Terapias complementares para controle da ansiedade frente

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ISSN 1677-6704
TERAPIAS COMPLEMENTARES PARA O CONTROLE DA
ANSIEDADE FRENTE AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO
COMPLEMENTARY THERAPIES TO CONTROL ANXIETY
DURING DENTAL TREATMENT
Stella Machado de ANDRADE1
Valéria Pontelli NAVARRO2
Kranya Victoria Díaz-SERRANO3
RESUMO
O medo corresponde a uma função biológica inata, porém suas respostas a diversas
situações são em grande parte adquiridas pela aprendizagem. Assim como os variados
tipos existentes, o medo ante o tratamento odontológico, pode vir de experiências
vividas anteriormente, ser adquirido diretamente por intermédio de pessoas do convívio
familiar ou indiretamente através dos meios de comunicação. Uma vez que o medo,
traduzido como ansiedade é uma constante na consulta odontológica, cabe ao
cirurgião-dentista mediar o controle do mesmo tranqüilizando o paciente. Existe
uma diversidade de métodos terapêuticos utilizados para este fim. Atualmente é
notável um maior interesse pelo emprego e desenvolvimento das terapias alternativas/
complementares, já que além de serem bastante eficazes estão aliadas à inexistência
de efeitos colaterais prejudiciais ao organismo. Além disso, estas técnicas visam a
saúde do indivíduo, tendo aplicabilidade na prevenção, no tratamento e na cura. A
grande aceitação das mesmas também é devido ao preço elevado da assistência
médica privada e dos medicamentos. O presente trabalho consistiu em uma revisão
da literatura e tem por objetivo fornecer ao cirurgião-dentista informações a respeito
de alguns recursos alternativos/complementares como a musicoterapia, a
aromaterapia e a cromoterapia com o intuito de tranqüilizar o paciente, proporcionandolhe o alívio das tensões, favorecendo o tratamento odontológico e tornando o ambiente
de trabalho agradável. Conclui-se que, a aquisição de conhecimentos sobre a aplicação
de terapias complementares como um método alternativo para o controle do medo e
da ansiedade, tem se mostrado efetivo e um grande aliado à prática odontológica,
principalmente na Odontopediatria.
UNITERMOS: Terapias alternativas/complementares; Ansiedade ao tratamento
odontológico; Medo.
INTRODUÇÃO
O medo corresponde a uma função biológica
inata, porém as respostas de medo a diversas
situações são em grande parte adquiridas pela
aprendizagem. Assim como os variados tipos de
medo, o referente ao tratamento odontológico pode
vir de experiências vividas anteriormente pela
criança, ser adquirido diretamente por intermédio
de pessoas do convívio familiar, ou indiretamente
através dos meios de comunicação.9
No entanto, se o indivíduo estiver frente a uma
situação na qual a fonte de ameaça não está
explícita ou objetivamente presente, como por
exemplo, durante a aplicação de uma anestesia,
será gerado um outro tipo de resposta cuja
denominação é: Ansiedade.9
O medo relaciona-se a diversas variáveis
como: idade, gênero, presença de dor e grau de
vulnerabilidade do paciente, sendo que o gênero
feminino, por expressar mais facilmente suas
emoções, apresenta escores mais altos quando
comparado com o gênero masculino.
A maioria dos medos se inicia na infância e o
seu nível apresenta-se mais elevado na faixa etária
de 11 a 13 anos do que em crianças de 7 a 9 anos,
tornando o controle do medo mais difícil em
pacientes pertencentes a essa faixa etária. 9
1 - Aluna do Curso de Graduação da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - USP
2 - Aluna do Curso de Mestrado em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP.
3 - Professora Doutora do Dpto. de Clinica Infantil, Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto – USP.
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Por isso cabe ao dentista mediar o controle
do medo e da ansiedade tranqüilizando o paciente.9
Dessa forma é de extrema importância que novas
técnicas sejam desenvolvidas a fim de auxiliar o
cirurgião dentista nesse controle.
