elementos ao textos, como vemos exemplos de cada um deles abaixo: Narrador – Neste caso você, que é quem deverá contar a história ao leitor. Como fazer uma redação narrativa Na redação dissertativa é predominante o argumento, embasado em pesquisas e conhecimentos gerais, já na narrativa o autor deverá descrever uma ação ou um conjunto de ações, desta forma antes de começar o texto o melhor é definir quem serão os personagens, o cenário, o tempo e o enredo da trama. A narrativa na redação vem de narrar, que por sua vez vem de contar, neste caso um acontecimento ou um fato, e para ilustrar ainda mais e prender o leitor na sua redação narrativa, quanto mais descrições você conseguir transmitir sobre o personagem, o cenário e o tempo melhor. A estruturação da redação narrativa se dá como a dissertativa, ou seja, introdução, desenvolvimento e conclusão, abaixo você vê como cada uma é representada no texto: Introdução – É aqui que você irá situar o leitor, falando do personagem, do cenário e do tempo. Personagem – Pode ser único ou envolver vários personagens, com protagonistas e antagonistas, existem também os personagens secundários, o ideal é que para começar você centre sua narração em apenas um personagem. Espaço ou cenário – Onde acontece a trama? Em uma floresta? Um navio? Ou seja, é onde se passa seu conto. Tempo: Aqui você deverá descrever qual o intervalo de tempo que os fatos ocorrem, dias, meses, horas, semanas. Quem manda é você, este tempo pode ser psicológico (sem exatidão) ou cronológico. Modelo de redação narrativa Agora que você aprendeu como fazer uma boa redação narrativa é hora de ver nosso modelo, lembrando que este modelo é apenas para fins de pesquisa, sendo que você deverá produzir seu próprio texto. Bianca e o grande problema. Bianca era uma jovem prestes a atingir a maioridade, para financiar seus estudos em uma grande universidade de sua cidade, desde cedo a jovem teve que buscar um emprego, porém, com o mercado em crise tudo que Bianca conseguiu foi em uma central de telemarketing, resolvendo problemas dos clientes de uma grande empresa de computadores. Logo em seu primeiro dia vem a primeira situação complicada, quando um cliente entrou em contato já bastante exaltado querendo solucionar seu problema, logo no primeiro contato Bianca já sabia que teria um atendimento complicado, e o pior, seu supervisor fiscalizava tudo na grande central de atendimento da empresa. Era inicio da manhã e com muito bom humor devido ao seu primeiro dia de trabalho Bianca atende sua primeira ligação: – Central de Atendimento, Bianca Cristina, bom dia! Sem nenhum cordialidade o cliente já revela seu problema para a atendente. – Bianca, quero uma solução imediata ao meu problema ou entrarei em contato com a administração. Bianca já tremendo e com medo de receber uma avaliação negativa logo no seu primeiro dia tentou resolver o problema do cliente. – Tudo bem sr., tentarei solucionar o problema agora mesmo, em que posso ajudar? – Meu computador não funciona. Disse o homem do outro lado da linha. – Ok, o senhor consegue ligar o computador ou ele nem dá sinal? Perguntou pacientemente a jovem. – Não, ele não liga, eu aperto o botão e ele não funciona, nenhum barulho nem nada, quero uma solução imediata. Bianca já em pânico não sabia o que fazer, tentou realizar testes remotos no computador do cliente mas de nada adiantou, relutantemente a jovem pediu ajuda ao seu supervisor que, por sua vez, não conseguia realizar nenhum procedimento na maquina do cliente. Passaram-se mais de 15 minutos entre perguntas e respostas, e o cliente cada vez mais exaltado, já a ponto de ofender Bianca e questionar suas capacidades o clientes avisou: – Olha Bianca, chega, vou entrar em contato com a administração! Em um ato de desespero Bianca perguntou: – Sr. quando foi a ultima vez que o computador funcionou? Eis que responde o cliente com um tom de voz bastante exaltado: – Foi ontem durante o dia