Texto Dramático

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Orientação para o Professor – Português – 8.o Ano do Ensino Fundamental
3)
TEXTO DRAMÁTICO
A unidade tem como objetivos levar os alunos a:
1)
4)
a) identificarem e analisarem os elementos do texto dramático; b)
redigirem um texto dramático.
Para o alcance desses objetivos foram desenvolvidas aulas de
interpretação de texto e de redação. Espera-se que esse conjunto
de atividades contribua para despertar o interesse dos alunos pela
leitura de textos dramáticos, bem como para começar a
desenvolver neles senso crítico estético e formal com respeito a
esse tipo de obra.
Com relação aos conteúdos gramaticais, neste bimestre os alunos
iniciam o estudo das orações subordinadas. Para introduzi-las
foram escolhidas as orações substantivas, pelos seguintes
motivos:
• elas se constituem nos exemplos mais evidentes de orações
subordinadas;
• exigem a retomada de conceitos ligados aos termos da oração,
há pouco estudados;
• apresentam uma estrutura de complexidade intermediária, se
comparadas às orações coordenadas e às orações subordinadas
adverbiais.
Nos exercícios, o(a) professor(a) pode perceber que não foi dada
ênfase, como ocorre tradicionalmente, à classificação das
orações. Maior importância foi conferida à redação e
transformação das orações e à identificação de sutis alterações de
sentido associadas a modificações na estrutura do período. Como
esses são os aspectos que garantem a aprendizagem da redação e
da interpretação de texto, objetivos principais do estudo da
língua neste estágio, recomenda-se que sejam os pontos mais
enfatizados nas aulas e nas avaliações.
5)
desenvolver atitude de interesse e respeito pelas vivências e
opiniões e pelos valores dos colegas;
estabelecer paralelo entre as próprias experiências e as dos
demais;
analisar e avaliar as vivências, sentimentos, sensações, pontos de
vista e valores a partir de um referencial ampliado pelo estudo
proposto, pelo conhecimento das experiências dos colegas, pelas
discussões e reflexões a respeito do assunto.
Os objetivos detalhados acima revelam que questões de resposta
pessoal, à primeira vista com importância menor do que todas as
outras que requerem respostas claramente pontuadas no “conteúdo
programático”, têm papel substantivo no processo educativo. Em
decorrência, exigem do(a) professor(a) tratamento muito hábil.
As recomendações apresentadas a seguir visam à criação de
condições favoráveis ao desenvolvimento dos objetivos.
PERGUNTAS DE RESPOSTA PESSOAL
A transmissão dos conhecimentos acumulados e o
desenvolvimento de habilidades, reconhecida função da escola, não se
esgotam em si. Os conhecimentos e as habilidades se revestem de valor
se representarem alguma transformação no indivíduo e na sociedade.
Afinal, educa-se para quê? De que servem os conhecimentos e as
habilidades se não resultarem em refinamento de sensibilidade, em
desenvolvimento de raciocínio, em superação de preconceitos, em
atuação que considere as leis naturais, a convivência social, as
diferenças culturais?
Ir além da transmissão de conteúdos e do desenvolvimento de
habilidades, ou seja, voltar-se para a finalidade última da educação,
requer estratégias cuidadosamente planejadas e atenção permanente
às mudanças que se evidenciam no decorrer do processo. Nas sequências de aprendizagem aqui propostas, fazem parte dessas estratégias as
perguntas cujas respostas são de cunho pessoal (indicadas no caderno
do professor como “resposta pessoal”).
As perguntas de resposta pessoal foram formuladas, na maior
parte das vezes, com um dos dois propósitos indicados a seguir:
• iniciar um assunto partindo do repertório prévio do aluno;
• fechar um assunto levando o aluno a refletir sobre sua vivência
a partir dos conhecimentos novos desenvolvidos durante o curso.
Espera-se que este tipo de perguntas, considerando-se a acuidade
possível e o nível de maturidade de cada faixa etária, leve o aluno a:
1) observar-se para identificar suas vivências, sentimentos,
sensações, pontos de vista e valores;
2) utilizar recursos expressivos da linguagem verbal e/ou não verbal
para transmitir o que foi capaz de identificar como experiência
pessoal;
I
1.
As questões, tal como formuladas e apresentadas em pontos
calculados da sequência de conteúdos, trazem indicadores do que
o aluno deve observar nas suas experiências para fornecer a
resposta. Cabe ao(à) professor(a) adotar uma postura frente à
classe que evidencie a importância deste tipo de questão como
atividade significativa de aprendizagem. É preciso ter em mente
que os alunos só creditarão importância às questões deste tipo se
o(a) professor(a) tratar a atividade como importante. Para isso,
deve orientar os alunos a:
a. refletirem antes de responder à questão;
b. responderem à questão com o mesmo empenho e cuidado
com que respondem a outros itens;
c. formularem a resposta de maneira completa, buscando
expressar-se com precisão.
2.
Para que se criem condições para o aluno repensar julgamentos,
superar preconceitos, enfim, reavaliar-se, é necessário o estabelecimento de um clima destituído de censura, a fim de que as
ideias, por medo ou vergonha, não sejam camufladas ou distorcidas para agradar aos demais, sobretudo ao(à) professor(a). A
criação dessas condições propícias à livre expressão requer que
o(a) professor(a):
a. converse com a classe a respeito de manifestações
inadequadas do grupo quando alguém emite uma opinião,
relata uma experiência, manifesta um sentimento etc.;
b. estabeleça um compromisso entre todos que implique atitude
de atenção e respeito às vivências alheias;
c. evite qualquer comentário, expressão, gesto, que represente
desaprovação, quando o aluno faz seu relato pessoal.
3.
Para propiciar uma mudança qualitativa, levar o aluno a
enriquecer ideias e reformular julgamentos, é necessário que o(a)
professor(a) atue como mediador do processo:
a. solicite exposição de argumentos para justificar opiniões e
julgamentos (Por que você pensa desta maneira? Este fato
não poderia ser visto de outra forma, por exemplo...? Você já
tentou se colocar no lugar desta pessoa, já se imaginou
vivendo esta situação, pode descobrir os motivos que levaram
a pessoa a agir desta maneira e não de outra?);
b. formule novas perguntas que possibilitem ao aluno refletir
sobre a diversidade de opiniões e valores (Por que alguns
pensam da maneira x e outros da maneira y? Por que este fato,
aspecto, é mais importante para uns e menos para outros? Por
que as famílias de alguns de nós valorizam mais algumas coisas e menos outras? As diferenças nos modos de pensar e de
sentir têm relação com a origem, nacionalidade, cultura,
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religião de cada um? Pode-se afirmar, em certos casos, que
existe o certo e o errado? etc.)
c. forneça evidências que levem o aluno a superar preconceitos
e julgamentos apressados, baseados em experiências isoladas
(Você acredita que pessoas com esta característica x sempre
ajam desta maneira? Segundo o relato de outros colegas, há
pessoas com esta característica x que têm um comportamento
diferente; você não teria baseado seu julgamento a partir do
conhecimento de uma única ou de poucas pessoas? O fato que
você relatou pode ocorrer desta forma, mas também pode
ocorrer de maneira diferente, por exemplo... etc.).
Estratégias:
• leia, junto com a classe, o texto e as informações que
antecedem cada exercício;
• peça, ao final da leitura de cada grupo de informações, para
que um aluno explique o que foi ensinado e faça uma síntese
para a classe;
• se necessário, dê explicações complementares;
• corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o
exercício seguinte;
• leia, junto com a classe, o item B;
• forneça explicações complementares, se necessário.
Ainda com relação a valores e julgamentos, é importante
considerar, na mediação exercida pelo(a) professor(a), que a escola
deve pautar-se:
CAPÍTULO 23
TEXTO DRAMÁTICO – PERSONAGENS
Objetivos:
• perceber a importância das personagens na estrutura do texto
dramático;
• identificar características de personagens através dos
diálogos;
• desenvolver diálogos a partir da caracterização de
personagens;
• caracterizar personagens e desenvolver diálogos a partir da
caracterização.
• por valores de consenso social, como a igualdade de direitos, a
convivência pacífica, a promoção da cidadania, o desenvolvimento social e cultural;
• pelo respeito às diferenças ideológicas, culturais e religiosas.
Isso significa que valores de consenso social devem ser promovidos e defendidos, e diferenças ideológicas, culturais e religiosas
devem ser analisadas, sem julgamento de valor, para que sua
compreensão resulte na atitude de aceitação respeitosa.
Estratégias:
• leia as instruções iniciais junto com a classe;
• oriente os alunos para lerem o texto silenciosamente;
• instrua os alunos para responderem às questões e corrija as
respostas;
• escolha três alunos para lerem o texto em voz alta, sendo que
cada um lê as falas de uma personagem (as marcações
relativas a cenário, expressões e movimentos não devem ser
lidas);
• organize a classe para o desenvolvimento da atividade;
• discuta o item 6 para garantir que os alunos analisem
criticamente os trabalhos e incorporem experiências dos
colegas para aperfeiçoar seus textos.
CAPÍTULO 20
HISTÓRIA DO TEATRO
Objetivo:
• identificar fatos relacionados com a história do teatro.
Estratégias:
• determine um intervalo de tempo para que os alunos
formulem respostas às questões (tais questões têm por
finalidade despertar a curiosidade para aspectos
desenvolvidos na aula);
• leia o texto junto com a classe;
• peça aos alunos para reformularem as respostas iniciais;
• organize o grupo para a atividade em grupo.
CAPÍTULO 24
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
CAPÍTULO 21
TEXTO DRAMÁTICO – CENA
Objetivo:
• identificar orações subordinadas substantivas.
Objetivos:
• identificar os principais elementos do texto dramático;
• identificar a cena como a unidade do texto dramático.
Estratégias:
• corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o
exercício seguinte;
• leia, junto com a classe, o item A;
• forneça explicações complementares, se necessário;
• corrija as respostas dos exercícios.
Estratégias:
• oriente a classe para a atividade em grupo;
• controle o tempo para que os grupos desenvolvam todos os
passos da atividade;
• organize os grupos para a dramatização das cenas;
• após os grupos terem respondido às questões de análise das
dramatizações, peça-lhes para relatarem as conclusões para o
resto da classe;
• discuta com a classe as conclusões de cada grupo.
CAPÍTULO 25
TEXTO DRAMÁTICO – AMBIENTAÇÃO
Objetivo:
• identificar elementos de ambientação do texto dramático.
CAPÍTULO 22
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA – ORAÇÃO PRINCIPAL E
ORAÇÃO SUBORDINADA
Estratégias:
• indique diferentes alunos para lerem a fala de cada
personagem;
• oriente a classe para responder às questões 1 a 7 e corrija as
respostas;
• organize a classe para a realização das atividades propostas
nos itens 8 e 9;
Objetivos:
• distinguir entre oração principal e oração subordinada;
• identificar orações subordinadas substantivas, adjetivas e
adverbiais.
II
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• coordene a leitura dos textos elaborados pelo grupos;
• peça a um representante de cada equipe que leia as conclusões
sobre os textos dos demais grupos;
• promova uma discussão da classe sobre as conclusões dos
grupos.
Estratégias:
• corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o
exercício seguinte;
• leia, com a classe, o item A e forneça as explicações
complementares necessárias;
• corrija as respostas do exercício solicitando aos alunos para
verbalizarem o raciocínio percorrido para a classificação da
oração subordinada.
CAPÍTULO 26
TEXTO DRAMÁTICO – ARGUMENTO
Objetivo:
• redigir argumento de texto dramático.
CAPÍTULO 30
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
PREDICATIVA
Estratégias:
• organize a classe para o desenvolvimento da atividade;
• se houver tempo, peça a alguns alunos para lerem seus
argumentos para a classe.
Objetivos:
• identificar orações subordinadas substantivas predicativas;
• perceber diferenças de significado produzidas por alterações
na estrutura do período.
CAPÍTULO 27
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBJETIVA
Estratégias:
• corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o
exercício seguinte;
• leia o item A junto com a classe;
• ao corrigir o exercício B, peça aos alunos para interpretarem
o significado de cada período, identificando as diferenças
criadas pela alteração da estrutura.
Objetivo:
• identificar orações subordinadas substantivas subjetivas;
• transformar período composto em período simples.
Estratégias:
• leia, com a classe, as instruções para cada exercício e dê
explicações complementares, se necessário;
• corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o
exercício seguinte.
CAPÍTULO 31
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
COMPLETIVA NOMINAL
CAPÍTULO 28
TEXTO DRAMÁTICO – ROTEIRO
Objetivo:
• identificar orações subordinadas substantivas completivas
nominais.
Objetivos:
• identificar elementos do roteiro;
• descrever cenário;
• redigir roteiro;
• adaptar o texto dramático ao canal em que é veiculado.
Estratégias:
• corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o
exercício seguinte;
• leia o item B junto com a classe e acrescente as explicações
necessárias.
Estratégias:
• oriente os alunos para responderem às questões e corrija-as;
• peça a alguns alunos para lerem a descrição da sala de aula ou
oriente-os para que troquem seu texto com colegas;
• aponte as semelhanças e diferenças entre as descrições,
mostrando que alguns detalhes que chamam a atenção de uns
não são significativos para outros;
• organize a classe para o desenvolvimento da atividade;
• peça aos alunos para trocarem o texto com colegas ou, se
possível, para lerem o texto para a classe;
• faça comentários que permitam aos alunos aprimorarem seus
textos, se for o caso;
• organize a classe para o desenvolvimento da atividade;
• se sobrar tempo, peça a alguns alunos para lerem para a classe
o texto produzido, como se ele estivesse sendo transmitido
por uma estação de rádio.
CAPÍTULO 32
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
APOSITIVA
Objetivo:
• identificar orações subordinadas substantivas apositivas.
Estratégias:
• as usuais.
CAPÍTULO 33
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
REVISÃO
Objetivos:
• revisar os principais conteúdos gramaticais vistos.
CAPÍTULO 29
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA OBJETIVA
DIRETA E OBJETIVA INDIRETA
Estratégias:
• corrija as respostas de cada exercício antes de passar para o
exercício seguinte;
• revise mais detalhadamente os conteúdos em que os alunos
apresentam maior dificuldade.
Objetivo:
• identificar orações subordinadas objetivas diretas e objetivas
indiretas.
III
Gab_C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 16/05/12 15:47 Página IV
O cachorro é um magro vira-lata.
c) Sob o sol, sentado no chão, Chico Moleza dedilha
molemente o violão. Em frente à vendola, Seu Dermeval
remenda uma rede de pescar.
Passa-se meio minuto. Entram Mestre Ambrósio e
Zelão carregando um defunto numa rede. O enterro é
acompanhado por uma beata e um cachorro, um magro
vira-lata, amarrado à rede.
A velha reza baixinho enquanto os dois pescadores
avançam até o centro da cena, com o passo não muito
firme, e aí depositam o féretro. Moleza para de tocar e
descobre-se, em sinal de respeito.
GABARITO
CAPÍTULO 20
HISTÓRIA DO TEATRO
Respostas pessoais.
CAPÍTULO 21
TEXTO DRAMÁTICO – CENA
1.
Resposta pessoal.
2.
Resposta pessoal.
3.
Resposta pessoal.
4.
Resposta pessoal.
5.
Resposta pessoal.
6.
Resposta pessoal.
7.
Resposta pessoal.
CAPÍTULO 22
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA
– ORAÇÃO PRINCIPAL E ORAÇÃO
SUBORDINADA
1.
Pequena venda de uma cidadezinha de veraneio do litoral
baiano. Há uma grande árvore, um coreto e uma venda.
2.
É um mulato gordo e bonachão, de idade já avançada.
beata, velhinha, enrugada como um jenipapo,
um cachorro, um magro vira-lata,
Mestre Ambrósio é um velho pescador de tez morenoavermelhada, curtido do sol. Musculatura batida, chapelão
de palha, calças de algodão branco, sua figura infunde
respeito. Zelão é um negro reluzente, mais moço do que
Mestre Ambrósio, pescador como ele. Traz vários amuletos
no pescoço e um bom humor constante.
O apelido o define bem: gestos lentos, descansados, fala mole,
é ele um retrato vivo da cidade, onde a vida passa sem pressa.
3.
a) Pequena venda de uma cidadezinha de veraneio do
litoral baiano. Há uma grande árvore, um coreto e uma
venda.
b) Seu Dermeval é um mulato gordo e bonachão, de idade
já avançada.
Chico Moleza, bem definido pelo apelido, tem gestos
lentos, descansados, fala mole, é ele um retrato vivo da
cidade, onde a vida passa sem pressa.
Mestre Ambrósio é um velho pescador de tez
moreno-avermelhada, curtido do sol. Musculatura
batida, chapelão de palha, calças de algodão branco, sua
figura infunde respeito.
Zelão é um negro reluzente, mais moço do que Mestre
Ambrósio, pescador como ele. Traz vários amuletos no
pescoço e um bom humor constante.
A beata é velhinha, enrugada como um jenipapo.
IV
4.
“Pequena venda de uma cidadezinha de veraneio do litoral
baiano.”
A frase, sem verbo, foi usada para descrever o local.
5.
Moleza para de tocar.
Moleza (ou ele) descobre-se, em sinal de respeito.
6.
Velha
A velha reza baixinho, enquanto os dois pescadores avançam
até o centro da cena.
Dois pescadores
Os dois pescadores avançam até o centro da cena, com o
passo não muito firme.
Os dois pescadores (ou eles) depositam no centro da cena (ou
aí) o féretro.
7.
a) “Há uma grande árvore, um coreto e uma venda.”
“Sob o sol, sentado no chão, Chico Moleza dedilha
molemente o violão.”
“Em frente à vendola, Seu Dermeval remenda uma rede
de pescar.”
“É um mulato gordo e bonachão, de idade já avançada.”
“Passa-se meio minuto.”
“Musculatura batida, chapelão de palha, calças de
algodão branco, sua figura infunde respeito.”
“Zelão é um negro reluzente, mais moço do que Mestre
Ambrósio, pescador como ele.”
“Traz vários amuletos no pescoço e um bom humor
constante.”
b) São compostos.
8.
a) A velha reza baixinho, enquanto os dois pescadores
avançam até o centro da cena.
Oração principal: a velha reza baixinho
Oração subordinada: enquanto os dois pescadores
avançam até o centro da mesa.
A.
Exercícios exploratórios
1.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
2.
Resposta: D
3.
a) O mestre, instruído, nunca havia lido nada sobre o
assunto.
b) Desejo a tua tranquilidade.
c) É necessário nosso trabalho.
c – adjetivo
a – substantivo
b – substantivo
d – pronome substantivo
c – locução adverbial
a – locução adverbial
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CAPÍTULO 24
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA
– ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA
d) Responda-me isto.
e) Acordei de manhã.
f) Ela se comporta de acordo com o nosso desejo.
4.
a) O mestre, instruído, nunca havia lido nada sobre o
assunto.
substantivo
b) Desejo a tua tranquilidade.
verbo
c) É necessário nosso trabalho.
adjetivo
d) Responda-me isto.
verbo
e) Acordei de manhã.
verbo
f) Ela se comporta de acordo com o nosso desejo.
verbo
5.
Resposta: C
B.
Noções gramaticais
A.
Exercícios exploratórios
1.
