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PROCESSO DE SELEÇÃO 2016
RESIDÊNCIA MÉDICA
01. Em caso de dúvida, consulte o fiscal de sala.
UROLOGIA
02. Esta prova é composta de 50 questões de múltipla escolha.
03. A duração da prova é de 3 horas.
04. A permanência mínima na sala é de 1h30min.
05. Coloque seu nome juntamente com seu número de inscrição
no local descrito abaixo. Seu número de inscrição está impresso
na parte superior do cartão de respostas.
06. Tenha cuidado com o manuseio do cartão de respostas a fim
de não rasgá-lo, amassá-lo, dobrá-lo ou rasurá-lo. Ele será processado por computador e você poderá ser prejudicado.
07. Todas as marcas que você fizer no cartão de respostas deverão ser, obrigatoriamente, com caneta esferográfica azul, escrita
ponta grossa, fornecida pela própria Instituição. Essas marcas
devem ser feitas com firmeza nos espaços destinados a elas, os
quais devem ser preenchidos totalmente, sem ultrapassar seus
limites.
08. Marque as respostas assim:
Não marque assim:
09. Ao sair, entregue ao fiscal de sala o cartão de respostas juntamente com o caderno de questões.
10. Qualquer rasura no cartão de respostas invalidará a questão.
Residência Médica
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UROLOGIA
01. Um paciente de 60 anos, com câncer, tem uma obstrução da vazão gástrica e apresenta vômitos refratários. Qual líquido intravenoso é mais apropriado para a reposição de volume?
a)
b)
c)
d)
e)
Soro fisiológico normal
Soro fisiológico a 0,45%
Soro fisiológico a 3%
Ringer lactato
Soro glicosado a 5%
Texto para as questões 02 e 03.
Uma mulher de 80 anos, que reside em uma casa de repouso, perdeu vários quilos ao longo dos
últimos meses. Ela tem história de três dias com vômitos e anorexia. O exame abdominal revelou
distensão e timpanismo. Existe uma massa firme de tecido mole, medindo cerca de 4cm, junto à
porção medial da parte superior da coxa esquerda. O Rx abdominal mostrou níveis líquidos e alças
de delgado dilatadas.
02. Qual das opções representa o tratamento mais apropriado para a paciente?
a) Exploração de coxa e virilha com reparo da hérnia femoral.
b) Laparotomia exploradora.
c) Observação inicial da paciente idosa com obstrução do intestino delgado e, caso não haja resolução do processo em cinco dias, prosseguimento do tratamento com laparotomia exploratória.
d) Proporcionar conforto.
e) Passar SNG.
03. Em relação à paciente descrita, qual é o melhor tratamento?
a)
b)
c)
d)
e)
Planejar uma cirurgia eletiva após a melhora dos sintomas.
Solicitar uma colonoscopia.
Levá-la para a sala de cirurgia.
Internar a paciente para instituir a reposição de volume e eletrólitos, seguido de operação urgente.
Solicitar uma ressonância magnética para esclarecer o diagnóstico da paciente.
04. O adequado conhecimento das estruturas do triângulo de Calot (hepatocístico) é de primordial
importância para a realização da colecistectomia. As estruturas que o limitam são,
a) medialmente, o colédoco; inferiormente, o duodeno; superiormente, a borda hepática.
b) medialmente, o ducto hepático comum; inferiormente, o ducto cístico; superiormente, a borda hepática.
c) medialmente, o colédoco; inferiormente, o ducto cístico; superiormente, a vesícula biliar.
d) medialmente, o colédoco; inferiormente, a artéria pancreático duodenal; superiormente, vesícula
biliar.
e) medialmente, o ducto hepático comum; inferiormente, o duodeno; superiormente, a borda hepática.
Texto para as questões de 05 a 08.
Mulher de 66 anos deu entrada no pronto-socorro com história de dor epigástrica há dois dias, com
irradiação para o dorso, associada a náuseas e vômitos. O exame físico demonstra fácies dolorosa
e pulso taquicárdico. O abdome apresenta-se tenso, doloroso e com descompressão positiva no
andar superior. Exames laboratoriais colhidos mostram leucocitose (16.000 mm3), transaminase
(TG0) 350 U, amilasemia 1850 UI.
