Plano Municipal de Contigência da Dengue em Bento Gonçalves

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Secretaria Municipal da Saúde
Bento Gonçalves RS
Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento da Epidemia da Dengue 2013 - 2014
ÍNDICE
I. Introdução
1. Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento da Epidemia da Dengue de Bento Gonçalves Metodologia
II. Objetivos
III. Bento Gonçalves – Caracterização
IV. Vigilância em Saúde
A. Vigilância Epidemiológica
1. Análise Situacional da Dengue
1.1 - Investigação Sorológica dos Casos Suspeitos de Dengue
2. Características Gerais da Dengue
3. Situação da Dengue no Brasil
4. Situação da Dengue no RS
4.1 - Circulação do Vírus da Dengue no RS entre 2009 e 2013
5. Situação da Dengue em Bento Gonçalves
B. Vigilância Ambiental
1. Vigilância Entomológica em Bento Gonçalves
2. Projeto Verão Sem Dengue - “Intensificação do Combate à Dengue em Bento Gonçalves”
V. Atenção Primária
1. Atenção ao Paciente com Suspeita de Dengue na Atenção Primária
2. Diagnóstico Situacional das Unidades de Saúde da Atenção Primária para o Enfrentamento da Epidemia
da Dengue em Bento Gonçalves
VI. Unidades de Urgência
1. Diagnóstico Situacional dos Serviços de Urgência para o Enfrentamento da Epidemia da Dengue em
Bento Gonçalves
VII. Atenção Hospitalar
1. Diagnóstico Situacional dos Serviços de Internação Hospitalar para o Enfrentamento da Epidemia da
Dengue em Bento Gonçalves
VIII. Serviços de Apoio e Diagnóstico
1. Diagnóstico Situacional do Serviço de Laboratório Público para o Enfrentamento da Epidemia da Dengue
em Bento Gonçalves
2. Diagnóstico Situacional do Serviço de Farmácia Público para o Enfrentamento da Epidemia da Dengue
em Bento Gonçalves
3. Diagnóstico Situacional do Serviço de Almoxarifado da SMS para o Enfrentamento da Epidemia da
Dengue em Bento Gonçalves
IX. Comunicação e Mobilização Social
1. Assessoria de Imprensa
2. Área de Publicidade
3. Ouvidorias
X. Gestão do Plano de Prevenção e Controle de Epidemia de Dengue
Anexos
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Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
I. INTRODUÇÃO
O plano de contingência é um documento onde estão definidas as competências de uma organização para
atender as situações de emergências em saúde pública. Ele contém informações detalhadas sobre as
características da população e da área envolvidas, bem como, dos recursos técnicos e da infraestrutura
existentes. Tem como objetivo geral descrever as medidas de resposta a serem adotadas frente a uma
possível epidemia.
Para garantir a melhor execução das atividades previstas no plano é necessária a construção coletiva e
integrada do documento, contemplando diferentes cenários de transmissão, levando em conta a situação de
risco, a aplicabilidade e o monitoramento das atividades.
O Ministério da Saúde (MS), diante da retomada do ciclo epidêmico da dengue, tem recomendado a todos
os estados e municípios que considerem a dengue como um evento prioritário em saúde e estabeleçam
diretrizes para o seu enfrentamento.
Considerando que a dengue é um problema complexo e recorrente nos principais centros urbanos do país,
e, como forma de contribuir com a discussão, o MS atualizou as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e
Controle de Epidemias de Dengue, para o período 2013-2014. Elas têm por objetivo subsidiar a elaboração
dos planos de contingência das secretarias estaduais e municipais de saúde de modo a controlar processos
epidêmicos, prevenir o agravamento dos doentes e evitar a ocorrência de óbitos.
Para alcançar esses resultados, o plano de contingência deve focar sobre a promoção da assistência
adequada ao paciente, bem como, sobre a organização das ações de prevenção e controle e sobre o
fortalecimento da articulação das diferentes áreas e serviços, visando à integralidade das ações.
No que se refere à assistência, o plano deve priorizar ações voltadas ao reconhecimento oportuno dos
casos suspeitos, o tratamento adequado do paciente conforme protocolo clínico do Ministério da Saúde e a
organização da rede de serviços de saúde.
A classificação de risco dos casos deverá ser feita de forma competente, identificando e garantindo em
tempo adequado o destino correto para o paciente (unidade de reposição volêmica, unidade de urgência,
leito de enfermaria, leito de UTI).
O acolhimento e a classificação de risco devem ocorrer em todas as portas de entrada, reduzindo o tempo
de espera, definindo o plano de acompanhamento e a melhor tipologia de cuidado para cada paciente.
A função de regulação deverá estar presente dentro das unidades de saúde, e através de centrais de
regulação ou de dispositivos criados emergencialmente para este fim, para nortear os fluxos de pacientes
entre serviços.
Em relação às áreas de vigilância, é fundamental estabelecer medidas para o combate ao mosquito vetor
da doença (controle de focos) e o apoio laboratorial para o diagnóstico específico da doença.
Um dos desafios do processo de organização dos serviços, diante de uma situação de crise, é o de,
justamente, promover a atuação integrada da vigilância e da assistência em todos os níveis, tanto no âmbito
interno das secretarias estaduais e municipais de saúde, como entre as próprias secretarias estaduais e
municipais.
A elaboração deste plano de contingência tem exigido a dedicação e o esforço de todos, demandando, além
da atenção básica e da vigilância, articulação com outros níveis de atenção mais complexos, incluindo
serviços de diagnóstico (laboratorial e radiológico), área farmacêutica, transporte, almoxarifado, atenção
especializada (rede de urgência), bem como, os serviços não próprios da administração pública, como a
rede hospitalar.
Neste sentido, a capacidade de gestão é fundamental para que os serviços sejam articulados em rede, com
garantia de acesso, acompanhamento do paciente e qualidade de atenção.
A gestão e a organização dos serviços deverá se preocupar com a garantia de qualidade das informações,
como a correta notificação e registro de todos os casos atendidos. Além de atender a outras finalidades, o
registro de informações oferece o subsídio para o dimensionamento de equipes, materiais, medicamentos, e
definição de forma de funcionamento dos serviços.
1. Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento da Epidemia da Dengue de Bento Gonçalves
- Metodologia
Para a elaboração do Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento da Epidemia da Dengue de
Bento Gonçalves, foram realizadas reuniões individuais e em grupo com os seguintes setores:
- Coordenação Médica da Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde
- Coordenação Médica da Secretaria Municipal da Saúde
- Coordenação Médica do Pronto Atendimento Médico da Secretaria Municipal da Saúde
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- Coordenação de Enfermagem da Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde
- Coordenação de Enfermagem do Pronto Atendimento Médico da SMS
- Área Técnica do Controle Vetorial da Vigilância Ambiental da SMS
- Área Técnica do Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis da Vigilância Epidemiológica da SMS
- Área Técnica da Vigilância em Saúde do Trabalhador da SMS
- Área Técnica do Laboratório da SMS
- Área Técnica da Farmácia da SMS
- Área Técnica do Setor de Almoxarifado da SMS
- Área Técnica do Setor de Planejamento da SMS
- Área Técnica do Setor de Regulação da SMS
- Coordenação Médica do Hospital Tacchini
- Coordenação Médica da Pediatria do Hospital Tacchini
- Coordenação de Enfermagem do Setor de Urgência do Hospital Tacchini
- Área Técnica do Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Tacchini
- Coordenação da Gerência Operacional do Hospital Tacchini
- Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Bento Gonçalves
- Área Técnica da Informática da Prefeitura de Bento Gonçalves
- Área Técnica da Informática da Secretaria Municipal de Saúde
- Área de Gestão da Secretaria Municipal de Saúde
As referências bibliográficas que fundamentam a elaboração dos parâmetros utilizados no Plano Municipal
de Contingência para Enfrentamento da Epidemia da Dengue de Bento Gonçalves incluem:
- Diretrizes para a Organização dos Serviços de Atenção à Saúde em Situação de Aumento de Casos ou de
Epidemia de Dengue. Secretaria de Atenção à Saúde, Ministério da Saúde, 2013.
- Modelo para a Elaboração do Plano de Contingência para o Enfrentamento de Epidemias de Dengue,
Ministério da Saúde, 2010.
- Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Ministério da Saúde, 2009.
- Ações Estratégicas para o Enfrentamento da Dengue no Verão 2011 – 2012. Ministério da Saúde, 2011.
- Dengue: Diagnóstico e Manejo Clínico – Adulto e Criança. Ministério da Saúde, 2011.
- Protocolo de investigação de óbitos de dengue, Ministério da Saúde, 2009.
- Boletim sobre a Situação Epidemiológica da Dengue no Rio Grande do Sul, agosto de 2013.
- Boletim sobre a Situação Epidemiológica da Dengue no Brasil. Ministério da Saúde, fevereiro de 2013.
Utilizando as orientações do manual de Diretrizes para a Organização dos Serviços de Atenção à Saúde em
Situação de Aumento de Casos ou de Epidemia de Dengue (Ministério da Saúde, 2013), foram calculados
os indicadores que servirão como parâmetros para dimensionar a epidemia da dengue no município.
Assim, didaticamente, os parâmetros utilizados no Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento da
Epidemia da Dengue (PMCED) de Bento Gonçalves foram divididos em:
- Indicadores Ambulatoriais e Hospitalares
- Indicadores Farmacêuticos
- Indicadores Laboratoriais
- Outros Indicadores
Os indicadores estão apresentados no Anexo 2, Quadros 1 a 4, deste plano.
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Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
II. OBJETIVOS
O Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento da Epidemia da Dengue propõe-se a dimensionar o
impacto da epidemia no município, fazer o diagnóstico situacional da rede de atendimento em saúde e
organizar e estabelecer ações de prevenção e controle da epidemia no nível municipal.
O objetivo geral do plano é o de assegurar que o município disponha e disponibilize os meios necessários
para controlar processos epidêmicos, prevenir o agravamento dos doentes e reduzir a possibilidade de
óbitos por dengue.
Entre as principais metas do plano destacam-se:
1) Garantir a avaliação e classificação de risco (conforme protocolo do MS) para os pacientes com suspeita
de dengue nas unidades de atenção primária, secundária e terciária.
2) Assegurar a disponibilidade de insumos e medicamentos para o diagnóstico e tratamento dos pacientes
com suspeita de dengue nas unidades públicas de atenção primária e secundária.
3) Assegurar o acompanhamento (seguimento) dos pacientes suspeitos de dengue nas unidades de saúde
pública.
4) Disponibilizar acesso a mecanismos de informação e educação pública sobre a dengue.
5) Manter as ações de notificação e investigação epidemiológica da dengue de forma oportuna no Sistema
Nacional de Agravos de Notificação (SINAN).
6) Assegurar as ações de monitoramento e controle vetorial em parceria com as técnicas da esfera
estadual.
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Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
III. BENTO GONÇALVES – CARACTERIZAÇÃO
1. Emancipação: 11 de Outubro de 1890.
2. Área Geográfica: 382,5 km².
3. Localização: localiza-se na Serra Gaúcha (Encosta Superior do Nordeste) a 124 km da capital do Estado
do Rio Grande do Sul (Porto Alegre).
4. Coordenadas: 29º 10’ de latitude e 51º 21’ de longitude Norte.
5. Altitude Média: 618 metros acima do nível do mar.
6. Limites: Norte - com os municípios de Veranópolis, Pinto Bandeira e Cotiporã;
Sul - com o município de Garibaldi;
Leste - com o município de Farroupilha;
Oeste - com os municípios de Monte Belo do Sul e Santa Tereza.
7. População (IBGE/2012): 109.653 habitantes.
8. Características Geográficas: a cidade possui um relevo bastante acidentado, caracterizado por
escarpas e vales e uma rica rede hidrográfica, sendo cortada por vários arroios. O principal rio é o Rio das
Antas.
9. Características Climáticas: o clima da cidade é o subtropical de altitude, sendo os meses mais frios
junho e julho, com temperaturas médias mínimas de 8ºC e médias máximas de 17ºC. Os meses mais
quentes são janeiro e fevereiro, com temperaturas médias mínimas de 17ºC e médias máximas de 26ºC.
10. Características Econômicas: a economia local está baseada na indústria moveleira e vitivinícola, com
participação do setor metalúrgico-mecânico, alimentício, de couro (75% da economia), e do setor agrícola
(15% da economia). Dados da FEE – 2001 classificam o município de Bento Gonçalves como a 9ª maior
arrecadação do Estado.
Bento Gonçalves é a Capital Brasileira da Uva e do Vinho e o maior e mais expressivo pólo moveleiro do
Estado. Destaca-se pela qualidade de vida, sendo a 1ª em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio
Grande do Sul e a 6ª do Brasil conforme estudo feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2003.
O índice leva em consideração itens como longevidade, educação, saúde e renda.
Roteiro garantido para o turismo de negócios, Bento Gonçalves sedia hoje as maiores feiras do país e da
América Latina no segmento industrial e comercial. Os pavilhões do Parque de Eventos são o palco de
eventos conhecidos internacionalmente, como a Feira Internacional de Máquinas e Matéria Prima para a
Indústria Moveleira (FIMMA Brasil), a Movelsul Brasil, a Transpo-Sul e a Feira Internacional de Ecologia e
Meio Ambiente (FIEMA), além da Expobento. A cidade também é sede de festas e feiras alusivas à uva e
ao vinho, como a Festa Nacional do Vinho (Fenavinho), e a Avaliação Nacional de Vinhos. Na área da
cultura destaque para o Bento em Dança e o Congresso Brasileiro de Poesia.
11. Número das Principais Indústrias e Serviços: Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Econômico
(2009)
Vinícolas: 49;
Móveis: 255;
Metalúrgicas: 296;
Vestuário: 124;
Alimentação: 47;
Outras: 387.
12. Representatividade na Economia: Fonte: Panorama Socioeconômico de Bento Gonçalves (2009)
Indústria: cerca de 70%;
Serviços: cerca de 22%;
Comércio: cerca de 8%.
PIB: R$ 1,99 bilhões (IBGE 2008).
Renda Per Capita: R$ 19.095,00 (IPEA 2008).
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13. Sistema de Saúde
13.1 - Unidades Básicas de Saúde - UBS
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Nelas a
comunidade pode buscar desde orientações básicas de saúde e consultas, até o encaminhamento para os
mais diversos exames, cirurgias ou especialidades médicas. As UBS priorizam a promoção e prevenção da
saúde.
Hoje existem 11 UBS no município, 6 na zona urbana e 5 na zona rural.
Duas Unidades Básicas de Saúde (UBS São Roque e Santa Helena) possuem horário de atendimento
estendido (até as 22 horas).
1) Unidade de Saúde Central (Centro)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
2) Unidade de Saúde São Roque (São Roque)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 22h
3) Unidade de Saúde Santa Helena (S. Helena)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 22 h
4) Unidade de Saúde Zona Sul (Botafogo)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
5) Unidade de Saúde Maria Goretti (Maria Goretti)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
6) Unidade de Saúde 15 da Graciema (Vale dos Vinhedos/Rural)
Atendimento: 7h 30min às 11h 45min e das 12h 45min às 16h 30min
7) Unidade de Saúde Faria Lemos (Faria Lemos/Rural)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17 h
8) Unidade de Saúde São Pedro (São Pedro/Rural)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17 h
9) Unidade de Saúde São Valentim (São Valentim/Rural)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17 h
10) Unidade de Saúde Tuiuty (Tuiuty/Rural)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17 h
11) Unidade Móvel: atende os bairros que não possuem UBS (Cohab, Glória, São João, 40 da Graciema,
Fenavinho, São Luís do Rio das Antas e Imigrante).
13.2 - Unidades da Estratégia Saúde da Família - ESF
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é um programa que foi implantado em áreas estratégicas que estão
submetidas a maior risco social, definidas em conjunto com o Conselho Municipal de Saúde. O modelo de
assistência tem a saúde da família como estratégia básica de atenção. O processo de trabalho da equipe é
a organização de ações destinadas prioritariamente à promoção da saúde e prevenção de enfermidades.
