A Cogeração e sua inserção ao Sistema Elétrico

Propaganda
Produção de Energia Elétrica
Aula 3 – Área 2
Geração e Estudos Hidroenergéticos
Fernando Umbria
Tópicos
„
„
Geração termelétrica
Geração fotovoltaica
Geração termelétrica - conceitos
„
„
„
„
Princípio: conversão de energia térmica em energia mecânica e
esta em energia elétrica
Formas de produção de energia térmica: combustão (convencional)
ou fissão nuclear
Classificação das centrais termelétricas convencionais
‰ Combustão externa: combustível não entra em contato com o
fluído de trabalho (centrais a vapor)
‰ Combustão interna: combustão se dá sobre uma mistura de ar e
combustível que resulta no próprio fluído de trabalho (turbinas a
gás e máquinas térmicas a pistão)
Eficiência: relação entre a quantidade de energia útil à saída de um
sistema e a quantidade de energia fornecida
‰ O rendimento de sistemas de conversão térmica depende da
diferença de temperatura entre a fonte quente (combustão) e a
fonte fria (ambiente): η = 1 – (Tf / Tq)
Geração termelétrica - rendimento
Evolução do rendimento
Usinas em Ciclo Combinado
60
4
50
% Rendimento
„
2
40
1
30
20
Locomotiva
Vapor
3
Turbina a gás
Caldeira & Turbina a Vapor
Usinas Nucleares
10
0
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Cogeração
„
Cogeração: maior produção seqüencial e simultânea de duas ou
mais utilidades a partir de uma mesma fonte energética
‰ calor útil (p.ex: vapor para o processo) e potência eletromecânica
‰ racionalidade consiste na economia de combustível
Tecnologias: Turbina a Vapor (ciclo Rankine)
„
„
„
Grande vantagem
‰ Utiliza qualquer tipo de combustível, inclusive rejeição de calor
(muito versátil)
‰ Diesel, gás natural, biomassa (bagaço de cana, resíduos de
madeira), carvão mineral, etc
Operação
‰ Pouco elástica (resposta lenta) aos regimes de carga, pelas
condições amarradas do vapor
‰ Eficiência ~ 40% (limitada pela temperatura dos metais dos tubos
da caldeira e pela rejeição de calor na condensação)
Viabilidade econômica para configurações acima de 200 MW,
podendo atingir até 1000 MW
Tecnologias: Turbina a Vapor
500°C
„
Central elétrica de combustão
externa
‰
‰
250°C
‰
60°C
‰
Queima do combustível gera
calor que transforma o líquido
em vapor na caldeira
Vapor se expande (pressão
passa de alta a baixa) na turbina
a vapor, gerando energia no
gerador
Vapor expandido sai da turbina
(pode ser utilizado em processo)
e vai ao condensador, onde o
calor é retirado e se obtém
líquido
O líquido é bombeado de volta à
caldeira, fechando o ciclo
Tecnologias: Turbina a Vapor
Rotor de turbina a vapor Siemens, 600 MW
Tecnologias: Turbina a Vapor
UTE Jorge Lacerda, TV de 363 MW
(Tractebel/PR)
Torre de resfriamento evaporativa
Tecnologias: Turbina a Gás (ciclo Brayton)
„
„
Utilizam como principais combustíveis o gás natural e o diesel
Exaustão a alta temperatura
‰ até 615°C Æ ciclo combinado
Operação
‰ Elástica aos regimes de carga
‰ Construção compacta
(modular sobre o mesmo eixo)
Temperatura ambiente, °C
‰ Alta sensibilidade ao clima
‰ Eficiência ~ 42%
Turbinas
‰ Aeroderivativas (máx. 45 MW – Boeing 747)
‰ Heavy duty (até 180 MW)
„
Rendimento, %
Potência, MW
40
35
30
25
20
-40
„
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
Tecnologias: Turbina a Gás
Tecnologias: Turbina a Gás
„
Central elétrica de combustão
interna
‰
‰
500°C
‰
Ar é comprimido no compressor
e queimado com o combustível
gerando calor e gases em alta
pressão
Gases se expandem na turbina e
a movimentam, gerando energia
no gerador acoplado
Gases expandidos saem da
turbina (podem ser utilizados em
processo) e são descartados
Tecnologias: Turbina a Gás
Turbina aeroderivada Rolls-Royce.
Tecnologias: Turbina a Gás
Turbina a gás industrial Alstom.