05. Nessa situação, é correto afirmar que
a) o diagnóstico de pancreatite aguda tem que ser confirmado pela tomografia.
b) a tomografia demonstrando pâncreas sem alterações exclui a pancreatite.
c) a ultrassonografia deve ser realizada antes da tomografia, pois diagnostica com maior precisão as
alterações pancreáticas mínimas.
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d) a radiografia abdominal não tem indicação.
e) a ressonância magnética acrescenta pouco para o diagnóstico, quando comparada com a tomografia com contraste endovenoso.
06. As medidas terapêuticas iniciais mais importantes a serem adotadas são
a)
b)
c)
d)
e)
jejum e passagem de sonda nasogástrica.
antibioticoterapia de amplo espectro.
utilização de análogos de somatostatina.
hidratação.
suporte nutricional precoce.
07. Após a realização de ultrassonografia e de tomografia abdominal, não foi esclarecida a causa
da pancreatite. Nessa situação, pode-se afirmar que
a) a colangiopancreatografia se impõe.
b) a repetição da ultrassonografia e de a realização da ecoendoscopia está indicada.
c) devido à maior frequência como causa nessa situação, os distúrbios metabólicos são os primeiros a serem estudados.
d) a presença de coleções líquida e pseudocisto define a etiologia alcoólica.
e) a colangiorressonância é o método ideal para diagnóstico etiológico nessa situação.
08. Quanto à fissura anal, assinale a opção com a afirmação incorreta.
a)
b)
c)
d)
e)
A dor anal é intensa e persiste algum tempo após a evacuação.
O sangramento anal é quase sempre mínimo, observado no papel higiênico.
É a causa mais frequente de sangramento anorretal na criança.
É acompanhada, muitas vezes, de plicoma.
A diarreia que a acompanha é mais comum que a constipação intestinal.
09. Qual destas situações na doença de refluxo gastroesofágico requerem indicação de tratamento
cirúrgico?
a)
b)
c)
d)
Paciente jovem com esofagite erosiva grau “C” de Savary-Miller.
Portador de manometria demonstrando esfíncter inferior com 10 mmHg.
Portador de esôfago de Barrett.
Paciente que não obteve melhora da sintomatologia, apesar do uso de inibidor de bomba de prótons em altas doses.
e) Estenose péptica secundária ao refluxo.
10. Os seguintes critérios são importantes para o diagnóstico clínico da Doença de Buerguer, exceto
a)
b)
c)
d)
e)
história de tabagismo.
oclusões arteriais aortoilíacas.
início antes dos 50 anos.
oclusões arteriais de perna.
flebite migratória.
11. Na obstrução arterial aguda embólica, o fator mais importante que determina a evolução da isquemia é
a)
b)
c)
d)
e)
o tamanho do êmbolo.
o tempo de oclusão superior a seis horas.
a presença de rede de circulação colateral.
a propagação do coágulo secundário.
o local da obstrução.
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12. O paciente com tórax instável e respiração paradoxal decorrente de fratura de múltiplos arcos
costais em dois ou mais lugares, por trauma fechado, deve ser tratado com
a)
b)
c)
d)
drenagem imediata do espaço pleural do lado acometido, com dreno tubular calibroso.
fixação precoce da parede torácica, para corrigir a alteração da mecânica ventilatória.
intubação traqueal imediata obrigatória e ventilação com pressão positiva.
grandes quantidades de soluções cristaloides, por dois cateteres venosos de grosso calibre, pois
invariavelmente apresenta lesões associadas que levam a hipovolemia.
e) oxigênio por máscara, inicialmente, e monitorização ventilatória cuidadosa. A intubação traqueal
e o suporte ventilatório mecânico ficam reservados para os pacientes que evoluírem com insuficiência respiratória.