Resposta: B
2.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
CAPÍTULO 23
TEXTO DRAMÁTICO –
PERSONAGENS
1.
Na corte (Rio de Janeiro).
2.
Aplicando golpes.
3.
Espertos, pois planejam golpes.
4.
Dissimulados, pois conseguem enganar Tobias.
5.
Não. Tobias é recém-chegado de Curral-del-Rei.
6.
Ingênuo, pois acredita nos ciganos.
7.
Considera-se esperto, pois acredita ter feito um bom negócio.
8.
Resposta pessoal.
9.
Resposta pessoal.
j)
k)
Interessa-lhe / o que você disser.
Acordei / assim que você tocou a campainha.
Todos notaram / que o ator estava nervoso.
O problema é / que o ator estava nervoso.
Todos notaram o ator / que estava nervoso.
Cheguei à conclusão / de que meus problemas não são
insolúveis.
Ela é uma pessoa / que tem coragem.
Concordo com você nos aspectos gerais, / porém faço
pequenas objeções a pontos específicos.
Entre nós há um acordo: / que um sempre se coloque no
lugar do outro.
Há animais selvagens / que podem ser domesticados.
Ele venceu o concurso; / receberá, pois, o prêmio.
3.
a, c, d, f, i
4.
a)
c)
d)
f)
i)
5.
Resposta pessoal.
6.
Resposta: C
7.
a) predicativo;
adjunto adnominal;
complemento nominal;
aposto;
adjuntos adverbiais que modificam adjetivos.
Interessa-lhe isto.
Todos notaram isto.
O problema é isto.
Cheguei à conclusão disto.
Entre nós há um acordo: isto.
b) sujeito;
objeto;
agente da passiva;
adjunto adverbial (com exceção dos que modificam
adjetivos).
10. Resposta pessoal.
11. Resposta pessoal.
12. Resposta pessoal.
B.
Noções gramaticais
C.
Exercícios de aplicação de conceitos
13. Resposta pessoal.
14. Resposta pessoal.
CAPÍTULO 25
TEXTO DRAMÁTICO – AMBIENTAÇÃO
15. Resposta pessoal.
16. Resposta pessoal.
17. Resposta pessoal.
18. Resposta pessoal.
19. Resposta pessoal.
V
1.
O emprego de certos termos (sege, machete, descanchado,
descoco, coritiba) e a construção de frases.
2.
As diferenças dizem respeito à construção de frases, pronúncia das palavras e emprego de termos específicos de cada
região.
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3.
Sim, devido, entre outros fatores, às peculiaridades do ambiente em que cada um vive e da maior facilidade de acesso à
escola e aos meios de comunicação que tem o morador da
cidade grande.
4.
Piano, siege e boneca de cera.
5.
Não. Talvez surpreendessem um sertanejo, com pouco acesso
aos meios de comunicação, aparelhos eletrônicos de última
geração, como computadores sofisticados, fax, telefone
celular…
6.
No Rio de Janeiro: contradanças francesas, valsas e galope.
No sertão: a coritiba.
7.
Resposta pessoal. Os alunos podem apontar o ritmo frenético
de trabalho, a violência, o trânsito intenso, o excesso de
regras formais para disciplinar a convivência na
comunidade…
8.
Resposta pessoal.
9.
Resposta pessoal.
h) Tenho uma ideia: que um comente a redação do outro.
i) Estou com medo de que você falhe.
j) É preciso que ele se acalme.
k) Assustei-me logo que ela me contou o problema.
l) Li um livro sobre um homem que nunca morre.
4.
a, c, d, f, j
5.
f (sujeito: o tempo)
6.
a, c, d, j
7.
a) É necessário participar.
É necessário participação.
E necessária a participação.
b) É bom protestar.
É bom protesto.
É bom o protesto.
c) É bom divertir-se.
É bom diversão.
É boa a diversão.
d) É admitido reivindicar.
É admitido reivindicação.
É admitida a reivindicação.
e) Era necessário discutir.
Era necessário discussão.
Era necessária a discussão.
f) Será admitido contestar.
Será admitido contestação.
Será admitida a contestação.
g) Foi necessário estudar.
Foi necessário estudo.
Foi necessário o estudo.
8.
a) Resposta: B
b) Resposta: B
c) Resposta: A
B.
Noções gramaticais
CAPÍTULO 26
TEXTO DRAMÁTICO – ARGUMENTO
Respostas pessoais.
CAPÍTULO 27
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBJETIVA
A.
Exercícios exploratórios
1.
que na escola os professores batem nas crianças
2.
CAPÍTULO 28
TEXTO DRAMÁTICO – ROTEIRO
3.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
É sofrido para mim que tu te ausentes.
Esperamos que todos respeitem o regulamento.
Convém que te ausentes.
É sabido que ele não tem escrúpulos.
Ordenei-lhe que se comportasse adequadamente.
O tempo obrigou a que ficássemos em casa.
Participei da reunião, todavia não expressei minhas
opiniões.
VI
1.
Nome, origem, profissão e relação com outras personagens.
2.
O modo de falar da personagem principal.
3.
Os alunos podem indicar aspectos como aparência física e
temperamento.
4.
Resposta pessoal.
5.
Descrição do cenário, personagens que fazem parte da cena,
ordem de entrada das personagens, vestimenta e
movimentos.
6.
Presente e futuro do presente do indicativo.
7.
Pretérito perfeito ou imperfeito do indicativo.
8.
(II) texto dramático
(I) texto narrativo
9.
Direto.
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10. Expressões e comportamentos das personagens e fatos que
ocorrem no momento (por exemplo, o som do piano), importantes no desenvolvimento da história.
g) Tememos que algumas iniciativas criem empecilho ao
desenvolvimento social. 2
h) É bom que te previnas. 1
i) Imagino qual seja a sua dúvida. 2
11. No presente do indicativo, para sugerir ao leitor que os
acontecimentos estão ocorrendo no momento, à sua vista.
j) As mães normalmente percebem se os bebês choram de
fome. 2
k) Descobri quem violou a correspondência. 2
12. Porque indicam expressões, comportamentos e acontecimentos que ocorrem no momento indicado pelos diálogos.
l) É bom quando todos estão contentes. 1
m) Eu não sei como começar. 2
n) Suspeito de que ele agiu premeditadamente. 3
13. Resposta pessoal.
o) Convenci-me de que estamos no caminho correto. 3
CAPÍTULO 29
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA OBJETIVA
DIRETA E OBJETIVA INDIRETA
A.
CAPÍTULO 30
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
PREDICATIVA
Exercícios exploratórios
A.
Exercícios exploratórios
1.
I, II e V.
2.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
3.
a) Nós confiamos nisto.
Nós confiamos em que o plano não falharia.
Notei que os alunos estão interessados no assunto.
Convém que você compareça a todas as reuniões.
O certo é que você perdeu a confiança nele.
Sou eu quem bato à porta.
A verdade é que estamos desanimados.
O problema é que o tempo está muito incerto.
O correto será que ele peça desculpas.
Lamento que você não se interesse pelo tema da discussão.
b) Notei isto.
c) Convém isto.
d) O certo é isto.
e) Sou eu este.
f) A verdade é isto.
g) O problema é isto.
h) O correto será isto.
i) Lamento isto.
1.
a) objeto indireto.
b) objeto direto.
2.
Resposta pessoal.
B.
Noções gramaticais
C.
Exercício de aplicação de conceitos
4.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
5.
Resposta: A
e) Avisá-lo-ei de que você partiu. 3
6.
Resposta: A
f) Seu desempenho depende de que você se empenhe. 3
B.
Noções gramaticais
a) É necessário que se tenha calma. 1
b) Percebe-se que você estudou. 1
c) Observei se eles estavam agindo corretamente. 2
d) Perguntamos qual era o problema. 2
VII
objeto direto
objeto direto
sujeito
predicativo do sujeito
predicativo do sujeito
predicativo do sujeito
predicativo do sujeito
predicativo do sujeito
objeto direto
Gab_C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 16/05/12 15:47 Página VIII
C.
Exercício de aplicação de conceitos.
1.
O admirável é que ele tenha tanta erudição.
Admiro que ele tenha tanta erudição.
2.
O perceptível é que ele está triste.
Percebo que ele está triste.
3.
O lamentável é que não tenhamos civilidade.
Lamento que não tenhamos civilidade.
4.
O defensável é que lhe seja dada uma nova oportunidade.
Defendo que lhe seja dada uma nova oportunidade.
5.
O admissível é que eles se omitam.
Admito que eles se omitam.
6.
O vergonhoso é que haja falta de cooperação.
Envergonho-me de que haja falta de cooperação.
f) Temos necessidade disto.
necessidade: substantivo
disto: complemento nominal
g) Chego à conclusão disto.
conclusão: substantivo
disto: complemento nominal
h) Concluo isto.
concluo: verbo
isto: objeto direto
i) A conclusão é isto.
conclusão: substantivo
isto: predicativo do sujeito
B.
7.
CAPÍTULO 32
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA APOSITIVA
O condenável é que não se respeite o bem público.
Condeno que não se respeite o bem público.
CAPÍTULO 31
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
COMPLETIVA NOMINAL
A.
Exercícios exploratórios
1.
a) de que os adultos andam com vontade
b) impressão
c) substantivo
2.
Noções gramaticais
A.
Exercícios exploratórios
1.
a) I
b) II
2.
a) A persistência da memória, quadro de Salvador Dalí, é um
exemplo de pintura surrealista.
b) A democracia, sistema de governo baseado na soberania
popular, pressupõe que o povo participe das decisões da
administração pública.
a) Ele está de acordo com que você venha.
b) Tudo depende de que você venha.
c) Doença infecciosa, a dengue é causada por vírus
c) É inegável que tudo depende da sua vinda.
trasmitidos por um mosquito.
d) O inegável é que tudo depende da sua vinda.
d) O estado do Amazonas é o mais extenso do Brasil.
e) Necessitamos (de) que ele chegue no horário.
e) O cão, uma sombra ao lado do dono, era a personificação
f) Temos necessidade de que ele chegue no horário.
da fidelidade.
g) Chego à conclusão de que eles agiram premeditadamente.
h) Concluo que eles agiram premeditadamente.
f) No começo do século, numerosos imigrantes chegaram ao
i) A conclusão é que eles agiram premeditadamente.
3.
Brasil: japoneses, italianos, sírios, alemães etc.
a) Ele está de acordo com isto.
acordo: substantivo
com isto: complemento nominal
b) Tudo depende disto.
depende: verbo
disto: objeto indireto
c) É inegável isto.
é: verbo
isto: sujeito
d) O inegável é isto.
inegável: substantivo
isto: predicativo do sujeito
e) Necessitamos disto.
necessitamos: verbo
disto: objeto direto
3.
VIII
a) É essencial que você se manifeste.
sujeito
b) O essencial é que você se manifeste.
predicativo do sujeito
c) Afirmo que é essencial a sua manifestação.
objeto direto
d) Afirmo-lhe uma verdade: que sua manifestação é
essencial.
aposto
e) Pediu-me um favor: que o acompanhasse até a classe.
aposto
f) Tenho confiança em que ele será bem-sucedido.
complemento nominal
g) Os pais têm um sonho: que os filhos recebam educação de
qualidade.
aposto
Gab_C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 16/05/12 15:47 Página IX
h) Estou com a impressão de que eles ficaram desgostosos.
complemento nominal
i) Estou com uma impressão: que eles ficaram desgostosos.
aposto
B.
c) necessário
a) necessário
b) necessária
c) necessário
d) necessário
Noções gramaticais
6.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Verificamos que um equívoco havia ocorrido.
Era desejável que todos participassem.
Insistirei em que tu participes.
Tenho um desejo: que todos colaborem.
Ele tem medo de que eu o abandone.
A solução é que o projeto seja aprovado.
7.
a)
b)
c)
d)
Esperávamos o seu empenho.
Queriam a nossa ajuda.
Eu estava certa da tua desistência.
Ela fez uma previsão: a valorização do imóvel.
8.
a) O necessário é que ele colabore.
b) O imprescindível é que você se contenha.
c) O esperado é que ele esteja confiante.
9.
a)
b)
c)
d)
CAPÍTULO 33
REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA –
REVISÃO
1.
c, d, e, f, g, h, i, j, k, l
2.
c) Avisei-o: principal
de que a reunião foi cancelada: subordinada
d) Aconselho-o: principal
a que seja cauteloso: subordinada
e) Pensam: principal
que não desconfiamos de nada: subordinada
f) Logo que a peça começou: subordinada
alguém gritou da plateia: principal
g) Minha vontade é: principal
que você permaneça: subordinada
h) Convém: principal
que você se retire: subordinada
i) Jogou fora os objetos: principal
que não tinham utilidade: subordinada
j) Temos convicção: principal
de que tudo se arranjará: subordinada
k) Estamos convictos: principal
de que tudo se arranjará: subordinada
l) Temos somente uma convicção: principal
que tudo se arranjará: subordinada
3.
É necessário que ele colabore.
O necessário é que ele colabore.
O imprescindível é que você se contenha.
É esperado que ele esteja confiante.
10. a) Tive um pressentimento: que o plano daria certo.
b) Expressei meu receio: que não nos acolhessem.
c) Tenho uma suspeita: que nos preparam uma surpresa.
11. a) Tive um pressentimento de que o plano daria certo.
Tive um pressentimento: que o plano daria certo.
b) Expressei meu receio de que não nos acolhessem.
Expressei meu receio: que não nos acolhessem.
c) Tenho uma suspeita de que nos preparam uma surpresa.
Tenho uma suspeita: que nos preparam uma surpresa.
c, d, e, g, h, j, k, l
• oração subordinada adverbial.
RESOLUÇÃO: f
• oração subordinada adjetiva.
RESOLUÇÃO: i
EXERCÍCIOS-TAREFA
O TEATRO NO BRASIL
4.
5.
c) de que a reunião foi cancelada: subordinada substantiva
objetiva indireta
d) a que seja cauteloso: subordinada substantiva objetiva
indireta
e) que não desconfiamos de nada: subordinada substantiva
objetiva direta
g) que você permaneça: subordinada substantiva predicativa
h) que você se retire: subordinada substantiva subjetiva
j) de que tudo se arranjará: subordinada substantiva
completiva nominal
k) de que tudo se arranjará: subordinada substantiva
completiva nominal
l) que tudo se arranjará: substantiva apositiva
a) proibido
a) proibido
b) proibido
c) proibida
d) proibido
1.
(Espera-se que os alunos percebam que o teatro pode ter
tripla função: entreter, instruir e emocionar.)
2.
(Discuta com os alunos o importante papel do teatro do ponto
de vista individual e coletivo, na difusão de informações,
formação de valores, desenvolvimento da sensibilidade…)
3.
(Como o teatro também tem uma função social, é desejável
que cada país produza peças que tratem de sua realidade.
Essas obras, além de contribuírem para mudanças sociais,
são um registro de linguagem, dos costumes, dos problemas e
da visão de mundo e da sociedade. É claro que a produção
local não se contrapõe à representação de obras de outros
países, apenas a complementa).
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
1.
b) bom
a) bom
b) bom
c) boa
d) bom
IX
a)
b)
c)
d)
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
O diretor autorizou /que entrássemos.
Oração principal: O diretor autorizou
Oração subordinada: que entrássemos.
Gab_C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 16/05/12 15:47 Página X
e) Quando o alarme soou, /todos abandonaram o prédio.
Oração principal: todos abandonaram o prédio
Oração subordinada: Quando o alarme soou
f) Resposta pessoal.
g) Resposta pessoal.
h) Ele é uma pessoa que não tem disciplina.
Oração principal: Ele é uma pessoa
Oração subordinada: que não tem disciplina
Susanita, você não acha: oração principal – que a gente vive
num mundo muito complicado: oração subordinada.
3.
Eu acho muito simples: oração independente, coordenada
assindética – é um mundo de pais e filhos: oração independente, coordenada assindética.
O correto é que ele seja reprovado.
7.
Ela está de acordo com que eu permaneça aqui.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Tirinha “QUINO”
2.
6.
1.
Ele confessou seu desejo: a admiração de todos. (nome)
2.
Desejo o teu sucesso. (verbo)
3.
Nota-se a sua audácia. (verbo)
6.
O correto é a sua reprovação. (nome)
7.
Ela está de acordo com a minha permanência aqui. (nome)
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA
VERBOS
a)
1 a 10. Resposta pessoal.
b)
c)
VERBO E SUBSTANTIVO
participar: participação
realizar: realização
empenhar: empenho
promover: promoção
contestar: contestação
reivindicar: reivindicação
entrar: entrada
sair: saída
votar: votação
eleger: eleição
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA
1.
a)
b)
c)
d)
proibido
proibido
proibida
proibido
2.
a)
b)
c)
d)
bom
bom
boa
bom
3.
a)
b)
c)
d)
necessário
necessário
necessário
necessário
4.
a)
b)
c)
d)
permitido
permitido
permitida
permitido
VOZ PASSIVA
1.
Resposta pessoal.
2.
Resposta pessoal.
3.
a) Não é possível transformar a frase em voz passiva: o verbo
é transitivo indireto.
b) Uma encomenda do exterior foi recebida por mim.
Recebeu-se uma encomenda do exterior.
Sujeito: uma encomenda do exterior.
c) Uma observação inteligente foi feita pelo aluno.
Fez-se um observação inteligente.
Sujeito: uma observação inteligente.
d) Todos os detalhes foram contados a ele por mim.
Contaram-se a ele todos os detalhes.
Sujeito: todos os detalhes.
Convém a manutenção da máquina em funcionamento
para que não percamos mais tempo.
O controle da impulsividade é uma recomendação que
todos nos fazem.
É urgente a reunião dos amigos que não se veem há muito
tempo.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA
1 a 10. Resposta pessoal.
ORAÇÃO SUBORDINADA OBJETIVA DIRETA E OBJETIVA INDIRETA
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
1.
1.
Ele confessou seu desejo: que todos o admirassem.
2.
Desejo que tenhas sucesso.
3.
Nota-se que ele é audacioso.
4.
Finalmente encontrei aqui uma pessoa que é de paz.
5.
Você já viu alguém que seja totalmente crédulo?
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
X
Não permitirei que você tenha prejuízos.
Conheço o seu caráter, logo acredito em suas promessas.
Verificaram que havia um erro no texto.
Enquanto o sol se punha, a primeira estrela aparecia no
céu.
Ninguém sabe qual será o próximo passo.
Ele não sabe onde ficar.
Desconfiamos de que ele mentia.
Quero saber se você consultou todas as fontes.
Meus colegas e eu precisamos de que tu nos ajudes.
Gab_C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 16/05/12 15:47 Página XI
2.
3.
a)
c)
e)
f)
g)
h)
i)
Sujeito oculto: eu
Sujeito indeterminado
Sujeito simples: ninguém
Sujeito simples: ele
Sujeito oculto: nós
Sujeito oculto: eu
Sujeito composto: meus colegas e eu
a)
b)
c)
e)
f)
g)
h)
i)
Não permitirei isto.
Conheço o seu caráter, logo acredito nisto.
Verificaram isto.
Ninguém sabe isto.
Ele não sabe isto.
Desconfiamos disto.
Quero saber disto.
Meus colegas e eu precisamos disto.
a)
b)
c)
e)
f)
g)
h)
i)
Objeto direto
Objeto direto
Objeto direto
Objeto direto
Objeto direto
Objeto indireto
Objeto direto
Objeto indireto
7.
objeto direto: o convidado.