Para a operacionalização deste modelo de programa é necessária a programação dos serviços,
planejamento local e participação da comunidade.
Atualmente existem 11 ESF no município, 10 na zona urbana e 1 na zona rural.
1) Unidade da Estratégia Saúde da Família Aparecida (Aparecida)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
2) Unidade da Estratégia Saúde da Família Barracão (Barracão/Rural)
Atendimento: 7h 45min às 11h 45min e das 13h às 17h
3) Unidade da Estratégia Saúde da Família CAIC / Zatt (Zatt)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
4) Unidade da Estratégia Saúde da Família Conceição (Conceição)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
5) Unidade da Estratégia Saúde da Família Eucaliptos (Eucaliptos)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
6) Unidade Estratégia Saúde da Família Licorsul (Licorsul)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h 30 min às 17h 30min
7) Unidade da Estratégia Saúde da Família Municipal (Municipal)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
8) Unidade da Estratégia Saúde da Família Ouro Verde (Ouro Verde)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
9) Unidade da Estratégia Saúde da Família Progresso II (Progresso)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
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Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
10) Unidade da Estratégia Saúde da Família Santa Marta (Santa Marta)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
11) Unidade da Estratégia Saúde da Família Vila Nova (Vila Nova)
Atendimento: 7h 30min às 11h 30min e das 13h e 30min às 17h e 30min
13.3 - Serviços Secundários
Os serviços de saúde pública secundários compreendem aqueles que oferecem atendimento especializado
e que atuam como suporte para as unidades básicas de saúde e da estratégia da família. Entre os serviços
secundários disponibilizados em Bento Gonçalves destacam-se:
1) Pronto Atendimento 24 horas - PAM 24h
Serviço destinado à prestação de serviços de urgência e emergência. Conta com equipe médica e de
enfermagem trabalhando diuturnamente: 7 dias por semana, 24 horas por dia.
2) Serviço de Assistência Domiciliar – SAD
O SAD desenvolve ações destinadas ao acompanhamento domiciliar de pacientes com condições crônicas
de saúde.
3) Centro de Referência Materno Infantil – CRMI
No CRMI, prioriza-se o atendimento de gestantes, puérperas e crianças com determinados fatores de risco
à gravidez e ao desenvolvimento fetal e infantil.
4) Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento - SAE/CTA
O SAE/CTA é a referência assistencial e de prevenção para determinados agravos e doenças
transmissíveis, como a tuberculose, hanseníase, pacientes HIV/AIDS, doenças sexualmente transmissíveis
e hepatites virais.
5) Serviço de Atendimento Psicossocial - CAPS II
Serviço destinado aos indivíduos adultos portadores de doenças mentais, como a esquizofrenia.
6) Centro de Atendimento Psicossocial - Álcool e Drogas - CAPS-AD
Serviço destinado ao acompanhamento das adicções.
7) Centro de Atenção Psicossocial Infantil – CASPI
Serviço que presta assistência a jovens e crianças com transtornos mentais e cognitivos.
8) Centro Municipal de Fisioterapia – CMF
O CMF é a referência para as atividades de reabilitação motora de pacientes com problemas do sistema
músculo-esquelético.
9) Atendimentos Especializados
A Secretaria Municipal da Saúde terceiriza a assistência de determinados problemas de saúde para os
quais não há especialistas na rede pública de saúde, ou para os quais a demanda é maior do que a
capacidade operacional da rede. Também oferece exames laboratoriais e de radiodiagnóstico ainda não
disponíveis na rede pública municipal.
10) Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU
Bento Gonçalves sedia uma equipe do SAMU com atendimento básico e especializado.
11) Vigilância em Saúde
Responsável pelas ações de fiscalização, controle e prevenção de agravos e doenças de interesse em
saúde pública. É composta por quatro áreas com atribuições distintas: Serviço de Vigilância Ambiental,
Serviço de Vigilância Epidemiológica, Serviço de Vigilância Sanitária e Serviço de Vigilância da Saúde do
Trabalhador.
12) Serviços de Diagnóstico Laboratorial e Radiológico
A Secretaria Municipal de Saúde conta com um laboratório próprio com capacidade para realizar exames de
rotina (por exemplo, hemograma, E.Q.U.), sorológicos (hepatites virais, HIV, VDRL, etc.), entre outros
(provas enzimáticas). Atualmente, funciona de segunda à sexta-feira das 7:30 às 24:00 horas. Não abre nos
sábados e domingos. Também dispõe de um serviço de Raios-X que funciona diuturnamente (24 horas),
inclusive nos finais de semana e feriados.
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13) Farmácia Básica e Especializada
O setor de Farmácia da rede pública de saúde dispõe de uma grande variedade de medicamentos,
garantindo a manutenção de estoques mínimos de determinados fármacos para as unidades básicas de
saúde e para o Pronto Atendimento 24 Horas. Atualmente, funciona durante os 7 dias da semana: das 8:00
às 22 horas de segunda à sexta-feira e das 7:30 às 20:00 horas nos sábados e domingos.
13.4 - Serviços Terciários
O município dispõe de um hospital filantrópico conveniado pelo SUS que conta com serviços de urgência e
emergência (pronto atendimento), atendimento ambulatorial, atendimento domiciliar, internação em
enfermaria clínica e cirúrgica, enfermaria pediátrica, maternidade, centro obstétrico, bloco cirúrgico, UTI
neonatal (7 leitos), pediátrica (3 leitos) e adulta (19 leitos), serviços de diagnóstico laboratorial e
radiológico/imagem, serviço de hemoterapia (banco de sangue), nutrição e fisioterapia.
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Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
IV. VIGILÂNCIA EM SAÚDE
A. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica foi instituído em 1975 e incorporado e definido pela Lei
Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90) como: "o conjunto de atividades que permite reunir a informação
indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem
como detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar
oportunamente, sobre bases firmes, as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle
de determinadas doenças".
A epidemiologia é um eixo da saúde pública que descreve a distribuição e magnitude dos problemas em
saúde subsidiando o planejamento execução e avaliação de ações de controle e tratamento de doenças,
segundo a Associação Internacional de Epidemiologia IEA, 1973).
O Serviço de Vigilância Epidemiológica é o serviço de referência para o apoio ao diagnóstico, atendimento e
tratamento de agravos a saúde transmissíveis e não transmissíveis de interesse epidemiológico.
Os agravos de interesse epidemiológico em Saúde Pública são definidos pelo Ministério da Saúde. Eles
constituem o grupo de doenças de notificação compulsória (DNC) ao Serviço de Vigilância Epidemiológica.
De acordo com a Portaria Nº 104, de 25 de Janeiro de 2011 do Ministério da Saúde, os seguintes agravos
fazem parte da lista de notificação compulsória: Acidente por Animal Peçonhento, Atendimento Anti-Rábico,
Botulismo, Carbúnculo (Antraz), Cólera, Coqueluche, Dengue, Difteria, Doença de Creutzfeld-Jacob,
Doença Meningocócica e Outras Meningites, Doença de Chagas Aguda, Esquistossomose, Eventos
Adversos Pós-Vacinação, Febre Amarela, Febre do Nilo Ocidental, Febre Maculosa, Febre Tifóide,
Hanseníase, Hantavirose, Hepatites Virais, Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em
Gestantes e Crianças Expostas ao Risco de Transmissão Vertical, Influenza Humana por Novo Subtipo,
Intoxicações Exógenas (por Substâncias Químicas, Agrotóxicos, Gases Tóxicos, Metais Pesados),
Leishmaniose Tegumentar Americana, Leishmaniose Visceral, Leptospirose, Malária, Paralisia Flácida
Aguda, Peste, Poliomielite, Raiva Humana, Rubéola, Sarampo, Sífilis Adquirida, Sífilis Congênita, Sífilis em
Gestante, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), Síndrome da Rubéola Congênita, Síndrome do
Corrimento Uretral Masculino, Síndrome Respiratória Aguda Grave Associada ao Coronavírus (SARS-CoV),
Tétano (Acidental, Neonatal), Tuberculose, Tularemia*, Varíola* e Violência Doméstica e Sexual. As
doenças e agravos grifados com asterisco compõem a lista de notificação compulsória imediata (LNCI).
O Ministério da Saúde também publicou a lista de notificação compulsória em unidades sentinelas (LNCS):
Acidente com Exposição à Material Biológico Relacionado ao Trabalho, Acidente de Trabalho com
Mutilações, Acidente de Trabalho em Crianças e Adolescentes, Acidente de Trabalho Fatal, Câncer
Relacionado ao Trabalho, Dermatoses Ocupacionais, Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho (DORT), Influenza Humana, Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), Pneumoconiose
Relacionada ao Trabalho, Pneumonias, Rotavírus, Toxoplasmose Adquirida na Gestação e Congênita e
Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho. No Rio Grande do Sul, a lista de DNC também inclui:
Varicela e Caxumba.
Entre as ações desenvolvidas pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde diante dos
casos de dengue (pacientes) destacam-se:
- Participar da Comissão Intersetorial da Dengue no município;
- Recebimento das notificações dos casos suspeitos;
- Investigação epidemiológica dos casos notificados (contato telefônico, visita hospitalar), a fim de
complementar informações relativas ao quadro clínico, início de sintomas, período de viremia, casoscontatos, etc.;
- Digitação das fichas de investigação dos casos suspeitos de dengue nos sistemas de informação oficiais
do Ministério da Saúde;
- Investigação de óbitos dos casos suspeitos de dengue;
- Orientação para os pacientes investigados sobre os cuidados de saúde relacionados a dengue e possíveis
complicações;
- Encaminhamento dos casos investigados para a realização oportuna de exames sorológicos específicos
para a confirmação (ou descarte) da doença (laboratório LACEN);
- Cooperação na capacitação e assessoramento das equipes de saúde envolvidas no atendimento dos
casos de dengue;
- Cooperação nas campanhas de educação pública sobre o controle e a prevenção da dengue;
- Cooperação com as instâncias estadual e federal;
- Interlocução entre a Atenção Primária, Secundária e Terciária com a Área de Vigilância em Saúde,
divulgando notas técnicas e protocolos assistenciais da dengue;
- Elaboração e divulgação de informes epidemiológicos sobre a dengue.
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- Disponibilização de material técnico e didático sobre a dengue na rede de informática (intranet) da
Secretaria Municipal da Saúde.
- Colaboração na construção da “página” da dengue no website da prefeitura;
- Confecção e distribuição do kit da dengue para os serviços de saúde (kit da dengue é composto por ficha
de investigação da dengue, fluxograma de atendimento [cartaz e versão de bolso], folders da dengue,
cartão de acompanhamento do paciente com suspeita de dengue, cd com informações digitais);
- Articulação intersetorial local (serviços de saúde, imprensa, empresas, escolas) para a discussão e
mobilização social;
1. Análise Situacional da Dengue
Para elaborar a análise situacional da dengue, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da
Saúde elencou as principais questões relativas à contingência de uma epidemia de dengue em Bento
Gonçalves, considerando seu impacto sobre os serviços locais de saúde.
Um dos efeitos visíveis da ocorrência de epidemias é a sobrecarrega da estrutura da saúde, decorrente do
aumento de demandas em diferentes áreas: assistência farmacêutica, laboratório e radiodiagnóstico,
recursos humanos e insumos estratégicos e, obviamente, atendimento médico nas unidades de saúde
primária, secundária e terciária.
A contingência de uma epidemia, portanto, requer o planejamento prévio de estratégias que levem em
consideração a realidade local, o que inclui a avaliação, não só, das infraestruturas diretamente
relacionadas ao atendimento dos doentes (disponibilidade de recursos financeiros e humanos,
acessibilidade aos serviços de assistência, por exemplo), bem como, de fatores mais complexos de
mensurar, como as questões comportamentais, culturais e educacionais que contribuem ou interferem na
disposição da população em executar as medidas de prevenção da doença e do controle vetorial.
Desde 2002, tem-se observado uma retomada do ciclo das epidemias de dengue em quase todas as
unidades federadas do Brasil. No RS, desde 2007, há uma sensível piora do quadro epidemiológico da
dengue conseqüente ao avanço da infestação do mosquito Aedes aegypti em várias cidades gaúchas e ao
aparecimento de casos autóctones de dengue na região Noroeste e Metropolitana (Porto Alegre e Viamão).
Com este novo cenário epidemiológico, tem se exigido formalmente dos gestores públicos a pactuação de
ações para a vigilância vetorial (monitoramento e combate aos focos de mosquito) e assistencial (adesão
aos protocolos do Ministério da Saúde para atendimento e prevenção dos casos graves de dengue).
Isto tem implicado a mobilização e incorporação de recursos, métodos e tecnologias nas rotinas das
equipes técnicas dos municípios, como às relacionadas ao combate do mosquito da dengue (colocação de
armadilhas, uso do BTI e do fumacê) que, até então, eram realizadas pelo nível estadual e federal
(FUNASA, por exemplo).
A elaboração do Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento da Epidemia da Dengue tem, por
princípio, fazer o diagnóstico situacional do problema e propor soluções conjuntas com todas as áreas
diretamente envolvidas.
Entre outras informações, o presente plano inclui a caracterização socioeconômica, populacional e
geográfica de Bento Gonçalves e dos seus principais recursos em saúde; descreve, também, a situação
epidemiológica e vetorial da dengue, e a apresenta as ações propostas para o enfrentamento de uma
possível epidemia no município.
Neste sentido, um dos primeiros desafios na elaboração do plano é o de tentar dimensionar a magnitude e o
impacto da epidemia no município.
Para tanto, a Vigilância Epidemiológica calculou indicadores (parâmetros) baseados em estimativas já
observadas em epidemias de dengue ocorridas em outros países e estados brasileiros.
Foram construídos 3 possíveis cenários epidemiológicos para estimar o número de prováveis doentes de
dengue em Bento Gonçalves. Cada cenário teria duração de 6 meses (ver Quadro 1).
- Cenário 1: estima que 1% da população residente no município (1.097 pessoas) procuraria os serviços de
saúde locais em busca de assistência devido a sintomas de dengue. Neste cenário, o número de doentes
atendidos nos serviços de saúde na primeira consulta variaria de 143 a 219 por mês (ou cerca de 5 a 7
pacientes/dia durante 6 meses).
- Cenário 2: estima que 2% da população residente no município (2.193 pessoas) procuraria os serviços de
saúde locais em busca de assistência devido a sintomas de dengue. Neste cenário, o número de doentes
atendidos nos serviços de saúde na primeira consulta variaria de 285 a 439 por mês (ou cerca de 10 a 15
pacientes/dia durante 6 meses).
- Cenário 3: estima que 4% da população residente no município (4.386 pessoas) procuraria os serviços de
saúde locais em busca de assistência devido a sintomas de dengue. Neste cenário, o número de doentes
atendidos nos serviços de saúde na primeira consulta variaria de 570 a 877 por mês (ou cerca de 19 a 30
pacientes/dia durante 6 meses).
A distribuição dos casos mês a mês concentra 60% dos atendimentos estimados entre o 3º e 5º meses da
epidemia.
12
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
É importante considerar que, em regra, cada paciente suspeito de dengue deve ser acompanhado por cerca
de 5 dias, após o atendimento inicial, a fim de avaliar possíveis complicações do quadro clínico. Neste
contexto, cada paciente geraria, no mínimo, 5 consultas adicionais nos serviços de saúde. No cenário 3, por
exemplo, os 4.386 casos suspeitos gerariam cerca de 21.931 consultas de acompanhamento durante o
período de vigência da epidemia.
1.1 - Investigação Sorológica dos Casos Suspeitos de Dengue
Conforme dados do Centro de Vigilância em Saúde do RS (CEVS-RS), cerca de 59% dos casos suspeitos
de dengue notificados e investigados no estado têm sido descartados, isto é, não eram realmente dengue.
