Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (46-139), 2014 ISSN 18088597 EFICIÊNCIA DE USO DE TERMOFOSFATO DE ALUMÍNIO COMO FONTE DE FÓSFORO NA PRODUÇÃO DE FEIJÃO EM CASA DE VEGETAÇÃO, EM SOLO DO CERRADO. Marciana Cristina da Silva1Fernando Rezende da Costa2 Wilson Mozena Leandro3Antônio Florentino de Lima Junior4 Lara Rodrigues da Silva5Dariane Bianca Silva6 RESUMO: Para a cultura do feijão, o fósforo encontra-se entre os nutrientes que apresentam as maiores limitações nutricionais ao crescimento. O fósforo é de grande importância na cultura da soja, sendo responsável pela maioria das respostas significativas no rendimento. Com o objetivo de avaliar a eficiência do uso de termofosfato de alumínio na cultura do feijão, conduziu-se um experimento na Escola de Agronomia e Engenharia de alimentos da Universidade Federal de Goiás, em um Latossolo Vermelho Distroférrico com teores baixos de fósforo. Empregou-se um delineamento em blocos ao acaso, os tratamentos consistiram em cinco fontes de fósforo, uma testemunha, sem P e dez repetições, totalizando 60 unidades experimentais. Sendo: T1- T_Yoorin - Termofosfato Yoorin; T2- FN_Arad - Fosfato Natural Reativo Arad; T3- ST - Superfosfato Triplo; T4- T_Al - Termofosfato de Alumínio em pó; T5- FN_Al - Fosfato Natural de Alumínio; T6- Test - Testemunha – sem adubo fosfatado. Foram utilizados vasos de 8 dcm3. Estimou-se a produtividade da cultura, os teores de P nas folhas de feijão e os teores de P no solo extraído pelo extrator Mehlich 1 eficiência relativa para cada uma destas variáveis. As principais conclusões obtidas foram que a eficiência relativa dos fosfatos reativos obtidos dependeu da variável empregada. Os fertilizantes fosfatados aplicados que apresentaram melhor desempenho no crescimento do feijoeiro foram respectivamente o termofosfato Yoorin > superfosfato triplo > fosfato reativo de Arad > Termofosfato de alumínio. A produtividade do feijoeiro obtida com o fosfato de alumínio em pó foi igual ao superfosfato triplo e superiores ao termofosfato Yoorin e fosfato natural de Arad. O termofosfato de alumínio pode ser empregado como fertilizante fosfato para a cultura do feijão. PALAVRAS-CHAVE: fosfato alternativos, superfosfato, feijoeiro. EFFICIENCY OF USE OF ALUMINUM PHOSPHATE AS A SOURCE OF PHOSPHORUS IN THE PRODUCTION OF BEANS IN HOUSE OF VEGETATION IN SOIL OF SAVANNAH 1 Profa PhD em Agronomia, Faculdade Montes Belos. E-mail: [email protected]. Prof. Mestre em Agronomia, Faculdade Montes Belos. 3 Prof. Dr. em Agronomia, Universidade Federal de Goiás. 4 Prof. Mestre em Engenharia Agrícola, Faculdade Montes Belos. 5 Graduanda em Agronomia, Faculdade Montes Belos. 6 Prof. Especialista, Faculdade Montes Belos. 2 Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (47-139), 2014 ISSN 18088597 ABSTRACT: For the bean crop, phosphorus is among the nutrients that have the highest nutritional limitations to growth. Phosphorus is of great importance in soybean, being responsible for most of the yield meaningful answers. In order to evaluate the efficiency of the use of aluminum phosphate in the bean crop , an experiment was conducted in the Goiânia region, Goiás State, Brazil (16o36´S 49o17’W, 730m). Oxisol with low phosphorus. We used a block design randomized treatments consisted of five sources of phosphorus, a witness without P and ten repetitions , totaling 60 experimental units . Where: T1 - T_Yoorin - termophosphate ; T2 - FN_Arad - Natural Reactive Phosphate Arad ; T3- ST - Triple superphosphate ; T4- T_Al - thermophosphate aluminum powder; T5 - FN_Al - Natural Aluminum Phosphate ; T6 -Test - Witness - no phosphate fertilizer . 