8.
objeto direto: o.
9.
objeto indireto: a todos.
10. objeto indireto: lhe.
objeto direto: os bons momentos.
ORAÇÃO SUBORDINADA
OBJETIVA INDIRETA
a)
b)
4.
5.
OBJETIVA
DIRETA
E
Insisto na sua colaboração.
Sujeito oculto: eu
Predicado verbal: insisto na sua colaboração
Objeto indireto: na sua colaboração
Adjuntos adnominais: a (na), sua (colaboração)
Querem sua participação.
Sujeito indeterminado
Predicado verbal: querem sua participação
Objeto direto: sua participação
Adjunto adnominal: sua (participação)
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS OBJETIVA
DIRETA E OBJETIVA INDIRETA
Resposta: B
a)
PREDICATIVO DO SUJEITO
b)
c)
Precisava de seu conselho antes que descobrissem sua
desobediência ao regulamento.
Queria tua ida e logo pediu tua volta.
Eles se opuseram à nossa permanência ali, ainda que
outros desejassem nossa companhia.
1.
O administrador ficará surpreso.
2.
Nós permanecemos incrédulos.
3.
Ele parece um querubim.
4.
O clima continuou agradável.
1.
Resposta: B
5.
Eles parecem contrariados.
2.
Resposta: C
6.
Ela parecia uma doida.
3.
Resposta: A
7.
O circo era nossa diversão.
4.
Resposta: B
8.
O dia já amanheceu.
9.
Eles julgaram sua queixa improcedente.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBJETIVA, PREDICATIVA E
OBJETIVA DIRETA
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA PREDICATIVA
10. A população anda descrente.
a)
1.
objeto indireto: de informações.
O ideal é a preservação de tudo aquilo que faz parte de nossa
cultura.
O meu pedido é a realização apenas dos desejos que me farão
de fato feliz.
A sua salvação será a reconciliação com os amigos a fim de
que não viva mais tão isolado.
2.
objeto direto: uma recompensa.
objeto indireto: ao oficial.
COMPLEMENTO NOMINAL
b)
OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO
c)
3.
objeto direto: a obra.
1.
Eles têm desejo de vingança.
4.
objeto direto: pressões.
2.
A obediência aos preceitos morais é exigida pela sociedade.
5.
objeto indireto: às questões.
3.
Ele se comporta contrariamente aos próprios interesses.
6.
objeto indireto: à vista.
4.
A homenagem aos funcionários foi surpreendente.
XI
Gab_C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 16/05/12 15:47 Página XII
5.
A homenagem dos funcionários foi surpreendente.
3.
Tenho uma esperança: que ela acatará a minha opinião.
6.
Ela é digna de confiança.
4.
Expus meu desejo: que permanecêssemos unidos.
7.
Segundo o poeta, a infância tem gosto de amora comida ao sol.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
8.
O respeito à autoridade conteve-o.
9.
O respeito da autoridade conteve-o.
Respostas pessoais.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
10. É forte sua inclinação pelas artes.
1.
Resposta pessoal.
2.
Resposta pessoal.
3.
Resposta pessoal.
COMPLEMENTO NOMINAL E OBJETO INDIRETO
1.
Complemento nominal
Objeto indireto
Observamos obediência à lei.
Obedecemos à lei.
Este material é resistente ao calor.
Este material resiste ao
calor.
PRODUÇÃO DE TEXTO DRAMÁTICO – ARGUMENTO
Respostas pessoais.
PRODUÇÃO DE TEXTO DRAMÁTICO – PERSONAGENS
Falou favoravelmente ao
empreendimento.
2.
3.
Respostas pessoais.
obediência: substantivo
favoravelmente: advérbio
obedecemos: verbo
resiste: verbo
resistente: adjetivo
PRODUÇÃO DE TEXTO DRAMÁTICO – CENAS
Respostas pessoais.
PRODUÇÃO DE TEXTO DRAMÁTICO – DIÁLOGOS E
MARCAÇÕES
O complemento nominal vem associado a um substantivo,
adjetivo ou advérbio.
O objeto indireto vem associado a um verbo.
Respostas pessoais.
ORAÇÃO SUBORDINADA OBJETIVA INDIRETA E
COMPLETIVA NOMINAL
1.
Fiquei convencido de que a história era real.
2.
Tenho confiança em que o problema será solucionado.
3.
Dei-lhe o aviso de que corríamos perigo.
4.
Tiveram desconfiança de que ele mentia.
TEXTO DRAMÁTICO – REVISÃO
(Recolha os textos e aponte os erros ainda remanascentes para
serem corrigidos.
Marque uma data para os alunos entregarem a última versão do
texto reformulada.
Providencie, ou solicite aos alunos para providenciarem, pelo
menos uma cópia dos textos para cada grupo da classe.
Se possível, utilize um dos dias destinados às aulas de ajuste
para que os alunos organizem uma exposição dos trabalhos,
leiam trechos das peças, folheiem o material elaborado pelos
colegas etc.)
ORAÇÃO SUBORDINADA COMPLETIVA NOMINAL E
APOSITIVA
AUTOAVALIAÇÃO
1.
Não aceito uma ideia: que ele nos incrimine.
2.
É verdadeira a notícia: que o rio foi totalmente despoluído.
Respostas pessoais.
XII
C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 20/06/12 16:30 Page 109
CAPÍTULO
20
História do Teatro
Desde as sociedades primitivas, até mesmo pré-históricas, os homens realizavam rituais e práticas religiosas
que continham elementos teatrais: representação, dança e
música.
Como a maioria dos povos primitivos não tinha
escrita, sabemos poucos detalhes sobre essas formas
embrionárias de teatro.
As informações escritas mais completas e detalhadas
que chegaram até nossos dias referem-se às encenações
teatrais da Grécia Antiga: a partir desse período conseguimos traçar um panorama mais preciso da história do
teatro.
Na Grécia, as primeiras manifestações teatrais mais
parecidas com o nosso teatro atual datam do século VII
antes de Cristo.
Um dos deuses da mitologia grega era Dioniso —
deus do vinho, denominado Baco pelos romanos. Os
gregos costumavam organizar rituais religiosos em honra desse deus. Esses rituais eram comandados por um
coro cujos componentes usavam máscaras representando
animais, declamavam, cantavam e dançavam. Ainda não
havia atores, como hoje, representando papéis.
Dada a importância de tais rituais na vida dos gregos,
foi criado um local especial para sua realização: edificação em encosta escavada, coberta por fileiras de arquibancadas semicirculares voltadas para um espaço circular no qual ficava o altar e se apresentava o coro. Esse
local recebeu o nome de teatro, termo que com o tempo
acabou designando as representações que aí ocorriam. A
foto que aparece no início desta lição é de um antigo
teatro grego. Observe que, em sua estrutura básica, os
teatros atuais ainda conservam a concepção original do
teatro grego: um local para a assistência e um local
para a encenação.
Você é capaz de dizer o que esta figura representa? Observe-a bem e tente descobrir.
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O teatro originou-se no momento em que um ser
humano imitou outro ser — homem, animal ou deus. Na
história, este é um momento difícil de precisar: afinal,
quando o homem está agindo sem ser por imitação? De
maneira geral, o ser humano não aprende a andar, falar,
comportar-se imitando outros seres? Se teatro é a arte de
imitar, podemos então concluir que é praticamente impossível saber em que momento e onde ele surgiu, pois
sua história se confunde com a história da humanidade.
109
C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 20/06/12 16:30 Page 110
Você já deve ter visto este desenho em alguns lugares. A
que ele estava relacionado? Você saberia dizer o que este
desenho representa?
Segundo a mitologia, Dioniso foi quem ensinou aos
homens o cultivo da vinha. Logo depois, um bode derrubou as parreiras e foi castigado com a morte. Os homens
arrancaram a pele do animal e sobre ela começaram a
cantar e beber até caírem desmaiados. Os mais fortes,
que conseguiram dançar e cantar até o raiar do dia, foram
premiados com a carne do bode e a sua pele embebida
em vinho.
Nos rituais ao deus Dioniso, procurava-se reproduzir
o mito. O coro, cantando, em procissão, dirigia-se ao
local do culto. No altar, o sacerdote preparava a cerimônia: um bode era oferecido em sacrifício. Conta-se que
certa vez, no século VI a.C., um integrante do coro, de
nome Téspis, fortemente imbuído do espírito do ritual,
saiu do coro e afirmou ser Dioniso. Estava criada a função de ator.
É nesta época que surge o texto dramático, isto é, o
texto criado para teatro (a palavra drama, em grego, significa ação: o texto dramático representa acontecimentos, ações da vida das personagens, e é feito para ser
levado à ação no palco, pelos atores).
Inicialmente, surgem as tragédias (a palavra tragédia, em grego, relaciona-se a bode, animal sacrificado no
ritual). No primitivo cortejo em homenagem a Dioniso,
eram entoados cantos com partes alegres e tristes, que
narravam os aspectos mais felizes e os mais dolorosos da
sua vida. Com o tempo, esse canto originou a tragédia.
Aproximadamente um século depois, são criadas
as comédias (o termo surge da fusão entre as palavras
comos, que significa desfile, cortejo, e odè, que significa
canto). Durante as festas de Dioniso, eram realizados
desfiles ao som de hinos. Aos hinos, acrescentavam-se
zombarias dirigidas aos espectadores. Assim, esse elemento do ritual deu origem à representação alegre e
zombeteira que caracteriza a comédia.
Nas tragédias e comédias gregas havia o coro e os
atores. O coro representava a sociedade e dialogava
com os atores. Os atores, sempre homens, usavam máscaras de rostos humanos e rico figurino. A máscara era
conhecida pelo nome de persona (em latim, sona deriva
do verbo soar e per significa através de; persona é a voz
que soa através da máscara).
Com o tempo, as máscaras se tornaram o símbolo
das representações teatrais: a máscara que sorri representa a comédia e a máscara triste representa a tragédia.
Observe cartazes de peças teatrais, seções sobre teatro
em jornais e revistas: frequentemente aí aparecem essas
máscaras, para que haja associação imediata entre o
conteúdo da informação e o teatro.
O primeiro grande escritor de tragédias de quem se
conservam textos é Ésquilo (525 a.C. – 456 a.C.), autor
de Prometeu Acorrentado, entre outras peças. Dois outros principais dramaturgos da época são Sófocles (496
a.C. – 406 a.C.), que escreveu Édipo Rei entre outras
_____________________________________________
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_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
Sêmele e seu filho Dioniso.
110
C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 20/06/12 16:30 Page 111
obras primas, e Eurípedes (484 a.C. – 406 a.C.), autor de
Medeia e Electra etc. Essas antigas tragédias gregas,
encenadas até hoje, foram a base do teatro ocidental.
Eram produções que se assemelhavam mais a uma ópera
do que a um drama dos tempos atuais.
As mais antigas comédias que nos sobraram são de
Aristófanes (445 a.C. – 386 a.C.). Um pouco depois surge a comédia de costumes, criada a partir de fatos do
cotidiano. O principal autor desse gênero é Menandro
(342 a.C. – 292 a.C.).
1. Reformule as respostas às duas questões entremeadas ao texto.
2. Reúna-se com seu grupo.
Cada elemento deve relatar para o grupo:
• o enredo de uma peça a que assistiu (um breve resumo);
• as personagens e o(s) cenário(s) da peça;
• a duração;
• sua apreciação (gostou, não gostou, por quê?).
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,
digite PORT8F301
Rituais religiosos, uma representação teatral, Edward Uphan
111
C3_8o_ano_Port_SOME_DANIEL_2012 20/06/12 16:30 Page 112
CAPÍTULO
21
Texto dramático – cena
A cena é a unidade, a subdivisão do texto dramático: o
desenvolvimento da história acontece pela sucessão de
cenas.
•
Nem todos os autores, em diferentes épocas e culturas,
entenderam a cena de maneira igual. De forma geral, o
que caracteriza uma cena é:
•
a permanência das mesmas personagens (mesmo que
entrem personagens no meio da cena e saiam outras,
um grupo estável permanece, dando continuidade à
ação).
De uma cena para outra, pode ou não haver troca de cenário. Alguns autores, como o inglês Shakespeare, chegaram a desenvolver uma mesma cena em mais de um
cenário, mas esse não é um procedimento habitual.
o desenvolvimento de um único acontecimento;
• as personagens (Quem são as pessoas que fazem parte da cena? Como elas são? Como elas
costumam se comportar numa situação como a
mostrada no desenho?);
• o cenário (Onde a cena acontece?).
b) discutam o que possivelmente aconteceria em seguida, tendo como base o que é mostrado no desenho e a maneira como cada personagem se
comporta (aspectos já discutidos no item anterior).
Neste primeiro momento, vocês podem discutir
várias possibilidades, para depois escolher uma
para dramatizar.
c) entre as várias possibilidades de continuidade da
história, escolham uma para ser dramatizada, levando em conta:
• o interesse que a cena pode despertar no espectador;
• a possibilidade de dramatizá-la na classe, em
dois minutos;
1. Reúna-se com mais dois colegas.
2. Observem bem a figura anterior. Em grupo, vocês
irão criar uma cena com duração máxima de dois
minutos, que tenha como ponto de partida a situação
mostrada na figura. Vocês não precisam criar uma
peça completa; portanto, não é necessário que a cena
apresente o desfecho da história. Vocês simplesmente vão criar uma cena que mostre o que acontece em
seguida da situação mostrada no desenho. Após criarem a cena, vocês irão ensaiá-la e, na próxima aula,
representá-la para a classe.
3. Para preparar a cena, sigam os seguintes passos:
a) discutam o que está sendo mostrado no desenho,
ou seja, o ponto de partida da cena que irão criar,
definindo os seguintes aspectos:
• as ações (Que aconteceu? Por que isso teria
acontecido?);
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• a possibilidade de mostrar a continuidade da
história apenas pela movimentação e fala das
personagens.
d) decidam quem irá desempenhar cada um dos
papéis.
e) decidam como será o desempenho de cada papel:
• o que cada personagem irá falar, quais serão
suas expressões faciais e movimentos. O aluno
que irá desempenhar o papel não precisa decorar a fala, repetindo exatamente as palavras
estabelecidas pelo grupo. Ele pode improvisar,
usando as palavras que lhe vierem à mente no
momento, exatamente como a personagem
falaria numa situação real;
• qual a sequência de falas e movimentos das
personagens. Observem que, se a sequência de
falas e movimentos for alterada, provavelmente o desenvolvimento da história também se
altera.
f) ensaiem a cena uma vez em voz baixa para não
atrapalhar o resto da classe, usando apenas o
espaço em volta do grupo. Meçam o tempo de duração da cena;
g) discutam em grupo os aspectos que devem ser
melhorados. Vocês devem analisar os seguintes
aspectos:
• fala das personagens;
• expressão das personagens;
• movimentação das personagens;
• sequência das falas;
• duração da cena (se a dramatização excedeu a
dois minutos, façam alguns cortes que não atrapalhem o desenvolvimento da história).
h) ensaiem a cena uma última vez, melhorando os
aspectos que não estavam satisfatórios no primeiro ensaio.
4. Junto com seu grupo, dramatize a cena criada em
atividade anterior.
5. Observe a dramatização dos demais grupos, prestando especial atenção:
• nas características de cada personagem. Verifique
se as personagens foram caracterizadas de maneira parecida pelos diferentes grupos;
• nas falas, expressões faciais e movimentos de
cada personagem. Observe se as personagens se
comportam como se estivessem em uma situação
real e se as falas estão de acordo com os
movimentos e as expressões faciais;
• nos acontecimentos mostrados na cena;
• na duração da cena.
6. Reúna-se com seu grupo e discutam as seguintes
questões:
a) As personagens foram caracterizadas de maneira
semelhante ou muito diferente pelos diversos grupos? Por que vocês acham que isso aconteceu?
b) Os acontecimentos mostrados nas cenas foram
semelhantes ou muito diferentes? Por que vocês
acham que isso aconteceu?
c) Se os grupos continuassem a desenvolver as cenas
subsequentes da peça, os desfechos seriam parecidos ou muito diferentes? Por quê?
d) Que aspectos das cenas desenvolvidas por outros
grupos poderiam fornecer ideias para melhorar a
cena dramatizada pelo grupo? (Pensem em aspectos ligados aos acontecimentos mostrados nas cenas, caracterização das personagens e atuação dos
atores.)
7. Escolham um representante para relatar as conclusões do grupo para a classe.
Desfile mambembe, Bebeth. Na Idade Média, apareceram na Europa
as companhias de teatro que iam de cidade em cidade, carregando
cenários, figurinos, maquiagem etc. Os atores eram os saltimbancos.
113
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CAPÍTULO
22
Reflexão sobre a língua
– Oração principal e oração subordinada
3. Agora reescreva este texto, separando as informações da seguinte maneira:
a) descreva o cenário;
b) descreva as características das personagens;
c) descreva as ações das personagens.
Leia a seguir o texto explicativo do início da
comédia O Bem Amado, de Dias Gomes. Essa peça
conta a trajetória de Odorico Paraguaçu, político
demagogo e corrupto que, eleito prefeito, resolve
construir um cemitério na pequena cidade, usando
verbas de serviços essenciais e mais urgentes. Ao
concluir o cemitério, não consegue inaugurá-lo, por
falta de um defunto para ser enterrado.
4. No texto, há uma frase nominal, isto é, uma frase sem
verbo. Indique-a. Esta frase foi usada para descrever
um local, uma personagem, ou para descrever uma
ação?
O texto deve orientar a encenação: o trabalho do
diretor, dos atores, do cenógrafo, do iluminador.
Quem vai assistir à peça não tem acesso a este texto.
Observe como são descritos o cenário e as
personagens.
5. “Moleza para de tocar e descobre-se, em sinal de
respeito.”
Para fornecer o roteiro passo a passo (uma ação por
vez) para o ator, transforme a frase acima em duas
frases e retire o e.
O Bem Amado
6. “A velha reza baixinho enquanto os dois pescadores
avançam até o centro da cena, com o passo não muito
firme, e aí depositam o féretro.”
Agora reescreva o roteiro passo a passo para a velha
e depois para os dois pescadores.
Dias Gomes
Pequena venda de uma cidadezinha de veraneio do
litoral baiano. Há uma grande árvore, um coreto e uma
venda. Sob o sol, sentado no chão, Chico Moleza dedilha
molemente o violão. Em frente à vendola, Seu Dermeval
remenda uma rede de pescar. É um mulato gordo e
bonachão, de idade já avançada.
Passa-se meio minuto. Entram Mestre Ambrósio e
Zelão carregando um defunto numa rede. O enterro é
acompanhado por uma beata, velhinha, enrugada como
um jenipapo, e um cachorro, um magro vira-lata, que
vem amarrado à rede. Mestre Ambrósio é um velho
pescador de tez moreno-avermelhada, curtido do sol.
Musculatura batida, chapelão de palha, calças de algodão
branco, sua figura infunde respeito. Zelão é um negro
reluzente, mais moço do que Mestre Ambrósio, pescador
como ele. Traz vários amuletos no pescoço e um bom
humor constante. A velha reza baixinho enquanto os dois
pescadores avançam até o centro da cena, com o passo
não muito firme, e aí depositam o féretro. Moleza para de
tocar e descobre-se, em sinal de respeito. O apelido o
define bem: gestos lentos, descansados, fala mole, é ele
um retrato vivo da cidade, onde a vida passa sem pressa.
