1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO E LICENCIATURA EM ENFERMAGEM TRABALHO MONOGRÁFICO BRUNA GUIMARÃES ERMIDA O MANEJO DA PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA FRENTE AO PROTOCOLO DE SEGURANÇA DA ANVISA NITERÓI, RJ 2016 2 BRUNA GUIMARÃES ERMIDA O MANEJO DA PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA FRENTE AO PROTOCOLO DE SEGURANÇA DA ANVISA Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado à Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel e Licenciado em Enfermagem. Orientadora: Prof. Ms Paula Vanessa Peclat Flores Niterói, RJ 2016 3 E 71 Ermida, Bruna Guimarães. O manejo da prescrição medicamentosa frente ao protocolo de segurança da anvisa/Bruna Guimarães Ermida. – Niterói: [s.n.], 2016. 45 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) Universidade Federal Fluminense, 2016. Orientador: Profª. Paula Vanessa Peclat Flores. 1. Prescrições de medicamentos. 2. Segurança do paciente. I. Título. CDD 615.14 4 BRUNA GUIMARÃES ERMIDA O MANEJO DA PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA FRENTE AO PROTOCOLO DE SEGURANÇA DA ANVISA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel e Licenciado em Enfermagem. Aprovada em 28 de julho de 2016. BANCA EXAMINADORA ___________________________________________________________________________ Profª Ms. Paula Vanessa Peclat Flores – UFF Orientadora ___________________________________________________________________________ Profª Ms. Thalita Gomes do Carmo – UFF ___________________________________________________________________________ Enfª Ms. Lyvia da Silva Figueiredo ___________________________________________________________________________ Enfª Ms. Juliana de Melo Vellozo Pereira Niterói 2016 5 D edico este trabalho a Deus, por sempre guiar meus passos e iluminar minha vida. Sem a tua mão me sustentando, sua persistência, sabedoria e equilíbrio não teria chegado até aqui. 6 AGRADECIMENTOS Agradeço à Deus pelo dom da vida e por ter permitido o encontro de almas tão generosas ao longo dela. Não existiriam palavras para descrever tamanha gratidão por ter sido entregue aos meus pais e minha família, que sempre me apoiaram em todas as decisões da minha vida, principalmente: Aos meus pais José Antônio e Margarida, duas personalidades completamente diferentes que me transformaram em muito do que sou hoje, pessoas de bem que me ensinaram a lutar pelos meus objetivos, que me ensinaram que o trabalho dignifica e que o amor está nos pequenos detalhes do cotidiano, que abdicaram dos seus sonhos em prol dos meus, que financiaram todas as minhas decisões, que me amaram nos momentos mais difíceis, que estão sempre à disposição para me ajudar em todos os momentos e que independentemente do caminho que eu escolha para seguir, estarão me aguardando com um sorriso no rosto e um abraço apertado. À minha avó Maria, pessoa de personalidade forte e coração gigante, uma mulher de fibra que, mesmo com quase nenhum estudo, priorizou minha educação, me levou a muitas aulas, me ajudou em muitos trabalhos escolares, financiou muitos cursos e que me encheu de orgulho ao ser alfabetizada aos 65 anos. Sua persistência me ensinou que nunca é tarde para aprender. Ao meu amado avô Heitor (in memorian), figura ímpar na minha vida, meu maior fã, aquele que sempre estava na linha de chegada, independentemente do resultado. Obrigada por ter feito parte das histórias mais lindas da minha vida, por ter sido tão presente na minha criação, por ter feito com que eu aprendesse a amar, ser amada e, principalmente, por me ensinar a ficar calada nos momentos certos. Hoje não o tenho ao meu lado para comemorar essa vitória - faltava tão pouco - mas agradeço por ter enviado meu diploma mais lindo, nosso pequeno Heitor. Aos meus avós Euclydes (in memorian) e Magdalena que, nos momentos de maior dificuldade dos meus pais, assumiram o financiamento da minha educação. Essa vitória também é de vocês. Vô Kid, sei que as palmas mais orgulhosas desse evento serão as suas. Ao meu esposo Bruno, que nunca desistiu de mim, que me incentivou a fazer o vestibular, que me aguardou na saída de cada prova, que me ajudava a corrigir cada gabarito, que sempre acreditou em mim, mesmo que eu não tivesse essa certeza. Obrigada pela compreensão nos momentos de cansaço, por ser o melhor companheiro que a vida poderia ter me dado, por trabalhar em dobro para eu pudesse deixar de trabalhar e focar nos meus estudos, que foi a calma que eu precisava nos momentos de desespero, a palavra certa nos momentos incertos, o 7 silêncio nos momentos necessários e, principalmente, por ter me dado o incentivo que faltava, nosso amado filho. Agradeço ao meu filho por, mesmo sendo tão pequeno, ter me transformado em outra mulher e feito com que eu descobrisse sentimentos ocultos ao longo desses 25 anos de vida. Heitor me fez ter forças para continuar nas batalhas mais difíceis, agora minhas vitórias tem sentido e a quem entregar os troféus, agora minhas preocupações tem nome e sobrenome, agora minhas escolhas são repensadas com o coração antes da impulsão, agora o meu mais lindo sonho está cada vez mais palpável, agora estou conseguindo encontrar explicação para todos os momentos vividos até hoje, todos eles me preparam para te receber e todo amor que eu não consegui externar estavam guardados para você ! Aos queridos Jorge e Marina, que muitas vezes abriram as portas de casa para que eu dormisse um pouco antes das aulas, que me acolheram nos momentos em que eu precisava apenas de um cochilo e um banho antes dos plantões, vocês não têm noção de como esses gestos foram importantes nesse processo. Às minhas tias, primos e irmãos, que sempre foram presentes e que me incentivaram a nunca desistir, me deram apoio e palavras de segurança nos momentos necessários. Aos colegas do HPM/NIT, que participaram de grande parte dessa trajetória e que compreendiam muitas vezes o meu cansaço durante os plantões, que me ensinaram muito da minha profissão, que muitas vezes se sobrecarregavam para que eu pudesse estudar e que sempre acreditaram no meu potencial. As minhas amigas da UFF, figuras essenciais sem as quais não seria possível a conclusão desse curso, que me ajudavam quando o sono me consumia, que compreendiam minhas ausências durante alguns trabalhos, que me ajudaram nos momentos em que pensei em desistir, que me deram apoio durante meu casamento e gravidez, que proporcionaram momentos de alegria que levarei para toda a vida e principalmente por todo o companheirismo. Em especial a minha orientadora e amiga Paula Flores, Lyvia Figueiredo e Aline Figueiredo, que foram indispensáveis a minha formação, que muitas vezes passaram noites em claro me ajudando, que foram pacientes nas minhas dificuldades, que foram minha segurança nos momentos em que me senti insegura, que permitiram que eu descobrisse o meu potencial e por ter vibrado em cada uma das minhas conquistas, meu agradecimento se torna pouco perto de tamanha dedicação e amizade. Aos meus pacientes por terem confiado a mim seu bem mais precioso, a vida. 8 “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar” Esopo 9 RESUMO Introdução: De acordo com o Ministério da Saúde e a ANVISA, o protocolo de segurança na prescrição deve ser utilizado por todos os estabelecimentos que prestem cuidados à saúde e que façam uso e administração de medicamentos, em todos os níveis de complexidade. Questão norteadora: Os estudos realizados acerca da segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos atendem aos preceitos do Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos? Objetivo Geral: Analisar o perfil da produção científica acerca da segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos à luz dos preceitos do Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos. Objetivos específicos: Identificar o perfil da produção bibliográfica acerca da segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos e analisar estudos identificados à luz dos preceitos do Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados online LILACS e Medline via PUBMED . A busca ocorreu no período entre fevereiro e março de 2016. Foram utilizadas nas bases de dados a seguinte estratégia de busca: “Prescrição de Medicamentos” AND “Segurança do Paciente” Foram identificados 87 estudos nas bases de dados pesquisadas, após aplicação dos critérios de elegibilidade foram eleitos 19 estudos para leitura de texto completo, com o intuito de responder à questão do estudo. Os estudos foram analisados e os dados digitados em banco de dados em Microsoft Excel 2007 para análise descritiva. Resultados: A maioria dos estudos foram publicados em revistas sem qualificação para Enfermagem (n=15), seguidos de classificação B2 (n=2). Classificação do nível de evidência IV (n=7), seguidos do nível de evidência III (n=5). Após o estudo completo dos vinte artigos selecionados, foram estabelecidas sete categorias pautadas no protocolo da ANVISA: Itens de verificação para a prescrição segura de medicamentos, Indicação, cálculos de doses e quantidades dos medicamentos, Categorias sem artigos relacionados, Pontos de transição do paciente, Prescrição segura de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância, Suporte eletrônico para prescrição e Outras informações importantes para a prescrição segura. Conclusão: O presente estudo demonstra fragilidade nos estudos publicados, uma vez que não há artigos publicados em revistas de impacto, assim como, os níveis de evidência dos estudos não ultrapassam níveis III e IV. Outro aspecto importante é a ausência de estudos relacionados a tópicos importantes do protocolo da ANVISA. Estes pontos destacados, demonstram a fragilidade das publicações destinadas à segurança do paciente no que concerne 10 o manejo da prescrição, ressaltando a necessidade que as equipes de saúde, sobretudo a enfermagem, desenvolvam estudos em prol da melhoria da assistência de saúde prestada. Palavra-chave: Prescrição de Medicamentos, Segurança do Paciente e Enfermagem. 11 ABSTRACT Object of study: The scientific production on safety in prescription, use and administration of medicines analyzed in the light of the provisions of Security Protocol in prescription, use and administration of medications. General Objective: To analyze the profile of the scientific production on safety in prescription, use and administration of drugs in the light of the Security Protocol provisions on prescription, use and administration of medications. Methodology: This is an integrative literature review, conducted in the online databases LILACS, PUBMED, ‘Portal de Periódicos Capes’. The search took place in the period between February and March 2016, using the following inclusion criteria: articles in Portuguese, Spanish and English, who responded to the research question, no time frame. Search strategies: "Prescription Drugs" AND "Patient Safety" in the databases LILACS, PUBMED and Portal Capes. Were excluded articles without abstracts, repeated in databases, in editorial format, letter to the editor and reflection papers. Were identified 87 studies and after application of the exclusion criteria and were elected 20 studies for full text reading, in order to answer the question of the study. The studies were analyzed and the data entered in the database in Microsoft Excel 2007 for descriptive analysis. Then were synthesized in three tables, the first for the synthesis of the periodic information, which evaluated the titles, periodicals name, country, qualis capes (according to Nursing), level of evidence and year of publication ; the second assessed the methodological aspects, being evaluated the type of study, setting, participants and the main results and conclusion; the third table characterized the studies according to the sub items of the ANVISA protocol, resulting in the analysis categories. Results: Most of the studies were published in journals without qualification for nursing (n = 15), followed by classification B2 (n = 2). evidence level ranking IV (n = 7), followed by evidence level III (n = 5). After thorough study of twenty selected articles, seven categories were established grounded in ANVISSA protocol: Check items for safe prescription medication, indication, dose calculations and amounts of drugs, categories no related articles, patient transition points, safe prescribing of potentially dangerous drugs or high surveillance, electronic support for prescription and other important information for safe prescribing. Conclusion: This study demonstrates weakness in published studies, since there are no articles in impact journals, as well as studies evidence levels do not exceed the levels III and IV. Another important aspect is the lack of studies related to important topics of the ANVISA protocol, such as duration of treatment, use of vague expressions, dosage, dilution rate, infusion time and route of administration, modification of current or current prescription, verbal Prescriptions . These points highlighted, demonstrating the fragility of publications aimed at patient safety regarding the management of prescription, stressing the need that the health workers, especially nurses, develop studies in order to improve health care delivery. Key words: Drug Prescription, Patient Safety and Nursing 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO, p. 16 1.1 QUESTÃO NORTEADORA, p.18 1.2 OBJETO DO ESTUDO, p.18 1.3 OBJETIVO, p.18 1.3.1 OBJETIVO GERAL, p.18 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS, p.18 1.4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA, p.18 2. REVISÃO DE LITERATURA, p. 20 3. METODOLOGIA, p.22 4. RESULTADOS, p.24 5. DISCUSSÃO, p.38 6. CONCLUSÃO, p. 43 7. REFERÊNCIAS, p. 44 13 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Fluxograma explicativo da seleção dos artigos _________________________________________p.22 Descrição dos estudos incluídos na revisão integrativa _______________________________p.24 Principais aspectos metodológicos dos estudos analisados ____________________________p.27 Intervenções preconizadas pelo protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos ___________________________________________________________ p.35 14 LISTA DE SIGLA PNSP - PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE 15 1 INTRODUÇÃO Os profissionais de enfermagem têm seu primeiro contato com as prescrições e a terapêutica medicamentosa ainda no início da sua formação profissional, quando se destaca a importância da teoria de farmacologia e a supervisão intensiva no que concerne ao preparo dos medicamentos realizado no campo prático. Ainda no processo de formação profissional, não é incomum se deparar com o empoderamento do profissional técnico de enfermagem diante das prescrições médicas e do processo medicamentoso. Considerado como apenas mais uma das inúmeras funções exercidas ao longo do plantão, o ato de assumir integralmente a terapia medicamentosa gera sobrecarga para este profissional. Na