Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença. Como estava a história? As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas. Características Principais: - Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais; - As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico; - Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus ( teocentrismo ), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo); - A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo. Renascimento Científico Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária ideia do heliocentrismo (teoria que defendia que o Sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das estrelas. Galileu Galilei: um dos principais representantes do Renascimento Científico Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a ideia de que a Terra girava em torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela Inquisição da Igreja Católica, que considerava esta ideia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas ideias para fugir da fogueira. A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439, revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento. Carta portulano Primeiros mapas náuticos que eram desenhados em pregaminho, foram muito utilizados pelos portugueses no séc. XVI. Para poderem navegar os marinheiros tinham que se orientar e faziam-no utilizando os seguintes instrumentos: astrolábio, astrolábio náutico português, bússola, bússola girascopica, bússola inglesa ou bússola chinesa, balestilha, nocturlábio, quadrante, rosa-dos-ventos, cartas portulano, etc. Astronomicamente a balestilha era usada para medir a dintância angular de duas estrelas. Na náutica usou-se para medir a altura das estrelas. O virote tinha uma escala dividida em graus. A balestilha era usada com mais facilidade do que um astrolábio, mas não podia ser de dia (o olho humano não pode enfrentar o sol). Nocturlábio Foi inventado por volta de 1551 e usado para saber as horas da noite. O piloto pegava pelo cabo de braço esticado e olhava através do orifício no centro do instrumento para a estrela polar. Movia o braço do nocturlábio até alinhar com as duas outras estrelas. O braço indicava a hora num disco com a diferença de mais ou menos dez minutos. Quadrante Quadrante determina a distância entre o lugar onde se encontrava a embarcação (norte-sul). Baseava-se na estrela polar. O quadrante começou a ser usado pelos portugueses a partir do ano 1460. Rosa-dos-ventos Em todos os mapas figura a rosa-dos-ventos. Os portugueses apresentaram-na com desenhos lindíssimos e incluíram algumas inovações, que vieram tornar-se um hábito em toda a parte, como por exemplo a florde-lis, para indicar o norte, e a cruz de Cristo para indicar o Oriente. Astrolábio - Instrumento astronômico inventado por Hiparco, astrônomo e matemático grego (séc. II a.C.), para medir as alturas de um astro acima do horizonte. Modernamente foi aperfeiçoado, e é um dos instrumentos fundamentais da astrometria, um dos primeiros instrumentos de navegação. O astrolábio era um instrumento que permitia saber a distância entre o ponto de partida e o lugar onde se encontrava o navio. Baseava-se na altura do sol do meiodia. Era mais fácil trabalhar com o astrolábio, pois pelo facto de a estrela polar não ser visível no henisfério Sul. Astrolábio náutico português Derivado do astrolábio planisférico, o astrolábio naútico foi a partir dele muito alterado pelos portuguses, que lhe deram forma. O peso e a robustez de que precisava para ser usado a bordo dos navio. Com este astrolábio, media-se a altura ou a latitude, onde o navio se encontrava. Nos últimos anos foram descobertos muitos astrolábios entre restos de navios dos séculos XVI e XVII. Bússola Foi o primeiro de todos os instrumentos de navegação a ser conhecido. Era um instrumento que indicava o norte e permitia que os navegadors soubessemm em que direcção navegavam. A bússola era um aparelho composto de um mostrador, onde se indicavam os pontos cardeais, e no qual gira uma agulha magnética que aponta sempre para o norte, servindo assim de orientação, sobretudo em navegação. A agulha da bússola é um íman fino e leve, equilibrada de forma a que possa girar livremente. O polo norte da agulha aponta para o polo norte magnético da terra, que fica muito perto do norte geográfico. Utilizam-se as bússolas magnéticas para a orientação no mar e em terra. A bússola era chamada pelos marinheiros