Resumo - Aula 02

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Universidade Estadual da Paraíba
Curso de Licenciatura em Geografia a Distância
Disciplina: Geografia Agrária
Professora: Marceleuze Tavares
Aula 02 – Agricultura e o modo Capitalista de Produção
O capitalismo é o sistema sócio-econômico em que os meios de produção são
prioridade privada de uma classe social em contraposição a outra classe de trabalhadores não
proprietários. (SINGER, 2000, p.7).
Uma das características do Capitalismo é o “Capital”, valores à procura de inversão
lucrativa (investimento), inversão esta que pressupõe um “mercado”, uma demanda solvável,
uma necessidade virtual ou real que pode ser explorada mercantilmente. (SINGER, 2000, p,8).
O capital é a base constituinte da empresa. Esta pode ser grande ou pequena, nacional
ou multinacional, privada, pública ou mista. O que move a empresa capitalista é sua unidade
de propósito: O lucro.
Em relação à agricultura, em que o meio de produção é a terra, o capitalismo
desenvolve estratégia para sua apropriação, exploração e retorno ampliado do capital
investido.
Considerando sua evolução, o capitalismo pode ser analisado em duas fases:
a) Capitalismo Concorrencial: Empresas independentes competem entre si pelos
mercados. É a versão inicial do liberalismo econômico e da livre iniciativa. Neste modelo de
Capitalismo a agricultura organizou sua produção apoiada:
1. nas formas pré-capitalistas de exploração da terra, ou seja, na produção de
mercadorias camponesas e no escravismo.
2. no trabalho assalariado e nos arrendamentos
(ver: Capitalismo Concorrencial – Aula 2, pg. 3)
b) Capitalismo Monopolista: Após a revolução Industrial (final do Sec XIX) a
mecanização do campo favoreceu o aumento da produção e a queda do preços dos produtos
(lei da oferta e da procura) – grande oferta = saturação da demanda / queda dos preços).
Paralelamente, as empresas europeias, buscam se fortalecer através da fusão de
empreendimentos e fundação de grandes bancos, ou seja, concentrando e centralizando
capitais. Este exemplo espalha-se pelo mundo.
As atividades agrícolas também se adaptam as leis de mercado Capitalista. Na Europa e
Estados Unidos a agricultura é tipicamente capitalista. Nas áreas colonizadas da África, Ásia e
América, inclusive o Brasil, a forma de produção de mercadorias se dá em moldes précapitalistas (escravismo e posteriormente arrendamentos). A concentração de terra em
latifúndios monocultores (cana-de-açúcar, café, cacau) articulava-se através do comércio
destes produtos com o grande capital internacional monopolista.
O Capitalismo Monopolista era prioritariamente industrial, porém pela sua
necessidade de expansão, promoveu a mecanização do campo e estimulou a agro-industria.
Grandes capitais foram investidos em insumos e financiamentos para a agro-pecuária.
A dinamização dessa produção articula-se com a industria e comercio (industria de conservas,
frigoríficos e redes de supermercados).
Monopólio e oligopólios dominam a grande agricultura.
Pequenos produtores, sobrevivem como fornecedores.
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