prática assistencial, se percebe um distanciamento do enfermeiro no manejo destas prescrições. Segundo Gonçalves (2010), para a administração de um medicamento com segurança e eficiência, se faz necessário o conhecimento por parte do enfermeiro sobre as reações adversas dos fármacos, sua administração correta e identificação de sinais clínicos como resposta do paciente a terapêutica. O enfermeiro não é o responsável por realizar as prescrições medicamentosas no âmbito hospitalar, mas esse fato não exclui a necessidade de que o mesmo tenha profundo conhecimento em farmacologia e fisiologia. Carneiro e Silva (2010) enfatizam em seu estudo que o enfermeiro tem responsabilidade direta no aprazamento, administração das drogas e por delegar essa função a técnicos e auxiliares de enfermagem. Na atuação diária do enfermeiro, se percebe que o aprazamento muitas vezes é realizado de forma mecanicista, levando em consideração apenas as rotinas setoriais. Silva, et al (2013) relata em seu estudo que o aprazamento com precisão e segurança é realizado pelo enfermeiro, mas questiona o fato de, na maioria das instituições hospitalares, essa atividade ser realizada de forma manual, levando em consideração apenas os horários da instituição e não as interações medicamentosas possíveis durante esse processo. E mais, ressalta a importância do contato do enfermeiro com as prescrições durante o aprazamento para o desenvolvimento de um plano terapêutico, voltado às possíveis respostas clínicas causadas pela administração dos fármacos prescritos. Na contramão do preconizado por outros estudiosos, Optiz (2006), ao acompanhar a administração de medicamentos em um hospital no Acre, observa que 86,4% do processo foi realizado por auxiliares e técnicos de enfermagem, e que os enfermeiros eram responsáveis por apenas 13,6% dos procedimentos de preparo e administração de medicamentos. 16 Neste contexto, a vivência da hierarquização existente nas equipes de saúde, evidencia a dificuldade no processo de comunicação entre equipes, agravada, muitas vezes, pela formação profissional deficitária, ressaltada pela deficiência de conhecimentos por todas as classes da enfermagem, para questionar possíveis interações medicamentosas ou interpretações gráficas. O manejo das prescrições medicamentosas é um tema que vem ganhando espaço nas discussões científicas. Flores (2015), em estudo realizado na baixada litorânea do Rio de Janeiro, aponta dados alarmantes no que concerne o manejo da prescrição; 95% das prescrições utilizadas não possuíam número do leito, 88% não possuíam número de prontuário e 100% não possuíam a clínica de internação do paciente. Fato este que demonstra a necessidade da inserção do profissional de enfermagem no processo de gerenciamento da terapêutica medicamentosa e do déficit desses profissionais na área de segurança do paciente. A preocupação com o processo de formação do enfermeiro nas universidades, e a análise da disseminação da cultura de segurança do paciente nessas instituições tem gerado o interesse de estudiosos, como Teixeira e Cassiani (2010), que realizaram estudo que analisou os erros de medicação ocorridos na clínica médica de um hospital universitário na cidade de Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo. Foi observado que a sobrecarga de atividades administrativas por parte do enfermeiro torna o manejo de prescrições uma atividade delegada aos outros membros da equipe de enfermagem, sem a supervisão direta do enfermeiro nesse processo. Dados encontrados no estudo evidenciam os problemas oriundos dessa falta de supervisão, como erro de dose, administração de medicamentos não autorizados, erros de horário, erros de técnicas, erros de via, erros de prescrição, doses extras, erro de apresentação, omissões e pacientes errados. A portaria Nº 529, de 1º de abril de 2013, do Ministério da Saúde, institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e, dentre os seus protocolos, consta o Anexo 03, o qual aborda questões relativas a segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos (BRASIL, 2013). De acordo com o Ministério da Saúde e a ANVISA, o protocolo de segurança na prescrição deve ser utilizado por todos os estabelecimentos que prestem cuidados à saúde e que façam uso e administração de medicamentos, em todos os níveis de complexidade. Esse tipo de ação em saúde baseada em protocolos validado se faz extremamente necessário para a efetividade e segurança nos serviços de saúde, porém, na prática, observamos que o mesmo vem sendo negligenciado pelas equipes de saúde e seus gestores no cotidiano. 17 1.1 QUESTÃO NORTEADORA Os estudos realizados acerca da segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos atendem aos preceitos do Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos? 1.2 OBJETO DO ESTUDO A produção científica acerca da segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos analisada à luz dos preceitos do Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos. 1.3 OBJETIVO 1.3.1 Objetivo Geral Caracterizar o perfil da produção científica acerca da segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos à luz dos preceitos do Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos. 1.3.2 Objetivos Específicos Identificar o perfil da produção bibliográfica acerca da segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; Analisar estudos identificados à luz dos preceitos do Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos; 1.4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA O Ministério da Saúde (2013) salienta no Documento de Referência para o Programa Nacional de Segurança do paciente que: 18 “O desenvolvimento de estratégias para a segurança do paciente neste país depende do conhecimento e do cumprimento do conjunto de normas e regulamentos que regem o funcionamento dos estabelecimentos de Saúde, condição básica para que estes estabelecimentos possam dar novos passos, como a elaboração de planos locais de qualidade e segurança do paciente, com ações monitoradas por indicadores, gerido por uma instância (núcleo) responsável e de uma política de estímulo à utilização rotineira de protocolos e diretrizes clínicas”. As pesquisas demonstram a magnitude e importância da temática. Para Nunes (2014), as consequências oriundas da ruptura da segurança do paciente aumentam os gastos com a saúde e o tempo de internação, ocasionando complicações e óbitos, o que leva à redução da confiança do usuário no sistema de saúde e acarreta danos psicológicos. A relevância deste estudo é justificada por ter como abordagem a sobrevida e assistência a pacientes hospitalizados e sobre terapia medicamentosa. O tema segurança do paciente tem ganhado representatividade atualmente nas discussões da área da saúde, demonstrando cada vez mais sua importância e a necessidade de práticas seguras no processo de assistência ao paciente. O Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos do Ministério da Saúde (2013) diz que é de extrema relevância identificar a natureza e determinar os erros ocorridos na terapia medicamentosa, como forma de prevenção de eventos que levem a diminuição da segurança do paciente. 