de agulha de marear. Bússola girascópica Bússola que se baseia na estabilidade mecânica do girascópio. Bússola inglesa ou bússola marítima chinesa As bússolas magnéticas foram utilizadas na Europa a partir do séc. XII, mas pensa-se que os chineses tenham notado, cerca de mil anos antes, que um pedaço de magnetite (um minério de ferro magnético) suspenso de um fio se orientava sempre no sentido norte-sul. Invenção chinesa que chegou a Europa por volta do século X é uma agulha magnética móvel em torno de um eixo que passa pelo seu centro de gravidade, montada, geralmente, em caixa com limbo graduado, e usada para orientação do navegadores. Por uma agulha com uma ponta imantada, detecta os polos do campo magnético norte sul da terra. Principais representantes do Renascimento Italiano e suas principais obras: http://www.suapesquisa.com/renascimento/ - 1 ) Giotto di Bondone (1266-1337) - pintor e arquiteto italiano. Um dos precursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final. - 2) Michelangelo Buonarroti (1475-1564)- destacou-se em arquitetura, pintura e escultura.Obras principais: Davi, Pietá, Moisés, pinturas da Capela Sistina (Juízo Final é a mais conhecida). - 3) Rafael Sanzio (1483-1520) - pintou várias madonas (representações da Virgem Maria com o menino Jesus). -4) Leonardo da Vinci (1452-1519)- pintor, escultor, cientista, engenheiro, físico, escritor, etc. Obras principais: Mona Lisa, Última Ceia. - 5) Sandro Botticelli - (1445-1510)- pintor italiano, abordou temas mitológicos e religiosos. Obras principais: O nascimento de Vênus e Primavera. - 6) Tintoretto - (1518-1594) - importante pintor veneziano da fase final do Renascimento. Obras principais: Paraíso e Última Ceia. - 7) Veronese - (1528-1588) - nascido em Verona, foi um importante pintor maneirista do Renascimento Italiano. Obras principais: A batalha de Lepanto e São Jerônimo no Deserto. O Homem Vitruviano é um desenho de 1492, feito por Leonardo Da Vinci, no qual expõe o traçado e proporções do corpo humano. O conceito elabora a noção a respeito da divina proporção através do raciocínio matemático, sendo um modelo ideal para todo o ser humano. As proporções do “homem vitruviano” são perfeitas e inserem o conceito clássico e divino de beleza. Autorretrato de Leonardo da Vinci Leonardo da Vinci, artista renascentista italiano, nasceu em 15/04/1452. Talvez tenha nascido perto dos montes Albanos, entre as cidades italianas de Florença e Pisa. Principais características das pinturas de Da Vinci: utilização da técnica artística da perspectiva, uso de cores próximas da realidade, figuras humanas perfeitas, temas religiosos, uso da matemática em cálculos artísticos, imagens principais centralizadas, paisagens de fundo, figuras humanas com com expressões de sentimento, detalhismo artístico. Principais trabalhos de Da Vinci: Trabalhos de pinturas (artes plásticas): Gioconda (Mona Lisa) , Leda, Dama do Arminho, Madonna Litta, Anunciação, A Última Ceia, Ginevra de Benci, São Jerônimo, Adoração dos Magos, Madona das Rochas, Retrato de Músico, São João Batista, Madona do Fuso, Leda e o Cisne Trabalhos de invenções: máquina voadora, máquina escavadora, isqueiro, paraquedas, besta gigante sobre rodas, máquina a vapor, submarino. Trabalhos Científicos: homem vitruviano, anatomia do tronco, estudo de pé e perna, anatomia do olho, estudo da gravidez, estudos e embriões. Projetos de Arquitetura: Projeto arquitetônico de uma cidade, projeto de um porto, templo centralizado. A última ceia Monalisa "Mona Lisa", também conhecida como "A Gioconda", é uma pintura feita pelo artista italiano Leonardo Da Vinci, mostrando uma mulher com uma expressão introspectiva, ligeiramente sorridente. É provavelmente o retrato mais famoso na história da arte. Raros trabalhos de arte são assim comemorados ou reproduzidos. Leonardo começou o retrato em 1503 e terminou-o cerca de três anos mais tarde. A pintura a óleo em madeira, exposta agora no Museu do Louvre em Paris, é a maior atração do museu. A pintura foi trazida da Itália para a França pelo próprio Leonardo em 1516, quando foi convidado pelo rei Francisco I de França para trabalhar na sua corte. O rei teria então comprado a pintura, que passou a ser exibida em Fontainebleau e depois no Palácio de Versailles. Após a Revolução Francesa, o quadro foi levado para o Museu do Louvre. O imperador Napoleão Bonaparte era um apaixonado pelo quadro e mandou colocá-lo nos seus