Percepções sobre a prática-docente: a presença da língua inglesa

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Percepções sobre a prática-docente:
a presença da língua inglesa no cotidiano
dos alunos de um quinto ano do ensino
fundamental
Tálita Suelen de Oliveira Guarino
Licenciada em Letras, habilitação em Inglês, pelas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – FATEA.
Docente ETEC Guaratinguetá.
e-mail: [email protected]
Luciani Vieira Gomes Alvareli
Doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo – PUC-SP. Docente FATEA – Lorena; FATEC – Cruzeiro.
e-mail: [email protected]
RESUMO
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa realizada como trabalho de conclusão
de curso e fundamenta-se na abordagem teórica sociointeracionista vygotskiana, no
que se relaciona ao ensino-aprendizagem de língua estrangeira, especificamente, língua
inglesa. Por meio da pesquisa-ação e auto-reflexão do professor, busca contribuir para
o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa, fornecendo
como subsídios aos educadores uma possibilidade de reflexão para reconstruir sua
prática pedagógica.
PALAVRAS-CHAVE:
sociointeracionismo, língua inglesa, pesquisa-ação
ABSTRACT
This article presents results of a survey conducted as a graduation course work and it is
based on social interactionist Vygotskian theoretical approach, as it relates to teaching
and learning of foreign languages, specifically English. Through action research and self
-reflection of the teacher, it aims at contributing to the development of English teaching
and learning process by providing grants to educators as a chance for reflection to rebuild
their pedagogical practice.
KEYWORDS:
social interactionism, English language, action research
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INTRODUÇÃO
A educação é um desafio para os profissionais que decidem fazer dela mais do que
um trabalho, uma dedicação para auxiliar na formação de cidadãos críticos.
Sabe-se que a educação tem sido estudada pela abordagem de diversas teorias de
aprendizagem, recebendo influências de diversos pensadores, pedagogos e estudiosos e
assim ocorre também no ensino de língua inglesa.
Ensinar língua inglesa nem sempre é uma tarefa fácil, pois vários alunos trazem para
as aulas conceitos pré-estabelecidos sobre a língua, traumas de aprendizagem e desinteresse
por achar que, devido à realidade em que estão inseridos, nunca precisarão desse idioma.
Ao observar a desmotivação e a relutância de alguns alunos frente à aprendizagem
da língua inglesa, achou-se necessária a realização de uma pesquisa sobre o assunto que
fosse capaz de, além de investigar os motivos desse comportamento, contribuir para uma
mudança nessa realidade.
Este artigo apresenta uma pesquisa-ação e uma auto-reflexão sobre a aprendizagem
de língua inglesa de uma turma de educação fundamental. Após a apresentação da
metodologia utilizada na pesquisa, são apresentadas a análise dos dados obtidos e as
considerações sobre o trabalho realizado.
Para o desenvolvimento da pesquisa, adotou-se o sociointeracionismo, pois,
conforme explica Vygotsky (1994), o trabalho e a interação com as outras pessoas são
essenciais, e podem estimular a transformação do sujeito, que, ao mesmo tempo é
influenciado pelo seu meio social, influenciando-o pela sua capacidade de internalizar as
formas culturais e transformá-las.
FUNDAMENTAÇÃO
Segundo Vygotsky (1994), a interação e o trabalho com os outros são fundamentais,
já que a transformação pode se dar com a interação. Ainda de acordo com Vygotsky
(1994), ao longo de seu processo de desenvolvimento, o indivíduo internaliza as formas
culturais, transforma-as e intervém em seu meio social ao mesmo tempo em que é por
ele transformado.
Essa interação possibilita o crescimento, a ampliação de ideias, o debate, a descoberta
em conjunto, enfim a aprendizagem. Para realizar um trabalho em sala de aula o professor
precisa estar consciente dos obstáculos que, possivelmente, irá enfrentar, das diferentes
situações e algumas respostas desfavoráveis, como por exemplo, a falta de motivação dos
alunos inicialmente. De acordo com os PCN (1998, p. 82), “Cabe ao professor acompanhar
atentamente as reações dos alunos e refletir sobre elas.”
Além disso, essa abordagem considera a reflexão muito importante, pois é ela que
permite ao professor, um ator essencial desse processo, refletir sobre tudo, especialmente
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sobre sua ação em sala de aula, que num futuro não muito distante, possivelmente, poderá
ser resgatada pelos alunos em suas ações e escolhas.
De acordo com Freire (1975, p. 59), deve-se ter “uma educação que, por ser educação,
haveria de ser corajosa, propondo ao povo a reflexão sobre si mesmo, sobre seu tempo,
sobre suas responsabilidades”.
