ENSINO DE GEOGRAFIA: CAÇA AO TESOURO

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ENSINO DE GEOGRAFIA: CAÇA AO TESOURO ORGÂNICO.
ACIONI DA SILVA KOELZER (PIBID/ UNIOESTE) [email protected];
ANA PAULA KAMMER (PIBID/ UNIOESTE) [email protected];
JÉSSICA APARECIDA DE ÁVILA FOLLMANN (PIBID/ UNIOESTE)
[email protected];
LUIZ PAULO DA SILVA (PIBID/ UNIOESTE) [email protected];
TAIS VOELKL CHAGAS (PIBID/ UNIOESTE) [email protected];
VANDERSON RAFAEL MULLER DAPPER (PIBID/ UNIOESTE)
[email protected];
ELIANE LIECHESKI ARTIGAS (Professora supervisora do PIBID/ UNIOESTE)
[email protected];
MARLI TEREZINHA SZUMILO SCHLOSSER (Coordenadora do subprojeto do
PIBID/ UNIOESTE) [email protected];
Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Centro de Ciências Humanas, Educação
e Letras/Marechal Cândido Rondon, PR.
EIXO TEMÁTICO: Educação do Campo e ensino de Geografia.
Palavras-chave: Ensino de Geografia, PIBID, Caça ao tesouro orgânico.
Resumo
O presente trabalho vem relatar a atividade desenvolvida com os alunos dos 7º anos
“A” e “B” do Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta do Município de Marechal
Cândido Rondon-PR. A atividade em questão foi realizada em cinco etapas:
observação, organização, introdução ao conteúdo, desenvolvimento da atividade em
campo e reflexão sobre a mesma. Tendo o objetivo de instruir os alunos para
compreensão sobre as diferenças entre a agricultura convencional e orgânica e suas
consequências no meio ambiente e sociedade.
Introdução
O subprojeto “O ensino de Geografia: da teoria à prática” (PIBID/CAPES/
UNIOESTE/MCR),da UNIOESTE, campus de Marechal Cândido Rondon, PR,
possui atuação em duas instituições de ensino: Colégio Estadual Antônio
Maximiliano Ceretta e a Escola Estadual Monteiro Lobato. O subprojeto tem como
objetivo realizar a integração entre universidade e escolas públicas.
A partir das observações realizadas sobre os conteúdos trabalhados em sala
orientados pelos professores supervisores do Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência (PIIBID), elaboram-se e desenvolvem-se atividades
diferenciadas, criativas para verificar e reafirmar as informações trabalhadas pelo
docente. Um dos maiores desafios da docência é criar atividades atrativas e
motivantes sobre o conteúdo, gerando ligação entre teoria e prática. Tanto para a
formação do acadêmico pibidiano quanto para o aluno da rede pública de ensino. É
nesta perspectiva que, a atividade denominada “Caça ao tesouro orgânico”, sugerida
por um dos professores supervisores do subprojeto, se enquadra nas diferentes
formas de se construir o conhecimento.
A atividade lúdica foi desenvolvida com os 7º anos “A” e “B”, do Colégio
Estadual Antônio Maximiliano Ceretta, sendo supervisionada pela professora
regente Eliane Liecheski Artigas, com auxilio de doze bolsistas, uma voluntária e a
professora coordenadora do subprojeto1. A atividade foi desenvolvida na cidade de
Marechal Cândido Rondon-PR, mais especificadamente na propriedade do Sr. Sadi
Maldaner no distrito de Margarida.
A construção da temática envolvida na prática aqui descrita foi realizada em
sala de aula e no Laboratório de Ensino de Geografia (LEG), no qual o subprojeto
esta vinculado. Partindo do estudo da teoria e das diferentes formas de organização
do espaço agrário brasileiro, e da presença imponente, na região oeste do Paraná,
do agronegócio, e das bases convencionais de agricultura. Constatou-se a
necessidade de, além de uma simples aula de campo, mas sim uma atividade
lúdica, mas que da mesma forma mostra-se a importância da conservação dos solos
e de uma alimentação saudável nas bases orgânicas, não apenas para os alunos e
suas famílias, mas sim para a sociedade em geral.
Materiais e métodos
O ensino de Geografia não se constrói somente em sala de aula, é necessário
demostrar aos alunos na teoria e na prática, uma maneira de concretizar esta fala é
a aula de campo. Pois conforme Cordeiro; Oliveira (2011, p.103) descreve:
[...] dentre os recursos para auxiliar no ensino de Geografia, as aulas de
campo aparecem como um instrumento eficiente para o estabelecimento de
uma nova perspectiva na relação aluno/aprendizagem, pois o aluno passa a
“ver” a Geografia em vez de “ler” a Geografia, permitindo assim, uma maior
compreensão do espaço geográfico. (CORDEIRO; OLIVEIRA, 2011, p.103).
A atividade lúdica descrita neste trabalho permitiu aos alunos, além da
compreensão de alguns aspectos e a possibilidade de dúvidas sanada assimilar o
conteúdo apreendido em sala de aula com conhecimento além desta, ou seja, a
realidade daqueles que trabalham na produção orgânica de alimentos.
Como foi descrito acima, a prática foi desenvolvida em cinco etapas, sendo
elas: primeira etapa, o desenvolvimento da atividade se deu por observações sobre
o conteúdo e o método utilizado pela professora regente, sobre o ensino referente a
1
Pibidianos que participaram da atividade: Acioni da Silva Koelzer, Ana Paula Kammer, Andrews
Nataniel Raber, Erci Zimmer Mohr, Eliane Artigas (professora supervisora) Fabiene Müller, Jennifer
Paola Vicini, Jéssica Aparecida de Ávila Follmann, Jéssica Aparecida Sommavila, Luiz Paulo da Silva,
Marli Terezinha Szumilo Schlosser (coordenadora) Marilene Francieli Wilhelm, Matieli Cardoso Alves,
Tais Voelkl Chagas (colaboradora) e Vanderson Rafael Muller Dapper.
agricultura orgânica e seu modo de produção trabalhado de maneira oral e
expositiva.
