SÃO PAULO, 25 DE JULHO DE 2016 FOCO NA EFICIÊNCIA Custos altos, demandas ambientais e crise econômica exigem o uso de recursos energéticos de maneira cada vez mais eficiente, seja nas empresas ou no dia a dia doméstico. Novas tecnologias, alternativas sustentáveis e investimentos em gestão podem ajudar a equilibrar essa equação Este Este material material éé produzido produzido pelo pelo Núcleo Núcleo de de Projetos Projetos Especiais Especiais de de Publicidade Publicidade do do Estadão, Estadão, sob sob patrocínio patrocínio de de Siemens Siemens PRODUZIDO POR UM APOIO EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Infraestrutura Inteligente GESTÃO E ATITUDE GARANTEM MAIS EFICIÊNCIA ENERGÉTICA O Brasil vive um momento em que sobra energia. Esta é a oportunidade para implementar medidas que tragam mais eficiência ao consumo E ficiência energética é a bola da vez. Com populações e economias em crescimento, o mundo começa a discutir como usar melhor as fontes renováveis de energia, garantindo que estejam disponíveis para as próximas gerações. Como fazer isso e como o Brasil se encaixa nesse contexto foram alguns dos temas do encontro “Eficiência Energética”, realizado no último dia 13 na Casa do Saber, em São Paulo. O evento contou com a participação de Alexandre Moana, presidente da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), Guilherme Mendonça, vice-presidente sênior da divisão Energy Management da Siemens, e Paulo Becker, diretor da CPFL Energia. O primeiro ponto discutido pelos especialistas foi o custo da energia no Brasil, o que torna o conceito de ganhos de eficiência ainda mais necessário por aqui. Moana lembrou que a energia do País é, de fato, uma das mais caras do mundo, mas que este valor tem variações, em cara, mas em alguns momentos temos energia muito barata sendo oferecida no mercado livre” ALEXANDRE MOANA, presidente da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia) Este material é produzido pelo Núcleo de Projetos Especiais de Publicidade do Estadão, sob patrocínio de Siemens ocorre por conta de investimentos em estrutura e geração, mas sim devido à recuperação hídrica trazida pelo longo período de chuvas e pela crise econômica, que reduziu o consumo. “O setor elétrico só não entrou em colapso porque a economia entrou em colapso antes”, avalia Mendonça. E aí está o risco. “Quando o País se recuperar da crise, e o consumo voltar a crescer, a crise energética pode retornar. Corremos o risco de superar a crise econômica e parar em uma crise energética”, diz. Fotos: Alan Teixeira “A conta pode ser a mais especial porque está atrelado à taxa cambial. Por outro lado, ressalta que há uma distinção a fazer. “A conta pode ser a mais cara, mas em alguns momentos temos energia muito barata sendo oferecida no mercado livre”, af irma. Para o executivo, a questão é a crise de eficiência generalizada vivida pelo Brasil. Segundo Mendonça, da Siemens, hoje o Brasil tem uma sobra estrutural de energia de cerca de 10%, situação que contrasta com o risco de apagão vivido há dois anos. Mas essa sobra não “Quando o País se recuperar “Temos da crise, e o consumo voltar a crescer, a crise energética pode retornar. Corremos o risco de superar a crise econômica e parar em uma crise energética” um cliente que reduziu seus custos em 27% utilizando painéis solares e otimizando o uso de ar condicionado e iluminação” GUILHERME MENDONÇA, vice-presidente sênior da divisão Energy Management da Siemens PAULO BECKER, diretor da CPFL Energia MUDANÇA DE MODELO Enquanto o Brasil enfrenta a necessidade de novos investimentos, o setor elétrico mundial passa por um profundo processo de transformação. Mendonça, da Siemens, explica que o modelo energético clássico sempre foi caracterizado por ser composto de uma grande fonte de geração, como as grandes usinas hidrelétricas; uma longa linha de transmissão; e os consumidores recebendo essa energia na ponta. No Brasil, esse modelo se traduz na maioria das fontes geradoras instaladas