GABARITO ITA 2014/2015 FÍSICA 09/12/14 Se precisar, utilize os valores das constantes aqui relacionadas. Constantes dos gases: R = 8 J/(mol · K). Pressão atmosférica ao nível do mar: P0 = 100 kPa. Massa molecular do CO2 = 44 u. Calor latente do gelo: 80 cal/g. Calor específico do gelo: 0,5 cal/(g · K). 1 cal = 4 × 107 crg. Aceleração da gravidade: g = 10,0 m/s2 Questão 1 Um fio de comprimento L e massa específica linear m é mantido esticado por uma força F em suas extremidades. Assinale a opção com a expressão do tempo que um pulso demora para percorrê-lo. A ( ) 2LF m ∝ D ( ) L µ π F B ( ) F 2πLµ E ( ) L µ 2π F C ( ) L ∝ m F Gabarito: Letra C. A velocidade da onda no fio é dada por V = F (i) µ Seja t o tempo que o pulso leva para percorrer o fio. Logo, V = De (i) e (ii): L (ii) t F L µ = ⇒ t=L µ t F Questão 2 Uma pequena esfera metálica, de massa m e carga positiva q, é lançada verticalmente para cima com velocidade inicial v0 em uma região onde há um campo elétrico de módulo E, apontado para baixo, e um gravitacional de módulo g, ambos uniformes. A máxima altura que a esfera alcança é: 2 A ( ) v . 2g B ( ) qe . mv 0 C ( ) v 0 . qmE 2 D ( ) mv 02 . 2( qE + mg) E ( ) 3 mEqv 0 . 8g GABARITO ITA – FÍSICA Gabarito: Letra D. Partícula positiva: força no sentido do campo elétrico. + E P Fel Logo: Fres = P + Fel ⇒ m a = mg + q E ⇒ a = g + qE m Pela equação de Torricelli: mv 02 qE O = v 02 − 2 g + ⋅ hmáx ⇒ hmáx = m 2 ( qE + mg ) 3 09/12/14 Questão 3 Uma massa puntiforme é abandonada com impulso incial desprezível do topo de um hemisfério maciço em repouso sobre uma superfície horizontal. Ao descolar-se da superfície do hemisfério, a massa terá percorrido um ângulo q em relação à vertial. Este experimento é realizado nas três condições seguintes, I, II e III, quando são medidos os respectivos ângulos qI qII qIII: I. O hemisfério é mantido preso à superfície horizontal e não há atrito entre a massa e o hemisfério II. O hemisfério é mantido preso à superfície horizontal, mas há atrito entre a massa e o hemisfério. III. O hemisfério e a massa podem deslisar livremente pelas respectivas superfícies. Nestas condições, pode-se afirmar que A ( ) qII < qI e qIII < qI B ( ) qII < qI e qIII > qI C ( ) qII > qI e qIII < qI D ( ) qII > qI e qIII > qI E ( ) qI = qIII Gabarito: No momento que se desprende, a normal tende a zero. Caso 1: Fcp = P cos θ1 mv 2 = m g cos θ1 R v 2 = gR cos θ1 q1 q1 Emi = Emf P m gR (1 − cos θ1 ) = mv 2 2 v 2 = 2 gR (1 − cos θ1 ) gR cos θ1 = 2 gR (1 − cos θ1 ) → cos θ1 = 2 3 Caso 2: Fcp = P cos θ2 Fat q2 mv 2 = m g cos θ2 R 2 v = Rg cos θ2 q2 τ res = ∆Ec P τ Fat = −W (W > 0 ) 4 mv 2 +W 2 2W v 2 = 2 gR (1 − cos θ2 ) − m mgR (1 − cos θ2 ) = GABARITO ITA – FÍSICA Rg cos θ2 = 2 gR (1 − cos θ2 ) − cos θ2 = 2 (1 − cos θ2 ) − 2W mgR 2W m 2W 2 2W → cos θ2 = − 3 3 mgR mgR cos θ2 < cos θ1 → θ2 > θ1 3 cos θ2 = 2 − Caso 3: Referencial ⇒ hemisfério Fcp = P cos θ3 − FI senθ3 FI q3 q3 P τF I = K ( K > 0) τres = ∆Ec gR cos θ3 − cos θ3 − mv 2 = mg cos θ3 − FI senθ3 R F ⋅R senθ3 v 2 = gR cos θ3 − I m mgR (1 − cos θ3 ) + K = mv 2 2K → v 2 = 2 gR (1 − cos θ3 ) + 2 m FI ⋅ R 2K ⋅ senθ3 = 2 gR (1 − cos θ3 ) + m m FI 2K senθ3 = 2 (1 − cos θ3 ) + mg mgR FI 2K senθ3 + mg mgR 2 F senθ3 2K cos θ3 = + I + 3 3 mg 3 mgR cos θ3 > cos θ1 → θ3 < θ1 3 cos θ3 = 2 + Questão 4 Considere um tubo horizontal cilíndrico de comprimento , no interior do qual encontram-se respectivamente fixadas em cada extremidade de sua geratriz inferior as cargas q1 e q2, positivamente carregadas. Nessa mesma geratriz, numa posição entre as cargas, encontra-se uma pequena esfera em condição de equilíbrio, também positivamente carregada. Assinale a opção com as respostas corretas na ordem das seguintes perguntas: I. Essa posição de equilíbrio é estável? II. Essa posição de equilíbrio seria estável se não houvesse o tubo? 5 09/12/14 III. Se a esfera fosse negativamente carregada e não houvesse o tubo, ela estaria em equilíbrio estável? A ( ) Não. Sim. Não. B ( ) Não. Sim. Sim. C ( ) Sim. Não. Não. D ( )Sim. Não. Sim. E ( )Sim. Sim. Não. Gabarito: Letra C. I.Sim. +q1 F2 +q F1 +q2 Na posição inicial, |F1| = |F2|. Fazendo um pequeno deslocamento para a direita, |F2| para a ser maior que |F1|, como mostra a figura. Logo, a partícula tenderá a voltar para a posição de equilíbrio, caracterizando o equilíbro estável. II.Não. Retirando-se o tubo, o movimento poderá