Atualmente é notável um maior interesse pelo
emprego e desenvolvimento das terapias
alternativas/ complementares, já que além de serem
bastante eficazes estão aliadas à inexistência de
efeitos colaterais prejudiciais ao organismo. A
grande aceitação também é devida ao preço elevado
da assistência médica privada e ao alto custo dos
medicamentos alopáticos, sendo que a
precariedade da assistência prestada pelo serviço
público tem papel relevante na contribuição para
aplicação destas técnicas.10
As terapias alternativas/complementares
consideram o Homem como um ser energético,
através de uma inter-relação entre a mente, corpo,
meio ambiente e espírito.
Tais técnicas são muito importantes por visar
a saúde do indivíduo como um todo, tendo
aplicabilidade na prevenção, no tratamento e na
cura, não se limitando apenas a uma intervenção
direta no órgão ou parte doente como pratica a
assistência alopática.10
Este trabalho consistiu em uma revisão da
literatura que tem por objetivo fornecer ao cirurgião
dentista informações a respeito de alguns recursos
alternativos/complementares como: a musicoterapia,
a aromaterapia e a cromoterapia no intuito de
tranqüilizar o paciente proporcionando-lhe o alívio das
tensões, favorecendo o tratamento odontológico e
tornando o ambiente de trabalho agradável.
REVISÃO DE LITERATURA
1 Musicoterapia
De acordo com a Associação de Musicoterapia
Americana (AMTA), a definição para musicoterapia
é: “o uso controlado da música com o objetivo de
restaurar, manter e incrementar a saúde mental e
física”. 11
Visto que a música obtém um alto grau de
flexibilidade, ela é aplicada há muitos anos como
método para apaziguar a alma e o corpo. 5
As conexões entre música e transformações
do estado de espírito são relatadas por todas as
culturas antigas, como os indianos que penduram
sinos em seus animais sagrados, persas, egípcios,
japoneses que penduram nas portas ou janelas
objetos que produzem som à passagem do vento,
entre outros povos que fazem uso da música como
método terapêutico.4
A musicoterapia tem sido aplicada nos dias
atuais com a finalidade de tratar diferentes situações
clínicas, como, por exemplo, a esquizofrenia;
problemas tipicamente neurológicos como a afazia,
que é a perda total ou parcial da fala; tendo inclusive
influência no tratamento do autismo infantil. 4
Todavia, o emprego da musicoterapia em
pacientes especiais requer procedimentos
específicos além de uma categorização mais
precisa do tipo de deficiência.8
Sobretudo, a musicoterapia estimula a
autoconfiança, desenvolve a concentração e alivia
tensões; sendo também utilizada de maneira
terapêutica e preventiva.4
Tal fato é permitido devido a música ser
composta, assim como o organismo humano, por
ritmo, melodia e harmonia; tendo-se como exemplo
o ritmo cardíaco, o ritmo sincronizado ao andar, o
volume e melodia da voz ao falar, etc.11
Conseqüentemente, a utilização de uma
suave música ambiente no consultório
odontológico, tem por finalidade gerar tranqüilidade
e confiança no paciente,4 servindo também como
um método alternativo para a obtenção de um
comportamento cooperativo do paciente infantil, 8
por criar uma atmosfera de calma e concentração
devido a purificação das vibrações.4
A música harmônica tem efeito anti-stress,
tranqüilizante, regulador psicossomático, redutor
da sugestionabilidade do medo e do impacto dos
estímulos sensoriais (o cérebro humano possui
áreas capazes de bloquear estímulos dolorosos
provenientes das vias nervosas aferentes)
exercendo efeito analgésico e anestésico. Há o
relato de que um dentista de Cambridge,
Massachusets, realizou restaurações e extrações
recorrendo, tão somente, a essa terapia alternativa/
complementar.4
A utilização da música no consultório
odontológico tem em vista propiciar um tratamento
relaxante, facilitando a interação entre o
profissional e o paciente. Mas, para a obtenção de
bons efeitos terapêuticos, esta deve ser bem e
devidamente aplicada.8
A utilização de música com ritmo muito
marcante como o samba, ou dissonante como o
rock são exemplos de sons estimulantes que não
se enquadram em um ambiente de consultório ou
clínica, por impedirem a concentração e o
