História da Educação

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História da Educação
Os textos abaixo pretendem não apenas mostrar a síntese da história da Pedagogia, mas, sobretudo, ser
um instrumento de formação pedagógica, o qual tem por finalidade contribuir significativamente com
idéias, métodos e curiosidades sobre a educação.
Período Primitivo
Período Oriental
Período Grego
Período Romano
Período Medieval
Período do Renascimento
Período Moderno
História da Educação - Período Primitivo
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Resumo:
• Não existia educação na forma de escolas;
• Objetivo era ajustar a criança ao seu ambiente físico e social, através da aquisição das
experiências;
• Chefes de família eram os primeiros professores e em seguida os sacerdotes.
A evolução do hominídeo para o homem apresenta as seguintes fases:
• Australopithecus (de 5 milhões a 1 milhão de anos atrás), caçador, que lasca a pedra, constrói
abrigos;
• Pitecanthropus (de 2 milhões a 200 mil anos atrás), com um cérebro pouco desenvolvido, que
vive da colheita e da caça, se alimenta de modo misto, pule a pedra nas duas faces, é um prontoartesão e conhece o fogo, mas vive imerso numa condição de fragilidade e de medo;
• Homem de Neanderthal (de 200 mil a 40 mil anos atrás), que aperfeiçoa as armas e desenvolve
um culto dos mortos, criando até um gosto estético (visível nas pinturas), que deve transmitir o
seu ainda simples saber técnico;
• Homo sapiens, que já tem características atuais: possui a linguagem, elabora múltiplas técnicas,
educa os seus “filhotes”, vive da caça, é nômade, é “artista” (arte naturalista e animalista), está
impregnado de cultura mágica, dotado de cultos e crenças, e vive dentro da “mentalidade
primitiva” marcada pela participação mística dos seres e pelo raciocínio concreto, ligado a
conceitos-imagens e pré-lógico, intuitivo e não-argumentativo.
A educação dos jovens, nesta fase, torna-se o instrumento central para a sobrevivência do grupo e a
atividade fundamental para realizar a transmissão e o desenvolvimento da cultura. No filhote dos animais
superiores já existe uma disposição para acolher esta transmissão, fixada biologicamente e marcada pelo
jogo-imitação. Todos os filhotes brincam com os adultos e nessa relação se realiza um adestramento, se
aprendem técnicas de defesa e de ataque, de controle do território, de ritualização dos instintos. Isso
ocorre – e num nível enormemente mais complexo – também com o homem primitivo, que através da
imitação, ensina ou aprende o uso das armas, a caça e a colheita, o uso da linguagem, o culto dos mortos,
as técnicas de transformação e domínio do meio ambiente.
Depois desta fase, entra-se (cerca de 8 ou 10 mil anos atrás) na época do Neolítico, na qual se assiste a
uma verdadeira e própria revolução cultural. Nascem, as primeiras civilizações agrícolas: os grupos
humanos se tornam sedentários, cultivam os campos e criam animais, aperfeiçoam e enriquecem as
técnicas (para fabricar vasos, para tecer, para arar), cria-se uma divisão do trabalho cada vez mais nítida
entre homem e mulher e um domínio sobre a mulher por parte do homem, depois de uma fase que exalta a
feminilidade no culto da Grande Mãe (findo com o advento do treinamento, visto como “conquista
masculina”).
A revolução neolítica é também uma revolução educativa: fixa uma divisão educativa paralela à
divisão do trabalho (entre homem e mulher, entre especialistas do sagrado e da defesa e grupos de
produtores); fixa o papel - chave da família na reprodução das infra-estruturas culturais: papel sexual,
papéis sociais, competências elementares, introjeção da autoridade; produz o incremento dos locais de
aprendizagem e de adestramento específicos (nas diversas oficinas artesanais ou algo semelhante; nos
campos; no adestramento; nos rituais; na arte) que, embora ocorram sempre por imitação e segundo
processos de participação ativa no exercício de uma atividade, tendem depois a especializar-se, dando
vida a momentos ou locais cada vez mais específicos para a aprendizagem. Depois, são a linguagem e as
técnicas (linguagem mágica e técnicas pragmáticas) que regulam – de maneira cada vez mais separada –
os modelos de educação.
História da Educação - Período Oriental
Resumo:
• O surgimento da escrita;
• Transição da sociedade primitiva para a civilização;
• Surgimento da cidade e do estado;
• Mantinha a cultura dominante através da educação.
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CHINA
Nas civilizações orientais a educação era tradicional: dividida em classes, opondo cultura e trabalho,
organizada em escolas fechadas e separadas para a classe dirigente. O conhecimento da escrita era restrito
a devido ao seu caráter esotérico As preocupações com educação apareceram nos livros sagrados, que
ofereceram regras ideais de conduta e enquadramento das pessoas nos rígidos sistemas religiosos. Nesse
período surgiu o dualismo escolar, que destina um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos
funcionários, ou seja, grande parte da comunidade foi excluída da escola e restringida à educação familiar
informal.
Deuses indianos
EGITO
As escolas funcionavam como templos e em algumas casas foram freqüentadas por pouco mais de
vinte alunos. A aprendizagem se fazia por transcrições de hinos, livros sagrados, acompanhada de
exortações morais e de coerções físicas. Ao lado da escrita, ensinava-se também aritmética, com sistemas
de cálculo, complicados problemas de geometria associados à agrimensura, conhecimentos de botânica,
zoologia, mineralogia e geografia.
O primeiro instrumento do sacerdote-intelectual é a escrita, que no Egito era hieroglífica (relacionada
com o caráter pictográfico das origens e depois estilizada em ideogramas ligados por homofonia e por
polifonia, em seguida por contrações e junções, até atingir um cursivo chamado hierático e de uso
cotidiano, mais simples, e finalmente o demótico, que era uma forma ainda mais abreviada e se escrevia
sobre folha de papiro com um cálamo embebido em carbono).
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Ao lado da educação escolar, havia a familiar (atribuída primeira à mãe, depois ao pai) e a “dos
ofícios”, que se fazia nas oficinas artesanais e que atingia a maior parte da população. Este aprendizado
não tinha nenhuma necessidade de “processo institucionalizado de instrução” e “são os pais ou os
parentes artesãos que ensinavam a arte aos filhos”, através do observar para depois reproduzir o processo
observado. Os populares eram também excluídos da ginástica e da música, reservadas apenas a casta
guerreira e colocadas como adestramento para guerra.
Pilares de um templo no Egito – edificados para representar florestas.
Escrita hieroglífica cursiva.
BABILÔNIA
A cultura da poderosa classe sacerdotal destaca-se, bem como a extrema dificuldade que a escrita
cuneiforme oferece aos escribas, incumbidos de ler e copiar textos religiosos.
Na civilização babilônica, tiveram um papel essencial o templo e as técnicas. O templo era o
verdadeiro centro social dessa civilização, o lugar onde se condensa a tradição e onde organizam as
competências técnicas, sobretudo as mais altas e complexas, como escrever, contar, medir, que dão vida à
literatura, à matemática, à geometria, às quais se acrescenta a astronomia que estuda o céu para fins,
sobretudo práticos (elaborar um calendário).
Os sacerdotes (verdadeira casta de poder, que levava uma vida separada e se dedicava a atividades
diferentes dos outros homens, ligadas aos rituais e à cultura), eram os depositários da palavra, os
conhecedores da técnica da leitura e da escrita. A experiência escolar formava o escriba e ocorria em
ambientes aparelhados para escrever sobre tabuletas de argila, sob o controle de um mestre (dubsar), pelo
uso de silabários e segundo uma rígida disciplina.
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Calendário babilônico
FENÍCIOS
Os fenícios eram povos de origem semita. Por volta de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita faixa
de terra com cerca de 35 km de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com
200 km de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual Líbano e uma pequena parte da Síria.
Quanto à cultura, fundamental foi o desenvolvimento dos conhecimentos técnicos (de cálculo, de
escrita, mas também ligados aos problemas da navegação). A descoberta mais significativa desse povo foi
a do alfabeto, com 22 consoantes (sem as vogais), do qual derivam o alfabeto grego e depois os europeus,
e que aconteceu pela necessidade de simplificar e acelerar a comunicação.