ocorrer em qualquer direção. Logo, o equilíbrio é instável nas demais direções em relação à direção considerada em I. III.Não. As considerações da resposta à pergunta II permanecem válidas, além de ainda não existir equilíbrio na situação mostrada em I (pois F1 e F2 estariam em sentidos opostos aos mostrados) Questão 5 Considere as seguintes proposições sobre campos magnéticos: I. Em um ponto P no espaço, a intensidade do campo magnético produzido por uma carga puntiforme q que se movimenta com velocidade constante ao longo de uma reta só depende da distância entre P e a reta. II. Ao se aproximar um imã de uma porção de limalha de ferro, esta se movimenta porque o campo magnético do imã realiza trabalho sobre ela. III. Dois fios paralelos por onde passam correntes uniformes num mesmo sentido se atraem. Então, A B C D E ( ( ( ( ( 6 ) apenas I é correta. ) apenas II é correta. ) apenas a III é correta. ) todas são corretas. ) todas são erradas. GABARITO ITA – FÍSICA Gabarito: Letra C. I. Falso, pela Lei de Biot-Savart, o campo magnético é dado por: → v θ → r d P µ0 v ×r µ v ⋅ r ⋅ senθ ⋅q⋅ 2 = 0 ⋅q⋅ 4π 4π r r2 µ0 qv ⋅ ⋅ senθ Bp = 4π r Bp = → → Logo o campo magnético depende também do ângulo entre v e r . II. Falso, pois o trabalho é realizado pela força magnética, e não pelo campo. III. Verdadeiro, verificado pela regra da mão direita aplicada na situação abaixo i1 ie → B1 → Fm 2 Questão 6 Uma chapa metálica homogênea quadrada de 100 cm2 de área, situada no plano xy de um sistema de referência, com um dos lados no eixo x tem o vértice inferior esquerdo na origem. Dela retira-se uma porção circular de 5,00 cm de diâmetro com o centro posicionado em x = 2,50 cm e y = 5,00 cm. Determine as coordenadas do centro de massa restante. A B C D E ( ( ( ( ( ) (xc; yc) = (6,51, 5,00) cm ) (xc; yc) = (5,61, 5,00) cm ) (xc; yc) = (5,00, 5,61) cm ) (xc; yc) = (5,00, 6,51) cm ) (xc; yc) = (5,00, 5,00) cm 7 09/12/14 Gabarito: Letra B. y (cm) µ= M ∴ Mantes = µ ⋅ 100 A Mretirada = µ ⋅ π ⋅ 2, 5 2 10 7,5 X cm = 5 Mantes ⋅ Xcm antes − Mretirada ⋅ Xcm massa retirada Mantes − Mretirada 2,5 2,5 X cm = 5 10 µ ⋅ 100 ⋅ 5 − µπ ⋅ 2, 52 ⋅ 2, 5 µ ⋅ 100 − µπ ⋅ 2, 52 x (cm) = 5, 61 cm Analogamente: µ ⋅ 100 ⋅ 5 − µπ ⋅ 2, 5 2 ⋅ 5 Ycm = = 5 cm µ ⋅ 100 − µπ ⋅ 2, 5 2 Obs.: Para chegar ao gabarito, tivemos que considerar a aproximação π = 3,14, não presente nos dados iniciais. Questão 7 No espaço sideral, luz incide perpendicular e uniformemente numa placa de gelo inicialmente a –10 °C e em repouso, sendo 99% refletida e 1% absorvida. O gelo então derrete pelo aquecimento, permanecendo a água aderida à placa. Determine a velocidade desta após a fusão de 10% de gelo. A B C D E ( ( ( ( ( ) 3 mm/s. ) 3 cm/s. ) 3 dm/s. ) 3 m/s. ) 3 dam/s. Gabarito: Letra B. (1 cal = 4 · 107 erg; erg → sistema CGS → 1 cal = 4 J) Conservação do momento linear: 8 GABARITO ITA – FÍSICA Dpplaca = Dpluz ( m ⋅ v )placa = Eabsorvida 2 Erefletida Eabsorvida 2 ⋅ 99 Eabsorvida 199 Eabsorvida = + = + c c c c c onde C é a velocidade da luz. → vplaca = 199Eabsorvida (I) mplaca ⋅ c Mas, Eabsorvida = Eaquecimento + EC De (I) e (II): vplaca = placa = mcgeloDt + 0,1 mL + 2 mvplaca 2 (II) m 2 199 3 3 m ⋅ 0, 5 ⋅ 10 ⋅ 4 ⋅ 10 + 0,1 m ⋅ 80 ⋅ 10 ⋅ 4 + vplaca mc 2 Considerando c = 3 · 108 m/s → vplaca = 199 2 (52000 + 0,5 vplaca ) 3 ⋅ 108 → vplaca ≅ 0,034 m/s → vplaca = 3,4 cm/s → 3 cm/s Questão 8 Um bloco cônico de massa M apoiado pela base numa superfície horizontal tem altura h e raio da base R. Havendo atrito suficiente na superfície da base de apoio, o cone pode ser tombado por uma força horizontal aplicada no vértice. O valor mínimo F dessa força pode ser obtido pela razão h / R dada pela opção A ( ) Mg F B ( ) F Mg C ( ) Mg + F Mg D ( ) Mg + F F E ( ) Mg + F 2 Mg 9 09/12/14 Gabarito: Letra A. → F h → P A R Na iminêcia de tombar, só haverá contato com o ponto A. Assim, podemos dizer que: ΣMA = 0 F·h=P·R F·h=M·g·R h Mg = R F Questão 9 Luz, que pode ser decomposta em componentes de comprimento de onda com 480 nm e 600 nm, incide verticalmente em uma cunha de vidro com ângulo de abertura a = 3,00° e índice de refração de 1,50, conforme a figura, formando linhas de interferência destrutivas. Qual é a distância entre essas linhas? α A B C D E ( ( ( ( ( 10 ) 11,5 mm ) 12,8 mm ) 16,0 mm ) 22,9 mm ) 32,0 mm GABARITO ITA – FÍSICA Gabarito: Letra C. y α x Considerando que as linhas incidem paralelas à normal, temos a diferença de percurso que gera a interferência: 2y = k λcunha 2 Como há uma inversão de fase, para que a interferência seja construtiva k será par. 2y = ( 2 k )λ cunha , com k inteiro. 