13. Durante o atendimento inicial de uma vítima de colisão automobilística, o médico precisou drenar o tórax. Ao introduzir o dedo na cavidade pleural, palpou uma víscera oca. Introduziu o dreno,
que ficou oscilando adequadamente. O débito inicial foi 200 mL de sangue. O paciente recebeu
2.000 mL de cristaloide e, após 40 minutos, respirando com máscara de O2, continuava consciente,
com frequência respiratória de 26 incursões por minuto, pulso de 100 batimentos por minuto e pressão arterial de 110 x90 mmHg. A radiografia de tórax mostrava velamento evidente de base esquerda. A melhor conduta é
a)
b)
c)
d)
redrenagem de tórax, em espaço intercostal mais cranial.
ultrassonografia (FAST), para avaliar a necessidade de cirurgia.
tomografia de tórax e abdome, para avaliar o diafragma.
lavado peritoneal diagnóstico (LPD), que, nessa situação, tem maior sensibilidade do que a ultrassonografia e a tomografia.
e) laparoscopia ou laparotomia exploradora, com correção da lesão de diafragma.
14. Em um paciente com esofagite de Barrett, uma fundoplicatura deverá
a)
b)
c)
d)
e)
cicatrizar o dano da mucosa.
prevenir a progressão da esofagite de Barrett.
melhorar os sintomas.
prevenir malignização da lesão.
evitar sangramento.
15. Sobre o transplante hepático, assinale a opção correta.
a) É o segundo tipo de transplante de órgãos sólidos mais realizado no Brasil.
b) O incentivo monetário oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às instituições de saúde
que realizam o procedimento é, atualmente, de R$ 37.000,00 por cirurgia.
c) A principal etiologia dos pacientes cirróticos submetidos a transplante no Brasil é a hepatite C.
d) O transplante hepático pode ser realizado com o fígado bipartido, e essa modalidade chama-se
split liver.
e) É realizado apenas pelos planos de saúde.
16. Qual fase da cicatrização é a mais afetada pelos corticoides exógenos?
a)
b)
c)
d)
e)
Fase inicial de migração celular e angiogênese.
Fase proliferativa.
Maturação.
Remodelação de cicatrização.
Fibroplasia.
17. Mulher de 49 anos chega à emergência de hospital com vômitos fecaloides, dor e distensão
abdominal e parada de eliminação de fezes e flatos há 2 dias. Não tem antecedente de cirurgia abdominal prévia e não apresenta hérnias ou lesões retais ao exame. Refere que há 8 anos foi submetida a colonoscopia, quando foram retirados 6 pólipos ao longo de todo o cólon. O diagnóstico provável, o exame complementar e a conduta, nessa situação, são
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a)
b)
c)
d)
e)
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polipose intestinal, colonoscopia e cirurgia eletiva.
câncer do cólon, tomografia de abdome e cirurgia de urgência.
câncer do cólon, colonoscopia e sonda nasogástrica para drenagem.
polipose intestinal, tomografia de abdome e sonda nasogástrica para drenagem.
câncer de reto, radiografia simples de abdome e descompressão endoscópica.
18. Um rapaz de 24 anos queixa-se de cólica umbilical intermitente no quadrante abdominal inferior
direito há 24 h. Ele também alega anorexia e náuseas. Sua temperatura é de 36,7ºC. Qual dos seguintes diagnósticos é o mais provável?
a)
b)
c)
d)
e)
Apendicite aguda.
Apendicite crônica.
Gastroenterite.
Pancreatite aguda.
Intussuscepção.
19. No quinto dia pós-operatório, o paciente apresenta drenagem de cerca de 40 mL de líquido
sanguinolento em ferida operatória de laparotomia longitudinal mediana. Qual é o tratamento mais
apropriado?
a) Reforçar o curativo da ferida e tranquilizar o paciente no sentido de que é um seroma de ferida
que vai se resolver espontaneamente.
b) Iniciar antibioticoterapia.
c) Fazer uma laparotomia imediata.
d) Solicitar uma TC.
e) Abrir a ferida para avaliar a fáscia.
20. Homem de 63 anos quer o reparo eletivo de uma hérnia inguinal assintomática porque ela o
impede de jogar tênis. Ele tem antecedentes de hipertensão arterial controlada com um inibidor da
enzima conversora da angiotensina e, desde então, tem se mantido assintomático. Qual dos seguintes planejamentos pós-operatórios é o mais apropriado?
a) Revisão da anamnese do exame físico ECG e exames laboratoriais rotineiros antes da cirurgia.
b) Revisão da anamnese, do exame físico, ECG, exames laboratoriais e um teste de esforço antes
da cirurgia.
c) Além dos itens mencionados nas opções B e C, fazer angiografia coronariana.
d) Além dos itens mencionados na opção B, fazer cintilografia de perfusão.
e) É contraindicada a cirurgia devido a seus antecedentes cardíacos.