quando a faxineira estava limpando o escritório, e… – Senhor, o computador está ligado na tomada. Interrompeu Bianca inocentemente, não imaginando que essa poderia ser a causa do grande problema. – Bom, deixe me ver… (respondeu o cliente) Minutos se passaram e o cliente nada mais falava, até que Bianca perguntou: – O senhor já verificou? Do outro lado da linha uma surpresa: – Tu… tu… tu… (de tamanha vergonha o cliente desligou o telefone). Foi assim que Bianca percebeu que nem todo grande problema precisa de uma grande solução, às vezes a resposta está bem embaixo do nosso nariz. Redação Narrativa produzida por Paulo Macedo. LABORATÓRIO DE REDAÇÃO (SEMANAL) 1ª PROPOSTA: 3º PROPOSTA: Ser ou não ser, eis a questão. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Situações-limite são uma constante, tendo sido retomadas tanto pela literatura como pela sabedoria popular. Pensando nisso, escreva uma narrativa em primeira pessoa, na qual o narrador não seja o protagonista da ação. Considere os aspectos abaixo, que constituirão um roteiro para sua narrativa, a qual pode corresponder a diferentes situações, como um drama familiar, uma questão de ordem psicológica, uma aventura, etc.: • uma situação problemática, de cuja solução depende algo muito importante; • uma tentativa de solução do problema, pela escolha de um dos caminhos possíveis, todos arriscados: ultrapassar ou não ultrapassar uma fronteira; • uma solução para o problema, mesmo que origine uma nova situação problemática. A foto, feita pelo fotógrafo amador Haruo Ohara (19091999). registra a presença de duas crianças brincando em uma área rural. A menina empunha uma sombrinha e o garoto usa chapéu, o que sugere um dia de sol. As crianças não têm brinquedos e se divertem com o que encontram naquele momento. O garoto segura com firmeza a escada, demonstrando zelo e cuidado com a companheira de diversão. Com base nesses elementos e na observação da imagem, elabore um texto narrativo em que as lacunas dessa cena. 2ª PROPOSTA: Suponha que você foi surpreendentemente convidado para uma festa de pessoas que mal conhece. Conte, num texto em prosa, o que teria ocorrido, imaginando também os pormenores da situação. Não deixe de transmitir suas possíveis reflexões e impressões. Evite expressões desgastadas e ideias prontas. 4ª Proposta Trabalhe a sua narrativa a partir do seguinte recorte temático: Em uma catástrofe, podemos encontrar de tudo: desgraças, mortes, destruições. Mas em algo tão terrível, também é possível deparamos com coisas boas: o amor, a bondade, a dedicação, a cumplicidade... Instruções: Usando o cenário de uma catástrofe, crie uma narrativa em que haja o encontro de dois personagens e o aparecimento de um dos sentimentos acima. Invente outros personagens, se precisar. Sua história poderá ser em primeira ou terceira pessoa. „‟O entusiasmo é a maior força da alma. Conserva-o e nunca te faltará poder para conseguires o que desejas.‟‟ Napoleão Bonaparte BOA SORTE! INTERPRETAÇÃO DE TEXTO VISITA Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole? Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação. Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor? Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. ―Não faça isso com o coitado!‖ ―Coitado nada, esse bicho deve causar doença.‖ Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele. GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31. São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89 QUÍMICA DA DIGESTÃO Para viver, entre outras coisas, precisamos de energia. Como não podemos tirar energia da luz do sol para viver, como os vegetais, essa energia usada pelo nosso organismo vem das reações químicas que acontecem nas nossas células. Podemos nos comparar a uma fábrica que funciona 24 horas por dia. Vivemos fazendo e refazendo os materiais de nossas células. Quando andamos, cantamos, pensamos, trabalhamos ou brincamos, estamos consumindo