8 dcm3 vessels were used. We estimated the yield , the P levels in bean leaves and the levels of soil P extracted by Mehlich 1 relative efficiency for each of these variables . The main conclusions were that the relative efficiency of reactive phosphates obtained depended on the variable used. The applied phosphate fertilizers that performed better in bean growth were respectively the termophosphate > triple superphosphate > Arad phosphate > thermophosphate aluminum. The bean yield obtained with the aluminum phosphate powder was equal to and greater than the triple superphosphate and rock phosphate termophosphate Arad. The thermo aluminum phosphate can be used as fertilizer for growing beans. KEYWORDS: alternative phosphate; superphosphate; bean. elevado, ao passo que os fosfatos INTRODUÇÃO A baixa naturais apresentam baixa solubilidade e disponibilidade de menor eficiência agronômica, fósforo (P) é, geralmente, uma das especialmente para culturas anuais, maiores limitações ao crescimento das porem a preços mais atrativos. plantas. Para a cultura do feijão, o Vários autores verificaram fósforo encontra-se entre os nutrientes em levantamento de caracterização dos que apresentam as maiores limitações solos de cerrado, que em 92% das nutricionais ao crescimento. O fósforo é amostras coletadas o teor disponível de de grande importância na cultura do P (Mehlich-1) foi inferior a 2 mg.dm-3. feijão, sendo responsável pela maioria Sousa das existência de resposta à aplicação de P respostas significativas no rendimento. relacionada tanto à eficiência em suprir as necessidades das plantas, quanto ao do solúveis al. (2002) relataram a até a dose de 300 kg.ha-1 de P2O5, o que A escolha da fonte de P está custo et fertilizante. têm Os apresentado fosfatos evidencia, também, disponibilidade desse a baixa nutriente. Portanto é imprescindível a pratica da adubação fosfatada para se obter bons resultados, embora possuam custo mais produções satisfatórias nos diferentes Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (48-139), 2014 ISSN 18088597 sistemas de produção agrícola. Os similar ao superfosfato triplo, quando fosfatos solúveis (superfosfatos) têm aplicado a lanço em área total e custo muito elevado e os fosfatos incorporado (Goedert & Lobato, 1984; naturais brasileiros são de eficiência Coutinho et al., 1991; Lopes, 1999). O método de aplicação interfere muito baixa. Uma das alternativas para reduzir os custos pode ser a utilização de fosfatos naturais reativos (FNR), farelados. Os fosfatos naturais reativos na eficiência dos fertilizantes fosfatados, principalmente em solos com baixo teor de P e que possuem alta capacidade de fixação do nutriente são de origem sedimentar, sendo encontrados em áreas desérticas de clima seco, onde predominam apatitas com alto grau numerosos estudos existentes sobre o manejo da adubação fosfatada, ainda substituições permanecem dúvidas, principalmente isomórficas de fosfato por carbonato, quanto à aplicação direta dos fosfatos resultando em cristais imperfeitos, com naturais, importados e nacionais, sendo grande porosidade, que lhes confere um esse aspecto motivo de controvérsias menor e, entre pesquisadores (Costa et al., 2008). área Fosfatos naturais aplicados a lanço e superficial, podendo ser facilmente incorporados em solos com pH em água hidrolisados, isso, até 5,5 têm sua eficiência aumentada conhecidos como fosfatos moles e de com o passar do tempo e com o peso de (Novais & Smyth, 1999). Apesar dos específico consequentemente, sendo, maior por grande reatividade (Peruzzo et al., revolvimento do solo nas operações de aração e gradagem. A aplicação desses 1999). A reatividade química dos fosfatos é estimada, utilizando sua solubilidade em ácidos orgânicos, a eficiência dos fosfatos naturais para as culturas depende de outros fatores relacionados às propriedades do solo, às fosfatos no sulco de plantio promove redução da eficiência da adubação (Lopes, 1999). Novais (1999) relata que a maior solubilização de fosfatos naturais em condições de solos argilosos e com pH características da planta e ao método de ácido não favorece a planta, uma vez aplicação (Araújo et al., 2004). O que o dreno preferencial do P nesse fosfato natural reativo, por causa de sua sistema é o próprio solo, sendo essa reatividade, apresenta uma eficiência situação agravada com o maior contato Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (49-139), 2014 ISSN 18088597 do fosfato com as partículas de solo 1. MATERIAL E MÉTODOS propiciado pelo revolvimento. Assim a aplicação localizada de fosfatos naturais Tratamentos no sulco