A primeira produção do alfabeto ocorreu em Biblos (um dos centros da Fenícia), que deu, aliás, nome
ao livro (biblos em grego), pelas indústrias de papiro que ali se encontravam. Quanto aos processos
educativos, são aqueles típicos das sociedades pré-gregas, influenciados pelos modelos dos grandes
impérios e pelas sociedades sem escrita em que predomina a sacralização dos saberes e a organização
pragmática das técnicas, e tais processos se desenvolvem, sobretudo na família, no santuário ou nas
oficinas artesanais. Os processos de formação coletiva são confiados ao “bardo”, ao “profeta”, ao “sábio”,
três figuras-guias das comunidades pré-literárias e que desenvolvem uma ação de transmissão de saberes,
de memória histórica e de “educadores de massa”.
Alfabeto fenício
Números fenícios
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HEBREUS
O principal legado que os hebreus deixaram foi no âmbito religioso. Eles foram os primeiros povos a
adotar o monoteísmo, ou seja, a crença em um único Deus. Também de destacam na literatura,
destacando o Antigo Testamento, que é a primeira parte da Bíblia.
Quanto aos profetas, eles eram os educadores de Israel, inspirados por Deus e continuadores do espírito
de sua mensagem ao “povo eleito”: devem educar com dureza, castigar e repreender também com
violência, já que sua denúncia é em razão de um retorno ao papel atribuído por Deus a Israel.
A escola em Israel organizava-se em torno da interpretação da Lei dentro da sinagoga; à qual “era
anexa uma escola exegese” que, no período helenístico, se envolveu em sérios contrastes em torno,
justamente, da helenização da cultura hebraica. Aos saduceus (helenizantes) opuseram-se os fariseus
(antigregos) que remetiam à letra das Escrituras e à tradição interpretativa, salvaguardada de modo
formalista. Assim, além de centro de oração e de vida religiosa e civil, a sinagoga se torna também lugar
de instrução. A instrução que se professava era religiosa, voltada tanto para a “palavra” quanto para os
“costumes”. Os conteúdos da instrução eram “trechos escolhidos da Torá”, a partir daqueles usados nos
ofícios religiosos cotidianos. Só mais tarde (no século I d.C.) foi acrescentado o estudo da escrita e da
aritmética. Nos séculos sucessivos, os hebreus da diáspora fixaram-se, em geral, sobre este modelo de
formação (instrução religiosa), atribuindo também a esta o papel de salvar sua identidade cultural e sua
tradição histórica.
Crença
História da Educação - Período Grego
Resumo:
• É o berço da civilização, tendo como seus principais representantes: Sócrates, Aristóteles e
Platão;
• Tem como princípio o desenvolvimento individual do ser humano;
• Preparação para o desenvolvimento intelectual da personalidade e a cidadania;
• Ideais pautados na liberdade política e moral e no desenvolvimento intelectual.
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Neste período as crianças viviam a primeira infância em família, assistidas pelas mulheres e submetidas
à autoridade do pai, que poderia reconhecê-las ou abandoná-las, que escolhia seu papel social e era seu
tutor legal. A infância não era valorizada em toda a cultura antiga: era uma idade de passagem, ameaçada
por doenças, incerta nos seus sucessos; sobre ela, portanto, se fazia um mínimo investimento afetivo. A
criança crescia em casa, controlada pelo “medo do pai”, atemorizada por figuras míticas semelhantes às
bruxas, gratificada com brinquedos (bonecas) e entretida com jogos (bolas, aros, armas rudimentares),
mas sempre era colocada à margem da vida social. Ou então, era submetida à violência, a estupro, a
trabalho, até a sacrifícios rituais. O menino – em toda a Antigüidade e na Grécia também – era um
“marginal” e como tal era violentado e explorado sob vários aspectos, mesmo se gradualmente – a partir
dos sete anos, em geral – era inserido em instituições públicas e sociais que lhe concediam uma
identidade e lhe indicavam uma função. A menina não recebia qualquer educação formal, mas aprendia os
ofícios domésticos e os trabalhos manuais com a mãe.
A educação grega era centrada na formação integral do indivíduo. Quando não existia a escrita, a
educação era ministrada pela própria família, conforme a tradição religiosa. A transmissão da cultura
grega se dava também, através das inúmeras atividades coletivas (festivais, banquetes, reuniões). A escola
ainda permanecia elitizada, atendendo aos jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos
comerciantes enriquecidos. O ensino das letras e dos cálculos demorou um pouco mais para se difundir, já
que nas escolas a formação era mais esportiva que intelectual.
Alfabeto grego
Esparta e Atenas: dois modelos educativos
Esparta e Atenas deram vida a dois ideais de educação: um baseado no conformismo e no estatismo,
outro na concepção, outro na concepção de Paidéia, de formação humana livre e nutrida de experiências
diversas, sociais, alimentaram durante séculos o debate pedagógico, sublinhando a riqueza e fecundidade
ora de um, ora de outro modelo.
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Foi o mítico Licurgo quem ditou as regras políticas de Esparta e delineou seu sistema educativo,
conforme o testemunho de Plutarco. As crianças do sexo masculino, a partir dos sete anos, eram retiradas
da família e inseridas em escolas-ginásios onde recebiam, até os 16 anos, uma formação de tipo militar,
que devia favorecer a aquisição da força e da coragem. O cidadão-guerreiro é formado pelo adestramento
no uso das armas, reunido em equipes sob o controle de jovens guerreiros e, depois, de um
superintendente geral (paidonomos). Levava-se uma vida comum, favoreciam-se os vínculos de amizade,
valorizava-se em particular a obediência. Quanto à cultura – ler, escrever -, pouco espaço era dado a ela
na formação do espartano – “o estritamente necessário”, diz Plutarco -, embora fizessem aprender de
memória Homero e Hesíodo ou o poeta Tirteo.
Já em Atenas, após a adoção do alfabeto iônico, totalmente fonético, que se tornou comum a toda
Grécia, teve um esplêndido florescimento em todos os campos: da poesia ao teatro, da história à filosofia.
No século V, Atenas exercia um influxo sobre toda a Grécia: tinha necessidade de uma burocracia culta,
que conhecesse a escrita. Esta se difundiu a todo o povo e os cidadãos livres adquiriram o hábito de
dedicar-se à oratória, à filosofia, à literatura, desprezando o trabalho manual e comercial. Todo o povo
escrevia como atesta a prática do ostracismo. Afirmou-se um ideal de formação mais culto e civil, ligado
à eloqüência e à beleza, desinteressado e universal, capaz de atingir os aspectos mais próprios e profundos
da humanidade de cada indivíduo e destinado a educar justamente este aspecto de humanidade, que em
particular a filosofia e as letras conseguem nele fazer emergir e amadurecer. Assim, a educação assumia
em Atenas um papel-chave e complexo, tornava-se matéria de debate, tendia a universalizar-se,
superando os limites da polis. Numa primeira etapa, a educação era dada aos rapazes que freqüentavam a
escola e a palestra, onde eram instruídos através da leitura, da escrita, da música e da educação física, sob
a direção de três instrutores: o grammatistes (mestre), o kitharistes (professor de música), o paidotribes
(professor de gramática). O rapaz era depois acompanhado por um escravo que o controlava e guiava: o
paidagogos. Depois de aprender o alfabeto e a escrita, usando tabuinhas de madeira cobertas de cera,
liam-se versos ricos de ensinamentos, narrativas, discursos, elogios de homens famosos, depois os poetas
líricos”que eram cantados. O cuidado com o corpo era muito valorizado, para torná-lo sadio, forte e belo,
realizado no gymnasia. Aos 18 anos, o jovem era “efebo” *no auge da adolescência), inscrevia-se no
próprio demo (ou circunscrição), com uma cerimônia entrava na vida de cidadão e depois prestava
serviço militar por dois anos.
