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BOKAR TULKU RIMPOCHE
Breve Explicação da Sadhana da Tara Verde – Suprema Mãe Libertadora
BOKAR TULKU RIMPOCHE
O que nos sabemos sobre tara e as práticas conectadas a ela surge dos
tantras. Estes não são textos revelados de forma comum, mas sim em
circunstancias onde o Buda tomava um aspecto do corpo de beatitude e
endereçou a seres humanos, menos que deuses, bodhisatvas, celestiais e um
conjunto de seres com os quais os seres humanos comuns usualmente não se
comunicam.
Estes textos são o fundamento das práticas vajrayana, iniciações,
visualizações de deidades e recitação de seus mantras.
O que e um tantra.
A palavra tantra em tibetano gyu significa continuidade. Em sentido literal o
termo refere-se a natureza da mente, a mente além de qualquer elaboração
psicológica, em toda a sua pureza. Esta noção de continuidade da a entender
que a natureza da mente não é algo novo a se obter, algo que não existe agora
e que surge ao final da prática. Continuidade é presença na base (aquilo que
somos agora) caminho e resultado. Seja ela revelada ou velada, está sempre
aí, sem descontinuidade, como a união da vacuidade e da claridade.
No contexto dos sutras, a continua presença desta vacuidade – clareza em
seus vários estágios e expressa da seguinte maneira: No nível da base: as
duas verdades: (relativa e suprema) No nível do caminho (mérito e sabedoria)
No nível do resultado: (os dois corpos: o absoluto e o formal)
No contexto dos tantras diz-se:
No nível da base: corpo e mente
No nível do caminho a fase de criação e a fase de completamente
No nível do resultado; os dois corpos do despertar o corpo formal e o corpo
absoluto.
Base caminho e resultado são termos que formam a natureza da mente como
um ponto de referência. Quando a natureza da mente é impura (velada) ela é a
Base. O caminho indica a purificação / O resultado e a mente purificada.
Fora deste processo de purificação a essência da não muda. Ela é a mesma
durante os três passos. Tal é a continuidade ou Tantra em seu verdadeiro
sentido. Por extensão, a expressão verbal desta continuidade e os meios para
realizá-la são também denominados tantra.
Tradicionalmente diz-se que existem dois lados dos tantras;
Tantras das palavras, que expressa a natureza imutável da mente. / Tantra
supremo, ou tantra real, que é esta natureza imutável.
Budas são aqueles que realizaram o tantra real. Quando eles falam os tantras
das palavras, de uma forma ou outra, eles mostram como a natureza da mente
encontram-se coberta pela ignorância e varias emociones conflituosas (base)
para os seres comuns do samsara, então, eles dão os meios para purificá-la
(caminho) e descreve as qualidades de uma mente totalmente purificado
(resultado).
Linguagem Oculta dos Tantras.
Tantras em forma de textos são extremamente difíceis de compreender, porque
as palavras que eles usam, acobertam vários níveis de compreensão. Uma
expressão literal pode as vezes ser revelada como um erro completo.
Diz-se que os tantras tem 10 níveis de interpretação reunidos em dois grupos:
seis possibilidades e 4 modos:
Seis possibilidades:
Significado pedagógico / sig.definitivo /Com intenção / Sem intenção / Numa
língua conhecida / Numa língua desconhecida
Um exemplo de “com intenção: se encontramos uma frase afirmando:” animais
devem ser mortos “isto significa:” fazer as emoções conflitivas fazer
desaparecer ““.
Quatro Modos: Significado comum / Significado oculto / Significado literal /
Significado definitivo.
O significado comum quer dizer que o sentido da palavra é comum aos sutras e
aos tantras.
Oculto é aquele aplicado a algumas noções inerentes aos canais sutis e
ventos, como são utilizados na práticas dos seis yogas de naropa.
Significado definitivo implica que a palavra deve apenas ser compreendida no
contexto da verdade suprema, Mahamudra ou Mahaati.
Compreender tantras requer estudá-los sob um professor qualificado, capaz de
decifrar seus significados. De outra forma mesmo que possamos apreender o
aparente significado das palavras, nossa compreensão vai permanecer muito
longe do verdadeiro significado.
Mesmo um estudioso tibetano que não tenha feito um estudo especial dos
tantras não poderá compreendê-los, um geshe ou kempo muito ilustrado em
gramática e lógica que pode haver estudado, todos os mistérios dos sutras a
filosofia do madyamika ou a epistemologia do Abidharma, não estaria
preparado para conhecer os tantras.
Por exemplo, o tantra considerado como a raiz de todos os outros é o tantra da
enunciação dos nomes de MANJURSY. A compreensão deste texto pode ser
feito em vários níveis existem tratados explicando-o nos níveis do Kriya tantra,
do Charya Tantra e Yoga tantra, a fase da criação do Annutara Yoga Tantra a
fase do completamento do Annutara Yoga Tantra e assim por diante.
Sem estúdios específicos destas varias facetas o texto permanecerá misterioso
para nos. Alem do mais para uma verdadeira compreensão de um tantra, a
mera abordagem intelectual não é suficiente. Uma boa prática pessoal
Vajrayana e as benção do lama são necessárias. Na tradição tibetana o
estudos dos tantras permaneceu reservada a um pequeno numero de
indivíduos, na ordem Gelupa apenas os melhores geshes tem aceso a
universidade tantrica aonde eles podem estudar mais particularmente os
tantras Guyasamaja, Chasamvara e Yamantaka.
Na ordem Kargyupa apenas um numero de lamas ou Kempos estuda
diretamente os tantras principalmente o tanta Hevajra ou o (profundo
significado Interno) escrito pelo terceiro Karmapa.
Origem do Tantra de Tara
A origem não pode ser localizada no tempo. Os tantras pertencem a
onisciência dos Budas que transmitem um tantra na medida em que é
necessário numa determinada época, assim é impossível dar-lhes uma origem,
na realidade eles são eternos. Da mesma forma o tantra de tara qual reside no
conhecimento eterno dos budas, já foi revelado durante muitos kalpas no
passado, antes de ser revelado em nosso tempo. No que diz respeito a nosso
kalpa o Tantra de Tara foi revelado muitas vezes por Avalokiteswara em sua
terra pura o monte Potala muito antes da chegada de Sakyamuni Buda. O
nosso kalpa é dividido em 4 partes:
Totalmente dotado, designando o inicio dos kalpas quando os seres humanos
viviam longo tempo e facilmente possuíam todas as necessidades materiais, e
experimentavam grande felicidade em função de serem notáveis, pensarem da
forma correta e terem um grande amor uns pelos outros.
Dotado com ¾ : a duração da vida os bens materiais e a felicidade começaram
a decrescer.