Essa grande proporção de casos notificados e descartados (“não-dengue”) pode ser o resultado da
dificuldade em se diferenciar os sinais e sintomas inespecíficos da doença (febre, mal-estar, cefaléia, por
exemplo) de outras tantas patologias que também se caracterizam por conter esta sintomatologia. Outro
problema, é que em uma boa parte das vezes, a avaliação do quadro clínico baseia-se em sintomas
“referidos” pelos pacientes (até mesmo a febre) no momento do atendimento, podendo existir uma
superestimação dos sintomas, tanto por parte dos pacientes, como por parte dos profissionais que os estão
triando, aumentando artificialmente a chance de suspeição de dengue.
Somado a isso, durante os períodos de epidemia os meios de comunicação costumam intensificar as
notícias sobre o tema. Como efeito, isso ajuda, não só, a aumentar a consciência da população sobre a
importância da prevenção, como, também eleva o nível de preocupação das pessoas a cerca da doença,
estimulando-as a procurar os serviços de saúde e contribuindo para o aumento de atendimentos médicos,
bem como, de exames laboratoriais e de consumo de medicamentos.
Do ponto de vista da vigilância epidemiológica, os casos clinicamente suspeitos de dengue deveriam ser
confirmados através de sorologia específica (isto é, realização de IgM no Laboratório Central da SES/RS,
com coleta de amostra de soro a partir do 7º dia do início dos sintomas). Todavia, na vigência de uma
epidemia, o MS determina a realização de exames confirmatórios (sorologias) para 10% dos casos
suspeitos. Isso leva à necessidade de definir critérios que ajudem a selecionar quais os pacientes suspeitos
que, de fato, coletarão amostras para a sorologia. A rigor, todos os doentes classificados nas categorias de
risco C e D devem coletar amostras para a testagem laboratorial de IgM. Entretanto, a grande maioria dos
casos suspeitos, provavelmente, será classificada nas categorias A (77%) e B (15%), grupos onde seria
mais comum encontrar casos “não-dengue”. Para escolher os casos suspeitos destas duas categorias que
farão sorologia, de modo a melhorar as chances de encontrar casos reais da doença, a proposta é a de
priorizar os pacientes da categoria B que sejam notificados com informações consistentes com os sinais de
alerta e choque, principalmente, os que necessitarem de reidratação intravenosa.
Numa contingência de epidemia de dengue, a eleição de pacientes para a sorologia é necessária, a fim de
otimizar a utilização dos recursos laboratoriais e humanos. No RS, considerando a possibilidade de ocorrer
o cenário 1 (1% da população doente), o número de sorologias a ser realizada pelo LACEN estadual seria
de aproximadamente 7.500 (somente entre os casos internados dos grupos C e D). No cenário 3 (4% de
doentes), este número subiria para cerca de 30.000 sorologias.
A realização de sorologia para todos os casos suspeitos de dengue notificados no RS, portanto, seria
inviável. Mais a mais, o atendimento médico dos pacientes de dengue nos serviços de saúde não depende
da confirmação laboratorial imediata da doença.
Somado às questões da logística laboratorial, há também as ações de notificação, investigação e busca
ativa dos casos suspeitos, tradicionalmente, realizadas pelas equipes de Vigilância Epidemiológica das
Secretarias Municipais de Saúde. Em Bento Gonçalves, estima-se que o número de pacientes suspeitos de
dengue elegíveis para a sorologia no cenário 1 seria de 187, e no cenário 3 de 746 (ver Quadro 3). Nas
duas situações haverá custos operacionais relativos a: ligações telefônicas para agendar os exames,
material de laboratório para coleta de amostras de soro, transporte de amostras e pessoas, cópias
xerográficas, recursos humanos (técnicos de laboratório, vigilância, motoristas, por exemplo). No tocante à
Vigilância Epidemiológica, o foco da equipe na realização das ações da dengue não deve(ria) comprometer
o seu trabalho global no que concerne à investigação dos demais agravos de notificação (meningite,
violências, atendimento antirrábico, por exemplo) e à alimentação e manutenção dos sistemas de
informação que estão sob a sua competência (SIM, SINASC, SINAN).
2. Características Gerais da Dengue
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS). É uma doença febril aguda causada por um vírus do gênero Flavivirus que possui 2 formas
clínicas: Dengue Clássica e Febre Hemorrágica da Dengue.
A transmissão ocorre através da picada dos mosquitos fêmea do gênero Aedes das espécies aegypti e
albopictus infectados pelo vírus da Dengue.
13
O Aedes aegypti é um mosquito encontrado em todos os estados do Brasil. É escuro, com faixas brancas
no corpo e patas, hábitos essencialmente urbano e diurno. O mosquito adquire o vírus ao picar uma pessoa
doente no período entre 1 dia antes do início da febre até 6 dias após o início da mesma.
Uma pessoa hígida, sem a doença, é picada pelo mosquito infectado pelo vírus e cerca de 6 dias após,
passa a apresentar, febre alta (39º a 40ºC) abrupta e indiferenciada com duração máxima de 7 dias
acompanhada por cefaléia, mialgias e artralgias, dor retrocular, diarréia, vômitos, astenia, anorexia e
exantema morbiliforme. Após 3 dias do início da doença, pode ocorrer a forma grave hemorrágica que se
caracteriza dores abdominais, presença de sinais hemorrágicos, como epistaxe e gengivorragias.
3. Situação da Dengue no Brasil
No Brasil existem referências sobre a dengue desde 1849, em virtude de uma epidemia no Rio de Janeiro.
O mosquito vetor da doença já havia sido erradicado do país em dois momentos, sendo a última vez em
1973. A existência de condições socioambientais favoráveis tem permitido a expansão do Aedes aegypti e
sua dispersão em todo o país, desde sua reintrodução em 1976.
Em 1996, o Ministério da Saúde decidiu rever sua estratégia e propôs o Programa de Erradicação do Aedes
aegypti (PEAa).
Diante da tendência de aumento da incidência verificada no final da década de 90 e da introdução de um
novo sorotipo (Dengue 3) que prenunciava um elevado risco de epidemias de dengue e de aumento nos
casos de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD), o Ministério da Saúde, com a parceria da Organização PanAmericana de Saúde, elaborou um Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue (PIACD), em
junho de 2001.
A introdução do sorotipo 3 e sua rápida disseminação para oito estados, em apenas três meses, evidenciou
a facilidade para a circulação de novos sorotipos do vírus, juntamente com as multidões que se deslocam
diariamente entre as regiões.
No ano de 2002, o país viu aumentar expressivamente os casos de dengue, atingindo a maior incidência já
registrada na última década (399,7/100.000). Intercaladas por breves períodos de queda, as epidemias
mantiveram-se acima dos 200 casos por 100.000 habitantes, desde 2007 (ver Gráfico 1).
Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 1º de janeiro até 16 de fevereiro de 2013, a incidência da
doença já atingiu mais da metade de todo o ano de 2012.
Segundo os dados epidemiológicos, oito estados – Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo,
Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Espírito Santo - concentram 173.072 notificações, que equivalem a
84,6% do total.
4. Situação da Dengue no RS
4.1 - Circulação do Vírus da Dengue no RS entre 2009 e 2013
Até o ano 2006, o RS registrava apenas casos importados de dengue provenientes de outras regiões do
país.
Em 2007, o RS confirmou, pela primeira vez, casos da doença adquirida dentro do próprio território. Dos
375 casos confirmados, 268 (71%) eram autóctones. Os pacientes contraíram o vírus da dengue em
municípios da Região Noroeste: Giruá (215 casos), Erechim (32 casos), Horizontina, Três de Maio e
Tuparendi.
Em 2008 e 2009, foram registrados 98 e 26 casos de dengue, respectivamente. Todos estes casos foram
importados de outros estados.
Em 2010, o RS voltou a apresentar casos da doença adquiridos dentro do próprio Estado. Dos 4.922 casos
notificados, 3.366 (68%) eram autóctones. A maior parte dos pacientes contraiu o vírus da dengue nos
municípios da Região Missioneira: Ijuí (2.957 casos), Santa Rosa, Santo Ângelo, Crissiumal, Cândido
Godói, Três de Maio. Foram isolados vírus do sorotipo Denv 1, Denv 2 e Denv 3.
Neste ano, Porto Alegre, pela primeira, diagnosticou 5 casos autóctones da doença.
Em 2011, a transmissão do vírus dentro do território gaúcho manteve-se em atividade. Muito embora o total
de casos tivesse caído para 198, o número de municípios gaúchos com circulação viral aumentou,
passando a incluir São Nicolau, São Luiz Gonzaga, Cerro Largo, Santo Cristo e Giruá. Porto Alegre
confirmou 11 casos autóctones.
Em 2012, os casos autóctones de dengue caíram para um total de 43. Ijuí, Tenente Portela, Três de Maio,
Três Passos e Tuparendi apresentaram circulação viral neste ano. Porto Alegre não registrou nenhum caso.
Em 2013, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde do RS, até 3 de agosto, recebeu 2.153 notificações de
casos suspeitos de dengue, dos quais 406 foram confirmados. Desses, 226 (55,6%) foram contraídos
dentro do RS (os demais foram importados de outros estados). Entre os 226 casos em que a pessoa foi
contaminada no Estado, 150 (66,3%) aconteceram em Porto Alegre e um em Santa Rosa. Foram
14
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
subtipados os vírus DenV 1, DenV 2 (autóctones) e DenV 4 (importado de Minas Gerais). Até agosto, 117
municípios gaúchos registraram a presença de infestação pelo Aedes aegypti (ver Infomapa 1).
No RS, em média, 59,0% do total de casos investigados para dengue têm sido descartados para a doença.
Isso sugere que um número expressivo de pacientes que procuraram assistência com sintomas e
diagnóstico clínico de suspeição de dengue, na verdade, tinham outras doenças e podem ter recebido o
tratamento medicamentoso recomendado para a dengue desnecessariamente. Além disso, podem não ter
sido investigados para outras doenças e deixado de receber o tratamento adequado para o seu real
problema.
Mesmo com a situação ainda considerada sob controle, a Secretaria Estadual da Saúde alerta que as
medidas de prevenção por parte da população devem ser realizadas, a fim de reforçar o combate à
proliferação da doença.
Entre as ações propostas pela Secretaria Estadual da Saúde para o enfrentamento da epidemia da dengue
no RS, pode-se citar:
1) Resolução CIB nº. 043/07 de 15/05/07: repasse de valores do TFVS Estadual para municípios infestados
(incremento das equipes de campo de combate ao vetor).
2) Implementação do PNCD no RS (em 2007) com o objetivo:
a) Controlar a população de vetores nas áreas infestadas, atingindo índices de infestação inferiores a 1%;
b) Organizar, planejar e capacitar a rede de assistência e laboratorial, com a identificação de referências,
para o enfrentamento de surtos da doença;
c) Capacitar os profissionais da área da assistência, da área da entomologia e da área da educação, nos
temas relacionados ao controle da Dengue;
d) Informar e envolver a população em geral no controle do vetor e nos aspectos da doença.
e) Implementar a vigilância entomológica:
- Em municípios infestados, alcançar índice de infestação menor que 1%; contratar e capacitar a equipe,
realizar ações programas no PNCD;
- Em municípios não infestados: equipe para realizar visitas às armadilhas (semanais) e visitas aos PE
(quinzenais).
5. Situação da Dengue em Bento Gonçalves
Para avaliar o perfil epidemiológico da dengue no município, a equipe da Vigilância Epidemiológica avaliou
todas as notificações recebidas desde 1998. A equipe também calculou as incidências anuais da doença do
Brasil, do RS e de Bento Gonçalves (ver Gráfico 1), permitindo a comparação e o acompanhamento
histórico da dengue nestas três esferas. O primeiro caso de dengue confirmado em Bento Gonçalves foi
registrado em dezembro de 2001 e foi o marco do pequeno surto ocorrido em 2002 e que se estendeu de
janeiro a abril daquele ano (ver Tabela 1). A confirmação de casos no município tem acompanhado a
retomada do ciclo de epidemias da dengue no país e que se repetiram em 2008, 2010 e 2012.
Os pacientes de dengue residentes em Bento Gonçalves têm se caracterizado por serem viajantes
(profissionais, caminhoneiros, empresários e turistas) que se infectam em estados endêmicos. Ao
retornarem ao município, procuram os serviços de saúde locais com os sintomas da doença.
Como nenhum dos doentes residentes contraiu a infecção em Bento Gonçalves, isto tem evidenciado que
ainda não está ocorrendo a circulação do vírus em nosso município. Até 2012, todos os casos eram
importados de outros estados brasileiros. Em 2013, confirmou-se o primeiro caso do ano, uma mulher de 30
anos que havia viajado para Porto Alegre, durante o período de infecção e incubação da doença.
B. VIGILÂNCIA AMBIENTAL
A Vigilância Ambiental (com ênfase na área de controle vetorial) dentro do sistema de Vigilância em Saúde
do município tomou corpo a partir do ano 2002, com a estruturação da sua primeira equipe técnica.
1. Vigilância Entomológica em Bento Gonçalves
Em Bento Gonçalves, as ações de prevenção e controle da epidemia da dengue iniciaram em fevereiro de
2002, quando os agentes da FUNASA começaram a realizar o Reconhecimento Geográfico do município
(isto é, mapeamento do município). Após o reconhecimento geográfico iniciou-se o trabalho denominado
Levantamento de índice que consiste em visitas nos imóveis da cidade (10 % dos imóveis) para coleta de
larvas e orientações à população. Naquele ano, foram confirmados 3 focos com a presença de larvas do
mosquito Aedes albopictus. Paralelamente, foram promovidos encontros com professores das escolas do
município e com lideranças comunitárias para esclarecimentos sobre a dengue, a fim de que os mesmos se
tornassem multiplicadores nas escolas e na comunidade.
15
Desde 2007, segundo orientações do Ministério da Saúde, foram instaladas 180 armadilhas destinadas a
captura do mosquito Aedes aegypti. A partir do ano de 2009, a presença de larvas do mosquito Aedes
aegypti foi confirmada em algumas destas armadilhas. No ano de 2010, foi verificada a presença do
mosquito Aedes aegypti nos seguintes bairros: Vila Nova, Maria Goretti, Cidade Alta e Centro. Neste mesmo
ano foram encontrados focos do inseto em imóveis localizadas nos bairros Maria Goretti e Centro. Nesta
ocasião, a Vigilância Ambiental fez a inspeção de todos os imóveis localizados dentro de um raio de 300
metros da residência infestada (delimitação de foco), a fim de verificar a existência de outros focos de
mosquito. Nenhum outro foco residencial foi encontrado.
Em 2011, foi constatada a presença de larvas de Aedes aegypti em armadilhas localizadas nos bairros
Borgo, Progresso, Vila Nova e Juventude sendo que no bairro Juventude ocorreu infestação em imóveis.
Em 2012, ocorreu a presença de Aedes aegypti em armadilha no bairro Vinosul.
Em 2013, os bairros Glória, São Vendelino, São Roque e Zatt confirmaram a presença de larvas do
mosquito em armadilhas.
Municípios infestados são aqueles no qual o Levantamento de índice detectou a presença do Aedes aegypti
domiciliado. O município infestado passa a ser considerado não infestado quando permanecer, pelo menos,
12 meses consecutivos sem a presença do vetor.
A confirmação da presença do mosquito Aedes aegypti (principal vetor da dengue) em imóveis fez mudar o
status do nosso município quanto à situação vetorial, de Estrato II – município não infestado para Estrato I –
município infestado em período não epidêmico.
Os locais onde foram identificados focos do A. aegypti estão representados na seqüencia de mapas
apresentados no Anexo 6.
2. Planejamento de ações para o verão 2013/2014 para controle ao vetor Aedes aegypti
O município de Bento Gonçalves vem fazendo o trabalho de vigilância sobre os vetores da dengue desde
2002. No ano de 2010, durante o trabalho de levantamento de índice foi verificada a presença do vetor da
dengue no município, primeiramente em armadilhas instaladas e, após, em residências. A partir deste
momento o município mudou seu status passando a ser considerado infestado.