nas regiões Norte e Nordeste e na maior parte dos consumidores concentrados nas regiões Sul e Sudeste. Esse modelo, além de encarecer o sistema pela sua extensão e necessidade de manutenção, sempre esteve sujeito a perdas ao longo do caminho. A tendência hoje é a descentralização da geração, trazendo-a para mais perto do consumo. “Isso reduz perdas e pode ser feito com o uso de fontes geradoras alternativas, como biomassa, biogás e energia solar”, afirma Mendonça, lembrando que hoje a Alemanha consegue gerar energia equivalente a uma Itaipu e meia com o uso de energia solar. O Brasil começa a contar com a geração renovável, eólica e solar, em sua matriz energética. “A geração eólica está consolidada, crescendo muito. A solar ainda é incipiente, mas acreditamos que deve crescer”, diz. Becker, da CPFL, lembra que quando se fala em eficiência energética na indústria, por exemplo, a maior parte das pessoas pensa em como fazer o motor consumir menos, ou em como reduzir a conta de luz da fábrica. “Na verdade, o conceito fala de eficiência da sociedade como um todo. Quando o cidadão fica horas no trânsito para chegar ao trabalho, estamos falando de eficiência. Por isso, ela passa pela conscientização para não desperdiçarmos investimentos”, defende. Indo além, Moana mostra como o conceito vem mudando na prática. “Até bem pouco tempo, a aplicação mais comum do conceito de eficiência energética era fazer um diagnóstico e, a partir dele, executar uma ação. O novo conceito é de acompanhamento contínuo. Não se trata de observar aquele ponto, mas de buscar aprimoramento constante”, explica. Mas como buscar esse aprimoramento? Na indústria, por exemplo, Mendonça, da Siemens, lembra que o parque industrial brasileiro é, em média, quatro vezes mais velho do que o de países desenvolvidos. “Os empresários sabem disso, mas falta capacidade de investimento e segurança para que esses investimentos sejam feitos”, diz. O executivo reconhece que a eficiência energética na área industrial é uma questão de sobrevivência, mas lembra que o empresário brasileiro tem outras questões de sobrevivência mais críticas. “Ações para adoção de novas tecnologias custam dinheiro e, se o empresário não tem esse dinheiro, vai deixar como está. O empresariado tem consciência da necessidade, mas falta capital para fazer”, diz. Mais do que isso, falta um posicionamento mais claro do governo em favor da eficiência energética: o País hoje conta com linhas de crédito para quem quiser investir em geração de energia, mas não para estimular a eficiência energética, reduzindo a necessidade de mais geração. No setor privado, isso começa a acontecer. A CPFL, por exemplo, por meio da CPFL Eficiência, vende soluções para que seus clientes encontrem formas mais eficientes de consumo. Este material é produzido pelo Núcleo de Projetos Especiais de Publicidade do Estadão, sob patrocínio de Siemens “Temos um cliente que reduziu seus custos em 27% utilizando painéis solares e otimizando o uso de ar condicionado e iluminação”, comenta Becker. E essa economia pode vir não apenas de novas tecnologias, mas de novas atitudes. “Apagar a luz em ambientes que não estão sendo utilizados economiza mais do que trocar as lâmpadas antigas por novos modelos”, compara Mendonça. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Infraestrutura Inteligente ENTENDENDO A GERAÇÃO DO GERAÇÃO UTILIZAÇÃO Hoje, a maior parte da energia brasileira vem de fontes renováveis. A matriz energética do País está assim distribuída: Conheça aqui os maiores consumidores de energia no Brasil: 1% 66% 1% 3% 3% 3% 5% 19% 28% 38% Nuclear Hídrica 19% 5% Fóssil Eólica 9% Biomassa Fonte: Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) Fonte: EPE 2015 (Empresa de Pesquisa Energética) Este material é produzido pelo Núcleo de Projetos Especiais de Publicidade do Estadão, sob patrocínio de Siemens CONSUMO DE ENERGIA NO BRASIL INDÚSTRIA RESIDÊNCIAS Dentro do setor industrial, os maiores consumidores de energia são: E, dentro das