Dotados com 2/4 o decréscimo de acentuou
Dotados com conflitos: época difícil na qual nos estamos (a qual pertence na
verdade toda a nossa história e mesmo antes) quando a vida dos seres
humanos é limitada há 100 anos e existe apenas ¼ da felicidade original.
Avalokiteswara revelou o Tantra de Tara pela primeira vez na época totalmente
dotada numa forma que compreendiam 800000 estâncias, uma 2da vez com
600000 ditadas com ¾, uma terceira vez com 12000 estâncias durantes a
época 2/4 e finalmente uma quarta vez em 1000 estâncias durante a época de
conflitos quando Sakyamuni Buda ainda não tinha aparecido neste mundo.
A Revelação do tantra por Buda Sakyamuni
Estes tantras de tara transmitidos por Avalokiteswara não são os que temos
agora. Os nossos são os de Sakyamuni Buda que os revelou na seguinte
circunstancias: A noite que precedeu o seu despertar, enquanto sentado sob a
arvore Bodhi, Sakyamuni foi atacado por uma horda de demônios que
tentavam distraí-lo de seu objetivo.
Naquele momento Tara apareceu e com oito grandes risadas fez os demônios
caírem no chão, e pararem de prejudicar ao Budha. O Buda então colocou sua
mente em estado perfeita meditação e atingiu o despertar, depois disto ele
revelou o tantra de Tara.
Entretanto este não foi o tempo em que o Tantra foi comunicado aos seres
humanos, muitos séculos seriam necessários para que isto acontecesse.
Quando os tantras foram transmitidos, pelo Buda eles foram endereçados, não
a seres humanos, mas a uma hoste de Bodhisatwas, deuses, nagas, e outros
seres mais freqüentemente, estes não eram lugares humanos mais sim outros
domínios de manifestação como o Potala de Avalokiteswara. A maioria dos
tantras incluindo o de Tara foram colocadas sob a guarda de Vajrapani
(Channa Dorje) que por esta razão é chamado o Guardião dos Segredos.
Antes dos seres humanos existirem, havia outras categorias de seres capazes
de receber os ensinamentos tantricos e beneficiarem-se espiritualmente com
eles. Os textos para a prática de tara apareceriam muito depois do tempo da
revelação divina realizada por Buda. Da mesma forma o estudioso Chandra
Gomim recebeu 108 textos de prática durante visões que ele teve da deidade.
Tantras entre os seres humanos
A primeira comunicação de tantras aos seres humanos, foi feita através da
intermediação do rei Indrabhutti, contemporâneo de Sakyamuni Buda, ele
obteve estes tantras de duas formas.
Por algumas vezes eles foram revelados a ele por vajrapani, ou outros
Bodhisatwas, e ele os escreviam imediatamente após tê-los escutado. Outras
vezes ele recebia diretamente de forma miraculosa, os textos que já haviam
sido escritos. Entretanto Indrabuthi manteve estes textos secretos trancando-os
em caixas e transmitindo seus conteúdos apenas a poucos discípulos
predestinados. O tempo não era o justo para a completa propagação. A historia
nos conta que o tantra de tara especialmente foi comunicado aos seres
humanos somente três séculos depois da morte de Sakyamuni Buda por volta
do séc. três antes de cristo. Observa-se o registro e o episodio confidencial do
Rei Indrabuti, apenas os ensinamentos do pequeno veiculo, tornaram-se
disponíveis. Sem falar do Vajrayana, mesmo os ensinamentos do grande
veiculo não foram propagados, e apenas nesta época que os sutras do grande
veículo e todos os ensinamentos dos tantras os quais foram mantidos por
Bodisatwas celestiais começaram a atingir especialmente os seres puros. Eles
foram transmitidos durantes visões de Avalokiteswara ou Manjursi, ou como no
caso de Indrabuti através de presentes miraculosos apresentados por uma
deidade.A revelação de todos os tantras começou da mesma forma, graças a
visões como aquela de Vajrapani. Relativamente poucos indivíduos seguiram o
caminho tantricos porque a transmissão era feita de um professor a um
discípulo num contexto individual. As práticas eram mantidas muito secretas e
ninguém poderiam dizer com certeza quem era um adepto tantricos.
O culto a Tara foi uma de uma serie de deidades praticadas secretamente.
Algumas histórias relativas há este tempo dizem que a intervenção de Tara
salvou seus seguidores do perigo.
Tara em sua forma absoluta:
A identidade de Tara assim como aquela das outras deidades pode ser
observada desde dois pontos de vista:
A verdade pedagógica: as verdades pedagógicas são relativas dizem respeito
a nossa maneira comum de pensar e a verdade indiscutível e aquela que vai
alem do pensamento comum. Esta dupla identidade de Tara não é uma
contradição, uma não nega a outra. Desde o ponto de vista absoluto, por causa
de sua natureza como uma deidade desperta, tara não poderia ser outra do
que a natureza de nossa própria mente. Vamos deixar claro o que é a natureza
da mente: ela está alem de qualquer conceito, alem de qualquer elaboração
mental e alem de noções tais como existência, ou não existência; nada e
alguma coisa; material e não material e assim por diante. Alem dos conceitos
não quer dizer o nada completo. A natureza da mente é o domínio do despertar
de si mesmo, e a experiência em si mesma do puro despertar. Sem intelecto,
sem raciocínio, nenhuma palavra pode prendê-la ou expressá-la.
Entretanto ela é presente e não pode ser negada. Este despertar, e inerente
em qualquer um, além de quaisquer elaborações mentais também é tara.
Outros nomes são usados para designar a suprema tara ela é notavelmente
chamada “perfeição de conhecimento” Prajnaparamita. A perfeição do
conhecimento não tem forma, é a vacuidade do corpo absoluto Dharma kaya.
Esta vacuidade, entretanto tem a capacidade de manifestar-se puramente
como o corpo de Beatitude.
E no nível do corpo de beatitude é que as Deidades femininas tais como tara
Dorje Palmho e muitas outras aparecem. Todas elas são em essência a
perfeição do conhecimento ou a natureza mesma de nossa mente. Também
dis-se que Tara é a mãe de todos os Budas.
A natureza da mente, perfeição do conhecimento e vacuidade são em fato
equivalentes. Todos os budas do passado atingiram a budeidade realizando a
vacuidade, ou realizando a natureza da mente. E assim para os Budas
presentes e será para os budas futuros. Assim Tara - A Tara além do tempo,
espaço e todos os conceitos - é a mãe de todos os Budas.
Da Mulher a Deidade
Mesmo que pareça desconcertante, a existência de Tara no nível supremo
como foi descrita, não contradiz a sua existência no nível relativo, também
chamado de Nível da verdade pedagógica.