de plantio levaria a uma Os tratamentos consistiram em condição em que as raízes da planta seriam o principal dreno envolvido na solubilização e aquisição do P, contribuindo para aumentar a eficiência natural reativo de fósforo, uma testemunha, sem P e dez repetições, totalizando sessenta unidades Termofosfato Yoorin; T2- FN_Arad - Segundo Motomiya et al. (2004), fosfato fontes experimentais. Sendo: T1- T_Yoorin - da adubação com esses fertilizantes. o cinco quando Fosfato Natural Reativo Arad; T3- ST Superfosfato Triplo; T4- T_Al - aplicado a lanço na cultura da soja Termofosfato de Alumínio em pó; T5- obtém maior produtividade e um custo x FN_Al - Fosfato Natural de Alumínio; beneficio T6- Test - Testemunha – sem adubo maior, produtividade a isto um é maior custo abaixo quando comparados ao superfosfato fosfatado. Instalação do ensaio triplo. Portanto, esforços devem ser desenvolvidos para delinear O trabalho foi conduzido no a município de Goiânia, GO, em casa de recomendação de adubação para a vegetação na Escola de Agronomia e cultura da soja com o uso dos FNR, a Engenharia possibilitar um aumento ou mesmo uma Universidade Federal de Goiás. O clima produção equivalente aos atuais índices enquadra-se como B2 WB 42’ (Lobato, de produtividade da cultura para o 1978). Apresenta temperatura média de centro oeste. 21°C, com máxima de 29°C e mínima Neste sentido, o objetivo do de Alimentos da de 15°C. Umidade relativa anual de presente trabalho foi avaliar a eficiência 41,5%, do uso de fosfato de alumínio na média anual de 1.487,2 mm e insolação produção de feijão, em solos de cerrado, total de 2.645,7 horas. precipitação pluviométrica conduzido em casa de vegetação. Foram repetições, empregadas totalizando dez sessenta unidades experimentais. O experimento Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (50-139), 2014 ISSN 18088597 foi instalado em vasos de dois litros, semeadas três sementes de feijoeiro dispostos na casa de vegetação. O solo comum variedade Estilo, tratada com utilizado foi o Latossolo Vermelho fungicida (CERCOBIN 500 SC – Distroférrico, previamente analisado em Iharabas S.A.) e inoculadas. laboratório conforme metodologia proposta pela Embrapa (1999), com baixo teor de fósforo. A adubação empregada foi calculada de acordo com Souza & Lobato (2004). O solo foi peneirado, calcariado e deixado por 20 dias para reação do calcário, tendo recebido irrigação diariamente. Após este período foram aplicados os tratamentos nos vasos com 90 kg de P2O5 por hectare das fontes utilizadas que foram incorporados ao solo. Foram A adubação de cobertura foi realizada com 60 kg de N e 40 Kg de K2O por hectare. As plantas foram avaliadas semanalmente quanto à altura, diâmetro e número de folhas. Os dados foram submetidos à análise de variância e comparação de médias utilizando o programa estatístico Statical Analysis System – SAS. Detalhe do experimento com feijão no florescimento é visualizado na Figura 1. Figura 1 Detalhe do experimento com feijão no florescimento. Características avaliadas foram corrigidos a umidade de 13% e calculada a produtividade a) Produtividade de grãos por área: os grãos colhidos na área útil de grãos por hectare; Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (51-139), 2014 ISSN 18088597 florescimento), as quais, após a secagem e trituração, foram b) Análise química do solo. Os teores de P disponível foram analisadas teor de P total determinados pelo Mehlich 1 e conforme metodologia de resina. Foram coletadas dez Malavolta et al. (1997). amostras simples de solo por parcela, nas profundidades de 020 cm, as quais, após homogeneização, 2. RESULTADOS E DISCUSSÃO a Desenvolvimento de plantas foram analisadas no Laboratório de Os resultados das análises de Análise de Solos, substrato e variância são apresentados na Tabela nutrição e de plantas E.A.