A particularidade da educação ateniense é indicada pela idéia harmônica de formação que inspira ao
processo educativo e o lugar que nela ocupa a cultura literária e musical, desprovida de valor prático, mas
de grande importância espiritual, ligada ao crescimento da personalidade e humanidade do jovem.
Licurgo
Escola de Atenas
Paidéia: o seu nascimento
A partir do século V a. C., exige-se algo mais da educação. Para além de formar o homem, a educação
deve ainda formar o cidadão. A antiga educação, baseada na ginástica, na música e na gramática deixa de
ser suficiente.
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Surge então o modelo ideal de educação grega, que aparece como Paidéia*, que tem como objetivo
geral construir o homem como homem e cidadão. Platão define Paidéia da seguinte maneira “(...) a
essência de toda a verdadeira educação ou Paidéia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um
cidadão perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento”.
A noção de Paidéia se afirma de modo orgânico e independente na época dos sofistas e de Sócrates e
assinala a passagem explícita – da educação para a Pedagogia, de uma dimensão teórica, que se delineia
segundo as características universais e necessárias da filosofia. Nasce a Pedagogia como saber autônomo,
sistemático, rigoroso; nasce o pensamento da educação como episteme*, e não mais como éthos* e como
práxis* apenas.
*Paidéia: nas suas origens e na sua acepção comum, indica o tipo de formação da criança (pais), mais
idôneo a fazê-lo crescer e tornar-se homem, assume pouco a pouco nos filósofos o significado de
formação, de perfeição espiritual, ou seja, de formação do homem no seu mais alto valor. Portanto,
podemos dizer que a Paidéia, entendida ao modo grego, é a formação da perfeição humana.
* Episteme: conhecimento verdadeiro, de natureza científica, em oposição à opinião infundada ou
irrefletida.
* Éthos: conjunto dos costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do comportamento e da cultura,
característicos de uma determinada época ou região.
* Práxis: prática.
Helenismo e a Educação
Trata-se de uma época que se delineia uma cultura cada vez mais científica, mais especializada, mais
articulada em formas diferenciadas entre si tanto pelos objetos quanto pelos métodos: é a época em que se
desenvolve a ciência física em formas quase experimentais, em que apresentam a filosofia e a
historiografia em formas amadurecidas, em que cresce a astronomia tanto quanto a geometria e a
matemática, como também a botânica, a zoologia, a gramática, dando vida a uma enciclopédia bastante
complexa do saber.
Nesta época desenvolvem-se alguns centros de cultura: Rodes, Pérgamo, Alexandria; Alexandria em
particular – fundada por Alexandre Magno em 932 a. C. no Egito - , com a biblioteca e o museu, afirmase como o centro de toda cultura helenística, literária, filosófica e científica.
A Paidéia no período helenístico pode ser compreendida como uma orientação de vida, ou seja,
apresentava-se como um conjunto de orientações seguras, que indicavam o caminho da felicidade. Os
“novos” educadores, além de ensinar o homem a especular em torna da verdade, buscavam enfatizar que
era preciso aprender a viver de forma virtuosa. A vivência das virtudes era a garantia de uma vida feliz,
por isso, a transmissão e a prática dos valores tornou-se o conteúdo primordial das escolas nesse período.
Biblioteca de Pérgamo
História da Educação - Período Romano
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Resumo:
• Não existia democratização;
• A educação dava ênfase à formação moral e física (formação do guerreiro);
• O ideal de Direitos e Deveres.
O texto - base da educação romana, como atesta Cícero, foi por muito tempo o das Doze tábuas, fixado
em 451 a.C., no bronze e exposto publicamente no fórum, para que todos pudessem vê-lo. Nelas,
sublinhava-se o valor da tradição (o espírito, os costumes, a disciplina dos pais) e delineava-se um código
civil, baseado na pátria potestas e caracterizado por formas de relação social típicas de uma sociedade
agrícola atrasada. Como modelo educativo, as tábuas fixavam à dignidade, a coragem, a firmeza como
valores máximos, ao lado, porém, da pietas e da parcimônia.
A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada a formar em
particular o civis romanus, superior aos outros povos pela consciência do direito como fundamento da
própria “romanidade”. Os civis romanus era, porém, formado antes de tudo em família pelo papel central
do pai, mas também da mãe, por sua vez menos submissa e menos marginal na vida da família em
comparação com a Grécia. A mulher em Roma era valorizada como mater famílias, portanto reconhecida
como sujeito educativo, que controlava a educação dos filhos, confiando-os a pedagogos e mestres.
Diferente, entretanto, é o papel do pai, cuja auctoritas, destinada a formar o futuro cidadão, é colocada no
centro da vida familiar e por ele exercida com dureza, abarcando cada aspecto da vida do filho (desde a
moral até os estudos, as letras, a vida social). Para as mulheres, porém, a educação era voltada a preparar
seu papel de esposas e mães, mesmo se depois, gradativamente, a mulher tenha conquistado maior
autonomia na sociedade romana. O ideal romano da mulher, fiel e operosa, atribui a ela, porém, um papel
familiar e educativo.
Família romana
Escola romana
Foi a partir do século Ii a. C. que em Roma também se foram organizando escolas segundo o modelo
grego, destinadas a dar uma formação gramatical e retórica, ligada à língua grega. Só no século I a. C. é
que foi fundada uma escola de retórica latina, que reconhecia total dignidade à literatura e à língua dos
romanos. Pouco tempo depois, o espírito prático, próprio da cultura romana, levou a uma sistemática
organização das escolas, divididas por graus e providas de instrumentos didáticos específicos (manuais).
Quanto aos graus, as escolas eram divididas em: 1. elementares (ou do litterator ou ludus, dirigidas pelo
ludi magister e destinadas a dar a alfabetização primária: ler, escrever e, freqüentemente, também
calcular; tal escola funcionava em locais alugados ou na casa dos ricos; as crianças dirigiam-se para lá
acompanhadas do paedagogus, escreviam com o estilete sobre tabuletas de cera, aprendiam as letras do
alfabeto e sua combinação, calculavam usando os dedos ou pedrinhas – calculi - , passavam boa parte do
dia na escola e eram submetidas à rígida disciplina do magister, que não excluía as punições físicas); 2.
secundárias ou de gramática (nas quais se aprendia a cultura nas suas diversas formas: desde a música até
a geometria, a astronomia, a literatura e a oratória; embora predominasse depois o ensino literário na sua
forma gramatical e filosófica, exercido sobre textos gregos e latinos, através da lectio, da enarratio, da
emendatio e do judicium); 3. escolas de retórica – política, forense, filosófica etc. – e elaboravam –se as
suasoriae ou discursos sobre exemplos morais e as controversiae ou debates sobre problemas reais ou
fictícios). Embora mais limitada em comparação à educação grega (eram escassas a gramática, a música,
e também a ciência e a filosofia), mais utilitária, a formação escolar romana mantém bem no centro este
princípio retórico e a tradição das artes liberais, resumidas no valor atribuído à palavra.
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Existiam também, escolas para os grupos inferiores e subalternos, embora menos organizadas e
institucionalizadas. Eram escolas técnicas e profissionalizantes, ligadas a os ofícios e às práticas de
aprendizado das diversas artes. As técnicas eram ligadas num primeiro momento, ao exército e à
agricultura, depois ao artesanato, e por fim ao artesanato de luxo.
História da Educação - Período Medieval
Resumo:
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Ponto de início: doutrina da igreja católica;
Conhecido como o século das trevas
Educação conservadora;
Criticava a educação grega (liberal) e romana (prática);
Fundação da Companhia de Jesus (jesuítas).
No período medieval a educação era desenvolvida em estreita simbiose com a Igreja, com a fé cristã e
com as instituições eclesiásticas que – enquanto acolhiam os oratores (os especialistas da palavra, os
sapientes, os cultos, distintos dos bellatores e dos laboratores) – eram as únicas delegadas (com as
corporações no plano profissional) a educar, a formar, a conformar. Da Igreja partiram os modelos
educativos e as práticas de formação, organizavam-se as instituições ad hoc e programavam-se as
intervenções, como também nela se discutiam tanto as práticas como os modelos. Práticas e modelos para
o povo, práticas e modelos para as classes altas, uma vez que era típico também da Idade Média o
dualismo social das teorias e das práxis educativas, como tinha sido no mundo antigo.