7. Você já aprendeu que:
• o período simples é formado por apenas uma
oração, chamada oração absoluta;
• o período composto é formado por duas ou mais
orações.
a) Indique, no texto de Dias Gomes, dois períodos
simples.
b) Os períodos que você reescreveu no exercício
anterior são simples ou compostos?
8. O período composto pode apresentar três tipos
básicos de oração:
• independente;
• subordinada;
• principal.
Você já aprendeu a diferenciar uma oração independente de uma oração subordinada:
• a oração independente aparece, no período, ao lado de outra, sem desempenhar nesta outra função
sintática alguma; ela não depende das outras
orações do período.
1. Sublinhe com um traço o(s) trecho(s) que descreve(m) o cenário.
Exemplo:
Escorreguei,/ mas não caí.
2. Sublinhe com dois traços os trechos que descrevem
as personagens.
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• as duas orações são independentes;
• uma oração não funciona como um termo da outra.
• a oração subordinada depende de outra oração do
período, pois funciona como um termo dessa
oração, como se estivesse encaixada nela.
Percebi que eles se desentenderam.
Percebi o desentendimento deles.
Percebi isto.
A oração subordinada — que eles se desentenderam:
• é introduzida por uma conjunção (que);
• pode ser substituída por um substantivo
(desentendimento) ou pronome substantivo (isto)
que passa a compor a oração principal.)
Exemplo:
Observei /que você sorria.
A segunda oração — que você sorria — é uma
subordinada:
• a segunda oração funciona como objeto direto da
primeira oração;
• a segunda oração, por funcionar como objeto
direto da primeira, está encaixada na oração
anterior;
• a segunda oração depende da primeira oração.
Quando anoiteceu, ele chegou.
À noite, ele chegou.
No caso, a oração subordinada — quando anoiteceu:
• é introduzida por conjunção (quando);
• pode ser substituída por uma expressão com valor
de advérbio (à noite) que passa a compor a oração
principal.
Para saber se uma oração é principal, verifique:
• se ela assimila o substantivo, adjetivo, advérbio
ou expressão com valor de advérbio equivalente à
transformação da oração subordinada.
Chamamos principal à primeira oração, na qual a
segunda está encaixada (como objeto direto).
Assim, oração principal é aquela na qual se
encaixa, como um termo (sujeito, predicativo do
sujeito, objeto, complemento nominal, aposto,
adjunto adverbial ou adjunto adnominal), a oração
subordinada.
Exemplo:
Meu pai, que nasceu no Rio de Janeiro, vai à praia
raramente.
Meu pai, carioca, vai à praia raramente.
A oração principal — Meu pai vai à praia raramente
— assimilou o adjetivo carioca, equivalente à oração
subordinada transformada.
a) Ao reescrever um dos trechos, no exercício 6, você construiu um período composto por subordinação. Indique, neste período, a oração principal e a
oração subordinada.
Atenção!
Para saber se uma oração é subordinada, verifique
• se ela é introduzida por uma conjunção ou por
um pronome relativo; ou
• se não introduzida por conjunção ou pronome
relativo, apresenta o verbo no gerúndio,
particípio ou infinitivo (esses casos serão
estudados mais tarde);
• se pode ser substituída por um substantivo (ou
pronome substantivo), adjetivo ou palavra ou
expressão com valor de advérbio, compondo,
desta maneira, a oração principal.
A. Exercícios exploratórios
1. Assinale a palavra ou grupo de palavras que substitui
a oração subordinada em negrito.
Classifique a palavra assinalada (substantivo, adjetivo, advérbio, locução adverbial, pronome). No caso
de você ter assinalado uma alternativa que apresenta
mais de uma palavra, classifique apenas o vocábulo
principal do grupo, aquele que confere o significado
central da expressão.
Exemplo:
Quero que venhas.
Quero a sua vinda.
Vocábulo principal do grupo a sua vinda: vinda.
Classe de palavra à qual pertence o vocábulo principal (vinda): substantivo.
Exemplos:
Meu pai, que nasceu no Rio de Janeiro, vai à praia
raramente.
Meu pai, carioca, vai à praia raramente.
No caso, a oração subordinada — que nasceu no Rio
de Janeiro:
• é introduzida por pronome relativo (que);
• pode ser substituída por um adjetivo (carioca) que
passa a compor a oração principal.
a) O mestre, que tinha instrução, nunca havia lido
nada sobre o assunto.
a) instrução
b) instruiu
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c) instruído
d) instrutivamente
Ao encaixar meu discurso na oração principal, formamos
o período simples: Ele esperou meu discurso.
b) Desejo que fiques tranquila.
a) a tua tranquilidade
b) tranquilize-se
c) tranquilamente
d) tranquila
4. Sublinhe a palavra a que se associa(m) o(s) vocábulo(s) que substituem a oração subordinada. Classifique a palavra sublinhada.
Exemplo:
Ele esperou meu discurso.
Meu discurso é um termo associado ao verbo esperou.
c) É necessário que trabalhemos.
a) com trabalho
b) nosso trabalho
c) ao trabalho
d) trabalhemos
5. Suas respostas ao exercício 4 permitem concluir que
as orações subordinadas (no caso, representadas
pelas palavras que as substituem) podem estar associadas
a) aos nomes (substantivos e adjetivos) da oração
principal.
d) Responda-me se o viu hoje.
a) aquele
b) você
c) esta
d) isto
b) aos verbos da oração principal.
c) aos nomes ou verbos da oração principal.
e) Acordei quando já havia amanhecido.
a) manhã
b) amanhecer
c) de manhã
d) amanhecendo
B. Noções gramaticais
I.
f) Ela se comporta como desejamos.
a) de acordo com nosso desejo
b) nosso desejo
c) desejar
d) desejável
O período simples é constituído por oração absoluta.
II. No período composto podem ocorrer três tipos de
oração:
• independente;
• principal;
• subordinada.
2. As palavras que substituem as expressões foram
classificadas como:
a) substantivo, adjetivo, verbo e advérbio.
b) adjetivo, pronome substantivo e verbo.
c) verbo, locução adverbial, conjunção e preposição.
d) substantivo, pronome substantivo, adjetivo e locução adverbial.
III. A oração independente:
• coloca-se ao lado de outra, sem desempenhar
função sintática alguma;
• não depende de outras orações do período;
3. Transforme os períodos compostos do exercício 1
em períodos simples. Para isto: encaixe a palavra ou
grupo de palavras que substitui a oração subordinada
na oração principal.
• pode ser coordenada assindética, quando não é
introduzida por conjunção, e coordenada sindética, quando é introduzida por conjunção.
Exemplo:
Ando muito, viajo muito, portanto, conheço os mais
diferentes lugares.
Oração coordenada inicial: Ando muito,
Oração coordenada assindética: viajo muito,
Oração coordenada sindética conclusiva: portanto
conheço os mais diferentes lugares.
Exemplo:
Ele esperou que eu discursasse.
A oração subordinada que eu discursasse pode ser
substituída por “meu discurso”.
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IV. A oração subordinada:
VII. As orações subordinadas, como funcionam como
termos da oração principal, estão sempre associadas
a um nome ou verbo da oração principal.
• funciona como um termo de outra oração;
• depende de outra oração.
Exemplos:
Assisti a um filme que comove.
Assisti a um filme comovente.
Exemplo:
Gosto de que me respeitem.
A oração “que comove” está ligada ao substantivo
filme da oração principal.
A oração subordinada de que me respeitem funciona
como objeto indireto da oração Gosto.
Os diretores concordaram que o projeto fosse discutido.
Os diretores concordaram com a discussão do projeto.
• encaixa-se nessa outra oração;
V. A oração principal:
A oração “que o projeto fosse discutido” está ligada
ao verbo concordaram da oração principal.
• é aquela na qual se encaixa uma subordinada;
• apresenta um de seus termos representado pela
oração subordinada.
VIII. Quadro de resumo
Exemplo:
Gosto de que me respeitem.
O objeto indireto da oração Gosto é representado
pela oração subordinada de que me respeitem.
TIPOS DE ORAÇÃO
independente
subordinada
principal
• coloca-se ao lado • funciona como • é aquela na qual
de outra, sem de- um termo de se encaixa uma
sempenhar função outra oração;
subordinada;
sintática alguma;
VI. As orações subordinadas podem ser:
• substantivas: quando desempenham função sintática própria do substantivo (podem ser substituídas por um substantivo ou pronome substantivo).
• não depende de ou- • encaixa-se nes- • apresenta um de
tras orações do pe- sa outra oração; seus termos reríodo;
presentado pela oração subor• pode ser coorde- • depende de ou- dinada.
nada assindética, tra oração;
quando não é introduzida por conjunção, e coor- • pode ser subsdenada sindética, tantiva, adje quando é introdu- tiva ou adverzida por conjunção. bial.
Exemplo:
Eles lamentaram que tu estivesses ausente.
Eles lamentaram a tua ausência.
• adjetivas: quando desempenham função sintática
própria do adjetivo (podem ser substituídas por
um adjetivo).
Exemplo:
Recebi uma explicação que tem coerência.
Recebi uma explicação coerente.
• adverbiais: quando desempenham função sintática própria do advérbio (funcionam como adjunto
adverbial da principal e podem ser substituídas
por uma locução adverbial ou expressão com
valor adverbial).
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,
digite PORT8F302
Exemplo:
Eles chegaram quando a sessão estava iniciando.
Eles chegaram no início da sessão.
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CAPÍTULO
23
Texto dramático – personagens
Observações:
• os significados das palavras em negrito encontram-se
no final do texto;
• o texto entre colchetes [ ] trata-se de adaptação do
original de Martins Pena.
Um Sertanejo na Corte
Comédia em 1 ato
PERSONAGENS
TOBIAS, mineiro
PEREIRA, negociante na Corte
INÊS, sua filha
GUSTAVO, amante de Inês
Dois ciganos
No texto dramático, as falas das personagens ou são
diálogos (palavra de origem grega, composta por diá,
que significa “por”, “através”, e logos, que significa
“palavra”, “discurso”) ou são monólogos (a personagem
fala sozinha: monos = “só”). Diálogo é a troca de
discurso entre personagens. Usualmente, é por meio dos
diálogos e das ações que reconhecemos características de
personalidade das personagens, isto é, se são espertas,
ingênuas, honestas, desonestas etc. Não é comum um
texto dramático apresentar um narrador que explique,
comente ou critique a história ou as personagens,
como acontece em grande parte dos textos narrativos.
A seguir estão transcritas cenas da primeira parte da
comédia Um Sertanejo na Corte, de Martins Pena. Observe que o texto é composto de diálogos e algumas indicações sobre expressões e movimentos das personagens.
Leia estas cenas com atenção, procurando descobrir
características de cada uma das personagens.
Um traficante de escravos
Um mulato, escravo de Tobias
Um meirinho
D. Inácia, tia de Gustavo
A cena se passa no Rio de Janeiro
N. B.: A pessoa que fizer a parte de Tobias deve dar a
acentuação que dão os mineiros da classe baixa.
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CENA I
PRIMEIRO CIGANO — Cala-te, alguém se aproxima!
(Vai espiar.) Oh, que fortuna, que fortuna! Aí vem um
patrício. Temos pechincha hoje. Anda, anda, vai-te embora; não te esqueças da lição. (Vai-se o Segundo Cigano.)
O teatro representa uma rua. De um lado a casa de Pereira, a qual é um sobrado e tem uma janela. Dois ciganos.
CENA II
PARTE PRIMEIRA
Primeiro Cigano e depois Tobias.
PRIMEIRO CIGANO — [Hoje não conseguimos nada.]
PRIMEIRO CIGANO, olhando por onde deve entrar
Tobias — [Aí vem um otário. Tu verás como custa caro
vir à Corte!] Caluda, ele chega! (Entra Tobias montado
em um cavalo e vestido de calça de ganga azul com as
pernas da calça metidas dentro das botas, ponche de
pano azul, chapéu branco de abas largas, esporas de
prata, e precedido de duas bestas carregadas com jacases e conduzidas pelo mulato, que virá vestido de camisa
e cerolas de algodão de Minas, muito sujo de barro
vermelho, e chapéu branco de abas largas. Logo que
chegam em frente do teatro, Tobias desmonta e dá o cavalo ao mulato para segurar.)
SEGUNDO CIGANO — É verdade, os melros já estão
mais espertos.
PRIMEIRO CIGANO — [Mas isto lhes custou caro.].
Que belas lições lhe temos nós dado! Eles têm razão de
não caírem mais como patinhos, pois as lições que mais
retemos são aquelas que adquirimos à custa de nossa
bolsa.
SEGUNDO CIGANO — O negócio não vai bem. Nesta
última semana temos apenas feito quarenta mil-réis. [Se
não fossem os golpes aplicados em um ou outro otário,
eu não sei o que havia de ser de nós.]
TOBIAS, ao mulato — Leva estes burros para algum
pouso e cuidado que o patrão lhe dê bastante sal. Eu aqui
fico. (O mulato conduz os burros.) A viagem estropioume; quase que fiquei dentro de algum caldeirão na serra.
Já estava arrenegado por chegar.
PRIMEIRO CIGANO — O que havia ser de nós! Ora
esta é boa! Não há gazuas, e o sol não entra? Ainda estais
muito criança!
SEGUNDO CIGANO — Criança! E se nos pilharem?
PRIMEIRO CIGANO, chegando-se para Tobias —
Deus lhe dê muito bom dia, patrício.
PRIMEIRO CIGANO — Ah, ah, ah! Está dito, é preciso
que tenhas ainda uma ama por seis meses.
TOBIAS — Deus lhe dê o mesmo.
SEGUNDO CIGANO — Deixa-te de graças! Vamos ao
que importa: o que faremos nós hoje?
PRIMEIRO CIGANO — Pelo que vejo, chegou agora
mesmo da serra?
PRIMEIRO CIGANO — Eu te digo. Tu irás passear
naquela travessa; logo que vires que eu converso com
algum sujeito, vem te aproximando, porém como quem
não quer a coisa; neste tempo eu estarei oferecendo este
anel, que eu comprei na Cruz (mostra o anel) por uma
pataca, ao sujeito. Como por acaso eu te chamo para
avaliar o anel; tu aproxima-te e avalia-o em cinquenta
mil-réis. Porém cuidado que ele não desconfie que tu me
conheces.
TOBIAS — É verdade, trouxe mês e meio de jornada.
PRIMEIRO CIGANO — Neste caso o patrício não é
nem de Ouro Preto, nem de São João-del Rei.
TOBIAS — O senhor adivinha; eu sou do Curral-delRei, adiante de Sabará.
PRIMEIRO CIGANO — Do Curral-del-Rei? Ah, dê-me
cá este abraço! (Abraça a Tobias, o qual recua espantado.)
SEGUNDO CIGANO — Não tenhas medo.
TOBIAS — Que diabo é isto?
PRIMEIRO CIGANO — E enquanto eu estiver oferecendo o anel, vê lá se podes arranjar alguma coisa pelas
algibeiras do sujeito.
PRIMEIRO CIGANO — Deixe matar as saudades que
tenho desta bela terra. Ah, meu amigo, que belos dias
passei eu no Curral-del-Rei!
SEGUNDO CIGANO — Este é o meu forte. Ainda me
lembro da carteira que roubei àquele mineiro no Campo
de Santana. E o pateta no outro dia pôs anúncios do Diário, oferecendo alvíssaras a quem lhe levasse a carteira.
Tomara eu cá muitos destes.
TOBIAS — O senhor já esteve em Curral-del-Rei?
PRIMEIRO CIGANO — Já, meu amigo. Que saudades
tenho! Ora diga-me, como é o seu nome?
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TOBIAS, dando o anel ao Segundo Cigano — Faça o
obséquio de ver quanto vale isto.
TOBIAS — Tobias da Encarnação, para vos servir.
PRIMEIRO CIGANO — Ah, é o senhor Tobias! Quanto
me alegro de o ver. Quando eu estive no Curral-del-Rei,
ouvi falar muito do senhor, porém não esperava ter a
felicidade de o encontrar cá no Rio.
SEGUNDO CIGANO, examinando o anel — Oh, que
excelente brilhante! É seu?
TOBIAS — Não senhor, pertence aqui ao patrão.
TOBIAS — Muito obrigado ao seu obséquio. (Enquanto
assim falam, o Segundo Cigano passeia no fundo do
teatro.)
SEGUNDO CIGANO, puxando Tobias à parte — Então
o patrício quer comprá-lo?
PRIMEIRO CIGANO — Apesar de não ter sido feliz na
minha viagem, tenho muita vontade de lá voltar.
TOBIAS — É verdade.
TOBIAS — Oh, senhor, não foi feliz?
SEGUNDO CIGANO — E quanto pede ele?
PRIMEIRO CIGANO — Oh, não, eu levei algumas
obras de pedras preciosas e ouro para lá vender, porém
não fiz negócios. E se o patrício quer comprar alguma
coisa para fazer presente lá por cima a alguma pessoa, eu
estou às suas ordens. Parece-me que tenho aqui um anel.
Conhece brilhantes?
TOBIAS — Cinquenta mil-réis.
SEGUNDO CIGANO — Oh, isto é uma pechincha.
Compre, compre quanto antes, talvez que ele se arrependa. Oh, um anel que vale duzentos mil-réis, vendido por
cinquenta! Isto não se encontra todos os dias.
TOBIAS — Eu, não senhor; o meu negócio é toucinhos
e queijos.
TOBIAS, voltando-se para o Primeiro Cigano — Está
dito, eu fico com a memória; tome lá o dinheiro. (Tobias
puxa por uma carteira, tira bilhetes de dentro e paga
ao Primeiro Cigano. Logo que ele bota a carteira no
bolso da jaqueta e antes que tenha abaixado o ponche, o
Segundo Cigano furta-lhe.)
PRIMEIRO CIGANO, à parte — Bom. (A Tobias:) Veja
que belo brilhante; tem dois quilates. (Dá-lhe o anel.)
TOBIAS — Está tão leve!
PRIMEIRO CIGANO — Assim mesmo é que é a moda
em Paris.
SEGUNDO CIGANO — Deseja mais alguma coisa?
TOBIAS — Em quê?
PRIMEIRO CIGANO E TOBIAS — Não senhor.
PRIMEIRO CIGANO — Em Paris.
SEGUNDO CIGANO — Então às suas ordens. (Vai-se)
TOBIAS — Não conheço este homem.
PRIMEIRO CIGANO — O patrício queira desculpar-me
se me retiro, porém tenho muito que fazer.
PRIMEIRO CIGANO, à parte — Forte asno! (A Tobias:)
Se o patrício quer ficar com o anel, eu o deixarei em
conta. Ele vale cento e cinquenta mil-réis, mas como é
para o senhor Tobias, eu o deixarei por cinquenta.
TOBIAS — Sem mais. (vai-se o Primeiro Cigano.)
TOBIAS, depois de ter olhado muito para o anel —
Talvez não seja ouro de lei.
CENA III
PRIMEIRO CIGANO — Se duvida, eu chamarei alguma
outra pessoa para avaliá-lo. (Chamando pelo Segundo
Cigano:) O senhor faz o favor?