residências, os maiores consumidores de energia são: 35% Metais 12% 24% 22% 20% 14% 9% 5% 3% 3% Químicos 11% Alimentos e Bebidas 9% Papel e Celulose 6% Mineração Fonte: EPE 2015 (Empresa de Pesquisa Energética) Fonte: LabEEE (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações) Este material é produzido pelo Núcleo de Projetos Especiais de Publicidade do Estadão, sob patrocínio de Siemens Ferro de passar Outros Micro ondas 19% Freezer Cerâmica Geladeira 2% Chuveiro Cimento Televisores 2% Lâmpadas Têxtil Ar-condicionado 4% EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Infraestrutura Inteligente EFICIÊNCIA PARA SALVAR O PLANETA Para atingir o compromisso assumido durante a COP 21, o Brasil terá de investir para aumentar a utilização de fontes alternativas e, principalmente, melhorar a gestão dos recursos energéticos N o final de 2015, os olhos de praticamente todo o mundo estavam voltados para Paris, onde representantes de 195 países se reuniram na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), conhecida como COP 21. Durante os 12 dias do encontro, os países ali representados se comprometeram com uma série de iniciativas para reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera. São ações que pretendem limitar o aumento da temperatura média no planeta e implicam a paralisação da queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, e a adoção crescente de fontes de energia renováveis, como eólica, solar, hídrica e biocombustíveis. Na prática, indústrias, produção agrícola e cidadãos vão precisar repensar muitas coisas. Entre elas, encontrar uma forma de tornar mais eficiente o uso de energia. O governo brasileiro apresentou durante a COP 21 sua Contribuição Nacionalmente Determinada (Intended Nationally Determined Contribution – INDC), que inclui a meta absoluta de reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa até o ano de 2030 e, de Brasil precisar crescer investimento em soluções sustentáveis, como estruturas fotovoltaicas forma escalonada, a redução de 37% até 2025, com base nas emissões do ano de 2005. Tais objetivos impactam diretamente o segmento energético e exigem claramente um aumento da utilização de fontes alternativas e sustentáveis e, principalmente, uma melhor gestão dos recursos existentes. Na ocasião, o então ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou: “Isso traz grandes desafios, pois teremos mais do que dobrar nossa capacidade eólica, ter crescimento robusto no setor solar e expressivo entre as biomassas”. Recém-aprovadas pela Câma- OBJETIVOS CLAROS Metas do Brasil para 2030 apresentadas na Conferência do Clima Atingir 66% de fonte hídrica na geração de eletricidade Alcançar 23% de participação de fontes renováveis Atingir 10% de ganho de eficiência no setor elétrico 45% de participação de fontes renováveis na composição energética Participação de fontes renováveis, excluída a hídrica, de 28% para 33% Participação de 18% de bioenergia na matriz energética FONTE: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA ra dos Deputados, as metas definidas pelo Brasil seguem para apreciação do Senado e, posteriormente, da Presidência da República. Para Guilherme Mendonça, diretor da divisão Energy Management da Siemens, parte do sucesso dessa empreitada, que está apenas começando, se baseia no aprimoramento contínuo dos mecanismos de gestão do uso energético, e não apenas no investimento em novas fontes de geração de energia. “É importante lembrar que o custo para gerar 1 MW é o dobro daquele utilizado em 1 MW economizado”, afirma o executivo. ISO 50001: GESTÃO E PROCESSOS ME ME ME ME ME ME TA 1 TA 2 TA 3 TA 4 Conheça algumas das exigências da norma que permite que as organizações estabeleçam sistemas e processos necessários para melhorar o desempenho energético: · Desenvolver uma política para o uso mais eficiente da energia · Fixar metas e objetivos para atender a essa política · Usar dados para melhor compreender e tomar decisões sobre o uso de energia · Medir