1 DENIS VITOR SANTOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO DIAGNÓSTICO PARA ABERTURA DE EMPREENDIMENTO LOJA DE MOTO PEÇAS Projeto de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí. ITAJAÍ – SC, 2009 2 Dedico o trabalho à minha maravilhosa família, minha avó Iracema, minha mãe Tânia, meus irmãos, Rodrigo e Danilo, minha mulher Mariana. Que sempre me apoiaram neste período, incentivando e estimulando. Agradeço profundamente a minha esposa que neste período soube entender os momentos difíceis e me apoiou neste projeto. Agradeço a meus colegas, amigos e professores que contribuíram para minha formação, Lembrarei de todos com carinho. 3 Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar. O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilidades e competência para criar, abrir e gerir um negócio, gerando resultados positivos. http://www.suapesquisa.com/o_que_e/empreendedorismo. htm 4 EQUIPE TÉCNICA a) Nome do estagiário Denis Vitor Santos b) Área do estágio Administração Geral c) Supervisor de campo Prof. Luiz Carlos Flores – Dr. d) Orientador de Estágio Prof. Marcos Antônio Ribeiro Andrade - MSc e) Professor responsável pelos estágios em administração. Prof. Eduardo Krueger da Silva - MSc 5 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA a) Razão Social Uni Júnior Orientação Empresarial b) Endereço Rua Uruguai, 586 – Itajaí - SC c) Setor de desenvolvimento do estágio Uni Júnior Orientação Empresarial d) Duração do estágio 240 horas. e) Nome e cargo do supervisor de campo Professor Luiz Carlos da Silva Flores, Dr. Responsável Uni Júnior f) Carimbo e visto da empresa 6 AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA Itajaí, 27 de Junho de 2009 A Empresa Uni Júnior Orientação Empresarial, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo acadêmico DENIS VITOR SANTOS ____________________________________ Professor Luiz Carlos da Silva Flores, Dr. 7 RESUMO Elaborar um plano de negócio é a forma mais viável e eficiente de planejar e escrever como a empresa será, proporcionando uma visão mais detalhada da empresa antes de abri-la, permitindo ao empreendedor utilizar desta ferramenta iniciando suas atividades com mais segurança. Este trabalho teve como objetivo formular um plano de negócio para identificar a viabilidade em montar uma loja de moto peças na região do município de Balneário Camboriú, tendo como objetivos específicos: definir o perfil do público alvo, realizar o diagnóstico em Balneário Camboriú com objetivo de verificar sua vocação para o mercado de moto peças e acessórios, propor um plano de negócio e elaborar ações de marketing. Este trabalho foi desenvolvido pela pesquisa modelo quantitativo descritivo, a tipologia utilizada foi a pesquisa diagnóstico. Para coletar os dados, foi efetuado com questionários para empresas que utilizam a moto como meio de transporte, pessoas que dependem da moto para trabalhar e se locomover. A análise do resultado foi demonstrado com gráficos e entendimento em forma de texto. O resultado mostrou ser viável a elaboração da loja de moto peças tendo que efetuar novas pesquisas em outros campos para se ter uma melhor análise do local e gastos a serem efetuados. A conclusão do estudo indica a viabilidade do negócio, devido ao grande aumento de venda na categoria e a busca de um empreendimento diferenciado na região. PALAVRAS-CHAVE: empreendedorismo, viabilidade, moto peças. 8 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Metodologia para plano de negócio ...................................................................40 Quadro 2: Investimento inicial ............................................................................................ 54 Quadro 3: Formula para o calculo do ponto de equilíbrio ...................................................61 Quadro 4: Perfil dos pesquisados ........................................................................................ 77 Quadro 5: Evolução populacional .......................................................................................83 Quadro 6: Média anual de venda de motos .........................................................................84 Quadro 7: Frota....................................................................................................................85 Quadro 8: Variáveis dos 4 P’s ............................................................................................. 85 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Posturas Estratégicas da empresa .........................................................................49 Figura 2: Organograma Uni Junior......................................................................................75 Figura 3: Estado civil ...........................................................................................................78 Figura 4: Renda familiar ......................................................................................................79 Figura 5: Faixa etária ...........................................................................................................80 Figura 6: Nível de escolaridade ........................................................................................... 80 Figura 7: Ocupação dos entrevistados .................................................................................81 Figura 8: Utilização do veículo ........................................................................................... 82 Figura 9: Dias em que efetua as compras ............................................................................82 Figura 10: Gasto aproximado .............................................................................................. 87 Figura 11: Comportamento dos entrevistados .....................................................................88 Figura 12: Referente aos acessórios ....................................................................................89 Figura 13: Especificidade do produto ..................................................................................90 Figura 14: Comportamento dos consumidores ....................................................................91 Figura 15: Hábito de compras ............................................................................................. 92 Figura 16: Local onde efetua compras ................................................................................93 Figura 17: Motivo que freqüentaria a loja ...........................................................................94 Figura 18: Freqüência à loja ................................................................................................ 95 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Projeções de Resultado ........................................................................................ 57 Tabela 2: Fluxo de caixa ......................................................................................................58 11 Sumário 1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................14 1.1 Problema de Pesquisa .......................................................................................16 1.2 Objetivo .............................................................................................................17 1.3 Aspectos Metodológicos ...................................................................................17 1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio ................................................................ 17 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ..................................................................18 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados..............................................19 1.3.4 Tratamento e análise de dados ............................................................................20 2 2.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................21 Administração ...................................................................................................21 2.1.1 Administração de Marketing ..............................................................................24 2.1.2 Administração Financeira ...................................................................................26 2.2 Empreendedorismo .......................................................................................... 30 2.3 Planejamento .....................................................................................................33 2.4 Plano de Negócio ............................................................................................... 35 2.5 Estrutura de plano de negócio .........................................................................38 2.5.1 Sumário Executivo ............................................................................................. 41 2.5.2 A empresa ...........................................................................................................41 2.5.2.1 A missão ..........................................................................................................42 2.5.2.2 Objetivos da empresa.......................................................................................42 2.5.2.3 Visão ................................................................................................................42 2.5.3 Plano de marketing ............................................................................................. 43 2.5.3.1 Análise de mercado ......................................................................................... 45 2.5.3.2 Análise Externa ............................................................................................... 46 2.5.3.3 Análise Interna.................................................................................................48 2.5.3.4 Estratégia de marketing ...................................................................................50 12 2.5.4 Plano Financeiro .................................................................................................51 2.5.4.1 Investimento Inicial ......................................................................................... 54 2.5.4.2 Formação de preço de vendas ..........................................................................55 2.5.4.3 Receitas ............................................................................................................56 2.5.4.4 Projeção de Resultados ....................................................................................56 2.5.4.5 Projeção de fluxo de caixa ...............................................................................57 2.5.4.6 Projeção de balanço ......................................................................................... 59 2.5.4.7 Custos ..............................................................................................................59 2.5.4.8 Margem de contribuição ..................................................................................60 2.5.4.9 Ponto de equilíbrio........................................................................................... 61 2.6 A Participação dos Stakeholders...................................................................62 2.6.1 A influência dos empregados .............................................................................63 2.6.2 A influência dos acionistas .................................................................................65 2.6.3 A influência dos clientes.....................................................................................67 2.6.4 A influência dos fornecedores ............................................................................69 3 3.1 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ...........................................71 Caracterização da Organização ...................................................................71 3.1.1 Missão.................................................................................................................73 3.1.2 Visão ...................................................................................................................73 3.1.3 Objetivos.............................................................................................................73 3.1.4 Portfólio de Serviços .......................................................................................... 74 3.1.5 Organograma ......................................................................................................76 3.2 Resultado da pesquisa ...................................................................................76 3.2.1 Pesquisa de campo .............................................................................................. 77 3.2.2 Perfil dos respondentes .......................................................................................78 3.2.3 Propor plano de marketing .................................................................................86 3.2.3.1 Preço ................................................................................................................87 3.2.3.2 Produto ............................................................................................................89 3.2.3.3 Promoção .........................................................................................................92 3.2.3.4 Praça ................................................................................................................93 4 Considerações finais ....................................................................................................97 13 5 REFERÊNCIAS ..........................................................................................................99 APÊNDICE ........................................................................................................................ 104 DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTAGIÁRIO ...........................................109 ASSINATURA DOS RESPONSAVEIS ..........................................................................110 14 1 INTRODUÇÃO O congestionamento das cidades, associado á correria do dia a dia, tem aumentado a procura de motos. Muitas são as pessoas que cultuam suas motocicletas, dedicando tempo e dinheiro na sua manutenção e embelezamento. O constante crescimento do mercado de motocicletas no Brasil conforme FENABRAVE (Federação Nacional da Distribuição de Veículos) informa que as vendas tem um crescimento constante, ocasionado pela capacidade do brasileiro de comprar, é o consumidor de menor poder aquisitivo que vem aumentando o segmento venda de motocicletas desde 1993 ininterruptamente. Com a facilidade ao acesso de crédito como a ampliação dos prazos de pagamentos, consórcios e que agrega um número cada vez maior de consumidores nesta linha de produto. O constante crescimento nas vendas de motocicletas segundo IBGE comparando o ano de 2008 com 2007, no período de janeiro a setembro onde teve um crescimento de 27% nas vendas de moto. A estabilidade da economia brasileira, mostrando um equilíbrio mesmo tendo seus picos altos e pequenas quedas provocadas por algumas estratégias que o governo tenta implantar, os consumidores mantém uma sensação de estabilidade e de controle, os reajustes nos juros levando a baixar e o aumento na quantidade das prestações fatores que estão facilitando aquisição de bens de consumo duráveis, proporcionando no mercado um aumento considerável nas vendas de veículos automotores como nas motocicletas. Este aumento de vendas consecutivo, outros acontecimentos no ramo de motos foi elaborado este trabalho para demonstrar, descrever e identificar o mercado de moto peças em Balneário Camboriú. Segundo a empresa especializada em veículos automotores a FENABRE (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores) foram emplacadas 28,18% de motos a mais em setembro de 2008 comparando com o mesmo período de 2007 em todo Brasil. Esta afirmação só ajuda na constituição de uma empresa voltada ao ramos de motos. Conforme indicadores municipais da Associação dos Municípios da Faz do Rio Itajaí – AMFRI, constatou-se um crescimento da frota de motocicletas no município de Balneário Camboriú, entre 1998 e 2005, de 3028 para 8620 unidades com crescimento de 185%. O mercado de Balneário Camboriú está em constante crescimento conforme informações, 15 conseqüentemente a população no período de 2000 a 2007 aumentou em 28,44%, alavancando o mercado e exigindo que novas empresas sejam abertas para suprir as necessidades do município. Como este mercado está em crescimento acelerado, devido também ao fácil financiamento, custo baixo, economia na hora de abastecimento e a manutenção de peças com valor acessível à criação de uma loja de moto peças dentro do município é positiva. Diante a este contexto, surgiu à necessidade de investir na abertura de uma loja de moto peças. Chiavenato (2004, p. 3), destaca que uma pessoa que inicia seu projeto de negócio ou opera realizando idéia pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente é considerado um empreendedor e para isso a importância de iniciar de forma correta para correr menos riscos, já que o mercado está cada vez mais competitivo. Dornelas (2005, p. 21), afirma que estamos na era dos empreendedores, pois estão derrubando as barreiras comerciais e culturais, encurtando as distancias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando riqueza para sociedade. Com isso surge a oportunidade para criação de novas empresas. Este trabalho tem como objetivo propor um plano de negócio para abrir uma empresa de venda de peças e acessórios para motocicletas no município de Balneário Camboriú, proporcionando aos clientes uma opção melhor de compra e com preço acessível às necessidades do consumidor. 16 1.1 Problema de Pesquisa Para Marconi e Lakatos (2007, p. 161), o problema de pesquisa “é a dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma solução”. Em virtude do crescimento do litoral norte de Santa Catarina, destacando-se Balneário Camboriú, que de acordo com a Prefeitura Municipal o censo de 2000 comparado com o de 2007 teve um crescimento na população de 28,44% um aumento de 4,1% ao ano em sua população. Isso fez com que a população procurasse uma opção mais rápida e de fácil locomoção na cidade, haja vista que com o aumento da população o transito ficou cada vez mais complicado. Para tanto a criação de uma loja de peças para motocicletas é vista como uma boa oportunidade de negócio. A loja tem como finalidade atender as necessidades das pessoas com qualidade, serviços, atendimento especializado e principalmente com acessórios e profissionais competentes, na qual o cliente saberá reconhecer o diferencial da loja. O diagnóstico trará como abrir um próprio negócio, de maneira que o acadêmico alcance mais um desafio na sua vida, na qual se orienta na teoria e desempenha os conhecimentos e ensinamentos obtidos no período do curso de administração. Ao criar uma possibilidade de abrir uma empresa é necessário conhecer o mercado, avaliar os pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças do ambiente. Outro motivo é a possibilidade de agregar conhecimentos estudados durante o curso de Administração desenvolvido pela Univali, adquirindo experiência pela prática de executar este projeto. Assim, sendo os clientes um dos mais importantes fatores de sobrevivência das organizações, o bom atendimento é indispensável para conseguir sua fidelidade, que busca cada vez mais melhoria nos serviços oferecidos pelas organizações. Além de oferecer aos consumidores uma maior variedade de opções, acredita-se que é um ramo rentável e de grande aceitação por parte dos consumidores. Este trabalho tem como objetivo propor um diagnóstico para empresa de peças e acessório para motocicletas. A pesquisa tem como problema de pesquisa a busca de verificar da viabilidade em se montar uma loja de moto peças no município de Balneário Camboriú. 17 1.2 Objetivo O trabalho de estágio tem como objetivo geral propor um diagnóstico para empresa de peças e acessório para motocicletas em Balneário Camboriú. Analisando o objetivo geral apresentado, identificam os seguintes objetivos específicos: Definir o perfil do público-alvo. Realizar o diagnóstico em Balneário Camboriú, com o objetivo de verificar sua vocação para o mercado de moto peças e acessórios. Elaborar ações de Marketing. 1.3 Aspectos Metodológicos Este item aborda os métodos e técnica que serão utilizados para o desenvolvimento do presente trabalho. Segundo Gil (2007, p. 27) “pode-se definir método como caminho para se chegar a determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para de atingir o conhecimento”. 