Também a escola, como nós conhecemos, é um produto da Idade Média. A sua estrutura ligada à
presença de um professor que ensina a muitos alunos de diversas procedências e que deve responder pela
sua atividade à Igreja ou a outro poder (seja ele local ou não); as suas práticas ligadas à lectio e aos
auctores, a discussão, ao exercício, ao comentário, à argüição etc.; as suas práxis disciplinares (prêmios e
castigos) e avaliativas vêm daquela época e da organização dos estudos nas escolas monásticas e nas
catedrais e, sobretudo nas universidades. Vêm de lá também alguns conteúdos culturais da escola
moderna e até mesmo da contemporânea: o papel do latim; o ensino gramatical e retórico da língua; a
imagem da filosofia, como lógica e metafísica.
Escolas Paroquiais
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As primeiras remontam ao século II. Limitavam-se à formação de eclesiásticos, sendo o ensino
ministrado por qualquer sacerdote encarregado de uma paróquia, que recebia em sua própria casa os
jovens rapazes. À medida que a nova religião se desenvolvia, passava-se das casas privadas às primeiras
igrejas nas quais o altar substitui a tribuna. O ensino era reduzido aos salmos, às lições das Escrituras,
seguindo uma educação estritamente cristã.
Escolas Monásticas
Visavam inicialmente, apenas à formação de futuros monges. Funcionando de início apenas em regime
de internato, estas escolas abriram mais tarde escolas externas com o propósito da formação de leigos
cultos (filhos dos Reis e os servidores também). O programa de ensino era de início, muito elementar aprender a ler escrever, conhecer a bíblia (se possível de cor), canto e um pouco de aritmética – foi-se
enriquecendo de forma a incluir o ensino do latim, gramática, retórica e dialética.
Escolas Palatinas
Carlos Magno fundou ainda, junto da sua corte e no seu próprio palácio, a chamada Escola Palatin.
Para apoio do seu plano de desenvolvimento escolar, Carlos Magno chamou o monge inglês Alcuíno É
sob a sua inspiração que, a partir do ano 787, foram emanados o decreto capitular para a organização das
escolas. Estes incluíam as sete artes liberais, repartidas no trivium e no quadrivium. O trivium abraçava as
disciplinas formais: gramática, retórica, dialéctica, esta última desenvolvendo-se, mais tarde, na filosofia;
o quadrivium abraçava as disciplinas reais: aritmética, geometria, astronomia, música, e, mais tarde, a
medicina.
Escolas Catedrais
As Escolas Catedrais (escolas urbanas), saídas das antigas escolas monásticas (que alargaram o âmbito
dos seus estudos), tomaram a dianteira em relação às escolas dos mosteiros. Instituídas no século XI por
determinação do Concilio de Roma (1079), passam, a partir do século XII (Concilio de Latrão, 1179), a
ser mantidas através da criação de benefícios para a remuneração dos mestres, prosperando nesse mesmo
século. A atividade intelectual abre-se ao exterior, ainda que de forma lenta, absorvendo elementos das
culturas judaica, árabe e persa, redescobrindo os autores clássicos, como Aristóteles e, em menor escala,
Platão.
Universidades
Supõe-se que a primeira universidade européia tenha sido na cidade italiana de Salerno, cujo centro de
estudos remonta ao século XI. Além desta, antes de 1250, formaram-se no Ocidente a primeira geração de
universidades medievais. São designadas de espontâneas porque nascem do desenvolvimento de escolas
preexistentes. As universidades de Bolonha e de Paris estão entre as mais antigas. Outros exemplos são a
Universidade de Oxford e a de Montpellier. Mais tarde, é a vez da constituição de universidades por
iniciativa papal ou real. Exemplo desta última é a Universidade de Coimbra, fundada em 1290.
Originalmente, estas instituições eram chamadas de studium generale, agregando mestres e discípulos
dedicados ao ensino superior de algum ramo do saber (medicina, direito, teologia). Porém, com a
efervescência cultural e urbana da Baixa Idade Média, logo se passou a fazer referência ao estudo
universal do saber, ao conjunto das ciências, sendo o nome studium generale substituído por universitas.
Universidade
Um monge ensinando a leitura
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História da Educação - Período do Renascimento
Resumo:
• Conhecida como o século das luzes;
• Interesse pela educação grega e romana;
• Privilégio aos que detinham o poder;
• Principais pensadores: João Amós Comennius e Jean Jackes Rousseau.
O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa, durante os séculos
XV e XVI. Foi um período da história européia marcado por um renovado interesse pelo passado grecoromano clássico, especialmente pela sua arte.
Para se lançar ao conhecimento do mundo e às coisas do homem, o movimento renascentista elegia a
razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado.
O renascimento deu grande privilégio à matemática e às ciências da natureza. A exatidão do cálculo
chegou até mesmo a influenciar o projeto estético dos artistas desse período. Desenvolvendo novas
técnicas de proporção e perspectiva, a pintura e a escultura renascentista pretendiam se aproximar ao
máximo da realidade. Em conseqüência disso, a riqueza de detalhes e a reprodução fiel do corpo humano
formavam alguns dos elementos correntes nas obras do Renascimento.
O Humanismo* representou tendência semelhante no campo da ciência. O renascimento confrontou
importantes conceitos elaborados pelo pensamento medieval. No campo da astronomia, a teoria
heliocêntrica, onde o Sol ocupa o centro do Universo, se contrapunha à antiga idéia cristã que defendia
que a Terra se encontrava no centro do cosmos. Novos estudos de anatomia também ampliaram as noções
do saber médico dessa época.
Os humanistas eram homens letrados profissionais, normalmente provenientes da burguesia ou do clero
que, por meio de suas obras, exerceram grande influência sobre toda a sociedade; rejeitavam os valores e
a maneira de ser da Idade Média e foram responsáveis por conduzir modificações nos métodos de ensino,
desenvolvendo a análise e a crítica na investigação científica.
*Humanismo: O Humanismo é um movimento filosófico surgido no século XV dentro das
transformações culturais, sociais, políticas, religiosas e econômicas desencadeadas pelo Renascimento.
Principais pintores do período
Sandro Botticelli (1445-1510) - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade
que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal
cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao
mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.
Botticelli
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Leonardo da Vinci (1452-1519) - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra,
gerador de uma atmosfera que parte da realidade, mas estimula a imaginação do observador. Foi
possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos
do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.
A Virgem do Fuso, Leonardo Da Vinci
Mona Lisa, Leonardo Da Vinci
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Michelângelo Buonarroti (1475-1564) - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela
Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo
Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a
criação do homem.
Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família
Criação do Homem, Michelângelo
Rafael Sanzio (1483-1520) - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e
segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de
acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”.
Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.
A Escola de Atenas, Rafael Sanzio
História da Educação - Período Moderno
Resumo:
• Surge no século XVII;
• Separação entre a igreja católica e o estado;
• Principais pensadores: Pestalozzi, Herbat e Froebel;
• Consolidação da burguesia.
Duas instituições educativas, em particular, sofreram uma profunda redefinição e reorganização na
Modernidade: a família e a escola, que se tornaram cada vez mais centrais na experiência formativa dos
indivíduos e na própria reprodução (cultural, ideológica e profissional) da sociedade. As duas instituições
chegaram a cobrir todo o arco da infância – adolescência, como “locais” destinados à formação das
jovens gerações, segundo um modelo socialmente aprovado e definido.
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A família, objeto de uma retomada como núcleo de afetos e animada pelo “sentimento da infância”,
que fazia cada vez mais da criança o centro-motor da vida familiar, elaborava um sistema de cuidados e
de controles da mesma criança, que tendiam a conformá-la a um ideal, mas também a valorizá-la como
mito, um mito de espontaneidade e de inocência, embora às vezes obscurecido por crueldade,
agressividade etc. Os pais não se contentavam mais em apenas pôr filhos no mundo. A moral da época
impõe que se dê a todos os filhos, não só ao primogênito, e no fim dos anos seiscentos também as filhas,
uma preparação para a vida. A tarefa de assegurar tal afirmação é atribuída à escola.