19 2 REVISÃO DE LITERATURA Entende-se por Segurança do Paciente a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. Os danos podem ser de vários tipos, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, incapacidade e morte. Por outro lado, os incidentes de segurança são eventos ou circunstâncias que poderiam ter resultado, ou resultaram, em dano desnecessário ao paciente (BRASIL, 2014). O profissional enfermeiro, quando qualificado, é capaz de intervir, preventivamente, no processo da terapia medicamentosa, garantindo a segurança do paciente. Entre os profissionais envolvidos no processo, a equipe de enfermagem atua desde atividades gerencias a responsabilidades técnicas no processo medicamentoso. Por isso, se constitui de forma ética e legal como barreira para a prevenção de dano na medicação, uma vez que age diretamente entre o medicamento e o paciente, sendo, consequentemente, a última oportunidade de detecção de um erro que pode ter acontecido em alguma das fases de todo o sistema (COFEN, 2007). A equipe de enfermagem considera os “cinco certos”: paciente certo; medicamento certo; via de administração certa; dose certa e horário certo para neutralizar as possibilidades de risco ao paciente. Alguns autores reconhecem o registro como parte destas ações, classificando como seis acertos. (CORBELLINI et al ,2011) O Ministério da Saúde publicou no ano de 2013 o Protocolo de Segurança do Paciente voltado para a Segurança na Prescrição Uso e Administração de Medicamentos, considerando os “cinco certos” e a inclusão de mais “dois certos”: Documentação Certa (Registro Certo) e a Razão (orientação correta sobre a indicação do medicamento e orientações ao paciente). (BRASIL, 2013). Dentre esses parâmetros, considera-se que o horário dos aprazamentos esteja devidamente avaliado, evitando combinações indesejáveis entre os medicamentos. “O aprazamento simultâneo de medicamentos representa um fator de risco para ocorrência de interações medicamentosas prejudiciais ao paciente, especialmente quando esses agentes apresentam potencial interativo.” (FONSECA; SECOLI, 2008). Todo o processo que acompanha a terapia medicamentosa deve estar livre de qualquer situação que venha desencadear algum evento adverso ao paciente. Para Harada et al (2012), erro de medicação se caracteriza como evento adverso por ser um evento evitável que pode acarretar danos ao paciente. A segurança do paciente em relação à terapia medicamentosa engloba outros aspectos que são primordiais e importantes, que vai desde a seleção e prescrição, dispensação e distribuição 20 até o preparo e administração do medicamento em sua última etapa, representado pelo Sistema de Medicação, ao qual envolvem os profissionais médicos, farmacêuticos e enfermeiros, responsável pela etapa final e, para isso, é imprescindível a total clareza e legibilidade das prescrições. Todavia, a eficácia do tratamento terapêutico depende da colaboração multidisciplinar, além do conhecimento farmacológico do profissional, identificar e compreender as medicações, os processos farmacocinéticos, farmacodinâmicos, as indicações e o mecanismo de ação das drogas favorecem a tomada de decisão para se construir um plano de cuidado, minimizando a possibilidade de danos secundários a administração de medicamentos. A promoção da segurança do paciente é responsabilidade compartilhada entre todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente na área da saúde, bem como de pacientes e familiares (PEREIRA; MATIAS; CAETANO, 2015). O profissional de enfermagem necessita se apropriar dos respaldos éticos da profissão, como, por exemplo, no que diz respeito à administração de medicamentos. A Resolução do COFEN 311/2007 diz no artigo 37 que o profissional de enfermagem deve se recusar a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em que não conste a assinatura e o número de registro do profissional, exceto em situações de urgência e emergência. Em seu parágrafo único, é previsto que o profissional de enfermagem poderá, igualmente, se recusar a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade. (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2007). A segurança do paciente deve ser prioridade. Os profissionais envolvidos no ensino e na assistência hospitalar, devem disseminar uma nova cultura estabelecida através de uma assistência de enfermagem eficaz de forma que evite os eventos adversos, desde o ato do aprazamento das prescrições, contribuindo de forma eficiente à cultura de Segurança do Paciente (KARAM; FERREIRA; SOUZA, 2014). O aprazamento seguro e preciso de medicamentos é uma importante responsabilidade do profissional de enfermagem que ainda o realiza, na maioria dos hospitais, de forma manual, seguindo uma rotina de horários fixos que poucas vezes considera as características do medicamento prescrito e/ou a clínica do paciente (SILVA et al,2013). 21 3 METODOLOGIA Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados online LILACS e Medline via PUBMED. Foi utilizada as seguintes 6 etapas preconizadas em um estudo de revisão integrativa: elaboração da questão de pesquisa, estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de estudos, categorização dos estudos, avaliação dos estudos incluídos, interpretação dos resultados e síntese do conhecimento. (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). Considerou-se como questão de pesquisa: Os estudos realizados acerca da segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos atendem aos preceitos do Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos ? Os descritores utilizados para a realização das buscas foram: Patient Safety (Prescrição de Medicamentos) e Drug Prescription (Segurança do Paciente). A busca ocorreu no período entre fevereiro e março de 2016, utilizando os seguintes critérios de inclusão: artigos em português, espanhol e inglês, que responderam à questão de pesquisa, sem recorte temporal. Foram utilizadas as seguintes estratégias de busca: “Prescrição de Medicamentos” AND “Segurança do Paciente” nas bases de dados LILACS e MEDLINE. Foram excluídos artigos sem resumo, repetidos nas bases de dados, em formato de editoriais, carta ao editor e artigos de reflexão, conforme demonstra o fluxograma abaixo. Figura 1- Fluxograma explicativo da seleção dos artigos, 2016 Niterói, 2016. Fonte: Elaborado pelos autores. 22 Foram identificados 87 estudos nas bases de dados pesquisadas, após aplicação dos critérios de exclusão, 46 artigos foram encaminhados à dois pesquisadores para seleção por consenso dos estudos a serem rastreados. Após a leitura dos títulos e resumos o pesquisador 1 selecionou 21 estudos e o segundo pesquisador, 23. Após reunião entre os pesquisadores, foram eleitos 19 estudos para leitura de texto completo, com o intuito de responder à questão do estudo. A prática baseada em evidências preconiza sistemas de classificação, dependendo da abordagem metodológica adotada, que toma por base o delineamento do estudo. NÍVEL I: Evidência obtida a partir de revisão sistemática contendo apenas ensaios clínicos controlados randomizados. NÍVEL II: Evidência obtida a partir de pelo menos um ensaio clínico controlado randomizado. Nível III-1: Evidência obtida de ensaios clínicos controlados bem delineados, sem randomização. Nível III-2: Evidência obtida de estudos de coorte bem delineados ou caso-controle, estudos analíticos, preferencialmente de mais de um centro ou grupo de pesquisa. Nível III-3: Evidência obtida a partir de séries temporais múltiplas, com ou sem intervenção e resultados dramáticos em experimentos não controlados. Nível IV: Parecer de autoridades respeitadas, baseadas em critérios clínicos e experiência, estudos descritivos ou relatórios de comitês de especialistas (The Joanna Briggs Institute, 2014). Os estudos foram analisados e os dados digitados em banco de dados em Microsoft Excel 2007 para análise descritiva. Em seguida, foram sintetizados em três tabelas, sendo a primeira para a síntese das informações dos periódicos, em que foram avaliados os títulos, nome dos periódicos, país, qualis capes (de acordo com a Enfermagem), nível de evidência e ano de publicação; a segunda avaliou os aspectos metodológicos, sendo avaliados o tipo de estudo, cenário, participante e os principais resultados e a conclusão; a terceira tabela caracterizou os estudos de acordo com os sub itens do protocolo da ANVISA, originando as categorias de análise. 