De acordo com histórias desta verdade pedagógica, conhecida através dos
trabalhos de Taranata um lama do séc. XVI Tara era uma mulher antes de ser
uma deidade. A sua história começa incalculáveis idades antes num mundo
chamado luz multicolorida, aonde o Buda do som do Tambor residia. Uma das
filhas do rei daquele tempo chamada, sabedoria da lua possuía grande fé neste
Buda, por muitos anos ela fez inúmeras oferendas a este Buda e seus
seguidores monges. Um dia ela decidiu fazer o voto do Bodhisatwa. Os
monges se regozijaram com esta decisão e consideraram que ela iria acumular
grandes méritos por esta atividade e avisaram a ela que se ora para conseguir
um corpo humano masculino no futuro. Isto iria permitir-lhe aos seres e ao
Dharma melhor do que numa existência feminina. A sabedoria da Lua se
aborreceu pela estreiteza da mente dos monges, e lhes respondeu desde o
ponto de vista da suprema natureza de todas as coisas: “aqui não há homem,
não há mulher, não há eu, não há individuo, não há categorias. Homens ou
mulheres são apenas denominações criadas pela confusão das mentes
perversas deste mundo “. Ela disse que havia muitos que seguiam o caminho
em corpo de homem e poucos em corpo de mulher. Assim por mim mesma
enquanto o samsara não se esvaziar eu irei beneficiar os seres aparecendo em
corpo feminino, tal foi a sua promessa. Ela praticou e realizou a verdade
suprema”.
Tendo tornado-se uma deusa ela colocou milhões de seres no caminho do
despertar a cada dia, habitando por algum tempo no estado particular de
concentração chamado “concentração que libera seres do samsara” ela ficou
conhecida como a Libertadora ou tara em sânscrito. Diz-se que ela liberou um
número infinito de seres de manhã e à tarde. Noutra era cósmica no kalpa da
vitória perfeita quando Buda Amogashidhi vivia tara entrou em outro estado de
concentração para proteger os seres do perigo dos medos e dos demônios.
Este estado é chamado “a concentração que completamente conquista os
demônios”. Novamente ela beneficiou muitos seres oferecendo-lhes muita
ajuda imediatamente quando chamada. Por causa da rapidez de sua atividade,
ela foi conhecida à rápida e corajosa.
Mais tarde, durante um kalpa sem princípios aonde viveu um monge chamado
Sem Manchas que recebeu a iniciação da compaixão da mente de todos os
Budas, ele tornou-se Avalokiteswara. Os cinco vitoriosos os budas que reinam
nas cinco famílias do despertar deram a ele uma iniciação especial. Isto fez
com que Tara surgisse de seu coração aparecendo neste modo de
manifestação para realizar os desejos dos budas e trabalhar beneficiando os
seres durante aquele kalpa.
Nalgumas versões Tara aparece desde uma lágrima de Avalokita, e por esta
razão Tara recebe o nome de a filha do salvador do mundo. Tara, rápida e
corajosa filha do salvador do mundo tem beneficiado seres durante muitos
kalpas, manifestando-se de varias formas e realizando varias atividades
através de estados particulares de concentração. Tal é a história no domínio da
manifestação. A sua terra pura chama-se “harmonia das folhas de turquesa”
A Mãe Libertadora ajuda contra o Medo
Tendo compaixão infinita pelos seres os Bodisatwas fazem o desejo, que os
leva aos seres a agirem de uma forma que realiza seus desejos. Da mesma
forma a principal atividade de tara é limpar o medo e o perigo. O que é o medo
e como a Tara ajuda a lidar com ele.
Durante a nossa existência encaramos dois tipos de medo:
O medo de não obter o que não desejamos / O medo de não sermos capazes
de eliminar o perigo, o desafio ou circunstancias dolorosas a nos.
Por causa de uma ou de outras razoes nós nos encontramos temendo em
vários níveis, desde a preocupação ao pavor. Se observarmos atentamente,
veremos que a causa real do medo não e outra do que o ego mesmo, ou mais
exatamente, o apego ao ego, o “eu” quanto maior este apego mais numeroso é
os estados numerosos. Tudo o que desafia o eu de uma forma ou de outra
engendra medo. Tudo o que eu arrisco a perder engendra medo. O medo e a
crença na realidade do Eu, o medo e a o apego a nos mesmos são coisas
extremamente próximas. Nesta causa profunda existem vários fatores, tais
como circunstancias da existência, mas também algumas predisposições
karmicas.
As predisposições karmicas algumas vezes engendram medo aparentemente
sem razão ou um estado de preocupação permanente que não tem aparente
justificativa.
O Correlativo a qualquer sentimento de medo é o desejo de encontrar ajuda e
proteção, entretanto o mundo externo freqüentemente não nos prove da ajuda
que necessitamos, de tal forma que o medo nos leva ao desespero. Aquilo que
o mundo não nos pode dar, a realidade que transcende este mundo encarnada
pelos budas e bodhisatwas pode-nos dar.Particularmente a atividade de todos
os budas dirigida para a eliminação do medo e do perigo e encontrada na
divina pessoa de Tara. Tara tem o poder de nos ajudar, entretanto este poder e
efetivo apenas se confiar nele. Para Tara ajudar-nos necessitamos orar a ela e
chamá-la desde o fundo de nossos corações sem reserva ou dúvidas sobre a
sua intervenção. A resposta à deidade depende da força da nossa confiança.
Se dúvidas habitam em nossa mente existe uma pequena probabilidade de que
as benções de Tara e a proteção nos sejam dada, enquanto que uma
confiança sem reservas e completa convicção irá assegurar as bênçãos. Na
realidade, todas as aparências do mundo são manifestações de nossa mente.
Medo apreensão e perigo, também são manifestação de nossa mente, da
mesma forma que num pesadelo a mente cria ambos a ameaça e aquele que a
sente. A faculdade criativa de nossa mente é muito forte, e este força que se
externa nas orações ferventes endereçadas a Tara. Junto com a imensa
vontade de Tara de ajudar a todos os seres, esta força faz possível a proteção.
A ajuda que recebemos é como um raio, é o fruto do encontro destes dois
fatores, a força de nossa devoção mais à compaixão de tara. Nos temos que
compreender que se o fenômeno tivesse realidade em si mesmo, nenhuma
mudança seria possível. Pelo fatos deles seriam vazios em sua natureza, eles
são apenas expressões do profundo condicionamento de nossa mente que
pode ser mudada. Isto explica a eficiência de nossas orações e as respostas
de Tara, e é o porque também quando a natureza da mente é realizada, todo
medo desaparece.
Os oito grandes medos.
Tradicionalmente diz-se que Tara protege contra os oito grandes perigos tais
como.