relaxamento, os quais não conduzem a resultados
eficazes.4
Vale ressaltar, também, que o Sistema
Nervoso Central necessita de cerca de 40 horas
para se recompor a uma exposição de uma hora a
sons com aproximadamente 100 decibéis.4
2 Aromaterapia
A Aromaterapia é uma arte Milenar, praticada
desde a antiguidade por babilônios, gregos,
romanos, árabes, chineses, hindus e egípcios, de
forma medicinal e religiosa através da queima da
mirra ou do uso de perfumes.2
Segundo os praticantes, a utilização de
fragrâncias ajuda a relaxar e equilibrar as emoções,
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visto que elas atuam no subconsciente do ser
humano2, proporcionando um equilíbrio entre o corpo
e a mente, visando preservar a saúde através do
bem estar físico, mental e emocional. 1
Sendo assim, os aromas encontrados em
incensos, velas, banhos e perfumes são derivados
de dissoluções feitas dos óleos essenciais, os quais
são extraídos das folhas, caule, flores, sementes,
etc, sendo por esta razão denominados de “alma
da planta”.2
Tendo em vista o princípio ativo destes óleos
sabe-se que eles agem, em suma, sobre os vários
sistemas do organismo (linfático, imunológico, etc),
podendo ser aplicados através de massagens,
inalações e até mesmo por meio de banhos e
travesseiros aromáticos.1
No entanto, os aromas também são utilizados
para o tratamento de casos de stress, ansiedade e
medo, podendo ser utilizados dentro de um
consultório de atendimento odontológico através da
aromatização ambiental a fim de proporcionar a
tranquilização e o bem estar dos pacientes. 1
Apesar de existirem vários tipos de essências
como: alecrim, bergamota, cipreste, jasmim, rosa
entre outros, deve-se estar atento às características
próprias do aroma, que se relaciona com sua ação
e indicação.2
Como exemplos de aromas que beneficiam o
atendimento odontológico, promovendo um
relaxamento e uma sensação de bem estar no
paciente, podemos citar alguns aromatizantes com
essência de:
- benjoim: por causar a sensação de profundo
bem-estar,
- bergamota: por auxiliar no tratamento de
herpes,
- ylang-ylang: por ajudar a diminuir a sensação
de medo,
- patchouly e laranja: por controlarem a
ansiedade,
- camomila: por ser calmante e analgésico,
- lavanda, limão e menta: por apresentarem
efeito calmante,
- cítrica: por ser relaxante,
- Tea Tree é um tipo de essência indicada para
pessoas que possuem aftas recorrentes e herpes
labial.2
No entanto, algumas essências não devem
ser utilizadas no consultório odontológico, por
apresentarem efeitos estimulantes. Tem-se como
exemplo de tal restrição às essências de canela e
cravo, apesar desta última ser utilizada para
proporcionar o alívio da dor de dente.2
3 Cromoterapia
Esta terapia alternativa/complementar
corresponde a uma ciência que tem como meta
principal trabalhar em cima dos pontos de captação
de energia do ser humano (denominados chacras),
empregando as diferentes cores para alterar ou
manter as vibrações do corpo em uma freqüência,
a fim de proporcionar saúde, bem estar e harmonia.1
A cromoterapia leva em consideração a cor e
o seu significado, sendo por isso recomendada para
alterações e doenças específicas, preocupandose sempre com as necessidades de cada indivíduo
em particular.3
A aplicação da cromoterapia exerce influência
sobre o Ser Humano por ser bioestimulante celular,
sendo assim, há uma alteração na freqüência do
campo de força eletromagnética das células,
órgãos, nervos e conseqüentemente sobre todo o
sistema corporal.3,6
Cada cor possui uma cor que a complementa,
sendo por este motivo, a segunda, denominada de
“Cor Complementar”.6
Em estudos realizados em Cuba, relatou-se
que a cor deficitária, ou seja, a que deve ser
utilizada através das cores de roupas, ambiente
ou alimentos para se obter o equilíbrio energético
do organismo, corresponde, em primeiro lugar, à
cor complementar àquela que a pessoa mais gosta,
seguida da cor que a desagrada, em ordem de
freqüência.6
Existem alguns métodos para se conseguir
absorver a cor deficitária ou para se obter o que
determinada cor representa fazendo o uso de
lâmpadas coloridas, água solarizada, por meio da
