VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar UM OLHAR DIFERENTE NO HOSPITAL: TRUPE DA ALEGRIA PO - 15 Stéphanie Guimarães Resende Santos Uberaba/ MG, Hospital Universitário O clima frio do hospital, intervenções realizadas pela equipe de saúde de forma desumana e a angústia presente nos pacientes sugerem algumas mudanças. Desta forma, surgiu a idéia de humanizar o hospital de uma forma engraçada, através do artista palhaço. O principal objetivo do trabalho é possibilitar situações que amenizem a angústia, dor, stress e mal-estar psíquico e físico. Desta forma, levar alegria ao ambiente hospitalar, buscando trabalhar de forma integrada com a equipe de saúde. Ao rir se alivia a tensão (reduz stress e ansiedade), atenua a dor (libera endorfina – sensação de bem-estar e alívio de dor), diminui a pressão arterial (aumenta a freqüência cardíaca e provoca a vasodilatação das artérias), fornece mais oxigênio (facilita a saída de gás carbônico), fortalece o sistema imunológico (aumenta a liberação de células do sistema imunológico), ajuda na memorização (aumenta o interesse e facilita a aprendizagem), diminui os efeitos da institucionalização, há maior aceitação em relação aos cuidados de enfermagem. No Hospital Universitário já existe o Grupo Encantar, o qual é um coral que passa pelos leitos também trazendo alegria. A partir dos resultados obtidos nessas intervenções, como diminuição da ansiedade referente à alguma cirurgia, alívio de tensão, melhor bem-estar, entre outros; sentimos a necessidade de aprimorar um pouco mais a idéia. Assim, as atividades da Trupe da Alegria se baseiam na caracterização de alunos da Psicologia em palhaços, através de perucas, óculos, pintura facial, nariz vermelho, gravatas coloridas; e na utilização de instrumentos parecidos com os dos médicos, como auscutador, martelo, termômetro, injeção/sugador de tristeza. Durante a realização das mesmas, cantamos e brincamos com os pacientes, familiares e colaboradores; de tal forma que é possível “quebrar o gelo” entre a equipe do hospital. Os pacientes se envolvem nas brincadeiras, sorriem e demonstram que estão se sentindo bem, além de considerarem como se fosse uma festa para eles, algo que modifica o cotidiano do hospital. Eles ficam mais aliviados para realizarem alguma cirurgia ou procedimento, trabalham as angústias que sentem e as atividades contribuem para a melhoria das patologias presentes – o que demonstra a diminuição dos efeitos da institucionalização. Já os familiares também se emocionam e procuram registrar com fotos e vídeos as brincadeiras feitas, sentindo-se felizes pelo pela melhoria do bem estar do paciente. Em relação aos colaboradores, a princípio houve certa resistência, principalmente dos médicos, com o trabalho proposto. No entanto, com o tempo, pudemos demonstrar a importância e “seriedade” da atividade, proporcionando um ambiente de trabalho mais saudável à equipe de saúde. A Trupe da Alegria é uma das propostas de humanização da instituição, fator primordial para a compreensão do sujeito como um todo e, assim, fornecimento de um atendimento digno às pessoas. Palavras-chave: humanização, alegria, suporte às angústias. E-mail para contato: [email protected] Referência: Texto disponível em: http://www.kakiclown.com/proj_payaso_hospital.pdf 14