Elefantes: cegueira / Leões: orgulho / Cobras ciúme / Fogo Raiva / Água desejo
e o apego / Ladrões filosofias erradas
Prisões ganância / Demônios dúvidas
Estes oito perigos estão relacionados com uma época na Índia, porém Tara
protege contra todos os perigos. Existe uma outra interpretação destes oito
grandes medos, eles podem ser físicos, mas também designam emoções
aflitivas em nossa mente que são muitos maiores e perigosos porque nos
levam a realizar atos negativos que serão as causas karmicas de todo o nosso
sofrimento futuro.
Com Relação a pratica da Sadhana
Ate a pagina seis é toda a invocação e elogios para guru Rimpoche ou o
nascido do Loto: um dos fundadores identificáveis do Budismo Tibetano, ele
deixou a sua impressão particularmente na escola Nigma, a sua tarefa especial
esta em acalmar os demônios ou as forças da natureza que estes
incorporavam, os métodos de guru rimpoche incluíam o uso de Purpa para
conseguir a mestria das técnicas de meditação Dozchen, ao longo dos séculos
a figura de guru rimpoche que continuou com a tradição dos Mahasidas.
Samantabadra: aquele que e todo abrangente e bom, ou aquele cuja
benevolência está em toda parte, ele é o mais importante dos Bodhisatwas do
Budismo Mahayana, ele é o protetor de todos aqueles que ensinam o dharma e
é observado como a incorporação da sabedoria Essencial, a intuição sobre a
unidade dentro das diferenças. Ele sempre aparece como uma companhia de
Sakyamuni e Manjursi, ele monta um elefante branco que representa o poder
da sabedoria sobre todos os obstáculo e escuridão tem seis dentes que
representam as seis virtudes.
Como Bodhisatwa ele está associado com Vairocana, o seu símbolo são a jóia
que preenche todos os desejos e o lótus ou um pergaminho onde estão
escritos os textos de sua meditação.
Na China Samantabadra e venerado como um dos quatro grandes
bodhisatwas, o seu lugar sagrado e o monte Omei, onde dizem que ele
permaneceu depois que chegou a china desde a Índia viajando num elefante
branco. No Samantabadra Vajrayana ele é o Buda primordial que representa o
contentamento da experiência do Dharma kaya, ele está nu com o corpo azul
profundo que simboliza a vacuidade.
As Vinte Uma Orações de Tara
TARA, O MANTRA RAÍZ (VERDE) COMPAIXÃO, SABEDORIA, PODER.
OM Eu oro a Venerável Exaltada Tara / Eu oro a tu Tare Libertadora rápida e
corajosa / Através de Tutare remove todo o medo Através de Ture concede a
boa fortuna / Através de Soha eu me prostro a seus pés
Com o Om, nos vamos em direção à Divina, girando a Tara, a incorporação da
sabedoria e compaixão, para o refugio. Ë uma invocação que purifica a mente.
Chamar a Tara Venerável indica que ela é a suprema fonte de refúgio. Ela
incorpora a prática externa, interna e secreta do caminho à iluminação. O Titulo
Tare indica completa liberdade, liberação. É o Estado além do oceano do
sofrimento. O título feminina se refere ao estado no qual todos os seres
sencientes são mentidos com amor equânime, onde o apego e a aversão foram
conquistados. É o amor que a mãe tem por seus filhos, sem discriminação e
igualmente forte para todos. Soha, ou em sânscrito Svaha é a unidade de si
mesmo com a Divina. O ato de prostrar-se a seus pés elimina a negatividade e
obstruções causadas pelo Karma, Delusão e Obscurecimentos psíquicos sutis.
Por este gesto de respeito nós concentramos nossa consciência no corpo,
palavra e mente.
TARA, A RÁPIDA HEROINA, NYUR MA PA MO - VERMELHA – PROTEÇÃO
RÁPIDA.
ORO A RÁPIDA E CORAJOSA TARA / AQUELA QUE É COMO UM FLASH
DE LUZ /TARA SURGIDA DE UMA FLOR DE LOTUS ABERTA /NASCIDA DE
UMA LÁGRIMA DO SENHOR DA COMPAIXÃO
Uma vez Avalokitesshvara, O bodhisatwa da Compaixão ficou atordoado de ver
que mesmo que tenha tentado com todos os seus esforços a libertar os seres
de seus sofrimentos, sempre haviam mais e mais. Ele caiu em lágrimas. Um
lótus brotou neste oceano de lágrimas e Tara surgiu daí, a Divindade da
Atividade Mística, Fonte de Energia Iluminadora, Ela fez o voto de ajudar a
libertar os seres rapidamente. Luz emanou de seus olhos iluminando os três
reinos do mundo, o mundo dos Nagas que está abaixo da superfície da terra, o
reino dos humanos e o reino dos deuses.
TARA, PERFEITA SABEDORIA, SARASWATI – BRANCA – CRIATIVIDADE,
SABEDORIA.
ORO AQUELA CUJA FACE É BUBLIMEMENTE BRANCA / BRILHANDO COM
A LUZ DE CEM LUAS CHEIAS DE OUTONO / ELA BRILHA COM A LUZ DE
MILHARES DE ESTRELAS
Brilhantemente branca, ela é a consorte de Munjurshri, a incorporação da
Sabedoria. Ela concede a perfeita sabedoria que liberta a todos os seres. Na
tradição Hindu ela é o som sagrado de OM desde o qual toda a criação emana.
Ela é a patrona das artes, música, dança, da palavra escrita e qualquer
ferramenta de criação. Ela também é conhecida como a TARA DA LONGA
VIDA.
TARA, A DOADORA DA VIRTUDE SUPREMA, SO NAM CHOG TERMA –
VERDE – VIRTUDE.
ORO AQUELA COM O CORPO VERDE DOURADO / SUA MÃO ADORNADA
COM UMA FLOR DE LOTUS ABERTA ELE SEGURA AS SEIS PERFEIÇÕES,
GENEROSA E AUSTERA. / DILIGENTE E PACÍFICA, PACIENTE E
MEDITATIVA. A Flor de Lótus representa a pureza. É um símbolo de criação, a
sabedoria feminina que dá nascimento à mente iluminada. Qualidades
virtuosas estabilizam a mente permitindo que ela adquira a sabedoria
transcendental. Nos ensinamentos clássicos do budismo, seis virtudes
chamadas de PERFEIÇÕES são mencionadas. Das seis, apenas cinco estão
listadas aqui: GENEROSIDADE, AUSTERIDADE (MEIOS HÁBEIS),
DILIGENCIA (PERSEVERÂNÇA), PACIENCIA E ABSORÇÃO MEDITATIVA. A
Sexta Perfeição é a PERFEIÇÃO DA SABEDORIA. A qualidade de ser
PACÍFICA representa acalmar os obscurecimentos mentais, a cobiça, a
preguiça, o apego, a aversão, a instabilidade mental, as idéias distorcidas, etc.
