Jornal do Commercio - PE 10/09/2015 - 08:17 Editorial A vez das Upas “As UPAs estão funcionando 24 horas por dia e com médicos de plantão nas especialidades de Ortopedia, Clínica médica e Pediatria. Cada UPA atende uma média de 500 pacientes por dia, com uma resolutividade de 95% dos casos. A estrutura conta com sete consultórios, área de acolhimento com classificação de risco, 18 leitos de enfermaria (quatro destinados à estabilização de casos graves) e salas de raios-x e inalação coletiva (nebulização)”. Esse era o melhor dos mundos anunciado pela Secretaria de Saúde de Pernambuco há apenas quatro anos. A crise da economia e de gestão entrou nas Unidades de Pronto Atendimento e nada do que foi dito continua. “Madrugar, disputar fichas limitadas e guardar a dor para o dia seguinte passou a ser realidade das UPAs do Grande Recife” é a leitura atualizada do que deveria ser até aprimorado e aperfeiçoado para corresponder a tanta promessa que costuma ser feita em temporadas eleitorais. Fora delas, a realidade se faz com a degradação de um serviço público essencial contemplado por incontáveis leis, a começar pelos cinco artigos da Constituição Federal – de 196 a 200 – onde está prescrita a medicação legal destinada a garantir a saúde como direito de todos e dever do Estado. O que está descrito na chamada Carta Magna não tem nada a ver com o mundo real mostrado em recente reportagem deste jornal, com testemunhos que escancaram uma realidade cruel: a degradação do que deveria ser um serviço público inquestionável, sobretudo porque cuida do que há de mais básico na qualidade de vida das pessoas. Do que foi visto e ouvido, uma frase deveria ser pinçada e submetida à análise crítica de todos os protagonistas do dramático quadro de saúde em Pernambuco: “É preciso rediscutir esse modelo de UPAs e Upinhas do Recife, além do papel dos hospitais regionais”. O autor da frase é o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Mário Jorge Lobo, que certamente sabe do que está falando. Entretanto, para quem precisa das UPAs e Upinhas – os que dependem do Sistema Único de Saúde e até quem não depende dele –, não é o caso de sujeitá-las a discussão ou rediscussão. Equipamentos sociais irrenunciáveis, representam um direito líquido e certo de todos por espaços abertos a qualquer hora do dia ou da noite e com os profissionais disponíveis para dar assistência, na forma como foram concebidas. Não há muito mais a se refletir nem o que se esperar de uma unidade de saúde. É inaceitável que se comprometa um serviço indispensável dessa natureza por falta de recursos, quando se sabe que a administração pública em boa parte costuma ser inchada para atender à clientela de políticos profissionais, com um custo que poderia muito bem ser drenado para a saúde da população mais carente. Jornal do Commercio - PE 10/09/2015 - 08:17 Vacinação previne a difteria SAÚDE É preciso imunizar, independentemente da idade. Dose na infância não descarta reforço na fase adulta, feito a cada dez anos Depois que o estudante Paulo Sigernando da Silva, 14 anos, morreu com sintomas de difteria (febre, dificuldade respiratória, edema de pescoço e dor na garganta) em Salgueiro, Sertão de Pernambuco, apareceram outras três pessoas no Estado com o quadro clínico semelhante – todas adultas. Os casos ainda são suspeitos, mas já acende o alerta para o fato de que vacina, inclusive contra difteria, não é assunto só de criança. Os irmãos gêmeos de Paulo, de 19 anos, que estão internados no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Santo Amaro, área central do Recife, passam em. Eles apresentavam sinais brandos da doença e agora já estão sem febre e lesões na garganta. “Sabemos que, embora tenham feito o esquema vacinal corretamente na infância, não tomaram a dose de reforço, que é essencial para conferir imunidade contra a difteria”, diz o infectologista do Huoc Demétrius Montenegro. Dessa maneira, ele alerta para a necessidade de toda a população, independentemente da idade, ficar atenta à carteira de vacinação. Além dos casos suspeitos de Salgueiro, há uma mulher de 57 anos internada no Real Hospital Português, em Paissandu, área central do Recife, com sintomas de difteria. Moradora do bairro de Casa Amarela, Zona Norte da cidade, ela deu entrada na unidade de saúde no dia 16 de agosto. O hospital informa que o estado de saúde dela está em sigilo, mas a Secretaria de Saúde do Recife adianta que foi realizada a coleta de secreção do nariz e da garganta da paciente para confirmação (ou não) da doença, o que deve ser feito em breve com o resultado do exame. As pessoas próximas à paciente estão em tratamento medicamentoso e foram imunizadas. Para quem não faz ideia se já tomou alguma