V Encontro Nacional de Residências em Saúde 28-30 OUTUBRO 2015 | FLORIANÓPOLIS, SC O desafio da interdisciplinaridade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 V Encontro Nacional de Residência em Saúde Universidade Federal de Santa Catarina Roselane Neckel - Reitora Lúcia Helena Pacheco – Reitora Pró-Reitoria de Pós-Graduação Joana Maria Pedro – Pró-Reitora Juarez Vieira do Nascimento – Pró-Reitor Adjunto Pró-Reitoria de Extensão Edison da Rosa - Pró-Reitor Maristela Helena Zimmer Bortolini - Pró-Reitora Adjunta Comissão de Residências Multiprofissionais em Saúde da UFSC Francine Lima Gelbcke – Coordenadora Cassiano Ricardo Rech – Vice-coordenador Coordenação de Residências Multiprofissionais em Saúde da UFSC Flávia Martinello – Coordenadora RIMS Mareni Rocha Farias – Coordenadora REMULTISF Coletivo Catarinense de Residentes em Saúde Coletivo dos Residentes de Santa Catarina Comissão Organizadora do V ENRS Residente REMULTISF Camila Prado das Neves Residente REMULTISF Cassiano Ricardo Rech Tutor REMULTISF Christiny Regina Lopes Residente REMULTISF Daiane Santos Batista Residente RIMS Daniela Lemos Carcereri Tutor REMULTISF Deise Olidia Gonçalves Residente RIMS Eduarda Berckenbrock Bolsoni Residente REMULTISF Elisa Prieto Kappel Residente REMULTISF Fabiana Rosa da Cruz Externo Fernanda de Oliveira Externo Flávia Martinello Tutor RIMS Francine dos Reis Pinheiro Externo Francini Medeiros Residente REMULTISF Indiara Sartori Dalmolin Residente REMULTISF Keli Regina Dal Prá Tutor REMULTISF Keli Regina Dal Prá Tutor REMULISF Léo Fernandes Pereira Residente REMULTISF Lilian Suelen de Oliveira Cunha Residente REMULTISF Marcelo Machado Sassi Residente RIMS Mareni Rocha Farias Tutor REMULISF Maria Eduarda Merlin da Silva Residente PMF Mariane Pansera Residente RIMS Patrícia Teixeira de Vasconcelos Residente PMF Rafaela Grübel Werlang Cardoso Residente REMULTISF Renata Marques da Silva Residente REMULTISF Thais da Silva Ramos Residente REMULTISF Uiasser Thomas Franzmanm Excecução Universidade Federal de Santa Catarina Comissão de Residências Multiprofissionais em Saúde da UFSC Apoiadores Realização Coordenação de Residências Multiprofissionais em Saúde da UFSC Coletivo Catarinense de Residentes em Saúde Anais do V Encontro Nacional de Residências em Saúde Florianópolis, SC 2015 V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 Apresentação O Fórum Nacional de Residências em Saúde (FNRS) é uma instância organizativa e de articulação política dos residentes, preceptores, tutores e coordenadores na luta em defesa de programas de residências em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Caracteriza-se por um espaço de encontro de profissionais de saúde em formação, na modalidade de residência em saúde, que possibilita compartilhar experiências, discutir ideários, propor ações em defesa do SUS e da qualificação dos programas. Organiza-se e atua de forma aberta e descentralizada, por meio dos Coletivos Estaduais, Regionais, Locais e participações individuais. Uma das principais ações realizadas pelo Fórum é a realização do Encontro Nacional de Residências em Saúde. O FNRS já realizou quatro encontros Nacionais: • 2011 - Rio de Janeiro - RJ - Junto ao Encontro da Rede Unida. • 2012 - Porto Alegre - RS - Junto ao 10° Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. • 2013 – Fortaleza- CE - Nesse ano o evento teve como Tema: “Educação Permanente no Brasil: desafios para as residências em um contexto de precarização e privatização do SUS”. • 2014 – Recife – PE - O Tema desse Encontro foi: “Residências em Saúde como Estratégia de Educação Permanente para o Fortalecimento do SUS”. Neste ano, o V Encontro Nacional de Residências em Saúde (ENRS) será realizado em Florianópolis-SC, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no período de 28 a 30 de outubro de 2015. Essa edição é organizada pelo Coletivo Catarinense de Residentes em Saúde, com o apoio das COREMUs UFSC/PMF e UDESC/PMF. O encontro tem como tema “O Desafio da interdisciplinaridade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS”. Propõe-se promover a discussão acerca da atuação das equipes multiprofissionais de forma interdisciplinar no cuidado à saúde, entre os diversos atores sociais ligados aos programas de residências em saúde do Brasil. O evento contará com a participação de mais de 650 inscritos, 252 trabalhos aprovados e 20 palestrantes e debatedores convidados. Os encontros vêm sendo reconhecidos como espaço de aproximação e diálogo entre os diversos atores que compõem os programas de residências em saúde (residentes, preceptores, tutores, coordenadores), bem como entre trabalhadores da área de saúde, gestores, usuários e instituições, o que propicia troca de experiências, discussões, democratização e participação social através de rodas de conversa, grupos de trabalho, elaboração de relatório final com sugestões de melhorias nos programas de residências e compartilhamento de atividades culturais. Além disso, proporciona produção e divulgação científica acerca do trabalho em saúde voltado para o SUS e de experiências exitosas desenvolvidas nos programas de residências em todo o Brasil. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Comissão Organizadora V Encontro Nacional de Residências em Saúde Florianópolis, Outubro de 2015. educ açoã Sumário A ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO CUIDADO AO PACIENTE ACOMETIDO POR AVE HEMORRÁGICO Marcia Adriana Poll, Deisy Mello De Pinto, Mariele Castro Charão, Fernanda Fernandes Miranda, Sildney Rosa Marques A ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO CUIDADO AO PACIENTE ACOMETIDO POR INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA 1 Luiz Felipe Bastos Duarte, Lilian Bottaro Puerper, Lidiane Machado, Denise Aguiar Fernandes 2 3 4 Priscilla Lesly Perlas Condori, Renata Cristina Soares, Beatriz Helena Sottile França, Marilene da Cruz Magalhães Buffon A ÉTICA NO TRABALHO EM SAÚDE MENTAL COM PACIENTES TRANSGÊNERO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 5 Luisa Horn de Castro Silveira, Camila Saueressig, Dayane Degner Ribeiro Brasil A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL PARA O PACIENTE HIPERTENSO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 6 Fabrizio Do Amaral Mendes, Marlucilena Pinheiro Da Silva, Ana Caroline Lima Fonseca, Luiz Willyan Da Costa Moraes, Flavia Layana Pimentel Coutinho, Pedro Abdias Fernandes De Farias Aires A INCLUSÃO DE MORADORES DE RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA EM UM GRUPO DE ARTESANATO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE 7 Amanda Matias Barbosa, Bianca Brunelli Wolf, Sandra Guimarães Dos Santos, Regina Yoneko Dakuzaku Carretta A INSERÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NAS ATIVIDADES DE APOIO MATRICIAL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 8 A INSERÇÃO DO PROFISSINAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO HOSPITALAR 9 Zaira Letícia Tisott , Deise Dos Santos Pretto, Francine Gonçalves Freitas, Juliana Maia Borges Beatriz Paulo Biedrzycki, Bruna Lima Selau, Daniel Tietbohl Costa, Adriano Tusi Barcelos A PERCEPÇÃO DOS PRINCÍPIOS BIOÉTICOS NO MÉTODO CANGURU: UMA REVISÃO INTEGRATIVA A TERRITORIALIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE 12 Lidiane Almeida Moura, Ana Osmarina Quariguasi Magalhães Frota, Margarida Angélica Freitas, Jéssica Andressa Soares de Carvalho, Maria Clariciane Cabral Almeida, Thabata Krishna Ribeiro Franco Vilanova A VISÃO DOS RESIDENTES SOBRE O ACOLHIMENTO EM UMA UNIDADE DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Mayara Lindenmeyer, Sonia Mara da Silva Kampff, Rose Mara dos Santos Nunes, Luciana Morellato, Patrícia Muller Souza A ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA, NA ESTRATÉGIA EM SAÚDE DA FAMÍLIA, FRENTE A SITUAÇÕES DE MAUS TRATOS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES 11 Nirley Mara Alves Domingues, Ana Karla Ramalho Paixão, Edna Jéssica Lima Gondim, Gabriela Maciel Silva, Rayana Feitosa Nascimento, Rianna Nargilla Silva Nobre, Ana Ravenna Sales Soares Josefine Busanello, Jéssica Sanhudo Martins, Juliana Machado Serafini A ATUAÇÃO DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS EM GRUPOS TERAPÊUTICOS/CONVIVÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA A PRÁTICA INTERPROFISSIONAL NA PUERICULTURA: REFLEXÕES NA VISÃO DE UM RESIDENTE 13 ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO CONTEXTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA: UM ENFOQUE GRUPAL 14 Janes Alice Jauer, Gabriela Capitão De Melo, Andressa Henke Belle, Ingrid Francke, Mônica Karine Schneider ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR PARA A REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS ANTIHIV, SÍFILIS E HEPATITE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 15 Miria Elisabete Bairros Camargo, Maria Renita Burg Figueiredo, Denise Aguiar Fernandes , Pâmela Domingues Botelho, Lidiane Machado, Luciana Czerner , Estela Schiavini Wazenkeksi ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NAS AÇÕES EDUCATIVAS COM PACIENTES E ACOMPANHANTES NA PEDIATRIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 16 Cecilya Mayara Lins Batista, Fabiana Lima Silva, Cilânea Dos Santos Costa, Danielle Cristina Gomes Gomes, Micarla Priscila Silva Dantas, Jéssica Barros Rangel, Rayane Santos De Lucena ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES DE CARDIOPATIA ISQUÊMICA 17 Paulo Rogério Zacouteguy Fernandes, Dayana Dias Mendonça, Bruna Silveira De Almeida, Suzimara Monteiro Pieczoski, Stefanny Ronchi Spillere, Bruna Zortea, Ane Glauce Freitas Margarites ACOLHIMENTO SOB A ÓTICA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA-RS 18 Catheline Rubim Brandolt, Márcia Yane Girolometto Ribeiro 10 Kamille Lima de Alcântara, Ana Maria Ferreira Alves, Daniare Maria de Lima, Larissa Ludmila Monteiro de Souza Brito, Radmila Alves Alencar Viana, Viviane Josiane de Mesquita ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM PRONTO ATENDIMENTO EM UM HOSPITAL DE ENSINO19 Cristiane Carla Dressler Garske, Betina Brixner, Alice Pereira Freitas AMBULATÓRIO DE CURATIVOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES DE ENFERMAGEM 20 ATUAÇÃO DE EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 30 Daniela Patrícia Tres, Jéssica Rosin, Reginaldo Passoni dos Santos, Roger Rodrigues Peres, Anair Lazzari Nicola, Luciana Magnani Fernandes, Josefa Brás da Silva Paulo Rogério Zacouteguy Fernandes, Dayana Dias Mendonça, Bruna Silveira De Almeida, Suzimara Monteiro Pieczoski, Stefanny Ronchi Spillere, Bruna Zortea ARTE E SAÚDE: A CRIATIVIDADE COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE ATUAÇÃO DOS NUTRICIONISTAS RESIDENTES EM UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL DE UM HOSPITAL 31 DE ENSINO 21 Fernanda Monte da Cunha, Juliana Allgayer, Emerson Silveira de Brito AS NECESSIDADES DE SAÚDE DE PACIENTES 22 COM DOENÇAS CRÔNICAS Caroline Figur Dos Santos, Dolores Sanches Wünsch, Geneviève Lopes Pedebos ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇA 23 COM DIAGNÓSTICO DE MIOCARDIOPATIA Graziele Caroline Cardoso De Sousa, Caroline Berté, Caroline Seixas Ribeiro de Freitas, Bianca Fontana Aguiar, Luana Tonin, Larissa Marcondes, Jackeline Lazorek Saldanha da Silva ASSISTÊNCIA DOS RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS NO CUIDADO AO PACIENTE NEUROLOGICO: TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO 24 ATENDIMENTO DE UMA EQUIPE DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS NO CUIDADO AO PACIENTE AMBULATORIAL: UM 25 RELATO DE EXPERIÊNCIA Juliana Dos Santos De Oliveira, Bruna Hirano Imbriani, Fabianne Banderó Hoffling, Pâmela Guimarães Siqueira, Nagele Fatica Beschoren, Vanessa Ré, Jucelaine Arend Birrer Jéssica Sanhudo Martins, Naira Thalita Castro Pessano, Fernanda Fernandes Miranda, Patricia Dutra Sauzem ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO AMBULATÓRIO DE PNEUMOLOGIA INFANTIL 27 ESPECIALIZADO EM FIBROSE CÍSTICA Nathalia Zinn de Souza, Adriano Tusi Barcelos, Vanessa Campes Dannenberg, Bruna Lima Selau, Gabriela Curbeti Becker, Aline dos Santos Marquetto, Gabriela Alves Pereira, Ana Ravenna Sales Soares 28 Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares de Mesquita, Maria do Patrocínio Barros Neta, Karla Orlany Alves Costa Gomes, Marlen Vasconcelos Alves Melo, Samya Rebeca Rocha Ferreira ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE FERIDAS 29 CRÔNICAS NO CONTEXTO DOMICILIAR V Encontro Nacional de Residência em Saúde • Florianópolis/SC • 1 • (Suplemento 1) • Dez/2015 Karla Orlany Alves Costa Gomes, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares de Mesquita, Maria do Patrocínio Barros Neta, Samya Rebeca Rocha Ferreira, Marlen Vasconcelos Alves Melo AUTOMEDICAÇÃO EM UNIVERSITÁRIOS NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA 33 BRINQUEDOTECA HOSPITALAR: DISPOSITIVO 34 PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE Marina Haas de Leone, Deise Cararo, Gabriela Weber Itaquy, Mônica de Oliveira Dutra, Elisângela Dornelles Coffy, Lauriane Marques Martins BUSCA ATIVA DE NOVOS CASOS E DE SEGUIMENTO DE SÍFILIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONIS ATUANTES EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE 35 CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO EM TRATAMENTO RADIOTERÁPICO: UMA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR EM GRUPO 36 COMUNIDADE QUILOMBOLA URBANA: SOB O OLHAR DE UMA RESIDENTE 37 Maria Luiza Silveira, Silvana Basso Miolo; Gabriela Castro Kuinchtner; Luciana Schiavo; Patrícia Bastianello Campagnol; Karen Bianchin Spall ATUAÇÃO CLÍNICA DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA26 Estela Dos Santos Schons, Leticia Silveira Cardoso ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL AO PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO DE HÉRNIA 32 UMBILICAL ESTRANGULADA Jéssica Pinheiro Carnaúba, Fernanda Rafaella Barbosa dos Santos, Mariana de Sousa Farias, Suely Paiva de Morais Maria do Patrocínio Barros Neta, Marlen Vasconcelos Alves Melo, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares de Mesquita, Karla Orlany Alves Costa Gomes, Vicente de Paulo Teixeira Pinto ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO CUIDADO À VÍTIMA DE TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR Katiane Schmitt Dalmonte, Katiele Baelz, Francieli Rossoni Da Silva Malu Anton Eichelberger, Luziane Fabiani, Valentina Bernardi Alves e Camila Baldissera Miria Elisabete Bairros Camargo, Pâmela Domingues Botelho CONSTRUINDO UM TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA: VIVÊNCIAS DE PSICÓLOGAS 38 RESIDENTES Catheline Rubim Brandolt, Jéssica Vaz Lima, Patrícia Matte Rodrigues, Pâmela Kurtz Cezar, Patrícia Paraboni, Dorian Mônica Arpini CONTRIBUIÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA NA ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA ODONTOLÓGICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 39 Dulce Pimenta Gonçalves, Aline Soares Figueiredo Santos, Patricia Helena Costa Mendes CONTRIBUIÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ASSISTENCIA A UM PACIENTE COM NEOPLASIA RENAL 40 Marlen Vasconcelos Alves Melo, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Denise Tavares de Mesquita, Helanio Arruda Carmo, Karla Orlany Alves Costa Gomes, Maria do Patrocínio Barros Neta, Samya Rebeca Rocha Ferreira CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRITICO EM USO DE BALAO INTRA AORTICO 41 Giovanna Peres Uzejka, Liarine Fernandes Bedin, Rodrigo Madril Medeiros CUIDADOS DO PRÉ-NATAL –ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER Gerusa Bittencourt, Vânia Celina Dezoti Micheletti CUIDADOS PALIATIVOS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ONCOLÓGICO TERMINAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 42 43 44 DESAFIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA SALA DE SITUAÇÃO EM SAÚDE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 45 Marcos Felipe Genuca da Silva, Eline Mara Tavares Macedo, Renan Brasil Cavalcante Citó, Gabriela de Castro Rodrigues, Elenice Araújo Andrade, Fernanda Pinheiro Peixôto de Souza, Anna Rachel Alves Forte de Menezes ENCONTROS AUTOGESTIONADOS, AUTONOMIA E LIBERDADE NO PROCESSO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE 46 Fernanda Monte Da Cunha, Gabriela Fávero Alberti, Diogo Vaz Da Silva Júnior, Gabriela Dalenogare ESTUDO DAS INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS ENTRE O CLOPIDOGREL E INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS EM PACIENTES COM DOENÇA CORONARIANA 47 Kamila Mesacasa Trentin, Simone Cristina Dutra, Fernanda da Rocha Lapa 48 Amanda Matias Barbosa, Ramon Paiva Ribeiro, Eliane Bruno Prates Silva, Tainan de Castro Silva, Anamaria Siriani de Oliveira GLICOGENOSE I: DISCUSSÃO DE CASO À LUZ DA CLÍNICA AMPLIADA 49 Dolores Sanches Wünsch, Renata de Sá Teixeira, Taline Cheron, Camila Heiden Glonek Junkes, Tatiane Alves Vieira, Mariana Martini, Daniel Tietbohl Costa GRUPO DE FÉRIAS-BRINCANDO E APRENDENDO SOBRE OS ALIMENTOS, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA GRUPO DE MOVIMENTO TERAPÊUTICO, O EXERCÍCIO FÍSICO COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL 52 HOMENS EM AÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 53 Rhuan Carlos Cavalcante Lucas, Thayse Fernanda Silva Gomes, Rayana Rodrigues Lira, Tatiana Soares de Oliveira Abreu, Sonia Maria Ferreira Queiroz e Silva Catheline Rubim Brandolt, Jéssica Vaz Lima, Patrícia Matte Rodrigues, Pâmela Kurtz Cezar, Patrícia Paraboni, Dorian Mônica Arpini Experiência de um grupo de atividade física em uma comunidade 51 Pablo Antônio Bertasso de Araújo, Jessica Jacinto Krug, Elisangela Maria Pantoja Schuck, Caren Cristina Wiles Della Mea, Lauriana Urquiza Nogueira Tatiane Motta Da Costa E Silva, Raquel Cristina Braun Da Silva, Rodrigo De Souza Balk, Stephanie Jesien Maira Scaratti, Valentina Bernardi Alves, Camila Baldissera, Luziane Fabiani, Malu Anton Eichelberger DESAFIOS DA INSERÇÃO DA PSICOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA GRUPO DE GESTANTES: UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL 50 Liliane Alves de Faria Pereira, Juliana Cristina Ferreira de Sousa, Ducelia Cristina Ferreira Sorrini, Natália de Almeida Marques Lemos IMPEDINDO AS CRIANÇAS DE SER CRIANÇA: A MEDICALIZAÇÃO 54 Débora Cherobini, Andressa Baccin Dos Santos, Daiane Rodrigues De Loreto, Aline Teixeira De Lima, Ângela Maria De Souza Lima, Ticiane Silva Raimundo IMPLANTAÇÃO DE UM GRUPO DE CUIDADO INTERDISCIPLINAR EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Luisa Horn De Castro Silveira, Camila Saueressig, Dayane Degner Ribeiro Brasil IMPLANTAÇÃO DE UM GRUPO DE PROMOÇÃO A SAÚDE PELA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Michele, Jessica Albino, Larissa Boing, Nadia Rafaela Dos Santos, Suzana Aparecida Lara De Andrade, Verônica De Azevedo Mazza 55 56 IMPLEMENTAÇÃO DA RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E 57 EMERGÊNCIA NO SUL DO BRASIL Vânia Regina Dutra Vargas, Josefine Busanello, Juliana Machado Serafini, Sildney Rosa Marques , Anali Martegani Ferreira, Rafael Tamborena Malheiros, Antonio Adolfo Mattos De Castro INDICADORES DE SAÚDE: PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO EM IDOSOS DO TERRITÓRIO 58 Fernanda Rafaella Barbosa Dos Santos, Suely Paiva De Morais, Jéssica Pinheiro Carnaúba, Mariana de Sousa Farias INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO PROGRAMA DE DESOSPITALIZAÇÃO PEDIÁTRICA EM UM HOSPITAL GERAL Renata de Sá Teixeira, Taline Cheron, Tatiana Prade Hemesath 59 MUDANÇAS NO CUIDADO AOS FAMILIARES DE USUÁRIOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL DECORRENTES À REFORMA PSIQUIÁTRICA: 60 UMA REVISÃO DE LITERATURA Emanuele Musskopf, Vivian Marx, Janes Alice Jauer, Gabriela Capitão De Melo, Luciana Silva Da Rocha, Andressa Henke Belle, Lovaine Rodrigues NÚCLEO DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR DO HU/UFSC: IMPLEMENTAÇÃO SOMADA A INTEGRAÇÃO DO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM 61 Gabriel Campos Louzeiro, Andressa Rodrigues De Camargo, Etiene De Andrade Munhoz, Inês Beatriz Da Silva Rath, Augusto Bodanezi, Mariáh Luz Lisboa O BRINCAR COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO DE DIFERENTES NÚCLEOS DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA DE UM HOSPITAL DO INTERIOR DO ESTADO DO RS 62 O BRINCAR NO CONTEXTO HOSPITALAR 63 O CUIDADO EM SAÚDE NUMA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL PEDIÁTRICA 64 Bruna Schio, Tatiane Cappelari Silveira, Danieli Lunkes , Luisiana Fillipin Onófrio, Sandra Regina Sallet , Luciana Da Silva Barberena Beatriz Paulo Biedrzycki, Bruna Lima Selau, Daniel Tietbohl Costa Afonso Rodrigues Tavares Netto, Ana Cláudia Vieira Gomes , Andréa Valente Braga, Giana Carla Lins de Albuquerque Meireles, Milena Lins da Cunha Dias, Roselle Crystal Varelo Dantas, Sílvia Virgínia Pereira da Silva O FOMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE NA UTI: VISITA MULTIPROFISSIONAL EM FOCO 65 Fernanda Marques Dd Sousa, Merilin Carneiro de França, Thaíse Anataly Maria de Araújo, Auriceli Silva Araújo, Romulo Pereira de Moura Sousa O GASTO DAS FAMÍLIAS COM SAÚDE: UMA ANÁLISE A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO Adriana Silva, Keli Regina Dal Prá 66 O OLHAR INTERDISCIPLINAR DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL SOBRE O CUIDADO NA GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA 67 Maira Rafaela Röhrig Da Costa, Ana Amélia Nascimento Da Silva Bones, Marina Ramos Bopsin, Silvio César Cazella O SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR: UM OLHAR PELA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 68 O TRABALHO COM FAMÍLIAS NO CONTEXTO INTERDISCIPLINAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NO CAMPO DA ONCOHEMATOLOGIA 69 Caroline Figur Dos Santos, Geneviève Lopes Pedebos, Larri Padilha Viega, Rosalia Vargas Campanha O trabalho do Assistente Social na Unidade de Cuidados Especiais: ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA BUSCA DA INTEGRALIDADE NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE 70 V Encontro Nacional de Residência em Saúde • Florianópolis/SC • 1 • (Suplemento 1) • Dez/2015 71 OFICINA ESPELHO MEU: REFLEXOS NA AUTOIMAGEM DE USUÁRIOS DE UM CAPS AD 72 Fabrizio Do Amaral Mendes, Flavia Layana Pimentel Coutinho, Pedro Abdias Fernandes De Farias Aires, Claudia Sena Ferreira, Tarine Barbosa Pedroso Marlene Gomes Terra, Niúra Massario Dos Santos, Valquíria Toledo Souto, Lionara De Cássia Paim Marinho Os desafios de uma equipe multiprofissional na realização do teste rápido de HIV, Sífilis e Hepatite B: relato de experiência 73 Ariele Do Amaral Simon, Vanessa Rauter De Oliveira, Luiz Felipe Bastos Duarte PERCENTUAL DE PORTADORES DE HIPERTENSÃO ACOMPANHADOS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 74 Fernanda Rafaella Barbosa Dos Santos, Suely Paiva De Morais, Jéssica Pinheiro Carnaúba, Mariana De Sousa Farias PERFIL DOS PACIENTES ACOMPANHADOS EM UM PROJETO TERAPEUTICO SINGULAR Dolores Sanches Wünsch, Taline Cheron, Camila Heiden Glonek Junkes, Beatriz Paulo Biedrzycki, Lucas Miyake Okumura, Juliana Lammel Ricardi, Flávia Lago Dorneles 75 PERFIL DOS USUÁRIOS DE UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL: AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR 76 Juliano Rodrigues Adolfo, Carine Muniz, Barbara Kreibich Muller Haas, Fernanda Oliveira Ulguim, Tania Cristina Malezan Fleig PORTA DE ENTRADA AO SERVIÇO DE PSICOLOGIA EM UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: REFLEXÕES SOBRE O FAZER A PARTIR DA FORMAÇÃO EM SERVIÇO Mateus Augusto Pellens Baldissera, Fabiana Schneider, Viviane Vasconcellos Kulmann Juliana Dos Santos De Oliveira, Sofia Hardman Côrtes Quintela, Bruna Hirano Imbriani, Karla De Souza Maldonado Da Silva, Luana Brondani Costa, Franciele Moraes Carmen Lucia Nunes da Cunha O TRABALHO DO ENFERMEIRO E DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DAS CRIANÇAS ATENDIDAS NA OFICINA TERAPEUTICA DO CAPSI 77 POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM TUBERCULOSE 78 Luciana Barcellos Teixeira, Josiane Dos Santos, Mariana Gunther Borges, Priscilla Rocha Da Fonseca, Denise Gomes PRINCIPAIS TIPOS DE MAUS TRATOS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES - SOB A ÓTICA DA ODONTOLOGIA 79 Priscilla Lesly Perlas Condori , Renata Cristina Soares, Beatriz Helena Sottile França, Marilene Da Cruz Magalhães Buffon PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR NA ATENÇÃO HOSPITALAR: UM DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 80 Caroline Figur Dos Santos, Larri Padilha Viega, Andreia Engel Bom, Estela Beatriz Behling, Maite Telles Dos Santos, Marcelino Oliveira Cazé, Raquel D’Agostini Silva PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR NO ÂMBITO HOSPITALAR: UMA EXPERIÊNCIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 81 José Henrique Linhares, Vicente De Paulo Teixeira Pinto, Michelle Alves Vasconcelos Ponte, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares De Mesquita, Maria Do Patrocínio Barros Neta, Karla Orlany Alves Costa Gomes PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR PARA PACIENTE COM SÍNDROME DE APERT: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM CASO COMPLEXO 82 Dolores Sanches Wünsch, Renata De Sá Teixeira, Tatiane Alves Vieira, Natalia Marcolin, Beatriz Paulo Biedrzycki, Elisiane Do Nascimento Da Rocha, Lucas Miyake Okumur PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR: UM INSTRUMENTO DE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 83 Daniel Tietbohl Costa, Mariana Martini, Renata de Sá Teixeira, Natalia Marcolin, Juliana Lammel Ricardi, Elisiane do Nascimento da Rocha, Vera Lúcia Bosa PROMOÇÃO DO CUIDADO INTEGRALIZADO: ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONALNA ATENÇÃO A SAÚDE DA GESTANTE NO PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO 84 Cecilya Mayara Lins Batista, Daniella Cristina De Sá Carneiro Costa Linhares, Jamila Silva De Sousa Paulino, Fabiana Lima Silva, Denise Soares De Almeida, Myrna Raquel Agra Sousa REFLEXÕES ACERCA DO AUTOCUIDADO: A BUSCA PELA DUPLA INDEPENDÊNCIA 85 Hugo Belini Sá Freire Santos Batista, Silvia Regina de Mesquita Hubner REGULAÇÃO DA FILA DE ESPERA PARA AMBULATÓRIO DE PSICOLOGIA COMO ATRIBUIÇÃO DO PSICÓLOGO DO NASF: RELATO DE EXPERIÊNCIA Cristiane Aragão Santos, Ana Paula Ferreira Gomes RELATO DE EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DE EDMONTON (ESAS-r) EM UM AMBULATÓRIO DE CUIDADOS PALIATIVOS 86 87 88 89 Ana Carolina Zanchet Cavalli, Ana Paula Padilha, Paola Nunes Goularte RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR A NÍVEL HOSPITALAR Rosalia Vargas Campanha, Andreia Engel Bom, Maite Telles Dos Santos, Thaiane Martins De Lima, Gabriela Fumegalli, Fabiane Espíndola Gomes, Luciane Beitler Da Cruz RELATO DE EXPERIÊNCIA NO SERVIÇO DO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO ITINERANTE DO MUNICÍPIO DE ARACAJU/SE 92 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO AUXÍLIO E DIAGNÓSTICO DA HANSENÍASE 93 Taline Santos Almeida, Ilva Santana Santos Fonseca Márcia Valéria Bezerra Cunha, Eriko Marvão Monteiro Duarte, Lucilene Silva Oliveira Lopes RELATO DE EXPERIÊNCIA: CONTRIBUIÇÃO DE ENFERMEIROS RESIDENTES NO CUIDADO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NA EQUIPE DO CONSULTÓRIO NA RUA 94 Aline Carla Rosendo Da Silva, Brena De Aguiar Leite RESIDÊNCIA EM PSICOLOGIA: A INTERVENÇÃO NO DIAGNÓSTICO DO DELIRIUM EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) 95 Mayara Schirmer Moerschberger, Elaine Cristina Bretas, Janaina De Almeida RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL E ATIVIDADES RECREATIVAS Á PESSOAS COM TRANSTORNO MENTAL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 96 RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: PERSPECTIVAS PARA O ENFERMEIRO 97 Deisy Mello De Pinto, Mariele Castro Charão, Josefine Busanello, Marta Panciera Blanco Lara Suzane Weber, Maira Rafaela Röhrig Da Costa, Millene Peduce, Silvia Brasilina De Souza Aranha, Jane Iândora Heringer Padilha RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS NO ATENDIMENTO AO PACIENTE EM CUIDADOS PALIATIVOS Ana Cristina Lage, Bárbara Rezende Guarini, Plínio Dos Santos Ramos Zaira Letícia Tisott , Deise Dos Santos Pretto, Francine Gonçalves Freitas, Juliana Maia Borges , Fernanda De Almeida Cunha Nathália Moreira Albino, Luan Augusto Alves Garcia, Letícia Andrade Silva, Raquel Lima Dornfeld RELATO DE EXPERIÊNCIA DE OFICINAS REALIZADAS COM FAMILIARES EM UMA UTI PEDIÁTRICA RELATO DE EXPERIÊNCIA DO FISIOTERAPEUTA SOBRE A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAUDE COM ÊNFASE EM TERAPIA INTENSIVA E URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 91 90 SENSIBILIZAÇÃO QUANTO A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E PRÓSTATA NO CONTEXTO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA 98 Karine Melo De Freitas, Franciany Grazielly Niza Cardoso, Deyverson Ricardo Pereira De Souza, Joelma Da Silva Freitas, Dulce Pimenta Gonçalves, Aline Ribeiro Nepomuceno Mota TECENDO REDES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 99 Franciele Ramos Figueira, Mariana Dos Santos Sabin, Thaiciane Grassi, Valeska Daniele De Mello Mendes TRABALHO DE PARTO EM FOCO: SENSIBILIZANDO GESTANTES 100 Rebeca Bandeira Barbosa, Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Sarah Persivo Alcântara, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Fernando Cavalcante Simões, Luciano Santos Da Silva Filho, Ana Cristina Oliveira Barreto TRABALHO EM GRUPO: ATUAÇÃO DO NUCLEO DE FONOAUDIOLOGIA NA SAÚDE COLETIVA 101 Diana Weber Bartz, Martina Sulek, Karina Antes de Souza, Sheila Petry Rockenbach TRANSPLANTE HEPÁTICO INFANTIL: PAPEL DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO AMBULATÓRIO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 102 Loredana Amaral Marzochella, Michele Cardoso Corrêa, Nathalia Zinn De Souza, Letícia Dione Caruccio, Larissa Edom Bandeira, Lauren Perdigão Affonso, Aline Dos Santos Marquetto A VISITA DOMICILIAR ENQUANTO TECNOLOGIA DE INTERAÇÃO PARA O PROFISSIONAL FARMACÊUTICO NA SAÚDE DA FAMÍLIA 103 ATUAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM GRUPO DE EXERCÍCIO FÍSICO VISANDO À PROMOÇÃO 112 A SAÚDE Pablo Antonio Bertasso de Araujo, Jéssica Jacinto Krug, Katiucia Souza de Amorim, Lauriana Urquiza Nogueira, Scharlene Clasen, Leandro Andrade dos Santos, Fares Rashad Muslih Ahmad AUTO-CUIDADO COM A SAÚDE DOS USUÁRIOS 113 EM SOFRIMENTO PSÍQUICO Andrigo Antonio Lorenzoni, Fernanda Manzini, Leandro Ribeiro Molina Dayane Degner Ribeiro Brasil, Laís de Freitas Oliveira “DE ONDE VÊM OS ALIMENTOS”: ATIVIDADE LÚDICA COMO FORMA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ESCOLARES, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. 104 AVALIAÇÃO DO USUÁRIO COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE 114 Larissa Boing, Nadia Rafaela dos Santos, Jessica Albino, Michele Jacowski, Doroteia Aparecida Höfelmann A DOCÊNCIA INTEGRADA E O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS POR RESIDENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 105 Elayne Karolina Alencar Braga, Alisson Tiago Gonçalves Vieira, Clécia Dias Alcântara Palmeira, Eliane Gomes Nunes Leite, Kaline Kelly Rodrigues Farias, Nayara Ferreira do Espírito Santo, Priscila Maria Pereira Araújo A INSERÇÃO DE RESIDENTES EM UM NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: DESAFIOS E POTENCIALIDADES 106 Lisiane Bernhard Hinterholz, Elizane Medianeira Gomes Pires, Elenir Terezinha Rizzetti Anversa, Fábio Mello da Rosa A REALIDADE DAS RESIDÊNCIAS MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE: POSSIBILIDADES E DESAFIOS Giseli Bezerra de Oliveira, Fernanda Marques de Sousa 107 A RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE E A INTERDISCIPLINARIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA 108 Vanessa Soares Rehermann, Tatiane Moreira Vargas, Gisele Selistre Ramon A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL COMO FACILITADORA DA INTEGRALIDADE E DO APOIO MATRICIAL NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE UM PERCURSO DE REDE 109 Renan Brasil Cavalcante Citó, Elenice Araújo Andrade, Eline Mara Tavares Macêdo, Fernanda Rafaella Barbosa dos Santos, Gabriela de Castro Rodrigues, Lia Aragão Bezerra, Marcos Felipe Genuca da Silva A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO EM UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA 110 Cassiela Roman, Mateus Augusto Pellens Baldissera, Claudete Adriana Moretti, Fabiana Scnheider, Viviane Vasconcellos Kulmann, Francine Feltrin De Oliveira, Leila Juliana Antunes Riggo ANÁLISE DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE IMPLEMENTADA PELAS SECRETARIAS ESTADUAIS DE SAÚDE DA REGIÃO SUDESTE 111 Lidiane de Freitas Sarmento, Tânia França, Kátia Rejane Medeiros, Ana Claúdia Pinheiro Garcia V Encontro Nacional de Residência em Saúde • Florianópolis/SC • 1 • (Suplemento 1) • Dez/2015 Maynara Fernanda Carvalho Barreto, Maria do Carmo Lourenço Haddad, Cassieli Beatrice Tossin, Marcia Danieli Schmitt, Flavia Boaretto, Andreza Daher Delfino Sentone, Mariana Angela Rossaneis CAPACITAÇÃO CONTÍNUA DE TUTORES E PRECEPTORES NA RMP UMA NECESSIDADE 115 Silvia Justina Papini, Maria Helena Borgato, Cassiana M. Bertoncello Fontes, Claudia Helena Bronzato Luppi, Ana Silvia Sartori Barravieira S. Ferreria, Janete Pessuto Simonetti, Denise De Cássia Moreira Zornoff EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM 116 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Maria do Patrocínio Barros Neta, Samya Rebeca Rocha Ferreira, Fernanda Alves Damasceno, Jarlan Ted do Nascimento Lima, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, José Henrique Linhares EDUCAÇÃO PERMANENTE EM FOCO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM AS AGENTES COMUNITÁRIAS DE SAÚDE DE UMA UBS 117 Luciano Santos da Silva Filho, Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Rebeca Bandeira Barbosa, Ana Cristina Oliveira Barreto, Sarah Persivo Alcântara, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Fernando Cavalcante Simões EDUCAÇÃO PERMANENTE NAS REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE 118 Myrna Ellane Dias Costa, Fernando Rodrigues Peixoto Quaresma, Layanne Santos Carneiro HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 119 Andressa Soares Seer, Bianca Fontana Aguiar, Leticia Pereira de Carvalho, Samara Andrade, Jane Melissa Webler, Biana Matucheski. INTERDISCIPLINARIDADE NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSSIONAL DA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO, DA UNIVERSIDADE 120 ESTADUAL PAULISTA-BRASIL Silvia Justina Papini, Maria Helena Borgato, Cassiana M. Bertoncello Fontes, Ana Silvia Sartori Barravieira Ss Ferreria, Janete Pessuto Simonetti, Denise De Cássia Moreira Zornoff, Silvana Andrea Molina Lima METODOLOGIA ATIVA E MÍDIAS NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA 121 Marina Medeiros Pombo, Silvio César Cazella, Ana Amélia Nascimento Da Silva Bones O PAPEL DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 122 NO ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA Ana Amélia Nascimento da Silva Bones, Silvio César Cazella, Millene Peduce, Luciana Ohveiler Mandião, Marina Medeiros Pombo O USO DO GENOGRAMA E DO ECOMAPA COMO 123 FERRAMENTA NA LINHA DE CUIDADO Lara Suzane Weber, Ana Amélia Nascimento da Silva Bones, Márcia Pereira Saraiva, Silvio César REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DOCENTE DOS PRECEPTORES DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE Bruno Bezerra Maciel ATUAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA 134 Karine Melo De Freitas, Franciany Grazielly Niza Cardoso, Deyverson Ricardo Pereira De Souza, Joelma Da Silva Freitas, Dulce Pimenta Gonçalves, Aline Ribeiro Nepomuceno Mota 124 Eline Mara Tavares Macedo, Marcos Felipe Genuca Da Silva, Elenice Araújo Andrade, Gabriela De Castro Rodrigues, Renan Brasil Cavalcante Citó RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO GRUPO DE 125 HIPERTENSO E DIABETICO Márcia Valéria Bezerra Cunha, Eriko Marvão Monteiro Duarte, Lucilene Silva Oliveira Lopes RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA ENQUANTO PRÁTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE AÇÃO EM COMUNIDADE COMO ESTRATÉGIAS PARA ACESSO E CUIDADO INTEGRAL AOS ADOLESCENTES 133 126 Francisco Timbó De Paiva Neto, Ana Osmarina Quariguasi Magalhães Frota, Francisca Elzenita Alexandre, Margarida Angélica Freitas, Lidiane Almeida Moura, Jéssica Andressa Soares De Carvalho, Maria Clariciane Cabral Almeida CONSTRUÇÃO DO CONSELHO LOCAL DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 135 Emili Martins da Silveira, Bruna Vieira IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DA PRODUÇÃO CULTURAL COMO INSTRUMENTO MOBILIZADOR DE PROCESSOS DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL136 Franciele Machado Dos Santos, Tatiane Motta Da Costa E Silva, José Wesley Ferreira O RESIDENTE NO PAPEL DE RELATOR NA PRÉCONFERÊNCIA DE SAÚDE 137 Bruno Henrique Santos, Gabriela Gianichini Silva, Miria Elisabete Bairros Camargo, Maria Renita Burg Figueiredo, Simone dos Santos, Raquel dos Santos de Souza, Juliana Cardoso Rodrigues PARTICIPAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE DA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL 138 PERCEPÇÕES COMUNITÁRIAS 139 RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE: 127 ANÁLISE DA OFERTA DE PROGRAMAS Lisiane Bernhard Hinterholz, Elizane Medianeira Gomes Pires, Elenir Terezinha Rizzetti Anversa, Fábio Mello Da Rosa REUNIÕES MULTIPROFISSIONAIS EM UMA UTI 128 PEDIÁTRICA Rui Teixeira Lima Junior, Eliane Gomes Santos, Maria Eunice Waughan da Silva, Rodrigo Neves Amaral de Souza, Luanda Café Santana dos Santos Lidiane de Freitas Sarmento, Tânia França Michele Cardoso Corrêa, Vanessa Campes Dannenberg, Gabriela Alves Pereira, Letícia Dione Caruccio, Larissa Edom Bandeira, Lauren Perdigão Affonso, Aline dos Santos Marquetto URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA? UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 129 Ariane Gonçalves Raupp, Francieli Comin Flores, Sabrina Lacerda da Silva, Cíntia Regina Dreunig Ferreira, Êrica Rosalba Mallmann Duarte A PARTICIPAÇÃO DO RESIDENTE NA ORGANIZAÇÃO DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL 130 DE SAÚDE Luciana Fantinel Ruiz, Maria Renita Burg Figueiredo, Mitiyo Araújo Debora Serafim, Denise Alves, Nidiane Vargas, Vivian Goulart A PARTICIPAÇÃO POPULAR COMO FERRAMENTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE SAÚDE E POLÍTICA: RELATO DE FORMAÇÃO DE UM 131 CONSELHO LOCAL DE SAÚDE Claudete Adriana Moretti, Mateus Augusto Pellens Baldissera, Cassiela Roman, Viviane Vasconcellos Kulmann, Francine Feltrin de Oliveira A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO CONTEXTO DE PRIVATIZAÇÃO DO SUS 132 Nathália Moreira Albino, Priscila Maitara Avelino Ribeiro, Daiana Cristina do Nascimento, Rosana Arantes Freitas PERCEPÇÕES DOS RESIDENTES EM SAÚDE MENTAL SOBRE: TRABALHO, ESTIGMA E USO DE DROGAS: ENCRUZILHADAS DA INSERÇÃO AO MERCADO ATUAL 140 Benedita Maryjose Gleyk Gomes, Raquel Dutra Cunha Silva, Auriane Quixaba da Paixão de Sousa , Neydemar Cabral de Lima Ferreira , Maria Catarina Machado Paz, Lilia Fernandes de Moraes PROJETO SAÚDE NO TERRITÓRIO: UMA FERRAMENTA DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL EM PROL DA QUALIDADE DE VIDA DE UMA COMUNIDADE 141 Marcos Felipe Genuca da Silva, Eline Mara Tavares Macedo, Renan Brasil Cavalcante Citó, Gabriela de Castro Rodrigues, Elenice Araújo Andrade, Fernanda Pinheiro Peixôto de Souza, Mayara de Sousa e Silva SALA DE ESPERA DE CONTROLE SOCIAL: O RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM DESAFIO 142 Evaldo Fábio Da Silva, Jucélia Salgueiro Nascimento, Kamylla Maryana Barros Aguiar, Elizabeth Rose Nogueira De Albuquerque, Luana Dos Santos Nunes, Gleiciane Oliveira Faustino, Jéssica Maria Barros Da Silva TERRITORIALIZANDO: CONHECENDO A COMUNIDADE PELO OLHAR DA JUVENTUDE 143 Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Rebeca Bandeira Barbosa, Ana Cristina Oliveira Barreto, Sarah Persivo Alcântara, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Luciano Santos Da Silva Filho, Fernando Cavalcante Simões A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 144 Tatiane Motta da Costa e Silva, Susane Graup A CORPORIEDADE NA PREVENÇÃO DAS SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA 145 Ana Amélia Nascimento Da Silva Bones, Silvio César Cazella, Millene Peduce, Luciana Ohveiler Mandião, Marina Medeiros Pombo A DESCENTRALIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA 146 Fabiana Scnheider, Mateus Augusto Pellens Baldissera, Claudete Adriana Moretti, Cassiela Roman, Viviane Vasconcellos Kulmann, Francine Feltrin De Oliveira, Leila Juliana Antunes Riggo A IDENTIFICAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA ASSOCIADA AO PROTOCOLO DE MANCHESTER: UMA CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA PARA A SUA IMPLANTAÇÃO 147 Francine dos Reis Pinheiro, Carlos Honorato Schuch Santos A IMPLANTAÇÃO DE DOIS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA EM UM CENTRO DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 148 Fares Rashad Muslih Ahmad, Márcio Gomes Da Silva, Guilherme Coelho Dantas, Vanessa De Bona Sartor, Pablo Antônio Bertasso De Araújo, Scharlene Clasen, Alice Pinto Pacheco A INTERDISIPLINARIDADE NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 149 Lara Suzane Weber, Ana Amélia Nascimento Da Silva Bones, Maira Rafaela Röhrig Da Costa, Márcia Pereira Saraiva, Marina Ramos Bopsin, Silvio César Cazella A percepção dos usuários do Programa de Saúde de Família sobre o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde: relato de experiência 150 Pâmela Domingues Botelho, Vanessa Rauter de Oliveira A REDUÇÃO DE DANOS NA ATENÇÃO AO USUÁRIO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS 151 Marlene Gomes Terra, Niúra Massario dos Santos, Valquíria Toledo Souto, Bruna Surdi Alves, Matheus Keppel da Silva, Lionara de Cássia Paim Marinho ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL E SEU IMPACTO EM UM SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: RELATO DE EXPERIENCIA SOB UM OLHAR DO FISIOTERAPEUTA 152 Samya Rebeca Rocha Ferreira, Karla Orlany Alves Costa Gomes, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Maria do Patrocínio Barros Neta, Marlen Vasconcelos Alves Melo CONSTRUÇÃO MIDIÁTICA DO PERFIL DE UM MUNICÍPIO COM CAMPOS DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE 153 Claudete Adriana Moretti, Mateus Augusto Pellens Baldissera, Cassiela Roman, Êmili Martins da Silveira, Deisi Antunes GUERREIROS DA EMERGÊNCIA Gerusa Bittencourt V Encontro Nacional de Residência em Saúde • Florianópolis/SC • 1 • (Suplemento 1) • Dez/2015 154 IDENTIFICAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE O PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA – RELATO DE EXPERIÊNCIA 155 Jéssica Cristina Ruths, Juliana Moleta IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ 156 Jaqueline Rocha, Ana Caroline Machado, Gislene Bittencourt Coelho, Bruno Milanez Espíndola, Bruna Laís Brognoli, Bruna Suemi Shimizu, Elizangela Paula Bombana dos Santos Chab ÍNDICE DE INFESTAÇÃO PREDIAL E SUA RELAÇÃO COM AS NOTIFICAÇÕES DE CASOS DE DENGUE EM UM BAIRRO DO MUINICÍPIO DE QUIXADÁ-CEARÁ 157 Jéssica Pinheiro Carnaúba, Fernanda Rafaella Barbosa dos Santos, Mariana de Sousa Farias, Suely Paiva de Morais INSERÇÃO DE FERRAMENTAS NO PLANEJAMENTO DAS VISITAS DOMICILIARES: RELATO DE RESIDENTES EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE 158 Guilherme Coelho Dantas, Vanessa De Bona Sartor, Pablo Antônio Bertasso de Araújo, Scharlene Clasen, Jessica Jacinto Krug, Lauriana Urquiza Nogueira, Leandro Andrade dos Santos INTEGRAÇÃO DOS CONHECIMENTOS DE SAÚDE: VIVÊNCIAS EM CUBA 159 O IMPACTO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM UM MUNICÍPIO BRASILEIRO 160 Bruna Lima Selau, Adriano Tusi Barcelos, Loredana Amaral Marzochella, Michele Cardoso Corrêa, Vanessa Campes Dannenberg Sarah Persivo Alcântara, Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Fernando Cavalcante Simões, Luciano Santos da Silva Filho, Ana Cristina Oliveira Barreto, Rebeca Bandeira Barbosa O SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL BRASILEIRO E O NEOFAMILIARISMO: REBATIMENTOS NO CAMPO DA SAÚDE 161 Rúbia dos Santos , Michelly Laurita Wiese OS DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS RESIDENTES NA CONSOLIDAÇÃO DO NASF: UMA PERSPECTIVA MULTIPROFISSIONAL 162 Sarah Persivo Alcântara, Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Fernando Cavalcante Simões, Luciano Santos da Silva PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS POR DIABETES MELLITUS EM HOSPITAL DE ENSINO NO SUL DO BRASIL: RELAÇÃO DE CUSTO E TEMPO DE INTERNAÇÃO 163 Juliano Rodrigues Adolfo, Tania Cristina Malezan Fleig, Mariana Portela De Assis, Andréa Henes Wiesioek RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO IDOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 164 Rosiléa Clara Werner, Lislei Teresinha Preuss, Raquel Haidê Santos Aldrigue , Rayza Assis de Andrade SIREMU: UMA POTÊNCIA DE EFETIVIDADE DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA (RMSF) 165 Lidiane Almeida Moura, André Luís Façanha da Silva UMA APROXIMAÇÃO COM A ATENÇÃO EM CUIDADOS PALIATIVOS Michelly Laurita Wiese, Danielle Ferreira de Araujo 166 VIÉS DE AFERIÇÃO: AS LACUNAS QUE DIFICULTAM OS PROCESSOS LABORAIS EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 167 Vivian Marx, Andressa Henke Belle, Graziela Rosa da Silva VIVÊNCIAS DOS RESIDENTES DE URGêNCIA E EMERGENCIA NO SAMU: UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIOAL 168 Karla Orlany Alves Costa Gomes, Michelle Alves Vasconcelos Ponte, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares de Mesquita, Maria do Patrocínio Barros Neta, Marlen Vasconcelos Alves Melo A ATUAÇÃO DO RESIDENTE FISIOTERPEUTA NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UMA UNIDADE MATRICIAL DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA 169 Letícia Andrade Silva, Gilda Mayumi Garcez da Silva Honda, Isabel Aparecida Porcatti de Walsh A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO AO TABAGISMO NOS POLOS DA ACADEMIA DA CIDADE DO MUNICÍPIO DE ARACAJU/SERGIPE 170 Taline Santos Almeida, Ilva Santana Santos Fonseca A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM URGENCIA E EMERGENCIA – RELATO DE EXPERIÊNCIA 171 José Henrique Linhares, Vicente De Paulo Teixeira Pinto, Keila Maria De Azevedo Ponte Marques, Michelle Alves Vasconcelos Ponte, Denise Lima Nogueira, Renaud Ponte Aguiar, Élcia Maria Mendes Portella A IMPORTÂNCIA DA ESTIMULAÇÃO PSICOMOTORA DENTRO DA HOSPITALIZAÇÃO PEDIÁTRICA: RELATO DE EXPÊRIENCIA DE UMA EQUIPE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 172 A INTERDISCIPLINARIDADE E A SAÚDE MENTAL: (DES)CONSTRUINDO PARADIGMAS 176 Andressa Baccin dos Santos, Débora Cherobini A ORIENTAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA COMO MEIO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA 177 Bruna Hirano Imbriani, Pâmela Guimarães Siqueira, Fabianne Banderó Hoffling, Sofia Hardman Côrtes Quintela, Juliana dos Santos de Oliveira, Angélica Vasconcellos Trindade AÇÕES DESENVOLVIDAS DURANTE A SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO 178 Priscilla Poliseni Miranda, Karen Brião da Costa, Andréia Silva de Oliveira, Izabel Cristina Hoffmann ACOLHENDO IMIGRANTES HAITIANOS 179 ANÁLISE TERRITORIAL DE UMA ESF ATRAVÉS DA CONSTRUÇÃO DE UM MAPA DE INDICADORES 180 Telma Libna Rodrigues Borburema, Luana Silveira, Mariana Antonia Dos Santos Natássia Denardin ANDANÇAS NO TERRITÓRIO: A PERSPECTIVA DO RESIDENTE MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA 181 Lilian Cristina Bittencourt De Souza, Bibianna De Oliveira Pavim, Luciana Barcellos Teixeira APOIO INSTITUCIONAL: GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO CAMINHOS PARA A TRANSFORMAÇÃO DA ATENÇÃO 182 Marcos Felipe Genuca da Silva, Elenice Araújo Andrade, Gabriela de CASTRO Rodrigues, Renan Brasil Cavalcante Citó ARTICULAÇÃO ENTRE UNIDADE DE SAÚDE, ACADEMIA DA CIDADE E NASF RESIDÊNCIA NO GRUPO RAZÃO DE VIVER E FAZENDO ARTE COM IDOSOS HIPERTENSOS 183 Pedro Romero Barbosa Sabino Pinho ATUAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE 184 Daniel Tietbol Costa, Beatriz Paulo Biedzycki, Bruna Lima Selau, Adriano Tusi Barcelos, Flávia Lago Dorneles Gabriela Castro Kuinchtner, Maria Luiza Silveira, Patrícia Bastianello Campagnol, Silvana Basso Miolo, Luciana Schiavo A INSERÇÃO DE FISIOTERAPEUTAS RESIDENTES EM UMA EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA ATUAÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL JUNTO A PACIENTES HIV/AIDS EM UM AMBULATÓRIO DE INFECTOLOGIA 185 173 Millene Albeche Peduce, Luana Medeiros Herdina, Keila Cristiane Deon, Giclenaine Jacobsen Albrecht, Ana Amélia Nascimento da Silva Bones Juliana dos Santos de Oliveira, Juliano Vicente Nascimento, Joice Mara Silva da Rosa, Talita Cristina Favero, Luma Ionara Elsenbach Schutkoski, Elaine Rosália Friedrich, Angélica Vasconcellos Trindade A INSERÇÃO DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS EM UM HOSPITAL DE ENSINO: EM BUSCA DA INTEGRALIDADE DO CUIDADO EM SAÚDE 174 ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA COMISSÃO INTRA-HOSPITALAR DE DOAÇÃO DE ÓRGÃO E TECIDOS PARA TRANSPLANTES 186 Marla Pedroso Marth, Katiane Schmitt Dalmonte, Cristiane Carla Dressler Garske, Betina Brixner, Katiele Baelz A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL: PERCSPETIVAS E DESAFIOS DO PROCESSO Bianca de Souza, Mariele Aparecida Diotti 175 Vânia Regina Dutra Vargas, Cátia Cilene Rodrigues Mazaro, Marcia Adriana Poll, Solange Emilene Berwig ATUAÇÃO DOS RESIDENTES E PRECEPTOR DO NÚCLEO DE FONOAUDIOLOGIA NO NASF: AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE JUNTO AOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM COMEMORAÇÃO 187 Diana Weber Bartz, Karina Antes de Souza, Martina Sulek CAPACITAÇÃO SOBRE BOAS PRÁTICAS NA CULINÁRIA JAPONESA 188 Carolini Machado Landarin, Paula Marques Rivas, Sara Neves Souza, Joana Paludo, Nayara Poleto Pires Bottini CINE REDUÇÃO DE DANOS, CONSULTÓRIO DE RUA Pedro Romero Barbosa Sabino Pinho 189 CONHECIMENTO DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR A PACIENTES COM HIPOGLICEMIA 190 Carlos Eduardo Peres da Rosa, Giovanna Peres Uzejka, Rodrigo Madril Medeiros CONHECIMENTOS, ATITUDES E PRÁTICAS DE ADOLESCENTES ESCOLARES SOBRE PRESERVATIVO Layanne Santos Carneiro, Rafael de Almeida Machado 191 CONSTRUÇÃO DE TECNOLOGIA LEVE EM SAÚDE: INSTRUMENTO FACILITADOR DO PROCESSO EDUCATIVO PARA GESTANTES 192 Rayssa Matos Teixeira, Ana Carla Pereira Alves, Soraia Kessia de Araújo Silva, Kamille Lima de Alcântara, Larissa Ludmila Monteiro de Souza Brito, Emília Cristina Carvalho Rocha Caminha, Viviane Josiane de Mesquita CUIDADO MULTIPROFISSIONAL EM GRUPO DE GESTANTES NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 199 Jane Evangelho Silva, NAIARA CASARIN, Gisele Buligon de Oliveira, Elenir Fedose, Elizane Medianeira Gomes Pires, Lisiane de Borba Muller, Jéssica Vaz Lima DE OLHO NA GESTÃO: UMA EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE 200 Greici Capellari Fabrizzio, Erika Yuriko Kinoshita, João Caetano Bishop Brito DESAFIO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE NO GRUPO DE GESTANTES NA PERPESCTIVA DA ENFERMAGEM NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE – RMSFC 201 Elenice Maria Folgiarini Perin, Margarete Veronica Jesse dos Santos DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA HUMANIZAÇÃO EM UMA UNIDADE PSIQUIÁTRICA: A INSERÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL 202 Andressa Baccin Dos Santos, Débora Cherobini, Alysson Oliveira Pacheco, Daiane Rodrigues De Loreto, Aline Teixeira De Lima, Ticiane Silva Raimundo, Angela Maria De Souza Lima EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR: DIALOGANDO SOBRE ESTRESSE E DST’S 203 CONSTRUÇÃO DE UM GRUPO DE APOIO AOS ACOMPANHANTES DOS PACIENTES DE UMA CLÍNICA CIRÚRGICA 193 Talyta Reis Zambon, Kamille Lima de Alcântara, Larissa Ludimila Monteiro de Souza Brito, Viviane Josiane de Mesquita, Daniare Maria de Lima, Ana Maria Ferreira Alves, Radmila Alves Alencar Viana CONSTRUINDO CONHECIMENTO: DISCUTINDO SOBRE DROGAS COM ADOLESCENTES 194 Nathália Moreira Albino, Luan Augusto Alves Garcia, Regina Maura Rezende, Letícia Andrade Silva Mônica Girardi Cerutti, Ana Luisa Remor da Silva, Gessyka Wanglon Veleda, Andréa Regina de Rezende, Ana Lúcia Mandelli de Marsillac Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Rebeca Bandeira Barbosa, Ana Cristina Oliveira Barreto, Sarah Persivo Alcântara, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Luciano Santos da Silva Filho, Fernando Cavalcante Simões CONTRIBUINDO PARA O AUTOCUIDADO DE MULHERES PÓS-MASTECTOMIZADAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 195 Kamille Lima De Alcântara, Fernanda Cavalcante Fontenele, Larissa Ludmila Monteiro De Souza Brito, Viviane Josiane De Mesquita EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA UNIDADE MATRICIAL DE SAÚDE: CULTURA, DESAFIOS E REALIDADE 204 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ALEITAMENTO MATERNO PARA UM GRUPO DE IDOSAS: PROMOVENDO SAÚDE E TROCA DE EXPERIÊNCIAS ENTRE AVÓS 205 Flaviane Melo Araújo, Francisco Timbó de Paiva Neto, Francisca Tatianne Carneiro Gomes da Ponte Viana, Adriele Lins Silva, Rogeriany Lopes Farias, Elias Neves do Nascimento Filho, George Luiz Costa de Paula ENSINO EM SERVIÇO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE 206 CORTEJO ARTE E SAÚDE: TRILHANDO EDUCAÇÃO POPULAR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 196 Anelise Breier, Anderson Araújo de Lima, Thiago Rodrigues, Giovanni Lamego Maestri Carvalho CUIDADO A PESSOAS INSTITUCIONALIZADAS COM TRANSTORNO MENTAL: SIGNIFICADOS ATRIBUIDOS PELOS TRABALHADORES 197 Luciana Meggiolaro Pretto, Ana Claudio Roman Rós, Luana Cecconelllo, Tamara Becker Bianca Waylla Ribeiro Dionisio, Jose Amilton Costa Silvestre Deise dos Santos Pretto, Zaira Letícia Tisott, Francine Gonçalves Freitas, Amanda de Lemos Mello, Marlene Gomes Terra CUIDADO MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO BÁSICA MEDIADO PELO ENFERMEIRO 198 Jane Evangelho Silva, TANISE Martins dos Santos, NAIARA CASARIN, Lauana Borges Pedroso, Elizane Medianeira Gomes Pires, Lisiane de Borba Muller, Jéssica Vaz Lima V Encontro Nacional de Residência em Saúde • Florianópolis/SC • 1 • (Suplemento 1) • Dez/2015 ERVAS MEDICINAIS: UM RECURSO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E INTEGRAÇÃO COM IDOSOS 207 ESCOLA: UMA PORTA ABERTA PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE Raphaelly Machado Felix, Susane Graup 208 ESTÁGIO ELETIVO EM RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 209 Jéssica Cristina Ruths, Juliana Moleta GESTANTES E EQUIPE DE SAÚDE: AS POSSIBILIDADES DE DIÁLOGO EM UM GRUPO INTERDISCIPLINAR NO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO 210 Talyta Reis Zambon, Kamille Lima De Alcântara, Larissa Ludmila Monteiro De Souza Brito, Viviane Josiane De Mesquita, Daniare Maria De Lima, Ana Maria Ferreira Alves, Radmila Alves Alencar Viana GRUPO DE CONVIVÊNCIA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 211 Ariele do Amaral Simon GRUPO DE GESTANTES COMO ESTRATÉGIA PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE 212 Luciana Meggiolaro Pretto, Luana Cecconelllo, Tamara Becker, Raquel Debon GRUPO DE SAÚDE BUCAL COMO MEIO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA 213 GRUPO ESPERANÇA SOB O OLHAR DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL 214 Benedita Maryjose Gleyk Gomes, Raquel Dutra Cunha Silva, Auriane Quixaba da Paixão de Sousa, Neydemar Cabral de Lima Ferreira, Maria Catarina Machado Paz INSERÇÃO DO FISIOTERAPEUTA RESIDENTE EM SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 215 Raquel Cristina Braun da Silva, Rodrigo de Souza Balk, Stephanie Jesien ITINERÂNCIAS: CONHECENDO O TERRITÓRIO E CONSTRUINDO SENTIDOS 216 Fernanda Monte da Cunha, Gabriela Fávero Alberti, Diogo Vaz da Silva Júnior, Gabriela Dalenogare, Maria Renata Pereira dos Santos 217 Bruno Henrique Santos, Gabriela Gianichini Silva, Simone dos Santos, Raquel dos Santos de Souza, Juliana Cardoso Rodrigues, Luciana Fantinel Ruiz, Debora Serafim MARINHEIROS DO SABER: UMA NAVEGAÇÃO SOBRE OS PROCESSOS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA 218 Elayne Karolina Alencar Braga METODOLOGIA LÚDICA EM UMA APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS DE TERRITORIALIZAÇÃO Ana Osmarina Quariguasi Magalhães Frota, Margarida Angélica Freitas, Lidiane Almeida Moura, Jéssica Andressa Soares de Carvalho, Maria Clariciane Cabral Almeida O ITINERÁRIO PERCORRIDO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA A PARTIR DO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO 222 Flaviane Melo Araújo, Lorena Timbó Veiga dos Santos, João Hernando Rodrigues Alves, Ana Osmarina Quariguasi Magalhães Frota O OLHAR AMPLIADO DA ENFERMAGEM A PARTIR DE PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES E DE PROMOÇÃO DA SAÚDE COM GESTANTES NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA 223 Lorena Timbó Veiga dos Santos, João Hernando Rodrigues Alves Fares Rashad Muslih Ahmad, Márcio Gomes da Silva, Guilherme Coelho Dantas MANDALA DE SENTIMENTOS NA DANÇA DA VIDA O ACOMPANHAMENTO MULTIPROFISSIONAL NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 221 O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL 224 O SERVIÇO SOCIAL E AS ATIVIDADES SOCIOEDUCATIVAS: VIVÊNCIAS NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 225 Daniele Alves Peixoto, Juliana Figueiredo Sobel, Aline Carla Rosendo da Silva Lorena Loiola Batista, Talyta Reis Zambon, Ana Karla Batista Bezerra Zanella O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL 226 Larri Padilha Viega, Rosalia Vargas Campanha, Tuane Vieira Devit O TRABALHO MULTIPROFISSIONAL EM RESIDÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA 227 Luana Tonin, Caroline Berté, Maria Eduarda de Lucas Alvez Wuicik, Caroline Seixas Ribeiro de Freitas, Bianca Fontana Aguiar, Graziele Caroline Cardoso de Sousa O USO DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO PARA ELABORAÇÃO DE ATIVIDADE EDUCATIVA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE 228 Afonso Rodrigues Tavares Netto, Andréa Valente Braga, Giana Carla Lins de Albuquerque Meireles, Milena Lins da Cunha Dias, Roselle Crystal Varelo Dantas, Sílvia Virgínia Pereira da Silva, Vanessa Meira Cintra Ribeiro OS DESAFIOS DE INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA ATUANTE NA SAÚDE COLETIVA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 229 Susane Graup , Raphaelly Machado Felix 219 Evaldo Fábio da Silva, Jucélia Salgueiro Nascimento, Kamylla Maryana Barros Aguiar, Elizabeth Rose Nogueira de Albuquerque, Elaine Laís Tintino do Nascimento, Luana dos Santos Nunes, Gleiciane Oliveira Faustino NAS TERRAS POR ONDE ANDEI: REFLECXÕES SOBRE A TERRITORIALIZAÇÃO NA VISÃO DE UM RESIDENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE 220 Ana Ravenna Sales Soares, Rianna Nargilla Silva Nobre, Charlliane Fernandes Gonçalves Ribeiro, Aline Braúna dos Santos, Tony Jeimison Sousa Pereira Matos, Rafaela Lobão Rocha, Liliane Santiago de Andrade PRÁTICAS INTEGRADAS EM SAÚDE: O PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA (PRMSF) COMO MOBILIZADOR DO PROCESSO DE MUDANÇA NA FORMAÇÃO DA GRADUAÇÃO EM SAÚDE 230 Doroteia Aparecida Höfelmann, Rafael Gomes Ditterich, Marilene da Cruz Magalhães Buffon, Verônica de Azevedo Mazza, Josiane de Fátima Gaspari Dias, Deise Prehs Montrucchio PRÁTICAS, SABERES E DESAFIOS DO TRABALHO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 231 Larissa Boing, Nadia Rafaela dos Santos, Michele Jacowski, Jessica Albino, Rafael Gomes Ditterich PREVENÇÃO DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E DST: INTERVENÇÃO EM ESCOLAS 232 PÚBLICAS RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL ENQUANTO ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO E DEFESA 242 DO SUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Kleber José Vieira, Marilia Alfenas de Oliveira Sírio, Gessica Santana Marota, Marina Ferreira Batista, Joana Darc Aparecida de Oliveira, Cristiane Barbosa Alecrim, Talismara Rosa de Almeida Fernanda Marques de Sousa, Thayana Rose da Araújo Dantas, Ana Izabel Lopes Cunha, Carla Alves Gomes, Júllia Santos de Souza , Adriana Gomes Cesar Carvalho, Aran Rolim Mendes de Almeida PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM COM METODOLOGIAS ATIVAS NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA 233 FAMÍLIA E COMUNIDADE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: UM PROCESSO DE FORMAÇÃO AINDA EM CONSTRUÇÃO Márcia Valéria Bezerra Cunha, Myrna Ellane Dias Costa, Fernando Rodrigues Peixoto Quaresma PROCESSO DE FORMAÇÃO EM SERVIÇO: O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 234 Laís de Freitas Oliveira, Ana Kelen Dalpiaz, Clarete Teresinha Nespolo de David, Bruna da Silva Machado, Dilce Menegatti, Lia Gonçalves Alves PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DOS PRECEPTORES NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE 235 PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE - EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS 236 Luciana da Conceição e Silva Danielle Martins Otto, Jamile Dutra Correia, Juliana Haase Buarque, Adriana Torres de Lemos, Aline Correa Souza RECONSTRUINDO OS OLHARES SOBRE O TERRITÓRIO: O PLANEJAMENTO EM SAÚDE E A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE 237 DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA Thaís Silveira Barcelos, Ariane Silva, Gisele Lautert, Mayara Schimidt REESTRUTURAÇÃO DO GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GESTANTES PELA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 238 EM SAÚDE DA FAMÍLIA Larissa Boing, Nadia Rafaela dos Santos, Michele Jacowski, Jessica Albino, Doroteia Aparecida Höfelmann RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ALUNOS DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO 239 DE JOVENS E ADULTOS (EJA) 243 Adriano Tusi Barcelos, Gabriela Curbeti Becker, Bruna Lima Selau, Lauren Affonso Perdigão, Loredana Amaral Marzochella, Letícia Dione Caruccio, Larissa Edom Bandeira REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE USO DE ÁLCOOL 244 NA GESTAÇÃO Rayssa Matos Teixeira, Soraia Kessia de Araújo Silva, Kamille Lima de Alcântara, Larissa Ludmila Monteiro de Souza Brito, Emilia Cristina Carvalho Rocha Caminha, Viviane Josiane de Mesquita, Fernanda Cavalcante Fontenele REVITALIZAÇÃO DO HORTO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA CRUZEIRO DO SUL, PORTO ALEGRE, REALIZADO PELOS PROFISSIONAIS RESIDENTES DA RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SÁUDE COLETIVA 245 EDUCASAÚDE - UFRGS Regina Pedroso RODA DE TERREIRO: NO MOVIMENTO DA RODA, 246 CONVERSANDO SOBRE HANSENÍASE Bianca Waylla Ribeiro Dionisio SERVIÇO SOCIAL: RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL 247 EM SAÚDE E SEUS DESAFIOS Silvana Silva do Nascimento TRABALHANDO COM IDOSOS: UMA EXPERIÊNCIA 248 NA RESIDÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA Lilian Cristina Bittencourt de Souza, Ana Paula Loewe de Carvalho, Vanessa Sofiatti, Bibianna de Oliveira Pavim, Luciana Barcellos Teixeira TRABALHO MULTIPROFISSIONAL E EDUCAÇÃO 249 EM SAÚDE John Lenon Ribeiro, Fernanda Manera, Guilherme Oneda, Patrícia Yumiko Murakami, Rafaeli de Souza, Cassio Murilo Ferreira UNIDOS PELA ARTE DE CUIDAR: GRUPO DE APOIO À PACIENTES ONCOLÓGICOS UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA 250 Luan Augusto Alves Garcia, Nathália Moreira Albino, Letícia Andrade Silva, Isabel Aparecida Porcatti de Walsh Maira Scaratti RELATO DE EXPERIÊNCIA: VISITAS DOMICILIARES MULTIPROFISSIONAIS NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE VIVENCIANDO O GRUPO DE ACOMPANHANTES EM UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA EM 251 FORTALEZA/CE 240 Letícia Andrade Silva, Nathália Moreira Albino, Luan Augusto Alves Garcia, Marina Pereira Resende Lorena Loiola Batista, Talyta Reis Zambon, Analice Pereira Mota, Edilene Maria Vasconcelos Ribeiro, Ana Karla Batista Bezerra Zanella RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE E INTEGRALIDADE: O RELATO DO 241 SERVIÇO SOCIAL VIVENCIAS NA ATENÇÃO PRIMARIA: CONHECENDO A REDE INTERSETORIAL Tuane Vieira Devit, Lani Brito Fagundes, Rosana Maria de Lima, Xênia Maria Tamborena Barros, Jaqueline Lima, Vera Celina Candido de Farias V Encontro Nacional de Residência em Saúde • Florianópolis/SC • 1 • (Suplemento 1) • Dez/2015 Bruna Lima Selau, Adriano Tusi Barcelos, Loredana Amaral Marzochella, Michele Cardoso Corrêa, Gabriela Curbeti Becker, Gabriela Alves Pereira, Nathalia Zinn de Souza 252 V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO CUIDADO AO PACIENTE ACOMETIDO POR AVE HEMORRÁGICO Marcia Adriana Poll, Deisy Mello De Pinto, Mariele Castro Charão, Fernanda Fernandes Miranda, Sildney Rosa Marques Resumo O Acidente Vascular Encefálico é compreendido pelo rápido acontecimento de sinais clínicos decorrentes de distúrbios globais ou focais da função cerebral. Quando ocorre sangramento anormal para o parênquima cerebral, têm-se um AVE Hemorrágico (AVE H). São fatores de risco para a ocorrência desse evento: hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardíacas e hiperlipidemias. Por sua vez, a Rede de Atenção às Urgências e Emergências, tem o objetivo de tratar e prevenir os fatores causais do AVE H a fim de evitar sua manifestação. Objetivo: Relatar a experiência da equipe de Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência (RUE) no cuidado ao paciente acometido por Acidente AVE H. Metodologia: A situação clínica ocorreu durante a internação de um paciente masculino, de 75 anos, na unidade de pronto socorro de um hospital filantrópico do interior do Rio Grande do Sul, cenário de prática da equipe multiprofissional de residentes (Assistente Social, Enfermeiro, Farmacêutico e Fisioterapeuta) de um Programa de RUE. Resultados e discussão: O atendimento ao paciente acometido por AVE H necessita de intervenção emergente, objetivando sua estabilização hemodinâmica e respiratória. Os profissionais residentes, juntamente com os demais profissionais da área vermelha, atuaram para a redução dos sintomas iniciais observados, bem como, a prevenção de novos eventos hemorrágicos e/ou o aumento do mesmo. Foi realizado entrevista social com objetivo de identificar os fatores causais do AVE H; avaliação da terapia medicamentosa buscando maior efetividade no tratamento; avaliação fisioterapêutica da condição física e motora do paciente e os cuidados de enfermagem baseados na sistematização da assistência, priorizando o estado neurológico do paciente e os agravos acometidos pela condição clínica. Nessa situação clínica, foi identificada a importância da equipe multiprofissional, mediante atuação interdisciplinar, a contribuição dos conhecimentos e habilidades teóricas, bem como as práticas de todas as áreas da saúde garantindo o atendimento resolutivo nessa situação de emergência. Considerações finais: A qualidade do atendimento prestado ao paciente acometido por um AVE H depende diretamente da interdisciplinaridade do cuidado, referência e objetivo principal de uma residência integrada multiprofissional. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Equipe de Assistência ao Paciente; Capacitação em Serviço. multip rofissional interdisciplina ridade 1 POLESE, Janaíne C.; TONIAL, Aline; JUNG, Fabíola K.; MAZUCO, Rafael; OLIVEIRA, Sheila G.; SCHUSTER, Rodrigo C. Avaliação da funcionalidade de indivíduo acometido por Acidente Vascular Encefálico. Revista Neurociência. 16/3: 175-178. Passo Fundo – RS. 2008. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 1 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde A ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO CUIDADO AO PACIENTE ACOMETIDO POR INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Josefine Busanello, Jéssica Sanhudo Martins, Juliana Machado Serafini Resumo A insuficiência renal aguda (IRA) é caracterizada por uma redução aguda da função renal, causando principalmente a diminuição do ritmo de filtração glomerular e/ou do volume urinário, com azotemia (SBN, 2007). A IRA é uma síndrome com etiologia das mais variadas causas, estando associada a uma mortalidade de 35 a 65% (MITCH, 2005). Entre os pacientes internados em uma UTI, 17% a 35% podem evoluir para IRA. Destes, 49% a 70% são submetidos à hemodiálise e 50 a 90% evoluem a óbito (SOARES, 2006). Objetivo: Refletir sobre da atuação da equipe de Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência no cuidado ao paciente acometido por Insuficiência Renal Aguda (IRA). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência acerca dos cuidados proporcionados por uma equipe multiprofissional a um paciente acometido por IRA durante seu período de internação hospitalar na UTI. A equipe conta com profissionais da assistência social, enfermagem, farmácia e fisioterapia, onde cada um desses contribuiu com conhecimentos específicos de sua área. Resultados e discussão: Devido à incidência elevada de pacientes internados em UTI desenvolverem IRA, há necessidade de uma orientação à equipe de assistência para a sua prevenção. Assim, cada membro da equipe realizou sua avaliação específica e a partir disso, em uma ação interdisciplinar, foram elencadas as condutas pertinentes. De uma forma geral, os cuidados foram focados em uma assistência social qualificada, elencando problemas pregressos e atuais que puderam auxiliar no tratamento. A enfermagem, fisioterapia e farmácia conduziram as intervenções baseadas nos sinais e sintomas apresentados pela paciente, juntamente com a avaliação dos exames complementares e a condução da terapia medicamentosa, o que levou a diminuição dos agravos decorrentes da IRA durante seu período de internação. Considerações finais: Diante de um quadro complexo de agravo à saúde do qual a IRA acomete, percebe-se a necessidade de aprimoramento teórico/prático que sustente as condutas a serem realizadas. A excelência do cuidado depende da preparação da equipe de saúde, para que possam minimizar os agravos acometidos por essa doença minimizando assim os elevados índices nas Unidades de Tratamento intensivo. social equip e coletividad e humanização Descritores Equipe de assistência ao paciente; Capacitação em serviço; Unidade de terapia intensiva. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 DIRETRIZES DA AMB SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA. Comitê de Insuficiência Renal Aguda da Sociedade Brasileira de Nefrologia. São Paulo, 2007. MITCH, W.E. Insuficiência Renal Aguda. In: GOLDMAN, L.; AUSIELLO, D. (Orgs.). Tratado de Medicina Interna. Tradução de Ana Kemper et al. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 812-827. SOARES, M. et al. Prognosis of critically ill patients with cancer and acute renal dysfunction. J Clin Oncol. v. 24, n.24, 2003-10, 2006. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 2 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A ATUAÇÃO DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS EM GRUPOS TERAPÊUTICOS/CONVIVÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Luiz Felipe Bastos Duarte, Lilian Bottaro Puerper, Lidiane Machado, Denise Aguiar Fernandes Resumo No Brasil, a terapia de grupo em diferentes abordagens é praticada por grande número de profissionais de áreas diversas. O trabalho com grupos se constitui um dos principais recursos terapêuticos nos mais diferentes contextos de assistência à saúde e, mais especificamente, no campo da saúde mental. Neste sentido, o grupo torna-se um espaço terapêutico para aos usuários da Atenção Básica e de afirmação de uma nova atuação dos profissionais (Alves et al. 2004). Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo realizar um relato de experiência da atuação interdisciplinar de Residentes Multiprofissionais em Saúde Comunitária, no trabalho com grupos. Metodologia: Quinzenalmente acontecem diversos grupos multiprofissionais sob coordenação das residentes multiprofissionais em saúde comunitária da Odontologia, Psicologia, Farmácia e Enfermagem. Dentre estes grupos estão: Grupo de Convivência para Idosos, que tem como objetivo abordar as dificuldades e os bons momentos vividos na terceira idade; o grupo Saúde, Bem-estar e Convívio em Comunidade, atende escolares de 05 a 14 anos de idade, com o objetivo conscientizar e envolver os participantes em atividades que resultem na manutenção da saúde; os Grupos Psicoterapêuticos tem por objetivo atender as demandas de saúde mental. Para além destes grupos, as residentes também participam do Grupo HiperSaúde e Hiperdia onde são discutidos/abordados temas gerais relacionados à saúde, de interesse dos participantes. Dada a diversidade de grupos e profissionais, procura-se trabalhar de maneira integrativa, propondo atividades que fortaleçam as relações de troca, autonomia, alteridade, solidariedade, potencializando a melhoria na qualidade de vida dos indivíduos. Todos estes grupos são abertos para os demais profissionais de saúde participarem e contribuírem para esse processo. Considerações finais: Dentre os aspetos relevantes da prática realizada, destaca-se a possibilidade da abordagem integral do usuário a partir de uma visão multidisciplinar, o que facilita o trabalho de transformação de hábitos e a promoção de saúde. Observamos os grupos como substitutivos das relações familiares para o usuário, tornando-se, assim, uma importante rede de apoio. Referências 1 ALVES et al. Grupo terapêutico: sistematização da assistência de enfermagem em saúde mental. Texto contexto - Enferm. 2004. 13 (4):625-632. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Relações interprofissionais. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 3 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde A ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA, NA ESTRATÉGIA EM SAÚDE DA FAMÍLIA, FRENTE A SITUAÇÕES DE MAUS TRATOS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Priscilla Lesly Perlas Condori, Renata Cristina Soares, Beatriz Helena Sottile França, Marilene da Cruz Magalhães Buffon Resumo Introdução: Os maus-tratos infantis têm se tornado um fenômeno mundial. No Brasil, apresentam alta prevalência, constituindo-se como uma das principais causas de morte de crianças e adolescentes a partir dos cinco anos de idade, sendo assim, um relevante problema de saúde pública (CARVALHO et al., 2012). Objetivos: O objetivo deste estudo é analisar a atuação do Cirurgião Dentista, na Estratégia em Saúde da Família, frente a situações de maus tratos contra crianças e adolescentes.. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, onde foram consultadas as bases Pub Med e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/BIREME). Foram coletados 67artigos dos quais 29 utilizados com os seguintes descritores: ‘’maus tratos infantis e a Odontologia’‘, ‘’Saúde Pública’’.. Resultados e discussão: Na rede básica de saúde, a Estratégia Saúde da Família (ESF), por meio da atuação da equi­pe multiprofissional, configura-se em um lugar privilegiado para a prevenção, identificação, no­tificação e vigilância da violência que acometem crianças e jovens pela proximidade com as famí­lias em seu contexto territorial, pela longitudinalidade do cuidado (LIMA et al. 2011), criando vínculo, tornando o acesso facilitado frente a vítima e aos suspeitos da violência. Dentre os profissionais em Saúde destaca-se o Cirurgião Dentista como agente na suspeição ou confirmação de casos de maus tratos uma vez que encontram-se numa ótima situação para detectar sinais já que cerca de 50-70% dos traumas físicos localizam-se em áreas de cabeça, face e pescoço. Prevenir casos de violência infanto juvenil ou reduzir suas sequelas é uma das muitas tarefas do profissional da Estratégia da Saúde da Família. Considerações Finais: Nesse sentido, o incremento de programas de formação continuada, o aprimoramento das instituições de proteção à criança e ao adolescente e a ampliação das redes de suporte profissional poderão reduzir o grau de insegurança profissional e incrementar o número de notificações de casos de maus tratos. social equip e coletividad e humanização Descritores Relações interprofissionais. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 CARVALHO et al. Conhecimento de acadêmicos em odontologia sobre maus-tratos infantis. Odonto. 2012; 20:109-1 2. 2 LIMA et al. Atuação profissional da atenção de saúde face à identificação e notificação da violência infanto-juvenil. Rev. Baiana de Saúde Pública 2011; 35(Supl. 1):118-137. Contato: [email protected] 4 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A ÉTICA NO TRABALHO EM SAÚDE MENTAL COM PACIENTES TRANSGÊNERO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Luisa Horn de Castro Silveira, Camila Saueressig, Dayane Degner Ribeiro Brasil Resumo Introdução: Existem várias formas de expressão da condição transgênero, dentre elas a transexualidade. Uma parte das pessoas transexuais reconhece essa identidade desde pequenas, outras tardiamente, sentindo que seu corpo não está adequado à forma como pensam e se sentem. Dessa forma, tentam adequar sua aparência física ao seu estado psíquico, podendo ou não utilizar procedimentos cirúrgicos e tratamentos hormonais¹. É direito do usuário do SUS a identificação pelo nome e sobrenome civil, devendo existir um campo para registro do nome social, assegurando o uso do nome de preferência². Objetivos: Problematizar questões de identidade gênero no cuidado em saúde mental. Metodologia: Relato de experiência vivida durante o primeiro ano de residência multiprofissional em saúde mental, na unidade psiquiátrica de um hospital universitário do sul do Brasil. Resultados e discussão: Paciente de sexo biológico feminino, 22 anos, utilizava identidade social masculina há cerca de um ano. Internou por tentativa de suicídio a pedido da mãe. Como estava sedado no momento da baixa, ficou registrado pelo nome de mulher (de acordo com o documento de identidade) e foi conduzido ao leito em quarto coletivo feminino. O paciente sentiu-se desrespeitado, tornando-se agressivo quando tratado como mulher pela equipe e companheiras de quarto. Houve, então, uma mudança de conduta: fez-se a transferência para um quarto masculino e ele passou a ser identificado pelo nome de sua escolha por todos os profissionais da unidade. Alguns desafios ainda persistiram, pois a família do paciente parecia entender a adoção da identidade masculina como sintoma de seu sofrimento psíquico e não como uma expressão de sua singularidade. Essa dúvida ecoava entre os membros da equipe assistencial em alguns momentos, mas ficou claro que não cabia aos profissionais formular hipóteses em relação a isso, e que o foco do tratamento deveria permanecer no tratamento dos sintomas que motivaram a internação. Considerações Finais: A equipe precisou se adaptar às características desse paciente, além de fazer esforços para não embarcar no desejo da família de “patologizar” sua condição transgênero. Dessa forma, concluiu-se que a ética no trabalho em saúde mental com pacientes transgênero não se resume em identificar a pessoa pelo nome ou termo correto, mas principalmente em se abster de julgamentos, evitando rótulos e associações precipitadas entre o sofrimento do paciente e sua identidade de gênero. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Jesus JG. Orientações sobre a população transgênero: conceitos e termos. Brasília: Autor, 2012. Disponível em: https://www.sertao.ufg.br/up/16/o/ORIENTA%C3%87%C3%95ES_POPULA%C3%87%C3%83O_TRANS.pdf?1334065989. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Carta dos direitos dos usuários da saúde. Ministério da Saúde, 3ª. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/AF_Carta_Usuarios_Saude_site.pdf Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 5 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE MULPROFISSIONAL PARA O PACIENTE HIPERTENSO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Fabrizio Do Amaral Mendes, Marlucilena Pinheiro Da Silva, Ana Caroline Lima Fonseca, Luiz Willyan Da Costa Moraes, Flavia Layana Pimentel Coutinho, Pedro Abdias Fernandes De Farias Aires Resumo Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) atualmente é considerada um caso de saúde pública com prevalência assustadora a nível mundial e nacional, relacionada a percentuais elevados de morbidade e mortalidade. A taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório sofre aumento a cada ano. Entre os períodos de 2000 a 2011 o número de óbitos elevou-se em 28,6% e no ano de 2011, as doenças isquêmicas do coração e as cerebrovasculares foram responsáveis por 61% de óbitos nessa categoria.1Estima-se que entre os 12 milhões de hipertensos do Brasil, apenas 10% são tratados efetivamente.3A complexidade desse problema implica na necessidade de uma abordagem multiprofissional, interdisciplinar, incluindo familiares na definição e pactuação das metas de acompanhamento a serem atingidas.2 Objetivo: Descrever atendimento do paciente hipertenso em uma Unidade Básica de Saúde -UBS, com análise do atendimento multiprofissional. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo acerca de um relato de experiência no qual buscamos pontuar a vivência do atendimento multiprofissional ao paciente hipertenso em uma UBS no período de março à agosto de 2015.Resultados/discussão: Durante matéria prática em UBS, identificamos que o atendimento multiprofissional não acontecia nesta instituição. O hipertenso que necessita de atendimento obedece a um fluxo de atendimento de consultas intercaladas entre médico/enfermeiro e às vezes o nutricionista. Não acontecem reuniões e discussões de casos entre os profissionais, causando a ineficiência e desistência destes em seguir um acompanhamento efetivo devido uma rotina cansativa de atendimentos em consultórios repetidamente. O hipertenso precisa de uma assistência diferenciada com atendimento multiprofissional, pois devido a etiologia multifatorial necessita de visões e contribuições das mais diversas áreas da saúde. A equipe horizontal ou multidisciplinar acaba favorecendo a maior adesão do paciente ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, permitindo a esta pessoa ganho de anos em sua vida com qualidade e com diminuição de morbidades e complicações. O atendimento pensado e discutido entre os profissionais das mais diversas áreas favorece a adesão, vinculo do paciente e serviço de saúde, melhorando a assistência prestada e diminuindo os casos de mortalidade por essa patologia no Brasil. Considerações finais: Ressaltamos que a abordagem multiprofissional atualmente é a melhor forma de atender o paciente hipertenso. A equipe pensando e trabalhando juntos favorece o estímulo contínuo de mudanças de hábitos de vida prejudiciais à saúde deste usuário, além de melhorar a vida do paciente, favorece a comunicação entre a equipe, plano terapêutico continuado e promove a melhor assistência ao hipertenso. Contato: [email protected] 6 equip e coletividad e humanização social Descritores Hipertensão; Aceitação do paciente de cuidados de saúde; Atenção Primária de Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Martins, AG; Chavaglia, SRR; Ohl, RIB; Martins, IML; Gamba, MA; Adesão ao tratamento clínico ambulatorial da hipertensão arterial sistêmica, Acta Paulista Enfermagem. 2014; 27(3): 266-72. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 3 Calegari, DP; Goldmeier, S; Moraes, MA; Souza, EM; Diagnósticos de enfermagem em pacientes hipertensos acompanhados em ambulatório multiprofissional, Rev Enferm UFSM 2012 Set/ Dez;2(3):610-618. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A INCLUSÃO DE MORADORES DE RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA EM UM GRUPO DE ARTESANATO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE Amanda Matias Barbosa, Bianca Brunelli Wolf, Sandra Guimarães Dos Santos, Regina Yoneko Dakuzaku Carretta Resumo Introdução: O movimento da reforma psiquiátrica brasileira trouxe consigo importantes mudanças na área social e na saúde. No aspecto social, necessitou de reformulação de conceitos sobre pacientes psiquiátricos e, uma das alternativas para a socialização destes foi à criação de Residências Terapêuticas1 (RT). Na saúde, tal reformulação não focou somente a saúde mental, mas abordou todas as esferas, principalmente a Atenção Primária de Saúde (APS), a qual tem como prerrogativa acompanhar longitudinalmente os seus usuários 2. Objetivo: Descrever a experiência da inclusão de dois moradores de uma RT em grupo de artesanato oferecido na APS. Metodologia: Este estudo consiste em um relato de experiência de um Núcleo de Saúde da Família de um município do interior do estado de São Paulo, no período de março à agosto de 2015. Resultados e discussão: o grupo de artesanato objetiva proporcionar à população um espaço de aprendizado, troca de experiências e convivências, tornando-se apoio e suporte em promoção de saúde. Os encontros são semanais de duas horas e participam, aproximadamente, 15 usuários do serviço. É coordenado pela Agente Comunitária de Saúde que planeja e desenvolve o artesanato, estimulando capacidades individuais e coletivas. As atividades foram adaptadas aos dois moradores da RT de acordo com suas habilidades e limitações. Coube à residente de Terapia Ocupacional e à aprimoranda de Psicologia, o desenvolvimento de habilidades cognitivas e sociais. A fim de romper paradigmas existentes no grupo relacionado ao estigma da doença mental, realizaram-se discussão do tema em espaços de educação permanente, contato com o Hospital Psiquiátrico responsável pela RT e levantamento do histórico de ambos os usuários. Considerações Finais: Os benefícios deste trabalho são observados nos relatos da coordenadora e participantes do grupo, cuidadoras e profissionais responsáveis pela RT e equipe da unidade de saúde. Nessa trajetória reconheceram-se a relevância deste trabalho para os usuários e equipe. Observou-se melhoria nas habilidades cognitivas e socias dos moradores da RT, refletidos na inclusão e adesão destes ao grupo. social equip e coletividad e humanização Descritores Atenção primária à saúde; Saúde mental. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 FASSHEBER, V. B.; VIDAL, C. E. L. Da tutela à Autonomia: Narrativas e Construções do Cotidiano em uma Residência Terapêutica. Psicologia Ciência e Profissão, 2007, 27 (2), 194-207. 2 SANTOS JR, H.P.O.; SILVEIRA, M.F.A. Práticas de cuidados produzidas no serviço de residências terapêuticas: percorrendo os trilhos de retorno à sociedade. Rev. Esc. Enferm. USP, 2009; 43(4): 788-95. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 7 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde A INSERÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NAS ATIVIDADES DE APOIO MATRICIAL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Zaira Letícia Tisott , Deise Dos Santos Pretto, Francine Gonçalves Freitas, Juliana Maia Borges Resumo Introdução: Com a expansão da Estratégia de Saúde da Família (ESF), a oferta de ações de saúde mental na atenção básica ganhou importância, de forma que deve ser articulada a partir de ações embasadas no território, nas redes de serviços e na intersetorialidade1. O Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde, através de intervenção pedagógico-terapêutica, onde as equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) funcionam como equipes de referência interdisciplinares2. No âmbito das ações em saúde mental, o matriciamento se coloca para o conjunto das práticas da ESF a partir das equipes dos Centros de atenção Psicossocial (CAPS) e dos Núcleos de apoio a Saúde da Família (NASF). Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo fazer um relato de experiência sobre a inserção de residentes do segundo ano, nas atividades de apoio matricial em um município do interior do estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado de março de 2014 a agosto de 2014, por residentes do segundo ano do Programa de Residência Multiprofissional Integrada no Sistema Público de Saúde com ênfase em Saúde Mental. O apoio matricial era realizado mensalmente em duas ESF, juntamente com a equipe dos CAPS do município, totalizando 8 visitas. Resultado: Nota-se nas visitas à realização de discussões de casos sobre usuários pertencentes ao território, onde a equipe traz as dificuldades em resolver demandas referentes aos mesmos. A discussão de casos em equipe interdisciplinar permite que a equipe construa estratégias em comum, através das diferentes visões e fontes de informação, possibilitando construir um projeto terapêutico ampliado e singular2. Observa-se também, fragilidades nas ESF, frente ao desconhecimento de rede do município. Essa dificuldade pode ser enfrentada, através do planejamento das ações em saúde no território, integrando as mesmas às políticas locais de saúde mental, assim, constrói-se a definição de competências de cada dispositivo da rede de atenção, o qual conduz uma integração maior das ações desenvolvidas nas comunidades3. Conclusão: O estudo propiciou relatar as experiências de residentes frente às atividades de apoio matricial. Considera-se tais atividades importantes para a formação do profissional residente, como relevante auxilio as equipes de saúde apoiadas. Contato: [email protected] 8 equip e coletividad e humanização social Descritores Saúde mental, Atenção primária à saúde, Saúde da família. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação de Saúde Mental e Coordenação de Gestão da Atenção Básica. Saúde mental e atenção básica: o vínculo e o diálogo necessário. Brasília (DF), 2003. 2. Brasil. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Dulce Helena Chiaverini (Organizadora) [et al.]. Brasília, DF: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011. 236 p. 3. 2 Silveira DP, Vieira ALS. Saúde mental e atenção básica em saúde: análise de uma experiência no nível local. Ciência & Saúde Coletiva, 14(1):139-148, 2009. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A INSERÇÃO DO PROFISSINAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO HOSPITALAR Beatriz Paulo Biedrzycki, Bruna Lima Selau, Daniel Tietbohl Costa, Adriano Tusi Barcelos Resumo Introdução: O profissional de Educação Física está culturalmente ligado à área da saúde, ainda que a sua inserção no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) seja nova. Assim, este profissional está construindo essa atuação, em vários níveis de atenção, onde a promoção e prevenção em saúde são o enfoque. Nesse quadro, os hospitais aparecem como espaços nos quais o corpo comparece como protagonista, procurando dar continuidade a rotina e as práticas corporais, facilitando a reinserção na alta hospitalar.(1) Entretanto, este contexto ainda é pouco explorado por esses profissionais, tendo em vista que o trabalho com a doença torna esse ambiente distante da realidade vivênciada na graduação e da cultura da profissão. Objetivo: Relatar o trabalho do profissional de educação física no contexto hospitalar no campo da pediatria. Metodologia: Relato de experiência. Resultados e discussão: Diferente do que aprendemos e vivenciamos na faculdade, a Residência multiprofissional em saúde aborda assuntos referentes ao SUS, abrangendo uma visão mais ampla de saúde. Entretanto, o ambiente hospitalar tem um enfoque maior na cura e na doença ao invés de trabalhar na promoção e prevenção da saúde. Portanto, trabalhamos tanto os aspectos biológicos como os aspectos psicossociais. Entre as atividades realizadas com enfoque nos aspectos biológicos, estão o desenvolvimento motor dos bebês e crianças, e a realização de atividade física, com intuíto de reabilidatação pulmonar ou perda de peso. Além dessas atividades, é realizado um trabalho, visando o bem estar, lazer e qualidade de vida do paciente, buscando contemplar os aspectos sociais e psicológicos, como a recreação e o brincar dentro do ambiente hospitalar, além de atividades recreativas na área externa do hospital para que as crianças possam sair do ambiente hospitalar principalmente quando estão internadas durante um período mais longo, propiciando que as mesmas consigam vivenciar práticas corporais mais próximas da realidade que encontrarão fora do hospital. Considerações Finais: Mesmo quando realizamos um trabalho visando à melhora dos aspectos biológicos, utilizamos o lúdico para tornar essa atividade mais prazerosa, buscando um cuidado mais humanizado, respeitando a singularidade dos indivíduos. Entretanto, ainda é difícil a inserção de profissionais de educação física no ambiente hospitalar, tanto pela falta de engajamento desses profissionais nesse contexto como pela visão biomédica que perpetua nos hospitais. Referências 1 Fraga AB, Wachs F. Educação Física e Saúde Coletiva – Políticas de Formação e Perspectivas de Intervenção. 1ª ed., UFRGS. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Educação física; Atenção terceária à saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 9 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde A PERCEPÇÃO DOS PRINCÍPIOS BIOÉTICOS NO MÉTODO CANGURU: UMA REVISÃO INTEGRATIVA Kamille Lima de Alcântara, Ana Maria Ferreira Alves, Daniare Maria de Lima, Larissa Ludmila Monteiro de Souza Brito, Radmila Alves Alencar Viana, Viviane Josiane de Mesquita Resumo Introdução: O Método Canguru é um modelo de assistência perinatal que busca um cuidado humanizado aos neonatos, englobando suas famílias, a partir de intervenções com um paradigma biopsicossocial. Objetivos: Neste trabalho, objetivamos entender como se dá os princípios da bioética na pratica assistencial no método canguru. Metodologia: Para tanto, foi utilizado como método a revisão integrativa, partindo da pergunta norteadora: “Como são aplicados os princípios da bioética na prática assistencial do método canguru?” com a construção de um instrumento para extração das informações dos estudos selecionados. Resultados e discussão: Como resultados, foram encontrados sete artigos que abordavam o tema, nas bases de dados IBECS (Indice Bibliográfico Español de Ciencias de la Salud) e SciELO (Scientific Electronic Library Online) todos em língua portuguesa. Nos artigos evidenciamos os seguintes princípios da bioética: não-maleficência, autonomia, beneficência. Não foi identificado na análise, o princípio da justiça. Percebeu-se que a autonomia se destacou aparecendo com maior frequência nos artigos e sempre entrelaçada à mãe ou aos familiares1, entretanto, constituindo um paradoxo com o princípio da beneficência. O princípio da não-maleficência foi percebido no momento da passagem da primeira fase do método canguru para o segundo momento2. Considerações Finais: Conclui-se que apesar da percepção dos princípios bioéticos no método há ainda uma dificuldade dos profissionais em entender e utilizar tais princípios em sua prática. Referências 1 Véras, MR, Vieira, JMFV, Morais, FRR. A maternidade prematura: o suporte emocional através da fé e religiosidade.Rev. Psicologia em Estudo. 2010 Abril/Maio;15(2):325-32. 2 Borck, M, Santos, EKA. Terceira etapa método canguru: convergência de práticas investigativas e cuidado com famílias em atendimento ambulatorial.Rev Gaúcha Enferm., 2010 Dez;31(4):761-8. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Assistência integral a saúde; Método canguru; Temas bioéticos. Contato: [email protected] 10 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A PRÁTICA INTERPROFISSIONAL NA PUERICULTURA: REFLEXÕES NA VISÃO DE UM RESIDENTE Nirley Mara Alves Domingues, Ana Karla Ramalho Paixão, Edna Jéssica Lima Gondim, Gabriela Maciel Silva, Rayana Feitosa Nascimento, Rianna Nargilla Silva Nobre Resumo Introdução: A Puericultura é um dos principais instrumentos utilizados dentro da Estratégia Saúde da Família (ESF) para o acompanhamento da saúde das crianças (¹). Comumente tal prática é realizada pelo enfermeiro e pelo médico, em consonância com as práticas propostas pelo Ministério da Saúde (²). Este relato expõe a experiência da expansão do cuidado através do compartilhamento entre o profissional fisioterapeuta e o enfermeiro neste tipo de atendimento, corroborando com a inserção do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) conforme proposto nos Cadernos da Atenção Básica (³). Objetivos: Descrever a experiência do atendimento compartilhado em puericultura, realizado pelos profissionais residentes em saúde da família e comunidade, na perspectiva de fortalecimento e qualificação da atenção primária. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido em uma unidade básica de saúde (UBASF), sendo quatro residentes e dois profissionais do serviço participantes. A proposta surgiu a partir do olhar da territorialização com vistas a construir ações de saúde ampliadas no teritório.Para isso, foi pactuado entre os envolvidos 01 turno semanal para realização dos atendimentos. Resultados e discussão: Nas consultas além das práticas de enfermagem já preconizadas para a puericultura, a fisioterapeuta pôde avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor e ainda explicar e demonstrar a importância da estimulação dos filhos para suas mães. Tais práticas favoreceram o fortalecimento de vínculos tanto profissional-usuário quanto interprofissional, gerando uma rica troca de saberes. Considerações Finais: Salienta-sea importância da inserção dos profissionais que compõem o NASF nas ações desenvolvidas pela equipe de referência, uma vez que a interprofissionalidade potencializou a troca de saberes gerando a ampliação do cuidado aos usuários. Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica, nº 33. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. 272 p.: il. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 2 Londrina. Prefeitura do Município. Autarquia Municipal de Saúde. Saúde da criança: protocolo. 1. ed.- Londrina, PR; 2006. 3. Leite GB, Bercini LO. Caracterização das crianças atendidas na puericultura do programa saúde da família do município de Campo Mourão, Paraná, em 2003. Cienc. cuid. saude. 2005;4(3):224-30. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Atenção primária; Puericultura. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 11 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde A TERRITORIALIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Lidiane Almeida Moura, Ana Osmarina Quariguasi Magalhães Frota, Margarida Angélica Freitas, Jéssica Andressa Soares de Carvalho, Maria Clariciane Cabral Almeida, Thabata Krishna Ribeiro Franco Vilanova Resumo Introdução: O processo de territorialização pode ser compreendido como a apropriação e conhecimento do espaço de atuação da atenção primária à saúde1, sendo um fator indispensável para trabalhar a promoção de saúde. Objetivo: Relatar vivências de residentes do Programa de Residência em Saúde da Família no processo de territorialização. Metodologia: Trata-se de relato de experiência de uma equipe multidisciplinar de residentes em saúde da família, durante o processo de territorialização. Resultados e discussão: Durante o período de territorialização, pudemos vivenciar e observar diversas práticas desenvolvidas por profissionais residentes, sendo elas espaços de promoção de saúde e construção de vínculos. Dentre essas práticas encontra-se interconsultas, participação em grupo de convivência, puericultura coletiva, grupo de caminhada, grupo de práticas corporais e grupo de hiperdia. As estratégias de promoção da saúde voltadas para um viver melhor, são essenciais para o desenvolvimento de suporte social às pessoas. Assim como também a Educação em Saúde é um aspecto que participa do processo de viver saudável. A compreensão desse processo como um ato de compartilhamento de saberes e experiências entre o Profissional e o usuário, vivenciando na prática a busca conjunta de soluções para as questões, gera uma nova perspectiva2. Através do Grupo de Convivência também é ofertado o cuidado em saúde, proporcionado bem-estar ao participante e contribuindo para que ele vivencie trocas de experiências, propiciando conscientização para a importância do autocuidado3. Também é ofertado atividades de lazer e convivência em grupo, que segundo Pena e Santo4 em 2006, contribuem tanto para manutenção do equilíbrio biopsicossocial do indivíduo, quanto para amenizar possíveis conflitos ambientais e pessoais. Considerações Finais: Vivenciar a territorialização é uma experiência nova e enriquecedora, que contribui para a vivência na RMSF durante esses dois anos. O cotidiano do trabalho proporciona um olhar ampliado, com novos significados e potencializa o fazer/ agir em saúde, onde todos os atendimentos e ações foram realizados de forma interdisciplinar e multiprofissional, proporcionou outra dimensão do cuidado em saúde. Fortaleceu a importância do trabalho em equipe e promoveu a troca de saberes entre diferentes grupos profissionais, na discussão de um assunto, na resolução de um problema, com vistas à melhor superação da realidade. Contato: [email protected] 12 equip e coletividad e humanização social Descritores Promoção da saúde; Residência. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 FARIA DE RM. A territorialização da atenção primária à saúde no sistema único de saúde e a construção de uma perspectiva de adequação dos serviços aos perfis do território. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia. 2 SILVA DGV. O processo de viver saudável de pessoas com Diabetes mellitus Através de um grupo de convivência. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2007 Jan-Mar; 16(1): 105-11. 3 KRAUSE MP; SILVA SG. Associação entre características morfológicas e funcionais com as atividades da vida diária de mulheres idosas participantes em programas comunitários no município de Curitiba–Paraná [dissertação]. Curitiba (PR): Universidade Federal do Paraná; 2006 Disponível em: http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/6601/maressa.PDF;jsessionid=9FA1E5F1F1A000975B73479343EB22DE?sequence=1 Acesso em: 12 de abril de 2015. 