dieta e da mentalização ou até mesmo, através da
luz solar. O equilíbrio energético é conseguido
através da absorção igualitária de todas as cores
do arco-íris.3
A utilização da Cromoterapia na Odontologia
pode ser dada através da escolha da cor do equipo
odontológico ou por meio da decoração do
ambiente, tendo em vista a criação de um ambiente
terapêutico, que possa auxiliar na tranquilização
dos pacientes pela harmonização dos seus
pensamentos.3
Têm-se como exemplos de cores que podem
ser utilizadas:
- o verde: por ser relaxante, revigorante e por
aliviar a sensação de medo,
- o amarelo: por auxiliar na superação do
medo,
- o violeta: por representar a ascensão
espiritual e transcendência,
- o laranja: por gerar bem estar e disposição,
além de ajudar a se libertar dos medos,
- o índigo: por seu efeito anestésico,
- o azul: que é a cor mais indicada por
promover tranqüilidade e harmonia, ser
extremamente relaxante e por exercer influência
em pessoas com dor de garganta e com problemas
de dentição.7
Todavia a cor menos indicada e que não é
propícia a sua utilização em um consultório
odontológico é a cor vermelha, por ser estimulante
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e induzir a liberação de adrenalina, podendo, por
conseguinte, gerar atritos e violência.7
CONCLUSÃO
Dessa forma podemos concluir que o
conhecimento de novas técnicas para o controle
do medo e ansiedade é de importância relevante
em odontologia e mais especificamente em
odontopediatria, pois, em se tratando de crianças,
os sentimentos de ansiedade e medo se
intensificam e aparecem no consultório como uma
constante.
As terapias aqui expostas além de auxiliarem
de forma positiva no controle do medo, transformam
o ambiente do consultório em um ambiente
terapêutico agradável, transmitindo ao paciente uma
sensação de bem estar e conforto que marcam e
individualizam o espaço de trabalho. Por
transmitirem harmonia, essas terapias alternativas
também favorecem a cura e a promoção de saúde.
ABSTRACT
Fear corresponds to a biological innate function;
therefore responses to fear in various situations are,
in most of the cases, acquired by the learning
process. Like many kinds of fear, the fear of the
dental treatment can originate from past
experiences, directly from people in the family, or
indirectly through means of communication. In view
of the fear translated as anxiety is common in
dentistry appointment, it is up to the dentistry to
control the fear by calming the patient down. There
are therapeutic diversities used in order to achieve
this. Nowadays, it is noticeable an increase in the
interest in applying and developing alternative or
complementary therapy, since they are not only
efficient but also provide no harmful side effects.
Furthermore, these techniques aim at the individual
health, being applicable in the prevention, treatment
and cure. Their large acceptation is due to the
expensive private medical assistance and the high
prices of medication. The current work consisted
in a review of literature which has the goal of
providing the dentistry-surgeon with information
about some alternative/complementary resources
such as music therapy, aromatherapy and
cromotherapy in order to calm down the patient
releasing them from their tension, favoring the
odontological treatment and making the working
environment more pleasant. In conclusion, to know
about complementary therapies as one alternative
method to control the fear and anxiety, have
indicated for us efficient results. Furthermore, it is
one important ally to the dentists that make
children’s treatment.
UNITERMS: Alternatives/complementary therapies;
Dental anxiety; Fear.
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219-23.
Endereço para correspondência:
Profª Drª Kranya Victória Dias Serrano
Disciplina de Clínica Infantil- Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto-USP
Avenida do Café s/nº - Monte Alegre
CEP 14040-904 - Ribeirão Preto - SP
Recebido para publicação em 28/06/2005
Enviado para análise em 29/06/2005
Aprovado para publicação em 14/12/2005
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