21. Paciente submetido a herniografia inguinal recidivada à direita com a técnica do Lichtenstein.
Evoluiu com dor e edema no escroto por volta do 4o dia pós-operatório, que perdurou por oito semanas. Esse quadro clínico sugere
a)
b)
c)
d)
e)
ilioinguinal direito.
lesão do ducto deferente direito.
lesão do nervo gênito-femoral, que seria evitada caso a técnica cirúrgica fosse laparoscópica.
torção testicular com reexploração cirúrgica de urgência.
orquite isquêmica com tratamento conservador.
22. Sobre as doenças que acometem a via biliar, considere as afirmativas e assinale a opção correta.
1. Na hemobilia, quando o sangramento é ativo e intenso, podem ocorrer solidificação de coágulos
e icterícia obstrutiva.
2. A discinesia do esfíncter de Oddi é uma constrição funcional consequente de uma alteração primária da motilidade e pode estar presente em pequena porcentagem de pacientes com síndrome
pós colecistectomia.
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3. Em caso de suspeita de cálculo em via biliar principal, a exploração transcística é a técnica mais
comumente utilizada nas cirurgias videolaparoscópicas.
4. O câncer de ducto biliar extra-hepático é encontrado em mais da metade dos casos nas porções
mais distais do ducto biliar comum.
5. A síndrome de Mirizzi tipo II é definida como a compressão externa da via biliar principal por um
cálculo impactado no infundíbulo vesicular, com processo inflamatório associado.
a)
b)
c)
d)
e)
Somente 2, 3 e 4 estão corretas.
Somente 3, 4 e 5 estão corretas.
Somente 1, 2 e 5 estão corretas.
Somente 1, 4 e 5 estão corretas.
Somente 1, 2 e 3 estão corretas.
23. Homem de 60 anos, com queixa de dor retal e sangramento, realizou retossigmoidoscopia rígida sendo diagnosticado um tumor do terço inferior do reto, invadindo a linha pectínea. O anátomo
patológico revelou um adenocarcinoma bem diferenciado, e a ressonância magnética da pelve detectou metástase em linfonodos perirretais. Foi realizada neoadjuvância e, após 6 semanas, o paciente foi examinado, revelando diminuição incompleta do tumor, não havendo alteração do aspecto
dos linfonodos na ressonância magnética. Nesse caso, a melhor opção terapêutica é
a)
b)
c)
d)
e)
amputação abdominoperineal do reto.
ressecção local do tumor remanescente.
retossigmoidectomia abdominal e ileostomia.
retossigmoidectomia com anastomose coloanal.
ressecção anterior do reto com ressecção total do mesorreto.
24. Homem de 34 anos procura serviço de coloproctologia queixando-se de hematoquezia e emagrecimento. É diagnosticado adenocarcinoma indiferenciado de cólon direito pela colonoscopia e
histologia. Não se constatou a presença de pólipos intestinais. A história familiar revela que teve
uma irmã falecida de câncer de cólon direito aos 32 anos, além do pai, aos 50 anos, e um tio por
parte de pai, aos 48 anos, ambos pela mesma doença. É necessária a pesquisa de
a)
b)
c)
d)
e)
eíndrome de Lynch III.
deleção no gen APC.
síndrome de Muir-Torre.
estabilidade de microssatélites.
HNPCC (hereditary nonpolyposis colorectal cancer).
25. Homem de 45 anos, com queixa de dor contínua no quadrante inferior esquerdo do abdome,
com irradiação para dorso e perna esquerda há 24 horas. A dor vem aumentando de intensidade.