1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio Este Trabalho caracteriza-se dentro da metodologia de proposição de planos. Foi elaborado um diagnóstico para apresentar e definir cada passo para criação da empresa de peças e acessórios de motocicletas em Balneário Camboriú. A tipologia utilizada é a pesquisa diagnóstica que de acordo com Roesch (2007), tem por objetivo realizar um diagnóstico no ambiente interno às organizações, em todas as áreas e propor um diagnóstico. Para realização deste trabalho utilizou-se de abordagem qualitativas e quantitativas, por julgar mais adequado quando se realizar um plano de negócio. A abordagem qualitativa foi aplicada para que fosse possível fazer a análise dos dados secundários que são as informações já existentes que são utilizadas, tabuladas e 18 analisadas, com o objetivo de complementar novas investigações. Tais dados serão coletados em diversas fontes e ou publicações, como IBGE, associações de usuários de motos, sindicatos, além de outros órgãos relacionados aos objetivos da pesquisa em questão. Esta abordagem é adequada quando se necessita fazer uma análise mais detalhada para compreender uma dada realidade ou fenômeno (RICHARDSON, 1999). Para a realização da pesquisa de campo o modelo utilizado é do tipo quantitativo descritivo que de acordo com Marconi e Lakatos (2007) são investigações de pesquisa empírica que tem como finalidade o delineamento ou análises das características de fatos ou fenômenos. Caracteriza-se pela precisão e controle estatístico dos dados coletados, que tem por objetivo a coleta sistemática de dados sobre a amostra de uma população. Utilizam-se técnicas tais como: entrevistas, questionários, formulários, etc. As autoras ainda descrevem que os estudos quantitativos descritivo têm como principal objetivo, a representação fiel de certas peculiaridades quantitativas de uma população como um todo, organizações ou outras coletividades. Para este trabalho foi utilizado uma união desses dois tipos de pesquisas qualitativos e quantitativos para elaboração do diagnóstico proposto tendo como análise o design do perfil do público algo, realização do diagnóstico ambiental, análise e elaboração de planos mercadológicos para propor um plano de negócios uma loja de peças e acessórios para motocicletas. 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa Segundo Barbetta (1999 p. 37), ”população consiste em o conjunto de elementos que queremos abranger em nosso estudo e que são possíveis de serem observados com respeito às características que pretendemos levantar”. A amostra segundo Barbetta (1999) é a seleção dos elementos que foram efetivamente observados, e deve ser feita sob uma metodologia adequada, para que os resultados da amostra sejam informativos para avaliar características de toda a população. Já para Marconi e Lakatos (2007) a amostra é uma parcela convenientemente selecionada da população. Compôs a pesquisa de campo empresas de moto taxis, empresários do setor de 19 bebidas (distribuidoras) que utilizam para comercialização vendedores com motocicletas, empresa de correios do município de Balneário Camboriú pelo fato do volume de entregas nesse mesmo veículo; prefeitura e batalhão de policiamento do município de Balneário Camboriú também pelo mesmo motivo. Também fizeram parte dessa pesquisa IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ABRAM (Associação Brasileira de Motociclistas), Associação de moto taxis de Balneário Camboriú, sites de moto peças, a revista Duas Rodas Motociclismo entre outras fontes de informações especializadas em motocicletas. Devido ao tamanho da população não foi possível entrevistar todos os participantes, desta forma é imprescindível definir uma amostra, e esta foi determinada como nãoprobabilística por conveniência, portanto ficou a cargo do entrevistador a seleção da amostra. Segundo Marconi e Lakatos (2007), esta técnica confia no julgamento pessoal do pesquisador, e não na chance de selecionar os elementos amostrais, as amostras podem oferecer boas estimativas das características da população, mas, por ser uma amostragem subjetiva, a variabilidade amostral não pode ser estabelecida com precisão. Como conseqüência, não é possível nenhuma estimativa do erro amostral. 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados Na elaboração do diagnóstico foram utilizadas fontes primárias e secundárias, sendo que os dados primários serão coletados por entrevista, efetuando questionários com os consumidores em potenciais de compra, segundo Gil (2007, p. 128) questionário é a: “técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentado por escrito às pessoas.” Richardson (2007, p. 207) descreve a entrevista como sendo uma “técnica importante no desenvolvimento de uma estreita relação entre as pessoas. Para este trabalho o tipo de entrevista utilizada foi a não estruturada também conhecida como pesquisa em profundidade que o autor descreve como sendo [...] uma técnica em que as alternativas são pré formuladas com o objetivo de obter do entrevistado o que ele considera os aspectos mais relevantes de determinado problema. Por meio de uma conversação guiada, pretende-se obter informações detalhadas que possam ser utilizadas em uma análise qualitativa. Já os dados secundários 20 serão aplicados na análise documental, pois “são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados, e às vezes até analisados e que já estão catalogados à disposição dos interessados” (MATTAR, 1999, p. 48). Para Roesch (2005), fontes são utilizadas para complementar entrevistas ou outros métodos de coleta de dados. 1.3.4 Tratamento e análise de dados Nesta etapa foram analisados os dados propostos e coletados para execução do presente trabalho. A informação colhida pelo pesquisador será analisada pela técnica de análise de conteúdo e apresentadas em forma de textos explicativos, organizados e apresentados em gráficos e tabelas. Conforme Roesch (2007, p. 170), este “a análise de conteúdo busca classificar palavras, frases, ou mesmo parágrafos em categorias de conteúdo”. Será feita uma análise qualitativa, organizada pelas ações implementadas. Estas técnicas foram utilizadas, pois será necessário descrever e interpretar os dados coletados. No caso do presente trabalho foram levantadas algumas informações a partir das análises das respostas dos entrevistados, quantificando os dados e comparando-os com os dados de fonte secundarias. 21 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste capítulo, apresenta-se a revisão teórica necessária para o tema proposto onde os temas que serão abordados são: a administração, o empreendedorismo, e o diagnóstico. 2.1 Administração A Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar a aplicação dos recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz. A administração sempre leva em consideração os objetivos organizacionais a serem alcançados (CHIAVENATO, 2005). A Administração é um complexo processo de tomar decisões a respeito de recursos e objetivos a serem com eles alcançados. A finalidade deste processo é buscar o alcance de objetivos por meio da utilização de recursos. Assim, a Administração é necessária quando há uma situação envolvendo pessoas que utilizam recursos para atingir algum objetivo. (CHIAVENATO, 2005, p. 5) Conforme Megginson, Mosley e Pietri (1998), a Administração é o trabalho com recursos humanos, financeiros e materiais, para atingir objetivos organizacionais através do desempenho das funções de planejar, organizar, liderar e controlar. Deve-se notar que a finalidade da administração é estabelecer e alcançar o objetivo, ou objetivos da organização. Segundo Drucker (1974, p.22), “a Administração é o órgão, aquilo que dá vida, o agente, o órgão dinâmico da instituição que ela administra. Sem a instituição, por exemplo, a empresa, não haveria a administração”. A administração sempre existiu, desde a antiguidade, ela, surgiu naturalmente da necessidade do homem de obter organização e controle sobre seus atos. A evolução tem sido rápida, com ela surgem às dificuldades e necessidades. Com o princípio do comércio ainda na época do escambo (permuta), começou a ter um aumento no fluxo (giro) dos produtos, e o homem começou a praticar a administração. Não teria como obter resultados dos trabalhos ou dos produtos comercializados. 22 Tem origem latina, gerere e administrare. Gerere significa conduzir, dirigir ou governar. Administrare tem aplicação específica no sentido de gerir um bem, defendendo os interesses dos que o possuem. Administrar seria, portanto, a rigor, uma aplicação de gerir. (FERREIRA; PEREIRA, 2002, p. 06). Cabe ressaltar que a administração, pode ser aplicada a qualquer tipo ou tamanho de organização e tem como principal objetivo fazer as coisas por intermédio das pessoas Houve várias abordagens administrativas desde 1903, quando Taylor apresentou o primeiro estudo científico dos métodos de gestão sob forma de teoria (FERREIRA; PEREIRA, 2002). Entre elas está a Abordagem Clássica que objetiva a eficiência do trabalhador, determinando um modo correto (encontrado por meio de estudo metódico) de executar a tarefa. Dentro desta abordagem encontram-se duas teorias: a Administração Científica e a Teoria Clássica. A Administração Científica, com ênfase nas tarefas, possuindo quatro princípios: planejamento, preparação, controle e execução. E a Teoria Clássica que “caracterizava-se pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente” (CHIAVENATO, 2000, p. 98). De acordo com Ferreira; Pereira (2002), mais tarde surge a Abordagem Humanística. Com ela, a teoria administrativa sofre uma verdadeira revolução conceitual: a transferência da ênfase antes colocada na tarefa (pela administração científica) e na estrutura organizacional (pela teoria clássica da administração) para a ênfase nas pessoas que trabalham ou que participam nas organizações. Entre a Abordagem Humanística e a Teoria das Relações Humanas estão as Teorias Transitivas. Essas teorias transitivas contribuíram com três novos princípios para a administração, que segundo Chiavenato (2000, p.204) [...] a administração é uma arte que requer liderança e, sobretudo, a inclusão de objetivos pessoais e públicos entre os objetivos da organização, a situação é que deve determinar o que é certo e o que é errado, a organização é um sistema social baseado na participação e na cooperação das pessoas para alcançar objetivos comuns. Só então, surge a Teoria das Relações Humanas que desloca novamente o foco das teorias administrativas. Desta vez para a ênfase nas pessoas. Esta teoria tem seu marco na 23 Experiência de Hawthorne, a qual comprovou a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico. (CHIAVENATO, 2000). Verificando com a Mckenna (1997), Elton Mayo é reconhecido com “pai das relações humanas”, pois foi capaz de demonstrar, através das experiências em Hawthorne, que um tratamento humano e respeitável aos empregados compensa por longo prazo procurando identificar problemas relativos à insatisfação e aos conflitos humanos no trabalho. Em seguida, tem-se a Abordagem Neoclássica, que nada mais é do que a Teoria Clássica colocada no figurino das empresas de hoje, com base em um ecletismo que aproveita a contribuição das demais teorias administrativas. A administração possui várias áreas de estudo, relacionadas e conceituadas a seguir: Roesch (2005, p. 42) afirma que “as áreas de administração geral e pública incorporam a maioria dos desenvolvimentos da teoria organizacional”. A área de Recursos Humanos busca basicamente compatibilizar as necessidades de curto prazo das pessoas com os objetivos de longo prazo das organizações que para Mckenna, (1997, p.201) [...] evoluiu, no último século, de aspectos limitados, como contratar e demitir, para uma visão mais ampla dos funcionários como pessoas complexas com uma série de necessidades. Os gerentes de hoje assumem a visão mais ampla no gerenciamento dos recursos humanos. Mas conforme a publicação do Conselho Federal de Administração que é baseada na lei no. 4769 entre as áreas de atuação do administrador estão à produção, financeira e mercadológica. A administração da Produção consiste no controle da produção, pesquisas de produção, planejamentos de produção, planejamento e análise de custo. A produção e sistemas, para Roesch (2005), em sua versão quantitativa, trabalham com modelos de planejamento da produção, modelos de previsão e com a aplicação de redes PERT/COM, bem como com sistemas de informação gerencial e sistemas de apoio à decisão. Já, a administração financeira corresponde às responsabilidades do administrador financeiro em uma organização. Nos últimos anos, com as grandes mudanças no ambiente econômico e regulatório elevaram a importância e a complexidade das responsabilidades do administrador financeiro, em conseqüência disto muitos dos altos executivos das organizações provêm da área financeira. (BRAGA, 1995). 24 A área de finanças da empresa concentra-se na questão do gerenciamento financeiro da organização, sendo seus tópicos principais o planejamento e o controle financeiro, a análise financeira, a análise de investimentos, a gestão do capital de giro, o custo e a estrutura de capital e a política de dividendos. A segunda subárea, de Finanças ou Mercado de Capitais, tem seu foco centrado no gerenciamento e precificação de ativos em situações de risco. (ROESCH, 2005, p. 45) Conforme Chiavenato (1994), a teoria da administração é um meio de operacionalizar conceitos e ideologias a respeito das organizações; tratando do estudo da administração das organizações em geral e das empresas em particular. 2.1.1 Administração de Marketing A administração de marketing se apresenta basicamente através dos instrumentos do composto promocional (produto, preço, praça e promoção) que foram desenvolvidos como o propósito de estreitar os vínculos do fabricante com o cliente. A promoção é responsável pelo processo de comunicação com os clientes, através de meios como a propaganda, a venda pessoal, as relações públicas, o merchandising e a publicidade. Segundo Cobra (2006) há uma tendência no país para que cada vez mais empresas adotem a propaganda como meio de difusão e venda de seus produtos e/ou serviços. Os empresários são obrigados hoje, em virtude da forte concorrência, a cada vez mais confiarem na propaganda para manter ou aumentar o volume dos negócios e dos lucros. Marketing, mais do que outra função de negócio, lida com os clientes, cria valor e satisfação para o cliente é o ponto central do pensamento e da prática do marketing moderno. Tendo como objetivo dar satisfação ao cliente de forma lucrativa. A meta do marketing é atrair novos clientes prometendo um valor superior e manter os clientes atuais dando-lhe satisfação. Ainda conforme Cobra (2006) pode-se definir o marketing como o processo social e gerencial através dos quais indivíduos e grupos obtém aquilo que desejam e de que necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros. Alem disso o papel do marketing é então identificar necessidades insatisfeitas, de forma a colocar no mercado produtos ou serviços que, ao mesmo tempo, irão proporcionar satisfação dos consumidores, gerando resultados auspiciosos aos acionistas e ajudando a melhorar a qualidade de vida das pessoas e da comunidade em geral. 25 Necessidades, desejos e demandas, o conceito mais básico e inerente ao marketing é o das necessidades humanas. Necessidade humana é estado de carência percebida. Desejos são as necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas características individuais, os desejos são descritos como objetos que satisfazem as necessidades, à medida que, o homem vai sendo exposto a objetos que despertam seu interesse e desejo, as empresas tentam fornecer produtos e serviço que satisfaçam esses desejos. O produto é qualquer coisa que possa ser oferecido ao mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo, qualquer coisa capaz de satisfazer uma necessidade pode ser chamada de produto. Os profissionais de marketing usam em geral as expressões bens e serviços para distinguir entre os produtos físicos e produtos intangíveis. Portanto, o termo produto inclui bens físicos, serviços e uma variedade de outros veículos que possam satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores. (BAKER, 2005). Verificando valor, satisfação e qualidade, os consumidores em geral têm à sua frente uma grande gama de produtos que podem satisfazer uma dada necessidade, como eles escolhem entre esses vários produtos e serviços, escolhe com base no valor que os vários produtos e serviços oferecem. O valor para o cliente é a diferença entre os valores que ele ganha comprando e usando um produto e os custos para obter esse produto. Segundo Godin (2000), os clientes em geral, não julgam os valores e os custos do produto com exatidão e objetividade. Eles agem sobre o valor percebido. A satisfação do cliente depende do desempenho do produto percebido com relação ao valor relativo às expectativas do comprador. Se o desempenho faz às expectativas, o comprador fica satisfeito. As companhias voltadas para marketing desviamse do seu caminho para manter seus clientes satisfeitos. A chave é equilibrar as expectativas do cliente com o desempenho da empresa. A gestão de qualidade total (TQM), idealizados para melhorar sempre a qualidade de seus produtos, serviços e processos de marketing. A meta fundamental do movimento atual de qualidade total tornou-se a satisfação total do cliente. O marketing ocorre quando as pessoas decidem satisfazer necessidades e desejos através de troca, com isso, a troca é ato de obter-se um objeto desejado dando alguma coisa em retribuição. A troca é apenas uma das várias maneiras de se obter um objeto desejado. De acordo com Brown (2002), troca é o conceito central do marketing. Para que haja uma troca, várias condições devem ser satisfeitas. A transação consiste em uma troca de 26 valores entre duas partes. O marketing de transação faz parte da idéia mais ampla de marketing de relacionamento. Além de criar transações em curto prazo, os profissionais de marketing precisam construir relacionamentos em longo prazo com clientes, distribuidores, comerciantes e fornecedores. Verificando com Kozel (1997), mercado é caracterizado pelo grupo de compradores reais e potenciais de um produto, esses compradores têm uma necessidade ou desejos específicos, que pode ser satisfeito através da troca. Originalmente o termo mercado referia-se ao lugar onde os compradores e vendedores se reuniam para trocar seus bens. No entanto, os profissionais de marketing vêem os vendedores como uma indústria, e os compradores com um mercado. Os homens de negócios usam o termo mercados para referir-se a vários grupos de clientes. O significado de marketing conforme Cobra (2006) apresenta marketing com o significado de administrar mercados para chegar a trocas, com o propósito de satisfazer as necessidades e desejos do homem. Essa constatação do autor remete, novamente, à definição de marketing como um processo pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que precisam e desejam através de trocas de produtos e valores. Cabe ressaltar que os processos de troca envolvem o trabalho dos vendedores em buscar seus compradores, identificar suas necessidades, criar bons produtos e serviços, determinar seus preços promovê-los, armazená-los e entregá-los. Assim, atividades como desenvolvimento de produtos, pesquisa, comunicação, distribuição, preço e serviços são as atividades centrais do marketing. A busca por inovação dentro do marketing é fundamental também para adequar os produtos as necessidades dos clientes trazendo evoluções na marca administrando e elevando o valor do produto. Tem ambição de aumentar margem e reduzir o custo do produto, tornando competitivo entre os concorrentes, buscando atingir espaço no mercado. 2.1.2 Administração Financeira A administração financeira é essencial para o sucesso de uma organização. Quando gerenciamos as receitas, os custos e outros indicadores financeiros com rapidez e confiabilidade tornam seguras as tomadas de decisões financeiras de curto, médio e longo 27 prazo, que viabilizarão o crescimento dos negócios da empresa. Sendo considerado um dos setores básicos de uma empresa, Braga (1995) ressalta que administração financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa. Desta maneira é possível planejar e controlar para que nenhum projeto deixe de ser concluído por falta de recursos. Ainda assim, a empresa deve cumprir com suas obrigações sociais, dentre elas: atender às exigências da legislação do país, pagar os impostos e controlar as agressões que os produtos produzidos possam fazer ao meio ambiente. Tendo, como objetivo da administração financeira, melhorar os resultados apresentados e aumentar o valor do patrimônio líquido. Para iniciar o estudo em Administração Financeira, deve-se, primeiramente, compreender o significado de Finanças, que é a arte e a ciência de administrar fundos. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam, ou investem. Finança ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos. (GITMAN, 2003, p. 4). As oportunidades de carreira em Finanças consistem em três áreas inter-relacionadas, os Mercados Monetários de Capitais, os Investimentos e a Administração Financeira. Os Mercados Monetários de Capitais refere-se aos mercados de títulos (hipotecas, cédulas de financiamento, certificados de depósito) e de instituições financeiras (bancos, empresas de seguro, bancos de investimentos, instituições de poupança e empréstimo e cooperativas de crédito). Os Investimentos estão voltados para as decisões dos investidores, indivíduos e instituições financeiras, referente aos títulos para suas carteiras de investimentos. A Administração Financeira engloba e efetiva administração de uma empresa. ”Administração Financeira é a arte e a ciência de administrar recursos financeiros para maximizar a riqueza do acionista.” (LEMES JUNIOR; MIESSA RIGO; CHEROBIM, 2002, p. 5). A Administração Financeira é exercida nas mais diversas organizações, comércio ou serviços, empresas estatais ou privadas, voltadas ou não para o lucro, governo, escolas, hospitais e clubes recreativos. A característica da Administração Financeira é projetar, planejar, controlar e agir dentro da organização. O papel principal da Administração Financeira, de acordo com 28 Oliveira (2007), é: Gerir todos os tipos de recursos, entradas e saídas, e principalmente as projeções de receitas e despesas, para que não haja “furo” no fluxo de caixa e isso faça com que aquele lucro que seria da empresa passe a ser um prejuízo. A administração financeira é responsável pelo planejamento de compras, o planejamento de vendas, propaganda, marketing e analisa as peças contábeis. A Administração Financeira é um elo entre todos os departamentos da empresa, não existe nenhum departamento que possa caminhar sozinho, todo aquele que começa a caminhar sozinho leva a empresa a algum insucesso, e a administração financeira é exatamente esse elo, tudo passa pelo caixa, que é de onde entra e sai dinheiro (pagamento de salários, transporte, pessoas terceirizadas, matéria-prima, fornecedores, impostos), sendo assim, ela deve informação para todos os departamentos e todos os departamentos devem informação a ela. A função financeira é executada pelo administrador financeiro, o principal responsável pela criação de valor da empresa se envolvendo cada vez mais com os negócios da empresa como um todo. Cabe ao administrador financeiro planejar, acompanhar e controlar as atividades e projetos da empresa, de forma a assegurar que os objetivos de resultados estabelecidos sejam cumpridos. (LEMES JUNIOR; MIESSA RIGO; CHEROBIM, 2002, p. 12). O administrador financeiro, segundo Oliveira (2007), não pode interferir na administração do custo fixo, variável, gasto, despesa, todos tem que ser respeitados, porém pode usufruir desses valores para avaliação financeira. O grande problema do administrador financeiro é saber até onde vai o seu poder, e qual é sua influencia dentro da organização, e não se empolgar como sendo a peça principal, não existe peça principal, o que existe é um caixa central sob a administração de uma pessoa responsável pelas finanças. Esse profissional além de conhecer a empresa, precisa ter conhecimento em Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial e estar sempre atento ao mercado, para saber onde aplicar o dinheiro. Ele deve ter um perfil dinâmico, não esperar acontecer, deve agir rápido. Relatórios contábeis contêm uma variedade de conceitos e termos de custos representando muita informação. Administradores que compreendem esses conceitos e termos são capazes de utilizar melhor as informações geradas, assim como de evitar o mau uso dessas informações. Uma compreensão comum do significado de conceitos e termos de custos 29 facilitam a comunicação entre os administradores e os contadores gerenciais. (HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2004, p. 25) Os administradores devem combinar o conhecimento das oportunidades e ameaças que existem no mercado com os recursos e capacidade de sua empresa. Essa análise normalmente começa pelos ativos do balanço patrimonial, fornecido pela Contabilidade de Custos, em que o contador gerencial encontra as informações para ajudar os administradores a reconhecer os pontos fortes da empresa, assim como os pontos fracos e as oportunidades para construir novas capacidades, (HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2004). Os administradores usam a informação da contabilidade gerencial para escolher a estratégia, comunicá-la e determinar a melhor maneira de implementar. Utilizam a informação da contabilidade gerencial para coordenar as decisões sobre o projeto, a produção e a comercialização de um produto ou serviço. (HORNGREN; DATAR; FOSTER, 2004, p. 1). Gitman (2003) sintetiza que o objetivo da administração financeira está ligado ao objetivo da empresa: maximização de seu lucro e de seus acionistas. Tendo por função criar mecanismos de análise e controle, para orientar e influir nas tomadas de decisão que, conseqüentemente, refletem em maior retorno financeiro para a empresa, pois “[...] lucro é a melhor medida do sucesso da administração de uma entidade de negócios em uma economia competitiva.” (GUERREIRO, 1989, p.194). Além do retorno financeiro, a administração financeira deve cuidar também, como exposto por Oliveira (2007) da manutenção de certo nível de liquidez da empresa (fluxo de caixa), permitindo disponibilidade de recursos para sustentar suas atividades do dia a dia, como produção, marketing, compras e desenvolvimento de produtos. Sanvicente (1987) confirma ao escrever: [...] a área financeira tem como atribuição controlar os recursos e fornecer informações requeridas pelas diversas áreas de responsabilidade, receber e gerenciar os recursos financeiros gerados nas atividades da empresa, além de aplicar os recursos excedentes, com a melhor rentabilidade possível. A ciência contábil da continuidade parte do pressuposto que “[...] a Contabilidade atende a uma empresa que está operando e assim permanecerá indefinidamente”. (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 1993), dentro de um mercado altamente competitivo a empresa é criada para a continuidade, mas, para garantir sua existência ela precisa buscar constantemente a otimização de seus resultados e de seus acionistas, por isso a 30 “[...] administração financeira está presente nas empresas para orientar, do ponto de vista financeiro, as decisões e para responder como estas decisões deve ser tomadas para maximizar o valor da empresa.” (MOREIRA, 1999). 2.2 Empreendedorismo A visão do empreendedor é fundamental, uma conseqüência lógica de implantação do seu próprio negócio surge mostrando os caminhos corretos para que seu empreendimento tenha contexto e solidez. A análise a ser feita pelo empreendedor é primordial, assim a empresa será estável, terá princípios e objetivos, obtendo uma forma correta de conhecimento do mercado a ser atingido e não tendo problemas como algumas empresas que abrem e em um período de tempo pequeno não conseguem se manter ou ter uma administração correta para levar a empresa ao crescimento. A nova tendência dentro do empreendedorismo se tornou muito importante, pois o crescimento de novas empresas e com as oportunidades que o mercado proporciona, o empreendedor tem sido uma das pessoas mais oportunista devido sua visão holística e gostar do que faz, derrubando barreiras com a criação de novos empreendimentos e modificando conceitos no mundo. Conforme Dornelas (2005), um exemplo inicial da definição de empreendedorismo como “intermediário” pode ser creditado a Marco Pólo, que na época estabeleceu uma rota comercial para o Oriente. Como empreendedor Marco Pólo, assinou um contrato com uma pessoa de recursos (conhecido atualmente como capitalista de risco) para vender suas mercadorias. Enquanto o capitalista corria riscos passivamente, o aventureiro empreendedor intermediava o transporte, assumindo os riscos ativamente, correndo todos os riscos físicos e emocionais. Com o passar do tempo, a definição de empreender evoluiu conforme a estrutura econômica mundial passava por transformações, tornando-se mais complexa. Desde seu inicio, na Idade Média, o termo foi usado para se fazer referência às ocupações especificas, a noção de empreender foi refinada e ampliada, passando a incluir conceitos relacionados com a pessoa, uma vez que, era relacionado com a ocupação (DORNELAS, 2005; DOLABELA, 1999). 31 Isto tem ocasionado certa confusão de definições, pois muitas pessoas têm considerado o empreendedorismo como sendo sinônimo do ato de abrir empresas. Conceitos mais abrangentes mostram que o empreendedorismo vai além do ato de abrir novas empresas e que pode estar relacionado a vários tipos de organizações, em vários estágios de desenvolvimento. O ato de empreender está relacionado à identificação, análise e implementação de oportunidades de negócio, tendo como principal objetivo à inovação e a criação de valor. Isto pode acontecer através da criação de novas empresas, mas também ocorre em empresas já estabelecidas, organizações com enfoque social, entidades de natureza governamental entre outros. Para se destacar num mercado cada vez mais competidor, segundo Drucker, considerado “o pai da administração moderna”, os empreendedores não devem se limitar aos seus próprios talentos pessoais e intelectuais para levar a cabo o ato de empreender, mas mobilizar recursos externos, valorizando a interdisciplinaridade do conhecimento e da experiência, para alcançar seus objetivos. Trata-se de um dos paradoxos da gestão, pois para que uma organização se mantenha sustentável, deve constantemente promover a mudança. Em uma boa parte das vezes as empresas procuram promover pequenas mudanças, cujo somatório permite manter-se à frente dos concorrentes. Essa sutil alteração é obra do trabalho dos empreendedores que se encontram nas organizações. No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante a abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos e de confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país precisou mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que se modernizar para poder competir e voltar a crescer. O governo deu início a uma série de reformas, controlando a inflação e ajustando a economia, em poucos anos o País ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia voltou a crescer. Só no ano 2000, surgiu um milhão de novos postos de trabalho. Investidores de outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações aumentaram. Juntas essas empresas empregam cerca de 40 milhões de 32 trabalhadores. Segundo Dornelas (2005), o processo empreendedor envolve todas as funções, ações e atividades integradas com a percepção de oportunidades e a criação de meios para perseguilas. O estimulo que impulsiona o empresário ao sucesso é, sem dúvida, à vontade de enfrentar o desafio de abrir o próprio negócio. Mas em conjunto a essa vontade, tem que haver disposição para aprimorar conhecimentos e, para desenvolver comportamentos adequados a empreendedores bem sucedidos. E na busca de se tornar um bom empreendedor segundo Dornelas (2005) é essencial que possuam algumas habilidades classificadas em três áreas: técnicas, gerenciais e características pessoais. As habilidades técnicas envolvem saber escrever, saber ouvir as pessoas e captar informações, ser um bom orador, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe. As habilidades gerenciais incluem as áreas envolvidas na criação, desenvolvimento e gerenciamento de uma nova empresa: marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, controle das ações da empresa e ser um bom negociador. As características pessoais incluem ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser orientado a mudanças, ser persistente e ser um líder visionário. O autor complementa que onde existe esse talento, há a oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver novos negócios. Mas talento sem idéias é como uma semente sem água. Quando o talento é somado à tecnologia e as pessoas têm boas idéias viáveis, o processo empreendedor está na iminência de ocorrer. Schumpeter (1949, apud DORNELAS, 2005) tem uma abordagem diferente, para esse autor, o empreendedor é aquele que quebra a ordem corrente e inova,criando mercado com uma oportunidade identificada. O autor refere-se ao empreendedor como aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais e pode ser conhecido ainda como aquele que cria novos negócios, mas pode também inovar dentro de negócios já existentes; ou seja, é possível ser empreendedor dentro de empresas já constituídas. Contudo, ambos são enfáticos em afirmar que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe 33 que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta. Com a idéia de negócio bem definida o empreendedor, segundo Dornelas (2005) começa a passar por algumas fases até o momento de gerenciar sua empresa criada, que se denomina processo empreendedor. O autor conclui que a primeira fase é quando o empreendedor já tem definido qual será seu tipo de negócio; na segunda, será desenvolvido o plano de negócio propriamente dito; na terceira buscam-se recursos que são necessários para o desenvolvimento de sua empresa (capital pessoal, financiamento com entidades financeiras, incubadoras e outros) e finalmente na quarta fase é feita a caracterização da empresa de acordo com o modelo de gestão adotado e que vise minimizar os problemas e identificar prioridades na implementação das ações visando sempre o sucesso do negócio. Pode-se concluir com isso que o empreendedorismo é um conjunto de experiências vividas e adquiridas que somadas fazem que o empreendedor seja uma ferramenta tão especial para o sucesso do negócio. A análise realizada pelo empreendedor vai além do foco de visão de administradores não empreendedores, torna-se possível então, observar oportunidades e também os riscos existentes, que poderiam ser simplesmente ignorados, comprometendo a criação, a sobrevivência e o êxito da organização. 2.3 Planejamento Planejar é ordenar as idéias, priorizando os objetivos da empresa, estabelecendo o como e o quando serão alcançados. Identificamos onde estamos e onde queremos chegar, desenvolvendo um plano de ações para atingir as metas almejadas. Sendo o planejamento o primeiro item a trilhar, Megginson, Mosley e Pietri (1998, p. 18) ressaltam que “todas as outras funções dependem desta, pois não serão bem-sucedidas sem um planejamento e uma tomada de decisão adequada, completa e contínua”. Faz parte desta função, checar e corrigir o desenvolvimento das ações propostas, para chegar ao término do prazo com os objetivos plenamente atingidos. Dedicamos mais tempo a planejar para evitar problemas na fase de execução. Montana e Charnov (2003) ressaltam a importância do planejamento no dia-a-dia dos gerentes. Um bom plano de ação permite analisar os problemas, corrigir rotas minimizando 34 erros que possam comprometer a execução do projeto. O planejamento estratégico é um comportamento proativo, facilita a filosofia de administração da organização, além de ser um processo viável, permite a identificação das oportunidades e ameaças que possam surgir no ambiente atual e futuro. De acordo com Oliveira (1993, p. 36): Planejamento estratégico é a metodologia gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela empresa, visando maior grau de interações com o ambiente. Cita também a organização estratégica como sendo alocação dos recursos da empresa para interagir ativamente com as realidades e cenários ambientais. Independentemente do modelo de planejamento estratégico adotado, algumas características são comuns a maior parte das metodologias existentes. Entre os autores, há um consenso que o planejamento estratégico de uma empresa deve conter pelo menos seis etapas distintas: definição de um grupo patrocinador que identifique e exponha suas expectativas; análise dos aspectos internos à empresa; análise do ambiente que influi na empresa; estabelecimento de metas e objetivos; formulação de projetos ou planos; e avaliação e controle do plano. Os autos apresentam quatro tipos de metodologias de autores nacionais (OLIVEIRA, 2001; RASMUSSEM, 1990; VASCONCELOS FILHO, 1983 e ALMEIDA, 2001), em que identifica as seis etapas mínimas descritas anteriormente. Segundo Almeida, (2001), ao discursar sobre o seu processo de estabelecimento a estratégia alerta para o fato de que existem muitas outras formas de se desenvolver o planejamento estratégico, segundo a visão de outros autores e de essas outras formas também conduzem ao estabelecimento da estratégia. Conforme descrito por Terence (2002), quando discursa as metodologias de planejamento estratégico ressalta que a vasta literatura sobre planejamento estratégico apresenta diversas abordagens com muitos pontos em comuns e pequenas variações. Para melhor entendimento da metodologia de planejamento estratégico, segue-se aqui o modelo apresentado por (OLIVEIRA, 1991), explicando de forma geral as fases da metodologia de elaboração e implementação do planejamento estratégico como uma ferramenta de melhoria no processo. O auto parte da premissa da metodologia onde primeiramente se define em termos da empresa como um todo ”como se está” e depois 35 estabelece “aonde se quer chegar”. Segundo Oliveira (2007, p.34), o planejamento pode ser conceituado como um processo, considerado os aspectos desenvolvidos de modo eficiente, eficaz e efetivo, para o alcance da situação desejada. “O processo de planejar envolve, portanto, um modo de pensar, em um salutar modo de pensar envolve indagações; e indagações envolvem questionamentos sobre o que fazer, como, quando, quanto, para quem, por que, por quem e onde.” (OLIVEIRA, 2001, p. 35) De acordo com Farias (1997, p. 72), “o planejamento é considerado como uma função Primordial a ser desempenhado dentro da empresa, ele determina os objetivos e os tipos de controle necessários”. Afirma ainda o autor que sem o planejamento de suas ações, as empresas, diminuem as incertezas e as modificações, concentrando sua atenção nos objetivos. Mesmo porque não existe um modelo ou formula de se planejar. É preciso que os administrados formulem ações e decisões futuras, estando preparado para se adaptar as mudanças. Farias (1997) cita algumas características do planejamento como, permanente e continuo, estar sempre voltado para o futuro, visa à racionalidade e à tomada de decisões, considera a empresa como um todo (sistêmico), seleciona dentre as diversidades alternativas a mais adequada e aloca recursos. 2.4 Plano de Negócio O plano de negócio é um documento escrito que tem o objetivo de estruturar as principais idéias e opções que o empreendedor deverá avaliar para determinar quanto à viabilidade da empresa a ser criada (PEREIRA 1995). O plano de negócio, de acordo com Dornelas (2005), surgiu nos anos 90, por exigência dos setores de desenvolvimento de software. Entretanto, sua popularização se estendeu em prol do empreendedorismo, no fim da década. Um plano de negócio é um resumo escrito do que você espera conseguir em seu negócio e como pretende atingir este objetivo. Ele deve conter metas e objetivos claros, com uma explicação de como você pretende administrar seus recursos, ou seja, suas instalações, equipamentos e funcionários, bem como, suas finanças, para atingir estas metas e objetivos. (STONE, 2001, p. 3) Surgindo o Plano de Negócio como uma ferramenta indispensável no mundo dos negócios, veio para diminuir os riscos existentes e ampliar o uso das oportunidades. Com essa 36 ferramenta o gestor consegue fazer um feedback, pois ele tem a situação atual e o passado da empresa, um olhar sobre o mercado, concorrentes e outros elementos que compõem o cenário de uma organização. Uma boa idéia para um negócio é essencial para o sucesso, mas não basta. É preciso um bom Plano de Negócios para que se possa transformar uma idéia ou oportunidade em um bom negócio. Um Plano de Negócios pode ser elaborado para análise dos sócios, investidores, empregados, parceiros, mercado ou público em geral. O objetivo do Plano de Negócios é retratar a empresa e o negócio que se pretende empreender. Ele deve conter a descrição dos seus produtos ou serviços, do mercado-alvo e da competição, a estrutura organizacional e o pessoal necessário, os orçamentos e as demonstrações financeiras para os cenários idealizados. (SALIM. et al, 2001, p. 49) O Plano de Negócios passa a ser crucial para o sucesso da empresa, pois fica mais fácil administrar com um caminho planejado e, da mesma forma, corrigir os rumos caso haja desvios do planejado ou erros de avaliação. Outro conceito de Plano de negócio é que: É uma linguagem para descrever de forma completa o que é ou o que pretende ser uma empresa. Esta é a avaliação da idéia, a análise de sua viabilidade como negócio. Ele emula forma de percepção e apreensão da realidade utilizada pelo empreendedor. (DOLABELA, 1999, p.127). Com uma boa estrutura de Plano de negócio, permite identificar os riscos e propor planos para minimizá-los ou até mesmo evitá-los, levantar pontos fortes e fracos e definir uma estratégia de marketing para os produtos e serviços. Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE-SP com empresas criadas no período de 1997 a 2001, que foi divulgada no final de 2003 revela que os fatores de mortalidade das empresas nacionais se dão principalmente por: (1) falta de planejamento, (2) deficiências de gestão (gerenciamento do fluxo de caixa, vendas/comercialização, desenvolvimento de produto), (3) políticas de apoio insuficientes, (4) conjuntura econômica e (5) fatores pessoais (problemas de saúde, criminalidade e sucessão). Dornelas (2005) alerta que o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas (MPE) brasileiras, nos primeiros anos de existência, atingindo percentuais próximos aos 70% ou mais, o que tem sido motivo de discussões na sociedade. Neste sentido, o plano de negócio é parte essencial do processo empreendedor, é necessário que os empreendedores saibam 37 planejar suas ações, traçar estratégias em empresas a serem criadas ou que estão em crescimento. Pode ser usado por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador. As oportunidades geralmente são únicas e não podem ser desperdiçadas. O administrador deve ter o seu plano de negócios como seu cartão de visita, sempre a mão e elaborado de maneira primorosa e cuidadosamente revisado. Dornelas (2005, p. 43) descreve as fases do processo empreendedor como: identificar e avaliar a oportunidade; desenvolver o plano de negócios; determinar e captar os recursos necessários e gerenciar a empresa criada. Aparentemente, Micros e Pequenas Empresas existentes não têm muita influência na vida de um País, porém a participação dessas no comércio, nos serviços, na indústria, na geração de novos negócios, empregos e renda superam participação das médias e grandes empresas. Micros e Pequenas Empresas enfrentam diversos problemas, tais como: carga tributária elevada, inadimplência dos clientes, burocracia, despesas com aluguéis, falta de máquinas e equipamentos adequados, taxa de juros elevadas, falta de capital, concorrência de outras empresas, entre outros. Estas dificuldades muitas vezes são superadas quando estas empresas formam as associações. Segundo Sabino (2007), micro e pequenas empresas são o resultado de uma política de desburocratização, iniciada em 79 pelo governo brasileiro. Para a autora, grandes oportunidades surgiram para elas com a abertura do mercado na década de 90 quando grandes empresas estrangeiras se instalaram aqui e passaram a terceirizar parte de sua produção com outros pequenos empreendimentos especializados. Estudos realizados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), entre os anos de 2000 e 2002, demonstram que a vida das micro e pequenas empresas brasileiras eram curtas. Metade delas fechava suas portas antes de completar dois anos. Seus empreendedores apontaram como as principais razões desse resultado eram: a falta de capital de giro, como o principal problema; creditaram aos impostos elevados; a falta de clientes; a grande concorrência. É preciso reconhecer que as Micro e Pequenas Empresas são grandes propulsoras do 38 desenvolvimento social e econômico desse país, e também, que é necessário propiciar mecanismos e políticas de suporte para o sólido e crescente estabelecimento dessas organizações (SABINO, 2007). Essas organizações apresentam, geralmente, facilidades de entrada no mercado como propriedade e operações independentes, escopo de operações definidas, não dominam o seu campo de atuação. Em relação ao mercado, seu tamanho é pequeno e o capital financeiro de investimento é pequeno. Neste contexto, o principal objetivo do plano de negócio é orientar o empreendedor com relação às decisões estratégicas antes de iniciar o empreendimento. Também possibilitará avaliar a viabilidade da implantação da sua idéia de empresa. Neste sentido, caso o negócio seja inviável o empreendedor chegará a esta conclusão na teoria e não na prática, não colocando em risco o capital disponível para o empreendimento. Sendo viável, o empreendedor o utilizará para analisar potencias sócios, possíveis investidores, assessores, como advogados e contador, e também como ferramenta para tomadas de decisões em sua empresa já constituída e consolidada. 2.5 Estrutura de plano de negócio A maioria dos planos de negócio consiste em textos elaborados sobre um predeterminado que não convence o próprio empreendedor, deixando-o com uma imagem de que o plano não serve para nada sendo ineficiente. Mas orienta que o plano de negócio é o cartão de visita do empreendedor, mas que pode ser seu cartão de desqualificação, segundo Dornelas (2005) Ainda salienta que na elaboração de um plano de negócio não há uma estrutura rigorosa e especifica para que se escreva, pois cada negócio tem suas particularidades, sendo impossível ter um modelo padrão no mundo todo, mas é imprescindível que qualquer plano de negócio tenha no mínimo seções que propiciem um entendimento completo do negócio em questão. Cada uma das seções tem um propósito especifico, as seções que compõem um plano de negócio geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento. Conforme o autor, um plano de negócio para uma pequena empresa pode ser menos que o de uma grande 39 organização, sendo assim pode conter seções mais curtas e em outras maiores. Mas para se chegar ao formato final na maioria das vezes são feitas muitas alterações do plano de negócio até que esteja adequado. Geralmente os planos de negócios possuem suas estruturas com similaridades entre si, onde compete ao empreendedor escolher a que melhor se adapte ao seu negócio. Nos planos de negócios existem as estruturas que normalmente são apresentadas a definição do negócio, os aspectos mercadológicos, operacionais, legais e financeiros da empresa. Segundo Dolabela (1999) e Dornelas (2005) devem conter para um bom plano de negócio no mínimo os seguintes itens: capa, sumário executivo, pesquisa e análise de mercado, descrição da empresa, estrutura da empresa, equipe gerencial, plano operacional, plano de marketing, plano financeiro, apêndices e anexos. Conforme Dornelas (2005), as seções são organizadas de forma a manter uma seqüência coerente que permita a qualquer leitor do plano entender como a empresa é constituída, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e sua situação financeira. Plano de negócio como em qualquer outro planejamento também precisa seguir alguns passos, eles podem ter algumas modificações, de acordo com o tamanho da empresa e com o ramo de atividade, mas o formato mais comum está apresentado na tabela a seguir por Dolabela (1999) e Dornelas (2005). 40 1 Sumário executivo 1. Capa 1.1. Enunciado do projeto 1.2. Competência dos responsáveis 2. Sumário 1.3. Os produtos e a tecnologia 1.4. O mercado potencial 3. Sumário executivo estendido 1.5. Elementos de diferenciação 3.1. Declaração de visão 1.6. Previsão de vendas 3.2. Declaração de missão 1.7. Rentabilidade e projeções financeiras 3.3. Propósitos gerais específicos do negócio, objetivos e metas 1.8. Necessidades de financiamento 3.4. Estratégia de marketing 2 A empresa 2.1. A missão 2.2. Os objetivos da empresa Situação planejada desejada O Foco 2.3. Estrutura organizacional e legal Descrição legal Estrutura funcional, diretoria, gerencia e staff 3.5. Processo de produção 3.6. Equipe gerencial 3.7. Investimentos e retornos financeiros 4. Produtos e serviços 4.1. Descrição dos produtos e serviços 4.2. Previsão de lançamentos de produtos e serviços 5. Análise da industria 5.1. Análise do setor 2.4. Síntese das responsabilidades da equipe dirigente 5.2. Definição do nicho de mercado 2.5. Plano de operações 5.3. Análise da concorrência Administração Comercial 5.4. Diferenciais competitivos 6. Plano de marketing Controle de qualidade 6.1. Estratégia de marketing (preço, produto, promoção) Terceirização 6.2. Canais de vendas distribuição Sistema de gestão 2.6. As parcerias 3 O plano de marketing 3.1. Análise de mercado 6.3. Projeção de vendas 7. Plano operacional 7.1. Análise das instalações 7.2. Equipamentos e maquinas necessárias O setor 7.3. Funcionários e insumos necessários O tamanho do mercado 7.4. Processo de produção Oportunidades e ameaças A clientela 7.5. Terceirização 8. Estrutura da empresa Segmentação 8.1. Estrutura organizacional A concorrência 8.2. Acessórias externas (jurídica, contábil, etc.) Fornecedores 3.2. Estratégias de marketing 8.3. Equipe de gestão 9. Plano financeiro O produto 9.1. Balanço patrimonial A tecnologia, ciclo de vida 9.2. Demonstrativo de resultado Vantagens competitivas Planos de pesquisa e desenvolvimentos 9.3. Fluxo de caixa 10. Anexos Preços Distribuição Promoção e propaganda Serviços ao cliente (de venda e pós-venda) Relacionamento com os clientes 4 Plano financeiro 4.1. Investimento inicial 4.2. Projeção dos resultados 4.3. Projeção de fluxo de caixa 4.4. Projeção de balanço 4.5. Ponto de equilíbrio 4.6. Análise de investimento Tempo de retorna do investimento – playback Taxa interna de retorno Valor atual liquido DOLABELA, Fernando DORNELAS, José Carlos Assis Quadro 1: Metodologia para plano de negócio Fonte: Adaptado de Dolabela (1999) e Dornelas (2005) 41 Conforme as metodologias de plano de negócio apresentadas pelos autores acima, observou-se pouca diferença quanto à forma de elaboração do plano de negócio, pela característica do projeto, será utilizado no trabalho o modelo de negócio elaborado por Fernando Dolabela. O modelo de Dolabela (1999) é o complexo para aplicar no plano de negócio, proposto, embora cada etapa apresentada neste plano de negócio seja importante conduzir com a estrutura do empreendedor. 2.5.1 Sumário Executivo Sumário executivo é a principal seção e subseção do plano de negócio e o local que o leitor identificará e irá localizar suas principais informações de maior interesse rapidamente. Deve ser elaborado de forma organizada com o objetivo de causar a melhor impressão possível. (DORNELAS, 2005) Conforme Degen (1989, p.187) é onde se expõe o seu objetivo em atrair o leitor expondo os principais aspectos do novo negócio, podendo ser usado separadamente do resto do plano de negócio. 2.5.2 A empresa Está seção como plano de negócio destaca-se a apresentação de um breve resumo da empresa, seu status atual, apresentando o porquê da sua criação, qual é o propósito, produto ou serviços oferecidos, qual o seu modelo de negócio, como se desenvolverá e quais seus diferenciais. A definição do plano de negócio para criação da empresa molda seu funcionamento, mostrando o que ela faz e como ela é formada, em quais aspectos legais a empresa se adéqua, como é constituída sua composição de sócios, como será sua gestão e o plano de operações. A criação da empresa está sendo implantada para que o empreendedor possa verificar a sua expectativa para este negócio, a busca por satisfazer suas necessidades é grande, pois analisou que o mercado está em constante crescimento, e verificando que a cidade necessita 42 de mais serviços desta natureza, foi um dos pontos que fez a empresa ser criada. 2.5.2.1 A missão A missão da empresa é que expressa o papel que irá desempenhar no ambiente que está inserida, representando a identidade da empresa. É a razão de ser da empresa, procurando determinar seu negócio e por que ele existe. Está realizada aos propósitos maiores que norteiam os esforços da empresa em longo prazo. Oliveira (2007, p. 107) afirma que a missão é uma razão de ser da empresa, onde a empresa busca determinar qual o negócio da empresa, por que ela existe, focando em que tipo de atividade a empresa deverá concentrar-se no futuro. Missão busca traduzir para a empresa as suas crenças e valores de sua filosofia empresarial. A elaboração da missão segundo Oliveira (2007) é importante que seja estabelecido o propósito que a empresa irá fazer para cumprir a sua missão, e como ela atuará no mercado atuante futuramente. 2.5.2.2 Objetivos da empresa Os objetivos da empresa devem ser claros para que os funcionários consigam identificar quais são e focalizar em suas metas. Segundo Oliveira (2007, p. 141), a definição de objetivo como sendo “o alvo ou ponto quantificado, com prazo de realização e responsável estabelecido, que se pretende alcançar através de esforços extra”. Não deixando de lado as metas que representam cada etapa que será realizada para alcançar os objetivos que a empresa estipulou. O autor ainda completa que o objetivo pode ser de âmbito geral ou especifico em um setor da empresa, como por exemplo, administrar pessoas, financeiros, vendas, planejamento entre outros. 2.5.2.3 Visão A visão traduz em poucas palavras o futuro da empresa, na ética dos acionistas e diretores, mostrando para onde a empresa esta se dirigindo dentro de um longo período de 43 tempo. De acordo com Oliveira (2001, p 88) “é conceituada da seguinte forma: articulações de uma empresa a respeito de seu futuro; clara e permanente demonstração para comunidade, de natureza e da essência da empresa em termos de seus propósitos”. A visão quando não é percebida na organização torna-se prejudicial, desorientando seus funcionários e membros quanto às prioridades que a empresa tem em seu ambiente, que às vezes é completamente competitiva e incerta. Conforme Chiavenato (2004, p. 225) diz que a visão somente é atingida quando todos dentro da organização e não apenas alguns membros ou funcionários dela trabalham em conjunto e em consonância para que isso aconteça efetivamente e naturalmente. O empreendedor precisa determinar uma visão para que seu negócio seja bem gerenciado e traga diferencia para seu negócio, melhorando o futuro. O que ajuda na empresa do futuro é o empreendedor ter uma visão clara de como a empresa tem que ser sua imagem e qual o sonho quer se realizar, o empreendedor precisa estabelecer objetivos, metas e indicadores que possam ser mensurados, sabendo assim se o que idealizou está ao seu alcance. 2.5.3 Plano de marketing Segundo Kotler e Keller (2006), o plano de marketing constitui em um documento escrito que descreve de maneira resumida sobre o mercado e como a empresa planeja atingir os objetivos descritos. Para os autores ainda afirmam que o plano de marketing está se tornando mais direcionado ao cliente e aos concorrentes e são mais realistas do que era visto no passado. O plano de marketing é fundamental para a definição de estratégias e no alcance dos objetivos do trabalho. Conforme com Kotler (1998, p. 27), o marketing é “um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”. Continuando com Kotler (1998) afirma que está definição de marketing baseia-se em vários conceitos centrais, um deles é o produto que se estende como bens, serviços e idéias, demonstrados conforme este trabalho sugere. O marketing é o principal fator da divulgação e do transporte do conhecimento de 44 um negócio ou empreendimento no mercado. A propaganda consagrou-se como um meio capaz de trazer promoção ao negócio “a propaganda é a alma do negócio” em uma função de sua versatilidade, objetivamente e foco. Através da propaganda você pode dizer o que quiser, quando quiser e para quem quiser. Conforme Dolabela (1999), para ser formado um plano de marketing é necessário uma análise de mercado, orientada pelos clientes, concorrentes, fornecedores buscando o ambiente que irá ser operado, e é através da estratégia de marketing que a empresa faz o planejamento de como será oferecido seus produtos no mercado, visando torná-lo em um grande potencial de sucesso. O plano de marketing identifica as oportunidades de negócio mais vantajosas para a empresa. Traceja como se infiltrar em mercados identificados, e como conquistar, também para se manter na posição no mercado. Plano de marketing é demonstrado pela empresa como ela está no mercado e como alcançar melhores posições. Também são estabelecidos os objetivos da empresa dentro do plano, como alcançá-los, delimitando as melhores estratégias. (DOLABELA, 1999) Conforme Araujo (2006), “o plano de marketing é uma peça destinada a resumir a avaliação da situação atual de marketing, no plano interno e externo da empresa e projetar ações futuras, visando seu desenvolvimento.” No entanto, através do plano de marketing realizado na empresa é possível obter uma visão mais clara sobre o interno e externo da empresa e com isso, ver quais serão as medidas a serem tomadas para o desenvolvimento futuro da empresa. Caracterizando plano de marketing Pavani, Deustcher e Lópes (2000, p. 61), “o plano de marketing é uma maneira estruturada de uma empresa ofertar seus produtos no mercado.” A frase determina que a estratégia de uma empresa é fundamental para que seja lançado seu produto de maneira correta e abrangendo um determinado publico, mantendo seu produto visualmente conhecido pelo seu consumidor. O plano de marketing é fundamental para que o empreendedor tenha seu produto visto pelos consumidores, sendo assim aceito no mercado. O plano de marketing constitui elemento significativo no plano de negócio, devido ao envolvimento no processo que, conforme Kotler (2000, p. 108) “[...] consiste em analisar oportunidades de marketing, pesquisando e selecionando mercados alvo, delineando 45 estratégias, planejando programas e organizando, implementando e controlando o esforço de marketing”. Conforme Dornelas (2005, p. 150) informa que é importante para empresa “[...] adotar estratégias especificas, atuando sobre o composto de marketing, de forma a obter melhor resultado sobre seus competidores”. O autor comenta que a projeção de vendas está diretamente ligada à estratégia de marketing, pois dependendo de como o produto for posicionado no mercado, assim terá que ser elaborada a sua política de preços, as promoções e os canais de vendas que serão utilizados. A participação do marketing está ligada diretamente nos negócios da empresa, pois sua função é a de identificar as necessidades dos clientes, criar produtos ou serviços para satisfazer essas necessidades e disponibilizá-los no mercado, de forma lucrativa. Para Kotler (2000, p. 28) “marketing é o processo social por meio do qual as pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. O plano de marketing consiste em analisar as oportunidades de marketing, selecionando os consumidores alvos, desenvolvendo mix de marketing, e administrar o esforço de marketing. Segundo Kotler e Armstrong (1999), para satisfazer os consumidores alvo, a empresa precisa conhecer suas necessidades e desejos. Como é de conhecimento de muitas pessoas, as empresas não conseguem satisfazer todos seus clientes, com isso o foco dos seus clientes deve ser escolhido com seus segmentos e planejando a estratégia que irá servir o seguimento escolhido, conquistando os clientes e superando seus concorrentes. 2.5.3.1 Análise de mercado A análise de mercado incorporada ao plano de negócio cria um ambiente mais seguro ao empreendedor, devido o que demonstra as variáveis do mercado. E, desta forma, o empreendedor fica ciente que o plano de negócio está baseado em estudo e não em “achismo”. (SALIM et al, 2001, p. 81) Segundo Salim et al, (2001, p. 85) apresentam um conceito sobre análise de mercado que elucida de forma clara o assunto em questão: “[...] uma pesquisa de mercado consiste em conseguir determinar características do mercado, suas expectativas, necessidades, aceitação 46 ou rejeição de alguma idéia, produto ou pessoa, através de um produto ou processo de consulta de uma amostra desse mercado” Ainda sustenta a análise que o mercado pode oferecer uma visão clara sobre o mercado onde a empresa pretende ingressar, e qual a maneira mais adequada de fazer este ingresso. A análise também pode proporcionar aos investidores, mais subsídios para que os mesmos tomem a melhor decisão em ingressar no mercado ou não. O SEBRAE informa que “a análise de mercado é a parte mais importante do plano de negócio, principalmente pela análise da clientela, pois a razão de qualquer negócio são os clientes.” Para ele, os clientes são a parte mais importante do negócio e para tanto a análise do mercado é parte fundamental do plano de negócio, pois é nele que os futuros clientes são estudados com maior profundidade. Segundo Dornelas (2005), a análise de mercado é considerada por muitos empreendedores a parte mais importante e mais difícil na elaboração do plano de negócio, alem do dimensionamento ou tamanho do mercado trata da abordagem da empresa com seu mercado consumidor, procurando se diferenciar da concorrência, conquistando mais clientes, mas para tanto é fundamental importância que o empreendedor conheça bem o ambiente onde irá atuar, para que então seja estabelecida uma boa estratégia de marketing. 