energia química gerada pelo nosso próprio organismo. E o nosso combustível vem dos alimentos que comemos. No motor do carro, por exemplo, a gasolina ou o álcool misturam-se com o ar, produzindo uma combustão, que é uma reação química entre o combustível e o oxigênio do ar. Do mesmo modo, nas células do nosso organismo, os alimentos reagem com o oxigênio para produzir energia. No nosso corpo, os organismos são transformados nos seus componentes mais simples, equivalentes à gasolina ou ao álcool, e, portanto, mais fáceis de queimar. O processo se faz através de um grande número de reações químicas que começam a se produzir na boca, seguem no estômago e acabam nos intestinos. As substâncias presentes nesses alimentos são decompostas pelos fermentos digestivos e se transformam em substâncias orgânicas mais simples. Daí esses componentes são transportados pelo sangue até as células. Tudo isso também consome energia. A energia necessária para todas essas transformações é produzida pela reação química entre esses componentes mais simples, que são o nosso combustível e o oxigênio do ar. Essa é uma verdadeira combustão, mas uma combustão sem chamas, que se faz dentro de pequenas formações que existem nas células, as mitocôndrias, que são nossas verdadeiras usinas de energia. ATIVIDADE DOS TEXTOS Visita 1 - Ao encontrar um inseto quase morto em sua mesa, o homem: a) colocou-o dentro de um pote de água. b) escondeu-o para que ninguém o matasse. c) pingou água sobre sua cabeça. d) procurou por outros insetos no escritório. e) não lhe deu muita importância. 2 - O homem interessou-se pelo inseto porque: a) decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no jornal. b) estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade. c) percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água. d) resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu corpo. e) era um inseto perigoso e contagioso. 3 - A mudança na rotina do homem deu-se: a) à chegada do inseto na redação do jornal. b) ao intenso calor daquela tarde de verão. c) à monotonia do trabalho no escritório. d) à transferência de local onde estava o inseto. e) devido ao cansaço do dia. 4 - Em ―Não faça isso com o coitado!‖, a palavra sublinhada sugere sentimento de: a) maldade b) crueldade c) desprezo d) esperança e) afeição 5 - A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem: a) curiosidade científica. b) sensação de medo. c) medo de pegar uma doença. d) lembranças da infância. e) preocupação com o próximo. 6 - Com base na leitura do texto pode-se concluir que a questão central é: a) a presença inesperada de um inseto do mato na cidade. b) a saudade dos amigos de infância c) a vida pacifica da grande cidade. d) a preocupação com a proteção aos animais. e) o cuidado que se deve ter com todos os insetos. Química na digestão 1 - O texto afirma que o nosso corpo pode ser comparado a uma fábrica porque: a) reage quimicamente pela combustão. b) move-se a base de gasolina ou álcool. c) produz energia a partir dos alimentos. d) utiliza oxigênio como combustível. e) Funciona 22 horas por dia. 2 - ―Tudo isso também consome energia‖ (3º parágrafo ) No trecho, a expressão em destaque se refere a a) Fermentos digestivos.. b) combustíveis. c) reações químicas. d) usinas de energia. e) energia. b) da digestão como fonte de energia. c) dos cuidados para uma boa alimentação. d) dos elementos que compõem o corpo humano. e) do processo da degustação. Atividades Fonemas e Letras 3 – Depois de processadas pelos fermentos digestivos, as substâncias são levadas para: a) a boca. b) as células. c) o estômago. d) os intestinos. e) o esôfago. 