2 mas, da figura: y = xtgα. 2xtgα = kλcunha, onde λ cunha = λ ncunha Como a luz pode ser decomposta, temos: λ1 n λ 2x1tgα = k2 2 n 2x1tgα = k1 (*) Dividindo as equações: x1 k1λ1 = ; x 2 k 2λ 2 Para que ocorra a interferência destrutiva para as duas simultaneamente, devemos ter x1 = x2, logo: k1λ1 = k2λ2 ⇒ k1 · 480 = k2 · 600 ⇒ 4k1 = 5k2 Para encontrarmos a distância entre as linhas, devemos ter k1 e k2 mínimos, ou seja, k1 = 5 e k2 = 4 Substituindo em (*): kλ 3 5 · 480 · 10−9 2 · x1 · tgα = 1 1 ⇒ 2 · n1 · · 2π = ⇒ x1 = 16 · 10−66 m = 16 µm n 360 12 · 1, 5 · (3) Obs. 1: Embora os dados possuam 2 algarismos significativos, utilizamos π = 3 para encontrar a resposta. Obs. 2: Utilizamos que tgα ≅ α para α pequeno. 11 09/12/14 Questão 10 Um tubo em forma de U de seção transversal uniforme, parcialmente cheio até uma altura h com um determinado líquido, é posto num veículo que viaja com aceleração horizontal, o que resulta numa diferença de altura z do líquido entre os braços do tubo interdistantes de um comprimento L. Sendo desprezível o diâmetro do tubo em relação à L, a aceleração do veículo é dada por A ( ) 2zg L B ( ) ( h − z )g L C ( ) ( h + z )g L D ( ) 2gh L E ( ) zg L Gabarito: Letra E. → a z θ L tgθ = a z zg = ⇒a= g L L Questão 11 A figura mostra um dispositivo para medir o módulo de elasticidade (módulo de Young) de um fio metálico. Ele é definido como a razão entre o força por unidade de área da seção transversal do fio necessária para esticá-lo e o resultante alongamento deste por unidade de seu comprimento. Neste particular experimento, um fio homogêneo de 1,0 m de comprimento e 0,2 mm de diâmetro, fixado numa extremidade, é disposto horizontalmente e preso pela outra ponta ao topo de uma polia de raio r. Um outro fio preso neste mesmo 12 GABARITO ITA – FÍSICA ponto, envolvendo parte da polia, sustenta uma massa de 1 kg. Solidário ao eixo da polia, um ponteiro de raio R = 10r acusa uma leitura de 10 mm na escala semicircular iniciada em zero. Nestas condições, o módulo de elasticidade do fio é de 12 A ( ) 10 p 12 B ( ) 10 2p 12 10 C ( ) 3p 12 D ( ) 10 4p 12 10 E ( ) 8p 0 N/m2 . 2 N/m . 10 20 30 40 R 60 70 80 90 mm N/m2 . N/m2 . N/m2 . 50 r 1 kg Gabarito: Letra A. Força mg Comp. Área Elasticidade = = ⋅ Alongamento πR 2 Along. Comprimento 1⋅ 10 1 1012 N/m2 ⋅ = −4 2 π ⋅ (10 ) 1 ⋅ 10−2 π 10 Questão 12 Assinale a alternativa incorreta dentre as seguintes proposições a respeito de campos gravitacionais de corpos homogêneos de diferentes formatos geométricos: A ( )Num cubo, a linha de ação do campo gravitacional num dos vértices tem a direção da diagonal principal que parte desse vértice. B ( )Numa chapa quadrada de lado e vazada no centro por um orifício circular de raio a < /2, em qualquer ponto dos seus eixos de simetria a linha de ação do campo gravitacional é normal ao plano da chapa. C ( )Num corpo hemisférico, há pontos em que as linhas de ação do campo gravitacional passam pelo centro da sua base circular e outros pontos em que isto não acontece. D ( )Num toro, há pontos em que o campo gravitacional é não nulo e normal à sua superfície. E ( )Num tetraedro regular, a linha de ação do campo gravitacional em qualquer vértice é normal à face oposta ao mesmo. 13 09/12/14 Gabarito: Letra B. A Correta. Pela simetria e pelo fato de que o prolongamento das linhas de força se encontram no centro do cubo. B Incorreta. Como a distribuição de massa é plana, as linhas de força são paralelas à placa ao longo do eixo de simetria. C Correta. Como não há simetria, pois não é esfera, nem todas as linhas de força passam pelo centro (o que acontecia na esfera). D Correta. O toro é simétrico em relação a um eixo que passa pelo seu centro, perpendicular a um plano que o corta ao meio. As linhas de força circulares paralelas a esse plano são perpendiculares à superfície, logo, o campo não é nulo. E Correta. Pela simetria, pode-se inferir que as linhas de força fazem ângulos iguais com cada aresta, o que mostra que é paralelo a uma reta vertical que passa pelo vértice. Então, são perpendiculares à face oposta. Questão 13 Na figura, o eixo vertical giratório imprime uma velocidade angular ω = 10 rad/s ao