2.5.3.2 Análise Externa Nesta etapa serão verificadas as ameaças e as oportunidades que estão dentro do ambiente da empresa, as melhores maneiras em se evitar e usufruir destas situações, e como tratar a posição atual dos produtos versus mercado. Oliveira (2001) fala que as organizações devem olhar para fora de si, para o ambiente onde estão as oportunidades e as ameaças. Conforme Oliveira (2001, p.70) “devem-se considerar como oportunidades da empresa, situações que está realmente tem condições ou interesse de usufruir. Do contrario, a situação pode tornar-se uma ameaça”. O ambiente da empresa pode ser também indireto, macro-ambiente ou ambiente conceitual e também ambiente direto ou operacional. Segundo Dornelas (2005), geralmente a empresa precisa monitorar as forças macro ambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e os atores micro ambientais importantes (consumidores, concorrentes, fornecedores) que afetam 47 sua habilidade de obter lucro. A empresa deve estar preparada para rastrear tendências e desenvolvimentos importantes. Para casa tendência ou desenvolvimento, a administração precisa identificar as oportunidades que contem e as ameaças que estão associadas. Com base na avaliação de cenários macro ambientais e micro ambientais a análise externa é elaborada com os principais cenários a seguir: Cenário político-legal – analisar as políticas monetária, tributária, de distribuição de renda, relações internacionais, privatização, entre outras. Cenário econômico – dever ser analisado as tendências quanto às taxas de juros, de inflação, mercado de capitais, níveis de distribuição de renda e etc. Ecologia - os movimentos ecológicos, principalmente por parte das organizações não-governamentais e a legislação pertinente podem fazer reflexos positivos e negativos para as empresas. Cenário demográfico – alguns aspectos do cenário demográfico podem auxiliar na definição dos objetos da empresa, podem-se destacar os seguintes: os índices de natalidade e mortalidade, a densidade demográfica, a expectativa de vida da população e entre outros. Cenário tecnológico – o avanço tecnológico muito tem influenciado nas mudanças estruturais e conjunturais verificadas nas empresas nos últimos \anos. Por isso, deve-se estar alento quanto à aquisição de tecnologia no país, ao desenvolvimento tecnológico do país, a proteção de marca e patentes, aos investimentos em pesquisa e ao nível de incentivo do governo à pesquisa. Concorrência – os constantes movimentos dos concorrentes devem ser analisados a fim de serem identificadas as vantagens competitivas dos concorrentes e da própria empresa. Neste item, evidencia-se a necessidade de uma avaliação na qualidade das informações disponíveis, pois a análise pode elevar o nível de risco das estratégias a serem adotadas pela empresa. Fornecedores – devem ser analisados, além do número de fornecedores da organização, a importância que o mesmo têm para a empresa e a importância que a empresa tem para eles. Também se deve analisar se os mesmos estão preparados para dar suporte ao desenvolvimento e as exigências da empresa. Consumidores – na análise dos consumidores deve ser estabelecido o perfil dos consumidores, precedendo ao levantamento de quem são os consumidores, onde estão 48 localizados, como pode ser alcançada, qual a renda média, como compram, quais são seus padrões de qualidade e entre outros. 2.5.3.3. Análise Interna Conforme Oliveira (2001), este tópico tem a função de analisar a parte interna onde a finalidade é colocar em evidencia as deficiências e qualidades da empresa, sendo assim os pontos fortes, fracos e neutros da empresa, definindo as necessidades com recursos necessários para que possam atingir seus objetivos. As variáveis internas e controláveis que compõem os pontos fortes proporcionam uma condição favorável para a empresa, em relação ao seu ambiente. Pontos fracos são as variáveis internas e controláveis que provocam uma situação desfavorável para a empresa, em relação com seu ambiente, um exemplo é a concentração de poucos fornecedores de matéria prima. Não semente os pontos fortes e fracos mais se devem considerar os pontos neutros, que são aqueles, em determinado momento ou situação, não estão sendo considerados em como deficiências nem como qualidades. A empresa deve fazer análise interna avaliando as principais funções da empresa de acordo com Oliveira (2001): Função de marketing (sistema de distribuição, produtos, pesquisa de mercado, força de vendas, novos produtos, propaganda). Função finanças (fluxo de caixa, relatórios e demonstrativos contábeis e financeiros, capacidade de investimento, índices de liquidez, índices de atividades, índices de lucratividade/rentabilidade). Função produção (instalação industrial, processo de produção, qualidade, pesquisa e desenvolvimento, suprimentos). Função recursos humanos (qual o índice de absenteísmo, qual a eficácia dos programas de recrutamento, seleção e admissão dos funcionários, qual eficácia do treinamento de pessoal, entre outros). A importância, portanto tem que se trabalhar com as três etapas, visão, análise externa e análise interna, de maneira interligada, onde este tratamento interativo é o que 49 caracteriza uma abordagem estratégica. Conforme Dornellas (2001), depois de identificados os pontos fortes e pontos fracos e analisadas as oportunidades e ameaças, pode-se obter a matriz SWOT (strengths, weaknesses, opportunities e threats / pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças). A matriz SWOT traça uma análise da situação atual do negócio e deve ser refeita regularmente, dependendo da velocidade com que o ambiente, o setor e a própria empresa mudam conforme apresentada na figura 1. Análise Interna Predominância de Análise Predominância Externa de Pontos Fracos Pontos Fortes Ameaças Sobrevivência Manutenção Oportunidades Crescimento Desenvolvimento Figura 1: Posturas Estratégicas da empresa Fonte: Oliveira (2007) A orientação da estratégica útil é o que a análise SWOT fornece. O bom senso é a melhor opção na parte dela. Primeiramente deve-se a análise SWOT fornece uma orientação estratégica útil. Grande parte dela é bom senso. Primeiro deve-se corrigir o que está errado. Em seguida, aproveitar ao máximo as oportunidades que foram identificadas no mercado. Só depois então, é que se pode prestar atenção a outros problemas e aéreas. De acordo com Dornellas (2001), a SWOT é uma ferramenta extremamente útil e deve ser utilizada continuamente com o objetivo de clarear o caminho a ser seguido e o que deve ser feito, resume-se em eliminar os pontos fracos em áreas onde se identificam oportunidades. 50 2.5.3.4 Estratégia de marketing Dentro do plano de marketing em que é muito importante dentro do plano de negócio, uma vez que descreve como os produtos ou serviços serão distribuídos, apresentados e promovidos, a estratégia pode ser definida como a ciência de planejar e dirigir operações em grande escala, especificamente no sentido de manobrar as forças para as mais vantajosas posições antes de agir. Em marketing errada pode destruir uma empresa ou produto antes mesmo de ser implementada, independente da qualidade do produto ou serviço da empresa ser de alta qualidade ou não (DORNELAS, 2005). Conforme Dornelas (2005) as estratégias de marketing determinam as formas e ações pra alcançar os objetivos formados, as estratégias de marketing se referem ao produto, preço, comunicação e distribuição, conhecidos como os 4 Ps, ou pela expressão em inglês: marketing mix. Caracterizando Dolabela (1999, p.186) define as seguintes informações dos 4 Ps; Produto: características físicas e funcionais do produto logomarca e embalagem, principais necessidades a serem supridas, principais diferencias do produto em relação à concorrência. Preço: preço mínimo, ideal, margem de contribuição e de lucro. Praça (canal de distribuição): locais de venda do produto, transporte e Promoção (comunicação): tipo de promoção, propaganda, mídia e entrega. freqüência e custo. Conforme Dornelas (2005, p. 148) destaca que a projeção de vendas da empresa esta ligada à estratégia de marketing estabelecida, pois irá depender de como o produto esta ou será posicionado no mercado, qual sua política e preço, as promoções e canais de venda que serão utilizados e também como o produto chegará ao cliente. Segundo Kotler e Keller (2006) existe um ciclo de vida (CPV) para o produto, como o mercado e os concorrentes também têm. Devem ser aceitos 4 fatos que acontecem e devem ser aceitos no ciclo de vida, são eles: Existe vida limitada para os produtos Os produtos atravessam estágios diferentes em suas vendas, cada qual 51 tem seus desafios, suas oportunidades e o vendedor têm problemas distintos também para venda do produto O ciclo de vida do produto em cadeia lucros que sobem e descem em diferentes estágios Existem estratégias diferentes dos produtos para o marketing, finanças, produção, compras e recursos para cada estagiam de seu ciclo de vida O produto tem seu ciclo de vida dividido em 4 estágios, seguindo por a introdução, o seu crescimento a sua maturidade o declínio. Existem outros três padrões para o ciclo de vida como, padrão de crescimento – queda – livre - maturidade, padrão de ciclo – novo ciclo e padrão escalonado. Esta variação com o ciclo de vida do produto auxilia o empreendedor a identificar qual a forma irá agir o produto ou mercado, sendo utilizado como planejamento e definição de estratégias e eficaz como ferramenta de precisão. A função do empreendedor, entretanto, é saber observar atentamente em qual estagio do ciclo de vida seus produtos se encontram, para aplicar a melhor medida adaptando ao momento. 2.5.4 Plano Financeiro No plano financeiro é onde o empreendedor deve iniciar fisicamente seu empreendimento, sendo assim toda sua estrutura. É onde será verificada a lucratividade do futuro empreendimento e qual o retorno financeiro do investimento. Está etapa é importante para o plano de negócio, pois será comprovado através dela que a viabilidade do negócio é favorável em termos financeiros. Dornelas (2005, p. 101) descreve que a secção de finanças deve apresentar em números todas as ações planejadas para empresa e as comprovações, através de projeções futuras (quando necessita de capital, quando e com que propósito) de sucesso do negócio, devendo conter demonstrativo de fluxo de caixa, com horizonte de pelo menos três anos; balanço patrimonial análise o ponto de equilíbrio; necessidade de investimento; demonstrativo de resultado. Segundo Dornelas (2005) afirma que o plano financeiro deve refletir em números 52 tudo que foi escrito dentro das cessões do plano, incluindo todos os gastos de investimentos, portanto é aconselhável que o empreendedor recorra a uma acessória contábil e financeira para auxiliando nesta tarefa, assim podendo adequar os dados financeiros com o plano de negócio. Segue os principais demonstrativos que serão demonstrados abaixo: Balanço patrimonial – que corresponde a com a posição financeira em determinado momento que a empresa passa, constituído pelo ativo, passivo e patrimônio liquido. Demonstrativo de resultado – é uma classificação ordenada e resumida das receitas e das despesas da empresa em determinado período. Demonstrativo de fluxo de caixa – é a principal ferramenta do planejamento financeiro, pois é a complicação dos dados de entrada e de saída, projetados no tempo. Essas demonstrações sugerem um planejamento de um determinado período, em que o investidor terá melhor análise de seu empreendimento. Conforme Dornelas (2005), o plano financeiro deve compor a parte mais difícil de escrever, onde reflete todos os números que foram escritos até então, nesta cessão abordados os investimentos, os gastos, despesas com vendas, pessoal, custos fixos e variáveis, projeções de venda, análise de rentabilidade etc. Nesta etapa o autor aconselha que o empreendedor busque auxilio de uma acessória contábil e financeira para melhor elaboração do plano. O empreendedor tem a necessidade em conhecer seu negócio, isso envolve os conceitos da administração financeira como desenvolver o plano para melhorar seu empreendimento, o papel que a empresa terá em seu desenvolvimento, buscando dentro do perfil de seus gestores e em si a tomada de decisão, tendo em vistas seus investimentos e créditos visando melhorar a organização que está se desenvolvendo e faturamento mínimo necessário para atingir o lucro operacional. Alguns pontos o empreendedor precisa efetuar como: A projeção de fluxo de caixa a previsão das entradas e saídas de caixa ao longo de um período determinado, visando orientar a gestão financeira da empresa. Projeção de demonstração de resultado, previsão do resultado ao longo de um período determinado, visando orientar a gestão econômica da empresa. Estimativa de capital de giro, a partir do fluxo de caixa, deve-se estimar o capital de 53 giro necessário ao funcionamento da empresa, abrangendo a gestão dos valores a receber e a pagar, bem como os estoques e provisões. Estrutura dos custos e formação do preço de venda, onde irá efetuar avaliação dos custos fixos e custos variáveis da empresa, o que possibilitará formar os preços dos produtos ou serviços e desenvolver controles gerenciais para mediação de custos e produtividade. Análise econômico-financeira do investimento, onde utilizaremos os seguintes indicadores tradicionais que permitem uma visão do negócio, considerando a tríade de exigências (liquidez, segurança e rentabilidade), entre os quais: - Tempo de Retorno do Investimento (Payback – PB): para análise da liquidez – em quanto tempo o investimento será recuperado; - Valor Atual Líquido (VAL): para análise da segurança de autofinanciamento possibilidade de o empreendimento gerar fluxo de caixa suficiente para pagar o investimento inicial; - Taxa Interna de retorno (TIR): para análise da rentabilidade do negócio. Taxa de retorno que o empreendimento deverá oferecer. Qualquer que seja o instrumento de análise é necessário conhecer um conjunto de variáveis que auxiliarão na análise econômico-financeira da opção de investimento de capital pretendida. Estas variáveis são: - Investimento liquido inicial (ILI): é representado pelo valor total de aquisição dos bens produtivos, incluindo-se todos os custos de instalação que porventura vierem a existir; - Entradas de caixa líquidas geradas pelo investimento (EC): são resultantes da diferença entre as receitas de vendas projetadas para o período analisado, menos os custos totais destas, incluindo-se os impostos a serem pagos; - Vida Útil do Projeto (VUP): é uma decisão voluntária, baseada na identificação do possível resultado econômico-financeiro do negócio. Mesmo que se imagine uma vida útil infinita, para fins de estudo, é necessário fixar um horizonte temporal, não muito distante, que permitirá efetuar as análises desejadas e verificar se os empreendimentos são economicamente viáveis. Normalmente, este período pode coincidir com o tempo de vida útil dos principais ativos produtivo a serem utilizados. Avaliação Econômico-Financeira do Plano – Ponto de equilíbrio é o volume de vendas mínimas para que a empresa não tenha prejuízos. 54 Ponto de Equilíbrio é igual ao custo fixo versus a receita total ou preço. Rentabilidade é o percentual que representa o quanto mensalmente rende o investimento total. R% = (Lucro Operacional) x 100 / Investimento fixo + Capital de Giro Retorno do Investimento representa quantos meses a empresa levará para pagar o investimento realizado. Retorno = Investimento Fixo + Capital de Giro / Lucro Operacional 2.5.4.1 Investimento Inicial Segundo Dolabela (1999), este ponto o investimento inicial irá corresponder ao custo que o empreendedor terá para iniciar fisicamente seu empreendimento, ou seja, toda sua estrutura. Estes investimentos iniciais contem três partes: as despesas pré operacionais, os gastos com a montagem do negócio, ou seja, os investimentos fixos os recursos necessário para por em funcionamento a empresa até gerar receita inicial de capital de giro. Abaixo segue um investimento inicial conforme site SEBRAE, onde identifica o valor inicial e as despesas com a criação do novo empreendimento. Conforme a estrutura do empreendimento, o valor estimado, para o empreendedor iniciar esse tipo de negócio, pode ficar em torno de: R$ 80.000,00, sendo R$ 39.000 (prateleiras planejadas, vitrines, decoração especial, balcão e ferramentas). Exigindo ainda para o empreendimento os seguintes propósitos: Área: loja de 40 m2, telefone, fax e computador, capital de giro: R$ 41.000, prazo de retorno: 24 meses. Investimento Inicial a. Descrição b. Investimento Fixo c. Capital de Giro C1. Estoque de produtos C2. Custos Fixos C3. Reserva de capital para suporte vendas a prazo Total Quadro2: Investimento inicial Fonte: Adaptado de Dolabela (1999) Valor (R$) 55 2.5.4.2 Formação de preço de vendas É fundamental que a formação do preço de venda seja planejada pela empresa para atingir seus resultados, devido o preço de venda gerar o retorno que o empreendedor deseja. A constituição do resultado financeiro e econômico é contribuída pela aplicação correta do preço de venda, assim ao adequar os preços corretamente será mais fácil competir com a concorrência. É determinante que o empreendedor conheça o mercado seus custos e seus consumidores para que seja eficiente e eficaz no mercado que é completamente competitivo. Para administrar preço de vendas, muitos empreendedores têm o conhecimento de que não basta saber o custo do produto e si saber a demanda do mercado, dos concorrentes saber os preços dos produtos, os preços de produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa, o seu planejamento estratégico na distribuição etc. A fixação de preço de vendas dependerá do mercado em que a empresa esta atuando, e qual o sistema que a empresa utiliza para seus custos buscando alinhamento com sua política de preços. (MARTINS, 2003) Segundo e Kotler e Keller (2006) possuem várias maneiras que o empreendedor pode usar a formulação do preço de vendas, sugerindo os seguintes métodos para determinação do preço: Preço de Mark-up: maneira mais comum de se determinar um preço, adicionando um markup padrão no custo do produto. Mark-up é um percentual obtido da relação entre as vendas e o custo de mercadoria vendida dentro de um mesmo período. O percentual de markup é geralmente aplicado no varejo para calcular o preço de venda. É importante lembrar que markup não é margem de lucro. O Mark-up é calculado da forma 100% - % despesas variáveis - % despesas fixas - % lucro liquido. O markup costuma ser maior em produtos cujas vendas são sazonais, cobrindo o risco que o produto ficará parado no estoque. Esta é uma das praticas mais comum, devida a facilidade de estimar os custos do que a demanda, assim as empresas vinculam os preços aos custos, sendo um método mais simplificado conforme os citados pelos autores. Determinação de preço de mercado: este método estabelece que a empresa estipule seus preços conforme os preços de seus concorrentes. Este método é muito difundido quando os custos são difíceis de serem medidos ou não tem como saber como é realizado pela concorrência, tornando-se uma boa solução, pois refletirá um consenso do setor. 56 2.5.4.3 Receitas Para projetar a receita deve-se primeiramente estabelecer um preço de venda do produto, que leve em consideração os preços praticados pelos concorrentes, sugeridos pelos revendedores, ou da percepção de valor que o consumidor tem do produto. Com tudo outro fator que deve ser observado são os custos, os quais vão viabilizar ou não a empresa mostrando se ela é capaz de gerar receitas liquidas atraentes para serem competitivas no mercado. (DOLABELA 1999) De acordo com Hoji (2007), a receita bruta de vendas corresponde à venda de produtos a vista ou a prazo deduzindo as vendas canceladas, abatimentos e impostos, já a receita liquida também correspondem às vendas dos produtos ou serviços da empresa, sejam eles a vista ou a prazo, descontando o custo dos produtos vendidos ou dos serviços prestados. Na demonstração do resultado do exercício é apresentado um fluxo de receitas e despesas, que se apresentam de maneira dedutiva, começando pela receita bruta e receita liquida de vendas. As receitas provem regulamente da produção programada multiplicando pelo preço de mercado do produto oferecido. A análise dos preços deve ser flexível para aceitar as diversas hipóteses de preços. Para a definição do preço o empreendedor deve realizar estudos de cenários, na qual será a base para a definição das estimativas de venda e preços a serem praticados. (CASAROTTO, 2002, p. 162) 2.5.4.4 Projeção de Resultados A projeção de resultado segundo Dolabela (1999) é usada para planejar e acompanhar o resultado alcançado da empresa, sendo assim, se ela terá lucro ou prejuízo, se sua receita será suficiente para cobrir os gastos da produção ou da administração, por fim, ela demonstra qual será o lucro liquido no empreendimento nos primeiros doze meses podendo contar a partir do primeiro mês de abertura do empreendimento apresentados no quadro 3. 57 Descrição RECEITA BRUTA DE VENDAS (-) Deduções Impostos RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS CUSTOS DO PERIODO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Administrativas Pessoal da Administração & Funcionários Alugueis, Condomínio e IPTU 6.2 Despesas de Vendas e Marketing 6.3 Despesas Gerais 6.4 Depreciação Acumulada 7 RESULTADO OPERACIONAL 8 Receitas Financeiras 9 Taxas/Juros de Financiamentos 10 RESULTADO TRIBUTAVÉL 11 (-) Impostos sobre lucro 12 LUCRO LÍQUIDO Mês 1 Mês 2 Mês 3 Total 1 2.1 3 4 5 6 6.1 Tabela 1: Projeções de Resultados Fonte: Adaptado de Dornelas O DRE é a demonstração do resultado do exercício, uma ferramenta contábil dinâmica que proporciona para o empreendedor visualizar o resultado líquido em um determinado período do exercício, feito através do confronto das receitas, custos e despesas. A demonstração do resultado do exercício apresenta uma síntese financeira dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Mesmo assim sendo elaborado para fins legais de divulgação, geralmente é feito mensalmente para o controle administrativo. 