4 PENA, F. B.; SANTO, F. H. E. O movimento das emoções na vida dos idosos: um estudo com um grupo da terceira idade. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 8, n. 1, p. 17 –24, 2006. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/original_02.htm .Acesso em: 11 de abril de 2015. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A VISÃO DOS RESIDENTES SOBRE O ACOLHIMENTO EM UMA UNIDADE DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Mayara Lindenmeyer, Sonia Mara da Silva Kampff, Rose Mara dos Santos Nunes, Luciana Morellato, Patrícia Muller Souza, Ana Ravenna Sales Soares Resumo Introdução: O acolhimento significa ato ou efeito de acolher, uma ação estratégica de mudança do atendimento na saúde pública, além de ser uma ferramenta de intervenção na qualificação de escuta, construção de vínculo, humanização da relação usuário/profissional e garantia do acesso aos serviços de saúde¹. Para os profissionais que participam desse processo é uma oportunidade de aproximação à necessidades dos usuários, em busca de um trabalho resolutivo. Objetivo: Relatar e analisar a visão dos residentes sobre a prática do acolhimento no período de março a agosto de 2015, em uma unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF). Metodologia: O estudo tem uma abordagem descritiva e qualitativa² e foi realizado em uma Unidade de Estratégia Saúde da Família no período de março a agosto de 2015. Buscou-se a informação sobre o processo de acolhimento na ESF através de relatos, trazendo a visão dos residentes que atuam nesta Unidade, sendo eles: duas enfermeiras, duas assistentes sociais e uma farmacêutica, com o intuito de descrever a visão destes profissionais que participam da prática do processo de acolhimento. As informações foram coletadas por meio de relatos de experiência, e para o tratamento dos dados utilizou-se a análise de conteúdo. Resultados e discussão: Realizada a análise dos dados, a percepção dos residentes sobre o acolhimento na ESF, foi que este espaço é um local para uma escuta qualificada e humanizada, que busca fortalecer o papel do usuário como protagonista e o vínculo com o profissional, fundamentando a educação na área da saúde. Incluímos como desafio, uma maior qualificação dos profissionais e uma preparação humanizada para se conectar com o usuário. Considerações Finais: Conclui-se que o acolhimento é um espaço elaborado para reorganizar o processo de trabalho em saúde e propiciar o exercício de cidadania tornando-o humanizado, efetivo e resolutivo. Constatou-se dificuldades no fluxo do serviço e de compreensão do usuário sobre o atendimento neste espaço. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Acolhimento; Estratégia; Residência Multiprofissional. multip rofissional interdisciplina ridade 1 BRASIL, Ministério da Saúde. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2. ed. Brasília, 2006. 2 MINAYO, M.C. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11 ed. São Paulo; 2008. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 13 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde ABORDAGEM COGNITIVOCOMPORTAMENTAL NO CONTEXTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA: UM ENFOQUE GRUPAL Janes Alice Jauer, Gabriela Capitão De Melo, Andressa Henke Belle, Ingrid Francke, Mônica Karine Schneider Resumo Introdução: Devido à complexidade do fenômeno da dependência química vem crescendo a necessidade de investir em diferentes terapêuticas dirigidas a essa condição clínica. Nesse contexto, as abordagens comportamentais e cognitivas são mencionadas pela literatura como efetivas, e muitas vezes superiores à medicação na manutenção de resultados em longo prazo1-2. Objetivo: este estudo tem como objetivo revisar a literatura sobre terapia cognitivo comportamental em grupos, no intuito de verificar quais estratégias de intervenção tem demonstrado melhores resultados. Metodologia: foi realizada uma revisão da literatura a partir do Portal de Periódicos Capes, bem como livros focados nessa temática, através dos seguintes descritores: dependência química, grupos e terapia cognitivo comportamental. Resultados e discussão: os achados indicam maior eficáciadas intervenções que utilizam as seguintes técnicas: 1) prevenção de recaída; 2) estratégias de enfrentamento; 3) auto-monitoramento; 4) controle de estímulos; 5) relaxamento; 6) avaliação de crenças e emoções; 7) entrevista motivacional­3-4-5. Adicionalmente, verificaram-se fatores importantes ligados ao cuidado do terapeuta com o grupo, considerando o investimento em planejamento, discussões e feedbacks, assim como a credibilidade atribuída pelo terapeuta aos grupos3. Apesar da importância da crença do terapeuta nos grupos, a literatura indica um duplo problema. De um lado a descrença nesse público decorrente da frustração vivenciada quando ocorre a recaída, e de outro uma redução dos grupos à uma relação de custo-benefício ou extensão das práticas individuais. A coesão e o foco na tarefa por parte do grupo, assim como sua capacidade de auto-gestão também foram fatores relevantes para gerar melhores resultados3-5. Considerações finais: A partir do exposto, identifica-se a necessidade de investir na capacitação dos coordenadores de grupos voltados aos dependentes químicos, tanto do ponto de vista teórico e técnico, quanto em aspectos pessoais e interpessoais. As estratégias de tratamento mais clássicas da abordagem cognitivo-comportamental continuam demonstrando eficácia nos tratamentos da dependência química. Por outro lado, torna-se necessário incrementar essas tecnologias ampliando o investimento em pesquisas sobre o tema. Contato: [email protected] 14 equip e coletividad e humanização social Descritores Dependência química; Grupos e terapia cognitivo comportamental. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Cordioli, A. V.- Psicoterapias - Abordagens Atuais - 3ª Edição pág. 616-627, 2008. Sardinha, A. et al. -Intervenção cognitivo-comportamental com grupos para o abandono do cigarro.Rev. bras.ter. cogn. [online]. 2005, vol.1, n.1, pp. 83-90. ISSN 1808-5687. 2 Sobell, L. C. & Sobell, M. B.- Terapias de grupo para transtornos por abuso de substâncias: Abordagem cognitivo-comportamental motivacional. Editora Artmed, Porto Alegre, 2013. 3 White, J. R. & Freeman, A. S.- Terapia Cognitivo-comportamental em grupo para populações e problemas específicos. Editora Roca, São Paulo, 2003. Bieling, P. J., Mccabe, R. E. & Antony, M. M.Terapia cognitivo-comportamental em grupos. Editora Artmed, Porto Alegre, 2008. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR PARA A REALIZAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS ANTI-HIV, SÍFILIS E HEPATITE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Miria Elisabete Bairros Camargo, Maria Renita Burg Figueiredo, Denise Aguiar Fernandes , Pâmela Domingues Botelho, Lidiane Machado, Luciana Czerner , Estela Schiavini Wazenkeksi Resumo Introdução: A inserção do residente multiprofissional junto às equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) surge como impulso na atenção básica (AB), visando uma formação que preconiza o trabalho multiprofissional, interdisciplinar como: prestar um cuidado integral, buscar novas alternativas, assumir responsabilidades com o usuário e o serviço de saúde ¹. A utilização dos testes rápido HIV, Hepatites e Sífilis, permite atender à crescente demanda pelo diagnóstico de agravos relevantes à saúde pública. Sua utilização aumenta a agilidade da resposta dos indivíduos permite rápido início do tratamento². Objetivos: Relatar a experiência dos residentes na abordagem interdisciplinar para realização dos TR na ESF. Metodologia: estudo descritivo, sobre experiência dos residentes na realização destes TR, onde tais testes passaram a ser ofertados na AB. Na unidade de ESF, atuam sete equipes de ESF, uma equipe de NASF, um grupo de RMSC, de treze profissionais com enfermeiras, cirurgiãs-dentistas, farmacêuticas, fonoaudiólogas, psicóloga e assistentes sociais. Resultados e discussão: No segundo semestre do ano de 2014 os testes passaram a ser realizados na AB. Capacitaram-se os profissionais da ESF, NASF e residentes, conforme sua categoria foi habilitada para realização de pré e pós-aconselhamento (psicologia e serviço social), para todas as etapas do teste as demais profissões. No período de setembro de 2014 a agosto de 2015 foram realizados 315 testes, destes 258 em mulheres, 57 em homens. A procura maior se deu pela população geral com 231, seguido de 73 gestantes e seus parceiros apenas seis testes. Considerações Finais: Constatamos que o trabalho dos residentes na descentralização dos testes rápidos na AB contribui para o acesso do usuário a prevenção e diagnóstico precoce das DSTs. A abordagem multidisciplinar e interdisciplinar possibilita o cuidado integral, tornando-o uma importante ferramenta de prevenção de doenças e educação em saúde através da realização qualificada de pré e pós-aconselhamento. social equip e coletividad e humanização Descritores Atenção a saúde; Promoção da saúde; Prevenção de doença multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Impacto da residência multiprofissional na formação profissional em um hospital de ensino de Belo Horizonte. http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/15318312.pdf. 2 Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_diagnostico_infeccao_hiv.pdf. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 15 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR NAS AÇÕES EDUCATIVAS COM PACIENTES E ACOMPANHANTES NA PEDIATRIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Cecilya Mayara Lins Batista, Fabiana Lima Silva, Cilânea Dos Santos Costa, Danielle Cristina Gomes Gomes, Micarla Priscila Silva Dantas, Jéssica Barros Rangel, Rayane Santos De Lucena Resumo Sabe-se que o processo de adoecimento e hospitalização provoca no paciente e sua família fragilidades física, psicológica e social. Uma vez inseridos no ambiente hospitalar a equipe de saúde tem o desafio de tornar esse momento menos traumático para o usuário e quem o acompanha, oferecendo um atendimento humanizado que promova produção de saúde e autonomia dentro do serviço e fora dele. Diante dessa necessidade, a equipe da Residência Multiprofissional em Assistência Materno-Infantil de um Hospital Universitário do Rio Grande do Norte é responsável pela execução de ações de educação em saúde junto aos pacientes e acompanhantes da unidade funcional pediátrica. A equipe, comporta por psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, assistente social, enfermeiro, farmacêutico e odontólogo, executa ações de educação em saúde de maneira lúdica e dinâmica que visam estimular a autonomia dos pacientes internos e de seus acompanhantes, possibilitando o autocuidado com a saúde e o fortalecimento do protagonismo frente ao processo saúde-doença. Os temas trabalhados são relacionados às demandas identificadas pela equipe multiprofissional, que na maioria das vezes foram determinantes para o processo de adoecimento que acarretou a internação. Mediante as ações notam-se benefícios mútuos, tanto para os pacientes e acompanhantes quanto para a equipe de saúde, tornando-se possível estabelecer vínculo com o público alvo, esclarecer algumas dúvidas recorrentes, trocar experiências e divulgar conhecimentos relacionados à inserção de hábitos que possibilitam uma melhor qualidade de vida, bem como permite a equipe de residentes atuarem na perspectiva da promoção do cuidado integral. Observa-se que é cada vez mais oportuno a realização de atividades lúdicas e participativas no contexto hospitalar pela equipe de saúde, visando fortalecer o protagonismo das crianças e dos acompanhantes sobre os cuidados que devem ser voltados para a promoção e prevenção da saúde e oferecer um atendimento acolhedor e humanizado. Neste sentido, as ações de educação em saúde têm contribuído para o fortalecimento da autonomia e produção de saúde dos usuários do cenário da pediatria do referido hospital a partir da atuação multidisciplinar. Descritores Pediatria; Integralidade; Educação em Saúde. Contato: [email protected] 16 social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Saúde. Gestão participativa e cogestão. Brasília: Ministério da Saúde (MS); 2009. 2 Valdemar AAC, Chiattone HBC, Ricardo WS, Maria Lúcia HF, Cláudia TS. E a psicologia entrou no hospital. São Paulo: Pioneira Thompson Learning; 2003. 3 Maia EMC,Oliveira LCB, Gomes CC, Ferreira CL, Mata ANS. Psicologia, Saúde e Desenvolvimento. Humano. 1. ed. Natal: EDUFRN; 2012. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES DE CARDIOPATIA ISQUÊMICA Paulo Rogério Zacouteguy Fernandes, Dayana Dias Mendonça, Bruna Silveira De Almeida, Suzimara Monteiro Pieczoski, Stefanny Ronchi Spillere, Bruna Zortea, Ane Glauce Freitas Margarites Resumo Introdução: A cardiopatia isquêmica é uma doença crônica com alta prevalência e uma das principais causas de morte em países desenvolvidos e em desenvolvimento. A progressão da doença arterial coronariana está relacionada à presença de fatores de risco e estilo de vida não saudável. A atuação da equipe multiprofissional é uma estratégia importante utilizada para melhorar a aderência dos pacientes ao tratamento, visando maior sucesso na terapêutica farmacológica e não farmacológica. Objetivo: Descrever a prevalência de fatores de risco cardiovascular em pacientes com cardiopatia isquêmica estável. Metodologia: Estudo transversal de pacientes cardiopatas isquêmicos estáveis, com fatores de risco não controlados, encaminhados à equipe multidisciplinar, em hospital público universitário. A equipe multidisciplinar é composta de enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas. Os dados foram coletados de prontuário na primeira consulta de 34 pacientes, através de atendimento padrão estruturado da equipe. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 63±12 anos, predominantemente do sexo masculino 22 (64,7%). Quanto a presença de fatores de risco cardiovasculares, todos são hipertensos, 22 (64,7%) com diabetes mellitus tipo II, 7 (20,6%) tabagistas, 21 (61,8%) sedentários e 29 (85,3%) dislipidêmicos. Considerações finais: Estes dados indicam que os pacientes cardiopatas isquêmicos estáveis desse ambulatório tem um potencial benefício para uma abordagem multidisciplinar na busca da redução do risco cardiovascular por meio de ações integradas que envolvam equipe multiprofissional, paciente e familiares. Dados da literatura já mostram que quando os pacientes tornam-se conhecedores de suas doenças, dos benefícios do tratamento, entre outros aspectos, esses conseguem aderir mais ao tratamento, principalmente quando manejados de forma multidisciplinar. social equip e coletividad e humanização Descritores Coronary disease; Multidisciplinary management. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); 2003. 2 Vieira V, Freitas JB, Tavares A. Adesão ao tratamento clínico. In: Diniz DP, Schor N, organizadores. Qualidade de vida. São Paulo: Manole; 2006. p.157-64. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 17 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde ACOLHIMENTO SOB A ÓTICA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA-RS Catheline Rubim Brandolt, Márcia Yane Girolometto Ribeiro Resumo Introdução: A prática do acolhimento é uma das diretrizes de relevância ética e política da Política Nacional de Humanização (PNH) a qual implica o compartilhamento de saberes, co-responsabilidade e resolutividade permitindo questionamentos perante as relações profissionais/usuários e sua rede social, sendo prioritária na Atenção Básica¹,². Na Atenção Básica (AB) essa prática deve ser prioritária, pois esta porta de entrada na rede de saúde, trabalha com diversas formas de adoecimento, envolvendo uma grande variabilidade de situações e problemáticas.. Objetivos: Relatar como ocorre a prática deacolhimento na atuação das residentes em duas Estratégias Saúde da Família (ESF) num município da região central do Rio Grande do Sul. Metodologia: Relato de experiência desenvolvido a partir de vivências da atuação multiprofissional de residentes de Nutrição e Psicologia do Programa de Residência Multiprofissional Integrada, da Universidade Federal de Santa Maria, que realizam suas práticas em unidades de ESF nesta cidade. Resultados e discussão: Nas ESF de referência do presente trabalho, esta prática do acolhimento encontra-se implementada nas ESFs de referência com auxílio da residência multiprofissional, organizado por escalas no qual os profissionais da equipe também participam, buscando reorganizar a demanda das ESF, oferecendo um espaço de escuta aos usuários dos serviços. A Psicologia faz uso de tecnologias leves e utiliza enquanto ferramentas a escuta e possibilita um espaço de produção e reconhecimento do usuário através das relações estabelecidas, ampliando o espaço para saúde mental no ambiente onde ainda há predomínio do enfoque biomédico. A Nutrição através da percepção das particularidades de cada indivíduo busca realizar a educação alimentar e nutricional que visa promover a prática autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis, no contexto da realização do Direito Humano à Alimentação Adequada e da garantia da Segurança Alimentar e Nutricional. Considerações Finais: Assim o acolhimento multiprofissional permite que os profissionais de saúde apreendam as especificidades de cada abordagem capazes de construir um campo de cuidado comum possibilitando uma melhor discussão na equipe e um cuidado integral com o objetivo de traçar planos de cuidado específicos e seus direcionamentos na rede de saúde. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. 2 ed. 5 reimp. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 2 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea.1. ed. Brasília: Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica, v.1, n.28, 2013. Contato: [email protected] 18 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM PRONTO ATENDIMENTO EM UM HOSPITAL DE ENSINO Cristiane Carla Dressler Garske, Betina Brixner, Alice Pereira Freitas Resumo Introdução: Atualmente, o serviço de farmácia clínica realizado em hospitais está apresentando destaque, visando contribuir com a garantia do uso racional dos medicamentos, gerando redução de custos, aumentando a qualidade do cuidado do paciente e assegurando uma terapia medicamentosa correta (1,2). Objetivos: Demonstrar a importância do farmacêutico clínico por meio da identificação e levantamento do número de intervenções realizadas. Metodologia: Levantamento dos acompanhamentos farmacoterapêuticos realizados nos meses de março a maio de 2015 em unidade de Pronto Atendimento de um Hospital de ensino, através do registro em planilhas eletrônicas realizadas pelos farmacêuticos residentes após avaliação de prescrições médicas. Resultados e discussão: No período do estudo, foram avaliadas 278 prescrições. Destas, 65,1% referiam-se a pacientes do sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi 64,5 anos. Nestas, foram realizadas 52 intervenções farmacêuticas. Uma relacionada a posologia, uma a indicação, dezoito a reconciliação medicamentosa, dezesseis por estabilidade, dez por substituição de horário de administração, uma por diluição incorreta, duas por reações adversas (alergias) e três por necessidade de troca de forma farmacêutica. As formas de intervenções foram orais com a equipe (médico e/ou enfermagem), além de evolução no prontuário do paciente, apresentando 80,8 % de aceitabilidade. No presente estudo foi realizado o acompanhamento farmacoterapêutico, pelos residentes farmacêuticos, de pacientes atendidos em uma unidade de pronto atendimento. Através das atividades clínicas busca-se garantir uma maior segurança, através da detecção de erros, antes que estes impactem na qualidade da terapia medicamentosa do paciente (1,3). A alta aceitabilidade das intervenções farmacêuticas encontradas neste, e em outros estudos, indica a real necessidade e importância da atuação do profissional farmacêutico clínico no âmbito hospitalar (4). Considerações Finais: Diante dos resultados encontrados, ressalta-se a importância do farmacêutico estar atuando junto à equipe de saúde no cuidado do paciente, tanto no ponto de vista econômico, quanto clínico, garantindo o uso racional de medicamentos, segurança e qualidade do tratamento. Contato: equip e coletividad e humanização social Descritores Assistência farmacêutica; Hospitalar; Intervenção. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Bernardi EAT, Rodrigues R, Tomporoski GG, Salvi VM. Implantação da avaliação farmacêutica da prescrição médica e as ações de farmácia clínica em um hospital oncológico do sul do Brasil. Revista Espaço para a Saúde. 2014; 15 (2): 29-35. 2 CarterMK,AllinDM,ScottLA,GrauerD.Pharmacist-acquiredmedicationhistoriesinauniversityhospitalemergencydepartment.AmJHealthSystPharm.2006; 63(24):2500-3. 3 Magalhães GF, Santos GBC, Rosa MB, Noblat LAB. Medication Reconciliation in Patients Hospitalized in a Cardiology Unit. PlosOne. 2014 dez; 9 (12): e115491. 4 Santos CM, Costa JM, Netto MUQ, Reis AMM, Castro MS. Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes em uso de sonda nasoenteral em um hospital de ensino. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde. 2012 jan-mar; 3 (1): 19-22. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 19 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde AMBULATÓRIO DE CURATIVOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES DE ENFERMAGEM Daniela Patrícia Tres, Jéssica Rosin, Reginaldo Passoni dos Santos, Roger Rodrigues Peres, Anair Lazzari Nicola, Luciana Magnani Fernandes, Josefa Brás da Silva Resumo Introdução: O tratamento de feridas é um processo complexo e dinâmico, diretamente influenciado pela realização de avaliações sistematizadas, prescrições de produto ou cobertura adequados, de acordo com as características da ferida e a fase da cicatrização1. Os atuam na identificação e organização para uma abordagem sistemática e terapêutica nos cuidados com feridas, o que promove a autonomia profissional 2. Objetivos: Relatar a experiência de enfermeiros residentes sobre atividades realizadas em um ambulatório de feridas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de enfermeiros residentes em um Hospital Universitário do Paraná. Resultados e discussão: As atividades dos enfermeiros residentes no ambulatório de feridas teve início em 2012, como projeto de uma professora do programa de residência de enfermagem tendo colaboração da enfermeira preceptora do serviço. O serviço atende uma determinada região do Paraná, os pacientes são encaminhados por diversas especialidades. Na primeira avaliação geralmente as feridas são avaliadas, mensuradas, caracterizadas, posteriormente em conjunto com a preceptora, após a discussão do caso, escolhe-se a terapêutica, alguns casos complexos são discutidos com a tutora. Neste momento, o paciente e o acompanhante são orientados quanto ao curativo e demais cuidados a serem realizados com a lesão e o curativo. Conforme necessidade é agendado retorno e a cada mudança de conduta a mesma é contra referenciada para a unidade básica de saúde (UBS), se o mesmo evoluir positivamente com parâmetros que a atenção primária supra as necessidades o mesmo recebe alta do ambulatório, porém é orientado que poderá retornar caso necessário. O aprendizado com o tratamento de feridas é fundamental para o aperfeiçoamento do enfermeiro, uma vez que os cuidados apresentam-se, muitas vezes, mais complexos e necessitam de novas tecnologias. O raciocínio clínico é estimulado e melhorado, uma vez que a cicatrização envolve vários fatores, o uso das tecnologias exige conhecimento e conforme a evolução o vínculo entre o profissional, paciente, acompanhante e UBS estreitam-se. Considerações Finais: A prática do enfermeiro na realização de curativos complexos auxilia no aperfeiçoamento profissional, uma vez que devem ser consideradas as diversas dimensões para o sucesso da terapêutica. Contato: [email protected] 20 equip e coletividad e humanização social Descritores Enfermagem; Ambulatório hospitalar; Ferimentos e lesões. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 MELO EM; FERNANDES VS. Avaliação do conhecimento do enfermeiro acerca das coberturas de última geração. Rev. Estima. 2011, 9(4): 12-20. Disponível em: http://www.revistaestima.com. br/index.php?option=com_content&view=article&id=392%3Aartigo-original-1&catid=21%3Aedicao-94&Itemid=93&lang=pt. 2 FERREIRA AM; BOGAMIL DDD; TORMENA PC. O enfermeiro e o tratamento de feridas: em busca da autonomia do cuidado. Arq Ciênc. Saúde. 2008 jul-set; 15(3): 105-9. Disponível em: http:// pt.scribd.com/doc/135240334/O-Enfermeiro-e-o-Tratamento-de-Feridas-Em-Busca-Da-Autonomia-Do-Cuidado#scribd. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ARTE E SAÚDE: A CRIATIVIDADE COMO INSTRUMENTO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE Fernanda Monte da Cunha, Juliana Allgayer, Emerson Silveira de Brito Resumo Introdução: Os Determinantes Sociais em Saúde (DSS) são definidos como as condições em que as pessoas vivem e trabalham, estando essas, relacionadas com sua situação de saúde. Considerando o conceito ampliado de saúde, no SUS a estratégia de promoção é uma possibilidade de focar nos DSS como uma forma de produzir de saúde. Assim, torna-se fundamental a inserção de dispositivos flexíveis aos desafios da complexidade do cotidiano em que estamos inseridos. Objetivos: Relatar a experiência da implantação de um grupo de artesanato em uma Unidade de Saúde da Família (USF), bem como reconhecer a importância deste, como uma ferramenta para a promoção da saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de natureza descritiva e reflexiva pela ótica de residentes inseridos na Atenção Básica. Para o desenvolvimento das atividades, Residentes e Agentes Comunitários de Saúde foram facilitadores de oficinas como: aromatizantes, fuxico, utilidades em EVA e bijuterias. A periodicidade dos encontros é semanal e os temas escolhidos, assim como os materiais utilizados, resultaram da colaboração da equipe e dos usuários. Resultados e discussão: O grupo nomeado Arte e Saúde foi uma iniciativa que partiu em discussões de equipe sobre a necessidade em ampliar espaços de entretenimento e convivência para a comunidade, como um instrumento de promoção à saúde. A população adstrita encontra-se em situação de vulnerabilidade social, com poucas opções próximas de lazer. A nova abordagem também foi motivada pela falta de adesão a outras ações de grupo, focadas apenas nas questões de saúde e prevenção. Esse espaço torna-se um momento de lazer e de aprendizagem, onde há possibilidade de geração de renda, a partir das atividades desenvolvidas. Além de promover exercício da criatividade, solidariedade, diálogo e vínculo. Apesar de contar com adesão unicamente feminina, o perfil das participantes abrange diferentes faixas etárias. Percebe-se a necessidade do contínuo reforço do convite e oferta de atividades diversificadas, a fim de despertar e contemplar os interesses e singularidades das participantes. Considerações Finais: Ações como essa, podem contribuir ao bem estar físico, mental e social de participantes, elevando a autoestima. Os benefícios são evidentes, porém, o desafio é manter um espaço produtor de sentidos e efetivo na ressignificação da saúde como um direito, não se limitando ao modelo hegemônico, centrado na doença. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Promoção da saúde; Atenção primária à saúde; Determinantes; Sociais da saúde. multip rofissional interdisciplina ridade 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 2 BUSS, M. P.; FILHO, P.A. A Saúde e seus Determinantes Sociais. Physis. Vol. 17. No.1, Rio de Janeiro, 2007. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 21 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde AS NECESSIDADES DE SAÚDE DE PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS Caroline Figur Dos Santos, Dolores Sanches Wünsch, Geneviève Lopes Pedebos Resumo Introdução: O presente trabalho tem a pretensão de discutir as necessidades de saúde de pacientes com doenças crônicas como cuidado integral em saúde. Objetivos: Descrever a experiência como Residente Multiprofissional na construção deste trabalho, verificando o acesso dos direitos relacionados à proteção social como necessidades de saúde dos pacientes com doenças Crônicas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, crítico e reflexivo baseado na experiência como Residente Multiprofissional em um Hospital Universitário da região do Sul do País. Resultados e discussão: O interesse no estudo desta temática vem em função da inquietação com algumas questões relacionadas com o cuidado integral em saúde que é destinado aos pacientes com doenças crônicas e também da superação da fragmentação do cuidado em função das fases dos tratamentos propostos. Também se buscou identificar se as necessidades em saúde dos pacientes crônicos vão se superando ou se agravando ao longo do tratamento. De acordo com Silva (2010) as necessidades em saúde são expressas muitas vezes no processo saúde-doença e demonstram que as condições de saúde do povo brasileiro, são precárias e criam grandes demandas de atenção à saúde e especificamente, nos casos de alta complexidade, o atendimento da população muitas vezes é direcionado para os serviços de saúde em outras localidades, fora de seus domicílios. Trazendo assim as necessidades de saúde. Considerações Finais: Poder conhecer as necessidades em saúde dos pacientes com doenças Crônicas para a partir do desvelamento desta realidade criar mecanismo de ação afim de promover sintonia das ações multiprofissionais entre os diferentes setores e serviços responsáveis pelo atendimento desses pacientes, e conhecendo estas necessidades buscar estratégias de ação para enfrentá-las e contribuir para acesso a proteção social e o cuidado integral em saúde. Referências 1 Silva, M F. Doação de órgãos: sim e não. 2010 [citado em 5 de jul. 2015]; 87 F. Dissertação (Mestrado em Serviço Social). - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista, Franca. [Internet]. Disponível em: http://www.franca.unesp.br/Home/Posgraduacao/ServicoSocial/ Dissertacoes/marciafloro.pdf. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Cuidado Integral à Saúde; Necessidades em Saúde; Pacientes Crônicos. Contato: [email protected] 22 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇA COM DIAGNÓSTICO DE MIOCARDIOPATIA Graziele Caroline Cardoso De Sousa, Caroline Berté, Caroline Seixas Ribeiro de Freitas, Bianca Fontana Aguiar, Luana Tonin, Larissa Marcondes, Jackeline Lazorek Saldanha da Silva Resumo Introdução: A miocardiopatia é uma doença rara do músculo cardíaco que resulta de uma série de agressões, como defeitos genéticos, lesão ao miócito ou infiltração do tecido miocárdico. Ela afeta aproximadamente uma a cada 100.000 crianças e pelo menos 40% evoluem para transplante cardíaco ou morte súbita (1-2). Os dois tipos mais comuns em pediatria são: a Miocardiopatia Dilatada aproximadamente 90% dos casos, e a Miocardiopatia Hipertrófica adquirida por herança genética. A partir destes dados e fundamentados pelos princípios da enfermagem, complexidade e cronicidade da doença este trabalho tem como objetivo: levantar referencial teórico acerca dos cuidados de enfermagem e descrevê-los no contexto da pediatria. Metodologia: trata-se de um estudo de revisão integrativa, de caráter descritivo, cujos instrumentos utilizados para coleta foram oito artigos e dois livros que abordam a temática. Resultados e discussão: Do material pesquisado, apenas um livro e um artigo são escritos por enfermeiros, os demais são voltados à área médica e multiprofissional. Os autores destacam como atribuição do enfermeiro: realizar consultas de enfermagem com uma avaliação criteriosa e que permita uma análise da evolução clínica e necessidades psicossociais da criança, condição pregressa e atual de saúde. Explorar o impacto da doença na família, identificando estressores, oferecendo apoio e orientações que minimizem a ansiedade em relação à doença. Quando houver indicação de transplante orientá-los sobre o uso adequado de medicações e o preparo pré-transplante, riscos relacionados à cirurgia, uso correto de medicamentos e seus efeitos colaterais. Envolver a psicologia e serviço social no cuidado e capacitar paciente e família para o autocuidado e avaliar a adesão ao tratamento (1-3). Considerações Finais: Ao considerar a complexidade da doença, seu impacto na qualidade de vida do paciente e família e alto risco de morte súbita, ressaltamos a importância de um cuidado especializado. Uma vez que o enfermeiro deve reconhecer problemas, minimizar complicações, fornecer apoio e orientação. Buscar informações para atuar com propriedade e segurança. Sugerimos ainda que sejam realizados mais estudos voltados ao tema. social equip e coletividad e humanização Descritores Miocardiopatia; Cuidados de enfermagem; Enfermagem pediátrica. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Lipshultz SE, Cochran TR, Briston DA, et al. Pediatric cardiomyopathies: causes, epidemiology, clinical course, preventive strategies and therapies. Future Cardiol. 2013; 9(6): 817-48. 2 Bonow RO, Mann DL, Zipes DP, Libby P. Braunwald, tratado de doenças cardiovasculares. 9th ed. Elsevier, c 2013. 2200 p. 3 Smeltzer S C, Bare BG, Hinkle JL, Cheever KH. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 11th ed. Guanabara Koogan, 2009. 2404 p. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 23 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde ASSISTÊNCIA DOS RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS NO CUIDADO AO PACIENTE NEUROLOGICO: TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Maria do Patrocínio Barros Neta, Marlen Vasconcelos Alves Melo, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares de Mesquita, Karla Orlany Alves Costa Gomes, Vicente de Paulo Teixeira Pinto Resumo Introdução: A atuação multiprofissional pressupõe uma possibilidade a vivência de um profissional se reconstruir na prática do outro, ambos sendo transformados para a intervenção na realidade em que estão inseridos¹. O TCE é qualquer agressão ao cérebro, que acarrete lesão anatômica ou comprometimento funcional do crânio e seu conteúdo, meninges, encéfalo e cerebelo. A maior incidência ocorre entre os jovens, sendo a causa mais comum de incapacidade neurológica, com sequelas físicas, cognitivas e comportamentais. As principais causas de vítimas de TCE incluem, nessa ordem, acidentes automobilísticos, quedas, assaltos, agressões e esportes². Objetivos: Descrever a assistência de uma equipe multiprofissional no cuidado ao paciente com traumatismo crânio encefálico. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, com uma abordagem qualitativa, realizado no decorrer da Residência Multiprofissional de Urgência e Emergência em um Hospital de ensino. A atuação dos profissionais iniciou com a avaliação do paciente que incluiu anamnese, exame físico, exame neurológico, diagnósticos, prescrições e evolução. Em seguida foram realizadas as condutas interdisciplinares dos profissionais da Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição e Farmácia. Resultados e discussão: Paciente A.D.C.M, sexo masculino, 19 anos, apresentava TCE grave, hematoma periorbitário bilateral, fratura dos ossos da face e da calota craniana, traqueostomizado, com sonda nasogástrica, paresia nos MMII e MMSS e perda do controle de tronco. Este recebeu a assistência multiprofissional, que contribuiu para um melhor cuidado possibilitando uma rápida evolução do seu estado geral, através da intervenção interdisciplinar, que visou acelerar o processo de recuperação, maximizar as suas funções, a fim de reduzir complicações de déficits neurológicos para uma melhor qualidade de vida ao paciente. Considerações Finais: Desta forma a abordagem multiprofissional trouxe atendimento mais apropriado ao paciente, promovendo autonomia em relação suas habilidades funcionais, nutricionais e do autocuidado. Os profissionais desenvolveram habilidades para o trabalho em conjunto na resolução de problemas e conflitos, o que certamente gerou ganho de tempo e de qualidade resolutiva no diagnóstico, tratamento e cuidado com o paciente. Contato: [email protected] 24 equip e coletividad e humanização social Descritores Traumatismo crânio encefálico; Atuação multiprofissional; Déficits neurológicos. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 ARAÚJO, M.B.S; ROCHA, P.M. Trabalho em equipe: um desafio para a consolidação da estratégia de saúde da família. Ciência & Saúde Coletiva. 2007 set-dez 12(2):455-464. 2 JONES, H.R.J. Neurologia de Netter. Artmed, Porto Alegre, RS, 2006. 3 SOUZA, R.J.; ZEDAN, R. Assistência fisioterapêutica a pacientes com traumatismo crânio encefálico (TCE) em unidade de terapia intensiva (UTI): Relato de caso. Revista Hórus, volume7, número 2 (Abr-Jun), 2013. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ATENDIMENTO DE UMA EQUIPE DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS NO CUIDADO AO PACIENTE AMBULATORIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Juliana Dos Santos De Oliveira, Bruna Hirano Imbriani, Fabianne Banderó Hoffling, Pâmela Guimarães Siqueira, Nagele Fatica Beschoren, Vanessa Ré, Jucelaine Arend Birrer Resumo Introdução: O trabalho em equipe multiprofissional (EM) é um importante artifício para a reorganização dos processos de trabalho indo ao encontro da singularidade e integralidade da assistência. Na construção coletiva das ações em saúde, as dificuldades estão presentes e precisam ser refletidas e reelaboradas. A formação de uma EM permite a troca de informações e a elaboração de um plano terapêutico, destacando-se a cooperação como instrumento para enfrentar o fazer em grupo¹. Objetivo: Descrever a experiência de uma equipe de residentes multiprofissionais no atendimento ambulatorial ao paciente da linha de cuidado das doenças vasculares em um Hospital Universitário. Metodologia: O atendimento é realizado em um turno por semana pela equipe composta por Assistente Social, Enfermeira, Farmacêutica, Fisioterapeuta, Nutricionista e Psicóloga. Primeiramente a equipe realiza o acolhimento ao paciente, avaliações e levantamento de demandas. Com a discussão do caso clínico é possível realizar as orientações e encaminhamentos específicos de cada núcleo profissional. A educação para o autocuidado é realizada por meio de materiais ilustrativos como tabelas de orientação de medicamentos, materiais para o automonitoramento de pressão arterial e glicemia e orientações sobre alimentação. Resultados e discussão: Os atendimentos realizados pela EM estimulam a autonomia do paciente, aumentam a adesão ao tratamento, condicionamento para protetização, resolutividade para dificuldades nutricionais, questões sociais e emocionais assim como favorecem a qualidade de vida. As abordagens estimulam habilidades para o autocuidado diminuindo a necessidade de reinternações hospitalares. O compartilhamento da assistência com a equipe e a valorização do sujeito permitem sua autonomia, tornando-o protagonista e corresponsável pelo processo de promoção da saúde. Estimular o autocuidado é uma forma de promover ações integrais entre todos os envolvidos, dessa forma, o profissional de saúde deve auxiliar o paciente para que o mesmo realize seus cuidados e transforme-se por meio desse². Conclusão: O enfoque multiprofissional na assistência à saúde dos pacientes atendidos promove a integração dos saberes para o alcance dos princípios norteadores do Sistema Único de Saúde, o que garante a integralidade do cuidado e maior autonomia do sujeito. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Equipe de Assistência ao Paciente; Autocuidado; Ambulatório Hospitalar. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Ferreira RC, Varga CRR, Silva RF. Trabalho em Equipe Multiprofissional: A Perspectiva dos Residentes Médicos em Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva 2009; 14:1421-1428. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política. Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. Textos Básico de Saúde [Internet]. Brasília; 2010. [acesso em 2015 agosto 20]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ caderno_textos_cartilhas_politica_humanizacao.pdf. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 25 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde ATUAÇÃO CLÍNICA DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Jéssica Sanhudo Martins, Naira Thalita Castro Pessano, Fernanda Fernandes Miranda, Patricia Dutra Sauzem Resumo Introdução: A participação do farmacêutico em equipes multiprofissionais atuantes em cenários de urgência e emergência, como Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é de grande importância, visto que garante o Uso Racional de Medicamentos. O farmacêutico atua analisando as prescrições medicamentosas, intervindo e contribuindo para a obtenção de resultados clínicos positivos, assegurando melhor qualidade de atendimento aos pacientes e contribuindo para a redução de custos hospitalares relacionados à farmacoterapia(1). Objetivo: Demonstrar a atuação clínica do farmacêutico em cenário de urgência e emergência, integrando equipe multiprofissional em um hospital do RS-Brasil. Metodologia: o farmacêutico atuou na UTI realizando as seguintes atividades: análise de prescrição, colaboração na escolha da terapia, dispensação, auxílio e informação aos profissionais de enfermagem sobre administração segura de medicamentos, monitoramento da efetividade do tratamento e da ocorrência de reações adversas. Resultados e discussão: Com a atuação do farmacêutico na UTI notou-se aumento da segurança na administração medicamentosa, como também redução de custos. A atuação do farmacêutico em UTI é regulamentada pela RDC 07/2010 da ANVISA, garantindo ao paciente o direito a Assistência Farmacêutica. Os pacientes internados na UTI estão sujeitos a uma série de riscos devido ao elevado número de medicamentos utilizados concomitantemente, à constante troca da farmacoterapia e também à natureza crítica de suas doenças. Essas condições clínicas de risco necessitam de terapia farmacológica complexa, que deve ser administrada por diferentes vias, exigindo uma maior atenção no momento da prescrição e da administração. Considerações Finais: A presença da equipe multiprofissional na UTI se faz necessária e muito importante, pois colabora para a melhora dos resultados clínicos, redução do tempo de internação e mortalidade, bem como efetividade do tratamento. A atuação e integração do profissional farmacêutico nessa equipe contribuiu para a segurança do paciente, diminuição de erros de administração, aumentando a qualidade de vida dos pacientes. Referências 1 PILAU, Raquel; HEGELE, Vanessa; HEINECK, Isabela. Atuação do Farmacêutico Clínico em Unidade de Terapia Intensiva Adulto: Uma Revisão da Literatura. Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde em São Paulo. V.5. n.1. Pág. 19-24. São Paulo: 2014. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Farmácia; Unidade de Terapia Intensiva. Contato: [email protected] 26 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO AMBULATÓRIO DE PNEUMOLOGIA INFANTIL ESPECIALIZADO EM FIBROSE CÍSTICA Nathalia Zinn de Souza, Adriano Tusi Barcelos, Vanessa Campes Dannenberg, Bruna Lima Selau, Gabriela Curbeti Becker, Aline dos Santos Marquetto, Gabriela Alves Pereira, Ana Ravenna Sales Soares Resumo coletividad e social equip e Descritores Fibrose cística; Pediatria; Ambulatório hospitalar. humanização Referências 1 Silva FAA, Dalcin PTR. Fibrose Cística – uma introdução. Rev. HCPA 2011; 31 (2): 121-122. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A fibrose cística (FC) ou mucoviscidose é uma doença genética autossômica recessiva predominante na população caucasiana. A FC é caracterizada por doença pulmonar progressiva, que apresenta disfunção pancreática e eletrólitos no suor. É uma doença irreversível cuja evolução não permitia que os pacientes sobrevivessem até a adolescência. Porém, nos últimos anos as pesquisas progrediram, o que levou à instituição de melhores regimes terapêuticos, aumentando assim sobrevida destes pacientes1. Devido à maior complexidade do tratamento farmacológico é fundamental a orientação e acompanhamento realizado por uma equipe multiprofissional de saúde com o intuito de garantir o seguimento farmacoterapêutico apropriado e a fim de melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Objetivos: Descrever a atuação de uma equipe multiprofissional de um hospital universitário no ambulatório de Pneumologia Infantil Especializado em Fibrose Cística. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido pelos residentes multiprofissionais da área de concentração Saúde da Criança de um hospital escola do sul do Brasil. Resultados e discussão: A referida equipe multiprofissional é composta por assistentes sociais, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, médicos e nutricionistas. A equipe desenvolve junto ao paciente e sua família ações educativas para apropriação e compreensão dos cuidados farmacoterapêuticos necessários. As consultas ambulatoriais são realizadas individualmente com cada paciente e seu respectivo responsável e tem por objetivo conhecer o paciente, além de avaliar a terapia utilizada, intercorrências desde a última consulta, práticas de higienização dos nebulizadores, revisão da técnica da fisioterapia respiratória, hábitos e dieta alimentares, dificuldades para a adesão ao tratamento e também dificuldade na aquisição dos medicamentos, sendo possível utilizar estratégias para trabalhar os problemas identificados. Além disso, a equipe multiprofissional realiza encaminhamentos legais para aquisição de medicamentos e materiais necessários para o cuidado domiciliar do paciente. Considerações Finais: A partir do trabalho articulado entre os profissionais da equipe multiprofissional envolvidos durante o acompanhamento é possível proporcionar um maior suporte para a família e paciente, assim contribuindo para uma maior sobrevida e melhor qualidade de vida. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 27 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO CUIDADO À VÍTIMA DE TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares de Mesquita, Maria do Patrocínio Barros Neta, Karla Orlany Alves Costa Gomes, Marlen Vasconcelos Alves Melo, Samya Rebeca Rocha Ferreira Resumo Introdução: O Trauma Raquimedular compreende as lesões dos componentes da coluna vertebral em quaisquer porções: ósseas, ligamentar, medular, discal, vascular ou radicular. Assim, aproximadamente 15% dos pacientes com trauma de coluna vertebral terão comprometimento neurológico, persistindo como melhor conduta a prevenção. Além de resultar em alterações da função motora, sensitiva e autônoma 1,2. A composição de uma Equipe Multidisciplinar é feita por profissionais de diversas áreas, ou seja, com formações acadêmicas diferentes e que trabalham em prol de um único objetivo3. Objetivos: Descrever a assistência da equipe multiprofissional no cuidado ao paciente com traumatismo raquimedular. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. A coleta de dados foi realizada através da anamnese, exame físico, diagnósticos, prescrições e evolução do paciente. Local de estudo ocorreu no setor da neurologia de um Hospital de ensino. Resultados e discussão: O.S.P, 53 anos, brasileiro, pardo, casado, católico, agricultor, reside com esposa e filhas. Segundo paciente e acompanhante o mesmo foi vítima de queda de árvore. Admitido no serviço em 07/03/2015, proveniente do hospital de origem, apresentando paralesia e parestesia em membros inferiores, sendo diagnóstico com traumatismo raquimedular. Dia 09/03/2015 realizou procedimento cirúrgico de laminectomia descompressiva sendo transferido para o setor da neurologia no qual já apresentava uma ulcera por pressão estágio 4 resultante da hospitalização e incisão cirúrgica em região toracolombar. Observou-se a melhora na cicatrização e autonomia após o acompanhamento e os cuidados da equipe multiprofissional, no qual foram incluindo mudanças de decúbito, curativos diários ao uso de papaína, terapia nutricional e fisioterapia motora e respiratória, entre outros. Paciente evoluiu com alta hospitalar no qual foi realizado orientaçõesbaseada na promoção da autonomia em relação suas habilidades funcionais, nutricionais e do autocuidado e um plano de cuidado multiprofissional. Considerações Finais: A partir dessa vivencia pode-se observar que a assistência multiprofissional torna-se de extrema importância para um cuidado adequado, atuando na promoção de ações e prevenção voltadas para a qualidade e atenção as necessidades do paciente proporcionando uma melhor recuperação da autonomia em relação suas habilidades funcionais, nutricionais e do autocuidado. Contato: [email protected] 28 equip e coletividad e humanização social Descritores Trauma raquimedular; Equipe multiprofissional; Residência em saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Campos MF, Ribeiro AT, Listik S, Pereira CAB, Sobrinho JA, Rapoport A. Epidemiologia do traumatismo de coluna vertebral. Rev Col Bras Cir. 2008; 35(2):8893. 2 Faro ACM, et al. Aspectos fisiopatológicos e assistenciais de enfermagem na reabilitação da pessoa com lesão medular. Rev Esc Enferm USP. 2004; 38(1):71 9. 3 BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Programa da Residência Multiprofissional em Saúde. Resolução Nº 466/12. NANDA: Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação (2012 – 2014)- Nanda North. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE FERIDAS CRÔNICAS NO CONTEXTO DOMICILIAR Estela Dos Santos Schons, Leticia Silveira Cardoso Resumo Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são doenças multifatoriais que se desenvolvem no decorrer da vida. Atualmente, elas são consideradas um sério problema de saúde pública, e já são responsáveis por 63% das mortes no mundo, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (1). Entre os agravos das DCNT, as úlceras de membros inferiores são muito frequentes, determinando gastos significativos para os serviços de saúde, além de interferir diretamente na qualidade de vida dos indivíduos (2). Objetivo: Reflexão a respeito da atuação da equipe multiprofissional no cuidado ao paciente portador de feridas crônicas no contexto domiciliar. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência acerca das visitas domiciliares realizadas a pacientes portadores de feridas crônicas. Resultados e discussão: O atendimento ao paciente portador de ferida crônica vai além do cuidado específico da lesão, os profissionais necessitam observar o contexto em que o paciente esta inserido, bem como intervir no restabelecimento da autoestima, autonomia e autocuidado do mesmo. Na tentativa de promover melhorias na capacidade funcional desse indivíduo, foi observada a importância da inserção da equipe multiprofissional no cuidado, atuando de forma conjunta a fim de agregar conhecimentos e assim contribuir com a recuperação do paciente. Considerações finais: A qualidade de vida dos pacientes acometidos por feridas crônicas é prejudicada, sendo de fundamental importância o olhar sensível dos profissionais de saúde, percebendo as fragilidades a fim de estimular a adesão do paciente e seus familiares ao tratamento, enfatizando que a participação destes no processo de reabilitação e o autocuidado são essenciais para melhora na cicatrização da ferida. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Lesões; Visita domiciliar; Qualidade de vida. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Ministério da Saúde (Brasil). Doenças crônicas não transmissíveis: estratégias de controle e desafios e para os sistemas de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. 2 Ministério da Saúde (Brasil); Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de condutas para tratamento de úlceras em hanseníase e diabetes. Brasília: Ministério da Saúde; 2008. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 29 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde ATUAÇÃO DE EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Paulo Rogério Zacouteguy Fernandes, Dayana Dias Mendonça, Bruna Silveira De Almeida, Suzimara Monteiro Pieczoski, Stefanny Ronchi Spillere, Bruna Zortea Resumo Introdução: As doenças cardiovasculares representaram a terceira causa de internações no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a Insuficiência Cardíaca (IC) a causa mais frequente de internação por doença cardiovascular. Apesar dos avanços no tratamento da IC nos últimos anos, a doença permanece associada a readmissões hospitalares, baixa qualidade de vida, risco de mortalidade prematura e altos custos hospitalares. O manejo não farmacológico passou a representar parte importante do tratamento de pacientes com IC, tendo benefícios comprovados. É conhecido que a abordagem multidisciplinar promove a educação do paciente e seus familiares, e modifica o comportamento com um objetivo final de melhorar o prognóstico. Objetivo: Relatar a experiência da atuação da equipe multiprofissional, composta por enfermeiro, fisioterapeuta e nutricionista, em um grupo de pacientes com insuficiência cardíaca em um Hospital Universitário. Metodologia: Após a 1ª consulta médica, os pacientes são convidados a participar de um encontro do grupo de insuficiência cardíaca. O encontro acontece sob a forma de uma roda de conversa. A sistemática de grupo empregada é do tipo ensino-aprendizagem, de caráter informativo que divide os temas a serem abordados em módulos: noções gerais sobre IC, dieta, controle de sal e líquidos, controle do peso, realização de atividade física e tratamento farmacológico, sinais de descompensação da IC. No decorrer da conversa os palestrantes abrem espaços para que os pacientes expressem seus conhecimentos e cuidados sobre a doença, de modo a facilitar a produção coletiva de conhecimento e também poder refletir estratégias de enfrentamento sobre a atual condição de saúde desses pacientes e poder conviver bem com a doença. Ao final do encontro é agendada a primeira consulta de acompanhamento com a enfermagem. Resultados Esperados: - Melhorar o entendimento sobre a doença, adesão para o autocuidado e a qualidade de vida dos pacientes com insuficiência cardíaca; - Estimular a autonomia e o protagonismo no autocuidado; - Buscar novas modalidades de abordagens multiprofissionais que rompam com padrões convencionais de atenção a saúde, ou seja, padrões prescritivos; - Aprimorar o trabalho da equipe multiprofissional frente aos pacientes com IC. Conclusão: A participação da equipe multiprofissional nos encontros do grupo de pacientes com IC proporciona uma maior interação entre os profissionais e profissional-paciente. Com isso gerando maiores perspectivas de novas intervenções com maior qualificação para otimização do tratamento. Contato: [email protected] 30 equip e coletividad e humanização social Descritores Insuficiência cardíaca; Educação em saúde; Gestão multidisciplinar. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Bocchi EA, Marcondes-Braga FG, Bacal F, Ferraz AS, Albuquerque D, Rodrigues D, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica - 2012. Arq Bras Cardiol 2012: 98(1 supl. 1): 1-33 2 Aliti GB, Rabelo ER, Domingues FB, Clausell N. Cenários de educação para o manejo de pacientes com insuficiência cardíaca. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2007; 15( 2 ): 344-349. 3 Rabelo ER, Aliti GB, Goldraich L, Domingues FB, Clausell N, Rohde LE. Non-pharmacological management of patients hospitalized with heart failure at a teaching hospital. Arq Bras Cardiol. 2006; 87(3): 352-8. 4 Krumholz HM, Amatruda J, Smith GL, Mattera JA, Roumanis SA, Radford MJ, et al. Randomized trial of an education and support intervention to prevent readmission of patients with heart failure. J Am Coll Cardiol. 2002; 39(1): 83-9. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ATUAÇÃO DOS NUTRICIONISTAS RESIDENTES EM UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL DE UM HOSPITAL DE ENSINO Katiane Schmitt Dalmonte, Katiele Baelz, Francieli Rossoni Da Silva Resumo Introdução: A Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) é um grupo constituído obrigatoriamente de pelo menos um profissional de cada categoria, médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico, podendo ainda incluir profissionais de outras categorias, devidamente habilitados e com treinamento específico para a prática da Terapia Nutricional (TN)1. Objetivos: relatar as ações desenvolvidas pelos nutricionistas residentes em uma EMTN. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido por quatro nutricionistas residentes de um hospital do interior do estado do Rio Grande do Sul. Resultados e Discussões: As residentes desde o inicio de suas atividades tem a oportunidade de vivenciar e atuar frente à EMTN. Nesta, são desenvolvidas reuniões mensais onde, as mesmas levam até a equipe os casos mais relevantes de terapia enteral e/ou parenteral ocorridos no mês anterior. Juntamente com a equipe há momentos de compartilhamento de saberes e aprendizagens. As nutricionistas identificam os pacientes em uso de terapia nutricional através dos mapas de dietas do hospital e seguem com a realização da avaliação nutricional e adequação da dieta. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) os pacientes são monitorados diariamente quanto ao tipo de dieta e quantidade infundida. A equipe adota protocolos para avaliação e monitoração destes pacientes, acompanhando a evolução do quadro clínico. Se o paciente recebe alta hospitalar fazendo uso de TN, é realizada a orientação quanto aos cuidados com a nutrição e sepsia, junto ao paciente e seu familiar/ cuidador promovendo desta maneira ações de educação em saúde. Cabe salientar que todos estes são assistidos pelo SUS e são as nutricionistas residentes que realizam as orientações de alta hospitalar. Observa-se também que o papel do nutricionista não se restringe apenas a prescrição dietética, indo muito além, pois participa de um conjunto de atenções ao paciente, englobando outros fatores que não sejam exclusivamente nutricionais, como por exemplo, educação em saúde, para a correta elaboração e administração da terapia nutricional, seja ela no hospital ou em domicílio2. Considerações Finais: destaca-se desta forma, a forte atuação da residência na EMTN, o que contribui para melhor formação do residente, assim como todas as práticas desenvolvidas por este profissional que é de extrema importância para a redução de reinternações hospitalares e desnutrição aos indivíduos dependentes do suporte nutricional. Contato: [email protected] social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA – ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 63, de 6 de julho de 2000. Regulamento Técnico para a Terapia de Nutrição Enteral. Brasília, 2000. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/61e1d380474597399f7bdf3fbc4c6735/RCD+N%C2 %B0+63-2000.pdf?MOD=AJPERES>. Acesso em: 20 ago 2015. 2 PIASETZKI,C. T. R; SCHMIDT, C. L; ROSANELLI, C. L. S. P; CASSAROTTI, B. S. ; PRATES, V. A. C; Pettenon, M K. Acompanhamento de pacientes com nutrição enteral em um hospital: Um Relato de Experiência. Revista Contexto e Saúde, Ijuí, v. 10 , n. 20 , 2011. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 31 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL AO PACIENTE NO PÓSOPERATÓRIO DE HÉRNIA UMBILICAL ESTRANGULADA Karla Orlany Alves Costa Gomes, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares de Mesquita, Maria do Patrocínio Barros Neta, Samya Rebeca Rocha Ferreira, Marlen Vasconcelos Alves Melo Resumo Introdução: A hérnia da parede abdominal ocorre quando parte de um órgão se desloca, através de um orifício e invade um espaço indevido. A hérnia umbilical surge exatamente na região da cicatriz umbilical. Se esta for diagnosticada ainda no início é possível reduzir o conteúdo herniário, retornando-o para seu local natural. Mas se esse conteúdo estiver muito volumoso e com um anel herniário estreito, pode-se tornar irredutível, aumentando o desconforto e as dores. Esta situação é perigosa, pois pode acontecer o seu estrangulamento¹. Objetivos: Relatar a atuação multiprofissional no cuidado ao paciente no pós-operatório de hérnia umbilical estrangulada. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, com uma abordagem qualitativa, realizado no decorrer da Residência Multiprofissional de Urgência e Emergência em um Hospital de ensino, no período de julho a agosto de 2015. A prática desenvolvida iniciou-se com aplicação de uma sistematização multiprofissional que inclui anamnese, exame físico, diagnósticos, prescrições e evolução do paciente. Em seguida foram realizadas as condutas interdisciplinares dos profissionais da Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição e Farmácia. Foi respeitado os princípios ético e legais da resolução 466/12 do CNS. Resultados e discussão: Paciente M.C.S.S, sexo feminino, 37 anos, natural de Viçosa, deu entrada no hospital, com quadro de dor intensa na região abdominal, relatando parada da eliminação de fezes e vômito há 3 dias, sendo diagnosticada com hérnia umbilical estrangulada. Foi imediatamente encaminhada para o centro cirúrgico para realização de laparotomia infraumbilical e herniorrafia umbilical. No 2º dia de P.O apresentou deiscência da parede anterior por fístula entérica, realizando uma laparotomia exploradora, uma ileostomia e peritoneastomia. Em seguida evoluiu com infecção na incisão cirúrgica. Durante a internação recebeu assistência multiprofissional, através dos cuidados na manutenção dos curativos na incisão cirúrgica, administração da nutrição parenteral total, antibiótico terapia de amplo espectro e fisioterapia respiratória e motora. Considerações Finais: A partir desta atuação pode-se perceber que além de proporcionar uma boa evolução do processo terapêutico do paciente, já que foi possível observar uma melhora de seu quadro clinico geral, os profissionais adquiriram conhecimento mais profundo sobre a atuação de cada integrante da equipe, reconhecendo sua importância. Contato: [email protected] 32 equip e coletividad e humanização social Descritores Equipe multiprofissional; Pós-operatório; Hérnia da parede abdominal. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Sociedade Brasileira de hérnia e parede abdominal disponível em: http://www.sbhernia.com.br/esclarecimentos.asp. Acessado em: 29.08.2015. 2 D’IPPOLITO, G. et al. Hérnias de parede abdômino-pélvica: aspectos tomográficos. Rev imagem. 2005;27(3):195-200. 3 MINOSSI, J. G. et al. O uso do pneumoperitônio progressivo no pré-operatório das hérnias volumosas da parede abdominal. Arq. Gastroenterol. 2009, vol.46, n.2, pp. 121-126. ISSN 1678-4219. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 AUTOMEDICAÇÃO EM UNIVERSITÁRIOS NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA Jéssica Pinheiro Carnaúba, Fernanda Rafaella Barbosa dos Santos, Mariana de Sousa Farias, Suely Paiva de Morais Resumo Introdução: A automedicação é considerada como a seleção e uso de medicações com a finalidade de tratar doenças ou sintomas percebidos pelas pessoas sem a prescrição ou a supervisão de um profissional habilitado1. Objetivos: Compreender as práticas de automedicação entre universitários brasileiros. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Foi realizada uma seleção de estudos a partir das bases de dados LILACS e SCIELO. Como critérios de inclusão: artigos publicados entre 2010 e 2014 no idioma português, com tema da automedicação entre universitários, resultando em uma amostra final de 14 produções científicas. Os dados foram coletados através de um instrumento descritivo criado pelos pesquisadores. Resultados e discussão: Quanto às publicações 78,6% foram artigos, 14,3% monografias e 7,1% resumos estendidos publicados em anais de congressos. Os tipos de estudo foram 92,9% transversais quantitativos e 7,1% transversais quanti-qualitativos. Em relação aos instrumentos, a maioria usou questionários estruturados (78,6%). Nas áreas de estudo, 35,8% abordaram alunos das áreas da saúde, 21,4% das áreas humanas e tecnológicas. Nos cursos da saúde, 21,4% foram exclusivamente de medicina, 14,3% de enfermagem, e 7,1% da fisioterapia. Sobre a variável sexo, predominou o feminino com 85,8%. Em 100% dos artigos predominou a automedicação. Em relação ao sintoma que motivador, prevaleceu à dor (64,3%) e às classes medicamentosas mais prevalentes foram os anti-inflamatórios e antitérmicos (85%). A maior influência para essa pratica foi à indicação realizada por amigos e familiares (43,2%). Considerações Finais: Esperava-se que nos estudantes universitários a automedicação não fosse tão constante em virtude do seu alto índice de escolaridade. Assim, fazem-se necessárias novas reflexões sobre o uso racional de medicamentos entre os universitários do Brasil. Referências 1 AQUINO, D. S.; BARROS, J.A.C.; SILVA, M. D. P. A automedicação e os acadêmicos da área da saúde. Ciência e Saúde Coletiva. v. 15; n.5; p. 2535-2538, 2010. SOUSA, L. A. F. et al., Prevalência da pratica de automedicação para o alivio da dor entre estudantes universitários de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem. v. 19. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Automedicação; Estudantes; Saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 33 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde BRINQUEDOTECA HOSPITALAR: DISPOSITIVO PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE Marina Haas de Leone, Deise Cararo, Gabriela Weber Itaquy, Mônica de Oliveira Dutra, Elisângela Dornelles Coffy, Lauriane Marques Martins Resumo Introdução: A internação hospitalar afasta a criança de sua rotina, logo a assistência hospitalar deve ser humanizada, potencializando o ambiente lúdico1. Conforme a Lei nº 11.104, “os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico contarão, obrigatoriamente, com brinquedotecas nas suas dependências”2. A brinquedoteca é uma ferramenta facilitadora de intervenção no caso de crianças que sofreram violência física e/ou psíquica. Existe violência contra uma criança quando esta é submetida, com ou sem oposição, ao desejo de uma pessoa mais forte, ato marcante, que interfere no seu desenvolvimento3. Objetivo: Relatar a importância da brinquedoteca na internação hospitalar de uma criança que se encontrava em situação de violência e vulnerabilidade. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivido por uma equipe de residência multiprofissional sobre como a brinquedoteca influenciou na forma do atendimento prestado à paciente D. de 7 anos. A brinquedoteca encontrava-se desativada e foi reaberta no mesmo período da internação de D., passando a funcionar três vezes na semana durante uma hora. Resultados e discussão: A reabertura foi acompanhada especialmente por D., que esperava ansiosamente, e mostrou-se determinante neste caso, pois a menina encontrava-se em grande sofrimento físico e psíquico. Usava-se muitas vezes a brinquedoteca enquanto espaço terapêutico. Nesse ambiente D. se dispunha a realizar as atividades de forma lúdica. Considerações finais: A brinquedoteca foi uma aliada durante a passagem de D. pelo hospital, trazendo benefícios físicos e psíquicos. Seria fundamental a equipe da unidade continuar a abrir este espaço potencializador de saúde após a saída dos residentes. Referências 1 PAULA, S. R.; MARQUES, S. M. A brinquedoteca e as perspectivas das mães de crianças hospitalizadas. Bol. Acad. Paulista de Psicologia, São Paulo, Brasil - V. 31, no 81, p. 485-495, 2011. BRASIL. Lei nº11.104, de 21 de Março de 2005. Pulicada no Diário Oficial da União em 22 de Março de 2005. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11104.htm>. Acessado em: 25 de Maio de 2015. 2 AZAMBUJA, M. P. R. Violência doméstica contra crianças: uma questão de gênero. In: Strey, M. N.; Azambuja, M. P. R.; Jaeger, F. P. Violência, gênero e políticas públicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Crianças; Brinquedo; Violência. Contato: [email protected] 34 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 BUSCA ATIVA DE NOVOS CASOS E DE SEGUIMENTO DE SÍFILIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONIS ATUANTES EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE Maria Luiza Silveira, Silvana Basso Miolo; Gabriela Castro Kuinchtner; Luciana Schiavo; Patrícia Bastianello Campagnol; Karen Bianchin Spall Resumo Introdução: a sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema Pallidum, cuja contaminação ocorre de forma preferencial por contato sexual, transfusão de sangue, transplante de órgão, ou por transmissão congênita. Constitui-se em um importante problema de saúde pública uma vez que acarreta graves comprometimentos de saúde1. O monitoramento da sífilis envolve todas as entidades de saúde, desde a Atenção Primária em Saúde até o nível terciário de assistência. Objetivo: descrever a atuação de residentes multiprofissional na detecção de novos casos e de seguimento de Sífilis em uma unidade básica de saúde em um município do interior do Estado do Rio Grande do Sul (RS) por meio da busca ativa. Metodologia: este estudo caracteriza-se como um relato de experiência da atuação de residentes multiprofissionais dos núcleos de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia e odontologia na detecção de novos casos e de seguimento de Sífilis em uma unidade básica de saúde entre março a agosto de 2015. O relato de experiência é uma ferramenta da pesquisa descritiva que apresenta uma reflexão sobre uma ação ou um conjunto de ações que abordam uma situação vivenciada no âmbito profissional de interesse da comunidade científica. Resultados e discussão: durante o perídio analisado foram detectados 36 casos de sífilis na UBS, sendo 12 casos em gestantes. A detecção ocorreu pela oferta de testes rápidos de Sífilis à demanda livre da UBS durante consulta multiprofissional e por meio de exames laboratoriais confirmatórios solicitados em consulta médica. A busca ativa se fez por meio de contato telefônico ou busca no domicílio. O tratamento para os casos com exames laboratoriais positivos seguiu as normas estabelecidas para o tratamento da Sífilis Terciária2. O tratamento foi realizado na própria UBS. O seguimento foi realizado mensalmente a gestantes por meio do controle bacteriológico dos títulos de VDRL. Nos demais usuários, o seguimento ocorreu de forma trimestral. Até o momento, permanecem em seguimento oito gestantes e 15 usuários não gestantes. Salienta-se a importância da implantação e implementação dos testes rápidos de Sífilis como ação de monitoramento da doença e como prática rotineira na primeira consulta de pré-natal e pela oferta livre a usuários de saúde3. Considerações Finais: sugere-se uma abordagem interdisciplinar no monitoramento de Sífilis com o objetivo de garantir o seguimento dos casos de sífilis, adesão ao tratamento e controle da doença. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Sífilis; Atenção primária à saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Schulz KF, Cates JW. Pregnancy loss, infant death, and suffering: legacy of syphilis and gonorrhoea in Africa. Oct. 1987; 63(5): 320–325. 2 Avelleira JCR, Bottino G. Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. An Bras Dermatol. 2006; 81(2):111-26. 3 Donalisio MR. Investigação da sífilis congênita na microrregião de Sumaré, Estado de São Paulo, Brasil: desvelando a fragilidade do cuidado à mulher gestante e ao recém-nascido. Epidemiol Serv Saúde. 2007; 16(3):165-73. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 35 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO EM TRATAMENTO RADIOTERÁPICO: UMA INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR EM GRUPO Malu Anton Eichelberger, Luziane Fabiani, Valentina Bernardi Alves e Camila Baldissera Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: Estudos mostram que, distribuir a responsabilidade da assistência entre várias categorias profissionais pode contribuir para maior efetividade na terapêutica, devido ao incentivo que a multidisciplinaridade proporciona sobre a aderência ao tratamento. Objetivos: Relatar a experiência do acompanhamento multidisciplinar ao paciente com câncer de cabeça e pescoço em tratamento radioterápico, através de um grupo de apoio, num hospital de grande porte do norte do estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Os encontros da equipe multidisciplinar com os pacientes com câncer de cabeça e pescoço em tratamento radioterápico são realizados semanalmente. Esta equipe é composta pela enfermagem, nutrição, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e odontologia, onde cada profissional fica responsável por um encontro. Os encontros são realizados no setor de radioterapia do Hospital São Vicente de Paulo e com duração de aproximadamente uma hora. Nestes encontros, são realizadas orientações quanto a doença e seu tratamento, possíveis efeitos colaterais deste e formas de prevenção, amenização de sintomas e tratamento existentes para cada caso. Ainda é o momento para pacientes e familiares tirar dúvidas e trocar ideias e experiências com outros pacientes. Resultados: Conforme o andamento dos grupos, podemos observar que o paciente com câncer de cabeça e pescoço em tratamento radioterápico torna-se mais esclarecido sobre o seu tratamento e doença, adere e colabora com as possíveis intervenções, como a passagem de sonda nasoenteral e torna-se mais participativo durante todas as etapas de seu tratamento. É notável hoje a diferença nos pacientes que tratam câncer de cabeça e pescoço a diferença em que terminam o tratamento, os pacientes terminam em melhores condições físicas e psíquicas Contato: [email protected] 36 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 COMUNIDADE QUILOMBOLA URBANA: SOB O OLHAR DE UMA RESIDENTE Miria Elisabete Bairros Camargo, Pâmela Domingues Botelho Resumo Introdução: As comunidades remanescentes de quilombos são espaços habitados secularmente por descendentes de mulheres e homens escravizados, ex-escravizados e também de negros livres. Os quilombos, a princípio comunidades, converteram-se em importante opção de organização social da população negra e espaço de resgate de sua humanidade e cultura e fortalecimento da solidariedade e da democracia, onde negros se constituíam e se constituem até hoje como sujeitos de sua própria história¹. A Política Nacional de Saúde da População Negra inclui ações de cuidado, atenção, promoção à saúde e prevenção de doenças. . Objetivos: Apresentar o relato de experiência de atividades de saúde realizadas em uma comunidade quilombola urbana. Metodologia: Tipo descritivo que buscou relatar a experiência de um residente de enfermagem em uma comunidade quilombola. A inserção de um residente na comunidade quilombola iniciou-se em 2014 juntamente com uma equipe de estratégia de saúde da família e acadêmicos de medicina. Existe uma líder local que é a referência, o contato com a equipe de saúde. É realizado visita domiciliar com a equipe. Consultas médicas e odontológicas, a realização de testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite, coleta de exame cito-patológico, dispensação de medicamentos, encaminhamento para a realização de exames. Resultados e discussão: Vivem nesta comunidade quilombola vinte e quatro famílias, num total de 83 pessoas. Destas temos vinte e seis crianças, adolescentes sete, mulheres vinte, homens quinze e idosos quinze. , nesta comunidade existe um terreiro de matriz afro descendente. Observa-se que os quilombolas ainda se preocupam pouco com a saúde. Apesar de ter se observado uma adesão maior pelas atividades desenvolvidas em seus domicílios e o vínculo estabelecido, a questão cultural ainda se apresenta forte, muitos ainda referem sofrer preconceito, terem vergonha ou a dificuldade em acessar os serviços de saúde. Os problemas de saúde são: HAS, Diabetes Melitus, depressão e anemia falciforme. Considerações Finais: Consideramos que para a formação acadêmica do residente a oportunidade de vivenciar, aprender, conhecer a cultura, as condições de saúde desta comunidade quilombola são enriquecedoras. A possibilidade de aproximação do saber acadêmico com o saber dos quilombolas para promoção de saúde, redução das desigualdades étnico-raciais no Sistema único de Saúde. Referências 1.Silva OS. Quilombos do Sul do Brasil: movimento social emergente na sociedade contemporânea. Rev. Identidade 2010;15(1):51-64. 2. Brasil- MS- Política Nacional de Saúde Integral da População Negra – 2007-pdf social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Origem ética e saúde; Vulnerabilidade. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 37 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde CONSTRUINDO UM TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA: VIVÊNCIAS DE PSICÓLOGAS RESIDENTES Catheline Rubim Brandolt, Jéssica Vaz Lima, Patrícia Matte Rodrigues, Pâmela Kurtz Cezar, Patrícia Paraboni, Dorian Mônica Arpini Resumo Introdução: A inserção de psicólogos nos serviços públicos de saúde, em especial na Atenção Básica (AB), é considerada emergente.1 Nesse contexto, o psicólogo se depara com a cobrança de uma atuação sanitária, com o desenvolvimento de ações coletivas por meio do trabalho em equipe multiprofissional.2 Objetivo: Apresentar as atividades desenvolvidas por psicólogas residentes em unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF). Metodologia: Relato das vivências de psicólogas vinculadas a Residência Multiprofissional em Saúde no contexto da AB/ESF. As atividades são desenvolvidas em um município de médio porte de um estado da região sul do Brasil. Resultados e discussão: Desde o início das atividades, em 2009, houve a preocupação em desenvolver intervenções ampliadas, e não apenas de saúde mental. São realizados atendimentos psicológicos individuais, com enfoque breve-focal, acolhimentos em saúde, participação em grupos multiprofissionais, encaminhamentos para a rede de saúde, além de apoio matricial a outras equipes de ESF. Também são realizadas visitas domiciliares, algumas em conjunto com profissionais da equipe de saúde e outras de acompanhamento psicológico. Além disso, são desenvolvidas ações que envolvem diferentes setores, como a Assistência Social, a Educação, a Atenção Hospitalar e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do município. Apesar das diversas atividades realizadas, o trabalho em equipe se apresenta como um grande desafio, pois os profissionais da ESF, em geral, não possuem como metodologia de trabalho a discussão de casos e a realização de atividades interdisciplinares. Considerações finais: Entende-se que o psicólogo necessita construir seu campo de trabalho na AB correspondendo a realidade dos usuários e do território. Desse modo, as ações desenvolvidas pelas psicólogas são pensadas de forma cuidadosa e sensível as vulnerabilidades sociais e econômicas do contexto da AB, consonantes aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Referências 1 Lima M. Atuação Psicológica Coletiva: uma trajetória profissional em Unidade Básica de Saúde. Psic em Estudo 2005 set./dez.; 10(3): 431-440. 2. Archanjo AM, Schraiber LB. A Atuação dos psicólogos em Unidades Básicas de Saúde na cidade de São Paulo. Saúde Soc. 2012 21(2): 351-363. social equip e coletividad e humanização Atenção Básica; Psicologia; Interdisciplinaridade. multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Contato: [email protected] 38 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CONTRIBUIÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA NA ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE URGÊNCIA ODONTOLÓGICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Dulce Pimenta Gonçalves, Aline Soares Figueiredo Santos, Patricia Helena Costa Mendes Resumo Introdução: O atendimento das urgências deve ser garantido na atenção primária como prioridade a todos os usuários, independente de serem da área de abrangência, devendo ser reservado diariamente, horário para esse atendimento1. Os plantões odontológicos realizados pelos residentes na Unidade de Pronto Atendimento Municipal (PAM) têm o objetivo de complementar e ampliar a oferta do serviço de urgência à população, uma vez que é realizado em horários distintos ao de funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Objetivos: Complementar e ampliar a oferta do serviço de urgência odontológica à população. Metodologia: O serviço de atendimento de urgência odontológica, em forma de plantões, foi organizado a partir da Residência Multiprofissional em Saúde da Família, visando atender, em horários alternativos de funcionamento das UBS, os casos de urgência odontológica, garantindo a acessibilidade e integralidade da atenção à saúde. São realizados no PAM, pelos Cirurgiões Dentistas (CD) residentes, nos horários de 18hs as 22hs, de segunda a sexta feira, e de 8hs as 22hs, nos sábados, domingos e feriados. Destina-se a atender os casos clínicos agudos, caracterizados por condições ou estados que requerem a imediata intervenção do CD, prevalecendo casos álgicos associados a processos infecciosos, cujos procedimentos estão elencados no rol de procedimentos clínicos da atenção primária à saúde. Resultado e discussão: Desde o início do atendimento no PAM constatou-se a importância deste serviço com a ampliação de oferta de atendimento das urgências odontológicas, garantindo o acesso dos usuários. No ano de 2014 foram realizados 3263 atendimentos e 5970 procedimentos, em que toda a demanda apresentada nesta unidade, após passar por triagem para priorização de atendimento, é atendida pela equipe plantonista. Considerações Finais: O serviço de plantões odontológicos, para atendimento das urgências, foi organizado e iniciado pela RMSF, sendo hoje reconhecido como porta de entrada alternativa para este tipo de atendimento, impactando na resolubilidade dos atendimentos de urgência odontológica, em momento de dor e de impossibilidade de acesso a serviços que funcionem em horário comercial. social equip e coletividad e humanização Descritores Residência multiprofissional em saúde da família; Urgência odontológica, Plantões odontológicos. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 MUNERATO, Maria Cristina; FLAMINGHI, Diogo Luis; PETRY, Paulo Cesar, Urgências em Odontologia: um estudo retrospectivo, PA, Brasil, Fac. Odonto. Porto Alegre. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 39 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde CONTRIBUIÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ASSISTENCIA A UM PACIENTE COM NEOPLASIA RENAL Marlen Vasconcelos Alves Melo, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Denise Tavares de Mesquita, Helanio Arruda Carmo, Karla Orlany Alves Costa Gomes, Maria do Patrocínio Barros Neta, Samya Rebeca Rocha Ferreira Resumo Introdução: A base do tratamento dos tumores malignos de rim é a cirurgia (nefrectomia), a qual tem por objetivo remover completamente a neoplasia. A maior disponibilidade e aperfeiçoamento dos métodos de diagnósticos da doença são os métodos de imagem, aliados à tardia e inespecífica instalação de sintomas que levam a um grande aumento na porcentagem de tumores renais incidentais. Neste contexto, o trabalho em equipe multiprofissional há a necessidade de uma inter-relação entre os diferentes profissionais que devem ver o paciente como um todo, numa atitude humanizada. Objetivos: Descrever a contribuição e a assistência da equipe multiprofissional a um paciente neoplásico submetido à nefrectomia radical. Metodologia: Pesquisa do tipo relato de caso onde foi realizado no decorrer da Residência Multiprofissional de Urgência e Emergência no Hospital de ensino, no período de julho de 2015. A prática desenvolvida iniciou-se com aplicação de uma sistematização multiprofissional a um paciente neoplásico, que inclui anamnese, exame físico, diagnósticos, prescrições e evolução do paciente. Em seguida foram realizadas as condutas interdisciplinares dos profissionais da fisioterapia, enfermagem e nutrição. Resultados e discussão: M.N.M, 71anos, sexo feminino, deu entrada no hospital relatando alguns sintomas como: dor em flanco direito associado á hematúria há 2 meses, emagrecimento, febre, episódios de vômitos, sudorese noturna e hipertensão. Realizou exames de imagem (ultrassom) que evidenciou massa renal 10,0 x 7,2 cm em rim direito. Desta forma, foi internada com a necessidade de cirurgia onde realizou nefrectomia radical. Paciente evoluiu sem intercorrências após procedimentos cirúrgicos, ao exame físico, encontrava-se consciente e orientada, em bom estado geral, eutrófica, normocorada, hidratada. Exame específico do tórax não demonstrou anormalidades, o abdome encontra-se globoso, flácido, RHA+, indolor a palpação, aceitando dieta e diurese por SVD drenando 1500 ml e no dreno 150ml, FO encontra-se limpa e sem saída de secreção. Paciente evoluiu com melhora do quadro geral recebendo alta hospitalar. Considerações Finais: A equipe multidisciplinar além de proporcionar todas as medidas de cuidado ao paciente no pré, trans e pós-operatório, também realiza orientações sobre as adaptações necessárias à nova condição de vida, olhando para cada paciente de forma particular e procurando sempre proporcionar ao paciente a qualidade de vida. Contato: [email protected] 40 equip e coletividad e humanização social Descritores Nefrectomia; Equipe multiprofissional; Residência em saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 COSTA et al. Nefrectomia radical para câncer de células renais: experiência de um centro secundário do nordeste brasileiro. Rev. Bras. Oncologia Clínica 2010 . Vol. 7 . N.º 21 (Jul/Set) 18-23. 2 POMPEO ACL, MARTINS ACP, SOUZA JR AEP, ABRANTES AS Et Al. Câncer Renal: Diagnóstico E Estadiamento. Projeto Diretrizes. Sociedade Brasileira De Urologia 2006: 1-16. 3 BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Programa da Residência Multiprofissional em Saúde. Resolução Nº 466/12. Disponível em: portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12501, 2010. Acesso em: 2/05/2015. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CUIDADO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CRITICO EM USO DE BALAO INTRA AORTICO Giovanna Peres Uzejka, Liarine Fernandes Bedin, Rodrigo Madril Medeiros Resumo Introdução: Os dispositivos de assistência circulatória têm sido muito utilizados na prática clínica desde a década de 60, sendo a contrapulsação com Balão Intra Aórtico (BIA) o mais comum a ser utilizado. Esse dispositivo possui como objetivo dar suporte temporário à circulação quando o miocárdio lesado não proporciona um débito cardíaco adequado. Isso é possível devido ao deslocamento de volume na aorta durante a sístole e a diástole com insuflação e desinsuflação alternante do balão. . Objetivos: Relatar os cuidados de enfermagem aos pacientes críticos em uso de BIA, internados em uma Unidade de Cardiologia Intensiva (UCI). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência acerca dos cuidados de enfermagem a pacientes em uso de BIA internados em uma UCI. Resultados e discussão: Os pacientes em em uso de BIA, necessita deacompanhamento rigoroso clinicamente e sistematicamente.2 Dentre os principais cuidados, tem-se: higienização de mãos; checagem do funcionamento do equipamento antes da instalação; integridade e volume disponível no torpedo de gás hélio; preencher as extensões do cateter com soro fisiológico e utilizar apenas as extensões que fazem parte do kit do catéter. Manter curativo estéril no sítio de inserção; manter o aparelho conectado à rede elétrica; manter o equipamento funcionando no modo “automático” para maior segurança; conferindo sempre o posicionamento adequado do transdutor de pressão invasiva. Avaliar continuamente o pulso, perfusão e coloração do membro. 3 Considerações Finais: O processo do cuidado de enfermagem ao paciente crítico de especialidade cardiológica em uso de BIA é extremamente complexo e requer olhar crítico e amplo do enfermeiro. Dessa forma, destaca-se a importância da disseminação do saber entre a equipe multiprofissional, discutindo condutas e trabalhando em conjunto pela recuperação do paciente. Referências 1 Motzer SA, Susan L, Froelicher S. Enfermagem em Cardiologia. Editora Manole, 2014 p. 713-720. 2 Padilha KG, Vattimo MFF, Silva SC, Kimura M. Enfermagem em UTI: cuidando do paciente crítico. São Paulo: Manole; 2010. p. 350-73. 3 Cintra, Eliane AC, Nishide VM, Nunes WA. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. 2 edição. São Paulo: Atheneu, 2001. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Balão intra-aórtico; Cuidados de enfermagem; Terapia intensiva. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 41 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde CUIDADOS DO PRÉ-NATAL – ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER Gerusa Bittencourt, Vânia Celina Dezoti Micheletti Resumo Introdução: A Residência Integrada em Saúde - Atenção Básica, proporciona ao residente de enfermagem realizar consultas de pré-natal de baixo risco na Atenção Primária à Saúde (APS). O residente de segundo ano, passa por vários campos de formação e um destes campos é o Hospital Dia no setor em que é realizado Pré-Natal de Alto Risco. O Objetivo Geral do estudo é descrever o estágio de núcleo de enfermagem em um Hospital Dia no Pré-Natal de Alto Risco (PNAR) e o Objetivo Específico é relacionar a prática da atenção primária a média e alta complexidade. O método utilizado será um Relato de Experiência. O residente de enfermagem da atenção básica realiza consultas de pré-natal na Unidade da Estratégia de Saúde da Família (UESF) aperfeiçoando os conhecimentos enquanto pré-natalista. O estágio no PNAR teve por objetivo proporcionar o conhecimento a respeito do prénatal de alto risco, condutas, fluxos, trabalho interdisciplinar da equipe multiprofissional. No Hospital Dia são atendidas gestantes portadoras de hipertensão, diabetes, hipotireoidismo, hipertireoidismo, problemas psiquiátricos. O enfermeiro acompanha o quadro clínico e gestacional das usuárias, ecografias obstétricas, ecocardiografia fetais, amnioscentese, realiza busca ativa, consultas de enfermagem e organiza grupos de educação em saúde. O estágio se deu no alojamento conjunto, banco de leite, centro obstétrico e Setor de Referência em Triagem Neonatal (SRTN), ajudando a entender os fluxos e realizar orientações nos grupos de educação em saúde. Conhecer o SRTN foi importante, pois a triagem neonatal na ESF é realizada pelo enfermeiro. Realizamos o atendimento especializado a gestante portadora de diabetes, hipertensão, problemas psiquiátricos e adolescentes. A Política Nacional de Atenção Integral à saúde da mulher se refere ao conjunto de ações de promoção, proteção, assistência e recuperação da saúde executadas nos diferentes níveis de atenção à saúde. Ela preconiza promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras para mulheres e adolescentes. O trabalho da enfermagem deve se pautar por esses princípios e diretrizes. As mulheres são encaminhadas ao pré-natal de alto risco dada a incidência dessas patologias na população em geral. O trabalho interdisciplinar e transversal trará maior efetividade no tratamento, reduzindo a morbimortalidade materno/infantil que é de responsabilidade de todos e em todos os níveis de atenção. Contato: [email protected] 42 equip e coletividad e humanização social Descritores Cuidado pré-natal; Atenção Primária à Saúde; Atenção Integral à Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Brasil. Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 82 p.: il. – (C. Projetos, Programas e Relatórios). 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 1. ed., 2. reimpr. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011. 82 p. : il. – (Série C. Projetos, Programas e Relatórios) educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CUIDADOS PALIATIVOS NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ONCOLÓGICO TERMINAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Maira Scaratti, Valentina Bernardi Alves, Camila Baldissera, Luziane Fabiani, Malu Anton Eichelberger Resumo Introdução: O cuidado paliativo é objeto de ação em especial na oncologia, pois muitas pessoas associam o termo paliativo com morte imediata, devido a gravidade da doença, muitos pacientes irão morrer em decorrência da doença e o fim geralmente é acompanhado de muita dor e sofrimento. No ano de 2001, o Ministério da Saúde juntamente com o Instituto Nacional de Câncer, estabeleceram um manual de cuidados paliativos em que as metas estabelecidas são de promover a finitude da vida de forma digna, por meio de uma terapêutica voltada ao controle sintomático e preservação da qualidade de vida, sem prolongamento ou abreviação da sobrevida, sendo indispensável uma abordagem multidisciplinar para esse paciente.1-2 Objetivo: Relatar a experiência do cuidar o paciente paliativo em uma equipe multidisciplinar em atenção oncológica. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência na ótica da fisioterapia e enfermagem de um Programa de Residência Multiprofissional em Atenção ao Câncer. Resultados e discussão: Tendo em vista que o cuidado paliativo implica em uma relação interpessoal entre paciente e cuidador, seja domiciliar ou hospitalar o qual vivenciamos diariamente na abordagem que a residência proporciona, todos os aspectos relevantes sobre cuidado paliativo dependem de uma abordagem multiprofissional afim de produzir uma melhor assistência ao indivíduo e a sua família, visando um tratamento mais adequado e uma melhor qualidade de vida na finitude da vida. A equipe multiprofissional deve estar ciente e saber quando os cuidados paliativos serão necessários para o paciente terminal, afim de conhecer as suas concepções e o desenvolvimento do cuidado, contribuindo para uma assistência no alívio da dor e do sofrimento que envolve o paciente terminal. Conclusão: Entender que o paciente oncológico exige um cuidado e uma atenção maior em vista de todos os aspectos físicos e psicológicos que o mesmo passa no decorrer do tratamento é papel da equipe multiprofissional, a qual deve estar focada principalmente em medidas de conforto que são essenciais em pacientes em cuidados de fim de vida. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Câncer; Cuidados Paliativos. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Organização Mundial de Saúde [pagina da internet]. Definition of palliative care. Genebra (CH): OMS, 2002. [acesso 2011 Mar 20]. Disponível em: www. who.int/cancer/palliative/definition. 2 OLIVEIRA, AC; SILVA, MJP. Autonomia em cuidados paliativos: conceitos e percepções de uma equipe de saúde. acta paul enferm. 2010 Abr; 23(2):212-17. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 43 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde DESAFIOS DA INSERÇÃO DA PSICOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA Catheline Rubim Brandolt, Jéssica Vaz Lima, Patrícia Matte Rodrigues, Pâmela Kurtz Cezar, Patrícia Paraboni, Dorian Mônica Arpini Resumo Introdução: A redemocratização da saúde possibilitou a reorganização dos modelos de atenção, havendo necessidade de repensar o cuidado em saúde mental, viabilizando a articulação com a Atenção Básica (AB).. Objetivos: relatar o processo de inserção de psicólogas residentes na AB em um município do estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Relato de experiência de psicólogas vinculadas a um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS), que realizam suas práticas em Estratégia Saúde Família (ESF). Resultados e discussão: Desde a inserção do núcleo de psicologia na AB, por meio RMS, em 2009, percebeu-se que a maioria dos profissionais das equipes possuíam uma expectativa em relação à psicologia, de um trabalho focado na clínica-individual, correlacionando o tratamento psicoterápico como única forma de ação do núcleo. Um estudo que descreveu a inserção e desenvolvimento desta experiência apontou que tais intervenções trouxeram às equipes angústias, incertezas e quebra de expectativas acerca da presença de psicólogas no serviço.2 Esses aspectos são identificados pelas atuais residentes que tem enfrentado dificuldades em ampliar o campo de trabalho da psicologia, o que pode ser exemplificado através da perspectiva quanto ao uso de agenda e responsabilização exclusiva pelos casos que envolvem saúde mental. A proposição de ações integradas, como visitas domiciliares multiprofissionais, grupos de saúde, promoção de saúde na comunidade, entre outras, parece não corresponder à identidade da profissão de psicólogo. Deste modo, para superar tais desafios entende-se necessária a permanência da psicologia nas equipes de ESF, para assim fortalecer as atribuições do núcleo, dar continuidade às ações desenvolvidas e ampliar as possibilidades de intervenção. Considerações Finais: Se faz importante construir cotidianamente com as equipes as ações possíveis da psicologia nesses serviços, bem como fortalecer um trabalho de educação permanente que reconheça a AB como porta de entrada para os usuários de saúde mental. Referências 1 Ministério da Saúde. Saúde mental. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2013. (Cadernos de Atenção Básica). 2 Cezar PK, Rodrigues PM, Arpini DM. A Psicologia na Estratégia de Saúde da Família: Vivências da Residência Multiprofissional. Psicologia: Ciência e Profissão. 2015; 35(1): 211-224. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Atenção básica; Prática de saúde pública; Psicologia. Contato: [email protected] 44 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 DESAFIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA SALA DE SITUAÇÃO EM SAÚDE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Marcos Felipe Genuca da Silva, Eline Mara Tavares Macedo, Renan Brasil Cavalcante Citó, Gabriela de Castro Rodrigues, Elenice Araújo Andrade, Fernanda Pinheiro Peixôto de Souza, Anna Rachel Alves Forte de Menezes Resumo Introdução: A vigilância em saúde visa à observação e análise permanentes da situação de saúde, através de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações em determinados territórios, garantindo a integralidade da atenção, incluindo a abordagem individual e coletiva dos problemas de saúde¹. Uma ferramenta eficaz para realizar vigilância epidemiológica é a sala de situação em saúde (SSS), sendo um dispositivo que favorece o uso da informação em saúde para a tomada de decisões². Objetivos: Relatar a experiência da construção de uma SSS, promovida entre a equipe de Residência Multiprofissional com as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) apoiadas. Metodologia: Foram realizadas pela equipe de residentes 03 oficinas durante o mês de março de 2015, envolvendo também a gestão municipal de saúde e os profissionais que compõem a ESF, sendo abordadas as temáticas: sensibilização sobre cultura de avaliação no trabalho na ESF; discussão dos principais problemas e agravos de saúde enfrentados pelas ESF; pactuação entre os membros da equipe de indicadores de saúde mais relevantes do território. Resultados e discussão: Todas as equipes reconheceram a importância da cultura de avaliação para o processo de trabalho na ESF. Houve dificuldade na realização de momentos na agenda para a avaliação e discussão de indicadores. Dentre os aspectos levantados, destacou-se o modo de avaliação das equipes que se dava pela quantidade de atendimentos na produção mensal. Desta forma, dedicar momentos para discussão de indicadores reduziria a quantidade de atendimentos. Considerações Finais: Recomenda-se uma maior intervenção dos gestores municipais através de uma aproximação com a ESF para facilitar o processo de avaliação de indicadores de saúde. Também se recomenda o investimento em estratégias de humanização que reforcem o sentido do trabalho. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Sala de situação em saúde; Vigilância epidemiológica; Estratégia saúde da família. multip rofissional interdisciplina ridade 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes Nacionais da Vigilância em Saúde. Brasília: MS, 2010. 2 BRASIL. Sala de Situação em Saúde: compartilhando as experiências do Brasil / Organização Pan -Americana da Saúde; orgs. José Moya, et al. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, MS, 2010. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 45 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde ENCONTROS AUTOGESTIONADOS, AUTONOMIA E LIBERDADE NO PROCESSO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE Fernanda Monte Da Cunha, Gabriela Fávero Alberti, Diogo Vaz Da Silva Júnior, Gabriela Dalenogare Resumo Contato: [email protected] 46 equip e coletividad e humanização Descritores Aprendizagem; Saúde Pública. social Referências 1 Paim, C.T. Coletivos e Iniciativas Coletivas: modos de fazer na América Latina contemporânea. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, 2009. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: Este trabalho consiste na experiência de Residentes no cenário da Atenção Básica que diz respeito aos Encontros Autogestionados. É um espaço comum, para além dos instituídos tradicionalmente mediados por docentes, com participação exclusiva de Residentes responsáveis por sua gestão. A periodicidade se dá quinzenalmente na universidade ou em locais itinerantes, em turno específico da agenda regular de Programa de Residência. Objetivo: Compartilhar a experiência vivida por residentes na construção de espaços participativos e de formação em uma Residência em Saúde, denominados como Encontros Autogestionados. Metodologia: Relato de experiência de cunho descritivo e reflexivo a partir da vivência de Encontros Autogestionados, protagonizados por Residentes. Resultados e discussão: Um traço marcante instituído pelo Projeto Político Pedagógico (PPP) do Programa são os Encontros Autogestionados é a criação de vínculos, que proporcionam a ideia de estar em comunidade, que buscam a própria manutenção, intervenção e interação na realidade em que os atores estão inseridos.