Na segunda etapa, os pibidianos se reuniram e discutiram as ideias
propostas. Após a discussão foram divididas as funções de cada integrante, sendo
elas: a elaboração de um vídeo sobre as feiras orgânicas das cidades de Marechal
Cândido Rondon, Pato Bragado e Toledo, estes que foram realizados através de
entrevistas curtas à produtores orgânicos das cidades citadas. Houve também a
confecção das pistas onde a maioria destas necessitavam de concentração e
empenho da equipe, pois se constituíam em charadas e pegadinhas, envelopes
identificados por cores e figuras de frutas e da caixa do tesouro onde posteriormente
foram colocadas as frutas dos vencedores.
A terceira etapa se constitui da introdução do conteúdo, na qual os alunos
foram deslocados até o Tribunal do Júri da Unioeste para a visualização do
documentário “O veneno está na mesa”2 e o vídeo sobre as feiras orgânicas
produzidos pelos pibidianos. Logo após os alunos discutiram as pesquisas
realizadas sobre agricultura orgânica e seus modos de produção e organização dos
grupos para o desenvolvimento da atividade que ocorreria na próxima etapa.
A quarta etapa, consistiu em locomover os alunos até a propriedade da
família Maldaner, enquanto um 7º ano conhecia o local e o manejo da produção com
o produtor Tiago Maldaner, outro grupo teve explicações sobre perfis de solos
orientados por alguns pibidianos. Enquanto isso, outros pibidianos estavam
organizando o caça ao tesouro orgânico. Após término destas atividades começou a
ser desenvolvido o jogo com os alunos. As turmas foram divididas em dez grupos,
sendo que um acadêmico do projeto ficou responsável por monitorar uma equipe. O
jogo começou a partir da entrega de uma pista que dava sequência as demais. O
término ocorreu com o encontro do tesouro e a vitória da equipe, que constituía em
frutas que os alunos trouxeram de casa. Após a finalização da atividade os alunos
foram locomovidos de volta ao colégio. A dificuldade encontrada nesta etapa, foi
justamente a origem das frutas que cada aluno disponibilizou para o tesouro. A
maioria destas eram frutas compradas em supermercado, onde a base da produção
das mesmas não condiz com a agricultura orgânica. Isto se deve, muito, ao fato que
poucos alunos tinham conhecimento da existência de produção orgânica no
município.
Na quinta etapa, foi realizado a reflexão sobre a atividade, analisando as
dificuldades encontradas em seu desenvolvimento.
Resultados e Discussão
Após discussão em grupo, percebeu-se que a atividade em partes foi um
sucesso, a professora regente pontou que os relatórios mostravam o quanto os
alunos ficaram animados com a experiência, pois se tratava de algo inovador para
2
O veneno está na mesa (Filme). Disponível em: <https://br.search.yahoo.com/yhs/search?
type=avastbcl&hspart=avast&hsimp=yhs-001&p=filme+o+veneno+esta+na+mesa>
Acesso
em:
18/09/2015.
eles. Os alunos acabaram demostrando nos mesmos a importância que a aula de
campo tem para o ensino de Geografia e o conhecimento adquirido nesta atividade.
Porém, na reunião realizada posteriormente a atividade foi levantada uma
situação que ocorreu no desenvolver da atividade. Em um grupo havia um aluno
autista. Pelo fato do pibidiano responsável estar sozinho sem o auxílio da
acompanhante de apoio pedagógico, encontrou dificuldades em orientar seu grupo e
ao mesmo tempo dar a devida atenção ao aluno. Porque ele se dispersava
facilmente e acabava encontrando e apanhando as pistas brancas que eram de
outro grupo ao invés das suas pistas. Situação que na realização da atividade gerou
transtorno, pois com os sumiços das pistas alguns grupos não conseguiram
completar a atividade com êxito, gerando desconfiança entre os outros que
perderam, já que acreditavam que os grupos ganhadores haviam escondido as
pistas dos oponentes. Fato este que foi esclarecido na reunião.
Conclusões
A atividade possibilitou unir a teoria e a prática mostrando aos alunos a
importância da agricultura orgânica no nosso cotidiano. Não apenas pela qualidade
dos alimentos que são produzidos, mas também pelo manejo correto do solo sem
uso de defensivos agrícolas, produzindo alimentos orgânicos de qualidade,
consumidos pela comunidade local de Marechal Cândido Rondon.
Agradecimentos
Agradecimentos a todos os docentes do colégio que colaboraram para a
realização desta atividade na propriedade da família Maldaner, onde fomos
recepcionados com muita hospitalidade. À Prefeitura Municipal de Marechal Cândido
Rondon e a empresa Transgiro Turismo e Viagens Ltda por terem disponibilizado os
ônibus para o deslocamento dos alunos até a localidade. A todos os alunos do
colégio, que nos proporcionaram discussões construtivas para futuras atividades. E
em especial a professora do curso de licenciatura em Geografia da UNIOESTE,
campus de Marechal Cândido Rondon, Vanda Moreira Martins, pela contribuição
especial na abertura de perfil de solo na propriedade.
Referências
CORDEIRO, Joel Maciel Pereira; OLIVEIRA, Aldo Gonçalves de. A aula de campo
em Geografia e suas contribuições para o processo ensino aprendizagem na escola.
Geografia, Londrina, v. 20, n 2, p. 99-114, maio 2011.
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