2.5.4.5 Projeção de fluxo de caixa Segundo Silva (2006) é importante onde constitui um instrumento de análise, proporcionando para o empreendedor identificar toda a circulação de dinheiro da empresa através da variação do caixa. Como o autor ressalta que na atualidade as transações já não envolvem tanto o caixa propriamente dito, já que os pagamentos e os recebimentos podem ocorrer via internet, por meio da transferência eletrônica, sem precisar transitar no caixa na forma contábil desta conta. Segundo Pinto (2006), a administração de caixa visa manter uma liquidez necessária para suportar as atividades de uma empresa, para tanto, existe a necessidade que o 58 administrador leve em consideração cuidados para administrar o ativo disponível são eles: Aceleração do processo de recebimento; Controle nos pagamentos; Estabelecimento de saldo mínimo de caixa que dependerá da necessidade de caixa para transação e da eficiência da administração de caixa; Existência de planejamento e controle financeiro. Conforme Pinto (2006) destaca o fluxo do caixa projetado tem como objetivo fundamental a projeção das entradas e das saídas com recursos financeiros para um determinado período de tempo, projetando de forma a necessidade da empresa em captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa em negócios mais rentáveis. Este termo fluxo de caixa é determinado pela expressão inglesa de Cash Flow (fluxo de numerários) sendo também utilizadas outras denominações como: Orçamento de Caixa, Demonstrativo de Origens e Aplicações de Recursos e Quadros de Fontes e Usos dos Recursos. É uma ferramenta que permite auxiliar na tomada de decisão permitindo que o controle seja efetivo em determinadas questões empresariais. Descrição 1 TOTAL DE ENTRADAS 1.1 Receitas de Vendas / Serviços 1.2 Receitas Financeiras 1.3 Empréstimos 1.4 Outras Receitas 1.5 Capital Próprio Investido na Empresa 2 TOTAL DE SAÍDAS 2.1 DESPESAS com AQUISIÇÃO de PRODUTOS 2.1.1 Compras 2.2 DESPESAS com PESSOAL 2.2.1 Pessoal da manutenção 2.2.2 Pessoal do Balcão 2.2.3 Pessoal Administração e Apoio 2.2.4 Encargos Sociais 2.3 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2.4 INVESTIMENTOS 2.5 DESPESAS TRIBUTÁRIAS 2.6 DESPESAS FINANCEIRAS 2.7 DIVIDENDOS 3 FLUXO PERÍODO 4 SALDO ACUMULADO DE CAIXA Tabela 2: Fluxo de caixa Fonte: Adaptado de Dolabela (1999) Mês 1 Mês 2 Mês 3 TOTAL 59 2.5.4.6 Projeção de balanço Conforme descreve Hoji (2007) o artigo 176 da Lei nº 6.404, de 15/12/1976, ou Lei das Sociedades por Ações, obriga a publicação pelas empresas, ao final de cada exercício social durando um ano, as demonstrações financeiras a seguir: Balanço patrimonial; Demonstração do resultado do exercício; Demonstração de lucros e prejuízos acumulados ou demonstração as mutações do patrimônio liquido; Demonstrações das origens e aplicações de recursos. Outras empresas são constituídas de outras formas jurídicas também adotam a estrutura do balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício adotadas as sociedades por ações, porem não as publicam. Para Salim (2005, p. 111) “é a representação contábil da situação econômicofinanceira de uma empresa em dado momento, sendo sua elaboração obrigatória pela legislação, com uma periodicidade mínima anual”. O ativo corresponde a todos os bens e direitos de uma empresa, o passivo representa obrigações, ou parcelas de financiamentos obtidos de terceiros e, o patrimônio liquido corresponde aos recursos dos proprietários, aplicados na empresa. Para o balanço patrimonial conforme Hoji (2007, p. 260) é demonstrada no balanço patrimonial uma situação estática da empresa em um momento determinado, sendo que em cada empresa pode determinar a data de encerramento do balanço, geralmente o balanço é encerrado no dia 31 de dezembro de cada ano, conforme com encerramento do ano civil da empresa. 2.5.4.7 Custos Segundo Hoji (2007), as despesas podem ser fixas ou variáveis, onde os custos e despesas fixas como aqueles que independentemente se a empresa produzir mais um determinado produto, ou vender a mais uma quantidade de produtos, será obrigada a pagar estas despesas ou custo, por exemplo, aluguel, luz, salários, não variam proporcionalmente a 60 quantidade de produção, permanecendo dentro do fixo. O autor ainda relata que os custos e despesas variáveis são aqueles que variam com a quantidade produzida e são representadas pelas matérias primas utilizadas na produção do item e pela mão de obra direta. Essas despesas variáveis são representadas pelas despesas como comissão de vendas e impostos aplicados sobre as vendas dos produtos. Conforme Leone (2000, p. 73) afirma que os custos variáveis, são os custos que aparecem na realização da produção ou serviço, sendo assim, ele é proporcional ai nível de atividade que a empresa está realizando. Lima (2000, p. 46) descreve que são os custos que estão relacionados com os volumes de produção ou de vendas, tendo variações diretamente proporcionais. Lima (2000, p. 46) descreve que custos fixos, são os que não guardam dependência com os volumes de produção ou de venda. Na visão de Leone (2000, p. 73) refere-se como uma constante no total, na faixa de volume de produção, seja ela alta ou baixa. 2.5.4.8 Margem de contribuição A análise da margem de contribuição é determinada ao se deduzir os custos variáveis da receita líquida. Isso resulta em cobrir todos os custos fixos mais o lucro desejado após o calculo do imposto de renda. O objetivo maior da margem de contribuição é o de verificar os limites de preços e a estrutura dos custos fixos de uma empresa. Se o mercado vem praticando preços abaixo dos praticados pela empresa, a margem de contribuição tende a ser menor na medida em que esta informação é avaliada. A diferença entre o preço de venda (100%) e a soma das despesas variáveis com os custos variáveis resulta na margem de contribuição ou lucro bruto. Esta é a única parcela disponível, mas seu uso prioritário é pagar os custos fixos. Para Gitmam (2002), “a margem de contribuição total é o valor do preço de venda unitário de cada produto, menos os custos diretos e indiretos que multiplicada pelas quantidades vendidas e somadas às dos demais produtos, perfaça a margem de contribuição total e desse total, deduzindo os custos fixos, chegamos ao resultado, que deverá ser o lucro”. A margem de contribuição indica ao empreendedor o quanto sobra das vendas, para 61 que a empresa possa pagar suas despesas fixas e gerar lucros. Margem de contribuição = Receitas Operacionais – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis) 2.5.4.9 Ponto de equilíbrio Segundo Dornelas (2005), no ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo, isto é, a receita proveniente das vendas equivale à soma dos custos fixos e variáveis. Se o volume de vendas for inferior ao ponto de equilíbrio, a empresa terá prejuízos, pois, no final do mês não terá dinheiro para pagar suas contas. O quadro a seguir, apresenta a formula para o cálculo do ponto de equilíbrio. Custo Fixo PE = 1- (custo variável / receita total) Quadro3: Formula para o calculo do ponto de equilíbrio. Fonte: Dornelas (2005, p. 169) Salim (2005) recomenda que o empreendedor que está elaborando o plano de negócio o uso de cálculos de indicadores econômico-financeiros, para poder entender melhor as tendências de desempenho do futuro negócio. Estes indicadores são relações obtidas a partir de demonstrações financeiras, com o objetivo de definir parâmetros que ilustrem o desempenho da futura empresa. Esses indicadores, segundo o autor, são classificados como índice de liquidez, índice de alavancagem, índice de atividade e índice de rentabilidade. 62 2.6 Participação do Stakeholders Para a montagem deste plano de negócio foi pesquisado os procedimentos do stakeholders, pois o sucesso de qualquer empreendimento depende da participação de suas partes interessadas e por isso é necessário assegurar que suas expectativas e necessidades sejam conhecidas e consideradas pelos gestores. De modo geral, essas expectativas envolvem satisfação de necessidades, compensação financeira e comportamento ético. Cada interveniente ou grupo de intervenientes representa um determinado tipo de interesse no processo. O envolvimento de todos os intervenientes não maximiza obrigatoriamente o processo, mas permite achar um equilíbrio de forças e minimizar riscos e inpactos negativos na execução desse processo. Uma organização que pretende ter uma existência estável e duradoura deve atender simultaneamente as necessidades de todas as suas partes interessadas. Para fazer isso ela precisa gerar valor, isto é, aplicação dos recursos usados deve gerar um benefício maior do que seu custo total. Conforme (Freeman, 1984), os stakeholders tem participação importante na empresa, alguns exemplos possíveis em uma empresa são os: Donos Acionistas Investidores Empregados Clientes Fornecedores Subministradores da empresa Sindicatos Associações empresariais, industriais ou profissionais Comunidades onde a empresa tem operações Operações de vizinhos Governos locais; governos estatais; governo nacional ONGs 63 Concorrentes Conforme os destaques dos stakeholders acima em decorrência do negócio, conforme os autores Argenti (1997), Campbell ( 1997) e Frooman (1999) foi selecionados por empregados, acionistas, clientes e fornecedores para representar como atuam e influenciam as organizações. Serão apresentados as influencias dos stakeholders conforme os autores destacados entre outros. 2.6.1 A influência dos empregados Nesta influência os empregados são stakeholders dos ambiente interno das empresas. Esse tipo de stakeholders influencia diretamente no custo do produto ou serviço oferecido pela organização. Segundo Argenti (1997), a organização tem objetivo em maximizar a riqueza dos seus acionistas, sendo para isso que foi criada e voltar-se para atingir esta finalidade. Com esse entendimento o autor justifica-se, pois sendo ele defensor da teoria shareholders, onde tem como pressuposto que a organização deve criar e maximizar valor pra seus acionistas, sendo para isso foi constituída e neste sentido deve direcionar suas ações e ser mantida. Efetuando essa maximização de resultado pode ser realizada aumentando as receitas e reduzindo os custos e despesas e consequentemente os gastos incorridos, gerando uma ganho maior para os seus proprietários. Os empregados tem como objetivo maximizar seus salários, benefícios sociais, melhorias em relação ao ambiente de trabalho e exercerão pressão sobre a empresa para o alcance desse resultado. O salário, os benefícios sociais e outras melhorias almejadas são custos ou despesas para as empresas. O salário dos empregados é custo quando a mão-de-obra é utilizada diretamente na realização de atividades ligadas a fabricação do produto ou a prestação serviço, reduzindo portanto o resultado operacional. O salário é despesa quando decorre do pagamento de empregados de apoio logístico, não relacionando-se diretamente com manufatura dos produtos ou com a prestação dos 64 serviços, porém reduz o resultado global da organização. Os benefícios sociais como auxilio transporte, auxilio alimentação, auxilio creche,dentre outros são despesas que reduzem o lucro do exercícios. Como pode-se observar, o posicionamento tradicional de Argenti (1997) revela que os objetivos referentes aos ganhos da empresa e dos empregados assumem posições antagônicas. A empresa que atende todas as reinvidicações dos empregados referentes à salários e benefícios sociais está reduzindo o ganho dos acionistas e pode até tomar o negócio não mais interessante. Essa visão tradicional do relacionamento empregado- empresa é chamada por Pfeffer ( 1999) de empresa tóxica. Para este autor, o relacionamento da empresa com seus empregados deve ser redimensionado, uma vez que estes empregados devem ser tratados como ativos organizacionais e principalmente como pessoas dotadas de conhecimento, de experiências, de aptidões e que interagem os relacionamentos com os clientes. Ainda segundo autor, o que distingue uma empresa da concorrente é a capacidade, o conhecimento e o comprometimento das pessoas e que o gerenciamento adequado dos funcionários leva a um desempenho 30% ou 40% superior ao das companhias que não fazem (PFEFFER, 1999). Esse gerenciamento adequado, segundo o autor, é o respeito pelo individuo, é o tratamento de indivíduos como pessoas e não como fator de produção. Quando Pfeffer (1999) defende a visão organizacional do empregado como ativo, adentra no conceito de ativos intangíveis ou de capital intelectual, é a soma do conhecimento, a experiência, as informações que agregam valor ao produto ou serviço com a utilização do intelecto humano. Assim, pelo entendimento de Pfeffer ( 1999), os empregados não representam apenas despesas com salários e benfícios sociais que reduzem o ganho da empresa e seus acionistas, como enfatiza Argenti ( 1997), porém são investimentos, ativos intelectuais que podem trazer maiores ganhos para empresa, se adequadamente gerenciamentos e motivados. Nos enfoques apresentados por Argenti (1997) e Pfeffer (1999), tomada de decisão levará em conta a política,a cultura e o clima organizacional, dependendo ainda da habilidade gerencial para contornar o problema e alcançar os objetivos da empresa. Segundo Campbell(1997) a definição dos objetivos de uma empresa é um instrumento de direcionamento das expectativas da empresa em relação a seus empregados. 65 Para este autor, os empregados vão querer trabalhar em uma empresa que procure desenvolver seu pessoal e propicie-lhe benefícios sendo estas expectativas direcionadoras do relacionamento. A não satisfação dessas expectativas resulta em frustração e desmotivação dos empregados e a qualquer tempo buscarão outras empresas ( CAMPBELL, 1997). O paradigma do antagonismo entre objetivos organizacionais e objetivos dos empregados deve ser adequado, pois a empresa necessita do empregado para o prosseguimento do negócio, bem como o empregado necessita da empresa, pois do fruto de seu trabalho retira os meios para sua subsistência e realização de seus objetivos pessoais. O empregado quer ser reconhecido, valorizado, fazer algo interessante, essas expectativas levam a produtividade, a á criatividade, ao desempenho e ao comprometimento, elementos que vão servir de vantagem competitiva e de diferencial qualificado para enfrentar a concorrência. 2.6.2 A influência dos acionistas Os acionistas são stakeholders internos que representam a própria razão de ser do negócio, uma vez que de seu esforço em acreditar e aplicar na capacidade produtiva da organização move-se o processo produtivo e a prestação de serviços na busca dos resultados finaceiros que os satisfaçam (GITMAN, 2003). Argenti (1997), defensor da teoria dos shareholders, enfatiza que a empresa deve maximizar os resultados para seus acionistas para que estes permaneçam no negócio, devendo a capacidade produtiva alcançar resultados acima do custo de oportunidade, minimizando os riscos. A maximização dos ganhos associada à minimização dos riscos envolvidos com o negócio é tarefa de extrema capacidade financeira, uma vez que os maiores ganhos decorrem de investimentos em atividades com risco elevado. Assim para este autor, tudo que a empresa faz em termos de redução de custos, de investimentos em novas tecnologias, de desenvolvimento de produtos inovadores, de aumento das receitas deve estar intimamente ligado com a satisfação dos interesses dos acionistas, tendo vista que estas políticas devem refletir em ganho adicional. A crença de Argenti (1997), na geração de valor para os acionistas como principal 66 resultado a ser alcançado pelas organizações, mereceu diversas críticas elaboradas por Campbell (1997), visto que este autor acredita na força interativa de todos os stakeholders que atuam no ambiente organizacional e na geração de valor para todos, em uma relação de interdependência mútua. Essa força interativa é a capacidade de influência dos stakeholders sobre a organização na busca de satisfação de suas necessidades. Como a organização reage a essa influência, a agregação de valor dependerá da força da influência desses stakeholdres, conforme Campbell (1997) e Frooman (1999). Os dividendos pagos com regularidade ou a perspectiva de recebê-los é um instrumento motivador para os acionistas, os quais alavancam novos investimentos na atividade produtiva, uma vez que aquela atividade deve ter uma capacidade de retorno além do custo de oportunidade do mercado, aumentando, portanto, a participação dos acionistas no negócio. Contudo, essa relação entre acionistas e os administradores da empresa, relação de agency, é carregada dos conflitos motivada pelos objetivos diferentes destes stakeholders, como afirma Ross, Westerfield, Jaffe (1995). Para estes autores, os administradores estão preocupados com a riqueza da empresa sobre a qual tem controle e não necessariamente com o aumento da riqueza dos acionistas. Para evitar ou reduzir conflitos, os acionistas criam incentivos apropriados para os administradores e em seguida acompanham seu comportamento, gerando para empresa o custo de agency. Os acionistas, em última análise são os controladores da empresa e mais sociedades por ações elegem o Conselho de Administração, que por sua vez contrata e demite o quadro de administradores (ROSS, WESTERFIELD, JORDAN, 1997). Esse poder faz com que os administradores ajam de acordo com os interesses dos acionistas. 67 2.6.3 A influência dos clientes Os clientes são stakeholders externos que estão diretamente ligados ou afetos pelo processo decisório das empresas, visto que sobre eles fundamentam-se as estratégias de desenvolvimento do negócio (CAMPBELL, 1997). A razão de ser qualquer negócio dá-se pela conquista e manutenção dos clientes. Para alcançar esse objetivo é necessário satisfazer as necessidades potencias e efetivas dos clientes, sendo esta linha de estratégia da maioria das empresas, sem perder de vista também a criação de valor para os acionistas. O processo conquista, manutenção e satisfação dos clientes exigem esforços organizacionais que vão desde a concepção do produto até o atendimento pós-venda, dentro de uma concepção de qualidade que venha diferenciar os produtos. Os clientes procuram produtos e serviços que lhes agregue valor ou proporcione satisfação individual, daí buscarem qualidade, funcionalidade, preço, garantia, comodidade, segurança. Esses fatores forçam os custos das empresas para cima, todavia não podem ser repassados aleatoriamente, pois no mercado globalizado a concorrência exige alternativas não ortodoxas. As empresas devem fixar um preço de venda pretendido e procurar reduzir seus custos, inclusive rateando com seus fornecedores, no processo que chamam de custeio alvo (target costying). Para o atendimento das necessidades de um stakeholder, a exemplo de clientes, a organização precisa interagir com os outros stakeholder (fornecedores, acionistas, empregados) tendo em vista a interligação da cadeia produtiva e das influências desses agentes nas decisões organizacionais e na lucratividade. Porter (1999) afirma que a organização deve obter o máximo de informações sobre os clientes e que não se deve perder o foco, tendendo a ver todos os clientes como tivessem o mesmo valor. Para ele agir estrategicamente é deixar alguns clientes insatisfeitos para que os clientes que interessam efetivamente para a organização sentirem-se atendidos, realizados e contentes com os produtos ou serviços oferecidos. Como a ilustração da afirmação de Porter, podemos citar o caso dos bancos que atuam no mercado de varejo do Brasil, que estabelecem estruturas diferenciadas para seus 68 clientes, me níveis de importância. Assim, existem clientes Vips atendidos pelos gerentes, clientes medianos atendidos pelos caixas e recepcionistas e clientes atendidos nos terminais eletrônicos, dando uma idéia da importância e do valor do cliente para a instituição. A gestão financeira da empresa será diretamente afetada pelos gastos despendidos para atender os gostos e as preferências dos clientes, contudo, “não se pode atender a todos os clientes”, devendo ser trabalhados aqueles que agregam valor para a empresa, sendo indispensável para tanto ter informações de seu processo decisório (RIENSEBECK, 2000, p. 110). Deve ser diferenciadas os clientes de alto valor para os de baixo valor com base na contribuição para lucro da empresa e apresentam um modelo para aferir o retorno do investimento no cliente. Todavia a empresa antes de massificar seus investimentos em novos produtos, deve conhecer seus clientes. Neste sentido, Drucker (1987) enfatiza que é necessário observar os consumidores em determinada realidade corporativa, a fim de perceber suas características, expectativas e comportamentos e ainda estudar os mecanismos que leva uns a escolherem certa empresa e ignorarem outras. O foco no cliente também é uma abordagem feita por Wiersema (2000). Nesse sentido ele revela que a maioria das empresas bem sucedidas são aquelas que formam aços de intimidade com o cliente, despertando uma relação de confiança entre compradores e fornecedores. Assim conforme aumenta a afinidade e o grau de confiança entre clientes e fornecedores, a distinção entre eles vai desaparecendo, como se pertencessem a setores de uma mesma organização. O serviço prestado com quantidade conserva os clientes que a empresa tem, atrai mais clientes, desenvolve a imagem organizacional e induz os clientes potenciais a fazerem negócios com a empresa. Para estes autores, atender as necessidades dos clientes com serviços de qualidade não gera custos, pois os dispêndios. Realizados retornam no desenvolvimento e conservação de um relacionamento comercial positivo com os clientes, ensejando em maiores vendas e lucros futuros. 