TARA, A TODA VITORIOSA, NAM GYAL MA – DOURADA – VITÓRIA.
Brilhando como uma montanha dourada de compaixão ORO AQUELA QUE
HABITA NA VITÓRIA INFINITA / SENTADA SOBRE AS CABEÇAS DOS
BUDAS
SERVIDA POR AQUELES DE VIRTUDE TRANSCEDENTAL Ela triunfa sobre
todos os problemas infindáveis da vida tão bem como sobre todos os
obscurecimentos mentais. Ela é a Mãe de Todos os Budas e assim ela adorna
seus nós de cabeça. Ele é servida pelos Bodhisatwas – aqueles de virtude
transcendental. Eles confiam nela em sua prática das Perfeições.
TARA, A DOADORA DE INTELIGENCIA, RIG JE MA - AMARELO OURO –
INTELIGENCIA.
Sua cor brilha como a luz do Sol
ORO AQUELA QUE PREENCHE O ESPAÇO COMPLETO / COM O MANTRA
DE TUTARE HUNG / ELA PRESSIONA OS SETE MUNDOS COM SEUS PÉS
/ ELA TEM O PODER DE CONTROLAR E SUBMETER A TODOS ELES
Tutare Hung representa a sabedoria e a compaixão. Quando ela os canta, luz
permeia todos os reinos. Tutare remove todos os medos da existência. Ela
pressiona sobre os sete reinos no mundo com seus pés os quais também
representam sabedoria e compaixão. Os sete mundos se referem aos reinos do
samsara, infernos, fantasmas famintos, animais, humanos, deuses invejosos,
deuses do desejo – com forma e sem forma. Ela assim invoca a todas as
forças destes reinos e coloca a todos os seres na benção da felicidade. Com
inteligência a mente examina o samsara e domina a sua ilusão.
TARA, A ATERRORIZADORA, JIG JI MA – VERMELHA – MERECEDORA DE
HONRARIAS.
ORO ÀQUELA QUEM OS DEUSES FAZEM OFERENDAS / MESMO OS
ESPÍRITOS PREJUDICIAIS SE CURVAM E SE RENDEM A ELA Ela é
venerada por todos os Grandes Deuses, Deuses do Fogo, Senhores- Indra dos
Deuses do Reino dos Desejos, Bhrama – o Criador, Vayu – Deus do Vento,
etc. Ela subjuga a todos os maus espíritos, e cura doenças causadas por eles.
Ela representa o estado além do samsara ao qual mesmo os Grandes Deuses
do Universo aspiram. Completando seus Yogas, rapidamente se consegue
superar até mesmo aos Deuses.
TARA, A INVENCÍVEL, SHEN GYI MI TUB MA - AZUL ESCURO – CORAGEM
INVENCÍVEL.
Com Expressão feroz e cabelos espetados ORO ÀQUELA QUE CONQUISTA
AS ORDES DE INIMIGOS / ATRAVÉS DE TRAT E PAT ELA PISOTEIA COM
SUAS SOLAS DE PÉS / ELA SENTA COM A PERNA DIREITA DOBRADA E A
ESQUERDA ESTICADA
BRILHANDO NA BRUMA RESPLANDESCENTE UMA FEROZ CHAMA DE
FOGO O Mantra é Colérico e enfático. Qualquer força negativa externa e
desafiadora é completamente dissolvida por ela que acaba com qualquer
apetrecho. Sua perna direita simboliza sabedoria e a esquerda compaixão.
Elas pressionam o samsara. Samsara é o estado de Ter que continuamente
tomar renascimento sob o controle do karma e dos obscurecimentos. A Chama
brilhante do Fogo é o CONHECIMENTO-SABEDORIA que emana desde o seu
corpo.
TARA, PODER SUPREMO, SHENLE NAMPAR GYALMA – DOURADA –
TRIUNFO SOBRE OS PENSAMENTOS NEGATIVOS. Com expressão
colérica, brilhante em seu corpo sentada sobre um crocodilo.
ORO ÀQUELA QUE TRIUNFA SOBRE TODOS OS PENSAMENTOS
PREJUDICIAIS / VENCENDO-OS ATRAVÉS DE TURE E SEU ASPECTO
ATERRORIZADOR / COMA FACE DE LOTUS FRANZIDA ELA ACABA COM
TODOS OS INIMIGOS DA VERDADE EMOÇÕES PREJUDICIAIS E VEUS DA
MENTE. Ture é parte de seu mantra. Esta oração mostra o benefício de
mesmo que se cante um fragmento apenas do seu mantra ele é eficiente para
vencer os inimigos internos à iluminação, o APEGO NEURÓTICO À PRÓPRIA
MENTE. Estes são os verdadeiros inimigos da verdade: DELUSÕES OU VEUS
DA MENTE que obstruem a possibilidade de se atingir a liberação;
pensamentos prejudiciais e emoções obstruem a onisciência. Sua bela face
assume uma expressão feroz. Com grande energia e ênfase ela remove todas
as obstruções.
SALVADORA DA ESSENCIA DA FLORESTA, SENG DENG NAG DOLMA –
VERDE PÚRPURA – REFUGIO.
Como as sombras profundas numa floresta de sândalo. ORO ÀQUELA CUJOS
DEDOS ADORNAM SEU CORAÇÃO / NO MUDRA DA TRIPLA GEMA / LUZ
IRRADIA DESDE A RODA EM SUA MÃO A mão esquerda no coração está no
mudra da Gema Tripla, o Buddha, o Dharma e a Shanga. Ele é feito com o
polegar que toca o dedo anular, os outros três dedos se estendem com a
palma para fora, também representando “NÃO MEDO”. Ela é a incorporação
das três gemas e assim um objeto perfeito de refúgio. A mão direita com o
polegar e o dedo indicador se tocando com os dedos apontando para baixo
com a palma para fora é o gesto da garantia de Bênçãos, poderes e realização.
A roda da verdade em sua mão direita é um dos 32 sinais físicos de um ser
iluminado. Ela tem mil pontos luminosos que brilham e irradiam ondas de luz
através do universo inteiro.
TARA, CONQUIATADORA DE TUDO COM GRANDE ALEGRIA, JIG TEM
SUMLE GYAL – VERMELHA – RISOS. ORO ÀQUELA CUJO DIADEMA
BRILHA IRRADIANDO LUZ / SUA RISADA ALEGRE POR TUTARE TRÁS AO
MUNDO SOB O SEU PODER Sua coroa de jóias (diadema) é adornada pela
presença dos cinco Budas de Sabedoria. Ele brilha emanando raios de luzes
multicoloridas. Com grande alegria ela ri o mantra de REMOÇÃO DOS
MEDOS, TUTARE e todos os seres no céu, na terra e nos submundos são
completamente cativados. Ela preenche todos os desejos e remove todos os
obstáculos.