A vigilância entomológica tem como objetivo o monitoramento dos índices de infestação por Aedes aegypti
para subsidiar a execução das ações apropriadas de eliminação dos criadouros de mosquitos e diminuição
da população de insetos adultos nos momentos de transmissão viral.
O município conta com 47.000 mil imóveis urbanos. O RG está em constante atualização. Possui 156
armadilhas instaladas e 41 pontos estratégicos distribuídos pelo município.
O município conta no momento com 07 agentes de endemias, 01 veículo e 01 motorista, 01 laboratorista e
04 fiscais sanitários para controle das denúncias relacionados ao acúmulo de água e proliferação de
insetos. Os mesmos fiscais sanitários freqüentam as escolas para palestras sobre a importância de evitar os
vetores.
Na vigilância ambiental são produzidos materiais educativos para distribuição para população em geral e
também para alunos nas redes estaduais, municipais e particulares (jogos, folder, cartazes, etc.).
A partir do momento em que o município mudou seu status passando a ser considerado infestado foram
planejadas algumas ações para evitar a proliferação exagerada do vetor no município e prepará-lo para
uma possível epidemia, estão sendo realizadas as seguintes programações:
1 - Contratação de agentes de endemias para as atividades de levantamento de índice em 100% dos
imóveis do município. A contratação dos agentes deve ser feita conforme número de imóveis do município.
Bento Gonçalves possui 47.000 imóveis e, portanto, necessita de 47 agentes (1 agente/1000 imóveis);
2 - Desenvolvimento do LIRA – Levantamento de índice rápido para Aedes aegypti realizado em julho de
2012 e repetição do LIRA 3 vezes ao ano.
3 - Compra de material necessário para viabilização das visitas dos agentes imóvel a imóvel (passagens de
ônibus, boletins, bolsas, material de consumo, etc.).
4 - Instalação e operacionalização do programa SISNET/SISPNCD para encaminhamento dos lotes de
informações para o Ministério da Saúde, com alimentação semanal do programa.
5 - Implementação do laboratório de vetores já instalado na vigilância ambiental (aquisição de computador e
móveis para o laboratório).
6 - Compra de viatura para auxiliar nos trabalhos de campo da dengue.
7 - Encaminhamento de legislação municipal (já concluída) sobre controle de depósitos de água para
auxiliar na fiscalização de possíveis criadouros de vetores da dengue.
8 - Qualificação do pessoal de campo, ACE e ACS, nas ações de prevenção e controle da dengue.
9 - Pesquisa entomológica nos Pontos Estratégicos em ciclos quinzenais, com tratamento químico mensal,
quando necessário.
10 - Intensificação na fiscalização de potenciais criadouros, principalmente os considerados pontos
estratégicos através de emissão de autos de intimação e infração, se necessário (em andamento)
16
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
11 - Averiguação e orientação nas denúncias sobre água parada e encaminhamento para outras secretarias
se for o caso (em andamento).
12 - Realização de ações de saneamento básico visando ao manejo e/ou eliminação dos depósitos com
ações específicas juntamente com outros setores, tais como:
- Mutirões de limpeza. Através da Secretaria do Meio Ambiente serão organizados mutirões de limpeza para
retirada de lixo nos bairros. O lixo reciclável é o principal depósito para proliferação do vetor em nossa
regional;
- Limpeza de terrenos baldios. Intensificação de vistorias e notificações em terrenos baldios para retirada de
lixo. Estas ações devem ser feitas juntamente com fiscais do IPURB;
- Regularização da limpeza pública e coleta do lixo em toda a zona urbana do município com divulgação
para a comunidade do dia e horário da coleta do lixo;
- Destinação adequada do lixo do município;
- Recolhimento de pneumáticos. Recolhimento de pneus para envio ao Ecoponto do município localizado na
secretaria do meio ambiente;
- Pesquisa sobre a situação de caixas d’água no município. Constatou-se que este tipo de problema é
pontual em Bento Gonçalves, não acarretando proliferação de mosquitos nestes depósitos;
13 - Desenvolvimento de atividades de educação e comunicação, com vistas à prevenção e controle da
dengue pela população:
- Notificação de imobiliárias para manterem os imóveis desocupados sob sua responsabilidade livres de
criadouros através de um comunicado a ser entregue juntamente com cartazes da dengue (meses de
outubro e novembro);
- Alerta aos viajantes no período de férias, especialmente para regiões onde está havendo circulação viral,
com distribuição de folder na rodoviária, terminais e empresas;
- Projeto Empresas Contra o mosquito da Dengue - visa eliminar criadouros nas dependências das
empresas. Parceria com Cipas e profissionais de ambulatórios de empresas através do SESI. As empresas
disponibilizarão funcionário da Cipa ou ambulatório para que mantenha vigilância sobre criadouros dentro
da sua área industrial;
- Notificação de síndicos de prédios para que mantenham os condomínios livres de criadouros e orientem
os moradores sobre a dengue com distribuição de folheto especial sobre condomínios (em andamento);
- Visitas aos produtores de flores e floristas para conscientização de como evitar o mosquito da dengue com
material educativo (outubro e novembro);
- Projeto cemitério sem mosquito – colocação de placas de acrílico no cemitério alertando sobre a dengue e
informando sobre a proibição de deixar vasos de flores e floreiras com água nos cemitérios;
- Palestras em escolas, empresas, associação de bairros e grupos reunidos pelas unidades básicas de
saúde sobre dengue e animais sinantrópicos. Será realizado no final do ano letivo reunião com setores
pedagógicos das escolas para que antes que os alunos saiam de férias sejam realizadas palestras na
escola sobre a dengue inclusive no período noturno com a exibição do filme sobre os vetores da dengue;
- Disponibilização de informações, através vídeos informativos, de folders, programas de rádio e campanhas
realizada em escolas, unidade básica de saúde, empresas e demais serviços;
- Realização de sensibilização da população sobre os perigos da dengue no dia nacional de combate à
dengue a ser realizado no centro da cidade. Distribuição de material informativo, presença da fantasia do
mosquito da dengue, ônibus da SMS, agentes de educação ambiental falando sobre o lixo, mateada e carro
de som com mensagens sobre a doença e como evitá-la;
- Confecção de maquetes para exposição em escolas e unidades básicas de saúde com o certo e o errado
do combate ao vetor da dengue.
14 - Realização de bloqueio da transmissão através de pesquisas vetoriais especiais nos casos de
pacientes suspeitos de dengue e pulverização com adulticida das áreas adjacentes de moradia e trabalho
ou estudo, se necessário.
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Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
V. ATENÇÃO PRIMÁRIA
A Atenção Primária, enquanto um conjunto de ações no âmbito individual e coletivo, abrange a promoção e
a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção
da saúde. É dirigida a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade
sanitária. Utiliza processos de elevada complexidade e baixa densidade tecnológica, que devem resolver os
problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território.
A Saúde da Família, estratégia prioritária para a organização da atenção primária, tem como um de seus
preceitos desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população de seu
território de abrangência, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado.
Considerando a magnitude da dengue hoje no nosso país, a atenção primária tem importante papel a
cumprir na prevenção, atenção e controle da doença. Constitui porta de entrada preferencial do usuário ao
sistema de saúde e tem situação privilegiada para efetividade das ações, por estar próxima da comunidade
em que atua.
Mesmo o município contando com serviços de urgência, de internação hospitalar e de suporte laboratorial e
radiológico, as unidades básicas de saúde deveriam ser autossuficientes para garantir a assistência
adequada ao paciente e, principalmente, realizar as ações de prevenção e controle da epidemia.
Pacientes de dengue egressos da atenção secundária e terciária necessitarão de acompanhamento até a
resolução do quadro clínico, de modo a evitar a evolução para agravamentos e a ocorrência de óbitos.
Para isto, é necessário organizar as ações de modo que todas as equipes da atenção primária recebam e
realizem a vigilância do usuário, seja através do acompanhamento dos doentes na residência, da detecção
de casos em visitas domiciliares, e quando necessário, façam o seu referenciamento para serviços de
urgência, unidades especiais para atendimento de dengue (Polo Dengue), enfermarias e unidades de
terapia intensiva (UTI).
Isso exige a 1) anamnese clínica do paciente para o reconhecimento oportuno dos casos suspeitos e dos
sinais de alarme; 2) a classificação de risco correta; 3) a investigação laboratorial oportuna; 4) o
conhecimento dos fluxogramas de atendimento por toda a equipe; 5) o acesso aos insumos de tratamento
(por exemplo, hidratação precoce em volume e vias adequados para a classificação clínica); 6) a garantia
do acompanhamento do usuário nas horas e dias subsequentes ao primeiro atendimento; 7) e orientações
adequadas ao nível de entendimento dos pacientes.
Recentemente, o Ministério da Saúde avaliou a organização dos serviços de saúde e verificou que insumos,
equipamentos, medicamentos e realização de exames não se constituem um problema para a qualidade da
assistência. A análise destacou que o desfecho desfavorável dos casos estava relacionada à falta de
definição dos fluxos entre as unidades de referência e de contra referência e a pouca utilização do cartão de
acompanhamento do paciente com suspeita de dengue.
Essas observações reforçam a necessidade de organizar a rede de serviços para o manejo adequado em
todos os níveis de atenção, qualificar continuamente os profissionais de saúde e integrar as ações da
vigilância da dengue na Atenção Primária à Saúde.
1. Atenção ao Paciente com Suspeita de Dengue na Atenção Primária
O atendimento dos casos suspeitos de dengue deve seguir um fluxograma (ver Anexo 1) que inclui a
história clinica, o exame físico (prova do laço, verificação de sinais de choque e alerta), hemograma com
plaquetas, e a sorologia específica (após o 7º dia do início de sintomas) realizada pelo LACEN (Laboratório
Central POA/RS.). Complementarmente, deve-se fazer a investigação entomológica na residência e
ambiente de trabalho dos casos suspeitos.
Os pacientes, inicialmente classificados no grupo A, devem ser reavaliados nos dias seguintes após o
primeiro atendimento, a fim de verificar a ocorrência de possíveis complicações. Atenção especial deve ser
destinada a pacientes idosos, crianças e portadores de doenças crônicas como hipertensão, diabetes
melito, DPOC, doenças renais crônicas, autoimunes, em uso de medicações antiagregantes plaquetários,
antinflamatórios, merecem uma atenção especial devido a própria doenças e/ou os medicamentos usados
que podem representar maior risco para eventuais complicações da dengue.
O Ministério da Saúde sugere que o acompanhamento dos pacientes seja feito através de visita domiciliar
ou busca ativa.
A Atenção Primária também deve garantir que os pacientes recebam a terapia adequada (medicação,
hidratação), prestando orientações sobre quais são os sinais de alerta e recomendando o retorno imediato
às unidades, nas situações de piora clínica.
Para os casos classificados nos grupos B, C e D, cabe à Atenção Primária encaminhar, de forma segura, os
pacientes aos serviços de referência (Pronto Atendimento Médico da SMS, ou hospital).
19
Entre as principais ações que devem ser desenvolvidas pela Atenção Primária:
- Participar da Comissão Intersetorial da Dengue no município.
- Capacitar médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem sobre o fluxograma de atendimento da dengue,
com especial atenção para realização da prova do laço, identificação dos sinais de alerta, terapia adequada
e seguimento dos doentes, inclusive os egressos dos serviços de urgência e hospitalares.
- Definir as competências de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais das
unidades da atenção primária, na assistência aos casos de dengue.
- Garantir o suprimento dos recursos humanos e materiais (medicamentos, cartão de acompanhamento,
fichas de investigação, esfigmomanômetros, por exemplo), bem como, a manutenção da infraestrutura
assistencial nas unidades primárias de saúde.
- Determinar quais as unidades primárias de saúde que têm condições de fornecer a assistência aos casos
suspeitos de dengue.
- Definir junto às unidades primárias de saúde como serão realizados os processos de assistência aos
casos suspeitos de dengue.
- Notificar os casos suspeitos de dengue para as áreas de vigilância.
- Colaborar na investigação e busca ativa dos casos suspeitos.
- Colaborar nas ações de controle vetorial.
- Desenvolver ações de educação da população voltadas à prevenção da doença e controle de focos do
mosquito vetor.
- Matriciar e monitorar a aplicação do fluxograma de atendimento dos pacientes suspeito de dengue.
- Referenciar correta e oportunamente os casos suspeitos para a assistência secundária e terciária, quando
necessário.
2. Diagnóstico Situacional das Unidades de Saúde da Atenção Primária para o Enfrentamento da
Epidemia da Dengue em Bento Gonçalves
No Anexo 3, é apresentado o Diagnóstico Situacional das Unidades de Saúde da Atenção Primária para o
Enfrentamento da Epidemia da Dengue em Bento Gonçalves. Estão tabuladas as 21 unidades de saúde de
atenção primária do município. Na sua grande maioria, estas unidades de saúde possuem a infraestrutura
mínima necessária para prestar a assistência aos casos suspeitos de dengue do grupo A.
A unidade de São Roque oferece horário estendido de atendimento (até às 22 horas).
Entre as questões operacionais encontradas para a assistência, destacam-se:
- A maioria das unidades básicas de saúde está com atendimento médico em pelo menos um turno do dia.
A exceção são as unidades do interior (rurais), onde há dias pré-determinados de atendimento (mais
limitados). A indisponibilidade de médico todos os dias, ou em todos os turnos, para avaliar os casos
suspeitos de dengue pode gerar uma dificuldade maior. Nestas situações, a enfermeira ou o técnico de
enfermagem dessas unidades deve fazer o contato direto com o Pronto Atendimento 24 Horas (PA).
Quando for necessário o encaminhamento para o PA, também deve-se fornecer um documento de
referência e contra referência.
- Os egressos do PA ou do Hospital devem ser encaminhados para as unidades básicas de saúde com
algum tipo de documento de referência (nota de alta hospitalar, documento de referência e contra
referência, cartão de acompanhamento do paciente com dengue) para agilizar o atendimento, através de
encaixe como prioridade, evitando deixar esse paciente sem avaliação. Atualmente, as unidades da ESF
estão completas, podendo absorver o seguimento dos egressos.
- Algumas unidades de saúde não têm agentes comunitários para fazer a busca ativa dos casos suspeitos
de dengue. Na impossibilidade da busca ativa por visita domiciliar, todas as unidades devem tentar outros
meios de busca para garantir as avaliações de seguimento dos pacientes.
- Algumas unidades de saúde não têm condições de fazer terapia intravenosa dos casos suspeitos de
dengue. Quando esta terapia for necessária, deve-se fazer o encaminhamento para o PA.
- Devido ao grande número de casos, nos cenários 2 e 3, as unidades de saúde terão dificuldades
operacionais para fazer o acompanhamento, a avaliação e a reavaliação de todos os pacientes de dengue,
principalmente, o seguimento.
- As equipes de enfermagem e médicas das unidades de saúde serão capacitadas para a realização da
prova do laço, avaliação dos sinais de alerta, fluxograma de atendimento e tratamento para os pacientes de
dengue. Além das duas capacitações presenciais já programadas para 2013 (enfermeiros e médicos), será
incentivada a atualização através de cursos online para o manejo da dengue (Universidade Aberta do SUS
– www.unasus.gov.br/dengue). Este tipo de atualização pode ser realizado no domicílio, no tempo de cada
pessoa, e comprovado pela emissão da declaração de conclusão.
- Os agentes comunitários nas equipes de ESF realizarão atividades de busca ativa de casos e orientação
aos usuários sobre os cuidados e prevenção de focos no domicílio.
20
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
VI. UNIDADES DE URGÊNCIA
Devido às características de atendimento diuturno e ininterrupto, na ocorrência de epidemias, os serviços de
urgência acabam representando importantes portas de entrada dos doentes. Eles servem tanto como
pontos de referência para as unidades da atenção básica (para o encaminhamento dos casos de maior
gravidade), como de contra referência dos pacientes para as unidades básicas (para as consultas de
seguimento).
Neste sentido, a capacidade de gestão é fundamental para que os serviços sejam articulados entre si, e
garantam o acesso, o acompanhamento do paciente e a qualidade de atenção.