¹ Três principais vertentes de discussões estão em pauta, relacionadas entre si. A primeira, o compartilhamento de vivências/sentimentos que o campo de práticas nos provoca. Compreendemos que antecipar a ida ao campo, sem iniciar um debate teórico aprofundado sobre a Saúde Coletiva, permitiu a construção de sentido para essa, através da vivência em ato. O encontro com o campo de prática também possibilitou o contato com sentimentos desconhecidos ou não percebidos antes, que puderam ser ressignificados com as diferentes percepções dos atores participantes dos encontros. A segunda consiste na busca por subsídios para a qualificação das práticas, em vista das lacunas identificadas no processo formativo. Como ferramentas, foram desenvolvidas oficinas, dinâmicas lúdicas, rodas de conversa. Por fim, o debate sobre a estrutura organizacional e técnico-pedagógica do PPP da Residência, buscando formas de intervir (e construir) a Residência que queremos, compreendendo-nos como atores ativos na composição deste processo. Considerações Finais: O Autogestionado adquire cunho formativo quando proporciona reflexão e a problematização. Contudo, percebe-se resistência em romper com o formato formal e institucional por parte de Residentes. Perde-se a riqueza contida nas trocas de experiência, no compartilhamento da diversidade de sentidos dos campos, pessoas, territórios e do desconhecido. Ainda assim é possível (re)pensar as relações e espaços coletivos legitimando estes com caráter de formação e (des)construção. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ESTUDO DAS INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS ENTRE O CLOPIDOGREL E INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS EM PACIENTES COM DOENÇA CORONARIANA Kamila Mesacasa Trentin, Simone Cristina Dutra, Fernanda da Rocha Lapa Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: Atualmente, o tratamento da Doença Arterial Coronariana (DAC) combina a implantação de stents com a terapia antiplaquetária, utilizando o clopidogrel, para evitar a reestenose (Rev. Atenção Primaria, 2014; 46:426-432). Objetivo: Este estudo retrospectivo caso-controle busca avaliar a ocorrência da interação farmacocinética entre o clopidogrel e inibidores da bomba de prótons (IBP), em pacientes internados com DAC, no Hospital da Cidade de Passo Fundo-RS, através de reinternações por DAC. Metodologia:Foram analisados prontuários de pacientes internados em 2014, que tiveram clopidogrel em suas prescrições, sendo este considerado como grupo controle e os que tiveram prescrição de clopidogrel e IBP, foi o grupo em estudo. Os dados foram coletados através do sistema MV2000 da instituição. A frequência, percentual, média, desvio padrão e a comparação entre os grupos foram feita pelo teste de Mann-Whitney, utilizando o programa SPSS. Foram analisadas as variáveis: idade, gênero, portadores de DAC, reinternação e motivos, presença ou não de IBP e sua classificação, obrigatoriamente o clopidogrel e DAC deveriam estar presente em todas as prescrições. Resultados: Nos grupos controle e estudo não houve diferença estatística entre a incidência de DAC entre homens e mulheres (p>0,05), porém os dados demonstraram que os pacientes entre 61 e 80 anos apresentaram maior frequência de DAC com porcentagens de 56,7% e 69% para o grupo estudo e grupo controle, respectivamente. No grupo estudo, houve significativamente maior número de reinternações por DAC em homens (p<0,05) do que em mulheres, porém a frequência de reinternação por DAC foi de 11,5% no grupo controle e 19% no grupo estudo, não diferindo significativamente entre ambos. Dentro da classificação dos IBP, 8,86% das reinternações foram por uso de pantoprazol, e 10,13%, por omeprazol. Conclusão: Os dados do presente estudo sugerem que a associação do uso do clopidogrel e IBP, no período analisado não causou um aumento no número de reinternações por DAC. Diante do exposto, verifica-se a necessidade de mais estudos para concluir se esta associação pode ser permitida em pacientes que apresentaram DAC. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 47 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde Experiência de um grupo de atividade física em uma comunidade Amanda Matias Barbosa, Ramon Paiva Ribeiro, Eliane Bruno Prates Silva, Tainan de Castro Silva, Anamaria Siriani de Oliveira Resumo Introdução: Devido a maior ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, há uma preocupação com a expectativa de vida da população e a prevenção dos fatores de risco, como a inatividade física é para doenças coronárias, diabetes tipo 2, câncer de mama e cólon1. A caminhada é relatada como a forma de atividade física mais popular e prevalente independente do rendimento familiar2. Sendo a prática de atividade física benéfica, destaca-se a importância das políticas públicas que incentivem a promoção dessa prática3. Objetivos: Descrever a experiência de conduzir um grupo de caminhada vinculado a dois Núcleos de Saúde da Família, parceiros na iniciativa. Metodologia: Trata-se de relato de experiência na prática de ensino em serviço de residentes fisioterapeutas no “Grupo da Caminhada”. A atividade ocorre 4 dias da semana, por 1 hora, em uma praça. É coordenado pelas fisioterapeutas com o apoio de agentes comunitários e enfermeiros dos núcleos. Em média são 25 participantes de diferentes idades, que passam por avaliação incluindo histórico de comorbidades, hábitos de vida atuais, medicação em uso, sinais vitais, relação cintura/quadril e circunferência abdominal, teste de caminhada de 6 minutos e aplicação dos questionários PEVI (perfil de estilo de vida) e IPAQ (nível de atividade física). A mesma avaliação é repetida anualmente. A atividade de caminhada dura de 30 a 40 minutos. É precedida pela aferição da pressão arterial, sensação de esforço percebido (escala de Borg) e alongamentos globais e aquecimento, relaxamento. Ao final são realizados mais alongamentos, desaquecimento e relaxamento, registrados o número total de voltas realizadas no dia, a pressão arterial e a percepção de esforço final.Às quartas feiras o grupo realiza fortalecimento muscular de membros superiores e inferiores e treino de equilíbrio, além das atividades já descritas. Resultados e discussão: Observa-se a facilidade dos residentes fisioterapeutas em coordenar a atividade embora a formação acadêmica não aborde a dinamicidade e a formação de grupos. Percebe-se também o desafio desses profissionais em inovar dia a dia as estratégias abordadas por se tratar de um grupo contínuo. Considerações Finais: Os núcleos têm trabalhado de forma organizada e cooperada e por isso os objetivos propostos do grupo vêm sendo atingidos. É de grande importância a participação dos residentes nas atividades de grupo para aperfeiçoamento profissionalizante bem como aprimoramento das habilidades de vida e formação pessoal. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Lee et al. Effect of physical inactivity on major non-communicable diseases worldwide: an analysis of burden of disease and life expectancy. The Lancet, v.380, p.219-229, 2012. 2 Siegel, P.Z; BrackBill, R; Heath, G.W. The Epidemiology of Walking for Exercise: Implications for Promoting Activity among Sedentary Groups. Public Health Briefs, v.85, n.5, p.706-710, 1995. 3 Bielemann, R.M; Xavier, M.O; Gigante, D.P. Preferência por comportamentos favoráveis à prática de atividade física e nível de atividade física de crianças de uma cidade do sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v.19 , n.7 , p.2287-2296 , 2014. Contato: 48 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 GLICOGENOSE I: DISCUSSÃO DE CASO À LUZ DA CLÍNICA AMPLIADA Dolores Sanches Wünsch, Renata de Sá Teixeira, Taline Cheron, Camila Heiden Glonek Junkes, Tatiane Alves Vieira, Mariana Martini, Daniel Tietbohl Costa Resumo Introdução: Glicogenose é uma doença genética, autossômica recessiva, caracterizada pela deficiência do complexo da glicose-6-fosfatase. Considerando que a doença não possui prognóstico de cura, o tratamento consiste em garantir o controle glicêmico e tem o objetivo de prevenir alterações metabólicas agudas, proporcionar desenvolvimento psicomotor normal e qualidade de vida (1). Sabe-se que a abordagem de atenção a saúde na perspectiva da clínica ampliada é um método de trabalho onde a equipe multiprofissional não se limita à expressão das doenças do paciente, considerando que quanto maior for o seguimento do tratamento, maior é a necessidade de participação e adesão do sujeito no tratamento, devendo haver incentivo à autonomia (2). Objetivos: Relatar os resultados alcançados, por meio do enfoque na clínica ampliada, em caso de adolescente com glicogenose I. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em hospital geral universitário, localizado no sul do Brasil. Resultados e discussão: Adolescente, feminina, 16 anos, com diagnóstico de glicogenose I e, histórico de estar em acompanhamento na instituição de realização do estudo desde 2004, com má adesão ao tratamento e internações recorrentes. A rede de apoio intersetorial no município de residência, consistia em serviços de saúde, assistência social e educação. Família de baixa renda, com pouco comprometimento com o tratamento. Durante internação, a adolescente foi atendida por uma equipe multidisciplinar e incluída no programa de proteção à criança. Devido à dificuldade da responsabilização materna, passou-se a guarda legal para irmã e cunhado, frente às necessidades em saúde e com o intuito de aumentar a participação familiar no tratamento, bem como buscado maior co-reposabilização da rede intersetorial. Considerações Finais: A clínica ampliada é uma ferramenta de articulação e inclusão dos enfoques das diferentes disciplinas. Visualiza-se que algumas vulnerabilidades, como a baixa adesão a tratamentos e a dependência dos usuários dos serviços de saúde, evidenciam a complexidade dos sujeitos que utilizam tais serviços e os limites da prática clínica centrada na doença. No plano hospitalar a abordagem da clínica ampliada se fortalece através de Projeto terapêutico Singular o qual permite uma integração de várias abordagens que contribui para um manejo eficaz da complexidade do trabalho em saúde, que é necessariamente transdisciplinar e, portanto, multiprofissional. Portanto os dispositivos para a clínica ampliada buscam considerar a complexidade do sujeito e do processo de adoecimento, pressupondo um trabalho em equipe e uma clínica interdisciplinar (2). Glicogenose; Assistência à saúde; Gerenciamento clínico. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Santos-Antunes J, Fontes R. Glicogenose Tipo I: Disfunção do Complexo Glicose-6-fosfátase. Arq Med [periódico na Internet]. 2009 Jun [citado 2015 Set 02]; 23(3): 109-117. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 64 p. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 49 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde GRUPO DE FÉRIASBRINCANDO E APRENDENDO SOBRE OS ALIMENTOS, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Liliane Alves de Faria Pereira, Juliana Cristina Ferreira de Sousa, Ducelia Cristina Ferreira Sorrini, Natália de Almeida Marques Lemos Resumo Introdução: O ato de brincar propicia o aprendizado e colabora para o desenvolvimento psíquico, individual e social infantil. Proporciona a vivência de sentimentos, situações e indagações1. Utilizouse a brincadeira como método para compartilhamento de informações sobre alimentação saudável e desenvolvimento de habilidades metalinguísticas. Objetivo: Proporcionar às crianças por meio de atividades lúdicas conhecimentos e reflexões para desenvolvimento da autonomia em suas escolhas alimentares e trabalhar habilidades metalinguísticas como memória e consciência fonológica. Métodos: O grupo foi aberto, com 4 encontros semanais de 60 minutos e ocorreram em uma USF de Ribeirão Preto - SP. As crianças tinham de 5 a 10 anos. O grupo foi coordenado nutricionista, fonoaudióloga, auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde. 1º Encontro: Unindo o gostoso ao saudável: demonstrou que os alimentos podiam ser concomitantemente gostosos e saudáveis. Preparação: espetinhos de frutas. 2ºEncontro: Entre palavras e alimentos: Associação das sílabas com os alimentos. Discussão se os alimentos eram saudáveis ou não. Preparação: sorvete natural de manga. 3º Encontro: Raio-x dos alimentos: Reconhecimento de frutas, verduras e legumes. Memorização e reordenação correta de uma sequência de alimentos. Preparação: salada de frutas. 4º Encontro: O nosso pratinho: Montaram um prato com figuras de alimentos que elas gostariam de comer. Discutiu-se quais alimentos eram mais adequados e realizou-se a substituição de alguns alimentos, respeitando as preferências, para tornar o prato mais saudável. Preparação: torta do hulk. Resultados; As crianças mostraram-se interessadas e desafiadas pelas atividades propostas. Houve entre elas discussões, questionamento e reflexões para concluírem as dinâmicas. Trabalharam-se habilidades de atenção, memorização visual, tátil e propiciou o contato com alimentos e a reflexão da composição destes. Conclusão: Houve bom desempenho quanto as habilidades trabalhadas, respeitando a faixa etária de cada criança. Tiveram participação ativa em todas as dinâmicas, tendo a percepção da composição dos alimentos e dos benefícios e malefícios que o consumo regular destes pode causar a saúde. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade 1 BRIENZA, A. M e et al. Grupo de reeducação alimentar: uma experiência holística em saúde na perspectiva familiar Rev Bras Enferm, Brasília, v 55, n 6, p 697-700, nov -dez. 2002 Contato: [email protected] 50 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 GRUPO DE GESTANTES: UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL Pablo Antônio Bertasso de Araújo, Jessica Jacinto Krug, Elisangela Maria Pantoja Schuck, Caren Cristina Wiles Della Mea, Lauriana Urquiza Nogueira Resumo Introdução: O tema saúde da mulher vem sendo amplamente discutido ao longo das décadas. Dentro desse contexto, a gestação, um período peculiar da vida da mulher, exige um cuidado singular por profissionais qualificados, valorizando a prática da assistência humanizada, uma característica essencial da Atenção Primaria. O Ministério da Saúde ao refletir sobre a qualidade do pré-natal aponta a ação educativa como primordial e salutar à assistência da gestante. Um período de aprendizado, oportuno para os profissionais de saúde desenvolverem a educação como um processo do cuidar. Objetivos: Atender a multipluralidade de fatores que envolvem uma gestação e promover ações educativas que contribuam para o êxito de todo o processo gestacional. Metodologia: Os encontros são programados mensalmente e contam com a colaboração dos residentes da Atenção Básica e Núcleo de Apoio Saúde da Família (NASF), abordando temas de interesse das gestantes e seus acompanhantes, permitindo o compartilhamento de duvidas e experiências; registro de falas pertinentes ao processo de saúde da gestante. Consultas mensais do pré-natal são agendadas para o mesmo período do grupo, possibilitando comodidade e acesso. Ao final de cada encontro, serve-se lanche saudável e sorteia-se um presente. Resultados e discussão: Esta pratica foi resgatada pela equipe dos residentes, devido a sua importância para o centro de saúde, que visa assistir a paciente de forma humanizada em todo processo gestacional, possibilitando à mesma expor situações que nem sempre seriam relatadas em consulta por esquecimento ou por não serem considerados relevantes pela gestante. Considerações Finais: Diante do exposto entendemos que o grupo de gestantes vem possibilitar o intercambio de saberes, através das trocas de experiências vivenciadas pelos participantes; se constituindo na mais adequada forma de promover compreensão, estimulo e atenção do processo gestacional em todas as suas fases. Referências 1 Vieira SM, Bock LF, Zocche DA, Pessota CU. Percepção das puérperas sobre a assistência prestada pela equipe de saúde no pré-natal. Texto e Contexto Enfermagem. 2011. 20: 255-262. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 163 p. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Gestantes; Atenção primária à saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 51 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde GRUPO DE MOVIMENTO TERAPÊUTICO, O EXERCÍCIO FÍSICO COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL Tatiane Motta Da Costa E Silva, Raquel Cristina Braun Da Silva, Rodrigo De Souza Balk, Stephanie Jesien Resumo Introdução: Transtornos mentais, como depressão, esquizofrenia e transtorno obsessivo compulsivo, segundo a Organização Pan-americana de Saúde, estão entre as dez condições que mais causam incapacidade física1, como redução de equilíbrio e motricidade ampla e fina, fraqueza muscular, alterações de postura e marcha. Dessa forma,exercícios físicos devem ser uma abordagem terapêutica praticada pelo fisioterapeuta dentro de objetivos específicos para melhorar o quadro funcional do usuário de Saúde Mental2. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de um grupo terapêutico, o Grupo de Movimento Terapêutico, realizando um encontro semanal entre maio e agosto de 2015, com usuários de um CAPS II. A intervenção consistiu em conversas sobre assuntos variados do interesse dos usuários, alongamentos musculares, exercícios respiratórios, exercícios para membros superiores e inferiorese relaxamento.Resultados e discussão: Participaram do grupo em média 10 usuários, a maioria mulheres com mais de 45 anos. As queixas mais frequentes foram de mioalgias, má postura, dificuldades de equilíbrio e deambulação. Ao final de cada dia os relatos foram de sensação de bem estar, melhora no humor e socialização, redução de algias e maior capacidade funcional. Atividade física na saúde mental produz efeitos positivos como bem-estar físico, emocional e psíquico3, há várias explicações para estes efeitos tanto psíquicas quanto motoras3.Há indícios que os exercícios aeróbios sejam mais eficazes para atingir estes objetivos4 embora os anaeróbios sejam importantes. Considerações Finais: Exercícios em usuários de Saúde Mental tem apresentado bons resultados, por este motivo faz-se necessário o empoderamento dos fisioterapeutas quanto a práticas nessa área. social equip e coletividad e humanização Descritores Saúde Mental, Exercício. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Organização Pan-Americana Da Saúde. Desempenho em equipes de saúde – manual. Rio de Janeiro: Opas; 2001.2. 2 COFFITO: Resolução Nº 259 do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. [Acessado em 29 agosto de 2015] Disponível em: <http://www.coffito.org.br>. 3 Oliveira EN, Aguiar RC, Almeida MTO, Eloia SC, Lira TQ. Benefícios da Atividade Física para Saúde Mental. Saúde Coletiva 2011; 8 (50): 126-130. 4 PELUSO MAM, ANDRADE LHSG. Physical activity and mental health: the association between exercise and mood. CLINICS 2005; 60(1): 61-70. Contato: [email protected] 52 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 HOMENS EM AÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Rhuan Carlos Cavalcante Lucas, Thayse Fernanda Silva Gomes, Rayana Rodrigues Lira, Tatiana Soares de Oliveira Abreu, Sonia Maria Ferreira Queiroz e Silva Resumo Introdução: Trata-se um relato de experiência dos residentes e de alguns servidores de um centro de atenção em saúde mental. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), é um serviço de atendimento a portadores de transtorno mental, por meio da criação de espaços de construção de relações sociais.¹ Nesse serviço a maioria dos atendimentos acontecem em grupos terapêuticos. Diante disso, verificouse a relevância de trabalhar uma atividade somente com homens, uma vez que a maioria das atividades realizadas na Instituição ocorre de forma heterogênea ou só com mulheres e os homens de certa forma ficavam na ociosidade. Objetivo: Criar um espaço aberto para discussão de assuntos do gênero masculino, bem como propiciar o fortalecimento de vínculos para compartilhar saberes. Metodologia: O grupo acontece às terças-feiras, no período vespertino em locais escolhidos pelo grupo em uma proposta dinâmica. São trabalhadas diversas atividades como: rodas de conversa, filmes, oficinas, dentre outros, conforme a demanda trazida pelos usuários. Discussão . Resultados: A realização de grupos e oficinas é uma tática para promover uma nova assistência em saúde mental, visa à troca de experiências e à formação de vínculos, indispensáveis para a ressocialização e a reabilitação social.² A proposta do grupo era abordar assuntos relacionados a saúde do homem ou temas que abordassem temáticas inerentes ao público masculino. Nos primeiros encontros foram trabalhados assuntos diversos do universo masculino. Entretanto, no decorrer do processo percebeu-se que os usuários tinham outras demandas que necessitavam. Considerações Finais: O grupo terapêutico levou em consideração a satisfação dos usuários no intuito dessas demandas que os mesmos traziam, as quais foram trabalhadas de forma consensual no grupo. É relevante a existência do grupo, uma vez que o usuário como protagonista da atividade tem um espaço aberto para manifestações e contribuições para o progresso de seu tratamento bem como sua reinserção na sociedade. Referências 1 Yasui S. A atenção psicossocial e os desafios do contemporâneo: um outro mundo é possível. Caderno Brasileiro de Saúde Mental, Florianópolis, 2009 [acesso em 2015 ago 25]; v.1, n.1, p.1-9], jan./abr.2009. Disponível em: http://www.cbsm.org.br/artigos/artigos/11_Silvio_Yasui.pdf. 2 - Barros RBB. Subjetividades contemporâneas, dispositivo grupal e saúde mental. São Paulo: HUCITEC, 2009. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Saúde Mental; Terapêutica; Serviços de Saúde Mental. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 53 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde IMPEDINDO AS CRIANÇAS DE SER CRIANÇA: A MEDICALIZAÇÃO Débora Cherobini, Andressa Baccin Dos Santos, Daiane Rodrigues De Loreto, Aline Teixeira De Lima, Ângela Maria De Souza Lima, Ticiane Silva Raimundo Resumo Introdução: Atualmente, o número elevado de crianças encaminhadas ao profissional de saúde, muitas delas diagnosticadas com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por exemplo, alerta para uma das consequências de um excesso de medicalização dos comportamentos considerados anormais na escola: tratar como patológicos comportamentos que, na realidade, são normais. Essa prática de medicar um número cada vez maior de crianças tem como objetivo tratar sintomas, sem considerar o contexto em que essas crianças vivem e suas individualidades. Objetivo: promover uma reflexão crítica acerca da medicalização a partir de supostos diagnósticos de transtornos mentais em crianças. Metodologia: A pesquisa caracteriza-se por uma revisão bibliográfica através da busca de textos pela Bireme, nas Bases de Dados: Scielo e LILACS publicados entre 2005 e 2014. Resultados e discussão: Atualmente, o discurso médico-psiquiátrico converteu-se no principal dispositivo regulador do normal e do patológico na infância, isso se dá graças às instituições de assistência à infância – a família, a escola, o conselho tutelar, as clínicas privadas, as unidades de saúde – que demandam à medicina uma intervenção medicamentosa sobre a criança. Nesse contexto, uma nova configuração que a medicação vem assumindo, como uma solução mágica para tratar “crianças-problema”, tendo em vista que os pais estão cada vez comprometidos com outras atividades e com menos tempo para a educação dos filhos, sendo, portanto, mais fácil medicalizar problemas disciplinares para amenizar a situação. Além disso, pode-se pensar na hipótese de que não só os pais, mas também os educadores, não estão preparados para trabalhar com alunos não ideais, portanto, “medicalizar o fracasso escolar é mais fácil do que repensar a relação da escola com o aluno” ao invés da sociedade aprender a aceitar, a lidar, a trabalhar com as novas configurações subjetivas que as crianças apresentam e com seus novos modos de se relacionarem com o mundo que as cerca, preferem render-se a medicalização da vida. Considerações Finais: Portanto, a medicalização inadequada na infância pode acarretar sérios danos às crianças. A medicalização deve fazer parte de um planejamento terapêutico, incluindo outras intervenções, como a escuta do sofrimento do outro, reconhecimento do cotidiano onde o sujeito está inserido e suas singularidades, para que desta forma possa proporcionar um tratamento mais integral e resolutivo. social equip e coletividad e humanização Descritores Crianças; Medicalização; Saúde Mental. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brzozowski FS, Caponi SNC. Medicalização dos Desvios de Comportamento na Infância: aspectos Positivos e Negativos. Rev. Psicologia: ciência e profissão; 2013. 208 p. 2 Kamers M. A fabricação da loucura na infância: psiquiatrização do discurso e medicalização da criança. Rev. Estilos clin; 2013. 153 p. 3 Jerto CS, Shafer C, Bonfigio MS. A medicalização da infância e o processo psicoterápico. Barbarói; 2013. 70 p. Contato: [email protected] 54 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 IMPLANTAÇÃO DE UM GRUPO DE CUIDADO INTERDISCIPLINAR EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Luisa Horn De Castro Silveira, Camila Saueressig, Dayane Degner Ribeiro Brasil Resumo Introdução: O Grupo de cuidado interdisciplinar “Alta Assistida” foi desenvolvido pela equipe de Residência Multiprofissional em Saúde Mental atuante em uma internação psiquiátrica de um hospital universitário do sul do país, a partir da demanda de atenção integral ao paciente com múltiplas internações e má adesão ao tratamento. Conforme citado no art. 2º da Lei 10216, é direito da pessoa portadora de transtorno mental ser tratada “com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade”¹. Objetivo: A reinserção social no sentido amplo do termo, visando à autonomia e o estabelecimento de vínculos significativos na comunidade. Acredita-se que uma vez restaurado o papel e o valor social de cada indivíduo, a adesão ao tratamento sofra uma influência positiva; estimular melhorias em aspectos do estilo de vida que influenciam na manutenção da saúde e realizar educação referente ao sofrimento psíquico. Metodologia: Durante 2013 e 2014, foram identificados pacientes com maior vulnerabilidade biopsicossocial, histórico de má adesão ao tratamento e múltiplas internações. Os dados foram coletados através de um protocolo elaborado pela equipe e, posteriormente, foi elaborado um plano de Alta Singular juntamente com o sujeito e sua família. Nesse plano foram explicitadas as preferências, interesses, dificuldades, estressores e redes de apoio, formas de superação das dificuldades e o planejamento das atividades no ambiente domiciliar, de lazer e de trabalho. Os dados foram obtidos através de observações realizadas pela equipe, conversas com os pacientes e familiares e trabalhos em grupo. Resultados e discussão: O grupo vinculou 18 pacientes, a maioria deles homens (66,6%), com idade média de 40 anos e diagnóstico predominante de esquizofrenia. A média do período de internação foi de 45 dias, com média de 07 internações prévias em unidades psiquiátricas. Foram realizadas 26 reuniões com familiares, 05 visitas domiciliares, 06 visitas e vinculações ao CAPS, 06 vinculações a UBS, 01 vinculação a ESF e 03 ao CRAS. 02 pacientes foram encaminhados para instituições especializadas. Considerações Finais: Percebeu-se a importância do trabalho interdisciplinar no cuidado em saúde mental e da criação de um plano singular para a alta hospitalar em internações psiquiátricas, estabelecendo vínculos com a comunidade e família e evitando novas internações. Relações interprofissionais. Contato: equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Lei n.º 10216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Lex - Legislação em Saúde Mental 1990-2004; Brasília, 5: 17-19, 2004. 2 Luisa Horn De Castro Silveira, Camila Saueressig, Dayane Degner Ribeiro Brasil. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 55 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde IMPLANTAÇÃO DE UM GRUPO DE PROMOÇÃO A SAÚDE PELA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Michele, Jessica Albino, Larissa Boing, Nadia Rafaela Dos Santos, Suzana Aparecida Lara De Andrade, Verônica De Azevedo Mazza Resumo A política nacional de promoção a saúde tem por objetivo promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes, impulsionando as práticas corporais a ocuparem um lugar de destaque dentro da atenção primária a saúde, contudo, há muitos problemas para sua implementação, como conteúdos que só privilegiam a atividade física e pouco exploram outras dimensões da relação entre profissional e comunidade, além da dificuldade na organização dos grupos, muitas vezes com enfoque nas doenças, o que pouco incentiva a dimensão subjetiva e educativa da ação. As atividades em grupo devem ser de caráter educativo, esclarecedor, promotor de mudança de hábitos, bem como um espaço para formação ou fortalecimento de vínculos. Frente ao exposto, tem-se objetivo relatar à experiência de implantação de um grupo de promoção à saúde em uma unidade de Estratégia de Saúde da Família do sul do Brasil. O grupo iniciou em 2014, por iniciativa de uma equipe de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, e tem como público alvo todos os moradores da área de abrangência da unidade de saúde. As atividades realizadas compreendem a atividade física, como alongamento e caminhada, realizados quatro vezes por semana, e atividades de educação em saúde, com temas variados e desenvolvidos mensalmente por meio de roda de conversa. Constituir grupos a partir de encontros entre os interessados em realizar atividade física e discutir temas relacionados a saúde nem sempre é uma tarefa fácil e imediata. Muitas foram as dificuldades encontradas na incorporação desse grupo à rotina da unidade, visto que o usuário normalmente não procura por atividade física nesse local. Outra dificuldade é a falta de local adequado para caminhada, uma vez que as ruas do entorno da unidade são movimentadas e acidentadas. Porém, aos poucos, foi possível a formação de um grupo heterogêneo, compostos por pessoas de diversas faixas etárias, doenças e necessidades, favorecendo a reflexão, o conhecimento, e a troca de experiências. O espaço criado foi além das atividades educativas, prescritivas, de determinação de condutas sobre como viver, fortaleceu o vínculo entre usuário e equipe, tornando-se um espaço terapêutico, e permitindo que os usuários identificassem sua forma de vivenciar a condição de saúde e doenças, dificuldades e sentimentos, e, a partir daí, tentar repensar novas formas de enfrentar sua condição de saúde. Contato: [email protected] 56 equip e coletividad e humanização social Descritores Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Equipe de Assistência ao Paciente. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 2 Warschauer M, L D’Urso L. Ambiência e Formação de Grupo em Programas de Caminhada. Saúde e Sociedade. [Internet]. 2009 [citado 2015 Set 01]; 18 (2): 104-107. Disponível em: http://www.scielo. br/pdf/tes/v8n3/15.pdf. 3 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS.O humanizaSUS na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 IMPLEMENTAÇÃO DA RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO SUL DO BRASIL Vânia Regina Dutra Vargas, Josefine Busanello, Juliana Machado Serafini, Sildney Rosa Marques , Anali Martegani Ferreira, Rafael Tamborena Malheiros, Antonio Adolfo Mattos De Castro Resumo Introdução: O Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Urgência e Emergência (RUE) visa a especialização, por meio da educação em serviço, para a atuação em equipe multiprofissional no atendimento às redes de atenção(2). Objetivo: Relatar a experiência de implantação de um Programa de RUE no Sul do Brasil, apresentando as dificuldades e estratégias encontradas. Metodologia: O Programa de RUE(1) iniciou as atividades em abril de 2015, contemplando as áreas profissionais da Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Serviço Social. Para os 24 meses de atividades serão desenvolvidos quatro módulos. Serão considerados cenários de práticas todos os serviços e unidades vinculadas à rede municipal e filantrópica. No primeiro e segundo módulo, a carga horária prática contempla as unidades de terapia intensiva (UTI) adulto e pronto socorro (PS) , e estratégia da saúde da família (ESF). Para o terceiro e quarto módulo serão consideradas as unidades de internação clínica, cirúrgica e psiquiátrica, pediátrica e neonatal, centro obstétrico, pronto atendimento e serviço atendimento móvel de urgências. Resultados e discussão: As dificuldades encontradas foram: crise do hospital filantrópico, pela falta de repasse de recursos, causando a falta de materiais e remuneração; a falta de motivação dos preceptores e profissionais para participarem das discussões de casos e processos permanentes de educação para o trabalho; a falta de cultura para o trabalho multiprofissional; a resistência dos profissionais ao trabalho do farmacêutico e assistente social dentro da UTI e PS, uma vez que estes não constituíam a equipe de trabalho em tempo integral, como o enfermeiro e o fisioterapeuta. As estratégias encontradas foram: reuniões semanais e discussões de casos, com intuito de identificar as fragilidades da prática e possibilidades de sensibilizar os preceptores e equipe para mudança na organização do trabalho; participação dos residentes em todas as reuniões organizacionais das unidades; agregação dos residentes nos componentes curriculares dos cursos da área da saúde disponíveis na Universidade, com intuito do exercício da prática reflexiva, baseada em evidências científicas; efetivação da comunicação entre os profissionais da equipe. Considerações finais: A experiência pioneira é uma grande responsabilidade, exigindo comprometimento e superação de diversos desafios para consolidar esse modelo de ensino-serviço e a rede de atenção as Urgências e Emergências. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Equipe de assistência ao paciente; Capacitação em Serviço, Cuidados Críticos. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. 2 Unipampa. Universidade Federal do Pampa. Programa de Residencia Multiprofissional em Saúde e em Área Profissional da Saúde. Disponível em:http://porteiras.s.unipampa.edu.br/primus/Página oficial da residência.Acesso em 28 Ago 2015. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 57 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde INDICADORES DE SAÚDE: PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO EM IDOSOS DO TERRITÓRIO Fernanda Rafaella Barbosa Dos Santos, Suely Paiva De Morais, Jéssica Pinheiro Carnaúba, Mariana de Sousa Farias Resumo Introdução: Os indicadores de saúde são frequências relativas que fornecem informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões relacionados às condições de vida da população e ao desempenho do sistema de saúde1. Ao produzir a Sala de Situação em Saúde do território, os residentes em saúde da família obtiveram um indicador de grande relevância para as ações em saúde: A prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) nos idosos.A HAS é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados de pressão arterial (PA≥140x90mmHg). Associa-se, frequentemente, às alterações metabólicas e funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais2. Objetivos: Produzir indicadores de saúde que norteiem as ações de saúde do território. Metodologia: Realizou-se o cálculo da prevalência de portadores de HAS da população idosa (> 60 anos), através de dados provenientes dos sistemas de informação da Coordenadoria Regional de Saúde e coleta de dados dos Agentes Comunitários de Saúde. Posteriormente, comparou-se a prevalência obtida no território com os indicadores de referência nacional, possibilitando a realização um planejamento em saúde voltado a esta população. Resultados e discussão: Para obtenção da Prevalência de Idosos Portadores de HAS, foi realizado o seguinte cálculo: 966 (nº de idosos portadores de HAS) / 1490 (nº de idosos do território) x 100 = 64,8%.A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2010), sua prevalência no país é de 32% para adultos, acima de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em pessoas acima de 70 anos.Ao comparar a prevalência obtida no estudo com o indicador de HAS da população idosa no Brasil, observam-se valores semelhantes, sugerindo que o território estudado segue o perfil epidemiológico nacional desta patologia. Como intervenção de saúde no território, foi definida a necessidade de busca ativa de novos casos de HAS na população idosa e acompanhamento contínuo dos idosos já diagnosticados. Considerações Finais: O presente estudo nos alerta sobre a importância das equipes de saúde conhecer o perfil epidemiológico de sua população para nortearem o planejamento e as ações de saúde. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Hipertensão; Indicadores de Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Medronho, R. A. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu, 2005. 2. Sociedade Brasileira de Cardiologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 95, n. 1, p. 1-51, 2010. Suplemento 1. Contato: [email protected] 58 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO PROGRAMA DE DESOSPITALIZAÇÃO PEDIÁTRICA EM UM HOSPITAL GERAL Renata de Sá Teixeira, Taline Cheron, Tatiana Prade Hemesath Resumo Introdução: O progresso tecnológico nos centros terciários de assistência em saúde trouxe a necessidade de estudos que caracterizem pacientes pediátricos internados nos hospitais¹. Aumentaram as situações de sobrevida, diante de doenças complexas, gerando a sobrecarga dos centros de alta complexidade². Assim iniciaram as estratégias de desospitalização de pacientes com necessidade de algum suporte tecnológico. A desospitalização de pacientes pediátricos é uma iniciativa que visa proporcionar uma maior atenção ao paciente e seus familiares que estão há muito tempo no ambiente hospitalar, e que têm condições de continuar com seu tratamento no domicílio. A equipe multidisciplinar, busca organizar e garantir segurança a saúde do paciente fora do contexto hospitalar. Objetivo:Analisar as intervenções psicológicas no Programa de Desospitalização de um Hospital Geral. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, retrospectivo. A coleta de dados foi realizada através de um instrumento de controle interno utilizado pelo Programa e análise das intervenções psicológicas empregadas com as famílias. Participaram desta pesquisa os pacientes com internação superior a 30 dias no período entre maio a agosto de 2015. Estes pacientes foram intervidos por 6 equipes responsáveis pela internação pediátrica geral e seus familiares foram sistematicamente acompanhados pela equipe de psicologia. Resultados:Constata-se que 36 pacientes foram acompanhados pelo Programa de Desospitalização e, entre estes, 29 familiares de pacientes receberam intervenção psicológica. Nas intervenções realizadas os aspectos mais trabalhados pela equipe de psicologia foram:Organização familiar; Facilitação da comunicação entre a família e a equipe; Impacto e aceitação do diagnóstico; Sobrecarga e alterações de humor geradas pela hospitalização prolongada; Fortalecimento do vínculo para melhor manejo materno e aproximação da rede de apoio, esses aspectos foram considerados fundamentais para facilitar a alta e desospitalização. Durante este período 21 pacientes acompanhados pela equipe de Psicologia foram desospitalizados. Destes, 8 pacientes reinternaram devido à complexidade do seu diagnóstico. Considerações: Através da análise das intervenções psicológicas realizadas aos pacientes incluidos no Programa de Desospitalização ressalta-se a importância da organização e envolvimento dos familiares e dos diversos profissionais visando facilitar a alta hospitalar e a qualidade de vida do paciente em outro ambiente. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização Psicologia da criança; Saúde Pública; Hospitalização. social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 EINLOFT, P.R. Perfil epidemiológico de dezesseis anos de uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Revista de Saúde Pública [online], 2002, vol.36, n.6, pp. 728-733. 2 MOREIRA, Maria Elisabeth Lopes and GOLDANI, Marcelo Zubaran. A criança é o pai do homem: novos desafios para a área de saúde da criança. Ciênc. saúde coletiva [online], 2010, vol.15, n.2, pp. 321-327. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 59 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde MUDANÇAS NO CUIDADO AOS FAMILIARES DE USUÁRIOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL DECORRENTES À REFORMA PSIQUIÁTRICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA Emanuele Musskopf, Vivian Marx, Janes Alice Jauer, Gabriela Capitão De Melo, Luciana Silva Da Rocha, Andressa Henke Belle, Lovaine Rodrigues Resumo Introdução: A partir da implantação da reforma psiquiátrica, os Centros de Atenção Psicossocial são o principal serviço de cuidado aos usuários de saúde mental,estimulando a autonomia e integração social e familiar¹. No atual modelo de atenção, as pessoas portadoras de transtornos mentais devem ter garantido um cuidado emliberdade, visando fortalecimento dos vínculos afetivos, e a família passa a ter papel crucial no processo de saúde-doença.Objetivo: Identificar os aspectos relacionados ao cuidado das famílias de indivíduos com transtornos mentais no período pré e pós-reforma psiquiátricae descreveros dispositivos de cuidado que os serviços da Rede de Atenção Psicossocial têm utilizado. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura, a partir da busca em duas bases de dados, o Portal de Periódicos Capes e a Biblioteca Virtual de Saúde, no período de 2010 a 2015, utilizando como descritores: família, reforma psiquiátrica e saúde mental. A discussão dos resultados contemplou três perspectivas de análise. Resultados e discussão: A análise da participação familiar no contexto pré-reforma psiquiátrica, evidencia que a família é tomada como elemento adoecedor, ocasionando o afastamento do indivíduo e a não participação dessa no tratamento. No que diz respeito às mudanças na participação da família após a reforma psiquiátrica, nota-se que essa passa a participar e ser protagonista no tratamento. Frente a essa responsabilidade, os familiares sentem-se sobrecarregados e pouco instrumentalizados em relação ao manejo diário do familiar. As principais estratégias de cuidado aos familiares de usuários dos serviços de saúde mental descritas referem-se às visitas domiciliares, grupos de familiares e o apoio matricial às equipes de Estratégia de Saúde da Família, mas ainda são deficitárias.Considerações finais: Identifica-se a necessidade de investimentos em estratégias de cuidado aos familiares devido a sua grande importância e participação ativa no tratamento dos usuários de serviços de saúde mental. social equip e coletividad e humanização Descritores Saúde mental; Reforma psiquiátrica; Família. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil.Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial [internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde (BR); 2004. [acesso em 2015 ago 28]. Disponível em:http://www.ccs.saude.gov.br/saude_mental/pdf/sm_sus.pdf. Contato: [email protected] 60 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 NÚCLEO DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR DO HU/UFSC: IMPLEMENTAÇÃO SOMADA A INTEGRAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM Gabriel Campos Louzeiro, Andressa Rodrigues De Camargo, Etiene De Andrade Munhoz, Inês Beatriz Da Silva Rath, Augusto Bodanezi, Mariáh Luz Lisboa Resumo No Brasil, a Odontologia Hospitalar representa um campo de atuação profissional que não é reconhecido como especialidade pelo Conselho Federal de Odontologia. Contudo, avanços na Legislação brasileira prevêem a inserção do cirurgião-dentista neste contexto, tais como a portaría no. 1032 que inclui o atendimento odontológico para pacientes especiais atendidos pelo SUS, e a lei 2.776/08 que estabelece a obrigatoriedade do Cirurgião-Dentista em UTIs. Essa área de atuação representa o exercício da odontologia em uma esfera hospitalar para execução de procedimentos preventivos e curativos; eletivos ou urgenciais; de baixa, média ou alta complexidade, envolvidos no cuidado de saúde de pacientes internados. Para o exercício, cirurgiões dentistas devem trabalhar cotidianamente, em harmonia e parceria com demais profissionais que trabalham neste ambiente, sendo estes: médicos, enfermeiros, nutricionistas, fonoaudiólogos, etc. Em abril de 2014 o projeto de extensão intitulado “Ambulatório Odontológico de Pacientes com Necessidades Especiais - Serviço de Odontologia Hospitalar” foi implementado no HU/UFSC, com os objetivos de formalizar e intensificar a atuação do Grupo de Odontologia Hospitalar deste centro, estabelecer e padronizar condutas de atuação clínica, e promover a integração do processo ensino-aprendizagem entre alunos de graduação e pós-graduação. Até fevereiro de 2015 o referido projeto viabilizou o atendimento odontológico de 78 pacientes com doença onco-hematógica, por meio de 258 visitas ao leito, e 159 procedimentos odontológicos tais como orientações de higiene bucal, terapêutica medicamentosa, procedimentos restauradores, periodontais, endodônticos e cirurgias orais menores, realizados por alunos de graduação e pós-graduação, residentes do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde, sob supervisão de professores e cirurgiãs-dentistas do quadro profissional do HU/UFSC. Os resultados obtidos até o momento permitiram a criação do “Ambulatório de Odontologia Oncológica” direcionado à Onco-hematologia, com a intenção de intensificar os atendimentos já promovidos por este grupo. Ademais, espera-se que as atividades exercidas por alunos de graduação promovam melhoras das condições de saúde bucal e geral da comunidade alvo, desenvolva habilidades para o desempenho de atividades em equipes multiprofissionais, e despertem o interesse crescente de novos profissionais por esta área de atuação. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Odontologia Hospitalar; Educação; Atenção à saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 BRASIL. Conselho Federal de Odontologia. Código de Ética. Resolução CFO-42 de 20 de maio de 2003. Disponível em: http://www.cfo.org.br/download/pdf/codigo_etica.pdf Acesso em 20 de março de 2015. 2 BRASIL. Conselho Federal de Odontologia. Projeto de Lei 2.776/08. Atualizado em 10/04/2013. Disponível em: http://www.cfo.org.br/destaques/aprovado-projeto-de-lei-que-garante-a-presencado-cirurgiao-dentista-nas-utis/ Acesso em 12 de março de 2015. 3 MANUAL DE ODONTOLOGIA HOSPITALAR. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/ resources/ses/perfil/profissional-da-saude/grupo-tecnico-de-acoes-estrategicas-gtae/manual-de-odontologia-hospitalar/manual_odonto.pdf. 4 SANTOS, PAULO S.S.; JUNIOR, LUIZ A.V.S. Medicina bucal. A prática na odontologia hospitalar. São Paulo: Santos, 2012. P 3-7; 111-133. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 61 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde O BRINCAR COMO ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO DE DIFERENTES NÚCLEOS DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA DE UM HOSPITAL DO INTERIOR DO ESTADO DO RS Bruna Schio, Tatiane Cappelari Silveira, Danieli Lunkes , Luisiana Fillipin Onófrio, Sandra Regina Sallet , Luciana Da Silva Barberena Resumo Introdução: Tendo em vista as implicações que a hospitalização pode acarretar para a criança, estudos (1,2) têm apontado a importância do brincar neste momento como estratégia de intervenção com a finalidade de auxiliar no desenvolvimento infantil, enfrentamento e ressignificação da realidade hospitalar. Objetivos: Descrever a relação do brincar, como função terapêutica, no enfrentamento da hospitalização e desenvolvimento infantil. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência. A mesma foi desenvolvida por residentes de um Programa de Residência Multiprofissional Integrada sob orientação de preceptores que integram a equipe do setor da Hemato-Oncologia de um hospital do interior do estado do RS. A intervenção foi realizada com sete crianças, com idades entre três e sete anos, no período de cinco semanas, durante suas internações no referido hospital. Foram utilizados: fantoches, dedoches, desenhos e livros infantis para a realização atividades lúdicas. Os núcleos envolvidos foram: Enfermagem, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional. Resultados e discussão: Foi evidenciado que o brincar pode ser utilizado como estratégia de intervenção dos núcleos envolvidos na experiência relatada neste estudo, favorecendo o trabalho interdisciplinar. Vale ressaltar que esta constatação vem ao encontro da literatura (3,4) utilizada. Considerações Finais: O brincar é um viés de cuidado que favorece o desenvolvimento infantil, o enfrentamento da doença e da hospitalização, como também o trabalho multiprofissional. social equip e coletividad e humanização Descritores Desenvolvimento infantil; Oncologia; Residência não médica não Odontológica. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Motta, AB, Enumo, SRF. Brincar no hospital: estratégia de enfrentamento da hospitalização infantil. Psicologia em estudo, Maringá, v.9, n.1, 2004. 2 Silva, APS. O brincar como possibilidade de significação da realidade hospitalar: um relato de experiência. Anais do Congresso Multiprofissional de Atenção Hospitalar, HC/UFPR, 2014. 3 Carvalho et. al. Ludicidade e Saúde - Projeto de Integração Multiprofissional. Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária Belo Horizonte, 2004. 4 Cherobin, AI, Adamoli, AN. Conhecimento da equipe multiprofissional sobre o trabalho desenvolvido na recreação terapêutica. Pensar a Prática, Goiânia, v. 18, n. 1, 2015. Contato: 62 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O BRINCAR NO CONTEXTO HOSPITALAR Beatriz Paulo Biedrzycki, Bruna Lima Selau, Daniel Tietbohl Costa Resumo Introdução: Quando um indivíduo está hospitalizado, existe uma ruptura com seu ambiente habitual, que modifica os seus costumes e hábitos. Todas essas mudanças causam um impacto na criança e podem alterar seu comportamento durante e depois da internação.(1) Dessa forma, podemos dizer que o brincar se mostra uma maneira da criança expressar-se e conseguir resgatar vínculos, o que propicia o seu desenvolvimento biopsicossocial. Objetivo: Relatar sobre o trabalho do profissional de educação física em uma realidade de internação hospitalar pediátrica, alocado em um espaço de recreação com a visão do lúdico. Metodologia: Relato de experiência. Resultados e discussão: Podemos perceber que o espaço da recreação permite resgatar laços familiares e sociais perdidos no processo de doença. Também o ajuda a sentir-se um agente ativo sobre o seu corpo, já que no ambiente hospitalar a criança se separa do mundo, das experiências que compunham a sua identidade, e deixa de ter direito sobre o próprio corpo, e, em um local onde as decisões são tomadas para a criança, as brincadeiras oferecem oportunidade para que ela possa fazer escolhas.(2) Percebesse também que a criança consegue, através do brincar, se expressar e partilhar as suas angústias e medos com outras pessoas. Também é possível notar que o espaço da recreação consegue trazer um aspecto leve para a internação, tornando mais fácil lidar com a doença e com os vários dias de internação. Não podemos esquecer-nos do aspecto biológico, já que o brincar se mostra uma excelente ferramenta para o desenvolvimento motor das crianças, e o espaço da recreação permite que elas tenham as práticas corporais mais próximas possível da sua realidade fora do hospital, tornando mais difícil a regressão de suas habilidades. Considerações Finais: O espaço da recreação e a sua oferta da possibilidade do brincar funciona de uma forma efetiva de enfrentamento na hospitalização de crianças, uma vez que essa prática traz alegria, socialização, diversão, estímulos para o desenvolvimento e fortalecimento de laços familiares. E cabe aqui ressaltar a importância do Educador Física no ambiente hospitalar, fazendo parte de uma equipe multiprofissional, para que consigamos cada vez mais trazer qualidade de vida e um cuidado humanizado e integral para o paciente durante todo o seu período de internação. Referências 1 Oliveira LDB. Gabarra LM. Marcon C. Coelho JL. Macchiaverini J. A brinquedoteca hospitalar como fator de promoção no desenvolvimento infantil: relato de experiência. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum. 19(2) São Paulo, ago. 2009. 2 Vaz AF. Vieira CLN. Gonçales MC. Educação do corpo e seus limites: possibilidades para a Educação Física na classe hospitalar. Rev. Movimento. 11(1): 71-87. Porto Alegre, jan/abr. 2005. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Hospitalização, Pediatria, Recreação. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 63 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde O CUIDADO EM SAÚDE NUMA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL PEDIÁTRICA Afonso Rodrigues Tavares Netto, Ana Cláudia Vieira Gomes , Andréa Valente Braga, Giana Carla Lins de Albuquerque Meireles, Milena Lins da Cunha Dias, Roselle Crystal Varelo Dantas, Sílvia Virgínia Pereira da Silva Resumo Introdução: A portaria interministerial nº 45, de 12 de janeiro de 2007 define o Programa de Residência em Saúde como uma modalidade de pós-graduação lato sensu com formação em serviço numa instituição de saúde1. O cuidado em saúde ultrapassa o procedimento técnico, sendo um olhar ampliado sobre aquilo que é direito do usuário: sua saúde. Objetivo: Expor as atividades de uma residência multiprofissional realizadas num Complexo Hospitalar Pediátrico, referência do Estado da Paraíba, no qual o programa está vinculado. Metodologia: Pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, abordando as principais práticas multiprofissionais e específicas realizadas durante o primeiro semestre de residência, no ano de 2015.. Resultados e discussão: Dentre as atividades multiprofissionais, cita-se: educação em saúde, nas enfermarias e no ambulatório; o desenvolvimento de uma ficha de avaliação e evolução multiprofissional; a realização de visitas multiprofissionais; o planejamento do projeto do Programa de Atenção Multiprofissional a Criança e ao Adolescente Neuropata, envolvendo os Serviços de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia e nutrição e os residentes; criação do blog da Residência Multiprofissional em Saúde da Criança (REMUSC); organização de eventos científicos. Como práticas individuais específicas, foi possível: realizar palestras junto às equipes profissionais de cada núcleo da residência; elaborar protocolos e fichas a serem implantados nos diversos setores do hospital; desenvolver atividades assistenciais no Complexo; participar do Mutirão de Cirurgias Cardíacas no município de Mamanguape/PB, junto à equipe do Complexo Pediátrico; representar a residência REMUSC no Coletivo Paraibano de Residências em Saúde e no grupo de pesquisa do Complexo. A realização dessas ações caracteriza e qualifica o profissional residente que deve desenvolver atividades práticas assistenciais subsidiadas pelos preceptores e tutores inseridos no programa e ser agente colaborador no processo de aprimoramento do serviço2. Considerações finais: A residência multiprofissional deve ser mais que o assistencialismo individual, deve perpassar a implantação de práticas interdisciplinares, mudança de paradigmas e construção de saberes e do fazer saúde. social equip e coletividad e humanização Descritores Saúde coletiva; Equipe interdisciplinar de saúde; Cuidado da criança. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Ministério da Educação (BR). Portaria Interministerial n. 45, de 12 de janeiro de 2007: dispõe sobre a Residência Multiprofissional em Saúde e a Residência em Área Profissional da Saúde e institui a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. [Internet] Brasília (DF), 2007. 2 Drago, Livia Crespo; Salum, Roberta Luiza; De Andrade, Selma Regina; Medeiros, Michele; Marinho, Monique Mendes. A inserção do residente em enfermagem em uma unidade de internação cirúrgica: práticas e desafios. Cogitare Enferm. 2013 Jan/Mar; 18(1):95-101. Contato: [email protected] 64 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O FOMENTO DA INTERDISCIPLINARIDADE NA UTI: VISITA MULTIPROFISSIONAL EM FOCO Fernanda Marques de Sousa, Merilin Carneiro de França, Thaíse Anataly Maria de Araújo, Auriceli Silva Araújo, Romulo Pereira de Moura Sousa Resumo Introdução: A minuta sobre a Política Nacional de Atenção ao Paciente Crítico preconiza ser necessária a atenção interdisciplinar compreendendo a participação de profissionais da área de enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, nutrição, psicologia, serviço social e terapia ocupacional1. Nesse sentido, a Residência Multiprofissional em Saúde Hospitalar com ênfase em atenção ao paciente crítico foi implementada no Sistema Único de Saúde - SUS, objetivando à qualificação técnica dos profissionais da saúde; a partir do ensino-serviço com enfoque na humanização da atenção e ampliação da integralidade2. A ênfase na atenção ao paciente crítico tem a Unidade de Terapia Intensiva - UTI como principal cenário de prática. Nessa a visita multiprofissional se tornou importante mecanismo de comunicação e coordenação dos cuidados3 aplicada concomitante ao checklist. Objetivo: Discorrer acerca da prática interdisciplinar dos residentes na UTI, a partir de visitas multiprofissionais aos usuários. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência dos residentes, com ênfase na atenção ao paciente crítico, referente a visitas multiprofissionais e a aplicação do checklist. Resultados e discussão: A proposta da visita multiprofissional e do checklist é discutir - a partir dos diferentes núcleos de saber envolvidos - o estado clínico, social e psicológico dos usuários internos na UTI, compartilhar as fragilidades percebidas e traçar metas de otimização do cuidado, que são revistas diariamente. Essas intervenções visam contemplar tecnologias leves, leve-duras e duras4, o que demonstra sua importância. Nessa perspectiva o usuário e sua família passam a ser considerados atores participativos no processo de recuperação da saúde. Tem-se como potencialidades: a redução de equívocos assistenciais; integralidade, continuidade e individualização do cuidado e ampliação da resolutividade. Enquanto fragilidades percebidas e que necessitam ser trabalhadas: o repasse das metas aos profissionais do turno posterior, atraso nos horários de aplicação, desconhecimento e não adesão de profissionais do quadro fixo, descontinuidade na realização do checklist, pouca divulgação do instrumento e dos resultados obtidos. Considerações Finais: Para a integralidade do cuidado é imprescindível o fomento da interdisciplinaridade no âmbito da UTI, pois possibilita uma intervenção social e psicológica que tende a ser secundarizada nesse espaço. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Equipe Interdisciplinar de Saúde; Unidade de Terapia Intensiva; Checklist. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Portaria 1.071 de 04 de julho de 2005. Política Nacional de Atenção ao Paciente Crítico. Brasília - DF 04 Julho. 2005 Disponível em: <http://www2.ghc.com.br/gepnet/docsris/rismaterialdidatico62.pdf> Acesso em 06 abr. 2015. 2 Bezerra, TCA. Programa de Residência Multiprofissional em Saúde: construção de um instrumento avaliativo. 2011. 98f. Dissertação (Mestre em Avaliação em Saúde) - Programa de Pós-Graduação em Avaliação em Saúde, Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP), Recife. 3 Ayse P. Gurses PHD, Yan XPHD. A Systematic Review of the Literature on Multidisciplinary Rounds to Design Information Technology. J Am Med Inform Assoc. 2006;13:267–276. DOI 10.1197/ jamia.M1992. 4 Merhy EE, Feuerwerker LCM. Novo olhar sobre as tecnologias de saúde: uma necessidade contemporânea. Disponível: <http://www.uff.br/saudecoletiva/professores/merhy/capitulos-25.pdf> Acesso em 02 set. 2015. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 65 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde O GASTO DAS FAMÍLIAS COM SAÚDE: UMA ANÁLISE A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO Adriana Silva, Keli Regina Dal Prá Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A reconfiguração nas famílias que efetuam cuidado de paciente renal crônico em tratamento hemodialítico, tanto em seus orçamentos quanto na organização do grupo familiar constituemse preocupações do estudo. O interesse pelo tema resulta da experiência profissional como integrante da Residência Multiprofissional em Saúde (RIMS) de um Hospital Universitário, a partir de observações e elaborações como profissional atuante na ênfase de alta complexidade em saúde a qual abrange a unidade de tratamento hemodialítico, cenário da pesquisa. Objetivo: Analisar quais as repercussões do cuidado para as famílias que possuem pessoa com doença renal crônica em tratamento hemodialítico, atentando aos gastos catastróficos das famílias com saúde. Metodologia: O estudo de natureza qualitativa, utilizou como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada, com questões centrais sobre temas referentes às repercussões sofridas pela família com o tratamento hemodialítico. As entrevistas foram realizadas com 10 pacientes e familiares na unidade de tratamento hemodialítico de um Hospital Universitário do sul do Brasil. Discussão: A pesquisa visa contribuir para o debate sobre as implicações socioeconômicas para as famílias que possuem pacientes com doença crônica e discutir a incorporação da família nas políticas sociais, especificamente na área da saúde. Os procedimentos de alta complexidade e alto custo realizados no hospital por vezes são “levados” ao domicílio para que o tratamento tenha continuidade. Desta forma, a família precisa aprender como prestar este cuidado ao familiar que possui doença crônica. No caso específico do paciente renal crônico estes cuidados alteram a rotina do grupo familiar. A rotina exigirá nova dinâmica familiar e independentemente da condição socioeconômica e emocional em que se encontra a família, estes precisarão se readaptar as onerações da doença. Considerações Finais: Observou-se que os maiores gastos dos pacientes renais e suas famílias estão ligados ao cuidado que a nova condição exige, tanto em relação à alimentação quanto a insumos necessários para manutenção da saúde do paciente como fraldas e medicamentos. Percebe-se que são as mulheres as principais cuidadoras dos familiares acometidos por doença renal crônica. Contato: [email protected] 66 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O OLHAR INTERDISCIPLINAR DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL SOBRE O CUIDADO NA GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA Maira Rafaela Röhrig Da Costa, Ana Amélia Nascimento Da Silva Bones, Marina Ramos Bopsin, Silvio César Cazella Resumo Introdução: A residência multiprofissional em saúde da criança busca atuar nas redes de intervenção e articulações entre os diversos setores. Este é o relato de uma experiência na linha de cuidado interdisciplinar de uma família com 2 irmãs gestantes, de 13 e 15 anos, com a Estratégia de Saúde da Família (ESF), um Hospital Materno-Infantil, uma Equipe Especializada em Saúde da Criança e do Adolescente (EESCA) e outros pontos da rede de cuidado, o que permitiu uma ação interdisciplinar entre os serviços. Objetivo: Discutir sobre as possibilidades da abordagem interdisciplinar na gestação na adolescência a partir da articulação dos serviços da rede de saúde, assistência e educação. Metodologia: Identificação da família dentro das suas vulnerabilidades, reconhecimento das possibilidades de apoio dentro do território e articulação com a rede de serviços implicada no cuidado das adolescentes gestantes (ESF, Escola, EESCA, Serviço de Apoio Socioeducativo, ambulatórios e internação do hospital de referência). A teorização sobre interdisciplinaridade no cuidado em saúde1,2 fez parte do processo para reconhecer os diversos papéis e objetivos na articulação desta família na rede de cuidado. Resultados e discussão: As adolescentes acompanhavam os pré-natais irregularmente na ESF e no hospital, havendo impasses de comunicação entre os serviços. A integralidade do cuidado iniciou-se através da evolução em carteira de pré-natal única, visto que não existe o prontuário unificado. A evasão escolar de ambas, apesar da intervenção, não pôde ser revertida. O apoio matricial em saúde mental proporcionou uma terapia focada na questão da maternidade. A residência conseguiu interagir com todos os serviços da rede, onde o coordenador de cuidado foi a ESF. Considerações finais: Existe a necessidade de refletir sobre a gestação e o espaço atribuído ao adolescente na sociedade, indagando sobre o tipo de atenção que é ofertada à sua saúde e aos seus direitos sexuais e reprodutivos. É necessário reconhecer que a gravidez na adolescência transcende aspectos clínicos, sendo um fenômeno complexo e multideterminado, e que está associado a fatores psicológicos, sociais e históricos³. A residência pode fortalecer vínculos e repensar condutas a respeito da gravidez na adolescência ao atuar de forma interdisciplinar, resultando em experiências exitosas para o usuário e os serviços. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Gravidez na Adolescência; Ação Intersetorial. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Minayo, MCS. Interdisciplinaridade: Funcionalidade ou Utopia? Saúde e Sociedade, 3(2):42-64, 1994. Acesso em 20 de agosto de 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v3n2/04.pdf. 2 Iribarry, IN. Aproximações sobre a Transdisciplinaridade: Algumas Linhas Históricas, Fundamentos e Princípios Aplicados ao Trabalho de Equipe. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(3):483490, 2003. Acesso em 20 de agosto de 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prc/v16n3/ v16n3a07.pdf. 3 Dias ANG, Teixeira MAP. Gravidez na adolescência: um olhar sobre um fenômeno complexo. Paideia; 20(45):123-131, 2010. Acesso em: 25 de agosto de 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/ pdf/paideia/v20n45/a15v20n45.pdf V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 67 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde O SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR: UM OLHAR PELA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL Juliana Dos Santos De Oliveira, Sofia Hardman Côrtes Quintela, Bruna Hirano Imbriani, Karla De Souza Maldonado Da Silva, Luana Brondani Costa, Franciele Moraes Resumo Introdução: A Atenção Domiciliar (AD) é uma modalidade de atenção à saúde que garante a continuidade do cuidado extra hospitalar, sendo integrada às Redes de Atenção à Saúde¹. A AD possibilita rapidez no processo de alta hospitalar e evita internações desnecessárias, pois tem como um dos eixos centrais a “desospitalização”². Para a sua efetivação é importante que a assistência esteja pautada em uma equipe multiprofissional e interdisciplinar². Objetivo: Descrever a atuação da equipe de atendimento domiciliar de um hospital universitário, na qual a residência multiprofissional está inserida. Metodologia: O paciente é atendido em seu domicilio por uma equipe multiprofissional, que visa a reabilitação e corresponsabilização do cuidado. Para cada paciente é montado um plano de atenção personalizado (plano terapêutico) que pode ser de prevenção, suporte, restauração e paliativo. A partir deste plano é definida a conduta de cada profissional, que é discutida semanalmente na reunião de clínica ampliada. Resultados e discussão: O atendimento multiprofissional domiciliar proporciona ao paciente condições de um cuidado mais humanizado, sendo que, neste espaço familiar constitui-se relações de confiança entre profissionais e familiares/cuidadores³. Vale-se ressaltar a importância das reuniões semanais de clínica ampliada do serviço, visto que a transversalidade dos diferentes saberes e práticas da equipe favorece um cuidado mais integral e resolutivo². Considerações finais: A atuação da equipe multiprofissional é fundamental para o atendimento integral e humanizado do paciente em domicílio. Vivenciar essa relação na formação dos residentes é de grande importância para entender o cuidado interdisciplinar. social equip e coletividad e humanização Descritores Assistência Domiciliar; Equipe de Assistência ao Paciente; Humanização da Assistência. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 963, de 27 de maio de 2013.Altera e acresce dispositivos à Portaria nº 2.527/GM/MS, de 27 de outubro de 2011, que redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) [portaria na internet]. Diário Oficial da União 28mai 2013 [acesso em 29 ago 2015]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/ prt0963_27_05_2013.html. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Domiciliar. Brasília, 2012. 3 Brondani CM, Beuter M. A vivência do cuidado no contexto da internação domiciliar. Rev Gaúcha Enferm [periódicos na internet]. 2009 Jun [acesso em 29 ago 2015];30(2).Disponível em: http://www. seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/7435 Contato: [email protected] 68 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O TRABALHO COM FAMÍLIAS NO CONTEXTO INTERDISCIPLINAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO SOCIAL NO CAMPO DA ONCOHEMATOLOGIA Caroline Figur Dos Santos, Geneviève Lopes Pedebos, Larri Padilha Viega, Rosalia Vargas Campanha Resumo Introdução:Os Assistentes Sociais historicamente possuem uma relação direta de atenção às famílias. No campo da onco-hematologia, tal conhecimento adquire relevo uma vez que possibilita o exercício junto à equipe interdisciplinar da compreensão dos diferentes contextos familiares visando o planejamento das intervenções de forma integrada. Objetivo:Discorrer sobre o papel e a contribuição dos Assistentes Sociais – residentes e preceptores – em um Programa de Residência Multiprofissional, no que se refereà abordagem com as famílias. Metodologia:Trata-se de um estudo descritivo, crítico e reflexivo baseado na experiência de residentes e preceptores do núcleo de Serviço Social no qual faz-se o uso dos espaços semanais de discussão coletiva, e ainda do registro documental, nos quais as informações do contexto sociofamiliar são compartilhadas com os demais sujeitos envolvidos no cuidado. Resultados e discussão:Ao analisarmos as diversas configurações de famílias constatamos a existência de múltiplos modelos, por vezes, ainda não reconhecidos pelos profissionais de saúde. Tal situação se apresenta como fruto de uma concepção que parte do imaginário de cada um, fazendo com que os modelos ditos não estabelecidos socialmente não sejam reconhecidos como capazes de assistir aos pacientes nas questões que se apresentam frente ao tratamento. Tal concepção restrita a padrões pré-estabelecidos dificulta o diálogo com as famílias e impossibilita a definição de um plano terapêutico efetivo. No contexto de uma doença crônica, a contribuição mais significativa, entre tantas possíveis, ocorre na discussão com os membros da equipe sobre a valorização e o reconhecimento das potencialidades das famílias dos pacientes. Considerações Finais:Considera-se, por fim, que a atuação do assistente social inserido na equipe assistencial contribui com a desconstrução do imaginário que alguns profissionais têmsobre as famílias, permitindo assim uma legitimação da diversidade de relações possíveis. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Famílias; Serviço Social; Doença crônica. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (BR). Política Nacional de Assistência Social - PNAS. Brasília: 2005. 2. Acosta, A. R.; Vitale, M. A. F (Org.). Famílias:Redes, Laços e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez; PUC-SP, 2008. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 69 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde O trabalho do Assistente Social na Unidade de Cuidados Especiais: ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR NA BUSCA DA INTEGRALIDADE NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE Carmen Lucia Nunes da Cunha Resumo Introdução: Em junho de 2013 criou-se, num Hospital Universitário de Porto Alegre, uma Unidade de Cuidados Especiais com 20 leitos específicos para atender as especialidades neurologia, pneumologia e cirurgia torácica, uma proposta de trabalho multiprofissional com o objetivo de prestar um cuidado diferenciado aos pacientes internados. Assistente social, enfermeiros, médicos, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, farmacêutico, técnico de enfermagem, funcionários administrativos e estagiários de diversas áreas envolvem-se na assistência. A articulação entre os atores ocorre principalmente por meio dos rounds multiprofissionais, diários, onde o serviço social atua como um mediador, subsidiando a equipe quanto ao contexto social dos pacientes, buscando unir demandas e anseios do paciente com as necessidades da equipe. O assistente social, na dimensão da garantia do direito a saúde, presta orientações quanto aos direitos sociais dos pacientes no sentido de democratizar as informações. Trabalha no fortalecimento dos vínculos familiares na perspectiva de torná-los sujeitos do processo de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde. Objetivo: Destacar a atuação do serviço social em equipe multiprofissional identificando e trabalhando os determinantes sociais da saúde visando uma assistência integral ao paciente. Metodologia: Relato de experiências baseado na vivência profissional na Unidade de Cuidados Especiais diante das intervenções realizadas junto à equipe assistencial, pacientes e seus familiares.Resultado . Conclusões: O trabalho tem como foco dar assistência integral ao paciente, aprimorando técnicas e processos de trabalho fundamentais para mediar os conflitos dos pacientes e sua família. As constantes discussões multiprofissionais contribuem para o aprimoramento dos membros da equipe e se refletem nos atendimentos dos pacientes que passam a ser mais humanizados, conforme pressupostos do Sistema Único de Saúde. São múltiplos saberes coordenados para a definição do melhor tratamento, qualificando a assistência, planejando a alta, não somente para diminuir o tempo de internação, mas identificando e possibilitando que o paciente acesse todos os recursos de saúde disponíveis em sua comunidade. Serviço social; Equipe de assistência ao paciente; Integralidade. Contato: [email protected] 70 equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Conselho Federal de Serviço Social. Parâmetros para atuação de assistentes sociais na política de saúde. Brasília: CFESS, 2010. 2 MARTINELLI, Maria Lúcia. O trabalho do assistente social em contextos hospitalares: desafios cotidianos. Revista Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n.107, jul./set. 2011. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O TRABALHO DO ENFERMEIRO E DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DAS CRIANÇAS ATENDIDAS NA OFICINA TERAPEUTICA DO CAPSI Fabrizio Do Amaral Mendes, Flavia Layana Pimentel Coutinho, Pedro Abdias Fernandes De Farias Aires, Claudia Sena Ferreira, Tarine Barbosa Pedroso Resumo Introdução: A reforma psiquiátrica, vem propor a desconstrução e a desinstitucionalização das práticas hospitalares manicomiais, assim trazendo novos modelos de assistência a pessoa com transtorno mental1. O modelo dos hospitais psiquiátricos está sendo gradualmente substituído pelo tratamento em sistema aberto ou extra-hospitalar. Os Núcleos de Assistência Psicossocial- NAPS, Centro de Atenção Psicossocial Infantil- CAPSi, centros de convivência e hospitais-dia são alternativas para essa nova prática em saúde mental2. A oficina terapêutica, busca realizar o desenvolvimento psicomotor e a promoção da saúde3. Objetivo: Relata a importância da atividade física e a oficina terapêutica para crianças atendidas em um centro de atenção psicossocial infantil. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de caráter descritivo, realizado no período de 16 de Março a 25 de agosto de 2015, pelos residentes de saúde mental, entres esses profissionais estão enfermeiro e educador físico, que atuam com crianças de 06 a 12 anos, no total de 25 crianças. Resultados e Discussões: A oficina terapêutica, tem como foco o desenvolvimento psicomotor da criança, para tal, o apoio dos pais ou responsável é essencial. A enfermagem faz a triagem das crianças estáveis e posteriormente é discutido com a equipe cada caso. A oficina terapêutica ocorre 1 vez por semana, pelo período da manhã, onde na primeira parte são realizadas atividades recreativas que buscam o desenvolvimento motor da crianças através de circuitos, jogos e brincadeiras, na segunda parte é a introdução a natação onde se é ensinado fundamentos do nado, flutuação, respiração, pernada, braçada e para finalizar as crianças ganham tempo livre para aproveitarem o tobogã e outras coisas que o local oferece. Enquanto as crianças fazem a atividade junto com o profissional de educação física, os pais ficam com o enfermeiro, no qual chamamos de grupo familiar que busca ouvir os pais a respeito do comportamento do filho, das melhoras que foram percebidas após o início das atividades no Capsi, ou esclarecendo as possíveis duvidas e como lidar com as situações nos ambientes onde a criança é inserida e convive. Considerações Finais: Coordenar uma oficina é instituir canais de troca e criar novos universos existenciais. Proporcionando a possibilidade e a produção de uma subjetividade que enriqueça, de modo contínuo, a relação da criança com transtorno mental com o meio social e familiar. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Saúde Mental; Serviços de Saúde Mental; Desempenho Psicomotor. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 BEZZERRA, JB, AMARANTE P. Psiquiatria sem hospício: contribuições ao estudo da reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro, 1992. 2 SILVA, ALS;MACHADO, AL. Reabilitação psicossocial: um desafio para a equipe multidisciplinar. Caminhando para a assistência integral. Ribeirão Preto, 1998. p. 131-44. 3 GRECO, M.G. Oficina: uma Questão de Lugar? In Oficinas Terapêuticas em Saúde Mental - Sujeito, Produção e Cidadania. Rio de Janeiro: Contracapa, 2004. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 71 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde OFICINA ESPELHO MEU: REFLEXOS NA AUTOIMAGEM DE USUÁRIOS DE UM CAPS AD Marlene Gomes Terra, Niúra Massario Dos Santos, Valquíria Toledo Souto, Lionara De Cássia Paim Marinho Resumo Introdução: As construções sociais do que é belo ou feio, certo ou errado, admirável ou passível de estigmatização regulam as relações das pessoas com o mundo. Na sociedade contemporâneaexistemvalores atribuídos à questão da imagem que acabam repercutindoem maiores frustações e sofrimento aos sujeitos que, sob alguma perspectiva, não se enquadram aos padrões e normas de conduta social.¹ Destacam-se nesse cenáriode exclusão os usuários de substâncias psicoativas, sujeitos que histórica e culturalmente possuem sua imagem atribuída a rótulos que os designam como “drogados feios, sujos e malvados”, e consequentemente, responsáveis pelos males da sociedade.²Objetivo:este trabalho tem como objetivo descrever o processo de ressignificação da autoimagem de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas (CAPS Ad)a partir da implementação de uma oficina denominada “Espelho meu”. Metodologia: trata-se de um relato de experiência acerca de vivências decorrentes da realização de uma oficina no CAPS Ad, com usuários, homens e mulheres, que demonstravam interesse em trabalhar questões relacionadas a autoimagem.Resultados e discussão:As oficinas ocorrem semanalmente buscando, por meio de uma abordagem dialógica e problematizadora, despertar nos usuários participantes a valorização de si, a desconstrução de estigmas internalizados e o resgate do autocuidado.A dialogicidade proposta nas oficinas buscainstigarum agir reflexivamente, e a conscientização sobre a capacidade de os usuários mudarem sua autoimagem, não no sentido de adaptarem-se aos padrões esperados pela sociedade, mas, sobretudo, de transformaçãodessa construção social.³ Além do compartilhamento de ideias por meio do diálogo, a oficina também possibilita momentos de autocuidado com o corpo físico (cabelos, mãos, pés, pele) e demais atividades sugeridas pelos usuários. Propostas como esta contribuem para a construção de uma noção de identidade, aumento da autoestimae integração social, além do incentivo a participação ativa no processo de tratamento e produção de saúde.4Considerações finais: percebe-se nessa oficina a possibilidade de contribuir para a construçãode novos significados que deem um sentido a vida desses usuários,um caminho para a mudança na representação que fazem de si mesmo, a fim de que possam se descrever com maior autoestima, menos sofrimento, e agir com autonomia. Contato: [email protected] 72 equip e coletividad e humanização social Descritores Saúde Mental; Transtornos relacionados ao uso de substâncias; Autoimagem. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Marcuzzo M,Pich S,Dittrich MG. A construção da imagem corporal de sujeitos obesos e sua relação com os imperativos contemporâneos de embelezamento corporal. Interface (Botucatu),Botucatu, dez 2012;16(43): 943-956. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832012000400007&lng=en&nrm=iso>. 2 Vedovatto SMA. Contrapondo o discurso midiático sobre drogas – nem tão feios, nem tão sujos, nem tão malvados: pessoas de bem também usam drogas! In L. M. B. Santos (Org.), Outras palavras sobre o cuidado de pessoas que usam drogas. Porto Alegre: Ideograf/Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul.2010. Disponível em:http://www.crprs.org.br/upload/edicao/arquivo48.pdf 3 Freire P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 47ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013. 4. Ronzani TM. Reduzindo o estigma entre usuários de drogas : guia para profissionais e gestores / Telmo Mota Ronzani, Ana Regina Noto, Pollyanna Santos da Silveira; colaboradores Ana Luísa MarlièreCasela – Juiz de Fora : Editora UFJF, 2014. 24 p. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 Os desafios de uma equipe multiprofissional na realização do teste rápido de HIV, Sífilis e Hepatite B: relato de experiência Ariele Do Amaral Simon, Vanessa Rauter De Oliveira, Luiz Felipe Bastos Duarte Resumo Introdução: A implantação dos testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatite C na atenção básicas é parte de estratégias do Ministério da Saúde para a ampliação e qualificação do diagnóstico dessas doenças. O aconselhamento é uma das etapas do teste rápido, composto por três itens: apoio emocional; apoio educativo, trata das trocas de informações sobre DST e HIV/aids, suas formas de transmissão, prevenção e tratamento; avaliação de riscos, que propicia a reflexão sobre valores, atitudes e condutas, incluindo o planejamento de estratégias de redução de risco². A história do aconselhamento e os desdobramentos do uso do teste para o HIV, ao longo dos anos, nos apontam para diversas e, muitas vezes, controversas posições concorrenciais no campo científico e da prática profissional. Dessa forma, “a realização do teste anti-HIV e do aconselhamento” convidamos a todos a uma reflexão sobre as relações de poder no exercício das nossas atividades, bem como sobre os sujeitos das nossas intervenções e as políticas públicas de saúde¹. Objetivo: O presente relato de experiência tem como objetivo discutir a atuação dos Residentes Multiprofissionais em Saúde Comunitária na realização do aconselhamento e testagem de HIV, Sífilis e Hepatite C. Metodologia: Os testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatite C são feitos por profissionais capacitados e que tenham regularização no conselho para realizar tal atividade. Além da testagem, os residentes multiprofissionais em saúde comunitária realizam o aconselhamento, que é dividido em pré-teste e pós teste. Os testes são realizados de acordo com a demanda do usuário, respeitando o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.. Considerações finais: Durante a realização das testagens e aconselhamento concordamos que para não sobrecarregar um único núcleo como responsável pela realização do teste rápido, esse, deve sim, ser realizado por qualquer profissional da equipe que esteja capacitado. Observamos que ao realizar o aconselhamento é necessário ter conhecimentos atualizados sobre DST e HIV/aids e, em especial, disponibilidade para: reconhecer suas próprias limitações e potencialidades, valorizar o conhecimento do usuário, o que pensa e sente, perceber suas necessidades, dar respostas a estas, e respeitar a sua singularidade.² social equip e coletividad e humanização Descritores Aconselhamento. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Ministério da Saúde. Aconselhamento em DST, HIV e Aids: diretrizes e procedimentos básicos. 2ª ed. Brasília;1998. 2 Ministério da Saúde. Manual de Aconselhamento em DST, HIV e aids – Diretrizes e procedimentos básicos. Brasil;2000. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 73 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde PERCENTUAL DE PORTADORES DE HIPERTENSÃO ACOMPANHADOS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Fernanda Rafaella Barbosa Dos Santos, Suely Paiva De Morais, Jéssica Pinheiro Carnaúba, Mariana De Sousa Farias Resumo Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados de pressão arterial (PA≥140x90mmHg). Associa-se, frequentemente, às alterações metabólicas e funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais1.A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle. A mortalidade por doença cardiovascular aumenta progressivamente com a elevação da PA. Os maiores índices de mortalidade estão presentes em populações pertencentes a países de baixo desenvolvimento econômico e mais da metade em indivíduos entre 45 e 69 anos2.Um dos públicos prioritários para atendimento pelas Equipes de Saúde da Família (EqSF) são os portadores de HAS. Para o desenvolvimento do presente estudo, considerou-se que o portador de HAS necessitaria realizar ao menos duas consultas anuais para ser considerado como “acompanhado pela EqSF”.Ao produzir a Sala de Situação em Saúde do território, os residentes em saúde da família obtiveram informações de grande relevância para o planejamento das ações em saúde, dentre elas: o baixo percentual de portadores de HAS acompanhados periodicamente pela EqSF. Objetivos: Produzir dados de saúde que norteiem as ações de saúde do território. Metodologia: Realizou-se o cálculo percentual de portadores de HAS do território acompanhados pelas EqSF através de coletas de dados com os Agentes Comunitários de Saúde, consolidados mensais de atendimento e consulta de prontuário. Resultados e discussão: Para obtenção do Percentual de Portadores de HAS Acompanhados na Unidade de Saúde,realizou-se o cálculo:424 (nº de portadores de HAS acompanhados) / 1016 (nº total de portadores de HAS) x 100 = 41,7%. Observou-se que o percentual de pessoas com hipertensão acompanhadas pelas EqSF pode ser considerado insatisfatório, visto que menos de 50% desta população realiza consultas periódicas.Tal dado de saúde nos alerta sobre a possibilidade dos pacientes não acompanhados pelas EqSF não estarem obtendo o controle satisfatório da PA e possuírem um fator de risco maior para o desenvolvimento de comorbidades relacionadas à HAS.Considerações Finais: O presente estudo destaca a importância da EqSF conhecer o perfil epidemiológico de sua população para nortear o planejamento e as ações de saúde do seu território. Contato: [email protected] 74 equip e coletividad e humanização social Descritores Hipertensão; Saúde da Família. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Sociedade Brasileira De Cardiologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 95, n. 1, p. 1-51, 2010. Suplemento 1. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 128 p. : il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37) educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PERFIL DOS PACIENTES ACOMPANHADOS EM UM PROJETO TERAPEUTICO SINGULAR Dolores Sanches Wünsch, Taline Cheron, Camila Heiden Glonek Junkes, Beatriz Paulo Biedrzycki, Lucas Miyake Okumura, Juliana Lammel Ricardi, Flávia Lago Dorneles Resumo Introdução: O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um movimento do processo terapêutico de indivíduos em situações de vulnerabilidade.(1) Ele atua num contexto multiprofissional, onde toda a equipe tem opiniões que são importantes para ajudar a entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, para definição de propostas de ação.(2) O conceito de vulnerabilidade, remete à ideia de fragilidade e de dependência,(3) o que implica em colocar o foco nas possibilidades políticas, sociais e individuais nas relações com o mundo e contextos de vida dos paciente atendidos pelo Projeto, para que assim, possamos produzir saúde.(4) Objetivo: Caracterizar a amostra dos pacientes selecionados para acompanhamento no PTS, de uma Residência Integral Multiprofissional em Saúde (RIMS) de um hospital público, situado no Rio Grande do sul, considerando seus dados sociais e clínicos. Métodos: Estudo descritivo, os sujeitos incluídos no estudo foram acompanhados no PTS no período de Julho de 2013 a Junho de 2015. Os dados foram coletados através do formulário de atendimento integral ao paciente RIMS, onde foram consideradas as seguintes variáveis: a descrição geográfica (território de origem), motivo e tempo da internação e número de reinternações. Os dados foram analisados de forma a explorar as caraterísticas dos sujeitos incluídos pela equipe multiprofissional. Resultados: Foram incluídos 10 pacientes para acompanhamento no PTS, 60% dos pacientes eram do sexo masculino, media de idade de 4 anos. 2 com residência em Porto Alegre, 02 no interior do estado e os demais eram procedentes da região metropolitana, e que representa 60% casos. Os diagnósticos e os motivos de internação foram: Amputação traumática, epilepsias, laringomalacia, displasias, encefalopatia, Síndrome de apert, doença de crohn, hérnia diafragmática, lúpus, HIV; e as internações recorrentes ocorreram com 03 pacientes. A média de tempo de internação foi de 170 dias. Conclusão: O estudo possibilitou caracterizar o perfil e os dados de internação dos pacientes, cujos contextos singulares e coletivos, são discutidos pela equipe multiprofissional da saúde da criança, no PTS, esse conhecimento é fundamental para o planejamento e organização de ações e co-responsabilidades no atendimento de suas necessidades em saúde. Os casos de internações recorrentes são justificados pelas demandas e agravamento do quadro clínico dos pacientes podendo a equipe multidisciplinar seguir acompanhando o caso. Contato: equip e coletividad e humanização social Descritores Condições Sociais; Saúde pública; Vulnerabilidade social. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Ministério da Saúde(BR). Humaniza SUS: Atenção básica. V.2. Brasília, 2010. 2 Ministério da Saúde(BR).Humaniza SUS: Clinica ampliada e compartilhada V.2. Brasília-DF, 2009. 3 Fonseca FF, Sena RKR, Santos RLAdos, Dias OV, Costa SM. As vulnerabilidades na infância e adolescência e as políticas públicas brasileiras de intervenção. Rev Paul Pediatr 2013;31(2):258-64. 4 Ayres JRCM et al. O conceito de vulnerabilidade e as práticas de saúde: novas e desafios. In: CZERESNIA, D. e FREITAS, C. M. (Org.). Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, p.117-40. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 75 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde PERFIL DOS USUÁRIOS DE UMA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL: AVALIAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR Juliano Rodrigues Adolfo, Carine Muniz, Barbara Kreibich Muller Haas, Fernanda Oliveira Ulguim, Tania Cristina Malezan Fleig Resumo Introdução: A atividade física tem efeitos benéficos e contribui para o decréscimo do risco de doenças cardiovasculares, podendo ser medido pela melhoria de diversas variáveis. Objetivos: Avaliar o perfil antropométrico para fatores de riscos cardiovasculares em usuários de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) no interior do Rio Grande do Sul, identificando possíveis correlações entre as variáveis analisadas. Metodologia: Estudo transversal descritivo, realizado com 74 usuários avaliados por profissional de Educação Física inserido na ESF, a partir do programa de Residência Multiprofissional em Saúde. As avaliações foram realizadas no período de outubro de 2014 a agosto de 2015, na inserção do profissional na unidade. Para avaliação antropométrica, foram utilizadas as variáveis de peso e estatura para o cálculo do índice de massa corporal (IMC), e circunferências da cintura e quadril para a relação cintura-quadril (RCQ), que associados são importantes preditores para riscos e comorbidades cardiovasculares. Resultados e discussão: A média de idade dos usuários foi de 47,76 ± 14,5 anos e predomínio do sexo feminino n=52 (70,3%). A análise de dados foi realizada por estatística descritiva, frequência e percentual. O IMC médio foi de 28,60 ± 5,0 Kg/cm2, sendo 77,1% (n=57), classificados com excesso de peso ou algum grau de obesidade. O RCQ evidenciou 36,5% (n=27) dos usuários com risco moderado e 56,7% (n=42) com risco alto ou muito alto. Houve correlação estatística significativa entre IMC e RCQ (r=0,394) e (p=0,001). Considerações finais: O perfil dos usuários avaliados remete a um elevado risco para comprometimento cardiovascular, observado nos resultados de IMC e RCQ, bem como sua correlação significativa. A partir dos resultados encontrados evidencia-se a necessidade de abordar estratégias de promoção da saúde que incentivem, estimulem e apoiem a prática de atividade física. Nesta perspectiva, a inserção do profissional de Educação Física é uma das estratégias para aumentar esta prática e minimizar os riscos ocasionados pelo sedentarismo, reforçando a importância do estilo de vida fisicamente ativo. social equip e coletividad e humanização Descritores Atividade física; Estilo de vida sedentário; Doenças cardiovasculares. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Pitanga, FJG. Epidemiologia da atividade física, do exercício físico e da saúde. 3. ed. São Paulo : Phorte, 2010. Contato: [email protected] 76 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PORTA DE ENTRADA AO SERVIÇO DE PSICOLOGIA EM UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: REFLEXÕES SOBRE O FAZER A PARTIR DA FORMAÇÃO EM SERVIÇO Mateus Augusto Pellens Baldissera, Fabiana Schneider, Viviane Vasconcellos Kulmann Resumo social equip e coletividad e humanização Referências 1 Franco TB, Bueno WS, Merhy EE. O acolhimento e os processos de trabalho em saúde: o caso Betim-MG. Cad Saúde Pública 1999 Abr-Jun; 15(2):345-353. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O presente resumo trata-se da experiência de profissionais e residentes do núcleo da psicologia que atuam em uma Estratégia Saúde da Família (ESF) de um município do Rio Grande do Sul. Este município possui cobertura de 100% de ESF e conta com psicólogo em todas as Unidades. Objetivo: Questionar as formas de acolhimento dos usuários de saúde mental pelo núcleo da psicologia. Metodologia: O agendamento para atendimento psicológico na atenção básica acontece por “lista de espera” e, muitas vezes, fica-se na dependência de encaminhamento médico, o que acaba gerando um longo período para que o usuário seja chamado, e também por entender que com o tempo as demandas psíquicas se esvaem/deslocam-se; quer dizer, quando um sujeito pede por atendimento existe algo de seu próprio desejo que precisa ser escutado nesta ocasião. Deste modo, criou-se o chamado “turno de acolhimento da psicologia”, onde os residentes disponibilizam um turno semanal para tal escuta. Qualquer membro da equipe pode indicar aos usuários este espaço, além de recebê-los por livre demanda. Para a organização do trabalho foi criado um protocolo de registros, que é composto por dados gerais do paciente, informações sobre tratamentos anteriores, uso de medicamentos, histórico de transtorno mental na família, espaço para genograma e encaminhamento efetuado. O uso deste protocolo nos dá a possibilidade de registro epidemiológico em saúde mental. Resultados e discussão: Foi possível verificar que, em três anos de instituição desta ferramenta, houve um aumento significativo na procura pelo referido serviço: 2013: 50 usuários, 2014: 54 usuários e até agosto de 2015: 63 usuários. Os seguintes fatores em análise são hipóteses para o aumento substancial da demanda: a incorporação de residentes da psicologia na ESF ampliou as possibilidades de acesso; mudanças de profissionais (principalmente médicos) na equipe; e muitos encaminhamentos avaliados como desnecessários via escola. Conclusão: A partir de tais dados foi possível constatar que: a saúde mental na ESF está centrada no núcleo da psicologia; há urgência em estabelecer relações mais próximas com a escola, incluindo atividades de educação em saúde; há necessidade de organizar o acolhimento multiprofissional, já que é tecnologia fundamental de porta de entrada à ESF, a fim de ampliar resolutividade e evitar encaminhamentos desnecessários1 e é preciso repensar ações de educação permanente no que se refere à saúde mental para a equipe. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 77 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM TUBERCULOSE Luciana Barcellos Teixeira, Josiane Dos Santos, Mariana Gunther Borges, Priscilla Rocha Da Fonseca, Denise Gomes Resumo A integralidade em saúde é um dos princípios fundamentais do SUS. A partir dessa concepção a residência multiprofissional busca romper com práticas segmentares e fragmentadas do cuidado em saúde. O programa de residência em saúde coletiva é um importante dispositivo de formação de trabalhadores para o SUS, ao pensar a integralidade do cuidado como principio norteador de suas praticas. Dessa forma, esse trabalho traz o relato da inserção de profissionais de serviço social, biologia e biomedicina em um centro de referencia de tuberculose (CRTB). Objetiva-se compartilhar experiências sobre a atuação de residentes em saúde coletiva em um centro de referência de tuberculose, na perspectiva da integralidade do cuidado. As atividades foram desenvolvidas em um centro de especialidade, cujo trabalho era centralizado na doença, desconsiderando o conceito ampliado de saúde. Dessa forma, os residentes buscaram romper com práticas fragmentadas ao trazer a concepção de um cuidado integral ao usuário. Nessa perspectiva, desenvolvemos atividades de fortalecimento da rede de apoio formal e informal, tendo como estratégia potencializar as reuniões de equipe com a presença da rede intersetorial, contribuindo para uma visão totalizante do processo saúde-doença, envolvendo os dispositivos sociais da rede para o tratamento da tuberculose. A partir disso, introduzimos na equipe o conceito do projeto terapêutico singular, colocando o usuário no centro do cuidado, e como sujeito ativo do seu tratamento. Percebemos que se iniciou uma mudança na postura da equipe perante os sujeitos, visualizado através de um maior interesse pelas demandas do usuário, bem como indicios de uma integração maior entre a equipe, ao se reconhecer como equipe que produz saude em uma perspectiva também de promoção. Há também uma confiança maior da equipe com a rede de apoio e interesse em atividades que visam uma totalidade no olhar sobre o atendimento ao usuário. Constata-se que falta capacitação formativa para entender as diferentes complexidades dos usuários, discutir os determinantes sociais de saúde e assim alcançar a integralidade em uma perpectiva totalizante do cuidado em saúde. A partir da experiência compartilhada, considera-se a residencia em saude coletiva um importante dispositivo de educaçao permanente, não só para os residentes, mas para a equipe do campo de prática. Referências ALVES et al. Grupo terapêutico: sistematização da assistência de enfermagem em saúde mental. Texto contexto - Enferm. 2004. 13 (4):625-632. Contato: [email protected] 78 social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores 1 CLOSS, T. T. Inserção do Serviço Social nas residências multiprofissionais em atenção básica: formação em equipe e integralidade. In: BELLINI, M. I. B.; CLOSS, T. T. (Org.). Serviço social, residência multiprofissional e pós-graduação: a excelência na formação do assistente social. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012. 2 BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília, 2006c. (Série B. Textos Básicos de Saúde) . 3 _____. Ministério da Educação e Ministério da Saúde. Portaria nº 45 de 12 de janeiro de 2007. Dispõe sobre a Residência Multiprofissional em Saúde e a Residência em Área Profissional da Saúde e institui a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília/ DF, 2007. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PRINCIPAIS TIPOS DE MAUS TRATOS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES - SOB A ÓTICA DA ODONTOLOGIA Priscilla Lesly Perlas Condori , Renata Cristina Soares, Beatriz Helena Sottile França, Marilene Da Cruz Magalhães Buffon Resumo Maus Tratos é um termo diagnóstico que descreve uma variedade de comportamentos que se estendem desde uma disciplina severa até uma tortura repetitiva e intencional. Trata-se de um fenômeno complexo resultante de uma combinação de fatores individuais, familiares e sociais1.O objetivo foi identificar os principais tipos de violências contra crianças e adolescentes e suas características. Trata-se de uma revisão sistemática, onde foram consultadas as bases Pub Med e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/BIREME). Foram coletados 63 artigos dos quais 25 foram selecionados. Descritores :”violência doméstica”, “maus tratos infantis e a Odontologia” . O banco de dados foi elaborado em tabela Excel. Feita a análise dos 25 artigos selecionados foram criadas 104 abreviaturas para cada lesão física encontrada, por meio do cálculo percentual foram identificadas as lesões mais prevalentes dentre elas os grupos A, B, C. O grupo A com índice de 33,33% foi o que mais se destacou no presente estudo. Os indicadores presentes neste grupo são: representando maus tratos físicos; Fratura Dental (FD), Hematomas (Hm), Queimaduras na pele (Q). Como indicadores de maus tratos sexuais estão a Gonorreia (Go),Condiloma acuminado (Ca) e Sífilis (S). O grupo B com índice de 29,17% apresenta como indicadores: Laceração de Freio Labial (Lfl1), Laceração de freio lingual (Lfl2), Queimaduras de cigarro na pele (QcPe) O grupo C apresentou um índice de 25% tendo como indicador Laceração de Palato (LP),Perda precoce de dentes (PPD) e Petéquias no palato (PTP)2,3,4. Foi observado que há uma variedade de lesões encontradas no campo de atuação do Cirurgião Dentista, devendo o profissional ficar atento a estes sinais frente a suspeitas de maus tratos em crianças e adolescentes. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade 1 Cavalcanti AL. Abuso infantil: protocolo de atendimento odontológico. RBO. 2001,58(6):378-380. 2 Vieira ELR.;Katz CRT.;Colares V.Indicadores de Maus Tratos em Crianças eAdolescentes para uso na Prática da Odontopediatria.Odontologia Clin-Scientifc.2008,7(2):113-118. 3 Chaim LAF. Manual de Prevenção dos Maus Tratos Infantis para Cirurgiões-Dentistas. [acessado 2012 out].Disponível em:http://dr.chaim.com.br/dr-chaim. 4 Santos JF.;Nunes KS.;Cavalcanti AL.;Silva&Edméia.Maus Tratos Infantis:Conhecimentos e Atitudes de Odontopediatras em Uberlândia e Aguari Pesq Bras Odontoped Clin Integr .2006,6(3):273-279 Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 79 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR NA ATENÇÃO HOSPITALAR: UM DESAFIO PARA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE Caroline Figur Dos Santos, Larri Padilha Viega, Andreia Engel Bom, Estela Beatriz Behling, Maite Telles Dos Santos, Marcelino Oliveira Cazé, Raquel D’Agostini Silva Resumo Introdução: O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para o indivíduo ou coletivo, resultado da discussão de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário1. Geralmente é dedicado a situações complexas e é bastante utilizado na atenção primária, especialmente na saúde mental. Objetivos: Descrever a experiência da implementação do PTS em âmbito hospitalar. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, crítico e reflexivo baseado na experiência de residentes, preceptores e tutores de uma Residência Multiprofissional em Onco-Hematologia. Resultados e discussão: Os encontros do PTS foram realizados semanalmente, incluindo profissionais das áreas de enfermagem, farmácia, nutrição, psicologia e serviço social. Os critérios de escolha dos pacientes basearam-se em suas vulnerabilidades e consequentes demandas para a equipe. Após a seleção do paciente, coletaram-se dados de interesse das profissões. Foram confeccionados cartazes utilizando papel pardo e canetas coloridas com os dados de identificação do paciente, estrutura familiar, genograma, fatores de risco e proteção, em que foram destacadas demandas com necessidade de resolução iminente. Além disso, foram elaboradas linhas do tempo com os principais aspectos da história clinica e tratamento do paciente. As informações foram reavaliadas semanalmente e os encaminhamentos retomados nas semanas subsequentes. A principal limitação encontrada foi a formação acadêmica uniprofissional da equipe. Estudos evidenciam que deve ser dada maior atenção à comunicação e integração entre a equipe, à construção de espaços multidisciplinares nos serviços de saúde e à formação acadêmica voltada para uma abordagem integral do paciente. Considerações Finais: A realização do PTS promoveu uma mudança de paradigmas da equipe multiprofissional, estimulando a tomada de decisões em conjunto visando melhorar a abordagem assistencial ao paciente. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Assistência integral à saúde; Humanização da Assistência Hospitalar. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2008. Contato: [email protected] 80 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PROJETOTERAPÊUTICO SINGULAR NO ÂMBITO HOSPITALAR: UMA EXPERIÊNCIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA José Henrique Linhares, Vicente De Paulo Teixeira Pinto, Michelle Alves Vasconcelos Ponte, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares De Mesquita, Maria Do Patrocínio Barros Neta, Karla Orlany Alves Costa Gomes Contato: [email protected] social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Resumo Introdução: A residência multiprofissional em saúde, de acordo com a Portaria Interministerial nº 1.077, é uma modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu destinada às profissões da área da saúde1. A atuação multiprofissional pressupõe a vivência de um profissional se reconstruir na prática do outro, ambos sendo transformados para a intervenção na realidade em que estão inseridos2. O Projeto Terapêutico Singular (PTS), como um dispositivo do Sistema de Único de Saúde encontrado na política de Humaniza - SUS visa resgatar a necessidade individual de cada usuário, a singularidade, como o contexto social, cultura e econômico que o individuo está inserido, fortalecendo a apropriação do conhecimento da multiprofissionalidade no âmbito do SUS, ressaltando a importância de adotar essa estratégia como prática a ser incorporada na rotina dos serviços de saúde hospitalar, por parte dos gestores, profissionais de saúde, bem como pesquisadores, a partir de uma reflexão teórica do tema3. Cabe ao profissional responsável por cada caso clínico ou sanitário, construir um novo modo de agir com base tanto no saber estruturado, quanto também no diagnóstico da situação específica e em valores do sujeito ou da cultura, e a elaboração do PTS4. Possibilitando a familiar uma autonomia do cuidado com esse paciente, pois o exercício da autonomia está intrinsecamente ligado à totalidade do processo de vida dos sujeitos, refletindo o grau de auto-organização nele existente5. Objetivo: Descrever a experiência vivida pela equipe da Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência (RMUE) na construção do PTS. Metodologia: Estudo descritivo, tipo relato de experiência. Resultados e discussão: O PTS foi realizado num paciente neurológico, com TCE, HIV +, traqueostomizado, sonda nasogástrica e fratura de mandíbula. Após dois meses de internação, o paciente evoluía em estado estável, precisando de desospitalização, pois na visão multidisciplinar o ambiente domiciliar não seria o ideal, devido ao risco de infecção por tempo de internação e as comorbidades relacionadas. Buscando a autonomia do paciente, da família, da equipe local de saúde e do gerenciamento da doença, pode-se compreender uma visão de forma multiprofissional da doença, socializando o conhecimento dessa estratégia na assistência hospitalar. Pode-se perceber que o PTS teve relevância para que fosse possível a desospitalização do paciente com todas suas etapas seguidas, proporcionando uma maior autonomia aos cuidadores e despertando na equipe o entendimento da necessidade de buscá-lo como estratégia a ser adotada a pacientes hospitalizados. E estimula a criação de vínculo e afeto com os usuários do serviço de saúde, ampliando assim a eficácia das ações de saúde, favorecendo a participação da família no cuidado, articulando saberes, práticas e conhecimentos, possibilitando a inserção do usuário em seu próprio meio. Possibilitando, ainda, esclarecimentos em relação à qualidade do serviço oferecido, favorecendo a avaliação crítica do tratamento recebido por parte do usuário e de seus familiares. Considerações finais: A construção do PTS foi uma experiência nova, contribuindo para uma desospitalização integral, compreendendo o sujeito portador da doença e sua relação com esta, e definindo propostas de ações pautadas na sua singularidade. Pensar no cuidado em saúde envolve pensar na integralidade do sujeito, do ambiente e das relações, com isso compromete-se com o cuidado em saúde e permite uma nova forma de organização da assistência por toda a equipe, um desafio de ir além das práticas transformadoras do modelo assistencial. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 81 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR PARA PACIENTE COM SÍNDROME DE APERT: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM CASO COMPLEXO Dolores Sanches Wünsch, Renata De Sá Teixeira, Tatiane Alves Vieira, Natalia Marcolin, Beatriz Paulo Biedrzycki, Elisiane Do Nascimento Da Rocha, Lucas Miyake Okumur Resumo Introdução: A Síndrome de Apert é uma doença genética de herança autossômica dominante, porém, a grande maioria dos casos ocorre por mutação espontânea(1). Considerada rara, esta doença exige inúmeros cuidados em saúde e intervenções terapêuticas e requer a atenção de uma equipe multiprofissional. O Plano Terapêutico Singular (PTS)(2) é um conjunto de condutas terapêuticas articuladas para um sujeito, resultado da discussão coletiva de uma equipe. No contexto hospitalar, tem sido utilizado como estratégia para discussão, visando a resolução de casos complexos na assistência à saúde de crianças e famílias em situações de vulnerabilidade e inseridos no Sistema Único de Saúde. Objetivo: Relatar a experiência de uma equipe multiprofissional em saúde na construção do PTS de um paciente pediátrico com Síndrome de Apert. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em um hospital geral universitário localizado no sul do Brasil. Foram realizados encontros semanais para discussão do caso, visando alinhar os objetivos terapêuticos a curto e longo prazo, utilizando um roteiro sistematizado elaborado pela equipe, o Formulário de Atendimento Integral de Paciente. Resultados: Paciente do sexo masculino, lactente, possui diagnóstico de Síndrome de Apert, apresenta cranioestenose, hipertelorismo, exorbitismo, fenda palatina, sindactilia em mãos e pés e espinha bífida. Bem como, tem necessidade de oxigenoterapia, traqueostomia e gastrostomia. A equipe multiprofissional identificou fatores protetores: cuidados e vínculo da mãe com a criança, reestruturação da rede familiar, aspectos positivos do serviço na assistência à saúde do paciente, e vínculo com a equipe multiprofissional. Os fatores de vulnerabilidade identificados foram: a doença crônica, instabilidade no quadro clínico, complexidade de cuidados, procedimentos diagnósticos e terapêuticos que precisa ser submetido, dependência de dispositivos tecnológicos, frágil suporte financeiro e de rede familiar, ausência de suporte da rede intersetorial e as lacunas nas políticas de saúde para suporte ao atendimento à criança e família em situações de vulnerabilidade. Considerações finais: Verifica-se que a proposta do PTS para este caso complexo contribuiu positivamente para a identificação das necessidades de saúde do paciente e família, possibilitando a definição de metas e planejamento das intervenções. Acrocefalossindactilia; Integralidade em Saúde. Contato: [email protected] 82 equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Rynearson RD. Case Report: Orthodontic and Dentofacial Orthopedic Considerations in Apert’s Syndrome. Angle Orthodontist, 70(3), 2000. 2 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular. 2ª edição, Brasília - DF, 2007. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR: UM INSTRUMENTO DE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR Daniel Tietbohl Costa, Mariana Martini, Renata de Sá Teixeira, Natalia Marcolin, Juliana Lammel Ricardi, Elisiane do Nascimento da Rocha, Vera Lúcia Bosa Resumo Introdução: O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um processo de construção coletiva envolvendo a equipe de saúde e o paciente em torno de uma situação de interesse comum. No cotidiano das experiências desenvolvidas em torno dessa temática, constata-se que o PTS tem sido utilizado como estratégia para discussão em equipe, visando a resolução de casos muito complexos(1). A singularidade é a razão de ser do projeto terapêutico, pois em função de um sujeito singular e junto com ele, é determinada a ação de saúde a ser ofertada para alcançar o objetivo de produzir saúde(2). Desse modo, olhar as situações de vulnerabilidades de crianças e adolescentes implica em pôr em foco as possibilidades políticas, sociais e individuais expressas por eles e suas famílias, em suas relações e nos seus contextos de vida. Objetivos: Identificar as situações de vulnerabilidades de crianças e adolescentes selecionados para acompanhamento no PTS, de uma Residência Integrada Multiprofissional em Saúde em um hospital público situado no Rio Grande do Sul. Métodos: Estudo transversal descritivo, realizado em uma Unidade de Internação Pediátrica (UIP). Os sujeitos incluídos no estudo foram acompanhados no PTS no período de Julho de 2013 a Junho de 2015. Os dados foram coletados utilizando-se um instrumento de coleta de dados (Formulário de Atendimento Integral de Paciente). Foram realizadas reuniões semanais de equipe multiprofissional para discussão dos pacientes e identificação de vulnerabilidades. Consideraram-se as vulnerabilidades a partir de três categorias: individuais, sociais e programáticas. Resultados: A amostra foi constituída por dez situações singulares de crianças e adolescentes que estiveram internados na UIP. As situações de vulnerabilidades identificadas foram: Individuais, correspondendo a 60% da amostra, considerando-se como vulnerabilidades a dificuldade de compreensão de diagnóstico, a má adesão ao tratamento e sofrimento psíquico; Sociais, correspondendo 90%, sendo considerado como vulnerabilidade a baixa renda e ausência de suporte da rede familiar; e Programáticas, que correspondeu a 60% da amostra, considerando-se como vulnerabilidade a ausência de suporte da rede intersetorial e violação dos direitos. Considerações finais: A identificação das vulnerabilidades por meio do projeto terapêutico possibilitou delimitar as necessidades de saúde complexas de cada paciente e família, e delinear em curto, médio e longo prazo as intervenções necessárias. social equip e coletividad e humanização Descritores Condições Sociais; Saúde pública; Vulnerabilidade social. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Oliveira GN. O projeto terapêutico singular. In: Guerreiro AP, Campos GWS, (Org.). Manual de práticas de atenção básica à saúde ampliada e compartilhada. 1. ed. São Paulo: Aderaldo e Rothschild (Hucitec), (1) 283-297, 2008. 2 Silva ALA, Fonseca RMGS. Processo de trabalho em saúde mental e o campo psicossocial. Rev. Latino-am. Enfermagem, Ribeirão Preto, 13(3) 441-9, jul/agos, 2015. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 83 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde PROMOÇÃO DO CUIDADO INTEGRALIZADO: ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONALNA ATENÇÃO A SAÚDE DA GESTANTE NO PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO Cecilya Mayara Lins Batista, Daniella Cristina De Sá Carneiro Costa Linhares, Jamila Silva De Sousa Paulino, Fabiana Lima Silva, Denise Soares De Almeida, Myrna Raquel Agra Sousa Resumo A gravidez e puerpério, para a mulher, consiste em um momento de alterações hormonais, físicas e psicológicas, tornando-se um período vulnerável à ocorrência de crises. Mediante este contexto de modificações intrapsíquica e interpessoal, faz-se necessário e importante a realização de um cuidado integral a mulher durante o ciclo gravídico puerperal. Desta forma, a equipe da residência multiprofissional em assistência materno-infantil, de um hospital universitário do Rio Grande do Norte, desenvolve ações de educação em saúde voltadas as gestantes e puérperas acompanhadas nas dependências do hospital e fora dele, junto a rede de atenção primária do município. Neste sentido, a equipe de profissionais composta por psicólogo, assistente social, farmacêutico, nutricionista, fisioterapeuta, odontólogo, e enfermeiro faz uso de metodologias participativas de educação em saúde de cunho preventivo, educativo e terapêutico. As intervenções são planejadas e executadas de maneira multidisciplinar, na perspectiva da interdisciplinaridade para a promoção do cuidado integral. Assim sendo, as referidas ações são realizadas por meio de encontros semanais. São utilizadas como principais estratégias de intervenção as atividades lúdicas e dinâmicas, haja vista, que possibilitam um espaço de expressão de sentimentos, acolhimento e escuta, de maneira que as auxiliam na compreensão dos aspectos relacionados a gravidez e ao puerpério. Toda a equipe interage com as usuárias, na busca de compreender as implicações clínicas e obstétricas de cada uma, favorecendo assim o cuidado integralizado. Percebemos que a partir dessas ações desenvolvidas, as mulheres se adaptam melhor às alterações que ocorrem na gestação, bem como no puerpério, tendo em vista que as auxiliam na identificação dessas modificações, buscando prevenir intercorrências durante ou após esse processo. Além disso, as intervenções possibilitam a percepção de situações específicas e de encaminhamentos aos serviços especializados no ambulatório do hospital. Conclui-se que as ações da equipe favorecem às gestantes/puérperas uma melhor compreensão da dinâmica do ciclo gravídico puerperal e contribuem para a promoção da atenção integral à saúde da mulher e à construção de um modelo assistencial no pré-natal e puerpério cada vez mais humanizado e qualificado, como preconizado pelas políticas públicas de saúde. Contato: [email protected] 84 equip e coletividad e humanização social Descritores Gestantes; Assistência Integral à Saúde; Equipe Interdisciplinar de Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Antônio FM, Fátima FB, João BF, Mary UM, Renato MS, Rosiane M. Psicologia na prática obstétrica: abordagem interdisciplinar. Barueri, SP: Manole; 2007. 2 Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Saúde. Gestão participativa e cogestão. Brasília: Ministério da Saúde (MS); 2009. 3 Maia EMC, Oliveira LCB, Gomes CC, Ferreira CL, Mata ANS. Psicologia, Saúde e Desenvolvimento. Humano. 1. ed. Natal: EDUFRN; 2012. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 REFLEXÕES ACERCA DO AUTOCUIDADO: A BUSCA PELA DUPLA INDEPENDÊNCIA Hugo Belini Sá Freire Santos Batista, Silvia Regina de Mesquita Hubner Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade A Unidade de Reabilitação Infantil é um setor onde a fisioterapeuta Silvia Hubner, junto a alunas, desenvolve trabalho com crianças cujo sistema motor-cognitivo se encontra comprometido, muitas vezes, por complicações na gestação e/ou parto. Essas crianças são levadas pelas suas respectivas mães que as aguardam até o término das sessões de fisioterapia. Sabe-se que a figura da mãe (e/ou de outras figuras parentais) é importante para o desenvolvimento psicológico e sociocultural da criança, bem como para sua independência. Em vista disso a atuação dos residentes no setor foi solicitada pela fisioterapeuta a fim de que fosse realizado um trabalho com essas mães. Estas frequentemente se sentem responsabilizadas pela condição na qual seus filhos se encontram e, por isso, acabam por esquecer de sua saúde, para resgatar a visão sobre si e seu bem-estar.Para trabalhar com este público-alvo, a metodologia utilizada foi um grupo focal com os responsáveis presentes, problematizando questões pertinentes a eles, tirando o foco das crianças. Resultados positivos foram verificados junto a estes responsáveis, pois estes começaram a problematizar questões outras, não relativas às crianças. Sobretudo, foi possível verificar que as questões relacionadas à saúde das mães, antes deixadas de lado, tomaram destaque e, com o grupo, reforçou-se a ideia da prevenção. É possível inferir que a implementação deste projeto no setor acarretou uma reflexão no processo de autocuidado dessas mães. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 85 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde REGULAÇÃO DA FILA DE ESPERA PARA AMBULATÓRIO DE PSICOLOGIA COMO ATRIBUIÇÃO DO PSICÓLOGO DO NASF: RELATO DE EXPERIÊNCIA Cristiane Aragão Santos, Ana Paula Ferreira Gomes Resumo Descritores Atenção Primária à Saúde; Psicologia; Saúde Mental. Contato: [email protected] 86 equip e coletividad e humanização social Referências 1 Chiaverini DH (org). Guia Prático de Matriciamento em Saúde Mental. Brasília: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva; 2011. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O atendimento às demandas de Saúde Mental (SM) apresenta-se como desafio para os profissionais da Atenção Básica (AB). Diante de questões relacionadas ao sofrimento emocional, é prática comum o encaminhamento de usuários aos serviços especializados, muitas vezes, sem necessidade. Frente ao número de usuários em fila de espera para atendimento ambulatorial de Psicologia, problematizou-se a necessidade de reavaliar e investigar a atual demanda para este serviço. Objetivo: Relatar a experiência de qualificar e regular a demanda para atendimento psicológico ambulatorial, considerando as necessidades dos usuários e as possibilidades dos diferentes pontos da Rede de Atenção à SM. Metodologia: Os Agentes Comunitários de Saúde de três Unidades de Saúde da Família (USF) realizaram busca ativa dos usuários que aguardavam atendimento no Ambulatório de Psicologia. Aqueles que evidenciaram não precisar mais do atendimento, por já terem resolvido a queixa, foram retirados da fila. Os usuários que permaneciam com queixas foram avaliados na USF pela Psicóloga do NASF ou Psicólogas Residentes, sendo utilizado critérios de encaminhamento pré-estabelecidos pelo ambulatório de referência. Resultados e discussão: Os usuários que aguardavam vaga para o Ambulatório de Psicologia foram avaliados. 26% foram mantidos na fila para atendimento; 16% tiveram o atendimento priorizado ou foram encaminhados para outro serviço da rede; e, 58% foram retirados da fila. O levantamento das demandas dos usuários possibilitou melhor encaminhamento de suas necessidades. Após avaliação, averiguou-se que alguns apresentavam necessidade de permanência na fila de espera, sendo que parte destes teve o atendimento priorizado. A maioria dos usuários foi retirada da fila, visto não necessitarem mais do serviço. Alguns casos apresentavam demanda para outros serviços, sendo este cuidado articulado pelas profissionais. Considerações Finais: A regulação da fila de espera ambulatorial mostra-se de extrema importância, tendo em vista que é uma estratégia de ação matricial do psicólogo do NASF. Tal estratégia possibilita: identificar situações relacionadas ao cuidado em SM na AB; desvelar a realidade das práticas; evidenciar facilidades e dificuldades vividas pelos profissionais. Assim, afirma-se a importância do psicólogo como agente de apoio na potencialização da autonomia e da segurança dos profissionais na definição de condutas e compartilhamento do cuidado no âmbito da SM. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DE EDMONTON (ESAS-r) EM UM AMBULATÓRIO DE CUIDADOS PALIATIVOS Nathália Moreira Albino, Luan Augusto Alves Garcia, Letícia Andrade Silva, Raquel Lima Dornfeld Resumo Introdução: a escala de avaliação de sintomas de Edmonton (ESAS-r) é um instrumento adaptado do Instrumento ESAS desenvolvido no Canadá em 1991 para rastrear e monitorar sintomas em pacientes oncológicos em Cuidados Paliativos (CP). A versão revisada traz a avaliação por intermédio da combinação de nove sintomas e é graduada de zero a 10, em que zero representa a ausência do sintoma e 10 representa o sintoma em sua mais forte manifestação. Objetivo: relatar os resultados obtidos na aplicação do instrumento ESAS-r em pacientes atendidos num Ambulatório de CP por uma equipe de Residência Multiprofissional em Saúde. Metodologia: as consultas do Ambulatório CP aconteciam uma vez por semana atendendo em média três pacientes e era direcionada por equipe Multiprofissional composta pelas profissões: medicina, enfermagem, fisioterapia, psicologia, serviço social, terapia ocupacional, educação física, nutrição e fonoaudiologia. Antes da consulta médica os profissionais de enfermagem realizavam consulta de enfermagem onde aplicavam o questionário com os pacientes ou acompanhantes/ familiares. Resultados: foram aplicados 23 instrumentos num total de 15 pacientes, sendo oito homens e sete mulheres com idade média de 65 anos. O sintoma ansiedade foi referido em 17 avaliações (com média de escore 5,11), apetite e bem-estar em 14 avaliações (média de 6,14 e 5,07 respectivamente), cansaço em 11 avaliações (média 6,63), depressão em 10 avaliações (média 4,9), dor e sonolência em nove avaliações (médias 5,44 e 4,55 respectivamente), obstipação intestinal em seis avaliações (média 4,33), náusea e diarreia em quatro avaliações (médias 5,25 e 7,75) e falta de ar em uma avaliação com escore de 5. Discussão a média de escore mais elevada foi do sintoma diarréia (7,75), apresentando percentual de frequência absoluta pequeno aos demais sintomas e a média de escore menor foi do sintoma obstipação intestinal (4,33). Estes resultados vêem de encontro ao que a literatura já constata que os pacientes em CP comumente apresentam inapetência, desinteresse e recusa dos alimentos de maior preferência. Consequentemente apresentam baixa ingesta alimentar, perda ponderal de peso e os medicamentos podem apresentar efeitos colaterais como náusea, vômitos e diarreia. Considerações Finais: a ESAS é uma escala que permite conhecer os sintomas apresentados pelos entrevistados, contribuindo de forma positiva no planejamento de ações específicas e individualizados aos pacientes em CP. Contato: equip e coletividad e humanização social Descritores Cuidados paliativos; Escalas; Assistência terminal. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Monteiro DS, Kruse MHL, Almeida MA. Avaliação do instrumento Edmonton SymptomAssessment System em cuidados paliativos. Rev Gaúcha Enferm 2010 dez; 31(4):783-93. 2 Monteiro DR. Tradução e adaptação transcultural do instrumento Edmonton SymptomAssessmentSystempara uso em cuidados paliativos. Porto Alegre. Dissertação [Mestrado em Enfermagem] – Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2012. 3 Silva CF, Souza DM, Pedreira LC, Santos MR, Faustino TN. Concepções da equipe multiprofissional sobre a implementação dos cuidados paliativos na unidade de terapia intensiva. Cie Saúde Col 2013 mai; 18(9):2597-2604 V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 87 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde RELATO DE EXPERIÊNCIA DE OFICINAS REALIZADAS COM FAMILIARES EM UMA UTI PEDIÁTRICA Lara Suzane Weber, Maira Rafaela Röhrig Da Costa, Millene Peduce, Silvia Brasilina De Souza Aranha, Jane Iândora Heringer Padilha Resumo Introdução: Entende-se que o período de internação de crianças em ambientes de UTI provoca diversos movimentos no âmbito familiar. Nesse sentido, os acompanhantes das crianças internadas passam por momentos de muito sofrimento1. Atividades desenvolvidas através de espaços de encontro e de escuta que envolvem um coletivo de pessoas podem colaborar para a identificação das demandas trazidas pelos usuários2. Considerando esse contexto, este relato visa apresentar a experiência de oficinas desenvolvidas com familiares em uma UTI Pediátrica de um hospital público de Porto Alegre/RS por integrantes de um programa de residência multiprofissional em saúde, no de ano de 2014. Objetivo: O objetivo foi criar um espaço para compartilhar angústias e/ou experiências vivenciadas, bem como produzir outras possibilidades de cuidado com os familiares. Metodologia: O espaço ocorreu com frequência semanal, sendo que cada encontro se iniciava com alguma proposta de atividade, seguida por um momento de relaxamento. O relaxamento foi realizado por meio de técnicas de alongamentos, percepções respiratória e corporal. As oficinas foram coordenadas por residentes de diferentes categorias profissionais, supervisionadas pelos preceptores do setor, com a proposta de intervenção interdisciplinar e metodologia participativa, na qual os familiares tinham a possibilidade de sugerir atividades e temas para estes momentos. Resultados e discussão: Observou-se que a participação dos familiares se relacionava ao momento vivenciado no setor da UTI. Aqueles que demostraram resistência em participar dos encontros foram os mesmos que os filhos estavam enfrentando alguma intercorrência clínica mais severa. O espaço das oficinas permitiu a aproximação da equipe com os familiares, favorecendo o acompanhamento posterior. Também promoveu vínculo entre os familiares identificados pelo momento vivenciado, que passaram a se reconhecer enquanto rede de apoio. Considerações finais: A existência de espaços em que se propõe a escuta e o compartilhamento de vivências pelos familiares em um ambiente de UTI pediátrica potencializa a relação estabelecida com a equipe, além de contribuir para construção de uma rede de apoio entre os familiares que estão passando por situações semelhantes. O espaço de oficinas é visto como um momento de cuidado e relaxamento para os cuidadores durante a permanência destes com os filhos hospitalizados. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Silva RC, Sampaio J, Ferreira A, Neto F, Pinheiro P. Sentimentos das mães durante a hospitalização dos filhos: estudo qualitativo. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped.v.10, n.1, p 23-30, 2010. 2. Magalhães SM. Avaliação e linguagem: relatórios, laudos e pareceres. São Paulo /Lisboa: Veras/CPIHTS, 2003. Contato: [email protected] 88 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS NO ATENDIMENTO AO PACIENTE EM CUIDADOS PALIATIVOS Ana Carolina Zanchet Cavalli, Ana Paula Padilha, Paola Nunes Goularte Resumo Introdução: O ambiente escolar é percebido como um espaço privilegiado no desenvolvimento de ações de educação em saúde. A escola quando promotora de saúde tem o papel fundamental no incentivo do desenvolvimento infantil saudável. Neste contexto o programa saúde na escola (PSE) contribui para a formação dos estudantes por meio de ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos e atenção à saúde, visando o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento. O PSE contempla uma fase inicial de diagnóstico, seguida por ações de promoção à saúde, monitoramento e avaliação, visando sempre à integração e articulação permanente das secretarias de educação e da saúde. Objetivo: Relatar a experiência de uma atividade de educação em saúde em uma escola municipal do sul do Brasil, desenvolvida pela equipe de Residência Multiprofissional em saúde da família. Metodologia: A Atividade realizada faz parte de um bloco de atividades de promoção à saúde, sendo estas mensais, totalizando cinco encontros, abordando diversos temas relacionados à saúde. A atividade foi realizada com aproximadamente 1400 alunos da escola, com idade de 5 a 11 anos. O título da atividade foi “de onde vêm os alimentos”. Utilizou-se metodologia lúdica, em que os estudantes tinham seus olhos vendados e deveriam descobrir o alimento em questão, por meio dos sentidos (olfato, paladar e tato). Em sequência foi questionada procedência dos alimentos na natureza. Após a atividade lúdica, discutia-se com os escolares a importância de se consumir os alimentos da forma mais natural possível e entregava-se uma muda de alface, doada pela Secretaria municipal da agricultura, para plantio em casa com a família. Resultados: Na realização da atividade as crianças demonstraram interesse e curiosidade, apesar da dificuldade em acertar os alimentos e sua origem. Notou-se também que o corpo docente e a equipe pedagógica sentiram-se estimulados e motivados a trabalhar o tema, apoiando a realização da atividade. Considerações finais: Ainda que haja uma frágil relação entre as secretárias de educação e saúde do município, a utilização de atividades lúdicas educativas apresentam-se como uma metodologia interessante para a educação em saúde. Cuidados Paliativos; Equipe de Assistência ao Paciente; Avaliação de Sintomas. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Manual de Cuidados Paliativos. 2009; p:320. 2 Moritz RD, Rossini JP, Deicas A. Cuidados paliativos na UTI: definições e aspectos ético-legais. In: ____.; MORITZ, Rachel Duarte (organizadora). Cuidados paliativos nas unidades de terapia intensiva. São Paulo: Atheneu, 2012, p. 19-28. 3 Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Cuidado Paliativo. São Paulo, 2008. 4.Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). Manual de cuidados paliativos ? Ampliado e Atualizado. Rio de Janeiro, 2012. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 89 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR A NÍVEL HOSPITALAR Rosalia Vargas Campanha, Andreia Engel Bom, Maite Telles Dos Santos, Thaiane Martins De Lima, Gabriela Fumegalli, Fabiane Espíndola Gomes, Luciane Beitler Da Cruz Resumo Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente pela ausência de doenças, enfermidades. Por se tratar de um fenômeno ampliado, a saúde envolve os modos de vida e particularidades individuais¹.Entendese por Projeto Terapêutico Singular (PTS) o conjunto de ações terapêuticas resultantes de discussões e construção coletiva da equipe assistencial multidisciplinar, que busca resolver as demandas individuais, familiares e rede social além do critério diagnóstico, e visa atingir a redução da dependência exclusiva dos sujeitos aos serviços de saúde². Objetivo: Relatar a experiência da elaboração de um plano de cuidado integral ao paciente. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência decorrente de encontros semanais de preceptores, tutores e residentes do primeiro ano de um programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde. Resultados e discussão: Paulatinamente nosencontros, a equipe se aproximou da realidade do paciente e família. Como ferramenta para o registro das demandas levantadas foi elaborado um cartaz com dados sóciodemográficos, identificação das redes de atenção primária (vínculos sóciofamiliares) e secundária (saúde), fatores de risco e proteção e linha do tempo, abrangendo a trajetória da doença e protocolo de tratamento. A partir das discussões semanais foram realizadas ações visando à resolubilidade das necessidades apontadas. Considerações finais: Todas as discussões e encaminhamentos do PTS objetivaram auxiliar a família na compreensão do diagnóstico e do processo de adoecimento, bem como a viabilização do seguimento dos cuidados em saúde. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Atenção à saúde; Equipe interdisciplinar de saúde. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Organização Mundial da Saúde- OMS. Carta da Organização Mundial de Saúde, 1946 [acesso em 2015 set 02]. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude -omswho.html. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo técnico da Política Nacional de Humanização. Grupo de Trabalho de Humanização/ Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo técnico da Política Nacional de Humanização. - 2. ed. - Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. Contato: [email protected] 90 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RELATO DE EXPERIÊNCIA DO FISIOTERAPEUTA SOBRE A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAUDE COM ÊNFASE EM TERAPIA INTENSIVA E URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Ana Cristina Lage, Bárbara Rezende Guarini, Plínio Dos Santos Ramos Resumo Introdução: Criadas a partir da promulgação da lei n°11.129 de 2005, as Residências Multiprofissionais em Saúde (RMS) são baseadas nas diretrizes e princípios do SUS. Este modelo de programa integra profissionais de diferentes áreas da saúde, além de aprimorar as competências específicas de cada profissão. Objetivo: relatar a vivência do profissional fisioterapeuta no programa e descrever a sua atuação teórico-prática. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, em que a análise observacional foi realizada de março de 2014 a agosto de 2015, por duas fisioterapeutas. Resultados: A RMS com ênfase em terapia intensiva/urgência/emergência, possui carga horária de 5.470 horas e abrange cinco áreas: análises clínicas, enfermagem, farmácia, fisioterapia e odontologia, disponibilizando duas vagas em cada área. Possui um eixo transversal, que aborda a multidisciplinaridade e um eixo específico em que o residente realiza a sua prática profissional. A área de atuação do fisioterapeuta no eixo específico se passa nos ambientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto Clínico, Adulto Trauma, e Neonatal de um hospital 100% SUS e em uma UTI Adulto de um hospital privado. Discussão: Inicialmente foram realizadas visitas nos cenários de atenção primária, a fim de conhecer a realidade do SUS, seu sistema de referência e contra-referência e entender os processos de saúde/doença até a atenção terciária. A inserção na UTI no eixo transversal nos permite compartilhar o conhecimento, atuando na prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica, gestão em saúde e segurança do paciente, e em rounds à beira leito. O eixo específico, associado com a busca ativa de conhecimento, nos permite agregar experiências que um profissional recém-formado necessita através do apoio de tutores especializados. Além das aulas teóricas, a residência conta também com discussões clínicas abordando casos vivenciados na prática baseando a conduta em evidências científicas. Considerações finais: A RMS favorece a inserção qualificada dos profissionais no mercado de trabalho. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Residência; Unidade de Terapia Intensiva. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Ministério da Educação. Residência Multiprofissional. Avaible from: http://portal.mec.gov.br/index. php?option=com_content&id=12501&Itemid=813. Accessed in Aug 27, 2015. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 91 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde RELATO DE EXPERIÊNCIA NO SERVIÇO DO CENTRO DETESTAGEM E ACONSELHAMENTO ITINERANTE DO MUNICÍPIO DE ARACAJU/SE Taline Santos Almeida, Ilva Santana Santos Fonseca Resumo Introdução: Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (2013), mais de um milhão de pessoas adquirem uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) diariamente. No sentido do controle dessas infecções os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) realizam ações de diagnóstico precoce e prevenção das IST. Nesses serviços é possível realizar testes como o de HIV, Sífilis, Hepatite B e C gratuitamente, todos os testes são realizados de acordo com a norma definida pelo Ministério da Saúde e com produtos registrados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. O atendimento nesses centros é inteiramente sigiloso e oferece, ao usuário que realiza o teste a possibilidade de ser acompanhados por uma equipe multiprofissional de saúde que orientará sobre o resultado final do exame. Objetivo: Relatar de forma descritiva a experiência enquanto residente no Centro de Testagem e Aconselhamento Itinerante e favorecer a troca de conhecimento sobre o assunto, subsidiar os profissionais da área de saúde a sistematizar os conhecimentos a respeito do CTA Itinerante. Metodologia: Trata-se de relatos de experiências vivenciadas nos meses de julho e agosto de 2015 durante participação de quatro ações de saúde do Centro de Testagem e Aconselhamento Itinerante do município em bairros distintos, essas ações são realizadas no micro-ônibus itinerante tendo cada evento duração média de seis horas. O veiculo é adaptado para a realização de atendimentos individuais e possui duas salas, sendo, uma destinada para aconselhamento e orientações sobre a doença, uma para a realização dos testes rápidos e um toldo externo com mesas e cadeiras para cadastro e autorização dos testes, as salas possuem ainda lavatórios para higienização das mãos, com porta papel e armários. Cada ação teve participação média de 80 pessoas de ambos os sexos e de todas as idades, onde elas receberam aconselhamentos sobre o uso dos insumos de prevenção (preservativo feminino, preservativo masculino e lubrificante) esclarecimento das dúvidas, entrega de folderes sobre as infecções sexualmente transmissíveis e realização de testes rápido HIV e Sífilis. Resultados: As ações tiveram participação e adesão de um grande número de pessoas (jovens, adultos e idosos) as quais responderam favoravelmente ao convite para os eventos, totalizando em quatro ações um número de 316 pessoas. Durante a ação educativa foi percebido que os usuários estavam bastante disponíveis a ouvir as orientações sobre prevenção, diagnósticos e tratamentos precoces das infecções sexualmente transmissíveis e que pouco sabia de informação sobre o assunto. As dúvidas e questionamentos foram frequentes em todas as ações. O público se mobilizou a realizar os testes rápidos e receber os insumos preventivos e folderes informativos sem resistência. Os profissionais envolvidos nas ações se mostraram capacitados para realização dos testes rápidos e aconselhamentos, além da educação em saúde sobre as IST. Com essas ações identificamos que as infecções sexualmente transmissíveis ainda é um grave problema de saúde pública, pois das 316 pessoas que realizaram os testes, obtivemos 31 testes positivos para sífilis e três para HIV. Conclusão: Ressalta-se a importância da continuidade das ações de saúde e estratégias como estas realizadas pelo CTA Itinerante no sentido de minimizar os índices de infecções sexualmente transmissíveis assim como a detecção, tratamento e controle das infeções como HIV e Sífilis o mais precocemente possível. Contato: [email protected] 92 equip e coletividad e humanização social Descritores Infecções Sexualmente Transmissíveis; Testes rápido. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 BRASIL, Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Brasília, 2015. 2 BRASIL, Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico - Aids e DST Ano III - nº 1.Brasilia,2015. 3 BRASIL, Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico - Sífilis Ano IV- nº 1. Brasília, 2014. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO AUXÍLIO E DIAGNÓSTICO DA HANSENÍASE Márcia Valéria Bezerra Cunha, Eriko Marvão Monteiro Duarte, Lucilene Silva Oliveira Lopes Resumo A Hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo bacilo de Hansen, que apesar da baixa patogenicidade, possui alta infectividade e imunogênicidade, devido a capacidade de penetração celular do Mycrobacterium leprae, provocando um alto potencial incapacitante1. Este é um relato de experiência de ação de intervenção, com objetivo de adequar o cronograma de atendimento profissional para melhorar a vigilância em saúde da hanseníase, a partir de um estudo de caráter descritivo, que contou com uma pesquisa bibliográfica de estudos sobre hanseníase, para embasamento da observação crítica da atuação no serviço de saúde da Unidade de Saúde da Família, analisando os dados do livro de acompanhamento de hanseníase e do boletim de acompanhamento mensal desses pacientes. Identificou-se que o acompanhamento dos pacientes e comunicantes de hanseníase não cumpria a orientação do programa de hanseníase do Ministério da Saúde1, pois durante o ano de 2014 tiveram somente 02 casos em tratamento, que estavam encerrando no início de 2015, sem novos casos identificados, suspeita-se que isso se deve ao engessamento do atendimento profissional no cronograma, que necessitava de adequação para potencializar a dimensão assistencial da equipe de saúde, abrangendo melhor os ciclos de vida e o acompanhamento dos agravos, priorizando a prevenção primária e fortalecendo a prevenção secundária. Para tanto, o acompanhamento de hanseníase passou a ser feito na última semana do mês, atendendo os pacientes em tratamento, como também os sintomáticos dermatológicos, que eram descobertos a partir da busca ativa feita pelos agentes de saúde na sua microárea durante o mês. Após 60 dias dessa mudança no cronograma, o principal resultado foi o diagnóstico de 05 novos casos de hanseníase, que já existiam na área, mas não tinham ainda sido descobertos. Portanto, é preciso investir na mudança de cronograma de atendimento profissional para pacientes com hanseníase e sintomáticos dermatológicos, compreendendo a necessidade de busca ativa pelos agentes de saúde, com envolvimento de toda a equipe de saúde, sendo fatores que possibilitam a melhoria na vigilância em saúde da hanseníase. Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 6 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Hanseníase; Saúde da Família; Atenção Básica. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 93 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde RELATO DE EXPERIÊNCIA: CONTRIBUIÇÃO DE ENFERMEIROS RESIDENTES NO CUIDADO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NAEQUIPEDOCONSULTÓRIONARUA Aline Carla Rosendo Da Silva, Brena De Aguiar Leite Resumo Introdução: A construção de propostas para o cuidado da População em Situação de Rua (PSR) no Brasil partiu da Atenção Básica a Saúde (ABS), que adotou um conjunto de intervenções para acolher a PSR, as equipes de Consultório na Rua (CnaR), específica e exclusiva para o atendimento da PSR, passando a ser o equipamento de saúde de referência para essa população. Em Recife – PE, as equipes de CnaR atuam desde 2014, na modalidade 1 (2 profissionais de nível Superior e 2 de nível médio). Visando aprimorar o funcionamento deste equipamento, observou-se a necessidade incluir o enfermeiro, categoria que não compõe a atual equipe de CnaR de Recife, inserido na forma de residentes, para se agregarem a equipe, justificados pela dificuldade no atendimento das demandas de saúde. Objetivo: Relatar as práticas dos enfermeiros residentes que prestam serviços junto as equipes de CnaR que não tem profissionais de enfermagem em sua composição, apontando às especificidades do atendimento à PSR, observando o papel do enfermeiro enquanto ator do cuidado. Metodologia: Relato de experiência desenvolvido no CnaR de Recife em parceria com enfermeiros residentes dos programas de Residência Multiprofissional Integrada de Saúde da Família e Saúde Mental, no período de maio a agosto de 2015. Foram analisadas as atribuições do enfermeiro como ator deste equipamento de saúde, além dos principais agravos de saúde em que este profissional teria maior contribuição nos casos.. Resultados e discussão: A inserção do enfermeiro residente revelou diversas atribuições da enfermagem, entre elas a anamnese e semiologia de sinais e sintomas de agravos clínicos; a promoção do autocuidado e estratégias de educação em saúde que atendam a realidade da PSR; a adesão e acompanhamento de tratamentos junto ao usuário atendido. Dos agravos identificados, destacaram-se problemas nos pés, infecções gerais, Tuberculose, IST’s, HIV/AIDS, gravidez de alto risco, doenças crônicas e situações de urgência e emergência. Em todos os agravos, a presença do profissional enfermeiro mostrou-se positiva e auxiliou em um atendimento mais qualificado e de resoluções mais eficazes. Considerações finais: A presença dos residentes enfermeiros na equipe de CnaR representa uma melhora dos atendimentos clínicos, apontando a necessidade das práticas do enfermeiro, principalmente na integração dos cuidados individuais e coletivos. Descritores População de Rua; Enfermagem; Atenção Básica a Saúde. Contato: [email protected] 94 social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 5. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual sobre o cuidado à saúde junto a população em situação de rua / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 3 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 4 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.Doenças respiratórias crônicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 5 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual técnico para o controle da tuberculose: cadernos de atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde Departamento de Atenção Básica. – 6. ed. rev. e atual. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. HIV/Aids, hepatites e outras DST / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RESIDÊNCIA EM PSICOLOGIA: A INTERVENÇÃO NO DIAGNÓSTICO DO DELIRIUM EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) Mayara Schirmer Moerschberger, Elaine Cristina Bretas, Janaina De Almeida Resumo Introdução: O deliriumé uma síndrome multifatorial e é compreendido como uma perturbação da cognição, consciência, percepção e atenção que se desenvolve em um curto período de tempo e tende a flutuar no decorrer do dia. Objetivo: Apontar e refletir sobrepossíveis intervenções do psicólogo no manejo com pacientes que apresentaram delirium durante o período de internação em UTI. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, com coleta de dados secundários, desenvolvido em um hospital geral de Joinville – SC, cidade da região sul do Brasil, entre agosto de 2014 e março de 2015. Como instrumento de avaliação foi utilizada a escala CAM-ICU (ConfusionAssessmentMethod in the ICU), que é considerada um método diagnóstico de deliriumem pacientes críticos. Para o diagnóstico, foi necessário associar a monitorização da sedação que foi quantificada pela escala de agitação e sedação de Richmond (The Richmond AgitationandSedationScale – RASS).Durante este período estiveram internados na UTI, um total de 104 pacientes. Destes, 43 manifestaram deliriumao menos umavez,36 não manifestaram em nenhum momento e 25 não se aplicavam aos critérios da escala. Resultados: Após sete meses de avaliação dedelirium na UTI, se evidencia: o papel do psicólogo na constante orientação de tempo e espaço oferecida aos pacientes; o manejo dos fatores ambientais (luminosidade, sono, contenção mecânica, ruídos, etc.);as orientações aos familiares para compreensão do processo,contribuindo para a diminuição no nível de ansiedade e potencializando seu papel como agentes facilitadores na transmissão de afeto e dados de realidade nos momentos das visitas;a conferência junto à equipe sobre o desconforto somático (analgesia adequada); e omanejo das angústias apresentadaspela equipe (principalmente nos quadros de delirium hiperativo), o que facilitou a comunicação e o acolhimento desta com o paciente. Discussão: Todas estas intervenções mostraram-se fundamentais e contribuíram para o diagnóstico precoce e prevenção do delirium, não só aos pacientes, mas aos familiares e equipe multiprofissional. Considerações finais: Pôde-se concluir que o diagnóstico precoce dedelirium, facilita a tomada de ações que venham a minimizar seus danos. Sendo assim, a experiência demonstra benefícios significativos aos pacientes, familiares e à equipe. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Delirium; Uti; Psicologia multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. 4th ed. Washinton, DC: American Psychiatric Association; 2000. 2 Faria RSB, Moreno RP. Delirium naunidade de cuidadosintensivos: umarealidadesubdiagnosticada. RevBras Ter Intensiva. 2013;25(2):137-147. 3 Nassar Junior AP, Pires Neto RC; Figueiredo WB; Park M. Validity, reliabilityandapplicabilityofPortugueseversionsofsedation-agitationscalesamongcriticallyillpatients. São Paulo Med J. 2008;126(4):215-9. 4 Piva, C. Delirium nas Unidades de Terapia Intensiva: Fatores de Risco. In: Fráguas, Jr., R. (Ed.), Psiquiatira e Psicologia no Hospital Geral: Integrando Especialidades. Lemos. São Paulo,1997. 5 Pessoa RF; Nácul FE. Delirium em pacientes críticos. RevBras Ter Intensiva. 2006; 18(2):190-195. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 95 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde RESIDÊNCIAMULTIPROFISSIONAL E ATIVIDADES RECREATIVAS Á PESSOAS COM TRANSTORNO MENTAL – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Zaira Letícia Tisott , Deise Dos Santos Pretto, Francine Gonçalves Freitas, Juliana Maia Borges , Fernanda De Almeida Cunha Resumo Introdução: Por muitos anos, o cuidado em saúde mental era sinônimo de isolamento, o qual buscava afastar o louco do convívio social1. No entanto, através da Lei nº 10.216 de abril de 2001, propõe-se um novo modelo de atenção a saúde mental, aliado a proposta da inclusão social e habilitação na sociedade a fim de conviver com a diferença, o qual visa garantir dignidade e o exercício pleno da cidadania, na garantia de direitos e no redirecionamento do modelo assistencial em saúde mental2. Pensando nessa lógica, sabe-se da importância das terapias tradicionais, mas também da necessidade das modalidades terapêuticas não tradicionais, entre elas a recreação, as quais oferecem ao portador de transtorno mental uma melhor qualidade de vida3. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo relatar experiências sobre as atividades recreativas realizadas em uma Unidade de Atenção Psicossocial em um Hospital Universitário do interior do estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado de março de 2014 a agosto de 2015, por residentes do primeiro e segundo ano do Programa de Residência Multiprofissional Integrada no Sistema Público de Saúde com ênfase em Saúde Mental. As atividades ocorrem semanalmente e são destinados às pessoas internadas na Unidade, com tempo de duração variando de 1 até 3 horas. As atividades são realizadas nas dependências da Unidade, e na área externa, tanto do hospital como da Universidade ou ainda em áreas de lazer da cidade. A média de participantes é de 06 a 12 pessoas. Constam dessas atividades: música, jogos diversos e passeios. Resultado: Observa-se que as atividades recreativas proporcionam bem-estar às pessoas com transtorno mental, livrando-os do longo tempo ocioso que a internação permite. Quando há um prazer em fazer, ou seja, uma satisfação em participar de uma atividade de recreação ou desenvolver um certo trabalho, conduz a uma maior aderência a ela e consequentemente ao serviço que oferece essa atividade3. Nesse contexto nota-se através desses espaços, maior interação, criação e fortalecimento de vínculos entre os membros da equipe, residentes e usuários. O vínculo favorece o cuidado integral por horizontalizar as práticas em saúde, na medida em que constrói laços afetivos, confiança e respeito. Desse modo, propicia o desenvolvimento da corresponsabilização, da parceria desses sujeitos para a melhoria da qualidade de vida do portador de transtorno mental4.Conclusão: O estudo propiciou relatar as experiências de residentes frente as atividades recreativas. Considera-se tais atividades benéficas e essenciais á pessoa em situação de internação. Contato: [email protected] 96 equip e coletividad e humanização social Descritores Transtorno mental; Recreação; Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Guimarães AN, Fogaça MM, Borba L de O, Paes MR, Larocca LM, Maftum MA. O tratamento ao portador de transtorno mental: um diálogo com a legislação federal brasileira (1935-2001). Texto contexto - enferm., Florianópolis , v. 19, n. 2, Jun. 2010. 2 Brasil. Lei no 10.216 de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/sas/portarias.htm>. Acesso em: 02 mar. 2015. 3 Machado AN, Miasso AI, Pedrão LJ. Sentimento do portador de transtorno mental em processo de reabilitação psicossocial frente à atividade de recreação. Rev Esc Enferm USP 2011; 45(2):458-64. 4 Jorge MSB, Pinto DM, Quinderé PHD, Pinto AGA, Sousa PSP, Cavalcante CM. Promoção da Saúde Mental – Tecnologias do Cuidado: vínculo, acolhimento, co-responsabilização e autonomia. Ciência & Saúde Coletiva, 16(7):3051-3060, 2011. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RESIDÊNCIAMULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: PERSPECTIVAS PARA O ENFERMEIRO Deisy Mello De Pinto, Mariele Castro Charão, Josefine Busanello, Marta Panciera Blanco Resumo Introdução: O Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Urgência e Emergência é uma especialização que capacita profissionais da área de saúde, do ponto de vista ético, político e técnico-científico, por meio da educação em serviço, para atuarem em equipe multiprofissional assegurando os princípios do SUS no atendimento às redes de atenção a saúde. Esta modalidade de especialização visa o treinamento em serviço, tendo por finalidade formar enfermeiros capazes de compreenderem e atuarem de forma articulada no sistema de saúde1. Dentro do referido programa, o enfermeiro tem sua atuação voltada para a atenção e assistência de enfermagem, nos cenários que compõem a Rede de Urgência e Emergência. Objetivo: Refletir sobre a atuação do enfermeiro inserido em um Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Urgência e Emergência. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência do desenvolvimento do trabalho do enfermeiro como parte integrante da equipe multiprofissional em um Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Urgência e Emergência do interior da fronteira Oeste do RS. Resultados e discussão: A Residência representa uma estratégia para preparação dos enfermeiros a atuarem em suas realidades de trabalho de forma a produzir intervenções efetivas da enfermagem2, incluindo a articulação com as demais profissões. Após seis meses iniciais de programa, observa-se benefícios tanto para os serviços como para as enfermeiras residentes. A destacar o processo de comunicação e a integração entre a equipe dos residentes e a equipe de saúde dos cenários de prática; a troca enriquecida de experiência entre os profissionais; as discussões na forma de estudos de casos que proporcionam aprofundamentos do saber; as habilidades técnico-científicas de forma crítica e reflexiva, resultando em um cuidado diferencial e de excelência no atendimento às urgências e emergências. A oportunidade de refletir sobre o cotidiano prático traz a luz a percepção da necessidade da atualização constante dos enfermeiros,para que não nos tornemos profissionais engessados e desestimulados pela realidade da prática e a realidade dos serviços de saúde. Considerações finais: O enfermeiro representa um importante articulador dentro da equipe multiprofissional, pois a ele cabe a atenção e assistência em tempo integral. As demais áreas de atuação estão diretamente interligadas com o trabalho do enfermeiro, de forma a garantir o planejamento de intervenções de forma efetiva. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Educação em Enfermagem; Capacitação em Serviço. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 CARBOGIM, Fábio da Costa;SANTOS, Kelli Borges;ALVES, Marcelo da Silva;SILVA, Girlene Alves. Residência em Enfermagem:a experiência de Juiz de Fora do ponto de vista dos residentes. Rev. APS, Juiz de Fora, v. 13, n. 2, p. 245-249, abr./jun. 2010. 2 CHEADE, Maria de Fátima Meinberg;FROTA, Oleci Pereira;LOUREIRO,Marisa Dias Rolan; QUINTANILHA, Analice Cristhian Flavio.Residência Multiprofissional Em Saúde: a busca pela integralidade. CogitareEnferm. 2013 Jul/Set; 18(3):592-5. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 97 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde SENSIBILIZAÇÃO QUANTO A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E PRÓSTATA NO CONTEXTO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA Karine Melo De Freitas, Franciany Grazielly Niza Cardoso, Deyverson Ricardo Pereira De Souza, Joelma Da Silva Freitas, Dulce Pimenta Gonçalves, Aline Ribeiro Nepomuceno Mota Resumo Introdução: O câncer de colo de útero ocorre em cerca de meio milhão de mulheres a cada ano no mundo. Sua prevenção é potencialmente eficaz, porém, este carcinoma mantém-se como uma doença de alta prevalência, incidência e mortalidade (VIEIRA et al, 2012). O câncer de próstata é a neoplasia mais prevalente em homens e, segundo o Sistema Nacional de Auditoria, sendo duas vezes mais frequente que o câncer de mama (GOMES et al, 2008). A Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) tem como objetivo direcionar a atuação dos profissionais no cuidado aos indivíduos e famílias em seu ambiente familiar e social (GIL, 2005). Objetivo: Sensibilizar a população sobre a prevenção do câncer de colo de útero e de próstata. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, desenvolvido por residentes do programa de RMSF. Foram realizados 2 eventos, com a participação de 97 mulheres e 32 homens. As ações realizadas abrangiam: palestras educativas, exames de prevenção do câncer de colo de útero (PCCU) e solicitação da dosagem do antígeno prostático específico (PSA). Após os eventos foram levantados dados relativos à demanda por estes serviços, através da conferência das agendas médicas, das planilhas de exames de PSA e PCCU realizados. Resultado e discussão: Percebeu-se um aumento da adesão da população masculina às consultas, após o evento de sensibilização. As das marcações de consultas para homens, que representavam 31%, tiveram um aumento da demanda, atingindo 47%. Esse aumento deu-se também, nos exames de PSA, onde registramos 20 exames antes do evento e 79 solicitações após este. Certificou-se também aumento na realização de PCCU, de 271, passando para 407 exames Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Atenção primária, Saúde da família, prevenção e controle. Contato: [email protected] 98 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 TECENDO REDES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Franciele Ramos Figueira, Mariana Dos Santos Sabin, Thaiciane Grassi, Valeska Daniele De Mello Mendes Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O presente trabalho aborda um relato de experiência vivenciado por um grupo de residentes multiprofissionais em saúde. Objetivo: Apresentar para indivíduos internados em uma Unidade de Adição redes de apoio intersetorial que contribuam para o cuidado pós alta. Metodologia: Realizou-se grupos com indivíduos internados para tratamento de dependência química. Os grupos foram desenvolvidos semanalmente, no turno da manhã com duração de 1 hora, onde foram realizadas palestras com convidados externos, bem como dinâmicas desenvolvidas pelos residentes multiprofissionais da unidade (1 Assistente Social, 1 Educadora Física, 1 Nutricionista, 1 Psicóloga e 1 Terapeuta Ocupacional). Durante os grupos foram apresentados os seguintes locais e suas formas de atendimento: Comunidade Terapêutica, Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, Unidade Básica de Saúde, Centro de Referência Especializado em Assistência Social, Centro de Referência de Assistência Social, Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, Departamento Municipal de Habitação, além de abordar assuntos relacionados as drogas, educação, capitalismo e sociedade. Discussão: Percebeu-se uma variação da assimilação do temas abordados de acordo com o perfil de pacientes que participavam dos grupos. Observou-se em alguns grupos que os indivíduos internados demonstravam pouco conhecimento sobre alguns assuntos, apesar disso, poucas perguntas foram realizadas. Para aqueles que já tinham contato prévio com a rede e/ou estavam em maior tempo no tratamento e no processo de alta, se percebeu um maior interesse em questionar sobre os locais de saúde apresentados. Isso pode se dar devido a alguns indivíduos com mais tempo de internação estarem participando de grupos picoeducativos e de prevenção de recaída que abordavam temáticas que poderiam influenciar nos assuntos apresentados no grupo multiprofissional, ocasionando um maior entendimento em relação àqueles que tinham pouco tempo de internação. Considerações Finais: Conclui-se que grupos que abordam assuntos relacionados à rede de saúde podem trazer benefícios para indivíduos internados para tratamento de dependência química, pois apresenta novas opções de cuidado no pós alta. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 99 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde TRABALHO DE PARTO EM FOCO: SENSIBILIZANDO GESTANTES Rebeca Bandeira Barbosa, Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Sarah Persivo Alcântara, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Fernando Cavalcante Simões, Luciano Santos Da Silva Filho, Ana Cristina Oliveira Barreto Resumo Introdução: Durante a gravidez ocorrem grandes transformações no corpo e na vida emocional da mulher. Nesse contexto percebe-se um desconhecimento por parte das mesmas a respeito da sua gestação e do seu trabalho de parto (TP) ocasionando o medo e o despreparo na condução de sua gestação. Diante disso é observável a necessidade de ações de empoderamento desse público. Objetivos: Descrever uma estratégia educativa realizada com gestantes acerca do TP e exercícios de reconhecimento das alterações corporais da gestação. Metodologia: Estudo de caráter descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. Realizado no mês de agosto de 2015, por meio de residentes de Enfermagem e Fisioterapia, e teve como cenário a maternidade de um município brasileiro. Resultados e discussão: A etapa inicial proporcionou relaxamento e emoção nas participantes. Na segunda etapa, à medida que as perguntas eram sorteadas, as Enfermeiras iam explicando sobre o TP. As gestantes relataram que sentiam insegurança sobre os sinais e sintomas. A insegurança se faz presente nesse momento de expectativa, ocasião de espera pelo nascimento do filho. As informações errôneas sobre o parto resultam em situações de crise e de ansiedade, interferindo no processo1. Sobre a dor no TP e medidas não farmacológicas para seu manejo durante as contrações destacaram-se os exercícios com a bola suíça, cavalinho, banho de imersão, movimentos como “mergulhar” e “pêndulo”. Davim et al2 (2009), sugerem ainda massagens na região lombar, respiração padronizada, condicionamento verbal e relaxamento muscular. Durante o momento da Fisioterapia, foi realizada uma massagem relaxante na região cervical e trapézio. Pereira et al3 (2012), apresentou que 86,3% das gestantes que foram atendidas na sala de relaxamento tiveram seu filho por parto normal, reafirmando os princípios e valores do cuidado humanizado. As gestantes relataram dores musculares na região lombar e fadiga de membros inferiores como principais queixas da gestação. Conti et al4 (2003), relata em sua pesquisa com 71 gestantes divididas em grupo controle e do estudo, ambos apresentaram dores nas regiões lombossacra. Conclusão: É de grande importância a contribuição da Enfermagem e Fisioterapia para a promoção da saúde das gestantes, informando e orientando sobre a essencialidade do empoderamento e protagonismo delas no seu TP. Contato: [email protected] 100 equip e coletividad e humanização social Descritores Trabalho de Parto; Gestantes. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Mota EM, Oliveira MF, Victor JF, Pinheiro AKB. Rev Rene, Fortaleza, 2011 out/dez; 12(4):692-8. 696. 2 Davim RMB, Torres GV, Dantas JC. Efetividade de estratégias não farmacológicas no alívio da dor de parturientes no trabalho de parto. Rev Esc Enferm USP. 2009; 43(2):438-45. 3 Pereira ALF, Nagipe SFSA, Lima GPV, Nascimento SD, Gouveia MSF. Cuidados e resultados da assistência na sala de relaxamento de uma maternidade pública, Rio de Janeiro, Brasil. Texto contexto - enferm. [online]. 2012, vol.21, n.3, pp. 566-573. 4 Conti MHS, Calderon IMP, Consonni EB, Prevedel TTS, Dalbem I, Rudge MVC. Efeito de técnicas fisioterápicas sobre os desconfortos músculo-esqueléticos da gestação. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online]. 2003, vol.25, n.9, pp. 647-654. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 TRABALHO EM GRUPO: ATUAÇÃO DO NÚCLEO DE FONOAUDIOLOGIA NA SAÚDE COLETIVA Diana Weber Bartz, Martina Sulek, Karina Antes de Souza, Sheila Petry Rockenbach Resumo Introdução: As práticas grupais são importante recurso no cuidado aos usuários da Atenção Básica, sendo considerada muito valiosa pelos profissionais por proporcionar a construção conjunta de conhecimento e a troca de experiências entre os integrantes do grupo, modificando a visão dos indivíduos e propiciando (re)significações dos processos patológicos1,2. Ações grupais para crianças/adolescentes são momentos de identificação e troca, tanto de saberes quanto de estratégias de enfrentamento de suas dificuldades. Objetivo: Proporcionar atendimento em grupo a crianças/adolescentes que necessitem de atendimento fonoaudiológico. Metodologia: Após discussão de caso junto da Equipe de Saúde da Família, a criança/adolescente e o responsável vem para avaliação com a fonoaudiologia e demais profissionais importantes para o caso, em atendimento conjunto. Após avaliação, caso identificada a necessidade de atendimento fonoaudiológico, a criança/adolescente é encaminhada para atendimento de grupo. Atualmente existem oito grupos de atuação da fonoaudiologia, organizados conforme as demandas identificadas no território. Após a realização de cada encontro, que ocorre na Unidade Básica de Saúde, os responsáveis são orientados para a realização de atividades em domicílio, com o objetivo de instrumentalizá-los no manejo com os filhos e instigar a coresponsabilização do cuidado. Os encontros acontecem a cada duas semanas e têm duração de uma hora.. Resultados e discussão: Uma das formas de acompanhar o resultado das intervenções é pelo relato dos responsáveis, que ao final de cada encontro fazem observações sobre manejo com a criança/adolescente no domicílio e referente a atividades escolares. Estes relatos em sua maioria são positivos. Considerações finais: Ações coletivas são ótimas oportunidades de socialização e aproveitamento dos conhecimentos gerados através da relação entre os participantes, sendo uma experiência muito rica para ser realizada durante o período de residência. Referências 1 Leite APD, Panhoca I. A constituição de sujeitos no grupo terapêutico fonoaudiológico: identidade e subjetividade no universo da clínica fonoaudiológica. Rev Dist Comun. 2003; 15(2):289-308. 2 Leite APD, Panhoca I, Zanolli ML. Distúrbios de voz em crianças: o grupo como possibilidade de intervenção. Rev Dist Comun. 2008; 20(3):339-47. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Fonoaudiologia, Saúde Pública, Saúde da Família. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 101 educ açoã Eixo temático Resumos Cuidado em Saúde TRANSPLANTE HEPÁTICO INFANTIL: PAPEL DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NO AMBULATÓRIO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Loredana Amaral Marzochella, Michele Cardoso Corrêa, Nathalia Zinn De Souza, Letícia Dione Caruccio, Larissa Edom Bandeira, Lauren Perdigão Affonso, Aline Dos Santos Marquetto Resumo Introdução: O trabalho com pacientes pediátricos requer uma grande articulação da equipe, na qual diferentes profissionais se fazem presentes. Tratando-se de doenças crônicas, como no caso dos pacientes do Transplante Hepático Infantil, percebe-se de forma mais clara a necessidade desta articulação e do acompanhamento realizado, visando promover a saúde física e mental do paciente e dos membros da família, envolvendo profissionais da equipe Médica, Psicologia, Serviço Social, Enfermagem, Nutrição e Farmácia. Quanto aos aspectos clínicos, as principais indicações para o transplante são categorizadas em: doença hepática primária com evolução progressiva; doença hepática não progressiva de reconhecida morbi-mortalidade; doença metabólica do fígado e insuficiência hepática fulminante¹. Objetivos: Descrever aspectos do acompanhamento multiprofissional realizado com pacientes do Transplante Hepático Infantil de um Hospital Universitário; Promover reflexão sobre a importância dos diferentes profissionais envolvidos no acompanhamento destes pacientes pediátricos. Metodologia: Relato de experiência. Resultados: O acompanhamento dos pacientes se dá ao longo das consultas e também durante as internações hospitalares. O atendimento dos diferentes profissionais envolvidos tem como objetivo auxiliar os pacientes e seus familiares nas diferentes repercussões que envolvem um procedimento invasivo como o Transplante Hepático Infantil. Discussão: O adoecimento de uma criança e a realização de transplante influenciam a dinâmica familiar, apresentando consequências do ponto de vista emocional e na própria rotina da família. Assim, se faz necessário o acompanhamento desta família, fornecendo intervenções para promoção de saúde e acompanhamento sistemático dos familiares e da criança². Considerações Finais: A equipe multiprofissional, é de grande importância, tanto para a criança quanto para a sua família, durante o processo pré e pós operatório. Sua participação é fundamental, pois é preciso avaliar as condições psicológicas do paciente e da família, analisar condições básicas de saúde, condições de moradia³, podendo assim, a partir dessas avaliações colaborar de forma significativa para que a equipe médica possa ter mais subsídios para a realização do transplante. Contato: 102 equip e coletividad e humanização social Descritores Transplante de Fígado; Continuidade da Assistência ao Paciente; Doenças Crônicas. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Ferreira CT, Vieira SMG, Silveira TR. Transplante Hepático. Jornal de Pediatria. 2000; 76 (2): 198-208. 2 Anton MC, Piccinini CA. O impacto do transplante hepático infantil na dinâmica familiar. Psicologia: Reflexão e Crítica. 2010; 23 (2): 187-197. 3 Grossini MG, Hoffmeister M. Transplante hepático infantil: as contra-indicações sociais trabalhadas pelo serviço social no processo de avaliação junto às famílias de crianças candidatas ao transplante. Revista HCPA. 1998; 18: 285-288. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A VISITA DOMICILIAR ENQUANTO TECNOLOGIA DE INTERAÇÃO PARA O PROFISSIONAL FARMACÊUTICO NA SAÚDE DA FAMÍLIA Andrigo Antonio Lorenzoni, Fernanda Manzini, Leandro Ribeiro Molina Resumo Introdução: A prática do cuidado domiciliar tem por objetivo que este seja desenvolvido por uma equipe multiprofissional, e englobando os níveis de prevenção, terapia e reabilitação, objetivando avaliar as necessidades individuais do usuário, ou intervir, de acordo com a necessidade apresentada e condições disponíveis (Fabricio et al., 2004; Brasil, 2002). É compreendido em quatro modalidades: atenção domiciliar, atendimento domiciliar, internação domiciliar e visita domiciliar (Lacerda et al., 2006). Entendendo a visita domiciliar (VD) enquanto tecnologia de interação no cuidado à saúde da família, o farmacêutico, integrante da equipe do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família - PREMULTISF (UDESC-PMF/SC), pode contribuir na melhora terapêutica do usuário, monitorando o tratamento farmacoterapêutico, orientando usuário e a família; e construindo um plano de cuidado com a equipe visando a melhora do tratamento e/ou qualidade de vida do indivíduo. Objetivos: Compreender o papel do farmacêutico na VD e as possíveis contribuições no cuidado do usuário acompanhado. Metodologia: Descrever as experiências vivenciadas no PREMULTISF, por meio de relato de experiência. Resultados e discussão: Muitos dos usuários atendidos na Atenção Primária à Saúde (APS) fazem tratamento medicamentoso, sendo por vezes polimedicados e/ou apresentando dificuldades que podem gerar má adesão, uso incorreto e indiscriminado dos medicamentos e automedicação. Neste contexto, a presença do farmacêutico na VD e no acompanhamento pode contribuir com o alcance dos objetivos propostos na terapêutica. No ambiente domiciliar, o farmacêutico consegue avaliar as demandas exigidas pelo usuário e pelos familiares, bem como o ambiente onde vivem, e compreender a dinâmica do uso do medicamento na rotina do indivíduo, qualificando as orientações a serem ofertadas, assim como a criação de ferramentas que facilitem a adesão e uso correto dos medicamentos. A demanda da VD pode ser identificada pela equipe, e também pelo farmacêutico na dispensação, sendo que o planejamento e a devolutiva devem sempre ser discutidos em conjunto, respeitando as necessidades do usuário. Considerações finais: Percebe-se a importância da VD realizada pelo farmacêutico, uma vez que grande parte dos usuários atendidos na APS são usuários crônicos e demandam atendimento longitudinal. Faz-se necessário o aprofundamento da discussão do tema, dada a incipiente produção teórica na área da farmácia. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Visita domiciliar; farmácia; Atenção Primária à Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Casa Civil. Lei no 10.424, de 15 de abril de 2002. Acrescenta capítulo e artigo à Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, protecão e recuperacão da saúde, a organizacão e o funcionamento de serviços correspondentes e dá outras providências, regulamentando a assistência domiciliar no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, n. 72, 16 de abril de 2002. Secção I:1. 2 Fabricio SCC, et al. Assistência domiciliar: a experiência de um hospital privado do interior paulista. Rev Lat Amer Enf. 2004;12(5):721-6. 3. LACERDA MR, et al. Atenção à Saúde no Domicílio: modalidades que fundamentam sua prática. Saúde e Sociedade. 2006; 15(2):88-95 V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 103 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde “DE ONDE VÊM OS ALIMENTOS”: ATIVIDADE LÚDICA COMO FORMA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA ESCOLARES, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Larissa Boing, Nadia Rafaela dos Santos, Jessica Albino, Michele Jacowski, Doroteia Aparecida Höfelmann Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O ambiente escolar é percebido como um espaço privilegiado no desenvolvimento de ações de educação em saúde. A escola quando promotora de saúde tem o papel fundamental no incentivo do desenvolvimento infantil saudável. Neste contexto o programa saúde na escola (PSE) contribui para a formação dos estudantes por meio de ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos e atenção à saúde, visando o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento. O PSE contempla uma fase inicial de diagnóstico, seguida por ações de promoção à saúde, monitoramento e avaliação, visando sempre à integração e articulação permanente das secretarias de educação e da saúde. Objetivo: Relatar a experiência de uma atividade de educação em saúde em uma escola municipal do sul do Brasil, desenvolvida pela equipe de Residência Multiprofissional em saúde da família. Metodologia: A Atividade realizada faz parte de um bloco de atividades de promoção à saúde, sendo estas mensais, totalizando cinco encontros, abordando diversos temas relacionados à saúde. A atividade foi realizada com aproximadamente 1400 alunos da escola, com idade de 5 a 11 anos. O título da atividade foi “de onde vêm os alimentos”. Utilizou-se metodologia lúdica, em que os estudantes tinham seus olhos vendados e deveriam descobrir o alimento em questão, por meio dos sentidos (olfato, paladar e tato). Em sequência foi questionada procedência dos alimentos na natureza. Após a atividade lúdica, discutia-se com os escolares a importância de se consumir os alimentos da forma mais natural possível e entregava-se uma muda de alface, doada pela Secretaria municipal da agricultura, para plantio em casa com a família. Resultados: Na realização da atividade as crianças demonstraram interesse e curiosidade, apesar da dificuldade em acertar os alimentos e sua origem. Notou-se também que o corpo docente e a equipe pedagógica sentiram-se estimulados e motivados a trabalhar o tema, apoiando a realização da atividade. Considerações finais: Ainda que haja uma frágil relação entre as secretárias de educação e saúde do município, a utilização de atividades lúdicas educativas apresentamse como uma metodologia interessante para a educação em saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 104 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A DOCÊNCIA INTEGRADA E O USO DE METODOLOGIAS ATIVAS POR RESIDENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Elayne Karolina Alencar Braga, Alisson Tiago Gonçalves Vieira, Clécia Dias Alcântara Palmeira, Eliane Gomes Nunes Leite, Kaline Kelly Rodrigues Farias, Nayara Ferreira do Espírito Santo, Priscila Maria Pereira Araújo Resumo Introdução: Historicamente, a formação dos profissionais de saúde tem sido pautada no uso de metodologias conservadoras (ou tradicionais), sob forte influência do mecanicismo de inspiração cartesiana-newtoniana, fragmentado e reducionista¹. Objetivo deste relato é descrever a experiência da docência integrada e do uso de metodologias ativas em aulas ministradas por residentes aos alunos da Fonoaudiologia na disciplina de Saúde Coletiva. Metodologia: Os residentes são divididos em duplas com categorias profissionais distintas para ministrar aula dos temas mais variados de Saúde Coletiva. O planejamento das aulas é feito de maneira interdisciplinar pelos residentes que ministram aulas o que oportuniza uma ampla discussão e escolha da abordagem pedagógica apropriada para cada tema a ser trabalhado. Optou-se por trabalhar com a metodologia ativa porque esta faz uso da problematização como estratégia de ensino-aprendizagem, com o objetivo de alcançar e motivar o discente, pois diante do problema, ele se detém, examina, reflete, relaciona a sua história e passa a ressignificar suas descobertas¹. Resultados e discussão: O novo modelo de aprendizagem foi bem aceito pelos estudantes e, segundo estes, oportunizou a construção do conhecimento tendo o sujeito como ativo no processo. Alguns autores trazem que as metodologias ativas provocam uma postura ativa do aluno frente a sua aprendizagem e para o docente ficam as atribuições de planejar situações de aprendizagem, além de mediar e incentivar no processo de aprender ampliando suas possibilidades e caminhos². Para os residentes a experiência foi satisfatória e desafiadora em virtude da formação acadêmica ter sido pautada nos moldes tradicionais. Considerações Finais: A atuação interprofissional em sala de aula e na construção dos planejamentos foi fundamental para a troca de experiências, saberes e abordagens entre os residentes e foi constatado que com o uso da metodologia ativa os estudantes fixam melhor os conteúdos propostos, são mais participativos e atentos ao tema trabalhado oportunizando reflexões e discussões críticas e reflexivas. social equip e coletividad e humanização Descritores Ensino; Saúde Pública; Educação em Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Mitre SM, Siqueira-Batista R, Girardi-de-Mendonça JM, Morais-Pinto NM, Meireles CAB, Pinto-Porto C, et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciênc saúde coletiva, v. 13, n. 2, p. 2133-44, 2008. 2 Gaeta C, Masetto M. Metodologias Ativas e o Processo de Aprendizagem na Perspectiva da Inovação. PBL 2010 Congresso Internacional. São Paulo, Brasil, 8-12 de fevereiro de 2010. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 105 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde A INSERÇÃO DE RESIDENTES EM UM NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: DESAFIOS E POTENCIALIDADES Lisiane Bernhard Hinterholz, Elizane Medianeira Gomes Pires, Elenir Terezinha Rizzetti Anversa, Fábio Mello da Rosa Resumo Introdução: A Educação Permanente em Saúde prevê a construção de conhecimentos nos serviços de saúde, instituindo-se a aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e dos serviços1. Nesse campo de atuação coletiva, os programas de residências multiprofissionais ganham espaços nos quais ocorrem as trocas de saberes. Objetivos: Para tanto, objetiva-se relatar a experiência de residentes do programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e Atenção de Sistema Público de Saúde no Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPeS) de um município de médio porte da região central do estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Realizou-se rodas de conversas com as equipes de seis unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF), semanalmente, organizados pelo NEPeS juntamente com os residentes, para discutir questões discernentes ao processo de trabalho fomentando a reflexão crítica e proativa. Resultados e Discussões: Os temas versaram sobre: trabalho em equipe; saúde mental; promoção da saúde; educação em saúde; questão social; acolhimento, respeitando as demandas dos trabalhadores. Esses momentos de encontro entre ESFs, NEPeS e residentes mostram-se efetivos na construção coletiva entre os atores envolvidos e permitiu às equipes olharem para seu fazer em saúde de modo que o processo de aprendizagem fosse permeado pelo protagonismo, contribuindo para o diálogo como forma de potencializar processos para melhoria do fazer cotidianamente. Os encontros dialógicos permite inferir que a inserção de residentes multiprofissionais conduz a aprendizagem significativa para o próprio residente, quanto em qualificação do trabalhador de saúde, inclusive nas questões que dizem respeito ao processo de trabalho das equipes de ESF. A mudança na atenção à saúde é uma necessidade imprescindível e desafiadora e tem na Educação Permanente em Saúde uma estratégia pujante para sua concretização. Considerações Finais: Portanto, conclui-se que a inserção de residentes multiprofissionais nos serviços de saúde, integrando-se aos processos de trabalho do NEPeS, tem como um dos desígnios potencializar métodos na melhoria da saúde em parceria com os trabalhadores nos seus territórios. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Estratégia Saúde da Família. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Ministério da Saúde. Portaria GM nº. 278 /2014. Institui diretrizes para implementação da Política de Educação Permanente em Saúde, no âmbito do Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/ bvs/saudelegis/gm/2014/prt0278_27_02_2014.html (acessado em 04/Set/2014). Contato: [email protected] 106 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A REALIDADE DAS RESIDÊNCIAS MULTIPROFISSIONAIS EM SAÚDE: POSSIBILIDADES E DESAFIOS Giseli Bezerra de Oliveira, Fernanda Marques de Sousa Resumo : A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde tem o intuito de articular as necessidades dos serviços de saúde com o processo de formação dos profissionais, a fim de contribuir com a resolutividade dos serviços1. Reconhece-se que diante do atual contexto da saúde pública no Brasil, a estratégia da residência multiprofissional enquanto ferramenta de reflexão das ações vem se reafirmando como imprescindível mecanismo de problematização de mudanças no modelo de atenção em saúde que supere o foco das ações na doença e na execução de procedimentos2. Vale ressaltar que os residentes são incorporados a rotina dos serviços e consequentemente vivenciam o processo de trabalho em saúde em seus limites, desafios e possibilidades. : Analisar criticamente a realidade das residências multiprofissionais por meio de um relato da vivência dos residentes dos programas hospitalar, saúde mental, criança e adolescente. : Trata-se de um relato de experiência dos residentes que se encontram na construção do coletivo de residentes, no período de março de 2014 a agosto de 2015. A residência tem a proposta de romper com o modelo de saúde biologicista e biomédico que gera atendimentos fragmentados e descontínuos; desvaloriza o saber dos outros profissionais, descaracterizando a construção de uma assistência multiprofissional com o cuidado holístico. Durante esse tempo de vivência destaca-se a dificuldade em superar essas práticas devido ao processo de trabalho rígido por parte dos profissionais e gestores, o qual é mais pautado no cumprimento de metas do que em práticas que vislumbrem o atendimento integral, pela fragilidade da rede socioassistencial, pela desvalorização dos trabalhadores que desencadeia desmotivação e adoecimento. Contudo, apesar dos entraves postos são muitas as possibilidades de avançar na perspectiva do atendimento integral, de contribuir com o processo de implementação do SUS e de organização da sociedade civil: processo de formação para preceptores e tutores, o adentro dos residentes nos diversos serviços da rede de saúde, a interlocução com outras residências multiprofissionais e médica e o perfil político dos residentes. A residência é uma experiência enriquecedora para o processo de formação político dos profissionais, bem como para o perfil dos mesmos. Ademais o coletivo tem fomentado um processo de reflexão ampliado o que vem a contribuir para novas práticas nos serviços de saúde. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Educação continuada; Integralidade em saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: MS; 2009. 2 Nascimento, DDG; Oliveira, MAC. Competências Profissionais e o Processo de Formação na Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Saúde Soc. São Paulo 2010; 19 (4): 814-827. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/download/29705/31580>. Acesso em: 02 de setembro de 2015. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 107 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde A RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE E A INTERDISCIPLINARIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA Vanessa Soares Rehermann, Tatiane Moreira Vargas, Gisele Selistre Ramon Resumo O artigo apresenta a percepção de trabalhadores de uma unidade de atenção básica em saúde do município de Porto Alegre, quanto à inserção da Residência Integrada em Saúde. A contribuição dos residentes para a educação permanente na equipe e para a realização do trabalho de forma interdisciplinar, configurando-se como uma forma de atendimento integral à saúde dos usuários. Foram resgatados alguns dados históricos da criação das Residências no Brasil, analisando a importância da mesma na formação de novas práticas profissionais no Sistema Único de Saúde. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Formação Profissional, Residência Integrada em Saúde, Trabalho Interdisciplinar. Contato: [email protected] 108 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL COMO FACILITADORA DA INTEGRALIDADE E DO APOIO MATRICIAL NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE UM PERCURSO DE REDE Renan Brasil Cavalcante Citó, Elenice Araújo Andrade, Eline Mara Tavares Macêdo, Fernanda Rafaella Barbosa dos Santos, Gabriela de Castro Rodrigues, Lia Aragão Bezerra, Marcos Felipe Genuca da Silva Resumo Entre os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS, é na integralidade onde as mudanças têm sido menos aparentes1. Em parte, isso se deve a agendas de trabalho que não contemplam o matriciamento, muito embora esta ação esteja prevista na política da Atenção Básica – AB2. Nesta experiência, um (vivência prática em outro serviço ou setor) em saúde mental desencadeou um processo de matriciamento entre AB e Rede de Saúde Mental. Avaliar o impacto do de residentes para a construção da integralidade no serviço de saúde do território. O em saúde mental proposto teve uma carga horária de dezesseis horas realizadas em um Centro de Atenção Psicossocial – CAPS municipal. Foi dividido em quatro momentos de quatro horas: Conhecimento do serviço; observação participante das atividades; realização de ações educativas; e reunião de discussão e pactuação com coordenação e profissionais. Ao fim das atividades notou-se uma aproximação dos serviços, tanto no nível profissional quanto pessoal, tendo já sido realizado até o momento uma reunião de matriciamento em uma das Unidade Básicas de Saúde – UBS da área e atendimentos compartilhados pactuadas nesta reunião através da discussão de casos. Também em decorrência desta experiência estão se construindo ações de saúde mental na AB local e a continuidade do matriciamento. Ressalta-se ainda a procura de apoio do CAPS para expandir a experiência para as demais UBS do município. Assim, diante da situação apresentada, o entre serviços é uma estratégia eficaz para sensibilização e construção de um atendimento integral através do matriciamento. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização Internato e Residência; Saúde Mental; Integralidade. social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 MATTOS, Ruben Araujo de. A integralidade na prática (ou sobre a prática da integralidade). Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(5):1411-1416, set-out, 2004. 2 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Núcleo de Apoio à Saúde da Família / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 116 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica, n. 39). V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 109 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO EM UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Cassiela Roman, Mateus Augusto Pellens Baldissera, Claudete Adriana Moretti, Fabiana Scnheider, Viviane Vasconcellos Kulmann, Francine Feltrin De Oliveira, Leila Juliana Antunes Riggo Resumo Este trabalho relata a experiência de qualificação de um campo de prática de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS), em um município do estado do Rio Grande do Sul. Viabilizar a descentralização deste Programa, para além dos grandes centros urbanos, proporciona aos municípios do interior a formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde, em conformidade com suas realidades de saúde.1,2 Apresentar resultados acerca da avaliação desse campo de residência, na ênfase Saúde da Família e Comunidade, onde a RMS está inserida há três anos. Para a avaliação utilizou-se um formulário , onde todos os profissionais vinculados à equipe deste campo de atuação e residentes responderam de forma anônima aos seguintes tópicos: acolhimento, educação em saúde, ambulatório, controle social, visita domiciliar, vigilância em saúde, supervisão e trabalho de conclusão da RMS (estes dois últimos apenas para residentes e preceptores). Os tópicos foram estabelecidos com base na matriz curricular preconizada para o residente, levando em consideração que tais atividades são importantes para todos os profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde. A partir da análise das respostas, foi possível observar que os eixos mais problematizados foram: acolhimento, educação em saúde, vigilância em saúde e ambulatório (este último por conta do espaço físico limitado). Então, os eixos destacados foram levados à reunião de equipe do campo para discussão, a fim de elencar dois e elaborar um plano de ação visando à qualificação dos mesmos; os eixos elencados constituíram o do acolhimento e o da vigilância em saúde. Posteriormente, visando um planejamento a médio e longo prazo, se definiu que estes seriam abordados em espaços de Educação Permanente (EP), com o objetivo de empoderar todos os profissionais sobre os assuntos, bem como instituí-los de forma organizada no processo de trabalho. Assim, se observa que a RMS atua como prática de EP de maneira exponencial dentro da equipe, já que o aprender e o ensinar são introduzidos na prática cotidiana, possibilitando a modificação de fazeres cristalizados. Descentralização dos Serviços; Avaliação em Saúde; Educação Continuada. Contato: [email protected] 110 equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Grupo Hospitalar Conceição. Escola GHC: Manual do Residente. Porto Alegre, 2014. [acesso em 03 set. 2015]. Disponível em: http://escola.ghc.com.br/images/RIS/Manual%20do%20Residente%202014.pdf. 2 Grupo Hospitalar Conceição. Escola GHC: Projeto Político Pedagógico da Residência Integrada em Saúde do Grupo Hospitalar Conceição. Porto Alegre, 2009. [acesso em 03 set. 2015]. Disponível em: http://escola.ghc.com.br/images/RIS/Projeto%20Poltico%20Pedaggico%20RIS-GHC-final.pdf educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ANÁLISE DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE IMPLEMENTADA PELAS SECRETARIAS ESTADUAIS DE SAÚDE DA REGIÃO SUDESTE Lidiane de Freitas Sarmento, Tânia França, Kátia Rejane Medeiros, Ana Claúdia Pinheiro Garcia Resumo Introdução: Desde a criação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) no Ministério da Saúde em 2003, esforços vêm sendo feitos para definir políticas tanto no campo da gestão do trabalho quanto da educação dos trabalhadores de níveis técnico e superior do SUS. Essas iniciativas reforçam cada vez mais a importância da área de formação e desenvolvimento de recursos humanos para o SUS(1). Entre elas, está a estruturação, pela SGTES, da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) instituída em 2004 pela Portaria GM/MS nº198. Em 2007, esta é alterada pela Portaria GM/MS nº1996, que define novas diretrizes e estratégias de implementação da PNEPS com a proposta de ampliar as relações entre ensino e serviço trazendo mudanças significativas no processo de trabalho(2,3). Objetivos: Este estudo tem como objetivo analisar as iniciativas das Secretarias Estaduais de Saúde da região Sudeste relacionadas às ações de Educação Permanente em Saúde do SUS. Metodologia: Pesquisa documental a partir do levantamento e análise das ações de Educação Permanente presentes nos Planos Estaduais de Saúde e Relatórios Anuais de Gestão das Secretarias Estaduais de Saúde da região Sudeste disponíveis online. Resultados E Discussão: A análise dos Planos e Relatórios de Gestão Estaduais possibilitou verificar as áreas de concentração das ações de Educação Permanente, perfil profissional e níveis de atenção priorizados pelas iniciativas. A desarticulação e a heterogeneidade conceitual de iniciativas já desenvolvidas pelo SUS apresentam-se como problemas para o alcance de seus objetivos, sendo a PNEPS uma estratégia para superar as insuficiências de programas anteriores(4). Assim, a educação permanente parte do pressuposto da aprendizagem significativa e propõe que os processos de qualificação dos trabalhadores da saúde tomem como referência as necessidades de saúde das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde(5). Considerações Finais: Após sua constituição como política do Ministério da Saúde, ao agregar estratégias organizacionais e operacionais à sua dimensão conceitual, a PNEPS vem provocando maiores reflexões e produções acadêmicas sobre o tema, explicitando a importância da formação e gestão de recursos humanos para o SUS. equip e coletividad e humanização social Descritores Educação Permanente e Educação em Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Pierantoni CR. Tendências da gestão do trabalho e da educação na saúde na última década. In: França T, Garcia AC, Santos MR, Varella TC, Matsumoto KS. Gestão do trabalho e da Educação em Saúde. Rio de Janeiro:ObservaRH; 2012. p.67-103. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 198/GM/MS, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Brasília 2004; seção 1, p.37-41. 3 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1.996/07, de 20 de agosto de 2007. Dispõe sobre as diretrizes para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília 2007. 4 Durão AVR, Carvalho VF, Vieira M, Barreto CMG. A política de educação permanente em saúde: uma análise a partir de projetos aprovados pelo Ministério da Saúde. Trabalho & Educação (UFMG). 2007;I:1-16. 5 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política de educação e desenvolvimento para o SUS: caminhos para a educação permanente em saúde: pólos de educação permanente em saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Brasília 2004. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 111 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde ATUAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM GRUPO DE EXERCÍCIO FÍSICO VISANDO À PROMOÇÃO A SAÚDE Pablo Antonio Bertasso de Araujo, Jéssica Jacinto Krug, Katiucia Souza de Amorim, Lauriana Urquiza Nogueira, Scharlene Clasen, Leandro Andrade dos Santos, Fares Rashad Muslih Ahmad Resumo Os programas de Exercício Físico (EF) somados aos tratamentos convencionais têm demonstrado grande relevância quando se busca oferecer o cuidado integral aos usuários do Sistema Único de Saúde. Todavia, a prática por si só, não garante a ampliação do cuidado, sendo necessária uma abordagem multiprofissional de educação em saúde que propicie uma mudança do estilo de vida (MEV). avaliar os efeitos de um grupo de EF na qualidade de vida (QV) dos usuários. Metodologia: trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada através de entrevista e questionário semi-estruturado. A amostra foi constituída de participantes de um programa de EF. Foram avaliados 40 indivíduos de ambos os sexos, sendo 70% mulheres, com média de idade de 58,84 (±5,76) anos. O grupo de EF é coordenado pela profissional de Educação Física (EDF) do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e pelos residentes de EDF e Fisioterapia, caracteriza-se como de livre acesso, com frequência de três vezes por semana, duração de uma hora, apresentando atividades como: caminhada, fortalecimento muscular, alongamento e relaxamento. Quinzenalmente, é realizada uma abordagem educacional que envolve residentes das áreas, de farmácia, nutrição, odontologia e psicologia. foi relatada a adoção de comportamentos de vida mais saudáveis, maior comprometimento com o esquema terapêutico estipulado, melhora na capacidade funcional e qualidade do sono. A somar aos benefícios do EF amplamente reconhecidos, a educação em saúde torna-se um dos meios essenciais para contribuir no processo de construção da saúde coletiva. uma abordagem multiprofissional, com enfoque no cuidado integral e na promoção da saúde, demonstrou ter efeitos positivos na QV de participantes de um grupo de EF, por meio da MEV. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Estilo de vida; Exercício; Promoção da saúde. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Duarte Freitas P, Haida A, Bousquet M, et al. Short-term impact of a 4-week intensive cardiac rehabilitation program on quality of life and anxiety-depression. Annals of Physical Rehabilitation Medicine. 2011;54:132-43. 