Ao lado da família, à escola: uma escola que instruía e que formava que ensinava conhecimentos, mas
também comportamentos, que se articulava em torno da didática, da racionalização da aprendizagem dos
diversos saberes, e em torno da disciplina, da conformação programada e das práticas repressivas
(constritivas, mas por isso produtoras de novos comportamentos). Mas, sobretudo, uma escola que
reorganizava suas próprias finalidades e seus meios específicos. Uma escola não mais sem graduação na
qual se ensinavam as mesmas coisas a todos e segundo processos de tipo adulto, não mais caracterizada
pela “promiscuidade das diversas idades” e, portanto, por uma forte incapacidade educativa, por uma
rebeldia endêmica por causa da ação dos maiores sobre os menores e , ainda, marcadas pela “liberdade
dos estudantes”, sem disciplina interna e externa. Com a instituição do colégio (no século XVI), porém,
teve início um processo de reorganização disciplinar da escola e de racionalização e controle de ensino,
através da elaboração de métodos de ensino/educação – o mais célebre foi a Ratio studiorum dos jesuítas
– que fixavam um programa minucioso de estudo e de comportamento, o qual tinha ao centro a disciplina,
o internato e as “classes de idade”, além da graduação do ensino/aprendizagem.
Também é dessa época a descoberta da disciplina: uma disciplina constante e orgânica, muito diferente
da violência e autoridade não respeitada. A disciplina escolar teve raízes na disciplina religiosa; era
menos instrumento de exercício que de aperfeiçoamento moral e espiritual, era buscada pela sua eficácia,
como condição necessária do trabalho em comum, mas também por seu valor próprio de edificação.
Enfim, a escola ritualizava o momento do exame atribuindo-lhe o papel crucial no trabalho escolar. O
exame era o momento em que o sujeito era submetido ao controle máximo, mas de modo impessoal:
mediante o controle do seu saber. Na realidade, o exame agia, sobretudo como instrumento disciplinar, de
controle do sujeito, como instrumento de conformação.
Período Moderno
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Ratio Studiorum
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ratio Studiorum
Ratio Studiorum é uma espécie de coletânea privada, fundamentada em experiências acontecidas no
Colégio Romano e adicionada a observações pedagógicas de diversos outros colégios, que busca instruir
rapidamente todo jesuíta docente sobre a natureza, a extensão e as obrigações do seu cargo. A Ratio
(pronuncia-se rácio, palavra feminina latina da terceira declinação) surgiu com a necessidade de unificar
o procedimento pedagógico dos jesuítas diante da explosão do número de colégios confiados à
Companhia de Jesus como base de uma expansão missionária. Constituiu-se numa sistematização da
pedagogia jesuítica contendo 467 regras cobrindo todas as atividades dos agentes diretamente ligados ao
ensino e recomendava que o professor nunca se afastasse em matéria filosófica de Aristóteles, e teológica
de Santo Tomás de Aquino
Em 1584, o Pe. Aquaviva, novo superior geral da Ordem jesuíta, nomeia uma comissão encarregada de
codificar as observações que foram reunidas em Roma. O ante-projeto motivado, redigido em 1586,
depois de haver sido submetido às críticas dos executores e de haver sido remanejado por nova comissão,
torna-se o texto de 1591 e toma forma definitiva na famosa Ratio studiorum, promulgada em 8 de janeiro
de 1599.
Comenius
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Jan Amos Komenský (em português Comenius ou Comênio) (28 de março de 1592 - 15 de novembro de
1670) foi um professor, cientista e escritor checo, considerado o fundador da Didáctica Moderna.
Propôs um sistema articulado de ensino, reconhecendo o igual direito de todos os homens ao saber. O
maior educador e pedagogo do século XVII produziu obra fecunda e sistemática, cujo principal livro é a
DIDÁTICA MAGNA. São suas propostas:
• A educação realista e permanente;
• Método pedagógico rápido, económico e sem fadiga;
• Ensinamento a partir de experiências quotidianas;
• Conhecimento de todas as ciências e de todas as artes;
• ensino unificado.
Dados biográficos
Comenius nasceu em 28 de março de 1592, na cidade de Uherský Brod (ou Nivnitz), na Morávia, Europa
central, região que pertencia ao antigo Reino da Boémia e hoje integra a República Checa. Viveu e
estudou na Alemanha e na Polónia. Iniciador da didáctica moderna.
Sua importância decorre de ser o autor da Didática Magna, sendo o primeiro educador, no Ocidente, a
interessar-se na relação ensino/ aprendizagem, levando em conta haver diferença entre o ensinar e o
aprender.
Era de família eslava e protestante. A família seguia a igreja dos Irmãos Morávios, inspirados nas ideias
do reformista boémio Jan Huss estreitamente ligado às Sagradas Escrituras e defensores de uma vida
humilde, simples e sem ostentações. Tal educação rígida e piedosa influenciou o espírito de Comenius e o
despertou para os estudos teológicos.
Perdeu pais e irmãs aos 12 anos, sendo educado sem carinho por uma família de seguidores da igreja dos
Morávios. Sua educação não fugiu aos padrões da época: saber ler, escrever e contar, ensinamentos
aprendidos em ambiente rígido, sombrio, onde a figura do professor dominava, as crianças sendo tratadas
como pequenos adultos, os conteúdos escolares infalíveis e inquestionáveis. A rispidez no trato e a prática
da palmatória eram elementos básicos. Assim, o rigor da escola e a falta de carinho marcaram a vida do
órfão Comenius a ponto de inspirar, certamente, os princípios de uma didáctica revolucionária para o
século XVII. Na Universidade Calvinista de Herbron, na Alemanha, cursou Teologia e adquiriu boa
formação cultural e vasta cultura enciclopédica. Tornou-se pastor, tendo, ainda estudante, começado a
escrever: "Problemata Miscelânea" e "Syloge Questiorum Controversum" foram as primeiras obras.
Em Heidelberg, na Alemanha, foi aprimorar seus estudos de astronomia e matemática. Voltou à Moravia
e se estabeleceu em Prerov, no magistério, ansioso para pôr em prática suas ideias pedagógicas.
Modificaria radicalmente a forma de ensinar artes e ciências na sua escola, destacando-se como professor.
Pastor e reformador
Ordenado pastor da igreja dos Morávios em 1616, aos 26 anos, mudou para Fulnek, capital da Morávia,
onde se casou e teve filhos. Mas era região conturbada por rebelião nascida de disputas entre católicos e
protestantes, estopim da Guerra dos Trinta anos. Os exércitos espanhóis, em 1621, invadiram e
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incendiaram Fulnek quase extinguindo a população. Comenius perdeu a família - mulher e dois filhos - na
epidemia de peste que brotou, e perdeu sua biblioteca e seus escritos.
Mudou-se para Polônia em 1628, como a maioria dos Irmãos Morávios, fugindo da perseguição e se
estabeleceu em Lezno, onde retomou actividades de pastor e professor. Dedicou-se a escritos religiosos
para ajudar a levantar o ânimo de seus irmãos de igreja. Sua fama crescia e ganhou simpatizantes na
Inglaterra, onde permaneceu quase um ano. Visitou o reino da Suécia, contratado para promover a
reforma do ensino, permanecendo seis anos. Ali se encontrou com René Descartes, que lá vivia sob a
proteção da rainha Cristina.
Preocupado com um dos grandes problemas epistemológicos de seu tempo - o método - publicou em
1627 a Didactica Tcheca, traduzida em 1631 para o latim como Didática Magna, sua grande obra.
Em 1648, doente e desprestigiado entre os seus, estabeleceu-se em Amsterdã, na Holanda, onde se casou
de novo em 1649 e retornou a seu trabalho como educador e reformador social. Prestigiado pelas
autoridades, viu publicadas todas suas obras pedagógicas, muitas já famosas.
