ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MARIA MUZZI GUASTAFERRO Monitoramento da qualidade da água do Córrego do Capão: o uso da Trapoeraba Roxa e outros bioindicadores Marcelo Sousa de Carvalho: [email protected] Marciana Almendro David (Orientadora): [email protected] Milene Rezende de Abreu (Coorientadora): [email protected] INTRODUÇÃO METODOLOGIA / PROCEDIMENTOS Escolha dos pontos para o monitoramento; O presente estudo apresenta o desenvolvimento de uma metodologia para monitoramento das águas do Córrego do Capão, que tem como objetivo verificar indícios da presença de substâncias tóxicas, capazes de causar algum tipo de mutação na planta Tradescantia Pallida, conhecida como trapoeraba roxa. A bacia do Córrego do Capão está localizada na região Norte de Belo Horizonte - MG. O Córrego do Capão é uma micro bacia urbana, pertencente ao Ribeirão Onça, que por sua vez está ligado ao Rio das Velhas, importante Rio de Minas Gerais, que deságua no Rio São Francisco. Ações relacionadas ao plantio da trapoeraba roxa. Plano do Monitoramento Coleta dos botões jovens de flores para análise; Coleta das folhas para análise de presença de metais; Análise dos botões jovens das inflorescências da planta. Análise das folhas (Análise Físico Química e por ativação de Nêutrons) O nosso interesse pelo córrego teve início em 2013, quando desenvolvemos o trabalho intitulado “Estudo da bacia do Córrego Capão”, no 8º ano do Ensino Fundamental, em uma escola Municipal de Belo Horizonte. Entrevistamos os moradores da bacia, para conhecer a história do córrego. Também buscamos dados da Prefeitura de Belo Horizonte sobre os projetos de recuperação do córregoEsse trabalho foi apresentado na 3ª Feira de Ciências, Cultura e Tecnologia da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte e na II Mostra de Ciências da UFMG, em 2013. Esse trabalho consistiu na investigação sobre a história e caracterização do Córrego do Capão, além do estudo sobre os parâmetros de qualidade da água de acordo com o Conselho Nacional do meio ambiente – CONAMA. Para o presente trabalho ampliamos o nosso conhecimento sobre a ocupação da Bacia do Capão e sobre as condições de suas águas a partir de dados obtidos junto ao Projeto Manuelzão (Núcleo Capão). PROBLEMA Saber se o uso da trapoeraba roxa poderá contribuir para a identificação dos agentes poluidores do córrego. CONSIDERAÇÕES FINAIS A técnica de contagem de micronúcleos é utilizada em investigações sobre a contaminação tóxica por alguma substância, que possa causar algum tipo de mutação cromossômica. Trata-se de uma análise microscópica, para verificação da presença de micronúcleos e da fragmentação dos cromossomos nas flores da planta. O crescimento do número de micronúcleos é um indicativo de que ocorreu mutação nas células dessas plantas, causadas pelo contato com algum poluente tóxico. Além de estudar a técnica de bioensaio para contagem de micronúcleos, as ações desenvolvidas até o momento foram o plantio e monitoramento dos pontos de coleta. O principal problema encontrado foi a manutenção dos canteiros nos pontos de monitoramento. As plantas foram danificadas e não progrediram por conta da presença de pessoas e animais. Foi feito o replantio por duas vezes, o que atrasou bastante o processo. Outro problema é que fomos alertados para o fato de a Trapoeraba Roxa ser considerada daninha, porque produz sementes que podem se espalhar por lugares indesejados. Por isto, estamos estudando a possibilidade de aumentar a segurança e o contole dos canteiros. OBJETIVOS Monitorar as águas do córrego do capão, usando a Trapoeraba Roxa (Tradescantia Pallida), para identificar os possíveis poluentes; Verificar se a Trapoeraba Roxa é um bioindicador eficiente para evidenciar a presença de agentes poluidores hídricos; Identificar as possíveis causas da poluição das águas do córrego do Capão e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população da bacia. HIPTÓTESE Por meio da contagem de micronúcleos em células de grãos de pólen das flores jovens da trapoeraba roxa, esperamos identificar a presença de agentes poluidores hídricos. Por meio da análise físico-química das folhas, ou por ativação de nêutrons, esperamos identificar os agentes poluidores, principalmente, a presença de metais pesados. Para alcançarmos os resultados desejados, as ações futuras serão o estudo sobre novas maneiras de plantar e monitorar a trapoeraba roxa, realizar novas coletas de flores e folhas para proceder à análise de micronúcleos. E, posteriormente, encaminharemos o material para a identificação das possíveis substâncias tóxicas. REFERÊNCIAS CALLISTO, M. et al. Biomonitoramento da Qualidade da água. Laboratório de Ecologia de Bentos. Departamento de Biologia Geral, Instituto de Ciências Biológicas. UFMG, 2005. LIRA, O.F.C. ALMEIDA, N.N.A. PERES, W.L. SANTOS, W.S. Projeto Piloto de Biomonitoramento com Tradescantia Pallida em Municípios com Alto Risco Ambiental. Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso. Superintendência de Vigilância em Saúde. Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental. Estado do Mato Grosso. 2008. SAVÓIA, E.J.L. Potencial de Tradescantia pallida da cv. Purpurea para biomonitoramento da poluição aérea de Santo André – São Paulo, por meio de bioensaio Trad-MCN e do acúmulo foliar de elementos tóxicos. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2007. VON, Marcos. Princípios do tratamento biológico de águas residuais (Introdução à qualidade das águas e o tratamento de esgotos) 4ª Edição, Belo Horizonte. Editora UFMG, 2005. AGRADECIMENTOS Aos patrocinadores coloque as logomarcas da Secretaria de Educação e dos projetos que contribuíram