23 4 RESULTADOS Caracterização dos estudos O quadro 01 apresenta a descrição dos estudos incluídos nesta revisão integrativa, segundo títulos, bases de dados, periódicos, país de origem, qualis da CAPES, nível de evidência e o ano de publicação. Quadro 01 – Descrição dos estudos incluídos na revisão integrativa. Niterói – 2016. Nº Título Periódicos País Qualis Capes (Enf) 01 Reconciliação de medicamentos em hospital universitário Revista Enfermagem UERJ Brasil B1 -- 2014 Medicina (Ribeirao Preto. Online) Brasil B2 IV 2013 Einsten São Paulo Brasil B2 III 2013 Brasil - I 2015 Canadá A2 II 2015 02 03 04 05 Princípios de prescrição médica hospitalar para estudantes de medicina Interação medicamentosa no serviço de emergência Computerised clinical decision support systems to improve medication safety in long-term care homes: a systematic review. Effectiveness of a computerized drugmonitoring program to detect and prevent adverse drug events and medication nonadherence in outpatient ambulatory care: study protocol of a randomized controlled trial. BMJ Open Trials (London) Nível de Evidência Ano de publicação 24 06 07 08 09 10 11 12 13 Critical drug shortages: implications for emergency medicine. Research into practice: safe prescribing. E-prescribing errors in community pharmacies: exploring consequences and contributing factors. Quality of prescription of highalert medication and patient safety in pediatric emergency. Pharmaceutical sales representatives and patient safety: a comparative prospective study of information quality in Canada, France and the United States. On the designing of a tamper resistant prescription RFID access control system. The use of a consultant-led ward round checklist to improve pediatric prescribing: an interrupted time series study. A prospective analysis of the preventability of adverse drug reactions reported in Sweden. Academic Emergency Medicine EUA - IV 2014 Reino Unido - I 2014 International Journal of Medical Informatics Estados Unidos - III 2014 Revista Farmacia Hospitalaria Brasil - IV 2014 Canadá - III 2013 Irã - IV 2012 Inglaterra - III2 2012 Suécia - III 2012 British Journal of General Practice Journal of General Internal Medicine Journal of Medical Systems European Journal of Pediatrics European Journal of Clinical Pharmacology 25 14 15 16 17 18 19 Determining the reasons for medication prescriptions in the EHR using knowledge and natural language processing. A review of medication incidents reported to the National Reporting and Learning System in England and Wales over 6 years (2005-2010). The effectiveness of varenicline medication guide for conveying safety information to patients: a REMS assessment survey. Análise das prescrições de medicamentos dispensados na Farmácia Escola da UNIFAL-MG PORTAL CAPES Learning curves, taking instructions, and patient safety: using a theoretical domains framework in an interview study to investigate prescribing errors among trainee doctors. Identification of risks associated with the prescribing and dispensing of oral anticancer medicines in Ireland. Journal of the American Medical Informatics Association ISSN: 15594076 British Journal of Clinical Pharmacology Pharmacoepide miology e Drug Safety Revista da Universidade Vale do Rio Verde Implementation Science International Journal of Clinical Pharmacy Estados Unidos - IV 2011 Inglaterra - -- 2012 Estados Unidos - III 2013 Brasil B4 IV 2012 Escócia - III-3 2012 Irlanda - II 2012 26 Os aspectos metodológicos dos estudos selecionados estão apresentados demonstrados no quadro 02, de acordo com o tipo de estudo, cenário, participantes e principais resultados. Quadro 02 – Principais aspectos metodológicos dos estudos analisados. Niterói – 2016. Titulo Tipo de Estudo Cenário Participante Resultado/Conclusão Reconciliação de medicamentos em hospital universitário Estudo transversal prospective Unidade Hospitalar Pacientes A reconciliação de medicamentos encontrou erros de medicação em mais da metade dos pacientes acompanhados e foi capaz de resolver as diferenças entre a prescrição hospitalar e o uso domiciliar de medicamentos dos pacientes atendidos, com uma boa aceitação das intervenções pela equipe médica. Princípios de prescrição médica hospitalar para estudantes de medicina Relatório Unidade hospitalar Estudantes de medicina Deve ser buscado o treinamento contínuo da habilidade médica de prescrever medicações em âmbito hospitalar, independentemente de qual recurso é utilizado (escrito ou digital), pois as mudanças ocorrem e não se deve lutar contra elas, mas nos prepararmos ao máximo para essa adaptação. 27 Interação medicamentosa no serviço de emergência Computerised clinical decision support systems to improve medication safety in longterm care homes: a systematic review. Estudo de corte transversal e descritivo Revisão sistemática Unidade hospitalar Prescrições médicas de adultos internados na emergência Casa de cuidados de longo prazo Ensaios randomizados, estudos de coorte , estudos retrospectivos e prospectivos Este estudo demonstrou potencial interação medicamentosa em 79,5% das prescrições analisadas no Serviço de Emergência. As interações medicamentosas podem acontecer em todos os momentos da utilização dos fármacos e, nesse processo de trabalho, a equipe de enfermagem está envolvida em diversas etapas. Portanto, instrumentalizar o enfermeiro para o uso racional dos fármacos pode aumentar a segurança da assistência ao paciente. O uso do Computerised clinical decision support systems (CCDSS) melhora a segurança de medicamentos e melhora a qualidade nas decisões durante a prescrição de medicamentos em long-term care homes (LTC). No entanto, a utilização do CCDSS ainda é escassa e com pouca evidência na literatura atual. 28 Effectiveness of a computerized drugmonitoring program to detect and prevent adverse drug events and medication non-adherence in outpatient ambulatory care: study protocol of a randomized controlled trial. Estudo randomizado controlado Unidades ambulatoriais Pacientes ambulatoriais adultos Critical drug shortages: implications for emergency medicine. Revisão da literatura Emergência/ cuidados intensivos Prescrição de medicamentos Research into practice: safe prescribing. Revisão sistemática Atenção primária Prescrição de medicamentos O uso da intervenção ISTOP-ADE (Sistema de informação para prevenção de eventos adversos medicamentosos) melhora a qualidade da assistência ao paciente através de uma melhor aderência à medicação, poupando custos e reduzindo a carga em departamentos de emergência A escassez de medicamentos prescritos afetam os custos de cuidados em saúde, podem levar ao atraso no tratamento e contribuir para erros de medicação. Revisão retrospectiva dos registros clínicos de uma amostra aleatória de mais de 1700 pacientes, e mais de 6000 itens de prescrição. Avaliou-se problemas clinicamente importantes. Foi identificado que os erros foram mais comuns em crianças e idosos. Os tipos mais comuns de erro relacionadas com informações incompletas sobre os erros de prescrição, a dose de força, e os erros de temporizaçãofrequência. 