sistema composto por quatro barras iguais, de comprimento L = 1 m e massa desprezível, graças a uma dupla articulação na posição fixa X. Por sua vez, as barras de baixo são articuladas na massa M de 2 kg que, através de um furo central, pode deslizar sem atrito ao longo do eixo e esticar uma mola de constante elástica k = 100 N/m, a partir da posição O da extremidade superior da mola em repouso, a dois metros abaixo de X. O sistema completa-se com duas massas iguais de m = 1 kg cada uma, articuladas às barras. Sendo desprezíveis as dimensões das massas, então, a mola distender-se-á de uma altura z acima de O dada por A B C D E ( ( ( ( ( 14 )0,2 m )0,5 m )0,6 m )0,7 m )0,9 m X L ω m m M Z O GABARITO ITA – FÍSICA Gabarito: Letra B. R Para a bola: ΣFy = 0 ⇒ T1 · senq = mg + T2 senq ΣFx = Fcp ⇒ T1 · cosq = mw2R – T2cosq Dividindo as equações: mg T2 mg + T2senθ tgθ = I mω2 R − T2 cos θ d d Pelo triângulo: tgθ = ⇒ R = II tgθ R Do enunciado d = ω T1 2L − z III 2 d θ θ T2 d T2 mg Fel Z O Para o corpo no eixo: ΣFy = 0 ⇒ 2T2senq = Mg + Kz Mg + Kz IV T2 = 2senθ Substituindo II, III e IV em I: Mg + Kz 2 mg + Mg + Kz mg + senθ 2 senθ 2 tgθ = ⇒ tgθ = mω2d Mg + Kz 2 mω2 d − Mg − Kz − ⋅ cos θ tgθ 2tgθ 2senθ 2 mg + Mg + Kz = 2 mϖ 2 d − Mg − Kz 2 Kz = 2 mω2 d − 2 Mg − 2 mg 2 ⋅ 1− z Kz = mω2 − Mg − mg 2 2 ⋅ 1− z 100 z = 1⋅ 100 − 2 ⋅ 10 − 1⋅ 10 2 100 z = 50 ( 2 − z ) − 30 100 z = 1000 − 50 z − 30 150 z = 70 7 z= ≅ 0, 5 m 15 15 09/12/14 Questão 14 Considere as quatro proposições seguintes: I. II. III. IV. Os isótopos 16O e 18O do oxigênio diferenciam-se por dois neutrons. Sendo de 24000 anos a meia-vida do 239Pu sua massa de 600 g reduzir-se-á a 200 g após 7200 anos. Um núcleo de 27Mg se transmuta em 28Al pela emissão de uma partícula β. Um fóton de luz vermelha incide sobre uma placa metálica causando a emissão de um elétron. Se esse fóton fosse de luz azul provavelmente ocorreria a emissão de dois ou mais elétrons. Então, A B C D E ( ( ( ( ( ) apenas uma das proposições é correta. ) apenas duas das proposições são corretas. ) apenas três das proposições são corretas. ) todas elas são corretas. ) nenhuma delas é correta. Gabarito: Letra A. I. Verdadeira. O que define o elemento é seu número de prótons, sendo assim o número de massa do isótopo (16O) contém 2 nêutrons a mais que (18O) II. Falsa. Em 1 meia-vida de 24.000 a massa será 300 g. Na próxima meia-vida de 24.000 a massa será 150 g. O tempo decorrido foi de 48.000 anos para decair para 150 g, menor do que o dado na proposição. III. Falsa. No decaimento β só se altera o número atômico. A proposição coloca uma alteração no número de massa. IV. Falsa. A frequência da cor só determina se ocorrerá ou não o efeito fotoelétrico. Como a proposição afirma que ocorre com aumento na emissão de elétrons, que depende apenas da intensidade, que não se altera. Parabéns aos nossos aprovados na 2a fase do IME deste ano! Mais de 70% dos aprovados no Rio! 16 54 GABARITO ITA – FÍSICA Questão 15 2 y 1 t 0 –1 –2 0 1 2 3 4 5 6 Na figura, as linhas cheia, tracejada e pontilhada representam a posição, a velocidade e a aceleração de uma partícula em um movimento harmônico simples. Com base nessas curvas assinale a opção correta dentre as seguintes proposições: I. As linhas cheia e tracejada representam, respectivamente, a posição e a aceleração da partícula. II. As linhas cheia e pontilhada representam, respectivamente, a posição e a velocidade da partícula. III. A linha cheia necessariamente representa a velocidade da partícula. A B C D E ( ( ( ( ( ) Apenas I é correta. ) Apenas II é correta. ) Apenas III é correta. ) Todas são incorretas. ) Não há informações suficientes para análise. Gabarito: Letra D. As equações de movimento podem ser: x = A cos (ω t + φ) v = – ω A sen (ω t + φ) a = – ω2 A cos (ω t + φ) Verifica-se que a e x se anulam para mesmos valores de t, podendo ser, em qualquer ordem, as linhas pontilhadas e cheia, sendo impossíveis determinar. Logo, a velocidade só pode ser a linha tracejada. Dessa forma, todas são incorretas. 