TOBIAS, só — Que coisa de boa é vir à Corte! Cheguei
neste mesmo momento e já fiz uma boa compra: eu posso
vender esta memória lá por cima por cem mil-réis e
ganhar cinquenta mil-réis. Oh, que coisa de boa! vamos
nos recolhendo... A casa é esta; entremos. (Vai-se pela
porta da casa de Pereira.)
PRIMEIRO CIGANO — O senhor conhece pedras preciosas?
SEGUNDO CIGANO — Como não hei de conhecer, se
meu pai é ourives?
Pena, Martins. “Um Sertanejo na Corte”. In
Comédias de Martins Pena. Editora Tecnoprint.
PRIMEIRO CIGANO — Oh, estimo muito!
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Vocabulário
Meirinho — antigo funcionário, correspondente ao atual
oficial de justiça.
Melro — indivíduo espertalhão, sagaz, finório.
Réis — plural de real, antiga unidade do sistema monetário de Portugal e do Brasil.
Gazua — ferro curvo ou torto com que se podem abrir
fechaduras; chave falsa.
Pataca — moeda antiga de prata, do valor de 320 réis;
quantia equivalente a essa moeda.
Algibeira — bolso.
Alvíssaras — prêmio ou recompensa que se concede a
quem entrega coisa que se perdera.
Caluda — interjeição usada para pedir silêncio.
Leia a caracterização de duas personagens.
1. Onde vivem os ciganos?
Nome
Armando
2. Como ganham a vida?
Ocupação
Guarda de
trânsito
Rígido, aplica a lei rigorosamente, preocupado com
segurança; sério (não gosta de brincadeiras), fala
pouco (somente o essencial), trata as pessoas com
formalidade e condena o
uso de gíria.
Estudante
Descontraída, distraída,
bem-humorada, não respeita regras, trata todos com
informalidade, usa muitos
termos de gíria.
3. São ingênuos ou espertos? Que permite chegar a essa
conclusão?
Cacá
4. São sinceros ou dissimulados? Justifique.
Características
5. Tobias é natural da cidade grande?
8. Você e um colega devem desenvolver um diálogo, de
aproximadamente um minuto, entre as duas personagens: Armando e Cacá. Imaginem que Cacá tenta
atravessar a rua com o sinal fechado para pedestre
quando Armando olha na direção da estudante e...
6. É ingênuo ou esperto? Justifique.
7. Tobias se considera ingênuo ou esperto? Justifique.
9. Antes de escrever o diálogo, improvisem uma pequena conversa entre as duas personagens. Estejam
atentos para que o diálogo deixe transparecer as
características das personagens, ou seja, o que as
personagens dizem deve mostrar os tipos de pessoas
que são.
Agora que vocês já refletiram sobre as características das
personagens, três alunos irão ler os diálogos usando esse
conhecimento, de forma a tornar as falas expressivas e
convincentes, como se ocorresse uma conversa real.
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10. Quando vocês considerarem que o diálogo improvisado reflete as características das personagens, registrem-no por escrito. Lembrem-se de reproduzir por
escrito a linguagem oral.
16. Receba do(a) professor(a) uma caracterização de
personagem elaborada por um colega.
11. Leia o diálogo para a classe (cada aluno lê as falas de
uma personagem).
17. Escolha um par. Você e seu par devem desenvolver
um diálogo entre as duas personagens caracterizadas
por outros colegas. Primeiro, improvisem o diálogo
para depois registrá-lo por escrito.
12. Ouça atentamente os diálogos criados pelos colegas.
18. Forneçam o diálogo para ser lido pelos autores da
caracterização das personagens.
13. Dos diálogos desenvolvidos pelos colegas, que
ideias vocês poderiam emprestar para melhorar o
texto que escreveram?
19. Leia o diálogo desenvolvido pelos seus colegas a
partir da caracterização de personagem que você elaborou. Verifique se o diálogo reflete as características da personagem que você criou. Converse
com os autores do diálogo para:
14. Escreva a caracterização de uma personagem conforme visto na aula anterior. Escreva esta caracterização em uma folha destacável.
• saber se as informações que você forneceu foram
suficientes para imaginar qual seria o comportamento da personagem;
• indicar, no texto, quais falas da personagem melhor refletem suas características e quais não refletem, se for o caso.
15. Entregue a caracterização para o(a) professor(a).
122
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CAPÍTULO
24
Reflexão sobre a língua
– Oração subordinada substantiva
4. Copie os períodos indicados no exercício 3, substituindo a oração subordinada por isto ou disto.
A. Exercícios exploratórios
5. Nos períodos do exercício 4, sublinhe a palavra da
oração principal à qual se associa isto ou disto.
“Tu irás passear naquela travessa; logo que
vires que eu converso com algum sujeito, vem
te aproximando, porém como quem não quer
a coisa; neste tempo eu estarei oferecendo este
anel, que eu comprei na Cruz (...) por uma
pataca, ao sujeito.”
6. A partir das respostas do exercício 5, podemos
concluir que as orações subordinadas substantivas
estão associadas
a) sempre a um nome da oração principal.
b) sempre a um verbo da oração principal.
c) a um nome ou ao verbo da oração principal.
7. Nas aulas do primeiro bimestre, você estudou os termos da oração associados ao nome (substantivo e
adjetivo) e associados ao verbo. Como as orações
subordinadas funcionam como termos da oração
principal, é necessário recordá-los para aprender a
distinguir entre os vários tipos de orações subordinadas substantivas.
a) Os termos da oração associados ao nome são:
1. Qual das orações sublinhadas no trecho acima poderia ser substituída por um substantivo, conservando o
período gramaticalmente correto?
a) logo que vires – tua vista
b) que eu converso com algum sujeito – minha conversa com algum sujeito
c) que eu comprei na Cruz (...) por uma pataca, ao
sujeito – minha compra por uma pataca ao sujeito
b) Os termos associados ao verbo são:
2. Divida os períodos em orações e sublinhe as orações
subordinadas.
a) Interessa-lhe o que você disser.
b) Acordei assim que você tocou a campainha.
c) Todos notaram que o ator estava nervoso.
d) O problema é que o ator estava nervoso.
e) Todos notaram o ator que estava nervoso.
f) Cheguei à conclusão de que meus problemas não
são insolúveis.
g) Ela é uma pessoa que tem coragem.
h) Concordo com você nos aspectos gerais, porém
faço pequenas objeções a pontos específicos.
i) Entre nós há um acordo: que um sempre se coloque no lugar do outro.
j) Há animais selvagens que podem ser domesticados.
k) Ele venceu o concurso; receberá, pois, o prêmio.
B. Noções gramaticais
I.
A oração subordinada substantiva desempenha função sintática própria do substantivo. Pode ser substituída por um substantivo ou pronome substantivo.
Às vezes não encontramos um substantivo adequado,
que não altere o sentido da frase, para fazer a substituição. Mas sempre podemos substituir a oração subordinada substantiva pelo pronome substantivo isto
(ou contração do pronome com preposição, como
disto, nisto).
Exemplos:
Eles reconheceram que você é competente. (oração
subordinada substantiva)
Eles reconheceram a sua competência. (substantivo)
3. Quais das orações subordinadas sublinhadas no exercício 2 podem ser substituídas pelo pronome substantivo isto ou disto?
Eles reconheceram isto. (pronome substantivo)
Pensei que não tinha inimigos.
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Neste caso, não encontramos um substantivo para
substituir a oração subordinada, sem alterar seu
sentido original. No entanto, podemos substituir a
oração subordinada pelo pronome substantivo isto.
Confessei o quê? A minha culpa.
A minha culpa: objeto direto
O termo “a minha culpa” está associado ao verbo
confessei.
Pensei isto.
• objeto indireto da principal.
II. Normalmente, as orações subordinadas substantivas
são introduzidas pelas conjunções integrantes que e
se.
Exemplo:
Exemplos:
Ninguém confiou em que ele teria sucesso.
Vi que choveu. (exprime certeza)
Ninguém confiou no sucesso dele.
Veja se choveu. (exprime incerteza)
Ninguém confiou em quê? No sucesso dele.
Em alguns casos, as orações subordinadas substantivas vêm introduzidas por outras palavras, como:
No sucesso dele: objeto indireto
O termo “no sucesso dele” está associado ao verbo confiou.
• pronomes interrogativos: quem, qual, que...
• advérbios interrogativos: onde, como, quando...
IV. Quando a oração subordinada substantiva está ligada
a um nome da oração principal, ela pode funcionar
como:
Exemplos:
Ele não sabe qual será o desafio.
• predicativo do sujeito.
Ela não sabe onde estou.
Exemplo:
A verdade é que somos acomodados.
III. Quando a oração subordinada substantiva está ligada
ao verbo da oração principal, ela pode funcionar
como:
A verdade é a nossa acomodação.
Qual é a verdade? A nossa acomodação.
• sujeito da principal.
A nossa acomodação: predicativo do sujeito
Exemplo:
O termo “a nossa acomodação” está associado ao
substantivo verdade.
Interessa-lhe que você regresse.
• complemento nominal.
Interessa-lhe o seu regresso.
Exemplo:
Tenho confiança em que ele logre êxito.
Que lhe interessa? O seu regresso.
Tenho confiança no êxito dele.
O seu regresso: sujeito
Tenho confiança em quê? No êxito dele.
O termo “o seu regresso” está associado ao verbo
interessa.
No êxito dele: complemento nominal
O termo “no êxito dele” está associado ao substantivo confiança.
• objeto direto da principal.
• aposto.
Exemplo:
Exemplo:
Tenho uma convicção: que seu desejo será realizado.
Confessei que tinha culpa.
Confessei a minha culpa.
Tenho uma convicção: a realização do seu desejo.
124
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Qual é a minha convicção? A realização do seu
desejo.
C. Exercícios de aplicação de
conceitos
A realização do seu desejo: aposto
1. Releia, no item anterior, os exemplos de cada um dos
tipos de oração subordinada substantiva. Tomando
cada exemplo como modelo, escreva períodos com
cada tipo de oração subordinada substantiva.
O termo “a realização do seu desejo” está associado ao substantivo convicção.
Nota: Não se preocupe, agora, com a classificação
dos diferentes tipos de orações subordinadas
substantivas. Você irá estudá-los, em detalhes, nas próximas aulas. Por enquanto, é suficiente que você saiba distinguir uma oração subordinada substantiva de outra adjetiva ou adverbial e saiba identificar o termo
da oração principal ao qual a oração subordinada se associa.
2. Sublinhe, nos períodos que você redigiu no exercício
1, a palavra da oração principal à qual está associada
a oração subordinada substantiva. Indique se esta
palavra é um nome ou um verbo.
V. Quadro de resumo
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
desempenham função sintática própria do substantivo
ligadas ao verbo da
oração principal
Funcionam como:
• sujeito
• objeto direto
• objeto indireto
ligadas a um nome da
oração principal
Funcionam como:
• predicativo do sujeito
• complemento nominal
• aposto
ANOTAÇÕES
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CAPÍTULO
Texto dramático – ambientação
25
CENA II
Inês e Tobias
TOBIAS — Um criado da casa.
INÊS — Uma sua criada. Deseja alguma coisa?
TOBIAS — Eu trazia este escrito para o senhor Pereira.
(Mostra uma carta.)
INÊS — Eu o vou chamar. Tenha a bondade de esperar
um pouco. (Sai.)
CENA III
Máscaras, Mario Tapia
TOBIAS, só, olhando espantado para as paredes e
trastes da casa — Que coisas de bonitas! (Examinando
a mesa:) Que mesa de rica! (Examinando as cadeiras:)
Oh, homem, que tamboretes tão bonitos! Senhor Pereira
é bem rico! Lá por riba não há disto. (Aproxima-se do
piano e o examina.) O que é isto? Tem um regimento de
coisinhas brancas e pretas! (Toca em uma, e ouvindo o
som recua espantado.) Oh, é um bicho! Ele canta tão
bonito! (Examina com interesse, porém de longe.) Eu
quero levar um destes bichos lá para riba, pra cantar no
meu quarto.
Nesta aula, vocês irão estudar as cenas iniciais da
segunda parte da comédia Um Sertanejo na Corte, de
Martins Pena.
PARTE SEGUNDA
CENA I
Casa de Pereira, com mesa, cadeiras e um piano que
estará aberto.
INÊS, entrando — Nesta casa já não há sossego para
mim; perseguem-me em toda a parte. (Assenta-se.) Oh,
meu Deus, quando deixarei eu de ser espreitada! Se eu
estou no sótão, meu pai diz que estou namorando; se na
janela, peior! Eu já não saio a passeio, já não vou aos
bailes. Oh, eu não sei o que me falta mais! Ah, Gustavo,
Gustavo, quanto custa amar, e amar com privações! Meu
pai se engana, quando pensa que a reclusão a que ele me
sujeita extinguirá o meu amor. Oh, não, o amor vive de
obstáculos e quanto mais fortes são estes, mais intensa
é a chama. Gustavo, eu serei tua, custe o que custar.
(Batem palmas.) Quem é? (Inês levanta-se.)
CENA IV
Entra Pereira, vestido de casaca, chapéu e bengala.
PEREIRA — O senhor deseja falar-me?
TOBIAS — Sim senhor. Eu trago este escrito que lhe
manda o Sr. Capitão-mor Antônio da Costa. (Dá-lhe a
carta. Enquanto Pereira lê a carta para si, Tobias quer
chegar-se para o piano, mas não se atreve.)
PEREIRA — Eu tenho muito prazer em receber em
minha casa o senhor Tobias da Encarnação, primo de
meu amigo, o capitão-mor. Queira considerar-se como
em sua casa.
TOBIAS, dentro — Um criado da casa.
INÊS — Pode entrar quem é.
126
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TOBIAS — Muito obrigado.
PEREIRA — Qual viola nem meia viola; já lhe disse que
chama-se piano.
PEREIRA — Todos ficaram bons lá por cima?
TOBIAS — Pois está bom. Pião, pião, seja lá como quiser! Quer ou não quer a breganha?
TOBIAS — Todos, sim senhor, com a graça de Deus.
PEREIRA — É a primeira vez que vem ao Rio?
TOBIAS — É a primeira, senhor, sim.
PEREIRA — Trataremos disto com mais vagar. Ali está
o seu quarto; queira ter a bondade de entrar e ver se está
a seu gosto.
PEREIRA — Tem gostado?
TOBIAS — Com sua licença. (Sai.)
TOBIAS — Muito. Eu gostei muito de uma casinha que
encontrei em riba de umas rodas.
CENA V
PEREIRA, só — E que tal o quadrúpede! Chamar seges
casinhas e piano bicho! Há ainda muita estupidez! O que
não vai por estes vastíssimos sertões que cobrem grande
parte do Brasil! Não admira que este pense que o piano é
um bicho, quando outros creem em reino encantado de
João Antonio em Pernambuco. Enquanto instituições
sábias não amelhorarem a educação de grande parte dos
brasileiros, os ambiciosos terão sempre aonde se apoiar.
Senão, diga-o o Rio Grande, diga-o a Bahia! Desgraçada da nação cujos povos vivem na mais crassa e estúpida ignorância! (Chamando.) Ó Inês, Inês?
PEREIRA — Como é?
TOBIAS — De uma casinha em riba de umas rodas e puxada por dois burros com umas cangalhas muito bonitas.
PEREIRA — Oh, homem, isto é uma sege!
TOBIAS — Sege! Ah, chama-se sege! E como se chama
aquele bicho que está dentro daquele caixão? (Aponta
para o piano.)
CENA VI
PEREIRA — O que está o senhor dizendo? De que bicho
fala?
Inês, Pereira e depois Tobias.
TOBIAS — Ora, o patrão não entende? Aquele bicho
que canta tão bonito e que está dentro daquele caixão.
PEREIRA — Menina, tendo de passar o dia hoje fora,
incumbo-te de fazeres as honras da casa. Trata bem o
senhor Tobias e cuidado que nada lhe falte.
PEREIRA — Ah, ah, ah! Quem poderia adivinhar que
um piano era bicho! Ah, ah, ah, ora esta é boa! Ah, ah, ah!
INÊS — Quem é o senhor Tobias? É este que há pouco
saiu daqui?
TOBIAS — O patrão manga comigo? Eu desconfio.
PEREIRA — Sim, é ele mesmo.
PEREIRA — Não desconfie, senhor Tobias, o caso não é
para isto. Venha cá. (Leva-o para junto do piano.) Isto é
um piano, é um instrumento de corda, assim como uma
viola, um machete, e não um bicho como o senhor
pensa. (Toca à toa no piano.) Está ouvindo?
INÊS — Pode ir descansado, que eu o tratarei bem. Meu
pai, a que horas volta?
PEREIRA — Não sei. Adeus. Faça o favor de não ir
pregar-se na janela como um papagaio e namorar a
quantos badamecos passarem pela rua. [O Rio de Janeiro
está perdido; qualquer sujeitinho com uma roupinha
melhor já pensa que pode casar e ter casa.] Que lhe
parece? Não se dá maior descoco! Meus amiguinhos, casar não é dançar uma valsa no baile do Catete. Mas aí
chega o senhor Tobias. (Entra Tobias, porém sem ponche
e chapéu, e com uma jaqueta de chita.) Eu tenho a honra
de apresentar ao senhor Tobias a minha filha. (Tobias faz
mesuras em recuando.) Eu lhe peço desculpas de o
deixar só, porém os meus afazeres me chamam fora de
casa.
TOBIAS, muito admirado — Ah!
PEREIRA — Ora, agora veja. (Abre o piano e mostra-lhe
o feitio por dentro.) Está vendo? São cordas.
TOBIAS — Como é bonito! Ó patrão, vamos breganhar?
PEREIRA — Breganhar como?
TOBIAS — Eu lhe dou um dos meus burros carregados
por esta viola grande.
127
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TOBIAS — Sem mais.
PEREIRA — Com a sua licença. Menina, trata bem o
senhor Tobias.
INÊS, à parte — Como é tolo! (A Tobias.) Quando quiser algo, chame por alguma das pessoas desta casa, que
será prontamente obedecido.
INÊS — Sim, meu pai.
TOBIAS —
CENA VII
Tobias e Inês
Muito agradecido à senhora. (Inês vai-se.)
Pena, Martins. “Um Sertanejo na Corte.” In
Comédias de Martins Pena. Editora Tecnoprint.
TOBIAS — Então?
Vocabulário
INÊS — Sim senhor. É esta a primeira vez que o senhor
vem ao Rio?
Machete — cavaquinho.
Reino encantado de João Antonio em Pernambuco, Rio
Grande, Bahia — alusão a movimentos que se rebelavam contra a política da Corte.
TOBIAS — Senhora sim, e estou arrependido de não ter
vindo há mais tempo; há muitas pessoas bonitas por cá.
INÊS — É verdade, porém o senhor ainda não viu nada.
Oh, se fosse ao baile dos Estrangeiros, então se admiraria!
Crasso — grosseiro, desmarcado.
TOBIAS — Baile! O que é baile?
1. Esta comédia foi escrita, provavelmente, entre 1833
e 1837. Repare na linguagem das personagens. Que
diferenças você nota entre a linguagem das personagens e a linguagem que usamos hoje?
Descoco — descaramento, atrevimento.
INÊS — É uma casa aonde a gente vai à noute dançar.
TOBIAS — Isto não se chama baile, chama-se batuque.
