Fisiologia Animal

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Fisiologia Animal
( Fisiologia do sistema nervoso de invertebrados)
Introdução:
O ouriço do mar é um representante pertencente à Classe Echinoidea do
Filo Equinodermata. Os equinóides são animais vágeis, desprovidos de
braços e com um corpo esférico ou secundariamente achatado.
Eles são caracterizados por apresentarem uma carapaça rígida constituída
de placas calcáreas fundidas, onde cada zona ambulacral e
interambulacral possui duas colunas verticais destas placas que vão se
curvando ao redor do corpo, a partir da boca e daí em sentido aboral. Essa
carapaça carrega pedicelárias e espinhos móveis com os quais algumas
espécies podem andar ou construir galerias; a outra forma é
desempenhada pelos pés tubulares que atravessam orifícios próprios nas
placas ambulacrais.
Nos equinodermos, o sistema ectoneural retém a posição epidérmica
primitiva e combina funções sensoriais e motoras. Um nervo radial estendese em direção às superfícies mais baixas de cada braço e há um anel
circum-oral.
Procedimento
Ouriço do mar
Reflexo espinhalar fraco
Colocar um ouriço em uma cuba com água do mar filtrada;
Observar o movimento de deslocamento do animal. Notar o movimento
dos espinhos, dos pés ambulacrais e das pedicelárias
Estimular levemente, com alfinete delicado, um ponto qualquer da
superfície do animal; observar o comportamento do animal;
Estimular outras regiões, como a zona interradial e a zona radial. Observar
novamente o comportamento do animal.
Reflexo de “morder” das pedicelárias
colocar um ouriço do mar em um recipiente com água do mar, tendo o
cuidade de mantê-lo com a região oral para cima;
estimular, com um fio de cabelo, a região das pedicelárias, ao redor da
boca do animal;
observar o comportamento destas pedicelárias, quando estimuladas pelo
fio de cabelo e quando este é puxado verticalmente.
Reflexos dos pés ambulacrais
colocar um ouriço do mar, numa cuba com água do mar e reconhecer as
regiões onde se localizam os pés ambulacrais;
estimular delicadamente a região da ampola do pé ambulacral. Observar
a movimentação deste;
estimular a região da epiderme numa região próxima a um rádio. Observar
as reações dos pés ambulacrais.
Resultados
Foi possível que o deslocamento do animal se dá de forma muito lenta. Os
pés ambulacrais se movimentam ativamente, porém de forma lenta, num
processo coordenado.
Quando efetuamos o estímulo com o fio de cabelo na região da boca do
ouriço do mar, o mesmo apresentou reação de irritabilidade e percebeu o
estímulo rapidamente.
Quando tocamos o fio de cabelo na região oral, próximo as pedicelárias, o
animal abriu a boca, tentanto capturar o fio de cabelo que se aproximava.
Podemos observar também os reflexos dos pés ambulacrais. Quando
estimulamos a região da ampola do pé ambulacral, ocorreu o reflexo de
retirada do pé ambulacral do ponto de estímulo que foi aplicado.
Ao se estimular a região próxima a um rádio foi visto que rapidamente
ocorreu o deslocamento dos rádios em direção ao ponto de estímulo.
Ao colocarmos o animal com a região oral para cima calculamos que em
aproximadamente 40 segundos ele conseguiu se virar para a posição
normal.
Conclusão
Através desse experimento foi possível notar que o sistema nervoso de
equinodermos é primitivo, não havendo uma organização da resposta
nervoso local tão fina, apurada.
O sistema nervoso é difuso, lento, porém capaz de perceber as mudanças
do ambiente e um estímulo quando aplicado.
Fisiologia do sistema nervoso de anelídeos
MATERIAIS E MÉTODOS
A – Dissecção do sistema nervoso de oligoquetos
1. Anestesiar uma minhoca com álcool 10%.
2. Colocá-la em placa com fundo de cera; fazer corte longitudinal mediano
desde a região anterior até a posterior.