Nega sangramento retal e, ao exame, apresenta distensão abdominal e dor à palpação no quadrante inferior esquerdo e fossa ilíaca esquerda. Foi tratado com antibioticoterapia oral por 48 horas em
sua residência. Apresentou piora do quadro de dor abdominal e febre. Tem antecedentes de transplante renal e está em uso de imunossupressor. A melhor conduta, nesse caso, é
a)
b)
c)
d)
e)
tomografia computadorizada em caráter de urgência, que é o exame mais importante.
ultrassonografia, que é o melhor exame na urgência.
suspensão de imunossupressor imediato.
cirurgia em caráter de urgência é a conduta inicial.
a habitual, já que o risco é inerente ao grau de processo inflamatório.
26. Homem de 72 anos foi admitido no pronto-atendimento com quadro de desconforto abdominal e
hematoquezia. Familiares referiram eliminações recentes de sangue rutilante em grande quantidade
e frequência. Apresentava-se com palidez cutâneo-mucosa e taquicárdico. Exames laboratoriais
demonstraram Hb: 7,2 g/dL e Ht: 22,2%. Sobre o caso descrito, assinale a opção incorreta.
a) Em países ocidentais, a doença diverticular pode acometer mais de 80% da população acima
dos 80 anos.
b) Sabendo-se que o sangramento frequentemente tem parada espontânea, sempre há necessidade de investigação.
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c) Angiodisplasia, colite isquêmica, câncer, doença inflamatória intestinal e doenças anorretais estão entre os diagnósticos diferenciais.
d) Sangramentos de divertículos colônicos são frequentes em até 20% dos pacientes com diverticulose e em geral ocorrem em divertículos do cólon esquerdo.
e) A colonoscopia permite o diagnóstico do local do sangramento e o tratamento em muitos casos,
direcionando também para uma eventual abordagem cirúrgica.
Texto para as questões 27 e 28.
Homem de 65 anos, etilista e tabagista de longa data, com queixa de
disfagia rapidamente progressiva e perda de 8 quilos em 2 meses teve
o seguinte exame contrastado do esôfago (imagem ao lado).
27. O exame evidencia
a)
b)
c)
d)
e)
retardo no esvaziamento.
dilatação sacular com nível.
afilamento distal em chama de vela.
falha de enchimento tipo maçã mordida.
ondas terciárias e espasmo.
28. O diagnóstico mais provável é
a)
b)
c)
d)
e)
adenocarcinoma de esôfago.
carcinoma espinocelular do esôfago.
melanoma do esôfago.
megaesôfago chagásico.
acalasia idiopática.
Texto para as questões 29 e 30.
Homem de 65 anos, ex-etilista, com dor epigástrica, anemia, perda ponderal de 8 quilos e vômitos
pós-alimentares persistentes, submetido a exame contrastado do trato digestivo alto (imagem a seguir).
29. O exame complementar mais importante para
esse paciente é
a)
b)
c)
d)
e)
tomografia de abdome.
ressonância magnética de abdome.
ultrassonografia endoscópica.
endoscopia com biopsia.
Pet CT Scan.
30. O tratamento cirúrgico mais adequado para
doença irressecável é
a)
b)
c)
d)
e)
gastrostomia.
jejunostomia.
gastrojejunostomia.
ileoostomia.
colostomia.
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31. Homem de 32 anos, com história de disfagia progressiva há 2 anos, inicialmente para sólidos,
que evoluiu para pastosos e líquidos, submetida ao exame contrastado do esôfago que evidencia
dilatação do órgão para 4cm, retardo do esvaziamento e afilamento distal. Quais são o diagnóstico e
tratamento mais prováveis?
a)
b)
c)
d)
e)
Doença do refluxo gastresofágico e hernioplastia hiatal com fundoplicatura.
Megaesôfago e cardiomiotomia.
Megaesôfago e hernioplastia hiatal com fundoplicatura.
Doença do refluxo gastroesofágico e cardiomiotomia.
Divertículo de Meckel e diverticulectomia.
Texto para as questões 32 e 33.
Homem de 42 anos com pirose e regurgitação há mais de 10 anos, submetido a endoscopia digestiva que evidenciou início das pregas gástricas 4cm acima do pinçamento diafragmático e a linha “Z”
de transição mucosa escamo-colunar 3cm acima do início das pregas gástricas. A biópsia do esôfago distal evidenciou metaplasia intestinal com células caliciformes.