Segundo Freire (1996), há um princípio de que, quando uma pessoa ensina, ela
aprende ao ensinar e, enquanto um indivíduo aprende, ele ensina ao aprender. Na pesquisa,
aqui relatada, as atividades de sala de aula foram propostas com o intuito de contribuir para
o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem numa perspectiva de reflexão
crítica, ou seja, procurou-se fazer um exercício reflexivo da prática pedagógica, superando
a divisão existente entre teoria e prática.
Essa pesquisa focalizou a língua inglesa e buscou trabalhar com os alunos conteúdos
relevantes, próximos ao contexto real deles a fim de dar-lhes a oportunidade de, ao
trabalhar, refletir, criticar, opinar e enxergar sozinhos se o inglês estava, ou não presente
no seu dia-a-dia, conforme sugere o PCN (1998, p. 54): é fundamental que desde o início
da aprendizagem de LE (Língua Estrangeira) o professor desenvolva um trabalho que
possibilite aos alunos confiarem na própria capacidade de aprender, de forma cooperativa
com os colegas.
Na reflexão, a presença do outro é muito importante, pois o auxilia a enxergar
pontos que necessitam ser modificados, os quais seriam difíceis ou até impossíveis de
serem encontrados quando se está sozinho. Nesse sentido, Celani (2003, p. 27) afirma que:
“o processo reflexivo não acontece sozinho. É na verdade, um trabalho ativo, consciente
que pressupõe esforço, vontade e que tem lugar quando condições são criadas para isso”.
É importante que os sujeitos interajam no processo ensino-aprendizagem. Vygotsky
(1994) concebe o homem como um ser histórico e produto de um conjunto de relações
sociais que os próprios homens estabelecem entre si. Na abordagem vygotskyana, o homem
é visto como alguém que transforma e é transformado nas relações que acontecem em
uma determinada cultura. O que ocorre não é uma adição entre fatores inatos e adquiridos
e sim uma interação dialética que se dá a partir do nascimento, entre o ser humano e o
meio social, histórico e cultural no qual está inserido.
Para Vygotsky (1982), o sujeito é ativo, sendo então capaz de agir sobre o meio. Para
ele não há a tão conhecida e citada natureza humana. Somos primeiro sociais e depois
nos individualizamos. A interação com outras pessoas e a possibilidade de interagir com
o professor e com os outros alunos, debater, discutir sobre algum texto é essencial para o
desenvolvimento de todo aluno.
Assim, as interações entre os alunos de diferentes níveis de desenvolvimento, tanto
na linguagem como em outras múltiplas experiências são extremamente positivas, pois um
aluno pode contribuir com o outro, visto que dificilmente ambos terão o mesmo contexto
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social de vida e de desenvolvimento cognitivo. Essa relação é que vai tornar o ambiente de
aprendizagem enriquecedor. Percebe-se que aprender é um processo contínuo.
É importante ressaltar que o conceito de interação com o qual trabalha o
sociointeracionismo não é um conceito vasto e opinativo, mas significa, no campo do
processo de aprendizagem, especificamente, afetação mútua (Schneider, 2008). A ação ou
o discurso do outro causa modificações na forma de pensar e agir, interferindo no modo
como a elaboração e a apropriação do conhecimento irão se consolidar.
METODOLOGIA
Este artigo reflete o trabalho de uma pesquisa-ação, a qual foi uma forma para a
professora pesquisadora refletir sobre sua ação na sala de aula junto a seus alunos e assim
melhorar ou mesmo mudar alguns aspectos de sua prática docente. Na visão de Celani
(2000, p. 25):
“o processo reflexivo relacionado às questões de linguagem, seu papel
e sua construção social deve acompanhar a formação dos graduandos.
É refletindo sobre seu próprio processo de aprendizagem que ele irá
desenvolver a compreensão crítica de seu trabalho como educador professor (...)”. (Celani, 2000, p. 25)
Participaram do estudo quatorze alunos de um quinto ano do ensino fundamental, com
idade entre nove e dez anos. A maioria dos alunos residia na cidade onde a escola está situada,
e alguns moravam em cidades vizinhas.
Para a coleta de dados, foram utilizados os instrumentos conforme a seguir:
- Questionário I (Anexo A): contendo onze perguntas diretas (estilo padronizado) a fim
de identificar se os alunos gostavam ou não de Inglês, se achavam a língua inglesa importante
para a realidade em que viviam e se eles recebiam algum incentivo em casa para estudar a língua.
- Entrevista semi-padronizada: Os alunos foram convidados a esse procedimento, pois
foi objetivo da pesquisa descortinar pontos de vista pessoais e permitir acesso a informações
que no questionário, provavelmente, não seriam identificadas.
- Questionário II (Anexo B): foi elaborado a partir da observação das aulas ministradas
pela professora-pesquisadora durante o período de aplicação do trabalho. Decidiu-se usar
essa ferramenta, pois era necessário obter algumas informações que o primeiro questionário
não havia abordado.