Comenius morreu a 15 de Novembro de 1670 em Amsterdã, famoso e prestigiado, tendo sempre lutado
pela fraternidade entre os povos e as igrejas. Foi enterrado em Naarden, onde foi construído um
mausoléu. Em 1956, a Conferência Internacional da UNESCO em Nova Delhi (India) decidiu a
publicação de todas as suas obras pelo organismo e e o apontou como um dos primeiros propagadores das
ideias que inspiraram - quase 300 anos depois - a fundação da UNESCO.
Pedagogia de Comênio
Defendia sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a todos" que sintetizaria os princípios e
fundamentos que permitiriam ao homem colocar-se no mundo como autor. Objectivando a aproximação
do homem a Deus, seu objectivo central era tornar os homens bons cristãos - sábios no pensamento,
dotados de fé, capazes de praticar acções virtuosas estendendo-se a todos: ricos, pobres, mulheres,
portadores de deficiências. A didáctica é, ao mesmo tempo, processo e tratado: é tanto o ato de ensinar
quanto a arte de ensinar.
Salientava a importância da educação formal de crianças pequenas e preconizou a criação de escolas
maternais, pois teriam, desde cedo, a oportunidade de adquirir as noções elementares do que deveriam
aprofundar mais tarde. A educação deveria começar pelos sentidos, pois as experiências sensoriais obtidas
por meio dos objectos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Compreensão,
retenção e práticas consistiam a base de seu método didáctico e, por eles se chegaria às três qualidades:
erudição, virtude e religião, correspondendo às três faculdades necessárias - intelecto, vontade e memória.
Fundamentos naturais do método de Comenius: - o fim é o mesmo: sabedoria, moral e perfeição; - todos
são dotados da mesma natureza humana, apesar de terem inteligências diversas; - a diversidade das
inteligências é tão somente um excesso ou deficiência da harmonia natural; - o melhor momento para
remediar excessos e deficiências acontece quando as inteligências são novas.
O método tem como preceitos: - tudo o que se deve saber deve ser ensinado; - qualquer coisa que se
ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, uso definido; - deve ensinar-se de maneira directa e
clara; - ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; - explicar primeiro os princípios
gerais; - ensinar as coisas em seu devido tempo;
A obra de Comenius é um paradigma do saber sobre a educação da infância e juventude, utilizando, para
isso, um local privilegiado: a escola. Já a Didática Magna apresenta as características fundamentais da
escola moderna: - a construção da infância moderna como forma de pedagogização dessa infância por
meio da escolaridade formal (até então, as crianças eram tratadas como pequenos adultos); - uma aliança
entre a família e a escola, por meio da qual a criança vai se soltando da influência da órbita familiar para a
órbita escolar; - uma forma de organização da transmissão dos saberes, baseada no método de instrução
simultânea, agrupando-se os alunos; e - a construção de um lugar de educador, de mestre, reservado aos
adultos portadores de saberes legítimos.
Obras publicadas
Deixou mais de 200 obras entre as quais:
• Labirinto do Mundo (1623)
• Didáctica checa (1627)
• Guia da Escola Materna (1630)
•
•
•
•
•
•
•
•
Porta Aberta das Línguas (1631)
Didacta Magna (versão latina da Didactica checa) (1631)
Novíssimo Método das Línguas (1647)
Mundo Ilustrado (1651)
Opera didactica omnia ab anno 1627 ad 1657 (1657)
Consulta Universal Sobre o Melhoramento dos Negócios Humanos (1657)
O Anjo da Paz (1667)
A Única Coisa Necessária (1668)
Universidade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mapa de Universidades medievais
Uma universidade é uma instituição pluridisciplinar de formação dos quadros de profissionais de nível
superior,de pesquisa,de extensão e de domínio e cultivo do saber humano[1].Uma universidade provê
educação tanto terciária (graduação) quanto quaternária (pós-graduação). Segundo Mazzari Júnior "as
universidades gozam de autonomia para executar suas finalidades, em estrita observância ao texto
constitucional, porém este direito não proibe o Estado de verificar o uso desta prerrogativa nas atividades
que lhes são próprias."[2]
História
Dentro da definição moderna, as primeiras universidades surgiram na Europa medieval, durante o
renascimento do Século XII.
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Numa definição mais abrangente, a Academia, fundada em 387 a.C. pelo filósofo grego Platão no bosque
de Academos próximo a Atenas, pode ser entendida como a primeira universidade. Nela os estudantes
aprendiam filosofia, matemática e ginástica. Não constituia, entretanto, realmente uma universidade,
porquanto cada pensador fundava uma escola para repassar seus conhecimentos, não para debatê-los.
As primeiras universidades da Europa foram fundadas na Itália e na França para o estudo de direito,
medicina e teologia. Antes disso, instituições semelhantes existiam no mundo islâmico, sendo a mais
famosa a do Cairo. Na Ásia, a instituição de ensino superior mais importante era a de Nalanda, em Bihar,
Índia, onde viveu no século II o filósofo budista Nagarjuna.
Na Europa rapazes encaminhavam-se à universidade após completar o estudo do trivium: as artes
preparatórias da gramática, retórica e lógica; e do quadrivium : aritmética, geometria, música e
astronomia.
A Universidade portuguesa mais antiga é a Universidade de Coimbra, fundada inicialmente em Lisboa em
1290, sendo uma das 10 mais antigas da Europa em funcionamento contínuo.
Universidades são normalmente instituídas por um estatuto ou carta. No Reino Unido, uma universidade é
definida por uma carta real e apenas instituições com tal documento podem oferecer diplomas de
quaisquer tipos.
Nas últimas décadas do século XX, um certo número de universidades com mais de 100.000 estudantes
foi criado, ensinando atráves de técnicas de aprendizado a distância.
Anexo:Lista das universidades mais antigas do mundo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esta é uma lista das universidades mais antigas do mundo e que ainda estão em operação.
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Nome
Cidade Sede
País
Ano de
Fundação
Universidade de
Karueein
Fez
Marrocos
859
Universidade de
Al-Azhar
Cairo
Egito
988
Universidade de
Bolonha
Bolonha
Itália
1088
Universidade de
Oxford
Oxford
Inglaterra
1096
Universidade de
Paris
Paris
França
1170
Universidade de
Modena
Modena
Itália
1175
Universidade de
Cambridge
Cambridge Inglaterra
cerca de
1209
Universidade de
Salamanca
Salamanca Espanha
1218
Universidade de
Montpellier
Montpellier
Universidade de
Pádua
França
1220
Pádua
Itália
1222
Universidade de
Nápoles Federico
II
Nápoles
Itália
1224
Universidade de
Toulouse
Toulouse
França
1229
Universidade de
Al Mustansiriya
Bagdá
Iraque
1233
Universidade de
Siena
Itália
1240
Comentários
Em 1970 foi dividida em 13
universidades separadas
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Siena
Universidade de
Valladolid
Valladolid
Espanha
1241
Universidade de
Múrcia
Múrcia
Espanha
1272
Universidade de
Coimbra
Coimbra
Portugal
1290
Fundada em Lisboa, transferida
definitivamente para Coimbra em 1537
Universidade
Complutense de
Madrid
Madri
Espanha
1293
Fundada em Alcalá de Henares
Universidade de
Lérida
Lérida
Espanha
1300
Universidade de
Roma
Roma
Itália
1303
Universidade de
Florença
Florença
Itália
1321
Universidade de
Pisa
Pisa
Itália
1343
Universidade de
Praga
Praga
República
Tcheca
1348
Universidade de
Pavia
Pavia
Itália
1361
Universidade
Jaguelônica
Cracóvia
Polônia
1364
Universidade de
Viena
Viena
Áustria
1365
Universidade de
Pécs
Pécs
Hungria
1367
Universidade de
Heidelberg
Heidelberg Alemanha
1386
Universidade de
Colônia
Colônia
Alemanha
1388
Universidade de
Ferrara
Ferrara
Itália
1391
Universidade de
Zadar
Zadar
Croácia
1396
Universidade de
Würzburg
Würzburg
Alemanha
1402
Universidade de
Leipzig
Leipzig
Alemanha
1409
Escócia
1412
Alemanha
1419
Universidade de
St. Andrews
Universidade de
St.