17 09/12/14 Questão 16 Numa expansão muito lenta, o trabalho efetuado por um gás num processo adiabático é w12 = P1 V1γ 1− γ (V21 − γ − V11 − γ ) em que P, V, T são respectivamente, a pressão, o volume e a temperatura do gás, e γ uma constante, sendo os subscritos 1 e 2 representativos, respectivamente do estado inicial e final do sistema. Lembrando que PVγ é constante no processo adiabático, esta fórmula pode ser reescrita deste modo: A ( ) P1 V1 − V2 (T2 /T1)γ /( γ −1) In (T2 /T1) / In(V1 /V2 ) B ( ) P2 V1 − V2 (T2 /T1)γ /( γ −1) C ( ) P2 V1 − V2 (T2 /T1)γ /( γ −1) D ( ) P1 V1 − V2 (T2 /T1)γ /( γ −1) E ( ) P2 V1 − V2 (T2 /T1)γ /( γ −1) In (T2 /T1) / In(V2 /V1) In (T2 /T1) / In(V1 /V2 ) In (T2 /T1) / In(V1 /V2 ) In (T1 /T2 ) / In(V2 /V1) Gabarito: Letra A. Como PVγ é constante, temos: nRT1 γ nRT2 γ P1 V1γ= P2 V2γ ⇒ ⋅ V2 ⇒ T1 V1γ −1= T2 V2γ −1 ⇒ ⋅ V1 = V V 2 1 ( ) ( ) ⇒ ln T1 V1γ −1 = ln T2 V2γ −1 ⇒ ln T1 − ln T2 = T ln 1 T2 ⇒ ( γ − 1) = V ln 2 V1 18 ( γ − 1)(ln V2 − ln V1 ) ⇒ GABARITO ITA – FÍSICA Além disso: γ −1 1 1 TV γ −1 2 2 =T V V ⇒ 1 V2 γ −1 γ γ γ V T γ −1 γ −1 T T = 2 ⇒ 1 = 2 ⇒ V1γ ⋅ V2− γ = 2 T T1 1 V2 T1 Na expressão dada, teremos: P1 V1γ 1− γ P1 1− γ W12 V2 − V1= V1 − V2 ⋅ V1γ ⋅ V2− γ ⇒ = 1− γ γ −1 ( ) ( ) γ T2 γ −1 P1 V1 − V2 T1 ⇒ W12 = T2 ln T1 V ln 2 V1 Questão 17 Assinale a alternativa que expressa o trabalho necessário para colocar cada uma de quatro cargas elétricas iguais, q, nos vértices de um retângulo de altura a e base 2a 2 , sendo k = 1/4π∈0, em que ∈0 é a permissividade elétrica do vácuo. A ( ) k( 4 + 2 )q² 2a D ( ) k( 20 + 3 2 )q ² 6a B ( ) k(8 + 2 2 )q ² 2a E ( ) k(12 + 3 2 )q ² 2a C ( ) k(16 + 3 2 )q ² 6a Gabarito: Letra C. q a q 2a 2 x 2a 2 q a q Antes de colocar as cargas: E=0 Depois de colocar as cargas: k ⋅q⋅q k ⋅q⋅q k ⋅ q ⋅ q k ⋅ (16 + 3 2 )q 2 + 2⋅ + 2⋅ = E = 2⋅ 3a 6a a 2a 2 (somatório das energias de carga 2 a 2) W = DE = k(16 + 3 2 )q ² 6a Cálculo de x: x2 = a2 + (2a 2 )2 x = 3a 19 09/12/14 Questão 18 Uma espira quadrada, feita de um material metálico homogêneo e rígido, tem resistência elétrica R e é solta em uma região onde atuam o campo gravitacional g = – gez e um campo magnético B= B0 ( − xex + zez ) L Inicialmente a espira encontra-se suspensa, conforme a figura, com sua aresta inferior no plano xy num ângulo α com o eixo y, e o seu plano formando um ângulo β com z. Ao ser solta, a espira tende a A B C D E ( ( ( ( ( ) girar para α > 0º se α = 0º e β = 0º. ) girar para α < 45º se α = 45º e β = 0º. ) girar para β < 90º se α = 0º e β = 90º. ) girar para α > 0º se α = 0º e β = 45º. ) não girar se α = 45º e β = 90º. z β y α x Gabarito: Letra C. Caso α = 0° e β = 90° z β= 90° B C y A x espira no início D B A C iind BX espira após pequeno intervalo de tempo D Como o campo em z é Bz = B0 ⋅ z , ao cair, a espira fica exposta a um campo que a atravessa cada vez L maior no sentido – z. Pela lei de Faraday–Lenz, a espira induz uma corrente no sentido anti-horário(visto acima). Existe um campo no sentido x, que não produz força nas arestas AB e CD (por serem paralelas) e na aresta −B0 BC, porque o valor de x ali é zero e B x = L ⋅ x Logo, há campo atuando em AD (sentido – x). Este campo atuando na corrente induzida gera uma força para cima (+z), girando a barra para β <90°. 20 GABARITO ITA – FÍSICA Questão 19 Um muon de meia-vida de 1,5 ms é criado a uma altura de 1 km da superfície da Terra devido à colisão de um raio cósmico com um núcleo e se desloca diretamente para o chão. Qual deve ser a magnitude mínima da velocidade do muon para que ele tenha 50% de probabilidade de chegar ao chão? A ( ) 6,7 × 107 m/s B ( ) 1,2 × 108 m/s C ( ) 1,8 × 108 m/s D( ) 2,0 × 108 m/s E ( ) 2,7 × 108 m/s Gabarito: Letra E. Como o movimento é relativístico, o tempo de queda é dilatado (fator de Lorentz). Além disso, considere o movimento uniforme, uma vez que a gravidade não altera consideravelmente o módulo da velocidade. Por fim, repare que, para a probabilidade ser de 50%, metade da massa deve chegar ao solo, ou seja, o tempo de queda será o de meia vida. Assim, teremos: ( ∆t0 ⋅ γ ) v = h ⇒ v ⇒ 1, 5 ⋅ 10− 6 ⋅ 2 1 − v /c ⇒ 1, 5 ⋅ 3 ⋅ 108 ⋅ v 2 c − v2 ( ⇒ 4, 5 v = 10 c2 − v 2 v= 1 2 2 0, 45 + 1 2 = 103 = 109 ⇒ ) 1/ 2 3 ⋅ 108 3 ⋅ 108 v≅ ≅ 2, 7 ⋅ 108 m/s 1, 09 Questão 20 Luz de uma fonte de frequência f gerada no ponto P é conduzida através do sistema mostrado na figura. Se o tubo superior transporta um líquido com índice de refração n movendo-se com velocidade u, e o tubo inferior contêm o mesmo líquido em repouso, qual o valor mínimo de u para causar uma interferência destrutiva no ponto P’? u P u L P’ 21 09/12/14 A( ) c2 2 nLf B( ) c2 2 Lfn2 − cn C( ) c2 2 Lfn2 + cn D( ) c2 2 Lf ( n2 − 1) − cn E( ) c2 2 Lf ( n2 − 1) + cn Gabarito: Letra