Ora diga-me, lá dança-se a coritiba?
2. Observe a diferença entre a linguagem de Tobias —
um sertanejo — e a linguagem de Pereira e Inês —
moradores do Rio de Janeiro. Que diferenças você
nota entre uma e outra?
INÊS — Não senhor, porém dançam-se contradanças
francesas, valsas, galopes...
TOBIAS — Oh, oh, oh! Esta é boa! Então o meu cavalo
também sabe dançar, e portanto pode ir a essa cousa.
3. Hoje em dia ainda podem ser notadas diferenças
entre a fala de um sertanejo e a fala de um morador
da cidade grande? Por que isso acontece?
INÊS — O galope é uma dança muito bonita.
TOBIAS — Oh, oh, oh! A falar-lhe a verdade, o que me
tem mais admirado é ver mulheres sem pernas e barriga
vivas.
4. Que objetos, comuns no Rio de Janeiro, Tobias desconhecia?
INÊS — Mulheres sem pernas e barrigas, vivas! Aonde
viu o senhor isto?
5. Atualmente, um sertanejo estranharia tais objetos?
Em caso negativo, que objetos da cidade grande poderiam surpreender um sertanejo?
TOBIAS — Em uma rua por onde passei quando para cá
vim, aonde havia burgigangas penduradas pelas portas.
Elas estavam dentro de uma vidraça e andavam à roda.
6. Segundo a personagem Inês, quais eram as danças em
voga na Corte? E no sertão, de acordo com Tobias?
INÊS — Oh, senhor, isto são bonecas de cera!
7. Hoje, que costumes de um habitante de cidade
grande poderiam surpreender um sertanejo que vive
isolado?
TOBIAS — Que cera! E os olhos de que são? São também de cera! Não pode ser; eles estão espiando a gente!
8. Quando um autor ambienta um texto em determinada
época, deve refletir na obra a linguagem, os costumes, os objetos e as vestimentas desta época. No
caso da encenação do texto dramático, há duas possibilidades: conservar a ambientação original ou alterá-la, usando a linguagem, os costumes, os objetos e
a vestimenta de outra época.
INÊS — Os olhos são de vidros. Estas bonecas servem
para mostrar a moda dos penteados.
TOBIAS — Nessa não creio eu. Eu preciso que o filho
do meu pai não as tivesse visto. Eu não mais quisera
ateimar convosco.
128
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Reúna-se com seu grupo. Vocês irão escolher uma
das cenas da segunda parte de Um Sertanejo na
Corte e reescrevê-la, como se ela se passasse nos
dias de hoje. Para isso, devem adequar a linguagem,
os costumes, os objetos e a vestimenta.
Antes de iniciar a redação, discutam os elementos
que serão alterados.
Dividam as funções para facilitar o trabalho em grupo:
• todos dão sugestões;
• um aluno anota as decisões do grupo;
O palco
• um aluno redige o texto final, de acordo com as
orientações do grupo.
Vocês irão ler a cena de Um Sertanejo na Corte reescrita
pelo grupo.
9. Vocês deverão ler o texto para a classe na próxima
aula. Determinem quem lerá a fala de cada personagem e ensaiem a leitura.
Também, irão ouvir atentamente as adaptações realizadas
pelos outros grupos. Ao ouvirem a leitura dos outros
grupos, observem se são atuais a linguagem, os costumes
e os objetos.
Ao final, discutam em grupo e indiquem aspectos da
adaptação feita por colegas que poderiam ser aproveitados pelo grupo para tornar seu texto mais atual, interessante, divertido e, ao mesmo tempo, conservar o espírito
e a graça do original de Martins Pena.
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,
digite PORT8F303
ANOTAÇÕES
129
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CAPÍTULO
26
Texto dramático – argumento
•
•
•
•
tempo;
espaço;
percurso da ação; e
desfecho.
Levando em conta as cenas iniciais, a lista de personagens apresentada pelo próprio Martins Pena e o desenvolvimento da história que você imaginar, crie o
argumento de Um Sertanejo na Corte.
1. Antes de redigir o argumento, identifique os seus
elementos:
• personagens: (identificados pelo autor)
TOBIAS, mineiro
PEREIRA, negociante na corte
INÊS, sua filha
GUSTAVO, amante de Inês
Dois ciganos
Um traficante de escravos
Um mulato, escravo de Tobias
Um meirinho
D. INÁCIA, tia de Gustavo
Cartaz da peça Roda Viva, encenação de texto de Chico Buarque de
Holanda
•
•
•
•
Em aulas anteriores você leu as poucas cenas conhecidas
da comédia Um Sertanejo na Corte. Alguns estudiosos
acreditam que Martins Pena não chegou a concluir a
obra. Outros defendem a tese de que os originais das
cenas subsequentes foram perdidos.
tempo:
espaço:
percurso da ação:
desfecho:
2. Tendo definido os elementos principais, redija o argumento.
Nesta aula, você deverá criar a continuação dessa comédia.
3. Leia os argumentos de pelo menos dois colegas e
compare-os com o seu.
Assim como o conto e o romance, o texto dramático
também é baseado em um argumento, ou seja, em um
brevíssimo resumo da história que será desenvolvida por
meio das ações e dos diálogos das personagens.
No 4.o bimestre da 7.° ano, você já aprendeu a desenvolver um argumento. Lembre-se, do argumento devem
constar:
• personagens;
130
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CAPÍTULO
27
Reflexão sobre a língua –
Oração subordinada subjetiva
3. Sublinhe as orações subordinadas substantivas (lembre-se: as orações subordinadas substantivas podem
ser substituídas pelo pronome substantivo isto).
a) É sofrido para mim que tu te ausentes.
b) Esperamos que todos respeitem o regulamento.
c) Convém que te ausentes.
d) É sabido que ele não tem escrúpulos.
e) Ordenei-lhe que se comportasse adequadamente.
f) O tempo obrigou a que ficássemos em casa.
g) Participei da reunião, todavia não expressei minhas opiniões.
h) Tenho uma ideia: que um comente a redação do
outro.
i) Estou com medo de que você falhe.
j) É preciso que ele se acalme.
k) Assustei-me logo que ela me contou o problema.
l) Li um livro sobre um homem que nunca morre.
A. Exercícios exploratórios
4. Indique os períodos em que o verbo da oração principal está na terceira pessoa do singular.
5. Dos períodos indicados no exercício 4, qual(is) apresenta(m), no interior da oração principal, sujeito
explícito ou oculto?
1. Examine, na tira, as orações iniciadas pelo que. Alguma dessas orações pode ser substituída por isto?
6. As orações subordinadas substantivas podem funcionar como sujeito da oração principal.
Para descobrir se a oração subordinada substantiva
funciona como sujeito da principal:
• verifique se o verbo da oração principal está conjugado na terceira pessoa do singular. Se o verbo
não estiver na terceira pessoa do singular, a oração
subordinada não funciona como sujeito;
• verifique se a oração principal apresenta o sujeito
em seu interior ou se tem sujeito oculto. Se a
oração principal apresentar sujeito oculto ou sujeito em seu interior, a oração subordinada não
funciona como sujeito;
• formule uma pergunta acrescentando que ou quem
antes do verbo da oração principal. Se a resposta
for a oração subordinada, então ela funciona como
sujeito da principal.
2. Imagine o que Mafalda diz a Susanita e complete o
balão. Depois, verifique se a oração iniciada pelo que
pode ser substituída por isto.
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Exemplo:
Urge que você venha.
Urge isto.
a) É necessário que se participe.
A oração principal — Urge — tem o verbo na terceira pessoa do singular e não apresenta sujeito em seu
interior.
c) É bom que se divirta.
Que urge? Isto (que você venha).
e) Era necessário que se discutisse.
b) É bom que se proteste.
d) É admitido que se reivindique.
que você venha: sujeito de urge
f) Será admitido que se conteste.
Se o verbo da oração principal for de ligação, formule a pergunta acrescentando o predicativo.
g) Foi necessário que se estudasse.
8. Analisando atentamente o exercício 7, você pode
chegar a algumas conclusões, como
Exemplo:
É urgente que você venha.
É urgente isto.
a. quando a oração subordinada é transformada em
um verbo, o predicado nominal formado pelo
verbo ser mais um adjetivo (é necessário, será
admitido etc.)
a) sofre modificação.
b) não sofre modificação.
Que é urgente? Isto (que você venha).
que você venha: sujeito de “é urgente”
Cuidado para não confundir a oração subordinada
substantiva que funciona como sujeito da principal
com a oração subordinada substantiva que funciona
como objeto direto.
Exemplo:
b. quando essa oração subordinada é transformada
em um substantivo que não vem precedido de
artigo ou de outro modificador (por exemplo, por
pronome), o adjetivo do predicado nominal
a) sofre modificação.
b) não sofre modificação.
Queremos que você venha.
Quem queremos? Nós.
c. quando essa oração subordinada é transformada
em um substantivo que vem precedido de artigo
ou de outro modificador (por exemplo, por pronome), o adjetivo do predicado nominal
a) sofre modificação.
b) não sofre modificação.
O verbo da oração principal não está na terceira pessoa do singular, mas na primeira pessoa do plural. O
sujeito da oração principal é nós (oculto). Portanto, a
oração subordinada substantiva não funciona como
sujeito da oração principal, mas como objeto direto.
Aplicando esse procedimento, descubra quais são as
orações subordinadas do exercício 3 que funcionam
como sujeito da oração principal.
B. Noções gramaticais
I.
7. Reescreva o período, conforme os modelos.
A oração que funciona como sujeito da oração
principal é denominada oração subordinada substantiva subjetiva.
É necessário que se cuide.
É necessário cuidar-se.
É necessário cuidado.
É necessário o cuidado.
A oração subordinada subjetiva é ligada ao verbo da
oração principal.
É proibido que se entre.
É proibido entrar.
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
A oração “que venhas” está ligada ao verbo agrada
da oração principal.
Exemplo:
Agrada-me que venhas.
Seria o mesmo que dizer: A tua vinda me agrada.
132
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II. Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva:
IV. Nos predicados nominais formados pelo verbo ser
mais um adjetivo (é necessário, é bom, é claro), há
duas construções possíveis:
• ela pode ser substituída por um pronome substantivo (isto, aquilo...);
• o adjetivo fica invariável se o sujeito é uma oração
subordinada substantiva, um verbo no infinitivo
(que também é uma oração subordinada, conforme você verá futuramente) ou um substantivo não
precedido de artigo ou qualquer modificador.
• o verbo da oração principal está sempre na terceira pessoa do singular;
• a oração principal não apresenta sujeito em seu
interior.
Exemplo:
Convém que ele venha.
Exemplos:
É necessário que se converse. (oração subordinada substantiva subjetiva)
É necessário conversar. (verbo no infinitivo)
É necessário conversa. (substantivo sem modificador)
• a oração “que ele venha” pode ser substituída por
isto (Convém isto.);
• convém (verbo da oração principal) está na terceira pessoa do singular;
• o adjetivo concorda com o sujeito se este é um
substantivo precedido por artigo ou qualquer modificador.
Exemplos:
É necessária a conversa. (substantivo precedido
de artigo)
É necessária sua conversa. (substantivo precedido de pronome adjetivo)
• convém (a oração principal) não apresenta sujeito
em seu interior.
III. Quando na oração principal ocorre o se como partícula apassivadora, a oração subordinada substantiva
é subjetiva.
Para descobrir se o se é partícula apassivadora,
verifique:
• se o verbo da oração principal é transitivo direto
ou transitivo direto e indireto;
V. Quadro de resumo
• se a oração subordinada pode ser substituída por
um substantivo ou pronome substantivo;
ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA SUBJETIVA
• se é possível transformar o período simples (criado a partir da transformação da oração subordinada substantiva) na voz passiva analítica.
funciona como sujeito do verbo da oração principal
Exemplo:
Decidiu-se que você permaneceria.
Decidiu-se: verbo transitivo direto
Decidiu-se a sua permanência.
Decidiu-se isto.
A sua permanência foi decidida. (voz passiva analítica)
A sua permanência: sujeito
133
•
pode ser substituída por um pronome substantivo
(isto, aquilo...);
•
o verbo da oração principal está sempre na terceira
pessoa do singular;
•
a oração principal não apresenta sujeito em seu
interior.
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CAPÍTULO
28
Texto dramático – roteiro
5. Leia a descrição inicial de cada uma das cenas da
primeira e segunda partes da comédia. Que tipos de
informação elas apresentam?
6. Para fornecer essas informações, quais os tempos de
verbo usados?
7. Em um texto narrativo (como um conto), que tempos
de verbo são normalmente usados para fornecer
essas mesmas informações?
8. Associe a coluna da esquerda com a coluna da direita.
a. texto dramático
I. o verbo dá a ideia de que
o fato ocorreu no passado
e está sendo relatado por
alguém que o presenciou
Máscaras latino-americanas
b. texto narrativo
O texto teatral, além de apresentar os diálogos, deve fornecer ao leitor ou a quem for encenar a peça uma série de
informações que permitam imaginar o cenário, o movimento, as expressões das personagens...
II. o verbo dá a ideia de que
o fato está ocorrendo na
presença do leitor
9. As falas das personagens são apresentadas em
discurso direto ou indireto?
Como você vem lendo comédias de Martins Pena desde
o início do bimestre, já deve ter reparado nesses elementos do texto teatral. No entanto, é importante que você os
analise com atenção para ter condições de escrever um
texto teatral com todos esses elementos. As questões
seguintes o auxiliarão a conhecer bem cada um desses
elementos.
10. Observe que, entre os diálogos, são apresentadas algumas informações entre parênteses. A que se referem essas informações?
11. Muitas vezes essas informações são apresentadas por
meio de frases nominais (frases sem verbo). Outras
vezes, é necessário o uso de verbos para indicar
ações. Quando há verbos, em que tempo estão conjugados? Por que você acha que isso ocorre?
Para responder às questões, analise o texto de Um Sertanejo na Corte apresentado nas aulas anteriores.
1. Observe a lista de personagens. Que tipos de informação o autor fornece sobre as personagens?
12. Por que essas informações aparecem entremeadas
aos diálogos em vez de serem apresentadas no início
ou no final da cena?
2. Observe a nota (N.B.) que vem em seguida. Que tipo
de informação ela fornece?
3. Que outros tipos de informação o autor poderia ter
fornecido para ajudar o leitor a imaginar como são as
personagens e para ajudar o ator a representá-las da
maneira como foram originalmente concebidas?
13. Suponha que você irá escrever uma peça que tem
como cenário do primeiro ato a sua sala de aula. Faça uma descrição da sala para que o leitor consiga
imaginá-la nos seus detalhes mais identificadores, ou
seja, naqueles detalhes que a diferenciam de outras
salas de aula. Construa frases nominais ou empregue
verbos no presente ou futuro do indicativo.
4. Fornecer muitas informações sobre personagens
pode ter vantagens e desvantagens. Na sua opinião,
quais seriam as vantagens e desvantagens?
134
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Quando os textos dramáticos são encenados, eles se
transformam em imagens (vistas pelo espectador, como o
cenário, as personagens, os movimentos, as luzes) e sons
(os diálogos e os barulhos indicativos de acontecimentos).
Mas se um texto dramático é transmitido por um canal
puramente auditivo (como fita áudio ou rádio), os elementos visuais devem ser sugeridos por meio de sons.
Por exemplo, se no palco podemos simular a chuva com
luzes ou água, no rádio a simulamos com sons, como o
barulho típico do trovão ou dos pingos da água chocando-se com o solo.
Encenação
Você já imaginou uma continuação para a comédia Um
Sertanejo na Corte e redigiu o argumento.
Com base nesse argumento que você criou, redija a próxima cena da comédia — cena VIII, segunda parte.
Da mesma forma, para indicar a mudança de cenário,
podemos usar os sons típicos do local: barulho do mar
para indicar que a cena se passa numa praia; barulho de
carros, para cenas que acontecem na rua; som de avião,
de trem, para cenas em aeroporto ou estação ferroviária;
muitas vozes, para cenas que acontecem em lugares onde
há muita gente.
Na parte inicial, descreva o cenário, indique as personagens que participam da cena e dê outras informações que
julgar necessário.
Alguns recursos podem ser usados para indicar passagem
do tempo: badaladas de um relógio, alguma fala de personagem mencionando a nova data, a voz de um narrador
apenas situando o transcurso de tempo.
Nesta aula, você irá ler para seu grupo a cena que redigiu
na aula anterior, como se fosse transmitida por uma
estação de rádio. Substitua por sons, quando possível, as
marcações referentes a espaço, tempo, expressões das
personagens e acontecimentos. Faça a leitura expressiva
dos diálogos e crie efeitos sonoros que façam com que o
ouvinte imagine todos os detalhes visuais que você introduziu no texto original.
Escreva os diálogos e, entremeadas a eles, dê informações sobre expressões e comportamentos das personagens, bem como de acontecimentos que interferem na
história.
No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,
digite PORT8F304
Natureza morta com máscaras, Emil Nolde
135
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CAPÍTULO
29
Reflexão sobre a língua – Oração
subordinada objetiva direta e objetiva indireta
A. Exercícios exploratórios
B. Noções gramaticais
I.
A oração que funciona como objeto direto da oração principal denomina-se subordinada substantiva objetiva direta.
A oração subordinada objetiva direta:
• liga-se, sem preposição, a um verbo da oração
principal;
• indica o alvo sobre o qual recai a ação do verbo da
oração principal.
Exemplo:
Quero que eles sejam felizes.
Quero a felicidade deles.
Quero isto.
Que eles sejam felizes = a felicidade deles = isto:
objeto direto (de quero)
II. A oração que funciona como objeto indireto da
oração principal denomina-se subordinada substantiva objetiva indireta.
1. Classifique os termos abaixo:
a) disto (primeiro balão):
A oração subordinada objetiva indireta:
• liga-se, por meio de preposição, a um verbo da
oração principal;
• indica o alvo ou o destinatário do verbo da oração
principal.
b) isto (terceiro balão):
Exemplo:
Esqueci-me de que você vinha.
2. Substitua disto e isto dos períodos completando-os,
de maneira que a tirinha tenha sentido e humor.
a) Uma frase tão gasta como “Feliz ano novo” não
convence ninguém de que
Esqueci-me da sua vinda.
Esqueci-me disto.
De que você vinha = da sua vinda = disto: objeto
indireto (de esqueci)
b) Você não acha que
É comum a construção da oração objetiva indireta
sem a preposição.
Exemplos:
Esqueci-me que você vinha.
Nós precisamos que nos ajudem.
136
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C. Exercício de aplicação de
conceitos
Escreva:
1 — ao lado do período que apresenta oração subordinada subjetiva;
2 — ao lado do período que apresenta oração subordinada objetiva direta;
3 — ao lado do período que apresenta oração subordinada objetiva indireta.
a. É necessário que se tenha calma.
b. Percebe-se que você estudou.
c. Observei se eles estavam agindo corretamente.
d. Perguntamos qual era o problema.
e. Avisá-lo-ei de que você partiu.
f. Seu desempenho depende de que você se empenhe.
g. Tememos que algumas iniciativas criem empecilho ao desenvolvimento social.
h. É bom que te previnas.
i. Imagino qual seja a sua dúvida.
j. As mães normalmente percebem se os bebês choram de fome.
k. Descobri quem violou a correspondência.
l. É bom quando todos estão contentes.
m.Eu não sei como começar.
n. Suspeito de que ele agiu premeditadamente.
o. Convenci-me de que estamos no caminho correto.