1)Nas palavras alma, pinto e porque, temos, respectivamente: a) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas. b) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas. c) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas. d) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas. e) 4 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas. 4 - As mitocôndrias são essenciais para o funcionamento do nosso corpo porque são responsáveis por: exceto: a) digerir os alimentos. b) produzir energia. c) renovar as células. d) transportar o oxigênio. e) limpar nosso sangue. a) o fonema está diretamente ligado ao som da fala. b) as letras são representações gráficas dos fonemas. c) a palavra "tosse" possui quatro fonemas. d) uma única letra pode representar fonemas diferentes. e) a letra "h" sempre representa um fonema. 5 - Este texto pode ser considerado um artigo de divulgação científica porque apresenta: 3) O vocábulo cujo número de letras é igual ao número de fonemas está em: a) sucedida. b) habitando. c) grandes. d) espinhos. a) explicação detalhada sobre um acontecimento recente. b) expressões coloquiais para exemplificar o processo da digestão. c) linguagem figurada para descrever o processo de combustão. d) vocabulário técnico para explicar a química da digestão. e) uma explicação muito complexa. 2) Todas as informações abaixo citadas estão corretas, 4) As palavras ―cambalacho‖, ―carretilha‖, ―circunferência‖, apresentam, respectivamente: 6 – O texto trata: a) da constituição do aparelho digestivo. a) oito, nove e doze fonemas b) oito, oito e onze fonemas; c) oito, sete e treze fonemas; d) sete, oito e doze fonemas; e) oito, oito e doze fonemas. 5) As palavras ―bilíngue‖, ―derradeiro‖ e ―complexo‖ apresentam respectivamente: a) sete, oito e oito fonemas; b) sete, nove e sete fonemas; c) oito, oito e oito fonemas; d) sete, nove e oito fonemas; e) oito, oito e sete fonemas. 6) Nas palavras enquanto, queimar, folhas, hábil e grossa, constatamos a seguinte sequência de letras e fonemas: a) 8 - 7, 7 - 6, 6 - 5, 5 - 4, 6 - 5 b) 7 - 6, 6 - 5, 5 - 5, 5 - 5, 5 - 5 c) 8 - 6, 7 - 5, 6 - 4, 5 - 4, 5 - 4 d) 8 - 6, 7 - 6, 6 - 5, 5 - 4, 6 - 5 e) 8 - 5, 7 - 6, 6 - 5, 5 - 5, 5 - 5 Atividades Ortografia 7) Assinale a questão que contenha o texto pontuado corretamente: a) Precisando de um pequeno empréstimo procurou Carlão seu velho amigo. b) Precisando, de um pequeno empréstimo, procurou, Carlão, seu velho amigo. c) Precisando de um pequeno empréstimo procurou, Carlão, seu velho amigo. d) Precisando de um pequeno empréstimo, procurou Carlão, seu velho amigo. 8) Preencha a sentença abaixo e depois marque a alternativa correta Sentou _____ máquina e pôs-se _____ reescrever uma _____ uma as páginas do relatório. a) a - a - à b) a - à - a c) à - a - a d) à - à - à 9) A frase inteiramente de acordo com a norma culta é: a) De fato, punições seriam-lhe impostas, caso não se provasse sua inocência em relação às graves denúncias. b) Os relatórios foram-lhe entregues pelos representantes da bancada ruralista. c) O povo vota à muito tempo sob a influência das elites e dos chefes partidários. d) A Câmara dos Deputados ficou meia preocupada com as repercuções das últimas votações nos processos de cassação. 28) Marque a opção em que a palavra é escrita com s. a) Avare_a. b) Apra_ível. c) Ra_ão. d) De_ertas. 10)Texto: "O jogador Roberto Carlos, que tem um contrato milionário com o Real Madri, faz questão de encontrar-se com o lavrador Argemiro Carlos da Silva para dizer-lhe que ele não é seu pai como insiste em dizer." (Texto jornalístico) Segundo o texto: I. o jogador Roberto Carlos procurará o lavrador Argemiro Carlos da Silva para esclarecer-lhe que ele, Roberto Carlos, não é seu pai. II. o jogador Roberto Carlos procurará o lavrador Argemiro Carlos da Silva para esclarecer-lhe que ele, Roberto Carlos, não é seu filho. III. o lavrador Argemiro Carlos da Silva insiste em dizer que é pai do jogador Roberto Carlos. IV. o lavrador Argemiro Carlos da Silva insiste em dizer que é filho do jogador Roberto Carlos. b) "A gente desenvolveu esta ideia de que morar bem é apenas ter um apartamento confortável." c) "Eu estou responsabilizando esta forma de edificar por parte da hostilidade que a cidade brasileira vive." d) "Não estou dizendo que uma coisa é igual a outra e nem é só aquilo." 