Tecnologias: Motor Alternativo (ciclo Otto / Diesel)
„
„
„
„
Também conhecidos como Motores de Combustão Interna (MCI)
Escala
‰ Disponível desde pequenas potências a grandes grupos
geradores (unidades de até 66 MW)
Combustíveis
„ single, bi-combustível, multi-combustível (OC, GN ou diesel)
Operação
‰ Elástica aos regimes de carga
‰ Construção compacta
‰ Alta eficiência ~ 45%
Tecnologias Motor Alternativo
„
Central elétrica de
combustão interna
‰
1 - Trocador de calor do óleo
2 - Trocador de calor da água
3 - Trocador de calor
do turbo-compressor
4 – Motor
5 - Gerador Elétrico
6 - Caldeira de recuperação
420°C
‰
‰
Ar e combustível são
comprimidos nos
pistões e queimados
gerando calor e gases
em alta pressão
Gases se expandem
nos pistões e
movimentam um eixo
(virabrequim),
gerando energia no
gerador acoplado
Gases expandidos
saem dos pistões
(podem ser utilizados
em processo) e são
descartados
Tecnologias Ciclo combinado (Brayton/Rankine)
„
„
Arranjo em série de duas máquinas térmicas
‰ Onde a rejeição térmica da máquina primária é a fonte de calor
da segunda, geralmente na proporção de 2:1
Operação
‰ Pouco elástica aos regimes de carga
‰ Operação em regime de base
‰ Instalações complexas
‰ Alta eficiência ~ 55%
‰ produção elétrica maximizada
Tecnologias Ciclo combinado
500°C
250°C
60°C
Tecnologias Ciclo combinado
Central de cogeração TermoRio
ηe= 50%
1.040 MW de capacidade em ciclo combinado, gás natural, Duque de Caxias / RJ
Termeletricidade: Critérios de seleção
„
Alto grau de liberdade em termos de localização (similar a um
empreendimento industrial), devendo avaliar
‰ Custos
„
„
„
Suprimento do combustível
Fornecimento de energia (conexão, uso e perdas) e subprodutos
Fatores adicionais para decisão
‰ Infraestrutura
‰ Incentivos
‰ Impacto ambiental (emissões)
‰ Tipo de tecnologia
‰ Tipo de combustível
Termeletricidade: Critérios de seleção
„
Fases de projeto de um empreendimento termelétrico
‰ Planejamento
„
‰
Inventário
„
„
„
„
‰
‰
Suprimento de combustível
Suprimento de água
Localização
Definição de tecnologia
Projeto conceitual
„
‰
Necessidade e porte do empreendimento
Pré-definição da usina (descrição técnica e balanço térmico)
Viabilidade (técnica, econômica e ambiental)
Projeto básico e projeto executivo
„
„
Documentação de definição e implantação da usina
Detalhamento dos equipamentos
Termeletricidade: Critérios de seleção
Termelétrica
Hidrelétrica
Operação
base – média – ponta
base
Custo de implantação
alto – médio – baixo
alto
Custo de operação
baixo – médio – alto
desprezível
Tempo de implantação
alto – médio – baixo
alto
Investimento
modulado
total
Restrições
-
climáticas
Impacto ambiental
restrito
diversificado
Termeletricidade: Critérios de seleção
Sistema
Eficiência Eficiência
elétrica
total
Custo de
instalação
Custo de
operação
%
%
R$/kW
R$/kWh
Turbina a
vapor
37
60-85
1.300,00
12,00
Turbina a gás
40
60-80
1.000,00
14,00
55
70-88
2.200,00
11,00
37
60-85
1.500,00
37,00
42
60-85
2.200,00
25,00
40
85-90
3.000,00
---
Ciclo
combinado
Motor Diesel
Motor Gás
Natural
Célula a
combustível
Ref. 2008
Outorga da central
• Processo para implantação de termelétricas
– Potência acima de 5 MW
ANEEL / MME
>
MEIO AMBIENTE
>
Autorização
(Res. 112/99)
Liberação (Res. 433/03)
operação comercial
Requisitos
Técnicos
e Legais
Projeto
Executivo/
Construção
LP - LI
LO
Fiscalização
Operação
Renovação
As termelétricas no Brasil (2008)
Centrais termelétricas: 24% da matriz elétrica
As termelétricas no Brasil (2010)
Centrais termelétricas: 26% da matriz elétrica
O cenário energético global e a energia térmica
„
„
A demanda mundial de energia
‰ deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos.
‰ principal razão o crescimento populacional combinado com o
aumento do consumo de energia pelos países emergentes, como
China, Índia e Brasil.
Carvão: 38% da produção mundial de eletricidade
‰ Fontes renováveis de energia
„ têm um importante papel diversificador, porém com
contribuição marginal para a expansão do parque gerador.
‰ Energia nuclear
„ Seu futuro dependerá exclusivamente da aceitação sóciopolítica.