69 2.6.4 A influência dos fornecedores Os fornecedores são stakeholders externos que afetam diretamente a tomada de decisão das empresas. Na moderna concepção de produção, a filosofia do comekership dá uma nova missão ao fornecedor, o qual passou a ser um parceiro comercial da empresa, partnership, ou mais propriamente uma extensão desta (MARTINS, 1998). È inadmissível persistir o paradigma de oposição entre fornecedor-empresa, pois nos sistemas produtivos atuais o fornecedor que atende aos pedidos no tempo certo, que oferecem produtos de qualidade a preços compatíveis e principalmente que dão formas de pagamento facilitado, reflete um amadurecimento e um profissionalismo nesta relação. As relações com fornecedores devem ser de confiança e respeito mútuos, bem como devem ter objetivos convergentes para que não entrem em atritos, visto que os conflitos levam a um processo de perdas recíprocas. À título ilustrativos, o fornecedor vende a prazo contribui com o fluxo financeiro da empresa, uma vez que reduz os dispêndios iniciais no ciclo operacional. Por outro lado, fornecedor que só vende à vista, pressiona a empresa a possuir recursos financeiros imediatos e disponíveis, os quais se originam do capital próprio ou de terceiros. Neste último caso, obriga a empresa a adotar uma política de endividamento com agentes financeiros, que dependendo dos juros podem levar a empresa reduzir seus lucros de forma progressiva com o pagamento dos serviços da dívida. Dentro da perspectiva da teoria dos stakeholders, a escolha dos fornecedores é requisito fundamental para o contexto responsabilidade social da empresa, uma vez que afetaram diretamente o processo produtivo e gestão financeira, a gestão de fornecedores tem dois aspectos primários que são ligados ao custeio-alvo dos componentes que integrarão o processo produtivo: a seleção dos fornecedores que concorrem com os melhores preços e prazos de atendimento e a recompensa à criatividade destes fornecedores que contribuem para redução de custos adicionais. Riesenback (2000) considera que a escolha dos fornecedores não é baseada apenas no produto, existindo outros critérios importantes para respaldar o relacionamento fornecedorempresa ligado à marca, ao preço, à assistência técnica, à logística, ao serviço, de entrega e à reputação da empresa. 70 Contudo, em pesquisa realizada, Arkader (1999) verificou que no relacionamento comprador-fornecedor na indústria automobilística brasileira o fornecimento enxuto ainda está carregado por muitos traços do contexto ganhar-perder, sendo preponderante ainda o preço e a barganha. Naquele trabalho, os compradores apontavam avanços significativos nas relações com fornecedores sendo destacado o apoio técnico, a colaboração, a troca de informações e a comunicação e que a escolha do fornecedor era feita pela qualidade dos produtos e nos relacionamentos firmados com o tempo. No entanto, a visão dos fornecedores era outra, pois os compradores eram inflexíveis na negociação e pouco cooperativos, sendo o preço o principal diferencial na escolha do fornecedor, bem como o compartilhamento de riscos e benefícios eram limitados. 71 3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO Neste trabalho serão apresentados os resultados do trabalho da pesquisa de campo do acadêmico realizada, onde serão apresentadas a caracterização da empresa, seus resultados e o plano de negócio. Onde foi feita com ajuda e caracterização da Uni Júnior Orientação Empresarial, sendo a empresa Júnior de acessória da Univali que auxiliará o trabalho em campo, prestando suporte com sua estrutura. 3.1 Caracterização da Organização Fundada em 20 de junho de 1995 a Uni Júnior, por mérito de uma turma de acadêmicos que tomaram a iniciativa de visitar as universidades que possuíam empresas juniores em seus cursos. A Uni Júnior é uma associação sem fins lucrativos, constituída por acadêmicos do CECIESA, que presta serviços e desenvolve projetos para empresas, entidades e a sociedade em geral nas suas áreas de atuação sobre a supervisão de professores e profissionais habilitados. A Uni Júnior – Orientação Empresarial é uma organização composta por estagiários e assessorada por professores, com formatação de empresa júnior, cuja equipe reúne condições para desenvolver parcerias que busquem alternativas para aumentar a eficiência, eficácia e efetividade de empresas em sua área de atuação, além de oferecer suporte para desenvolvimentos de projetos, planos e pesquisas. A Uni Júnior reconhece que um de seus grandes desafios são os gestores empresariais na atualidade é o de atuar em um cenário conjuntural, dinâmico, globalizado e em constantes mudanças. Onde irão corresponder às suas expectativas, propondo o desenvolvimento em pesquisas e processos a fim de ajudar as empresas a se habilitarem para enfrentá-los de forma mais concisa. Na Uni Júnior possui um grupo de acadêmicos com iniciativa e espírito empreendedor, capazes de influenciar na transformação, integração, negociação e aprendizado dos processos e procedimentos organizacionais. Oferecendo uma parceria para as 72 organizações desenvolverem internamente talentos e condições para alcançar as mudanças que permitam o desenvolvimento e o crescimento empresarial. Uni Júnior conta com um quadro de funcionários de 13 estagiários nos períodos matutino e vespertino, todos vivenciando o ambiente empresarial, assim aplicando o conhecimento teórico passado em sala de aula, tornando um aprendizado mais fácil, dessa forma preparando-os para serem profissionais de sucesso nas organizações. Conta também com um gerente executivo, um professor responsável pela organização e um professor responsável pelo departamento comercial e de marketing. Sua localização é na Rua Uruguai, nº 586, Centro, Itajaí – SC a 50 metros do campus de Itajaí. A empresa por se tratar de uma consultoria, tem como concorrentes diversas empresas de consultoria da região, porem é a única empresa de orientação empresarial júnior do Vale do Itajaí, onde tem seu diferencial devido os acadêmicos estarem cursando e sendo orientados pelo coro da Univali. 73 3.1.1 Missão “Promover o desenvolvimento pessoal e profissional do acadêmico do CECIESA – GESTÃO por meio da prestação de serviços às micro e pequenas empresas da região, bem como fomentar a transmissão do conhecimento entre universidade e empresa.” 3.1.2 Visão Ser lembrada como sinônimo de qualidade no desenvolvimento de projetos de consultoria. 3.1.3 Objetivos Aperfeiçoar o consultor júnior, a fim de torná-lo um profissional capacitado e competitivo. Desenvolver o espírito crítico, analítico e empreendedor. Abrir espaços às novas lideranças, possibilitando o contato entre empresários e futuros profissionais. Facilitar o ingresso e o contato direto de futuros profissionais com o seu mercado de trabalho. Oferecer ao mercado um trabalho de qualidade com preços adequados. 74 3.1.4 Portfólio de Serviços A Uni Júnior busca trazer para o mercado um portfólio extenso, buscando diferenciar em suas consultorias os mais variáveis serviços, assim satisfazer as necessidades dos clientes oferecendo consultoria mercadológica, organizacional financeira, recursos humanos, logística, tecnologia da informação e eventos, buscando aplicar a melhor estratégia ao mercado com qualidade e preços mais acessíveis, segue alguns pontos dentro de cada consultoria: Consultoria Mercadológica: Plano de Marketing; Planejamento de Vendas; Pesquisa de Satisfação; Pesquisa de Mercado e Análise de Segmentos; Análise da Concorrência; Mapeamento de Mercado; Estudo de Viabilidade Mercadológica; Estratégias de Comunicação. Consultoria Organizacional: Planejamento Estratégico; Plano de Negócios; Mapeamento de Processos; Programa 5`S; Estruturação Organizacional; Descrição de Normas e Procedimentos; Indicadores de Desempenho; PDCA. Consultoria Financeira: Análise Financeira Empresarial; Análise de Custos e Precificação de Produtos; Estrutura e Análise de Custos; 75 Viabilidade Econômica. Recursos Humanos: Recrutamento e Seleção; Plano de Cargos e Salários; Treinamento e Desenvolvimento; Pesquisa de Clima Organizacional; Gestão de Desempenho por Competências. Logística: Gestão de Estoques; Distribuição Física; IEVCTR - Índice Estadual de Variação dos Custos no Transporte Rodoviário de Carga; Implantação sistema de custeio gerencial para empresas de transporte (carga e passageiro); Implantação de um programa de manutenção operacional e preventiva para frota rodoviária; Eventos: Cursos; Palestras; Visitas Técnicas; Gestão de Eventos. 76 3.1.5 Organograma ________________________________________________________ Professor Responsável Professor Marketing Gerente Junior Professores Consultores Finanças RH Marketing Eventos Projeto 1 Projeto 2 Projeto n _____________________________________________________________________________________________ Figura 2: Organograma Uni Júnior Fonte: Uni Júnior 3.2 Resultado da pesquisa Neste ponto será apresentada a pesquisa de campo realizada com os pesquisados na cidade de Balneário Camboriú - SC, de ambos os sexos com empresas que utilizam os serviços de moto peças onde obtive as informações de quatro tipos de empresas que possuem a moto como um dos veículos de condução para efetuar o trabalho. O questionário foi efetuado questões que trouxeram relevância para abertura e implantação da loja de moto peças na cidade. 77 3.2.1 Pesquisa de campo A análise para implantação da loja de moto peças, dentro do município foi fundamental para que o acadêmico tivesse uma visão mais detalhada da situação que se encontra o mercado. A partir da pesquisa de campo podem ser analisados diversos critérios que ajudaram na elaboração deste trabalho e no entendimento de como e qual estratégia pode ser montada para atrair a clientela para a loja. A percepção dos entrevistados em responder as questões de forma clara e correta, cooperou para que a viabilidade de ter diferenciações dentro da estrutura do plano de negócio fosse analisado e trabalhado com questionamentos ao se aplicar as questões, de forma que pude colher respostas que no questionário não foram questionados como, o que uma loja tem que fazer para atrair o motoqueiro, sabendo também que a maioria dos moto-taxistas fazem as trocas de óleos em suas residências, dentre outras pequenas manutenções. A amostra dos resultados se resume a uma quantidade de 76 questionários devido a concentração ter sido nas empresas que trabalham com motos no dia a dia, pois o plano de negócio alem de buscar pessoas que utilizam suas motos para locomover do trabalho para casa e passeios, também visa buscar parcerias com empresas para efetuar contratos de serviços, oferecendo peças, mão-de-obra e socorro 24 horas. Essas empresas alem de fixarem um contrato, trazem efetivamente uma fidelidade, sem contar com as licitações que tentarei efetuar com os órgãos públicos, garantindo em princípios um lucro estimado no final do mês. As análises foram feitas nas seguintes estabelecimentos: Vonpar Refrescos S.A Cooperados moto-taxis Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú Secretaria de Segurança e Defesa Social de Balneário Camboriú. Será apresentada agora em forma de gráficos e comentários a pesquisa de campo dentro do mercado de Balneário Camboriú. A pesquisa de certa forma foi elaborada para que as informações consistentes trouxessem uma tomada de decisão em se montar o empreendimento, buscando dentro das respostas os pontos fortes e fracos existentes, a fim de evitar ocorrer neste novo negócio. 78 3.2.2 Perfil dos respondentes A percepção obtida nas respostas e também nas análises, junto às aplicações do questionário, fez com que percebesse que o mercado está muito mais acentuado em alguns setores para as pessoas que procuram uma atividade de fácil acesso e com pouca dificuldade em obter crescimento pessoal na vida. A interpretação das respostas e as análises efetuadas, trazem divergência nas expectativas que o acadêmico esperava, pois em muitos pontos foram relevantes e outros não, contudo, a pesquisa dentro do perfil, trouxe uma melhor validez do publico determinante, melhorando a visão perceptiva que o acadêmico possuía da região, em achar que o publico era totalmente diferente da colhida no campo. Para buscar o perfil dos clientes, foram usadas oito perguntas conforme quadro 6 demonstrando, perguntas que foram elaboradas para atingir o público que irá freqüentar a loja de moto peças. TABELA REFERENTE PERFIL PESQUISADO (Perguntas) 1 Sexo? 2 Estado civil? 3 Renda familiar? 4 Faixa etária? 5 Escolaridade? 6 Ocupação? 8 Utiliza para que fins? 17 Quais os dias da semana que costuma ir? Quadro 4: Perfil dos pesquisados Fonte: Questionário aplicado O perfil das pessoas que responderam a pesquisa de campo, onde se predominou a maioria dos entrevistados do sexo masculino, com 97,4% e 2,6% restantes são de mulheres, fato determinou que este resultado fosse devido à pesquisa ter sido efetuado em locais que o domínio era masculino. Foi percebido que para se obter uma margem maior do sexo feminino teria que 79 efetuar uma pesquisa com maior proporção em locais de circulação como, avenidas, ruas entre outros. A percepção de que a maioria dos homens predomina o trabalho de motociclista, sendo incipiente no que tange o sexo feminino, entretanto há um crescente em outro sentido onde elas utilizam a moto como um meio de locomoção de casa para o trabalho, e já o homem utiliza para diversos fins inclusive trabalho permanecendo seu domínio. Dentro da análise do estado civil houve uma aproximação entre solteiro, casado e separado, com destaque maior para casados com 35,5% de participação, isto indica que é predominante pessoa que possuem família. Analisando os solteiros e separados juntos, temos 60,6% onde verificou que por ser em alguns pontos um mercado de fácil acesso e sem muito empenho para se conseguir dinheiro, os solteiros e separados estão buscando este tipo de serviço informal apresentado na figura 3. Figura 3: Estado civil Fonte: Questionário aplicado A renda familiar figura 4 demonstra que o predominante está entre R$ 800,00 até R$ 1.200,00, metade da amostra, no entanto segundo os entrevistados essa renda é variável, isto é, depende do movimento do período e do número de viagens efetuadas. 80 Observa-se que 43% têm renda familiar abaixo de R$ 800,00, isso refere aos que possuem empregos informais, pois são rendas variáveis. Figura 4: Renda familiar Fonte: Questionário aplicado Analisando a faixa etária figura 5 metade da amostra é de adultos entre 31 e 40 anos, onde demonstra que estes indivíduos buscam uma forma de conseguir renda dentro do emprego informal. A análise junto à aplicação dos questionários determinou que, devido ao mercado e oportunidade de emprego escasso em suas respectivas áreas, alguns entrevistados estavam trabalhando como moto-taxistas, onde não é exigido tanta experiência e nem burocracias para efetuar este tipo de trabalho. Algumas pessoas que trabalham neste setor (moto-taxi) informaram que o fato de não ter tanta cobrança e nem subordinados quando estão efetuando suas viagens, ajudou na escolha de suas profissões, alem da renda estar livre de impostos até um determinado momento. 81 Figura 5: Faixa etária Fonte: Questionário aplicado O nível de escolaridade figura 6 concentra-se no ensino médio com 58% dos pesquisados entre incompleto e completo. Fazendo uma correlação com a ocupação indica que como a maioria é de moto-taxistas, e o serviço que prestam não exigem nível de escolaridade, não tendo incentivo em orientar a importância de se estudar, muitos acabam não tendo condições de concluir e nem de pagar uma faculdade, também uma influencia é ter que trabalhar às vezes de dia e a noite. Figura 6: Nível de escolaridade Fonte: Questionário aplicado 82 Na questão sobre ocupação dos entrevistados figura 7, foi percebida uma concentração expressiva no item moto-taxi, isso porque a pesquisa teve maior aplicação em cooperativas de moto-taxi, no entanto a relevância entre os vendedores com 26,3% mostra que são utilizadas as motos para facilitar a locomoção entre clientes, livrando em partes do excesso de veículos em algumas ruas, manutenção em mais em conta para as empresas que utilizam este tipo de transporte e o baixo consumo de combustível que o veiculo proporciona na locomoção. Estes fatores contribuem para que muitos utilizem a moto como meio de transporte. Figura 7: Ocupação dos entrevistados Fonte: Questionário aplicado Na utilização do veículo figura 8, os pesquisados informaram que a maioria dos usuários utiliza suas motos para todos os fins com 47,4% do total. Acredita-se que o segundo ponto mais selecionado o para trabalho, com 35,5%, foram às pessoas que possuem empregos em locais que as motos são de propriedade do estabelecimento. 83 Figura 8: Utilização de veículos Fonte: Questionário aplicado Para os dias de efetuar suas comprar nas lojas figura 9, o ponto de maior predominância foi sábado, isso se deve pela melhor possibilidade em ter tempo para resolver seus problemas neste dia, os demais dias da semana ficou ao acaso, pois a visita no meio da semana é por motivos que não podem esperar para o sábado como, quebra e manutenções, forçando-os a ir a lojas de moto peças. Figura 9: Dias em que efetua as compras Fonte: Questionário aplicado 84 Analisando o perfil dos participantes da pesquisa, foi identificado que a utilização da moto como veiculo de transporte e de utilização para determinados serviços, vem aumentando gradativamente em Balneário Camboriú, pois a facilidade em adquirir é muito mais viável que comprar um automóvel, pois seu custo de compra tende a ser 26% do valor de um automóvel popular básico, alem do governo abaixar as taxas de juros e redução do COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 3%, facilitando a compra de motos. A busca por este meio de transporte está alavancando o mercado no município conforme pesquisa realizada no crescimento da cidade no site do IBGE, conforme quadro abaixo. Balneário Camboriú em comparação com o município de maior população, onde foi usado Itajaí como comparativo, Balneário vem em uma média de crescimento de 7% comparado ao de Itajaí com 3%, indicando que a população de Balneário Camboriú, está cada ano maior. Apesar de que este índice só identifica os moradores da cidade e não o publico que vem para a cidade para passeio ou até mesmo no período do ano letivo para os estudos, podendo chegar a mais de 15% da população divulgada pelo IBGE, segundo informações da prefeitura, sem contar com a temporada, que pode chegar a mais de um milhão de visitantes, dentre estes muitas pessoas com suas motos. A cidade proporciona muitos eventos voltados para os motociclistas, onde a oportunidade em se aumentar as vendas neste período crescem. Comparativo da População Evolução Populacional Balneário Camboriú Ano •1991 •1996 •2000 •2007 Total Indivíduos Crescimento 40.308 15% 57.687 22% 73.455 28% 94.344 35% 265.794 100% Itajaí Média 7% 6% 8% Ano •1991 •1996 •2000 •2007 7% Total Indivíduos Crescimento 119.631 21% 134.261 24% 147.494 26% 163.218 29% 564.604 100% Média 3% 2% 3% 3% Quadro 5: Evolução Populacional Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais O crescimento nas vendas de moto tem uma margem muito expressiva no mercado, 85 dentro da pesquisa realizada junto ao DETRAN de Balneário Camboriú, pode ser verificado que a média de 17% no crescimento do período de 2002 até o ultimo informe ocorrido em Maio de 2009, podendo chegar ou superar a marca de 20% de registros no município. Conforme o ultimo índice do registro, a cidade tem um total de 14784 motos registradas no município, sem contar, os proprietários que circulam de outros municípios, e que passam o dia trabalhando na cidade. A média de crescimento anual na venda de motocicletas de 2002 até 2008 foi de 1,5%, porem só no período de 2009 já se tem uma média de aproximadamente 1%, do que já foi registrado, indicando que se continuar nesta evolução de vendas o mercado pode bater recorde de registros e vendas em 2009 ver quadro 8. REGISTRO DE MOTOS EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ Período 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total Ano 4.963 6.188 7.285 8.717 10.645 12.623 14.238 14.784 Crescimento Números 1.225,00 1.097,00 1.432,00 1.928,00 1.978,00 1.615,00 546,00 Crescimento em % Média Ano 25% 18% 20% 22% 19% 13% 4% 1,9% 1,4% 1,5% 1,7% 1,4% 1,0% 0,8% Quadro 6: Média anual de venda de motos Fonte: Ministério da Justiça, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2008. Outro comparativo que pode ser feito foi a do município de Itajaí com Balneário Camboriú, demonstrando que Itajaí possui um percentual com o total dos municípios de 66,3% ficando o restante com Balneário Camboriú com 33.7%, conforme demonstra quadro 9. 