12) Assinale a alternativa que contém o período cujas palavras estão grafadas corretamente: a) Ele quiz analisar a pesquisa que eu realizei. b) Ele quis analizar a pesquisa que eu realizei. c) Ele quis analisar a pesquisa que eu realizei. d) Ele quis analizar a pesquiza que eu realisei. e) Ele quis analisar a pesquiza que eu realizei. 13) Aponte a alternativa correta: a) exceção, excesso, espontâneo, espectador b) excessão, excesso, espontâneo, espectador c) exceção, exceço, expontâneo, expectador d) excessão, excesso, espontâneo, expectador e) exceção, exceço, expontâneo, expectador De acordo com o texto jornalístico acima, está(ão) correta(s): a) Apenas II e III. b) É impossível saber qual está correta. c) Apenas I e IV. d) Apenas I. 11) De acordo com a gramática normativa, as informações adverbiais deslocadas devem ser separadas do resto da oração por vírgula. Essa regra foi desrespeitada em: a) "No Recife contemporâneo há um grande descompromisso das pessoas com a cidade como coisa coletiva." 14) Aponte, entre as alternativas abaixo, a única em que todas as lacunas devem ser preenchidas com a letra u: a) c*rtume, escap*lir, man*sear, sin*site b) esg*elar, reg*rgitar, p*leiro, ent*pir c) emb*lia, c*rtir, emb*tir, c*ringa d) *rticária, s*taque, m*cama, z*ar e) m*chila, tab*leta, m*ela, b*eiro Encontros Consonantais 1) Na frase ―o esqueleto quebrou o esquema‖, temos: a) três hiatos; b) dois dígrafos e um ditongo; c) três dígrafos e um ditongo; d) um dígrafo e um ditongo; e) um dígrafo, um ditongo e um hiato. 2)Em ―O clube percorreu um caminho espinhoso”, temos: a) 01 hiato, 01 ditongo crescente; b) 01 hiato, 01 dígrafo; c) 01 ditongo crescente, 01 ditongo crescente; d) 01 hiato, 01 hiato; e) 01 dígrafo, 01 hiato. 6). Aponte o único conjunto onde não há erro de divisão silábica: a) 03 encontros consonantais, 04 dígrafos e 01 ditongo; b) 02 encontros consonantais, 02 ditongos e 04 dígrafos; c) 03 encontros consonantais, 02 dígrafos e 02 ditongos; d) 02 encontros consonantais, 04 dígrafos e 02 ditongos; e) 03 encontros consonantais, 02 ditongos e 04 dígrafos. a) flui-do, sa-guão, di-gno; b) cir-cu-ns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no; c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo; d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do; e) coo-pe-rar, dis-tân-cia; bi-sa-vô. 3) A palavra “Fluorescência” apresenta; respectivamente: 7)Preencha a sentença abaixo e depois marque a alternativa correta a) 01 encontro consonantal, 01 ditongo crescente, 01 ditongo crescente, 01 dígrafo; b) 01 dígrafo, 01 encontro consonantal, 01 ditongo decrescente, 01 ditongo crescente; c) 01 encontro consonantal, 01 ditongo decrescente, 01 dígrafo, 01 ditongo crescente; d) 01 encontro consonantal, 01 ditongo crescente, 02 dígrafos; 01 ditongo crescente; e) 02 encontros consonantais, 01 hiato, 02 ditongos crescentes; 01 ditongo decrescente. 4) .A palavra “coincidência” apresenta, respectivamente: a) 01 dígrafo nasal, 01 dígrafo nasal, 01 ditongo oral; b) 01 ditongo oral, 01 dígrafo, 01 ditongo oral; c) 01 ditongo oral, 01 ditongo oral, 01 dígrafo; d) 01 ditongo nasal, 01 ditongo oral, 01 dígrafo; e) 01 ditongo oral, 01 dígrafo, 01 dígrafo. 5) A palavra “caraoquê‖ apresenta respectivamente: 8) QUESTÃO – Assinale a única alternativa em que as palavras destacadas foram grafadas CORRETAMENTE: A. ( ) Apesar de tudo, você vai CONSTRUÍ-LA de novo. B. ( ) Vamos SEGUÍ-LO bem de perto. C. ( ) Ele quer CONTRATA-LA no final do mês; D. ( ) Os publicitários vão PROMOVE-LA na bienal FALANDO SOBRE CRASE O tempo todo encontramos placas que nos apontam a direção, nos dizem o que devemos e o que não podemos fazer. Enquanto os sinais organizam o trânsito, os pontos e acentos organizam a língua portuguesa. A crase assusta, mas o uso é fácil e não mudou com o novo acordo ortográfico. "A