29 E-prescribing errors in community pharmacies: exploring consequences and contributing factors. Estudo experimental e Observacional Farmácia comunitária prescrição e em farmácias comunitárias Quality of prescription of high-alert medication and patient safety in pediatric emergency. Estudo descritivo transversal Unidade hospitalar Prescrição de pacientes pediátricos Pharmaceutical sales representatives and patient safety: a comparative prospective study of information quality in Canada, France and the United States Estudo prospectivo de coorte Unidades de cuidados primários Médicos de cuidados primários Dentre as 75 prescrições analisadas, os erros de prescrição mais comuns foram quantidade errada de drogas, instruções de dosagem errados e duração errada da terapia. Fatores que contribuem para os erros incluídos: incompatibilidade de tecnologia entre os sistemas de farmácia e clínica A insuficiência de doses de medicamentos de alto alerta identificados neste estudo pode comprometer a segurança do paciente, demonstrando a importância do conhecimento da equipe de saúde multidisciplinar por este assunto. O mínimo de informações de segurança adequada não diferem nos sites dos EUA e do Canadá, apesar das diferenças regulamentares. Em Toulouse, consistente com os padrões mais rigorosos, mais informações dano foi fornecido. No entanto, em todos os sites, os médicos raramente foram informados sobre eventos adversos graves, levantando questões sobre se as atuais abordagens à regulamentação de representantes de vendas proteger 30 adequadamente a saúde do paciente. The effectiveness of varenicline medication guide for conveying safety information to patients: a REMS assessment survey. On the designing of a tamper resistant prescription RFID access control system. Estudo experimental Estudo descritivo Unidade Ambulatorial Sistema de controle de acesso a prescrição Pacientes em uso de vareniclina Prescrições medicamentos as De 3568 destinatários vareniclina convidados, 640 (18%) respondeu, com 633 completar pelo menos uma das três questões de risco-compreensão. A maioria (93%) indicou que recebe o guia de medicamentos, e 86% leram a totalidade ou parte do mesmo. Noventa e um por cento, 41%, e 53% responderam corretamente pelo menos uma pergunta sobre os sintomas neuropsiquiátricos, reações cutâneas e reações alérgicas, respectivamente. A proporção mais elevada que leu o MG teve respostas corretas para as questões de risco de compreensão do que aqueles que não o leu. Neste trabalho foi analisada a segurança de um sistema de controle de acesso a prescrição, onde uma análise detalhada mostra que um ativo adversário pode facilmente passar por um médico legítimo e adentrar o sistema do 31 The use of a consultant-led ward round checklist to improve paediatric prescribing: an interrupted time series study. A prospective analysis of the preventability of adverse drug reactions reported in Sweden. Estudo observacional Unidade hospitalar Enfermeiros, médicos e estudantes de medicina Análise prospectiva Centro de Farmacovigil ância Regional do Sudeste da Suécia Relatórios de reações adversas medicamentos as paciente de uma maneira muito eficiente. Esta propriedade do protocolo coloca a segurança do paciente em risco e é o suficiente a rejeitar o uso prático deste protocolo. A implementação de um cheque e lista de verificação correta levou a uma melhoria na qualidade da prescrição médica. Apesar de uma mudança de cultura podem ser necessários para maximizar o seu potencial, nós recomendamos a sua utilização e avaliação mais generalizada. Uma parte substancial das reações adversas medicamentosas relatadas são evitáveis. A maioria destes estão relacionados com a prescrição de medicamentos, o que sugere que as intervenções visando reduzir reações adversas medicamentosas evitáveis deve incidir sobre este processo. Além disso, os sistemas de notificação de reações adversas medicamentosas pode ser útil na missão de reduzir o uso inseguro de drogas. 32 Determining the reasons for medication prescriptions in the EHR using knowledge and natural language processing. Estudo descritivo A review of medication incidents reported to the National Reporting and Learning System in England and Wales over 6 years (20052010). Revisão da literatura Análise das prescrições de medicamentos dispensados na Farmácia Escola da UNIFAL-MG Estudo descritivo retrospectivo do tipo quantitativo Unidade ambulatorial Relatórios da Agência Nacional de Segurança do Paciente Inglaterra Farmácia Escola da UNIFAL/MG Prescrições medicamentos as ambulatoriais Farmaceuticos Pacientes Este estudo piloto demonstrou que a ligação entre o conhecimento da indicação de drogas para determinar as razões para o uso de medicação foi promissor, porém é necessário aumentar a precisão e cobertura do conhecimento, indicação e avaliação do seu desempenho usando um conjunto muito maior de medicamentos frequentemente utilizados na população ambulatorial Esta revisão buscou, antes do encerramento da Agência Nacional de Segurança do Paciente -Inglaterra, é resumir as atividades de prática de medicação desta Agência, para informar os outros com um interesse em promover a utilização segura dos medicamentos no futuro. Desta forma 69% das prescrições continham informações incompletas que dificultaram a dispensação do medicamento e 31% foram dispensadas embora apresentassem problemas. 33 Learning curves, taking instructions, and patient safety: using a theoretical domains framework in an interview study to investigate prescribing errors among trainee doctors. Identification of risks associated with the prescribing and dispensing of oral anticancer medicines in Ireland. Estudo descritivo Estudo descritivo Unidade hospitalar Unidade hospitalar Médicos nos primeiros 2 anos de pósgraduação Especificamente, à luz da alta taxa de erro documentado , crenças que erros de prescrição não eram susceptíveis de ter consequências para os pacientes e que os médicos em formação são capazes de prescrever , sem erro também devem ser alvo de uma intervenção. Farmacêuticos O estudo visou determinar se os sistemas de prescrição e dispensa de medicamentos antineoplásicos orais na Irlanda, facilitam a verificação clínica da prescrição, garantindo assim o tratamento é adaptado e adequado para o paciente. O Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos da ANVISA, estabelece itens relacionados à segurança no manejo da prescrição medicamentosa. No quadro abaixo, os artigos levantados nestes estudos foram categorizados de acordo com os itens preconizados pelo protocolo da Anvisa, com intuito de reconhecer o perfil das publicações, de acordo com os pontos evidenciados como cruciais na atuação do profissional de saúde frente as prescrições medicamentosas. 