- 5.1. Verifica-se que houve diferenças U.F.G. para P resina e P Mehlich 1 metodologia significativas quanto a fontes de fosfato conforme proposta e os estádios de desenvolvimento. por Houve efeito significativo também na Embrapa (1999). interação c) Fósforo foliar no feijão: foram coeficientes coletadas amostras de folhas de soja, na fase R2 entre os de fatores. variação Os foram relativamente baixos. (pleno Tabela 1. Análise de variância para o teor relativo de clorofila em feijoeiro comum submetida a diferentes fontes de fósforo em diferentes estádios de desenvolvimento. Causa da Variação Número folha de Altura planta de Diâmetro basal da haste Tratamentos 218,26** 116,20** 160,77** Estádio de desenvolvimento 117,00** 117,16** 72,77** Tratamento x Época de Amostragem Média 12,10** 32,69** 4,90* 21,07 folhas/planta 32,87 cm 3,81 mm 28,63 10,25 16,78 CV (%) Teste de F, ** - significativo em níveis de p ≤ 1% de probabilidade; * - significativo em níveis de p ≤ 5% de probabilidade e ns – não significativo . Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (52-139), 2014 ISSN 18088597 Os desdobramentos dos graus de liberdade da interação significativa são apresentadas nas Figuras 2 e 3. apresentaram também bom desempenho. O Fosfato natural de Alumínio sem tratamento térmico teve Verifica-se que o melhor desempenho no crescimento do feijoeiro comum foi obtido com o Superfosfato Triplo - ST. Porém, o Termofosfato Yoorin, o Fosfato Natural Reativo Arad e o Termofosfato de Alumínio em pó, desempenho semelhante à Testemunha, que não recebeu adubação fosfatada. Quanto à época de amostragem, houve incremento das variáveis estudadas com o tempo; consequência do crescimento e desenvolvimentos do feijoeiro comum. Figura 2 Efeitos dos tratamentos no diâmetro basal de haste do feijoeiro submetida a diferentes fontes de P em diferentes estádios de desenvolvimento. T_Yoorin - Termofosfato Yoorin, FN_Arad Fosfato Natural Reativo Arad, ST - Superfosfato Triplo, T_Al - Termofosfato de Alumínio em pó, FN_Al - Fosfato natural de Alumínio, Test - Testemunha – sem adubo fosfatado. Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (53-139), 2014 ISSN 18088597 Figura 3 Efeitos dos tratamentos no numero de folhas do feijoeiro submetida a diferentes fontes de P em diferentes estádios de desenvolvimento. T_Yoorin - Termofosfato Yoorin, FN_Arad - Fosfato Natural Reativo Arad, ST - Superfosfato Triplo, T_Al - Termofosfato de Alumínio em pó, FN_Al - Fosfato natural de Alumínio, Test - Testemunha – sem adubo fosfatado. Verifica-se na Tabela 2 que teor relativo de clorofila de 36,04 spad. houve diferenças significativas quanto a As médias são apresentadas nas Figuras fontes de fosfato e os estádios de 4 e 5. Verifica-se que apesar da analise desenvolvimento. Não houve efeito de significativo na interação entre os tratamentos o teste de Tukey a 5% não fatores. O coeficiente de variação foi indicou diferenças entre as médias dos baixo (15,44%) com teores médios do diferentes adubos fosfatados. variância indicar efeito dos Tabela 2. Análise de variância para o teor relativo de clorofila em feijoeiro comum submetida a diferentes fontes de fósforo em diferentes estádios de desenvolvimento. Causa da Variação Tratamentos Teste F para o Teor relativo de clorofila 21,12** Estádio de desenvolvimento 5,35* Tratamento x Época de Amostragem 2,63ns CV (%) 15,44 Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (54-139), 2014 ISSN 18088597 Teste de F, ** - significativo em níveis de p ≤ 1% de probabilidade; * - significativo em níveis de p ≤ 5% de probabilidade e ns – não significativo . Teor relativo de clorofila (spad) 40 35 34,6 a 36,6 a 34,9 a 36,8 a 35,8 a T_Al Test 32,4 a 30 25 20 15 10 5 0 T_Yorin FR_Arad ST FN_AL Tratame ntos Figura 4. Efeitos dos tratamentos no teor relativo de clorofila (spad) de folhas de feijoeiro submetida a diferentes fontes de P. Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de tukey a 5%. T_Yoorin - Termofosfato Yoorin, FN_Arad - Fosfato Natural Reativo Arad, ST - Superfosfato Triplo, T_Al - Termofosfato de Alumínio em pó, FN_Al Fosfato natural de Alumínio, Test - Testemunha – sem adubo fosfatado. Quanto à época de amostragem houve tendência de diminuir a leituras do clorofilômetro (Figura 5.4) e, por consequência, dos teores relativos de clorofila com o desenvolvimento da cultura do feijoeiro. Tais resultados estão relacionados à movimentação dos nutrientes para as flores e vagens no inicio do período reprodutivo, acarretando menor concentração de clorofila neste estádio. 