os resultados TA 5 · Rever como a política funciona TA 6 · Melhorar continuamente a gestão da energia FONTE: ISO (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARTIZATION) Este material é produzido pelo Núcleo de Projetos Especiais de Publicidade do Estadão, sob patrocínio de Siemens TECNOLOGIAS A FAVOR DA ECONOMIA Usar energia de maneira mais eficiente e sustentável depende de atitude, mas algumas tecnologias podem ajudar – e muito – a alcançar metas de economia. Conheça dez tecnologias disponíveis para aumentar a eficiência dos sistemas energéticos 1 MULTIMEDIDORES Estes equipamentos registram, exibem e transmitem ao sistema de automação diversas grandezas elétricas. Por sua vez, as entradas e saídas digitais permitem a coleta de dados e trazem funções de comando. DISJUNTORES 3 5 SISTEMAS E SOFTWARES DE CONTROLE Permitem o desligamento automático das cargas em períodos não produtivos, o religamento de forma coordenada e a aquisição de dados diretamente das cargas. Isso garante o gerenciamento delas e, consequentemente, uma redução nos custos de energia. Os sistemas possuem funcionalidades padronizadas para otimização do sistema de energia elétrica, tais como coleta e arquivamento dos valores medidos, inclusive criando banco de dados. 2 Compactos e com baixa perda de energia, os novos equipamentos para comando, controle e proteção permitem uma eficiente economia de energia e a construção de painéis menores. Somandose as funções de medição e comunicação, é possível obter uma economia de até 25%. 6 Possuem funções de comando, proteção, supervisão, medição e comunicação, proporcionando alta disponibilidade da planta por meio de uma elevada transparência de todo o sistema de controle e uma rápida resposta em caso de faltas. SOFTWARE DE ENGENHARIA O software de engenharia apoia a empresa na seleção e configuração do acionamento ideal, inclusive na questão da eficiência energética. SISTEMA DE GESTÃO Possibilita a gestão energética em nível corporativo. Esta ferramenta possibilita que as empresas implementem uma gestão otimizada de energia e custos operacionais nas etapas de planejamento, controle e compra de energia – cobrindo, assim, as três principais fases do processo de gestão de energia. SOFTWARES DE MONITORAMENTO Garantem que a distribuição de energia, desde a entrada até a carga, seja transparente, permitindo o monitoramento do limite de energia contratada versus a utilizada. 8 RELÉS INTELIGENTES 7 MOTORES São responsáveis por cerca de 50% da energia consumida pela indústria. Os mais modernos foram projetados para oferecer melhor eficiência energética a plena carga, assim como em cargas parciais (50% a 100%) e/ou em regimes de trabalho intermitentes. Diretor de Projetos Especiais e Jornalista responsável Ernesto Bernardes - MTB 53.977 SP; Gerente de Conteúdo Bianca Krebs; Diretor de Arte João Guitton; Gerente Comercial Gabriela Gaspari; Gerente de Planejamento Andrea Radovan; 9 Coordenadora de Planejamento Carolina Botelho; Assistente de Planejamento Julia Santos; Coordenadora de Operações e Atendimento Larissa Ventriglia; Colaboradores Sônia Penteado, Fábio Barros e Fernanda Ângelo (texto), 10 4 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA A eficiência energética depende fortemente da qualidade de energia, até mesmo com regulamentação que estabelece o limite para o fator de potência em 0,92. Para controlar o fator, há desde células capacitivas até painéis montados. PAINÉIS Além das funções de comando, medição e comunicação implementadas pelos equipamentos incorporados aos painéis, os mesmos devem ser projetados visando a segurança e a eficiência térmica do conjunto, evitando dessa forma as perdas e o aumento na demanda de energia. Lilian Rambaldi (revisão) , Carla Coelho (atendimento). Endereço Av. Eng. Caetano Álvares, 55 6º andar, São Paulo-SP - CEP 02598-900 E-mail comercial - [email protected] Este material é produzido pelo Núcleo de Projetos Especiais de Publicidade do Estadão, sob patrocínio de Siemens