Os serviços de urgência, as enfermarias e as unidades de terapia intensiva (UTI) também têm um papel
fundamental no acolhimento, na classificação de risco dos doentes, na redução do tempo de espera do
atendimento e na definição da melhor metodologia de cuidado para cada paciente.
O manejo correto dos doentes nestes serviços é essencial para garantir a boa evolução dos casos
classificados como grupo A e B e evitar o agravamento para os grupos C e D.
Embora o atendimento dos pacientes com dengue, na grande maioria das vezes, não necessite de
instalações e equipamentos de maior complexidade e custo, o aumento no número de atendimentos nos
serviços de urgência poderá exigir uma (re)adequação das instalações, equipamentos, equipe de
funcionários e das rotinas de trabalho.
Expansões temporárias da força de trabalho são bem-vindas, podendo para isto ser utilizadas extensões de
carga horária no mesmo vínculo de profissionais dos serviços, remanejamentos temporários de outras
unidades, cessões temporárias de um serviço e/ou nível de gestão para outro, ou ainda novas contratações,
dentro de dispositivos legais.
De forma semelhante ao atendimento prestado na Atenção Primária, as equipes dos serviços de urgência
também devem ser capazes de realizar a anamnese clínica do paciente para o reconhecimento oportuno
dos sinais de alarme; a classificação de risco correta; a investigação laboratorial oportuna; e a indicação do
tratamento correto (reposição de volume). Para os pacientes que tiverem condições de receber alta, a
equipe de urgência deve garantir que os pacientes sejam encaminhados para as suas unidades de saúde
primária de referência, com o cartão de acompanhamento da dengue.
Para os pacientes que necessitarem de transferência para enfermarias ou UTI, é fundamental a negociação
com as equipes responsáveis pela internação nos serviços hospitalares, de modo a garantir a assistência
adequada (ver Anexo 1).
No Anexo 2 (quadros 1, 2, 3 e 4), estão caracterizadas as quantidades de insumos que serão necessárias
nos três cenários da dengue, bem como, o número de casos suspeitos que procurarão atendimento nos
serviços de saúde locais. Se forem considerados apenas os casos classificados no grupo B, para os quais
haverá a necessidade de soroterapia intravenosa e de atendimento em serviços de urgência, o número
mensal de pacientes assistidos nestes serviços poderá variar de 27 (no cenário 1) a 110 (no cenário 3).
Entretanto, é notório que a demanda de atendimento nos serviços de urgência (tanto público, como
hospitalar) tem se caracterizado por pacientes de baixo (ou nenhum) risco, que, a priori, poderiam
(deveriam) estar sendo avaliados nos serviços da atenção primária.
Por essa razão, é de se esperar que a atenção secundária também acabe recebendo uma parcela
importante dos casos suspeitos de dengue do grupo A, aumentando entre 5 a 8 vezes o número esperado
de casos.
Entre as principais ações que devem ser desenvolvidas pelos Serviços de Urgência:
- Participar da Comissão Intersetorial da Dengue no município.
- Capacitar médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem sobre o fluxograma de atendimento da dengue,
com especial atenção para realização da prova do laço, identificação dos sinais de alerta, terapia adequada
e seguimento dos doentes, inclusive os encaminhados dos serviços de atenção primária.
- Definir as competências de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais dos
serviços de urgência, na assistência aos casos de dengue.
- Garantir o suprimento dos recursos humanos e materiais (medicamentos, cartão de acompanhamento,
fichas de investigação, cadeiras de hidratação, esfigmomanômetros, por exemplo), bem como, a
manutenção da infraestrutura assistencial nos serviços de urgência.
- Notificar os casos suspeitos de dengue para as áreas de vigilância.
- Colaborar na investigação e busca ativa dos casos suspeitos.
- Matriciar e monitorar a aplicação do fluxograma de atendimento dos pacientes suspeito de dengue.
- Referenciar correta e oportunamente os casos suspeitos para a assistência primária e terciária, quando
necessário.
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1. Diagnóstico Situacional dos Serviços de Urgência para o Enfrentamento da Epidemia da Dengue
em Bento Gonçalves
Em Bento Gonçalves, existem 3 serviços que prestam assistência de urgência: Pronto Atendimento Médico
24 Horas da Secretaria Municipal de Saúde, Serviço de Urgência do Hospital Tacchini e Unidade
Ambulatorial da UNIMED.
De modo geral, estes serviços possuem a infraestrutura necessária para prestar a assistência aos casos
suspeitos de dengue dos grupos A e B.
Entre as dificuldades operacionais encontradas para os serviços de urgência, destacam-se:
- Devido ao grande número de casos, nos cenários 2 e 3, ao fato das unidades de saúde primária terem
dificuldades operacionais para avaliar todos os pacientes e por atenderem diuturnamente, os serviços de
urgência sofrerão um aumento do número de atendimentos médicos e de enfermagem, gerando a
necessidade de (re)adequar a sua infraestrutura.
- Devido as unidades de atenção primária não trabalharem à noite e finais de semana, os serviços de
urgência acabarão por ter que fazer o atendimento inicial e de seguimento dos pacientes, bem como, a
(re)avaliação de risco dos doentes, aumentando, ainda mais, a sua demanda.
- Dificuldade em suprir (contratar) mão-de-obra em quantidade adequada para garantir o atendimento da
grande demanda de casos, gerando demora na avaliação dos pacientes.
- Devido a dificuldade de acessar todos os profissionais que atuam em diferentes horários e dias, haverá
dificuldades em capacitar os técnicos e monitorar a adesão e a execução do fluxograma de atendimento do
Ministério da Saúde.
- Dificuldades em transferir os pacientes para a internação hospitalar, havendo a necessidade de manter os
pacientes graves sob sua observação por mais de 48 horas.
Considerando o aumento de demanda por atendimentos no Pronto Atendimento 24 Horas da SMS durante
a vigência de uma epidemia de dengue, a equipe do serviço público de urgência avaliou a sua capacidade
de atendimento, respondendo aos quesitos abaixo apresentados.
a) Qual o planejamento da unidade para capacitação dos seus profissionais sobre a classificação de
risco (A, B, C, D) dos pacientes com dengue, bem como, manejo e tratamento (não confundir com
Manchester)?
O PAM 24 Horas atualmente trabalha com um Protocolo de Avaliação e Classificação de Risco próprio,
onde, baseado nos sinais e sintomas, e, também, na queixa principal do usuário, o profissional Enfermeiro
que atua neste setor, conduz a prioridade para o atendimento médico. Esta equipe de Enfermeiros já possui
capacitação para o acolhimento do usuário, uma vez que o Protocolo já estabelece a prioridade de
atendimento médico e de enfermagem nas suspeitas de Dengue.
b) Quais são os profissionais do serviço que atuarão como referência para o manejo dos casos?
Os profissionais que ficaram como referência serão os Enfermeiros, tanto os que atuam na Classificação de
Risco como os que são responsáveis pela área Assistencial.
c) O serviço atuará como unidade de referência para as unidades de atenção primária?
Sim. O PAM 24 Horas atualmente é referência para todos os casos de urgência das UBS/ESF.
d) Como o serviço fará o contra referenciamento dos doentes para as unidades de atenção primária?
Este referenciamento será realizado através do documento de referência/contra referência preenchido pelo
médico que realizou o atendimento e casos pontuais será realizado contato telefônico direto com a UBS de
referência do usuário para que seja realizado o acompanhamento de sua saúde.
22
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
VII. ATENÇÃO HOSPITALAR
Para os casos classificados como grupo C e D são exigidos esforços de organização com serviços de maior
complexidade e custo, saindo do campo da atenção básica e secundária. Nestes casos, deve haver a
articulação com a rede hospitalar, devido a necessidade de leitos de enfermaria e de terapia intensiva.
Neste sentido, estima-se que 7% dos casos de dengue demandem internação hospitalar em enfermarias.
Dos casos de internação em enfermaria, cerca de 10% necessitarão internação em Unidade de Terapia
Intensiva.
A média de permanência em leitos de enfermarias tem sido de 3,4 dias e nas Unidades de Terapia Intensiva
de 5 dias. Com isto, um leito de enfermaria pode receber, em média, 7 internações em 30 dias, praticando
90% de taxa de ocupação e o leito de UTI pode receber 6 internações em 30 dias. Sendo doença aguda, de
rápida evolução e curta duração, o acesso aos leitos de pediatria, clínica médica e UTI deve ser garantido
de forma rápida.
As equipes hospitalares também necessitam ser treinadas para o manejo do paciente, com ênfase no
paciente crítico em choque hipovolêmico, valendo também aqui as observações feitas para o processo
assistencial nas unidades de urgência e na unidade de reposição volêmica (URV).
A função regulação deverá estar presente dentro das unidades de saúde, e através de centrais de
regulação ou de dispositivos criados emergencialmente para este fim, para nortear os fluxos de pacientes
entre serviços. Deverá fazer de forma competente, a classificação de risco dos casos, identificando e
garantindo em tempo adequado o destino correto para o paciente (unidade de reposição volêmica, unidade
de urgência, leito de enfermaria, leito de UTI).
A gestão e a organização dos serviços deverá se preocupar com a garantia de qualidade das informações,
como a correta notificação e registro de todos os casos atendidos. Além de atender a outras finalidades, o
registro de informações oferece o subsídio para o dimensionamento de equipes, materiais, medicamentos, e
definição de forma de funcionamento dos serviços.
O registro correto também facilita o plano de acompanhamento dos pacientes suspeitos nas unidades de
saúde.
Isto vale para os serviços públicos, privados e da saúde suplementar, sendo que medidas devem ser
tomadas no sentido de garantir a utilização dos protocolos assistenciais oficiais, e a prática das ações de
vigilância (ex. notificação de casos). Torna-se imperativa a articulação com as operadoras de planos de
saúde, laboratórios privados, cooperativas de profissionais de saúde, conselhos e associações de categoria
profissionais, entidades de representação de hospitais, e outros.
Em Bento Gonçalves, no cenário 1, estima-se que haverá a necessidade de internar em enfermarias
hospitalares 77 pacientes com suspeita de dengue, ao longo dos 6 meses de epidemia (ou 13 casos por
mês). No cenário 3, a estimativa é de 307 internações, ao longo dos 6 meses (ou 51 casos por mês) (ver
Quadro 1). Cabe ressaltar, que durante o período de internação, também existirá a necessidade de realizar
exames laboratoriais de rotina, bem como, a hidratação intravenosa. Nos casos mais graves, haverá a
indicação de internação em UTI e a possibilidade de uso de hemoderivados e outros tratamentos suportivos
(ventilação mecânica, drenagem de tórax, etc.).
Em nosso município, o Hospital Tacchini (filantrópico, conveniado ao SUS) é o serviço de referência para as
internações, tanto em enfermarias como em UTI. A infraestrutura do hospital é adequada ao atendimento
dos casos graves, mesmo para aqueles que necessitarem de exames mais complexos (como tomografia)
ou de hemoterapia. O hospital possui várias especialidades médicas, como, infectologia, cirurgia geral,
pediatria e obstetrícia.
Entre as principais ações que devem ser desenvolvidas pela Atenção Hospitalar:
- Participar da Comissão Intersetorial da Dengue no município.
- Capacitar médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem sobre o fluxograma de atendimento da dengue,
com especial atenção para realização da prova do laço, identificação dos sinais de alerta e terapia
adequada.
- Definir as competências de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais dos
serviços de urgência, na assistência aos casos de dengue.
- Garantir o suprimento dos recursos humanos e materiais, bem como, a manutenção da infraestrutura nos
serviços de internação.
- Notificar os casos suspeitos de dengue para as áreas de vigilância.
- Colaborar na investigação e busca ativa dos casos suspeitos.
- Matriciar e monitorar a aplicação do fluxograma de atendimento dos pacientes suspeito de dengue.
- Contra referenciar correta e oportunamente os casos suspeitos com alta hospitalar para a assistência
primária.
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1. Diagnóstico Situacional dos Serviços de Internação Hospitalar para o Enfrentamento da Epidemia
da Dengue em Bento Gonçalves
Em Bento Gonçalves, existe um serviço que realiza internação em enfermarias e UTI, o Hospital Tacchini.
De modo geral, este serviço possui a infraestrutura necessária para prestar a assistência aos casos
suspeitos de dengue dos grupos A, B, C e D.
Entre as dificuldades operacionais encontradas para o serviço de internação, destacam-se:
- Devido ao grande número de casos, nos cenários 2 e 3, e por ser referência de internação para vários
municípios do Rio Grande do Sul, poderá haver dificuldades para suprir a demanda de internações, gerando
a necessidade de (re)adequar a sua infraestrutura.
- Devido a dificuldade de acessar todos os profissionais que atuam em diferentes horários e dias, haverá
dificuldades em capacitar os técnicos e monitorar a adesão e a execução do fluxograma de atendimento do
Ministério da Saúde.
- Os pacientes internados com suspeita de dengue ou atendidos no serviço de urgência hospitalar serão
notificados para a Secretaria Municipal de Saúde através das equipes do Pronto Atendimento e do Controle
de Infecção.
- O laboratório do hospital realizará as análises clínicas dos pacientes atendidos na urgência ou na
internação. O laboratório do hospital também coletará e encaminhará as amostras de soro (e outros
materiais) para a SMS, a fim de realizar a sorologia específica da dengue.
No Anexo 5, apresenta-se o Diagnóstico Situacional da Unidade Hospitalar (Hospital Tacchini) para o
Enfrentamento da Epidemia da Dengue em Bento Gonçalves, para os componentes Pronto Atendimento,
Enfermaria de Internação e UTI.
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Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
VIII. SERVIÇOS DE APOIO E DIAGNÓSTICO
O fluxograma de atendimento dos casos suspeitos de dengue do Ministério da Saúde prevê a realização de
exames laboratoriais (hemograma com plaquetas) e radiológicos, bem como, o uso de medicamentos para
o tratamento conservador e suportivo da doença.
Para os pacientes classificados no grupo A, é possível fazer o atendimento com tecnologias de baixa
complexidade. Os pacientes dos grupos B e, principalmente, dos grupos C e D a complexidade do
atendimento aumenta.
Numa situação de epidemia, deve-se avaliar se existem insumos laboratoriais, radiológicos e farmacêuticos
em quantidade suficiente para suportar a demanda que, naturalmente, aumenta nos serviços assistenciais.
No Anexo 2 (Indicadores e Parâmetros Usados para Estimar e Dimensionar a Epidemia da Dengue), os
Quadros 2, 3 e 4 demonstram a quantidade de exames laboratoriais, medicamentos e insumos (seringas,
luvas, etc.) estimada para o município, durante a vigência da epidemia da dengue.
1. Diagnóstico Situacional do Serviço de Laboratório Público para o Enfrentamento da Epidemia da
Dengue em Bento Gonçalves
Em Bento Gonçalves, a Secretaria Municipal da Saúde conta com um laboratório público de análises
clínicas localizado junto ao Pronto Atendimento Médico 24 Horas. Este laboratório realiza uma grande
variedade de exames, inclusive, hemograma com plaquetas, hematócrito, E.Q.U., enzimas hepáticas,
sorologias para hepatites virais (B e C), HIV, sífilis, entre outros exames.
O laboratório público funciona das 7:30 às 24 horas de segunda a sexta-feira. As coletas são realizadas até
as 23 horas, para processamento do material liberando o resultado antes do setor fechar. Após a meia-noite
e nos finais de semana os hemogramas são encaminhados para o Laboratório do Hospital Tacchini.
O laboratório público é a referência para a realização de análises clínicas de rotina e de urgência.
Complementarmente, a Secretaria Municipal de Saúde contrata o serviço de laboratórios privados, o que
ajuda a desafogar a demanda de exames no laboratório público e aumenta a variedade de exames
oferecidos na rede pública de saúde.