40,0 teor relativo de clorofila (spad) 38,0 36,0 34,0 y = -0,0098x 2 + 0,2882x + 35,419 R2 = 0,7822 32,0 30,0 28,0 26,0 24,0 22,0 20,0 0 10 20 30 40 50 dias após emergencia Figura 5 Efeitos do estádio de desenvolvimento do feijoeiro comum no teor relativo de clorofila (spad) nas folhas. Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (55-139), 2014 ISSN 18088597 Verifica-se Componentes de produtividade que houve diferenças significativas quanto a fontes de fosfato Os resultados das análises de variância são apresentados na Tabela 3. nos componentes de produtividade. Os coeficientes de variação variaram de 21,59% a 35,18%. Tabela 3. Análise de variância para os componentes de produtividade do feijoeiro comum submetido a diferentes fontes de fósforo em diferentes estádios de desenvolvimento. Causa da Variação Teste F tratamentos Número de Número de Grãos por Peso de vagens/vaso grãos/vaso vagens grãos/vaso 140,89** 57,78** 154,85** Média 4,58 16,80 4,58 CV (%) 21,59 35,18 24,50 81,29** 16,8 28,92 Teste de F, ** - significativo em níveis de p ≤ 1% de probabilidade; * - significativo em níveis de p ≤ 5% de probabilidade e ns – não significativo . Os são de grão por vagens foram obtidos com o apresentados na Tabela 4. Verifica-se termofosfato de alumínio em pó. Estes que a testemunha e o fosfato natural de resultados implicaram que na variável alumínio peso de grão por vaso (produtividade) o componentes testes não média proporcionaram Os fosfato de alumínio em pó foi igual ao termofosfato superfosfato triplo e superiores ao Yoorin, fosfato natural de Arad e termofosfato Yoorin e fosfato natural de superfosfato triplo apresentaram maior Arad. número de vagens que o termofosfato potencialidade de alumínio. Porém, as maiores médias alumínio como fertilizante fosfato para do número de grãos por vaso e número a fertilizantes de de produção. fosfatados Tais resultados cultura do atestam termofosfato do a de feijão. Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (56-139), 2014 ISSN 18088597 Tabela 4. Componentes de produtividade de plantas do feijoeiro submetida a diferentes fontes de P. Número de vagens/vaso Número de grãos/vaso Grãos por vagens Peso de grãos/vaso T_Yoorin 7,6 a 23,6 b 3,13 b 8,88 b FN_Arad 7,2 a 15,6 c 2,24 c 7,02 b ST 7,0 a 29,2 ab 3,74 b 12,02 a T_Al 4,8 b 32,4 a 6,91 a 11,84 a FN_Al 0,0 c 0,0 d 0,0 c 0,0 c Test 0,0 c 0,0 d 0,0 c 0,0 c Tratamentos T_Yoorin - Termofosfato Yoorin, FN_Arad - Fosfato Natural Reativo Arad, ST - Superfosfato Triplo, T_Al - Termofosfato de Alumínio em pó, FN_Al - Fosfato natural de Alumínio, Test - Testemunha – sem adubo fosfatado. Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de tukey a 5%. CONCLUSÕES Os fertilizantes fosfatados aplicados que apresentam melhor desempenho no crescimento do feijoeiro são respectivamente o termofosfato Yoorin > superfosfato triplo > fosfato reativo de Arad > Termofosfato de alumínio. A produtividade do feijoeiro REFERÊNCIAS ARAÚJO, L. B. Fontes e modos de aplicação de fósforo na produção e obtida com o fosfato de alumínio em pó é igual ao superfosfato triplo e superiores ao termofosfato Yoorin e fosfato natural de Arad. O termofosfato de alumínio pode ser empregado como fertilizante fosfato para a cultura do feijão. nutrição mineral do milho em primeiro cultivo: Fontes e modos de aplicação de fósforo na produção e nutrição mineral do milho em primeiro cultivo. 2004. 76 f. Dissertação (Mestrado em agronomia) - Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 8, n° 5, 2015, p (57-139), 2014 ISSN 18088597 Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2004. BÜLL, L. T.; FORLI, F.; TECCHIO, M. A.; CORRÊA, J. C. Relações entre fósforo extraído por resina e respostas da cultura do alho vernalizado a adubação fosfatada em cinco solos com e sem adubação orgânica. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v. 22, n. 3, p. 508-510, 1998. COELHO, F. S.; VERLENGIA, F. Fertilidade do solo. 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