dose da vacina contra difteria, que também protege contra o tétano, a recomendação é iniciar um esquema de vacinação. “São pessoas que devem tomar três doses de DT. É preciso ter um intervalo de dois meses entre casa dose”, explica o médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima, que pede para a população ficar atenta ao tempo do reforço, a cada dez anos. “Infelizmente, ainda há muita gente que só deixa para tomar a DT quando se corta, leva uma furada no pé com um prego ou se acidenta. São situações que expõem ao risco de tétano. Mas precisamos acabar com essa resistência dos adultos em relação às vacinas”, salienta Eduardo Jorge. Ele ainda chama atenção para os sintomas da difteria, que tem como marcador importante lesões brancoacinzentadas cobrindo as amídalas. “Com a bactéria em circulação, é importante que os médicos passem a ficar atentos ao quadro clínico da doença, a fim de ser feito um diagnóstico correto e tratamento adequado, se necessário”, ressalta Demétrius Montenegro. Ele acrescenta que os quatro casos confirmados em Chã Grande, no Agreste, evoluíram de forma amena, mas há situações em que a difteria pode ser mais agressiva. “Por enquanto, não podemos falar em epidemia, mas é certo que os médicos dos postos de saúde precisam ficar mais atentos a casos que possam ser suspeitos”, ressalta o infectologista. Folha de Pernambuco - PE 10/09/2015 - 07:32 Difteria: já são 18 notificações em PE O Estado já soma neste ano 18 casos notificados como suspeitos de difteria, segundo a Secretaria de Saúde (SES). Desse número, quatro foram confirmados em moradores da cidade de Chã Grande. Outros quatro foram descartados. No entanto, dez continuam em investigação. Entre os que são alvo ainda de verificação está um paciente do Recife e três irmãos de Salgueiro. O salgueirense Paulo Sizernando, 17 anos, morreu uma semana após apresentar sintomas semelhantes aos da doença. Os irmãos do adolescente, Cosme e Damião de Souza, 19, tiveram um destino diferente. Os gêmeos estão internados no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e estão respondendo bem ao tratamento. “Ele estão chegando na metade do tratamento que é de 14 dias. Provavelmente, já saíram do risco de complicação da doença”, avaliou o chefe da Infectologia do HUOC, Demetrius Montenegro. O médico informou que os jovens não apresentam mais placas na garganta, um dos sintomas da infecção. Eles estão sendo tratados com as drogas que combatem a difteria apesar dos exames que vão confirmar a doença ainda não terem ficado prontos. “A confirmação demora um pouco porque o exame não sai com toda prontidão, mas diante da grande possibilidade da doença estamos conduzindo o tratamento para difteria”, justificou. Apesar do aumento de casos neste ano Montenegro não acredita que Pernambuco esteja com um surto instalado. A gerente de Controle de Doenças Imunopreveníveis da SES, Ana Antunes, destacou que o aumento de casos suspeitos e confirmados de difteria se deve à sensibilização dos profissionais e da intensificação da vigilância para averiguar casos suspeitos. Folha de Pernambuco - PE 10/09/2015 - 07:32 Mortalidade infantil caiu 73% no País em 25 anos BRASÍLIA (ABr) - A mortalidade infantil no Brasil caiu 73% nos últimos 25 anos, segundo dados divulgados ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o relatório Níveis e Tendências da Mortalidade Infantil 2015, o índice de mortes entre crianças brasileiras menores de 5 anos assou, em 1990, de 61 óbitos para cada mil nascidas vivas para 16 óbitos para cada mil nascidas vivas em2015. Apesar dos avanços, a OMS destacou que as disparidades persistem no País. O estudo indica que, dos cerca de 5,5 mil municípios brasileiros, mais de mil registraram taxa de mortalidade infantil de até cinco óbitos para cada mil nascidas vivas em 2013, enquanto em 32 cidades a taxa superava 80 óbitos para cada mil nascidas vivas. Além disso, crianças indígenas que vivem no Brasil têm duas vezes mais chance de morrer antes de completar o primeiro ano de vida que as demais. Segundo o relatório, esse tipo de exemplo demonstra que, mesmo em países com níveis relativamente baixos de mortalidade infantil, são necessários maiores esforços para reduzir as disparidades entre diferentes grupos sociais. “Assim sendo, ainda há muito trabalho a ser feito para que cada criança tenha a oportunidade justa de sobreviver, mesmo em países com baixos índices de mortalidade infantil”, concluiu a OMS. A mortalidade infantil no mundo caiu mais da metade nos últimos 25 anos. Os números da OMS mostram que as mortes de crianças menores de 5 anos caíram de 12,7 milhões em 1990 para 5,9 milhões em 2015. Esta é a primeira vez que o índice fica abaixo de 6 