32. Nesse caso, o diagnóstico mais compatível é hérnia hiatal de
a)
b)
c)
d)
e)
7cm mista.
3cm e esôfago de Barrett de 4cm.
4cm e esôfago de Barrett de 3cm.
3cm de rolamento junto com de 4cm de deslizamento.
4cm de rolamento junto com de 3cm de deslizamento.
33. O tratamento cirúrgico mais indicado é
a)
b)
c)
d)
e)
hernioplastia hiatal e fundoplicatura total (cirurgia de Nissen).
cardiomiotomia e fundoplicatura anterior (cirurgia de Heller).
cardioplastia e antrectomia e “y” de Roux (cirurgia de Serra-Doria).
gastrectomia total e esofagectomia distal.
esofagectomia subtotal e esofagogastroplastia.
34. A efetividade da profilaxia antibiótica sistêmica em pacientes cirúrgicos depende principalmente
de uso de antibiótico
a)
b)
c)
d)
e)
em múltiplas doses, por um curto período.
bactericida.
de largo espectro.
antes da cirurgia, na indução anestésica.
no pós-operatório imediato.
35. Após uma cirurgia abdominal em um homem de 43 anos, o diagnóstico de íleo pós-operatório
pode aumentar a morbidade por dificultar o reinício da alimentação oral. Nessa situação, considerase a melhor conduta
a) aumentar analgesia pós-operatória com a utilização de opioides porque a dor pode aumentar o
íleo.
b) iniciar tratamento conservador com descompressão nasogástrico e suporte hidroeletrolítico.
c) iniciar dieta enteral para estimular a peristalse e diminuir o íleo.
d) indicar nova laparotomia precocemente para corrigir o quadro.
e) acompanhar o paciente no ambulatório.
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36. Uma paciente de 58 anos é submetida a colecistectomia laparoscópica eletiva, sem intercorrências. Apresenta febre de 38.3ºC, 24 horas após a cirurgia. Qual é a causa mais comum de febre
nessa paciente?
a)
b)
c)
d)
e)
Fístula biliar.
Infecção profunda do sítio cirúrgico.
Infecção superficial do sítio cirúrgico.
Infecção urinária.
Atelectasia pulmonar.
37. Um paciente operado de cirurgia abdominal apresenta, no 7o dia de pós-operatório, febre de
38.5ºC. Não havia infecção pré-existente, e a operação transcorreu sem problemas. O provável local
da infecção é
a)
b)
c)
d)
e)
o trato urinário.
a ferida cirúrgica.
o pulmão.
o peritônio.
o sistema venoso.
38. Paciente de 58 anos, com queixas de sintomas do trato urinário inferior (IPSS = 27) com alteração do PSA confirmado (4,8 ng/dl) e relação PSA livre/total 12%. Ao toque, próstata de 30g, sem
outras alterações. Biópsia mostrou atipia celular e imunohistoquímica negativa para lâmina basal. O
procedimento correto nesse caso é propor
a)
b)
c)
d)
e)
observação.
prostatectomia radical.
nova biópsia em 6 meses.
RTUP.
prostatomia.
39. Mulher de 42 anos, com dor lombar E, hematúria macroscópica, disúria, polaciúria, há 3 anos,
febre vespertina ocasional de 38,0°C; cultura negativa e urina tipo I com hemácias 15 a 20, proteinúria ++, leucócitos 40 a 50/campo (vários exames). Massa palpável em flanco E.
Qual é a sua suspeita diagnóstica?
a)
b)
c)
d)
e)
Infecção urinária de repetição.
Carcinoma in situ.
Obstrução infravesical.
Obstrução uretral por litíase urinária.
Tuberculose urinária.
40. Homem de 72 anos, tabagista há 20 anos, com história de hematúria indolor há 2 meses. Procurou o hospital com a hematúria. Estava pálido, taquipneico e taquicárdico. PA 110X80mmHg. Toque:
próstata de 40g sem outras alterações.
Seu provável diagnóstico é
a)
b)
c)
d)
e)
infecção urinária.
tumor vesical.
câncer de próstata.
tuberculose renal.