TARA, COMANDANDO, INVOCANDO, NAR TOR MA – AZUL ESCURO –
DOADORA DE SAÚDE.
Uma nuvem de trovão que chove jóias ORO ÀQUELA QUE COMANDA OS
PROTERORES DOS MUNDOS / ELA SALVA A TODOS DO DESASTRE COM
A SÍLBA HUNG Ela reúne os guardiãs das dez direções (quatro pontos
cardinais, norte sul, leste, oeste, os quatro pontos intermediários, nordeste,
sudeste, noroeste e sudoeste, acima e abaixo). Ela os comanda para que
realizem suas atividades mágicas divinas. Estas forças naturais de bondade
respondem a ela espontaneamente. Com o mantra colérico HUNG ela liberta a
todos afligidos pelo infortúnio ou pelo sofrimento. Ela resgata os empobrecidos.
TARA, A AUSPICIOSA, TASHI DONJE MA – DOURADA – BELEZA.
ORO ÀQUELA CUJO DIADEMA É UMA LUA CRESCENTE / SEUS
ORNAMENTOS EMANAM FILAMENTOS DE LUZ BRILHANTE / O BUDA
AMITABA SENTA NO TOPO DE SUA CABEÇA A lua é símbolo de sabedoria e
a lua crescente ou a lua nova é um poderoso momento para se desenvolver
habilidades meditacionais através das quais muitos estados divinos são
atingidos. Seus ornamentos dourados belíssimos, coroa, brincos, colares,
braceletes, cotoveleiras, cintos e tornozeleiras, todos brilham com luz. Eles
representam a Maestria de todas as possibilidades de atividades iluminadas.
Amitaba é o Buda da Luz Infinita que emana um fio constante de luz para
preencher as necessidades de todos os seres. Sua beleza faz surgir vida,
crescimento e iluminação.
13) TARA, A QUE CONCEDE A MATURIDADE, DEPUNG SOMZE MA –
VERMELHA – VERDADE IRRESISTÍVEL. Estridente e flamejante ORO
ÀQUELA QUE ESTÁ NO CENTRO DA GUIRLANDA / FLAMEJANTE COMO O
FOGO DO FINAL DE TODOS OS TEMPOS / SUBJUGANDO A TODA A
RESISTENCIA, ELA GIRA A RODA DO DHARMA.A guirlanda de chamas que
envolvem a Tara é o fogo da sabedoria que emana desde o seu corpo. Estas
chamas consomem a delusão, trazendo grande alegria àqueles que seguem o
caminho espiritual. Nada pode resistir a estas chamas de sabedoria. Vermelho
com força magnética esta Tara Vermelha atrai todos para a irresistível verdade.
Girando a roda do dharma significa que ela ensina a verdade.
14) TARA, A COLÉRICA, TO NYER CHEN – NEGRO-PÚRPURA –
FEROCIDADE COMPASSIVA.
Adornada com escalpos, três olhos vermelhos, atirando raios desde a sílaba
hung nas palmas e nas solas dos pés. ORO A ELA QUE FAZ TREMER A
TERRA COM SUA PALMA / ELA DETEM E CONQUISTA OS SETE
SUBMUNDOS / COM O SOM DE HUNG FEITO COM SUAS
SOMBRANCELHAS FRANZIDAS.Sua mão esquerda golpeia o chão fazendo o
dedo indicador ameaçador – isto acorda os seres de seu estado complacente.
Sua mão direita segura o vajra, o raio simboliza os meios habilidosos que é a
compaixão. Os sete raios são todos os reinos do samsara aonde os seres
lutam e sofrem na ignorância. A sílaba hung é a afirmação colérica e enfática
de sua ferocidade compassiva. Ela está franzindo o cenho, mas como uma
mãe há ainda carinho por trás de seu gesto colérico.
15) TARA, A SERENA, RAB SHI MA – BRANCA – PAZ. Jasmim branco
purifica as águas.
ORO ÀQUELA QUE É BENÇÃO, VIRTUDE E PAZ / SUA ATIVIDADE É PAZ
ALÉM DE TODO SOFRIMENTO
COM OM E SOHA ELA DESTROI OS MAIORES PECADOS Benção, virtude e
paz são os passos para a mais alta realização espiritual, Nirvana, também
descrito como a paz além de todo sofrimento. Om é o início de seu mantra, o
todo abrangente. Soha é o final e significa “que assim seja”. Através de seu
mantra toda a negatividade é purificada.
16) TARA, DESTRUIDORA DO APEGO, BARWA O CHEN MA – VERMELHO
– CORAL – VERDADE VITORIOSA. Flamejante, Bela e Luminosa. ORO
ÀQUELA VITORIOSA QUE MANTÉM ETERNAMENTE A RODA DA
VERDADE / OS SONS DE SEU MANTRA CIRCULAM A LETRA HUNG / ELES
LIBERAM O DEVOTO COM LUZ RADIANTE A roda da verdade é o
ensinamento do Dharma. Ela suporta os seguidores dos ensinamentos de
todas as maneiras. Na visualização de seu mantra de dez sílabas, OM TARE
TUTTARE TURE SOHA ele é visto circulando em seu coração. O hung ao
centro de seu coração é o som do grande poder. Com a emissão destes dois
mantras todos que vão a ela com orações sinceras, são libertados dos apegos
egocêntricos e do apego ao mundo exterior ilusório.
17) TARA, REALIZADORA DA BEM AVENTURANÇA, PAGME NON MA –
AMARELO CORAL – ALEGRIA TRIUNFANTE. Cor de chamas dançantes
ORO A ELA RÁPIDA QUE SURGE DA SEMENTE DA PALAVRA HUNG / ELA
BATE SEU PÉ FAZENDO TREMER AS MAIORES MONTANHAS / OS TRÊS
MUNDOS TREMEM DEVIDO À SUA DANÇA Tara é rápida em assistir a todos
que a chamam. Ela aparece da transformação do som primordial de HUNG. Ela
brinca com seu poder, dá uma batida com o pé e os montes Kailash, Meru e
Mandhara trepidam. Os três mundos incluem os seres que residem na terra, no
submundo e nos céus. Ela dança e produz bem aventurança em todas as
mentes.
18) TARA, A QUE REMOVE OS VENENOS, MA JAMA – BRANCA –
TRANSFORMA VENENOS.
Sentada num cisne branco com belas asas ORO ÀQUELA QUE SEGURA A
LUA EM SUAS MÃOS / COMO UM OCEANO DE DEUSES REFLETINDO PAZ
ELA ELIMINA VENENOS CANTANDO TARE, TARE PAT. A Lua que reflete o
oceano ou lago celestial, simboliza o seu poder de eliminar os efeitos
venenosos das delusões e distorções mentais. Estes são venenos poderosos
que requerem o mantra enfático de Tare, Tare, Phat.