B. Primeiramente, repare que a defasagem é gerada no percurso de comprimento. • Número de comprimentos de onda no tubo inferior: L L L Lfn = = ⋅ f ⇒ N1 = N1 = c c λ v f n • Número de comprimentos de onda no tubo superior: L L L Lfn N2 = = = ⋅f = c c λ v + nu +u f n k Sabemos que: N1 − N2 =, onde k é inteiro. Para que a interferência seja destrutiva, temos k ímpar. Para 2 minimizar o valor de “u”, tome k=1, logo: Lfn Lfn c2 1 1 N1 − N2 = ⇒ − = ⇒u= 2 c c + nu 2 2 Lfn2 − cn Resultado IME 2013/2014 1o lugar geral do Brasil (Reserva) e mais de 22 50% dos aprovados do Rio! GABARITO ITA – FÍSICA Questão 21 R A figura mostra um tubo cilíndrico de raio R apoiado numa superfície horizontal, em cujo interior encontram-se em repouso duas bolas idênticas, de raio r = 3R/4 e peso P cada uma. Determine o peso mínimo Pc do cilindro para que o sistema permaneça em equilíbrio. r P Gabarito: 3 y+ R 4 P vertical: Ns = 2P horizontal: N1=N2 N2 y Ns x 2 x 3 R = R − R∴ x = 4 2 2 N2 P Note que: Px = N2y x 2 y N1 P x Apoio P R x N2 3 3 N2 y + R − N1 R − PC R+R12R=0 4 4 P0 N1 3 y+ R 4 R1 3 R 4 N2 y – Pc R + R1 2 R=0 R2 Apoio R Na iminência de tombar: R10 N2 y = PcR ⇒ Px =PcR ⇒ P Pc = R = Pc R 2 P 2 23 09/12/14 Questão 22 Uma nave espacial segue incialmente uma trajetória circular de raio rA em torno da Terra. Para que a nave percorra uma nova órbita também circular, de raio rB > rA, é necessário por razões de economia fazer com que ela percorra antes uma trajetória semieliptica, denominada órbita de transferência de Hohmann, mostrada na figura. Para tanto, são fornecidos à nave dois impulsos, a saber no ponto A, ao iniciar sua órbita de transferência, e no ponto B, ao iniciar sua órbita circular. Sendo M a massa da Terra; G, a constante da gravitação universal; m e v, respectivamente, a massa e a velocidade da nave; e constante a grandeza mrv na órbita eliptica, pede a energia necessária para a transferência de órbita da nave no ponto B. B rA rB vB Gabarito: Energia mecânica na órbita elíptica −GM m mv A2 −GM m mv B 2 + = + 2 2 Ra Rb 2 2 1 − v v 1 A ; GM − = B 2 RB RA Conservanndo momento angular rAv A = rBv B rv vB = A A rB r − r r 2v 2 ∴ 2GM A B = A 2 A − v A2 rB rA rB 2GM ( rA − rB ) rB 2GM ( rA − rB ) rB = rA2v A2 − rB2v A2 ∴ v A2 = rA rA rA2 − rB2 ( 24 ) vA A GABARITO ITA – FÍSICA ∴ v A2 = 2GMrB 1m 2 GMrB GMm ∴ EA = − rA ( rA + rB ) rA 2 rA ( rA + rB ) ∴ EA = GMm rB − rA − rB GMm rB −GMm − 1 = ∴ EA = rA rA + rB r r + r rA + rB A A B Então a Ec na trajetória elíptica vale: B Etotal − EPOT = Ec B = 1 −GMm GMm 1 + = GMm − rA + rB rB rB rA + rB GMmrA rB ( rA + rB ) e Ec quando entra na trajetória circular: B E 'cB = mv B2 GMm 1 2 GM mv B onde = Z ∴ v B2 = 2 rB rB rB E 'cB − EcB = GMmrA 1 GM m − rB rB ( rA + rB ) 2 rA GMm rA + rB − 2 rA GMm 1 − = rB 2 rA + rB rB 2 ( rA + rB ) GMm rB − rA ⇒ E 'cB − EcB = 2 rB rB + rA ⇒ E 'cB − EcB = Questão 23 Num copo de guaraná, observa-se a formação de bolhas de CO2 que sobem à superfície. Desenvolva um modelo físico simples para descrever este movimento e, com base em grandezas intervenientes, estime numericamente o valor da aceleração inicial de uma bolha formada no fundo do copo. 25 09/12/14 Gabarito: Para um modelo físico simples: → E Bolha de CO2 → a → P → → Para que a bolha inicie seu movimento de subida |E | > |P |, como ao longo de todo o movimento o volume da bolha está totalmente submerso e considerando seu volume invariável ao longo da subida. O movimento é retilíneo uniformemente variado (M.R.U.V). Estimando a aceleração (a): Fres = E – P → ma = gMG VCO – mg 2 m Como toda a bolha está submersa VCO2 = µCO2 ma = g µG m − mg µCO2 µ a = g G − 1 µCO 2 • Inferindo algumas aproximações: mG ≈ mH O = 103 kg/m3 2 A temperatura do refrigerante “gelado” = 17°C ≅ 290 k A pressão no CO2 é aproximadamente a pressão atmosférica (105 Pa), visto que a altura de um copo de refrigerantre é desprezível para o acréscimo de pressão. Definindo a densidade do CO2: Considerando um gás ideal: pV = nRT m pV = RT MM m p MM = = µ CO2 V RT µ CO2 = 44 ⋅ 10− 3 ⋅ 105 55 = 8 ⋅ 290 29 Voltando à expressão da aceleração (a): 103 a = 10 − 1 = 10 ( 526, 27 ) 55 29 a = 5262, 7 m/s2 26 GABARITO ITA – FÍSICA Questão 24 Uma carga q ocupa o centro de um hexágono regular de lado d tendo em cada vértice uma carga idêntica q. Estando todas as sete cargas interligadas por fios inextensíveis, determine as tensões em cada um