Em relação aos hemogramas, recomenda-se a realização de dois hemogramas por caso suspeito de
dengue, um por ocasião do primeiro atendimento e outro 48 horas após. No cenário 1, a estimativa é de
2.193 hemogramas, enquanto que no cenário 3, este número é de 8.772 hemogramas. Paralelamente,
estes exames gerarão a necessidade de seringas, agulhas, tubetes, reagentes, entre outros materiais,
além, obviamente, do tempo de trabalho dos técnicos para coleta e processamento dos exames. Somado
aos hemogramas, também deve-se contabilizar o número de sorologias específicas para dengue que, a
priori, serão coletadas no laboratório público municipal, aumentando, ainda mais, os gastos de material.
Considerando o aumento de demanda por exames laboratoriais durante a vigência de uma epidemia de
dengue, a equipe do laboratório público avaliou a sua capacidade de atendimento, respondendo aos
quesitos abaixo apresentados.
a) O Laboratório tem condições de realizar a coleta e o processamento do quantitativo de
hemogramas estimado durante o período da epidemia (6 meses)? Caso não, explicitar as estratégias
que podem ser utilizadas para garantir a realização dos exames.
Sim, o laboratório tem condições de prestar o suporte necessário para realização dos hemogramas
estimados, mantendo a equipe em seu horário atual de funcionamento (das 7:30 às 24 h de segunda a
sexta-feira). Após a meia noite e nos finais de semana os hemogramas são encaminhados para o
Laboratório do Hospital Tacchini.
b) O Laboratório dispõe dos insumos necessários para a coleta e processamento do quantitativo de
hemogramas estimados? Caso não, explicitar as estratégias que podem ser utilizadas para garantir
o suprimento dos insumos (por exemplo, compra emergencial, etc.).
De primeiro momento sim, trabalhamos com licitações de registro de preços (reagentes e tubos) podendo
solicitar material quando necessário e também realizar aditamento dos itens se não forem suficiente, se
estas alternativas não forem o suficiente pode ser realizado compra emergencial.
c) Em quanto tempo o Laboratório tem condições de realizar a coleta e o processamento dos
hemogramas e entregar os laudos para pacientes e médicos?
Hoje todos os exames de urgência que entram no serviço são liberados em aproximadamente duas horas,
pode ser mantido este tempo. Se houver uma demanda muita elevada vai gerar um pouco de atraso, mas
ficará dentro das 4 horas estipuladas pelo MS.
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d) Se necessário, há a viabilidade de realizar outros exames, como, transaminases, uréia, creatinina?
Sim, perante as mesmas recomendações com a equipe e insumos, lembrando que o hemograma é o
principal exame recomendado, este dando alterado tem justificativa para os demais.
e) Que outras atividades podem ser realizadas pelo Laboratório, a fim de garantir a qualidade da
assistência aos pacientes com dengue (por exemplo, orientação aos pacientes, horário estendido,
orientação aos profissionais, etc.).
Orientações aos profissionais do setor sobre o aumento da demanda, e orientações aos pacientes para
busca correta do serviço.
f) Haverá abertura de agenda extra para a realização dos hemogramas para os casos agudos e para
os acompanhamentos (2ª coleta)?
De primeiro momento não, pois estes casos serão solicitados com urgência, então fica a critério do médico
solicitar o exame com urgência e caso necessário repetição justifica-se a urgência.
Além dos exames laboratoriais inespecíficos, o laboratório público também coletará e encaminhará as
amostras dos pacientes para o Laboratório Central do Estado (LACEN), a fim de fazer a sorologia específica
da dengue (IgM).
2. Diagnóstico Situacional do Serviço de Farmácia Público para o Enfrentamento da Epidemia da
Dengue em Bento Gonçalves
De acordo com os protocolos do Ministério da Saúde, os serviços de assistência (Atenção Primária,
Secundária e Terciária) devem estar providos, no mínimo, dos medicamentos básicos para atendimento do
paciente com suspeita de dengue. Na Atenção Primária, recomenda-se o suprimento de sais para
reidratação oral, dipirona e paracetamol. Na Atenção Secundária, onde também serão atendidos os casos
classificado nos grupo B, deve-se prever o uso de soro fisiológico a 0,9%, Ringer Lactato e soro glicosado a
5% (guia Dengue – Diagnóstico e Manejo Clínico – Adulto e Criança, do Ministério da Saúde).
A coordenação do setor de Farmácia deve adquirir e estocar medicamentos e materiais de consumo de
acordo com a demanda e garantir a reserva estratégica para atendimento de situações de epidemia.
No Anexo 2, o Quadro 4 demonstra a previsão de medicamentos que poderão ser prescritos para o
atendimento dos pacientes suspeitos de dengue, tanto do grupo A, como do grupo B.
Durante a epidemia, estima-se que 15% dos casos suspeitos necessitarão de hidratação intravenosa, num
total de 658 pacientes no cenário 3. Estes pacientes gerariam um consumo de 5.263 frascos de soro
fisiológico (de 500 ml) durante os 6 meses de duração da epidemia (ou 877 frascos por mês). Em relação
aos saches de hidratação oral, o consumo poderá chegar a 4.386 saches por mês (ou 26.317 saches até o
final da epidemia). Para os pacientes com febre, estima-se a necessidade de 78.161 comprimidos de
paracetamol.
Diante destas estimativas, a Farmácia da Secretaria Municipal da Saúde deve-se precaver para garantir a
aquisição oportuna, armazenagem e distribuição dos medicamentos para todas as unidades da Atenção
Primária e para o Pronto Atendimento Médico 24 Horas.
Considerando o aumento de demanda por medicamentos durante a vigência de uma epidemia de dengue, a
equipe da Farmácia pública avaliou a sua capacidade de atendimento, respondendo aos quesitos abaixo
apresentados.
a) O quantitativo de medicamentos estimado pelo Plano Municipal de Contingência para
Enfrentamento da Epidemia da Dengue está correto?
Sim.
b) O quantitativo de medicamentos estimado pode ser suprido pela Farmácia da SMS, durante o
período da epidemia (6 meses)? Caso não, explicitar as estratégias que podem ser utilizadas para
garantir o suprimento dos medicamentos (por exemplo, compra emergencial, etc.).
Tudo depende da quantidade que será prescrito e a possibilidade de fracionamento. Para Codeína +
Paracetamol 30/500 se são 439 pacientes no cenário 3, será necessário 439 caixas com 12 comprimidos.
Podemos planejar para atender o cenário 3 com a aquisição de:
_5268 cp de Codeína + Paracetamol 30/500.
_21490 cp de metoclopramida de 10 mg.
_700 ampolas de dipirona 500 mg.
_70.000 cp de paracetamol de 500 mg.
_450 de paracetamol gts.
_450 de dipirona gts.
26
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Cenário 2:
_3224 ampolas de metoclopramida gts.
_Não possuímos dexclorfeniramina injetável, sugere-se dexametasona ou prometazina injetável.
Cenário 1:
_1.300 frascos de solução fisiológica de 500 mL.
_3.000 SRO.
Os itens acima não poderiam ter atendimento no cenário 2 ou 3 por falta de espaço físico. Em relação à
solução fisiológica, caso ocorra a epidemia, o uso de solução fisiológica de 1.000 mL reduziria custos.
c) Quais os possíveis problemas a serem enfrentados pela Farmácia para fornecer os medicamentos
recomendados para o tratamento da dengue (por exemplo, prescrição médica, envio de
medicamentos para as unidades de saúde, etc.).
Espaço físico insuficiente para a demanda, horário de funcionamento da farmácia, recursos financeiros,
prescrições médicas erradas/inadequadas.
d) Que outras atividades podem ser realizadas pela Farmácia a fim de garantir a qualidade da
assistência aos pacientes com dengue (por exemplo, orientação farmacêutica aos pacientes, horário
estendido, orientação aos profissionais prescritores, etc.).
Auxilio no treinamento dos profissionais, orientação aos profissionais prescritores, elaboração de
orientações por escrito para auxiliar pacientes, entre outras que se fizerem necessárias.
3. Diagnóstico Situacional do Serviço de Almoxarifado da SMS para o Enfrentamento da Epidemia da
Dengue em Bento Gonçalves
Claro está que a assistência médica, laboratorial e farmacêutica dos pacientes com suspeita de dengue
gerará o consumo de diferentes insumos e equipamentos, habitualmente, adquiridos, estocados e
fornecidos pelo setor de almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde. O Quadro 4 do Anexo 2 demonstra
os principais insumos que serão utilizados para o atendimento dos pacientes.
No cenário 3, o consumo de escalpos e equipos de soro poderá chegar a 110 por mês, enquanto que o uso
de seringas, tanto para medicamentos, como para o laboratório poderá ultrapassar 3.000 unidades por mês.
O setor de Almoxarifado da Secretaria Municipal da Saúde deve-se planejar para garantir a aquisição
oportuna, armazenagem e distribuição dos insumos para todas as unidades da Atenção Primária e para o
Pronto Atendimento Médico 24 Horas.
Considerando o aumento de demanda de insumos durante a vigência de uma epidemia de dengue, a
equipe da Farmácia pública avaliou a sua capacidade de atendimento, respondendo aos quesitos abaixo
apresentados.
a) A previsão de escalpos, equipos, seringas e luvas estimada pelo Plano Municipal de Contingência
para Enfrentamento da Epidemia da Dengue está correto?
Praticamente correto. Dependerá muito de cada procedimento médico.
b) O quantitativo de escalpos, equipos, seringas e luvas estimado pode ser suprido pelo
Almoxarifado da SMS, durante o período da epidemia (6 meses)? Caso não, explicitar as estratégias
que podem ser utilizadas para garantir o suprimento dos materiais (por exemplo, compra
emergencial, etc.).
Pelos cálculos observados, os quantitativos parecem ser suficientes, mas, conforme comentado, vai
depender muito da conduta de cada profissional. O setor dispõe de um registro de material de ambulatório e
expediente aberto até março. O setor pode ser reabastecido assim que for verificado que não há materiais
suficientes em estoque.
c) Quais os possíveis problemas a serem enfrentados pelo Almoxarifado para fornecer os materiais
recomendados?
Na pior das hipóteses, será a falta de algum dos suprimentos e a impossibilidade de reposição do estoque
por registro de preços. Neste caso, pode-se fazer compra emergencial.
27
IX. COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL
As ações de comunicação e mobilização social são de responsabilidade das três esferas de gestão,
devendo ser conduzidas de forma intersetorial, com apoio de entidades da sociedade organizada.
O desenvolvimento das práticas educativas no SUS tem por base as ações de comunicação,
imprescindíveis para fomentar os processos de mobilização. O objetivo dessas ações é a adesão das
pessoas e da sociedade organizada, de maneira consciente e voluntária, para o enfrentamento de
determinado problema. Tais ações podem, tanto estimular a mobilização a partir de organizações sociais já
existentes, quanto fomentar a criação de grupos ou associações que trabalhem em ações de prevenção e
controle.
Essas áreas (comunicação e mobilização) devem manter ações e atividades estratégicas e de rotina nas
instituições nas quais estão inseridas, de forma articulada e complementar, de modo a potencializar a
divulgação, discussão e compreensão de temas elegidos como prioritários e de relevância em Saúde
Pública.
No contexto destas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, a produção
de informações oportunas, coerentes e confiáveis sobre a dengue faz parte do processo de sensibilização e
mobilização da população, necessário ao fortalecimento do SUS na defesa da saúde das pessoas.
Ferramenta primordial na disseminação de informações relacionadas a dengue, a comunicação
compreende as estratégias de ocupação dos espaços de mídia comercial, estatal e alternativa (como rádios
comunitárias), bem como, a produção de material de acordo com o conhecimento, a linguagem e a
realidade regionais. Essas ações devem ser articuladas com as estratégias de mobilização, garantindo a
participação de todos os envolvidos na elaboração desses materiais.
A assessoria de imprensa, que pode ter várias estruturas organizacionais, dependendo da dimensão da
gestão em que esta inserida, atua no acesso, sistematização e divulgação de informações produzidas pelas
demais áreas, alimentando as mídias espontâneas (tradicionais e populares) e tendo como uma de suas
principais atividades a articulação e o diálogo com veículos de comunicação.
A comunicação social é uma ferramenta fundamental para conscientizar a sociedade sobre o seu papel em
cada uma das ações a serem implementadas.
Vale lembrar que a comunicação não pode ser o único componente para trabalhar mudanças de
comportamento. O combate ao Aedes aegypti também demanda o envolvimento articulado de diversos
outros setores – como educação, saneamento e limpeza urbana, cultura, turismo, transporte, construção
civil e segurança pública – assim como o envolvimento de parceiros do setor privado e da sociedade
organizada, extrapolando o setor saúde.
O gestor deverá direcionar as ações de comunicação e mobilização para a população em geral e para os
atores que atuam na saúde (profissionais, conselheiros, lideranças sociais, movimentos sociais e líderes
comunitários), incentivando a corresponsabilidade da população no controle da doença.
Entre as medidas para subsidiar o plano de comunicação, recomendam-se:
1. Assessoria de Imprensa
- Divulgar as medidas de prevenção de dengue, como forma de incentivar a população a adotar hábitos e
condutas capazes de evitar a proliferação do mosquito transmissor. As mensagens de comunicação para
esse fim devem envolver conteúdos educacionais e informativos sobre: a eliminação dos criadouros dos
mosquitos da dengue; a biologia e os hábitos do Aedes aegypti; os locais de concentração do agente
transmissor; os principais sintomas da doença; divulgação dos sinais e sintomas da complicação da doença;
alerta sobre os perigos da automedicação; recomendações para a população procurar atendimento médico
na unidade de saúde mais próxima ou informação sobre as unidades de referência indicadas pelos
gestores, para que o cidadão tenha atendimento médico logo nos primeiros sintomas; esclarecimentos
sobre medidas de autocuidado, especialmente sobre a hidratação oral; remoção de depósitos e entulhos
que possam servir como criadores do mosquito.
- Definir, em conjunto com o gestor e com a participação da área técnica, o porta-voz que será responsável
pela interlocução com os veículos de comunicação.
- Acompanhar o porta-voz nas entrevistas concedidas a imprensa.
- Divulgar pautas a partir das informações da área técnica, de maneira a manter o tema em evidência.
- Convocar coletiva de imprensa para anunciar ou divulgar ações preventivas que evitem surtos.
- Divulgar periodicamente a situação da infestação do mosquito e de casos da doença. Essa divulgação
deve ser articulada entre os gestores da esfera federal com a estadual e da estadual com a municipal, de
acordo com os fluxos pactuados. Ressalta-se que a divulgação deve especificar a distribuição dos casos e o
índice de infestação, de acordo com o território de abrangência.
28
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
- Monitorar, por meio do clipping, o noticiário sobre dengue, assim como rumores de surtos.
- Atender oportunamente as demandas de imprensa e realizar busca ativa de meios de divulgação de
informações educativas e preventivas.
- Promover troca de experiências entre as assessorias de imprensa das três esferas do SUS.
Uma das estratégias para a divulgação dos boletins epidemiológicos e das orientações voltadas à
prevenção e combate da doença é a criação de um link permanente no website da Prefeitura de Bento
Gonçalves, onde serão disponibilizados os materiais didáticos e educativos confeccionados pela equipe de
Vigilância Ambiental (ver Anexo 7, folders 1 a 7).
2. Área de Publicidade
À área de publicidade compete executar as campanhas de utilidade pública sobre a dengue com os
seguintes objetivos:
- informar a sociedade sobre a doença, por meio de material publicitário;
- alertar a sociedade sobre as principais atitudes que devem ser tomadas; e
- alertar, a partir dos boletins epidemiológicos, para a mudança de cenário da doença.
- Elaborar campanha publicitária, conforme perfil do publico alvo e peculiaridades regionais.
- Preparar material informativo para instrumentalizar ouvidorias e profissionais de saúde.
- Monitorar todas as etapas de elaboração e implementação da campanha publicitária, de modo a identificar
a necessidade de ajustes/aprimoramento.