Após a aplicação do questionário I (Anexo A) foi feito o cruzamento das respostas obtidas
com aquelas dadas à entrevista e, por último, um novo cruzamento com as respostas dadas ao
segundo questionário (Anexo B).
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ANÁLISE DE DADOS
A coleta de dados para esta pesquisa aconteceu durante as aulas de inglês junto a uma
turma em que a professora-pesquisadora ministrava aulas. Os dados foram coletados por
meio de diferentes instrumentos e da observação do professor participante.
Esta pesquisa é de cunho qualitativo-interpretativista, a qual propõe trabalhar com
dados subjetivos, valores, opiniões, hábitos. Segundo Minayo (1994), esse tipo de pesquisa
responde a questões muito particulares, as quais não podem ser quantificadas, ou seja,
ela trabalha com os significados, motivos, aspirações. Isso corresponde a um nível mais
profundo das relações dos processos e dos fenômenos, que não se reduzem à quantificação
e à análise de variáveis. Apesar disso, foi importante para a professora-pesquisadora
utilizar de artifício quantitativo de análise do questionário I (conforme Anexo I), pois
num primeiro momento da pesquisa buscou-se estabelecer um quadro identificador das
características do grupo dos alunos participantes.
Ao analisar os questionários aplicados (Anexo I), foi possível perceber que a maioria
dos alunos, 67%, gosta de estudar inglês. No entanto, ao questionar o motivo que impedia
alguns deles de gostar de estudar este idioma, notou-se que 80% têm dificuldades quanto
ao vocabulário e os outros 20% encontram dificuldades em relação ao tempo de estudo
necessário para aprender a língua.
Conforme a análise feita no questionário (Anexo I), verificou-se que 47% dos alunos
são incentivados pelos pais a estudar a língua inglesa, e que geralmente esses incentivos
são feitos a partir de argumentos que direcionam a aprendizagem da língua como uma
necessidade para o mercado de trabalho, como é possível observar na resposta de um dos
alunos entrevistados:
“Os meus pais falam: vai estudar inglês, lembra do trabalho, né?” (Aluno P)
Quando foi perguntado aos alunos se eles consideravam importante o estudo do
inglês conforme ensinado na escola onde eles estudavam, todos os alunos entrevistados
afirmaram que consideravam muito importante estudar inglês em sua escola, pois eles
aprendiam muito nessas aulas. Alguns ainda afirmaram que achavam inglês tão importante
quanto às outras matérias, conforme podemos observar nas afirmações abaixo:
“Sim, pois ele (inglês ensinado na escola) é importante para o futuro.” (Aluno B)
“Igual às outras disciplinas da escola, o inglês é importante.” (Aluno P)
Relacionado à importância do inglês para o futuro ou para possíveis viagens, 87%
dos alunos julgam-na importante, conforme podemos observar nas respostas a seguir:
“Sim, porque é bom se a gente for viajar fora do Brasil a gente tem que saber o
inglês.” (Aluna A)
“Sim, porque eu quero ser engenheiro, esse tipo de trabalho viaja muito,
principalmente para os Estados Unidos.” (Aluno E)
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“Sim, porque pode me ajudar no futuro.” (Aluno C)
Percebe-se que os alunos vêem muito o inglês focalizado no futuro e, muitas vezes,
não conseguem enxergar a importância dessa língua no momento atual, ou seja, notase que, apesar de muitos deles afirmarem que é importante estudar a língua, eles não
conseguem compreender o significado da aprendizagem na sua vivência hoje, como se
pode observar abaixo:
“Hoje em dia o inglês é uma língua mundialmente falada e quem sabe, em um futuro
próximo, tenhamos que viajar para outras partes do mundo em que se fala inglês? É por
isso que eu gosto de estudar inglês.” (Aluno C)
A resposta apresentada pelo Aluno C explicita a percepção da língua como uma
ferramenta que poderá ser usada no futuro, ideia e resposta que muitos alunos da turma
externaram quando foram perguntados por que eles gostam de estudar inglês.
No segundo momento da pesquisa, objetivou-se aproximar os alunos de produtos
escritos em inglês e apresentar, com o uso de um projetor de imagens, palavras que
pudessem ser bem comuns à realidade vivida por eles, para que percebessem o grande
número de palavras escritas em inglês que estão ao seu redor.
Também foram levados para a sala revistas e panfletos com vários produtos escritos
em inglês, como: alimentícios, de limpeza, informática, e nomes de estabelecimentos
comerciais, etc. Foi muito interessante a reação dos alunos ao encontrarem palavras que
já havíamos estudado em sala nos nomes dos objetos e dos materiais escritos em inglês,
os quais faziam parte do seu cotidiano. Percebeu-se que os alunos não sabiam relacionar
a teoria com a realidade, pois geralmente eles não param para fazer essa relação, por
isso é de extrema importância que o professor tenha sensibilidade para perceber isso e
incentivá-los a fazerem essa relação em todas as aulas ministradas.