deles. Gabarito: → F6 → T 30º 30º 30º 30º → F5 → → F3 + F4 → F1 → F2 • Pelo equilíbrio da carga no centro do hexágono, temos que as trações são todas iguais. • Pelo equilíbrio da carga no vértice: → → → → → → → T = F1 + F2 + F3 + F4 + F5 + F6 T = F1cos60º + F2cos30º+ F3 + F4 + F5cos30º + F6cos60º T= kq 2 1 kq 2 kq 2 kq 2 3 kq 2 3 kq 2 1 ⋅ + ⋅ + 2 + + ⋅ + 2 ⋅ 2 2 2 2 d 2 (d 3) 2 d d 2 ( 2d ) ( d 3 ) 2 T= kq 2 1 3 ( 27 + 4 3 ) kq 2 2, 83 kq 2 ⇒T = ⋅ 2 ≅ 2+ + 2 d 4 3 12 d d2 Comentário: o enunciado não deixa claro a posição dos fios. Adotamos esta configuração por ser um modelo mais conveniente. Questão 25 Nêutrons podem atravessar uma fina camada de chumbo, mas têm sua energia cinética absorvida com alta eficiência na água ou em materiais com elevada concentração de hidrogênio. Explique este efeito considerando um nêutron de massa m e velocidade v0 que efetua uma colisão elástica e central com um átomo qualquer de massa M inicialmente em repouso. 27 09/12/14 Gabarito: Q =mv Após a colisão: nêutron Qátomo = M V Qinicial = Qfinal Conservando a quantidade de movimento, temos: m v0 = m v + M V Na colisão elástica e = 1 → 1 = V −v ∴ v0 = V − v v0 m m v0 = v + V M M Resolvendo o sistema e determinando a relação entre as velocidades: v 0 = V − v m−M v m−M = M = m+M v0 m+M M Para determinarmos a perda de energia do neutron, efetuamos a razão entre a energia cinética após a colisão e antes da colisão: m v2 2 2 v (m − M) Ec = 2 2 = = 2 m v 0 v 0 EC0 (m + M) 2 Em materiais com alta concentração de hidrogênio, a probabilidade de que o nêutron se choque com o hidrogênio é grande. Logo, existe uma alta eficiência de absorção, pois, como a massa do hidrogênio (M) é próxima da massa do nêutron (m), o termo (m – M)2 da equação se torna muito pequeno. Desta forma, podemos inferir que: EC0 EC Questão 26 A base horizontal de um prisma de vidro encontra-se em contato com a superfície da água de um recipiente. A figura mostra a seção reta triangular deste prisma, com dois de seus ângulos, a e b. Um raio de luz propaga-se no ar paralelamente à superfície da água e perpendicular ao eixo do prisma, nele incidindo do lado do ângulo b, cujo valor é tal que o raio sofre reflexão total na interface da superfície vidro-água. Determine o ângulo a tal que o raio emerja horizontalmente do prisma. O índice de refração da água é 4/3 e, o do vidro, 19 / 3. 28 β α GABARITO ITA – FÍSICA Gabarito: DABC: 90° + a + 90° – g + δ = 180° g=a+δ Aplicando Snell 90° – a B δ g A a 19 senγ = sen ( 90° − α ) 3 19 sen ( γ − α ) = cos α 3 C Reflexão total Como ocorre reflexão total: senγ = 4 19 19 4 . ( senγ cos α − senα cos γ ) e senγ= ,temos: 3 19 3 16 = cos γ = 1 − 19 19 19 4 3 ⇒ cos α = cos α − senα 3 19 19 3 4 ⇒ cos α = cos α − 1 − cos2 α 3 3 ⇒ 3 cos α = 4 cos α − 3 1 − cos2 α Como cosα= ⇒ cos α = ( ) 3 (1 − cos α ) ⇒ cos α = 3 − 3 cos α 2 2 2 3 3 4 cos2 α = 3 ∴ cos2 α = ∴ cos α = ∴ α = 30° 4 2 Questão 27 Morando em quartos separados e visando economizar energia, dois estudantes combinam de interligar em série cada uma de suas lâmpadas de 100 W. Porém, verificando a redução da claridade em cada quarto, um estudante troca sua lâmpada de 100 W para uma de 200 W, enquanto o outro também troca a sua de 100 W para uma de 50 W. Em termos de claridade, houve vantagem para algum deles? Por quê? Justifique quantitativamente. 29 09/12/14 Gabarito: Considerando que uma lâmpada de 100 W opere com uma D.D.P. (U) e tenha uma resistência (R) Pot = U2 U2 → 100 W = R R • Circuito inicial U U 2 U 2 R R Sendo assim, cada lâmpada funciona com uma potência (P’) que é um quarto da nominal: 2 U 2 1 U2 1 P' = = ⋅ = Pot R 4 R 4 ’ = 25 W Quando as lâmpadas são trocadas para uma lâmpada de 50 W e 200 W suas novas resistências são 2R e R ,respectivamente, para uma mesma D.D.P. (U): 2 U Quarto 50 W: P' = 16U 2 16 = ⋅ 100 = 32 W 50 R 50 (claridade aumenta) 30 4U 5 4U 5 2R R 2 GABARITO ITA – FÍSICA Quarto 200 W: U2 2 = ⋅ 100 = 8 W R 25 25 2 (claridade diminui) P' = Questão 28 Uma massa m suspensa por uma mola elástica hipotética, de constante de mola k e compimento d, descreve um movimento oscilatório de frequência angular w = k / m quando ela é deslocada para uma posição z0 = 2ze, abaixo de sua posição de equilíbrio em z = ze, e solta em seguida. Considerando nula a força da mola para z < 0, determine o período de oscilação da massa e os valores de z entre os quais a mesma oscila. d 0 ze m z0 z Gabarito: A equação temporal do movimento da partícula para Z > 0 é: Z(t) = Ze + 2 Ze cos ωt O tempo t1 que a partícula leva para sair da posição de máxima elongação ao ponto Z = 0 é: 0 = Ze + 2Ze cos ωt1 ⇒ cos ωt1 = –1/2 ⇒ ωt1 = 2π 2π ⇒ t1 = 3 3ω Para Z < 0, como não há força exercida pela mola, a partícula estará sujeita apenas à ação da gravidade. 