Geração fotovoltaica
Características da Energia Solar
VANTAGENS:
„
Renovável – Inesgotável “Gratuita”
„
Baixo impacto ambiental “LIMPA”
„
Alternativa às fontes convencionais “Pode ser combinada”
„
Distribuída pela superfície da terra
DESVANTAGENS:
„
Baixa densidade energética
„
Variável espacialmente
„
Influência de fatores meteorológicos
„
Variável no tempo: ano a ano, sazonal e diária
„
Necessidade de armazenamento
Sistema de conversão fotovoltaica
Arranjo
Fotovoltáico
Inversor
Controle
Carga
Banco de
Baterias
Carga
CC
Carga
CA
Radiação Solar
„
‰
‰
„
‰
‰
„
‰
‰
‰
„
‰
‰
‰
Importância de se ter dados dos níveis de radiação solar do local
do projeto
Para estimativa da energia produzida
Para cálculo do banco de baterias
Como obter os níveis de insolação
Consultar tabelas e mapas solarimétricos
Estações meteorológicas próximas
Unidades dos dados de radiação solar
Nível instantâneo de radiação - W/ m²
Energia acumulada kWh/m²/dia
Número de horas com sol máximo – h/dia
Níveis solarimétricos médios brasileiros (horizontal) média anual:
Nordeste 5 a 6 horas/dia
Amazônia/Sudeste - 4 a 5 horas/dia
Sul – 3,5 a 4,5 horas/dia
Atlas Solarimétrico do Brasil
(Cepel, 2000)
Sistemas Fotovoltaicos
„
Vantagens específicas
‰
‰
‰
‰
‰
‰
„
Autonomia
Evita redes de distribuição
Geração distribuída
Confiabilidade
Energia elétrica sem interferências externas
Modularidade
Desvantagem
‰
Alto custo
Célula fotovoltaica
„
Materiais:
‰ Silício mono cristalino:
„
mais difundidas
„
eficiência teórica de 27% - comercial entre 11% e 13%
„
processo de fabricação complexo
‰ Silício policristalino:
„
mesmo material mas não é um único cristal
„
menor eficiência – maior área
Módulos fotovoltaicos
P$painel = US$ 5000,00/kW
Acumuladores
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Estacionária - evitar usar automotiva
Ciclo carga-descarga muito severo
Vida útil elevada
Baixo nível de perdas - alta eficiência
Autodescarga reduzida
Alta capacidade de armazenamento
Baixo nível de manutenção
Custo razoável
Influência da temperatura
Bateria estacionária
Controlador de carga
ƒ Função básica - proteger a bateria
ƒ Sinaliza status do sistema
ƒ Monitora a tensão da bateria
Inversor
„
„
„
„
Função básica:
‰ suprir as cargas de corrente alternada
Características desejáveis do inversor
‰ tensão de saída com pouca variação
‰ suportar cargas elevadas de curta duração
‰ eficiência
‰ vida útil
Tipos
‰ Onda quadrada modificada: eficiência 90-96%. Podem ser
usados com diversos tipos de eletrodoméstico: televisores,
computadores, estéreos, etc. Não podem ser utilizados, porém,
para operarem equipamentos que exijam uma melhor
qualidade de sinal, como muitas copiadoras, impressoras laser,
etc
‰ Onda senoidal: eficiência 90-96%(SW da trace)), siemens).
Oferecem uma melhor tensão de saída e desempenho,
podendo operar qualquer aparelho CA ou motor, sem restrições
Custos típicos US$/kVA (de acordo com a potência): 300 a 1.000
Estruturas para montagem dos painéis
Fixação lado de poste
Fixação solo/telhado
vantagens: preço
desvantagens: 1 pç de fix
p/ cada pé, no solo,
exposição a invasões e
sombreamento, no
telhado, dificuldade de
acesso
vantagens: preço,
fácil instalação
desvantagens:
capacidade de suporte
p/ até 4 módulos.
Fixos
Fixação topo de poste
vantagens: fácil
instalação, tem
um único ponto
para fixação,
acesso fácil.
desvantagens: preço
(20%+caro)
P$est_fix = US$ 800,00/kW
Estruturas para montagem dos painéis
passivo
Funcionamento: utilização do gás
Freon R22. O gás na parte +
exposta ao sol aquece-se e migra
para outra parte, inclinando a
estrutura em direção do Sol. Menos
preciso e não permite seg. em 2
eixos
c/ seguimento solar
ativo
Funcionamento: sensor ótico
fornece informações a um motor
dc que aciona o(s) eixo(s) da
montagem. É mais preciso.
P$est_seg = US$ 1500,00/kW +
+ US$ 270,00 por estrutura c/ 2 eixos
Dimensionamento de sistema fotovoltaicos
ƒ Importância do dimensionamento
ƒ A fonte de energia limitada e inconstante mas a necessidade da
energia é constante e variável
ƒ Energia produzida > Energia consumida
ƒ Energia produzida é função da radiação solar incidente
ƒ A energia consumida depende:
ƒ da potencia dos equipamentos ligados
ƒ do tempo de uso de cada equipamento
ƒ A capacidade do banco de baterias depende do nível do consumo
diário e da autonomia desejada para o sistema em períodos
prolongados sem insolação
Sistema fotovoltaico híbridos para cargas de
corrente alternada
Mercado Fotovoltaico Mundial MW
Download