- Elaborar, em conjunto com a comunicação intersetorial e a mobilização social, estratégia de comunicação
a ser utilizada na parceria com as secretárias estaduais e municipais de Educação, tais como, programas
educativos pela internet, cartilhas interativas, entre outras ações.
- Buscar parcerias com empresas públicas e privadas, com o objetivo de conferir maior abrangência/reforço
a comunicação.
3. Ouvidorias
Nas situações de epidemia de dengue, é fato comum a população buscar informações, fazer denúncias e
pedir providências, principalmente sobre focos de mosquitos próximos às suas residências ou em locais
públicos, dificuldades de atendimento médico, acesso a medicamentos, recolhimento de lixo e entulhos, etc.
Necessário se faz criar e qualificar as ouvidorias estaduais e municipais (serviços de disque dengue, por
exemplo), capacitar os atendentes para produzir e divulgar informações sobre os sinais de alerta da doença,
sobre hidratação oral e também sobre como acessar os serviços de saúde.
29
30
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
X. GESTÃO DO PLANO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE EPIDEMIA DE DENGUE
Este documento de diretrizes para enfrentamento da dengue, construído pelas equipes de Vigilância
Epidemiológica e Ambiental com expressiva participação das áreas técnicas da Atenção Primária e
Secundária, Laboratório, Farmácia, Almoxarifado e Planejamento tem o objetivo de contribuir na
elaboração, adequação e atualização do plano municipal de contingência da dengue.
Este plano contempla as diretrizes nacionais, sem prejuízo da inclusão de especificidades que atendem a
realidade local e serve como ferramenta norteadora para subsidiar a tomada de decisão do gestor local.
Para a operacionalização das diretrizes estabelecidas neste documento, buscou-se organizar a rede de
serviços de saúde do município, principalmente, as unidades que compões a Atenção Primária e
Secundária. Também foram contempladas as ações de comunicação e de mobilização social.
O estabelecimento das estratégias de enfrentamento foi assessorado e articulado com a esfera estadual,
pactuando metas de vigilância epidemiológica e ambiental (controle vetorial, notificação e investigação de
casos).
O Comitê Municipal manterá reuniões sistemáticas gerais e setor a setor durante todo o período da
epidemia, a fim de avaliar o curso da epidemia no município, ajustar as estratégias, corrigir problemas e
elaborar notas técnicas e protocolos, quando necessário.
O Comitê Municipal realizará capacitações técnicas com as equipes de saúde de modo a socializar
informações técnicas e epidemiológicas sobre a dengue e qualificar a assistência dos usuários da rede de
saúde. Os membros do Comitê também colaborarão com médicos e enfermeiros para a discussão de casos
suspeitos, orientação, encaminhamentos e tratamento dos pacientes.
Na área de controle vetorial, será mantida a supervisão dos agentes de campo para a avaliação das
armadilhas e orientação da população sobre o controle do mosquito A. aegypti.
O Comitê Municipal disponibilizará e divulgará protocolos, notas técnicas, boletins epidemiológicos e
informações educativas através de:
- Website da prefeitura de uma página eletrônica para a dengue, alimentada com informações técnicas e
educacionais, mensagens de prevenção, imagens, folders e manuais da dengue.
- Rede social (facebook e twiter) da prefeitura com divulgação de mensagens e informações sobre dengue.
- Realização do dia D da dengue em 23 de novembro, com intensificação da divulgação da prevenção e
controle de focos de mosquito.
- Parceria com escolas do ensino público para o desenvolvimento de atividades didáticas de prevenção da
dengue junto aos alunos.
- Parceria a Associação de Recursos Humanos de Bento Gonçalves para divulgação de informações de
prevenção da dengue nas empresas do município.
- Parceria com Secretaria Municipal de Meio-Ambiente para a realização de mutirões de coleta de lixo e
entulhos durante a realização da semana de prevenção da dengue.
1. Composição e Colaboradores do Comitê Municipal
O Comitê Municipal da Dengue conta com a participação e colaboração dos seguintes técnicos em suas
respectivas áreas:
Dra. Alessandra Santos - Coordenação Médica da Atenção Básica da Secretaria Municipal da Saúde
Dr. Marco Antônio Ebert - Coordenação Médica da Secretaria Municipal da Saúde
Enfermeira Lourdes Zenchi - Coordenação de Enfermagem do Pronto Atendimento Médico da SMS
Enfermeira Loremari Sberse - Coordenação de Enfermagem da Atenção Básica da Secretaria Municipal da
Saúde
Veterinária Analiz Zattera - Área Técnica do Controle Vetorial da Vigilância Ambiental da SMS
Enfermeira Letícia Biasus - Área Técnica do Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis da Vigilância
Epidemiológica da SMS
Enfermeiro José Antônio Rodrigues da Rosa - Coordenação da Vigilância Epidemiológica da SMS
Dra Neice Muller - Área Técnica da Vigilância em Saúde do Trabalhador da SMS
Biomédica Raquel Sandrin - Área Técnica do Laboratório da SMS
Farmacêutica Fabiane Meireles - Área Técnica da Farmácia da SMS
Farmacêutico Artêmio Riboldi - Área Técnica da Farmácia da SMS
Sra Leonice Perin - Área Técnica do Setor de Almoxarifado da SMS
Sra Eloíza Muller - Área Técnica do Setor de Planejamento e Finanças da SMS
Assistente Social Marilurdes Tesser - Área Técnica do Setor de Regulação da SMS
Enfermeira Rejane Civardi - Coordenação de Enfermagem do Setor de Urgência do Hospital Tacchini
Enfermeira Elizabete Rostirolla - Área Técnica do Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Tacchini
31
Sr Carlos Quadros - Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Bento Gonçalves
Sr Jaime Galvagni – Setor de Gestão da SMS
32
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Infomapa 1.
33
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013*
Importados
Autóctones
Total
1998
Tabela 1. Número de Casos Confirmados de Dengue Autóctones e Importados por Ano de Notificação,
Bento Gonçalves, 1998 a 2013.
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
12
0
12
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1
2
0
2
0
0
0
1
0
1
4
0
4
1
0
1
1
0
1
1
0
1
*Caso confirmado em 25/02/2013. Provável infecção ocorrida em Porto Alegre.
Gráfico 1.
Obs.: os dados no gráfico expressos em números referem-se ao RS e ao Brasil
34
Total
24
0
24
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
ANEXO 1 - DENGUE
Fluxograma e Classificação de Risco e Manejo do Paciente
Suspeita de Dengue
Febre (duração máxima: 7 dias) com, pelo menos, 2 sintomas: cefaléia, dor retrorbitária, exantema, prostração, mialgia, artralgia.
Obrigatório: data de início de sintomas. Notificar o caso suspeito na ficha de investigação da dengue
Tem Sinal de Alarme e/ou Sinal de Choque?
*Ver abaixo
NÃO
SIM
Pesquisar sangramento de pele espontâneo,
†
Prova do Laço+, condição clínica especial , risco
social ou comorbidades
NÃO
Pesquisar Sinal de
Alarme
Pesquisar Sinal de
Choque
SIM
Grupo A
Grupo B
Grupo C
Grupo D
Sem
sangramento
espontâneo ou induzido
(prova do laço negativa),
sem sinais de alarme, sem
condição especial, sem
risco
social
e
sem
comorbidades.
Com sangramento de pele
espontâneo ou induzido
(prova do laço positiva), ou
condição clínica especial, ou
risco
social,
ou
comorbidades e sem sinal
de alarme.
Presença de algum sinal de
alarme.
Manifestação
hemorrágica, presente ou
ausente.
Com sinais de choque.
Hemorragia
grave;
disfunção grave de órgãos.
Manifestação hemorrágica
presente ou ausente.
Tratamento em domicílio
Hidratação oral
Orientar sinais de alarme
Visita domiciliar do ACS
(acompanhar pacientes e
familiares)
Cartão da dengue para
acompanhamento
Hemograma (a critério
médico)
(resultado no mesmo dia)
Hidratação oral ou venosa
Observação por 12 horas
Hemograma completo
obrigatório
Sorologia específica para
dengue (a partir do 7º dia do
início dos sintomas)
Expansão com SF ou RL
podendo repetir até 3x
Reavaliação de hora em
hora e hematócrito após 2h
Sorologia específica para
dengue (a partir do 7º dia do
início dos sintomas)
Acesso venoso (dois locais
diferentes)
Hidratação venosa isotônica
Avaliar hemoconcentração
Reavaliação clínica (a cada
15 – 30 minutos)
Hematócrito após 2h
Avaliar melhora do choque
Retorno à UBS,
possível diário, ou
desaparecer a febre
COM MELHORA APÓS
HIDRATAÇÃO
Classificar como A
Tratamento domiciliar
Retorno diário à UBS
Cartão da dengue para
acompanhamento.
Visita domiciliar do ACS
Hemograma de controle?
COM MELHORA
CLÍNICA/LABORATORIAL
Iniciar hidratação venosa de
manutenção
Avaliar cada etapa de
hidratação
Após alta hospitalar,
encaminhar à UBS
COM
MELHORA
CLÍNICA/LABORATORIAL
Classificar como C
Transferência para unidade
com leito de enfermaria
Hidratação venosa
Observação mínimo de 24h
Após
alta
hospitalar,
encaminhar à UBS
SEM MELHORA
Classificar como C
Manter HV e observação
Encaminhar para unidade
com leitos de internação
PACIENTE SEM MELHORA
CLÍNICA/LABORATORIAL
Expansão com SF ou RL até
3x
Classificar como Grupo D
Transferir para UTI
se
até
COM PIORA CLÍNICA
Classificar como B
Encaminhar para Unidade
com
suporte
para
observação
Iniciar hidratação oral para A e B enquanto aguarda avaliação médica.
*Sinais de Alarme: Dor abdominal intensa e contínua, Vômitos persistentes, Hipotensão postural e/ou lipotimia, Hepatomegalia
dolorosa, Sangramento de mucosas, Hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena), Sonolência e/ou irritabilidade, Diminuição
da diurese, Hipotermia, Aumento repentino de hematócrito, Queda adrupta de plaquetas, Desconforto respiratório
*Sinais de Choque: Hipotensão arterial, Pressão arterial convergente (PA diferencial <20mmHg), Choque, Pulso rápido e fino,
Enchimento capilar lento (>2 segundos)
†
Grupo Especial
Crianças menores de 15 anos, gestantes, adultos maiores de 60 anos e pacientes com comorbidade.
Para esse grupo, é mandatória a realização do hemograma completo com contagem de plaquetas, mesmo sem sangramentos e sinais
de alarme. Para os demais pacientes, a realização do exame é recomendável.
35
ANEXO 2 - DENGUE
Indicadores e Parâmetros Usados para Estimar e Dimensionar a Epidemia da Dengue em Bento Gonçalves
Quadro 1. Indicadores Ambulatoriais e Hospitalares para o Planejamento das Estratégias do
PMCED*.
Critério
Estimativa Nº Total de Casos de Dengue
nos 6 meses
Estimativa Nº Casos 1º Mês da Epidemia
Estimativa Nº Casos 2º Mês da Epidemia
Estimativa Nº Casos 3º Mês da Epidemia
Estimativa Nº Casos 4º Mês da Epidemia
Estimativa Nº Casos 5º Mês da Epidemia
Estimativa Nº Casos 6º Mês da Epidemia
13% dos casos
14% dos casos
20% dos casos
20% dos casos
20% dos casos
13% dos casos
Cenário
1 (1%)
Cenário 2
(2%)
Cenário 3
(4%)
1.097
143
154
219
219
219
143
2.193
285
307
439
439
439
285
4.386
570
614
877
877
877
570
5.483
(914
consultas/mês)
10.965
(1.828/mês)
21.931
(3.655/mês)
Nº de consultas por paciente nos serviços
de saúde
Nº casos estimados x5
Cadeiras de Hidratação
15% casos estimados/dia
(base 3º mês)
1
2
4
7% dos casos estimados
77
154
307
13% dos casos
10
20
40
14% dos casos
10
20
40
20% dos casos
10
20
40
20% dos casos
10
20
40
20% dos casos
10
20
40
13% dos casos
10
20
40
4 dias/paciente
307
614
1.228
0,7% dos casos internados
5 dias/paciente
1
3
1
5
2
11
Estimativa casos com febre hemorrágica
0,5% dos casos estimados
*Baseado na população de Bento Gonçalves (IBGE 2012)
5
11
22
Estimativa casos com necessidade de
hospitalização em enfermaria
Estimativa hospitalização 1º Mês da
Epidemia
Estimativa hospitalização 2º Mês da
Epidemia
Estimativa hospitalização 3º Mês da
Epidemia
Estimativa hospitalização 4º Mês da
Epidemia
Estimativa hospitalização 5º Mês da
Epidemia
Estimativa hospitalização 6º Mês da
Epidemia
Estimativa de ocupação em leitos de
enfermaria
Leitos de UTI
Estimativa de ocupação em leitos de UTI
36
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Quadro 2. Indicadores Farmacêuticos para o Planejamento das Estratégias do PMCED.
Cenário1
(1%)
Cenário 2
(2%)
Cenário 3
(4%)
164
329
658
1.316
2.632
5.263
Nº total dos casos estimados
Nº casos x2 x3 (2 sachês/dia
para 3 dias)
1.097
2.193
4.386
6.579
13.158
26.317
96 a 99%
1.086
2.171
4.342
6 cp 500mg /dia (X 3 dias)
1 ampola/paciente em
soroterapia
19.540
39.080
78.161
164
329
658
537
1.075
2.149
1.612
3.224
6.448
1.612
3.224
6.448
25% dos casos estimados
Uso oral até 6 mg/dia (3 cp de
8/8h)
Uso injetável até 6 mg/dia (3
ampola de 8/8h)
Injetável
274
548
1.097
822
1.645
3.290
822
-
1.645
-
3.290
-
10% dos casos estimados
Uso oral até 30mg 6/6 horas (4
cp/dia)
110
219
439
439
877
1.754
Critério
Hidratação Venosa
Estimativa de casos com necessidade de
hidratação venosa
Estimativa de nº frascos de Soro
Fisiológico 500 ml
Estimativa de casos com necessidade de
hidratação oral
Estimativa de nº sachês de sais de
reidratação oral
Febre
Estimativa de casos com febre
Estimativa de comprimidos de Paracetamol
500mg p/ casos com febre
Estimativa de ampolas de dipirona
500mg/ml p/ casos com soroterapia EV
Náusea
Estimativa de casos com náusea
Estimativa de cp metroclopramida 10 mg p/
casos com N/V
Estimativa de ampolas metroclopramida 10
mg p/ casos com N/V
Prurido
Estimativa de casos com prurido
Estimativa de cp dexclorfeniramina* 2 mg
Estimativa de ampolas dexclorfeniramina*
2 mg
Estimativa de ampolas prometazina**
Dor
Estimativa de casos com dor intensa
Associação de paracetamol e codeína (cp
30 mg)
15% dos casos estimados
8 frascos de 500 ml por
paciente
49%
Uso oral até 3 cp/dia
Uso injetável até 3
ampolas/dia
*Medicamento não disponível na Farmácia da SMS. **Em substituição à dexclorfeniramina.
Quadro 3. Indicadores Laboratoriais para o Planejamento das Estratégias do PMCED.
Critério
Sorologia Específica para Dengue (IgM) 10% dos casos de Dengue
(LACEN, Porto Alegre)
Clássica
100% dos casos graves
internados
nº casos estimados X2 (no 1º
Hemograma
atendimento e 48h depois)
Cenário
1 (1%)
Cenário 2
(2%)
Cenário 3
(4%)
110
219
439
77
154
307
2.193
4.386
8.772
Quadro 4. Outros Indicadores para o Planejamento das Estratégias do PMCED.