31 09/12/14 Para caracterizarmos esse movimento, precisamos saber sua velocidade inicial. dZ = − 2ωZe sen ωt Em Z > 0: V ( t ) = dt Em t = 2π 2π 3 ⇒ V = − 2ω Ze sen = − 2ω Ze = − ω Ze 3 . 3ω 3 2 Logo, o tempo t2 que a partícula leva para atingir a altura máxima é t2 = |V | ω Ze 3 = g g Logo, o período do movimento é: 2π ω Z e 3 T = 2( t1 + t2 ) = 2 + 3ω g Como não temos g, temos que eliminá-lo. No equilíbrio: K Ze = mg ⇒ g = ω2Ze 2π ω Z 3 e ⇒ T = 2 2π + 3 T = 2 + 3ω 2 3ω ω ω Ze A partícula oscilará entre a posição de máxima elongação e a de altura máxima – Máxima elongação: Z = 3Ze – Altura máxima: Z = – hmax = − V 2 3ω2 Ze2 3 = = − Ze 2 g 2ω2 Ze 2 Logo, a região de oscilação da partícula é: − 3 Ze < Z < 3 Ze 2 Questão 29 Um próton com uma velocidade v = 0,80 × 107ex m/s move-se ao longo do eixo x de um referencial, entrando numa região em que atuam campos de indução magnéticos. Para x de 0 a L, em que L = 0,85 m, atua um campo de intensidade B = 50 mT na direção negativa do eixo z. Para x > L, um outro campo de mesma intensidade atua na direção positiva do eixo z. Sendo a massa do próton de 1,7 × 10 -27 kg e sua carga elétrica de 1,6 × 10 -19 C, descreva a trajetória do próton e determine os pontos onde ele cruza a reta x = 0,85 m e a reta y = 0 m. y 0 x L 32 GABARITO ITA – FÍSICA Gabarito: y C1 → B → x B v H α H → v = 0,8 × 107ex m/s q = 1,6 × 10–19 C → |B | = 50 mT m = 1,7 × 10–27 kg L = 0,85 m → v R R α L x Na região de x = 0 a x = L, a trajetória será circular de equação: (x – xC )2 + (y – yC )2 = R2 1 1 Centro C1: xC = 0; yC = R 1 1 Equação: x2 + (y – 1,7)2 = 1,72 O próton cruzará a reta x = 0,85 no ponto P1, dada por: 0,852 + (y – 1,7)2 = 1,72 → (y – 1,7)2 = 2,1675 |y – 1,7| = 1,47 Queremos y > 0 e o menor possível. y – 1,7 = – 1,47 → y = 0,23 m P1: (0,85; 0,23) → H = 0,23 m Para achar a absissa do ponto em que intercepta o eixo x, basta achar o cosa, pois esse será dado por: x = L + R + Rcosa cosa = R2 − H2 R onde, mv = 1,7 m e H = 0,23 m qB cosa = 0,99 R= 33 09/12/14 Logo, x = L + R + Rcosa = 0,85 + 1,7 × 1,99 = 4,23 m O ponto onde intercepta a reta y = 0 é P2: (4,23; 0) Questão 30 Uma partícula eletricamente carregada move-se num meio de índice de refração n com uma velocidade v = bc, em que b > 1 e c é a velocidade da luz. A cada instante, a posição da partícula se constitui no vértice de uma frente de onda cônica de luz por ela produzida que se propaga numa direção a em relação à da trajetória da partícula, incidindo em um espelho esférico de raio R, como mostra a figura. Após se refletirem no espelho, as ondas convergem para um mesmo anel no plano focal do espelho em F. Calcule o ângulo a e a velocidade v da partícula em função de c, r, R e n. α r v F Espelho esférico Gabarito: Velocidade da luz no meio: c ' = c n Como todo raio de onda faz um ângulo α com o eixo principal, todos eles passarão, depois refletidos, pelas interseções de seus eixos secundários com o plano focal, formando o anel de raio r considerado no enunciado. Plano focal raio refletido (não necessariamente paralelo ao eixo principal) α Eixo secundário r α F raio emitido em uma posição qualquer 34 Eixo principal GABARITO ITA – FÍSICA Considerando o raio emitido no centro do espelho Plano focal r ⇒ tgα = α C 2r ⇒ α = arctg R F R/2 r 2r ⇒ tgα = R/2 R Considerando, agora, o cone de Mach formado: c ∆t · n ⇒ cos α = c c ⇒V = nV n cos α α V.∆t 1 ⇒ tg2 α + 1 Mas tg2 α + 1 = sec2 α ⇒ cos2 α = ⇒ cos2 α = ⇒ cos α = 1 2 2r R +1 R Logo ⇒ V = ⇒ cos2 α = R2 ⇒ R + 4r 2 2 R2 + 4 r 2 c R2 + 4 r 2 nR 35 09/12/14 Comentários A prova deste ano se mostrou mais abrangente que a do ano anterior, de modo a avaliar melhor os candidatos, com conteúdo melhor distribuído. Entretanto, manteve o nível de dificuldade visto nos últimos anos do concurso. Destacam-se como as questões mais difíceis: 3, 9, 18, 22 e 30. Parabenizamos a banca pela excelente prova. Professores 36 Bruno Lerner Fernando Valentim Humberto Machado Leonardo Domingos Lucas Scheffer Marcio Gordo Raphael Moura Ricardo Fagundes