34 QUADRO 03 – Intervenções preconizadas pelo Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos. Niterói – 2016. INTERVENÇÕES PRECONIZADAS PELA ANIVSA Itens de verificação para a prescrição segura de medicamentos Indicação, cálculos de doses e quantidades dos medicamentos ARTIGO Análise das prescrições de medicamentos dispensados na Farmácia Escola da UNIFAL-MG (ABJAUDE, et al 2012 Research into practice: safe prescribing (AVERY, et al 2014) The use of a consultant-led ward round checklist to improve paediatric prescribing: an interrupted time series study (LÉPÉE, et al 2012) A prospective analysis of the preventability of adverse drug reactions reported in Sweden (LÖVBORG, et al 2012). E-prescribing errors in community pharmacies: exploring consequences and contributing factors (ODUKOYA, et al 2014). Learning curves, taking instructions, and patient safety: using a theoretical domains framework in an interview study to investigate prescribing errors among trainee doctors (DUNCAN, et al2012). Quality of prescription of high-alert medication and patient safety in pediatric emergency (MELO, et al 2014). Princípios de prescrição médica hospitalar para estudantes de medicina (PAZINFILHO, et al 2013). Determining the reasons for medication prescriptions in the EHR using knowledge and natural language processing (LI, et al 2011). Interação medicamentosa no serviço de emergência (OKUNO, et al 2013). A review of medication incidents reported to the National Reporting and Learning System in England and Wales over 6 years 20052010 (COUSINS, et al 2012). 35 Duração do tratamento Nenhum estudo foi relacionado a este item Utilização de expressões vagas Nenhum estudo foi relacionado a este item Posologia, diluição, velocidade, tempo de infusão e via de administração Nenhum estudo foi relacionado a este item Modificação da prescrição atual ou vigente Prescrições verbais Pontos de transição do paciente Prescrição segura de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância Suporte eletrônico para prescrição Outras informações importantes para a prescrição segura Nenhum estudo foi relacionado a este item Nenhum estudo foi relacionado a este item Reconciliação de medicamentos em hospital universitário (FRIZON, et al 2014). Quality of prescription of high-alert medication and patient safety in pediatric emergency (MELO, et al 2014). Computerised clinical decision support systems to improve medication safety in long-term care homes: a systematic review (MARASINGHE, 2015). Effectiveness of a computerized drugmonitoring program to detect and prevent adverse drug events and medication nonadherence in outpatient ambulatory care: study protocol of a randomized controlled trial (FORSTER, et al 2015). On the designing of a tamper resistant prescription RFID access control system (SAFKHANI, et al 2012). Identification of risks associated with the prescribing and dispensing of oral anticancer medicines in Ireland (HAMMOND et al, 20120 Pharmaceutical sales representatives and patient safety: a comparative prospective study of information quality in Canada, France and the United States (MINTZES, et al 2013). The effectiveness of varenicline medication guide for conveying safety information to patients: a REMS assessment survey (ENGER, et al 2013). 36 Critical drug shortages: implications for emergency medicine (MAZERAMIRSHAHI, et al 2014). 37 5 DISCUSSÃO O conhecimento produzido e publicado demonstrou que o tema abordado neste trabalho ainda é pouco estudado e carece de mais pesquisas. Ressalta-se que seis pesquisas publicadas e utilizadas neste estudo são brasileiras, e que datam entre os anos de 2013 e 2015, o que demonstra que o Brasil tem participado de forma expressiva na busca de conhecimento na área. É notável que as publicações vão de encontro ao desenvolvido o Programa Nacional de Segurança do Paciente no ano de 2013, e posteriormente com a elaboração do Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e administração de medicamentos no ano de 2014. Foi possível perceber que a maioria dos estudos foram publicados em revistas sem qualificação para Enfermagem (n=15), seguidos de classificação B2 (n=2), o que indica que é necessário um aprimoramento e preocupação maior por parte dos pesquisadores na área da saúde em melhorar a qualificação das pesquisas e incluir o tema segurança do paciente nas discussões científicas. Nesta revisão, a maioria dos estudos apresentou classificação do nível de evidência IV (n=7), seguidos do nível de evidência III (n=5), de acordo com a metodologia de avaliação do nível de evidência proposta pelo Joanna Briggs Institute, que realiza análises de publicações a partir de um instrumental próprio referente a avaliações quantitativas, qualitativas, sínteses de opiniões de especialistas e análise de custo, tecnologia e revisão de instrumentos para verificação de níveis de evidência, que categoriza estudos (The Joanna Briggs Institute,2014). Após a análise completa dos vinte artigos selecionados, foram estabelecidas sete categorias pautadas no protocolo da ANVISA: Itens de verificação para a prescrição segura de medicamentos, Indicação, cálculos de doses e quantidades dos medicamentos, Categorias sem artigos relacionados, Pontos de transição do paciente, Prescrição segura de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância, Suporte eletrônico para prescrição e Outras informações importantes para a prescrição segura. Itens de verificação para a prescrição segura de medicamentos Esse item preconiza a identificação do paciente, identificação do prescritor na prescrição, identificação da instituição na prescrição, identificação da data de prescrição, legibilidade, uso de abreviaturas, denominação de medicamentos, prescrição de medicamentos com nomes semelhantes e expressão de doses como forma de minimizar erros durante a terapia medicamentosa. Os itens de verificação para a prescrição segura de 38 medicamentos, preconizado pelo Protocolo, trazem ao manejo da prática medicamentosa confiabilidade no processo tanto por parte do profissional como do usuário, porém estudos apontam que na maioria das instituições de saúde as medidas de segurança descritas como imprescindíveis são ignoradas durante o aprazamento das prescrições medicamentosas. ABJAUDE (2012) aponta em seu estudo dados alarmantes sobre o tema discutido. Durante a análise de 150 prescrições, foi possível observar que os itens mais desprezados durante a prescrição foram os relacionados à identificação da instituição (43,34%), legibilidade (30,95%), identificação do profissional (15,78%) e uso de medicamentos com nomes comerciais (21,05%). A falta de uma padronização no manejo das prescrições medicamentosas nas unidades de saúde faz com que seja necessária cada vez mais a conscientização e treinamento dos profissionais para seguir as recomendações contidas no protocolo da ANVISA como medida de redução de danos ao usuário do sistema de saúde e consequentemente redução de gastos das instituições. Durante a análise dos estudos, foi possível perceber que, em grande parte dos países em que a cultura da segurança do paciente está inserida, existem sistemas de informação que subsidiam a prática segura do manejo medicamentoso. É o que podemos observar no estudo de ODUKOYA (2014), em que ficou evidente que a incompatibilidade entre os sistemas de tecnologia utilizados durante a prescrição e a dispensação em farmácias pode estar relacionado a incidência de erros na terapia medicamentosa, demonstrando a necessidade de uma padronização dos sistemas de informação relacionados ao manejo medicamentoso. De acordo com os estudos analisados, podemos perceber que o Brasil precisa ampliar sua atuação e seus estudos no que diz respeito ao uso de tecnologia no processo medicamentoso, frente aos estudos de outros países em que foi observada grande preocupação com a informatização do processo de prescrição e dispensação medicamentosa como forma de redução de