Cenário Cenário 2
Critério
1 (1%)
(2%)
Nº médio de escalpos/mês (multiplicar
por 6 meses)
Nº médio de equipos/mês (multiplicar
por 6 meses)
Nº seringas para medicamentos
injetáveis/mês (multiplicar por 6 meses)
Nº seringas para coleta de
hemograma/mês (multiplicar por 6
meses)
Nº seringas para coleta de sorologia da
dengue/mês (multiplicar por 6 meses)
Nº luvas por procedimento de coleta
(multiplicar por 6 meses)
Nº de pacientes com
hidratação IV/mês
Nº de pacientes com
hidratação IV/mês
Nº de pacientes com
medicação IV/mês
Nº de pacientes com
hemograma/mês
Nº de pacientes com
sorologia/mês
Nº de pacientes com hemogr.
e sorologia/mês
Cenário 3
(4%)
27
55
110
27
55
110
433
866
1.733
366
731
1.462
183
366
731
548
1097
2.193
37
ANEXO 3 - DENGUE
Diagnóstico Situacional das Unidades de Saúde da Atenção Primária para o Enfrentamento da Epidemia da Dengue em Bento Gonçalves
a) Ambientes (de acordo com realidade local)
Recepção e registro do paciente
Espaço para acolhimento/triagem/preparo
Espaço para de espera
Consultório (s)
Sala de Reidratação Oral (ou espaço adequado)
Espaço físico para observação dos pacientes
b) Material
Cadeiras
Poltronas reclináveis (p/ hidratação período longo)
Bebedouros/filtros/água mineral/água potável
Jarras e copos para disponibilizar soro oral
Suporte de soro
Macas (para usuários sem condições de sentar
em cadeira)
Cilindros de O2
Glicosímetro
Balança (adulto e pediátrica)
Máscaras para uso do O2
Negatoscópio (se possível)
Termômetros
Esfigmomanômetro com manguito p/ adultos
Esfigmomanometro com manguito p/ crianças
Cartão de acompanhamento do paciente com
dengue
Scalp
Equipos
Seringas e agulhas
Luvas
Máscaras
Gorros
c) Medicamentos
Sais de Reidratação Oral
Dipirona (gotas)
Paracetamol (gotas e comprimidos)
ESF
APARECIDA
ESF
BARRACÃO
ESF
CONCEIÇÃO
ESF
EUCALIPTOS
ESF
LICORSUL
ESF
MUNICIPAL
ESF OURO
VERDE
ESF
PROGRESSO
II
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Soro fisiológico a 0,9%
Metroclopramida
d) Equipe de profissionais (quantificar)
Médico
Enfermeiro
Técnicos/Auxiliares de enfermagem
Administrativo (recepção, secretária, etc.)
Outros
Atendimento
Horário de Funcionamento
Notificação dos casos através da ficha de
investigação da Dengue
Abertura de agenda p/ acompanhamento do
retorno (egressos urgência/2ª consulta)
Atendimento com terapia de hidratação oral
Atendimento com terapia de hidratação venosa
Expansão do horário de atendimento
Dispõe do cartaz com classificação de risco e
manejo do paciente com Dengue (A, B, C, D)
Utilização dos ACS para realizar as ações de
busca ativa e educação em saúde
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
1
1
2
1
10
1
1
3
1
7
1
1
3
2
9
1
1
2
1
9
1
1
3
1
10
3
1
4
1
10
1
1
2
1
11
3
1
4
2
7
07:30-11:30
13:30-17:30
07:45-11:45
13:00-17:00
07:30-11:30
13:30-17:30
07:30-11:30
13:30-17:30
07:30-11:30
13:30-17:30
07:30-11:30
13:30-17:30
07:30-11:30
13:30-17:30
07:30-11:30
13:30-17:30
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
39
a) Ambientes (de acordo com realidade local)
Recepção e registro do paciente
Espaço para acolhimento/triagem/preparo
Espaço para de espera
Consultório (s)
Sala de Reidratação Oral (ou um espaço
adequado)
Espaço físico para observação dos pacientes
b) Material:
Cadeiras
Poltronas reclináveis (se fizer hidratação por
período longo)
Bebedouros/filtros/agua mineral (disponibilizar
agua potável)
Jarras e copos para disponibilizar soro oral
Suporte de soro
Macas (para usuários sem condições de sentar
em cadeira)
Cilindros de O2
Glicosímetro
Balança (adulto e pediátrica)
Máscaras para uso do O2
Negatoscópio (se possível)
Termômetros
Esfigmomanometro com manguito adequado
adultos
Esfigmomanometro com manguito adequado
crianças
Cartão de acompanhamento do paciente com
Dengue
Scalp
Equipos
Seringas e agulhas
Luvas
Máscaras
Gorros
c) Medicamentos:
Sais de Reidratação Oral
40
ESF SANTA
MARTA
ESF VILA
NOVA
ESF ZATT
UBS 15 DA
GRACIEMA
UBS FARIA
LEMOS
UBS MARIA UBS SANTA
GORETTI
HELENA
UBS SÃO
PEDRO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
NAO
NAO
NAO
NAO
NAO
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Dipirona (gotas)
Paracetamol (gotas e comprimidos)
Soro fisiológico a 0,9%
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
1
(2 TURNOS)
1
(3 TURNOS)
1
0
3
2
1
1
1
3
2
9
1
(3 TURNOS)
1
(1 TURNO)
1
0
0
1
2
1
4
1
4
1
6
1
1
0
1
07:30–11:30
13:30-17:30
07:30-11:30
13:30-17:30
07:30-11:45
12:45-16:30
07:30-11:30
13:00-17:00
07:30-11:30
13:30-17:30
07:30-11:30
13:30-17:30
07:30-11:30
13:00-17:00
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Não tem
agentes
Não tem
agentes
Não tem
agentes
Não tem
agentes
Não tem
agentes
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
Médico
1
1
2
Enfermeiro
Técnicos/Auxiliares de enfermagem
Administrativo (recepção, secretária, etc.)
Outros
Atendimento
1
2
1
9
1
2
1
8
07:30-11:30
13:30-17:30
Metroclopramida
d) Equipe de profissionais (quantificar)
Horário de Funcionamento
Notificação dos casos através da ficha de
investig. Dengue
Abertura de agenda p/ acomp. retorno (egressos
urgência/2ª consulta)
Atendimento com terapia de hidratação oral
Atendimento com terapia de hidratação venosa
Expansão do horário de atendimento
Dispõe do cartaz com classificação de risco e
manejo do paciente com Dengue (A, B, C, D)
Utilização dos ACS para realizar as ações de
busca ativa e educação em saúde
41
a) Ambientes (de acordo com realidade local)
Recepção e registro do paciente
Espaço para acolhimento/triagem/preparo
Espaço para de espera
Consultório (s)
Sala de Reidratação Oral (ou um espaço
adequado)
Espaço físico para observação dos pacientes
b) Material:
Cadeiras
Poltronas reclináveis (se fizer hidratação por
período longo)
Bebedouros/filtros/agua mineral (disponibilizar
agua potável)
Jarras e copos para disponibilizar soro oral
Suporte de soro
Macas (para usuários sem condições de sentar
em cadeira)
Cilindros de O2
Glicosímetro
Balança (adulto e pediátrica)
Máscaras para uso do O2
Negatoscópio (se possível)
Termômetros
Esfigmomanometro com manguito adequado
adultos
Esfigmomanometro com manguito adequado
crianças
Cartão de acompanhamento do paciente com
Dengue
Scalp
Equipos
Seringas e agulhas
Luvas
Máscaras
Gorros
c) Medicamentos:
Sais de Reidratação Oral
Dipirona (gotas)
42
UBS SÃO
ROQUE
UBS SÃO
VALENTIM
UBS TUIUTY
UBS ZONA
SUL
UBS CENTRAL
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
NAO
NAO
NAO
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Paracetamol (gotas e comprimidos)
Soro fisiológico a 0,9%
Metroclopramida
d) Equipe de profissionais (quantificar)
Médico
Enfermeiro
Técnicos/Auxiliares de enfermagem
Administrativo (recepção, secretária, etc.)
Outros
Atendimento
Horário de Funcionamento
Notificação dos casos através da ficha de
investig. Dengue
Abertura de agenda p/ acomp. retorno (egressos
urgência/2ª consulta)
Atendimento com terapia de hidratação oral
Atendimento com terapia de hidratação venosa
Expansão do horário de atendimento
Dispõe do cartaz com classificação de risco e
manejo do paciente com Dengue (A, B, C, D)
Utilização dos ACS para realizar as ações da
Portaria nº44/2002
SIM
SIM
SIM
7
2
6
3
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
1 (4 TURNOS)
1
1
1
1
1
1
11
1
4
3
7
3
3
6
11
2
11
4
11 + 06
FARMÁCIA
07:30-11:30
13:30-17:30
18:00-22:00
07:30-11:30
13:00-17:00
07:30-11:30
13:00-17:00
07:30-11:30
13:30-17:30
07:30-11:30
13:30-17:30
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
SIM
SIM
NAO
SIM
Não tem
agentes
SIM
Não tem
agentes
SIM
SIM
Não tem
agentes
SIM
1 (4 TURNOS)
Não tem agentes
Não tem agentes
43
ANEXO 4 - DENGUE
Diagnóstico Situacional da Unidade de Atendimento Secundário Público (Pronto Atendimento 24 Horas)
para o Enfrentamento da Epidemia da Dengue em Bento Gonçalves
PA 24 HORAS
a) Ambientes (de acordo com realidade local)
Recepção e registro do paciente
Espaço para acolhimento/triagem/preparo
Espaço para de espera
Consultório (s)
Sala de Reidratação Oral (ou um espaço adequado)
Espaço físico para observação dos pacientes
b) Material
Cadeiras
Poltronas reclináveis (se fizer hidratação por período longo)
Bebedouros/filtros/agua mineral (disponibilizar agua potável)
Jarras e copos para disponibilizar soro oral
Suporte de soro
Macas (para usuários sem condições de sentar em cadeira)
Cilindros de O2
Glicosímetro
Balança (adulto e pediátrica)
Máscaras para uso do O2
Negatoscópio (se possível)
Termômetros
Esfigmomanometro com manguito adequado adultos
Esfigmomanometro com manguito adequado crianças
Cartão de acompanhamento do paciente com Dengue
Scalp
Equipos
Seringas e agulhas
Luvas
Máscaras
Gorros
c) Medicamentos:
Sais de Reidratação Oral
Dipirona (gotas e comprimidos)
Paracetamol (gotas e comprimidos)
Soro fisiológico a 0,9%
Metroclopramida
d) Equipe de profissionais (quantificar)
Médico Clínico
Médico Pediatra
Enfermeiro
Técnicos/Auxiliares de enfermagem
Administrativo (recepção, secretária, etc.)
Outros
Atendimento
Horário de Funcionamento
Notificação dos casos através da ficha de investig. Dengue
Abertura de agenda p/ acomp. retorno (egressos urgência/2ª
consulta)
Atendimento com terapia de hidratação oral
Atendimento com terapia de hidratação venosa
Expansão do horário de atendimento
Dispõe do cartaz com classificação de risco e manejo do
paciente com Dengue (A, B, C, D)
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
55
12
17
30
8
4
7 dias/24 horas
SIM
SIM
SIM
SIM
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
ANEXO 5 - DENGUE
Diagnóstico Situacional da Unidade Hospitalar (Hospital Tacchini) para o Enfrentamento da Epidemia da
Dengue em Bento Gonçalves
a) Ambientes (de acordo com realidade local)
Recepção e registro do paciente
Espaço para acolhimento/triagem/preparo
Espaço para sala de espera
Consultório (s)
Sala de Reidratação Oral (ou um espaço adequado)
Espaço físico para observação dos pacientes
b) Material
Cadeiras
Poltronas reclináveis (se fizer hidratação por período longo)
Bebedouros/filtros/agua mineral (disponibilizar agua potável)
Jarras e copos para disponibilizar soro oral
Suportes de soro
Macas (para usuários sem condições de sentar em cadeira)
Cilindros de O2
Glicosímetro
Balança (adulto e pediátrica)
Máscaras para uso do O2
Negatoscópio
Termômetros
Esfigmomanometro com manguito adequado adultos
Esfigmomanometro com manguito adequado crianças
Cartão de acompanhamento do paciente com Dengue
Scalp
Equipos
Seringas e agulhas
Luvas
Máscaras
Gorros
c) Medicamentos:
Sais de Reidratação Oral
Dipirona (gotas e comprimidos)
Dipirona (injetável)
Paracetamol (gotas e comprimidos)
Paracetamol (injetável)
Soro fisiológico a 0,9%
Ringer Lactato 50%
Expansores plasmáticos
Vitamina K
Metroclopramida (comprimidos)
Metroclopramida (injetável)
d) Equipe de profissionais:
Médico
Enfermeiro
Técnicos/Auxiliares de enfermagem
Administrativo (recepção, secretária, etc.)
Outros
e) Medidas suportivas:
Concentrado de hemáceas
Concentrado de plaquetas
Crioprecipitado
Plasma humano
f) Atendimento:
Unidade/equipe para preenchimento da ficha de investigação dos
Pronto
Atendimento
Enfermaria de
internação
UTI
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
SimSim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
45
casos suspeitos de Dengue (obrigatório)*
Ficha de investigação da Dengue nos locais de atendimento
Atendimento com terapia de hidratação oral
Atendimento com terapia de hidratação venosa
Cartaz com classificação de risco e manejo do paciente com
dengue (A, B, C, D) afixado nos locais de atendimento
Utilização da Classificação de Risco do Paciente com Dengue (A,
B, C, D) pelas equipes de atendimento
Capacitação dos profissionais para o manejo dos pacientes com
dengue (prova de laço, sinais de alarme e sinais de choque,
terapia de hidratação)
Acompanhamento domiciliar dos pacientes egressos do hospital
classificados como grupo A
Possui cartão de acompanhamento do paciente com dengue
Número de leitos adultos (quantificar)
Número de leitos pediátricos (quantificar)
Número de leitos maternidade (quantificar)
Apoio Diagnóstico:
Hemograma com contagem de plaquetas
Glicose, Uréia, Creatinina, Eletrólitos, Gasometria, TPAE
Ecocardiograma
Ultrassonografia
Raios-X
Coleta e envio de material para sorologia (a partir do 7º dia de
doença)
(Seguir as orientações do serviço de vigilância epidemiológica)
46
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Sim
Não
SimSim
Sim
-
Sim
Sim
-
-
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Não
Não
-
Não
-
Não
19
10
-
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
ANEXO 6 - DENGUE
Diagnóstico Situacional dos Focos de Larvas do Mosquito da Dengue em Bento Gonçalves – 2010 a 2013
Mapa 1 – Focos nos Bairros Vila Nova e Licorsul (2010, 2011)
Obs.: focos encontrados em janeiro de 2010, fevereiro e abril de 2011.
47
Mapa 2 – Focos nos Bairros Medianeira, São João e Progresso (2010, 2013)
48
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Mapa 3 – Focos nos Bairros Juventude, Cidade Alta e Centro (2010)
Obs.: focos encontrados em marco, abril e maio de 2010.
49
Mapa 4 – Foco no Bairro Borgo (2011)
Obs.: foco encontrado em janeiro de 2011.
50
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Mapa 5 – Focos nos Bairros Zatt e Ouro Verde (2013)
51
Mapa 6 – Foco no Bairro Glória (2013)
52
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Mapa 7 – Foco no Bairro Vinosul (2012)
Obs.: foco encontrado em março de 2012.
53
ANEXO 7 - DENGUE
Material Didático e Educativo com Orientações sobre a Dengue e o Combate de Vetores Confeccionado
pela Vigilância Ambiental da SMS de Bento Gonçalves
Foulder 1 – Não Deixe a Dengue Chegar
54
Foulder 2 – Vamos Aprender a Combater o Mosquito da Dengue?
Foulder 3 – A Dengue Está no Ar!
56
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Foulder 4 – Combater a Dengue É Um Dever de Todos
57
58
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Foulder 5 – Não Dê Chance para a Dengue
59
60
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Foulder 6 – Acabe com a Dengue, Destrua o Mosquito!
61
62
Bento Gonçalves - Plano Municipal de Contingência da Dengue
Foulder 7 – Dengue, Brincando e Aprendendo
63
Foulder 8 – Corrida da Dengue
64
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