palavra crase significa fusão. Na verdade, o acento não é chamado de crase, mas grave. É o acento grave que denuncia o uso da crase. A crase acontece toda vez que acontece a fusão da preposição 'a' com o artigo 'a' - e, portanto, a crase só acontece diante de palavras femininas. Uma boa dica para saber se deve ou não usar crase, é substituir a palavra feminina por uma masculina. Na frase "fui à feira", por exemplo. "Substitua 'feira' por 'supermercado'. Se o 'a' virar 'ao', o 'a' em questão tem que receber o acento grave. ―Reeleger‖ é verbo. Logo, ―Lula está se dedicando a reeleger Dilma". Expressões adverbiais femininas também pedem crase. "Em frases como 'dobre à direita', 'virar à esquerda', 'comprar à vista', você utilizará crase. Já em 'comprou a prazo', a crase é proibida, já que 'prazo' é palavra masculina". A crase também é utilizada em expressões que indicam hora, nas expressões 'à moda de' e 'à medida que'. Lembrando que 'à moda de' muitas vezes vem implícita. "Mesmo assim você usará a crase. Por exemplo: 'Ele comprou sapatos à Luís XV'. Muita gente pensa que não tem crase porque Luís é palavra masculina. Mas são sapatos 'à moda de Luís XV'". A crase nunca vem diante de palavras masculinas, como 'ele veio a pé'. "Também não devemos usar crase antes de verbos. "Ele saiu a correr" é um exemplo. Expressões de palavras repetidas também não recebem crase, como 'face a face', 'cara a cara' e 'lado a lado'. Usando a crase devidamente é possível evitar o duplo sentido. "Na frase 'A menina cheira à rosa'. Com crase, essa frase significa uma coisa: a menina exala perfume de rosas. Se eu tiro a crase, na verdade a menina aspira o perfume da rosa",. PECADO NÚMERO 3 "O diretor se referiu à ela." Não há crase antes dos pronome pessoais, inclusive os femininos. Motivo: esses pronomes rejeitam a anteposição de artigo. Não se diz ―A ela é bonita‖, mas simplesmente ―Ela é bonita‖. Assim, "O diretor se referiu a ela". PECADO NÚMERO 4 "O professor se dirigiu à você." "Ele se dirigiu à Vossa Excelência com muito respeito." Não se usa artigo antes de pronome de tratamento: "Você é muito linda", e não "A você é muito bonita"; "Vossa Excelência está certa", e não "A Vossa Excelência está certa. Portanto, não ocorre crase em "O professor se referiu a você" e "Ele se dirigiu a Vossa Excelência com muito respeito". Observação: Às vezes os pronomes "dona", "senhora" e "senhorita" aceitam artigo, razão pela qual pode ocorrer crase no "a" que os precede. SETE GRANDES "PECADOS" DA CRASE PECADO NÚMERO 5 PECADO NÚMERO 1 "Ela viajou à convite do governador." "Convite" é nome masculino: "o" convite. Por isso, ―Ela viajou a convite do governador‖, sem crase. ―Ele deixou as latas de tinta em frente à telas em branco.‖ Não há crase no "a" no singular seguido de palavra no plural. Assim, "Ele deixou as latas de tinta em frente a telas em branco". PECADO NÚMERO 6 PECADO NÚMERO 2 ―Lula está se dedicando à reeleger Dilma." Não há crase antes de verbo. "Nós trabalhamos de segunda à sexta." Só há crase na correlação ―de... a...‖ quando a preposição ―de‖ aparece combinada com artigo, como em ―Funciona do meio-dia às 18 horas‖. De outra forma, nada de crase: "Nós trabalhamos de segunda a sexta". PECADO NÚMERO 7 "Ele se declarou à uma linda garota." Não ocorre crase antes da palavra "uma", pois ela rejeita a anteposição do artigo "a". Diz-se "ela é uma garota bonita", e não "ela é a uma garota bonita". Dessa forma, "Ele se declarou a uma gatora bonita". Atenção! Quando ―uma‖ for numeral, pode haver crase, principalmente se expressar hora. É o que ocorre em ―O jogo começa à uma em ponto‖. Preencha as lacunas e marque a opção correta: Sentou _____ máquina e pôs-se _____ reescrever uma _____ uma as páginas do relatório. a) a - a - à b) a - à - a c) à - a - a d) à - à - à „‟O entusiasmo é a maior força da alma. Conserva-o e nunca te faltará poder para conseguires o que desejas.‟‟ Napoleão Bonaparte BOA SORTE!