HPB.
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41. Uma criança de 3 anos de idade, em seguimento por mielomeningocele, fez urodinâmica que
identificou pressão vesical de esvaziamento de 70 cm de água, fluxo urinário máximo de 11 cm de
água, médio de 6 cm de água, pressão vesical de enchimento de 28cm de água e capacidade vesical de 150ml. A conduta aconselhável é
a)
b)
c)
d)
e)
cateterismo vesical intermitente.
cistostomia.
vesicostomia.
observação.
ampliação vesical.
42. Um paciente com trauma raquimedular suprassacral apresenta
a)
b)
c)
d)
e)
dissinesia vésico-esfincteriana do esfíncter externo + hipoatividade vesical.
bexiga neurogênica hiperativa.
bexiga desfuncionalizada hiperativa.
bexiga neurogênica hipoativa.
baixa complacência vesical.
43. Na litíase urinária, a composição dos cálculos é clinicamente importante pelo fato de
a)
b)
c)
d)
e)
a participação do cálcio, em 60% dos casos, facilitar o diagnóstico pelo Rx.
a participação do cálcio não ser tão frequente como referido na opção A.
os cálculos radiopacos terem uma frequência de 90%.
os cálculos de estruvita serem muito frequentes.
os cálculos de potássio são os mais frequentes.
44. Os métodos de tratamento da litíase urinária sofreram grande evolução. Assim, a
a) indicação de litotripsia extracorpórea depende da presença ou não de infecção urinária, tamanho
do cálculo, gravidez, hipertensão arterial, discrasia sanguínea, deformidades corporais.
b) litotripsia extracorpórea é o tratamento de eleição do cálculo coraliforme.
c) nefrolitotomia percutânea é o método de eleição para o tratamento dos cálculos caliciais menores
do que 0,5cm.
d) ureterorrenoscopia está indicada principalmente nos casos de litíases coraliformes obstrutivas
acompanhadas de infecções urinárias.
e) cirurgia aberta é o método de eleição para o tratamento da litíase ureteral bilateral acompanhada
de insuficiência renal.
45. No trauma renal, a nefrectomia está indicada
a)
b)
c)
d)
e)
também nos casos de instabilidade hemodinâmica associados ao aumento da massa abdominal.
na maioria dos casos com lesão do sistema coletor.
na maioria dos casos de hematúria.
somente nos casos de lesões na pelve renal.
nos casos de extravasamento urinário.
46. No rastreamento de câncer de próstata, os exames realizados inicialmente são
a)
b)
c)
d)
e)
US de próstata + PSA.
TC de abdome + PSA.
toque retal + PSA.
urina rotina + PSA livre.
relação do PAS livre e PSa total.
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Residência Médica
47. Homem de 65 anos, tabagista, com queixa de hematúria há 2 meses, com dor lombar associada
à esquerda. No exame físico, evidencia-se massa palpável em flanco esquerdo.
a)
b)
c)
d)
e)
Tumor ureteral + urografia excretora.
Tumor vesical + cistoscopia com biopsia.
Hipernefroma + TC de abdome.
Tumor renal + Rx simples de abdome.
Tumor retroperitônio + US de abdome.
48. Mulher de 30 anos com quadro de disúria, polaciúria, estranguria e hematúria ao final da micção
há 2 dias, sem febre associada. Antecedente de incontinência urinaria de esforço pós-parto. Ó provável diagnóstico é
a)
b)
c)
d)
e)
cistite intersticial.
cistite fúngica.
cistite actínica.
uretrite.
cistite bacteriana aguda.
49. Para uma mulher de 25 anos que, durante a gravidez, passou a perder urina aos esforços, qual
é a chance de manter o quadro de perda urinaria após o parto?
a)
b)
c)
d)
e)
5 – 10%
10 – 20%
20 – 30%
30 – 40%
mais de 50%
50. Qual das seguintes condições necessita de acompanhamento colonoscópico periódico para
prevenção do adenocarcinoma colorretal?
a)
b)
c)
d)
e)
Pólipo hiperplásico.
Endometriose colônica.
Melanosis coli.
Adenoma tubular.
Diverticulose colônica.
RM2016
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