86 Frota 2008 Motocicleta Balneário Camboriú % da Região 33,7% Total 14238 Itajaí Total 27953 Diferença 13715 % da Região 66,3% Total Geral de motocicletas nos municípios 42191 Quadro 7: Frota Fonte: Ministério da Justiça, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2008. 3.2.3 Propor plano de marketing Para elaboração de uma proposta mercadológica no plano de negócio para uma loja de motos tomou como base os 4 Ps, conforme descrito no item 2.5.3.4 onde o autor informa a importância da estratégia de marketing determinando as formas e ações para alcançar os objetivos, diante disso identificou no instrumento de coleta aplicado as questões que iriam ao encontro deste objetivo que estão relatadas no quadro 10. DISTRIBUIÇÃO DAS PERGUNTAS NOS 4Ps DE MARKETING 4 Os PREÇO PRODUTO PROMOÇÃO PRAÇA Nº Pergunta Descrição da Pergunta? 14 Qual valor gasto aproximadamente? 21 Antes de comprar faz pesquisa em outras lojas? 7 Possui moto própria? 9 Qual tipo de moto possui? 12 Vai a loja a fim de? 13 Que tipo de produto costuma comprar? 15 Você compra peças? 19 Você paga geralmente suas compras? 20 A loja geralmente lhe oferece produtos com? 10 Onde costuma consertar sua moto? 11 Qual o motivo de freqüentar a loja atual? 16 Com que freqüência vai à loja de moto? 18 O que não gosta nesta loja? Quadro 8: Variáveis dos 4 P’s Fonte: Elaborado pelo acadêmico 87 3.2.3.1 Preço Com relação ao preço, pode-se constatar que duas respostas determinaram para saber o que os clientes buscam em uma loja e também seus gastos em relação a suas compras. As perguntas deste tópico conforme determinou o acadêmico, foi para saber qual a participação do cliente na hora da compra, qual o gasto que ele tem ao comprar aproximadamente quando vai à loja, sendo uma média, pois dependendo do que ocorre em sua moto, pode se gastar muito mais do que foi estipulado na pesquisa. A outra pergunta foi referente a pesquisas, isso determinou como ele se projeta perante o mercado, se há uma pesquisa antes de efetuar suas compras e manutenções, ou se ele é impulsionado pela fidelidade à loja, alem de especificar o modo de ação que a empresa possa trabalhar como site para efetua a pesquisa comparando com outras lojas, alem do telefone. O figura 10 é com relação ao valor que o cliente tende a deixar em dinheiro dentro da loja quando visita, demonstra que houve um alinhamento na quantia, devido à maioria ter colocado um gasto de 46% no valor de R$ 51,00 até R$ 150,00, mas não ficando muito atrás a opção de R$ 151,00 até R$ 300,00, mostrando que a loja pode ter aproximados ganhos em torno destes montantes no mês, por cliente. 88 Figura 10: Gasto aproximado Fonte: Questionário aplicado A figura 11 foi elaborada para saber como o cliente se comporta na hora da compra, pois o fator que determina a compra é fundamental, como a pesquisa, porem pelas respostas podemos verificar que a maioria está efetuando pesquisa, porem como temos uma massa que não efetua pesquisa e outra que às vezes efetua, o acadêmico interpretou que para essa questão a fidelidade com a loja é um dos pontos que pode ter influenciado e também devido à pesquisa ter sido feita em empresas que possuem motos, elas já estão trabalhando com contratos em lojas e outras com licitações, motivando não efetuar pesquisas em outras lojas, encaminhando diretamente para estas lojas. 89 Figura 11: Comportamento dos entrevistados Fonte: Questionário aplicado 3.2.3.2 Produto Neste item o acadêmico determinou os pontos que teriam mais relevância como o serviço desejado, o que o cliente desejava comprar e o que geralmente determinava a presença dele na loja onde efetua suas compras. O produto em si não foi focado, pois necessitaria de um questionário voltado só para os itens, porem determinou que tipo e qual a linha que atraia mais em efetuar suas compras. O tipo de moto ficou determinado em dois seguimentos o de 100cc até 150cc com um total de 61% dos respondentes, demonstrando que a maioria é de baixa renda, ou conforme comentado junto à aplicação das pesquisas, alguns possuem carro e a moto fica para efetuar o trabalho. A segunda opção mais respondida foi de 150cc até 250cc com 39%, determinando que essa faixa possivelmente utiliza sua moto para todos os fins. O acadêmico verificou qual o motivo do cliente freqüentar a loja, determinando qual o motivo que viabilizava a ida na loja, que tipo de compras efetuava se para ele ou para moto e qual o cliente mais utiliza. 90 Focalizando a análise verifica-se que a manutenção preventiva com 54% é quase 10% maior que os consertos em si, isso ocorre pela maneira que cada usuário cuida de sua moto, onde existem pessoas que só aparecem na loja quando quebra mesmo a peça e outros vão antes que ela possa apresentar, mantendo em dia sua moto. Acessório para o cliente foi visto como pouco relevante, pois a compra só é efetuada quando a necessidade aparece, como uma chuva na compra de capa ou na troca do capacete, onde o que possui já está vencido ou a vencer. Este ponto só ocorre um aumento na cidade de quando existem encontros de motociclistas ou quando o usuário quer uma roupa no estilo de motociclista ver figura 12. Figura 12: Referente aos acessórios Fonte: Questionário aplicado A figura 13 determina que produto especifico que o pesquisado compra geralmente, onde demonstrou em que seguimento a loja pode focar, alem de traçar que tipo de mercado de moto peças terá que desenvolver. A análise das respostas neste item ajudou ao acadêmico em pontos importantes de o que comprar e onde focar, porem conforme comentado para efetuar um melhor direcionamento do que deve comprar, deve ser feito uma nova pesquisa de mercado para avaliar o produto que o cliente deseja ter a disposição na loja, alem dos que tem maior saída. O item peças teve 33% dos pesquisados, logo a seguir a regulagem em geral com 28% doas respostas, entrando em conflito com as respostas do item 12 aonde a maioria vai 91 para efetuar manutenção, porem analisando melhor quando o cliente chega para efetuar uma manutenção preventiva acaba, nem sempre, tendo que efetuar a troca de alguma peça. A compra de lubrificantes 16% e a Limpeza 11% demonstra uma porcentagem significativa perante os demais itens. Figura 13: Especificidade do produto Fonte: Questionário aplicado Dentro do questionário efetuado foi solicitado que o respondente informasse a qualidade da peça que compra se original, produzida pela mesma que fornece peça as autorizadas ou paralela feita por outras empresas que utilizam a mesma forma da que fornece para original, porem não passa pelo mesmo processo de qualidade que uma original. A resposta apontou para 57% peças originais e 43% paralelas, podendo aumentar as peças paralelas no mercado conforme comentário dos pesquisados, pois dependendo da peça não possui na região, mais existe em outras, fazendo com que a loja tenha mais variedades para compras. 92 3.2.3.3 Promoção Neste ponto o acadêmico tentou desenvolver uma análise para saber como as lojas que o respondente freqüenta, se estão oferecendo promoções ou preços mais em conta para suas compras, alem de divulgar opções no pagamento dentre os meios que existe. O gráfico demonstra que ao efetuar as compras a maioria dos respondentes informou que o preço que a loja oferece é justo com 46%, contando que na pesquisa 21 ficou um pouco relevante juntando as pessoas que não fazem pesquisa de preço com as que fazem de vez em quando, mostrando que a fidelidade ou a praticidade em se dirigir a uma loja próximo de casa facilita a compra, onde o cliente pode achar o preço justo sem efetuar uma pesquisa em lojas do ramo, isso faz com que ao pagar um valor não sabe o quanto está pagando a mais que a loja no mesmo bairro. Este ponto fez com que o acadêmico pudesse verificar que uma promoção divulgada em panfletos, quadros dentro do estabelecimento, indicação na hora do cliente comprar uma peça informar que o pagamento a vista pode ter um determinado desconto, evitando e podendo ser melhor para a loja, onde os clientes farão análises que pode economizar. O acadêmico avaliou junto aos pesquisados, que muitos querem melhorias e diversidades em tipos de peças, podendo ter mais opções na hora da compra conforme figura 14. Figura 14: Comportamento dos consumidores 93 Fonte: Questionário aplicado Na pergunta qual a forma que efetua os pagamentos na maioria das vezes, teve 53% na opção Á Vista, um dos motivos que fez com que existissem reclamações no momento de aplicar os questionários, pois muitas lojas não proporcionam reduções nem programas de pagamento que os clientes possam efetuar. Este percentual entra em destaque no ponto de vista do acadêmico, onde pode ser feito um plano para ajudar à fidelização dos clientes, trazendo uma vez por mês itens que possam ter descontos no pagamento a vista. Outro ponto poderia ser o aumento da utilização do cartão de débito conforme figura 15 na qual tem somente 9% das utilizações, pois facilitaria a empresa em não deixar muito dinheiro dentro da mesma, onde o debito automático já cai na conta diretamente da empresa. Figura 15: Hábito de compras Fonte: Questionário aplicado 3.2.3.4 Praça O ponto praça para o acadêmico foi um dos pontos que pode determinar onde os pesquisados costumam efetuar suas compras, que tipo de lojas, onde elas se localizam e o que atrai a sua ida na loja que freqüenta, alem de analisar qual a quantidade de vezes que costuma 94 ir à loja. Este ponto é muito importante, pois muito dos entrevistados não tem o costume de efetuar pesquisas em varias lojas para saber onde comprar, ele vai pelo impulso, comodidade e facilidade. Alguns estados para facilitar o deslocamento dos clientes, costumam montar suas lojas em pontos fáceis e acessíveis a todos como em uma rua onde possua diversas lojas fazendo com que haja concorrência entre elas e o cliente possa fazer a pesquisa desejada. Porem em Balneário Camboriú não há, dificultado efetuarem as pesquisas e ajudando na busca de peças que possam não ter em determinada loja e em outra sim. A figura 16 determina que a maioria dos entrevistados efetue suas compras em lojas de bairros com 63%, onde demonstra que a autorizada 24%, é a segunda opção como foi informado junto à pesquisa com o acadêmico, tem peças que as lojas não compram por motivo da concessionária não disponibilizar nem o fornecedor oferecer a loja onde entra contratos com a montadora e concessionária. Figura 16: Local onde efetua compras Fonte: Questionário aplicado A figura 17 demonstra que para os pesquisados o preço 34%, foi o ponto mais 95 relevante para a frequencia na loja, seguido pela proximidade a residencia 21% demostrando que o mercado está acostumado a frequentar a loja de hoje devido a sua localização. O ponto que mais chamou atenção foi o atendimento 3%, mostrando que os pesquisados não dão importante para o tipo de atendimento, mostrando que alem de preço proximidade será preciso ter uma ação direta no atendimento para cativar os clientes cada vez mais, demosntrando que ele é especial para a empresa. Figura 17: Motivo que frequantaria a loja Fonte: Questionário aplicado O acadêmico desejava identificar a quantidade de vezes que um cliente frequenta a loja atual, conforme figura 18 para poder ter uma amostra da participação que ele teria do cliente. Constatou que 34% do publico vão a loja uma ou duas vezes por semana, interpretando caso fossem 2 vezes, teria a presença dele na loja dentro de um mês, de oito a dez visitas, onde dependendo dos gastos poderia deixar uma quantia relevante. Isso é importante para que esses e outros clientes tenham a fidelidade com a loja, pois é um tipo de negócio que o publico atingido necessita de serviços e peças. 96 Figura 18: Frequencia à loja Fonte: Questionário aplicado A pesquisa demosntra que os entrevistados tiveram dificuldades buscar variedades nas lojas, com 43% este item mostrou para o acadêmico que esse ponto deve ser feito uma análise mais detalhada do que os clientes dizem sobre variedades, podendo ser peças, serviços, entre outras disponibilidades em uma loja, mesmo questionando os pesquisados deixaram o acadêmico confuso, pois a maioria não soube interpretar o que faltava nestas lojas, dizendo que era produto, prestação de serviço especializado, peças em gerais, entre outros. Atendimento nesta questão foi a que ficou mais baixa com 7% das respostas, mostrando que a maioria dos entrevistados não estão dando importancia. 97 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para o empreededor a busca pela melhor opção em montar um plano de negócio é o plano de negócio, pois determina como deve ser estabelecido os processos para se fazer as melhores escolhas e entender o que será o empreedimento desejado. O empreendimento para atingir o objetivo geral em propor um plano de negócio, foi especifico a utilização da literatura onde foi a principal ferramenta utilizada para obter entendimento de como uma empresa tem vida curta se não for atendida corretamente as partes para mante-la sobre um controle tremendo. Segundo pesquisas feitas pelo SEBRAE, micro e pequenas empresas brasileiras não conseguem completar dois anos de vida uma das quatro principais problemas que o gestor enfrenta é a falta de planejamento alem das dificuldades de acesso a crédito, burocracia e a tributação excessiva. Em primeiro momento o acadêmico buscou efetuar a viabilidade para montar um empreendimento no ramo de moto peças em Balneário Camboriú, identificando as oportunidades que o mercado pode oferecer e as opções que o empreendimento poderá trazer de diferencial, foi fundamental efetuar a pesquisa de campo para saber os problemas que as lojas que já participam do mercado estão passando, conforme a pesquisa demonstrou. Montar um negócio requer muito mais que desenvolver um plano de negócio, é fundamental que nos primeiros anos seja criado e traçado processos que tragam melhorias no periodo e soluções para determinados momentos conforme o mercado evolui, trazendo novas tecnologias afim de manter a rapidez no atendimento, aplicar indicadores de resultados, busca pela estoque perfeito. Para que o empreedimento seja concretizado montando a loja de moto peças em Balneário Camboriú seja efetuado, será necessário efetuar uma pesquisa mais detalhada em varias questões como, ponto e bairro a ser aberto, facilitando acesso aos clientes, fornecedores, serviços a serem prestados, tamanho da loja, custo total para se montar a loja mais detalhado, na parte de recursos humanos, entre outras análises mais apuradas para abrir a loja. A pesquisa mostrou-se viável na abertura do empreendimento no município descrito, 98 pois ao fazer os levantamentos junto aos orgãos relacionados como, DETRAN, IBGE e mercado de motos, verificou que o crescimento deste mercado tem sido muito positivo para região, mostrando que a procura de veiculos mais rapidos, saindo do transito habitual que a cidade vem passando, pouco gasto, mão de obra barata e peças em conta, facilitando a aquisição do mesmo devido a seu valor, muito estão optando em adquirir uma moto como forma de locomoção, porem como o trabalho não focalizou neste publico sendo uma amostra bem maior que a colhida pelo academico, preferiu-se focalizar a coleta de dados em empresas que trabalham com motos como, empresas de alimenstos, bebidas, transporte de pessoas, e entregas rapidas, alem dos orgãos publicos que utilizam este tipo de veiculo como policia e agentes de transito. A forma de buscar os aspectos mercadológicos foram importantes para deliniar através da pesquisa dos clientes, para determinar o perfil dos mesmos, e a definição que o plano de marketing poderá tomar em análise as respostas obtidas, onde a pesquisa realizada demosntra que os clientes buscam produtos com melhor qualidade, variedade e preço. Para análise financeira, terá que efetuar uma pesquisa mais apurada da nescessidade do empreendedor, pois o trabalho não focou as partes financeiras, pelo motivo do academico só efetuar pesquisa na possibilidade da viabilidade em se montar uma loja de moto peças, para esta análise o acadêmico teria que buscar no mercado ferramentas que possibilitariam a análise dos dados financeiros como software. Virificando oponto de equilibrio, capital de giro, receitas, despesas, taxa de retorno e de rentabilidade, valor presente liquido e projeções, detalhando melhor e possibilitando ao concluir este trabalho a abertura deste empreedimento. O trabalho apresentado pelo acadêmico sustentou ser viavel a implantação de uma loja de moto peças no município, ocasionado pelo forte indicio que falta variedade, diferenciação e mercado em crescimento. 99 5 REFERÊNCIAS ABRAM (Associação Brasileira de Motociclistas). Acesso ao site: http://www.abrambrasil.org.br/noticias.html acesso dia 22 Maio 2009. ALMEIDA, Martinho Ribeiro de. Manual de planejamento estratégico. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2001. ARAUJO, Luis César G. de. Organização, Sistemas e Métodos e as tecnologias de gestão organizacional - vol 1 e 2. Rio de Janeiro : Atlas.2006. AMFRI, (Associação dos Municípios da Faz do Rio Itajaí) http://www.amfri.org.br/municipios/index.php?show=detalhes&municipio=52 acesso em 21 de Maio 2009. BAKER, Michel J. Administração de marketing. Rio de Janeiro; Elsevier, 2005. BARBETTA, Pedro Alberto, Estatística Aplicada às Ciências Sociais. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1999. BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas da administração financeira. 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( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Separado ( ) Outros 3. Renda familiar. ( ) Até R$ 600,00 ( ) R$ 601,00 até R$800,00 ( ) R$ 801,00 até 1.200.00 ( ) Acima de R$ 1.200,00 4. Faixa etária? ( ) 18 até 24 anos ( ) 25 até 30 anos ( ) 31 até 40 ( ) Acima de 41 anos 105 5. Escolaridade ? ( ) Ensino Fundamental Incompleto ( ) Ensino Fundamental Completo ( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Médio Completo ( ) Superior Incompleto ( ) Educação Superior 6. Ocupação? ( ) Moto-boy ( ) Moto-Taxi ( ) Vendedor ( ) Outros/Quais?__________ 7. Possui moto própria? ( ) Sim ( ) Não 8. Utiliza a moto para que fins? ( ) Trabalho ( ) Meio de Locomoção ( ) Passeio ( ) Todos os fins 9. Qual o tipo de moto que possui? ( ) Até 100cc ( ) 100 até 150cc ( ) 150 até 250cc ( ) Acima de 255cc 10. Onde costuma consertar sua moto? 106 ( ) Autorizadas ( ) Lojas de bairro ( ) Você quem conserta ( ) Lojas credenciadas 11. Qual o motivo de frequêntar a loja atual? Marque três opções ( ) Atendimento ( ) Qualidade ( ) Variedade ( ) Preço ( ) Proximidade à residência ( ) Outros/Qual_________________________ 12. Vai à loja a fim de?(Comprar/Efetuar) ( ) Manutenção preventiva ( ) Consertos ( ) Acessórios p/ moto ( 13. ) Acessórios para mim Que tipo de produto costuma comprar? ( ) Peças ( ) Troca de óleo ( ) Regulagem geral ( ) Limpeza ( ) Roupas ( ) Capacete ( ) Lubrificantes ( ) Acessórios Moto 107 14. Qual o valor gasto aproximadamente? ( ) Até R$ 50,00 ( ) De R$ 51,00 até R$ 150,00 ( ) De R$ 151,00 até R$ 300,00 ( ) Acima de R$300,00 15. Você compra peças? ( ) Originais ( ) Paralelas 16. Com que freqüência vai à lojas de moto? ( ) 1 ou 2 por semana ( ) 3 à 4 por semana ( ) 1 vez no mês ( ) 2 a 3 vezes por mês ( ) De vez em quando 17. Quais os dias na semana que costuma ir mais? ( ) Segunda a quarta ( ) Quinta e sexta ( ) Sábado 18. O que não gosta nesta loja? ( ) Atendimento ( ) Preço ( ) Qualidade ( ) Variedade ( ) Proximidade à residência ( ) Outros/Qual________________________ 108 19. Você paga geralmente suas compras? ( ) À vista ( ) Cartão de Credito ( ) Cartão de Débito ( ) Cheque 20. A loja geralmente lhe oferece produtos com? ( ) Preço Justo ( ) Promoções ( ) Desconto ( ) Normal 21. Antes de comprar faz pesquisa em outras lojas? ( ) Sim ( ) Não ( ) As Vezes 109 DECLARAÇÃO HORAS A incubadora de empresa declara, para devido fins, que o estagiário DENIS VITOR SANTOS, aluno do curso de Administração de Empresa do Centro de Educação de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA – Gestão, da Universidade do Vale do Itajaí, cumpriu com carga horária prevista de 240 horas, no período de Março a Junho de 2009, seguindo o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou normas internas. Itajaí, 17 de Julho de 2009 Luiz Carlos da Silva Flores. Dr. Prof. Responsável Uni Júnior 110 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS __________________________________ Denis Vitor Santos Estagiário _________________________________ Prof. Marcos Antonio Ribeiro Andrade, MSc Orientador de Estágio _________________________________ Prof. Eduardo Krieger da Silva, MSc. Responsável pelos Estágios em Administração