Foi possível ver essa relação entre conteúdo e mundo real nas falas de dois alunos.
“Isso tudo que está em inglês minha mãe tem lá em casa.” (Aluno E)
“Mas, teacher, tudo isso tá em inglês?” (Aluno F)
De acordo com Vygotsky (1988), a aprendizagem não começa na escola e toda
situação de aprendizagem está relacionada a uma história de aprendizagem prévia. Para
Vygotsky (1988), o ambiente social é a fonte de modelos dos quais as construções devem
se aproximar. É a fonte do conhecimento socialmente construído que serve de modelo e
media as construções do indivíduo. A aprendizagem e o desenvolvimento são adquiridos
por modelos e pela motivação da criança.
Vygotsky (1988) afirma que as crianças observam no cotidiano o que os outros
dizem, por que dizem, o que falam, por que falam, ou seja, elas internalizam tudo o que
é observado e apropriam-se do que viram e ouviram, elas recriam e conservam o que se
passa ao redor.
Num terceiro momento foi aplicado outro questionário (Anexo II) com o objetivo
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de identificar as principais dificuldades e os desafios encontrados pelos alunos referentes
à aprendizagem do inglês. Por meio dele, foi possível perceber que dentre as dificuldades
encontradas pelos alunos destaca-se a leitura como principal motivo, como afirmam 53%
dos alunos.
“Ler, porque eu tenho mais dificuldade.”/ “Ler, porque tem palavras difíceis.” (Aluno J)
Já a escrita é o segundo motivo mais citado, com 33% das respostas:
“Escrever, porque eu me confundo.” (Aluno B)
“Escrever, porque a gente não escreve do jeito que fala.” (Aluno F)
Seguindo a dificuldade da leitura, descrita anteriormente, aparece a dificuldade da
escrita, pois a aprendizagem da leitura e escrita pressupõe um vocabulário abrangente, que
ainda está em desenvolvimento na faixa etária dos alunos participantes. Podemos perceber
a dificuldade da leitura e escrita, por meio da fala de um dos alunos na citação abaixo:
“Ler, porque tem essas sílabas sh, w, y, k, etc. Escrever, porque a mesma coisa que nós
falamos em português nós escrevemos e em inglês confunde.” (Aluno D)
Após desenvolver essa pesquisa, achou-se necessário ressaltar algumas considerações.
Ao analisar os dois questionários (Anexo I e II) percebeu-se que 92% dos alunos conhecem
ao menos um produto com o nome em inglês, dois ou mais artistas americanos britânicos
ou ingleses, e dois ou mais programas de televisão. Além disso, todos os alunos conhecem
esportes ou jogos e lojas com o nome em inglês.
Observando as respostas fornecidas pelos alunos, foi possível perceber que a questão
principal não é somente mostrar as palavras escritas em inglês que os cercam, pois, muitas
vezes, eles já as conhecem. O que os professores precisam é encontrar formas de estimular
seus alunos a estudar a língua utilizando o que se usa no cotidiano. Ou seja, a questão não
é somente mostrar as regras da língua ou onde podemos encontrar palavras em inglês, mas
ajudá-los a reconhecer palavras escritas em inglês e, sobretudo, perceber que estas palavras
fazem parte do nosso cotidiano e a partir da compreensão delas na própria realidade pode
contribuir para a formação do pensamento crítico dos alunos.
CONSIDERAÇÕES
Por meio da pesquisa relatada, foi possível notar que as atividades em sala de aula
podem contribuir para o aluno reconhecer a existência e, consequentemente, importância
da língua inglesa no seu cotidiano. Além disso, foi percebido que o incentivo do professor
e sua sensibilidade para promover atividades próximas ao contexto real do aluno fazem
muita diferença na qualidade da aula.
Após analisar os questionários, foram observadas as devolutivas dos alunos e podese afirmar que esse trabalho contribuiu para o crescimento e despertar da sala no que se
refere ao interesse individual pela língua inglesa, sem obrigação de um indivíduo exterior
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que mostra o inglês unicamente como a porta de emprego do futuro ou seu estudo como
uma exigência escolar.
Ao analisar os dados, foi possível notar que os alunos usavam o inglês diariamente,
mas não o percebiam. Sem perceber ou fazer a ligação entre a língua que se aprende na
escola e o grande número de palavras desse idioma no cotidiano, pode-se afirmar que
existe uma necessidade de os educadores criarem possibilidades de atividades que possam
despertar nesses alunos reflexão e criticidade para trabalharem de forma a relacionar essas
duas vertentes e tirarem do conhecimento cotidiano elementos que possam favorecer a
processo de ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS
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