19) TARA, A RAINHA INVENCÍVEL, MIPAM GYAL MA – BRANCA – REMOVE
OS ARREPENDIMENTOS.
Graciosa, branca como uma concha, irradia raios de luz vermelhos e brancos.
ORO ÀQUELA QUE REIS, DEISES E TODOS OS SERES SERVEM / SUA
BELEZA MARAVILHOSA ELIMINA OS PESADELOS, ACABA COM TODAS
AS GUERRAS.Conhece-la é ama-la e querer servi-la. Todos as realizações
mundanas e poderes são apenas migalhas e pó diante dela. Mesmo Indra, rei
dos deuses dos desejos e Bhrama, criador de todas as formas, a honram.
Apenas pensar sobre sua beleza maravilhosa elimina todos os conflitos e
pesadelos, e consome todos os arrependimentos. Meditar nela de várias
formas e refletir sobre o seu mantra oferece a experiência do brilho
transformador de suas energias.
20) TARA, FONTE DE REALIZAÇÕES, RI TO MA – COBRE – SAÚDE
RADIANTE.
Habitante da Montanha.
ORO ÀQUELA QUE É RADIANTE COMO A LUZ / SEUS OLHOS CLAROS
CHEIOS COMO O SOL E ALUA
CANTANDO HARA HARA TUTARE, ELA REMOVE TODAS AS
ENFERMIDADES.Assim como o Sol e a Lua dispersam toda a escuridão, ela
dispersa a ignorância. O Sol é quente e colérico, a Lua é fria e pacífica, mas
ambos emitem a radiação que é capaz de vencer as enfermidades recorrentes
do apego ás causas do sofrimento. Hara é um mantra feroz; Tutata é um
mantra pacífico. Aplique o medicamento correto e cure todas as doenças.
21) TARA, RAIO DE LUZ, OD ZER CHEN MA – BRANCA – ILUMINAÇÃO.
Dançarina do Céu radiante. ORO A ELA DOTADA COM FORÇA E CALMA /
ORDENADA COM AS TRÊS VERDADES DE OM AH HUNG VENCEDORA DE
TODO O MAL, TURE O INSUPERÁVEL.
Ela possui as três realidades de todos os seres iluminados. O OM em sua
coroa significa perfeição da forma física, sua habilidade de se manifestar no
mundo para beneficiar todos os seres. O AH em sua garganta é a perfeição de
sua palavra, o poder mantrico que possui todas as possibilidades de
realização. O HUNG em seu coração é a perfeição da mente, verdadeiramente
ela sabe tudo o que deve ser conhecido e à vontade habita na Bem
Aventurança do Nirvana. Estas qualidades representam a força e a habilidade
de vencer qualquer problema sejam as delusões internas ou as ilusões do
mundo fenomenal. Ela é absolutamente insuperável.
Se o praticante tem poder de concentração, desenvolve um campo energético
muito forte. É difícil para qualquer intruso externo, penetrar este campo. Se a
concentração for sobre um objeto de refúgio puro como Tara, com certeza a
pessoa será abençoada com todas as necessidades internas e externas.
ROTEIRO DE VISUALIZAÇÃO DA SADHANA DA MÃE LIBERTADORA
Compilado pelo Naljorpa Karma Zopa Norbu –diretor do Jardim do Dharma
Pág. Primeira Visualização
2 bis No espaço na sua frente aparece a Mãe Libertadora
3 Deusas saem do seu coração e oferecem as 8 oferendas
3 Com remorso visualizamos que nos prostramos reconhecendo nossas faltas
4 bis Abençoamos a o lugar de meditação visualizando que através do Namcho
inúmeras gotinhas de néctar chegam as bocas dos incontáveis budas ,
pensamos que todo o que nos rodeia lugares etc.formam parte do paraíso da
Mãe Libertadora
5 Novamente deusas de oferendas surgem de nosso coração para agasalhar a
Mãe
5bis Visualizamos milhares de lamas no espaço frente a nos rodeados de luz
6 Os lamas vem ao nosso lugar de pratica e ficam conosco (nos sentimos
profundamente acompanhados e acolhidos pela sua presença)
7 Novamente de nosso coração deusas de oferenda saem com inúmeros
presentes (as 8 oferendas) e oferecem ao santos lamas.
9 Oferenda da mandala, visualize milhares de você mesmo realizando milhares
de oferendas que se convertem em nuvens e vão diretamente párea todos os
lamas e a própria Mãe Libertadora
11 Após a oferenda da mandala e sentindo um grande regozijo por perceber
que eles aceitaram a sua oferenda peça com seu coração a eles o que você
necessita.
Segunda Visualização
11 Num instante Você mesmo é a Mãe Libertadora, no seu coração está a letra
tam como no desenho abaixo, desta letra irradiam inúmeros raios de luz que se
convertem nas 21 mães libertadoras junto com elas estão milhares de budhas
12 Quando se fala novamente PEMA KAMALAYA SATOM nos, como a própria
Mãe chama a Mãe que se apresenta perante nos (como se estivéssemos
chamando a nossa irmã gêmea)
12bis Novamente de nosso coração emanam deusas de oferenda para
agasalhar a mãe Libertadora
13 Oferenda da mandala - Quando pronunciamos Om Há Hung novamente
pensamos que estamos oferecendo nuvens de oferendas a todos os raros e
sublimes. Quando pronunciamos OM SARGUA TATAGATA RATNA MANDALA
PUDSAHO eles recebem e demonstram uma grande satisfação
13bis Depois da oferenda da mandala, cantar 2 vezes as homenagens as 21
emanações da Mãe Libertadora
14 Novamente de nosso coração deusas de oferenda saem com inúmeros
presentes (as 8 oferendas) e oferecem a Mãe libertadora e as suas 21
emanações
14 Oferenda da mandala visualização idêntica as oferendas das mandalas
14 bis Ate agora a Mãe Libertadora estava com a mão direita para baixo no
mudra da generosidade neste momento após a oferenda da mandala ela
adquire o gesto do não medo ou a intrepidez a mão direita com seus dedos
apontam para cima e a mão para fora . Visualizar que você e todos os seus
amigos e parentes e companheiros do dharma estão sob a proteção da Mãe
Libertadora.
Depois desta visualização, cantar 3 vezes as homenagens as 21 emanações
da Mãe Libertadora
15 Oferendas e Oferenda da mandala visualização idêntica as oferendas das
mandalas
15bis Após a oferenda da mandala do Corpo da Mãe Libertadora emana
Ambrósia em forma de luz que entra pelo chacra coronário, preenchendo nosso
corpo e o dê meus protegidos neste momento toda a graça espiritual de Nossa
Mãe penetra em nosso ser.