137
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CAPÍTULO
30
Reflexão sobre a língua – Oração
subordinada substantiva predicativa
3. Substitua as orações subordinadas substantivas por
um pronome substantivo e sublinhe com dois traços
a palavra da oração principal a que o pronome se
liga.
A. Exercícios exploratórios
4. Indique a função sintática do pronome substantivo
em cada uma das orações do exercício 3.
5. Quando a oração subordinada substantiva funciona
como predicativo do sujeito da oração principal, ela
se liga
a) a um nome da principal.
b) ao verbo da principal.
6. Quando a oração subordinada substantiva funciona
como predicativo do sujeito da principal, o verbo da
oração principal indica
a) estado ou mudança de estado (verbo de ligação).
b) ação ou fenômeno da natureza.
B. Noções gramaticais
I.
1. Assinale os textos que poderiam completar o balão.
I. que todos querem ser o pai.
II. o autoritarismo de todos.
III. pois todos querem dar ordens.
IV. onde todos querem mandar.
V. isto.
A oração subordinada que funciona como predicativo do sujeito da principal denomina-se subordinada substantiva predicativa.
A oração subordinada predicativa sempre se liga ao
sujeito (um nome) da oração principal por meio de
um verbo de ligação (geralmente o verbo ser).
Exemplo:
O principal é que você venha.
O principal é a sua vinda.
O principal é isto.
2. Sublinhe as orações subordinadas substantivas (lembre-se: são aquelas que podem ser substituídas por
um pronome substantivo).
a) Nós confiamos em que o plano não falharia.
b) Notei que os alunos estão interessados no assunto.
c) Convém que você compareça a todas as reuniões.
d) O certo é que você perdeu a confiança nele.
e) Sou eu quem bato à porta.
f) A verdade é que estamos desanimados.
g) O problema é que o tempo está muito incerto.
h) O correto será que ele peça desculpas.
i) Lamento que você não se interesse pelo tema da
discussão.
II. É comum confundir orações subordinadas substantivas subjetivas que apresentam predicado nominal
com orações subordinadas predicativas.
Para diferenciar uma da outra, observe:
• no período com oração subordinada substantiva
subjetiva, a oração principal não apresenta sujeito
em seu âmbito. O predicado nominal (formado
por verbo de ligação e, geralmente, um adjetivo)
qualifica o sujeito representado pela oração subordinada.
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Exemplo:
É desejável que você colabore.
É desejável a sua colaboração. (ordem inversa)
A sua colaboração é desejável. (ordem direta)
Que você colabore: oração subordinada substantiva
objetiva direta
Nesse caso, o emissor deixa claro que está expressando um desejo seu. Nas outras construções, ele
emite uma opinião sem se posicionar claramente.
Sujeito: a sua colaboração (o núcleo do sujeito é
um substantivo)
V. Quadro de resumo
Predicado nominal: é desejável
ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA PREDICATIVA
Predicativo do sujeito: desejável
• no período com oração subordinada substantiva
predicativa, a oração principal apresenta sujeito
em seu âmbito, representado por um substantivo.
funciona como predicativo do sujeito da oração principal
liga-se ao sujeito da oração principal por meio de um
verbo de ligação
Exemplo:
O desejável é que você colabore.
O desejável é a sua colaboração. (ordem direta)
Sujeito: o desejável (o núcleo do sujeito é um substantivo)
C. Exercício de aplicação de
conceitos
Predicado nominal: é a sua colaboração
Predicativo do sujeito: a sua colaboração
Transforme os períodos conforme o exemplo.
Exemplo:
É esperado que eu tenha tempo livre. (subjetiva)
O esperado é que eu tenha tempo livre. (predicativa)
Espero que eu tenha tempo livre. (objetiva direta)
III. Mais importante do que saber classificar cada
oração, é perceber as sutis diferenças de significado
entre uma e outra forma de expressão.
Exemplo:
É desejável que você colabore. (subjetiva)
O desejável é que você colabore. (predicativa)
1. É admirável que ele tenha tanta erudição.
Observe que no primeiro período afirma-se que a colaboração é desejável, sem deixar subentendido que
outras formas de atuação sejam menos desejáveis.
Ou seja, a frase é restrita: faz uma afirmação somente
com relação à colaboração.
2. É perceptível que ele está triste.
3. É lamentável que não tenhamos civilidade.
No segundo período, afirma-se que o desejável é a
colaboração. Se o desejável é a colaboração, fica subentendido que outras formas de atuação não são desejáveis.
4. É defensável que lhe seja dada uma nova oportunidade.
5. É admissível que eles se omitam.
IV. Observe uma outra alteração na estrutura do período
que também modifica o seu significado.
6. É vergonhoso que haja falta de cooperação.
Desejo que você colabore.
Desejo a sua colaboração.
Sujeito oculto: eu
Predicado verbal: desejo a sua colaboração
Objeto direto: a sua colaboração
7. É condenável que não se respeite o bem público.
139
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CAPÍTULO
31
Reflexão sobre a língua – Oração
subordinada substantiva completiva nominal
A. Exercícios exploratórios
B. Noções gramaticais
I.
A oração subordinada que funciona como complemento nominal de um nome da oração principal
denomina-se subordinada substantiva completiva
nominal.
A oração subordinada completiva nominal sempre se
liga a um nome da oração principal por meio de
preposição.
Exemplo:
Ele tem pavor de que o mundo acabe.
Ele tem pavor do fim do mundo.
Ele tem pavor disto.
II. Para não confundir orações subordinadas substantivas completivas nominais com as orações objetivas
indiretas, observe que:
• as orações subordinadas substantivas completivas
nominais associam-se a um nome da oração principal.
• as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas associam-se ao verbo da oração principal.
Exemplo:
Tenho a desconfiança de que este negócio é ilícito.
desconfiança: substantivo
de que este negócio é ilícito: oração subordinada
substantiva completiva nominal
Desconfio de que este negócio é ilícito.
desconfio: verbo
de que este negócio é ilícito: oração subordinada
substantiva objetiva indireta
É comum a construção da completiva nominal
sem a preposição.
Exemplo:
Tenho a desconfiança que este negócio é ilícito.
1. No primeiro balão:
a) qual é a oração subordinada substantiva?
b) a que palavra da oração principal esta oração
subordinada se associa?
c) a que classe esta palavra pertence?
2. Sublinhe as orações subordinadas substantivas.
a) Ele está de acordo com que você venha.
b) Tudo depende de que você venha.
c) É inegável que tudo depende da sua vinda.
d) O inegável é que tudo depende da sua vinda.
e) Necessitamos (de) que ele chegue no horário.
f) Temos necessidade de que ele chegue no horário.
g) Chego à conclusão de que eles agiram premeditadamente.
h) Concluo que eles agiram premeditadamente.
i) A conclusão é que eles agiram premeditadamente.
III. Quadro de resumo
ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL
funciona como complemento nominal de um nome da
oração principal
3. Substitua as orações sublinhadas por um pronome
substantivo (ou preposição + pronome substantivo).
Sublinhe a palavra à qual o pronome substantivo se
associa.
Escreva a classe à qual essa palavra sublinhada pertence.
Escreva a função do pronome substantivo na oração.
liga-se a um nome da oração principal por meio de preposição
140
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CAPÍTULO
32
Reflexão sobre a língua – Oração
subordinada substantiva apositiva
a) É essencial que você se manifeste.
A. Exercícios exploratórios
b) O essencial é que você se manifeste.
I. Temos um desejo de que encenem nossos
textos.
II. Temos um desejo: que encenem nossos
textos.
c) Afirmo que é essencial a sua manifestação.
d) Afirmo-lhe uma verdade: que sua manifestação é
essencial.
1. Em qual frase se dá maior destaque a
a) desejo
b) que encenem nossos textos
e) Pediu-me um favor: que o acompanhasse até a
classe.
f) Tenho confiança em que ele será bem-sucedido.
2. Lembre-se: o aposto vem sempre associado a um
nome, identificando-o ou esclarecendo-o.
g) Os pais têm um sonho: que os filhos recebam educação de qualidade.
Exemplos:
A cidade de São Paulo é uma metrópole com graves
problemas sociais.
Neste exemplo, de São Paulo identifica o substantivo cidade.
h) Estou com a impressão de que eles ficaram desgostosos.
i) Estou com uma impressão: que eles ficaram desgostosos.
A cidade de São Paulo, uma metrópole, tem graves
problemas sociais.
Neste exemplo, uma metrópole esclarece o substantivo São Paulo.
B. Noções gramaticais
I.
Sublinhe com um traço o aposto e com dois traços o
nome que ele identifica ou esclarece.
a) A persistência da memória, quadro de Salvador
Dali, é um exemplo de pintura surrealista.
b) A democracia, sistema de governo baseado na soberania popular, pressupõe que o povo participe
das decisões da administração pública.
c) Doença infecciosa, a dengue é causada por vírus
trasmitidos por um mosquito.
d) O Estado do Amazonas é o mais extenso do
Brasil.
e) O cão, uma sombra ao lado do dono, era a personificação da fidelidade.
f) No começo do século, numerosos imigrantes chegaram ao Brasil: japoneses, italianos, sírios, alemães etc.
A oração que funciona como aposto de um nome da
oração principal denomina-se subordinada substantiva apositiva.
A oração subordinada apositiva sempre se liga a um
nome da oração principal sem preposição e sem a
mediação de um verbo de ligação.
Exemplo:
Tenho uma esperança: que o reencontre.
Tenho uma esperança: o reencontro com ele.
Tenho uma esperança: isto.
II. Para não confundir orações subordinadas substantivas completivas nominais com as orações apositivas,
observe que:
3. Sublinhe as orações subordinadas substantivas e escreva a função que elas exercem com relação à oração principal (sujeito, objeto direto, objeto indireto,
predicativo do sujeito, complemento nominal ou
aposto).
• as orações subordinadas substantivas completivas
nominais associam-se a um nome da oração principal por meio de preposição;
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• as orações subordinadas substantivas apositivas
associam-se a um nome da oração principal sem
preposição.
A construção do período com a oração completiva
nominal dá maior ênfase a “grande esperança”. Já o
período com a oração apositiva dá maior ênfase a
“que eles se regenerem”. Esta última construção,
inclusive, cria, pela pausa, um efeito de suspense a
respeito de qual seja a grande esperança.
Exemplo:
Tenho uma grande esperança de que eles se regenerem. (completiva nominal)
Tenho uma grande esperança: que eles se regenerem. (apositiva)
III. Quadro de resumo
ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA APOSITIVA
funciona como aposto de um nome da oração principal
Observe que a oração completiva nominal completa
o sentido de “esperança”. A oração apositiva esclarece qual é essa esperança.
liga-se a um nome da oração principal sem preposição
ANOTAÇÕES
142
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CAPÍTULO
33
Reflexão sobre a língua – Revisão
1. Assinale os períodos que apresentam orações subordinadas.
b. É ____________________ entrar.
c. É ____________________ a entrada.
a) Ele falou, eu retruquei.
d. É ____________________ entrada.
b) Ele deve ter saído, pois não responde ao meu
chamado.
b) bom
a. É ____________________ que se economize.
c) Avisei-o de que a reunião foi cancelada.
d) Aconselho-o a que seja cauteloso.
b. É ____________________ economia.
e) Pensam que não desconfiamos de nada.
c. É ____________________ a economia.
f) Logo que a peça começou, alguém gritou da plateia.
d. É ____________________ economizar.
c) necessário
g) Minha vontade é que você permaneça.
a. É ____________________ que se vote.
h) Convém que você se retire.
b. É ____________________ a votação.
i) Jogou fora os objetos que não tinham utilidade.
c. É ____________________ votar.
j) Temos convicção de que tudo se arranjará.
d. É ____________________ votação.
k) Estamos convictos de que tudo se arranjará.
l) Temos somente uma convicção: que tudo se arranjará.
6. Transforme o período simples em um período composto por oração subordinada substantiva.
a) Verificamos a ocorrência de um equívoco.
2. Separe as orações dos períodos compostos por subordinação. Indique a oração principal e a oração
subordinada.
b) Era desejável a participação de todos.
c) Insistirei na tua participação.
3. Indique os períodos que apresentam:
• oração subordinada substantiva.
• oração subordinada adverbial.
• oração subordinada adjetiva.
d) Tenho um desejo: a colaboração de todos.
e) Ele tem medo do meu abandono.
f) A solução é a aprovação do projeto.
4. Classifique as orações subordinadas substantivas
(subjetiva, objetiva direta, objetiva indireta, predicativa, completiva nominal e apositiva).
7. Transforme o período composto em período simples.
a) Esperávamos que você se empenhasse.
5. Complete as lacunas com a palavra indicada. Modifique-a, se necessário.
a) proibido
b) Queriam que nós o ajudássemos.
c) Eu estava certo de que tu desistirias.
a. É ____________________ que se entre.
d) Ela fez uma previsão: que o imóvel valorizaria.
143
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8. Transforme os períodos compostos por oração subordinada substantiva subjetiva em períodos compostos
por oração subordinada substantiva predicativa.
a) É necessário que ele colabore.
10. Transforme os períodos compostos por oração subordinada substantiva completiva nominal em períodos
compostos por oração subordinada substantiva apositiva.
a) Tive um pressentimento de que o plano daria certo.
b) É imprescindível que você se contenha.
c) É esperado que ele esteja confiante.
b) Expressei meu receio de que não nos acolhessem.
9. Compare os períodos compostos por orações subordinadas substantivas subjetivas com os períodos compostos por orações subordinadas substantivas predicativas do exercício 3. Indique quais dos períodos responderiam mais adequadamente às questões a seguir.
a) Qual é uma das coisas necessárias à conclusão do
trabalho?
c) Tenho uma suspeita de que nos preparam uma
surpresa.
11. Compare os períodos compostos por orações subordinadas substantivas completivas nominais com os
períodos compostos por orações subordinadas substantivas apositivas do exercício 5. Sublinhe o termo
enfatizado em cada uma das construções.
b) O que é absolutamente necessário para a conclusão do trabalho?
c) O que é absolutamente imprescindível para que
nos atendam?
d) Qual é uma das reações que se espera dele?
ANOTAÇÕES
144
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EXERCÍCIOS-TAREFA
Durante o restante do período colonial, o teatro brasileiro transformou-se em mera imitação do teatro português.
Até o século XVIII, o teatro português era escrito em
versos. Nessa época, o luso-brasileiro Antonio José da
Silva, o Judeu, introduziu a prosa na composição dos
textos teatrais e registrou, em algumas passagens de suas
comédias, a língua portuguesa falada no Brasil.
No século XIX começam a surgir autores como Gonçalves de Magalhães, João Caetano, Martins Pena e Artur
Azevedo, que enfocam em suas obras temas eminentemente nacionais.
Na primeira metade do século XX, o único integrante do início do Modernismo a escrever peças teatrais foi
Oswald de Andrade. Suas peças, por serem muito ousadas, não foram sequer representadas. Mas, encenadas
posteriormente, nas décadas de 60 e 70, obtiveram
grande sucesso.
Nas décadas de 30 e 40 surgiram musicais leves,
bem-humorados, que tiveram grande popularidade — o
teatro de revista. Abordavam fatos e personagens políticos da época e apresentavam o cotidiano de personagens
populares brasileiros, como o malandro, o carioca, o funcionário público...
Nas décadas de 40 e 50, com a vinda de artistas europeus ao Brasil por causa da Segunda Guerra Mundial,
revigora-se a atividade teatral no país, com a fundação de
novos grupos e a montagem de peças de autores estrangeiros modernos.
A década de 60 foi marcada pelo surgimento de
novos grupos que tentaram desenvolver um teatro voltado para questões sociais e políticas do país. Foram escritas várias peças que procuravam não só entreter ou
mostrar um espetáculo comovente e belo, mas elevar a
consciência política e social do povo.
Durante a década de 70, com o governo militar, a
atividade do teatro, por causa da censura, foi bastante
prejudicada. Muitas peças foram censuradas e muitos
artistas foram obrigados a deixar o País.
O Teatro no Brasil
Dança dos Tapuias
No Brasil, antes da chegada dos portugueses, os
índios tinham seus rituais, que também podem ser considerados como o início de nossas atividades teatrais. No
entanto, se pensarmos no teatro tal como o entendemos
hoje, fortemente influenciado pelos gregos, podemos
afirmar que a atividade teatral organizada teve início com
os jesuítas. Para catequizar os índios, os jesuítas os convidavam a encenar peças sobre episódios do cristianismo. Tais peças foram as primeiras a serem escritas no
Brasil. São dessa fase os autos do padre José de Anchieta.
Crucificação, Alberto da Veiga Guignard
Alá de Oxalá, Carybe – Ritual religioso
145
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Com a redemocratização do país a partir de meados
da década de 80, aboliu-se a censura. Peças censuradas
na época do regime militar foram então encenadas. No
entanto, nem todas chegaram a provocar o impacto
que se previa na época em que foram escritas: a realidade já era outra, alguns problemas já haviam sido superados e outros, novos, começavam a preocupar o país.
1. Por que as pessoas vão ao teatro?
2. No que o teatro pode influenciar as pessoas individualmente e a sociedade como um todo?
3. Por que é importante que cada sociedade tenha um
teatro que também fale de sua realidade e não só da
realidade de outros grupos?
Período Composto por
Subordinação
2. Divida o período do primeiro balão em orações e
classifique-as.
1. Indique os períodos abaixo que são compostos por
subordinação (formados por oração principal e
oração subordinada). Identifique a oração principal e
a subordinada.
a) O pai repreendeu o filho e a mãe imitou o
comportamento do pai.
3. Divida o período do segundo balão em orações e
classifique-as.
Verbos
b) O pai e a mãe repreenderam o filho.
Observe a conjugação do verbo agir nos tempos primitivos.
Presente do indicativo: ajo, ages, age, agimos, agis,
agem
c) O diretor autorizou nossa entrada.
d) O diretor autorizou que entrássemos.
Perfeito do indicativo: agi, agiste, agiu, agimos, agistes,
agiram
e) Quando o alarme soou, todos abandonaram o
prédio.
Observação: A particularidade desse verbo consiste em
mudar o g (do radical) por j antes de a e o. Exemplos:
age, aja, agimos, ajo.
f) Ao som do alarme, todos abandonaram o prédio.
Como o verbo agir conjugam-se: afligir, erigir, ungir,
restringir, coagir, refulgir, transigir, surgir.
g) Ele é uma pessoa indisciplinada.
A partir dos tempos primitivos você é capaz de conjugar
os tempos derivados. Assim, construa frases usando o
verbo agir no:
h) Ele é uma pessoa que não tem disciplina.
1. presente do subjuntivo
146
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2. imperativo afirmativo
ção principal. Para que você acompanhe essas aulas sem
dificuldade, é preciso recordar a voz passiva.
3. mais-que-perfeito do indicativo
Lembre-se:
4. imperfeito do subjuntivo
•
só podem ser transformadas em voz passiva frases
com verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto;
•
o objeto direto da voz ativa transforma-se em sujeito
da voz passiva.