aposentos. Durante as guerras com a Prússia, a Mona Lisa, bem como outras peças da coleção do Museu, foram escondidas num lugar seguro. A 22 de agosto de 1911 a "Mona Lisa" foi roubada. O poeta francês Guillaume Apollinaire foi preso em 7 de setembro e posto na cadeia sob suspeita do roubo. Pablo Picasso foi preso para interrogatório, mas ambos foram liberados mais tarde. Acreditou-se então que a pintura estava perdida para sempre. O que se passou na realidade foi mais simples do que se julgou então. O empregado do Louvre, Vincenzo Peruggia, acreditando que a pintura pertencia à Itália e não devia ser mantida na França, roubou-a saindo simplesmente do museu com ela escondida sob seu casaco. O quadro foi recuperado quando Peruggia tentou vendê-lo a um negociante de arte de Florença. O quadro foi segurado em cerca de 100 milhões de dólares, o que lhe mereceu uma menção no "Guinness Book of Records" como o objeto mais valioso existente. Este valor só foi ultrapassado posteriormente pelo quadro de Picasso "Garçon à la pipe" vendido por 104,1 milhões de dólares. A "Mona Lisa" saíu do Louvre uma vez mais, em 1974, numa turnê que incluiu Tóquio e Moscou. Identidade da modelo Muitos historiadores de arte acreditam que a modelo usada para a pintura pode ter sido a esposa de Francesco del Giocondo, um rico comerciante de seda de Florença e figura proeminente no governo fiorentino. O primeiro biógrafo de Da Vinci, Vasari, também pintor, descreve o retrato como sendo de Mona Lisa, esposa do cavalheiro florentino Francesco del Giocondoque. Porém pouca coisa se sabe da sua vida e muito menos da história de sua mulher, Lisa Gherardini, nascida em 1479. Lillian Schwartz, cientista dos Laboratórios Bell, sugere que a "Mona Lisa" é na verdade um auto-retrato de Leonardo. Esta teoria baseia-se no estudo da análise digital das características faciais do rosto de Leonardo e os traços da modelo da obra. Comparando um auto-retrato de Leonardo com a mulher do quadro, verifica-se que as características dos rostos alinham perfeitamente. Os críticos desta teoria sugerem que as similaridades são devidas ao fato de ambos os retratos terem sido pintados pela mesma pessoa usando o mesmo estilo. A teoria de que "Mona Lisa" é um auto-retrato levanta-se no livro "O Código Da Vinci". A "Mona Lisa" determinou um padrão para retratos futuros. O retrato apresenta a modelo vista apenas acima do busto, com uma paisagem distante visível em plano de fundo. Leonardo usou uma composição em pirâmide, onde a modelo surge no centro com uma expressão calma e serena. As mãos dobradas encontram-se no centro da base piramidal, refletindo a mesma luz que lhe ilumina o regaço, pescoço e face. Esta luminosidade estudada dá às superfícies vivas uma geometria subjacente de esferas e círculos, que acentua o arco de seu sorriso famoso. Sigmund Freud interpretou 'o sorriso' como uma atração erótica subjacente de Leonardo para com a sua mãe; outros descreveram o sorriso como inocente, convidativo, triste ou mesmo lascivo. Os sorrisos de interpretação dúbia eram uma característica comum dos retratos durante o tempo de Leonardo. Em segundo plano, a paisagem estende-se às montanhas geladas e inclui caminhos ondulantes e uma ponte que dão indicação de presença humana. Os contornos desfocados, a figura graciosa, os contrastes dramáticos entre claro e escuro que se traduzem em serenidade, são característicos do estilo de Leonardo. Um aspecto interessante da paisagem é a sua desigualdade. À esquerda da figura, a paisagem é visivelmente mais baixa do que à direita. Isto levou alguns críticos a sugerir que este elemento foi adicionado mais tarde. A pintura foi restaurada numerosas vezes. Exames de raio X mostraram que há três versões escondidas sob a atual. O revestimento em madeira mostra sinais de deterioração numa taxa mais elevada do que se pensou previamente, causando preocupação dos curadores do museu sobre o futuro da pintura. http://entretenimento.uol.com.br/album/monalisas_bh_album.jhtm#fotoNav=21 Nesse site poderão degustar de 100 releituras de Monalisa Sites para consulta: http://historia-alternativa-11.blogspot.com/2011/11/capitulo-13-arte-e-tecnologia.html http://www.infoescola.com/desenho/o-homem-vitruviano/ http://comandantepinzon.blogspot.com/2011/03/tres-instrumentos-de-navegacao.html http://www.alienado.net/grandes-obras-de-leonardo-da-vinci/ http://www.sabercultural.com/template/obrasCelebres/LeonardoDaVinciMonaLisa.html