Durante esta visualização, cantar 7 vezes as homenagens as 21 emanações
da Mãe Libertadora
Terceira Visualização
17bis Benção da torma – da vacuidade aparece a letra OM que se converte
num vasto recipiente adornado de jóias e cristais (sublime) dentro deste
recipiente aparece a torma ou uma grande oferenda (como Você puder
visualizar)
18 No momento em que esta recitando a escrita, visualize que Você está em
pe com este vasto recipiente oferecendo a Mãe Libertadora e todo o seu
séqüito. Quando se escuta o sino, peça o que Você necessita
19 Novamente de nosso coração deusas de oferenda saem com inúmeros
presentes (as 8 oferendas) e Mãe Libertadora e seu séqüito enquanto
realizamos os elogios, visualizamos que milhares de nos mesmos se prostram
perante a Mãe Libertadora
Quarta Visualização
21 Quando fala DUN KIE a Mãe Libertadora que esta na sua frente se funde
em você mesmo que é também o corpo da Mãe Libertadora, neste momento se
experimenta a união indivisível do espírito da Divindade e você mesmo
Recite então o Mantra OM TARE TUTARE TURE SOHA visualize o maximo
possível e bem claro no seu coração as letras como está no desenho acima
21 Visualize Dorje Sempa , acima de sua cabeça emanando luz branca que
entra pelo chacra coronário eliminando então todas as faltas cometidas no
ritual.
22 Quando falamos Gnang tu shak guardamos profundo silencio
Sobre os símbolos e mudras encontrados nas divindades do Vajrayana
Há três tipos de símbolos gerais que identificam as muitas figuras diferentes
das mandalas, e descobrem o mais profundo significado.
Em primeiro lugar uma figura pode levar na coroa da cabeça uma figura ou
cabeça de uma outra figura importante, indicando que emana dela.
Normalmente os budistas acreditam que as suas linhagens ancestrais de
mestres sentam-se sobre suas cabeças. Depois encontramos os mudras que
as figuras fazem com as mãos, e em terceiro lugar, os objetos que as figuras
às vezes levam em suas múltiplas mãos chamado comumente de mudras.
MUDRAS:
Tocar a terra: a mão direita aponta para o chão, com a palma para dentro e as
pontas dos dedos tocando a terra, chamando a própria terra apara que seja
testemunha da devoção de Buda ao longo do tempo e da obtenção da
iluminação. A mão esquerda permanece no seio.
Dissipação do medo: a mão direita está levantada com a palma para fora, os
dedos apontados para cima oferecendo a proteção “não temer”.
Dar: quando a mão esquerda está estendida, a palma para fora, os dedos para
baixo, oferecendo dons e aceitando súplicas.
Predicando a doutrina: as duas mãos fazem um gesto assimétrico com os
dedos, fazendo girar a roda da doutrina.
Insultar: uma mão está levantada para bater e assim despertar a verdadeira
realidade.
Reverencia e submissão: mãos unidas, palma com palma apontando para
cima, com os dedos ligeiramente dobrados.
Meditação profunda: as mãos estão com as palmas para cima, uma em cima
da outra sobre o seio, sujeitando às vezes uma jarra.
Reverencia para os prediletos ou mestres: antebraço levantado, os dedos
apontam para o mesmo ombro, a palma para baixo.
Ameaça: punho levantado, com o dedo coração estendido.
Discussão: braço levantado, palma para fora, dedos para cima, polegar e
mindinho dobrados e unidos.
Salpicar: a mão tem os dedos colocados numa vasilha, para distribuir benção
sagradas da doutrina. Em nossa escola o fazemos com o anular esquerdo.
Revelar a sutil interação da causalidade mútua: a mão está reta com a palma
para fora, somente o indicador e o mindinho levantados e o resto dobrados;
simboliza o ensinamento da total interdependência das causas e das
condições.
Revelação: antebraço levantado, mão horizontal e palma para cima.
ACESSORIOS:
Roda: significa a doutrina, em contrapartida da roda do carma.
Vajra: diamante poder transcendental da doutrina
Livro: sabedoria que elimina falsas afirmações e negações.
Sino: normalmente com o cabo vajra, vibração primaria, a doutrina para o alem
do que se ouve normalmente, se usa para chamar os espíritos celestes
femininos.
Pur-pa: ponta ou cravo ou adaga mágica lavrada com o rosto de um espírito
que mora nela, é a personificação física da sílaba HUNG. Os monges ou yogue
fazem gestos rituais com ele individualmente ou em grupos para reforçar o
poder dos mantras e completar as cerimônias. Apontam com eles as direções
para as quais querem enviar suas orações.
Jóia: às vezes demarcadas com chamas: radiação sobrenatural e inimaginável
Lótus: unidade desapegando-se em múltiplas manifestações, para além das
fronteiras da realidade comum. Compaixão não contaminada.
Taça: recipiente que contem o néctar da imortalidade, obtida ao seguir a
doutrina verdadeira.
Espada: o meio de cortar com as ataduras, como a brilhantes sabedoria corta
os limites e os conceitos.
Vasilha em forma de caveira: às vezes cheia de sangue; oferenda da energia
vital.
Cabeça cortada: sozinha ou num colar de cabeças; o poder do tempo para dar
morte ao individuo encerrado em si mesmo.
Damaru: a natureza dual da existência, realidade convencional e ultima, se usa
para chamar os protetores masculinos.
No corrediço: meio para pegar e estrangular os pensamentos discursivos.
Faca voadora: com folha de S, às vezes com cabo vajra, o meio para esfolar
qualquer egoísmo falso e limites separatistas.
Dente de elefante: o meio para controlar as emoções poderosas, semelhantes
a elefantes.
Mala: elemento que mantém o sentido do tacto em contacto com o sagrado
serve para contar mantras.
Arco na mão direita e flecha na mão esquerda: o arco é o método, a flecha a
sabedoria, Realidade convencional e ultima integrada numa só.
Martelo de madeira com cabeças humanas: poder espiritual para obter efeitos
mágicos.
Tridente: os três tempos
Inseticida de cola de yak: objeto para limpar as manchas mentais.
Serpente: encadeada ou como grinalda; poderes vitalizantes e criativos, mais
perigosos da terra.
Braceletes: a musica da dança do tempo.
Corno: o som primordial de trombeta que chama a todos os seres a verdade
central
Cadeia: de ferro, o carma.
Couro cabeludo: a pele do alto do crânio, portanto fundida de energia espiritual.
Faca curva: que corta com todas as amarras e laços.
Machado: para cortar as raízes da ilusão.
Chamas envolventes: o fogo da sabedoria queimando a ignorância.
Muitas cabeças: as 50 manifestações do ego neurótico.
Relha de arado, para romper a terra endurecida e poder semear a semente da
iluminação.
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