Andrews
Rostock
Fundada em Palência
Rostock
Universidade
Católica de
Lovaina
Lovaina
Bélgica
1425
Universidade de
Poitiers
Poitiers
Franca
1431
Universidade de
Catânia
Catânia
Itália
1434
Universidade de
Istambul
Istambul
Turquia
1443
Universidade de
Glasgow
Glasgow
Escócia
1451
Universidade de
Greifswald
Greifswald Alemanha
1456
Universidade de
Freiburg Albert
Ludwigs
Freiburg
Alemanha
1457
Universidade
Basiléia
Basiléia
Suíça
1460
Universidade de
Uppsala
Uppsala
Suécia
1477
Universidade de
Tübingen
Tübingen
Alemanha
1477
Dinamarca
1479
Escócia
1494
Santiago
Espanha
de Compostela
1495
Universidade de
Copenhague
Universidade de
Aberdeen
Universidade de
Santiago de
Compostela
Universidade de
València
Copenhague
Aberdeen
Valência
Espanha
Atualmente dividida entre falantes
franceses (Université Catholique de
Louvain), Lovaina-a-Nova e os falantes
flamengos (Katholieke Universiteit
Leuven), ainda em Lovaina
1499
Universidades mais antigas por país ou região após 1500
A maioria dos países europeus já tinham universidades antes de 1500. Depois de 1500, várias
universidades começaram a aparecer em outros países ao redor do mundo:
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País
Nome
Universidade de
Estados Papais Urbino
Capitania
Geral de Santo
Domingo
Universidade
Autônoma de Santo
Domingo
Ano de
Fundaçã
o
1506
1538
Comentários
Vice-Reino do Universidade Nacional 1551
de San Marcos
Peru
Primeira universidade da América
Vice-Reino da Universidade Nacional 1551
Autônoma do México
Nova Espanha
Vice-Reino da Colégio Universitário
de Santo Tomás
Nova Espanha
1562
Países Baixos
Espanhóis
Universidade de
Leiden
1575
República das
Duas Nações
Universidade de
Vilnius
1579
Trinity College de
Dublin
1592
Universidade de San
Carlos
1595
Reino da
Irlanda
Indias
Orientais
Espanholas
encerrou duas vezes e reabriu
Vice-Reino do Universidade Nacional 1610
de Córdoba
Peru
Império Sueco Universidade de Tartu 1631
Ficheiro:New
England blank
flag.svg Nova
Inglaterra
1636
Foi fundada sob o nome de Harvard College
(colégio de ensino superior); somente em 1780
foi mencionada pela primeira vez como
universidade
1676
Foi fundada por ordem por ordem de Cédula
Real do Rei Carlos II em 31 de janeiro de 1676.
Universidade de
Helsinki
1640
originalmente a Academia de Turku, mas
movida para Helsinki em 1827
Vice-Reino do Universidade de
Rosário
Peru
1653
República das
Duas Nações
Universidade de Lviv
1661
Université Laval
1663
Universidade de
Sacro-Império Zagreb
1669
Universidade de
Havana
1728
Harvard University
Vice-Reino da Universidad de San
Carlos de Guatemala
Nova Espanha
Império sueco
Nova França
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23
Capitania
Geral de Cuba
- Universidade de
Moscou
- Universidade de São
Império Russo Petersburgo
- Universidade de
Kant
- 1755
- (17241803,
1819)
- (15441945,
1967)
Universidade de New Brunswick é a mais velha
de língua inglesa no Canadá, fundada em 1785
Ordem de
Malta
Universidade de Malta 1769
sucessora do Colégio Melitense, 1592
Reino Unido
de Portugal, Brasil
e Algarves
Universidade Federal
do Rio de Janeiro
(UFRJ)
- Universidade Federal
da Bahia (UFBA)
1792 e
1808
(1920)
- 1808
(1946)
De fato essas respectivas universidades só
foram fundadas em 1920 e 1946, mas algumas
de suas unidades integrantes foram fundadas
anteriormente: em 1792 foi criada a "Real
Academia de Artilharia, Fortificação e
Desenho" (atuais Instituto Militar de Engenharia
e Escola Politécnica da UFRJ); em 1808 foram
criados dois cursos superiores de medicina os
quais ganhariam status de faculdade
posteriormente: um no Rio de Janeiro e outro
em Salvador (atuais Faculdade de Medicina da
UFRJ e Faculdade de Medicina da UFBA)
Reino da
Suécia e Noruega
Universidade de Oslo
1811
Império
Brasileiro
Faculdade de Direito
do Largo São
Francisco
Faculdade de Direito
de Olinda
1827
Colônia do
Cabo
Universidade da
Cidade do Cabo
1829
Reino da
Grécia
Universidade de
Atenas
1837
Sul
Escola de Farmácia de
1839
Ouro Preto
Nova Gales do Universidade de
Sydney
- Universidade de
Calcutá
- Universidade de
Índia Britânica
Roorkee ou Instituto
Indiano de
Tecnologia, Roorkee
24
A mais antiga instituição de ensino superior
denominada faculdade no Brasil, juntamente
criada com a Faculdade de Direito do Largo São
Francisco; fundada em Olinda, depois
transferida para Recife e posteriormente
agrupada pela Universidade Federal de
Pernambuco.
Império
Brasileiro
Império
Brasileiro
Página
1827
Primeira instituição com o nome de "faculdade"
no Brasil, juntamente criada com a Faculdade
de Direito de Olinda, unida a Universidade de
São Paulo em 1934
Nova Zelândia
Império
A mais antiga instituição de ensino superior
denominada faculdade em Minas Gerais quando
o estado ainda era uma Província, fundada em
Ouro Preto, antiga capital do estado,
posteriormente agrupada pela Universidade
Federal de Ouro Preto.
1850
- 1857
- 1847
Universidade de
Otago
1863
Universidade
1870
- a mais velha universidade completamente
fledged no Sul da Ásia
- a mais velha universidade técnica
O Instituto Presbiteriano Mackenzie iniciou suas
Brasileiro
Presbiteriana
Mackenzie
Império
Japonês
Universidade de
Tóquio
1877
Paquistão
Britânico
Universidade de
Punjab
1882
Reino da
Bulgária
Universidade de Sofia 1888
China
Universidade de
Beijing
atividades em 1870. Em fevereiro 1896, já em
Higienopólis, teve início o primeiro ano letivo
da Escola de Engenharia Mackenzie, sendo os
diplomas ainda expedidos pela Universidade de
Nova Iorque. Na década de 1940, o Mackenzie
começou introduzir novas unidades e cursos,
como a Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras em 1946; Faculdade de Arquitetura, em
1947 e a Faculdade de Ciências Econômicas,
em 1950. Em 1952 o Mackenzie é reconhecido
por meio de decreto assinado pelo então
presidente Getúlio Vargas como uma
universidade.
1898
(discutivelmente Universidade de Wuhan, 1893)
1902
A Fundação Escola de Comércio Álvares
Penteado (FECAP) é uma instituição brasileira
de ensino superior, cujo campo de estudo é
gestão de negócios. Fundada em 02 de junho de
1902, a FECAP detém a mais antiga certificação
de utilidade pública do Brasil, desde 1915. A
instituição também foi a primeira a abrir os
cursos de Economia (1934) e Contabilidade
(1939) no país.
Brasil
FECAP - Fundação
Escola de Comércio
Álvares Penteado
Brasil
Universidade Candido
1902
Mendes
Território
Mailaio de
controle direto
Britânico de
Cingapura
Universidade Nacional
1905
de Cingapura
Estados
Universidade de
Federados Malaios Malaya
1905
Universidade Federal
do Amazonas
1909
Brasil
Universidade
1909
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
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25
Brasil
A história da Universidade Federal do
Amazonas inicia em 17 de janeiro de 1909,
quando um grupo de homens, idealistas e
ousados, irmanados de um forte espírito de
construção coletiva, fundou a primeira
universidade brasileira, a Escola Universitária
Livre de Manáos, mais tarde denominada
Universidade de Manáos, no coração da
Amazônia, enfrentando todas as hostilidades
que o amazônida aprendeu a vencer.
