Diagnóstico molecular de doença de Huntington (HD) em paciente

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Diagnóstico molecular de doença de Huntington (HD)
em paciente já confirmado por diagnóstico clínico
e neurológico no município de Linhares – ES
Soares, LA¹; Nunes, RRA²; Freitas, WR³
¹Laboratório de Biologia Molecular da Faculdade de Ciências Biomédicas do Espírito Santo – Faculdade Pio XII.
²Laboratório de Genética Animal da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES.
³Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF
Palavras-chave: Doença de Huntington, Neurodegenerativa, Movimentos, Coréia, IT15
A doença de Huntington (HD) é uma doença neurodegenerativa, de ordem gênica com padrão autossômico
dominante de repetição. Ela envolve a síntese da proteína Huntingtina que é expressa pelo gene IT15, localizado no
cromossomo 4, braço curto, lócus 16 (4p16), sendo que esse produz 3.144 aminoácidos. Em geral, a doença começa
a manifestar os seus sintomas clínicos após a idade fértil (em torno dos 40 anos), o que torna o diagnóstico tardio.
Outro fator de interesse na doença é que a mesma tem a tendência de levar os seus afetados a mudança súbita de
humor, distúrbios psíquicos, resultando, assim, em um grande número de suicídios. A verificação da HD pode ser
realizada de forma preditiva (quando não se encontram sinais e sintomas) ou diagnóstica (quando há caso próximo
na família, com apresentação dos primeiros sintomas). Visando essas considerações o presente trabalho apresenta
um panorama da HD, com sua sintomatologia, aspectos genéticos, epidemiologia e tratamento. O mesmo descreve
o caso clínico de um paciente, sexo feminino, de 66 anos de idade, com apresentação dos primeiros sinais clínicos
aos 51 anos, em conjunto da análise do heredograma da família da paciente. Em pacientes considerados normais
encontram-se de 9 a 35 repetições da trinca de nucleotídeos CAG (Citosina – Adenosina – Guanina), com média de
19. Já no presente estudo, revelaram-se 42 trincas de nucleotídeos CAG, responsáveis pela mutação nessa paciente
e conseqüente diagnóstico positivo para HD. Outro fator discutido foi o possível motivo pelo qual a paciente
apresenta maior prognóstico da doença do que seus irmãos já falecidos, correlacionando com o número de trincas
CAG, que é relatado em algumas literaturas. A HD, como uma doença neurodegenerativa de expressão tardia
apresenta seus principais agravantes na quantificação das trincas de nucleotídeos CAG. Pacientes com maior
quantidade desses nucleotídeos podem apresentar aumento na intensidade dos sinais clínicos e antecipação no
aparecimento desses. Entretanto, mais importante que essa quantidade, é o paradigma existente no diagnóstico
de uma pessoa não afetada, mas com parentes geneticamente afetados.
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