5. futuro do subjuntivo
6. futuro do presente
7. futuro do pretérito
Exemplo:
O escritor redigiu uma crônica. (voz ativa)
Sujeito: o escritor
8. gerúndio
9. particípio
Predicado verbal: redigiu uma crônica (redigiu: verbo
transitivo direto)
Objeto direto: uma crônica
10. infinitivo pessoal
Verbo e Substantivo
Uma crônica foi redigida pelo escritor. (voz passiva analítica)
Sujeito: uma crônica
Você irá iniciar o estudo das orações subordinadas substantivas. Durante esse estudo, aprenderá a transformar
orações subordinadas substantivas em substantivos.
Para isso, é necessário que saiba identificar o substantivo
equivalente a determinados verbos.
Redigiu-se uma crônica. (voz passiva sintética)
Sujeito: uma crônica
1. Verifique quais das frases a seguir podem ser transformadas em voz passiva.
Exemplo:
2. Faça a transformação em voz passiva analítica e sintética.
colaborar – colaboração
Escreva o substantivo equivalente a cada um dos verbos.
3. Indique qual é o sujeito das frases na voz passiva.
participar:
realizar:
a) Eles desconfiam de mim.
empenhar:
b) Recebi uma encomenda do exterior.
promover:
c) O aluno fez uma observação inteligente.
contestar:
d) Contei a ele todos os detalhes.
reivindicar:
entrar:
Oração Subordinada
Substantiva
sair:
votar:
eleger:
Sublinhe as orações subordinadas substantivas, isto é,
aquelas que podem ser substituídas por um substantivo
ou pelo pronome substantivo isto (disto, nisto).
Voz Passiva
1. Ele confessou seu desejo: que todos o admirassem.
2. Desejo que tenhas sucesso.
Nas próximas aulas, você estudará as orações subordinadas substantivas que funcionam como sujeito da ora-
3. Nota-se que ele é audacioso.
147
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2. bom
a) É
b) É
c) É
d) É
4. Finalmente encontrei aqui uma pessoa que é de paz.
5. Você já viu alguém que seja totalmente crédulo?
6. O correto é que ele seja reprovado.
7. Ela está de acordo com que eu permaneça aqui.
Oração Subordinada
Substantiva
_________________ que se averigúe.
_________________ averiguação.
_________________ a averiguação.
_________________ averiguar.
3. necessário
a) É _________________ que se aplauda.
b) É _________________ o aplauso.
c) É _________________ aplaudir.
d) É _________________ aplauso.
Substitua as orações subordinadas substantivas do exercício da tarefa anterior por substantivos (lembre-se de
que esses substantivos podem vir acompanhados de artigos, pronomes, adjetivos, advérbios para manter o significado da frase original).
4. permitido
a) É _________________ que se comemore.
b) É _________________ comemorar.
c) É _________________ a comemoração.
d) É _________________ comemoração.
Sublinhe a palavra que é modificada por esse substantivo que substitui a oração subordinada.
Indique se a palavra sublinhada é nome (substantivo ou
adjetivo) ou verbo.
Oração Subordinada
Substantiva Subjetiva
Oração Subordinada
Substantiva Subjetiva
Complete os períodos abaixo com orações subordinadas
subjetivas.
Na linguagem escrita, sempre que possível devemos
evitar a repetição de uma mesma palavra. Para
evitarmos a repetição do que, podemos substituir,
sempre que possível, a oração subordinada substantiva por um substantivo.
1. É bom ____________________________________
__________________________________________
2. É necessário _______________________________
Reescreva as frases, transformando as orações
subordinadas substantivas subjetivas em substantivos.
a) Convém que se mantenha a máquina em funcionamento para que não percamos mais tempo.
b) Que se controle a impulsividade é uma recomendação que todos nos fazem.
c) É urgente que se reúnam os amigos que não se
veem há muito tempo.
__________________________________________
3. É urgente __________________________________
__________________________________________
4. Convém ___________________________________
__________________________________________
Oração Subordinada
Substantiva Subjetiva
5. Nota-se ___________________________________
__________________________________________
Complete as lacunas com a palavra indicada. Modifiquea, se necessário.
6. Observa-se ________________________________
__________________________________________
1. proibido
a) É _________________ que se saia.
b) É _________________ sair.
c) É _________________ a saída.
d) É _________________ saída.
7. É notório __________________________________
__________________________________________
148
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8. É óbvio ___________________________________
Predicativo do Sujeito
__________________________________________
Antes de estudar as orações subordinadas que funcionam
como predicativo do sujeito da oração principal, é preciso recordar o conceito de predicativo do sujeito.
9. É admirável ________________________________
__________________________________________
Lembre-se:
10. Importa ___________________________________
•
o predicado nominal é formado por um verbo de ligação (ser, estar, ficar, parecer etc.) e um nome
(substantivo ou adjetivo);
•
o núcleo do predicado nominal é o nome;
•
esse nome que compõe o predicado nominal é classificado como predicativo do sujeito, pois refere-se
ao sujeito da oração.
__________________________________________
Oração Subordinada
Objetiva Direta e
Objetiva Indireta
1. Sublinhe as orações subordinadas substantivas. Lembre-se: as orações subordinadas substantivas podem
ser substituídas pelo pronome substantivo isto (disto,
nisto...).
a) Não permitirei que você tenha prejuízos.
b) Conheço o seu caráter, logo acredito em suas promessas.
c) Verificaram que havia um erro no texto.
d) Enquanto o sol se punha, a primeira estrela
aparecia no céu.
e) Ninguém sabe qual será o próximo passo.
f) Ele não sabe onde ficar.
g) Desconfiamos de que ele mentia.
h) Quero saber se você consultou todas as fontes.
i) Meus colegas e eu precisamos de que tu nos ajudes.
Exemplo:
Os animais estão famintos.
Sujeito simples: os animais
Predicado nominal: estão famintos
Predicativo do sujeito: famintos
Sublinhe o predicativo do sujeito das orações.
1. O administrador ficará surpreso.
2. Nós permanecemos incrédulos.
3. Ele parece um querubim.
4. O clima continuou agradável.
5. Eles parecem contrariados.
2. Identifique e classifique o sujeito da oração principal
dos períodos do exercício 3 compostos por subordinação.
6. Ela parecia uma doida.
7. O circo era nossa diversão.
3. Substitua as orações subordinadas substantivas dos
períodos do exercício 3 pelo pronome substantivo.
Sublinhe com dois traços a palavra a que este pronome substantivo se liga.
8. O dia já amanheceu.
9. Eles julgaram sua queixa improcedente.
10. A população anda descrente.
4. Indique a função sintática do pronome substantivo
que substitui a oração subordinada substantiva
(sujeito, objeto direto, objeto indireto etc.).
Objeto Direto e
Objeto Indireto
5. As respostas aos exercícios permitem concluir que as
orações subordinadas substantivas que funcionam
como objeto direto ou objeto indireto da oração principal estão ligadas
a) a um nome da oração principal.
b) a um verbo da oração principal.
Para o estudo das orações subordinadas substantivas que
funcionam como objeto direto e objeto indireto da oração
principal, é preciso recordar esses conceitos.
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Lembre-se:
Sujeito oculto: eu
•
o objeto direto liga-se ao verbo sem preposição.
Predicado verbal: percebi a existência de forte oposição
Exemplo:
Objeto direto: a existência de oposição
Venderam uma casa.
Adjuntos adnominais: a (existência), forte (oposição)
•
o objeto indireto liga-se ao verbo por meio de uma
preposição.
a) Insisto em que você colabore.
Exemplo:
b) Querem que você participe.
Desconfiaram de mim.
Orações Subordinadas
Substantivas Objetiva
Direta e Objetiva Indireta
Sublinhe com um traço o objeto direto e com dois traços
o objeto indireto.
1. Precisamos de informações.
2. Deram uma recompensa ao oficial.
Para evitar a repetição do que, reescreva as frases,
transformando as orações subordinadas substantivas
objetivas diretas e objetivas indiretas em substantivos.
3. A construtora concluiu a obra.
4. Ele sofria pressões constantemente.
5. Responderam às questões.
6. Esta paisagem agrada à vista.
a) Precisava de que ele a aconselhasse antes que
descobrissem que ela desobedecera ao regulamento.
7. Agradeci o convidado pela sua presença.
b) Queria que fosses e logo pediu que voltasses.
8. Aconselhei-o muitas vezes.
c) Eles se opuseram a que permanecêssemos ali,
ainda que outros desejassem que lhes fizéssemos
companhia.
9. Ninguém contenta a todos.
10. Recordei-lhe os bons momentos.
Oração Subordinada
Subjetiva, Predicativa e
Objetiva Direta
Oração Subordinada
Objetiva Direta e Objetiva
Indireta
1. Um aluno perguntou ao professor:
Transforme os períodos compostos em períodos simples,
conforme o exemplo.
— É necessário estudar as orações subordinadas
substantivas para a prova?
Faça a análise sintática dos termos do período simples.
Percebi que existia forte oposição.
Tendo obtido a resposta do professor, o aluno a interpretou corretamente e concluiu que as orações subordinadas substantivas seriam o principal conteúdo da
prova.
Percebi a existência de forte oposição.
Qual das duas teria sido a resposta do professor?
Exemplo:
150
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a) — É necessário estudar as orações subordinadas
substantivas para a prova.
b) — O necessário é estudar as orações subordinadas
substantivas para a prova.
Complemento Nominal
Antes de iniciar o estudo das orações subordinadas que
funcionam como complemento nominal de um nome da
oração principal, você irá rever o conceito de complemento nominal.
2. Qual é a resposta adequada para a pergunta:
— Do que você tem medo?
Lembre-se:
a) É temível que ocorram enchentes.
•
o complemento nominal vem sempre associado a um
substantivo, adjetivo ou advérbio, complementando
a sua significação;
•
liga-se ao substantivo, adjetivo ou advérbio por meio
de preposição;
•
indica o alvo sobre o qual recai a ação do nome.
b) O temível é que ocorram enchentes.
c) Temo que ocorram enchentes.
3. Um aluno deseja comunicar ao novo colega uma das
normas da escola. Que ele deve dizer?
Exemplos:
Evita-se a matança de animais.
a) É esperado que você não exceda o número máximo de faltas.
matança: substantivo
de: preposição
b) O esperado é que você não exceda o número máximo de faltas.
de animais: complemento nominal
c) Espero que você não exceda o número máximo de
faltas.
O tecido é agradável ao tato.
agradável: adjetivo
4. E se o aluno quisesse transmitir ao novo colega a
ideia de que a regra mais importante da escola diz
respeito à presença às aulas. Que ele deveria dizer?
a (de ao): preposição
ao tato: complemento nominal
a) É importante que você não exceda o número máximo de faltas.
Agiu desfavoravelmente a nós.
desfavoravelmente: advérbio
b) O importante é que você não exceda o número
máximo de faltas.
a: preposição
a nós: complemento nominal
Oração Subordinada
Substantiva Predicativa
Sublinhe com um traço o complemento nominal e com
dois traços o termo a que ele se associa.
Para evitar a repetição do que, reescreva as frases,
transformando as orações subordinadas substantivas
predicativas em substantivos.
a) O ideal é que se preserve tudo aquilo que faz parte
de nossa cultura.
b) O meu pedido é que se realizem apenas os desejos
que me farão de fato feliz.
c) A sua salvação será que se reconcilie com os
amigos a fim de que não viva mais tão isolado.
1. Eles têm desejo de vingança.
2. A obediência aos preceitos morais é exigida pela
sociedade.
3. Ele se comporta contrariamente aos próprios interesses.
4. A homenagem aos funcionários foi surpreendente.
151
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5. A homenagem dos funcionários foi surpreendente.
Tive dúvida de que você tivesse estudado. (completiva
nominal)
6. Ela é digna de confiança.
1. Convenci-me de que a história era real.
7. Segundo o poeta, a infância tem gosto de amora
comida ao sol.
2. Confio em que o problema será solucionado.
8. O respeito à autoridade conteve-o.
3. Avisei-o de que corríamos perigo.
9. O respeito da autoridade conteve-o.
4. Desconfiaram de que ele mentia.
10. É forte sua inclinação pelas artes.
Oração Subordinada
Completiva Nominal
e Apositiva
Complemento Nominal e
Objeto Indireto
É comum confundir-se o complemento nominal com o
objeto indireto. Você já estudou a diferença entre os dois
termos. Para recordá-la, analise os exemplos de complemento nominal e objeto indireto.
Complemento nominal
Objeto indireto
Observamos obediência à
lei.
Obedecemos à lei.
Este material é resistente
ao calor.
Este material resiste ao
calor.
Transforme os períodos, conforme o exemplo.
Exemplo:
Tenho a certeza de que serei aprovado. (completiva nominal)
Tenho uma certeza: que serei aprovado. (apositiva)
1. Não aceito a ideia de que ele nos incrimine.
2. É verdadeira a notícia de que o rio foi totalmente
despoluído.
Falou favoravelmente ao
empreendimento.
3. Tenho esperança de que ela acatará a minha opinião.
1. Sublinhe a palavra a que cada um dos termos —
complemento nominal e objeto indireto — vem associado.
4. Expus meu desejo de que permanecêssemos unidos.
2. Classifique as palavras sublinhadas.
Orações Subordinadas
Substantivas
3. Agora, responda: qual a diferença entre o complemento nominal e o objeto indireto?
No bimestre passado, você fez exercícios alterando termos de frases para economizar palavras. Neste bimestre,
você certamente percebeu que uma das maneiras de economizar palavras consiste em substituir orações subordinadas substantivas por substantivos, quando isso é possível.
Oração Subordinada
Objetiva Indireta e
Completiva Nominal
Transforme os períodos, conforme o exemplo.
Para exercitar um pouco mais a economia de palavras,
muito necessária em uma época que o espaço e o tempo
para transmitir informações é cada vez mais limitado:
Exemplo:
•
Duvidei de que você tivesse estudado. (objetiva indireta)
152
escreva cinco períodos compostos por orações subordinadas substantivas que possam ser substituídas por
substantivos;
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•
conte o número de toques de cada período redigido;
•
substitua as orações subordinadas substantivas por
substantivos (mais alguns termos necessários para
conservar o sentido original da frase, como adjetivos
e pronomes);
•
conte o número de toques do novo período e verifique se, de fato, diminuíram.
1. Ideias sobre temas
Agora, escolha a ideia que lhe parecer mais viável e interessante. Você não terá tempo suficiente para escrever
uma peça muito longa, de mais de dois atos e com duração maior do que trinta minutos. Leve esse aspecto em
consideração para escolher o tema.
2. Tema escolhido
Orações Subordinadas
Substantivas
Volte a consultar a aula 86, sobre argumento, e siga os
passos ali especificados:
• planeje o argumento, identifique os seus elementos
principais; e
• redija o argumento.
1. Redija três períodos que apresentem orações subordinadas substantivas.
2. Transforme os períodos compostos que você redigiu
em períodos simples (substitua as orações subordinadas substantivas por substantivos).
3. Planejamento do argumento
4. Redação final do argumento
3. Verifique se a transformação do período composto
em período simples alterou o sentido da frase. Em
caso positivo, indique qual foi a alteração de sentido.
Produção de texto
dramático – personagens
Produção de texto
dramático – argumento
A segunda etapa de seu trabalho será a caracterização das
personagens que você já identificou ao redigir o argumento.
Consulte as aulas anteriores a fim de ter elementos para
a caracterização das personagens. Em geral, a caracterização detalhada de personagens apresenta benefícios
como:
• maior facilidade para redação dos diálogos e ações,
já que as características das personagens indicam o
que elas provavelmente dizem ou fazem;
• apresentação de personagens mais convincentes e
verossímeis;
• maiores chances de encenarem o texto conforme
concebido pelo autor.
Encenação anual da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém,
Pernambuco, ao ar livre com 500 atores e figurantes, em um teatro
que é a réplica da cidade de Jerusalém, tal como era na época de
Cristo.
Nesta e nas próximas aulas, você irá criar um texto dramático. Como primeira etapa, você irá escrever o argumento do texto, conforme aprendeu anteriormente. Antes
de elaborar o argumento, solte sua imaginação: pense em
assuntos que poderiam ser tema de seu texto.
Anote todas as ideias que lhe vierem à cabeça, sem censura.
153
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entrem personagens no meio da cena e saiam outras,
um grupo estável permanece, dando continuidade à
ação).
Algumas vezes, há troca de cenário de uma cena para
outra. Em outras, a troca de cenário só acontece de um
ato para outro, o que em geral simplifica o trabalho dos
encenadores e dos atores. Também, em alguns casos,
uma mesma cena pode ser desenvolvida em mais de um
cenário.
Lembre-se de que a divisão em atos pode ser determinada por um ou mais dos seguintes fatores:
Teatro de bonecos
No Portal Objetivo
•
•
•
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”,
digite PORT8F305
pela duração da peça;
pelo desenvolvimento da história;
pela troca de cenário.
Antes de redigir os diálogos e as marcações, você irá
determinar a sequência de cenas de sua peça e o número
de atos, se for o caso.
Produção de texto
dramático – cenas
Para isso, desenhe um quadro como o apresentado a seguir, com o número de linhas necessário para fazer constar todas as cenas de seu texto. Este quadro preenchido
será um guia muito útil para escrever o texto propriamente dito.
Texto: O noviço — Ato primeiro
cena
Camarote com máscara dourada, Toulouse – Lautrec (1893)
Você já estudou a cena nas aulas 75 e 76. Se ainda tiver
dúvidas, consulte o material dessas aulas.
De forma geral, o que caracteriza uma cena é:
• o desenvolvimento de um único acontecimento;
• a permanência das mesmas personagens (mesmo que
154
acontecimento
personagens
cenário
I
reflexão de Am- Ambrósio
brósio sobre a fortuna
sala da casa
de Florência
e Ambrósio
II
Ambrósio tenta con- Florência e
vencer Florência a Ambrósio
mandar a filha e o
filho para o convento
idem cena
I
III Ambrósio conven- Florência,
ce Juca a ser frade, Ambrósio e
prometendo-lhe um Juca
carrinho com cavalos de ouro, e
conversa com Florência sobre Carlos
idem cena
I
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Produção de texto
dramático – diálogos e
marcações
Autoavaliação
Como nos bimestres anteriores, faça uma revisão da matéria e formule perguntas sobre suas dificuldades.
Com base no argumento, na caracterização das personagens e na identificação e sequência de cenas, comece a
redação do texto propriamente dito.
•
Oração subordinada e oração principal
•
Orações subordinadas substantivas
•
Oração subordinada substantiva subjetiva
Lembre-se de:
•
descrever o cenário;
•
identificar as personagens de cada cena;
•
Oração subordinada substantiva objetiva direta
•
reproduzir os diálogos (procure reproduzir o modo
característico de falar de cada personagem);
•
Oração subordinada substantiva objetiva indireta
entremeados aos diálogos, redigir marcações referentes a expressões, comportamentos e acontecimentos.
•
Oração subordinada substantiva predicativa
•
Oração subordinada substantiva completiva nominal
•
Oração subordinada substantiva apositiva
Texto Dramático – Revisão
•
Verbos — tempos primitivos e derivados
Faça a revisão de seu texto dramático a fim de entregá-lo
ao(à) professor(a) na próxima aula para avaliação.
•
Comédias de Martins Pena
•
Sempre que tiver dúvidas de ortografia, consulte o dicionário. Se necessário, peça orientação ao(à) professor(a).
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ANOTAÇÕES
156
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Study collections