2 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, Cadernos de Atenção Básica. Diretrizes do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). Brasília: Ministério da Saúde, 2009. Contato: [email protected] 112 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 AUTO-CUIDADO COM A SAÚDE DOS USUÁRIOS EM SOFRIMENTO PSÍQUICO Dayane Degner Ribeiro Brasil, Laís de Freitas Oliveira Resumo Atualmente, a rotina de trabalho na Estratégia de Saúde da Família (ESF) traz uma demanda constante em saúde mental, representada pelos usuários em sofrimento psíquico, que demandam atendimento específico. Deve-se dissociar o conceito de saúde mental e “doença” mental, sendo necessário apontar aos profissionais que, ao fazerem atividades de promoção e prevenção à saúde, como grupos de atividade física, artesanato e momentos de confraternização com a comunidade, estão promovendo saúde mental. A educação em saúdedeve ocorrer com base em problemáticas cotidianas; a reunião de equipe é um espaço propício para discussõesrelacionadas à promoção de saúde e à desconstrução dos preconceitos relacionados ao adoecimento psíquico (CHIAVERINI, 2011). : Realizar educação permanente, com a ESF, acerca do cuidado ao usuário em sofrimento psíquico. : Trata-se de um relato de experiência, na modalidade de educação permanente em saúde, realizada com profissionais de uma equipe de ESF da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Foram realizados três encontros, entre julho e agosto de 2015, abordando as temáticas a seguir: psicose, transtorno de humor e ansiedade; apresentados através de discussão de casos, anteriormente, elencados pela equipe. Durante cada encontro,foi discutido caso compatívela temática elencada, refletindo com a equipe as demandas evidenciadas e sinalizando os sintomas, abordagem terapêutica e tratamento farmacológico, enfocando nos possíveis efeitos adversos que devem ser observados pelos profissionais. : Dentre os resultados da atividade, podemos citar: ampliação do conhecimento da equipe acerca na temática; reflexões sobre abordagem terapêutica relacionada aos usuários em sofrimento psíquico, sintomas apresentados e tratamento psicossocial e farmacológico; e trocas de conhecimento através de citações de situações similares aos casosdebatidos. A atividade de educação permanente se mostrou benéfica à equipe, permitindo uma reflexãoatentadas demandas em saúde mental e possibilitando uma atuação mais ativa da equipe na resolução das situações apresentadas. Referências 1 CHIAVERINI, DH et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Saúde mental; Promoção em saúde; Educação permanente em saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 113 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde AVALIAÇÃO DO USUÁRIO COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE Maynara Fernanda Carvalho Barreto, Maria do Carmo Lourenço Haddad, Cassieli Beatrice Tossin, Marcia Danieli Schmitt, Flavia Boaretto, Andreza Daher Delfino Sentone, Mariana Angela Rossaneis Resumo A avaliação tem como pressuposto estimar a eficiência, eficácia e efetividade das estruturas, processos e resultados frente aos serviços públicos de saúde na busca da resolubilidade e qualidade dos serviços prestados. É também fundamental no planejamento, gestão do sistema e educação permanente em saúde1-3. Relatar a experiência dos enfermeiros residentes na educação em saúde por meio da avaliação do usuário. Estudo descritivo que abordará o relato de experiência de enfermeiros residentes no serviço de qualidade de um hospital universitário público. Trata-se da realização de educação em saúde utilizando um instrumento que avalia a satisfação do usuário para com os serviços prestados. Considerando que as atividades assistenciais e gerenciais estão associadas, é realizado diariamente ações educativas com pacientes e acompanhantes por meio da apresentação de folderes relacionado aos seus direitos e deveres, bem como a importância da avaliação do usuário sobre os serviços prestados. Observou-se que as ações educativas propostas são facilitadoras na educação em saúde. Destaca-se a cultura organizacional, valores e conhecimento como fatores que interferem nos olhares e percepções das pessoas. Essas interfaces são necessárias e servem como fontes de informações nas avaliações dos processos de trabalho, podendo ser utilizadas como instrumento estratégico para os gestores de saúde na garantia da qualidade dos serviços. A educação em saúde com os usuários e as suas respectivas avaliações, podem ser utilizadas como instrumento norteador de educação permanente. Possibilita também, identificar e diagnosticar fatores que interferem na garantia da qualidade dos cuidados e serviços prestados. Ressalta-se a atuação do enfermeiro residente como educador nos processos de trabalho e elaboração de estratégias facilitadoras nas ações de educação permanente em saúde. social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Avaliação de processos e resultados; Garantia da qualidade dos cuidados de saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Minitério da Saúde. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2004. Canesqui Ana Maria. AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS DE SAÚDE. Vieira-da-Silva LM. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2014. 110p. ISBN: 978-85-754-1443-9. 2 Cad. Saúde Pública [Internet]. 2015 Mar [cited 2015 Sep 03] ; 31( 3 ): 654-655. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000300654&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311XRE030315. 3 Hartz ZMA Vieira-da-Silva LM, organizadoras. Avaliação em saúde: dos modelos teóricos à prática na avaliação de programas e sistemas de saúde. Salvador: EdUFBA/Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2005. Contato: [email protected] 114 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CAPACITAÇÃO CONTÍNUA DE TUTORES E PRECEPTORES NA RMP UMA NECESSIDADE Silvia Justina Papini, Maria Helena Borgato, Cassiana M. Bertoncello Fontes, Claudia Helena Bronzato Luppi, Ana Silvia Sartori Barravieira S. Ferreria, Janete Pessuto Simonetti, Denise De Cássia Moreira Zornoff Resumo A sociedade, em constante mudança, espera que a relação entre educação e trabalho possa contribuir com a renovação e desenvolvimento sócio-econômico. A Residência Multiprofissional (RMP) em Saúde do Adulto e Idoso da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP é uma pós-graduação lato sensu, com a inserção dos residentes nas redes de atenção à saúde de baixa, média e alta complexidade. O amálgama desta formação tem perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar e configura novos universos de referências e posturas profissionais, com interconexão entre o ensino, a pesquisa e o uso da tecnologia. Relatar a experiência de uso da Tecnologia da Informação no Programa de RMP. Parceria com Núcleo de Educação a Distância e Tecnologias da Informação em Saúde (NEAD.TIS) para desenvolvimento de ambiente virtual de apoio às atividades da RMP. Foi criado ambiente na plataforma Moodle, contendo materiais didáticos textos, fóruns e recursos colaborativos online. Além disso, promoveu-se treinamentos presenciais, no sentido de empoderar os usuários no uso do ambiente entre residentes, tutores e preceptores. O uso das tecnologias da informação foi bem recebido e vem contribuindo no processo cognitivo dos usuários da plataforma. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Educação em saúde. Tecnologia da informação em saúde. Interdisciplinariedade. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 115 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Maria do Patrocínio Barros Neta, Samya Rebeca Rocha Ferreira, Fernanda Alves Damasceno, Jarlan Ted do Nascimento Lima, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, José Henrique Linhares Resumo Educação em Saúde tem como objetivo o desenvolvimento, no ser humano, do senso de responsabilidade por sua saúde e capacidade de participar da vida comunitária de maneira construtiva¹. A Residência Multiprofissional constitui-se uma das etapas de aperfeiçoamento profissional, no sentido de que possam ampliar os conhecimentos teóricos, aplicando-os à prática, possibilitando o profissional vivenciar a atuação nos serviços de saúde, considerando uma visão mais integradora e articulada dos usuários do SUS e de suas necessidades de saúde². : Relatar a experiência das Fisioterapeutas da Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência em uma ação de Educação em Saúde. : O estudo trata de um relato de experiência realizado na semana da saúde em um hospital de ensino, no mês de abril de 2015, para os funcionários do serviço. Inicialmente foi ministrada uma palestra educativa sobre LER/DORT com um grupo de profissionais do hospital, abordando conceitos, diagnóstico precoce, tratamento e prevenção e em seguida foi realizado um momento de interação com os profissionais através de um alongamento ativo utilizando balões. : A atividade de educação em saúde realizada pelos residentes da fisioterapia possibilitou um momento de aplicação de conhecimentos de forma diferenciada, já que a abordagem do tema foi feita em grupo com os profissionais do hospital, tendo com essa prática a percepção do quanto é importante e produtivo as ações educativas em saúde, pois além de proporcionar um momento de aprendizado e orientações para o público-alvo, criou oportunidades de participação, troca de conhecimento, esclarecimento de dúvidas e interação social. : A realização de ação educativa em saúde é de grande importância na atuação profissional do fisioterapeuta, contribuindo no processo do autocuidado, fazendo com que os indivíduos ajudem na melhoria das condições de saúde. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Residência multiprofissional; Fisioterapia. multip rofissional interdisciplina ridade 1.BRASIL. Ministério da Saúde. Educação em Saúde: conceitos, 2006. 2 DINIZ, D.G, et al, 2013. Projeto do Programa de Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência. Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde. Secretaria municipal de saúde. Pontifícia universidade católica de São Paulo. Contato: [email protected] 116 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 EDUCAÇÃO PERMANENTE EM FOCO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM AS AGENTES COMUNITÁRIAS DE SAÚDE DE UMA UBS Luciano Santos da Silva Filho, Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Rebeca Bandeira Barbosa, Ana Cristina Oliveira Barreto, Sarah Persivo Alcântara, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Fernando Cavalcante Simões Resumo Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) são os profissionais que mais estão em contato com os usuários, além de serem multiplicadores de informações, atualmente não ocorre um trabalho sistemático de atualização desses profissionais. Relatar a experiência vivenciada de educação permanente para os ACS num bairro de um município brasileiro. Estudo descritivo, com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, elaborado a partir das oficinas de educação permanente desenvolvidas por sete residentes em Saúde da Família e da Comunidade, num período de maio a julho de 2015. A implementação das atividades está diretamente relacionada com a representação conceitual de educação permanente em saúde, em que o ensino e o aprendizado é integrado à vida cotidiana1. Os educadores buscaram desenvolver os assuntos abordados através da investigação das percepções das ACS conjunto à vivência diária, assim, elas eram estimuladas a reconhecer/problematizar/construir os conhecimentos e tensionadas a aplicar estes às situações corriqueiras. Observou-se que as ACS compreendiam que a porta de entrada do sistema constituía-se basicamente por elas, revelando assim, a compreensão da importância do trabalho exercido, no entanto, os educadores demonstraram também outros meios de adentrar no sistema, que abrangem toda a rede integrada de atenção primária à saúde. Segundo Mendes2 (2011), a Atenção Primária constitui o primeiro contato dos usuários, indivíduo e comunidade, facilitando o acesso, fornecendo atenção integral, de modo contínuo, alta resolubilidade dos problemas de saúde comuns. Durante a construção da rede de atenção observou-se também o desconhecimento por parte das ACS dos fluxos e contra fluxos pelos quais os pacientes passam de acordo com a necessidade. Assim, as novas competências são demandadas a fim de superar a formação técnico-cientificista que deixa por estimular e potencializar as inter-relações desenvolvidas entre os profissionais e usuários3. Embora as ACS possuam um conhecimento prévio sobre SUS, ainda assim, fazem-se necessárias mais ações voltadas à educação permanente, considerando que a formação técnica-teórica é restrita a cada núcleo profissional sem a articulação para a integração das redes, profissionais e usuários. social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Saúde da família. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 64p. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana de Saúde, 2011. 549p. 2 Ciuffo RS, Ribeiro VMB. Sistema de Saúde e a formação dos médicos: um diálogo possível?Interface – Comunicação, Saúde, Educação. Botucatu, v. 12,n. 24, p. 125-140, 2008. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 117 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde EDUCAÇÃO PERMANENTE NAS REDES DE ATENÇÃO EM SAÚDE Myrna Ellane Dias Costa, Fernando Rodrigues Peixoto Quaresma, Layanne Santos Carneiro Resumo Desde o início o sistema de Educação Permanente em Saúde vem sendo compreendido no mesmo momento que um conjunto de alternativas educacionais, articuladas que visam o desenvolvimento de ações voltadas para aprendizagem significativa para o processo de trabalho¹. Apresentar a importância na implementação da educação permanente dentro do processo de trabalho nas Redes de Atenção em Saúde. Foram utilizadas as bases de dados LILACS, SciELO, sendo selecionados um total de 05 artigos, publicados no período de 2012 a 2015 sobre o tema. A educação permanente é considerada como aprendizagem para o trabalho, no sentido que o aprender e o ensinar se incorporam na rotina das organizações e ao serviço. Recomenda-se ter como referência as necessidades de saúde das redes de atenção em saúde e da comunidade¹. As redes de atenção em saúde são estratégias direcionadas para o cuidado integral das necessidades de saúde da população. A mesma por diferentes arranjos organizativos formadores de ações e serviços de diferentes configurações tecnológicas e missões assistências formada por equipes multiprofissionais que se articulam de forma complementar tendo como base o território². A educação permanente representa uma estratégia que possibilita o estabelecimento de vínculo entre as redes de atenção em saúde, profissionais e comunidade promovendo assim a continuidade do cuidado e aumentando por meio da corresponsabilização da atenção a capacidade de resolutividade dos problemas de saúde mais comuns de forma a produzir um maior impacto na situação de saúde dentro de um determinado território. Referências 1 Barth OB, Aires M, Santos JLG, Ramos FRS. Educação Permanente em Saúde: concepções e práticas de enfermeiros de unidades básicas de saúde. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2014, 16 (3): 604-11. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Educação permanente, Ensino, Assistência à saúde. Contato: [email protected] 118 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Andressa Soares Seer, Bianca Fontana Aguiar, Leticia Pereira de Carvalho, Samara Andrade, Jane Melissa Webler, Biana Matucheski. Resumo Os profissionais da assistência à saúde, no contato direto com o paciente, acabam colaborando com a disseminação de microrganismos de um paciente para outro1. A higienização das mãos, é sem dúvida, a prática mais simples, eficaz e de maior importância na prevenção e controle de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao início e término de uma tarefa. Porém, a falta de adesão dos profissionais de saúde tem sido um dos maiores desafios para as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), assim como a forma incorreta das técnicas de higienização das mãos2. Durante a assistência ao cuidado com o paciente, existem momentos precisos que deve-se higienizar as mãos, sendo eles: antes do contato com o paciente, antes de realizar procedimentos assépticos, após risco de exposição a fluidos corporais, após contato com paciente, após contato com áreas próximas do paciente3. Avaliar a percepção dos funcionários quanto aos cinco momentos da higienização das mãos. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, baseado em um relato de experiência realizado durante a residência de enfermagem em Saúde da Criança e do Adolescente de um Hospital filantrópico da cidade de Curitiba. O estudo foi desenvolvido mediante a aplicação de uma atividade nos setores de unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital, na qual os funcionários das UTI’s: Neo natal, cardíaca, geral e cirúrgica, completaram a imagem dos 5 momentos da higienização e após o término da atividade receberam orientações sobre a higienização das mãos. A amostra foi composta por 44 colaboradores, respeitando os preceitos éticos da instituição. As imagens foram analisadas após a aplicação a atividade e foram obtidos os seguintes resultados: o momento 1 teve 68,2% de acertos, o 2 foram 40,9%, o terceiro momento ficou com 72,7%, o quarto com 59,1% e o quinto momento também com 59,1% Os resultados reafirmam a necessidade de ações que subsidiem reflexões frente aos cinco momentos da higienização das mãos. : Conclui-se que mesmo sendo uma temática bastante debatida, ainda é preciso realizar atividades de educação continuada com a equipe de saúde, destacando-se a importância da lavagem das mãos na prevenção de infecções hospitalares. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Assistência a saúde;Educação continuada; Higienização das mãos. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Anvisa, 2007. 2 Brasil. Manual para observadores: estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos. / Organização Mundial da Saúde; tradução de Sátia Marine – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária., 2008. 3 Vancini, A; Luz, IP; Fonseca, IAC; Barros, MMA. Higienização das mãos na unidade de terapia intensiva neonatal. Revista Intertexto [online], 2013. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 119 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde INTERDISCIPLINARIDADE NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: PROGRAMA DE RESIDÊNCIAMULTIPROFISSSIONAL DA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO, DA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA-BRASIL Silvia Justina Papini, Maria Helena Borgato, Cassiana M. Bertoncello Fontes, Ana Silvia Sartori Barravieira Ss Ferreria, Janete Pessuto Simonetti, Denise De Cássia Moreira Zornoff, Silvana Andrea Molina Lima Resumo A Política Nacional de Saúde Brasileira possui diretrizes para o cuidado das pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis nas Redes de Atenção à Saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. A atuação multiprofissional das áreas da saúde otimiza a articulação dos saberes e práticas específicas, contextualiza a Linha de Cuidado Centrada na Família e no Indivíduo, favorece a atuação, a integralidade e continuidade nos níveis da promoção e prevenção. O Programa de Residência Multiprofissional (PRM) em Saúde do Adulto e do Idoso, proposto pelo Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP ao Ministério da Saúde, foi aprovado e implementado em 2014. O objetivo é descrever a ação interdisciplinar no PRM. As metodologias ativas e tecnologias de informação e comunicação são estratégias de interação entre tutores, preceptores e residentes. Em 2015, contamos com 36 residentes de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Farmácia e Psicologia que atuam nos cenários da prática: Centro de Saúde Escola, Hospital das Clínicas e Rede de Atenção Básica. Os conteúdos interdisciplinares, previsto no projeto pedagógico, teórico, teórico-prático e prático das áreas de conhecimento articulam-se com os princípios do SUS e a construção de competências e habilidades para a atuação no sistema de saúde. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade A Equipe Interdisciplinar de Saúde; Internato não Médico; Programa de Atenção à Saúde do Idoso; Programa de Atenção à Saúde do Adulto; Ensino. Contato: [email protected] 120 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 METODOLOGIA ATIVA E MÍDIAS NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA Marina Medeiros Pombo, Silvio César Cazella, Ana Amélia Nascimento Da Silva Bones Resumo A mídias possuem uma linguagem audiovisual que é composta por outras três linguagens diferentes; a linguagem sonora, a visual e a verbal. Esse conjunto explora concomitantemente os olhos e ouvidos de quem assiste, englobando então o telespectador numa realidade apresentada. Frente a isto, os recursos audiovisuais de linguagem afetiva são ferramentas que mostram aos sujeitos uma realidade pelo olhar dos outros e despertam diversas emoções nos sujeitos que assistem por vezes emoções exacerbadas que dificultam a reflexão ou manipulam informações. Logo, quando se trata de intervenções voltadas ao enfrentamento da violência se faz necessário uma seleção de vídeos que utilizem uma linguagem afetiva sensível e reflexiva, sem um tom sensacionalista, que abordem a temática de maneira a permitir que o telespectador se reconheça na realidade apresentada e possa a partir disto se repensar dentro do seu cotidiano. Escolher mídias audiovisuais para intervenções de enfrentamento ao fenômeno da violência que possibilitem sensibilizar para que se tornem ativos na causa. A seleção das mídias audiovisuais teve inicio pela procura nos meios virtuais de vídeos que abarcassem a temática da violência com conteúdo que viesse de encontro à proposta de intervenção, sendo escolhidos vídeos de instituições reconhecidas no combate à violência. Depois disso, foram descartados vídeos com uma linguagem sensacionalista ou distante da realidade dos telespectadores. E por fim, os vídeos foram revistos, e dentro da escolha permaneceram os que despertavam um sentimento de responsabilidade e angustia sendo descartados os de linguagem didática no intuito de que esse conhecimento fosse construído a partir da realidade dos sujeitos. Durante a intervenção os vídeos escolhidos dispararam discussões com elementos do dia-adia em tom reflexivo, os docentes se colocaram como ativos no processo de pequenas práticas violentas banalizadas pela sociedade. E, além disso, o instrumento de avaliação mostra que 87,5% dos docentes ficaram satisfeitos com os recursos de mídia apresentados. A escolha prévia sobre a linguagem que o vídeo possui numa intervenção mostra diferença significativa ao tratar-se de temas delicados como a violência, permitindo uma escuta sensível pelos participantes e o estabelecimento de objetivos mais claros aos que intervém. E, além disso, Foi observado que os vídeos de instituições voltadas ao enfrentamento da violência apresentam o tema priorizando uma linguagem afetiva e sensível de estrema qualidade no que se refere a possibilidade de gerar uma reflexão sobre o tema. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade 1 VESCE, Gabriela E. Possolli, Site infoEscola, acesso: 01/09/2015. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 121 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde O PAPEL DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL NO ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA Ana Amélia Nascimento da Silva Bones, Silvio César Cazella, Millene Peduce, Luciana Ohveiler Mandião, Marina Medeiros Pombo Resumo O enfrentamento à violência é uma política pública atual que merece atenção, especialmente com 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente¹. A residência multiprofissional pode ampliar as opções do processo de educação em saúde ao sensibilizar e organizar o enfrentamento à violência infantil em conjunto com a atenção primária no território adstrito em condição social vulnerável, onde a violência está presente. Este trabalho, através do Programa Saúde na Escola, visa fortalecer a escola pública como local de proteção e cuidado às crianças e adolescentes vulneráveis à violência. Sensibilizar e instrumentalizar os docentes a respeito da rede de cuidados e proteção da criança e adolescente. Através da Metodologia da Problematização e coleta de dados por questionário formulou-se uma intervenção seguindo as etapas doArco de Maguerez². O público alvo foi todos os docentes de uma escola estadual de Porto Alegre- RS. Utilizou-se a compilação de protocolos assistenciais e mídias de linguagem afetiva para desenvolver aprendizagem ativa junto aos professores da escola, apresentando diversos serviços pertencentes à rede de cuidados e proteção social ³. O resultado do questionário mostrou que os docentes não se apropriavam da violência que permeia o cotidiano escolar, assim como os recursos utilizados para lidar com estas situações eram limitados a escola. Após a intervenção o resultado do instrumento de avaliação permitiu observar uma ampliação do conhecimento dos tipos de violência, pois 100% considerou que os recursos apresentados instrumentalizavam as suas práticas, indo ao encontro das situações reconhecidas e vivenciadas na escola. Bem como 87,5% se sentiram contemplados com a metodologia utilizada para abordar o fenômeno da violência. O residente multiprofissional pode assumir o papel de educador junto com seu preceptor perante os professores no Programa de Saúde na Escola para abordagem do tema Violência na Infância, integrando diversos pontos de assistência, fortalecendo a rede e os vínculos entre Educação e Saúde. social equip e coletividad e humanização Descritores Violência; Saúde escolar; Docentes. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Lei Federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Diário Oficial da União 14 de julho de 1990. 2 Berbel NAN. As Metodologias Ativas e a produção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n.1, p. 25-40, jan./jun. 2011. 3 Brasil. Linha de Cuidado Para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências: orientação para gestores e profissionais da saúde. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília, 2010. Contato: [email protected] 122 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O USO DO GENOGRAMA E DO ECOMAPA COMO FERRAMENTA NA LINHA DE CUIDADO Lara Suzane Weber, Ana Amélia Nascimento da Silva Bones, Márcia Pereira Saraiva, Silvio César Resumo Os programas de residência multiprofissionais, regulamentados pela Lei 11.129/20051, orientado pelos princípios e diretrizes do SUS, utilizam-se de metodologias ativas e participativas no processo de educação permanente visando à formação de profissionais habilitados para o trabalho em equipe2. A prática interdisciplinar e intersetorial apontam para novas formas de organização do trabalho, favorecendo o vínculo, acolhimento, acesso e contribuindo para a efetivação do SUS3. Com intuito de elaborar planos terapêuticos para o cuidado e proteção de crianças vítimas de violência, introduziu-se nas linhas de cuidados as ferramentas GENOGRANA e ECOMAPA, possibilitando a visibilidade da constituição familiar e da rede de apoio a ser utilizada 4. Desta forma, o presente relato de experiência tem como fundo o estudo de residentes sobre o caso de uma criança vítima de violência sexual em um contexto de vulnerabilidade extremo. Possibilitar o trabalho interdisciplinar e intersetorial de forma integrada e compartilhada entre equipes de diferentes serviços, a partir da utilização do genograma e ecomapa como ferramenta na linha de cuidado a criança vítima de violência. Sistematização de informações e construção do genograma e ecomapa a partir de documentos, contatos com os serviços de saúde, assistência, educação e proteção, bem como acompanhamento sistemático da família. A utilização do Genograma e Ecomapa possibilitaram o trabalho integrado e interdisciplinar na visualização das relações entre os serviços, a família e o território. A extensão do seu uso permite novas pactuações e intervenções, e fortalece os vínculos de forma coordenada para o cuidado e proteção. Estes se apresentaram como ferramentas gratuitas que demonstraram de forma gráfica as diferentes potencialidades a serem trabalhadas. O acompanhamento defamílias em contexto de vulnerabilidade e/ou violência pautado na integração entre a rede de proteção, assistência, educação e saúde possibilita maior resolutibilidade nas ações propostas. A necessidade de coordenação do cuidado vislumbra o empoderamento da atenção primária, havendo a possibilidade de incentivo da educação na saúde com a inserção da residência multiprofissional neste campo de atuação. social equip e coletividad e humanização Descritores Violência; Ação intersetorial; Internato não médico. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Lei nº 11.129 de 30 de junho de 2005. Institui o programa nacional de inclusão de jovens PROJOVEM; cria o conselho nacional da juventude - CNJ e a secretaria nacional de juventude; altera as leis n.ºs 10.683, de 28 de maio de 2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 414 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde). 3 Iribarry IN. Aproximações sobre a Transdisciplinaridade: Algumas linhas históricas, fundamento e princípios aplicados ao trabalho em equipe. Psicologia: Reflexão e Crítica 2003;16(3):483-90. 4 Pereira, Amanda Priscila de Souza, Graziella Martins TeixeiraI , Carolina de Araújo Belcorso BressanI , Jussara Gue Martini , Jussara Gue MartiniO genograma e o ecomapa no cuidado de enfermagem em saúde da família. Revista Brasileira de Enfermagem - REBEN - Rev Bras Enferm, Brasília 2009 maio-jun; 62(3): 407-16. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 123 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DOCENTE DOS PRECEPTORES DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE Eline Mara Tavares Macedo, Marcos Felipe Genuca Da Silva, Elenice Araújo Andrade, Gabriela De Castro Rodrigues, Renan Brasil Cavalcante Citó Resumo Os profissionais que atuam na preceptoria da Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) acompanham longitudinalmente todas as atividades dos residentes no território de atuação e focam suas contribuições mais especificamente nas práticas interprofissionais e colaborativas junto à equipe multiprofissional da Estratégia de Saúde da Família (ESF)¹. A residência vem como fomento a Educação Permanente em Saúde apontando possibilidades de uma formação no serviço, contribuindo na aprendizagem do residente². O objetivo é relatar algumas das percepções dos residentes em saúde da família e comunidade sobre a prática docente dos preceptores e sua influência na aprendizagem. Esta pesquisa utilizou uma metodologia de natureza descritiva, realizada a partir de observação participante e da revisão de literatura em janeiro à agosto de 2015. Foram realizadas atividades pedagógicas, utilizando métodos e instrumentos que estabelecem compromisso com um objeto e com a sua transformação, ao que acrescentamos na alteridade com os usuários e produção da saúde². As discussões obtidas nesse estudo referem-se ao fato de que os residentes estão implicados em processos de disputa ideológica hegemônica que acontecem durante a formação e no exercício profissional. Para transformar essa lógica, disparamos a reflexão crítica constante sobre o processo de trabalho dos residentes. A preceptoria merece destaque, pois reconhece o potencial educativo dos espaços de trabalho efetivando um aprendizado atrelado à realidade dos serviços. O presente estudo revelou que a prática docente no serviço é possível desenvolver habilidades e conhecimentos para uma formação profissional transformada e proporciona incorporar ferramentas que embasem a clínica ampliada e interdisciplinaridade, onde se constituem momentos de troca de experiências e saberes². Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Educação permanente; Preceptor; Formação profissional. multip rofissional interdisciplina ridade 1 BRASIL. Resolução da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde – CNRMS Nº 2 DE 13.04.2012. D.O.U: 16.04.2012. Dispõe sobre Diretrizes Gerais para os Programas de Residência Multiprofissional e em Profissional de Saúde, 2012. 2 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 1996 de 20 de agosto de 2007. Dispõe sobre as diretrizes para implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e dá outras providências. Brasília, 2007. Contato: [email protected] 124 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO GRUPO DE HIPERTENSO E DIABETICO Márcia Valéria Bezerra Cunha, Eriko Marvão Monteiro Duarte, Lucilene Silva Oliveira Lopes Resumo Introdução: O controle das doenças crônicas é o grande desafio da saúde pública atualmente, pois exige uma abordagem multiprofissional e ações interdisciplinares, próprias das equipes de saúde da família1. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são doenças crônico-degenerativas, caracterizada por níveis elevados e sustentados de Pressão Arterial (PA), e pela hiperglicemia causada pelo transtorno metabólico, respectivamente²³. É um relato de experiência de um projeto de intervenção de caráter descritivo, com objetivo de melhorar a abordagem da educação em saúde no grupo de HAS/ DM, iniciado por uma pesquisa bibliográfica para embasamento teórico da equipe de saúde. A abordagem diferenciada contou com planejamento dos assuntos, colaboração da Unidade Saúde da Família (USF), iniciando em maio de 2015. Semanalmente, duas microáreas são atendidas em grupo de HAS/ DM, onde o agente de saúde faz o convite aos usuários. Na USF, o usuário é recebido pelo agente, sendo feita a antropometria com aferição da pressão arterial e glicemia capilar pelo técnico de enfermagem, seguida da educação em saúde, com participação de toda equipe, fomentando a participação do usuário de forma inclusiva, focando no esclarecimento de dúvidas, estimulando a terapêutica multifatorial, pois discute os aspectos que influenciam na qualidade de vida do usuário. Finaliza com o atendimento individualizado, feito pelo médico e enfermeira. Essa abordagem, que respeita o conhecimento prévio do usuário, estimula sua participação e singularidade na terapêutica, causando envolvimento de forma ativa, promovendo sua autonomia com troca de experiências, melhora a adesão ao tratamento medicamentoso, ao plano dietético e de exercícios, promovendo o controle da doença e evitando suas complicações. Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 3 Brasil. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Diabetes Mellitus; Hipertensão; Educação em saúde. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 125 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA ENQUANTO PRÁTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE Francisco Timbó De Paiva Neto, Ana Osmarina Quariguasi Magalhães Frota, Francisca Elzenita Alexandre, Margarida Angélica Freitas, Lidiane Almeida Moura, Jéssica Andressa Soares De Carvalho, Maria Clariciane Cabral Almeida Resumo A Educação Permanente em Saúde (EPS) propõe uma nova forma de produzir conhecimento e de pensar a educação e o trabalho. A Residência em Saúde é uma estratégia de mudança da formação dos trabalhadores da saúde, com construção interdisciplinar, trabalho em equipe, educação permanente e de reorientação das práticas para atuação diferenciada no SUS1. : Descrever a percepção de profissionais da Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) sobre o programa enquanto estratégia de EPS. : Relato de experiência de uma equipe multidisciplinar de residentes, após vivências teórico-práticas nos ciclos e nas unidades de saúde. : A EPS é um método educativo que coloca o cotidiano do trabalho ou da formação em saúde em análise2. Sendo um processo necessário, pois a graduação é insuficiente para compreender as complexidades e desafios encontrados nos territórios. Na residência, a EP possibilita o diálogo com a realidade do serviço, capaz de perceber o contexto e transformá-lo, estando diretamente relacionada com a prática. Na RMSF são vários os espaços que proporcionam EP, como ciclos (exposição teórica), rodas de categoria, estudos multi, vivências nos equipamentos da rede, participação em Encontros de Residências, Fóruns. No território a EP ocorre em diferentes ocasiões de forma transversal, como em rodas das Unidades de Saúde, compartilhamento de casos, intervisitas, intergrupos, construção de Projeto Terapêutico Singular, mas para que os resultados sejam positivos é necessário conhecer as demandas do território, sua real necessidade. Percebe-se a importância da residência como estratégia de transformar a formação para o SUS,possibilitando a percepção do que necessita ser melhorado, e através da teoria e discussão fomenta as possibilidades de transformação da realidade através da efetivando a proposta de EP. A residência promove espaços de educação permanente capaz de ressignificar os processos de trabalho em saúde, melhorar as condutas profissionais e faz com que se sinta valorizado, uma vez que a EPS emerge de desafios e necessidades dos mesmos. social equip e coletividad e humanização Descritores Internato e residência; Educação permanente. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Lobato CP. Formação dos trabalhadores de saúde na residência multiprofissional em saúde da família: uma cartografia da dimensão política. Londrina, 2010. 2 Ceccim RB. Educação Permanente em Saúde:descentralização e disseminação de capacidade pedagógica na saúde. Ciência & saúde coletiva, 10 (4): 975-986, 2005. Contato: [email protected] 126 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 Residência multiprofissional em saúde: análise da oferta de programas financiados pelo Ministério da Saúde nos anos de 2009 a 2015 Lidiane de Freitas Sarmento, Tânia França Resumo Em 2005 é instituída a Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) e esta passa a ser considerada um dispositivo de educação em serviço, iniciando o desafio de sua institucionalização(1). Configurando-se como parte importante da política de formação de trabalhadores para o SUS, o Ministério da Saúde (MS) assume o papel de regular as RMS através da criação de vagas para a especialização de profissionais da saúde em áreas prioritárias do SUS. A partir do Programa Nacional de Bolsas para RMS, criado em 2009, são ofertadas bolsas para programas através da seleção por meio de editais lançados pelo MS com o intuito de “incentivar a formação de especialistas na modalidade residência multiprofissional e em área profissional da saúde, em campos de atuação estratégicos para o SUS e em regiões prioritárias do país.”(2). O presente estudo tem como objetivo mapear e caracterizar os programas de RMS aprovados pelo MS a nível nacional através de editais publicados em Diário Oficial da União(DOU) no período de 2009 a 2014. Trata-se de pesquisa documental de caráter descritivo, tendo como objetos de estudo editais de convocação e homologação de programas de RMS publicados em DOU pelo MS no período de 2009 a 2014, disponíveis online. : Desde 2009, 04 editais de convocação foram lançados em DOU e 351 programas homologados. A partir de 2012 foi observada uma padronização dos editais tanto no formato quanto na estipulação das áreas prioritárias para financiamento. A maior concentração de programas situa-se na região Sudeste, especialmente em São Paulo, e a menor na região Norte. Programas relacionados à Atenção Básica foram predominantes em todos os editais estudados, e logo após encontram-se os programas hospitalares e voltados para especialidades como Atenção Clínica e Cirúrgica especializadas e Atenção ao Câncer. As áreas menos expressivas foram Vigilância em Saúde e Saúde Indígena. Dentre as diversas instituições proponentes foi observado um predomínio de Universidades Estaduais e Fundações. Atualmente há uma grande variedade de programas que se diferenciam das mais diversas formas. A falta de articulação e debates sobre RMS contribui para esta diversidade, às vezes descaracterizando a proposta desta modalidade de formação. Este estudo justifica-se pela relevância de compreender a diversidade e a distribuição dos programas de RMS ofertados pelo MS no contexto da formação dos profissionais pela ótica interdisciplinar. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Residência não médica não odontológica; Educação Permanente e Educação em Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Portaria Interministerial n.º 2.117, de 3 de Novembro de 2005. Institui no âmbito dos Ministérios da Saúde e da Educação, a Residência Multiprofissional em Saúde e dá outras providências. Brasília 2005. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Portaria interministerial nº 1.077, de 12 de novembro de 2009. Dispõe sobre a Residência Multiprofissional em Saúde e a Residência em Área Profissional da Saúde, e institui o Programa Nacional de Bolsas para Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde e a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. Brasília 2009. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 127 educ açoã Eixo temático Resumos Educação permanente em saúde REUNIÕES MULTIPROFISSIONAIS EM UMA UTI PEDIÁTRICA Michele Cardoso Corrêa, Vanessa Campes Dannenberg, Gabriela Alves Pereira, Letícia Dione Caruccio, Larissa Edom Bandeira, Lauren Perdigão Affonso, Aline dos Santos Marquetto Resumo O trabalho multiprofissional é fundamental na reorganização da atenção à saúde no Sistema Único de Saúde, promove mudanças nos processos de trabalho e nas formas de atuar sobre o processo saúdedoença, fortalecendo a interação entre os profissionais e suas ações. Relatar a experiência de residentes multiprofissionais em saúde da criança em reuniões multiprofissionais que ocorrem na UTI Pediátrica de um hospital universitário. : Relato de experiência das reuniões multiprofissionais em uma UTI pediátrica. As mesmas ocorrem semanalmente, com duração de 2 horas, envolvendo médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e residentes das áreas citadas, para elaboração de um Projeto Terapêutico Singular diante das demandas dos pacientes desta unidade. São abordadas as histórias pregressa e atual, condições clínicas, contexto familiar e social dos pacientes e discutidas condutas e possíveis contribuições dos profissionais envolvidos no cuidado. Determina-se um plano terapêutico compartilhado por toda a equipe para cada indivíduo, o qual é evoluído em prontuário eletrônico. A partir desse modelo de reunião multiprofissional desenvolvido há cerca de 8 meses em nossa unidade, obtivemos maior interação e comunicação entre todos os profissionais, possibilitando maior resolução das demandas e uma abordagem mais integral de cada indivíduo. Deve ser valorizado como um espaço importante na construção de conhecimento para formação do residente multiprofissional. A discussão dos casos clínicos e a troca dos saberes entre os profissionais torna a assistência aos pacientes críticos mais resolutiva e humanizada, promove a otimização dos recursos humanos e técnicos e reduz a ocorrência de falhas. Contato: [email protected] 128 equip e coletividad e humanização social Descritores Atenção básica; Urgência; Emergência. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 CARDOSO CG, HENNINGTON EA. Trabalho em equipe e reuniões multiprofissionais de saúde: uma construção à espera pelos sujeitos da mudança.Trab. educ. saúde (Online), Rio de Janeiro, 2011; 9(1):85-112. 2 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2008. 3 Relações Interprofissionais; Assistência Integral à Saúde.Eixo temático: Educação permanente em saúde URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA? UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. Ariane Gonçalves Raupp, Francieli Comin Flores, Sabrina Lacerda da Silva, Cíntia Regina Dreunig Ferreira, Êrica Rosalba Mallmann Duarte . Entretanto, conforme o Manual RUE (1) e a Política Nacional de Atenção Básica – 2012(2), faz parte do processo de trabalho da AB a realização do primeiro atendimento às urgências. narra fatos transcorridos em uma aula de urgência/emergência na AB. onde estão todos materiais para emergência/urgência. Já nos pós-testes, com as mesmas questões, observou-se modificações nas respostas a partir dos conteúdos abordados na aula. A equipe referiu não se dar conta de que BM e Bombeiros fazem parte da rede de emergência e não sabiam que a Defesa Civil se localiza próximo a US referida. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_instrutivo_rede_atencao_ urgencias.pdf Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Atenção Básica – PNAB/2012. [acesso em 2015 agos 28]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA? UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Ariane Gonçalves Raupp, Francieli Comin Flores, Sabrina Lacerda da Silva, Cíntia Regina Dreunig Ferreira, Êrica Rosalba Mallmann Duarte Resumo Introdução: Falar sobre urgência/emergência na atenção básica (AB) pode soar com estranheza para alguns profissionais, nem todos identificam que esse tipo de atendimento seja feito nas unidades de saúde (US). Entretanto, conforme o Manual RUE (1) e a Política Nacional de Atenção Básica – 2012(2), faz parte do processo de trabalho da AB a realização do primeiro atendimento às urgências. Objetivo: O trabalho narra fatos transcorridos em uma aula de urgência/emergência na AB. Metodologia: A atividade foi construída pela enfermeira responsável pelo projeto, juntamente com as residentes da US. A aula começou com a notícia de uma menina que foi encontrada semimorta e foi levada até uma US. A partir desse gatilho, foi distribuído um pré-teste com perguntas chaves sobre primeiros socorros, urgência/emergência e o papel da AB. Resultados e Discussão: No pré-teste e no decorrer da atividade observou-se um estranhamento da equipe ao descobrir que a AB faz parte da RUE; sobre os termos urgência/emergência encontrou-se a troca dos conceitos, o que foi (re)descoberto pelos profissionais; ao referenciar os serviços de urgência/emergência do município, os profissionais não citaram os serviços que também atendem situações de risco iminente de morte como os Bombeiros, Brigada Militar (BM), Polícia Civil e Defesa Civil, apenas os serviços de saúde; e demonstraram conhecimento prévio sobre primeiros socorros, mas não sabiam, na US, onde estão todos materiais para emergência/urgência. Já nos pós-testes, com as mesmas questões, observou-se modificações nas respostas a partir dos conteúdos abordados na aula. A equipe referiu não se dar conta de que BM e Bombeiros fazem parte da rede de emergência e não sabiam que a Defesa Civil se localiza próximo a US referida. Considerações Finais: A equipe está motivada para as próximas atividades, inclusive as visitas a central de regulação do SAMU, Unidade de Pronto Atendimento e BM, a fim de (re)conhecer alguns dos serviços de retaguarda de urgência/emergência do município. Referências 1 Ministério da Saúde (BR). Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências do Ministério da Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_instrutivo_ rede_atencao_urgencias.pdf. 2 Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Atenção Básica – PNAB/2012. [acesso em 2015 agos 28]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Atenção Básica, Urgência, Emergência. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 129 educ açoã Eixo temático Resumos Participação, movimentos e controle social A PARTICIPAÇÃO DO RESIDENTE NA ORGANIZAÇÃO DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAÚDE Luciana Fantinel Ruiz, Maria Renita Burg Figueiredo, Mitiyo Araújo Debora Serafim, Denise Alves, Nidiane Vargas, Vivian Goulart Resumo Introdução: A Conferência tem por objetivo avaliar a situação da saúde, propor condições de acesso, de acolhimento, bem como definir diretrizes e prioridades para as políticas de saúde e desenvolvimento do controle social.1;2 Objetivo: Descrever a experiência dos residentes da RIS, na organização da Conferência de Saúde. Metodologia: Estudo descritivo, qualitativo, realizado com dez residentes (enfermeiros, fonoaudiólogos, assistentes sociais, farmacêutico, psicólogo e cirurgião dentista) que participaram da atividade entre os meses de maio e junho de 2015. Os residentes foram convidados pelo gestor municipal a integrar o Grupo de Trabalho Temário, responsável por confeccionar e organizar o caderno de textos além de organizar os relatores das pré-conferências e conferência de saúde. Ocorreram reuniões semanais, com discussões das metodologias de ação e debatidos os oito eixos temáticos da Conferência, definidos pelo Conselho Nacional de Saúde. Resultados: As informações com os relatos de experiência foram analisadas pela Técnica de Análise de Conteúdo de Bardin2 e apresentados em três temáticas: A experiência na construção dos textos; A elaboração do relatório consolidado das pré-conferências: Participação como delegado da conferência. Na plenária final da Conferência, participamos das proposições eleitas para as políticas de saúde municipais, o conjunto de propostas que serão encaminhadas à etapa estadual. A elaboração dos textos não foi tarefa fácil, dado o tamanho da responsabilidade de desenvolver um material que seria eternizado junto às memórias deste momento. Considerações Finais: Foi nossa primeira participação em conferência bem como na organização do evento. Consideramos um momento de exercício da democracia, de intensa participação social, de liberdade de proposição e discussão em prol da qualificação do nosso Sistema Único de Saúde. Referências 1.Resolução nº 501, de 07 de Maio de 2015. 2.Caderno Metodológico 6ª Conferência Municipal de Saúde. 3.Bardin L. Análise de conteúdo. In 60, editor: Lisboa; 2009.p.42. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Políticas públicas de saúde; Participação social; Direito à saúde. Contato: Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 130 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A PARTICIPAÇÃO POPULAR COMO FERRAMENTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE SAÚDE E POLÍTICA: RELATO DE FORMAÇÃO DE UM CONSELHO LOCAL DE SAÚDE Claudete Adriana Moretti, Mateus Augusto Pellens Baldissera, Cassiela Roman, Viviane Vasconcellos Kulmann, Francine Feltrin de Oliveira Resumo Descritores Conselhos de Saúde; Atenção Primária à Saúde. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Referências 1 Brasil. Lei n.º 8142, de 28 de dezembro de 1990, Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil]. Brasília, 31 dez. 1990; Seção 1, v. 128, n. 249, p. 25694-25695. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: Conforme a Lei nº 8.142/90, os Conselhos de Saúde estão presentes em todas as esferas de governo: municipal, estadual e nacional, e são definidos como órgãos colegiados de caráter deliberativo e permanente, com participação paritária de usuário em relação aos demais participantes (profissionais da saúde, representantes do governo e prestadores de serviços).1 Deste modo, partindo do nível macro e pensando em nível microterritorial de participação popular, iniciou-se o planejamento para desenvolver um Conselho Local de Saúde (CLS) vinculado a uma Estratégia Saúde da Família (ESF). Objetivo: Apresentar um relato de experiência da formação do CLS no território de um município do interior do estado do Rio Grande do Sul, onde há inserção de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS). Metodologia: Em julho de 2014, promoveu-se um momento de debate entre profissionais, residentes e população, a fim de fomentar a participação da comunidade nas decisões de saúde, bem como contemplar o eixo de Controle Social, preconizado na matriz curricular da RMS (na ênfase Saúde da Família e Comunidade). Resultados e discussão: A partir da boa aceitação e participação da população no primeiro encontro, decidiu-se dar continuidade às reuniões, as quais ocorrem mensalmente na ESF. Neste espaço são discutidas questões como: acesso, serviços oferecidos pela ESF, produtividade da equipe, grupos de educação em saúde, sugestões, apontamentos, entre outros, de acordo as demandas de saúde. Assim, após um ano de CLS, iniciaram-se movimentos para que este espaço seja legitimado e se torne politicamente fortalecido, através de regimento próprio e com perspectivas de representação no Conselho Municipal de Saúde.. Considerações finais: Acredita-se que o ingresso de residentes nesta ESF, potencializou a participação popular em saúde, além da aproximação evidente entre usuários e equipe, o que vem promovendo o fortalecimento dos vínculos, garantindo a integralidade da saúde. Contudo, apesar dos avanços, é perceptível que a participação popular no CLS necessita de constante estimulação, já que, ainda não se constitui, de fato, como um autêntico espaço de controle social amplamente conhecido pelos usuários deste território. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 131 educ açoã Eixo temático Resumos Participação, movimentos e controle social A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE NO CONTEXTO DE PRIVATIZAÇÃO DO SUS Nathália Moreira Albino, Priscila Maitara Avelino Ribeiro, Daiana Cristina do Nascimento, Rosana Arantes Freitas Resumo Introdução: a luta pelo direito à saúde foi firmada a partir do Movimento de Reforma Sanitária nos anos 80 e tem como uma de suas conquistas a implantação do Sistema Único de Saúde-SUS, em 1990. Ficou assegurada enquanto direito do cidadão e de dever do Estado e que atualmente vem sofrendo um processo de desmonte. A saúde têm se constituído como um dos setores em disputa no mercado, que pode ser visto pela expansão do setor privado de saúde dentro do SUS, por meio de várias modalidades de gestão, como por exemplo, as Organizações Sociais (OSs), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) entre outros, com o discurso de ingerência do SUS. A mercantilização da saúde faz parte da realidade de vários municípios e universidades públicas do Brasil. A residência nesse cenário tem sido utilizada como mão de obra e estratégia de recomposição da força de trabalho na saúde, e sofrido os rebatimentos da privatização da saúde. Objetivos: refletir acerca do contexto atual da saúde e sua implicação para a residência multiprofissional em saúde. Metodologia: trata-se de um estudo bibliográfico, a partir de artigos utilizados no módulo de saúde intitulado “Contexto da Saúde Brasileira” que faz parte das aulas do eixo específico do Serviço Social da Residência Multiprofissional em Saúde de uma universidade. A temática abordada neste módulo foi discutida entre tutores e residentes e delineada em três dimensões, que são: concepção de saúde, relação público privado, lutas sociais e a saúde. Foram realizadas leituras de artigos, discussões em aula e apresentação de documentários que envolvem a temática. Discussão e resultados: a partir das discussões realizadas, foi possível suscitar reflexões acerca da saúde na contemporaneidade e sua desconstrução como um direito social conquistado e assegurado constitucionalmente. Para além da troca de saberes, esse espaço viabiliza a construção coletiva de estratégias de intervenção que visem o fortalecimento das ações humanizadas, a ruptura das práticas verticalizadas em saúde e o engajamento na refutação da privatização do público, sobretudo, no cotidiano de trabalho dos residentes. Conclusão: é urgente e necessário fomentar espaços que propiciem a discussão da saúde no contexto atual, bem como a articulação da sociedade com os movimentos em defesa do SUS, o fortalecimento dos espaços de controle social a fim de enfrentar o desmonte da saúde, que deve ser pública, de qualidade socialmente referenciada. Contato: [email protected] 132 equip e coletividad e humanização social Descritores Saúde; Privatização. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1-BEHRING, E. R. Brasil em contra-reforma: desestruturação do Estado e perda de direitos. São Paulo: 2 º ed., Cortez, 2008. 2-BRAVO, M. I. S. Serviço Social e reforma sanitária: lutas sociais e práticas profissionais. 4º ed., São Paulo: Cortez, 2011. 3-SOARES, Raquel Cavalcante. A racionalidade da contrarreforma na política de saúde e o Serviço Social. In: BRAVO, M.I.S; MENEZES, J.S.B (orgs.). Saúde, serviço social, movimentos sociais e conselhos: desafios atuais. São Paulo: Cortez, 2012. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 AÇÃO EM COMUNIDADE COMO ESTRATÉGIAS PARA ACESSO E CUIDADO INTEGRAL AOS ADOLESCENTES Bruno Bezerra Maciel Resumo Introdução: Dentro do contexto do município, o público que mais se distancia dos postos de saúde é o de adolescentes. Esse trabalho objetiva descrever uma nova estratégia criada dentro do percurso da residência, culminada num projeto desenvolvido dentro de uma comunidade. Esta proposta nasce a partir da necessidade trazida pela comunidade e surge como enquanto estratégia pensada em conjunto com a comunidade para atrair os jovens. A partir de uma reunião para traçar estratégias para atrair esse público, foi desenvolvido um projeto, onde ocorreria um Campeonato de Travinha e uma gincana cultural. Objetivos: Relatar experiência gerada afim de criar estratégias para acesso e cuidado integral aos adolescentes. Metodologia: Relato de experiência, de natureza descritiva com observação participativa e referencia bibliográfica, realizado no mês de junho. Resultados e discussão: A Política de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes objetiva desenvolver um conjunto de ações com o propósito de atender os adolescentes numa visão biopsicossocial, enfatizando a promoção à saúde, prevenção de agravos, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação, melhorando a qualidade de vida dos adolescentes e de suas famílias ¹. Parte-se do pressuposto que ações que chamem integralmente o sujeito para a sua efetivação, que parta do lúdico, do lazer, imprimindo sentido às ações e aos momentos realizados, ajudam a compor uma teia mais dinâmica e saudável, potencializando os sujeitos e instigando os profissionais e população a ampliarem sua compreensão sobre saúde e clínica ampliada. Considerações Finais: Com essa rica experiência, conseguimos nos aproximarmos dos jovens da comunidade, conhecendo um pouco de sua história de vida, seus gostos e suas expectativas, sendo assim possível planeja ações futuras que o grupo se identificasse. Referências 1.BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de ações programáticas estratégicas. Diretrizes nacionais para atuação integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Brasília, DF. Disponível em <http:// http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_atencao_saude_adolescentes_jovens_promocao_saude.pdf>. Acesso em 30 de agosto de 2015 Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Saúde do adolescente; Estratégias; Integralidade. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 133 educ açoã Eixo temático Resumos Participação, movimentos e controle social ATUAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA NO FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA Karine Melo De Freitas, Franciany Grazielly Niza Cardoso, Deyverson Ricardo Pereira De Souza, Joelma Da Silva Freitas, Dulce Pimenta Gonçalves, Aline Ribeiro Nepomuceno Mota Resumo Controle social; Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Contato: 134 equip e coletividad e humanização Descritores social Referências 1 Lei nº 8142, 28 de dezembro de 1990 multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A participação popular é um princípio organizativo do SUS, exercido através dos Conselhos de Saúde e das Conferencias de Saúde1. A Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF), idealizada para otimizar a atenção primária a saúde, vem atuando no fortalecimento destas formas democráticas de controle social, participando assim, das discussões para o fortalecimento e organização dos serviços de saúde deste município. Objetivo: Estimular a participação social na discussão do fortalecimento do SUS, através da atuação dos profissionais da RMSF, nas instâncias de controle social. Metodologia: O Conselho Municipal de Saúde (CMS), sendo um órgão deliberativo e de caráter permanente, é reconhecido neste município, pela forma de atuação incisiva e veemente. É composto atualmente, por 24 membros, sendo 50% (12) representantes de usuários, 25% (6) do segmento de trabalhadores da saúde e 25% (6) de prestadores e gestores. Desde 2014, teve incluído neste colegiado, um preceptor da RMSF, representando o segmento de trabalhadores da saúde. Desta forma pode contribuir nas discussões de organização dos serviços municipais, com uma ótica tecnicista aliada a prática de trabalho na Atenção Primária à Saúde, que é um dos territórios de prática das equipes de RMSF. Resultado e discussão: Com participação efetivada no CMS, a RMSF foi fundamental na organização da 7a Conferência Municipal de Saúde, realizada em Julho/2015. Os Residentes, e profissionais egressos da RMSF, foram os agentes mobilizadores e de sensibilização da comunidade. Estes participaram de oficinas, ministrada pelo Preceptor que é membro do CMS, onde foram instruídos a estimular, no seu território de abrangência, a participação popular, como também na eleição de 400 delegados para a etapa municipal. Como continuidade deste trabalho, os Residentes tem como desafio a organização dos Conselhos Gestores Locais, que estão enfraquecidos ou inexistentes no cenário atual. Considerações Finais: A RMSF tem mostrado uma grande influência na organização dos serviços locais de saúde, nas discussões de políticas publicas, como também na mobilização da comunidade de sua área de abrangência. A participação dos profissionais envolvidos neste programa, nos colegiados de participação popular, deve ser estimulada para aperfeiçoar a contribuição da Residência no fortalecimento do SUS. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CONSTRUÇÃO DO CONSELHO LOCAL DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Emili Martins da Silveira, Bruna Vieira Resumo Introdução: Este trabalho se propõe a relatar a formação e estruturação do Conselho Local de Saúde (CLS) em uma Estratégia de Saúde da Família, a partir da iniciativa das residentes inseridas na unidade. Como um órgão permanente e deliberativo do SUS, o conselho de saúde atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1990). Objetivo: Relatar a construção e organização do CLS em uma ESF. Metodologia: A partir do estágio obrigatório em gerenciamento, as residentes de segundo ano definiram como uma das ações a ser executadas, reativar o CLS do território. O trabalho iniciou dentro da equipe, de modo a sensibilizar os profissionais sobre a importância da formação do CLS e da participação da equipe. Após a definição da data de início, o contato com a população se deu por convites entregues pelas Agentes Comunitárias de Saúde. Ainda, os profissionais se comprometeram a convidar os usuários que vêm à ESF, reforçando a importância da participação popular. Resultados e discussão: Na primeira reunião foi realizada uma apresentação sobre a estruturação, objetivos e funcionamento do espaço. Nas reuniões seguintes foi aprovado o regimento interno do CLS e definiu-se os nomes de alguns usuários para eleição de conselheiros. As reuniões ordinárias acontecem na primeira terça-feira de cada mês, às 19 horas, conforme aprovado em regimento. São divulgadas através de cartazes espalhados pelo território, além de avisos em eventos e encontros da comunidade. Considerações Finais: O CLS está em fase inicial e vem se estruturando com o protagonismo de usuários e alguns profissionais e residentes da ESF. Os participantes mostram-se comprometidos e implicados em divulgar o espaço na comunidade, de modo a mobilizar a população. Nota-se ainda significativa preocupação dos usuários em tomar conhecimento dos espaços de controle social no município, visando o engajamento na qualificação e avaliação dos serviços de saúde. Referências 1 Ministério da Saúde (BR). Lei nº 8142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 31 Dez 1990. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Conselhos de Saúde; Participação comunitária. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 135 educ açoã Eixo temático Resumos Participação, movimentos e controle social IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DA PRODUÇÃO CULTURAL COMO INSTRUMENTO MOBILIZADOR DE PROCESSOS DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL Franciele Machado Dos Santos, Tatiane Motta Da Costa E Silva, José Wesley Ferreira Resumo A utilização de letras de músicas, poesias, filmes, entre outros recursos lúdico, podem vir a sensibilizar os sujeitos, para que estes se reconheçam enquanto agentes que reproduzem e fortalecem os processos de violência, mas também enquanto indivíduos que sofrem com a violência estrutural, tida como elemento determinante das relações sociais na sociedade capitalista, e que se manifesta através das expressões da questão social. Tem como objetivo fomentar a reflexão acerca dos processos sociais universais para a partir disto instigar a mobilização e participação social. Faz-se uso do método dialético crítico como critério para análise e intervenção na realidade, o qual fundamenta-se em três grandes categorias: historicidade, totalidade e contradição. Além disto, utiliza-se ainda como metodologia a realização semanal de grupos de leitura e discussão. Tal proposta de trabalho espera obter ao longo das atividades realizadas resultados como fortalecer o pensamento crítico dos usuários envolvidos, estimulando as potencialidades existentes na utilização da produção artística existente enquanto instrumento de trabalho para ampliar o sentido da discussão sobre o controle democrático dentro e fora dos espaços institucionais. A materialização de projetos que almejam o fortalecimento e exercício de controle sobre as ações públicas pressupõem um processo de análise crítica acerca da realidade, em um movimento no qual os sujeitos possam tornarem-se primeiro protagonistas de suas próprias história, rompendo gradualmente com os níveis de alienação para, posteriormente, organizarem-se e partirem ao plano da ação. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Produção cultural; Participação social; Sensibilização. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Abreu, M; Cardoso, F. G. Mobilização social e práticas educativas. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. 1. ed. Brasília: CFESS e ABEPSS, 2009. 2 Boal, A. A Estética do Oprimido. Rio de Janeiro: Garamond, 2009. 3 Carbonari, J. G. A Questão Social Expressa Na Obra Musical De Raul Seixas. Porto Alegre, 2013. 4 Fischer, E. A Necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979. 5 Freire, P. Ação cultural para a liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. 6 Prates, J. C. A produção de uma nova cultura a partir da pesquisa e da arte: Contribuições do referencial marxiano. Textos e Contextos, v. 13, n. 2, jul./dez. Contato: [email protected] 136 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O RESIDENTE NO PAPEL DE RELATOR NA PRÉCONFERÊNCIA DE SAÚDE Bruno Henrique Santos, Gabriela Gianichini Silva, Miria Elisabete Bairros Camargo, Maria Renita Burg Figueiredo, Simone dos Santos, Raquel dos Santos de Souza, Juliana Cardoso Rodrigues Resumo Introdução: As Conferências de Saúde são espaços democráticos destinados a analisar a situação de saúde1, o desenvolvimento do SUS e a propor diretrizes para o planejamento e a construção da política de saúde nos três níveis de governo. Em cidades maiores, é pertinente a realização de pré-conferências com o objetivo de ampliar a participação de todos os segmentos e singularizar as propostas de acordo com a realidade de cada território. Objetivos: Relatar a experiência dos residentes na relatoria das préconferências de saúde. Metodologia: estudo descritivo, qualitativo, realizado com nove profissionais (enfermeiros, fonoaudiólogos, assistentes sociais, farmacêutica e psicóloga) que participaram como relatores de, no mínimo, uma pré-conferência de saúde, no ano de 2015. As informações foram analisadas pela Técnica de Bardin2 e apresentadas em três categorias: Resultados/Discussão: Como primeira participação dos residentes no processo de organização de uma Conferência Municipal de Saúde e na Relatoria de Pré-Conferências, pudemos vivenciar a participação popular democrática na saúde3. Estar na relatoria foi importante para, além da responsabilidade de compor os relatórios, vivenciar a discussão e produção de propostas dentro de cada um dos oito eixos, tornando um momento ímpar de troca de conhecimentos. Presenciamos a articulação de interesses de segmentos sociais, respeitando a paridade dentro de um espaço deliberativo4. Percebemos falta de argumento da população para aprofundar discussões, não conseguindo defender com embasamento seu ponto de vista e domínio de demais representantes nas discussões, desta forma, algumas propostas não obtiveram votos suficientes para serem contempladas. Considerações Finais: constatamos a necessidade de maior instrumentalização e empoderamento da população no intuito de participar mais ativamente das discussões e encontrar representações nos territórios, pois são eles que mais conhecem as necessidades locais. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade 1.Resolução nº 501, de 07 de Maio de 2015. 2.Bardin L. Análise de conteúdo. In 60, editor.: Lisboa;2009.p.42. 3.Caderno Metodológico 6ª Conferência Municipal de Saúde. 4.Documento Orientador de apoio aos debates da 15º Conferência Nacional de Saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 137 educ açoã Eixo temático Resumos Participação, movimentos e controle social PARTICIPAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE DA REGIÃO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL Lisiane Bernhard Hinterholz, Elizane Medianeira Gomes Pires, Elenir Terezinha Rizzetti Anversa, Fábio Mello Da Rosa Resumo Descritores Educação em Saúde; Participação Social; Sistema Único de Saúde. Contato: [email protected] 138 equip e coletividad e humanização social Referências 1 Freire P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra; 1996. multip rofissional interdisciplina ridade A participação social como um eixo temático do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPeS), constituí-se uma ferramenta disparadora de processos de trabalho e mudanças de paradigmas, a fim de empoderar o trabalhador em saúde para promover o controle social em seus territórios. Com isso, as Pré-Conferências Municipais compõem-se espaços ricos de discussão “in locu” para a melhoria das metas em saúde e fortalecimento da autonomia do sujeito/comunidade. Objetiva-se relatar a experiência do NEPeS na organização e mediação dos trabalhos em Pré-Conferências de saúde em um município de médio porte na região central do Rio Grande do Sul. Trata-se de um relato de experiência realizado em seis Pré-Conferências Municipais, que antecederam à 10ª Conferência Municipal de Saúde. Participaram desses momentos, além da equipe do NEPeS, usuários, gestores em saúde, profissionais da rede municipal da saúde, residentes multiprofissionais, acadêmicos, entre outros. As Pré-Conferências ocorreram entre os meses de abril a julho de 2015. Esta iniciativa surgiu a partir da necessidade de construir planos e metas em saúde que viessem a sustentar as demandas do território e embasar a elaboração do Plano Municipal de Saúde do município. Foram levantadas nesses espaços, necessidades e propostas de acordo com os eixos propostos, sendo esses discutidos em pequenos grupos e posteriormente levados às plenárias locais, onde eram preconizadas as mais relevantes. Pode-se inferir a baixa adesão dos usuários nestes espaços, abordagens de cunho político-partidárias, pouca iniciativa dos profissionais da atenção primária em saúde e metas focadas na atenção secundária e terciária, corroborando com a visão biologicista e verticalizada que caracteriza o modelo de saúde brasileiro. É preciso instituir/fortalecer os conselhos locais de saúde, a fim de que as Políticas Públicas, que visam à promoção da saúde, sejam potencializadas nos territórios rompendo paradigmas do modelo médico-centrado. Corroborando com Freire1, que diz que nossa História é um tempo de possibilidades e que nós a realizamos juntamente com os outros fazendo parte de um processo, é a participação que o autor aborda exaustivamente nos dias atuais, e que vem sendo praticada, na maioria das vezes, de forma antagônica a sua verdadeira acepção, ou seja, ostenta um caráter apenas reflexivo, desprovido da visão emancipatória capaz de romper com o fatalismo diante das mudanças sociais. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PERCEPÇÕES COMUNITÁRIAS Rui Teixeira Lima Junior, Eliane Gomes Santos, Maria Eunice Waughan da Silva, Rodrigo Neves Amaral de Souza, Luanda Café Santana dos Santos Resumo Introdução: Este trabalho consiste na apresentação do processo de avaliação e reconhecimento do território adscrito da Unidade de Saúde de Família. Sendo realizado no período de Maio à Julho de 2015, integrando a grade de atividades propostas pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da família. Objetivo: O objetivo deste trabalho visa em identificar dados, acontecimentos, vivências, histórias, desejos e outras percepções que possam auxiliar na compreensão sobre os processos sócio-históricos territoriais dentro da área de abrangência da unidade de Saúde. Metodologia: A metodologia utilizada neste estudo baseou-se na observação participante¹ e na cartografia² do território. Os entrevistados foram contactados a partir de indicações de moradores e profissionais dos equipamentos da região. Grande parte das pessoas entrevistadas para o vídeo possuem articulação no território dentro de fóruns de participação popular e equipamentos sociais na região. Tendo sido realizados dez encontros para a coleta dos depoimentos e registro audiovisual, bem como três encontros para organização do material coletado. Resultados: Foi possível identificar as mudanças ocorridas na região após a intervenção do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), seus avanços, os impasses entre a iniciativa pública e as demandas populacionais, bem como a ocupação do território e dos novos serviços pela comunidade. Considerações: Numa proposta de trabalho em saúde baseada no território e na clinica ampliada é necessário considerar os diagnósticos produzidos sobre os modos e condições de vida da população, através da percepção da mesma. Esse talvez seja nosso maior desafio: articular as avaliações comunitárias junto às dinâmicas do trabalho em saúde dos serviços - facilitando a compreensão de outros não identificados até o momento - nos espaços de produção de estratégias das ofertas de cuidado. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Estratégia de Saúde de Família; Participação Social; Integralidade em Saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 139 educ açoã Eixo temático Resumos Participação, movimentos e controle social PERCEPÇÕES DOS RESIDENTES EM SAÚDE MENTAL SOBRE: TRABALHO, ESTIGMA E USO DE DROGAS: ENCRUZILHADAS DA INSERÇÃO AO MERCADO ATUAL Benedita Maryjose Gleyk Gomes, Raquel Dutra Cunha Silva, Auriane Quixaba da Paixão de Sousa , Neydemar Cabral de Lima Ferreira , Maria Catarina Machado Paz, Lilia Fernandes de Moraes Resumo Introdução: O artigo é fruto de uma pesquisa qualitativa realizada no Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras drogas (CAPS-AD), onde os Residentes em Saúde Mental através de análises e observações com os usuários e profissionais do serviço, fizeram suas percepções acerca da inserção do dependente químico no mercado de trabalho. Objetivo: O objetivo foi analisar a inserção no mercado de trabalho dos usuários de drogas na relação com o estigma do uso de substâncias psicoativas. Metodologia: O presente artigo foi construído por meio de pesquisas bibliográficas e documentais, observações e análises do contexto pesquisado. Também foi utilizado como referencial o Interacionismo Simbólico, “Considera-se que o interacionismo simbólico é, potencialmente, uma das abordagens mais adequadas para analisar processos de socialização e ressocialização e também para o estudo de mobilização de mudanças de opiniões, comportamentos, expectativas e exigências sociais” ( CARVALHO; et. Al, 2010, p. 148). Resultado e discussão: Notamos que partir do monumental desemprego, a falta de oportunidades para estudar e a precarização constante do trabalho deixaram ainda mais difícil ter uma profissão e se inserir no mercado, com isso as pessoas tiveram que organizar novas formas de produção de renda, onde o trabalho informal e a ilegalidade passam a ser um meio de sobrevivência e o tráfico de drogas passa a ser uma das poucas opções de renda, porém como consequência, estigmatiza e exclui ainda mais o indivíduo da sociedade e lhe acarreta a discriminação e a criminalização. Considerações finais: Verifica-se no estudo que a discriminação, o preconceito e a estigmatização assombram a vida dos usuários e até mesmo dos ex-usuários de drogas, pois, como citamos anteriormente, apesar dos avanços da Política Nacional sobre Drogas, o usuário ainda tem obstáculos na sua inserção social. social equip e coletividad e humanização Descritores Mercado de trabalho; Estigma; Drogas. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 GOFFMAN, E. Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada. Zahar Editores, Rio de Janeiro. Publicação original 1891. 2 CARVALHO, V. D; BORGES L. O; RÊGO D. P. Interacionismo Simbólico: Origens, Pressupostos e Contribuições aos Estudos em Psicologia Social. – Psicologia Ciência e Profissão, 2010, 30 (1), (pág. 146-161). Contato: [email protected] 140 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PROJETO SAÚDE NO TERRITÓRIO: UMA FERRAMENTA DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL EM PROL DA QUALIDADE DE VIDA DE UMA COMUNIDADE Marcos Felipe Genuca da Silva, Eline Mara Tavares Macedo, Renan Brasil Cavalcante Citó, Gabriela de Castro Rodrigues, Elenice Araújo Andrade, Fernanda Pinheiro Peixôto de Souza, Mayara de Sousa e Silva Resumo Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) é orientado a se organizar em bases territoriais¹. Os territórios são espaços geográficos com perfil histórico, demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural, caracterizando-o como um lugar em permanente construção². O Projeto de Saúde no Território (PST) é uma ferramenta de orientação e organização do trabalho da Estratégia Saúde da Família (ESF), que visa ampliar as ações da Atenção Básica no Brasil³. Objetivo: Relatar a experiência de uma equipe de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade na elaboração e execução de um PST. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, de natureza descritiva com observação participante e referências bibliográficas, realizada no período de Julho a Outubro de 2014. Resultados e discussão: A fim de mobilizar e envolver a comunidade em virtude da problemática do acúmulo de lixo nas ruas, foram realizadas reuniões com exposição dos problemas e possíveis soluções, optou-se pela realização de caminhadas ecológicas com abordagem educativa, relacionando os agravos de saúde inerentes ao meio ambiente. As reuniões para discussão sobre o PST contaram com a participação dos residentes, da gestão, profissionais da ESF e população. Foram então pactuadas 04 datas mensais para realização da “caravana da saúde e meio ambiente” que percorria as ruas do bairro, onde os próprios moradores eram sujeitos participantes e atuantes da atividade. Considerações finais: A experiência de mobilizar a comunidade e outros dispositivos do território para buscar soluções aos problemas apresentados é bastante relevante na dimensão da emancipação dos sujeitos e conscientização do seu papel na promoção da saúde. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Atenção primária à saúde; Território. multip rofissional interdisciplina ridade 1 BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Brasília, DF. Disponível<http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm>. Acesso em: 29 agosto 2015. 2 MONKEN, M. BARCELLOS, C. Vigilância em saúde e território utilizado: possibilidades teóricas e metodológicas. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 898-906, maio-jun. 2005. 3 BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 141 educ açoã Eixo temático Resumos Participação, movimentos e controle social SALA DE ESPERA DE CONTROLE SOCIAL: O RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM DESAFIO Evaldo Fábio Da Silva, Jucélia Salgueiro Nascimento, Kamylla Maryana Barros Aguiar, Elizabeth Rose Nogueira De Albuquerque, Luana Dos Santos Nunes, Gleiciane Oliveira Faustino, Jéssica Maria Barros Da Silva Resumo Introdução: De acordo com a lei 8.080/90¹, em seu capítulo II, a participação da comunidade está entre os princípios/diretrizes do SUS. No entanto, é necessário que os usuários sejam empoderados, e as ações de educação em saúde são ótimas oportunidades para que a participação da comunidade seja efetivada. Objetivo: Relatar a experiência das salas de espera com o tema controle social realizadas em uma Unidade de Saúde da Família (USF). Metodologia: Foram realizadas três salas de espera e utilizada metodologia ativa para que as pessoas participassem efetivamente da construção dos conhecimentos. Não foram feitas palestras ou outra forma tradicional de imposição de conhecimentos. Resultados e discussão: Como resultado da abordagem do assunto controle social, após a realização da segunda sala de espera, a direção da unidade se mostrou incomodada, alegando que os usuários do serviço não entenderiam o que estava sendo dito, podendo causar problemas na unidade, citando o exemplo de uma usuária do serviço que questionou algo relativo ao funcionamento da USF. Por fim, após a realização da terceira sala de espera, a direção da unidade ordenou o encerramento destas. Ao contrário disso, o controle social na saúde deve ser proposto, estimulado e garantido pelos dirigentes da saúde². Considerações finais: Concluímos que existe grande resistência por parte da direção da USF de que os usuários do serviço sejam empoderados. Acreditamos que a direção da USF deveria ter aproveitado a oportunidade para orientar os usuários quanto à busca pela garantia de seus direitos na saúde pública e serviços de melhor qualidade. Referências 1 Brasil. Presidência da República, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências [Internet]. Brasília, DF; 1990. [acesso em 2015 nov. 2]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm. 2 Rolim LB, Cruz RSBLC, Sampaio KJAJ. Participação popular e o controle social como diretriz do SUS: uma revisão narrativa. Saúde em Debate [internet]. 2013 [acesso em 2015 ago 21]; 37(96): 139147. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v37n96/16.pdf. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Participação comunitária; Relações comunidade-instituição. Contato: [email protected] 142 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 TERRITORIALIZANDO: CONHECENDO A COMUNIDADE PELO OLHAR DA JUVENTUDE Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Rebeca Bandeira Barbosa, Ana Cristina Oliveira Barreto, Sarah Persivo Alcântara, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Luciano Santos Da Silva Filho, Fernando Cavalcante Simões Resumo Introdução: A territorialização é um potente instrumento de organização do trabalho e das práticas de saúde, tendo em vista que as atividades são desenvolvidas considerando as especificações geográficas e sociais de uma determinada área¹. Este processo permite a aproximação com a população e a sua inclusão no processo saúde-doença. O território é formado por diferentes cenários e populações, sendo que cada grupo apresenta sua perspectiva própria. Por esta razão surgiu a seguinte indagação: Qual a visão das crianças e adolescentes sobre o seu território? Esta inquietação originou uma oficina objetivando incluir a juventude no processo de participação social e conhecimento do território. Metodologia: O estudo é um relato de experiência com abordagem qualitativa, elaborado a partir de uma oficina com a temática “O Conhecimento do Território e o Entendimento Sobre Saúde”. Para sua execução optou-se pela utilização de um jogo de tabuleiro, abordando as características do bairro e a situação de saúde. Resultados e dicussão: Constatou-se como potencialidades do bairro as atividades desenvolvidas por alguns equipamentos e como vulnerabilidades a ausência de acesso a lazer e a estrutura física do local. Revelou-se a naturalidade que os mesmos tratavam o tema drogas e que já haviam presenciado tais substâncias na escola, daí a preocupação com a pressão social aliada com a curiosidade, as quais impulsionam o início do vício2. Sobre a saúde percebeu-se influência da família e sociedade no discurso dos mesmos, havendo um contraste nas falas, sendo o atendimento hora ruim e hora bom e acolhedor. Corroborando com isto, sabe-se que nem sempre o cuidado prestado agrada a todos os usuários3. Conclusão: O desenvolvimento desta atividade permeou a necessidade de ouvir a juventude, provocando o interesse e incentivando sua participação. A partir desta experiência, se conheceu a necessidade de saúde desta população, norteando as ações a serem realizadas, e possibilitando os jovens a serem sujeitos ativos e voz presente na saúde local. social equip e coletividad e humanização Descritores Adolescente; Participação Comunitária e Integração Comunitária. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Monken M, Barcellos C. Vigilância em saúde e território utilizado: possibilidades teóricas e metodológicas. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(3):898-906, mai-jun, 2005. 2 Garcia JJ, Pillon SC, Santos MA. Relações entre contexto familiar e uso de drogas em adolescentes de ensino médio. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2011 May-June; 19 Spe No:753-61. 3 Santos BP, Nunes FN, Noguez PT, Roese A. Atenção à saúde na estratégia saúde da família: reflexões da perspectiva do usuário com doença crônica não transmissível. Revista Baiana de Saúde Pública v.38, n.3, p.665-678 jul./set. 2014. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 143 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Tatiane Motta da Costa e Silva, Susane Graup Resumo O Sistema Único de Saúde vem abrindo espaço para a atuação dos profissionais que não são da área médica. As Unidades Básicas de Saúde, assim como, as residências multiprofissionais custeadas pelo Ministério da Saúde e oferecidas aos recém formados, contemplam hoje uma grande diversidade de especialidades¹. Frente a está realidade a Educação Física vem conquistando seu espaço também2. O estudo teve como objetivo relatar as formas de atuação do profissional de Educação Física na saúde mental, bem como, as dificuldades encontradas por ele em sua prática diária. Caracteriza-se por ser de natureza descritiva relatando uma experiência vivenciada nos serviços da rede de atenção psicossocial. Observou-se o cotidiano dos profissionais de Educação Física que atuam nestes locais. Através das observações foi possível perceber que as atividades desenvolvidas nos serviços de saúde mental são bastante diversificadas, oferecendo atendimentos em grupos e individuais, oficinas terapêuticas e de criação, além de atividades físicas. O profissional de Educação Física se insere nesta prática ministrando atividades variadas que envolvem as diversas manifestações da cultura corporal do movimento humano, como atividades recreativas, esportivas e de expressão corporal. No entanto, a dificuldade de comunicação com os demais integrantes da equipe, o conformismo dos profissionais frente aos problemas do serviço, a falta de formação continuada e a falta de materiais e de espaço físico para o trabalho comprometem a qualidade das atividades que são ofertadas, resultando em uma significativa evasão dos usuários. Porém, apesar das dificuldades observadas acredita-se que o profissional de Educação Física tem uma importante função na saúde mental, visto que através da sua atuação profissional é possível criar um viés crítico que visa à transformação social dos sujeitos em sofrimento psíquico. Desta forma é possível contribuir com a integração dos sujeitos com o meio, valorizando uma visão integral de ser humano e possibilitando o exercício de seus direitos de cidadãos. Referências 1 Entrevista: Ubirajara Brites. Educação Física e Políticas Públicas. CREF2/RS. Revista - Ano IV nº 10. 2 Amâncio Filho, A. Dilemas e desafios da formação profissional em saúde. Interface, Botucatu, v. 8, n. 15, 2004. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Educação Física; Saúde Mental. Contato: Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 144 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A CORPORIEDADE NA PREVENÇÃO DAS SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA Ana Amélia Nascimento Da Silva Bones, Silvio César Cazella, Millene Peduce, Luciana Ohveiler Mandião, Marina Medeiros Pombo Resumo Introdução: A Residência Multiprofissional por sua característica de integralidade pode articular projetos de educação em saúde1, sendo o Programa de Saúde na Escola um potencializador para uma comunicação próxima entre esses setores e o território2. Nossa proposta foi uma intervenção que possibilitasse a articulação efetiva entre saúde e educação a partir de atividades lúdicas com os estudantes do ensino fundamental de uma escola pública do Sul do Brasil. A ideia foi de prevenção da violência partindo do reconhecimento do próprio corpo e seus limites na relação com o mundo. Conscientizando as crianças e adolescentes a respeito do espaço existente entre os sujeitos, potencializando a possibilidade de ferramentas para elaboração das situações de violência que percorrem seus corpos no dia-a-dia3. Objetivo: Trabalhar o fenômeno da violência a partir de uma consciência das questões que envolvem a corporeidade. Metodologia: Respeitando a faixa etária e o desenvolvimento das crianças, realizaram-se intervenções utilizando ferramentas da corporeidade para abordar a temática da violência. Nos 1° e 2° anos do ensino fundamental, abordou-se a construção e desconstrução do corpo, através da dinâmica Boneco de Lata e confecção do mesmo. Nos 3° ao 5° anos trabalhou-se a autoimagem e a identificação dos sentimentos, se propôs o desenho do próprio corpo, onde foram coloridos pelas crianças as partes do corpo em que são percebidos seus sentimentos. No 6° ano a proposta foi contornar um corpo com palitos de picolé inseridos em um isopor, delimitando o espaço e reconhecimento visual do limite corporal. Nos anos finais (7° ao 9°) foi feita uma roda de conversa com essa temática através da dinâmica da Teia para motivar o diálogo. Resultados e discussão: As atividades desenvolvidas permitiram que as crianças e adolescentes tivessem um maior contato com seu corpo e com outras formas de percepção da violência. Desta forma puderam expressar suas ideias e sentimentos, assim como lidar com as diferenças circulantes no grupo. A partir da intervenção os estudantes visualizaram o limite corporal do outro, para se permitirem respeitá-los. Considerações Finais: É possível trabalhar de forma articulada entre saúde e educação, em uma perspectiva preventiva frente ao fenômeno da violência, entendendo a escola como espaço potente para o desenvolvimento dessas atividades. social equip e coletividad e humanização Descritores Violência; Regiões do corpo; Saúde escolar. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Belini MIB, Faler CS. Intersetorialidade e Políticas Sociais: Interfaces e Diálogos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014. 2 BRASIL. Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências [acesso em: 14 mar de 2015]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6286.htm. 3 Benetti GMF, Azambuja G, Almeida MGF, Vieira MA. A potencialidade da corporeidade na escola: Potencialidades de transformação nas práticas educativas à potencialidade. VIDYA: Revista eletrônica [Internet]. 2002 [acesso em: 28 ago de 2015],v.21.n.38,p125-32.Disponível em: http://periodicos.unifra.br/index.php/VIDYA/article/viewFile/460/436. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 145 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde A DESCENTRALIZAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA Fabiana Scnheider, Mateus Augusto Pellens Baldissera, Claudete Adriana Moretti, Cassiela Roman, Viviane Vasconcellos Kulmann, Francine Feltrin De Oliveira, Leila Juliana Antunes Riggo Resumo Introdução: O Programa de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) é uma modalidade de formação em serviço, voltada para a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse trabalho se propõe a apresentar a experiência partilhada, da descentralização da RMS em ênfase Saúde da Família e Comunidade, entre uma instituição formadora e um município do interior do Rio Grande do Sul.1,2 Objetivo: O referido Programa tem por objetivo especializar profissionais de diferentes áreas da saúde, a fim de atuar de forma interdisciplinar nos diversos níveis de atenção e gestão do SUS, disseminando a formação de trabalhadores da saúde para além dos grandes centros urbanos. Metodologia: No ano de 2012, firmou-se convênio para implantação da RMS. Em 2013, os residentes de psicologia, enfermagem e farmácia começaram sua formação junto a duas unidades de saúde, selecionadas devido à disponibilidade dos preceptores e das equipes das Estratégias Saúde da Família em recebê-los. Estes se inseriram nas ações de atenção primária à saúde, as quais consistem em: coordenação de grupos de educação em saúde e educação permanente, vigilância em saúde, participação no Conselho local de Saúde, atendimento clínico, acolhimento, visitas domiciliares e atividades educativas de promoção e prevenção na escola, conforme preconizado no plano de ensino da Residência. Resultados e discussão: O movimento inaugurou a proposta de descentralização da RMS no estado, oportunizando uma nova experiência na formação em serviço. Assim, podemos afirmar que o trabalho realizado se constitui como uma potente oferta de especialização profissional, pautada na lógica da educação permanente e com capacidade de impactar na qualidade da assistência à saúde, formando profissionais para atuar no SUS. O residente em formação volta-se para a construção de competências e articulação de saberes em face às circunstâncias encontradas no campo da prática, e, atuando de forma crítica, busca integrar a dimensão reflexiva às rotinas da equipe de saúde. Considerações finais: Com essa vivência reafirmamos a necessidade de descentralizar e disseminar a RMS, potencializando a capacidade pedagógica nos serviços de saúde, comprometendo trabalhadores, gestores, formadores e o controle social nesta proposta de formação. Essa ação é fundamental para constituir o SUS verdadeiramente como uma rede-escola, com toda a força para intervir na produção do cuidado à saúde. Contato: [email protected] 146 equip e coletividad e humanização social Descritores Descentralização dos serviços; Saúde da família; Educação continuada. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Grupo Hospitalar Conceição. Escola GHC: Manual do Residente. Porto Alegre, 2014. [acesso em 03 set. 2015]. Disponível em: http://escola.ghc.com.br/images/RIS/Manual%20do%20Residente%202014.pdf. 2 Grupo Hospitalar Conceição. Escola GHC: Projeto Político Pedagógico da Residência Integrada em Saúde do Grupo Hospitalar Conceição. Porto Alegre, 2009. [acesso em 03 set. 2015]. Disponível em: http://escola.ghc.com.br/images/RIS/Projeto%20Poltico%20Pedaggico%20RIS-GHC-final.pdf. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A IDENTIFICAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA ASSOCIADA AO PROTOCOLO DE MANCHESTER: UMA CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA PARA A SUA IMPLANTAÇÃO Francine dos Reis Pinheiro, Carlos Honorato Schuch Santos Resumo Introdução: As informações apuradas no processo de acolhimento do Protocolo de Manchester (PTM) podem se constituir como fonte de informações que acompanha o caminho percorrido pelo usuário dentro do hospital, desde a sua chegada até a sua saída. Para que isso seja possível, faz-se necessária a adesão de sistemas de informação e outras tecnologias, que podem suportar todo este processo. Uma destas tecnologias combinadas pode ser a identificação por radiofrequência. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é averiguar se a utilização da tecnologia de identificação por radiofrequência pode aprimorar o processo de acolhimento do PTM. Metodologia: Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, na qual utilizou-se informações disponíveis em bases de dados para escolher a ferramenta informacional mais adequada para o caso estudado. A análise, especialmente a relacionada com a escolha da tecnologia, levou em consideração as variáveis: a) tempo; e b) quantidade de informações relevantes que podem ser armazenadas e disponibilizadas. Além disso, levou-se em consideração a capacidade de acoplamento à tecnologia/ferramenta já utilizada pelo hospital estudado, que é o PTM. Resultados e discussão: O sistema de Identificação por Radiofrequência (RFID) possibilitaria um acesso facilitado a informações importantes sobre o paciente pelos médicos e pela equipe de enfermagem. Isso poderia proporcionar um atendimento mais humanizado pelo acesso rápido aos seus dados e pelo reconhecimento imediato do indivíduo, impactando diretamente na qualidade de serviço ofertada, pois reduziria muito ou, na situação limite, eliminaria o retrabalho de “amnésia” nas diferentes unidades e setores que o paciente percorrer. Considerações Finais: A qualidade das informações pode determinar o sucesso ou o fracasso do atendimento ao usuário. Essa qualidade pode ser função do tempo que leva essas informações para o tomador de decisão, normalmente o médico. Uma das formas alternativas possíveis é a utilização do sistema RDIF, pois consegue reduzir de forma radical o tempo, além de focar as informações realmente relevantes para o tomador de decisão. Com a associação do sistema RDIF ao PTM, acredita-se que os objetivos do próprio PTM possam ser maximizados. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Gestão em saúde; Acolhimento. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 147 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde A IMPLANTAÇÃO DE DOIS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA EM UM CENTRO DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Fares Rashad Muslih Ahmad, Márcio Gomes Da Silva, Guilherme Coelho Dantas, Vanessa De Bona Sartor, Pablo Antônio Bertasso De Araújo, Scharlene Clasen, Alice Pinto Pacheco Resumo Introdução: O município oferece duas modalidades de Residência: Medicina de Família e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família (Cirurgião Dentista, Educador físico, Enfermeiro, Farmacêutico, Fisioterapeuta, Nutricionista e Psicólogo). Ambas têm o intuito de formar profissionais, através da educação em serviço, no âmbito do Sistema Único de Saúde desenvolvendo competências técnica, política e ética da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Objetivo: Relatar a organização do trabalho de um grupo de residentes e preceptores em um centro de saúde (CS). Metodologia: Relato de experiência de residentes e preceptores das oito profissões que atuam em um CS, no período de março a agosto de 2015. Resultados e discussão: Residentes e preceptores cujas profissões compõem a equipe mínima da ESF atuam exclusivamente no referido CS, enquanto as demais atuam também em outros três CS, na lógica no Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). As atividades são típicas da ESF, abrangendo: atendimentos clínicos, grupos (gestantes, hipertensos, diabéticos, antitabagismo, saúde bucal, atividade física, nutrição, apoio psicológico, postural), visitas domiciliares, Programa Saúde na Escola, acolhimento e reuniões semanais da equipe mínima com os agentes comunitários de saúde, que contam quinzenalmente com presença dos profissionais NASF para o matriciamento. As reuniões apresentam discussões de casos, busca de estratégias para abordagem das famílias, planejamento de ações, reflexão temáticas, organização e qualificação das intervenções, entre outros, buscando o trabalho em equipe e atenção integral à saúde da comunidade. Considerando as necessidades pedagógicas da educação em serviço, foi implantada a reunião mensal de integração (RMI) com propósito de potencializar a articulação entre os residentes e preceptores das duas residências para a construção interdisciplinar. Ambas têm incentivado a participação de cada profissão no cuidado em saúde estimulando a corresponsabilidade; têm promovido a problematização da realidade contribuindo assim tanto para a formação dos residentes quanto para a melhoria da qualidade da assistência prestada aos usuários, e têm melhorado o cotidiano do serviço. Considerações finais: Espaços de diálogo e integração são de fundamental importância para o aprendizado dos residentes e para a satisfação pessoal e profissional dos envolvidos nas Residências. Contato: [email protected] 148 equip e coletividad e humanização social Descritores Residência; SUS; Atenção básica. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Educação. Acesso à Informação. Residência Multiprofissional. [acesso em 26 ago 2015]. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12501&Itemid=86. 2 Udesc. Cefid (Centro de Ciências da Saúde e do Esporte). Residência Multiprofissional em Saúde da Família. [acesso em 26 ago 2015]. Disponível em: http://www.cefid.udesc.br/?id=2025. 3. Prefeitura Municipal de Florianópolis. Gestão de Pessoas da Secretaria de Saúde. Home: Residência Multiprofissional em Saúde da Família. [acesso em 26 ago 2015]. Disponível em: http://www.pmf.sc.gov.br/sites/ gpss/index.php?cms=sobre+a+residencia+multiprofissional&menu=10. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A INTERDISIPLINARIDADE NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL Lara Suzane Weber, Ana Amélia Nascimento Da Silva Bones, Maira Rafaela Röhrig Da Costa, Márcia Pereira Saraiva, Marina Ramos Bopsin, Silvio César Cazella Resumo Introdução: As Residências Multiprofissionais em Saúde, promulgadas a partir da Lei nº 11.129 de 2005¹, têm como objetivo a formação em serviço. A organização do processo de trabalho inclui tecnologias em saúde que visam a complexidade dos objetos de intervenção e a intersubjetividade². Para tanto, o SUS também se torna responsável pela formação de recursos humanos. Nesse sentido, a complexidade da atenção às situações de violência requer o investimento na integralidade das ações e do cuidado, lançando às equipes multiprofissionais o desafio da construção de uma prática interdisciplinar. Objetivo: Refletir sobre a interdisciplinariedade no contexto da residência multiprofissional com transversalidade em violências e vulnerabilidade. Metodologia: A proposta foi discutir os princípios da interdisciplinaridade anteriormente ao desenvolvimento das ações com inserção de residentes no contexto de uma Estratégia de Saúde da Família e a rede de assistência/apoio no sul do Brasil. Dessa forma, a interdisciplinaridade entrou racionalmente como eixo norteador das ações, da articulação das redes de intervenção entre os diversos serviços de saúde e assistência, integrando ações e estratégias frente às questões de violência e vulnerabilidades envolvendo crianças do território adstrito da ESF. Resultado . Discussão: A prática interdisciplinar coloca-se como potencializadora da integração que possibilita uma compreensão ampliada do objeto de trabalho em saúde, por meio da interação entre os profissionais e a articulação entre os diversos saberes e fazeres presentes no trabalho em saúde, possibilitando deste modo outras formas de relação entre os sujeitos envolvidos no processo3,4,5. Assim, faz-se importante refletir que o processo de formação em uma residência multiprofissional deve incluir conhecimento de diferentes processos de organização de serviços para que exista a adoção de uma política consciente nos programas e serviços de saúde. Considerações finais: Compreende-se que a busca de estratégias pautadas nos princípios interdisciplinares e intersetoriais favorecem a interlocução entre a população e o poder público, dentro de uma perspectiva para o desenvolvimento e exercício da cidadania e do controle social. Confirma-se o potencial à realização de propostas que visam beneficiar os usuários e trabalhadores, assim como uma reorganização no modo de fazer assistência à saúde, a partir dos micro espaços de trabalho5. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Educação de pós-graduação; Internato não médico; Violência. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Lei nº 11.129 de 30 de junho de 2005. Institui o programa nacional de inclusão de jovens PROJOVEM; cria o conselho nacional da juventude - CNJ e a secretaria nacional de juventude; altera as leis n.ºs 10.683, de 28 de maio de 2003, e 10.429, de 24 de abril de 2002; e dá outras providências. 2 Borges MJL, Sampaio AS, Gurgel IGD. Trabalho em equipe e interdisciplinaridade: desafios para a efetivação da integralidade na assistência ambulatorial às pessoas vivendo com HIV/AIDS em Pernambuco. Ciência & Saúde Coletiva 2012;17(1):147-56. 3 Brinhosa, MC. Interdisciplinaridade: possibilidade e equívocos. Acta Fisiátrica 1998;5(3):164-69. 4 Iribarry IN. Aproximações sobre a Transdisciplinaridade: Algumas linhas históricas, fundamento e princípios aplicados ao trabalho em equipe. Psicologia: Reflexão e Crítica 2003;16(3):483-90. 5 Matos E, Pires DEP, Campos GWS. Relações de trabalho em equipes interdisciplinares: contribuições para a constituição de novas formas de organização do trabalho em saúde. Rev Bras Enferm, Brasília 2009;62(6):863-9. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 149 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde A percepção dos usuários do Programa de Saúde de Família sobre o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde: relato de experiência Pâmela Domingues Botelho, Vanessa Rauter de Oliveira Resumo Introdução: Em 1991, a Fundação Nacional de Saúde e as Secretarias de Estado de Saúde, aliadas, criaram o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Em 1994, o Ministério da Saúde criou o Programa de Saúde da Família (PSF), com o intuito de fortalecer o SUS e reorganizar a atenção básica de saúde. Os agentes comunitários de saúde (ACS) passaram a integrar as equipes de saúde da família e a somar suas ações de maneira complementar às dos demais membros da equipe. Dessa forma, agregou-se à equipe de saúde uma nova figura que faz parte da comunidade, trabalha para ela e com ela, dedicando-se a realizar trabalhos de promoção da saúde das populações a que pertencem. A profissãode ACS foi criada pela Lei 10.507 de 10/07/02, sancionada pelo Presidente da República, fixando as diretrizes para o exercício da atividade.¹ No que tange às competências dos agentes comunitários de saúde, destaca-se: integração da equipe com a população adscrita; planejamento e avaliação das ações em saúde com a equipe; promoção da saúde, prevenção e monitoramento de risco ambiental e sanitário; prevenção e monitoramento a grupos específicos e morbidades.² Objetivo: Conhecer e analisar a percepção dos usuários do Programa de Saúde da Família sobre o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde de um determinado território.. Metodologia: A coleta de dados foi realizada por residentes de saúde comunitária mediante assinatura do Termo de Autorização de Uso de Imagem e Depoimentos. Para realização desta atividade, utilizou-se de um roteiro/entrevista semiestruturada e documentada através de vídeo. Resultados e discussão: Observou-se durante a elaboração do vídeo o reconhecimento do trabalho dos agentes comunitários de saúde como essencial nas equipes saúde, pois representa o elo entre a comunidade e a unidade de saúde. Considerações finais: Consideramos esta atividade fortalecedora da auto-estima e valorização profissional dos ACS. social equip e coletividad e humanização Descritores Agentes Comunitários de Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Ministério da Saúde (BR). Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Brasília; 2001. 2 Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 648, de 28 de março de 2006: aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Brasília; 2006. Contato: [email protected] 150 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A REDUÇÃO DE DANOS NA ATENÇÃO AO USUÁRIO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS Marlene Gomes Terra, Niúra Massario dos Santos, Valquíria Toledo Souto, Bruna Surdi Alves, Matheus Keppel da Silva, Lionara de Cássia Paim Marinho Resumo Introdução: A Política de Atenção Integral ao Usuário de Álcool e Outras Drogas tem na Redução de Danos (RD) uma estratégia de transformação no modelo de assistência. É apresentada como uma tentativa de ampliar a visão sobre o sujeito e sua singularidade, e tem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) como espaços potencializadores nessa lógica.¹ Objetivo: descrever o planejamento multiprofissional da atenção a um usuário de substância psicoativa em situação de rua, considerando possibilidades de intervenção na lógica da Redução de Danos. Metodologia: trata-se de um relato de experiência acerca do processo de elaboração em equipe multiprofissional de estratégias de intervenção junto a um usuário de substâncias psicoativas em situação de rua que buscou atendimento em um Centro Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS-Ad) devido a sua situação de vulnerabilidade e uso abusivo de crack. Resultados e discussão: a estratégia acordada junto ao usuário foi de sua inserção em modalidade de tratamento intensivo, com frequência diária ao CAPS-ad, inserção em atividades individuais e coletivas que pudessem auxiliar na recuperação da autoestima, do autocuidado, e da motivação para retornar ao exercício de alguma atividade laboral, além de garantir, para o momento, alimentação e convivência em um ambiente acolhedor e protetivo. No tratamento, fundamentado na RD, os objetivos, metas e procedimentos são discutidos com o usuário, e não impostos. Torna-se importante que, na pactuação entre equipe/usuário/família, os objetivos estejam ancorados em possibilidades construídas considerando as situações de risco em decorrência do uso de SPAs.² Observase na experiência de RD que muitos usuários abandonam ou diminuem o uso de SPAs quando experimentam um contexto no qual se sentem acolhidos.. Considerações finais: a redução de danos como diretriz contribuiu de modo significativo para o respeito à singularidade do usuário, produzindo espaços de empoderamento e garantindo sua participação no próprio cuidado em saúde. Nesta lógica a droga deixa de ser o ponto central da atuação profissional, passando a ser o contexto social e seus determinantes a chave para o cuidado. Percebe-se que esta estratégia ainda enfrenta dificuldades em sua implementação na rotina dos CAPSs, o que demanda maior incentivo em formação em saúde que possibilite a implementação de um cuidado singular e integral. Saúde mental; Transtornos relacionados ao uso de substâncias; Redução do dano. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Ministério da Saúde (BR). A Política do Ministério da Saúde para atenção integral a usuários de álcool e outras drogas/Coordenação Nacional de DST e Aids. – Brasília: Ministério da Saúde, 2003. 2 Scheffer AM, Antunes N, Büchele F. Redução de danos como estratégia de trabalho junto aos usuários de drogas nas unidades locais de saúde do município de Florianópolis. Caderno Brasileiro de Saúde Mental, Florianópolis; jul./dez 2011. 3(7):7392. Disponível em: http://incubadora.periodicos.ufsc.br/ index.php/cbsm/article/viewFile/1906/2179. 3 Passos EH, Souza TP. Redução de danos e saúde pública: construções alternativas à política global de “guerra às drogas”. Psicologia & Sociedade, 2011. 23(1):154-62. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 151 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde ATUAÇÃO MULTIPROFISSIONAL E SEU IMPACTO EM UM SETOR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: RELATO DE EXPERIENCIA SOB UM OLHAR DO FISIOTERAPEUTA Samya Rebeca Rocha Ferreira, Karla Orlany Alves Costa Gomes, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Maria do Patrocínio Barros Neta, Marlen Vasconcelos Alves Melo Resumo Introdução: A inserção dos profissionais Fisioterapeutas nas equipes de urgência e emergência é recente nos hospitais brasileiros e sua atuação ainda é restrita. O objetivo principal do atendimento Fisioterapêutico nessas unidades é dar suporte rápido e eficiente para disfunções cardiorrespiratórias, principalmente nas primeiras horas, evitando, assim, um possível agravamento no quadro clínico, como a necessidade de intubação orotraqueal, utilização de ventilação mecânica invasiva e evolução para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ¹. Objetivo: O objetivo deste estudo é ressaltar a importância da inserção do fisioterapeuta como agente multiplicador de saúde, atuando em interação com uma equipe multiprofissional e de forma interdisciplinar, em hospitais de nível terciário e quaternário, a exemplo da Residência multiprofissional em Urgência e Emergência. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo sobre a experiência e as atividades desenvolvidas por residentes multiprofissionais nos meses de Abril a Agosto de 2015. A equipe é formada por seis profissionais das áreas de enfermagem, fisioterapia, farmácia e nutrição. Resultados e discussão: Na unidade de emergência, os principais diagnósticos de admissão atendidos foram relacionados às causas de natureza traumática que levam a complicações pulmonares e cardiovasculares, nestes casos a Fisioterapia Respiratória torna-se benéfica na maioria dos casos, pois o suporte ventilatório é essencial para a resolução do quadro clínico. Bem como a assistência do paciente em relação aos cuidados de enfermagem, farmacêuticos e nutricionais. considerações finais: A inserção da equipe multiprofissional em especial ao Fisioterapeuta na equipe assistencial das unidades de urgência e emergência pode favorecer o atendimento e tratamento precoces de condições agudas ou crônicas e suas comorbidades, diminuindo, assim, o risco de piora do quadro clínico em pacientes que permanecem por grande período internado nessas unidades hospitalares. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Equipe de assistência ao paciente; Relações Interprofissionais; Serviço hospitalar de fisioterapia. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Pilccoli, A; Werle, R W; Kutchak, F; Rieder, M. de M. Indicações para Inserção do Profissional Fisioterapeuta em uma Unidade de Emergência. ASSOBRAFIR Ciência. 2013 Abr;4(1):33-41. Contato: [email protected] 152 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CONSTRUÇÃO MIDIÁTICA DO PERFIL DE UM MUNICÍPIO COM CAMPOS DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE Claudete Adriana Moretti, Mateus Augusto Pellens Baldissera, Cassiela Roman, Êmili Martins da Silveira, Deisi Antunes Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade O presente curta-metragem foi desenvolvido por residentes de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS), com ênfase em Saúde da Família e Comunidade, de um município do interior do Rio Grande do Sul. Este filme tem por objetivo mostrar a história da descentralização da RMS e traçar um perfil dos campos de residência do município. O vídeo retrata a cultura italiana local; a rede de saúde; os serviços localizados nos territórios; características demográficas, habitacionais, econômicas, educacionais e recreativas. O mesmo ainda apresenta imagens dos pontos turísticos do município e das estruturas físicas das Estratégias Saúde da Família - campos práticos. São exibidos depoimentos dos preceptores e profissionais de saúde que vivenciaram e vivenciam o processo da residência. Nesses relatos os profissionais manifestam como foi o início da RMS: as construções, inquietações, angústias e afetos proporcionados nos encontros teóricos e práticos. Tal construção proporcionou uma reflexão sobre a experiência da inserção da RMS neste município, o que fica evidente nos encontros afetivos e na apropriação desta cultura pelos residentes. Para a reprodução do curta-metragem será necessário equipamento multimídia (aparelho de DVD ou computador com leitor de DVD, Datashow, painel de projeção e caixas de som). Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 153 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde GUERREIROS DA EMERGÊNCIA Gerusa Bittencourt Resumo O presente trabalho é uma composição musical em homenagem ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência-SAMU. O SAMU, foi instituído pelo Decreto 5055 de 27 de abril de 2004, visando a implementação de ações com maior grau de eficácia e efetividade na prestação de serviço de atendimento à saúde de caráter emergencial e urgente. A música é uma forma de homenagear os trabalhadores deste serviço, que são treinados em salvar vidas, e que estão diretamente ligados ao Sistema único de SaúdeSUS. Importa ressaltar que este serviço faz parte do SUS, sendo de altíssima qualidade e resolutividade. A letra da música foi embasada no dia-a-dia das equipes. Letra da Música: A vida é o maior tesouro que há. A vida é um dom precioso que temos e a cada momento devemos valorizar. As situações de Emergências, as situações imprevisíveis, acidentes acontecem. E que poderá nos ajudar? A quem poderemos recorrer? Lá vem eles. Velozmente pela estrada. Lá vem eles, com capacidade apurada, com a sirene ligada. Não importa se faz sol ou se chuva faz. Não importa se faz frio ou quente a estação. Lá vem eles. Guerreiros da Emergência. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Decreto 5055 de 27 de abril de 2004. Institui o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, em Municípios e regiões do território nacional, e dá outras providências. [acesso em 2015 ago 11]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/ decreto/d5055.htm Roteiro de apresentação Materiais: caixa de som para conectar violão, Microfone e pedestal de apoio ao microfone. Apresentação social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Violão e voz Contato: [email protected] 154 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 IDENTIFICAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOSPROFISSIONAISDEESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE O PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA – RELATO DE EXPERIÊNCIA Jéssica Cristina Ruths, Juliana Moleta Resumo Introdução: Atualmente o Ministério da Saúde tem proposto várias iniciativas centradas na qualificação da Atenção Básica entre elas, destaca-se o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Instituído em Julho de 2011, o PMAQ tem como principal objetivo induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, com garantia de um padrão de qualidade comparável nacional, regional e localmente, a fim de permitir maior transparência e efetividade das ações das esferas de governo direcionadas a Atenção Básica¹. Objetivo: Relatar o processo de identificação da percepção dos profissionais de nível superior de equipes de ESF sobre o PMAQ. Metodologia: Relato de experiência vivenciada pelas Residentes de Estratégia de Saúde de Família, durante a identificação da percepção dos profissionais de ESF sobre o PMAQ. Desenvolvimento: A fim de realizar a identificação da percepção dos profissionais de ESF sobre o PMAQ foram realizadas 10 entrevistas, com profissionais de quatro equipes de ESF, enfermeiro, médico e dentista, utilizando questionários semiestruturados. Os questionários foram gravados e transcritos para análise. Foi possível identificar na fala de todos os entrevistados a falta de compreensão sobre os objetivos do PMAQ. Os profissionais percebem o programa como um momento isolado onde há a avaliação externa do serviço por parte do Ministério da Saúde. Como fatores limitantes do PMAQ foram identificados a falta de incentivo salarial, de infraestrura e o baixo número de recursos humanos. Como fatores potencializadores identificou-se o esforço e dedicação dos membros das equipes, com destaque para a enfermagem. Conclusão: Evidencia-se a necessidade de melhor compreensão do PMAQ-AB enquanto programa de avaliação da qualidade da assistência prestada e do acesso aos serviço de saúde, bem com a necessidade de maiores investimentos em infraestrutura e recursos humanos a fim de garantir o aperfeiçoamento deste programa. social equip e coletividad e humanização Descritores Qualidade,;Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde; Atenção Básica. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 155 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ Jaqueline Rocha, Ana Caroline Machado, Gislene Bittencourt Coelho, Bruno Milanez Espíndola, Bruna Laís Brognoli, Bruna Suemi Shimizu, Elizangela Paula Bombana dos Santos Chab Resumo Descritores SUS; Atenção Básica; Estratégia de Saúde da Família. Contato: [email protected] 156 equip e coletividad e humanização social Referências 1 BRASIL. Portaria GM/MS nº 154/08. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Brasília, DF, 24 de janeiro de 2008. 2. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Brasília, DF. 2014. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: Este relato de experiência tem por objetivo descrever a implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) no município de Itajaí. O município de Itajaí possui estimativa populacional de 201.557 habitantes e 49 equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) distribuídas em 22 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Diante disto, percebeu-se a necessidade de potencializar as ações das ESFs, associada a uma qualificação da assistência e maior integração das redes de atenção, justificando a implantação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). O NASF foi criado pelo Ministério da Saúde em 20081 com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolutividade e qualidade, de forma integrada com as equipes de ESF e com o Programa Academia da Saúde2. Objetivo: O objetivo do presente relato de experiência é descrever a implantação do NASF no município de Itajaí. Método: Em fevereiro de 2015 a Secretaria Municipal de Saúde realizou processo seletivo para escolha dos profissionais (coordenador, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólogo e terapeuta ocupacional) para compor a primeira equipe NASF – modalidade 1 – com carga horária semanal de 30 horas por profissional. Concomitante à implantação do NASF houve a inserção da Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da Família da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) no município de Itajaí que agregou dez residentes a esta equipe. Diante desta parceria, os profissionais que foram selecionados para compor o NASF tornaram-se também preceptores dos residentes de acordo com as profissões firmadas na parceria com a UNIVALI, sendo estas: psicologia, nutrição, fisioterapia, farmácia e fonoaudiologia. Foram selecionadas pela Secretaria Municipal de Saúde três Unidades Básicas de Saúde no município de Itajaí, com nove ESFs, a serem matriciadas pelo NASF, priorizando as diretrizes do Ministério da Saúde. O processo de trabalho iniciou com capacitação da equipe NASF e com o reconhecimento da rede de atenção à saúde através de visitas aos serviços e reuniões com a gestão municipal. Posteriormente, realizou-se o planejamento das ações iniciais, criou-se métodos de organização do processo de trabalho do NASF junto às ESFs.. Resultados e discussão: Foi implantado o primeiro NASF em março de 2015 neste município, apoiando nove ESFs. Esta equipe é composta por 18 profissionais, sendo oito servidores municipais e dez residentes. Além disto, está contemplado no Plano Municipal de Saúde a implantação de mais duas equipes de NASF até 2017. Considerações finais: A implantação do NASF no município de Itajaí foi um importante passo para aumentar a resolutividade e contribuir na qualificação da Atenção Básica no território. Outro aspecto relevante a ser ressaltado foi o apoio da gestão que subsidiou a implantação, além da parceria com a Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da Família, a qual fortaleceu o processo. Com esta primeira equipe de NASF no município de Itajaí procura-se qualificar as ações das ESFs, bem como a assistência e a integração das redes de atenção. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ÍNDICE DE INFESTAÇÃO PREDIAL E SUA RELAÇÃO COM AS NOTIFICAÇÕES DE CASOS DE DENGUE EM UM BAIRRO DO MUINICÍPIO DE QUIXADÁ-CEARÁ Jéssica Pinheiro Carnaúba, Fernanda Rafaella Barbosa dos Santos, Mariana de Sousa Farias, Suely Paiva de Morais Resumo Introdução: No Brasil a dengue ainda apresenta alta letalidade. A identificação precoce dos casos é de suma importância para a implantação de medidas rápidas e de maneira oportuna, objetivando principalmente evitar a ocorrência de óbitos2. Objetivos: Identificar a relação entre o índice de infestação predial e notificações de dengue em um bairro de Quixadá. Metodologia: Estudo do tipo epidemiológico descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento transversal. Foram utilizados dados presentes no SINAN, do Controle de Endemias e Vigilância Epidemiológica, referente aos períodos de janeiro de 2013 a janeiro de 2015. Resultado e discussão: O Indicie Infestação Predial é visto através da Lista de índice Amostral (LIA), que calcula a quantidade de amostras do mosquito Aedes aegypti encontrado pelo número de imóveis inspecionados. No mês de janeiro de 2013, a maior quantidade de focos do mosquito foi encontrada (7,4%), seguido pelo mês de março de 2014 (3%). Em janeiro de 2015 nenhum foco do mosquito foi encontrado. Vale ressaltar que a OMS preconiza Índices de Infestações abaixo de 1%. Foram notificados em 2013, 139 casos suspeitos, seguidos por 6 casos em 2014 e 2 casos em 2013. Através desses valores, foi possível perceber a estreita relação que existe entre o Índice de Infestação Predial e a notificação de casos. Evidencia-se que a quantidade de amostras encontradas também pode está relacionada às localidades inspecionadas, visto que grande parte do bairro é formada por comércios1. Conclusão: Observa-se que no município, vários pacientes referem queixas características de dengue, contudo isso não é refletido nos dados do município, demonstrando haver falhas entre os serviços assistenciais e a Vigilância Epidemiológica. Acredita-se que ocorra um numero muito superior de casos, porém, não são registrados da forma adequada. Dessa forma, sugere-se a que novas pesquisas sejam realizadas a fim de responder alguns questionamentos como: Será que as sorologias para o diagnóstico da dengue estão sendo realizados? Será que os dados registrados são fidedignos? social equip e coletividad e humanização Descritores Dengue; Epidemiologia; Notificação de doenças. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Coordenação de Promoção e Proteção à Saúde Caderno de Informação em Saúde: região Quixadá. Governo do Estado do Ceará, 2013. 2 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância em saúde: ações inovadoras e resultados: gestão 2011-2014. Brasília, 2015. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 157 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde INSERÇÃO DE FERRAMENTAS NO PLANEJAMENTO DAS VISITAS DOMICILIARES: RELATO DE RESIDENTES EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE Guilherme Coelho Dantas, Vanessa De Bona Sartor, Pablo Antônio Bertasso de Araújo, Scharlene Clasen, Jessica Jacinto Krug, Lauriana Urquiza Nogueira, Leandro Andrade dos Santos Resumo Introdução: Os programas de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, odontologia, psicologia) e Médica em Saúde da Família e Comunidade da Prefeitura Municipal de Florianópolis têm como cenário principal a Estratégia Saúde da Família (ESF). Objetivo: relatar as ferramentas utilizadas pelos residentes no planejamento das visitas domiciliares (VD). Metodologia: as VD são coordenadas a partir da quais as demandas da área de abrangência são discutidas. Foram criados dois instrumentos: a) um caderno para registrar os planos de cuidados pactuados com o usuário, destacando, se necessário, a intervenção de outro profissional; b) um mapa da área de abrangência, identificando os usuários acompanhados e a prioridade de atendimento pelos profissionais. Resultados e discussão: estes registros garantem a longitudinalidade e interdisciplinaridade do cuidado, melhorando o fluxo e controle por parte da equipe, tornando o cuidado dos usuários mais ágeis e dinâmicos, facilitando a visualização de pontos de referências e agendamentos das VD, trocas de informações, além de identificar situações a serem matriciadas. Por outro lado, permanece a hegemonia de ações curativas, em detrimento a promoção à saúde. Destaca-se que a existência de micro áreas descobertas pela falta de agentes comunitários de saúde em número suficientes, dificultam a assistência, necessitando-se de resolução por parte da gestão municipal. Considerações Finais: o desenvolvimento das ferramentas utilizadas qualificou e tornou mais eficiente o planejamento e execução das atividades. Como próximo passo na qualificação do cuidado realizado pelos residentes, esta a adoção de genogramas e ecomapas para discussão das famílias acompanhadas. Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 2 Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 110 p. ESF, saúde bucal e núcleo de apoio à saúde da família (NASF) em reuniões semanais nas . Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Atenção Primária; Visita domiciliar; Estratégia Saúde da Família. Contato: [email protected] 158 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 INTEGRAÇÃO DOS CONHECIMENTOS DE SAÚDE: VIVÊNCIAS EM CUBA Bruna Lima Selau, Adriano Tusi Barcelos, Loredana Amaral Marzochella, Michele Cardoso Corrêa, Vanessa Campes Dannenberg Resumo Introdução: Nos últimos anos Cuba tem se tornado referência mundial pela excelência e eficiência no cuidado em saúde. Apesar de recursos limitados, Cuba especializou-se em recursos humanos resultando no acesso universal à saúde. Isso ocorreu na década de 60 a partir da revolução cubana onde iniciouse a reforma de saúde em cuba, baseando-se na construção de um sistema de saúde único e integral, público e universal. Objetivo: Relatar as vivencias do estágio optativo na realização do curso “La Atención Primaría de Salud y la Medicina Familiar en Cuba”. Metodologia: Relato de experiência. Resultados e discussão: Escolhemos Cuba pela sua qualificação e reconhecimento mundial na atenção primária em saúde, e pelo seu contexto histórico-político, visando aprimorar nosso conhecimento acerca da atenção primária, uma vez que nossa atuação ocorre na atenção terciária. O curso conta com aulas presenciais e visitas aos serviços de saúde. Visitamos os principais serviços de saúde da atenção primária de Cuba, além dos serviços de atenção em saúde mental, tais locais foram determinados de acordo com o interesse do grupo. Considerações Finais: O modelo de saúde, como o que pudemos conhecer em Cuba, com maior enfoque na atenção primária, tem possibilitado ótimos resultados. Mostrando que uma atenção em saúde a partir de tecnologias leves, pode trazer resultados positivos na saúde com pouco investimento. Assim, Cuba apresenta-se como uma potência na saúde mundial, apesar de poucos recursos financeiros, cobrindo 100% da população cubana igualitariamente. Entretanto, no Brasil, temos uma privatização da saúde, maior desigualdade social e menor investimento na atenção primaria quando comparado a atenção terciária, o que dificulta o olhar integral os sujeitos. Podemos dizer que estamos avançando nessa questão, com a reestruturação dos serviços da atenção primária como as Estratégias de Saúde da Família, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Dessa forma, o que destacamos nessa experiência foi um aprendizado não somente teórico, mas baseado em trocas; de olhares, de sentidos, expressões verbais e não verbais, de cultura, e de vivências singulares através de cada sujeito cubano que tivemos a oportunidade de conhecer. Referências 1 García GD. Desarrollo histórico de la salud pública em Cuba. Rev Cubana Salud Pública 1998;24(2):110-8. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Cuba; Saúde pública; Atenção primária à saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 159 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde O IMPACTO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM UM MUNICÍPIO BRASILEIRO Sarah Persivo Alcântara, Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Fernando Cavalcante Simões, Luciano Santos da Silva Filho, Ana Cristina Oliveira Barreto, Rebeca Bandeira Barbosa Resumo Introdução: Na perspectiva de se alcançar uma melhoria na saúde e operacionalizar os princípios do SUS, várias estratégias vêm sendo implementadas, como a Educação Permanente em Saúde (EPS)¹. Logo, surgem as Residências Multiprofissionais em Saúde como dispositivos para a transformação das práticas de formação em saúde². Nela, os residentes são inseridos nos cenários para uma prática colaborativa, de alta qualidade, focada no paciente, causando impactos positivos no sistema de saúde3. Objetivo: O presente estudo objetiva apresentar os impactos da Residência Multiprofissional em Saúde em um dos vinte e dois municípios que fazem parte da Residência Integrada em Saúde. Metodologia: A pesquisa descritiva, comparativa, analítica, de abordagem quantitativa, produzida a partir das produções dos meses de maio e junho de 2015 referentes à terceira turma de residentes. A análise dos dados foi dividida a partir do cenário de prática e do tipo de intervenção realizada. Resultados e dicussão: Com a Residência, algumas ESFs passaram a contar com mais enfermeiras e o Nasf foi ampliado para três equipes. O Nasf Litoral apoia 6 ESFs, 8.261 famílias e 26.822 pessoas. A enfermagem obteve um aumento dos atendimentos individuais (600), de prevenção (71), puericultura (57) e coletivos (13), evidenciando aspectos positivos na categoria. Os dados apontam que o Nasf Litoral realizou 2.135 procedimentos, com os profissionais Fisioterapeutas (696), Nutricionista (562), Psicólogo (488) e Assistente social (389). Foram criados 8 grupos de educação em saúde, totalizando 159 participantes. Maia et al. (2013) sintetiza as ações interdisciplinares realizadas pelos residentes em seus cenários de prática e afirma que vão de encontro com a Política da Atenção Básica que preconiza o trabalho interdisciplinar para promoção, prevenção e tratamento da saúde4. Foram realizadas 5 ações intersetoriais e houve a participação em 4 ações de caráter de controle social. Conclusão: Os dados revelam as inovações realizadas pelos residentes e a potencialidade do vinculo que proporciona maior adesão ao tratamento, evidenciados pelos números apresentados no estudo. E embora seja visível o impacto positivo sobre os serviços de saúde, há pouca literatura relatando tais contribuições, sinalizando a necessidade de mais estudos sobre o tema. SUS; Inovação; Internato não médico. Contato: [email protected] 160 equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Paulino VCP, Bezerra ALQ, Branquinho NCSS, Paranaguá TTB. Ações de educação permanente no contexto da estratégia saúde da família. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2012 jul/set; 20(3):312-6. 2 Silva CT, Terra MG, Camponogara S, Kruse MHL, Roso CC, Xavier MS. Educação permanente em saúde a partir de profi ssionais de uma residência multidisciplinar: estudo de caso. Rev Gaúcha Enferm. 2014 set;35(3):49-54. 3 Casanova IA, Batista NA, Moreno LR. Residência Multiprofissional em Saúde Percepção dos residentes sobre a Educação Interprofissional nas práticas colaborativas. Atas CIAIQ, 2015. 4 Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O SISTEMA DE PROTEÇÃO SOCIAL BRASILEIRO E O NEOFAMILIARISMO: REBATIMENTOS NO CAMPO DA SAÚDE Rúbia dos Santos , Michelly Laurita Wiese Resumo Nas últimas décadas o Estado brasileiro foi marcado por avanços e retrocessos. Como avanço evidencia-se a Constituição Federal de 1988, pautada em princípios universais e garantia de direitos sociais através da Seguridade Social: assistência social, previdência social e saúde. Por outro lado, os direitos estabelecidos por esta constituição foram afetados pelas diretrizes neoliberais a partir dos anos 1990. As políticas sociais passam a ter um direcionamento pautado por ações focais e descontínuas, impossibilitando concretizar um sistema de proteção social amplo. O texto tem por objetivo fomentar o debate acerca da politica de saúde em tempos de neoliberalismo e sua tendência ideológica familista. Para tal realiza-se um levantamento bibliográfico sobre o tema apontando as principais características da politica de saúde no atual contexto e como a família tem sido requisitada a assumir responsabilidades dos serviços de saúde para a promoção de seu cuidado. A partir desta discussão evidencia-se um Sistema de Proteção Social centrado na atenção a determinados segmentos sociais vulneráveis em detrimento aos direitos constitucionalmente adquiridos. Martino Bermúdez (1999) inaugura o conceito de neofamiliarismo, onde sugere que a crise do Estado de bem-estar aparentemente requer uma solução familiar, no caminho da redução da dependência em relação aos serviços públicos. O neofamiliarismo é “essa tendência ideológica de fazer da unidade familiar o meio de resolução econômica e política dos problemas advindos do modelo de racionalidade global (MARTINO BERMÚDEZ, 1999, p. 111). Essa tendência se percebe na política de saúde que aborda a família como um espaço autônomo, articulado e de resolução de suas necessidades e demandas sociais. Neste sentido, a família passa a ser responsabilizada pelo aparelho Estatal ao invés de ser amparada. social equip e coletividad e humanização Descritores Proteção social; Política de saúde; Família. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 DRAIBE, S. M. O Welfare State no Brasil: características e perspectivas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.3, n.6. São Paulo: ANPOCS, 1998, p.53-78. 2 ESPING-ANDERSEN, G. O futuro do Welfare State na nova ordem Mundial. Revista Lua Nova, n.35. São Paulo: CEDEC, 1995, p.73-112. 3 MARTINO BERMÚDEZ, M. S. Políticas sociales y família. Estado de bienestar y neo-liberalismo familiarista. In: Castelli S.; Martino, M. Demandas y oportunidades para el trabajo social. Montevideo: Peal, 1999. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 161 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde OS DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS RESIDENTES NA CONSOLIDAÇÃO DO NASF: UMA PERSPECTIVA MULTIPROFISSIONAL Sarah Persivo Alcântara, Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Fernando Cavalcante Simões, Luciano Santos da Silva Resumo Introdução: Os últimos anos têm representado diversos e significativos avanços no Sistema Único de Saúde – SUS, dentre eles a Estratégia Saúde da Família – ESF, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família e as Residências Multiprofissionais em Saúde, todos com a perspectiva ampliada do processo saúdedoença e da atividade interdisciplinar como geradora de vínculo entre as ciências sociais e a saúde¹. Objetivo: Elencar os desafios que vem sendo enfrentados para a consolidação do NASF a partir da experiência da residência multiprofissional em saúde.. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter descritivo, com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. Realizou-se a partir das vivências dos meses de abril e maio do ano de 2015, tendo como base três etapas diferentes, a saber: a escolha do território de atuação, o processo de territorialização desse espaço e a inserção nos serviços do NASF. Resultados e discussões: Os principais desafios encontrados foram: número elevado de equipes de saúde apoiadas; cronograma de carros ineficiente; mudanças de limites territoriais, coordenação e redirecionamento dos fluxos²; implementação de atendimentos compartilhados e educação em saúde; e o exercício do protagonismo político com a comunidade. O que permite inferir que a inserção dos residentes no NASF é uma estratégia positiva para a preparação de profissionais que saibam utilizar as ferramentas deste serviço através da imersão no contexto da prática ao longo do processo formativo³, possibilitando o reconhecimento desses desafios como ponto de partida para a proposição de estratégias para o melhoramento e aperfeiçoamento do SUS, seja através da qualificação dos serviços ou ainda do fortalecimento do controle social. Considerações finais: A partir da inserção e do trabalho dos residentes, é válido salientar a gama de desafios encontrados no contexto da atenção primária. Dentre eles, cabe considerar primeiramente as questões estruturais, como desafios que possam dificultar e até mesmo inviabilizar a prática da equipe, bem como o desafio de implementar práticas e processos de trabalho diferenciados dos quais as equipes estão habituados, como a educação em saúde e o estímulo ao protagonismo cidadão dos usuários dos serviços. Contato: [email protected] 162 equip e coletividad e humanização social Descritores SUS; Atenção primária em saúde; Vulnerabilidades. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Duarte LR, Silva DSJR, Cardoso SH. Construindo um programa de educação com Agentes Comunitários de Saúde. Interface (Botucatu) [online]. 2007, vol.11, n.23, pp. 439-447. 2 Viana PN, Assis MMA. Acesso à Estratégia Saúde da Família em Feira de Santana-BA: Organização da rede, construção de práticas e relações. [Apresentado no XVII Seminário de Iniciação Científica da UEFS; 2011; Feira de Santana, Brasil]. 3 Nascimento DDG, Oliveira MAC. Competências profissionais e o processo de formação na residência multiprofissional em Saúde da Família. Saúde soc. [online]. 2010, vol.19, n.4, pp. 814-827. ISSN 0104-1290. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES INTERNADOS POR DIABETES MELLITUS EM HOSPITAL DE ENSINO NO SUL DO BRASIL: RELAÇÃO DE CUSTO E TEMPO DE INTERNAÇÃO Juliano Rodrigues Adolfo, Tania Cristina Malezan Fleig, Mariana Portela De Assis, Andréa Henes Wiesioek Resumo Descritores Diabetes mellitus; Doenças metabólicas; Tempo de internação. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Referências 1 Bahia L, Coutinho ESF, Barufaldi LA, et al. The costs of overweight and obesity-related diseases in the Brazilian public health system: cross-sectional study. BMC public health, v. 12, n. 1, p. 440, 2012. 2 Georg AE, et al. Análise econômica de programa para rastreamento do diabetes mellitus no Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 3, p. 452-460, Junho de 2005. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O diabetes mellitus (DM) é considerado problema de saúde pública prevalente, em ascendência, oneroso do ponto de vista econômico e social. É um grupo de doenças metabólicas em que a glicose no sangue está acima dos níveis normais, devido à insuficiência da liberação de insulina ou resposta inadequada das células a este hormônio. Quando não diagnosticada precocemente ou não tratada adequadamente, pode ser acompanhada de várias complicações, tendo grande impacto na morbimortalidade. Objetivo: Avaliar o perfil e o tempo de internação dos pacientes hospitalizados por DM em um Hospital de Ensino do interior do Rio Grande do Sul, relacionando ao custo que este representa para o Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia: Estudo transversal, amostra de 40 pacientes internados e diagnosticados com patologia de DM (CID E100-E149 correspondente), no período de maio/2014 a maio/2015. Para a coleta de dados foi realizada a busca em prontuário eletrônico, através do sistema informatizado MV2000. O custo do paciente internado pelos CIDs E100-E149, foi verificado através do SIGTAP/DATASUS. Resultados e discussão: Dos 40 pacientes avaliados, 2 foram excluídos, por serem menores de 18 anos. Da amostra analisada, a idade média foi de 53,21±18,1 anos e 23 eram mulheres (60,5%). Conforme consulta ao SIGTAP, o custo total mínimo hospitalar para o SUS em período de até 4 dias é de R$ 360,80, tendo em vista que neste estudo a média de internação foi 7,55±5,5 dias, esta patologia representa gastos superiores aos instituídos em Tabela de procedimentos, medicamentos e OPM do SUS. Considerações finais: Ações preventivas na atenção primária em saúde e o acompanhamento multiprofissional adequado poderão auxiliar no controle das doenças crônicas, reduzindo as complicações advindas destas, o que por si melhora a qualidade de vida de pacientes diabéticos, educa para os cuidados fundamentais que podem minimizar a exacerbação da doença, contribuindo para a diminuição dos recursos empregues, consequentemente, reduzindo os custos para o SUS. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 163 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde RESIDÊNCIAMULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO IDOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Rosiléa Clara Werner, Lislei Teresinha Preuss, Raquel Haidê Santos Aldrigue , Rayza Assis de Andrade Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O envelhecimento populacional ocorrido no mundo a partir do século XX, fez com que o panorama de cuidado com a pessoa idosa fosse modificado, exigindo serviços de saúde especializados e diferenciados. O programa de Residência Multiprofissional em Saúde propõe a formação para a atenção integral à saúde e de práticas que contemplem ações de promoção, proteção, prevenção, cura e reabilitação da saúde associando a prática profissional aos conhecimentos teóricos de cada profissão. O programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso integra profissionais das áreas de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia e Serviço Social. Objetivo: Apresentar a experiência de Programa Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso inserido em uma Unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) que abrange aproximadamente 12 mil pessoas e cerca de 1500 idosos adscritos. Metodologia: utilizou-se a territorialização para reconhecimento de área e levantamento do perfil epidemiológico, por meio de visita domiciliar para 410 idosos da área de abrangência da ESF. Os idosos foram atendidos de forma uniprofissional e multiprofisisonal dependendo das necessidades. Para as Atividades físicas e de educação em saúde utilizou-se abordagem coletiva semanal. Resultados e discussão: Foi desenvolvido um plano de atividades para serem realizadas com a população acompanhada, buscando a melhoria do acesso à saúde, bem como, a promoção e recuperação da saúde quando necessário. A experiência de atendimento multiprofissional pelos residentes, possibilitou a troca de conhecimento entre as profissões, através de atividades planejadas e executadas em equipe, promovendo a interdisciplinaridade, a integralidade e humanização na assistência à saúde do idoso proporcionando a melhoria das condições de vida e saúde. É importante destacar que todos os profissionais envolvidos tinham sua especificidade, que contribuíram para o atendimento integral aos idosos. A escuta ativa foi o elo no atendimento multiprofissional. Considerações finais: A experiência relatada demonstra e ratifica a importância de trabalhar com equipes compostas por diferentes profissões na atenção à saúde do idoso. O idosos necessitam de programas e ações que atendam a complexidade do processo de envelhecimento e essas ações devem ser realizadas com objetivo de melhorar a qualidade de vida e conservação da dignidade do indivíduo. Contato: [email protected] 164 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 SIREMU: UMA POTÊNCIA DE EFETIVIDADE DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA (RMSF) Lidiane Almeida Moura, André Luís Façanha da Silva Resumo Introdução: A Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) como forma efetiva de formação, tem desenvolvido estratégias de aproximar o profissional em saúde da realidade social e do trabalho no SUS, e tem desenvolvido propostas de Sistema de Informação, reunindo indicadores de efetividade dos programas de formação em serviço construindo uma plataforma informatizada aplicada a processos de avaliação educacional para programas de RMSF1, o Web SIREMU. Objetivo: Apresentar o desenvolvimento de um Sistema de Informação que reúne indicadores de efetividade do trabalho em nível de educação em serviço que proporcione uma visão do processo de atuação. Metodologia: O presente estudo pretende descrever a construção e operacionalização do sistema de informação Web SIREMU como uma ferramenta de investigação avaliativa no programa de RMSF.. Resultados: O Web SIREMU é uma Plataforma Informatizada que propõem a evidenciar a importância de potencializar as ações sejam coletivas ou individuais com a implementação de protocolos e elaboração de estratégias específicas e multiprofissionais que aproximem das necessidades de saúde dos territórios, que ao longo do processo de formação pode gerar dados qualitativos e quantitativos acerca dos impactos do programa e seus atores envolvidos, corpo discentes, docente, sistema de saúde local e instituição responsável pela oferta do programa.. Discussão: Com as transições epidemiológicas, demográficas e nutricionais decorrente da mudança ocorrida no quadro sanitário da população brasileira, tem instigado ao setor saúde criação de novos modelos de assistência e informação. Drumond Júnior em 20063, diz que “os sistemas de saúde estão passando por muitas transformações acompanhando a implantação do SUS, o desenvolvimento de tecnologias de informação e informática e a ampliação do uso da epidemiologia nos serviços de saúde”. Portanto, a informação em saúde é o apoio para a gestão dos serviços, pois orienta a implantação, acompanhamento e avaliação dos modelos de atenção à saúde e das ações de prevenção e controle de doenças.. Conclusão: O Web SIREMU como tecnologia de informação em saúde se apresenta como uma ferramenta do processo de formação em saúde, através dos resultados de situações vivenciadas em serviço da RMSF, revelando o indivíduo e o coletivo aos financiadores do processo, mostrando através de dados, evidenciando a qualidade profissional dos profissionais residentes que o SUS forma. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Residência; Serviços de Informação. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Silva ALF; Carvalho WRL; Santos RL; Souza LF; Chagas MIO. Sistema de informação da residência multiprofissional em Saúde da Família de Sobral-CE: Em busca de indicadores de efetividade dos programas de formação em serviço. Semiárido, estado, políticas e saúde, coleção Mossoroense, Edições Universitárias, 2012. 2 Silva ALF; Parente JRF; Vasconcelos MIO; Silva MMS; Dias MSA.SIREMU: Uma tecnologia de informação nos processos de trabalho na Estratégia Saúde da Família. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento da Gestão e regulação do Trabalho na Saúde. 3 Drumond Júnior M. Epidemiologia em Serviços de Saúde: conceitos, Instrumentos e Modo de fazer. Tratado de Saúde Coletiva. Org. CAMPOS SWG et. al. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2006. 4 Brasil.Ministério da Saúde. Trabalhadores de saúde e a saúde de todos os brasileiros: práticas de trabalho, gestão, formação e participação. Documentos preparatórios para a 3ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Brasília, 2005. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 165 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde UMA APROXIMAÇÃO COM A ATENÇÃO EM CUIDADOS PALIATIVOS Michelly Laurita Wiese, Danielle Ferreira de Araujo Resumo Introdução: Este trabalho é referente à experiência de uma assistente social residente que cursou estágio externo em uma unidade especializada em pacientes oncológicos com diagnóstico de Cuidados Paliativos, tratamento destinado aos usuários com canceres avançados e sem possibilidade de cura. Esta unidade possui como finalidade propiciar o atendimento ativo e integral destes sujeitos, voltando o tratamento ao alivio do sofrimento, da dor e dos demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Objetivos: Observação e o acompanhamento do atendimento desenvolvido pelo assistente social que integra a equipe multidisciplinar da unidade, composta por profissionais de enfermagem, medicina, psicologia, nutrição e fisioterapia, além de ofertar atividades de terapia ocupacional e atendimento de capelania. Metodologia: Acompanhamento das assistentes sociais da unidade nas consultas ambulatoriais, visitas domiciliares, durante a internação, no serviço de pronto atendimento, nas reuniões de pós-óbito, dos acompanhantes e de família. Discussão: Tanto o diagnóstico inicial com possibilidade de cura, quanto o prognóstico do estágio avançado do câncer e sua incurabilidade, causam impactos importantes no meio social, na família, no trabalho, etc., e geralmente é preciso modificar o modelo de funcionamento e organização familiar anterior para adaptar-se às novas circunstâncias que o usuário passa a apresentar. Ainda que as circunstâncias, como dependência, não sejam novas, o avanço da doença e o gradativo aumento da dependência acentuam os conflitos familiares e as carências preexistentes, implicando na renda e exigindo uma reorganização familiar. Considerações finais: O trabalho dos assistentes sociais na instituição resulta imprescindível para que estas famílias possam acessar, em meio a todas estas transformações, o máximo de recursos disponíveis pelas políticas sociais, a fim de amenizar esse quadro, garantir direitos e propiciar que o processo de adoecimento e morte ocorre de forma humanizada. Referências 1 BRASIL. Atenção de Média e Alta Complexidade no SUS. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília. 2007. 2 ________Portaria Interministerial nº 1.077. 2009. 3 INCA. Cuidados Paliativos. Disponível em://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=474 Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Cuidados paliativos; Morte; Assistente Social. Contato: [email protected] 166 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 VIÉS DE AFERIÇÃO: AS LACUNAS QUE DIFICULTAM OS PROCESSOS LABORAIS EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL Vivian Marx, Andressa Henke Belle, Graziela Rosa da Silva Resumo Introdução: Ao examinar o contexto de trabalho de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), identificamos um campo potente de intervenção. O Sistema Único de Saúde (SUS) propõe ações, que nos serviços precisam ser estruturadas e planejadas de acordo com suas peculiaridades. Frente a isso, ressalta-se a importância da compreensão adaptativa aos momentos que ocorrem na assistência, aos cenários, para que os agentes de saúde sejam capazes de realizar um atendimento de qualidade¹. Objetivo: Descrever as dificuldades encontradas na coleta de dados dos prontuários de usuários de um CAPS, bem como, apresentar as lacunas que permeiam os processos laborais. Metodologia: Foi construído um banco de dados através do mapeamento de 365 prontuários, destes, foram processados 216, selecionados por estarem disponíveis no arquivo no momento da coleta. A análise realizada foi qualitativa e quantitativa. Resultados: A maioria dos usuários (68%) era do sexo feminino e a faixa etária predominante foi 41-50 anos. Os registros de cartão nacional do SUS foram encontrados em (87,5%) dos prontuários. A presença do Cadastro de Pessoa Física (CPF) foi inexiste em (17,6%) dos prontuários. Familiar e/ou responsável pelo usuário somente em (64%) dos prontuários existia. Apenas em (7,4%) consta o serviço da atenção básica vinculado. Em relação à escolaridade apenas (40,7%) apresentam descrição. Conclusões: Acredita-se que seja de extrema importância definir e planejar conduta de saúde pública, visando uma previsão de ações assistenciais em saúde. As lacunas identificadas através do banco de dados evidenciaram que o viés de aferição é uma das grandes dificuldades encontradas, impactando no planejamento de ações assistenciais. A falta de dados nos prontuários dificulta a construção integral e intersetorial do Projeto Terapêutico Singular de cada usuário. Nesse sentido, identifica-se a necessidade de o serviço realizar uma reorganização dos prontuários, a fim de diminuir os equívocos referentes à falta e/ou má documentação e registros das informações, objetivando a qualificação dos processos de trabalho. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Processos laborais; CAPS; Prontuários. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Tronchin DMR, Melleiro MM, Takahashi RT. A qualidade e a avaliação dos serviços de saúde e de enfermagem. In: Kurcgant P. coordenadora. Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010. cap.7. p.75-88. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 167 educ açoã Eixo temático Resumos Sistemas, Políticas, Programas e Serviços de Saúde VIVÊNCIAS DOS RESIDENTES DE URGENCIA E EMERGENCIA NO SAMU: UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIOAL Karla Orlany Alves Costa Gomes, Michelle Alves Vasconcelos Ponte, Vicente de Paulo Teixeira Pinto, Helanio Arruda Carmo, Denise Tavares de Mesquita, Maria do Patrocínio Barros Neta, Marlen Vasconcelos Alves Melo Resumo Introdução: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192 (SAMU) faz parte da Política Nacional de Urgências e Emergências, desde 2003, e ajuda a organizar o atendimento na rede pública prestando socorro à população em casos de emergência¹. Considerando-se que as urgências não se constituem em especialidade médica ou de enfermagem e que a atenção dada à área ainda é bastante insuficiente². Nesse contexto, inserem-se os programas de residência multiprofissional em Urgência e Emergência criadas a partir da promulgação da Lei n° 11.129 de 2005³, cujo objetivo é desenvolver nos profissionais de saúde competências que trabalham diretamente na assistência exigindo destes conhecimentos técnicos e científicos. Objetivo: Relatar a experiência por residentes de urgência e emergência no atendimento pré-hospitalar oferecido pelo SAMU. Metodologia: O estudo consiste em um relato de experiência baseado na vivencia dos residentes, realizado no período de Junho e Julho de 2015, produzido por meio de métodos descritivos e observacionais. Resultados e discussões: O presente estudo iniciou-se com o levantamento das dimensões de análise, críticas e experiências vividas no SAMU. Os profissionais residentes participavam das ocorrências nas Unidades de Suporte Básico e Avançado, bem como acompanhavam as atividades na Central de Regulação. De forma prática, o Enfermeiro, atuando de acordo com suas competências e atribuições já definidas pelas referidas portarias, aliado aos demais residentes de Nutrição, Farmácia e Fisioterapia, os quais apresentavam de forma conjunta seus principais questionamentos e desafios, principalmente pela sua primeira atuação no setor pré-hospitalar e onde os possibilitou aprendizados, tais como: socorrer, imobilizar, trabalhar em equipe, agir, tomar decisão nas diversas situações vivenciadas: trauma ou clínico, da parada cardiorrespiratória a uma hipoglicemia. A atividade foi importante por torná-los mais capacitados para atuar em situações de urgência e emergência. Considerações finais: Reconhecendo a relevância dos programas de residência multiprofissional a partir dos tirocínios adquiridos, observamos a importância e a contribuição dos residentes perante o conhecimento multidisciplinar de forma pratica e teórica. Dessa forma, amplia-se o crescimento e os avanços no atendimento pré-hospitalar, seguindo a divisão de experiências e ações, que beneficiaram a qualidade da assistência aos pacientes atendidos. Contato: [email protected] 168 equip e coletividad e humanização social Descritores Atendimento pré-hospitalar; Urgência e Emergência; Residência. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Samu 192 e a política nacional de atenção às urgências. 2 Ministério da Saúde-Politica Nacional de Atendimento as Urgências e Emergências. Brasília – DF. 2006. 3.ª edição ampliada 3 MANZI, M.N. et al. A enfermagem como integrante da residência multiprofissional em um hospital universitário: relato de experiência Português/Inglês. Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(esp):42816, maio., 2013. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A ATUAÇÃO DO RESIDENTE FISIOTERPEUTA NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM UMA UNIDADE MATRICIAL DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Letícia Andrade Silva, Gilda Mayumi Garcez da Silva Honda, Isabel Aparecida Porcatti de Walsh Resumo Introdução: a fisioterapia tem regulamentação e competência para desenvolver seu trabalho em todos os níveis de atenção à saúde. Porém, na Atenção Primária (AP), só agora seu papel tem sido firmado. O fisioterapeuta se soma a uma equipe multiprofissional contribuindo com avaliações e condutas que visam a integralidade e melhoria da assistência prestada. Objetivo: relatar a experiência da rotina do residente fisioterapeuta (RF), atuando junto a uma equipe multiprofissional em uma Unidade Matricial de Saúde (UMS). Metodologia: as atividades feitas pelo RF são organizadas por um cronograma previamente estabelecido no início do ano, podendo sofrer modificações conforme novas demandas. Estas ocorrem de segunda a sexta, no período integral, na UMS e em seu território de abrangência. Durante a semana as atividades se dividem em visitas domiciliares multiprofissionais, atendimentos específicos e/ou multiprofissionais, atividades individuais e/ou coletivas, educações continuadas, educações em saúde, discussões de casos, aulas teóricas, reunião de tutoria, além de projetos de extensão. O público-alvo é o usuário (atenção individual), este e seus familiares ou este participando de atividades coletivas. O trabalho é feito de maneira ética e humana, visando a promoção e prevenção, consistindo em acolhimento, avaliações, educações em saúde, orientações, tratamento, encaminhamento, de acordo com a especificidade de cada caso, sempre com decisões conjuntas da equipe multiprofissional. Resultados e discussão: o RP participa de diversas atividades para ampliar o conhecimento e a prática profissional na AP, tanto no aspecto individual da profissão como multiprofissional. Fica em contato com públicos variados, presencia o contexto familiar destes e da comunidade em que se encontram. É importante que na formação profissional de um fisioterapeuta, haja um maior contato e capacitação para o trabalho na AP, pois esta área visa a promoção, prevenção e educação em saúde, de caráter interdisciplinar. Considerações finais: considerando que a educação é tarefa de todos os profissionais de saúde, insere-se em todas as atividades e deve ocorrer em todo e qualquer contato entre o profissional e a população, o trabalho na AP tem possibilitado ao fisioterapeuta, além das competências técnicas que lhe são inerentes, a realização do trabalho de educação em saúde, em equipe interdisciplinar, em todas as atividades, visando estratégias e ações para a atenção integral individual e coletiva. Contato: leticia. [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Fisioterapia; Educação em saúde; Atenção primária à saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 4, de 19 de fevereiro de 2002. 2 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia. Acesso em: 1 de setembro de 2015. Disponível em: http:// portal.mec. gov.br/cne/arquivos/pdf/CES042002.pdf. 3 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília, 2007. Acesso em: 1 de setembro de 2015. Disponível em: http:// dab.saude.gov.br/docs/publicacoes/pactos/pactos_vol4.pdf 4 Leonardo HP, Maria Alice JC, Leandro TP, Marcos SF. Atuação do fisioterapeuta na Atenção Básica à Saúde: uma revisão da literatura brasileira. [Internet]. Jan-Mar 2011; 14(1): 111-119. Disponível em: http://www.fisioterapia.com/public/files/artigo/artigo18.pdf V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 169 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PREVENÇÃO AO TABAGISMO NOS POLOS DA ACADEMIA DA CIDADE DO MUNICÍPIO DE ARACAJU/SERGIPE Taline Santos Almeida, Ilva Santana Santos Fonseca Resumo Descritores Tabagismo; Educação em saúde. Contato: Contato: [email protected] 170 equip e coletividad e humanização social Referências 1 BRASIL, Academia da Saúde. Ministério da Saúde. Brasília, 2014. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Disponível em: www.saude.gov.br/bvs, em 20 de agosto de 2015. 2 BRASIL, Apresentação e orientações técnicas. Instituto Nacional de Câncer. Parece inofensivo, mas fumar narguilé e como fumar 100 cigarros. Brasília, 2013. BRASIL, Instituto Nacional de Câncer; Ministério da Saúde. Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil. Rio de Janeiro INCA, 2007. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O tabagismo se tornou um grave problema de saúde pública no Brasil e é fator causal de quase cinquenta diferentes doenças incapacitantes e fatais, respondendo por 45% das mortes por infarto do miocárdio, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica, 25% das mortes por doença cérebro vascular, 30% das mortes por câncer e 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes, como também desencadeia e agrava condições como a hipertensão e diabetes. Responsável pela morte de 05 milhões de pessoas anualmente no mundo, no Brasil são 200 mil mortes anuais e se a atual tendência de consumo se mantiver, em 2020, serão 10 milhões de mortes por ano e 70% delas acontecerão em países em desenvolvimento (INCA, 2007). O ministério da saúde através da lei federal n° 7.488/96 criou o Dia Nacional de Combate ao Fumo sendo comemorado em 29 de agosto e tendo como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientes causados pelo tabaco. De acordo com a essa lei, o poder executivo através do ministério da saúde promoverá uma campanha de âmbito nacional, visando alertar a população brasileira a respeito dos malefícios advindos do uso do fumo (BRASIL, 2013). Pensando na proposta do ministério da saúde e diante dos dados sobre as doenças e mortes relacionadas ao tabagismo expostos anteriormente, a Coordenação de Promoção a Saúde através da residência multiprofissional realizou ações de educação em saúde na Academia da Cidade. Objetivos: Contribuir para a promoção da saúde através da educação. Sensibilizar os participantes da academia da cidade do município sobre os riscos de saúde, os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo uso do tabaco. Demonstrar os riscos a saúde provocado pelo tabaco e a relação do tabagismo com a qualidade de vida. Metodologia: Foram desenvolvidas dinâmicas competitivas entre todos os participantes presentes na aula matinal de cinco pólos da academia da cidade com tema alusivo ao tabagismo, com duração média de uma hora. A dinâmica aconteceu em cinco pólos de diferentes bairros do município e teve uma participação média de trinta usuários por pólo. Os alunos foram divididos em três equipes de aproximadamente dez pessoas, onde cada equipe teve como missão levar o maior número de cigarros ilustrativos para as doze cestas de papelão nomeadas com os principais riscos do uso do tabaco, essas cestas se encontraram a aproximadamente vinte metros de distância e só será permitido um cigarro por vez e por integrante de cada equipe a cada rodada, ganhará a equipe que no final da dinâmica contar mais cigarros nas cestas. Após a dinâmica foi realizado uma roda de conversa com todos os participantes envolvidos na atividade e discutido, explanado e esclarecido os riscos do uso do tabaco e a relação do tabagismo com a qualidade de vida, ainda foi orientado os alunos e profissionais da academia sobre o fluxo de tratamento do tabagismo do município. Resultados e discussão: As ações foram bem acolhidas pelos pólos da academia da cidade visitados, ao todo contaram com as participações de cento e cinquenta pessoas que em geral se mostraram bem receptivas, participando ativamente da dinâmica e esclarecendo suas dúvidas, curiosidades, levando questionamentos e relatos de experiências sobre o tabagismo, evidenciando assim o interesse dos alunos e a necessidade de diversas informações desse público sobre o assunto. Considerações Finais: Por fim, ressalta-se a importância dos profissionais de saúde buscar intervenções a exemplo da compartilhada nessa experiência, a fim de sensibilizar a população sobre os riscos causados pelo uso do tabaco, como também a possibilidade de redução do uso e a expectativa de uma melhor qualidade de vida. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 AIMPLANTAÇÃODOPROGRAMADE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM URGENCIA E EMERGENCIA – RELATO DE EXPERIÊNCIA José Henrique Linhares, Vicente De Paulo Teixeira Pinto, Keila Maria De Azevedo Ponte Marques, Michelle Alves Vasconcelos Ponte, Denise Lima Nogueira, Renaud Ponte Aguiar, Élcia Maria Mendes Portella Resumo Introdução: A implantação do Programa de Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência ocorreu em um hospital filantrópico, com área instalada a serviço do Sistema Único de Saúde (SUS), de referência para toda a zona norte do estado do Ceará, com população de aproximadamente 1.750.000 habitantes, oriundos de 61 municípios. É Hospital de Ensino certificado pelo MS/MEC, através da portaria interministerial 2576 de 10/10/2007, conta com equipe multidisciplinar, desenvolvendo atividades em assistência, ensino, pesquisa e extensão. Assim, considerando a capacitação dos enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e farmacêuticos na assistência em Urgência e Emergência, como busca de qualificação do atendimento nestas áreas, especificamente no cuidado ao paciente grave,1 tivemos como proposta, discutir o processo saúde/doença inserido no contexto político-científico-técnico e ético da região em geral, através da construção e reconstrução de conhecimentos e atitudes no que se refere aos processos de produção das áreas contempladas pela Residência Multiprofissional na saúde da população. Objetivo: Relatar a experiência da implantação do Programa de Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência (RMUE). Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência. Resultados e discussão: O Programa de Residência Multiprofissional tem o propósito de especializar profissionais na atenção de Urgência e Emergência, próxima a de excelência, dentro da visão holística do ser humano, que tem necessidades individuais e específicas, onde o profissional deve atender a cada indivíduo de forma singular considerando a necessidade de pessoal habilitado para desenvolver ações nesta área definida como estratégica para o SUS2. Deste modo, o processo atual de formação deve ser articulado com o mundo do trabalho, rompendo a separação existente entre teoria e prática, e estimulando os profissionais a desenvolver um olhar crítico, reflexivo que possibilite transformação dos métodos, tendo em vista a resolubilidade e a qualidade dos serviços prestados à comunidade. Nessa perspectiva, é desejável que os profissionais de saúde tenham um perfil generalista e problematizador, e que sejam preparados para trabalhar em equipe multiprofissional, atuando de acordo com os princípios e diretrizes do SUS para a integralidade da atenção e o enfrentamento efetivo de todas as questões relacionadas à saúde e vivenciadas na prática laborativa. Considerações Finais: A implantação da RMUE, nos núcleos de saberes da enfermagem, nutrição, farmácia e fisioterapia, teve como finalidade aprimorar a aplicação da Sistematização da Assistência, proporcionando vivências no processo de Gerenciamento da RMUE, desenvolvimento de atividades nas áreas de concentração temática da Urgência/Trauma, por meio da inserção dos residentes nos processos assistenciais na Rede de Atenção às Urgências e Emergência, e implementando a pesquisa como instrumento de construção de saberes e práticas nessa área de atuação. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores SUS; Urgência e emergência. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 171 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde A IMPORTÂNCIA DA ESTIMULAÇÃO PSICOMOTORA DENTRO DA HOSPITALIZAÇÃO PEDIÁTRICA: RELATO DE EXPÊRIENCIA DE UMA EQUIPE DE EDUCAÇÃO FÍSICA Daniel Tietbol Costa, Beatriz Paulo Biedzycki, Bruna Lima Selau, Adriano Tusi Barcelos, Flávia Lago Dorneles Resumo Introdução: A hospitalização na infância atua como uma experiência negativa sobre o desenvolvimento da criança. O hospital, em geral, é um lugar desconhecido, com restrição de espaço físico e ausência de estímulos adequados¹. Além disso, quanto maior o tempo de permanência da criança a esse tipo de experiência, maior será o risco de atraso no desenvolvimento motor². Objetivo: Relatar sobre um programa de intervenção motora realizado pelo profissional de educação física em uma unidade hospitalar pediátrica. Metodologia: Relato de experiência. Resultados e discussão: Sabendo que, nos primeiros anos de vida ocorre uma maior plasticidade cerebral e que a primeira infância é marcada por intensos processos de desenvolvimento, fica evidente a importância da oferta de diferentes estímulos e oportunidades para que possam desenvolver cada uma de suas aptidões. Tendo em vista a melhora e manutenção dos padrões motores dos pacientes é desenvolvido um programa de estimulação psicomotora por profissionais de educação física de um hospital universitário. No programa as atividades realizadas são planejadas de acordo com as possibilidades e singularidades dos pacientes, podendo assim serem efetuadas em diferentes ambientes. As atividades realizadas baseiam-se em mobilizações articulares, estimulação audiovisual, sensório-motora e proprioceptiva e contemplam valências como, força, flexibilidade, agilidade e equilíbrio. Considerações Finais: Pesquisas têm demonstrado a importância de intervenções adequadas para o desenvolvimento motor da criança hospitalizada, sendo elas preventivas ou corretivas. Muitos estudos mostram haver melhora da aquisição de habilidades motoras em crianças que receberam estimulação motora³. social equip e coletividad e humanização Descritores Desenvolvimento infantil; Atividade motora; Educação física e treinamento. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Bortolote GS, Brêtas JRS. O ambiente estimulador ao desenvolvimento da criança hospitalizada. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(3): 422-9. 2 Nobre FDA., et al. Estudo Longitudinal do Desenvolvimento de Crianças Nascidas Pré-Termo no Primeiro Ano Pós-natal. Psicologia: Reflexão e Crítica, 22(3), 362-9, 2009. 3 Panceri C. et al. A Influência da Hospitalização no Desenvolvimento Motor de Bebês Internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Revista HCPA, 32(2):161-8, 2012. Contato: [email protected] 172 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A INSERÇÃO DE FISIOTERAPEUTAS RESIDENTES EM UMA EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Millene Albeche Peduce, Luana Medeiros Herdina, Keila Cristiane Deon, Giclenaine Jacobsen Albrecht, Ana Amélia Nascimento da Silva Bones Resumo Introdução: A Fisioterapia vem destinando sua atenção quase que exclusivamente para o nível terciário de atenção em saúde, devido à formação, ainda muito voltada para o caráter curativo e reabilitador da profissão. A nova realidade epidemiológica e o atual modelo de saúde contribuíram para o surgimento de mudanças na formação e na construção de um novo perfil de profissionais. Nesse sentido, a formação dos fisioterapeutas necessita expandir-se também para a atenção primária, através da inclusão e valorização dos conhecimentos inerentes à Saúde Coletiva, ao Sistema Único de Saúde e às Ciências Sociais1,2. Objetivo: Relatar a experiência de inserção de duas residentes de fisioterapia em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF). Metodologia: Este estudo consistiu em um relato de experiência que descreve a vivência de fisioterapeutas residentes junto a uma equipe de ESF no município do Porto Alegre durante a inserção no local como campo de prática de um Programa de Residência Multiprofissional em dois períodos distintos, de novembro de 2014 a março de 2015 e de março a agosto de 2015. Resultados e discussão: Durante o período citado, as residentes acompanharam as visitas ao território e aos domicílios dos usuários vinculados ao serviço, juntamente aos agentes comunitários de saúde (ACS). Essas visitas propiciaram um conhecimento da realidade vivenciada pelos usuários, bem como a aproximação com as situações de vulnerabilidade social. Além das visitas domiciliares, as residentes se inseriram em atividades do Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial que envolve os Ministérios da Saúde e da Educação3. Nessa inserção, foram realizadas atividades educativas de forma lúdica em relação ao cuidado com a saúde e a prevenção de violência. Essas atividades foram pensadas de acordo com cada faixa etária e com o desenvolvimento dos estudantes, já que as turmas variaram da Educação Infantil até o oitavo ano do Ensino Fundamental. Considerações Finais: A inserção oportunizou uma visão ampla do cuidado em saúde, na qual se teve a oportunidade de entrar num espaço de promoção e prevenção de saúde em contato direto com o território existencial dos usuários, podendo visualizar e problematizar as situações de violência e vulnerabilidade social, que muitas vezes atravessam o campo da saúde. social equip e coletividad e humanização Descritores Fisioterapia; Atenção primária à saúde; Educação em saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Bispo Júnior, JP. Fisioterapia e Saúde Coletiva: desafios e novas responsabilidades profissionais. Ciência & Saúde Coletiva. vol. 15, PP. 1627-36, 2010. 2 Newland, MF; Alvarenga, LF. Fisioterapia e Educação em Saúde: investigando um serviço ambulatorial do SUS. Boletim da Saúde, Porto Alegre, vol. 19, n. 2, 2005. 3 BRASIL. Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências [acesso em: 14 mar de 2015]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6286.htm. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 173 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde A INSERÇÃO DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS EM UM HOSPITAL DE ENSINO: EM BUSCA DA INTEGRALIDADE DO CUIDADO EM SAÚDE Marla Pedroso Marth, Katiane Schmitt Dalmonte, Cristiane Carla Dressler Garske, Betina Brixner, Katiele Baelz Resumo Introdução: O programa de residência multiprofissional em saúde (PRMU) tem como objetivo qualificar profissionais para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS), viabilizando o trabalho em equipe e o cuidado integral ao paciente. As atividades do PRMU no hospital em estudo, tendo como ênfase urgência, emergência e intensivismo, iniciaram-se no ano de 2014, sendo composto por oito áreas: Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Odontologia1. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas nas práticas coletivas no âmbito do PRMU. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de residentes multiprofissionais em um hospital de ensino do interior do estado do Rio Grande do Sul, no primeiro semestre de 2015. Resultados e discussão: Durante o primeiro semestre de residência foi possível vivenciar algumas dificuldades, entre elas, é possível destacar o fato de que o cuidado em saúde ainda está muito centralizado na atuação médica. Autores afirmam que as necessidades de saúde possuem uma expressão múltipla – social, psicológica, biológica e cultural2. Embora tenha havido muitos avanços sobre a concepção de saúde no que concerne seus determinantes e condicionantes, ainda há resquícios de uma compreensão de saúde focada na doença. No entanto, as atividades teóricas do PRMU têm contribuído sobremaneira para uma compreensão e atuação multiprofissional voltada para o cuidado integral do paciente. Assim, existe a necessidade de regatar os princípios do SUS como elementos orientadores da formação em saúde a fim de formar profissionais preparados para uma apreensão das determinações da realidade3. Outro destaque é o fato de que a atuação dos residentes no hospital não se dá exclusivamente na área de ênfase do programa. Embora a atuação dos profissionais em todos os setores do hospital seja relevante para o fortalecimento da integração ensino-serviço, este fato colabora para uma atuação profissional superficial uma vez que limita os períodos de atuação dos profissionais na área de ênfase. Considerações finais: Apesar dos desafios, compreende-se que o PRMU tem qualificado os profissionais para atuação no SUS. Além disso, o programa tem contribuído para o aprimoramento científico dos cursos de graduação da instituição de ensino no qual a residência está vinculada e principalmente tem instigado os profissionais residentes a uma busca contínua pela pesquisa e produção de conhecimento. Contato: [email protected] 174 equip e coletividad e humanização social Descritores Integralidade em saúde; Hospitais de ensino. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Dados extraídos da página oficial do Hospital Santa Cruz. Disponível em: http://www.hospitalstacruz.com.br/ep/ensino. Acesso em 25 ago de 2015. 2 SCHRAIBER, L. B. et al. Planejamento, gestão e avaliação em saúde: identificando problemas. Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, ABRASCO, v. 4, n. 2, 1999. 3 COTTA, A. et al. Pobreza, Injustiça, e desigualdade social: repensando a formação de profissionais de saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, n. 313. Rio de Janeiro, v. 29, n. 1. 2007. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL: PERCSPETIVAS E DESAFIOS DO PROCESSO Bianca de Souza, Mariele Aparecida Diotti Resumo O presente trabalho pretende realizar uma discussão sobre a inserção do serviço social na saúde mental, quais os desafios e como a categoria pode contribuir para um atendimento de qualidade e em liberdade para os usuários. O processo de transformação que a saúde mental vem realizando nas últimas décadas, com o Movimento de Reforma Psiquiátrica e lutas sociais pelo fim da exclusão dos sujeitos com sofrimento psíquico, convoca o assistente social a (re)pensar seu processo de trabalho. A inserção do Serviço Social na saúde, com a participação no Movimento da Reforma Sanitária, ocorre nos anos de 1990, quando a categoria já possuía um avanço em sua organização e construía o papel social da profissão (CFESS, 2013). No processo de trabalho o profissional guia-se pelo projeto ético- político que vai nortear e respaldar sua intervenção, a partir deste, o profissional compromete-se com o processo de luta pela saúde e direitos dos usuários, devendo articular seu projeto de trabalho ao projeto de reforma sanitária, visto que ambos possuem princípios semelhantes e complementares. Na saúde mental o profissional deve se inserir na luta pelo fim da exclusão e segregação, buscando ações que visem à autonomia e liberdade em um processo de construção coletiva.No cotidiano de trabalho do assistente social nos serviços de saúde mental pode ser observado, que por vezes, os profissionais ainda não possuem clareza sobre seu papel. Essa falta de clareza leva a algumas tendências apontadas por autores da área, como a realização de uma intervenção clínica, que privilegia os aspectos exclusivamente subjetivos, e a especialização que passa a desconsiderar o Serviço Social, negando a profissão (CFESS, 2013; ROBAINA, 2010). Entende-se que a falta de clareza sobre o papel profissional vem acompanhada de uma falta de apropriação sobre o trabalho interdisciplinar, colocando o assistente social numa lógica de encaminhamentos e uma apropriação equivocada de suas ações dentro da equipe. Dentro do serviço de saúde mental compreende-se que o que torna o Serviço Social diferente das demais profissões é a forma de olhar para a realidade. A profissão possui instrumentos teórico- metodológicos e ético- políticos que possibilitam olhar para a realidade micro e transpô-la para uma totalidade de relações que cercam a vida do sujeito. É pensar a saúde para além do serviço, observar quais os diferentes aspectos da vida que estão levando ao adoecimento e quais são potencialidades para trabalhar a saúde. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade 1 CFESS. Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Politica de Saúde. CFESS, Brasília, 2013. 2 ROBAINA, Conceição Maria Vaz. O trabalho do Serviço Social nos serviços substitutivos de saúde mental. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 102, p. 339-351, abr./jun. 2010. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 175 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde A INTERDISCIPLINARIDADE E A SAÚDE MENTAL: (DES) CONSTRUINDO PARADIGMAS Andressa Baccin dos Santos, Débora Cherobini Resumo Introdução: A articulação entre ensino, serviço e comunidade proposta pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental proporciona aos profissionais envolvidos - constante formação, atualização e principalmente entendimento e respeito às profissões e a equipe de trabalho envolvida. Trabalhar interdisciplinarmente não proporciona somente conhecer e interagir com outras áreas de conhecimento, mas sim, compreender o usuário do Sistema Único de Saúde em um todo complexo da realidade a qual está inserido, descontruindo modelos hegemônicos de atenção à saúde mental. Objetivos: Refletir sobre a importância da interdisciplinaridade na saúde mental, a partir de relato de experiência em uma Unidade Hospitalar de Saúde Mental; Evidenciar a relevância do trabalho interdisciplinar na área da saúde, como também sua relação com outros serviços e áreas de formação. Metodologia: Para concretizar este trabalho utilizou-se da metodologia relato de experiência a fim de evidenciar as possibilidades e desafios do trabalho interdisciplinar em saúde mental. Resultados e discussão: Constatou-se nesta experiência a importância do trabalho multiprofissional o qual constantemente suscita a interdisciplinaridade, sendo este observado na realização de reuniões de equipe semanais, atividades de grupo multiprofissional com usuários do serviço, com a comunidade e ainda na participação em reuniões da rede ampliada. O grande potencial a ser investido em uma equipe multiprofissional é que esta se envolva em uma ação interdisciplinar, onde os saberes de cada profissional se relacionem na construção de uma forma de trabalho coesa e equânime. Tendo a maioria dos profissionais atentos, investigando e orientando os usuários do Sistema Único de Saúde e seus familiares, sem deixar de observar as diferentes realidades, situações - impossibilidades e possibilidades de cada sujeito. Considerações Finais: A interdisciplinaridade não simplifica o trabalho do profissional, ao contrário, requer entendimento, respeito e interação entre as diferentes profissões. Esta exige consensos e profissionais envolvidos em uma construção coletiva, onde a responsabilidade e aprendizagem mútua devem estar presentes. Enfim a interdisciplinaridade qualifica o papel do profissional, enriquece o usuário, que passa a ser visto como um sujeito complexo em sua totalidade e observa o mesmo em suas especificidades e necessidades, além de consolidar os princípios humanizados do Sistema Único de Saúde. Referências 1 ALVES et al. Grupo terapêutico: sistematização da assistência de enfermagem em saúde mental. Texto contexto - Enferm. 2004. 13 (4):625-632. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Saúde mental; Profissionais da saúde; Relações interprofissionais. Contato: [email protected] 176 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 A ORIENTAÇÃO PRÉOPERATÓRIA COMO MEIO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Bruna Hirano Imbriani, Pâmela Guimarães Siqueira, Fabianne Banderó Hoffling, Sofia Hardman Côrtes Quintela, Juliana dos Santos de Oliveira, Angélica Vasconcellos Trindade Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A palavra cirurgia é algo que leva o ser humano a fazer infinitas reflexões, pois por mais simples que seja, poderá ser acompanhada de anseios, dúvidas e medo¹. A hospitalização provoca para o indivíduo uma ruptura com o seu ambiente habitual, modificando seus costumes, hábitos, capacidade de auto-realização e de cuidado pessoal². O procedimento cirúrgico não é algo isolado para o paciente, pois requer preparo prévio, no âmbito familiar, social ou profissional, gerando estresse e ansiedade³. Nesse sentido, é necessário inserir o paciente em seu cuidado por meio da orientação pré-operatória4. A maior atenção ao paciente nesse período pode influenciar na sua possível e rápida recuperação5. Objetivo: Descrever a experiência de uma equipe multiprofissional na realização de educação em saúde, por meio de orientações pré-operatórias na clínica cirúrgica de um hospital universitário. Metodologia: Através de uma conversa informal, as orientações são realizadas aos pacientes e seus acompanhantes por uma equipe multiprofissional, na Sala de Educação em Saúde de um hospital universitário. Para ilustrar os condicionantes cirúrgicos e clínicos são utilizados recursos como bonecos que utilizam dispositivos pós-cirúrgicos, imagens, entre outros. Resultados e discussão: Foi observado com a experiência da equipe que se o paciente compreende as mudanças que ocorrerão em seu corpo nos períodos pré e pós-operatório, ele se prepara para o procedimento e tende a diminuir a sensação de ansiedade. A recuperação do paciente cirúrgico está vinculada ao grau de orientação pré-operatória5. Considerações Finais: Orientações pré-operatórias são importantes para uma melhor recuperação do paciente, pois ele entende os procedimentos que serão realizados e a importância de cada um deles. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 177 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde AÇÕES DESENVOLVIDAS DURANTE A SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO Priscilla Poliseni Miranda, Karen Brião da Costa, Andréia Silva de Oliveira, Izabel Cristina Hoffmann Resumo Introdução: Conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde, o aleitamento materno exclusivo (AME) deve ser até 6 meses de vida do bebê, e após este período complementado até os 2 anos ou mais. Porém, no Brasil a prevalência do AME, está muito inferior ao aceitável. Objetivo: Informar e sensibilizar gestantes, puérperas e profissionais de saúde acerca da importância do AME e seu manejo nesse período. Metodologia: As atividades de educação em saúde foram realizadas durante a Semana Mundial do Aleitamento Materno no ano de 2015, no âmbito da Atenção Básica e Hospitalar, num município do Rio Grande do Sul. As ações foram planejadas e coordenadas pela equipe de residência multiprofissional. Foram realizadas rodas de conversa e divulgação da semana em grupos de gestantes em ambos os níveis de atenção à saúde, também foi proporcionado um espaço para a discussão entre profissionais de saúde acerca do tema. Resultados e discussão: Participaram das rodas de conversa 27 gestantes, 10 puérperas, 5 acompanhantes e 14 profissionais de saúde. Foram distribuídos aproximadamente 500 laços do aleitamento, símbolo da campanha. No espaço de discussão, participaram 12 profissionais de saúde. Apesar do contingente de participantes ter sido abaixo do esperado, em todos os locais de atuação houve impacto positivo das discussões, tanto em relação aos benefícios, quanto ao manejo de intercorrências e manutenção do AME. Também é importante ressaltar que no espaço de discussão foram elencados problemas e soluções para a rede municipal na assistência ao aleitamento materno. Considerações Finais: As ações desenvolvidas beneficiaram os participantes, visto que os mesmos receberam informações de forma dialógica que abrangeram diversas áreas do conhecimento, propiciando o cuidado integral durante o AME. No entanto, é necessário que haja um maior número de intervenções deste caráter, com maior implicação das equipes de saúde. Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da Criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. p.112. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Aleitamento materno; Educação em saúde. Contato: [email protected] 178 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ACOLHENDO IMIGRANTES HAITIANOS Telma Libna Rodrigues Borburema, Luana Silveira, Mariana Antonia Dos Santos Resumo Introdução: Recentemente, o Brasil tem recebido muitos refugiados haitianos, o atendimento a essa população nos serviços de saúde é fonte de dificuldades, tanto pelo idioma, quanto por seus hábitos e modo de vida diferentes. Diante dessa barreira, durante o estágio de gestão do programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade e Residência Multiprofissional de Saúde da Família, desenvolveram atividades para profissionais de três Centros de Saúde com fim de promover e facilitar a comunicação e acolhimento desses imigrantes. Objetivo: Facilitar o acolhimento e a comunicação com pessoas haitianas em três Centros de Saúde. Metodologia: Realizaram rodas de conversas com profissionais de três Centros de Saúde a respeito da cultura da população haitiana e confeccionaram informativos em crioulo com orientações sobre os serviços oferecidos e processos de trabalho nos Centros de Saúde. Resultados e discussão: O aumento da população haitiana no Brasil gera impacto no cenário em que estão inseridos. São pessoas com dificuldades de comunicação e fragilidades como diferenças culturais, baixo nível socioeconômico e vivências de situações precárias na saúde, o que é um obstáculo para o imigrante e para quem o atende. A fim de tentar minimizar essa dificuldade e de promover a sensibilização dos profissionais que trabalham nos Centros de Saúde quanto ao acolhimento dessa população, foi promovido um espaço de conversa no qual levantaram as experiências de cada profissional com o atendimento a pessoas haitianas e suas dificuldades e opiniões quanto à permanência dessa população no país. Após, foi apresentada a experiência bem sucedida de outro Centro de Saúde no atendimento aos haitianos, mostrando que é possível melhorar e facilitar a comunicação e favorecer um acolhimento adequado através da sensibilização dos profissionais de saúde quanto às peculiaridades dessa nova população. Considerações finais: As atividades realizadas geraram aprendizado e difundiram informações sobre os haitianos, estimulando a empatia e a receptividade dos profissionais de saúde para a acolhida de imigrantes com cultura e linguagem desconhecidas, minimizando a interferência de opiniões pessoais. Medidas para lidar com essa demanda crescente continuarão sendo necessárias. As atividades desenvolvidas são passíveis de replicação em qualquer local no qual se tornem úteis. Referências 1 ALVES et al. Grupo terapêutico: sistematização da assistência de enfermagem em saúde mental. Texto contexto - Enferm. 2004. 13 (4):625-632. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Comunicação; Acolhimento; Haitiano. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 179 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde ANÁLISE TERRITORIAL DE UMA ESF ATRAVÉS DA CONSTRUÇÃO DE UM MAPA DE INDICADORES Natássia Denardin Resumo Introdução: A mudança de Unidade Básica de Saúde para Estratégia Saúde da Família representa uma importante alteração na configuração de trabalho da equipe. Entre estas mudanças, destaca-se uma importante relação de vínculo com o território abrangente. A unidade onde foi realizado este trabalho atua como ESF desde março de 2015, sendo necessário o processo de territorialização por parte dos Agentes Comunitários de Saúde e de toda a equipe profissional. Por isso, foi proposto utilizar os recentes cadastros do E-SUS para a construção de um mapa onde fosse possível visualizar o território e o perfil dos usuários. Objetivo: Construir um material onde fosse possível visualizar as particularidades do território, e consequentemente de cada microárea, auxiliando a equipe a reconhecer o perfil de seus usuários e a partir deste reconhecimento, auxiliar no planejamento de ações específicas conforme suas necessidades. Com as constantes mudanças no território, pensou-se em um mapa mutável, no qual a equipe conseguisse interagir e modificar o mesmo sempre que necessário. Metodologia: Foram coletados das fichas do E-SUS os seguintes dados: diabéticos, hipertensos, idosos (igual ou acima de 60 anos), crianças (abaixo de 12 anos), gestantes, domiciliados/acamados, vítimas de AVC/derrame, dependentes de álcool e outras drogas e tabagistas. Após a coleta, estes dados foram tabelados por endereço a fim de melhor organizar a marcação de seu conteúdo no mapa. Para sua confecção foram utilizados materiais simples: placa de isopor, feltro, alfinetes coloridos, papel EVA. Resultados e discussão: através deste trabalho dos foi possível a construção de um mapa do território com indicadores de saúde capaz de modificar-se conforme as mudanças territoriais. Chegou-se a conclusão, por exemplo, que o território tem um grande número de idosos e hipertensos, propiciando o planejamento de ações voltadas a este público, como ampliação do recente grupo de idosos e oficinas de alimentação saudável. Considerações Finais: A construção deste mapa possibilitou um trabalho conjunto da equipe, permitindo aos mesmos interagir com o território e com os demais colegas. A confecção do mapa foi feito com materiais simples e de baixo custo, podendo ser replicável a outras unidades de saúde que queiram e utilizar este mecanismo para melhor identificar seu território. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade 1 GOLDSTEIN, AR, et al. “A experiência de mapeamento participativo para a construção de uma alternativa cartográfica para a ESF.” Ciência & Saúde Coletiva 18.1 (2013): 45-56. Contato: [email protected] 180 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ANDANÇAS NO TERRITÓRIO: A PERSPECTIVA DO RESIDENTE MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA Lilian Cristina Bittencourt De Souza, Bibianna De Oliveira Pavim, Luciana Barcellos Teixeira Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: As andanças no Distrito Glória Cruzeiro Cristal e Ilhas (itinerâncias) fazem parte das atividades extramuros da Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva do Núcleo de Educação, Avaliação e Produção Pedagógica em Saúde (EDUCASAÚDE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O objetivo da atividade é fazer o residente refletir sobre a produção de saúde nos territórios, problematizando as diferentes realidades de um mesmo local. Objetivo: Relatar a experiência de ter participado, enquanto residente de Saúde Coletiva, das itinerâncias nos bairros do Distrito Glória, Cruzeiro e Cristal (DGCC) e Ilhas de Porto Alegre-RS. Metodologia: A turma foi dividida em grupos de até quatro residentes, preferencialmente, de profissões diferentes. Cada grupo visitou os seis bairros, durante uma semana, com ênfase para as questões sociais e de saúde de um bairro, utilizandose como pressuposto a teoria da determinação social da saúde. Ao final, os residentes elaboraram uma apresentação lúdica e criativa e escreveram uma narrativa, individual, sobre a experiência nas itinerâncias. Resultados: Partindo de um olhar amplo sobre a realidade nesses locais, constatamos que alguns problemas se repetiam em todos os bairros, como a violência em decorrência das drogas e os alagamentos. No entanto, outras questões apareceram em bairros específicos como a questão do lixo nas ruas e até nos arroios. Foi realizado então um mapa sobre a situação de saúde desses locais, com base nas observações. Considerações Finais: Aprendemos muito, durante essa caminhada, conhecemos a realidade com a qual iremos nos defrontar no primeiro ano de residência, quando atuarmos na Atenção Básica, conseguimos enxergar nestes espaços o que significa a teoria da determinação social da saúde. Muitos sentimentos afloraram no grupo durante a itinerância como: medo, compaixão, tristeza e angústia, mas como profissionais sanitaristas, teremos que aprender a lidar com esses sentimentos, para desenvolvermos um bom trabalho. É preciso compreender as diferentes realidades que nos cercam, que constituem um território e uma situação de saúde, que se movimentam e se transformam, para que se produza saúde. É este o grande desafio da residência, formar profissionais capazes de transformar, uma realidade, e de ser transformado por ela. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 181 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde APOIO INSTITUCIONAL: GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO CAMINHOS PARA A TRANSFORMAÇÃO DA ATENÇÃO Marcos Felipe Genuca da Silva, Elenice Araújo Andrade, Gabriela de CASTRO Rodrigues, Renan Brasil Cavalcante Citó Resumo Introdução: O papel de apoiador do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) vai além da assistência à saúde individual, coletiva e interprofissional. Estes núcleos se propõem a atuar também na vertente do apoio institucional. A gestão do trabalho das equipes de referência, preconizada pelas diretrizes do NASF pressupõe essa modalidade de atuação¹. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas pelos profissionais residentes no percurso de rede intersetorial e da saúde da Residência Integrada em Saúde (RIS). Metodologia: Esta pesquisa utilizou uma metodologia de natureza descritiva, realizada a partir da observação participante e da revisão de literatura no período de Janeiro a Julho de 2015. Resultados e discussão: Dentre as atividades de apoio institucional, elencaram-se aquelas com objetivo de debate, planejamento e gestão do processo de trabalho das equipes nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBASF), bem como as que estavam voltadas para a educação permanente e o cuidado dos profissionais de saúde. Um desdobramento importante foi a grande articulação com a rede intersetorial e com a rede de saúde, sendo uma vertente fortalecedora do apoio institucional realizado pela RMSFC. Diante da fragilidade da rede secundária de atenção, foram feitos muitos contatos e compartilhamentos de casos com as escolas, conselho de saúde, conselho tutelar, CRAS, CAPS e hospital. Acredita-se que o cuidado em saúde perpassa também essa articulação em rede, estabelecendo na ESF uma ferramenta de coordenação do cuidado. Considerações Finais: Proporcionar essas atividades é também trabalhar de acordo com os princípios e diretrizes do SUS como está proposto nos documentos oficiais sobre a Residência Multiprofissional² e contribuir na melhoria do SUS, sendo assim uma liderança técnica, política e pedagógica. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Ação intersetorial; Educação permanente em saúde; Estratégia saúde da família. multip rofissional interdisciplina ridade 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF? Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Brasília (Brasil), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, 2010. 