danos ao usuário. Indicação, cálculo de doses e quantidade dos medicamentos Deve-se constar dados sobre possíveis alergias medicamentosas do paciente, informações importantes para a assistência ao paciente, lista de medicamentos padronizados na instituição e cálculo de doses com dupla-checagem realizada pela enfermagem. Uma das formas de diminuir os erros relacionados ao manejo das prescrições medicamentosas é a prática da dupla – checagem através de uma lista de verificação, como foi 39 descrito no estudo de LEPÉE (2012) em que foi observado que a introdução da lista de verificação durante o aprazamento reduziu consideravelmente os erros técnicos apresentados em prescrições médicas. É possível observar, tanto na prática como na análise de estudos, que a temática sobre interação medicamentosa ainda é um assunto pouco discutido frente a grande importância que possui. No estudo de OKUNO (2013), ficou evidente que entre as prescrições analisadas havia algumas em que ocorriam mais de uma interação medicamentosa e que o fato demonstra a necessidade de implantação de estratégias que visem o aumento da segurança do paciente, como, por exemplo, o preparo do profissional envolvido no processo medicamentoso para dar assistência ao paciente frente a reações farmacodinâmicas e farmacocinéticas indesejáveis. Pontos de transição do paciente É importante que durante a admissão do paciente em unidades de saúde sejam relacionados os medicamentos em uso antes da internação e orientar os mesmos a não ficar em posse dos medicamentos no ambiente hospitalar devido ao risco de doses duplicadas. Os pacientes ambulatoriais com necessidade de transição entre os níveis de atenção primário, secundário e terciário necessitam de um detalhado histórico farmacoterapêutico realizado pelo prescritor para que seja realizado juntamente com o farmacêutico a reconciliação medicamentosa. O estudo de FRIZON (2014) encontrou resultados alarmantes sobre o tema. Entre os pacientes entrevistados, 62,5% apresentaram pelo menos um erro entre os medicamentos de uso domiciliar e a prescrição hospitalar. O estudo diz também que o diálogo e as decisões de uma equipe multiprofissional são indispensáveis para redução de potenciais danos ao paciente, como a participação de farmacêuticos, médicos e equipe de enfermagem durante a seleção, administração de medicamentos, monitoramento e educação de pacientes durante a internação hospitalar. Prescrição segura de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância Os estabelecimentos de saúde devem divulgar listas de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância padronizados na unidade, com as doses máximas desses 40 medicamentos, forma de administração, indicação e a dose usual. MELO (2014) observou em seu estudo disparidades entre as doses prescritas de medicamentos de alta vigilância e a dosagem recomendada, incluindo erros fatais. Medicamentos de alta vigilância, como alguns eletrólitos, estão dentre os fármacos mais utilizados no âmbito hospitalar e de fácil acesso em algumas instituições de saúde, sendo necessário conhecimento por parte da equipe assistencial sobre sua administração, dosagem e reações adversas, assim como por parte da equipe gerencial para a dispensação e controle de uso nas unidades. Suporte eletrônico para prescrição O protocolo recomenda o uso de programa informatizado para a prescrição de medicamentos visando aumentar a segurança no uso de medicamentos, porém algumas orientações devem ser seguidas, como utilização de formulários sem pauta para a impressão e acompanhamento do processo de implantação do sistema eletrônico pelo prescritor, farmacêutico e enfermeiro para identificação e correção de erros decorrentes do uso do sistema. Outras informações importantes para a prescrição segura Para uma prática medicamentosa segura, é importante que o prescritor conheça a história clínica e medicamentos utilizados pelo paciente para conciliá-los com a nova prescrição e que em prescrições de uso ambulatorial seja registrado o tempo em que o paciente deverá permanecer em observação após a administração do medicamento. As suspeitas de reações adversas, possíveis erros ou eventos adversos devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente do estabelecimento de saúde, assim como é necessário o incentivo das atividades clínicas pelos farmacêuticos para ajudar na diminuição dos erros de prescrição e medicamentos. Categorias sem artigos associados Não encontramos estudos que possam ser associados a algumas categorias preconizadas pelo protocolo da ANVISA, conforme destacamos abaixo: 41 - Duração do tratamento: Este item preconiza que nas prescrições hospitalares conste informações sobre a duração do tratamento medicamentoso e que no âmbito ambulatorial seja descrito a duração do tratamento para medicamentos de uso crônico. - Utilização de expressões vagas: O protocolo indica que expressões vagas que levem o paciente ao erro como “usar como de costume”, “se necessário”, “a critério médico” devem ser abolidas das prescrições e obrigatoriamente descritas com dose, posologia e condição que determina o uso ou interrupção do medicamento. - Posologia, diluição, velocidade, tempo de infusão e via de administração: As prescrições devem conter informações sobre diluentes, reconstituição, velocidade, tempo de infusão e via de administração descrita de forma clara com abreviações somente se forem padronizadas e estabelecidas no estabelecimento de saúde onde foi originado a prescrição. - Modificação da prescrição atual ou vigente: As alterações realizadas em prescrições hospitalares devem ser feitas de forma clara, legível e sem rasuras em todas as duas vias da prescrição. As modificações realizadas em prescrições ambulatoriais deverão ser emitidas em uma nova receita mediante a suspensão da receita anterior. - Prescrições verbais: Este item salienta que as prescrições verbais devem ser restritas a situações de urgência/ emergência e devem ser imediatamente escritas no formulário da prescrição após a administração. O prescritor deve falar o nome, a dose, a via de administração de forma clara, sendo repetida por quem recebeu a ordem verbal e confirmado pelo prescritor o que foi dito antes da administração do medicamento. 42 6 CONCLUSÃO O presente estudo demonstra fragilidade nos estudos publicados, uma vez que não há artigos publicados em revistas de impacto, assim como, os níveis de evidência dos estudos não ultrapassam níveis III e IV. Outro aspecto importante é a ausência de estudos relacionados a tópicos importantes do protocolo da ANVISA, como Duração do tratamento, Utilização de expressões vagas, Posologia, diluição, velocidade, tempo de infusão e via de administração, Modificação da prescrição atual ou vigente, Prescrições verbais. Estes pontos destacados, demonstram a fragilidade das publicações destinadas à segurança do paciente no que concerne o manejo da prescrição, ressaltando a necessidade que as equipes de saúde, sobretudo a enfermagem, desenvolvam estudos em prol da melhoria da assistência de saúde prestada. 43 7 REFERÊNCIAS ABJAUDE, Samir, et al. Análise das prescrições de medicamentos dispensados na Farmácia Escola da UNIFAL-MG. Revista da Universidade Vale do Rio Verde. Minas Gerais, v. 10, n. 2, p. 211-219, Ago-Dez. 2012. Disponível em: http://revistas.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/624. Acessado em: 10 de março de 2016. AVERY, Anthony, et al. 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