Tecnológica Federal
do Paraná
Brasil
Hong Kong
Britânica
evoluiu a partir da Faculdade de Medicina de
Hong Kong, fundada em 1887
Brasil
Universidade Federal
Rural do Rio de
Janeiro
1913
A UFRRJ tem suas origens no Decreto 8.319 de
20 de outubro de 1910, assinado por Nilo
Peçanha, Presidente da República, e por
Rodolfo Nogueira da Rocha Miranda, Ministro
da Agricultura. Mas foi inaugurada oficialmente
em 1913.
Reino do Sião
Universidade de
Chulalongkorn
1917
Geórgia PréURSS
Universidade Estadual
1918
de Tbilisi
Armênia PréURSS
Universidade Estadual
1919
de Erevan
Paquistão
Oriental Britânico
Universidade de Daca
1921
Palestina
Britânica
Technion
1924
Brasil
Pontifícia
Universidade Católica 1931
do Rio Grande do Sul
São Paulo
Universidade Federal
de São Paulo
São Paulo
Reino da
Iugoslávia
26
1912
A Universidade Federal do Paraná, fundada em
1912 por Victor Ferreira do Amaral e outros
intelectuais do Estado do Paraná, foi a segunda
instituição de ensino superior do Brasil
denominada Universidade. A pedra fundamental
da Universidade foi lançada em 1892, por
Rocha Pombo e só não teve êxito imediato por
forças da Revolução Federalista.
Universidade de Hong
1912
Kong
Irã Imperial
Página
Universidade Federal
do Paraná
fundada em 1909 como escola de aprendizes
artífices do Estado do Paraná, foi a primeira
instituição de ensino superior do Brasil
denominada Universidade Tecnológica.
1933
Como Escola Paulista de Medicina
Universidade de Teerã 1934
Universidade de São
Paulo
1934
Universidade de
Sarajevo
1940
Brasil
Pontifícia
Universidade Católica 1941
de Campinas
Brasil
Pontifícia
Universidade Católica 1946
do Rio de Janeiro
sucessora do Sharia Law School fundado em
1531
Fundada em 1941 pelo cardeal da cúria
metropolitana do Rio de Janeiro Dom Sebastião
Leme e pelo Pe. Leonel Franca. Foi reconhecida
pelo Decreto-Lei nº 8.681 de 15 de agosto de
1946 - recebendo o título de Pontifícia em 20 de
janeiro de 1947 pelo papa Pio XII.
Pontifícia
Universidade Católica 1946
de São Paulo
Fundada aos 13 de agosto de 1946 pelo cardeal
da cúria metropolitana de São Paulo, dom
Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, nasceu a
partir da fusão da Faculdade Paulista de Direito
com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
de São Bento, esta fundada em 1908. Foi
reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9.632, de 22 de
agosto de 1946 – recebendo o título de
Pontifícia em janeiro de 1947 pelo papa Pio XII.
Universidade Católica
1961
de Salvador (UCSal)
A Universidade Católica do Salvador (UCSal),
sediada em Salvador, Bahia é uma unidade de
ensino superior brasileira, reconhecida pelo
Decreto de nº 58 de 18 de Outubro de 1961.
Apesar de sua importância histórica, ela ainda
não recebeu o selo pontifício de Roma, por isso
ela é uma das poucas universidades do gênero
que não é Pontifícia. Seu chanceler é o Cardeal
Arcebispo Primaz do Brasil Dom Geraldo
Majella Agnelo, arcebispo de Salvador.
Pronvícia
Ultramarina de
Angola
Universidade
Agostinho Neto
1962
Anteriormente denominada Universidade de
Angola
Província
Ultramarina de
Moçambique
Universidade Eduardo
1962
Mondlane
Anteriormente denominada Universidade de
Lourenço Marques
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Universidade Estadual
1964
de Montes Claros
Universidade de
Itaúna (UIT)
1965
A Universidade de Itaúna (UIT), sediada em
Itaúna-MG, foi criada pela Lei Estadual
3.596/65, publicada no Diário Oficial do Estado
de Minas Gerais em 26/11/1965. É uma IES, de
cárater comunitário e filantrópico, mantida pela
Fundação Universidade de Itaúna.
Universidade Estadual
1966
de Campinas
Brasil
Página
27
Macau
Português
Universidade de
Caxias do Sul
1968
Universidade de
Macau
1981
Timor-Leste
Universidade Nacional
2000
Timor Lorosa'e
Guiné-Bissau
Universidade Amílcar
Cabral
1999
Cabo Verde
Universidade Jean
Piaget de Cabo Verde
2001
Inicialmente denominada Universidade da Ásia
Oriental
Universidade medieval
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Manuscrito medieval mostrando uma reunião de doutores na Universidade de Paris
As Universidades medievais foram fundadas por volta de 1150, no contexto do Renascimento do Século
XII. Essas instituições são o ponto de partida para o modelo de universidade que temos até hoje. Tratamse não apenas de instituições de ensino: a universidade medieval era também o local de pesquisa e
produção do saber, era também o foco de vigorosos debates e muitas polêmicas - o que fica evidente pelas
crises em que estas instituições estiveram envolvidas e pelas muitas intervenções que sofreram do poder
real e eclesiástico.
As primeiras universidades da Europa foram fundadas na Itália e na França para o estudo de direito,
medicina e teologia. A parte central do ensino envolvia o estudo das artes preparatórias, ou artes liberais;
o trivium: gramática, retórica e lógica; e do quadrivium : aritmética, geometria, música e astronomia.
Depois disso, o aluno podia realizar os estudos mais específicos.
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28
Origens
Mapa das Universidades medievais
No século IX, Carlos Magno conseguira reunir grande parte da Europa sob seus domínios. Para unificar e
fortalecer seu império, ele decidiu elaborar uma reforma na educação. O monge inglês Alcuíno elaborou
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um projeto de desenvolvimento escolar que buscou reviver o saber clássico estabelecendo os programas
de estudo a partir das sete artes liberais: o trivium, ou ensino literário (gramática, retórica e dialética) e o
quadrivium, ou ensino científico (aritmética, geometria, astronomia e música). A partir do ano 787, foram
emanados os decretos que recomendavam, em todo o império, a restauração de antigas escolas e a
fundação de novas. Institucionalmente, essas novas escolas podiam ser monacais, junto aos mosteiros;
catedrais, junto à sede dos bispados; e palatinas, junto às cortes. Essas medidas teriam seus efeitos mais
significativos séculos mais tarde. O ensino da dialética (ou lógica) foi fazendo renascer o interesse pela
indagação especulativa; dessa semente surgiria a filosofia cristã da Escolástica.
Nos séculos XII e XII, algumas das escolas que haviam sido estruturadas à partir das ordens de Carlos
Magno, que se destacaram por seu alto nível de ensino, ganham a forma de Universidades. Isso ocorre
especiamente entre as escolas catedrais. Depois começaram a surgir instituições, fundadas por
autoridades, que já nasciam estruturadas como uma instituição de ensino superior. As universidades que
evoluíram de escolas, foram chamadas por ex consuetudine; Já aquelas fundadas por reis ou papas eram
as universidades ex privilegio.
Entre 1200 e 1400 foram fundadas, na Europa, 52 universidades, e 29 delas foram erguidas por papas. A
transformação cultural gerada pelas universidades no século XIII, foi expressada pela frase de Charles H.
Haskins: Em 1100, a escola seguia o mestre; em 1200, o mestre seguia a escola.[1]
Algumas dessas universidades recebiam da Igreja católica o título de Studium Generale, que indicava que
este era um instituto de excelência internacional; estes eram considerados os locais de ensino mais
prestigiados do continente. Acadêmicos de um Studium Generale eram encorajados dar cursos em outros
institutos por toda a Europa, bem como a partilhar documentos. Isso iniciou a cultura de intercâmbio
presente ainda hoje nas universidades Européias.
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