2 BRASIL Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria Interministerial n° 1077 de 12 de novembro de 2009. Diário Oficial da União, 2009. Contato: 182 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ARTICULAÇÃO ENTRE UNIDADE DE SAÚDE, ACADEMIA DA CIDADE E NASF RESIDÊNCIA NO GRUPO RAZÃO DE VIVER E FAZENDO ARTE COM IDOSOS HIPERTENSOS Pedro Romero Barbosa Sabino Pinho Resumo Introdução: O idoso é mais comumente vitima do desenvolvimento de doenças crônico degenerativas como diabetes, artrose, Alzheimer e a hipertensão arterial que é definida como pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg e pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg, em indivíduos que não estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva. Cerca de 63% dos idosos no Brasil dizem ter a doença. Manter o peso, mudar o padrão alimentar, tomar corretamente a medicação e fazer atividade Física são praticas essenciais para o controle da pressão arterial e não desenvolvimento da doença. Sendo assim os grupos Razão de viver, e Fazendo Arte tem como Objetivo o acompanhamento integral dos participantes com o apoio de uma equipe multidisciplinar dos residentes NASF, para o melhor acompanhamento da população. Metodologia: O profissional de educação física da academia da Cidade, juntamente com os agentes comunitários das unidades usam da atividade física para juntar o grupo de usuários e nas rodas iniciais e finais das atividades (pós o aferimento da pressão) se faz uma conversa formal ou mais comumente informalmente sobre a importância das praticas saudáveis para todos em todos os momentos da vida. Onde o acompanhamento desta taxa ao longo de seis meses onde o Educador Físico Residente, articulou a participação dos outros profissionais da residência nos temas discutidos como câncer de mama, colo do útero Lazer, Luto e alimentação saudável. Resultado/ Conclusão: Aos participantes mais assíduos nos últimos três meses se observou nas rodas de conversa um maior empoderamento das suas praticas saudáveis, e mudanças de hábitos que resultaram numa redução medicamentosa, melhora do sono, e maior consciência de suas ações no resultado da sua saúde, segundo o que eles mesmo comentam nas rodas. Referências 1 Cadernos de Atenção Básica, no 38,Brasília – DF/2014 Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade HAS; Atividade Física; Idoso. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 183 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde ATUAÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA EM SAÚDE EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE Gabriela Castro Kuinchtner, Maria Luiza Silveira, Patrícia Bastianello Campagnol, Silvana Basso Miolo, Luciana Schiavo Resumo Introdução: Apesar da necessidade da construção de redes para a efetiva atenção integral ao usuário, a organização da atenção e da gestão do SUS caracteriza-se por intensa fragmentação com incoerência entre a oferta de serviços e as necessidades de atenção1. Para se repensar novas modelagens assistenciais há que se aprofundar o debate sob novos fundamentos teóricos, particularmente sobre a natureza do processo de trabalho, sua micropolítica e importância na compreensão da organização da assistência à saúde2. Diante deste quadro, a Residência Multiprofissional surge como uma estratégia para a mudança dos serviços e modelos de atenção a saúde em busca de uma maior integralidade do cuidado ao usuário. Objetivo: Descrever a atuação de residentes multiprofissionais - área de concentração Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família em uma unidade básica de saúde (UBS) de um município do interior do Estado do Rio Grande do Sul (RS). Metodologia: este estudo caracteriza-se como um relato de experiência da atuação de residentes multiprofissionais dos núcleos de enfermagem, fisioterapia e fonoaudiologia em uma UBS. Para contemplar o plano político pedagógico do programa, os residentes desenvolvem atividades ancoradas no conceito de clínica ampliada utilizando diversos dispositivos para a busca da integralidade do cuidado como a construção de projetos terapêuticos singulares, a pactuação de linhas de cuidado, o acolhimento, o matriciamento, a escuta qualificada e a educação em saúde. Resultados e discussão: Durante o tempo de atuação da Residência Multiprofissional na unidade básica de saúde foi possível observar resultados positivos da equipe multiprofissional de residentes como a valorização dos profissionais não-médicos no contexto da assistência primária à saúde, a implantação de estratégias de acolhimento humanizado como as salas de espera multiprofissionais, os atendimentos conjuntos e a escuta qualificada, a implantação de reuniões de equipe, o fomento das linhas de cuidado, o impacto e reorganização no processo de trabalho da unidade com a implementação de atividades coletivas e integrais no cuidado em saúde3. Considerações Finais: A Residência Multiprofissional almeja o crescimento profissional dos residentes, bem como a transformação dos serviços de saúde onde os mesmos atuam, incentivando a reflexão sobre a prática desenvolvida e as possibilidades e limites para transformá-la. Contato: [email protected] 184 equip e coletividad e humanização social Descritores Assistência integral à saúde; Atenção primária à saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Documento de diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas Redes de Atenção à Saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Série B. Textos Básicos de Saúde. 2012. 2 Malta DC, Cecílio LCO, Merhy EE, Franco TB, Jorge AO, Costa MA. Perspectivas da regulação na saúde suplementar diante dos modelos assistenciais. Cienc. Saude Colet. 2004; 9(2): 433-44. 3 Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ATUAÇÃO DE UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL JUNTO A PACIENTES HIV/AIDS EM UM AMBULATÓRIO DE INFECTOLOGIA Juliana dos Santos de Oliveira, Juliano Vicente Nascimento, Joice Mara Silva da Rosa, Talita Cristina Favero, Luma Ionara Elsenbach Schutkoski, Elaine Rosália Friedrich, Angélica Vasconcellos Trindade Resumo Introdução: A adesão ao tratamento antirretroviral é atualmente um dos pontos de maior impacto na redução de complicações e melhoria na qualidade de vida das pessoas com HIV/aids1. Com o objetivo de proporcionar aos pacientes e seus familiares uma forma de orientação efetiva e contínua, iniciou no ano de 2012, em um Hospital Universitário do interior do Rio Grande do Sul, a estruturação da linha de cuidado de Doenças Infecciosas formada por uma equipe multiprofissional. Objetivo: Descrever a experiência de uma equipe de residentes multiprofissionais no atendimento ambulatorial ao paciente da linha de cuidado de Doenças Infecciosas em um Hospital Universitário. Metodologia: Vinculada ao ambulatório de adesão, com enfoque individual ao paciente, a assistência multiprofissional visa ao aconselhamento, à educação em saúde e ao oferecimento de um espaço para escuta. A equipe é composta por fisioterapeuta, enfermeiro, fonoaudiólogo, farmacêutico, nutricionista, psicólogo e assistente social. Os pacientes são encaminhados ao ambulatório multiprofissional e após serem atendidos são reagendados conforme complexidade e necessidade do caso, de modo que possam ser encaminhados para outras especialidades ou contrarreferenciados para outros níveis da rede de atenção à saúde. São realizados por turno, em média, três atendimentos com duração aproximada de uma hora, prestando orientações e encaminhamentos acerca das demandas apresentadas. Resultados e discussão: As principais questões identificadas e relacionadas à má adesão são a falta de entendimento sobre a doença, dificuldade de compreensão e comprometimento com o uso da medicação, efeitos colaterais, falta de motivação pessoal e questões socioeconômicas diversas, como a baixa escolaridade, pouco ou nenhum suporte familiar e por subestimar a evolução da própria doença. Desta forma, observa-se que a existência de uma equipe multiprofissional, visando a oferta de assistência humanizada e de qualidade, baseada na integralidade da atenção à pessoa vivendo com HIV/aids é fundamental2 para a relação equipe/paciente/cuidador, garantindo que a complexidade que envolve a continuidade do tratamento possa ser devidamente compartilhada. Considerações Finais: O enfoque multiprofissional na assistência à saúde dos pacientes com HIV/aids promove a integralidade do cuidado, favorecendo a adesão ao tratamento. Descritores HIV; Equipe interdisciplinar de saúde; Adesão à medicação. Contato: social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Borges MJLB, Sampaio AS, Gurgel IGD. Team Work and Interdiciplinarity: Challenges Facing the Implementation of Comprehensive Outpatient Care for People with HIV/Aids in Pernambuco. Ciênc. saúde coletiva 2012; 17 (1): 147-156. 2 Guaragna BFP, Ludwig MLM, Cruz ALP, Graciotto A, Schatkoski AM. Implantação do Programa de Adesão ao Tratamento de HIV/Aids: Relato de Experiência. Rev. HCPA. 2012; 27 (2): 35-8. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 185 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NA COMISSÃO INTRAHOSPITALAR DE DOAÇÃO DE ÓRGÃO E TECIDOS PARA TRANSPLANTES Vânia Regina Dutra Vargas, Cátia Cilene Rodrigues Mazaro, Marcia Adriana Poll, Solange Emilene Berwig Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A abordagem do profissional Assistente Social possui o papel de acolher e acompanhar os familiares do usuário em morte encefálica, sanando dúvidas e explicando todo processo de abertura do protocolo, de maneira que a família fique ciente de todos os procedimentos que serão realizados e, ao mesmo tempo, permitindo a reflexão sobre a importância da doação de órgãos (1). Essa abordagem clara permite que os familiares decidam voluntariamente em autorizar ou não a doação de órgãos de seu familiar. Objetivo: Apresentar reflexões do Assistente Social acerca de vivências na Comissão Intra-Hospitalar de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Metodologia: Consiste em um relato de experiência vivenciado pela Residente R1, do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Urgência e Emergência em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Adulto, localizada no Rio Grande do Sul, entre abril a agosto de 2015. Resultados e discussão: A abordagem do Assistente Social com familiares do potencial doador inicia-se quando o usuário é admitido na UTI Adulto, mesmo que ainda não esteja confirmada a morte encefálica por meio da busca ativa e do acolhimento aos familiares durante os horários de visita. Essa ação rotineira contribui para que as famílias sintam-se acolhidas por estar vivenciando um momento difícil, da qual experimentam distintas manifestações de sentimentos em relação ao familiar doente e a si mesmo. Em suspeita de morte encefálica o médico comunica a família sobre a constatação, bem como sobre o protocolo a ser seguido para o diagnóstico. Logo, inicia-se uma abordagem dirigida do Assistente Social para esclarecimento acerca das etapas do processo de doação com os familiares, para então ser decidido ou não a autorização da doação. Considerações Finais: As CIHDOTTs foram criadas com objetivo de aumentar a captação de órgãos e auxiliar a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), estadual e/ou nacional. Segundo a legislação, as Comissões tem por objetivo identificar os potenciais doadores, abordar a família para uma possível autorização e iniciar a abertura do protocolo de morte encefálica por meio de testes clínicos. Além disso, as CIHDOTTs articulam-se com as CNCDO para formalizar o processo burocrático e a captação e transporte de órgãos e da equipe técnica. Neste processo conta-se com a presença do Assistente Social intermediando as relações entre familiares e as Comissões Intra- Hospitales (1). Contato: [email protected] 186 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ATUAÇÃO DOS RESIDENTES E PRECEPTOR DO NÚCLEO DE FONOAUDIOLOGIA NO NASF: AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE JUNTO AOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM COMEMORAÇÃO Diana Weber Bartz, Karina Antes de Souza, Martina Sulek Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A inserção da Fonoaudiologia na Saúde Pública vem aumentando consideravelmente, principalmente após a criação e implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em 2008 pela portaria 154 do Ministério da Saúde1. Este núcleo multiprofissional foi criado no intuito de complementar e qualificar as ações desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família e atualmente, em nosso território, é constituído por fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo, psiquiatra, educador físico, assistente social e nutricionista. Dentre as atribuições do NASF está o apoio técnico-pedagógico às equipes, que objetiva um atendimento mais integral à população assistida. As ações de Educação em Saúde são parte importante do apoio técnico-pedagógico, e devem ser direcionadas a toda a equipe, incluindo os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que configuram importante elo entre a equipe mínima e os usuários. Objetivo: Promover o conhecimento de saúde vocal a um grupo de ACS distribuidos entre as sete equipes de Saúde da Família. Metodologia: Foram realizadas roda de conversa e dinâmicas junto aos ACS, durante a semana da voz, visando à orientação sobre os cuidados com o uso da mesma e a instrumentalização destes profissionais para que possam orientar a população e auxiliar na identificação precoce de possíveis alterações vocais. Participaram da ação os núcleos de Fonoaudiologia (residentes e preceptor), de Fisioterapia e de Educação Física. Resultados e discussão: A ação contou com a participação de 18 ACS, que juntos são responsáveis por 13.500 usuários, e apresentou saldo positivo, visto que as informações compartilhadas, bem como as vivências relatadas, agregaram conhecimento e um novo olhar sobre a saúde vocal individual e da população assistida por tais equipes. Considerações Finais: Os residentes do núcleo de fonoaudiologia atuaram de forma ativa no desenvolvimento e na realização da ação, e estreitou laços com os profissionais participantes durante as trocas de conhecimentos, possibilitando a vivência da educação permanente e do apoio matricial. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 187 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde CAPACITAÇÃO SOBRE BOAS PRÁTICAS NA CULINÁRIA JAPONESA Carolini Machado Landarin, Paula Marques Rivas, Sara Neves Souza, Joana Paludo, Nayara Poleto Pires Bottini Resumo Introdução: No Brasil, o consumo de pescado in natura cresce a cada ano, sendo a culinária japonesa um dos principais responsáveis por este aumento (Filho, 2007). A produção de sushis e sashimis envolve alta manipulação, utilização de matérias primas sem cocção e mantidas em temperatura ambiente, elevando assim o risco sanitário. Contudo, conhecendo os pontos críticos de controle e as boas práticas na produção destes alimentos, estas preparações tornam-se seguras. Objetivo: Capacitar os serviços de alimentação e indústrias que produzam, preparam, distribuam e comercializam sushis e sashimis. Nos últimos cinco anos, houve um aumento de estabelecimentos em culinária japonesa, totalizando 188 (Senai, 2014). Metodologia: Foi entregue convite a 35 estabelecimentos para participar do evento, dos quais compareceram 24 (68,6%), sendo que os principais itens abordados foram: acondicionamento dos alimentos, acidificação do arroz, tempo/temperatura durante a manipulação, exposição do alimento preparado ao consumo, higiene de instalações, equipamentos e utensílios, saúde dos manipuladores e principais agentes causadores de Doenças Transmitidas por Alimentos envolvidos em sushis e sashimis. Segundo Silva (2007), preparações muito manipuladas são consideradas de alto risco, especialmente quando elaboradas por pessoas destreinadas. Resultados e discussão: Com isso, foram capacitados 13% dos estabelecimentos alvo. As ações educativas são essenciais para a melhoria do controle higiênico-sanitário dos alimentos, pois a execução das boas práticas depende da iniciativa dos responsáveis pelos estabelecimentos, do conhecimento aplicado pelos manipuladores no processo produtivo e dos riscos envolvidos. Considerações Finais: Devido à boa adesão à capacitação, a meta da Equipe de Vigilância de Alimentos é realizar novas edições, a fim de que 100% dos estabelecimentos sejam capacitados, promovendo melhorias na qualidade higiênico-sanitária dos sushis e sashimis servidos no Município. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade 1 Moura Filho LGM. Enumeração e pesquisa de Vibrio spp. e coliformes totais e termotolerantes em sashimis de atum e vegetais comercializados na região metropolitana do Recife, Estado de Pernambuco. Acta Scien Technol. 2007; 29(1):85-90. 2 Silva Junior EA. Manual de controle Higiênico sanitários em alimentos. 6° ed. São Paulo: Varela; 2007. 3 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. SENAI de alimentos e bebidas: Pesquisa realizada de julho à novembro. Porto Alegre, 2014. Contato: [email protected] 188 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CINE REDUÇÃO DE DANOS, CONSULTÓRIO DE RUA Pedro Romero Barbosa Sabino Pinho Resumo Introdução: Uma demanda de uma liderança comunitária para trabalhar a redução de danos no centro social. Objetivo: Criar vínculo com o território, e promover a redução de danos, cuidado e acesso a saúde. Metodologia: Aproximação da comunidade através do dialogo, escuta e arte. Realizando uma mostra de curta metragem para chamar a atenção, debater, educar e aproximar a população do centro social. Resultado: O evento aproximou o equipamento de saúde com as lideranças comunitárias dos bairros que freqüentam o centro demandando abertura de novos territórios e realização de evento similar em outros espaços como escolas, e associações. Alem de um reconhecimento do grupo de redutores de danos pelos usuários do local. Referências 1 Práticas de saúde das equipes dos Consultórios de Rua. Cad. Saúde Pública vol.30 no Rio de Janeiro Apr. 2014. 2 As Práticas De Saúde Das Equipes Dos Consultórios De Rua. Silva, Felicialle Pereira da.Recife: 2013 102 f.:tab;quad,;30 cm. 3 http://www.sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_746_apresentacao_rede_ad_recife_joaomarcelo.pdf Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Redução de danos; Acesso à saúde. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 189 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde CONHECIMENTO DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR A PACIENTES COM HIPOGLICEMIA Carlos Eduardo Peres da Rosa, Giovanna Peres Uzejka, Rodrigo Madril Medeiros Resumo Introdução: O Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico que atinge grande parcela da população mundial. Alimentação inadequada, sedentarismo e sobrepeso contribuem com o aumento desses dados.1 A hipoglicemia é uma complicação relacionada ao DM, a falta de informação, situação social e o conhecimento ineficaz dos profissionais de saúde podem contribuir para o aumento dos casos graves.2 Objetivo: O estudo teve como objetivo geral avaliar o conhecimento dos técnicos de enfermagem que exercem atendimento pré-hospitalar a paciente com hipoglicemia. Metodologia: Trata-se de uma abordagem quantitativa, de caráter descritivo e levantamento de dados. Os dados foram coletados nos meses de março e abril de 2015 através de questionário formulado com questões fechadas. Resultados: A amostra contou com 66 técnicos de enfermagem. Destes 92,4% reconhecem os sinais e sintomas de hipoglicemia, 66 (100%) consideram a velocidade na qual os sinais e sintomas aparecem, história clínica, idade e estado geral do paciente importantes para avaliação do paciente com suspeita de hipoglicemia. Referente às condutas, 59 (89,4%) agiram conforme o protocolo internacional de atendimento a pacientes hipoglicêmicos e 95% dos entrevistados afirmam que a administração de glicose evita complicações como convulsão e dano cerebral permanente. No que diz respeito ao treinamento 63,6% dos profissionais não receberam treinamento para atender pacientes com hipoglicemia. Discussão: A redução dos casos de hipoglicemia grave evita complicações como sequelas neurológicas nos pacientes com hipoglicemia, assim reduz o tempo de internação, contribuindo com o bom prognóstico deste.3 Cabe salientar os altos custos de internação com esse tipo de paciente em unidades de tratamento intensivo por períodos prolongados. A educação continuada é um investimento de baixo custo utilizado por gestores qualificados.4 Considerações Finais: Os resultados apresentados na pesquisa ratificam o bom atendimento prestado no APH, contudo verifica-se a necessidade de desenvolver estratégias a fim de promover a educação continuada visando qualificar o atendimento. Através dos Núcleos de Educação em Urgência é possível implementar treinamentos com o propósito de minimizar as dúvidas frequentes e padronizar o atendimento prestado conforme o protocolo de atendimento. Contato: [email protected] 190 equip e coletividad e humanização social Descritores Hipoglicemia; Pré-hospitalar; Educação continuada. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica, n. 36. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 2 Comenale MEG. Atendimento Pré-hospitalar às Emergências Clínicas. 1. ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2014. 3 Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2013-2014. São Paulo: AC Farmacêutica, 2014. 4 Sousa FP et al. Educação Continuada em Serviços de Urgência e Emergência. Rede de Revistas Cientificas da América Latia, Caribe, Espanha e Portugal. Campo Grande, vol.15, núm.3, 2011, pg. 137-146. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CONHECIMENTOS, ATITUDES E PRÁTICAS DE ADOLESCENTES ESCOLARES SOBRE PRESERVATIVO Layanne Santos Carneiro, Rafael de Almeida Machado Resumo Introdução: A adolescência, por se tratar de uma fase repleta de transformações biológicas e psicossociais, geralmente coincide com a iniciação sexual precoce. Para o adolescente, a vivência da sexualidade representa um marco de seu desenvolvimento e sua autonomia, assim como, os aproxima de vulnerabilidades quando o início da sexualidade é precoce e ausente de informações adequadas condizentes com a prática sexual¹. Objetivo: Investigar o conhecimento, atitude e prática das adolescentes sobre o uso preservativo. Metodologia: Trata-se de estudo de abordagem quantitativa com delineamento transversal. A pesquisa utilizou um questionário semi-estruturado, auto aplicativo, com 44 questões de múltipla escolha. Resultados e discussão: A maioria das adolescentes do estudo possui idade de 16 anos (56,5%) e são solteiras, sem parceiro fixo (67,7%). Esta idade está inserida na fase intermediária da adolescência, período que compreende a busca pela vivência da sexualidade com experimentação de diferentes formas de realização. Em relação à idade de iniciação sexual 7,6% disseram ter ocorrido na idade de 15 anos; 8,7% das adolescentes com atividade sexual afirmaram não fazer uso do preservativo na primeira relação sexual. O acesso à informação sobre sexualidade e sobre como utilizar o preservativo nem sempre é disponível e poucos são os que sabem antes da primeira relação sexual. As adolescentes referiram não receber e/ou pegar preservativo (93,5%) nos serviços de saúde nos últimos dozes meses. A importância da utilização do preservativo significa enfrentar questões que envolvem desde o “próprio desejo” até o enfrentamento da família, aliadas ao tipo de relacionamento a ser estabelecido com o parceiro². Considerações finais: Portanto, é evidenciado a necessidade da implementação de programas de educação em saúde em longo prazo que visem à orientação sexual dos adolescentes no ambiente escolar. Referências 1 Carleto, A., et al. “Conhecimento e práticas dos adolescentes da capital de Mato Grosso quanto às DSTs/AIDS.” DST–Jornal brasileiro de doenças sexualmente transmissíveis 22.4 (2010): 206-211. 2. Pereira, B. B. S., Prado, B. O., Filipini, C. B., Felipe, A. O. B., & Terra, F. S. (2012). Avaliação do conhecimento dos enfermeiros frente ao crescimento e desenvolvimento dos adolescentes. Adolesc Saude, 9(4), 19-26. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Adolescente; Sexualidade; Preservativo. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 191 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde CONSTRUÇÃO DE TECNOLOGIA LEVE EM SAÚDE: INSTRUMENTO FACILITADOR DO PROCESSO EDUCATIVO PARA GESTANTES Rayssa Matos Teixeira, Ana Carla Pereira Alves, Soraia Kessia de Araújo Silva, Kamille Lima de Alcântara, Larissa Ludmila Monteiro de Souza Brito, Emília Cristina Carvalho Rocha Caminha, Viviane Josiane de Mesquita Resumo Introdução: A produção do cuidado em saúde exige o acesso às tecnologias necessárias (duras, leveduras e leves) (MERHY et al, 2004). Por isso, estes novos fazeres, práticas se materializam em “tecnologias de trabalho” utilizadas para produzir saúde, entendidas como o conjunto de conhecimentos e agires aplicados à produção de algo. Assim, pode-se destacar que as tecnologias leves (acolhimento, responsabilização e vínculo) se refletem como um imprescindível instrumento de trabalho em saúde para as atividades de educação em saúde. Objetivo: Construir uma tecnologia educativa como estratégia facilitadora do processo ensino-aprendizagem para gestantes. Metodologia: Relato de experiência sobre a construção de uma tecnologia educativa em forma de jogo, para ser aplicado a gestantes, o estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa e obteve o parecer favorável. Resultados e discussão: Foi desenvolvida um instrumento educativo, “Roleta do Conhecimento Materno”, está possui 04 temáticas centrais: Trabalho de Parto; Parto; Puerpério Imediato e Cuidados com a mama. Estas são especificadas por cores e gravuras correspondentes a cada uma. Existe quatro envelopes, cada um contendo perguntas que correspondem a cada temática contida na roleta. Para a construção do material foi estabelecido que seriam construídos temáticas de acordo com os principais pontos que devem ser elencados durante o pré-natal para que estes possam ser melhor discutidos com as gestantes. Resultado e discussão: O jogo educativo foi construído com o intuito de propiciar para o grupo de gestantes, uma interação e troca de saberes e a construção de conhecimentos sobre o processo de gestação/parto/e cuidados com o recém-nascido por permitir uma maior fixação do assunto por meio da troca de informações entre facilitadora/gestantes de forma dinâmica e interativa. Considerações Finais: A construção da tecnologia educativa vai possibilitar o processo ensino/aprendizagem com as gestantes de forma mais significativa, sendo um instrumento que poderá ser utilizado por profissionais de saúde em grupos, sendo de fácil confecção e aplicação. Referências 1 MERHY, E.E. et al. O trabalho em Saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. 2ª Ed. São Paulo: Hucitec; 2004. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Educação em saúde; Gravidez; Enfermagem. Contato: [email protected] 192 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CONSTRUÇÃO DE UM GRUPO DE APOIO AOS ACOMPANHANTES DOS PACIENTES DE UMA CLÍNICA CIRÚRGICA Mônica Girardi Cerutti, Ana Luisa Remor da Silva, Gessyka Wanglon Veleda, Andréa Regina de Rezende, Ana Lúcia Mandelli de Marsillac Resumo Introdução: A internação hospitalar provoca desgaste físico e psicológico não apenas no paciente internado, mas, também, nas pessoas que o acompanham, como seus familiares e amigos¹. Estes passam a vivenciar, junto com o paciente, a rotina do hospital (exames, diagnóstico, cirurgias) e os sentimentos de angústia, tensão, estresse, ansiedade, raiva, medo e depressão que podem surgir como reação ao processo de internação2,3. Objetivo: O objetivo deste relato é apresentar o processo de construção do grupo de apoio aos acompanhantes de uma unidade cirúrgica localizada em um hospital geral. Metodologia: Esse estudo se trata de um relato de experiência, enquanto residentes multiprofissionais, que ocorreu em uma clínica cirúrgica de um hospital geral a partir da construção de um grupo de apoio para os acompanhantes dos pacientes. Resultados e discussão: Conforme o grupo foi se desenvolvendo foram surgindo discussões e reflexões sobre o seu formato e objetivos. Inicialmente havia uma proposta de suporte emocional e acolhimento de dúvidas relacionadas a internação, unidade e procedimentos. Após as discussões e entrada de novos residentes multiprofissionais delimitou-se um novo objetivo que era proporcionar um espaço de acolhimento e apoio multiprofissional que além do esclarecimento de dúvidas haveria também um momento de compartilhamento de experiências e apoio mútuo. Como fruto dos 11 encontros do grupo, foi elaborada uma cartilha multiprofissional com as seguintes profissões: psicologia, serviço social, enfermagem, nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia e medicina. A construção do grupo, proporcionada pelas discussões entre os residentes multiprofissionais, tutores e preceptores, vai ao encontro do V eixo norteador das Residências Multiprofissionais em Saúde4: “estratégias pedagógicas capazes de utilizar e promover cenários de aprendizagem configurados em itinerário de linhas de cuidado, de modo a garantir a formação integral e interdisciplinar”. Considerações Finais: A partir do grupo de apoio foi possível propiciar aos acompanhantes um acolhimento adequado por meio de ações pedagógicas e terapêuticas e, além disso, um espaço de reflexão sobre o momento de alta hospitalar e as necessidades de cuidado no âmbito domiciliar. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Acompanhantes de pacientes; Grupos de Apoio e Equipe Interdisciplinar em Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Freitas KS, Mussi FC, Menezes IG. Desconfortos vividos no cotidiano de familiares de pessoas internadas na UTI. Esc. Anna Nery, 2012; 16(4), 704-711. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S141481452012000400009. 2 Nieweglowski VH & Moré CLOO. Comunicação equipe-família em unidade de terapia intensiva pediátrica: impacto no processo de hospitalização. Estud. Psicol. (Campinas). 2008; 25(1), 111-122. doi: 10.1590/S0103-166X2008000100011. 3 Prochnow AG, Santos JLG, Pradebon VM, Schimith MD. Acolhimento no âmbito hospitalar: perspectivas dos acompanhantes de pacientes hospitlizados. Ver. Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2009 mar; 30(1):11-8. 4 Brasil. Ministério da Educação. Ministério da Saúde. Portaria Interministerial MEC/MS Nº 1.077, de 12 de novembro de 2009. Dispõe sobre a Residência Multiprofissional em Saúde e a Residência em Área Profissional da Saúde, e institui o Programa Nacional de Bolsas para Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde e a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde. Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, 13 nov. 2009. Seção I, p. 7. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 193 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde CONSTRUINDO CONHECIMENTO: DISCUTINDO SOBRE DROGAS COM ADOLESCENTES Francisca Emanuelly Pinheiro Barros, Rebeca Bandeira Barbosa, Ana Cristina Oliveira Barreto, Sarah Persivo Alcântara, Nágila Nathaly Lima Ferreira, Luciano Santos da Silva Filho, Fernando Cavalcante Simões Resumo Introdução: Embora a adolescência seja vista como uma fase de risco, acredita-se que vários fatores influenciam no uso ou não das drogas e um deles é a informação. Para isso, o planejamento e desenvolvimento de estratégias atrativas, deve ser eficaz, possibilitando a observação dos fatores contextuais para uma prevenção eficaz1. Nesse sentido, oficinas em escolas são de grande relevância, pois possibilitam a construção do conhecimento de forma dinâmica. O presente estudo objetiva relatar as impressões de jovens estudantes adquiridas durante uma oficina de políticas sobre drogas. Metodologia: O estudo é um relato de experiência com abordagem qualitativa, elaborado a partir de uma oficina sobre prevenção de drogas. Para sua execução optou-se pela exibição de um documentário sobre drogas e seus efeitos, logo após, a construção de painéis e posteriormente a apresentação dos mesmos. Resultados e discussão: Observou-se que os jovens consideravam as drogas como substâncias maléficas, relacionando-as a violência, doença e morte. Sabe-se que as drogas trazem inúmeros prejuízos2 e que a dependência leva os usuários ao mundo do crime3. Revelou-se que os participantes conheciam alguns usuários, daí a preocupação com a proximidade destes, pois isso acaba por ser um importante impulsionador para o início do vício3. Para eles o vício resultava em evasão escolar, agressividade e dificuldade no convívio familiar. Os participantes ainda relataram a importância de se manterem longe das drogas. Considerações Finais: A estratégia educativa realizada é de fundamental importância para a troca de experiência e informações, bem como para a conscientização e esclarecimento, para que os mesmos obtenham conhecimento e discernimento sobre tais substâncias. Referências 1 ALVES et al. Grupo terapêutico: sistematização da assistência de enfermagem em saúde mental. Texto contexto - Enferm. 2004. 13 (4):625-632. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Adolescente; Drogas ilícitas; Educação em saúde. Contato: [email protected] 194 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CONTRIBUINDO PARA O AUTOCUIDADO DE MULHERES PÓS-MASTECTOMIZADAS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Kamille Lima De Alcântara, Fernanda Cavalcante Fontenele, Larissa Ludmila Monteiro De Souza Brito, Viviane Josiane De Mesquita Resumo Introdução: O Câncer de Mama é o mais incidente na população feminina mundial e brasileira, excluindo os casos de Câncer de Pele não melanoma1. De doença mutiladora e dificilmente tratável, hoje ele pode ser precocemente diagnosticado e dispõe de tratamento com grandes possibilidades de cura2. O tratamento mais comum é extração da mama comprometida, que pode ser total ou parcial. Objetivo: Elaborar uma cartilha com orientações para pacientes pós-mastectomizadas, objetivando prevenir complicações pós-cirúrgicas e facilitar as orientações dadas na alta hospitalar. Metodologia: Relato de experiência da construção de uma tecnologia educativa, por Residentes de um Programa de Residência Integrada Multiprofissional. Para a construção da mesma, foi realizada uma busca nas base de dados científica Pubmed/Medline e no Google, com a intenção de encontrar as principais dúvidas de pessoas pós-mastectomizadas. Resultados e discussão: Após a pesquisa 8 temáticas foram selecionadas: Cuidados gerais pós-alta; prevenindo a infecção; cuidados com o dreno; realizando trocas de curativos; controle da dor; cuidados com o braço do mesmo lado da cirurgia; nutrição para a cicatrização da ferida operatória e direitos previdenciários. As tecnologias educativas são utilizadas como meio de transferência de conhecimento e facilitam o processo ensino-aprendizagem, sendo um momento de troca de experiências e aprimoramento de habilidades para o indivíduo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A cartilha é um tipo de material educativo que possibilita que o cliente compreenda melhor seu problema de saúde, reflita sobre seu estilo de vida e desenvolva autonomia nos cuidados da saúde. Referências 1 Ministério da Saúde (BR), INCA. Controle do Câncer de Mama. [Internet]. Rio de Janeiro – RJ - [atualizado em 2015 Mai 15/citado em 2015 Set 4]. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/ wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa_controle_cancer_mama. 2 Ministério da Saúde (BR), INCA; Fiocruz, COC. Projeto “História o Câncer – atores, cenários e políticas públicas”. Exposição “A Mulher e o câncer de mama no Brasil”. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde. [lançamento em 2014 Out/citado em 2015 Set 4]. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/ wcm/outubro-rosa/2014/exposicao-mulher-cancer-de-mama.asp. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Mastectomia; Alta do paciente; Tecnologia educacional. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 195 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde CORTEJO ARTE E SAÚDE: TRILHANDO EDUCAÇÃO POPULAR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Bianca Waylla Ribeiro Dionisio, Jose Amilton Costa Silvestre Resumo Introdução: Educação Popular em Saúde é um processo de construção teórico metodológico que promove a participação ativa e produção de novos sentidos visando à qualidade de vida, possuindo em seus princípios a valorização das formas de expressões culturais e artísticas (PULGA, 2014). Objetivo: Relatar a experiência do cortejo arte e saúde através de um trabalho multiprofissional e interdisciplinar. Metodologia: A experiência se deu no mês de junho de 2015 no território de abrangência de uma equipe de saúde da família num município de médio porte. Os primeiros passos foram possibilitados através da perspectiva da Clínica Ampliada com a equipe de referência, Residentes Multiprofissionais em Saúde da Família (Enfermeira, Nutricionista, Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta e Farmacêutica), o preceptor e acadêmicos de Odontologia de uma Universidade Federal. A produção se deu por meio de encontros, partindo da escuta privilegiada dos ACS, reconhecendo os seus saberes, assim delimitando a faixa etária mais predominante, idosos. Prosseguimos traçando nossas metas: esclarecer sobre os cuidados com uso da dentadura; orientar sobre o câncer bucal; apresentar os serviços ofertados no Centro de Saúde da Família e seu fluxograma de atendimento. Conversamos sobre as metodologias adequadas ao público, abordando os aspectos sociocultural e epidemiológico na visão Freiriana que ensinar deve abranger uma relação dialogada, participativa, libertadora e problematizadora (FREIRE, 2007), utilizamos a musica, jalecos com adereços, pinturas faciais e folderes. Resultados e discussão: Uma vez que, abraçando as linguagens culturais aumenta a possibilita da aproximação com a comunidade, saindo das paredes da unidade básica emergindo no território vivo, conversando sobre a temática com os moradores em suas casas, ruas e praças. Considerações Finais: O espaço construído em equipe proporcionou a dialogicidade, capturando o conhecimento e as duvidas permitindo conhecer a realidade e reconstruir esses saberes, incentivando o protagonismo do sujeito sobre sua qualidade de vida. Referências 1 PULGA, VL. A educação popular em saúde como referencial para as nossas práticas na saúde. In: Brasil. Ministério da Saúde. II Cadernos de educação popular em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 2. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 46. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Promoção da saúde; Arte; Estratégia saúde da família. Contato: [email protected] 196 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CUIDADO A PESSOAS INSTITUCIONALIZADAS COM TRANSTORNO MENTAL: SIGNIFICADOS ATRIBUIDOS PELOS TRABALHADORES Deise dos Santos Pretto, Zaira Letícia Tisott, Francine Gonçalves Freitas, Amanda de Lemos Mello, Marlene Gomes Terra Resumo Introdução: Trabalhar com saúde mental implica em um conceito ampliado de saúde, que permite autonomia do sujeito, onde ele possa dialogar com a sociedade, respeitando suas singularidades e seus desejos¹. A Reforma Psiquiátrica é um processo que implica mudanças no modo de tratamento às pessoas com transtorno mental, que contemple as singularidades de cada usuário e na construção de redes de saúde². Nesse contexto as Redes de Atenção Psicossocial (RAPS) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), tem por finalidade a criação, ampliação e articulação dos pontos de atenção às pessoas com transtornos mentais³. Objetivo: Conhecer os significados do cuidado atribuídos pelos trabalhadores às pessoas institucionalizadas com transtorno mental. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa que foi realizada em uma Instituição de Longa Permanência de um município do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para tanto, utilizou-se de entrevista semiestruturada, gravada, em uma sala reservada na própria instituição com 19 trabalhadores de saúde, nos meses de junho a agosto de 2015. Elegeu-se como critérios de inclusão: possuir vínculo empregatício com a instituição em estudo de no mínimo dois meses. E, como critérios de exclusão: trabalhadores que estivessem em licença para tratamento de saúde, maternidade ou em férias no período da coleta de dados. Para análise e tratamento dos dados utilizou-se a Proposta Operativa de Análise Temática de Minayo. O protocolo do projeto de pesquisa foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos pelo parecer Nº CAAE 44616715.5.0000.5346 em 12 de maio de 2015. Além disso, atende a dimensão ética da pesquisa pautada na Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde4. Resultado: Os dados preliminares evidenciam trabalhadores de saúde (Técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, médico clínico e psiquiatra e cuidadores), homens e mulheres que trabalham na instituição de dois meses a 15 anos. Conclusão: Espera-se, com esse estudo, contribuir nas discussões para o acolhimento dos sujeitos com autocuidado prejudicado na linha de cuidado em saúde mental. Para tanto, uma estratégia é a implementação de Serviços de Residenciais Terapêuticos em Saúde Mental (SRT) às pessoas com transtorno mental que não possuem suporte social ou laços familiares inexistentes. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Saúde mental; Cuidado; Trabalhador de Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Gama C A P, Campos RTO, FERRER A L. Saúde mental e vulnerabilidade social: a direção do tratamento. Rev. latinoam. psicopatol. fundam. [online]. 2014, vol.17, n.1, pp. 69-84. ISSN 1415-4714. 2 Coelho V A A. Alteração do perfil de atendimento dos hospitais psiquiátricos públicos de Belo Horizonte, Brasil, no contexto da reforma da assistência à saúde mental. Ciência & Saúde Coletiva, 19(8):3605-3616, 2014. 3 Brasil. Portaria nº 3.088. 23 de dezembro de 2011 a. Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 4 Brasil. Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, de modo a proteger os direitos dos participantes. Disponível em: <http://sintse.tse.jus.br/documentos/2013/Jun/13/cns-resolucao-no-466-de12-de-dezembro-de-2012> Acesso em: 02 mar. 2015. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 197 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde CUIDADO MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO BÁSICA MEDIADO PELO ENFERMEIRO Jane Evangelho Silva, TANISE Martins dos Santos, NAIARA CASARIN, Lauana Borges Pedroso, Elizane Medianeira Gomes Pires, Lisiane de Borba Muller, Jéssica Vaz Lima Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) representa o maior avanço político, democrático e social. Baseada nos pilares de sustentação do SUS, temos a Atenção Básica (AB) como um conjunto de ações tanto individuais quanto coletivas abrangendo promoção, prevenção, tratamento e reabilitação da saúde1. Além disso, esta política tem na Estratégia Saúde da Família (ESF) sua ação prioritária para expansão e consolidação, cujo enfoque principal está na promoção da saúde e no desenvolvimento social da comunidade, é o primeiro nível de contato dos indivíduos com o SUS, levando a atenção à saúde o mais próximo do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de continuidade do cuidado2. Objetivo: Objetiva-se relatar a experiência do enfermeiro como disparador de processos do cuidado em saúde em unidades de ESF. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado a partir do ano de 2014 no campo da AB/ESF, por meio de um programa de Residência Multiprofissional. Participam do campo de atuação como residentes: enfermeiro, fisioterapeuta, educador físico, psicólogo, dentista, além da equipe da ESF. Resultados e discussão: A experiência de encontro entre diferentes profissionais da saúde no cotidiano do cuidado é permeado pela troca de saberes, portanto, percebe-se que o enfermeiro constitui-se como elemento multiplicador dessas práticas no intuito de contemplar a integralidade do usuário. Nesse contexto a consulta de enfermagem constitui-se como um disparador de trocas entre os profissionais, pois é por meio dela que o enfermeiro faz o histórico do paciente, levanta os principais cuidados em saúde e planeja o cuidado junto com cada indivíduo3. Nesse processo há cuidados específicos do enfermeiro, mas há aqueles que necessitam da visão de outro profissional, e é nessa situação que o enfermeiro tem a oportunidade de agregar conhecimentos com as outras especialidades contempladas na ESF e assim se dá o cuidado ampliado e integral. Considerações Finais: Portanto, é visto a potencialidade do trabalho interdisciplinar, no qual todos profissionais se envolvam em algum momento na assistência ao usuário, agindo de acordo com sua competência específica formando um saber capaz de dar conta da complexidade, das dificuldades e das necessidades de saúde dos indivíduos e da coletividade. Em suma, o trabalho em equipe mediado pelo enfermeiro promove o conhecimento e a valorização do trabalho do outro, para que assim construam-se consensos quantos aos objetivos a serem alcançados e a maneira mais apropriada de aborda-los, rompendo com a fragmentação do cuidado. Contato: [email protected] 198 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 CUIDADO MULTIPROFISSIONAL EM GRUPO DE GESTANTES NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Jane Evangelho Silva, NAIARA CASARIN, Gisele Buligon de Oliveira, Elenir Fedose, Elizane Medianeira Gomes Pires, Lisiane de Borba Muller, Jéssica Vaz Lima Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A atenção ao pré-natal e puerperal na Estratégia da Saúde da Família (ESF) é essencial e implica ações de prevenção e promoção da saúde, além de diagnóstico e tratamento adequado aos problemas emergentes nesse período, já que a gravidez e o parto representam eventos especiais na vida da mulher1. Assim, a realização de grupos de gestantes propicia um cuidado acolhedor e humanizado, detendo o potencial de responder a maioria das dúvidas das gestantes. Objetivo: Relatar a experiência de residentes multiprofissionais no cuidado em grupos de gestante em uma Estratégia Saúde da Família. Metodologia: Essa atividade foi protagonizada pela equipe de enfermagem da ESF em parceria com residentes multiprofissionais. Os residentes integrantes da equipe de ESF são: enfermeiro, fisioterapeuta, dentista, psicólogo e educador físico. O grupo de gestante é realizado pelos profissionais da ESF juntamente com os residentes desde de maio de 2015. Os encontros ocorrem quinzenalmente na própria ESF. Resultados e discussão: Este grupo possibilita momentos de acesso a informações e esclarecimentos e tem como meta prioritária ser um dispositivo de troca de experiências e promover um cuidado integral tanto à gestante quanto ao gestado e sua família. As atividades desenvolvidas no grupo são planejadas de acordo com os anseios das gestantes, portanto os temas são abordados de forma lúdica tendo por objetivo promover a emancipação e protagonismo da gestante para com a gestação, parto e com o recém-nascido. A interação multidisciplinar contempla os aspectos envolvidos no período gestacional, parto e puerpério de modo que os diferentes olhares promovem um cuidado ampliado de acordo com a singularidade de cada gestante. Para algumas gestantes, muitas das trocas realizadas nos grupos foram essenciais para contemplar seu conhecimento acerca desse período singular pelo qual estão passando, já para outras foram fundamentais para recordar os sentimentos, anseios e cuidados com a gestação e puerpério. Considerações Finais: O cenário que caracterizou a atividade educativa foi de interatividade, dinamismo, descontração e troca de saberes e de experiências. Nesse sentido, quando a gestante é sensibilizada, ouvida e valorizada como protagonista do cuidado, intensifica-se sua condição de cuidar e de cuidar de um outro. Constatou-se assim que o uso deste recurso -grupo - pode auxiliar na melhoria das ações de educação em saúde, promovendo de modo que os envolvidos se constituam em agentes decisivos na qualidade de assistência e do cuidado no pré-natal. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 199 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde DE OLHO NA GESTÃO: UMA EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE Greici Capellari Fabrizzio, Erika Yuriko Kinoshita, João Caetano Bishop Brito Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (PREMULTISF) objetiva formar profissionais inseridos nos serviços do Sistema único de Saúde (SUS), com a formação voltada para competências inerentes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na Atenção Primária em Saúde (APS), além disso, prezar pela prática interdisciplinar e intersetorial. Tendo uma matriz curricular que prevê estágios em diferentes cenários do SUS, inclusive estágio na gestão. Objetivo: Descrever a experiência vivenciada durante o estágio de gestão, através do relato de residentes. Metodologia: Relato da experiência vivenciada durante o estágio de gestão de residentes da PREMULTISF, em que participaram três residentes, sendo dois residentes da enfermagem e um residente da medicina. Resultados e discussão: Foi possível resgatar e discutir o contexto da APS no Brasil, e a forma como a rede de atenção a saúde daquela localidade está inserida nesse contexto, incluindo características e serviços locais, no qual é observado a descentralização dos níveis de gestão. Sendo possível: delimitar sua área de abrangência, identificar os Centros de Saúde. Além disso, foi possível identificar as ações prioritárias desenvolvidas nesse âmbito da gestão, as quais incluem: educação permanente, apoio à rede docente assistencial, gestão de informação, vigilância epidemiológica, apoio e implantação das políticas municipais de saúde, monitoramento de indicadores de desempenho e acesso, gestão de pessoas e processos logísticos, apoio direto aos Centros de Saúde e à Diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS) nos processos gerenciais e gestão do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). Também foi vivenciada a experiência de reuniões, entre coordenação e profissionais, profissionais de áreas afins (médicos e enfermeiros), supervisão de enfermagem, reunião da Comissão de Prevenção de Óbitos Materno Infantis e indicadores de qualidade. Considerações Finais: Desta forma, através da experiência vivenciada, foi possível observar a importância de se conhecer e entender o processo de trabalho de níveis centrais da gestão para só assim identificar o papel de destaque que desempenham na estruturação para que a assistência a saúde seja executava. Contato: Greici Capellari Fabrizzio 200 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 DESAFIO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE NO GRUPO DE GESTANTES NA PERPESCTIVA DA ENFERMAGEM NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE – RMSFC Elenice Maria Folgiarini Perin, Margarete Veronica Jesse dos Santos Resumo Contato: [email protected] 201 equip e coletividad e humanização social equip e coletividad e humanização V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. educ açoã multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Enfermagem; Gestantes; Promoção da saúde. social Referências 1 XAVIER, R.B.; et al. Risco reprodutivo e renda familiar: análise do perfil de gestantes. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2013, vol.18, n.4, pp. 1161-1171. ISSN 1413-8123. Disponível em:<http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232013001000029 >: Acesso em 02 Set 2015. 2. BITTENCOURT, S. D. de A.; DIAS, M. A. B.; WAKIMOTO, M. D. (org.). Vigilância do óbito materno, infantil e atuação em comitês de mortalidade. Rio de Janeiro, EAD/Ensp: 2013. p. 268. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: O grupo de gestantes é um espaço informação, troca de experiências, promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos que trabalha a educação em saúde no espaço coletivo, tornando a vivência mais significativa para cada gestante. Frente a premissa e as vulnerabilidades socioeconômicas da Unidade de Saúde da Família, como baixa escolaridade (38,81% das gestantes atuais possuem escolaridade inferior ou igual ao ensino fundamental), 67,16% delas não planejaram a gestação e 28,35% das gestantes possuem idade ≤ a 19 anos, vários locais de uso de substâncias psicoativa (SPA), tráfico de drogas, roubo/furto, condições precárias de saneamento básico (lixo e esgoto a céu aberto), violação dos direitos infanto-juvenis e dos idosos e prostituição. A Residência Multiprofissional em Saúde da Família em Comunidade (RMSFC) com o trabalho de uma enfermeira residente e de sua preceptora propuseram dar continuidade ao grupo de gestantes, que já era vinculado a USF, trabalhando diversas estratégias para a melhor adesão ao grupo por parte das gestantes, visto que a proposta da RMSFC é formar profissionais capacitados para desempenhar práticas assistenciais, de gestão e de cuidados baseados no modelo sanitário brasileiro, o Sistema Único de Saúde (SUS), a partir da integração ensino-serviço, atuando de forma interdisciplinar e multiprofissional na Estratégia de Saúde da Família (ESF). O território aqui adscrito possui além do alto índice de vulnerabilidades sócio econômicas, características como distância do centro da cidade, alto número de gestantes na USF, alta taxa de mortalidade infantil no município, com 14/1000 habitantes (2014), sendo que no estado de Santa Catarina foi de 10/1000 (2014) e no Brasil essa taxa no ano de 2012 foi de 13/1000, além da baixa escolaridade das mães que pode estar diretamente relacionados com a baixa adesão ao grupo de gestantes e alta taxa de mortalidade infantil. Objetivo: Promover processo reflexivo-crítico sobre a adesão no grupo de gestantes e relacionar com os indicadores socioeconômicos locais. Metodologia: A USF Tributo já possuía o grupo de gestante durante o ano como estratégia de promoção da saúde, contudo, era um espaço que estava sendo pouco aproveitado pela falta de público participante. Na perspectiva de dar continuidade ao espaço e fomentar a participação das gestantes, a enfermeira residente e a enfermeira preceptora realizaram planejamento e seguimento na iniciativa. Os encontros acontecem sempre na segunda quarta-feira de cada mês, nas dependências de um espaço comunitário disponibilizado pela comunidade local. No planejamento dos encontros houve participação de diversos profissionais da USF, realizamos entrega de convite através de contato em visitas no domicílio com o auxílio do Agente Comunitário de Saúde (ACS), divulgação por parte das ACSs, abordagem nas consultas de pré-natal e em outros momentos que a paciente encontrava-se na USF, na tentativa de sensibilizar para a adesão no grupo. Resultados e discussões: Neste ano de 2015 foram realizados 03 encontros de gestantes, onde o quantitativo de participação foi de 04, 01, 12 gestantes respectivamente. Frente ao número de 67 gestantes no território da USF, fica evidente a baixa adesão ao grupo. Foram encontradas associações entre condições socioeconômicas maternas desfavoráveis como baixa renda e baixa escolaridade1 (na USF 38,81% das gestantes possuem escolaridade inferior ou igual ao ensino fundamental) com a maior prevalência de bebês com defeitos congênitos, que é uma das causas de óbito fetal e infantil. Mais da metade das gestantes não planejou a gestação, podendo este dado estar relacionado com a baixa adesão em atividades de educação em saúde e associada ao aumento das taxas de mortalidade infantil, como também a pouca idade materna, abaixo ou igual a 19 anos está relacionada a mortalidade fetal e infantil. Em 2013 a mortalidade infantil mostra a ausência ou fragilidade no desenvolvimento de políticas sociais e de saúde voltadas às mulheres e crianças, onde existe a estreita e complexa relação entre as desigualdades econômicas e sociais2. Considerações Finais: Consideramos a participação no grupo de gestantes essencial reflexo do esforço da profissional residente já que houve a adesão de 12 gestantes através da sensibilização. O grupo promove reflexões acerca do processo gestacional, parto e pós-parto, onde o diálogo e a troca de experiências entre as mulheres proporcionam conhecimento empírico e cientifico, promove saúde e finalmente utiliza-se da educação em saúde para diminuir as causas de mortalidade infantil. educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA HUMANIZAÇÃO EM UMA UNIDADE PSIQUIÁTRICA: A INSERÇÃO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL Andressa Baccin Dos Santos, Débora Cherobini, Alysson Oliveira Pacheco, Daiane Rodrigues De Loreto, Aline Teixeira De Lima, Ticiane Silva Raimundo, Angela Maria De Souza Lima Resumo Introdução: O presente trabalho busca elucidar, a experiência da residência multiprofissional em uma unidade psiquiátrica em âmbito hospitalar, demonstrando as dificuldades e possíveis mudanças que possibilitem a construção de uma atenção em saúde mental mais humanizada. Objetivos: Relatar as possibilidades e desafios da inserção de residentes multiprofissionais em saúde mental em uma unidade psiquiátrica. Refletir sobre a relevância do trabalho humanizado em saúde mental. Metodologia: Para concretizar este trabalho, inicialmente foram realizadas experiências de campo em uma Unidade Psiquiátrica, por meio do Programa de Residência Multiprofissional, subgrupo Saúde Mental, onde se utilizou da metodologia relato de experiência, evidenciando a realidade desse serviço de saúde mental. Resultados e discussão: Constatou-se que, com a inserção da equipe multiprofissional da residência em uma Unidade Psiquiátrica, houve inúmeras limitações e possibilidades no que concerne ao trabalho em equipe. Observou-se que inicialmente houve certa resistência da equipe do serviço em relação ao que os residentes multiprofissionais vinham propondo, como: sugestões para tornar o atendimento mais seguro, efetivo e humano, tanto para a equipe quanto para o paciente, mudanças no manejo em situação de contenção mecânica, uso da medicação, para que seja feita de forma mais humanizada. Ainda, como proposições dos residentes para o campo em questão, realizou-se a construção de atividades, como a implantação de um grupo multiprofissional, grupos da terapia ocupacional e do serviço social, ambiência com os usuários, intensificação e melhoria de atividades já praticadas pelo serviço -atendimentos individuais, contatos com os dispositivos da rede e intersetorialidade. Considerações Finais: Assim, torna-se imprescindível solidificar o trabalho humanizado em equipe, onde haja a valorização dos saberes de cada profissional em suas especificidades, para que exista um compartilhamento de propósitos entre os profissionais e os usuários. Ainda, reforça-se a importância de trabalhar a dimensão subjetiva da saúde mental, não apenas em ambiente de internação hospitalar, mas nos territórios e realidades de cada sujeito envolvido nesse processo, levando em consideração sua trajetória de vida, seu cotidiano fora da internação e suas relações sociofamiliares. Contato: [email protected] 202 equip e coletividad e humanização social Descritores Humanização; Saúde mental; Sistema único de saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Amarante P. Saúde Mental e Reabilitação Psicossocial. 3.ed. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2011. 2 Foucault M. História da Loucura. 9.ed. São Paulo: Perspectiva; 2010. 3 Brasil. Lei n. 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Diário Oficial da União. 09 abr 2001. 4 Mendes LC, Matos LP, Schindler MF, Tomaz M, Vasconcellos SC. Relato de experiência do primeiro ano da residência multiprofissional hospitalar em saúde, pela ótica da Psicologia. Rev. SBPH vol.14 no.1 Rio de Janeiro: jun. 2011 [publicação online]; 2011[acesso em 27 julh 2015] Saúde. Disponível em http:// pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S151608582011000100008&script=sci_arttext 5 HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização. Humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas esferas do SUS [publicação online][acesso em 10 agos 2015] Saúde. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humaniza_sus_marco_teorico.pdf educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR: DIALOGANDO SOBRE ESTRESSE E DST’S Talyta Reis Zambon, Kamille Lima de Alcântara, Larissa Ludimila Monteiro de Souza Brito, Viviane Josiane de Mesquita, Daniare Maria de Lima, Ana Maria Ferreira Alves, Radmila Alves Alencar Viana Resumo Introdução: Entre os determinantes da saúde do trabalhador estão compreendidos os condicionantes sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida e os fatores de risco ocupacionais presentes nos processos de trabalho. Assim, as ações de saúde do trabalhador têm como foco as mudanças nos processos de trabalho que contemplem as relações saúde-trabalho em toda a sua complexidade, por meio de uma atuação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial (BRASIL, 2001). Objetivo: Realizar uma intervenção de promoção da saúde, promovendo os cuidados com a saúde integral dos trabalhadores da construção civil. Metodologia: Trata-se de uma intervenção na saúde do trabalhador, caracterizando-se como um estudo de abordagem qualitativa, utilizando como método uma oficina educativa com os trabalhadores da construção civil. Este estudo teve como campo uma obra de reforma realizada por uma empresa de construção civil. A intervenção ocorreu em agosto de 2014 e teve como público alvo o grupo de funcionários da empresa. Resultados e discussão: A ação foi desenvolvida por um grupo de residentes multiprofissionais formado por enfermeiras, psicóloga, farmacêutica, fisioterapeuta e assistente social, sendo abordados dois temas: estresse e DST’s. No primeiro momento houve uma exposição dialogada sobre o estresse, incluindo sua definição, os sinais e sintomas mais comuns, seguido por uma aplicação de técnicas de respiração e alongamento como orientação de enfretamento desse problema. Posteriormente, houve uma explanação sobre as principais DST’s, incluindo as formas de transmissão, as possíveis manifestações, as formas de tratamento e prevenção, seguida pela entrega de preservativos juntamente com um folder educativo sobre o tema. Considerações Finais: O público-alvo da ação foi bastante participativo, buscando o esclarecimento de algumas dúvidas. Acredita-se, então, que a ação educativa se mostrou como uma ótima ferramenta para o empoderamento dos trabalhadores sobre alguns aspectos da sua saúde. Referências 1 Ministério da Saúde (BR), Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Saúde do trabalhador; Educação em saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 203 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA UNIDADE MATRICIAL DE SAÚDE: CULTURA, DESAFIOS E REALIDADE Nathália Moreira Albino, Luan Augusto Alves Garcia, Regina Maura Rezende, Letícia Andrade Silva Resumo Introdução: a partir do desenvolvimento histórico, político, econômico e cultural do país diversos aspectos da vida cotidiana foram transformados e intensificados, influenciando diretamente nas relações sociais, na diversidade cultural e nas demandas da população. Assim, através da educação em saúde é possível problematizar assuntos contemporâneos de extrema importância, haja vista resgatar fatos fundamentais que marcam a história do povo brasileiro, além de possibilitar o debate acerca da participação, educação, saúde, cultura e pluralidade no cenário contemporâneo. Objetivos: propiciar por meio da educação em saúde a reflexão acerca de temas contemporâneos à população da Unidade Matricial de Saúde. Metodologia: através de temas específicos propostos pelos residentes multiprofissionais, no mês de agosto de 2015 foram realizadas leituras e discussões acerca da redução da maioridade penal, e desenvolvida uma oficina com profissionais da UMS. Foram utilizados imagens, reportagens, vídeos e dinâmicas sobre o assunto. Para setembro, o tema abordado será a Política de Saúde Integral LGBTT, e será utilizado para exposição do tema um mural informativo e de tele vídeo que tem disponível na UMS, além de oficinas com as equipes de saúde. O planejamento dessa atividade tem relação com a iniciativa dos residentes em realizar o curso de Política de Saúde Integral LGBTT promovido pelo Ministério da Saúde juntamente com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que dispõe de um vasto material explicativo sobre a população em questão. Resultados e discussão: após o diálogo entre o grupo de residentes, ficou definido que o assunto abordado seria a redução da maioridade penal, haja vista seu debate atual no cenário brasileiro, a importância de discutir o assunto com profissionais da saúde e a população atendida. A partir da oficina realizada com os profissionais pôde-se perceber que é um assunto pouco explorado, mas que a discussão é imprescindível para que se formulem novas estratégias no cotidiano de atenção à saúde, ampliar o debate sobre a violência, as medidas e leis que amparam a criança e o adolescente e alternativas possíveis nesse âmbito. Considerações Finais: A atividade permitiu realizar um espaço de troca e apresentação de diversos pontos de vista, que contribui para ampliar a discussão sobre assuntos contemporâneos, fundamentais e urgentes, que perpassam a realidade brasileira. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Cultura; Participação comunitária. multip rofissional interdisciplina ridade 1 GADOTTI, M. Notas sobre a educação multicultural. Disponível em: http//: www.paulofreire. org/moacir_gadotti/artigos/portugues/notas_sobre_educ_multicultural.pdf. Acesso em: 11 de agosto de 2015. 2. FREIRE, P. Educação e Mudança. 12ª Edição. Paz e Terra. Rio de Janeiro, 1979. Contato: [email protected] 204 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ALEITAMENTO MATERNO PARA UM GRUPO DE IDOSAS: PROMOVENDO SAÚDE E TROCA DE EXPERIÊNCIAS ENTRE AVÓS Flaviane Melo Araújo, Francisco Timbó de Paiva Neto, Francisca Tatianne Carneiro Gomes da Ponte Viana, Adriele Lins Silva, Rogeriany Lopes Farias, Elias Neves do Nascimento Filho, George Luiz Costa de Paula Resumo Introdução: O aleitamento materno é uma estratégia natural de proteção e nutrição que suscita em benefícios à saúde da criança¹. Diante da importância das avós no contexto familiar e da sua participação nos cuidados aos netos, entende-se como fundamental considerá-las nas ações promocionais de saúde quanto ao incentivo ao aleitamento materno. Pois, compreende-se que ao incluí-las em atividades cujo propósito seja promover o aleitamento materno esta prática será favorecida². Objetivo: Relatar a experiência vivenciada na promoção da saúde sobre aleitamento materno para avós, em um grupo de idosas. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, com descrição de oficina educativa para idosas. Participaram da intervenção 15 idosas que fazem parte de um grupo de ginástica que possui momentos de educação em saúde pontuais. Resultados e discussão: Na primeira etapa, foi gerada uma discussão sobre experiências com a amamentação e explanação do assunto. Quanto ao segundo momento, foi utilizada uma dinâmica de grupo de “mitos e verdades” e “o que devemos e não devemos fazer”, com frases a respeito da temática. Identificou-se que parte das idosas possuíam conhecimentos voltados aos mitos sobre o ato de amamentar. Observou-se que as atividades propiciaram, às idosas, momentos de esclarecimento de dúvidas, bem como foi satisfatório os conhecimentos adquiridos com a dinâmica, tendo em vista a maioria das respostas consideradas corretas sobre a temática. Considerações Finais: Constatou-se que a atividade realizada foi de grande importância, pois permitiu que as idosas expressassem e esclarecessem suas dúvidas em relação à temática. A educação para à saúde constitui uma importante ferramenta para a promoção da saúde. Além disso, as avós, em posse das informações necessárias, tornam-se capazes de conhecer mais sobre a proposta, além de atuarem como agente disseminador do conhecimento. social equip e coletividad e humanização Descritores Aleitamento materno; Idosos. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 BRASIL, MS. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2009. 2 BRITO, R. S; OLIVEIRA, J. D. S; SANTOS, D. L. A; SILVA, A. B. Aleitamento Materno: Conhecimento de avós adscritas à estratégia saúde da família. v. 5, p. 305-315, 2015. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 205 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde ENSINO EM SERVIÇO E EDUCAÇÃO PERMANENTE EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Anelise Breier, Anderson Araújo de Lima, Thiago Rodrigues, Giovanni Lamego Maestri Carvalho Resumo Introdução Em 2014 foi iniciada a primeira Residência Multiprofissional em Vigilância em Saúde no Brasil. Ela é estruturada em quatro áreas: sanitária, epidemiológica, ambiental e saúde do trabalhador. A Instituição de Ensino é Pública e Estadual e o campo de práticas no primeiro ano é na Vigilância em Saúde do Município. Os residentes nos dois primeiros anos eram egressos dos cursos de arquitetura, engenharia, ciências sociais, saúde coletiva, análise de sistemas, enfermagem, farmácia, biologia e medicina veterinária. A principal atividade teórica no campo são os Seminários Integradores em Vigilância em Saúde com apresentação de casos onde cada residente expõe um tema a partir da experiência vivenciada na equipe onde está inserido, incluindo revisão bibliográfica e da legislação da área. Objetivo Apresentar os resultados da estratégia de ensino Seminários Integradores em Vigilância em Saúde como atividade de avaliação de ensino em serviço e também como educação permanente de trabalhadores em Vigilância. Método Os Seminários são preparados pelos residentes e revisados pelos preceptores de área e campo para apresentação pública. Os temas e datas são divulgados na página da intranet da Vigilância Municipal, através de e-mails enviados a todos os profissionais que atuam no setor e a outros convidados externos. O debate inicia com os residentes, depois trabalhadores da vigilância e finalmente um debatedor convidado que faz os comentários finais. Os debatedores foram profissionais de diversas áreas do Município e do Estado, Professores de Universidades Públicas e Privadas e ainda profissionais liberais do setor privado. Resultados Até a presente data foram apresentados 35 seminários e o número de presenças foi de 1.100. Todos os seminários foram documentados e disponibilizados na internet ao público como revista eletrônica do ISSUU. Um instrumento de avaliação foi disponibilizado na intranet e a aprovação foi de 100%. Discussões Atividades com metodologia ativa permitem a melhor avaliação do desempenho do residente e a correção de estratégias de ensino e do percurso nas áreas. Considerações Finais A revista eletrônica fornece uma dimensão aprofundada de toda a experiência que tem revitalizado a importante prática multiprofissional da vigilância em saúde. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Vigilância em saúde pública; Avaliação educacional; Vigilância sanitária. Contato: [email protected] 206 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ERVAS MEDICINAIS: UM RECURSO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E INTEGRAÇÃO COM IDOSOS Luciana Meggiolaro Pretto, Ana Claudio Roman Rós, Luana Cecconelllo, Tamara Becker Resumo Introdução: Ervas medicinais são frequentemente utilizadas para tratamento de diversas doenças e, o conhecimento de suas propriedades é passado de geração em geração. As pessoas idosas são aquelas que mais detêm informação empírica sobre os benefícios das plantas e do seu preparo, principalmente na forma de chás¹. Segundo Balbinot, Velasquez e Düsman (2013) 94% dos idosos entrevistados faziam o uso de plantas medicinais sendo influenciados por familiares (pais e avós), destes 71,4% utilizavam frequentemente². Neste contexto, a educação em saúde é importante para esclarecer um assunto específico, visando o aprendizado, a promoção e a interação entre os participantes. Objetivo: Verificar o reconhecimento e uso de ervas medicinais por idosos institucionalizados, bem como expor alguns tipos de ervas e suas respectivas propriedades e utilização. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de atividades desenvolvidas pelo programa de Residência Multiprofissional da Atenção à Saúde do Idoso em uma Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI), no primeiro semestre de 2015. Residem no local 44 idosos com faixa etária entre 60 a 104 anos. As atividades propostas foram realizadas através de roda de conversa sobre as propriedades das ervas medicinais. Resultados e discussão: Observou-se interação, aceitação e participação da maioria dos idosos (n=28, 18 mulheres) na roda de conversa, inclusive os que apresentam limitações físicas, cognitivas e visuais, excluindo-se os acamados. Nota-se que a promoção do convívio entre os idosos, a estimulação da memória e a valorização do conhecimento proporcionam um momento de lazer e gratificação prevalecendo um clima descontraído tornando-os mais receptivos uns com os outros e com as residentes multiprofissionais. Considerações finais: Trabalhar com idosos a respeito de seus conhecimentos sobre chás é uma maneira de atrair a atenção e despertar lembranças do seu passado, com o intuito de estimular o pensamento, a memória e a autoestima, além de levá-los a se sentirem mais à vontade para falar sobre suas experiências, e com isso tornarem sujeitos ativos do processo de aquisição e transmissão de conhecimento. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Promoção da saúde; Idoso. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Alvim NAT, Ferreira MA, Cabral IV, Filho AJA. O uso de plantas medicinais como recurso terapêutico: das influências da formação profissional às implicações éticas e legais de sua aplicabilidade como extensão da prática de cuidar realizada pela enfermeira. Rev Latinoam de Enfermagem. 2006; 14(3). 2. Balbinot S, Velasquez PG, Düsman E. Reconhecimento e uso de plantas medicinais pelos idosos do Município de Marmeleiro - Paraná. Rev. bras. plantas med. 2013; 15(4):632-638. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 207 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde ESCOLA: UMA PORTA ABERTA PARA A EDUCAÇÃO EM SAÚDE Raphaelly Machado Felix, Susane Graup Resumo Introdução: A escola é um lugar de culturas, sendo seus protagonistas os produtores de diferentes manifestações, influenciadas entre outros fatores, pelas condições socioeconômicas, etnias, gênero e condutas sexuais que são marcas de suas histórias. O tempo e os espaços na escola constituem um universo de possibilidades de interação desde o apreender e ensinar ao problematizar e refletir sobre os diversos saberes. As práticas escolares nos fornecem elementos que revelam características civilizatórias e através deles podemos perceber muito de uma sociedade. Deste modo, é imprescindível a abordagem das temáticas relacionadas à saúde no universo escolar, ao passo que um dos pontos fundamentais para que possamos assegurar condições saudáveis à população é o acesso as informações adequadas sobre as formas de prevenção, promoção e proteção da saúde. Objetivo: Abordar o uso de temas transversais como estratégia de educação em saúde nas escolas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência das ações de educação em saúde, pautadas no Programa Saúde na Escola (PSE), visando contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e atenção à saúde. Foram realizados sete encontros no primeiro semestre de 2015, organizados pela equipe multiprofissional em formato de palestras e oficinas em três escolas públicas municipais pertencentes ao território adstrito das Estratégias de Saúde da Família atendidas pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva. As atividades tiveram o intuito de promover a reflexão crítica junto aos participantes sobre as temáticas: sexualidade, gênero, DST?s, métodos contraceptivos, drogas, higienização e hábitos saudáveis. Resultados e discussão: Evidenciam-se lacunas no conhecimento quanto ao uso adequado de métodos contraceptivos, às formas de infecção pelas DST?s, os reais danos sobre o uso de drogas lícitas e ilícitas e aos benefícios de hábitos saudáveis a saúde. Considerações Finais: Ações de educação em saúde devem ser mais exploradas na escola, tendo em vista que este espaço é rico em diferentes saberes, o que favorece o processo de ensino aprendizagem potencializando a formação integral de sujeitos que no futuro, provavelmente, manterão a prática das condutas abordadas no exercício de suas cidadanias. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Educação em saúde; Saúde na escola; Jovens e adolescentes. Contato: [email protected] 208 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 ESTÁGIO ELETIVO EM RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Jéssica Cristina Ruths, Juliana Moleta Resumo Introdução: O meio acadêmico vem contando com novas oportunidades de educação permanente. Nesse contexto, a residência multiprofissional tem sido um importante meio de geração de conhecimentos, capaz de oferecer subsídios para várias profissões da saúde. Uma das modalidades da residência em saúde é a categoria multiprofissional, que se caracteriza pelo trabalho coletivo baseado na comunicação e na interação entre profissionais de diversas áreas, afim de favorecer a troca de saberes técnicos e um mesmo objetivo, neste caso, o paciente¹. Metodologia: O incentivo do Sistema Único de Saúde (SUS) ao programa de residências é promover uma formação qualificada para novas realidades. Nesta experiência, o objetivo é que o residente conheça o funcionamento de diferentes instituições, permitindo reflexão acerca do processo de trabalho. A escolha do local fica a critério de cada residente, bem como o contato e a apresentação da proposta a instituição escolhida. Objetivos: a residência permite que por determinado período seja realizado o estágio eletivo, por um período máximo de trinta dias. Como representantes do estudo, duas enfermeiras residentes em Saúde da Família pelo programa de Residência Multiprofissional, de cidade do sul paranaense. Optamos por realizar o estágio eletivo em órgão máximo da saúde, em uma secretaria voltada à educação e trabalho em saúde, com vistas a conhecer o processo de formação e especialização. O estágio deu-se entre 20 e 31 de julho de 2015. Resultado e discussão: Na permanência neste setor, tivemos a oportunidade de conhecer o fluxo, sobre a análise e aprovação de cursos da área da saúde, desde o nível técnico até as especializações. Considerações Finais: o estágio eletivo favorece o conhecimento de outros equipamentos e o crescimento pessoal e profissional, permite troca de experiências e reflexão sobre outras áreas de atuação. Trata-se de uma escolha pessoal, mas também articulação de vivências de aprendizagem, fortalecendo as competências básicas e esse contexto de aprendizagem deve ser prazeroso e participativo. Referências 1 PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de saúde: a interface entre trabalho e interação. Dissertação de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP (1998). Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Estágios; Saúde. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 209 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde GESTANTES E EQUIPE DE SAÚDE: AS POSSIBILIDADES DE DIÁLOGO EM UM GRUPO INTERDISCIPLINAR NO PRÉNATAL DE ALTO RISCO Talyta Reis Zambon, Kamille Lima De Alcântara, Larissa Ludmila Monteiro De Souza Brito, Viviane Josiane De Mesquita, Daniare Maria De Lima, Ana Maria Ferreira Alves, Radmila Alves Alencar Viana Resumo Introdução: A gravidez é um evento bastante significativo na vida da mulher, repleta de transformações que se constituem como ímpares, sendo experimentadas de formas diferentes pelas mulheres. É caracterizada como um período de mudanças físicas, emocionais e psicológicas que determinam o acompanhamento pré-natal como meio de acolhimento à mulher, oferecimento de respostas e de apoio aos sentimentos de medo, dúvidas, angústias e fantasias1. Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada” 2. Objetivo: Relatar a experiência da implantação e execução de um grupo de gestantes no pré-natal de alto risco, em uma maternidade de referência. Metodologia: Relato de experiência sobre a implantação e vivência de um grupo de gestantes no pré-natal de alto risco. Resultados e discussão: O grupo foi planejado e implantado pelo grupo de residentes multiprofissionais formado por enfermeiras, farmacêutica, psicóloga, assistente social e fisioterapeuta, sendo realizado semanalmente antes das consultas no pré-natal de alto risco. Os temas abordados estão relacionados a aspectos da gravidez, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido, utilizando para as explanações palestras com ferramentas audiovisuais, vídeos, dinâmicas, além da entrega de folder educativo relacionado com o tema ao final de cada atividade. Considerações Finais: O grupo de gestantes se constitui como uma importante ferramenta para o emponderamento das participantes e para a promoção das práticas de saúde necessárias a elas, aliado a profissionais bem preparados e dispostos à realização da estratégia, possibilitando assim, o diálogo interdisciplinar com esse público especial de gestantes. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Gravidez de alto risco. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 2 Caldeyro-Barcia, R. et al. Frecuencia cardíaca y equilibrio acido base del feto. Montevideo: Centro Latinoamericano de Perinatologia y Desarrollo Humano, 1973; n. 519. Contato: [email protected] 210 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 GRUPO DE CONVIVÊNCIA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Ariele do Amaral Simon Resumo Introdução: Um dos objetivos do SUS é a promoção da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas¹. Para que isso ocorra é necessário capacitar a comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, tornando-os mais participativos no controle desse processo². Uma das maneiras da população obter essa autonomia é através dos grupos de promoção de saúde, cuja função reside em criar um espaço de convivência e compartilhamento de saberes e práticas sobre saúde, a fim de auxiliar o usuário a desenvolver escolhas e atitudes que repercutam positivamente sobre a sua saúde³. Objetivo: O presente relato de experiência tem como objetivo discutir a atuação dos Residentes Multiprofissionais em Saúde Comunitária no planejamento, coordenação e participação do Grupo de Saúde, Bem-estar e Convívio em Comunidade. Metodologia: Os encontros do grupo de Saúde, Bem-estar e Convívio em Comunidade acontecem quinzenalmente em um espaço social da área de adscrição de uma unidade de saúde na região metropolitana. Participam crianças e adolescente em idade escolar, dos 05 aos 14 anos. As atividades e temas abordados relacionam-se à saúde, ao bem-estar e ao convívio em comunidade, alguns temas emergiram pelos Residentes e outros emergiram dos próprios participantes do grupo contemplaram-se, por exemplo: reciclagem e meio ambiente, alimentação saudável, saúde bucal, higiene, doenças relacionadas ao comportamento e estilo de vida. Tanto no planejamento, como na execução das atividades, priorizou-se o uso de metodologias ativas de aprendizagem, utilizando-se jogos, gincanas, brincadeiras e dinâmicas apropriadas à faixa etária e relacionadas à vivência dos participantes. A cada encontro, o participante torna-se o ator principal, responsabilizando-os por alguma ação e no processo de construção das atividades. Considerações Finais: Durante o desenvolvimento das atividades notamos como é importante a inserção das crianças e adolescentes no planejamento e organização, resultando em uma maior autonomia no processo de cuidado e desenvolvimento de hábitos saudáveis, além disso no decorrer dos encontros observamos um vínculo cada vez maior entre os participantes e os residentes. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Promoção da saúde; Comportamentos saudáveis. multip rofissional interdisciplina ridade 1.Brasil. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Brasília, DF: [s.n], 1990. 2.Ministério da saúde. As cartas da promoção de saúde. Brasília, DF, 2002.p.19-27. 3.Santos LM, Da Ros MA, Crepaldi MA, Ramos LR. Grupos de promoção à saúde no desenvolvimento da autonomia, condições de vida e saúde. Rev. Saúde Pública 2006; vol.40 (2): 346-352. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 211 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde GRUPO DE GESTANTES COMO ESTRATÉGIA PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE Luciana Meggiolaro Pretto, Luana Cecconelllo, Tamara Becker, Raquel Debon Resumo Introdução: A gestação é considerada um momento singular na vida da mulher, pois envolve vários aspectos novos no seu cotidiano, alterações comportamentais e sensações ainda não vividas. Além do surgimento da carga emocional provocada pela responsabilização sobre uma nova vida, algumas mudanças fisiológicas do organismo e na rotina familiar, há a necessidade de realizar o acompanhamento de pré-natal, sanar dúvidas sobre alguns aspectos da gestação e com o cuidado do recém-nascido¹. O trabalho em grupo pode ser utilizado como estratégia do processo educativo para garantir uma abordagem integral e, ao mesmo tempo, especifica à assistência no período gestacional, o qual deve estar sob a coordenação de profissionais da saúde sensibilizados para este tipo de atenção. Objetivo: Relatar a proposta de estruturação do grupo de gestantes: “Cegonha Feliz” na Estratégia de Saúde da Família (ESF) de um bairro carente e populoso administrada pelos residentes multiprofissionais. Metodologia: O projeto programado será desenvolvido em uma sala da Unidade Básica de Saúde, quinzenalmente, em um âmbito interdisciplinar, com conteúdos pré estabelecidos: pré-natal, fisiologia da gestação, trabalho de parto, cuidados com o bebê e amamentação. No cronograma poderá ser incluído novos assuntos, dúvidas e sugestões citadas pelas participantes. Ressalta-se que os encontros serão dinâmicos e lúdicos, com sorteios de brindes, chá de fraldas, exercícios físicos e orientações relacionadas a gestação. Resultados e Discussões: Visto que a área coberta pela ESF desta unidade é constituída por uma população com déficits assistenciais (renda, escolaridade, informação) e também a alta prevalência de gestantes adolescentes obteve-se a necessidade da criação de um grupo voltado a essa realidade. O mesmo proporcionará troca de experiências e informações entre as participantes e coordenadores de forma ativa e acolhedora por parte da equipe de educação em saúde. Considerações Finais: Oferecer a possibilidade de participação em uma atividade educativa para a conscientização é de grande relevância para o autocuidado e o cuidado com o recém-nascido, visando a uma melhor qualidade de vida. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação. Referências 1.Pio DAM, Capel MS. O significado do cuidado na gestação. Rev Psic e Saúde. 2015; 7:74-81. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Gestação; Saúde da família; Promoção da saúde. Contato: [email protected] 212 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 GRUPO DE SAÚDE BUCAL COMO MEIO DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA Fares Rashad Muslih Ahmad, Márcio Gomes da Silva, Guilherme Coelho Dantas Resumo Introdução: As equipes de saúde da família encontram dificuldades na elaboração de estratégias para concretizar as ações de Promoção de Saúde. A equipe de saúde bucal inserida dentro da Estratégia Saúde da Família (ESF) atua de forma integrada no cuidado em saúde em uma residência multiprofissional em saúde da família. Objetivo: Identificar a prática do grupo de saúde bucal para crianças de zero a 12 anos envolvendo a residência multiprofissional em saúde da família como uma possibilidade de Promoção de Saúde no período de julho a setembro de 2015. Metodologia: Mensalmente, no auditório do Centro de Saúde, é realizado grupo de saúde bucal para crianças de zero a 12 anos, sendo coordenado por um cirurgião-dentista preceptor e seu residente. Este grupo é aberto e subdividido em 3 subgrupos: zero a 2 anos, maiores que 2 a 6 anos e maiores que 6 a 12 anos. Já foram realizados 3 grupos mensais com uma média de 21 crianças. Para conduzir o grupo utiliza-se o Círculo de Cultura de Paulo Freire. A cada encontro, participa um residente de outra área profissional que busca o primeiro contato a fim de constituir vínculo e autonomia para o cuidado em saúde. Sempre se procura uma interação com o residente envolvido no grupo, por exemplo, quando um residente de nutrição participa abordam-se hábitos alimentares e sua associação com a saúde física e mental. O grupo apresenta atividades lúdicas e tem linguagem própria para cada faixa etária. Resultados e discussão: Evidencia-se, com a prática do grupo, uma diferenciação na Promoção de Saúde, as crianças passam a ter uma efetiva participação e ficam mais acessíveis quando da necessidade de atendimento em consultório. Percebe-se que a metodologia do Círculo de Cultura utilizada com a interatividade da residência multiprofissional possibilita desenvolvimento e reestruturação da atividade do grupo, transforma-o num espaço de práticas dialógicas, estimula as crianças a desvelarem sua realidade vivencial e modifica, segundo pais ou responsáveis, a percepção de saúde das crianças. Considerações Finais: O Círculo de Cultura permite alcançar avanços conceituais e práticos nas ações de grupos que sejam capazes de promover a saúde com foco na cidadania, autonomia e empoderamento. O trabalho interdisciplinar com a residência multiprofissional em saúde da família traz uma melhor adequação do promover saúde. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Descritores Promoção de saúde; Grupo de saúde bucal; Residência. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Alves LHS, Boehs AE, Heidemann ITSB. A percepção dos profissionais e usuários da estratégia de saúde da família sobre os grupos de promoção da saúde. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2012 Abr-Jun; 21(2): 401-8. 2 Barbosa MIS. Formação e Facilitação de grupos comunitários na Estratégia Saúde da Família. S A N A R E, Sobral, 2009 Jan Jun; v.8, n.1, p.86-98. 3 Cadernos de Atenção Básica número 17 – Saúde Bucal; Brasília 2006; 92 p; p25-29 . 4 Moré CLOO. Trabalhando com Grupos na Estratégia Saúde da Família / Universidade Federal de Santa Catarina. Especialização em Saúde da Família. Modalidade à distância. Eixo II - Assistência e Processo de Trabalho na Estratégia Saúde da Família, Florianópolis, 2010 p11-56. 5 Tiveron JDP, Guanaes-Lorenzi C. Tensões do Trabalho com Grupos na Estratégia Saúde da Família. PSICO, Porto Alegre, 2013 jul./set; v. 44, n. 3, pp. 391-401. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 213 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde GRUPO ESPERANÇA SOB O OLHAR DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE MENTAL Benedita Maryjose Gleyk Gomes, Raquel Dutra Cunha Silva, Auriane Quixaba da Paixão de Sousa, Neydemar Cabral de Lima Ferreira, Maria Catarina Machado Paz Resumo Introdução: O presente trabalho relata experiência desenvolvida por residentes e preceptoras no campo de saúde mental. Trata-se de um grupo operativo, ofertado em unidade de saúde aos usuários de álcool. A técnica operativa é caracterizada por centrar-se na tarefa e assim obter seu objetivo, um deles é a aprendizagem, visando que seus participantes busquem aprender sobre co-participação do objeto de conhecimento, considerando este pensamento como produção social (PICHON-RIVIÈRE, 1998). Constituindo-se o sujeito na relação com o outro, de modo objetivo e subjetivo, ficando então a aprendizagem relacionada aos objetivos racionais e também aos fenômenos gerados no grupo (AFONSO; VIEIRA-SILVA; ABADE, 2009). Objetivo: Estimular a autonomia e reflexão sobre a dependência química e afetiva do álcool e sua auto-percepção sobre saúde física, mental e social. Metodologia: O grupo adota encontros semanais com duração de 1 hora, incluindo apresentação, explanação dos objetivos, contrato de sigilo, desenvolvimento de atividade, avaliação e sugestão de temas futuros. Os critérios de inclusão abarcam o uso de álcool, encaminhamento pelo técnico de referência e idade superior a 18 anos. Resultados e discussão: No período de março a julho/2015 ocorreram 18 encontros, com média de 19 participantes e assiduidade de 58%. Ao final, sugeriu-se a execução do PTS de férias em seu território. Freire (2005), expõe que o homem, por intermédio da educação, descobre um meio para a construção de um novo status frente a sociedade, e assim, o aprendizado no meio social colabora na construção de consciências críticas frente ao mundo, impulsionando o homem ao encontro de sua liberdade e evolução. Considerações Finais: Percebe-se como facilidade o acompanhamento da equipe multidisciplinar na evolução do PTS visando a redução de danos e orientações atendendo a demanda grupal. Coloca-se como dificuldade a impossibilidade de visitas domiciliares que abarquem todos os participantes buscando a maior inserção do usuário em atividades em seu território. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Saúde pública; Saúde mental; Alcoolismo. multip rofissional interdisciplina ridade 1 AFONSO, M. L. M.; VIEIRA-SILVA, M.; ABADE, F. L. O processo grupal e a educação de jovens e adultos. Psicol. Estud. Vol. 14. Nº 4. Maringá Out-Dez 2009. 2 FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. 3 PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal.São Paulo: Martins Fontes, 1998. Contato: [email protected] 214 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 INSERÇÃO DO FISIOTERAPEUTA RESIDENTE EM SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Raquel Cristina Braun da Silva, Rodrigo de Souza Balk, Stephanie Jesien Resumo Introdução: Os usuários dos serviços de saúde mental, tanto por transtornos mentais quanto por abuso tem seu cuidado realizado nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), com o objetivo de oferecer atendimento, ambiente terapêutico e acolhedor, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social. Para isso, uma equipe multidisciplinar é imprescindível, entretanto, o fisioterapeuta que estuda o movimento humano em todas as suas formas de expressão para manter, desenvolver ou restaurar a integridade do indivíduo1 ainda não é um profissional comumente visto nestes serviços. Dessa forma o objetivo deste trabalho é relatar o processo de inserção do fisioterapeuta residente em serviços de saúde mental. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado entre os meses de abril e agosto de 2015, em CAPS ad III e CAPS II. Resultados e discussão: Foram implementadas oficinas lúdicas e recreativas, dança e expressão, movimento terapêutico e educação em saúde, além de rodas de conversa e da contribuição em oficinas pré-existentes. Foi percebido pelos usuários melhora em alguns aspectos físicos como coordenação motora global e bem estar. Além disso, houve relatos sobre o a importância do vínculo criado em espaços fora do serviço o que denota a necessidade de desenvolver um trabalho que busca reduzir os efeitos do tratamento para acolher a demanda dos usuários nos cenários sociais que participam2. A equipe, muitas vezes não tem claras as atribuições do fisioterapeuta, reconhecendo-o apenas como reabilitador e não capaz de prevenir agravos e promover saúde, o que dificulta sua inserção3. Além disso, outro fator dificultador foi a resistência da equipe à novas práticas sugeridas pelos residentes. Considerações Finais: A fisioterapia traz benefícios a usuários de saúde mental, dessa forma é necessário a inserção e o reconhecimento do fisioterapeuta como integrante da equipe de cuidado. Referências 1 Roeder MA. Benefícios da atividade física em pessoas com transtornos mentais. Ver. Atividade física em saúde 4(2): 62-76; 1999. 2 Kisner C, colby LA. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. São Paulo: Manole; 2005. 3 Barbosa EG, silva EAM. Fisioterapia na Saúde Mental: Uma Revisão de Literatura. Revista Saúde Física & Mental- UNIABEU v.3 n.2, Agosto-Dezembro 2013. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Fisioterapia; Saúde mental. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 215 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde ITINERÂNCIAS: CONHECENDO O TERRITÓRIO E CONSTRUINDO SENTIDOS Fernanda Monte da Cunha, Gabriela Fávero Alberti, Diogo Vaz da Silva Júnior, Gabriela Dalenogare, Maria Renata Pereira dos Santos Resumo Introdução: Uma das propostas pedagógicas contempladas na agenda regular do Programa de Residência são as itinerâncias. Estas consistem em um instrumento introdutório que tem o intuito de proporcionar o primeiro contato do residente de saúde com a diversidade existente nos possíveis territórios de práticas. Não se trata de um itinerário linear que determina quais rumos devem ser seguidos, mas de um processo dinâmico construído em ato a partir dos sentidos provocados por estes territórios, nos envolvidos. Também, não há direcionamento sobre o que dever ser observado: usa-se do olhar livre para a leitura do mundo e da forma que este se apresenta. Objetivo: Compartilhar a potencialidade das itinerâncias no processo de inserção de residentes nos territórios de práticas. Metodologia: Relato de experiência de cunho descritivo e reflexivo a partir da vivência de residentes em itinerâncias pelos territórios. Resultados e discussão: O contato com a cidade se dá em liberdade, sem mediação de pessoas que tenham algum conhecimento a respeito dos locais. Isso possibilita a abertura do olhar e a construção de percepções próprias e singulares a respeito do todo, sem influências prévias destes terceiros. O território e a subjetividade presente nele causam: estranhamento, visto que não somos parte daquele lugar novo e desconhecido (invasores ou convidados?); desconforto mediante contestação de pré-conceitos morais imbuídos na identidade de sujeito singular em cada participante; e sensibilidade, pois é preciso abertura ao mundo para despir-se, sentir o lugar/território e apreender os inúmeros sinais destes trajetos não comuns. Além disso, construir narrativas escritas sobre as percepções oriundas destes encontros auxiliaram na elaboração de sentimentos ambivalentes frequentes, despertados no percurso das itinerâncias: apreensão/ansiedade, encantamento/perplexidade. Conforme autores¹, as itinerâncias são estratégias para a desinstitucionalização das práticas com vista à construção da integralidade do cuidado. Adquire-se assim um aporte de conhecimento das condições sociais que imprimem certa identidade naquele local. Considerações Finais: A itinerância nos implica a entender o uso de uma análise dos ambientes, do coletivo, do lugar que se ocupa² e as especificidades de cada local; a iniciar nossa visão sobre o possível campo de prática. Sendo de suma importância para projetar os caminhos que devemos percorrer para promover a saúde que contemple a subjetividade e a complexidade que perpassam a vida das pessoas daquele local. social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Aprendizagem; Saúde pública. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Lemkel, R.A.; Silva, R.A.N. Um estudo sobre a itinerância como estratégia de cuidado no contexto das políticas públicas de saúde no Brasil. Physis, Vol.21 Nº.3, Rio de Janeiro, 2011. 2 Merhy, E. E. O conhecer militante do sujeito implicado: o desafio de reconhecê-lo como saber válido. In: Franco, T. B.; Peres, M. A. A., (Org.). Acolher Chapecó: uma experiência de mudança do modelo assistencial, com base no processo de trabalho. São Paulo: HUCITEC, 2004, p. 21-45. Contato: [email protected] 216 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 MANDALA DE SENTIMENTOS NA DANÇA DA VIDA Bruno Henrique Santos, Gabriela Gianichini Silva, Simone dos Santos, Raquel dos Santos de Souza, Juliana Cardoso Rodrigues, Luciana Fantinel Ruiz, Debora Serafim Resumo Introdução: A disciplina intitulada “Seminário de vivências” visa fomentar a troca de experiências entre os residentes através do compartilhamento dos diferentes olhares sobre os espaços da rede de atenção à saúde pelos quais passam ao longo do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Comunitária. Dentro da disciplina foi proposta uma atividade de integração entre os residentes do primeiro e segundo ano, o que permitiu através das vivências individuais e coletivas lançar um olhar diferenciado e sensível sobre as possibilidades de execução desta atividade. Objetivo: realizar uma atividade expressiva tendo em vista o exercício da reflexão sobre experiências individuais e coletivas adquiridas durante a residência, o que se deu através de uma abordagem criativa, por meio da confecção de uma mandala - que significa círculo mágico ou concentração de energia, símbolo universal de integração e de harmonia. Metodologia: foram realizados 3 encontros para discussão e elaboração da atividade, o que culminou na idéia de confecção de uma mandala e seu preparo prévio pelo grupo. A atividade consistiu em: um primeiro momento, no qual o grande grupo foi estimulado a refletir sobre as experiências da residência, abordando o significado de mandala através do uso de poesia e música; um segundo momento, no qual foi realizada a construção da mandala através da utilização de tintas coloridas, após uma dança circular simbolizando a mandala da vida; e, um último momento, no qual os participantes foram convidados a refletir sobre a atividade proposta. Resultados e discussão: a atividade permitiu aos residentes trabalhar suas vivências através da expressão de sentimentos, oportunizando a integração e troca entre os participantes e tendo como reflexo uma melhoria na qualidade das relações interpessoais e de trabalho em equipe, considerando que a fluidez deste material representa a fluidez dos sentimentos. Considerações Finais: é fundamental compreendermos que para um bom trabalho em equipe é preciso que as relações sejam harmônicas e, para que haja essa harmonia, faz-se necessário compreender o outro como sujeito individual, com sentimentos dinâmicos e experiências previas de vida que refletem nas relações de trabalho. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade URRUTIGARAY, Maria Cristina. Arteterapia: A transformação pessoal pelas imagens. Rio de Janeiro. Editora Wak, 2011. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 217 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde MARINHEIROS DO SABER: UMA NAVEGAÇÃO SOBRE OS PROCESSOS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA Elayne Karolina Alencar Braga Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade O grupo “Marinheiros do Saber” é formado por crianças de até 12 anos de idade e foi criado por um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família que possui oito categorias profissionais (Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Educação Física e Fonoaudiologia) em um estado do nordeste. O objetivo do grupo é a Promoção e Educação em Saúde na infância, seguindo os princípios e diretrizes das políticas nacionais, para prevenir agravos e doenças crônicas e agudas na idade adulta. Discutiremos sobre os processos de Educação em Saúde em um grupo numa escola de educação infantil. Desse modo, as atividades desenvolvidas buscam temáticas que articulem métodos pedagógicos que facilitem o diálogo e o processo de aprendizagem por meio de recursos e materiais que facilitem a compreensão e discussão de temas como alimentação saudável, higiene corporal e oral, educação ambiental, primeiros socorros, atividade física e outros. No processo das atividades, identificamos que há conflitos entre os conhecimentos e práticas de promoção em saúde compartilhadas pelos residentes com a proposta político-pedagógica da escola a qual não favorece no cotidiano dos estudantes, a vivência coletiva das informações transmitidas. Além disso, tais práticas se acentuam com a educação familiar, social e comunitária experenciadas pelas crianças, pois é visto que muitos dos conhecimentos transmitidos na escola são conflituosos com a cultura, os comportamentos e estilos de vida de familiares e vizinhos. Assim, as práticas de Educação em Saúde são fragilizadas pelas relações de saber-poder das respectivas instituições sociais, as quais faz emergir reflexões críticas, éticas e políticas acerca das práticas, responsabilidades e compromissos com a Educação Infantil. Consideramos desse modo, que a escola necessita ser coadjuvante no processo de Educação em Saúde, incluindo em suas diretrizes e princípios pedagógicos o ensino de conhecimentos que favoreçam a promoção em saúde de crianças, por meio da educação formal, qualificação dos docentes e exercício dos conhecimentos em práticas cotidianas. Além disso, consideramos necessário o diálogo entre docentes, coordenadores, familiares e comunidade para fomentar a problematização sobre a cultura, os conhecimentos enrijecidos, práticas e estilos de vida insalubres da população; e favorecer, dessa forma, a transformação, educação e promoção em saúde de crianças e, não obstante, adultos. Contato: [email protected] 218 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 METODOLOGIA LÚDICA EM UMA APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS DE TERRITORIALIZAÇÃO Evaldo Fábio da Silva, Jucélia Salgueiro Nascimento, Kamylla Maryana Barros Aguiar, Elizabeth Rose Nogueira de Albuquerque, Elaine Laís Tintino do Nascimento, Luana dos Santos Nunes, Gleiciane Oliveira Faustino Resumo Introdução: A Educação em Saúde requer um processo constante, dinâmico e lúdico¹,². O trabalho em equipe em saúde tem sido descrito como importante influenciador dos impactos sobre os diferentes fatores que interferem no processo saúde-doença³. Objetivo: Apresentar a metodologia lúdica utilizada na apresentação dos relatórios de territorialização da comunidade assistida por uma Residência multiprofissional em Saúde da Família. Metodologia: Os Relatórios de Territorialização foram apresentados no formato de jornal televisivo/falado, ao vivo, expondo os principais assuntos abordados nos relatórios de territorialização e também os mapas falantes, resultados deste processo. A apresentação contou também com reportagens gravadas, com comentaristas que interagiam com os “jornalistas” e também comerciais que visavam à divulgação dos grupos realizados na comunidade. Resultados e discussão: O produto final teve avaliação positiva dos espectadores. A Educação em Saúde e a ludicidade não se restringem apenas às atividades em si, mas devem acontecer desde o planejamento até a avaliação e serem incluídas nas metodologias de apresentação de trabalhos científicos, sem, no entanto, perder o rigor científico, tendo por objetivo alcançar o público alvo e auxiliar no trabalho em equipe de forma mais abrangente¹,²,³. Considerações Finais: Metodologias diferenciadas na apresentação de trabalhos científicos possibilitam maior conhecimento, atenção e apreciação dos espectadores do trabalho, além de promover a ludicidade e a educação em saúde. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Relatório técnico; Distribuição espacial da população . multip rofissional interdisciplina ridade 1 Carneiro ACLL, Souza V, Godinho LK, Faria ICM, Silva KL, Gazzinelli MF. Educação para a promoção da saúde no contexto da atenção primária. Rev Panam Salud Publica [Internet]. 2012 [acesso em 2015 Set 04] ; 31( 2 ): 115-120. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S1020-49892012000200004&script=sci_arttext. 2 Giuliano RC, Silva LMS, Orozimbo NM. Reflexões sobre o «brincar» no trabalho terapêutico com pacientes oncológicos adultos. Psicol cienc prof . 2009; 29(4): 868-879. 3 Marize BS, Araújo MBS, Rocha PM. Trabalho em equipe: um desafio para a consolidação da estratégia de saúde da família. Rev Ciên & Saúde Coletiva. 2007; 12(2): 455-464. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 219 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde NAS TERRAS POR ONDE ANDEI: REFLECXÕES SOBRE A TERRITORIALIZAÇÃO NA VISÃO DE UM RESIDENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE Ana Ravenna Sales Soares, Rianna Nargilla Silva Nobre, Charlliane Fernandes Gonçalves Ribeiro, Aline Braúna dos Santos, Tony Jeimison Sousa Pereira Matos, Rafaela Lobão Rocha, Liliane Santiago de Andrade Resumo Introdução: A territorialização é entendida como o processo de apropriação do espaço pelos serviços de atenção primária à saúde (¹). Com o território definido a atenção primária pode cumprir seu papel de porta de entrada para o SUS. Em síntese, os atributos da atenção primária - a saber: porta de entrada, continuidade, coordenação e integração das ações não se realizam sem a definição do território de atuação dos seus serviços (²). Objetivos: Relatar sobre a importância do processo de territorialização na percepção de um residente de saúde da família e comunidade. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência tendo como participantes onze residentes. A territorialização foi dividida em duas etapas. Na primeira, foram visitados equipamentos de saúde do município, identificando como os serviços de saúde estão organizados e integrados. Já na segunda, foram realizadas visitas domiciliares com as Agentes Comunitárias de Saúde no território de atuação da equipe de residentes, a fim de conhecer as especificidades locais. Resultados: Observou-se as maiores problemáticas da população que envolvem o processo saúde-doença, através da observação, contato direto e diálogo do profissional com o usuário. Esse processo também possibilitou a construção de oficinas, nas quais levantaram necessidades e prioridades para, a partir desse momento, construir planos de ação para atender as maiores demandas do território. Considerações Finais: Esse momento revelou-se de fundamental importância para o estabelecimento do vínculo entre os profissionais residentes e o município, uma vez que possibilitou uma primeira amostra da realidade local das carências, fraquezas e ameaças, assim como dos pontos fortes e potencializadores existentes. social equip e coletividad e humanização Descritores Territorialidade; Atenção primária à saúde; Saúde da família. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Unglert, C. V. S., 1993. Territorialização em sistemas de saúde. In: Distrito sanitário: o processo social de mudança das práticas sanitárias do Sistema Único de Saúde (E. V. Mendes, Org.), pp. 221-236, São Paulo: Hucitec. 2 Starfield, B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde, 2002. 726 p. Contato: [email protected] 220 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O ACOMPANHAMENTO MULTIPROFISSIONAL NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Ana Osmarina Quariguasi Magalhães Frota, Margarida Angélica Freitas, Lidiane Almeida Moura, Jéssica Andressa Soares de Carvalho, Maria Clariciane Cabral Almeida Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A puericultura deve ser entendida como conhecimentos e práticas geradoras de cuidado com o desenvolvimento da criança, sendo um acompanhamento periódico e sistemático. A criança é acompanhada e avaliada de acordo com o crescimento físico e nutrição; imunização; higiene; segurança e proteção contra acidentes e identificação de agravos e situações de risco. Sua efetivação requer associação entre família e equipe multiprofissional. Objetivos: Descrever a experiência da realização de puericultura coletiva por uma equipe multiprofissional. Metodologia: Trata-se de relato de experiência de equipe multiprofissional de residentes em saúde da família na realização de puericultura coletiva, em uma Unidade Básica de Saúde. O encontro coletivo aconteceu em agosto de 2015, e teve a participação de seis crianças de um a dois anos, acompanhadas pelas mães. Resultados: Houve um momento de educação em saúde sobre desenvolvimento infantil para as mães, enquanto as crianças estavam aos cuidados de uma equipe de contação de história. Em seguida cada criança foi atendida por uma equipe de profissionais, nutricionista, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, assistente social, fisioterapeuta, educadora física e enfermeira. A atividade coletiva possibilitou aos profissionais ganhos no exercício de uma práxis educativa e transformadora junto à comunidade, contribuindo também para o aprendizado do fazer das categorias envolvidas e uma visão integral do sujeito. As mães tiveram acesso à aprendizagem de novos conhecimentos e troca de experiências, através de uma nova dinâmica de fazer a atenção à saúde da criança. Considerações Finais: A estratégia promoveu um cuidado integral e coletivo possibilitando reconhecer a importância da puericultura no desenvolvimento da criança através de um olhar multiprofissional. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 221 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde O ITINERÁRIO PERCORRIDO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA A PARTIR DO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO Flaviane Melo Araújo, Lorena Timbó Veiga dos Santos, João Hernando Rodrigues Alves, Ana Osmarina Quariguasi Magalhães Frota Resumo Introdução: A territorialização é um mecanismo primordial e inicial para a inserção de profissionais na Estratégia Saúde da Família (ESF). O uso pleno do território como estratégia de análise sobre condições de saúde e intervenção pressupõe a identificação de equipamentos sociais, sua utilização pela população e sua importância para os fluxos das pessoas e materiais¹. Objetivo: Descrever o itinerário percorrido pelos profissionais da residência na ESF a partir do processo de territorialização. Metodologia: Trata-se de um relato acerca da experiência vivenciada no processo de territorialização, realizado no período de abril a junho de 2015, através de observação participante em visitas aos principais equipamentos sociais do território, além de adentrar ao Centro de Saúde da Família (CSF), absorvendo assim as vulnerabilidades e potencialidades da comunidade. Resultados e discussão: Dentre as singularidades do território, destacamos a baixa integração dos equipamentos sociais com o CSF para o desenvolvimento de ações que permitam uma colaboração ativa entre os atores, assim como, a distância de líderes comunitários que ajudem a conduzir esse processo. Contudo, alguns atores de destaque social e participativo foram identificados como referência para o desenvolvimento de práticas colaborativas. A participação comunitária apresentou-se deficiente em moldes organizados, denunciado principalmente pela inatividade de um dos Conselhos Locais de Saúde e pela dificuldade de estabelecimento do outro nos bairros referenciados. Porém, os espaços já estabelecidos como grupos de práticas corporais e de convivência demonstraram-se pertinentes e apoiadores em diversos tratamentos e na melhoria da qualidade de vida. Considerações Finais: Reforça-se a importância da atuação dos profissionais no processo de territorialização, sendo um potente caminho para planejar ações de promoção e de atenção integral à saúde, pois oferece um alicerce muito concreto, entendendo que os projetos de saúde nascem das necessidades de saúde da comunidade, e não de programas verticais demandado de uma instância superior. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Estratégia saúde da família; Análise de pequenas áreas. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Monken M, Barcellos C. Vigilância à saúde e território utilizado: possibilidades teóricas e metodológicas. Cad Saude Publica 2005; 21(3): 898-906. Contato: [email protected] 222 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O OLHAR AMPLIADO DA ENFERMAGEM A PARTIR DE PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES E DE PROMOÇÃO DA SAÚDE COM GESTANTES NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Lorena Timbó Veiga dos Santos, João Hernando Rodrigues Alves Resumo Introdução: O período gestacional é um momento de grandes mudanças. Faz-se necessário superar os modelos ambulatoriais, unindo os atendimentos com outras metodologias de cuidado. Encontros grupais visando promoção e educação em saúde são estratégias potentes, oferecem suporte integral a gestante e sua família, disponibilizam conhecimentos sobre o processo de gestação e nascimento, e permitem o empoderamento, autonomia e fortalecimento de vínculos transversais1. Objetivo: Descrever as experiências vivenciadas pela enfermagem no pré-natal e grupo de gestantes, a partir de práticas interdisciplinares e de promoção da saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de uma equipe da Residência nas consultas de pré-natal e no grupo de gestantes. Foi utilizada a abordagem participativa e algumas temáticas foram abordadas nos encontros: cuidados na gestação e com o recém-nascido; amamentação; aspectos emocionais e afetivos relacionados à gestação; uso de fármacos na gravidez; tipos de parto; direitos da mulher durante o ciclo. Resultados e discussão: O fortalecimento do trabalho em equipe, o compartilhamento de saberes múltiplos, fortaleceram o vínculo da equipe multiprofissional, e destes com as gestantes inseridas no grupo e nas consultas de pré-natal. Foi possível perceber as dúvidas, as necessidades individuais e a construção de saberes e práticas com respeito e valorização dos sujeitos envolvidos. As dimensões do diálogo, do respeito e da valorização do saber popular, permeiam a Educação em Saúde que é considerada um instrumento de construção para uma saúde mais integral e adequada à vida da população. Considerações Finais: O enfermeiro como cargo referência na ESF teve a oportunidade de vivenciar a promoção da saúde de uma forma mais ampliada, com ressignificação de saberes interdisciplinares que se formavam a cada encontro nos grupos e na assistência ao pré-natal. As ações individuais e conjuntas mostraram-se eficazes, vista a adesão das gestantes nos grupos e nas consultas, na construção/formação de vínculos-confiança. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Enfermagem de atenção primária; Cuidado pré-natal. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Rios CTF, Vieira NFC. Ações educativas no pré-natal: reflexão sobre a consulta de enfermagem como um espaço para educação em saúde. Cien Saude Colet 2007; 12(2):477-486. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 223 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL Daniele Alves Peixoto, Juliana Figueiredo Sobel, Aline Carla Rosendo da Silva Resumo Introdução: A noção de território é fruto da vida em sociedade, é produto histórico do trabalho humano que apresenta múltiplas determinações (políticas, econômica, administrativa, cultural, jurídica, etc.). Pode-se dizer que os territórios, são as relações sociais e de poder projetadas em determinado espaço (Gondim &Monken, 2009). Estudar um território implica penetrar num mar de relações, formas, funções, organizações, estruturas etc., com seus mais distintos níveis de interação e contradição. Olhar para o território depende fundamentalmente da perspectiva de análise da qual parte o observador (Santos, 2003). Entendendo que o território é o espaço de produção de vida, de saúde, a construção de um projeto de intervenção em saúde deve considerar os fluxos, a dinamicidade e as múltiplas complexidades inerentes a esse território (Pekelman & Santos, 2009). Objetivo: Realizar o diagnóstico de saúde da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em dois Distritos Sanitários (DS) no município de Recife – PE, onde nós, residentes de Saúde Mental, iremos atuar durante dois anos, tendo como foco de intervenção um Centro de Atenção Psicossocial, a fim de conhecer a situação sanitária, epidemiológica, social e cultural destes territórios. Metodologia: Foram realizadas leituras bibliográficas e documentais e levantamento de dados em sistemas de informação, como a gerência dos DS, a Coordenadoria de Defesa Civil, Centro de Referência de Assistência Social, entre outras fontes. Além disso, foram coletadas informações nos prontuários dos usuários do CAPS em questão, a fim de analisar o perfil da população adscrita. Resultado e discussão: A territorialização em SM revelou a escassez e/ou falta de dados referentes à situação de saúde mental por parte da gerência dos DS, como a quantitativo de casos atendidos pelos CAPS desse território. Em relação à análise dos prontuários, foi verificado que quase nenhum deles continha o preenchimento de todos os dados solicitados na ficha de admissão, havendo ausência de alguns dados importantes. Considerações Finais: A realização do diagnóstico de saúde dos DS, possibilitou aos residentes se apropriarem e conhecerem o território e os equipamentos existentes. Por fim, foi percebido a necessidade de coletar e gerenciar melhor os dados sobre saúde mental nesse território a fim de poder planejar futuras intervenções com maior apropriação da situação da saúde mental nesses DS. coletividad e equip e social Território; Saúde mental. humanização Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Gondim, GM de M, Monken, M. Territorialização em Saúde. In: Dicionário da educação profissional em saúde. Isabel Brasil Pereira e Júlio César França Lima. 2.ed. Rio de Janeiro: EPSJV, 2009. 478 p. Disponível em: <http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/edupersau.html>. Acesso: 04, set., 2015. 2 Santos, M. Por outra globalização – do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2003. 3. Pekelman R, Santos AA. Território e lugar - espaços de complexidade. 2009. Disponível em <http://escoladegestores.mec.gov.br/site/8 biblioteca/pdf/texto01_territorio_e_lugar.pdf>. Acesso em: 04 set. 2015. Contato: [email protected] 224 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 O SERVIÇO SOCIAL E AS ATIVIDADES SOCIOEDUCATIVAS: VIVÊNCIAS NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL Lorena Loiola Batista, Talyta Reis Zambon, Ana Karla Batista Bezerra Zanella Resumo Introdução: A Educação Popular contribue no processo de orientação social à população usuária, especificamente, a educação popular em saúde (1). É proposta da residência multiprofissional em atenção hospitalar desenvolvida em uma maternidade de referência desenvolver atividades socioeducativas em atenção à saúde, o que corrobora com os parâmetros do serviço social. Objetivo: Relatar a experiência de ações socioeducativas realizadas por assistentes sociais residentes em uma maternidade de referência na cidade de Fortaleza/CE. Metodologia: Durante o ano de 2015, foram realizadas ações socioeducativas pontuais, de acordo com os temas das campanhas trabalhadas na maternidade; e ações continuas, como os grupos realizados no ambulatório de mastologia e de climatério que ocorrem semanalmente. Para a facilitação das ações, foram utilizados baners, folders, cartilhas, dinâmicas que promovessem a participação dos usuários, dentre outros. Parte das ações foram realizadas em parceria com outras categorias profissionais. Resultados e discussão: Segundo os Parâmetros para Atuação do Assistente Social na Saúde (1), as ações socioeducativas, sejam individuais ou coletivas, devem fazer parte da atuação do Serviço Social. A realização de atividades socioeducativas no ambiente hospitalar é um momento muito rico, principalmente no momento das campanhas regionais ou nacionais, pois possibilita uma maior reflexão e mobilização dos usuários para determinada finalidade. A continuidade das ações nos grupos, como nos ambulatórios, se constitui em local de troca de experiências entre profissionais e população, permitindo que os pacientes tirem suas dúvidas e se sintam mais a vontade na instituição. Considerações Finais: A prática de ações socioeducativas é atribuição do assistente social e está dentre as atividades a serem desenvolvidas pelos residentes, sendo de fundamental importância no contexto hospitalar para quebrar com as práticas puramente curativas e inserir as atividades preventivas. Referências 1 Cfess. Parâmetros para atuação de assistentes sociais na Política de Saúde. Série Trabalho e Projeto Profissional nas Políticas Sociais. Nº 2. Brasília, 2010. 2 Pelegrini, SM. A dimensão socioeducativa do trabalho do Assistente Social na área da saúde. III Simpósio Mineiro de A. Sociais. Belo Horizonte, 2012. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Educação em saúde; Serviço social. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 225 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL Larri Padilha Viega, Rosalia Vargas Campanha, Tuane Vieira Devit Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A concepção atual de saúde aponta que esta não se trata apenas da ausência de doença, uma vez que entende uma relação direta e causal de diversos fatores, considerados como determinantes sociais do processo saúde-doença¹. Os princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS) devem ser materializados no cotidiano dos usuários dos serviços de saúde, e para tanto, o Assistente Social tem papel preponderante neste cenário. Objetivo: Analisar a atuação do assistente social e a sua articulação com princípios do SUS, relacionando a prática profissional com elementos fundamentais para o enfrentamento das expressões da questão social postas no contexto dos usuários dos serviços de saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado por um assistente social e duas residentes em serviço social que atuam em um hospital universitário, situado no município de Porto Alegre, entre março e agosto de 2015. Resultados e discussão: O Serviço Social, inserido nas equipes interdisciplinares dos serviços de saúde, atua diretamente com as demandas emergentes das famílias e de todo o contexto socioeconômico que as envolvem. Para tanto é necessário propor, a partir do entendimento do contexto singular dos usuários atendidos, alternativas para o enfrentamento das questões identificadas. Por meio da avaliação sociofamiliar realizada pelo assistente social são identificados vários elementos que apontam fragilidades no acesso às políticas e serviços aos usuários. Diante desta realidade, o trabalho de empoderamento e informatização destes sujeitos, para que de posse das informações possam acessar estas políticas como forma de melhoria da sua qualidade de vida, contribui para a melhoria nas condições de saúde da população atendida. Considerações Finais: O aprofundamento dos conhecimentos sobre a política de saúde qualifica a atuação do Assistente Social e reflete no cotidiano dos usuários dos serviços, mesmo que por vezes ainda enfrentemos muitos desafios a serem superados para a plena efetivação do SUS. Apesar disto, torna-se mister fomentar a discussão sobre este direito que foi conquistado com a organização da sociedade. Contato: [email protected] 226 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 OTRABALHO MULTIPROFISSIONAL EM RESIDÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Luana Tonin, Caroline Berté, Maria Eduarda de Lucas Alvez Wuicik, Caroline Seixas Ribeiro de Freitas, Bianca Fontana Aguiar, Graziele Caroline Cardoso de Sousa Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A residência vem assumindo, no decorrer do percurso histórico, diferentes conceitos e papéis que refletem aspectos da filosofia institucional referente ao compromisso social e formação profissional. As residências são programas do Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação e que tem por finalidade prestar serviços à comunidade, mais especificamente prestar atenção de qualidade aos usuários. O projeto em questão conta com a participação de residentes, tutores e preceptores de enfermagem, psicologia, farmácia, biomedicina e medicina, bem como profissionais que abrangem o processo de trabalho como; área de serviço social, caracterizando-se assim um trabalho em equipe baseado na interdisciplinaridade. Diante do exposto, destacamos a importância do trabalho interdisciplinar para atender de forma integral as necessidades das crianças e adolescentes, como afirmado por MATTOS,(2004) para atingirmos a atenção integral, considerando esta como um modo em que sempre há uma visão ampliada das necessidades de saúde e se faz necessário superar a hiperespecialização. Objetivos: Este trabalho visa observar a importância do trabalho multiprofissional na vivência da residência em Saúde da Criança e do Adolescente. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, baseado em um relato de experiência de residentes em enfermagem em Saúde da Criança e do Adolescente em um Hospital de alta complexidade no Brasil. Acerca de suas percepções sobre a importância do trabalho multiprofissional no cuidado. Resultados e discussão: Segundo a percepção das residentes do curso de enfermagem sobre a importância da dinâmica interdisciplinar em busca de um cuidado integral, alguns itens devem ser destacados: o aprimoramento na capacidade de comunicação com usuários e profissionais do serviço, a discussão de estudos de caso em equipe para verificar todas as necessidades apresentadas pelos pacientes, com os tutores e outros membros da equipe de saúde e a capacidade de se beneficiar com o aprendizado de colegas de curso e de outros cursos. Considerações Finais: Com base no exposto, as residentes percebem a interdisciplinaridade como um instrumento indispensável no trabalho para atender as necessidades dos pacientes na busca da integralidade. Assim, pode-se observar a reciprocidade, ou seja, a possibilidade da prática de um profissional se reconstruir na prática do outro, por meio da integração das disciplinas (LEITE, 2001). Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 227 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde O USO DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO PARA ELABORAÇÃO DE ATIVIDADE EDUCATIVA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE Afonso Rodrigues Tavares Netto, Andréa Valente Braga, Giana Carla Lins de Albuquerque Meireles, Milena Lins da Cunha Dias, Roselle Crystal Varelo Dantas, Sílvia Virgínia Pereira da Silva, Vanessa Meira Cintra Ribeiro Resumo Descritores Planejamento em saúde; Saúde coletiva; Equipe interdisciplinar de saúde. Contato: [email protected] 228 equip e coletividad e humanização social Referências 1 ALVES et al. Grupo terapêutico: sistematização da assistência de enfermagem em saúde mental. Texto contexto - Enferm. 2004. 13 (4):625-632. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: A educação em saúde estimula a construção do conhecimento de forma integrada e vinculada ao conceito de promoção da saúde, englobando a participação social em um conceito ampliado, na busca do bem-estar sob múltiplas vias¹. Para auxiliar na elaboração de ações de educação em saúde pode-se associar o planejamento. Este consiste em desenhar, executar e acompanhar um conjunto de ações visando a intervenção numa realidade específica². Objetivo: Apresentar a forma de estruturação de uma atividade de educação em saúde proposta pela disciplina da Residência Multiprofissional em Saúde da Criança (REMUSC). Metodologia: Pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, demonstrando o uso do planejamento participativo como uma ferramenta para estruturar as ações a serem desenvolvidas na atividade prática da disciplina de educação em saúde da REMUSC ao público do ambulatório em um complexo de pediatria de referência no estado da Paraíba. Foram elencados temas com base nas linhas de cuidado da rede de atenção à saúde da criança, pontuados pelos profissionais em critérios pré-estabelecidos pelo tutor da disciplina em baixo, médio ou alto impacto, gerando uma discussão sobre o tema mais relevante para o serviço. A posteriori, elaborou-se um plano de ação para a proposta elencada. Resultados e discussão: O momento de escolha da proposta de ação contou com a presença dos cinco residentes (enfermeiras, nutricionista, fisioterapeuta e farmacêutica). A elaboração da ação educativa usou o processo de planejamento participativo cujos temas, baseados na caderneta da criança do ministério da saúde, foram: saúde bucal, combate à desnutrição e anemias carenciais, aleitamento materno,incentivo ao crescimento e desenvolvimento infantil. Sendo o último, o tema com maior pontuaçãonos critérios: amplitude, aplicabilidade, interesse da população e abordagem multiprofissional. O alvo da ação foram os acompanhantes dos pacientes do ambulatório,onde se forneceu informações e orientações acerca da utilização da caderneta da criança.A ação educativa utilizou materiais autoexplicativos e rodas de discussão em momentos da sala da espera in loco. Considerações Finais: Compreende-se o planejamento participativo trabalhado de forma multiprofissional para fomentar ações de educação em saúde como método otimizado, que agrega os saberes científicos uniprofissionais de forma eficaz, auxiliando no desempenho da ação. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 OS DESAFIOS DE INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA ATUANTE NA SAÚDE COLETIVA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Susane Graup , Raphaelly Machado Felix Resumo Introdução: A Educação Física (EF) vem ocupando nas duas últimas décadas um importante espaço junto à saúde pública, sendo contemplada em diversos programas no Sistema Único de Saúde (SUS). Isto tem gerado a implementação de políticas públicas que facilitam o acesso à prática da atividade física (AF). Entretanto o reconhecimento do Profissional de Educação Física (PEF) no campo da saúde ainda está sendo conquistado. A EF se apresenta como uma ciência versátil1, tornando a atuação do PEF indispensável na promoção da saúde e na prevenção de doenças2. Objetivo: Relatar quais são os desafios e dificuldades de inserção do PEF junto ao SUS. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência acerca das experiências do PEF nas unidades de atendimento no primeiro semestre de 2015. As ações foram realizadas em três unidades básicas de saúde, sendo duas Estratégias de Saúde da Família e uma Policlínica. Resultados e discussão: É notório que a percepção do usuário ainda encontrase enraizada na cultura tradicional do atendimento assistencial, preterindo a promoção e prevenção, justamente os pontos fortes de atuação do PEF. Portanto, as maiores barreiras estão associadas à oferta de espaços físicos adequados para a prática de AF nas unidades, assim como a percepção da sociedade sobre os serviços de saúde pública. É possível ainda, perceber que as equipes de saúde apresentam uma visão limitada das ações do PEF, muitas vezes deixando o mesmo subutilizado. Considerações Finais: É preciso enfatizar na prevenção das doenças através de hábitos de vida saudáveis e repensar a própria formação do PEF, visando incitar novos olhares sobre o campo da EF para fortalecer suas interfaces com a SC, estreitando o diálogo com outras áreas de conhecimento3. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Educação física; Saúde coletiva; Sistema Único de Saúde. multip rofissional interdisciplina ridade 1 Gaya A, Torre L. A cultura corporal do movimento humano e o esporte educacional. In: OLIVEIRA AAB, PERIM GL (Org.). Fundamentos Pedagógicos para o Programa Segundo Tempo. Maringá: Eduem, 2008. 2 Nahas MV. Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina, Editora Mediograf, 4ª edição, 2006. 3 Fraga AB, Wachs F (Org.). Educação física e saúde coletiva: políticas de formação e perspectivas de intervenção. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2007. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 229 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde PRÁTICAS INTEGRADAS EM SAÚDE: O PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA (PRMSF) COMO MOBILIZADOR DO PROCESSO DE MUDANÇA NA FORMAÇÃO DA GRADUAÇÃO EM SAÚDE Doroteia Aparecida Höfelmann, Rafael Gomes Ditterich, Marilene da Cruz Magalhães Buffon, Verônica de Azevedo Mazza, Josiane de Fátima Gaspari Dias, Deise Prehs Montrucchio Resumo O ensino baseado na integração proporciona uma aprendizagem mais estruturada e significativa, pois os conhecimentos estão organizados em torno de estruturas conceituais e metodológicas compartilhadas por várias disciplinas e saberes (TOASSI et al., 2012; SCHERER et al., 2014). Por meio das atividades curriculares dos cursos de graduação da saúde e o PRMSF, acadêmicos, residentes e docentes tem realizado atividades em parceria com os profissionais preceptores da rede de saúde, visando à melhoria nas condições de saúde da população. Participam do PRMSF, profissionais das áreas de Enfermagem, Farmácia, Nutrição e Odontologia atuantes em quatro Unidades Saúde da Família Jardim das Graças, Guaraituba, Liberdade e Fátima. Os atores inseridos nessa realidade complexa e dinâmica (comunidade, recursos humanos, infraestrutura e rede de saúde) são desafiados a construírem novas habilidades para uma atuação integral e humanizada, principalmente no que se refere ao processo de trabalhar em equipe e com famílias. Empregando ferramentas da Saúde da Família, tem se identificado as famílias e as necessidades em saúde, bem como recursos e equipamentos sociais que podem servir de suporte nas ações de saúde. Esta interação vem promovendo o trabalho em equipe por meio da criação de novas práticas, como auxílio em visitas domiciliares, acompanhamento de consultas, ações de educação e promoção da saúde, controle social, planejamento e programação local em saúde e integrando o ensino com o serviço a fim de gerar conhecimento e qualidade na atuação sobre a atenção primária à saúde (APS). Também vale destacar que a graduação e a residência têm atuado em conjunto nas ações do Programa Saúde na Escola (PSE), puericultura e atenção à saúde na gestante, bem como nos diferentes programas de saúde. Desta forma, tem fomentado nos graduandos dos cursos da saúde o papel do crítico e reflexivo da realidade social a atuação como membro de uma equipe de APS preocupado com a garantia da integralidade. Por isso, a atuação em conjunto com o PRMSF tem estimulado todos os atores envolvidos da importância da discussão sobre a reorientação na formação acadêmica; dos conceitos e pré-conceitos na atuação multiprofissional na Estratégia Saúde da Família; as dificuldades vivenciadas no cotidiano no trabalho em equipe, a forma de atuação em práticas individualizadas e coletivas, a autonomia compartilhada, a corresponsabilidade e o manejo diante das diferentes situações reconhecidas. Contato: [email protected] 230 equip e coletividad e humanização social Descritores Atenção primária à saúde; Sistema Único de Saúde; Saúde da família. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Toassi RF et al. Integração curricular nos cursos da saúde na UFRGS: a vivência da disciplina ‘Práticas Integradas em Saúde I’ In: VIII Salão de Ensino UFRGS, 2012, Porto Alegre. Salão de Ensino. Porto Alegre: UFRGS, 2012. v. 8. p. 1-2. 2 Scherer JN et al. Práticas Integradas em Saúde I: formação interdisciplinar e multiprofissional na Unidade de Saúde da Família Divisa, 2014-1. In: X Salão de Ensino UFRGS: ciência, desenvolvimento, sociedade, 2014, Porto Alegre. Anais X Salão de Ensino UFRGS: ciência, desenvolvimento, sociedade. Porto Alegre: LUME - Repositório Digital UFRGS, 2014. v. 1. p. 1-1. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PRÁTICAS, SABERES E DESAFIOS DO TRABALHO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Larissa Boing, Nadia Rafaela dos Santos, Michele Jacowski, Jessica Albino, Rafael Gomes Ditterich Resumo social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade O trabalho em equipe multiprofissional consiste em uma modalidade de trabalho coletivo, configurada em uma relação de reciprocidade entre as múltiplas ações e agentes das diversas áreas profissionais. Esses profissionais utilizam-se da comunicação como meio articulador, pelo qual ocorre uma transposição de barreiras para que haja ações integradas e cooperação. Tendo em vista a importância do trabalho em equipe dentro da Estratégia Saúde da Família (ESF) e sendo similar a proposta da residência multiprofissional o objetivo desse trabalho foi descrever as ações desenvolvidas pela equipe multiprofissional de residentes em uma unidade de atenção primária em um município do sul do Brasil. Diversas atividades com foco em educação em saúde são realizadas periodicamente. As ações propostas englobam oficinas de gestantes, grupo de caminhada, visita domiciliar, ações do programa saúde na escola, hiperdia, consultas compartilhadas e educação continuada para equipe da ESF. Para a realização de tais ações ocorrem discussões entre os residentes e a equipe da atenção primária com a finalidade de planejar as atividades desenvolvidas, da criação à execução propriamente dita, abarcando a competência técnica de cada profissional da área de enfermagem, nutrição e farmácia, de maneira integrada. Após as discussões ocorre o desenvolvimento das ações semanais e mensais, inclusive aquelas que ultrapassam o espaço da unidade de saúde e que ocorrem nos diferentes equipamentos sociais no território, como: as escolas, igrejas e domicílios. Como interação resultado dessa tem-se o crescimento profissional de todos os envolvidos, transpondo a barreira acadêmica, tradicionalmente voltada a uma formação individual focado apenas na profissão específica. Além disso, essas ações proporcionam à comunidade uma atenção integral à medida que o individuo passa a ser visto no âmbito biológico, psicológico e social, sentindo-se acolhido e vinculado a equipe de saúde. A residência multiprofissional nos proporciona uma maior reflexão e possibilidade de alcançar a interdisciplinaridade, a medida que obtemos a experiência do mercado de trabalho aliado as disciplinas teóricas, fazendo com que deixemos nossa área de conforto e entremos nas outras áreas de conhecimento envolvidas, gerando discussões mais densas e complexas e obtendo assim um maior poder resolutivo para os problemas apresentados pela comunidade. Contato: V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 231 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde PREVENÇÃO DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E DST: INTERVENÇÃO EM ESCOLAS PÚBLICAS Kleber José Vieira, Marilia Alfenas de Oliveira Sírio, Gessica Santana Marota, Marina Ferreira Batista, Joana Darc Aparecida de Oliveira, Cristiane Barbosa Alecrim, Talismara Rosa de Almeida Resumo Introdução: A adolescência corresponde ao período entre 10 e 19 anos, no qual ocorrem profundas mudanças: surgimento das características sexuais secundárias, conscientização da sexualidade e personalidade e integração social. É o período de transição da infância para a idade adulta, onde abuso de drogas e práticas sexuais desprotegidas podem aumentar os riscos de DST e/ou de gestações indesejadas, complicações para a mãe e/ou concepto, repercussões psicossociais e econômicas. No Brasil, 20% das gestações, em 2011, foram de mães adolescentes. Objetivo: Conhecer aspectos da sexualidade dos adolescentes; prevenção da gravidez e DST e uso de contracepção. Metodologia: Estudo transversal com ações educativas interativas envolvendo adolescentes (12 a 19 anos) de escolas públicas, em 2014. As ações foram dividas em 5 etapas: (1)questionário abordando relação sexual, uso e conhecimento de contraceptivos, diálogo com os pais e amigos, aborto e outras; (2)documentário-gravidez na adolescência; (3)oficina “Mito ou Verdade”; (4)apresentação das DST; (5)contracepção. Os dados foram analisados no Epi Info™ 7.1.5. por meio de análises descritivas (frequência e associação pelo quiquadrado), considerando significância estatística p < 0,05. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Ministério da Saúde. Resultados: Este estudo envolveu 436 adolescentes de 3 escolas públicas de uma cidade de Minas Gerais, em 2014. A maioria era do sexo feminino (50,9%), tinha entre 13 e 19 anos (54%), ainda não iniciou a vida sexual (75%), não possuiu diálogo sobre sexualidade com os pais (77,3%) e nunca participou de ação educativa sobre sexualidade (60,3%). Sobre os métodos contraceptivos, a camisinha masculina foi mais conhecida (87,8%), seguido pela pílula anticoncepcional (65,4%), e a pílula do dia seguinte (51,8%). Quanto ao uso de contraceptivo na primeira relação sexual, 17,6 % usaram camisinha masculina e 3,9% usaram pílula do dia seguinte. Observou-se elevado grau de interesse e muitos questionamentos, o que evidencia baixo conhecimento acerca do tema. Conclusão: A maioria dos adolescentes ainda não havia iniciado a vida sexual e a falta de conhecimento sobre prevenção de gravidez na adolescência e DST ficou evidente, bem como a falta de diálogo com os pais sobre sexualidade. Ações educativas interativas, nas escolas, poderiam ser contínuas e também direcionadas aos pais dos adolescentes, a fim de prepará-los para o diálogo com seus filhos sobre o tema em questão. Gravidez; Adolescência; Doença sexualmente transmissível. Contato: [email protected] 232 equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1. Yazlle MEHD. Gravidez na adolescência. Rev Bras Ginecol Obstet. 2006; vol. 28: n.8. 2. Ferreira CL, Braga LP, Mata ANS, Lemos CA, Maia EMC. Repetição de gravidez na adolescência. Estud pesqui psicol. 2012; v. 12: 188-204. 3. IBGE. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/snig/v1/?cat=-2,128&ind=4713. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM COM METODOLOGIAS ATIVAS NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE Márcia Valéria Bezerra Cunha, Myrna Ellane Dias Costa, Fernando Rodrigues Peixoto Quaresma Resumo A residência multiprofissional em saúde possibilita o contato interdisciplinar entre os profissionais para melhoria dos serviços, permitindo uma reflexão e teorização a partir de situações da prática que estabelece o processo de ensino e aprendizagem1, promovendo uma atuação crítica para intervir no cenário atual de saúde. Tem como objetivo relatar as estratégias metodológicas vivenciadas na residência multiprofissional em saúde da família e comunidade, a partir da ótica das residentes. Trata se de um relato de experiência, de caráter descritivo desenvolvido no período de 2015. Em março de 2015, ocorreu o ingresso das residentes onde foi apresentado o processo ensino-aprendizagem com metodologias ativas. As estratégias de organização das equipes são divididas em três grupos: território, campo de prática e núcleo de formação, compostos por equipe multiprofissional mediadas por tutores e preceptores. No grupo território a problematização acontece diante de situações reais que são utilizadas para os desdobramentos no campo da saúde de forma multiprofissional. No campo de prática trabalham-se temas abordados no campo, ou seja, as Unidades de Saúde da Família onde os residentes são conduzidos para o reconhecimento do território de abrangência e de seus devidos preceptores e equipe de trabalho. No núcleo de formação há otimização da temática pelo núcleo de profissionais de uma única categoria. Por fim, no grande grupo é realizado o fechamento de todos os ciclos sendo executado a integração de todas as temáticas de forma aprofundá-las. A proposta de uma prática pedagógica inovadora, como as metodologias-ativas, representa um ponto de partida para novos horizontes e possibilidades de transformação da prática profissional. Com isso a residência trabalha para uma educação voltada para as relações sociais emergentes, devendo ser capaz de desencadear uma visão holística, de rede e de transdisciplinaridade. social equip e coletividad e humanização Descritores Ensino; Enfermagem; Saúde da família. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Sandra Dominguini Darolt1 Simoni Leal Justo2 Ioná Vieira Bez Birolo3 Luciane Bisognin Ceretta4. A experiência do profissional de enfermagem em um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Rev. do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/ Saúde da Família. 2013.vol 1. Contato: Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 233 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde PROCESSO DE FORMAÇÃO EM SERVIÇO: O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Laís de Freitas Oliveira, Ana Kelen Dalpiaz, Clarete Teresinha Nespolo de David, Bruna da Silva Machado, Dilce Menegatti, Lia Gonçalves Alves Resumo Trata-se de relato de experiência que sistematiza o processo de formação em serviço das residentes de Serviço Social da Residência Integrada em Saúde (RIS) com ênfase em Atenção Primária. Em Porto Alegre, os Assistentes Sociais se inseriam na Atenção Primária à Saúde junto as Unidades Básicas de Saúde. Após a criação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) as residentes passaram a ter ambos como campo de formação, mas os Assistentes Sociais da Rede de Atenção Primária (RAP) tem apenas o NASF como espaço sócio-ocupacional. Essa produção é fruto das discussões coletivas realizadas nos encontros de núcleo de Serviço Social e teve como agente motivador as contradições entre o processo de trabalho dos residentes com o contexto do campo de formação no qual está inserido. Desse modo se enfatiza os limites e possibilidades no processo de formação. Tais como: a) as equipes de Saúde da Família (eSF) não possuem assistentes sociais na sua composição; b) nem todas as Unidades de Saúde da Família (USF) possuem cobertura de NASF; c) não se tem clareza se há necessidade de ter assistente social na composição das eSF, tendo em vista a realidade territorial, e cobertura do NASF; d) as residentes têm a possibilidade de inserção em diversos campos de intervenção direta e indiretamente com os usuários. Para tanto o texto apresenta o cenário de formação em serviço identificando o modo de inserção e aprendizados das residentes nesses processo. Posteriormente traz um relato reflexivo dos instrumentos de técnico-operativos do Serviço Social, tendo como pano de fundo questões ético-políticas, teórico-metodológicas, bem como o cenário de luta pela garantia dos direitos sociais, efetivação do Projeto de Reforma Sanitária e comunhão com o Projeto Ético Político do Serviço Social. Cabe ainda destacar o modo como as expressões as disputa entre os modelos públicos e privados de gestão, afetam os trabalhadores, os conselheiros de saúde, a qualidade dos serviços e o itinerário formativo dos residentes.Fazendo uso do relato de experiência, enquanto metodologia, sistematizou-se o processo de ensino-serviço partindo da implicação dos diferentes sujeitos, por meio de análise crítica, identifica-se os limites e possibilidades desse processo formativo. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Atenção primária à saúde; Serviço social; Trabalho. Contato: [email protected] 234 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM DOS PRECEPTORES NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE Luciana da Conceição e Silva Resumo Este trabalho tem como objeto o processo de ensino e aprendizagem dos preceptores em uma residência multiprofissional em saúde. O objetivo geral foi analisar o processo ensino-aprendizagem dos preceptores em uma Residência Multiprofissional em Saúde considerando a atual precarização do trabalho e do SUS. Os objetivos específicos foram: destacar as contribuições dos preceptores para a formação multiprofissional na RMSM; e a contribuição destes na construção do Projeto Político Pedagógico da RMSM. O estudo está de acordo com a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que traz diretrizes e normas regulamentadoras que devem ser cumpridas nos projetos de pesquisa envolvendo seres humanos. A metodologia do estudo foi a pesquisa quanti-qualitativa e realizou-se a partir dos relatos dos preceptores do HESFA/UFRJ que pertencem às seguintes áreas de conhecimento: Serviço Social, Psicologia e Enfermagem. Dentro do total de 41 preceptores, 12 foram entrevistados, dos quais: 4 assistentes sociais, 4 enfermeiros e 4 psicólogos. O critério de escolha foi o sorteio aleatório. Utilizou-se o Roteiro de Entrevista Semi-estruturada e a Análise de Conteúdo Temático para a coleta e tratamento dos dados. Os dados sugerem que os preceptores não estão desenvolvendo, planejando e protagonizando um trabalho que venha a contribuir para um processo ensino-aprendizagem condizente com uma formação profissional voltada aos objetivos propostos pela Residência Multiprofissional. Isto pode estar acontecendo devido à falta de participação mais efetiva dos preceptores na construção e discussão do projeto Político Pedagógico do curso; pela organização do trabalho que se desenvolve distanciada do molde multiprofissional assim como pela inexistência e fragmentação do planejamento das atividades de ensino. Referências social equip e coletividad e humanização Descritores Saúde; Educação; Trabalho residência. multip rofissional interdisciplina ridade 1 CECCIM, Ricardo Burg; FEUERWERKER, Laura C. M. O Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: Ensino, Gestão, Atenção e Controle Social. In: PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14(1):41- 65, 2004. 2 SANTOS, Fernanda Almeida dos. Análise crítica dos Projetos Político-pedagógicos de dois Programas de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. Dissertação em maio de 2010. ENSP/ Fiocruz. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 235 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE - EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS Danielle Martins Otto, Jamile Dutra Correia, Juliana Haase Buarque, Adriana Torres de Lemos, Aline Correa Souza Resumo Introdução: A educação em saúde é uma maneira de levar os indivíduos a refletirem sobre suas ações com base em sua realidade, fazendo com que haja um empoderamento da sociedade e maior participação social.1 Como uma maneira de favorecer essas ações, os Ministérios da Saúde e da Educação instituíram o Programa Saúde na Escola (PSE), uma política intersetorial por meio do Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 20072 na perspectiva da prevenção, promoção e atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e adultos jovens do ensino público básico. Objetivo: Descrever a experiência de profissionais residentes no desenvolvimento de atividades de educação em saúde com escolares. Metodologia: Estudo qualitativo observacional desenvolvido por residentes multiprofissionais, no qual foram realizadas atividades de educação em saúde em uma escola de ensino fundamental com alunos de 5 a 18 anos. Resultados e discussão: Abordaram-se assuntos como carreira profissional, higiene pessoal, educação nutricional e meio ambiente com escolares da educação infantil e 1º ciclo do ensino fundamental. Foram realizadas atividades sobre drogadição e sexualidade com alunos do 2º e 3º ciclos. As ações aconteceram no ambiente escolar e observou-se que a composição multiprofissional da equipe de residentes possibilitou uma abordagem ampliada dos temas. Considerações Finais: Foi possível atuar na atenção primária, promovendo a educação em saúde e favorecendo a prevenção e o cuidado, formando atitudes e valores beneficiando a qualidade de vida. Referências 1 Ruiz, VR, Lima, AR, Machado, AL. Educação em saúde para portadores de doença mental: relato de experiência. Rev Esc Enferm USP, 2004: 38 (2):190-6 [Internet]. Disponível em: www.ee.usp.br/ reeusp/upload/pdf/111.pdf. Acesso em: 20 de Janeiro de 2015. 2. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº. 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Brasília: Casa Civil, 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6286.html. Acesso em: 22 de Janeiro de 2015. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Educação em saúde; Saúde escolar; Promoção da saúde. Contato: [email protected] 236 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RECONSTRUINDO OS OLHARES SOBRE O TERRITÓRIO: O PLANEJAMENTO EM SAÚDE E A RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA Thaís Silveira Barcelos, Ariane Silva, Gisele Lautert, Mayara Schimidt Resumo Introdução: Avançamos e conquistamos muito desde o Movimento da Reforma Sanitarista, porém apesar destas vitórias o Sistema Único de Saúde ainda encontra-se centrado no modelo biomédico. Nessa perspectiva, as questões de saúde ficam alojadas prioritariamente na lógica preventivista de doenças e agravos e recuperação da saúde, negando os outros campos do modelo de atendimento integral à saúde dos usuários. Para desconsolidar essa prática, é necessário levarmos em conta os determinantes sociais da saúde dos sujeitos, suas subjetividades, seja individual ou coletiva, entre outros fatores relevantes a condição da vida destes usuários. Para repensar o modelo de saúde em que fomos formados, educados e que ajudamos a construir, é imprescindível lançarmos novos olhares ao território de nossas práticas em saúde. A Territorialização é o caminho para fazer o reconhecimento do território vivo com vistas à organização do processo de trabalho, no entanto, os olhares sobre o território tem se limitado apenas a descrever o perfil epidemiológico da área de responsabilidade sanitária das equipes de saúde. A Territorialização aproxima o profissional da saúde da família da realidade em que atuarão, podendo, propiciar ações mais pertinentes às necessidades do território e, como consequência, das necessidades do usuário, aproximando os sujeitos, criando vínculos entre profissionais e comunidade, trazendo novas compreensões sobre o usuário a partir do seu contexto. Objetivo: relatar a experiência sobre a Territorialização do município de atuação das Residentes Multiprofissionais em Saúde da Família e Atenção Básica que ocorreu entre abril a agosto de 2015. Metodologia: foi realizado um estudo descritivo, com análise crítica da experiência no reconhecimento do ambiente, da população e da dinâmica social da área. O município de Santa Catarina territorializado conta com quatorze estratégias de saúde da família e todas elas participaram do processo. Foram criados e utilizados alguns instrumentos para operacionalização da Territorialização, como o registro em diário de campo, fotos, ficha documental do território observado, sistematização de experiências da Estratégia da Saúde da Família, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e das Residentes Multiprofissionais. Resultados: a consolidação das informações colhidas através desses instrumentos permitiu conhecermos a realidade das condições de vida das famílias cadastradas e do ambiente onde vivem; tanto individual quanto coletivamente. Verificamos assim, através desses novos olhares sobre este território as dificuldades para concretude dos dados das famílias cadastradas, bem como a irrealidade dos dados apresentados como oficiais ao Ministério da Saúde, as diferentes percepções das estratégias da saúde da família sobre seu território, e ainda, novas possibilidades de atuação com a comunidade sobre saúde que não precisam estar permeadas pelo caráter preventivista e biomédico, mesmo que ainda muitos profissionais remetem seu olhar e atuação sobre essa perspectiva (doenças crônicas, com predominância da hipertensão arterial, diabetes e ainda uso irracional de medicamentos). Conclusão: verificamos através da coleta de informações e dos diversos olhares das variadas categorias profissionais envolvidas neste processo que o maior problema identificado durante a Territorialização está relacionado à desigualdade social. Podemos destacar que apesar de ser uma cidade turística, a população desconhece em sua maioria as áreas de invasão, tráfico de drogas, as violência veladas, a invisibilidade dos imigrantes haitianos entre outros agravos. Com base no conhecimento prévio do território, torna-se possível a elaboração de um plano de atenção à saúde coletiva que atenda às necessidades específicas dos usuários cadastrados no território de abrangência. 237 equip e coletividad e humanização social equip e coletividad e humanização V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. educ açoã multip rofissional interdisciplina ridade Contato: [email protected] social Descritores Territorialização; Residência Multiprofissional em Saúde da Família; Atenção Básica; Planejamento em saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 CAMPOS, G.W.S.; DOMITTI, A.C. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, RJ. 2007. P. 399-406. 2 GONDIM, G.M. et al. O território da Saúde: a organização dos sistemas de saúde e a territorialização. In. MIRANDA. A. C.; BARCELLOS, C.; MOREIRA, J. C.; MONKEN, M. (Org). Território, Ambiente e Saúde. 1 ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008, p. 237 – 255. 3 PEREIRA, Martha Priscila Bezerra. BARCELLOS, Christovam. O território no Programa de Saúde da Família. In. Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde. Hygeia, jun 2006. P. 47 – 55. 4 ROSELLINE, Ana Paula Lombardi; CARMO, A. P. V; SOUZA, P. R. P.; SAITO. X. S. Territorialização: base para organização e planejamento em saúde. In. OHARA, E. C. C; SAITO, R. X. S. (Orgs). Saúde da Família: Considerações Teóricas e aplicabilidade. São Paulo: Martinari, 2007. p.387-398. educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde REESTRUTURAÇÃO DO GRUPO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GESTANTES PELA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA Larissa Boing, Nadia Rafaela dos Santos, Michele Jacowski, Jessica Albino, Doroteia Aparecida Höfelmann Resumo Introdução: A gestação é uma fase de mudanças, que vão além das físicas e hormonais, pois o nascimento de uma criança é também o nascimento de uma mãe. É uma etapa de transição existencial, em que a ansiedade e os medos estão à flor da pele e ocorre uma adaptação e reorganização da vida da mulher. O grupo de gestantes é importante nessa fase, pois promove a compreensão do processo de gestação, a partir do intercâmbio de experiências e conhecimentos entre a família e os profissionais de saúde, proporcionando um pré-natal de maior qualidade, vindo ao encontro com o que preza a Estratégia Saúde da Família. Objetivo: Relatar a experiência de reorganização de um grupo de gestantes de uma Unidade Estratégia Saúde da Família (USF). Metodologia: O grupo de gestantes já era promovido pelos funcionários da USF, após a inserção da Residência Multiprofissional em Saúde da Família passou a ter uma visão ampla e dinâmica, uma vez que somou a equipe profissionais de outras categorias, como nutrição e farmácia, e o apoio de terapeuta ocupacional, odontólogo e psicólogo trabalhando de forma interprofissional, com um maior leque de temas a serem abordados. O grupo acontecia esporadicamente e a divulgação era realizada pelos agentes comunitários de saúde, participando em média 5 gestantes. Resultados: Com a reorganização, os encontros passaram a ser mensais e a divulgação por fixação de cartazes informativos, convites via telefonema e mensagem de texto para as gestantes, bem como a criação de um calendário anual anexado em todas as carteirinhas. Além disso, são oferecidos lanches saudáveis para promoção de melhores hábitos de vida, e realizados sorteios de brindes, fraldas e enxovais que são possíveis com o auxílio de doações, passando a contar com uma média de 15 gestantes. Discussão: A partir das mudanças realizadas, o grupo tornou-se um espaço privilegiado de troca de conhecimento e experiências, apoio emocional, de formação de vínculos entre a família e os profissionais, uma vez que eram convidados os acompanhantes para participarem desde momento de confraternização. Conclusão: Os encontros tornaram-se um espaço terapêutico, onde as gestantes podem compartilhar seus sentimentos e relatam ter repensado sobre sua percepção de saúde, refletindo sobre seu auto-cuidado. Considerações Finais: Uma vez inseridas nessas atividades em grupo as gestantes referiram estar mais tranquilas, seguras e autoconfiantes, contando com um espaço onde podem compartilhar seus sentimentos. Contato: [email protected] 238 equip e coletividad e humanização social Descritores Educação em saúde; Saúde da família; Residência multiprofissional. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 FIGUEIREDO EN de. A Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica do SUS. UNA-SUS, UNIFESP. 2 MOREIRA CT, MACHADO MFA, BECKER SLM. Educação em saúde a gestantes utilizando a estratégia grupo. Ver. RENE. Fortaleza, 2007, set/dez; 8(3):107-116. 3 SARMENTO R, SETÚBAL MSV. Abordagem psicológica em obstetrícia: Aspectos emocionais da gravidez, parto e puerpério. Ver. Ciênc. Méd., 2003, jul/set; 12(3):261-268. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ALUNOS DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) Luan Augusto Alves Garcia, Nathália Moreira Albino, Letícia Andrade Silva, Isabel Aparecida Porcatti de Walsh Resumo Descritores Educação; Educação em saúde. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Referências 1 Berbel DB, Rigolin CCD. Educação e promoção da saúde através de campanhas públicas. Rev Bras Cien Tel e Soc 2011 jun; 2(1): 25-38. 2 Colavitto NB, Arruda ALMM. Educação de Jovens e Adultos (EJA): a importância da alfabetização. Rev Eletro Sab Edu 2014 mai; 5(1): 15-40. multip rofissional interdisciplina ridade Introdução: a educação em saúde cada vez mais tem sido utilizada como metodologia estratégica de ações de promoção em saúde com a finalidade de formar e desenvolver a consciência crítica dos indivíduos com vistas à estimulação da busca de soluções coletivas para os problemas vivenciados e um maior empoderamento no controle social das ações de saúde através da transformação de sua realidade cotidiana, permitindo assim a consolidação dos princípios e diretrizes do SUS. Objetivo: relatar a percepção inicial acerca da satisfação e participação dos alunos participantes do projeto de extensão de educação em saúde realizado por uma equipe de residência multiprofissional em um programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Metodologia: os encontros ocorrem duas vezes ao mês com duas turmas do programa EJA em horário de aula dos mesmos. Os temas são trabalhados por meio de metodologia expositiva e realização de debates e dinâmicas. Inicialmente foi realizado um encontro para apresentação da proposta de trabalho, acolhimento das sugestões e realização de dinâmica para que eles escolhessem os temas a serem trabalhados. Resultados: através da escolha por votação secreta os alunos optaram por vários temas, sendo os mais votados e escolhidos para os encontros: funcionamento da rede de atenção à saúde do SUS, cuidados com a coluna vertebral, atividade física, doenças sexualmente transmissíveis, drogas, saúde da mulher (Outubro Rosa), saúde do homem (Novembro Azul). Segundo relatos verbais dos alunos e funcionários da escola, tem sido positivo o trabalho até então realizado, permitindo um espaço para troca de informações e sanar dúvidas em relação à saúde e funcionamento da rede de atenção à saúde SUS. Discussão: estudos apontam que todo cenário ao qual o indivíduo se relaciona serve como ambiente para realizar a educação em saúde e a escola pode ser um destes espaços. Cada vez mais os profissionais de saúde têm reconhecido o papel e valor desta estratégia como ferramenta de promoção à saúde. É neste contexto que a Educação Popular em Saúde surge com uma proposta que não visa somente a atualização e transmissão de novos conhecimentos, mas orienta a sua ação em direção à mobilização do potencial criativo dos sujeitos à busca de um fazer diferente, criativo e inovador/transformador, capaz de operar novos saberes/conhecimentos no cotidiano de trabalho elaborados no coletivo. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 239 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde RELATO DE EXPERIÊNCIA: VISITAS DOMICILIARES MULTIPROFISSIONAIS NA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE Letícia Andrade Silva, Nathália Moreira Albino, Luan Augusto Alves Garcia, Marina Pereira Resende Resumo Introdução: a visita domiciliar na Atenção Primária à Saúde é uma estratégia de promoção, prevenção, cura e reabilitação, um meio de intervenção para concretizar os princípios do SUS da universalidade e integralidade ao indivíduo e sua família. A equipe multiprofissional se faz presente neste trabalho para abordar os diversos problemas que interferem na saúde dessa população. Objetivo: relatar a experiência das visitas domiciliares de uma equipe de Residência Multiprofissional em Saúde (RIMS) junto com os profissionais de uma Unidade Matricial de Saúde (UMS). Metodologia: as visitas são feitas diariamente nos domicílios das famílias cadastradas pelos agentes comunitários de saúde (ACS), de abrangência da UMS, sendo que cada família recebe em média uma visita por mês. Dentre os profissionais que podem estar presentes, enfermeiro, médico, técnico de enfermagem, dentista, assistente social, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, biomédico, profissional de educação física e o próprio ACS responsável pela família visitada. Podem acontecer várias visitas com diferentes profissionais conforme a necessidade identificada por estes ou pelo ACS. São realizadas avaliações, observações, orientações, atendimentos, dentre outras condutas pertinentes a cada caso. Resultados: segundo os relatos verbais das famílias visitadas e dos profissionais, tem sido positiva a visita domiciliar multiprofissional pelo fato de detectar um maior número de demandas e realizar orientação destas com uma assistência que visa o indivíduo como um todo. Discussão: a importância de um trabalho multiprofissional é justamente poder contribuir com o indivíduo e família de forma integral e humanizada. A intervenção é feita nos aspectos individuais apresentados diante do contexto familiar, gerando alta resolutividade e melhoria do trabalho prestado. Considerações Finais: além da melhoria da assistência prestada aos indivíduos, a visita domiciliar proporciona interação entre as equipes e troca de conhecimentos entre às diversas áreas, enriquecendo o trabalho num todo. Contato: [email protected] 240 equip e coletividad e humanização social Descritores Visita domiciliar; Equipe de assistência ao paciente; Atenção primária à saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Robélia CGR, Gessica PCT, Maria Valquíria MS. Integração no cuidado à saúde em visita domiciliar compartilhada: relato de residentes multiprofissionais em saúde da família. 11º Congresso Internacional da Rede Unida; 10-13 Abril, 2014; Centro de eventos do Ceará; Fortaleza: Suplemento Revista Interface - Comunicação, Saúde, Educação ISSN 1807-5762; 2014. Disponível em: http://conferencias. redeunida.org.br/ocs/index.php/redeunida/RU11/paper/view/4584. 2 Pauline FW, Adriella Camila GFSFS, Rafaela KS, Rosalba VSA, Rafael GD. A Importância de diferentes Profissionais na Residência Multiprofissional em Saúde da Família. 2º Congresso Paranaense de Saúde Pública; 14-16 Agosto, 2014; Curitiba-PR. Disponível em: http://inesco.org.br/conferencias/ index.php/2congresso/2cpsp/paper/view/408. 3 Ionara FSG, Carla PT. Visita domiciliar: um instrumento de intervenção. Sociedade em Debate [Internet]. Jan-Jun 2009; 15(1): 165-178. Disponível em: http://www.rsd.ucpel.tche.br/index.php/rsd/ article/view/365/837. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE E INTEGRALIDADE: O RELATO DO SERVIÇO SOCIAL Tuane Vieira Devit, Lani Brito Fagundes, Rosana Maria de Lima, Xênia Maria Tamborena Barros, Jaqueline Lima, Vera Celina Candido de Farias Resumo Introdução: A Residência Multiprofissional Integrada em Saúde (RIMS) configura-se como uma modalidade de pós-graduação lato sensu, caracterizada pelo ensino em serviço. O programa tem como objetivo especializar profissionais para que atuem em equipes de saúde de forma multidisciplinar. Nesse contexto, a inserção do Serviço Social em uma unidade de emergência de alta complexidade contribui diretamente para a integralidade e intersetorialidade¹ no cuidado ao paciente. Objetivo: Analisar a contribuição do Serviço Social a partir do programa da RIMS, no campo de concentração Adulto Crítico, em relação à integralidade e intersetorialidade no cuidado ao paciente. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência realizado por quatro assistentes sociais, uma residente e uma estagiária em serviço social que atuam na emergência de um hospital universitário, situado no município de Porto Alegre, entre março e agosto de 2015. Resultados e discussão: Por meio da inclusão da RIMS, a intervenção do Serviço Social focada no conceito ampliado de saúde² potencializa a dinâmica multiprofissional e constrói possibilidades de articulação com o território no qual o paciente convive. Neste contexto, a participação desta equipe nas reuniões de rede intersetorial dos territórios permitiu uma extensão do cuidado, para além da atenção hospitalar. Esta estratégia vem potencializando e qualificando as ações dos serviços, integrando políticas de atenção básica à saúde, assistência social, educação, direitos humanos, entre outras, com vistas ao cuidado integral ao indivíduo. Além disso, as articulações em rede contribuíram para um maior enriquecimento de informações e conhecimentos profissionais, compartilhados com a rede inter e intrasetorial. Considerações Finais: Espera-se que este trabalho corrobore com as estratégias de intervenção multiprofissional. Compreende-se que as ações realizadas são de fundamental importância para a qualidade do atendimento prestado aos usuários dos serviços. Referências 1 Inojosa RM. Sinergia em políticas e serviços públicos: desenvolvimento social com intersetorialidade. Cadernos FUNDAP. 2001;22:102-10. 2 Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS: clínica ampliada e compartilhada. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Integralidade em saúde; Ação intersetorial. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 241 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL ENQUANTO ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO E DEFESA DO SUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Fernanda Marques de Sousa, Thayana Rose da Araújo Dantas, Ana Izabel Lopes Cunha, Carla Alves Gomes, Júllia Santos de Souza , Adriana Gomes Cesar Carvalho, Aran Rolim Mendes de Almeida Resumo Introdução: A residência multiprofissional em saúde tem como proposta capacitar profissionais na promoção de atributos que subsidiam o exercício profissional com excelência, vislumbrando o cuidado integral à saúde1. Objetivo: Explanar sobre a potencialidade das propostas da residência multiprofissional enquanto estratégia de fortalecimento do SUS, considerando a experiência de residentes multiprofissionais inseridos em Unidades de Terapia Intensiva - UTI’s. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência referente à vivência multiprofissional de residentes com ênfase na Atenção ao Paciente Crítico em UTI’s, no período de março de 2014 a agosto de 2015. Resultados e discussão: A Residência Multiprofissional em Saúde Hospitalar conta com nove categorias profissionais: enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição, psicologia, odontologia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e serviço social. As quais são divididas em três ênfases: Atenção à Saúde do Idoso, Criança e Adolescente e Paciente Crítico. No programa são desenvolvidas ações que fomentam a reflexão político crítica e interdisciplinar das práticas em saúde, destacam-se: Projeto Terapêutico Singular- PTS, Visita Multiprofissional, Interconsulta e Acolhimento. Essas ferramentas são preconizadas pela Política Nacional de Humanização-PNH², a qual busca efetivar os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde. Contudo, a prática interdisciplinar, vislumbrando o atendimento integral, ainda se encontra fragilizada. Nesse sentido, a residência pode ser entendida como mecanismo de formação de recursos humanos capacitados ao trabalho no SUS ao passo que contribui para seu processo de implementação. Ainda destaca-se a residência enquanto espaço de resistência e defesa dos direitos sociais de acesso à saúde, visto o contexto de privatização e sucateamento do SUS. Considerações Finais: Pretendeu-se discorrer a respeito das ações desenvolvidas por residentes de um programa de residência multiprofissional, no vislumbre à efetivação do princípio da integralidade. Tratou-se ainda sobre a importância da residência no tocante à defesa do SUS, tendo em vista a conjuntura adversa a implementação do sistema e do quão significativa é a proposta de formação de profissionais capacitados ao trabalho no sistema de saúde público. Unidade de Terapia Intensiva; Sistema Único de Saúde; Humanização da assistência. Contato: [email protected] 242 equip e coletividad e humanização social Descritores multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Brasil. Universidade Federal da Paraíba. Resolução Nº 19/2013. Aprova a criação do programa de pós graduação lato sensu, na modalidade residência, denominado Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Hospitalar. João Pessoa, PB, 09 de Abril de 2013. 2 Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Brasília ? DF 2013. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf. Acessado em: 02 de novembro de 2015. educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: UM PROCESSO DE FORMAÇÃO AINDA EM CONSTRUÇÃO Adriano Tusi Barcelos, Gabriela Curbeti Becker, Bruna Lima Selau, Lauren Affonso Perdigão, Loredana Amaral Marzochella, Letícia Dione Caruccio, Larissa Edom Bandeira Resumo Introdução: A preocupação com a preparação profissional daqueles que cuidam da saúde da população é uma constante na história da humanidade. Após a regulamentação da Residência Multiprofissional em Saúde, muitos estudos trazem diferentes denominações sobre os profissionais que são responsáveis pela formação dos residentes, entre os quais, preceptor, supervisor, e tutor.¹ A partir das experiências vividas ao longo do primeiro ano de residência, identificou-se que os diferentes atores envolvidos na residência possuem diferentes concepções acerca dos papéis a serem desenvolvidos na prática do ensino em serviço. Como consequencia disso, perceberam-se obstáculos no desenvolvimento de uma comunicação efetiva e a partir das dificuldades encontradas, buscou-se através da execução de um projeto, contribuir para a qualificação de todos os profissionais envolvidos. Objetivo: Uniformizar as concepções acerca dos papéis desempenhados pelos profissionais e dos conceitos envolvidos na Residência Multiprofissional em Saúde, além de promover atualizações periódicas dos residentes, preceptores e tutores, buscando oferecer subsídios para melhor fundamentar a formação desses profissionais. Metodologia: Relato de experiência. Resultados e discussão: A proposta de colocar esse projeto em prática foi discutida entre os atores envolvidos de um campo da residência. Após diversas discussões, o projeto foi construído e está sendo colocado em prática. Em um primeiro momento abordamos o tema: Contextualização da Residência Multiprofissional em Saúde - aspectos históricos, conceitos fundamentais, papéis e funções desempenhados pelos profissionais envolvidos nesse contexto. O encontro proporcionou desvendar dúvidas que a residência multiprofissional ainda nos traz, além de gerar reflexões importantes para a atuação dos diferentes atores. Considerações Finais: Um dos grandes obstáculos em se trabalhar interdisciplinarmente está nas dificuldades de comunicação, assim constatou-se muitas falhas entre os atores envolvidos. Infelizmente, a compreensão dos conceitos, dos papéis, funções, do planejamento, das execuções, são pouco discutidas entre os profissionais, e a residência muitas vezes é incompreendida pelos mesmos. Portanto, buscou-se solucionar problemas que são constantemente apreendidos, com a proposta de melhorar a comunicação e facilitar o entendimento de todos sobre o contexto da Residência. social equip e coletividad e humanização Descritores Educação em saúde; Gestão em saúde. multip rofissional interdisciplina ridade Referências 1 Botti SHO, Rego S. Preceptor, Supervisor, Tutor e Mentor: quais são seus papéis? Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 32, n. 3, p. 363-373, 2008. Disponível em: http://www.scielo. br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 55022008000300011. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 243 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE USO DE ÁLCOOL NA GESTAÇÃO Rayssa Matos Teixeira, Soraia Kessia de Araújo Silva, Kamille Lima de Alcântara, Larissa Ludmila Monteiro de Souza Brito, Emilia Cristina Carvalho Rocha Caminha, Viviane Josiane de Mesquita, Fernanda Cavalcante Fontenele Resumo Introdução: O uso e abuso de drogas na gestação se tornou, nas duas últimas décadas, um problema de saúde pública mundial. Vários estudos têm demonstrado desfechos perinatais e neonatais desfavoráveis em gestantes usuárias de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas. Objetivo: Objetivou-se descrever os riscos do uso de álcool durante a gestação e quais questões estão envolvidas no abuso desta substância por essas mulheres grávidas. Metodologia: Foi realizado uma busca em duas bases de dados, com os descritores “álcool” e “gestação”, dos últimos 5 anos, indexados e que enquadra-se no escopo da pesquisa. Resultados: obtivemos 9 trabalhos na temática. As complicações são diversas, pode ocorrer aborto, prematuridade e natimorto. Quando nasce pode ocorrer muitas alterações chamada de Síndrome Alcoólica Fetal- SAF. Dentro do tema visualizamos motivos que levam este público a fazer ingestão de álcool, como desconhecimento do malefício, cultural, socioeconômico e fuga da realidade. Discussão: Os autores trazem os possíveis riscos, e muitos apontam que o pré-natal pode-se ser eficaz para melhor orientação destas gestantes quanto ao uso de álcool nesse período, citando que o governo deveria investir mais na publicidade deste assunto. Considerações Finais: Concluímos que se necessita de intervenções e campanhas maiores sobre os riscos do uso de álcool na gestação, e que o pré-natal é uma ótima ferramenta para fazer esta orientação. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade 1 Melo V. H., Botelho A. P. M., Maia M. M. M., CorreaJúnior M. D., Pinto J. A.. Uso de drogas ilícitas por gestantes infectadas pelo HIV. Rev Bras Ginecol Obstet. 2014; 36(12):555-61. 2 SOUZA L. H. R. F. de, SANTOS M. C. dos, OLIVEIRA L. C. M. de. Padrão do consumo de álcool em gestantes atendidas em um hospital público universitário e fatores de risco associados. Rev Bras Ginecol Obstet. 2012; 34(7):296-303. 3 COSTA T. S., VASCONCELOS T. C., SOUSA, L. B. de, BEZERRA, C. P., MIRANDA, F. A. N. de, ALVES, S. G. de S. Percepções de adolescentes grávidas acerca do consumo de álcool durante o período gestacional. SMAD 2010, v. 6, n. 1, artigo 02. www.eerp.usp.br/resmad. Contato: [email protected] 244 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 REVITALIZAÇÃO DO HORTO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA CRUZEIRO DO SUL, PORTO ALEGRE, REALIZADO PELOS PROFISSIONAIS RESIDENTES DA RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM SÁUDE COLETIVA - EDUCASAÚDE - UFRGS Regina Pedroso Resumo Descritores Educação em saúde. Contato: [email protected] equip e coletividad e humanização social Referências 1 Neves CAB. MANUAL DE PRÁTICAS DA ATENÇÃO BÁSICA. SAÚDE AMPLIADA E COMPARTILHADA. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(4):817-821, abr, 2011. Campos GWS, Guerrero AVP, organizadores. 2a Ed. São Paulo: Editora Hucitec; 2010. 411 pp. multip rofissional interdisciplina ridade A Residência Integrada Multiprofissional em Saúde Coletiva é uma modalidade de Pós Graduação inovadora oferecida pelo EducaSaúde e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), através da educação em serviço voltada a diversas categorias profissionais de interesse em Saúde Coletiva. O programa atende prioritariamente ao Sistema Único de Saúde, tendo inicialmente sua atuação na Atenção Básica do Distrito de Saúde de Porto Alegre Glória/Cruzeiro/Cristal (CGG). O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do projeto de revitalização do Horto Comunitário de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) localizada na Zona Sul do município de Porto Alegre, realizada pelos residentes deste programa que lá estão desempenhando suas atividades. O Horto Comunitário desta ESF foi constituído logo após a construção da sua nova sede em 2007, com o apoio de Projetos de Extensão da UFRGS, Centro Agrícola Demonstrativo (CAD) do município e comunidade. O propósito inicial deste horto foi envolver a população em geral na construção e manutenção do mesmo, a fim de proporcionar práticas alternativas de qualidade de vida e troca de saberes. Após anos de contribuição contínua da comunidade, houve uma desmotivação dos atores envolvidos e este espaço foi se esvaziando aos poucos, sem motivo aparente. Visto a importância do trabalho em saúde comunitária e seus movimentos, consideramos toda atuação direta no território uma ação potente de redução de danos aos sujeitos e seus modos de vida, além de forte influenciador político à população (Neves, 2011). Por isso, a revitalização e reativação deste espaço foi um dos principais objetos de atuação escolhidos pelos residentes da Unidade, uma Sanitarista e uma Bióloga. Através da busca de parceiros como CAD e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), concretizamos a troca de experiências com outras comunidades, obtivemos ferramentas e novas mudas para plantio e realizamos ainda um brechó para obtenção de verba a ser revertida para o horto. Até o momento houve um grande envolvimento dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nestas ações, por isso almejamos também a participação destes profissionais em oficinas sem custo, voltadas ao tema. V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 245 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde RODA DE TERREIRO: NO MOVIMENTO DA RODA, CONVERSANDO SOBRE HANSENÍASE Bianca Waylla Ribeiro Dionisio Resumo Introdução: A hanseníase traz a marca do preconceito e discriminação¹, com isso é essencial à detecção precoce e a elaboração de metodologias que ampliem educação em saúde. A roda, espaço de fortalecimento da autonomia dos sujeitos e dos coletivos² surge como potencialidade neste processo. Destacamos aqui a roda de quarteirão, desdobrada do círculo de cultura proposto por Paulo Freire, de estímulo à integração, reflexão sobre as necessidades comuns para a transformação da realidade. Objetivo: Relatar uma experiência de educação em saúde através da roda de terreiro, que proporciona o diálogo crítico-reflexivo e uma aprendizagem significativa. Metodologia: A experiência foi desenvolvida na zona rural, área adscrita de um Centro de Saúde da Família no mês de julho de 2015. A temática surgiu da observação de casos na localidade, bem como do pouco conhecimento dos usuários acerca da doença. O termo roda de quarteirão foi adaptado para roda de terreiro, por não haver quarteirões na zona rural. Na delicadeza do encontro, a roda nasce debaixo de uma varanda acolhedora de pau a pique, onde as famílias se reuniram para conversar com o ACS e as Residentes em Saúde da Família (Enfermeira, Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional). Discussão: A princípio ficou nítido um estranhamento diante da experiência, mas o diálogo foi surgindo naturalmente, as perguntas geradoras produziram sentidos e trouxeram os saberes dos usuários. A partir desse explicávamos sobre a doença através do diálogo informal, textos e imagens. Considerações Finais: O preconceito e desconhecimento acerca da doença estavam presentes. Mas, ao final percebemos que esses conceitos foram ressignificados, através da abordagem interdisciplinar e multiprofissional, contemplando os aspectos sócio-epidemiológicos e culturais, unindo o empírico com científico reafirmando o quão é essencial à educação em saúde no incentivo ao autocuidado. Referências 1 Baialardi KS. O estigma da hanseníase: relato de uma experiência em grupo com pessoas portadoras. Hansenol. Int. [Online]. 2007 [acesso em 2015 ago 22]; 32(1):27-36.Disponível em: http://www.ilsl. br/revista/imageBank/301-862-1-PB.pdf. 2 Campos SWG. Um método para análise e co-gestão de coletivos: a construção do sujeito, a produção de um valor de uso e a democracia em instituições: O método da roda. Saão Paulo: Hucitec, 2000. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Educação em saúde; Hanseníase; Promoção da saúde. Contato: [email protected] 246 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 SERVIÇO SOCIAL: RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE E SEUS DESAFIOS Silvana Silva do Nascimento Resumo O presente estudo surge durante a vivência como Assistente Social integrante de Residência Multiprofissional em Saúde, quando nos deparamos com a necessidade em identificar como acontece o ingresso do Serviço Social nesse contexto. O Objetivo da pesquisa é contextualizar a inserção do Serviço Social em Residência em Saúde e alguns desafios vivenciados pelos profissionais. Quanto à Metodologia o estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratório de abordagem qualitativa. Os Resultados constataram que o Serviço Social, foi uma das primeiras profissões que demonstrou o interesse em intensificar sua formação considerando a reavaliação ética, a gestão democratizada dos serviços de saúde incorporando suas contribuições na prestação da assistência à saúde². Cabe destacar que com as mudanças propostas pelo projeto Neoliberal novas características foram impostas para as profissões que atuam na saúde dentre elas o Serviço Social². Diante da conjuntura de retrocesso dos direitos sociais, considera-se importante destacar que os assistentes sociais residentes em saúde, precisam ficar atentos quanto à defesa da identidade profissional³. As Considerações Finais apontam que a formação prática do residente de Serviço Social deve ser pautada na defesa da saúde como parte da democratização das relações entre Estado e sociedade, tendo como direção política a defesa da reforma sanitária e projeto ético-político do Serviço Social, pautando sua atuação sempre pautada no Código de Ética e da Lei que regulamenta a profissão. Referências 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 2 MOURÃO, Ana Maria A.; LIMA, Ana M.C. Amoroso; SOUZA, Auta I. Stephan; OLIVEIRA, Leda M. Leal de Oliveira. A Formação dos Trabalhadores Sociais no Contexto Neoliberal. O Projeto das Residências em Saúde da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora. In: Serviço Social e Saúde. Formação e trabalho profissional. 4ª Ed. São Paulo: Cortez; Brasília-DF: OPAS, OMS, Ministério da Saúde, 2009. 3 CFESS, Conselho Federal de Serviço Social. Parâmetros para atuação de Assistentes Sociais na Política de Saúde. 2010. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Saúde pública; Residência em saúde; Serviço social. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 247 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde TRABALHANDO COM IDOSOS: UMA EXPERIÊNCIA NA RESIDÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA Lilian Cristina Bittencourt de Souza, Ana Paula Loewe de Carvalho, Vanessa Sofiatti, Bibianna de Oliveira Pavim, Luciana Barcellos Teixeira Resumo Introdução: O envelhecimento da população está se tornando uma realidade cada vez mais acentuada e os problemas de saúde dos idosos desafiam os modelos tradicionais de cuidado. A partir dessa mudança do perfil demográfico e epidemiológico, as políticas públicas de saúde passaram a apontar diretrizes técnicas de atendimento global para idosos. Nesse sentido, há um grande esforço na construção de um modelo de atenção à saúde que priorize ações de melhoria da qualidade de vida e autonomia desta população específica¹. Objetivo: Este trabalho relata o envolvimento de residentes em saúde coletiva na ativação de um grupo de idosos e o desenvolvimento de ações que beneficiassem a saúde, proporcionassem vínculos e contribuíssem com o fortalecimento da autonomia e da cidadania dos mesmos. Metodologia: A ativação do grupo ocorreu através de convites dos residentes aos idosos na unidade de saúde e na comunidade. Foram desenvolvidas oficinas e atividades pelos residentes, de abril a setembro de 2015, com os seguintes temas: ambiente e compostagem; alimentação saudável; mandalas; festa julina; Roda de conversa sobre hábitos saudáveis e qualidade de vida. Resultados Preliminares: Os participantes do grupo passaram a expressar mais facilmente seus sentimentos demonstrando carinho e afeto, o que contribuiu para o fortalecimento dos vínculos entre todos os envolvidos (idosos, equipe e residentes). Observamos no grupo maior consciência ambiental, preocupação com o meio ambiente e com a organização e limpeza da comunidade, além da adoção de novos hábitos de saúde nas suas residências. Considerações Finais: Os serviços de saúde precisarão, nos próximos anos, se adequar cada vez mais para o atendimento aos idosos, principalmente no que tange à promoção da saúde. A participação de residentes em saúde coletiva em Unidades de Saúde da Família tem contribuído significativamente para ações que potencializem a longevidade com qualidade de vida, nessa perspectiva de promoção. Com iniciativas como esta, conseguimos atingir os objetivos propostos, contribuir para a integração comunidade-serviço. Referências social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade 1 Honório, Gesilani Júlia da Silva, et al. “Estratégias de promoção da saúde dos idosos no Brasil: um estudo bibliométrico.” Rev. enferm. UERJ 21.1 (2013): 121-126. Contato: [email protected] 248 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 TRABALHO MULTIPROFISSIONAL E EDUCAÇÃO EM SAÚDE John Lenon Ribeiro, Fernanda Manera, Guilherme Oneda, Patrícia Yumiko Murakami, Rafaeli de Souza, Cassio Murilo Ferreira Resumo Educação em Saúde é uma prática social, que contribui para o desenvolvimento da consciência crítica dos cidadãos a respeito de seus problemas de saúde, a partir da sua realidade, e estimula a busca de soluções e organização para a ação individual e coletiva (Fundação Nacional de Saúde, 2007, p.20). O trabalho na comunidade permite ao profissional da saúde conhecer a realidade e as potencialidades do meio, o que deve facilitar o trabalho no campo da educação em saúde. Com a chegada dos residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, da Universidade Federal do Paraná, em uma Unidade Estratégia Saúde da Família da região metropolitana de Curitiba/PR, deu-se início às ações de educação em saúde através de grupos destinados a pacientes com doenças crônicas e oficinas de corredor para gestantes. Dentro de uma abordagem multiprofissional, as três áreas profissionais que fazem parte da residência nesta unidade (Farmácia, Nutrição e Odontologia), promovem ações educativas, através de palestras, rodas de conversas e demonstrações práticas para os pacientes participantes de grupos. Um dos grupos é o HIPERDIA (Programa de Hipertensos e Diabéticos), que além da dispensação de medicamentos e da aferição da pressão e da glicemia capilar de todos os pacientes, é também realizado palestras informativas com temas pertinentes, como uso e armazenamento correto da insulina, mitos e verdades sobre a alimentação do paciente com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus e cuidados na higiene da prótese dentária – com o objetivo da manutenção, efetividade e segurança no tratamento destes pacientes. Além disso, automedicação na gestação, a importância do aleitamento materno e as doenças bucais mais comuns na gestação, são temas já abordados na Oficina de Gestante. Com estas ações de educação em saúde espera-se que os pacientes sejam sensibilizados e emponderados a respeito de seus problemas de saúde ou condição atual (caso da gestação), para que obtenham resultados mais efetivos e seguros quanto ao uso de medicamentos, uso de insulina, aleitamento materno, entre outros, contribuindo assim para uma melhoria na qualidade de vida desses indivíduos. Referências 1 Fundação Nacional de Saúde. Diretrizes de educação em saúde visando à promoção da saúde: documento base - documento I/Fundação Nacional de Saúde - Brasília: Funasa, 2007. 70 p. Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Educação em saúde; Doenças crônicas; Gestação. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 249 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde UNIDOS PELA ARTE DE CUIDAR: GRUPO DE APOIO À PACIENTES ONCOLÓGICOS UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA Maira Scaratti Resumo Cuidar de pacientes que enfrentam o câncer, em sua totalidade, é um desafio para todos os profissionais da saúde. Desta forma, os grupos de apoio, auxiliam durante o processo de tratamento e têm apresentado uma demanda crescente, que vêm se consolidando como uma modalidade de cuidado eficaz, pois são facilitadores no processo de educação, na qual a estratégia para a promoção da saúde, visa atuar sobre o conhecimento das pessoas, para que elas desenvolvam a capacidade de intervenção sobre suas vidas e o ambiente.¹ O objetivo é promover a assistência integral e humanizada ao paciente oncológico e a sua família, desenvolvendo ações de educação em saúde. O presente trabalho trata-se de um relato de experiência de um projeto de extensão, desenvolvido por profissionais da Residência Multiprofissional em Atenção ao Câncer, com pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico no serviço ambulatorial de um hospital de grande porte do norte do estado do Rio Grande do Sul. As atividades acontecem quinzenalmente, nas dependências desta instituição, durante uma hora. Em cada encontro é abordado uma temática ligada ao câncer a cargo de uma área da Residência Multiprofissional (enfermagem, nutrição, fisioterapia, fármacia). Ao longo do desenvolvimento deste projeto é possível observar que o grupo de apoio ao paciente oncológico é uma ferramenta de trabalho, na qual os profissionais ultrapassam barreiras e se mostram de uma maneira mais solícita. Também verifica-se que a ativa participação dos pacientes ao grupo, favorece o compartilhamento de experiências, sentimentos e dúvidas sobre doença e condutas terapêuticas, permitindo que os mesmos resgatem o controle sobre suas vidas e percam a posição de submissão frente aos profissionais de saúde, favorecendo a autonomia e a adoção de atitudes positivas diante das adversidades. Por fim, o grupo de apoio através de atividades educativas voltadas à reabilitação e ao tratamento oncológico, torna-se um espaço onde pacientes/ família encontram o suporte durante o tratamento e têm suas necessidades supridas na totalidade. Referências 1 VIEIRA, Carolina Pasquote; QUEIROZ, Marcos de Souza. Representações sociais sobre o câncer feminino: vivência e atuação profissional. Psicol. Soc. [online]. 2006, vol.18, n.1, p. 63-70. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Oncologia; Assistência integral à saúde; Grupo de apoio. Contato: 250 educ açoã V Encontro Nacional de Residências em Saúde O desafio da Interdisciplinariedade e a contribuição da Residência para a (re)afirmação do SUS Florianópolis | Santa Catarina | 2015 VIVENCIANDO O GRUPO DE ACOMPANHANTES EM UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA EM FORTALEZA/CE Lorena Loiola Batista, Talyta Reis Zambon, Analice Pereira Mota, Edilene Maria Vasconcelos Ribeiro, Ana Karla Batista Bezerra Zanella Resumo Introdução: A precariedade das condições técnicas, materiais e humanas presentes nas instituições de saúde dificulta um convívio harmonioso entre profissionais, acompanhantes e usuários. Pensando nisto, uma maternidade de referência em Fortaleza/CE iniciou em Dezembro de 2014 um grupo com os acompanhantes de suas pacientes internadas, visando a melhoria da qualidade do atendimento nas enfermarias, buscando entender as expectativas dos pacientes e acompanhantes. Objetivo: Relatar a experiência da implantação e execução de um grupo de acompanhantes em uma maternidade de referência na cidade de Fortaleza/CE. Metodologia: A realização do grupo se deu através de um trabalho multidisciplinar desenvolvido por meio de atividades socioeducativos e participativos com os acompanhantes das mulheres internadas, realizado uma vez por semana. Os principais temas abordados foram: os direitos e deveres dos acompanhantes; cartilha dos usuários do SUS; normas e rotinas hospitalares; temas relacionados à saúde, sentimentos referentes à vivência hospitalar e demais assuntos propostos a partir da demanda do grupo. Resultados e discussão: A presença do acompanhante ajuda à equipe a compreender o contexto de vida do paciente, possibilitando um diagnóstico mais abrangente; a aumentar a autonomia da pessoa doente e de seus cuidadores. Foi avaliado, através da fala dos participantes do grupo que os usuários apresentam interesse nas temáticas abordadas, de forma que estas contribuem no esclarecimento de suas dúvidas e como momento de desabafo. Tais experiências são potencializadas através da troca de experiências entre os participantes, do relato de vivências particulares. Alguns participantes colocaram os pontos que facilitam e que dificultam a permanência do acompanhante, o que se faz importante para a instituição no sentido de avaliar as condições ofertadas a esse cliente. Considerações Finais: O grupo dos acompanhantes busca também romper com a prerrogativa da atenção hospitalar exclusivamente curativa, alcançando além do paciente, as pessoas que fazem parte do seu circulo social. Referências 1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 2007. Humaniza SUS: visita aberta e direito a acompanhante. social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Descritores Acompanhantes formais em exames físicos; Direitos do paciente; Grupos de autoajuda. Contato: [email protected] V Encontro Nacional de Residências em Saúde - Florianópolis/Sc - vol. 1 - n.1 - Dez/2015. 251 educ açoã Eixo temático Resumos Trabalho e Educação em Saúde VIVENCIAS NA ATENÇÃO PRIMARIA: CONHECENDO A REDE INTERSETORIAL Bruna Lima Selau, Adriano Tusi Barcelos, Loredana Amaral Marzochella, Michele Cardoso Corrêa, Gabriela Curbeti Becker, Gabriela Alves Pereira, Nathalia Zinn de Souza Resumo Introdução: Muitos programas de residência, no âmbito hospitalar, ainda atuam apenas no atendimento de nível terciário, contrapondo o objetivo de formação mais amplo, foco dos Programas de Residências Multiprofissionais de Saúde no Brasil que tem por objetivo principal possibilitar tanto a formação de profissionais para o Sistema Único de Saúde (SUS) em todas suas esferas, quanto contribuir com a mudança tecnoassistencial do SUS.¹ Assim, é importante a realização de ações que possibilitem uma aproximação dos residentes com a atenção básica em saúde e com a gestão da saúde, além da inserção dos mesmos em atividades de promoção à saúde. Atividades intersetoriais contribuem com o processo de formação em serviço na perspectiva de ampliar os conhecimentos sobre a política de saúde, através de vivências em novos cenários de prática e de produção de saúde. Objetivo: Relatar a experiencia de residentes multiprofissionais atuantes em ambiente hospitalar , em uma determinada Gerência Distrital com ênfase na atenção básica, gestão da saúde, controle social e promoção da saúde. Metodologia: Relato de experiencia. Resultados e discussão: Dessa forma, um grupo de residentes teve a oportunidade de ampliar seu aprendizado através da participação e ações em Unidades de Saúde, atividades comunitárias, fóruns de gestão da gerência e no controle social. A proposta surgiu a partir da demanda dos residentes em atuar na perspectiva da integralidade em saúde, realizando ações em equipes interdisciplinares, matriciais e intersetoriais. Podendo assim, interligar a conceitos e atribuições da alta e baixa complexidade. Considerações Finais: Essa ação foi de suma importância, tendo em vista seu cunho inovador no processo de formação dos residentes que atuam em ambiente hospitalar, uma vez que tal área ainda se mostra pouco flexível para realização de ações intersetoriais que contribuam para o fortalecimento do conceito de saúde proposto pelo SUS e ampliação das práticas no cuidado em saúde. Portanto, potencialidades dessa experiência devem ser destacadas como a identificação de demandas de cada unidade, aproximação com a atenção primária, aproximação com a realidade dos usuários, além da possibilidade de atuar na prevenção e promoção de saúde. Referências 1 BRASIL. Residência Multiprofissional em Saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília, 2006. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/residencia_multiprofissional.pdf Descritores social equip e coletividad e humanização multip rofissional interdisciplina ridade Saúde pública; Atenção primária à saúde; Atenção terciária à saúde. Contato: [email protected] 252 educ açoã