milhões. Apesar dos avanços, a OMS alertou que 16 mil crianças menores de 5 anos morrem todos os dias no mundo e que a queda de 53% não é suficiente para alcançar a meta de reduzir e dois terços o índice até o fina deste ano. Atualmente, cinco em cada dez mortes de crianças são registradas na África Subsaariana e três em cada dez, no Sul da Ásia. De acordo com o relatório da OMS, o dias que se seguem ao nascimento constituem o maior desafio a ser vencido, já que 45% dos óbitos registrado entre menores de 5 anos ocorrem nos primeiros 28 dias de vida. Jornal do Commercio - PE 10/09/2015 - 08:17 OMS diz que a mortalidade infantil no Brasil caiu 73% em 25 anos A mortalidade infantil no Brasil caiu 73% nos últimos 25 anos, segundo dados divulgados ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o relatório Níveis e Tendências da Mortalidade Infantil 2015, o índice de mortes entre crianças brasileiras menores de 5 anos passou, em 1990, de 61 óbitos para cada mil nascidas vivas para 16 óbitos para cada mil nascidas vivas em 2015. Apesar dos avanços, a OMS destacou que as disparidades persistem no País. O estudo indica que, dos cerca de 5,5 mil municípios brasileiros, mais de mil registraram taxa de mortalidade infantil de até cinco óbitos para cada mil nascidas vivas em 2013, enquanto em 32 cidades a taxa superava 80 óbitos para cada mil nascidas vivas. Jornal do Commercio - PE 10/09/2015 - 08:17 Olinda reduz serviços de saúde O Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) de Peixinhos, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, não vai mais atender no horário noturno a partir do dia 1º de outubro. Segundo a Secretaria de Saúde, a medida é necessária para o município se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal. Em caso de emergência, pacientes terão que se dirigir ao Hospital Tricentenário, no Bairro Novo, ou para a UPA de Olinda, na rodovia PE-15. “A suspensão do serviço é provisória. Esperamos que essa crise seja superada o mais rápido possível para reabrirmos logo”, declara a secretária de Saúde de Olinda, Tereza Miranda. Ela explica que, antes de suspender o atendimento noturno – que funciona das 19h às 7h da manhã –, a secretaria fez um levantamento e constatou que a maior demanda da unidade é durante o dia. Por isso, o atendimento será mantido no horário das 7h às 19h, de domingo a domingo. Prevendo que usuários vão comparecer ao SPA à noite, desavisadamente, a Secretaria de Saúde vai manter duas ambulâncias no local para transferir os pacientes de acordo com as necessidades. “Nossa intenção não é acabar com o serviço. Vamos suspender apenas temporariamente até que sejam feitas todas as adequações administrativas e financeiras”, garante Tereza Miranda. A prefeitura lembra que, apesar da crise, inaugurou uma Unidade de Saúde da Família (USF) em Jardim Brasil V e requalificou a USF de Vila Popular, recentemente, ambas na região de Peixinhos. Folha de Pernambuco - PE 10/09/2015 - 07:32 Tratamento preventivo é eficaz PARIS (AFP) - Um antirretroviral testado como tratamento preventivo em homossexuais expostos ao risco de infecção pelo HIV/aids se mostrou eficaz e deve fazer parte das ferramentas básicas de prevenção na população masculina de risco segundo estudo publicado nesta quinta-feira pela revista britânica The Lancet. “A redução impressionante dos casos de HIV entre as pessoas que tomam uma profilaxia pré-exposição (ou PrEP), sem aumento notável nas outras infecções sexualmente transmissíveis, é confortante do ponto de vista clínico e comunitário, assim como para todos os atores da saúde pública”, ressaltaram os autores do estudo. Eles se declaram “muito favoráveis” à integração deste tratamento às “ferramentas atuais de prevenção” colocadas à disposição dos homossexuais expostos ao risco de infecção Realizado no Reino Unido desde novembro de 2012, o estudo PROUD acompanho 544 homossexuais não infectados mas que tinha tido uma ou mais relações desprotegidas ao longo do 90 dias anteriores. Diario de Pernambuco - PE 10/09/2015 - 08:05 Mortalidade infantil em queda A mortalidade infantil no Brasil caiu 73% nos últimos 25 anos, segundo dados divulgados ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o relatório, o índice de mortes entre crianças brasileiras menores de 5 anos passou, em 1990, de 61 óbitos para cada mil nascidas vivas para 16 óbitos para cada mil nascidas vivas em 2015. Apesar dos avanços, a OMS destacou que as disparidades persistem no país. O estudo indica que, dos cerca de 5,5 mil municípios, mais de mil registraram taxa de mortalidade infantil de até cinco óbitos para cada mil nascidas vivas em 2013, enquanto em 32 cidades a taxa superava 80 óbitos para cada mil nascidas vivas.