3. Reconhecer os órgãos do animal, retirá-los e expor o cordão nervoso
ventral e identificar os gânglios supra e sub esofágicos. Manter a
preparação úmida com solução fisiológica.
B – Movimento de progressão e comportamento frente a estímulos
1. Verificar o comportamento de locomoção de uma minhoca intacta.
2. Estimular levemente a região anterior e observar novamente o seu
comportamento.
3. Estimular a região mediana do seu corpo e analisar as reações do animal.
4. Estimular mais intensamente qualquer região do animal e observar o seu
comportamento.
C – Comportamento do animal sem os gânglios supra esofágicos
1. Anestesiar a minhoca.
2. Colocá-la em placa com fundo de cera e cortar a região anterior dorsal.
3. Expor os gânglios supra esofágicos e retirá-los com auxílio de uma
tesoura de ponta bem fina.
4. Após cessada a anestesia, realizar o experimento B, comparando os
resultados.
RESULTADOS
Através da observação anatômica foi possível verificar os cordões nervosos e
o gânglios supra e sub esofágicos.
Foi observado que o movimento do animal é bem coordenado e aos
estimularmos com alfinetadas pela corpo o animal reagiu apresentando uma
ação reflexa, contraindo e afastando o corpo. Ao estimularmos mais
intensamente, foi notado que o animal reagiu mais ao estímulo, afastando
seu corpo rapidamente.
Após a retirada do gânglio supraesofágico, foi visto que a locomoção do
animal se deu de forma descoordenada e quando estimulado em algumas
regiões do corpo foi visto que os movimentos reflexos já não eram tão
rápidos.
QUESTÕES
1. Descreve o sistema nervoso de uma minhoca.
R.: O sistema nervoso é constituído de dois cordões ventrais nervosos estão
fundidos e encontram-se no interior das camadas musculares da parede do
corpo. O cérebro deslocou-se em direção posterior. As minhocas possuem
cinco fibras nervosas gigantescas, das quais três estão agrupadas no lado
mediano-dorsal e duas estão situadas na zona ventral mediana e estão
separadas. A fibra mediana dorsal descarrega-se por estimulação anterior e
as duas fibras dorsolaterais são descarregadas por estímulo posterior. Elas
fazem conexão, em cada gânglio, com neurônios motores gigantes que
inervam os músculos longitudinais. O gânglio subfaríngeo é o principal centro
de controle motor e dos reflexos vitais; com a remoção do cérebro, o controle
motor continua normalmente mas o verme perde a capacidade de
correlacionar seus movimentos com as condições externas.
2. Como se dá o movimento de rastejamento de uma minhoca?
R.: A locomoção de uma minhoca se dá por movimentos peristálticos. Esse
tipo de movimento ocorre com a contração da musculatura circular e o
conseqüente alongamento dos segmentos o que produz uma pulsação de
pressão do fluído celomático. As cerdas se estendem durante a contração
longitudinal e se retraem durante a contração circular.
3. O que é reflexo súbito? Como pode ser explicado?
R.: A contração pode iniciar-se indiretamente através dos arcos reflexos
(reflexo súbito) que envolvem os neurônios sensoriais na parede corporal.
Uma onda de contração muscular longitudinal exerce um puxão nos
segmentos seguintes. Esse puxão estimula aparentemente os neurônios
sensoriais dos segmentos seguintes, inicia-se uma ação reflexa que causa a
contração da camada muscular circular e o alongamento dos segmentos.
4.Qual o papel dos gânglios supra esofágicos no comportamento locomotor
de minhocas?
R.: Os gânglios supra esofágicos são o principal centro de controle motor e
de reflexos vitais, e domina os gânglios sucessores na cadeia. A relação dos
gânglios com o cérebro é conseqüentemente um pouco análoga à relação da
medula com os centros cerebrais mais altos dos vertebrados.
Bibliografia
Barnes, R. S. K., Calow, P. &Olive, P. J. W. Os invertebrados – Uma
nova síntese. Atheneu, São Paulo. 1995.
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